124
QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO BRASIL indicadores com dados públicos e tendências de 2013, 2015 e 2017

QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

QUALIDADE DA INFRAESTRUTURADAS ESCOLAS PUacuteBLICAS DO ENSINOFUNDAMENTAL NO BRASIL

indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017

Publicado em 2019 pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura 7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP Franccedila e Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cooperaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

copy UNESCO 2019

Esta publicaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em acesso livre ao abrigo da licenccedila Atribuiccedilatildeo-Partilha 30 IGO (CC-BY-SA 30 IGO) (httpcreativecommons orglicensesby-sa30igo) Ao utilizar o conteuacutedo da presente publicaccedilatildeo os usuaacuterios aceitam os termos de uso do Repositoacuterio UNESCO de acesso livre (httpunescoorgopen-accessterms-use-ccbysa-en)

As indicaccedilotildees de nomes e a apresentaccedilatildeo do material ao longo deste livro natildeo implicam a manifestaccedilatildeo de qualquer opiniatildeo por parte da UNESCO a respeito da condiccedilatildeo juriacutedica de qualquer paiacutes territoacuterio cidade regiatildeo ou de suas autoridades tampouco da delimitaccedilatildeo de suas fronteiras ou limites

As ideias e opiniotildees expressas nesta publicaccedilatildeo satildeo as dos autores e natildeo refletem obrigatoriamente as da UNESCO nem comprometem a Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo teacutecnica da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

Marlova Jovchelovitch Noleto Diretora e Representante

Maria Rebeca Otero Gomes Coordenadora do Setor de Educaccedilatildeo

Mariana Alcalay Oficial de Projetos

Revisatildeo teacutecnica Setor de Educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil e Equipe de Pesquisa do Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares (Nupede) da Faculdade de Educaccedilatildeo da UFMG

Revisotildees gramatical ortograacutefica bibliograacutefica editorial Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

Projeto graacutefico Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

IlustraccedilatildeoFoto de capa

Fotos copy UNESCOEdson Fogaccedila

Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil ndash Brasiacutelia UNESCO 2019

122 p

ISBN 978-85-7652-238-6

1 Instalaccedilotildees e recursos educacionais 2 Equipamentos educacionais 3 Edifiacutecio escolar 4 Escolas 5 Eficiecircncia educacional 6 Educaccedilatildeo primaacuteria 7 Educaccedilatildeo baacutesica 8 Educaccedilatildeo puacuteblica 9 Educaccedilatildeo universal 10 Igualdade de oportunidades 11 Estatiacutestica educacional 12 Brasil I UNESCO

CDD 37162

Esclarecimento a UNESCO manteacutem no cerne de suas prioridades a promoccedilatildeo da igualdade de gecircnero em todas as suas atividades e accedilotildees Devido agrave especificidade da liacutengua portuguesa adotam-se nesta publicaccedilatildeo os termos no gecircnero masculino para facilitar a leitura considerando as inuacutemeras menccedilotildees ao longo do texto Assim embora alguns termos sejam escritos no masculino eles referem-se igualmente ao gecircnero feminino

Brasiacutelia 2019

indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017

Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Auxiliares de Pesquisa

Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais

CREacuteDITOS DA PESQUISA

Sumaacuter ioRESUMO bull 7

1 Introduccedilatildeo bull 11

2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21

221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21

23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26

3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32

4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39

421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63

5 Consideraccedilotildees finais bull 67

Referecircncias bibliograacuteficas bull 71

Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119

Anexo 1 bull 121

L is ta de s ig las e abrev iaturas

AEE Atendimento Educacional Especializado

Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica

Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment

CAQ Custo Aluno-Qualidade

CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial

CCI Curva Caracteriacutestica do Item

CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica

CF Constituiccedilatildeo Federal

CII Curva de Informaccedilatildeo do Item

CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo

Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo

ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje

EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos

FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo

Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

GoM Grade of Membership

GT Grupo de Trabalho

Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica

INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias

Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira

INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola

IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica

LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares

OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe

PAR Plano de Accedilotildees Articuladas

PCA Anaacutelise de Componentes Principais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno

PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo

Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino

SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica

Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo

Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Sipis School Infrastructure Performance Indicator System

SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo

TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo

Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo

TRI Teoria da Resposta ao Item

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

USP Universidade de Satildeo Paulo

UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura

7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Resumo

Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1

Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino

fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e

contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros

Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio

Teixeira (Inep)

A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano

Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a

construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao

gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos

A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por

cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis

discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo

da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute

tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees

do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona

incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado

contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores

que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo

condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os

itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas

A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees

conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que

as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes

sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar

Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos

que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as

escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que

mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo

1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

8

As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito

conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores

em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com

destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto

o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores

No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas

que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas

que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente

para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior

O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas

que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees

de infraestrutura satildeo piores

Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de

complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da

Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)

O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas

por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola

mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores

O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre

esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo

entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura

com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil

(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores

mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores

resultados do Ideb

Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida

em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro

dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental

ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte

No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro

do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins

administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas

urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos

escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola

tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual

ou particular ou municipal

9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados

inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto

agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e

no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste

De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam

que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo

O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus

levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das

escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores

satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa

diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre

as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que

aquelas onde haacute mais meninos

Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os

resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos

estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre

o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco

Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por

municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos

semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas

tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam

de atenccedilatildeo

Belo Horizonte 28 de novembro de 2017

Equipe de pesquisa

10

11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

1 I nt roduccedilatildeo 2

Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura

das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para

a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas

com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos

os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com

qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global

A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do

Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos

multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento

Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da

pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento

sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)

O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar

a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida

para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que

se comprometam a

4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis

agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo

violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)

No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em

2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em

vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes

com necessidades especiais

Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus

objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional

para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3

2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)

12

Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de

infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental

no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo

Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015

Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil

ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no

que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as

etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais

longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563

em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que

perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que

aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil

o ensino meacutedio ou ambos

Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles

destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos

pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das

escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos

de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas

se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla

eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos

especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de

ensino e respeitando as prioridades locais

Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos

indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito

com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus

itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle

nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso

Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura

constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de

um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados

o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de

resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com

outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento

contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas

consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui

um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos

4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)

13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

14

15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar

A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas

legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as

pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas

tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos

professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se

confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo

A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual

se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA

ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao

longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado

de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o

segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados

nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate

A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o

crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade

da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e

compra de materiais para o trabalho escolar

A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso

resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo

dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no

primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no

final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)

As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica

reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental

(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos

entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e

planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais

A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser

discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-

ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados

aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)

A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais

uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a

diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas

Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo

16

polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade

eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em

trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e

3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura

escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras

Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante

para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do

preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para

o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos

componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo

transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)

Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental

fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura

acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas

empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a

infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores

21 Infraestrutura escolar marcos legais

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos

decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes

sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)

A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins

deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e

da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)

O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo

e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a

ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art

60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados

em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de

qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem

que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na

versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo

Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto

constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como

a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes

federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental

5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)

6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica

17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu

uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de

acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)

Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi

criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido

nacionalmente (BRASIL 1996b)7

O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o

financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a

ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo

(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao

assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional

de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)

Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao

pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede

puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo

construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso

II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem

prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola

Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em

2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura

para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel

rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para

esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o

atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio

equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e

equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades

regionais (BRASIL 2001)

O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo

intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos

O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a

ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado

7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb

8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios

18

O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola

publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar

guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma

descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais

necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico

Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas

as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o

Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas

escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos

miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas

Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse

documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas

desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas

de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica

Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente

acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11

Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)

instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)

Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade

civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)

Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de

Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo

informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees

Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria

da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)

A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento

Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio

de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo

diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da

infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos

(MECFNDEPDE 2013)

9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016

10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)

11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo

19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024

composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da

infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada

Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas

as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam

sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007

SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)

No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a

qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b

FERNANDES 2007)

A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de

educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos

718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica

abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos

garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a

equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves

pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)

A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir

a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de

tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)

Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE

2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207

o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo

os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e

conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo

O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo

de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma

matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior

visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou

como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)

O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido

de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do

12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)

20

CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos

escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez

que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para

a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as

escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental

Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)

para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em

outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade

para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais

4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)

A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos

Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as

atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais

que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios

atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela

melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio

escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio

Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -

salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de

lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas

- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)

O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea

disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas

combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)

aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a

gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e

velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares

para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)

Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao

Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria

da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e

manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo

tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio

Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias

e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos

deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens

de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos

13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT

21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme

esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos

Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que

pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis

22 Revisatildeo da literatura

221 Procedimentos

O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a

infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais

2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio

entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados

escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6

desse apecircndice resumem os trabalhos revisados

A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso

sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as

definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos

Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um

indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis

Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais

simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais

como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas

multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente

calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo

aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser

muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)

As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do

Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos

aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos

resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura

escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por

oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para

a coleta de dados

222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo

As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas

em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante

delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema

O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas

22

de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola

mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado

para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios

informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e

recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais

que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino

Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE

2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura

das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU

2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de

dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos

A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro

categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam

somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda

as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino

como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as

escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores

elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo

infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com

acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de

laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura

escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares

desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do

item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de

conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto

a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14

No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros

em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses

resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na

literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam

em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)

Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no

Brasil a infraestrutura eacute relevante

Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro

indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e

de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto

14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017

23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees

das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos

pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais

Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram

indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis

(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma

das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no

Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial

Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que

avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo

dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine

com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou

em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo

Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da

infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas

prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade

escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois

iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do

Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo

de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos

ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola

O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de

escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos

federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades

da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de

banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de

alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo

redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que

estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades

escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das

escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa

O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores

da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham

considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo

de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por

escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que

os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente

As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de

infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou

trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola

respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb

24

No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de

acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura

a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia

de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na

biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)

Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou

uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica

Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes

baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem

Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados

em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua

potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo

eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de

ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas

administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio

auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo

quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos

Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias

Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e

telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos

dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e

6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o

percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma

categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes

Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o

Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor

responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da

escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos

escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos

3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em

um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)

Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo

qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila

preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos

nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura

nacional satildeo os direitos humanos

Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para

avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)

e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas

15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)

25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O

Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do

preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta

de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento

de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como

um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)

Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones

Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente

completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em

dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para

o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar

As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de

ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares

adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada

acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o

instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social

etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos

das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas

segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo

Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos

para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional

e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice

O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos

pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo

30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas

separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos

31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e

(iii) computadores para fins pedagoacutegicos

32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com

deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)

Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente

Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores

O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei

do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos

iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor

1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1

quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia

O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que

26

uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea

construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens

para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos

para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)

Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda

os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula

satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes

estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)

23 Siacutentese para um modelo conceitual

A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade

da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute

dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem

padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais

Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre

a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento

do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas

de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer

refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc

Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e

banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas

aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito

agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua

sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos

apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los

eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador

Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo

de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho

proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos

que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)

propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura

O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos

Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de

forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo

dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura

escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados

Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees

a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees

para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar

27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada

e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em

vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes

etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento

Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo

que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais

da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige

condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas

de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)

Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente

agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para

o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos

E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos

humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para

todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc

Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos

os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb

foram empregados para testar esse modelo conceitual

Tamanho da escolaturma

Atendimento de modalidades e etapas

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)

Instalaccedilotildees tipicamente escolares

Equipamentos na escola

Recursos pedagoacutegicos

Conforto e bem-estar fiacutesico

Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)

Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)

Acessibilidade

Gecircneroetniacultura etc

Pessoa com deficiecircncia

Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)

Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)

Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios

Condiccedilotildees de Atendimento

Condiccedilotildees baacutesicas

Condiccedilotildees pedagoacutegicas

Condiccedilotildees para bem-estar

Condiccedilotildees para a equidade

Aacuterea

28

29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

3 Abordagem metodoloacutegica

Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de

seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores

A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir

Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

31 Fontes de dados

Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora

o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os

dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com

dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos

Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees

sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos

acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens

Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e

as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos

questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores

16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores

Fase empiacuterica 1

bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a

infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar

decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional

Fase empiacuterica 2

bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis

bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e

combinaccedilatildeo de itens

Fase empiacuterica 3

bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos

Fase empiacuterica 4

bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio

30

Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino

fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos

estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados

Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja

essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo

entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que

participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram

solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes

tambeacutem recebem esse coacutedigo

As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso

fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino

no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo

da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante

Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura

das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse

modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave

infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por

exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir

os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo

acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais

completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente

com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32

A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas

143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco

desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos

que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)

Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as

variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013

e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos

apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19

17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara

18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas

19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos

31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa

Ano da pesquisa

2013 2015 2017

Censo 143170 135939 131604

Saeb 57079 55601 57197

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos

Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas

representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis

As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica

por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema

Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida

as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi

realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e

escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)

Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como

ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo

intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis

originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo

NU_EQUIP_TV)

Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo

identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)

Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso

ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados

ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas

as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute

espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras

Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos

professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens

aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo

de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum

20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades

21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos

32

dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da

infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33

A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO

e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo

que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso

sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015

Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do

Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram

mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber

prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade

Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas

provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na

base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de

funcionamento etc

As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas

no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens

elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos

indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)

Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis

(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado

em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais

recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido

algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste

caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos

por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em

2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas

escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como

fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias

das outras variaacuteveis22

33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores

A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura

teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do

niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)

De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos

22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo

33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes

Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos

autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites

dos dados que dispomos

A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos

da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo

de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a

unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados

Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo

PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente

observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir

sobre a consistecircncia dos construtos

A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar

sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira

etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005

VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas

suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma

versatildeo mais sinteacutetica

Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da

anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a

mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas

A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo

dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas

1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo

tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em

algum fator na PCA

2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias

embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico

3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais

Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de

paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)

cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e

ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um

todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis

Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador

(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores

(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete

23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado

34

foram compostos apenas por itens do Censo Escolar

A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os

paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo

estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades

para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso

da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante

acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou

oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos

escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados

de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb

Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em

dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos

paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem

fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos

resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se

houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam

indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb

e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho

Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-

padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10

(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa

Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem

o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual

de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos

itens analisados no estudo

A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as

matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice

discutimos a consistecircncia dos itens

Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas

brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de

infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos

itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas

Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois

os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor

do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das

escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese

mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas

escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das

escolas e com resultados educacionais

35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

36

37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

4 Resul tados

O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5

dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B

As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo

final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que

puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da

infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas

A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da

educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades

da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por

exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte

do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no

Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi

instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)

A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da

qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga

um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo

como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24

Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017

Condiccedilotildees para a equidade

Condiccedilotildees do estabelecimento

de ensino

Atendimento

Atendimento

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo

da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Local de funcionamento

da escola

Aacuterea

Condiccedilotildees para o ensino e

aprendizado

Condiccedilotildees de atendimento

Qualidade da infraestrutura escolar

38

A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde

a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de

danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso

A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho

pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para

apoio pedagoacutegico

Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente

de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores

de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem

apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)

41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores

Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles

consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos

os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees

mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas

com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais

Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas

Serv

iccedilos

baacutes

icos

Inst

alaccedil

otildees

do p

reacutedi

o

Prev

enccedilatilde

o de

dan

os

Cons

erva

ccedilatildeo

Conf

orto

Am

bien

te p

raze

roso

Espa

ccedilos

peda

goacutegi

cos

Equi

p p

ap

oio

adm

in

Equi

p p

ap

oio

peda

g

Ace

ssib

ilida

de

Am

bien

te A

EE

Infra

estr

utur

a ge

ral

Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08

Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09

Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08

Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05

Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03

Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1

39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e

ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas

satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados

pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de

complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

produzidos pelo Inep

42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes

As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes

quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades

da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel

socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais

As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas

as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do

monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi

analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante

homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de

escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela

E1 do mesmo apecircndice

As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as

categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises

nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de

estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no

seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e

escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45

421 Dependecircncia administrativa

No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional

sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO

SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por

dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo

As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e

municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam

meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da

escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para

ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de

ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo

40

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa

Total Federal Estadual Municipal Privada

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para

indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com

exceccedilatildeo das escolas federais

A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia

de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens

que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes

nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se

houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se

torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees

em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as

pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo

Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do

preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com

valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas

essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental

Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico

apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais

e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que

requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro

Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que

requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo

As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de

infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de

tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida

pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a

maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu

de forma quase paralela conforme a linha pontilhada

41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos

da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede

federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas

422 Localizaccedilatildeo

As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional

(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD

2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)

A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e

a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas

rurais o que corrobora com a literatura revisada

Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria

ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos

para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de

espaccedilos pedagoacutegicos

Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como

o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Federal Estadual Municipal Privada Total

2015 2017

42

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Total Rural Urbana

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89

Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80

Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68

Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67

Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72

Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48

Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41

Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total

para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a

relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia

de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas

escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de

2017 nas escolas urbanas em 2015

Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Rural Urbana Total

2015 2017

43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo

A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais

porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais

localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados

do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria

A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns

resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute

apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios

indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no

indicador geral e em vaacuterios outros

Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo

aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais

baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas

Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE

2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no

trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste

estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores

utilizaram dados mais antigos

O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das

meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as

escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um

crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie

44

Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

424 Etapas

AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de

ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se

tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para

todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado

pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e

recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Norte Nordeste Sudeste

2015 2017

Sul Centro-Oeste

Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais

Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental

Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das

escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam

simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram

apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro

grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores

Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam

melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino

meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos

educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)

Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da

infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito

especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e

AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos

para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura

estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino

Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos

indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os

indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo

Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a

meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa

distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas

que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida

pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio

2015 2017

Infantil fundamental e meacutedio

46

das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de

ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo

gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que

tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo

425 Tipo de oferta

A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino

fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino

fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos

conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os

anos finais

Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os

anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)

Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais

fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de

oferta de um ensino de qualidade

Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais

Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61

Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64

Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais

baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os

resultados do indicador de infraestrutura geral

47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

426 Tamanho da escola

Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral

satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES

NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas

municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os

anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com

50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em

quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)

Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF

2015 2017

48

O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as

escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos

alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais

Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1

Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o

trabalho pedagoacutegico

Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo

enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas

As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos

Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6

Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

427 Complexidade das escolas

O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as

informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar

as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com

relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores

segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais

Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos

De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de

muito mais itens de infraestrutura

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos

2015 2017

Mais de 400 alunos

49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Niacutevel 1 (mais baixo)

Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por

niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de

complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para

a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura

pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de

todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos

O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram

de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor

complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva

Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4

2015 2017

Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)

50

A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela

Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees

entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores

observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas

com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada

428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas

O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)

Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas

cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental

e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e

privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre

os grupos tendem a ficar mais sutis

A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde

as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES

ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando

um determinado segmento de escolas puacuteblicas

A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais

que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de

infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo

menos equitativas nesse aspecto

As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para

o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo

da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das

escolas com INSE mais baixo

Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Grupo 1 (mais baixo)

Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de

2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015

Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares

(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER

2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb

aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar

Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo

concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto

no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas

no niacutevel ldquomeacutedio altordquo

Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos

com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas

Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas

que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Grupo 3 Grupo 5Grupo 4

2015 2017

Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)

52

com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com

anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017

Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral

por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias

das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com

Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013

a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos

com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as

diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida

de qualidade da educaccedilatildeo

53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

54

4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola

A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica

brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo

equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres

se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)

Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos

do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas

e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em

meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25

Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir

as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades

escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes

seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes

etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero

O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a

importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da

infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp

e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional

tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores

nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso

objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade

Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais

lt50 alunas(mais meninos)

ge50 alunas(mais meninas)

2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018

55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas

escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio

conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos

Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e

escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de

convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores

Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral

A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto

Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou

baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza

todos os itens empregados

Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados

em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a

posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou

seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item

26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013 2015 2017

lt50 alunas ge50 alunas

56

TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227

Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura

O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F

O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem

metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)

discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute

adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia

na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um

julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de

acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para

definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)

Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos

itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde

agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos

(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no

Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes

Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada

um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores

A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados

no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura

geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico

acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)

Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade

de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse

valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis

discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que

apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as

escolas puacuteblicas e privadas

No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana

para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a

nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50

alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo

As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro

dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente

elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela

tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos

27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo

57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins

administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50

alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo

Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola

Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico

(I)lt= 2

Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada

Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo

(II)+ 2 a 4

Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo

Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo

(III)+4 a 5

Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)

Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo

(IV)+ 5 a 6

Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)

Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio

(V)+6 a 7

Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso

Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto

(VI)+ 7 a 8

Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso

Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto

(VII)gt= 8

Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE

Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas

58

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos

puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e

conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos

administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede

estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou

este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio

No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa

conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute

equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora

tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai

do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade

mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo

minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo

mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de

matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais

de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto

O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do

indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos

niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV

Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os

percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos

niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de

mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar

as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo

59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de

alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com

a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos

niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

64

3353

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

2013 2015

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

201

162141

114 109 107

188199189

267

302319

142160

174

23 24 27

2017

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

80

0 02

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

Rural Urbana

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

333

225

21

203 196

137

450

22

284

0

46

60

Graacute

fico

14

Dis

trib

uiccedilatilde

o (

) das

esc

olas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l por

pro

porccedil

atildeo

de a

luna

s lo

caliz

accedilatildeo

rura

l e u

rban

a e

niacuteve

is d

a in

fraes

trut

ura

gera

l 20

17

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

50

45

35

25

15 540

30

20

10 0

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IV

lt50

alu

nas

Rura

lge5

0 a

luna

sU

rban

a

Niacutev

el V

Niacutev

el V

IN

iacutevel

VII

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IVN

iacutevel

VN

iacutevel

VI

Niacutev

el V

II

74

92

366

319

225

22

6

212

181

146

00

0

23

115

18

01

02

02

21

21

194

20

1

454

42

286

441

280

55

61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar

As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do

indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos

que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas

em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes

Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos

dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados

em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores

para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre

resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta

de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem

Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por

exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que

esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de

conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros

As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir

Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011

A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por

Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)

Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos

niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel

ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no

niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII

Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava

pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No

nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos

niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)

Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que

foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que

ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto

Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam

aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis

do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos

de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala

Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)

Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem

o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado

62

Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos

para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos

questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb

Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as

escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas

rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria

Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)

Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido

de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos

a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da

infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente

as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno

Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ

Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)

Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala

de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas

pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE

No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala

SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas

jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo

Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do

presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca

Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)

Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral

deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa

avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo

e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo

temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo

de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios

Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)

Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos

participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico

63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV

e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo

O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para

o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente

Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)

Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os

indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo

jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias

baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no

niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa

melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento

Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os

indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que

as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado

municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias

dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola

Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo

fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura

da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio

Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada

agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade

Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro

se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a

duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados

intermediaacuterios de 2015

O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e

regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos

iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de

infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para

as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a

comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais

No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem

meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral

o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora

todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)

64

Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo

eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras

informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida

satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as

mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil

O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde

Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso

e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e

em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta

uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores

aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do

indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais

e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso

a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as

condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor

Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo

695 375 277

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

711 398 337

Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

679 164 080

Infraestrutura geral 750 513 474

Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65

Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55

Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10

UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste

Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente PrazerosoEspaccedilos

Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

000

200

400

600

800

1000

65

IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo

562 262 248

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

557 300 339

Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

000 076 056

Infraestrutura geral 678 417 455

Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo

727 622 507

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

890 668 569

Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

1000 560 217

Infraestrutura geral 826 666 646

Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT

EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4

EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3

Acesso a serviccedilos

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

Conforto

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente Prazeroso

Ambiente Prazeroso

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

Prevenccedilatildeo de danos

Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Rural

000

200

400

600

800

1000

Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Urbana

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4

INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3

INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

000

200

400

600

800

1000

66

67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Consideraccedilotildees f ina is

Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas

puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros

utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes

cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser

operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas

neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica

Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar

fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema

para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)

ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos

constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)

O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa

(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo

para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve

ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente

dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves

condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros

A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento

este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas

focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de

infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades

deste estudo

Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees

Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens

de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao

estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo

dos indicadores

Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura

geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio

brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade

foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de

escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras

Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre

regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como

mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as

oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas

68

Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo

diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o

nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio

que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo

Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas

nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma

caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico

Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser

descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu

municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento

de accedilotildees e recursos a serem investidos

Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo

observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental

tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade

Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa

de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio

comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola

do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade

Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes

Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo

melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso

a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento

baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta

pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar

com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)

instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e

CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar

no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)

Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional

e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os

indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por

exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e

colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos

Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais

finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e

sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do

Censo Escolar e do Saeb

Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses

sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute

preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica

69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos

de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para

o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os

indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura

aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas

para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para

correccedilatildeo de problemas)

Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo

Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos

envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se

revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional

conforme o propoacutesito deste trabalho

Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado

segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees

mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura

pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas

de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem

conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos

satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado

natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com

deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos

como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito

agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014

Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para

outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola

Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel

macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente

Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo

sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a

qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

70

71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)

ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011

ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500

ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009

ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013

ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014

ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a

ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b

BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010

BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172

BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002

BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007

BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt

BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b

BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001

BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a

BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014

72

BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a

BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b

BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006

MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006

BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011

BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008

CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007

CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte

CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007

CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016

CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008

CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)

DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017

FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)

73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)

GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)

GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007

GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011

GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012

GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt

GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015

GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013

HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200

HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt

INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016

INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016

JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002

JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016

MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012

MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016

NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005

OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006

74

OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en

OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016

OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005

PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012

PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)

PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007

RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008

RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991

SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt

SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000

SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)

SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)

SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt

SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372

SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009

SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013

SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015

SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153

75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012

SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013

SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b

SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a

TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015

UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017

UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015

UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016

VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008

VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016

VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245

WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010

WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015

YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003

ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006

76

77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura

A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais

1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo

Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000

Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de

refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo

criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou

avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas

Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees

disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca

Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas

Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt

OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt

Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt

Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt

As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica

Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas

Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo

Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do

idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos

repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos

trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos

natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de

arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas

por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final

dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais

78

O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees

Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo

Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23

Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho

Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar

Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24

Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador

23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia

24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo

79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho

apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)

A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da

infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo

dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram

associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)

separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem

do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual

Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar

o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para

caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas

pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de

trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para

monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos

poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no

setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma

ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis

Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA

paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)

definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados

CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas

meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice

principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis

RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares

meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

OBSERVACcedilOtildeES

apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise

80

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sBA

RBO

SA

FERN

AN

DES

(2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sldquoIn

fraes

trutu

ra e

equ

ipam

ento

s esc

olar

es c

onse

rvaccedil

atildeo

do p

reacutedi

o c

ondi

ccedilotildees

de

func

iona

men

to d

os e

spaccedil

os

labo

rato

riais

e de

apo

io m

obili

aacuterio

e e

quip

amen

tos

miacuten

imos

inst

alaccedil

otildees e

aacutere

as e

xter

nas e

de

recr

eaccedilatilde

o

rede

de

ensin

o (e

scol

a puacute

blic

apa

rtic

ular

)rdquo (p

162

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sis

tem

a de

Ava

liaccedilatilde

o da

Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a (S

aeb)

de

1997

Var

iaacuteve

is d

o qu

estio

naacuterio

da

esco

la re

fere

ntes

aos

equ

ipam

ento

s es

cola

res

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

res p

or m

eio

da teacute

cnic

a es

tatis

ticas

anaacute

lise

fato

rial q

ue re

duzi

u 33

var

iaacuteve

is in

icia

is pa

ra 7

fato

res

expl

ican

do 7

0 d

a va

riacircnc

ia to

tal

dos d

ados

mas

nes

se tr

abal

ho o

s aut

ores

util

izam

4

fato

res

que

expl

icam

58

da

variacirc

ncia

tota

lSO

ARE

S

CEacuteS

AR

M

AM

BRIN

I (2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sA

infra

estr

utur

a fo

i defi

nida

em

piric

amen

te p

elas

va

riaacuteve

is d

ispo

niacuteve

is n

o qu

estio

naacuterio

das

esc

olas

so

bre

exis

tecircnc

ia e

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo d

e ite

ns

de in

fraes

trut

ura

e es

quip

amen

tos

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b 19

97 V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

sob

re o

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as b

aacutesic

as f

unci

onam

ento

e e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

spec

iacutefica

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

s eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

Con

stru

ccedilatildeo

de in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (

TRI)

mod

elo

Sam

ejim

a pa

ra v

ariaacute

veis

ord

inai

s e

o m

odel

o de

do

is p

aracircm

etro

s

MEC

FU

ND

ESC

O

LA (2

002)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Natildeo

eacute u

ma

pesq

uisa

em

piacuteric

a O

doc

umen

to

desc

reve

os

padr

otildees

miacuten

imos

de

func

iona

men

to

da e

scol

a de

ens

ino

fund

amen

tal r

elat

ivam

ente

ao

ambi

ente

fiacutesi

co e

scol

ar e

spaccedil

o ed

ucat

ivo

mob

iliaacuter

io

e eq

uipa

men

to e

scol

ar e

mat

eria

l did

aacutetic

o F

oi

real

izad

o em

dec

orrecirc

ncia

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo (P

NE)

de

2001

Itens

lista

dos n

o PN

E 20

01 (

1) e

spaccedil

o ilu

min

accedilatildeo

in

sola

ccedilatildeo

ven

tilaccedil

atildeo aacute

gua

potaacute

vel r

ede

eleacutet

rica

segu

ranccedil

a e

tem

pera

tura

am

bien

te(2

) ins

tala

ccedilotildees

sani

taacuteria

s e p

ara

higi

ene

(3) e

spaccedil

os p

ara

espo

rte r

ecre

accedilatildeo

bib

liote

ca

e se

rviccedil

o de

mer

enda

esc

olar

(4)

ada

ptaccedil

atildeo p

ara

o at

endi

men

to d

os a

luno

s por

tado

res d

e ne

cess

idad

es

espe

ciai

s (5

) atu

aliza

ccedilatildeo

e am

plia

ccedilatildeo

do a

cerv

o da

s bi

blio

teca

s (6

) mob

iliaacuterio

equ

ipam

ento

s e m

ater

iais

peda

goacutegi

cos

(7) t

elef

one

e se

rviccedil

o de

repr

oduccedil

atildeo d

e te

xtos

(8)

info

rmaacutet

ica

e eq

uipa

men

to m

ultim

iacutedia

Ap

rese

nta

uma

desc

riccedilatildeo

det

alha

da d

e to

dos

os s

ervi

ccedilos

funccedil

otildees

ativ

idad

es e

am

bie

ntes

na

esc

ola

de e

nsin

o fu

ndam

enta

l em

term

os

de s

uas

cara

cter

iacutestic

as e

aacutere

a de

esp

accedilo

fiacutesic

o ne

cess

aacuteria

par

a as

ativ

idad

es p

edag

oacutegic

as o

u ad

min

istr

ativ

as O

s am

bie

ntes

satildeo

cla

ssifi

cado

s p

or t

ipos

(col

etiv

os p

ara

uma

turm

a ou

vaacuter

ias

turm

as d

e ac

esso

agrave in

form

accedilatildeo

adm

inis

trat

ivo

de

pre

par

o de

alim

ento

s d

e lim

pez

a d

e at

ivid

ades

de

higi

ene

pes

soal

VE

RHIN

E (2

006)

Variaacute

veis

e

cons

truccedil

atildeo d

e In

dica

dore

s

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

elos

ite

ns q

ue c

ompotilde

e o

leva

ntam

ento

de

dado

s pa

ra

subs

idia

r o c

usto

-alu

no-q

ualid

ade

em e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca i

sto

eacute a

s de

pend

ecircnci

as e

xist

ente

s no

preacute

dio

esco

lar

as s

uas

cond

iccedilotildee

s de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

004

2005

Pes

quisa

em

95

esco

las

urba

nas

e ru

rais

de

44 m

unic

iacutepio

s no

s es

tado

s PI

CE

PA

G

O M

G P

R R

S S

P re

des

fede

ral e

stad

ual e

mun

icip

al

que

ofer

tam

cre

che

ens

ino

fund

amen

tal 1

e 2

ens

ino

meacuted

io E

JA e

edu

caccedilatilde

o es

peci

al I

tens

obs

erva

dos

depe

ndecircn

cias

que

ate

ndem

dire

ta e

prio

ritar

iam

ente

os

alu

nos

(natildeo

incl

ui s

alas

de

aula

cuj

a pr

esen

ccedila fo

i co

nsid

erad

a oacuteb

via

em u

ma

unid

ade

esco

lar)

sal

a de

le

itura

bib

liote

ca s

ala

de T

V e

viacutede

o s

ala

de in

form

aacutetic

a

labo

ratoacute

rio c

iecircnc

ias

audi

toacuterio

aacutere

a liv

rer

ecre

io p

arqu

e in

fant

il pi

scin

a c

opa

cozi

nha

refe

itoacuterio

can

tina

be

rccedilaacuter

io d

orm

itoacuterio

ban

heiro

alu

nos

As

depe

ndecircn

cias

esc

olar

es fo

ram

ver

ifica

das

quan

tifica

das

anal

isad

as q

uant

o agrave

cond

iccedilatildeo

de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o s

egun

do u

ma

esca

la

de 3

pon

tos

send

o 1

ruim

2 r

egul

ar e

3 b

om

Fora

m c

riado

s do

is in

dica

dore

s Iacuten

dice

de

Con

diccedilatilde

o de

Uso

das

Preacute

dio

(Indp

red)

e Iacuten

dice

de

Con

serv

accedilatildeo

do

Preacuted

io (I

ndpr

ed)

calc

ulad

os p

elo

som

a do

s va

lore

s as

soci

ados

a c

ada

depe

ndecircn

cia

e di

vidi

ndo-

se e

sse

nuacutem

ero

pelo

nuacutem

ero

tota

l de

dep

endecirc

ncia

s da

esc

ola

O v

alor

meacuted

io fo

i co

loca

do e

m u

ma

esca

la d

e tr

ecircs n

iacutevei

s 3

pon

tos

bom

2 a

29

- re

gula

r e

lt 2

rui

m

BIO

ND

I FE

LIacuteC

IO (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Pr

esen

ccedila d

e ite

ns d

ecla

rado

s no

Cen

so E

scol

ar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so e

scol

ar d

e 19

99 e

200

3

Itens

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a a

cess

o agrave

Inte

rnet

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

po

r tur

ma

na 4

ordf seacuter

ie d

o en

sino

fund

amen

tal n

uacutemer

o de

mat

riacutecul

as n

o en

sino

fund

amen

tal m

eacutedia

de

hora

s-au

la d

iaacuteria

s na

4ordf s

eacuterie

do

EF u

so d

o co

mpu

tado

r com

o re

curs

o pe

dagoacute

gico

Util

izou

as

variaacute

veis

sepa

rada

men

te p

ara

rela

cion

aacute-la

s a

resu

ltado

s es

cola

res

Cont

inua

81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

ERQ

UEI

RA

SAW

ER (2

007)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoRec

urso

s esc

olar

es e

nten

dido

s com

o in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s exi

sten

tes

[] i

i) in

fra-e

stru

tura

ex

isten

te n

a es

cola

em

que

se p

rete

nde

tradu

zir o

po

tenc

ial d

e ca

da e

stab

elec

imen

to e

scol

ar e

m te

rmos

do

s rec

urso

s e in

stal

accedilotildee

s disp

oniacutev

eis [

]rdquo (

P 54

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

000

Iten

s Bi

blio

teca

Sal

a de

pro

fess

ores

Vid

eote

ca L

abor

atoacuter

io d

e In

form

aacutetic

a L

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as S

ala

de T

VViacute

deo

Co

zinh

a Q

uadr

a de

esp

orte

s Re

feitoacute

rio IN

EP E

sgot

o in

exist

ente

Viacuted

eo T

V A

nten

a pa

raboacute

lica

Red

e lo

cal

Inte

rnet

Im

pres

sora

e C

ompu

tado

r

Gra

de o

f Mem

bers

hip

ndash G

oM M

eacutetod

o m

ultiv

aria

do

que

iden

tifica

gru

pos

late

ntes

por

sim

ilarid

ade

entr

e os

iten

s e

diss

imila

ridad

e en

tre

grup

os fo

rmad

os

Apr

esen

ta a

iden

tifica

ccedilatildeo

dos

grup

os e

a d

escr

iccedilatildeo

de

dua

s di

fere

nccedilas

FRA

NCO

et

al

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

Exis

tecircnc

ia e

con

serv

accedilatildeo

de

equi

pam

ento

s de

ntro

da

esc

ola

cha

mad

os d

e ldquoR

ecur

sos

esco

lare

srdquo e

ldquoBib

liote

ca e

m s

ala

de a

ulardquo

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

que

stio

naacuterio

da

esco

la e

do

dire

tor d

o Sa

eb 2

001

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Indi

cado

r de

Ex

istecirc

ncia

e c

onse

rvaccedil

atildeo d

e eq

uipa

men

tos

da

esco

la N

atildeo h

aacute de

talh

amen

to s

obre

qua

is s

atildeo a

s va

riaacuteve

is d

e eq

uipa

men

tos

esco

lare

sPO

NTI

LI

KASS

OU

F (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

In

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a pe

la p

rese

nccedila

de b

iblio

teca

e

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

aD

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

de

2000

Pr

opor

ccedilatildeo

de e

scol

as c

om b

iblio

teca

s e

labo

ratoacute

rios

de in

form

aacutetic

a a

leacutem

do

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

por

tu

rma

em c

ada

mun

iciacutep

io

Taxa

s ca

lcul

adas

par

a ca

da m

unic

iacutepio

a p

artir

das

oc

orrecirc

ncia

s do

s ite

ns n

as e

scol

as n

eles

loca

lizad

as

SAacuteTY

RO

SOA

RES

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

dam

ente

ldquo[]

ser

viccedilo

s baacute

sico

s co

mo

aacutegua

ele

tric

idad

e e

esgo

tam

ento

san

itaacuterio

dep

endecirc

ncia

s es

cola

res

exis

tecircnc

ia d

e bi

blio

teca

ou

sala

de

leitu

ra

infra

estr

utur

a de

com

unic

accedilatildeo

e in

form

accedilatildeo

[]

Pr

eacutedio

s e

inst

alaccedil

otildees

adeq

uada

s ex

istecirc

ncia

de

bibl

iote

ca e

scol

ar e

spaccedil

os e

spor

tivos

e la

bora

toacuterio

s ac

esso

a li

vros

did

aacutetic

os m

ater

iais

de

leitu

ra e

pe

dagoacute

gico

s re

laccedilatilde

o ad

equa

da e

ntre

o n

uacutemer

o de

al

unos

e o

pro

fess

or n

a sa

la d

e au

la e

mai

or te

mpo

ef

etiv

o de

aul

a [

]rdquo (P

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 1

997

e 20

05

Itens

(1)

Infra

estr

utur

a baacute

sica

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a d

e aacuteg

ua e

esg

oto

e ex

istecirc

ncia

de

sani

taacuterio

na

esco

la (

2) D

epen

decircnc

ias

dire

toria

se

cret

aria

sal

a de

pro

fess

ores

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a c

ozin

ha d

epoacutes

ito

de a

limen

tos

refe

itoacuterio

paacutet

io q

uadr

a p

arqu

e in

fant

il

dorm

itoacuterio

ber

ccedilaacuterio

san

itaacuterio

fora

do

preacuted

io s

anitaacute

rio

dent

ro d

o pr

eacutedio

san

itaacuterio

ade

quad

o agrave

preacute-

esco

la

e sa

nitaacute

rio a

dequ

ado

a al

unos

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais

ace

ssib

ilida

de e

(3) E

quip

amen

tos

peda

goacutegi

cos

com

puta

dore

s e

aces

so agrave

inte

rnet

o

uso

para

fins

ped

agoacuteg

icos

dos

equ

ipam

ento

s de

in

form

aacutetic

a e

a ex

istecirc

ncia

de

tele

visatilde

o e

retr

opro

jeto

r

Des

criccedil

atildeo d

os b

loco

s de

iten

s e

cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dore

s p

or m

eio

da a

naacutelis

e fa

toria

l p

ara

os b

loco

s ldquoD

epen

decircnc

ias

exis

tent

esrdquo e

ldquoE

quip

amen

tos

ped

agoacuteg

icos

rdquo

RIA

NI

RIO

S-N

ETO

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

de

itens

dec

lara

dos

no C

enso

Esc

olar

D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

200

0 It

ens

qu

adra

s de

esp

orte

bib

liote

cas

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

de c

iecircnc

ias

Prod

uccedilatildeo

de

um fa

tor d

e in

fraes

trut

ura

[os

auto

res

natildeo

escl

arec

em o

meacutet

odo

de e

stim

accedilatildeo

do

fato

r]

CN

E (2

010)

Variaacute

veis

[d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

O d

ocum

ento

do

CN

E no

rmat

iza

o tr

abal

ho d

e Pi

nto

(200

6) e

Car

reira

e P

into

(200

7) d

a Ca

mpa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave E

duca

ccedilatildeo

com

o re

ferecirc

ncia

pa

ra o

caacutel

culo

do

Cust

o-A

luno

Qua

lidad

e in

icia

l (C

AQ

i) A

Infa

estr

utur

a da

esc

ola

junt

o co

m it

ens

de

pess

oal

alim

enta

ccedilatildeo

adm

inis

traccedil

atildeo e

out

ros

satildeo

os

insu

mos

nec

essaacute

rios

para

gar

antir

o p

adratilde

o m

iacutenim

o de

qua

lidad

e de

ens

ino

na E

duca

ccedilatildeo

Baacutesi

ca

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to li

sta

todo

s os

itens

(esp

accedilos

mob

iliaacuter

io e

quip

amen

tos p

edag

oacutegic

os

adm

inist

rativ

os e

de

apoi

o) q

ue c

ompotilde

em o

CAQ

i por

et

apa

de e

nsin

o V

er n

o An

exo

1 o

deta

lham

ento

de

itens

pa

ra o

s ano

s ini

ciai

s e fi

nais

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to n

orm

atiz

a o

CAQ

i o

que

signi

fica

que

todo

s os

sist

emas

de

ensin

o de

vem

gar

antir

os

itens

list

ados

par

a al

canccedil

ar

o pa

dratildeo

miacuten

imo

de q

ualid

ade

do e

nsin

o

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

82

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sA

LMEI

DA

et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rCo

ndiccedil

otildees

gera

is c

ondi

ccedilotildees

ped

agoacuteg

icas

e

cond

iccedilotildee

s de

ace

ssib

ilida

de e

spec

ial

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

200

8

Itens

org

aniz

ados

em

doi

s gr

upos

(1)

Con

diccedilotilde

es

gera

is l

ocal

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

red

e de

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua r

ede

de a

bast

ecim

ento

de

ene

rgia

eleacute

tric

a e

scoa

men

to d

e es

goto

e c

olet

a de

lixo

(2)

Con

diccedilotilde

es p

edag

oacutegic

as s

alas

de

dire

tor e

pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

s de

info

rmaacutet

ica

e de

ciecirc

ncia

s qu

adra

de

espo

rte

bib

liote

ca e

ban

heiro

den

tro

do

preacuted

io d

a es

cola

O iacuten

dice

foi c

onst

ruiacuted

o co

m d

uas

teacutecn

icas

es

tatiacutes

ticas

(a)

Teo

ria d

e re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

e (b

) Anaacute

lise

de V

ariaacute

veis

Lat

ente

s (L

EM)

que

requ

er a

defi

niccedilatilde

o a

prio

ri do

nuacutem

ero

de c

lass

es O

m

odel

o ap

rese

ntou

mel

hor a

just

e fo

i o q

ue c

onto

u co

m tr

ecircs c

lass

es q

ue re

sulto

u em

um

a va

riaacuteve

l ca

tegoacute

rica

cuja

flut

uaccedilatilde

o eacute

base

ada

nos

itens

mai

s di

scrim

inan

tes

da in

fraes

trut

ura

GO

MES

REG

IS

(201

2)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rA

Infra

estr

utur

a e

os R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

dize

m

resp

eito

aos

mat

eria

is fiacute

sico

s e

didaacute

ticos

dis

poniacute

veis

na

s es

cola

s in

clui

ndo

os p

reacutedi

os a

s sa

las

os

equi

pam

ento

s os

livr

os d

idaacutet

icos

den

tre

outr

os

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar e

da

Prov

a Br

asil

2009

das

esc

olas

puacuteb

licas

da

Regi

atildeo M

etro

polit

ana

do R

io d

e Ja

neiro

Var

iaacuteve

is d

o Ce

nso

Esco

lar

Sala

dos

Pr

ofes

sore

s La

bora

toacuterio

de

Info

rmaacutet

ica

Lab

orat

oacuterio

de

Ciecirc

ncia

s Q

uadr

a de

Esp

orte

s Bi

blio

teca

e S

ala

de

Leitu

ra V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a Pr

ova

Bras

il e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

de

algu

ns it

ens

quai

s se

jam

tel

hado

pa

rede

s pi

so e

ntra

das

do p

reacutedi

o p

aacutetio

cor

redo

res

sala

s de

aul

a p

orta

s ja

nela

s ba

nhei

ros

cozi

nha

in

stal

accedilotildee

s hi

draacuteu

licas

e in

stal

accedilotildee

s el

eacutetric

as

Os

iacutendi

ces

de in

fraes

trut

ura

e de

Rec

urso

s pe

dagoacute

gico

s fo

ram

obt

idos

por

mei

o de

Anaacute

lise

fato

rial

meacutet

odo

de a

naacutelis

e de

com

pone

ntes

pr

inci

pais

O p

rimei

ro c

om v

ariaacute

veis

do

Cens

o Es

cola

r e o

seg

undo

com

as

variaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

da

Prov

a Br

asil

MA

RRI

RACC

HU

MI

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

e va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

te

(1) C

ondi

ccedilotildees

miacuten

imas

inf

raes

trut

ura

indi

spen

saacuteve

l em

qua

lque

r esc

ola

e (2

) Con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as

adic

iona

is agrave

s co

ndiccedil

otildees

miacuten

imas

e a

umen

tam

a

capa

cida

de d

a es

cola

de

inte

grar

-se

agrave co

mun

idad

e e

de re

aliz

ar c

om e

fetiv

idad

e o

trab

alho

edu

cativ

o

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o es

cola

r par

a M

inas

G

erai

s (1

) con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as s

anitaacute

rio e

letr

icid

ade

ab

aste

cim

ento

de

aacutegua

esg

oto

sani

taacuterio

e c

ozin

ha)

e (2

) co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as q

uadr

a de

esp

orte

s par

a es

cola

s com

m

ais d

e 30

0 m

atriacutec

ulas

ace

sso

agrave in

tern

et s

ala

dire

tor o

u sa

la d

e pr

ofes

sor

bibl

iote

ca o

u sa

la d

e le

itura

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias o

u de

info

rmaacutet

ica

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

desc

reve

r as

esc

olas

e c

ria d

ois

indi

cado

res

de c

ondi

ccedilotildees

m

iacutenim

as e

con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as (

1) a

esc

ola

poss

ui

toda

s as

con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as v

ersu

s natilde

o po

ssui

ao

men

os u

ma

cond

iccedilatildeo

e (2

) a e

scol

a po

ssui

toda

s as

co

ndiccedil

otildees

baacutesi

cas

vers

us e

scol

as q

ue n

atildeo p

ossu

em

3 ou

mai

s co

ndiccedil

otildees

PASS

AD

OR

C

ALH

AD

O

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

aus

ecircnci

a de

iten

s do

Cen

so E

scol

ar -

moacuted

ulo

esco

la

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o Es

cola

r 200

4 re

fere

nte

agraves

esco

las p

uacuteblic

as d

e Ri

beiratilde

o Pr

eto

(SP)

Var

iaacuteve

is (a

) ser

viccedilo

s baacute

sicos

(ene

rgia

aacutegu

a en

cana

da d

ispon

ibilid

ade

de aacute

gua

potaacute

vel p

ara

os a

luno

s es

goto

e e

xist

ecircnci

a de

ban

heiro

de

ntro

da

esco

la)

(b) b

iblio

teca

(c) q

uadr

a es

port

iva

(d)

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

(e) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as

Esco

las c

lass

ifica

das e

m o

rdem

cre

scen

te d

a pi

or p

ara

a m

elho

r inf

raes

trutu

ra

Cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s de

aco

rdo

com

as

confi

gura

ccedilotildees

(tip

olog

ias)

refe

rent

e agrave

com

bina

ccedilatildeo

de it

ens

de in

fraes

trut

ura

For

am d

efini

das

31

confi

gura

ccedilotildees

par

a en

quad

ram

ento

da

esco

la

form

adas

por

com

bina

ccedilatildeo

dos

dife

rent

es it

ens

SOA

RES

et a

l (2

012)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sIn

sum

os e

scol

ares

que

car

acte

rizam

a o

rgan

izaccedil

atildeo

da e

scol

a e

xist

ecircnci

a e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o de

eq

uipa

men

tos

na e

scol

a in

staccedil

otildees

e co

ndiccedil

otildees

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s da

Pro

va B

rasi

l de

2007

e 2

009

Q

uest

ionaacute

rio d

a es

cola

Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

por m

eio

de M

odel

os

da T

eoria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) m

odel

o Sa

mej

ima

para

var

iaacuteve

is o

rdin

ais

e o

mod

elo

de

dois

par

acircmet

ros

Fora

m e

stim

ados

trecircs

indi

cado

res

cons

erva

ccedilatildeo

equ

ipam

ento

s es

cola

res

e in

stal

accedilotildee

s

83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sM

EC

FND

E

PDE

(201

3)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o pa

ra

diag

noacutest

ico

da

rede

de

ensi

no]

A in

fraes

trut

ura

eacute um

das

dim

ensotilde

es d

o di

agnoacute

stic

o m

unic

ipal

sob

re a

edu

caccedilatilde

o D

imen

satildeo

4 -

Infra

estr

utur

a Fiacute

sica

e R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

Este

di

agnoacute

stic

o eacute

uma

das

etap

a do

Pla

no d

e A

ccedilotildees

A

rtic

ulad

as (P

AR)

do

FND

E

Dia

gnoacutes

tico

sobr

e a

rede

puacuteb

lica

de e

nsin

o re

aliz

ado

por e

quip

e lo

cal s

egun

do o

s se

guin

tes

indi

cado

res

Aacutere

a 1

ndash In

stal

accedilotildee

s fiacutes

icas

da

secr

etar

ia m

unic

ipal

de

educ

accedilatildeo

(2 in

dica

dore

s)

Aacutere

a 2

ndash Co

ndiccedil

otildees

da re

de

fiacutesic

a es

cola

r exi

sten

te (1

2 in

dica

dore

s) Aacute

rea

3 ndash

Uso

de

tecn

olog

ias

(4 in

dica

dore

s) e

Aacutere

a 4

ndash Re

curs

os

peda

goacutegi

cos

para

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

aacutetic

as

peda

goacutegi

cas

que

cons

ider

em a

div

ersid

ade

das

dem

anda

s ed

ucac

iona

is (4

indi

cado

res)

Cada

indi

cado

r dev

e se

r ava

liado

com

not

a de

1 a

4

Os

criteacute

rios

de p

ontu

accedilatildeo

satildeo

4 s

e a

desc

riccedilatildeo

ap

onta

par

a um

a si

tuaccedil

atildeo p

ositi

va 3

se

a de

scriccedil

atildeo

apon

ta p

ara

uma

situ

accedilatildeo

que

apr

esen

ta m

ais

aspe

ctos

pos

itivo

s do

que

neg

ativ

os 2

se

a de

scriccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

insu

ficie

nte

co

m m

ais

aspe

ctos

neg

ativ

os d

o qu

e po

sitiv

os e

1

se a

des

criccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

criacutet

ica

SOA

RES

ALV

ES

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquoE

xist

ecircnci

a de

vaacuter

ios

equi

pam

ento

s no

s es

tabe

leci

men

tos

de e

nsin

ordquo (P

151

)Ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar 2

010

loca

l de

func

iona

men

to

aacutegua

ene

rgia

esg

oto

lixo

lab

orat

oacuterio

s bi

blio

teca

sa

nitaacute

rios

com

puta

dore

s pa

ra u

so d

a ad

min

istra

ccedilatildeo

co

mpu

tado

res

para

uso

dos

alu

nos

alim

enta

ccedilatildeo

qu

adra

TV

vid

eoca

sset

e D

VD p

arab

oacutelic

a c

opia

dora

re

trop

roje

tor

e im

pres

sora

Para

con

stru

ccedilatildeo

do in

dica

dor d

e in

fraes

trut

ura

foi

utili

zado

um

mod

elo

de T

eoria

de

Resp

osta

ao

Item

(T

RI) q

ue e

stim

a um

traccedil

o la

tent

e a

part

ir do

s ite

ns

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013a

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] a

s co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is d

as e

scol

asrdquo (

P 80

) ldquo[

]

suas

est

rutu

ras

mat

eria

isrdquo (P

81)

ldquo[]

car

acte

rizaccedil

atildeo

infra

estr

utur

a e

equi

pam

ento

srdquo (P

82)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

24

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la aacute

gua

cons

umid

a pe

los

alun

os a

bast

ecim

ento

de

aacutegua

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a e

sgot

o sa

nitaacute

rio s

ala

de d

ireto

ria s

ala

de p

rofe

ssor

lab

orat

oacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias

sala

de

aten

dim

ento

esp

ecia

l qu

adra

de

espo

rtes

cob

erta

des

cobe

rta

coz

inha

bib

liote

ca

parq

ue in

fant

il b

erccedilaacute

rio s

anitaacute

rio fo

ra o

u de

ntro

do

preacuted

io s

anitaacute

rio p

ara

educ

accedilatildeo

infa

ntil

san

itaacuterio

pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

dep

endecirc

ncia

s pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

tv

dvd

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ompu

tado

res

e in

tern

et

Mod

elo

logiacute

stic

o di

cotocirc

mic

o de

doi

s pa

racircm

etro

s da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

que

redu

z o

conj

unto

dos

iten

s a

um tr

accedilo

late

nte

Est

e tr

accedilo

late

nte

expr

essa

a e

scal

a de

infra

estr

utur

a q

ue fo

i tr

ansf

orm

ada

para

o in

terv

alo

de 0

a 1

00 e

apoacute

s a

sua

inte

rpre

taccedilatilde

o fo

i div

idid

a em

qua

tro

gran

des

niacuteve

is d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar

elem

enta

r baacute

sica

ad

equa

da e

ava

nccedilad

a

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013b

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] c

ondi

ccedilotildees

de

infra

estr

utur

a es

cola

r []

incl

ui

mat

eria

is d

idaacutet

icos

equ

ipam

ento

s e

estr

utur

as

fiacutesic

as a

prop

riada

srdquo (p

377

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

o tr

abal

ho

utili

za a

esc

ala

de in

fraes

trut

ura

desc

rita

em o

utro

tr

abal

ho d

os m

esm

os a

utor

es (S

OA

RES

NET

O e

t al

20

13a)

Teor

ia d

e Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Ver S

oare

s N

eto

et

al (

2013

a) A

nalis

aram

um

a su

b-am

ostr

a de

esc

olas

pe

quen

as a

quel

as c

om a

teacute 1

0 tu

rmas

e 2

00 a

luno

s

PIER

I SA

NTO

S (2

014)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

exis

tecircnc

ia d

e ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar

Infra

estr

utur

a el

emen

tar (

aacutegua

esg

oto

e en

ergi

a) r

ecur

sos

fiacutesic

os (e

squi

pam

ento

s e

espa

ccedilos

para

a p

raacutetic

a de

at

ivid

ades

rela

cion

adas

ao

ambi

ente

edu

caci

onal

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

20

12 I

tens

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

aacutegu

a aacute

gua

filtr

ada

esg

oto

preacute

dio

esco

lar

cole

ta d

e lix

o e

nerg

ia

eleacutet

rica

qua

dra

bib

liote

ca o

u sa

la d

e le

itura

san

itaacuterio

sa

nitaacute

rio P

NE

dep

endecirc

ncia

PN

E s

ala

de a

tend

imen

to

espe

cial

TV

DVD

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ozin

ha

sala

da

dire

toria

sal

a do

s pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio d

e ci

ecircnci

as c

ompu

tado

res

O iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a fo

i est

imad

o po

r mei

o da

an

aacutelis

e fa

toria

l

84

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

T C

AC

(201

5)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o]

Dim

ensatilde

o 4

do C

usto

Alu

no Q

ualid

ade

(CA

C)

prev

isto

na

Met

a 20

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo

(PN

E) 2

014

que

defi

ne o

s pa

drotildee

s m

iacutenim

os d

e in

stal

accedilotildee

s e

recu

rsos

edu

caci

onai

s qu

e ab

rigue

m

adeq

uada

men

te a

s at

ivid

ades

pre

vist

as p

ara

a jo

rnad

a es

cola

r e o

fere

ccedilam

con

diccedilotilde

es d

e tr

abal

ho

aos

profi

ssio

nais

que

nel

a at

uam

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

Gru

po d

e Tr

abal

ho (G

T)

foi i

nstit

uiacutedo

pel

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

(MEC

) par

a el

abor

ar e

stud

os s

obre

a e

xecu

ccedilatildeo

das

estr

ateacuteg

ias

que

trat

am d

o C

AQ

e C

AQ

i na

Met

a 20

do

PNE

2014

) O

GT

reco

men

da o

exa

me

das

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

a (s

alas

de

aula

ref

eitoacute

rio c

ozin

ha b

anhe

iros

bibl

iote

ca

sala

de

prof

esso

res

luz

aacutegu

a c

olet

a de

lixo

) do

s eq

uipa

men

tos

disp

oniacutev

eis

(com

puta

dore

s pr

ojet

ores

m

obili

aacuterio

fibr

a oacutep

tica

ant

enas

) e d

os re

curs

os

educ

acio

nais

(liv

ros

didaacute

ticos

bib

liote

ca r

ecur

sos

digi

tais

)

Os p

adrotilde

es m

iacutenim

os d

e in

fraes

trutu

ra d

evem

leva

r em

con

ta a

com

bina

ccedilatildeo

de c

ompo

nent

es d

o CA

Q

cons

ider

ando

o e

spaccedil

o e

os re

curs

os q

ue c

onfe

rem

fu

ncio

nalid

ade

a es

ses e

spaccedil

os E

xem

plos

de

com

bina

ccedilotildees

(a)

aacutere

a di

spon

iacutevel

e c

om a

cess

ibili

dade

pa

ra a

s ativ

idad

es d

e en

sino

cul

tura

e e

spor

tes

(b)

aacuterea

disp

oniacutev

el p

ara

a ge

statildeo

e a

s ativ

idad

es d

e ap

oio

(c

) ace

sso

a liv

ros e

out

ros r

ecur

sos d

idaacutet

icos

(d)

ac

esso

agrave in

tern

et f

requ

ecircnci

a e

velo

cida

de d

e co

nexatilde

o

(e) a

tuaccedil

atildeo c

om o

utro

s ato

res p

ara

a ob

tenccedil

atildeo d

e es

paccedilo

s e m

ater

iais

com

plem

enta

res p

ara

a re

aliz

accedilatildeo

do

Pro

jeto

Ped

agoacuteg

ico

TRIB

UN

AL

DE

CON

TAS

DA

U

NIAtilde

O (2

015)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Exis

tecircnc

ia e

a a

dequ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

de

labo

ratoacute

rio b

iblio

teca

par

que

infa

ntil

qua

dra

de e

spor

te s

ala

de a

ula

ban

heiro

s e

cozi

nha

nas

esco

las

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s de

uso

dire

to d

os a

luno

s (p

2)

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

015

ver

ifica

ccedilatildeo

in lo

co d

e 67

9 es

cola

s puacute

blic

as e

m to

do o

paiacute

s Se

leccedilatilde

o de

esc

olas

em

qua

tro

estaacute

gios

(1o ) s

elec

iona

da a

esc

ola

da re

de

de e

duca

ccedilatildeo

do e

stad

o (o

u do

mun

iciacutep

io) c

om p

ior

nota

na

esca

la d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar (

SOA

RES

NET

O

et a

l 20

13a)

(2o ) s

elec

iona

das

outr

as tr

ecircs e

scol

as d

e ta

man

hos

dive

rsos

da

prim

eira

ist

o eacute

um

a es

cola

m

uito

peq

uena

out

ra p

eque

na u

ma

meacuted

ia e

out

ra

gran

de (

3o ) sel

ecio

nado

s qu

atro

mun

iciacutep

ios

vizi

nhos

ca

da u

m c

om q

uatr

o es

cola

s co

m o

s m

esm

os c

riteacuter

ios

de p

ior n

ota

na e

scal

a de

infra

estr

utur

a e

tam

anho

da

esco

la e

(4o ) a

mos

tra

foi c

ompl

etad

a co

m e

scol

as d

a ca

pita

l e d

e m

unic

iacutepio

s vi

zinh

os a

ela

Ava

liaccedilatilde

o de

nov

e m

acro

s am

bien

tes

Aacutegu

a

Ace

ssib

ilida

de Aacute

rea

Exte

rna

Qua

dra

Parq

uinh

o

Sala

s de

Aul

a B

iblio

teca

Inf

raes

trut

ura

de M

eren

da

Labo

ratoacute

rio d

e In

form

aacutetic

a e

Banh

eiro

s Em

cad

a um

rece

bu u

ma

pont

uaccedilatilde

o em

div

erso

s ite

ns

por e

xem

plo

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is (p

iso

teto

e

pare

de)

situ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

eleacutet

ricas

es

tado

de

cons

erva

ccedilatildeo

e de

hig

iene

lim

peza

ac

essi

bilid

ade

etc

A n

ota

final

foi o

btid

a pe

la s

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s de

cad

a su

bite

m

Para

cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s fo

ram

cria

dos

quat

ro

padr

otildees

de q

ualid

ade

Pre

caacuteria

aci

ma

de 4

5 po

ntos

Ru

im e

ntre

30

e 45

pon

tos

Ace

itaacuteve

l en

tre

15 e

30

pont

os e

Boa

aba

ixo

de 1

5 po

ntos

A

LVES

XAV

IER

(201

6)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

ldquoas

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

sua

s co

ndiccedil

otildees

de

cons

erva

ccedilatildeo

a e

xist

ecircnci

a de

mat

eria

l did

aacutetic

o e

para

didaacute

tico

e a

s co

ndiccedil

otildees

de u

so e

de

func

iona

men

to d

e bi

blio

teca

s la

bora

toacuterio

s sa

las

de a

ula

dep

endecirc

ncia

s ad

min

istr

ativ

as e

out

ras

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

ardquo (p

76)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b de

200

7 2

009

201

1 e

2013

Ite

ns d

os q

uest

ionaacute

rios

da e

scol

a d

o di

reto

r e

do p

rofe

ssor

qua

dras

lab

orat

oacuterio

s au

ditoacute

rio s

ala

de a

rtes

e d

e m

uacutesic

a b

iblio

teca

vol

ume

de u

suaacuter

ios

exis

tecircnc

ia d

e pe

ssoa

l res

pons

aacutevel

uso

s pe

dagoacute

gico

s tip

os d

e us

uaacuterio

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

ace

rvo

co

mpu

tado

res

aces

so agrave

inte

rnet

apa

relh

os d

e au

diov

isua

l im

pres

sora

s e

tele

foni

a c

onse

rvaccedil

atildeo d

e pa

rede

s te

lhad

os s

alas

de

aula

ban

heiro

s ilu

min

accedilatildeo

al

eacutem d

e ex

istecirc

ncia

de

depr

edaccedil

otildees

e ou

tros

asp

ecto

s

Fora

m e

stim

ados

qua

tro

indi

cado

res

por m

eio

da T

RI (m

odel

o de

Sam

ejim

a) i

nsta

ccedilotildees

do

preacuted

io b

iblio

teca

equ

ipam

ento

s pe

dagoacute

gico

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o A

s es

cala

s or

igin

ais

dos

indi

cado

res

em d

esvo

s-pa

dratildeo

for

am

tran

sfor

mad

as p

ara

o in

terv

alo

de 0

a 1

0 P

ara

uso

em a

naacutelis

es d

escr

itiva

s os

indi

cado

res

fora

m

cate

goriz

ados

em

qua

rtis

85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

AVA

LCA

NTI

(2

016)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Defi

ne a

infra

estr

utur

a co

m re

ferecirc

ncia

ao

CAQ

- Cu

sto

Alu

no Q

ualid

ade

da C

ampa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave

Educ

accedilatildeo

(CA

RREI

RA P

INTO

200

7) q

ue v

incu

la

qual

idad

e do

s pr

oces

sos

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

agrave

qual

idad

e do

s in

sum

os u

tiliz

ados

(p 2

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

014

Loc

al d

e fu

ncio

nam

ento

inad

equa

do d

a es

cola

(bar

racatilde

o

casa

de

prof

esso

r ig

reja

gal

patildeo)

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua in

exis

tent

e ou

inad

equa

do (c

acim

ba p

occedilo

rio

coacute

rreg

o) e

sgot

o sa

nitaacute

rio in

exis

tent

e d

estin

accedilatildeo

de

lixo

inad

equa

da a

usecircn

cia

de d

epen

decircnc

ias

baacutesi

cas

(bib

liote

ca l

abor

atoacuter

ios

quad

ra e

spor

tiva

ban

heiro

s co

m a

cess

ibili

dade

) au

secircnc

ia d

e eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

esse

ncia

is (c

opia

dora

viacuted

eo c

asse

te T

V

Dat

asho

w c

ompu

tado

r im

pres

sora

int

erne

t)

Crio

u o

indi

cado

r IPR

FEM

(Iacutend

ice

de P

reca

rieda

de d

a Re

de F

iacutesica

Esc

olar

Mun

icip

al) e

spec

ifica

men

te p

ara

a pe

squi

saS

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s da

s pa

ra

cada

esc

ola

da re

de P

esos

de

acor

do c

om o

impa

cto

de c

ada

item

na

cond

iccedilatildeo

de

prec

arie

dade

do

esta

bele

cim

ento

o c

onhe

cim

ento

da

pesq

uisa

dora

so

bre

a re

de fiacute

sica

esco

lar e

a e

xper

iecircnc

ia c

om o

tr

abal

ho p

edag

oacutegic

o O

resu

ltado

do

indi

cado

r no

niacuteve

l da

rede

esc

olar

foi c

alcu

lada

pel

a m

eacutedia

dos

va

lore

s ob

tidos

por

toda

s as

esc

olas

mun

icip

ais

MAT

OS

RO

DRI

GU

ES

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoEqu

ipam

ento

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o es

cola

rrdquo (p

666

)D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

201

3 e

xist

ecircnci

a de

loc

al p

roacutepr

io d

e fu

ncio

nam

ento

da

esco

la aacute

gua

trat

ada

ene

rgia

eleacute

tric

a s

anea

men

to b

aacutesic

o (c

olet

a de

lixo

de

esgo

to e

pre

senccedil

a de

ban

heiro

na

esco

la)

outr

os e

spaccedil

os e

recu

rsos

esc

olar

es (b

iblio

teca

la

bora

toacuterio

can

tina

com

puta

dore

s e

outr

os

equi

pam

ento

s el

etrocirc

nico

s)

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

r de

infra

estru

tura

por

mei

o de

M

odel

os d

a Te

oria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) A

esca

la

orig

inal

foi c

onve

rtid

a pa

ra v

alor

es d

e ze

ro a

10

OLI

VEIR

A

PERE

IRA

JR

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s P

erce

pccedilatildeo

das

con

diccedilotilde

es d

a sa

la d

e au

la N

iacutevel

de

adeq

uaccedilatilde

o da

sal

a de

aul

a ndash

loca

l ond

e g

eral

men

te

os p

rofe

ssor

es p

assa

m a

mai

or p

arte

do

tem

po d

e tr

abal

ho O

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e do

cent

e ne

cess

ita d

e co

ndiccedil

otildees

apro

pria

das

de a

spec

tos

ambi

enta

is e

est

rutu

rais

afe

tand

o ta

nto

alun

os

quan

to p

rofe

ssor

es

Dad

os p

rimaacuter

ios

do su

rvey

Tra

balh

o D

ocen

te n

a Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a no

Bra

sil (

TDEB

B) d

e 20

10 c

om c

erca

de

6 m

il pr

ofiss

iona

is d

a ed

ucaccedil

atildeo e

m e

scol

as p

uacuteblic

as

de s

ete

esta

dos

bras

ileiro

s Va

riaacuteve

is d

e pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

esc

ola

ven

tilaccedil

atildeo e

ilum

inaccedil

atildeo d

a sa

la

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

as p

ared

es d

a s

ala

de a

ula

ruiacuted

o or

igin

ado

na s

ala

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

a sa

la e

spec

iacutefica

de

con

vivecirc

ncia

e re

pous

o c

ondi

ccedilotildees

dos

ban

heiro

s pa

ra fu

ncio

naacuterio

s co

ndiccedil

otildees

dos

equi

pam

ento

s (T

V v

iacutedeo

som

etc

) e

con

diccedilotilde

es d

os re

curs

os

peda

goacutegi

cos

(qua

dro

Xer

oxli

vros

did

aacutetic

os e

tc)

Estim

ou-s

e do

is in

dica

dore

s pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

sal

a de

aul

a e

perc

epccedilatilde

o da

s co

ndiccedil

otildees

da u

nida

de e

scol

ar p

or m

eio

da

teacutecn

ica

esta

tiacutestic

a de

nom

inad

a m

odel

agem

de

equa

ccedilotildees

est

rutu

rais

(MEE

) O

s in

dica

dore

sfor

am

padr

oniz

ados

no

inte

rval

o de

0 a

1 s

endo

o v

alor

m

iacutenim

o (0

) ref

eren

te agrave

pio

r situ

accedilatildeo

pos

siacuteve

l e o

va

lor m

aacutexim

o (1

) agrave

mel

hor

Adi

cion

alm

ente

os

resu

ltado

s do

s in

dica

dore

s fo

ram

cla

ssifi

cado

s em

qu

atro

cat

egor

ias

GO

MES

D

UA

RTE

(201

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

O te

rmo

infra

estr

utur

a es

cola

r []

refe

re-s

e agraves

co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is e

quip

amen

tos

e re

curs

os

fiacutesic

os q

ue p

erm

item

que

as

inst

ituiccedil

otildees

esco

lare

s fu

ncio

nem

sej

a co

mo

espa

ccedilo d

e m

ovim

ento

e

perm

anecircn

cia

de p

esso

as o

u co

mo

loca

l de

apre

ndiz

agem

523

)

Dad

os d

o Ce

nso

Esco

lar 2

013

refe

rent

es agrave

s es

cola

s

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enal

(EF)

Util

izam

26

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la s

obre

a p

rese

nccedila

de it

ens

de re

curs

os e

inst

alaccedil

otildees

baacutesi

cas

equi

pam

ento

s e

inst

alaccedil

otildees

didaacute

ticas

Cria

m p

erfis

(clu

ster

s) p

or m

eio

de u

m m

odel

o de

cla

sses

late

ntes

(LC

A)

que

resu

ltou

em q

uatr

o cl

asse

s de

infra

estr

utur

a es

cola

r su

perio

r m

eacutedio

su

perio

r m

eacutedio

infe

rior e

inf

erio

r A

cla

sse

supe

rior

com

42

das

esc

olas

e 8

12

das

mat

riacutecul

as d

ispotilde

e de

qua

se to

dos

os 2

6 ite

ns (e

xcet

o la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e s

ala

de re

curs

os e

spec

ializ

ados

) e

a cl

asse

in

ferio

r pos

sui a

pena

s aacuteg

ua c

ozin

ha e

um

preacute

dio

excl

usiv

o) 1

1 d

as e

scol

as e

11

d

e m

ariacutec

ulas

O

meacuted

io-s

uper

ior eacute

mui

to p

arec

ido

com

o s

uper

ior

e o

meacuted

io-in

ferio

r co

m o

infe

rior

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

86

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sO

rsquoSU

LLIV

AN

(2

006)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

(dim

ensotilde

es)

A te

se a

nalis

a as

con

diccedilotilde

es d

o pr

eacutedio

esc

olar

de

acor

do

com

a c

lass

ifica

ccedilatildeo

de u

m in

stru

men

to d

enom

inad

o Co

mm

onw

ealth

Ass

essm

ent o

f Phy

sical

Env

ironm

ent

(CAP

E) d

esen

volv

ido

por C

ash

(199

3) p

ara

as c

ondi

ccedilotildees

es

trutu

rais

e co

smeacutet

icas

de

um p

reacutedi

o

Dad

os p

rimaacuter

ios d

e 20

0 es

cola

s de

ensin

o m

eacutedio

EU

A

Aval

iou

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is id

ade

da c

onst

ruccedilatilde

o

sala

s de

aula

tem

poraacute

rias

reno

vaccedilatilde

o a

diccedilatilde

o ou

ap

erfe

iccediloa

men

to d

o ed

ifiacuteci

o ti

po d

e pi

so ja

nela

s ar

-co

ndic

iona

do c

alor

got

eira

s ilu

min

accedilatildeo

das

sala

s de

aula

ca

ract

eriacutest

icas

est

rutu

rais

das s

alas

de

aula

con

diccedilotilde

es

estru

tura

is da

con

stru

ccedilatildeo

inst

alaccedil

otildees a

djac

ente

s ao

preacuted

io b

arul

ho e

xter

no t

omad

as e

leacutetr

icas

das

sala

s de

aula

e c

ober

tura

do

teto

As c

ondi

ccedilotildees

cos

meacutet

icas

do

preacuted

io fo

ram

iden

tifica

das p

or p

intu

ra n

o in

terio

r do

preacuted

io p

intu

ra e

xter

ior

loca

is co

m g

rafit

epi

xo r

emoccedil

atildeo

de g

rafit

epi

xo m

obiacuteli

as d

as sa

las d

e au

la c

lass

ifica

ccedilotildees

co

smeacutet

icas

ger

ais e

freq

uecircnc

ia d

e lim

peza

do

piso

Dad

os d

a pe

squi

sa fo

ram

util

izad

os p

ara

aval

iar a

co

ndiccedil

atildeo p

reacutedi

os e

scol

ares

As r

espo

stas

par

a ca

da

item

no

CAPE

fora

m c

odifi

cada

s com

o um

doi

s trecirc

s qu

atro

cin

co s

eis o

u se

te P

ara

test

ar a

con

fiabi

lidad

e do

inst

rum

ento

foi c

ondu

zido

um

test

e Al

pha

deCr

onba

ch s

endo

que

o v

alor

obt

ido

foi c

onsid

erad

o ldquoa

ceitaacute

velrdquo

(gt 0

7)

GIB

BERD

(200

7)Va

riaacuteve

is e

m

dim

ensotilde

es

[inst

rum

ento

]

Mod

elo

inte

grad

o de

des

empe

nho

do p

reacutedi

o In

tegr

ated

bui

ldin

g pe

rfor

man

ce m

odel

ndash IB

PM)

(1) P

esso

as i

nfra

estr

utur

a d

eve

gara

ntir

que

seus

usu

aacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacute

sica

s at

endi

das

gara

ntir

que

dire

itos

hum

anos

se

jam

resp

eita

do (

2) a

infra

estr

utur

a de

ve g

aran

tir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am v

azam

ento

s se

jam

es

trut

ural

men

te s

oacutelid

as t

enha

m b

aixo

s cu

stos

de

oper

accedilatildeo

m

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

no

uso

dos

esp

accedilos

e d

os re

curs

os (

3) P

rogr

ama

in

fraes

trut

ura

dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

at

ivid

ades

esc

olar

es

O a

rtig

o ap

rese

nta

um in

stru

men

to d

esen

volv

ido

para

av

alia

ccedilatildeo

da in

fraes

trut

ura

de e

scol

as ru

rais

da

Aacutefri

ca

do S

ul q

ue c

onte

mpl

a os

iten

s pe

ssoa

s in

fraes

trut

ura

e pr

ogra

mas

Ap

rese

nta

par

a ca

da u

ma

das

dim

ensotilde

es

obje

tivos

com

os

seus

resp

ectiv

os in

dica

dore

s p

ara

verif

icaccedil

atildeo

GIB

BERD

M

PHU

TLA

NE

(200

7)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

[in

stru

men

to]

Gar

antia

de

que

os e

difiacutec

ios

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

os t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

o e

man

uten

ccedilatildeo

e qu

e se

jam

efic

ient

es ta

nto

no u

so d

os e

spaccedil

os q

uant

o no

uso

de

recu

rsos

(Efic

iecircnc

ia C

usto

s op

erac

iona

is

Ges

tatildeo

Man

uten

ccedilatildeo

Sauacute

de e

Seg

uran

ccedila)

O in

stru

men

to o

SRN

(Sch

ool R

egist

er o

f Nee

ds ndash

Reg

istro

es

cola

r de

nece

ssid

ades

) pa

ra a

valia

r esc

olas

rura

is da

Aacutef

rica

do S

ul s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

seg

uran

ccedila n

uacutemer

o de

sala

s de

aula

e d

e ou

tros e

spaccedil

os e

se h

aacute ne

sses

se

rviccedil

os c

omo

aacutegua

e e

letri

cida

de m

ater

iais

utiliz

ados

na

cons

truccedilatilde

o c

ondi

ccedilotildees

ger

ais d

o pr

eacutedio

ram

pas d

e ac

esso

e

banh

eiro

s par

a al

unos

com

defi

ciecircn

cias

equ

ipam

ento

s co

mo

cade

iras

mes

as e

com

puta

dore

s te

lefo

ne e

nerg

ia

banh

eiro

s m

uro

cor

redo

res e

inst

alaccedil

otildees e

spor

tivas

m

edid

as d

e pr

even

ccedilatildeo

ao c

rime

com

o ba

rras a

nti-r

oubo

(g

rade

de

ferro

em

jane

las)

e a

larm

es M

SEE

(Min

imum

St

anda

rds f

or Ed

ucat

ion

in E

mer

genc

ies ndash

Pad

rotildees

miacuten

imos

pa

ra e

mer

gecircnc

ia n

a ed

ucaccedil

atildeo)

entre

out

ros

O in

trum

ento

reuacuten

e da

dos

quan

titat

ivos

e

qual

itativ

os S

RN (R

egis

tro

Esco

lar d

e N

eces

sida

des)

ndash

quan

titat

ivo

MSE

E (P

adrotilde

es M

iacutenim

os p

ara

Educ

accedilatildeo

em

Em

ergecirc

ncia

s) ndash

qua

litat

ivo

Cont

inua

87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sSE

BAKE

M

PHU

TLA

NE

G

IBBE

RD (2

007)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

seus

us

uaacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacutes

icas

at

endi

das

Dev

e ga

rant

ir ta

mbeacute

m q

ue d

ireito

s hu

man

os s

ejam

resp

eita

dos

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

as t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

om

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

tant

o no

uso

dos

esp

accedilos

qua

nto

no u

so d

e re

curs

os A

infra

estr

utur

a es

cola

r dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

ativ

idad

es n

eces

saacuteria

s

O in

stru

men

to p

ara

aval

iaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a pa

ra a

s es

cola

s ru

rais

Est

udo

pilo

to e

m e

scol

as ru

rais

da Aacute

frica

do

Sul

Um

sis

tem

a de

ava

liaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a da

s es

cola

s po

r mei

o de

um

inst

rum

ento

que

con

side

ra

as d

imen

sotildees

des

crita

s pe

ssoa

s

VALD

EacuteS e

t al

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

das

Defi

ne e

mpi

ricam

ente

infra

estr

utur

a de

aco

rdo

com

a p

rese

nccedila

cum

ulat

iva

de d

eter

min

ados

iten

s da

esc

ola

Dad

os d

a pe

squi

sa S

ERCE

de

2006

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) em

20

paiacutese

s da

Ameacuter

ica

Latin

a in

clui

ndo

o Br

asil

As

variaacute

veis

de in

fraes

trutu

ra s

ala

de d

ireccedilatilde

o sa

las p

ara

apoi

o ad

min

israt

ivas

sal

a de

pro

fess

ores

qua

dra

espo

rtiv

a

labo

ratoacute

rio g

inaacutes

io ja

rdim

esc

olar

sal

a de

info

rmaacutet

ica

au

ditoacute

rio c

ozin

ha r

efei

toacuterio

sal

a de

arte

s en

ferm

aria

se

rviccedil

o ps

icop

edag

oacutegic

o e

bibl

iote

ca P

ara

de a

cess

o a

serv

iccedilos

aacutegu

a e

letri

cida

de e

tele

fone

Para

as

variaacute

veis

nuacutem

ero

de c

ompu

tado

res

e nuacute

mer

o de

bib

liote

cas

a an

aacutelis

e ba

seou

-se

na

proacutep

ria q

uant

ifica

ccedilatildeo

dos

itens

Jaacute

para

o iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a cr

iou-

se u

ma

esca

la c

om in

terv

alo

de

0 a

15 e

par

a o

iacutendi

ce d

e se

rviccedil

os fo

i util

izad

a um

a es

cala

de

0 a

5

WO

LNIA

K

ENG

BERG

(2

010)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Infra

estu

rura

defi

nida

em

piric

amen

te d

e ac

ordo

co

m o

s ite

ns d

e re

curs

os e

scol

ares

D

ados

sec

undaacute

rios

do T

he N

atio

nal L

ongi

tudi

nal S

urve

y of

Fr

eshm

en (N

LSF)

pat

roci

nado

pel

o O

ffice

of P

opul

atio

n Re

sear

ch d

a U

nive

rsid

ade

de P

rince

ton

Ava

liao

nze

itens

so

bre

recu

rsos

esc

olar

es n

o en

sino

meacuted

io e

a q

ualid

ade

dess

es re

curs

os a

sab

er b

iblio

teca

con

selh

eiro

de

orie

ntaccedil

atildeo o

u co

mpu

tado

res

Os

itens

satildeo

ava

liado

s em

um

a es

cala

tipo

Lik

ert

que

vai d

e ru

im a

teacute e

xcel

ente

Os

auto

res

cria

m u

m

indi

cado

r de

infra

estr

utur

a m

as n

atildeo e

scla

rece

m n

o te

xto

o m

eacutetod

o de

est

imaccedil

atildeo u

tiliz

ado

CU

YVER

S et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

turu

ra d

efini

da e

mpi

ricam

ente

de

acor

do c

om a

pe

rcep

ccedilatildeo

de a

luno

s que

resp

onde

ram

a u

m su

rvey

D

ados

prim

aacuterio

s de

surv

ey ju

nto

a es

tuda

ntes

em

14

esco

las s

ecun

daacuteria

s da

Beacutelg

ica

(n=

2032

) qu

e in

vest

igou

a

perc

epccedilatilde

o do

s so

bre

(1) o

preacute

dio

esco

lar t

em u

ma

estru

tura

esp

acia

l livr

e on

de eacute

faacuteci

l se

orie

ntar

(2)

as s

alas

de

aula

abe

rtas

a u

ma

aacuterea

(ver

de)

(3) o

preacute

dio

esco

lar o

fere

ce

recu

rsos

de

TI b

em in

tegr

ados

e a

cess

o a

varia

das f

onte

s de

pesq

uisa

(4)

todo

s os i

ndic

ador

es re

laci

onad

os agrave

segu

ranccedil

a (e

g o

preacute

dio

esco

lar eacute

bem

pro

tegi

do c

ontra

inva

sotildees

) (5

) cr

iteacuterio

s sob

re a

con

diccedilatilde

o do

preacute

dio

esco

lar

(6) c

riteacuter

ios

sobr

e a

amen

idad

e e

conf

orto

fiacutesic

o de

preacute

dio

esco

lar

(tem

pera

tura

acuacute

stic

a ilu

min

accedilatildeo

e v

entil

accedilatildeo

)

O in

dica

dor eacute

con

stru

ido

por e

scal

onam

ento

dos

ite

ns d

o qu

estio

naacuterio

apl

icad

o ao

s al

unos

mas

os

auto

res

natildeo

escl

arec

em n

o te

xto

de q

ue fo

rma

o in

dica

dor f

oi p

rodu

zido

88

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

LIC

KA e

t al

(201

1)U

tiliz

a va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

teD

efine

em

piric

amen

te a

s ldquoca

ract

eriacutes

ticas

prim

aacuteria

s da

esc

olardquo

que

con

teacutem

as

info

rmaccedil

otildees

sobr

e in

fraes

trut

ura

Dad

os p

rimaacuter

ios

de su

rvey

con

duzi

do p

elos

aut

ores

em

20

04 e

m M

adag

asca

r Es

cola

s se

leci

onad

as a

par

tir d

e um

a pe

squi

sa d

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

No

grup

o da

s ldquoCa

ract

eriacutes

ticas

Prim

aacuteria

s Es

cola

resrdquo

as

variaacute

veis

re

laci

onad

as agrave

infra

estu

tura

satildeo

dis

tacircnc

ia d

o ce

ntro

da

com

unid

ade

(km

) e

scol

a se

m s

anitaacute

rio s

anitaacute

rio

sepa

rado

por

sex

o p

erce

ntag

em d

e sa

las

de a

ula

com

qu

adro

neg

ro

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

corr

elac

oinaacute

-las

a re

sulta

dos

esco

lare

s

OC

DE

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

A n

occedilatildeo

de

infra

estr

utur

a es

taacute re

laci

onad

a agraves

co

ndiccedil

otildees

esco

lare

s e

de e

nsin

o

Dad

os d

o Pr

ogra

ma

de A

valia

ccedilatildeo

de E

stud

ante

s de

15

anos

(Pisa

) or

gani

zado

pel

a O

CDE

com

a p

artic

ipaccedil

atildeo d

e vaacute

rios

paiacutese

s in

clus

ive

o Br

asil

Que

stio

naacuterio

resp

ondi

do

pelo

dire

tor

Itens

sob

re in

fraes

trut

ura

- esc

asse

z ou

in

adeq

uaccedilatilde

o de

(1)

est

rutu

ra fiacute

sica

da e

scol

a (2

) sis

tem

as e

leacutetr

icos

e d

e aq

ueci

men

to e

ou

resf

riam

ento

e

(3) e

spaccedil

o na

s sa

las

de a

ula

Iten

s de

recu

rsos

esc

olar

es

- esc

asse

z ou

inad

equa

ccedilatildeo

de (

(1) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

a

(2) m

ater

iais

didaacute

ticos

(3)

com

puta

dore

s (4

) int

erne

t e

(5) s

oftw

ares

edu

caci

onai

s

Fora

m c

onst

ruiacuted

os d

ois

iacutendi

ces

- iacutend

ice

de

infra

estr

utur

a e

iacutendi

ce d

e re

curs

os e

scol

ares

O

s iacuten

dice

s tecirc

m e

scal

a em

des

vios

-pad

ratildeo

Va

lore

s po

sitiv

os in

dica

m m

elho

res

cond

iccedilotildee

s de

in

fraes

trut

ura

e re

curs

os e

scol

ares

CU

ESTA

G

LEW

WE

BR

OO

KE (2

014)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Defi

ne in

fraes

tutu

ra p

ela

a pr

esen

ccedila d

e de

term

inad

os it

ens

cara

cter

iacutestic

as d

a sa

la d

e au

la

com

o lu

z na

tura

l te

mpe

ratu

ra a

cuacutest

ica

pre

senccedil

a na

esc

ola

de e

letr

icid

ade

aacutegu

a po

taacuteve

l e a

con

diccedilatilde

o do

edi

fiacutecio

exi

stecircn

cia

de u

ma

bibl

iote

ca l

abor

atoacuter

io

de in

form

aacutetic

a ou

labo

ratoacute

rios

de c

iecircnc

ias

livro

s di

daacutetic

os

mat

eria

is p

edag

oacutegic

os e

tecn

olog

ias

de

info

rmaccedil

atildeo e

com

unic

accedilatildeo

(TIC

)

Revi

satildeo

de e

stud

os s

obre

o im

pact

o da

infra

estr

utur

a no

apr

endi

zado

dos

alu

nos

de p

aiacutese

s la

tino-

amer

ican

os d

e 19

90 a

201

2 V

ariaacute

veis

ana

lisad

as

cond

iccedilatildeo

das

par

edes

pis

os e

telh

ado

mat

eria

is d

e in

stru

ccedilatildeo

na s

ala

de a

ula

(com

o fli

p ch

arts

qua

dro

bran

co e

m c

aval

ete)

e q

uadr

os n

egro

s m

as e

xclu

indo

liv

ros

didaacute

ticos

) di

spon

ibili

dade

de

elet

ricid

ade

aacutegu

a e

sani

taacuterio

s e

a di

spon

ibili

dade

de

labo

ratoacute

rios

(ciecirc

ncia

s e

info

rmaacutet

ica)

bib

liote

cas

mes

as e

qua

dros

O e

stud

o fa

z um

bal

anccedilo

de

outr

os e

stud

os

Apr

esen

ta e

stat

iacutestic

as d

escr

itiva

s po

r paiacute

ses

(pro

porccedil

atildeo) d

os it

ens

de in

fraes

trut

ura

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sIN

EE (2

016)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Aval

iaccedilatilde

o da

s Co

ndiccedil

otildees

Baacutesic

as p

ara

o En

sino

e a

Apr

endi

zage

m (E

valu

acioacute

n de

Con

dici

ones

Baacutes

icas

pa

ra la

Ens

entildean

za y

el A

pren

diza

je ndash

ECE

A) r

ealiz

ada

pelo

Inst

ituto

Nac

iona

l par

a la

Eva

luac

ioacuten

de la

Ed

ucac

ioacuten

(INEE

) do

Meacutex

ico

Defi

ne in

fraes

trut

ura

com

o o

conj

unto

de

inst

alaccedil

otildees

e se

rviccedil

os q

ue

perm

item

a re

aliz

accedilatildeo

do

trab

alho

esc

olar

em

co

ndiccedil

otildees

de d

igni

dade

seg

uran

ccedila e

bem

-est

ar

Os

mob

iliaacuter

ios

e eq

uipa

men

tos

bem

com

o m

ater

iais

de

apo

ios

satildeo

nece

ssaacuter

ios

para

a re

aliz

accedilatildeo

das

at

ivid

ades

cur

ricul

ares

e a

dmin

istra

tivas

Dad

os d

o es

tudo

pilo

to d

e 20

14 c

om a

mos

tra d

e es

cola

s pr

imaacuter

ias

Dim

ensotilde

es e

iten

s (1

) In

fraes

truct

ura

para

o

bem

est

ar e

apr

endi

zage

m d

os e

stud

ante

s (ac

esso

a

serv

iccedilos

baacutes

icos

esp

accedilos

esc

olar

es su

ficie

ntes

e a

cess

iacutevei

s co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as d

e se

gura

nccedila

e hi

gien

te)

(2) m

obili

aacuterio

e

equi

pam

ento

s baacutes

icos

par

a o

ensin

o e

apre

ndiz

ado

(mob

iliaacuter

io su

ficie

nte

e ad

equa

do e

qupa

men

tos d

e ap

oio)

e (3

) mat

eria

is de

apo

io e

duca

tivo

(mat

eria

is cu

rriacutecu

lare

s m

ater

iais

didaacute

ticos

ace

rvo

da b

iblio

teca

) O

s ind

icad

ores

incl

uem

ace

sso

a se

rviccedil

os p

uacuteblic

os (aacute

gua

en

ergi

a e

sgot

o) a

mbi

ente

fiacutesic

o ad

equa

do (v

entil

accedilatildeo

te

mpe

ratu

ra il

umin

accedilatildeo

ruiacute

dos)

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

ac

adecircm

icas

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

esp

ortiv

as c

ultu

rais

e de

recr

eccedilatildeo

exi

stecircn

cia

de b

anhe

iros e

ban

heiro

s par

a pe

ssoa

s com

defi

ciecircn

cia

ace

ssib

ilida

de c

onse

rvaccedil

atildeo

trata

men

to ig

ualit

aacuterio

par

a al

unos

seg

undo

gecircn

ero

liacuten

gua

orig

em so

cial

eacutetn

ica

etc

Apr

esen

ta re

sulta

dos

do e

stud

o pi

loto

mar

co

basi

co p

ara

orie

ntar

a im

plan

taccedilatilde

o e

func

iona

men

to

das

esco

las

e or

ient

ar a

ava

liaccedilatilde

o da

s es

cola

s de

edu

caccedilatilde

o baacute

sica

O in

stru

men

to re

spon

dido

pe

la e

quip

e da

esc

ola

que

dev

e re

fletir

sob

re

as c

ondi

ccedilotildees

meacuted

ias

da e

scol

a pa

ra c

ada

item

A

leacutem

dis

so c

olet

a op

iniotilde

es s

obre

o q

uant

o a

infra

estr

utur

a af

eta

o en

sino

e a

pren

diza

do e

accedilotilde

es

nece

ssaacuter

ias

para

mel

horia

Est

udo

Um

info

rme

com

os

resu

ltado

s do

est

udo

pilo

to re

aliz

ado

em

esco

las

prim

aacuteria

s ap

rese

nta

anaacutel

ises

des

criti

vas

dos

itens

que

com

potildee

cada

um

a de

ssas

dim

ensotilde

es

Apr

esen

ta re

cort

es s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

das

esc

olas

(u

rban

a ru

ral

aacuterea

indiacute

gena

) e ti

po d

e or

gani

zaccedilatilde

o (m

ultis

eria

do o

u natilde

o) e

eta

pas

UN

ESCO

(201

6)D

imen

sotildees

e

indi

cado

res

(doc

umen

to

norm

ativ

o)

A m

eta

4a

do o

bjet

ivo

4 da

Age

nda

2030

par

a D

esen

volv

imen

to S

uste

ntaacutev

el d

efine

com

o

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as a

prop

riada

s pa

ra c

rianccedil

as

e se

nsiacutev

eis

agraves d

efici

ecircnci

as e

ao

gecircne

ro e

que

pr

opor

cion

em a

mbi

ente

s de

apr

endi

zage

m s

egur

os

e natilde

o vi

olen

tos

incl

usiv

os e

efic

azes

par

a to

dos

Indi

cado

res p

ara

mon

itora

men

to (A

) Por

cent

agem

de

esco

las c

om a

cess

o a

(i) aacute

gua

potaacute

vel b

aacutesic

a (i

i) in

stal

accedilotildee

s sa

nitaacute

rias d

e se

xo uacute

nico

baacutes

icas

e (i

ii) in

stal

accedilotildee

s de

lava

gem

das

matildeo

s baacutes

icas

(B)

Pro

porccedil

atildeo d

e es

cola

s com

ac

esso

a (i

) ele

trici

dade

(ii)

inte

rnet

par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

e

(iii)

com

puta

dore

s par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

(C) P

orce

ntag

em

de e

scol

as c

om in

fra-e

stru

tura

e m

ater

iais

adap

tado

s par

a es

tuda

ntes

com

defi

ciecircn

cia

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o D

ocum

ento

nor

mat

ivo

ap

rese

nta

um m

arco

bas

ico

para

orie

ntar

a

impl

anta

ccedilatildeo

e fu

ncio

nam

ento

das

esc

olas

e o

rient

ar

a av

alia

ccedilatildeo

das

esco

las

de e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca

DU

ART

E

JAU

REG

UIB

ER

RY R

AC

IMO

(2

017)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

D

efine

a su

ficiecirc

ncia

da

infra

estru

tura

par

a pa

iacuteses

latin

o-am

eric

anos

que

par

ticip

aram

do

Terc

e - T

erce

iro

Estu

do e

xplic

ativ

o e

com

para

tivo

de d

esem

penh

o es

cola

r se

gund

o o

s com

pone

ntes

baacutes

icos

do

ambi

ente

fiacutesic

o pa

ra fo

rnec

er o

s rec

urso

s nec

essaacute

rios

para

o p

roce

sso

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

Dad

os d

o TE

RCE

2013

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) Pa

ra m

ensu

rar a

su

ficiecirc

ncia

os i

tens

do

ques

tionaacute

rio re

spon

dido

pel

o di

reto

r or

gani

zado

s em

seis

cate

goria

s (1

) aacutegu

a e

sane

amen

to

baacutesic

o (aacute

gua

potaacute

vel e

sgot

o b

anhe

iros e

m b

oas

cond

iccedilotildee

s e c

olet

a de

lixo)

(2)

ace

sso

aos s

ervi

ccedilos p

uacuteblic

os

(ele

trici

dade

tel

efon

ia e

inte

rnet

) (3

) esp

accedilos

edu

caci

onai

s (s

ala

de a

rtem

uacutesic

a la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e in

form

aacutetic

a e

bibl

iote

ca)

(4) e

spaccedil

os a

dmin

istra

tivos

(sal

a do

dire

tor

sala

s adm

inist

rativ

as s

ala

de re

uniatilde

o do

s pro

fess

ores

e

enfe

rmar

ia)

(5) e

spaccedil

os m

ultiu

sos (

ginaacute

sio a

uditoacute

rio e

qu

adra

s de

espo

rtes)

e (6

) equ

ipam

ento

s da

sala

de

aula

(q

uadr

o br

anco

ou

de g

iz m

esa

e ca

deira

par

a o

prof

esso

r m

esas

e c

adei

ras p

ara

todo

s os a

luno

s)

A m

ensu

raccedilatilde

o da

sufi

ciecircn

cia

da in

fraes

trut

ura

feita

pe

la p

rese

nccedila

dos

itens

nas

cat

egor

ias

Para

atin

gir

o cr

iteacuterio

de

sufic

iecircnc

ia a

esc

ola

deve

ter

todo

s os

iten

s da

1a

cate

goria

el

etric

idad

e e

tele

foni

a na

2a

pel

o m

enos

a b

iblio

teca

den

tre

os it

ens

da

3a p

elo

men

os d

ois

dent

re o

s qu

atro

iten

s da

4a

pe

lo m

enos

um

den

tre

os tr

ecircs it

ens

da 5

a e

todo

s os

iten

s da

6a

Anaacute

lise

desc

ritiv

a p

erce

ntua

l de

esco

las

com

gra

u su

ficie

nte

nas

seis

cat

egor

ias

em

cinc

o q

uatr

o tr

ecircs d

ois

uma

ou n

enhu

ma

cate

goria

se

gund

o pa

iacuteses

e o

utra

s va

riaacuteve

is d

iscr

imin

ante

s

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

90

Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar

Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar

Nac

iona

l

Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)

SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)

MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017

Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3

inte

rnac

iona

l

Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia

91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)

Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios

Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo

Indi

cado

r(es)

BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)

OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)

MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)

Variaacute

veis

VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

92

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Continua

94

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

noPrevenccedilatildeo de danos

Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Conservaccedilatildeo

Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Ambiente Prazeroso

Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra o

ens

ino

e ap

rend

izad

o

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio administrativo

Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra a

eq

uida

de

Acessibilidade

Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)

Ambiente para atendimento especializado

Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)

95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas

Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes

de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as

meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola

De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do

tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados

em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores

com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo

equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo

mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos

instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo

As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo

de unidimensionalidade dos construtos

As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o

indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas

poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria

em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo

dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras

Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso

sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero

de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos

boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois

como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala

seraacute limitado

Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral

pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra

indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas

para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro

resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas

meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que

nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee

96

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Indi

cado

r ndash A

cess

o a

serv

iccedilos AacuteGUA

Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658

ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939

ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416

LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E S GOT O0 1 2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 AacuteGUA

0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E NE R GIA0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 LIXO0 1

97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Instalaccedilotildees do preacutedio escolar

Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa

Indi

cado

r ndash In

stal

accedilotildee

s do

preacute

dio

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879

IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908

IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349

IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522

IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846

IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663

IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588

IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645

_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores

Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

BAN

HEI

RO_

FORA

DEN

TRO

IN_C

OZI

NH

A

IN_R

EFEI

TORI

O

IN_D

ESPE

NSA

IN_S

ALA

_DIR

ETO

RIA

IN_S

ALA

_PRO

FESS

OR

IN_S

ECRE

TARI

A

IN_A

LMO

XARI

FAD

O

IN_A

GU

A_F

ILTR

AD

A

BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039

IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013

IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008

IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018

IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030

IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026

IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022

IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026

IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

98

Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO

0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COZINHA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DESPENSA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1

99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash P

reve

nccedilatildeo

de

dano

s

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Prot_incendio

Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290

Ilum_foraEscolUNI

Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453

Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782

Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015

Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Prot_incendio0

1

2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI

0

1 2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_fisica

0

1

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_equip

0

1

100

Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar

Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

telhado

Ruim 132 129 124

Regular 301 311 308

Bom 567 561 569

parede

Ruim 76 72 76

Regular 316 322 325

Bom 608 606 598

piso

Ruim 126 111 116

Regular 294 297 303

Bom 580 592 581

entrada

Ruim 101 90 97

Regular 291 287 296

Bom 607 623 607

paacutetio

Ruim 154 139 139

Regular 293 298 292

Bom 553 563 569

corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628

sala

Ruim 85 84 84

Regular 350 356 353

Bom 565 561 563

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475

janelas

Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526

banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431

cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567

insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462

insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449

Sinaldepr

Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332

Natildeo 570 553 581

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

telh

ado

pare

de

piso

entr

ada

paacutetio

corr

edor

sala

port

as

jane

las

banh

eiro

s

cozi

nha

inst

hidr

a

inst

elet

rica

Sina

ldep

rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039

parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045

piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038

entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040

paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035

corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038

sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049

portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053

janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047

banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048

cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034

insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046

insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045

Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Indi

cado

r ndash C

onse

rvaccedil

atildeo

101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 telhado

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 parede0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 piso0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 entrada0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 paacutetio0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 corredor0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 sala0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 portas0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 janelas

0

12

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 banheiros0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 cozinha

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 insthidra0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 insteletrica0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 Sinaldepr

01

2

Prob

abili

dade

Prob

abili

dade

102

Conforto

Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash C

onfo

rto

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630

ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600

BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Iluminada Arejada BiblioArejIlum

Iluminada 100 077 047

Arejada 077 100 052

BiblioArejIlum 047 052 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Iluminada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Arejada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BiblioArejIlum

01

103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ambiente prazeroso

Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

mbi

ente

Pra

zero

so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215

N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407

IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272

IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048

IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046

IN_AREA_VERDE 050 032 100 031

IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 PATIO_COB_DES0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AREA_VERDE0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0

1

104

Espaccedilos pedagoacutegicos

Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

spaccedil

os P

edag

oacutegic

os

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468

NU_COMP_ALUNO_CAT

Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108

QUADRA_COBDESCOB

Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54

IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115

IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_LABORATORIO_INFORMATICA

NU_COMP_ALUNO_CAT

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

QUADRA_COBDESCOB

IN_LABORATORIO_CIENCIAS

IN_AUDITORIO

IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Equipamentos para apoio administrativo

Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

quip

amen

tos

para

apo

io a

dmin

istr

ativ

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT

Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64

NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT

Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136

NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()

Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117

NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT

Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91

IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013

106

Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU

_EQ

UIP

_CO

PIA

DO

RA_C

AT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_CAT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_MU

LT_

CAT

NU

_CO

MP_

AD

MIN

ISTR

ATIV

O_C

AT

IN_I

NTE

RNET

_B_L

ARG

A

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0

1 2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0

1 23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0

1

2

107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa

indi

cado

r ldquoEq

uipa

men

tos

para

apo

io p

edag

oacutegic

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_TV_CAT

Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249

NU_EQUIP_DVD_CAT

Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144

NU_EQUIP_SOM_CAT

Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168

NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT

Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138

NU_EQUIP_FOTO_CAT

Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU_EQUIP_TV_

CATNU_EQUIP_DVD_

CATNU_EQUIP_SOM_

CATNU_EQUIP_

MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_

CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

108

Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Acessibilidade

Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

cess

ibili

dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399

IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298

infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0

1

2

3

109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015

IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb

Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Ambiente para atendimento especializado

Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

tend

imen

to

Educ

acio

nal E

spec

ializ

ado

(AEE

) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83

IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 infra_deficiencia

0

1

2

110

Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_BRAILLE_CAT

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT

IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1

111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio

Prevenccedilatildeo de danos ()

Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41

AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13

AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12

RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23

PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18

AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28

TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41

MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19

PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32

CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39

RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31

PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23

PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25

AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36

SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44

BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26

MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42

ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40

RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58

SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48

PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60

SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48

RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55

MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59

MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38

GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47

DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57

continua

112

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)

Espaccedilos pedagoacutegicos

Equip p apoio admin

Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20

13

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57

AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34

AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35

RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40

PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40

AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48

TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56

MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42

PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50

CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60

RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55

PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52

PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51

AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53

SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56

BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49

MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61

ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59

RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67

SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68

PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67

SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65

RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65

MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67

MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59

GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63

DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb

113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo

originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das

informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)

Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas

pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos

de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam

teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais

matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais

complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e

a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015

Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem

e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e

escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel

mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees

educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para

dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE

de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis

Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de

aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura

(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa

a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)

Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os

indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil

Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e

2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da

variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos

Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)

Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas

35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas

para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado

(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino

Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes

na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola

25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt

114

Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a

presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na

composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os

Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem

matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente

consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre

7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)

Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo

Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos

Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do

ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino

fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183

LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14

Regiatildeo

Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72

Unidades da Federaccedilatildeo

Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13

continua

115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal Privada

Etapas

Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221

Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517

Nordm de alunos

Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217

Niacuteveis de Complexidade da escola ()

1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07

Grupos do INSE 2015 ()

Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212

Faixas do Ideb - anos iniciais ()

Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00

Faixas do Ideb - anos finais ()

Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00

Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015

116

117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral

Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)

Cozinha

Aacutegua_filtrada

Aacutegua_rio

Banheiro_fora

Energia_outro

Esgoto_fossa

Energia_rede

Banheiro_dentro

Aacutegua_poccedilo

TV_1

DVD_1

Sinal_depred_pouco

Janelas_ruim

IluminaFora_ruim

Impressora_1

Seguranccedila_equipamento

SOM_1

Aacutegua_rede

Sala_diretoria

Lixo_coleta

Parede_regular

Comput_Adm_1

Telhado_regular

Paacutetio_Cob_ou_Descob

Salas_regular

Comp_aluno_1a5

Entrada_regular

Piso_regular

Cozinha_regular

Ilumina_salas_MaisMetade

Secretaria

Internet_semBandaLarga

Corredor_regular

Seguranccedila_fiacutesica

Portas_regular

Sala_professor

Janelas_regular

MaqFoto_1

000010

150151

182197

223286

346374

390393

412418

426430

435445

450451

451454

461467

473473

475481

485485

488488

491494

496497

500500

Paacutetio_regular

Lab_informaacutetica

Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq

SalaLeitura

IluminaFora_regular

InstalHidra_regular

Areja_salas_MaisMetade

InstalEletric_regular

EquipMultimiacutedia_1

Copiadora_1

Banheiros_regular

Despensa

Internet_comBandaLarga

Comput_Adm_2a3

Comp_aluno_6a10

Impressora_2

TV_2

Ilumina_salas_Todas

Biblio_Areja_Ilumina

Esgoto_rede

Corredor_bom

Prot_incend_ruim

SOM_2

Parede_bom

Entrada_bom

Quadra_descoberta

Biblioteca

Piso_bom

Sinal_depred_natildeo

Areja_salas_Todas

Telhado_bom

Cozinha_bom

Paacutetio_bom

Salas_bom

Janelas_bom

Almoxarifado

DVD_2

Prot_incend_regular

501512

512513

515515

515516

519522

524533

533536

546550

552564

564568

570571

571573

573573

576579

579579

580583

586586

593596

596599

Comp_aluno_11a15

Portas_bom

InstalHidra_bom

Banheiro_chuveiro

Banheiro_PNE

Impressora_3

IluminaFora_bom

InstalEletric_bom

ImpressoraMulti_1

Banheiros_bom

Comput_Adm_4a7

Refeitoacuterio

Quadra_coberta

TV_3mais

SOM_3

Comp_aluno_16a20

EquipMultimiacutedia_2

Dependecircncias_PNE

Prot_incend_bom

Impressora_4mais

MaqFoto_2

Aacuterea_verde

Parque_infantil

Copiadora_2

SOM_4mais

DVD_3mais

Lab_ciecircncias

Paacutetio_Cob_e_Descob

Comput_Adm_mais7

EquipMultimiacutedia_3mais

Infra_deficiecircncia_Adeq

Comp_aluno_mais20

ImpressoraMulti_2

Auditoacuterio

SalaLeitura_e_Biblio

Quadra_coberta_e_descob

MaqFoto_3mais

Copiadora_3mais

604607

610611

611613

614614

614617

617622

629632

635644

644644

656662

674675

677681

684688

693697

703709

711720

727737

739760

769785

Informaacutetica_acessiacutevel

ImpressoraMulti_3mais

Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument

Soroban

Braille

815820

865917

1000

118

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

120

121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Anexo 1

Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE

CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a

construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20

3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

7 Refeitoacuterio 1 50

8 CopaCozinha 1 15

9 Quadra coberta 1 200

10 Parque infantil 1 20

11 Banheiros 4 20

12 Sala de depoacutesito 3 15

13 Sala de TVDVD 1 30

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1150

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1

Fonte CNE (2010)

122

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item

1 Sala de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20

3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45

6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

8 Refeitoacuterio 1 80

9 Copacozinha 1 20

10 Quadra coberta 1 500

11 Banheiros 6 20

12 Sala de depoacutesito 2 30

13 Sala de TVDVD 1 50

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1650

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo Quantidade

1 Esportes e brincadeiras

11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30

2 Cozinha

21 Freezer de 305 litros 2

22 Geladeira de 270 litros 2

23 Fogatildeo industrial 2

24 Liquidificador industrial 2

25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2

3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos

31 Enciclopeacutedias 2

32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4

33 Outros dicionaacuterios 30

34 Literatura infantojuvenil 3000

35 Literatura brasileira 3000

36 Literatura estrangeira 3000

37 Paradidaacuteticos 600

38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200

4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto

41 Retroprojetor 1

42 Tela para projeccedilatildeo 1

43 Televisor de 20 polegadas 10

44 Suporte para TV e DVD 10

45 Aparelho de DVD 10

46 Maacutequina fotograacutefica 1

47 Aparelho de CD e raacutedio 10

5 Processamento de Dados

51 Computador para sala de informaacutetica 30

52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8

53 Impressora jato de tinta 2

54 Impressora laser 2

55 Fotocopiadora 1

56 Guilhotina de papel 1

6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral

61 Carteiras 300

62 Cadeiras 300

63 Mesa tipo escrivaninha 10

64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10

65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10

66 Mesa para computador 38

67 Mesa de leitura 4

68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2

69 Armaacuterio com 2 portas 10

610 Mesa para refeitoacuterio 10

611 Mesa para impressora 4

612 Estantes para biblioteca 25

613 Quadro para sala de aula 10

614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10

615 Bebedouros eleacutetrico 4

616 Circulador de ar de parede 10

617 Maacutequina de lavar roupa 1

618 Telefone 2

Fonte CNE (2010)

123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

  • Sumaacuterio
Page 2: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

Publicado em 2019 pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura 7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP Franccedila e Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cooperaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

copy UNESCO 2019

Esta publicaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em acesso livre ao abrigo da licenccedila Atribuiccedilatildeo-Partilha 30 IGO (CC-BY-SA 30 IGO) (httpcreativecommons orglicensesby-sa30igo) Ao utilizar o conteuacutedo da presente publicaccedilatildeo os usuaacuterios aceitam os termos de uso do Repositoacuterio UNESCO de acesso livre (httpunescoorgopen-accessterms-use-ccbysa-en)

As indicaccedilotildees de nomes e a apresentaccedilatildeo do material ao longo deste livro natildeo implicam a manifestaccedilatildeo de qualquer opiniatildeo por parte da UNESCO a respeito da condiccedilatildeo juriacutedica de qualquer paiacutes territoacuterio cidade regiatildeo ou de suas autoridades tampouco da delimitaccedilatildeo de suas fronteiras ou limites

As ideias e opiniotildees expressas nesta publicaccedilatildeo satildeo as dos autores e natildeo refletem obrigatoriamente as da UNESCO nem comprometem a Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo teacutecnica da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

Marlova Jovchelovitch Noleto Diretora e Representante

Maria Rebeca Otero Gomes Coordenadora do Setor de Educaccedilatildeo

Mariana Alcalay Oficial de Projetos

Revisatildeo teacutecnica Setor de Educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil e Equipe de Pesquisa do Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares (Nupede) da Faculdade de Educaccedilatildeo da UFMG

Revisotildees gramatical ortograacutefica bibliograacutefica editorial Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

Projeto graacutefico Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil

IlustraccedilatildeoFoto de capa

Fotos copy UNESCOEdson Fogaccedila

Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil ndash Brasiacutelia UNESCO 2019

122 p

ISBN 978-85-7652-238-6

1 Instalaccedilotildees e recursos educacionais 2 Equipamentos educacionais 3 Edifiacutecio escolar 4 Escolas 5 Eficiecircncia educacional 6 Educaccedilatildeo primaacuteria 7 Educaccedilatildeo baacutesica 8 Educaccedilatildeo puacuteblica 9 Educaccedilatildeo universal 10 Igualdade de oportunidades 11 Estatiacutestica educacional 12 Brasil I UNESCO

CDD 37162

Esclarecimento a UNESCO manteacutem no cerne de suas prioridades a promoccedilatildeo da igualdade de gecircnero em todas as suas atividades e accedilotildees Devido agrave especificidade da liacutengua portuguesa adotam-se nesta publicaccedilatildeo os termos no gecircnero masculino para facilitar a leitura considerando as inuacutemeras menccedilotildees ao longo do texto Assim embora alguns termos sejam escritos no masculino eles referem-se igualmente ao gecircnero feminino

Brasiacutelia 2019

indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017

Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Auxiliares de Pesquisa

Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais

CREacuteDITOS DA PESQUISA

Sumaacuter ioRESUMO bull 7

1 Introduccedilatildeo bull 11

2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21

221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21

23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26

3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32

4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39

421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63

5 Consideraccedilotildees finais bull 67

Referecircncias bibliograacuteficas bull 71

Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119

Anexo 1 bull 121

L is ta de s ig las e abrev iaturas

AEE Atendimento Educacional Especializado

Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica

Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment

CAQ Custo Aluno-Qualidade

CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial

CCI Curva Caracteriacutestica do Item

CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica

CF Constituiccedilatildeo Federal

CII Curva de Informaccedilatildeo do Item

CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo

Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo

ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje

EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos

FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo

Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

GoM Grade of Membership

GT Grupo de Trabalho

Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica

INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias

Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira

INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola

IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica

LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares

OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe

PAR Plano de Accedilotildees Articuladas

PCA Anaacutelise de Componentes Principais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno

PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo

Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino

SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica

Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo

Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Sipis School Infrastructure Performance Indicator System

SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo

TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo

Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo

TRI Teoria da Resposta ao Item

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

USP Universidade de Satildeo Paulo

UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura

7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Resumo

Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1

Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino

fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e

contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros

Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio

Teixeira (Inep)

A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano

Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a

construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao

gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos

A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por

cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis

discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo

da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute

tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees

do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona

incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado

contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores

que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo

condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os

itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas

A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees

conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que

as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes

sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar

Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos

que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as

escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que

mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo

1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

8

As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito

conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores

em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com

destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto

o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores

No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas

que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas

que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente

para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior

O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas

que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees

de infraestrutura satildeo piores

Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de

complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da

Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)

O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas

por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola

mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores

O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre

esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo

entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura

com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil

(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores

mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores

resultados do Ideb

Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida

em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro

dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental

ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte

No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro

do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins

administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas

urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos

escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola

tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual

ou particular ou municipal

9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados

inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto

agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e

no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste

De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam

que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo

O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus

levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das

escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores

satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa

diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre

as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que

aquelas onde haacute mais meninos

Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os

resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos

estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre

o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco

Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por

municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos

semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas

tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam

de atenccedilatildeo

Belo Horizonte 28 de novembro de 2017

Equipe de pesquisa

10

11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

1 I nt roduccedilatildeo 2

Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura

das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para

a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas

com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos

os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com

qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global

A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do

Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos

multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento

Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da

pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento

sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)

O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar

a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida

para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que

se comprometam a

4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis

agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo

violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)

No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em

2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em

vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes

com necessidades especiais

Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus

objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional

para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3

2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)

12

Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de

infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental

no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo

Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015

Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil

ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no

que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as

etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais

longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563

em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que

perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que

aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil

o ensino meacutedio ou ambos

Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles

destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos

pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das

escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos

de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas

se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla

eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos

especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de

ensino e respeitando as prioridades locais

Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos

indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito

com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus

itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle

nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso

Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura

constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de

um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados

o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de

resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com

outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento

contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas

consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui

um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos

4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)

13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

14

15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar

A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas

legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as

pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas

tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos

professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se

confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo

A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual

se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA

ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao

longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado

de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o

segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados

nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate

A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o

crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade

da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e

compra de materiais para o trabalho escolar

A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso

resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo

dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no

primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no

final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)

As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica

reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental

(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos

entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e

planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais

A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser

discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-

ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados

aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)

A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais

uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a

diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas

Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo

16

polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade

eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em

trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e

3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura

escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras

Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante

para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do

preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para

o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos

componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo

transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)

Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental

fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura

acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas

empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a

infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores

21 Infraestrutura escolar marcos legais

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos

decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes

sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)

A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins

deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e

da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)

O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo

e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a

ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art

60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados

em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de

qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem

que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na

versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo

Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto

constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como

a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes

federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental

5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)

6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica

17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu

uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de

acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)

Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi

criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido

nacionalmente (BRASIL 1996b)7

O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o

financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a

ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo

(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao

assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional

de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)

Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao

pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede

puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo

construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso

II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem

prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola

Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em

2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura

para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel

rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para

esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o

atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio

equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e

equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades

regionais (BRASIL 2001)

O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo

intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos

O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a

ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado

7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb

8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios

18

O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola

publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar

guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma

descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais

necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico

Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas

as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o

Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas

escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos

miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas

Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse

documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas

desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas

de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica

Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente

acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11

Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)

instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)

Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade

civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)

Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de

Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo

informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees

Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria

da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)

A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento

Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio

de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo

diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da

infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos

(MECFNDEPDE 2013)

9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016

10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)

11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo

19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024

composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da

infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada

Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas

as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam

sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007

SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)

No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a

qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b

FERNANDES 2007)

A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de

educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos

718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica

abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos

garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a

equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves

pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)

A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir

a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de

tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)

Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE

2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207

o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo

os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e

conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo

O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo

de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma

matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior

visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou

como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)

O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido

de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do

12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)

20

CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos

escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez

que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para

a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as

escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental

Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)

para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em

outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade

para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais

4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)

A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos

Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as

atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais

que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios

atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela

melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio

escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio

Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -

salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de

lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas

- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)

O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea

disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas

combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)

aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a

gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e

velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares

para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)

Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao

Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria

da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e

manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo

tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio

Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias

e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos

deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens

de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos

13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT

21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme

esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos

Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que

pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis

22 Revisatildeo da literatura

221 Procedimentos

O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a

infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais

2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio

entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados

escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6

desse apecircndice resumem os trabalhos revisados

A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso

sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as

definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos

Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um

indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis

Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais

simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais

como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas

multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente

calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo

aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser

muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)

As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do

Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos

aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos

resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura

escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por

oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para

a coleta de dados

222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo

As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas

em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante

delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema

O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas

22

de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola

mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado

para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios

informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e

recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais

que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino

Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE

2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura

das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU

2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de

dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos

A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro

categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam

somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda

as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino

como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as

escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores

elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo

infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com

acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de

laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura

escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares

desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do

item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de

conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto

a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14

No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros

em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses

resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na

literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam

em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)

Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no

Brasil a infraestrutura eacute relevante

Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro

indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e

de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto

14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017

23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees

das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos

pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais

Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram

indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis

(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma

das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no

Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial

Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que

avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo

dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine

com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou

em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo

Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da

infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas

prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade

escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois

iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do

Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo

de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos

ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola

O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de

escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos

federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades

da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de

banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de

alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo

redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que

estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades

escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das

escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa

O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores

da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham

considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo

de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por

escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que

os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente

As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de

infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou

trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola

respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb

24

No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de

acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura

a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia

de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na

biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)

Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou

uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica

Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes

baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem

Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados

em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua

potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo

eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de

ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas

administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio

auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo

quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos

Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias

Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e

telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos

dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e

6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o

percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma

categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes

Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o

Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor

responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da

escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos

escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos

3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em

um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)

Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo

qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila

preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos

nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura

nacional satildeo os direitos humanos

Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para

avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)

e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas

15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)

25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O

Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do

preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta

de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento

de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como

um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)

Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones

Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente

completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em

dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para

o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar

As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de

ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares

adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada

acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o

instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social

etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos

das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas

segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo

Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos

para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional

e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice

O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos

pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo

30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas

separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos

31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e

(iii) computadores para fins pedagoacutegicos

32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com

deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)

Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente

Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores

O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei

do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos

iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor

1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1

quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia

O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que

26

uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea

construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens

para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos

para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)

Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda

os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula

satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes

estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)

23 Siacutentese para um modelo conceitual

A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade

da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute

dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem

padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais

Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre

a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento

do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas

de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer

refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc

Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e

banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas

aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito

agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua

sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos

apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los

eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador

Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo

de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho

proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos

que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)

propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura

O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos

Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de

forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo

dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura

escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados

Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees

a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees

para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar

27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada

e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em

vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes

etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento

Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo

que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais

da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige

condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas

de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)

Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente

agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para

o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos

E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos

humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para

todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc

Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos

os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb

foram empregados para testar esse modelo conceitual

Tamanho da escolaturma

Atendimento de modalidades e etapas

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)

Instalaccedilotildees tipicamente escolares

Equipamentos na escola

Recursos pedagoacutegicos

Conforto e bem-estar fiacutesico

Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)

Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)

Acessibilidade

Gecircneroetniacultura etc

Pessoa com deficiecircncia

Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)

Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)

Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios

Condiccedilotildees de Atendimento

Condiccedilotildees baacutesicas

Condiccedilotildees pedagoacutegicas

Condiccedilotildees para bem-estar

Condiccedilotildees para a equidade

Aacuterea

28

29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

3 Abordagem metodoloacutegica

Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de

seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores

A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir

Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

31 Fontes de dados

Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora

o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os

dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com

dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos

Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees

sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos

acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens

Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e

as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos

questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores

16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores

Fase empiacuterica 1

bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a

infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar

decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional

Fase empiacuterica 2

bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis

bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e

combinaccedilatildeo de itens

Fase empiacuterica 3

bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos

Fase empiacuterica 4

bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio

30

Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino

fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos

estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados

Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja

essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo

entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que

participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram

solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes

tambeacutem recebem esse coacutedigo

As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso

fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino

no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo

da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante

Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura

das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse

modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave

infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por

exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir

os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo

acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais

completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente

com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32

A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas

143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco

desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos

que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)

Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as

variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013

e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos

apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19

17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara

18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas

19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos

31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa

Ano da pesquisa

2013 2015 2017

Censo 143170 135939 131604

Saeb 57079 55601 57197

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos

Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas

representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis

As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica

por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema

Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida

as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi

realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e

escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)

Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como

ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo

intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis

originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo

NU_EQUIP_TV)

Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo

identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)

Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso

ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados

ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas

as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute

espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras

Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos

professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens

aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo

de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum

20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades

21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos

32

dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da

infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33

A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO

e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo

que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso

sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015

Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do

Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram

mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber

prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade

Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas

provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na

base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de

funcionamento etc

As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas

no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens

elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos

indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)

Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis

(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado

em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais

recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido

algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste

caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos

por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em

2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas

escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como

fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias

das outras variaacuteveis22

33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores

A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura

teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do

niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)

De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos

22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo

33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes

Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos

autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites

dos dados que dispomos

A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos

da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo

de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a

unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados

Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo

PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente

observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir

sobre a consistecircncia dos construtos

A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar

sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira

etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005

VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas

suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma

versatildeo mais sinteacutetica

Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da

anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a

mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas

A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo

dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas

1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo

tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em

algum fator na PCA

2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias

embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico

3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais

Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de

paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)

cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e

ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um

todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis

Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador

(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores

(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete

23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado

34

foram compostos apenas por itens do Censo Escolar

A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os

paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo

estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades

para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso

da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante

acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou

oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos

escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados

de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb

Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em

dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos

paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem

fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos

resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se

houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam

indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb

e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho

Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-

padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10

(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa

Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem

o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual

de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos

itens analisados no estudo

A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as

matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice

discutimos a consistecircncia dos itens

Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas

brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de

infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos

itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas

Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois

os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor

do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das

escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese

mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas

escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das

escolas e com resultados educacionais

35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

36

37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

4 Resul tados

O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5

dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B

As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo

final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que

puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da

infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas

A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da

educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades

da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por

exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte

do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no

Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi

instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)

A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da

qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga

um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo

como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24

Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017

Condiccedilotildees para a equidade

Condiccedilotildees do estabelecimento

de ensino

Atendimento

Atendimento

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo

da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Local de funcionamento

da escola

Aacuterea

Condiccedilotildees para o ensino e

aprendizado

Condiccedilotildees de atendimento

Qualidade da infraestrutura escolar

38

A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde

a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de

danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso

A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho

pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para

apoio pedagoacutegico

Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente

de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores

de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem

apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)

41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores

Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles

consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos

os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees

mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas

com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais

Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas

Serv

iccedilos

baacutes

icos

Inst

alaccedil

otildees

do p

reacutedi

o

Prev

enccedilatilde

o de

dan

os

Cons

erva

ccedilatildeo

Conf

orto

Am

bien

te p

raze

roso

Espa

ccedilos

peda

goacutegi

cos

Equi

p p

ap

oio

adm

in

Equi

p p

ap

oio

peda

g

Ace

ssib

ilida

de

Am

bien

te A

EE

Infra

estr

utur

a ge

ral

Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08

Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09

Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08

Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05

Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03

Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1

39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e

ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas

satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados

pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de

complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

produzidos pelo Inep

42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes

As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes

quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades

da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel

socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais

As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas

as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do

monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi

analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante

homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de

escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela

E1 do mesmo apecircndice

As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as

categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises

nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de

estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no

seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e

escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45

421 Dependecircncia administrativa

No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional

sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO

SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por

dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo

As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e

municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam

meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da

escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para

ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de

ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo

40

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa

Total Federal Estadual Municipal Privada

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para

indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com

exceccedilatildeo das escolas federais

A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia

de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens

que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes

nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se

houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se

torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees

em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as

pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo

Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do

preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com

valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas

essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental

Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico

apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais

e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que

requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro

Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que

requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo

As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de

infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de

tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida

pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a

maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu

de forma quase paralela conforme a linha pontilhada

41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos

da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede

federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas

422 Localizaccedilatildeo

As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional

(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD

2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)

A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e

a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas

rurais o que corrobora com a literatura revisada

Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria

ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos

para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de

espaccedilos pedagoacutegicos

Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como

o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Federal Estadual Municipal Privada Total

2015 2017

42

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Total Rural Urbana

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89

Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80

Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68

Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67

Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72

Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48

Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41

Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total

para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a

relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia

de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas

escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de

2017 nas escolas urbanas em 2015

Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Rural Urbana Total

2015 2017

43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo

A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais

porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais

localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados

do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria

A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns

resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute

apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios

indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no

indicador geral e em vaacuterios outros

Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo

aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais

baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas

Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE

2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no

trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste

estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores

utilizaram dados mais antigos

O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das

meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as

escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um

crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie

44

Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

424 Etapas

AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de

ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se

tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para

todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado

pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e

recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Norte Nordeste Sudeste

2015 2017

Sul Centro-Oeste

Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais

Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental

Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das

escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam

simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram

apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro

grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores

Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam

melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino

meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos

educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)

Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da

infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito

especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e

AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos

para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura

estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino

Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos

indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os

indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo

Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a

meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa

distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas

que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida

pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio

2015 2017

Infantil fundamental e meacutedio

46

das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de

ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo

gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que

tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo

425 Tipo de oferta

A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino

fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino

fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos

conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os

anos finais

Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os

anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)

Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais

fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de

oferta de um ensino de qualidade

Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais

Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61

Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64

Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais

baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os

resultados do indicador de infraestrutura geral

47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

426 Tamanho da escola

Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral

satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES

NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas

municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os

anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com

50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em

quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)

Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF

2015 2017

48

O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as

escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos

alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais

Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1

Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o

trabalho pedagoacutegico

Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo

enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas

As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos

Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6

Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

427 Complexidade das escolas

O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as

informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar

as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com

relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores

segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais

Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos

De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de

muito mais itens de infraestrutura

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos

2015 2017

Mais de 400 alunos

49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Niacutevel 1 (mais baixo)

Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por

niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de

complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para

a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura

pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de

todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos

O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram

de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor

complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva

Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4

2015 2017

Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)

50

A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela

Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees

entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores

observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas

com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada

428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas

O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)

Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas

cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental

e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e

privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre

os grupos tendem a ficar mais sutis

A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde

as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES

ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando

um determinado segmento de escolas puacuteblicas

A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais

que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de

infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo

menos equitativas nesse aspecto

As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para

o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo

da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das

escolas com INSE mais baixo

Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Grupo 1 (mais baixo)

Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de

2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015

Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares

(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER

2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb

aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar

Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo

concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto

no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas

no niacutevel ldquomeacutedio altordquo

Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos

com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas

Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas

que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Grupo 3 Grupo 5Grupo 4

2015 2017

Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)

52

com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com

anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017

Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral

por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias

das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com

Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013

a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos

com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as

diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida

de qualidade da educaccedilatildeo

53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

54

4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola

A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica

brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo

equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres

se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)

Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos

do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas

e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em

meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25

Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir

as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades

escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes

seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes

etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero

O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a

importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da

infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp

e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional

tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores

nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso

objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade

Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais

lt50 alunas(mais meninos)

ge50 alunas(mais meninas)

2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018

55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas

escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio

conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos

Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e

escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de

convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores

Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral

A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto

Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou

baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza

todos os itens empregados

Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados

em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a

posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou

seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item

26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013 2015 2017

lt50 alunas ge50 alunas

56

TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227

Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura

O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F

O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem

metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)

discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute

adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia

na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um

julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de

acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para

definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)

Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos

itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde

agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos

(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no

Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes

Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada

um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores

A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados

no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura

geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico

acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)

Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade

de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse

valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis

discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que

apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as

escolas puacuteblicas e privadas

No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana

para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a

nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50

alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo

As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro

dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente

elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela

tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos

27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo

57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins

administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50

alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo

Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola

Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico

(I)lt= 2

Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada

Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo

(II)+ 2 a 4

Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo

Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo

(III)+4 a 5

Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)

Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo

(IV)+ 5 a 6

Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)

Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio

(V)+6 a 7

Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso

Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto

(VI)+ 7 a 8

Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso

Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto

(VII)gt= 8

Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE

Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas

58

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos

puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e

conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos

administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede

estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou

este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio

No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa

conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute

equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora

tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai

do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade

mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo

minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo

mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de

matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais

de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto

O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do

indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos

niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV

Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os

percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos

niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de

mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar

as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo

59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de

alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com

a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos

niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

64

3353

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

2013 2015

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

201

162141

114 109 107

188199189

267

302319

142160

174

23 24 27

2017

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

80

0 02

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

Rural Urbana

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

333

225

21

203 196

137

450

22

284

0

46

60

Graacute

fico

14

Dis

trib

uiccedilatilde

o (

) das

esc

olas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l por

pro

porccedil

atildeo

de a

luna

s lo

caliz

accedilatildeo

rura

l e u

rban

a e

niacuteve

is d

a in

fraes

trut

ura

gera

l 20

17

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

50

45

35

25

15 540

30

20

10 0

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IV

lt50

alu

nas

Rura

lge5

0 a

luna

sU

rban

a

Niacutev

el V

Niacutev

el V

IN

iacutevel

VII

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IVN

iacutevel

VN

iacutevel

VI

Niacutev

el V

II

74

92

366

319

225

22

6

212

181

146

00

0

23

115

18

01

02

02

21

21

194

20

1

454

42

286

441

280

55

61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar

As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do

indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos

que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas

em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes

Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos

dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados

em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores

para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre

resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta

de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem

Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por

exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que

esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de

conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros

As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir

Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011

A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por

Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)

Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos

niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel

ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no

niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII

Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava

pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No

nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos

niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)

Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que

foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que

ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto

Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam

aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis

do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos

de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala

Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)

Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem

o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado

62

Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos

para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos

questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb

Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as

escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas

rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria

Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)

Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido

de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos

a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da

infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente

as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno

Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ

Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)

Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala

de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas

pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE

No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala

SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas

jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo

Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do

presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca

Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)

Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral

deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa

avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo

e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo

temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo

de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios

Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)

Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos

participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico

63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV

e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo

O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para

o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente

Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)

Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os

indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo

jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias

baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no

niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa

melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento

Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os

indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que

as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado

municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias

dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola

Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo

fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura

da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio

Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada

agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade

Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro

se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a

duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados

intermediaacuterios de 2015

O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e

regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos

iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de

infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para

as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a

comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais

No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem

meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral

o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora

todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)

64

Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo

eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras

informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida

satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as

mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil

O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde

Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso

e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e

em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta

uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores

aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do

indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais

e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso

a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as

condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor

Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo

695 375 277

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

711 398 337

Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

679 164 080

Infraestrutura geral 750 513 474

Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65

Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55

Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10

UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste

Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente PrazerosoEspaccedilos

Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

000

200

400

600

800

1000

65

IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo

562 262 248

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

557 300 339

Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

000 076 056

Infraestrutura geral 678 417 455

Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo

727 622 507

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

890 668 569

Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

1000 560 217

Infraestrutura geral 826 666 646

Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT

EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4

EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3

Acesso a serviccedilos

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

Conforto

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente Prazeroso

Ambiente Prazeroso

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

Prevenccedilatildeo de danos

Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Rural

000

200

400

600

800

1000

Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Urbana

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4

INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3

INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

000

200

400

600

800

1000

66

67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Consideraccedilotildees f ina is

Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas

puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros

utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes

cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser

operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas

neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica

Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar

fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema

para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)

ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos

constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)

O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa

(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo

para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve

ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente

dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves

condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros

A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento

este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas

focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de

infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades

deste estudo

Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees

Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens

de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao

estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo

dos indicadores

Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura

geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio

brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade

foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de

escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras

Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre

regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como

mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as

oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas

68

Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo

diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o

nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio

que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo

Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas

nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma

caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico

Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser

descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu

municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento

de accedilotildees e recursos a serem investidos

Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo

observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental

tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade

Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa

de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio

comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola

do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade

Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes

Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo

melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso

a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento

baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta

pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar

com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)

instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e

CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar

no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)

Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional

e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os

indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por

exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e

colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos

Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais

finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e

sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do

Censo Escolar e do Saeb

Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses

sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute

preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica

69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos

de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para

o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os

indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura

aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas

para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para

correccedilatildeo de problemas)

Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo

Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos

envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se

revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional

conforme o propoacutesito deste trabalho

Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado

segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees

mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura

pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas

de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem

conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos

satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado

natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com

deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos

como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito

agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014

Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para

outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola

Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel

macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente

Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo

sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a

qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

70

71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)

ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011

ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500

ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009

ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013

ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014

ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a

ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b

BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010

BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172

BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002

BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007

BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt

BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b

BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001

BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a

BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014

72

BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a

BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b

BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006

MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006

BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011

BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008

CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007

CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte

CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007

CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016

CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008

CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)

DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017

FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)

73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)

GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)

GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007

GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011

GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012

GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt

GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015

GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013

HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200

HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt

INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016

INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016

JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002

JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016

MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012

MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016

NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005

OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006

74

OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en

OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016

OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005

PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012

PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)

PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007

RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008

RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991

SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt

SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000

SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)

SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)

SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt

SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372

SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009

SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013

SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015

SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153

75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012

SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013

SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b

SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a

TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015

UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017

UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015

UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016

VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008

VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016

VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245

WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010

WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015

YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003

ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006

76

77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura

A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais

1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo

Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000

Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de

refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo

criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou

avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas

Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees

disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca

Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas

Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt

OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt

Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt

Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt

As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica

Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas

Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo

Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do

idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos

repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos

trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos

natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de

arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas

por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final

dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais

78

O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees

Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo

Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23

Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho

Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar

Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24

Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador

23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia

24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo

79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho

apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)

A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da

infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo

dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram

associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)

separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem

do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual

Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar

o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para

caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas

pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de

trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para

monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos

poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no

setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma

ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis

Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA

paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)

definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados

CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas

meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice

principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis

RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares

meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

OBSERVACcedilOtildeES

apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise

80

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sBA

RBO

SA

FERN

AN

DES

(2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sldquoIn

fraes

trutu

ra e

equ

ipam

ento

s esc

olar

es c

onse

rvaccedil

atildeo

do p

reacutedi

o c

ondi

ccedilotildees

de

func

iona

men

to d

os e

spaccedil

os

labo

rato

riais

e de

apo

io m

obili

aacuterio

e e

quip

amen

tos

miacuten

imos

inst

alaccedil

otildees e

aacutere

as e

xter

nas e

de

recr

eaccedilatilde

o

rede

de

ensin

o (e

scol

a puacute

blic

apa

rtic

ular

)rdquo (p

162

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sis

tem

a de

Ava

liaccedilatilde

o da

Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a (S

aeb)

de

1997

Var

iaacuteve

is d

o qu

estio

naacuterio

da

esco

la re

fere

ntes

aos

equ

ipam

ento

s es

cola

res

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

res p

or m

eio

da teacute

cnic

a es

tatis

ticas

anaacute

lise

fato

rial q

ue re

duzi

u 33

var

iaacuteve

is in

icia

is pa

ra 7

fato

res

expl

ican

do 7

0 d

a va

riacircnc

ia to

tal

dos d

ados

mas

nes

se tr

abal

ho o

s aut

ores

util

izam

4

fato

res

que

expl

icam

58

da

variacirc

ncia

tota

lSO

ARE

S

CEacuteS

AR

M

AM

BRIN

I (2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sA

infra

estr

utur

a fo

i defi

nida

em

piric

amen

te p

elas

va

riaacuteve

is d

ispo

niacuteve

is n

o qu

estio

naacuterio

das

esc

olas

so

bre

exis

tecircnc

ia e

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo d

e ite

ns

de in

fraes

trut

ura

e es

quip

amen

tos

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b 19

97 V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

sob

re o

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as b

aacutesic

as f

unci

onam

ento

e e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

spec

iacutefica

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

s eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

Con

stru

ccedilatildeo

de in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (

TRI)

mod

elo

Sam

ejim

a pa

ra v

ariaacute

veis

ord

inai

s e

o m

odel

o de

do

is p

aracircm

etro

s

MEC

FU

ND

ESC

O

LA (2

002)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Natildeo

eacute u

ma

pesq

uisa

em

piacuteric

a O

doc

umen

to

desc

reve

os

padr

otildees

miacuten

imos

de

func

iona

men

to

da e

scol

a de

ens

ino

fund

amen

tal r

elat

ivam

ente

ao

ambi

ente

fiacutesi

co e

scol

ar e

spaccedil

o ed

ucat

ivo

mob

iliaacuter

io

e eq

uipa

men

to e

scol

ar e

mat

eria

l did

aacutetic

o F

oi

real

izad

o em

dec

orrecirc

ncia

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo (P

NE)

de

2001

Itens

lista

dos n

o PN

E 20

01 (

1) e

spaccedil

o ilu

min

accedilatildeo

in

sola

ccedilatildeo

ven

tilaccedil

atildeo aacute

gua

potaacute

vel r

ede

eleacutet

rica

segu

ranccedil

a e

tem

pera

tura

am

bien

te(2

) ins

tala

ccedilotildees

sani

taacuteria

s e p

ara

higi

ene

(3) e

spaccedil

os p

ara

espo

rte r

ecre

accedilatildeo

bib

liote

ca

e se

rviccedil

o de

mer

enda

esc

olar

(4)

ada

ptaccedil

atildeo p

ara

o at

endi

men

to d

os a

luno

s por

tado

res d

e ne

cess

idad

es

espe

ciai

s (5

) atu

aliza

ccedilatildeo

e am

plia

ccedilatildeo

do a

cerv

o da

s bi

blio

teca

s (6

) mob

iliaacuterio

equ

ipam

ento

s e m

ater

iais

peda

goacutegi

cos

(7) t

elef

one

e se

rviccedil

o de

repr

oduccedil

atildeo d

e te

xtos

(8)

info

rmaacutet

ica

e eq

uipa

men

to m

ultim

iacutedia

Ap

rese

nta

uma

desc

riccedilatildeo

det

alha

da d

e to

dos

os s

ervi

ccedilos

funccedil

otildees

ativ

idad

es e

am

bie

ntes

na

esc

ola

de e

nsin

o fu

ndam

enta

l em

term

os

de s

uas

cara

cter

iacutestic

as e

aacutere

a de

esp

accedilo

fiacutesic

o ne

cess

aacuteria

par

a as

ativ

idad

es p

edag

oacutegic

as o

u ad

min

istr

ativ

as O

s am

bie

ntes

satildeo

cla

ssifi

cado

s p

or t

ipos

(col

etiv

os p

ara

uma

turm

a ou

vaacuter

ias

turm

as d

e ac

esso

agrave in

form

accedilatildeo

adm

inis

trat

ivo

de

pre

par

o de

alim

ento

s d

e lim

pez

a d

e at

ivid

ades

de

higi

ene

pes

soal

VE

RHIN

E (2

006)

Variaacute

veis

e

cons

truccedil

atildeo d

e In

dica

dore

s

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

elos

ite

ns q

ue c

ompotilde

e o

leva

ntam

ento

de

dado

s pa

ra

subs

idia

r o c

usto

-alu

no-q

ualid

ade

em e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca i

sto

eacute a

s de

pend

ecircnci

as e

xist

ente

s no

preacute

dio

esco

lar

as s

uas

cond

iccedilotildee

s de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

004

2005

Pes

quisa

em

95

esco

las

urba

nas

e ru

rais

de

44 m

unic

iacutepio

s no

s es

tado

s PI

CE

PA

G

O M

G P

R R

S S

P re

des

fede

ral e

stad

ual e

mun

icip

al

que

ofer

tam

cre

che

ens

ino

fund

amen

tal 1

e 2

ens

ino

meacuted

io E

JA e

edu

caccedilatilde

o es

peci

al I

tens

obs

erva

dos

depe

ndecircn

cias

que

ate

ndem

dire

ta e

prio

ritar

iam

ente

os

alu

nos

(natildeo

incl

ui s

alas

de

aula

cuj

a pr

esen

ccedila fo

i co

nsid

erad

a oacuteb

via

em u

ma

unid

ade

esco

lar)

sal

a de

le

itura

bib

liote

ca s

ala

de T

V e

viacutede

o s

ala

de in

form

aacutetic

a

labo

ratoacute

rio c

iecircnc

ias

audi

toacuterio

aacutere

a liv

rer

ecre

io p

arqu

e in

fant

il pi

scin

a c

opa

cozi

nha

refe

itoacuterio

can

tina

be

rccedilaacuter

io d

orm

itoacuterio

ban

heiro

alu

nos

As

depe

ndecircn

cias

esc

olar

es fo

ram

ver

ifica

das

quan

tifica

das

anal

isad

as q

uant

o agrave

cond

iccedilatildeo

de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o s

egun

do u

ma

esca

la

de 3

pon

tos

send

o 1

ruim

2 r

egul

ar e

3 b

om

Fora

m c

riado

s do

is in

dica

dore

s Iacuten

dice

de

Con

diccedilatilde

o de

Uso

das

Preacute

dio

(Indp

red)

e Iacuten

dice

de

Con

serv

accedilatildeo

do

Preacuted

io (I

ndpr

ed)

calc

ulad

os p

elo

som

a do

s va

lore

s as

soci

ados

a c

ada

depe

ndecircn

cia

e di

vidi

ndo-

se e

sse

nuacutem

ero

pelo

nuacutem

ero

tota

l de

dep

endecirc

ncia

s da

esc

ola

O v

alor

meacuted

io fo

i co

loca

do e

m u

ma

esca

la d

e tr

ecircs n

iacutevei

s 3

pon

tos

bom

2 a

29

- re

gula

r e

lt 2

rui

m

BIO

ND

I FE

LIacuteC

IO (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Pr

esen

ccedila d

e ite

ns d

ecla

rado

s no

Cen

so E

scol

ar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so e

scol

ar d

e 19

99 e

200

3

Itens

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a a

cess

o agrave

Inte

rnet

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

po

r tur

ma

na 4

ordf seacuter

ie d

o en

sino

fund

amen

tal n

uacutemer

o de

mat

riacutecul

as n

o en

sino

fund

amen

tal m

eacutedia

de

hora

s-au

la d

iaacuteria

s na

4ordf s

eacuterie

do

EF u

so d

o co

mpu

tado

r com

o re

curs

o pe

dagoacute

gico

Util

izou

as

variaacute

veis

sepa

rada

men

te p

ara

rela

cion

aacute-la

s a

resu

ltado

s es

cola

res

Cont

inua

81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

ERQ

UEI

RA

SAW

ER (2

007)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoRec

urso

s esc

olar

es e

nten

dido

s com

o in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s exi

sten

tes

[] i

i) in

fra-e

stru

tura

ex

isten

te n

a es

cola

em

que

se p

rete

nde

tradu

zir o

po

tenc

ial d

e ca

da e

stab

elec

imen

to e

scol

ar e

m te

rmos

do

s rec

urso

s e in

stal

accedilotildee

s disp

oniacutev

eis [

]rdquo (

P 54

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

000

Iten

s Bi

blio

teca

Sal

a de

pro

fess

ores

Vid

eote

ca L

abor

atoacuter

io d

e In

form

aacutetic

a L

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as S

ala

de T

VViacute

deo

Co

zinh

a Q

uadr

a de

esp

orte

s Re

feitoacute

rio IN

EP E

sgot

o in

exist

ente

Viacuted

eo T

V A

nten

a pa

raboacute

lica

Red

e lo

cal

Inte

rnet

Im

pres

sora

e C

ompu

tado

r

Gra

de o

f Mem

bers

hip

ndash G

oM M

eacutetod

o m

ultiv

aria

do

que

iden

tifica

gru

pos

late

ntes

por

sim

ilarid

ade

entr

e os

iten

s e

diss

imila

ridad

e en

tre

grup

os fo

rmad

os

Apr

esen

ta a

iden

tifica

ccedilatildeo

dos

grup

os e

a d

escr

iccedilatildeo

de

dua

s di

fere

nccedilas

FRA

NCO

et

al

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

Exis

tecircnc

ia e

con

serv

accedilatildeo

de

equi

pam

ento

s de

ntro

da

esc

ola

cha

mad

os d

e ldquoR

ecur

sos

esco

lare

srdquo e

ldquoBib

liote

ca e

m s

ala

de a

ulardquo

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

que

stio

naacuterio

da

esco

la e

do

dire

tor d

o Sa

eb 2

001

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Indi

cado

r de

Ex

istecirc

ncia

e c

onse

rvaccedil

atildeo d

e eq

uipa

men

tos

da

esco

la N

atildeo h

aacute de

talh

amen

to s

obre

qua

is s

atildeo a

s va

riaacuteve

is d

e eq

uipa

men

tos

esco

lare

sPO

NTI

LI

KASS

OU

F (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

In

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a pe

la p

rese

nccedila

de b

iblio

teca

e

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

aD

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

de

2000

Pr

opor

ccedilatildeo

de e

scol

as c

om b

iblio

teca

s e

labo

ratoacute

rios

de in

form

aacutetic

a a

leacutem

do

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

por

tu

rma

em c

ada

mun

iciacutep

io

Taxa

s ca

lcul

adas

par

a ca

da m

unic

iacutepio

a p

artir

das

oc

orrecirc

ncia

s do

s ite

ns n

as e

scol

as n

eles

loca

lizad

as

SAacuteTY

RO

SOA

RES

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

dam

ente

ldquo[]

ser

viccedilo

s baacute

sico

s co

mo

aacutegua

ele

tric

idad

e e

esgo

tam

ento

san

itaacuterio

dep

endecirc

ncia

s es

cola

res

exis

tecircnc

ia d

e bi

blio

teca

ou

sala

de

leitu

ra

infra

estr

utur

a de

com

unic

accedilatildeo

e in

form

accedilatildeo

[]

Pr

eacutedio

s e

inst

alaccedil

otildees

adeq

uada

s ex

istecirc

ncia

de

bibl

iote

ca e

scol

ar e

spaccedil

os e

spor

tivos

e la

bora

toacuterio

s ac

esso

a li

vros

did

aacutetic

os m

ater

iais

de

leitu

ra e

pe

dagoacute

gico

s re

laccedilatilde

o ad

equa

da e

ntre

o n

uacutemer

o de

al

unos

e o

pro

fess

or n

a sa

la d

e au

la e

mai

or te

mpo

ef

etiv

o de

aul

a [

]rdquo (P

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 1

997

e 20

05

Itens

(1)

Infra

estr

utur

a baacute

sica

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a d

e aacuteg

ua e

esg

oto

e ex

istecirc

ncia

de

sani

taacuterio

na

esco

la (

2) D

epen

decircnc

ias

dire

toria

se

cret

aria

sal

a de

pro

fess

ores

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a c

ozin

ha d

epoacutes

ito

de a

limen

tos

refe

itoacuterio

paacutet

io q

uadr

a p

arqu

e in

fant

il

dorm

itoacuterio

ber

ccedilaacuterio

san

itaacuterio

fora

do

preacuted

io s

anitaacute

rio

dent

ro d

o pr

eacutedio

san

itaacuterio

ade

quad

o agrave

preacute-

esco

la

e sa

nitaacute

rio a

dequ

ado

a al

unos

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais

ace

ssib

ilida

de e

(3) E

quip

amen

tos

peda

goacutegi

cos

com

puta

dore

s e

aces

so agrave

inte

rnet

o

uso

para

fins

ped

agoacuteg

icos

dos

equ

ipam

ento

s de

in

form

aacutetic

a e

a ex

istecirc

ncia

de

tele

visatilde

o e

retr

opro

jeto

r

Des

criccedil

atildeo d

os b

loco

s de

iten

s e

cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dore

s p

or m

eio

da a

naacutelis

e fa

toria

l p

ara

os b

loco

s ldquoD

epen

decircnc

ias

exis

tent

esrdquo e

ldquoE

quip

amen

tos

ped

agoacuteg

icos

rdquo

RIA

NI

RIO

S-N

ETO

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

de

itens

dec

lara

dos

no C

enso

Esc

olar

D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

200

0 It

ens

qu

adra

s de

esp

orte

bib

liote

cas

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

de c

iecircnc

ias

Prod

uccedilatildeo

de

um fa

tor d

e in

fraes

trut

ura

[os

auto

res

natildeo

escl

arec

em o

meacutet

odo

de e

stim

accedilatildeo

do

fato

r]

CN

E (2

010)

Variaacute

veis

[d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

O d

ocum

ento

do

CN

E no

rmat

iza

o tr

abal

ho d

e Pi

nto

(200

6) e

Car

reira

e P

into

(200

7) d

a Ca

mpa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave E

duca

ccedilatildeo

com

o re

ferecirc

ncia

pa

ra o

caacutel

culo

do

Cust

o-A

luno

Qua

lidad

e in

icia

l (C

AQ

i) A

Infa

estr

utur

a da

esc

ola

junt

o co

m it

ens

de

pess

oal

alim

enta

ccedilatildeo

adm

inis

traccedil

atildeo e

out

ros

satildeo

os

insu

mos

nec

essaacute

rios

para

gar

antir

o p

adratilde

o m

iacutenim

o de

qua

lidad

e de

ens

ino

na E

duca

ccedilatildeo

Baacutesi

ca

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to li

sta

todo

s os

itens

(esp

accedilos

mob

iliaacuter

io e

quip

amen

tos p

edag

oacutegic

os

adm

inist

rativ

os e

de

apoi

o) q

ue c

ompotilde

em o

CAQ

i por

et

apa

de e

nsin

o V

er n

o An

exo

1 o

deta

lham

ento

de

itens

pa

ra o

s ano

s ini

ciai

s e fi

nais

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to n

orm

atiz

a o

CAQ

i o

que

signi

fica

que

todo

s os

sist

emas

de

ensin

o de

vem

gar

antir

os

itens

list

ados

par

a al

canccedil

ar

o pa

dratildeo

miacuten

imo

de q

ualid

ade

do e

nsin

o

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

82

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sA

LMEI

DA

et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rCo

ndiccedil

otildees

gera

is c

ondi

ccedilotildees

ped

agoacuteg

icas

e

cond

iccedilotildee

s de

ace

ssib

ilida

de e

spec

ial

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

200

8

Itens

org

aniz

ados

em

doi

s gr

upos

(1)

Con

diccedilotilde

es

gera

is l

ocal

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

red

e de

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua r

ede

de a

bast

ecim

ento

de

ene

rgia

eleacute

tric

a e

scoa

men

to d

e es

goto

e c

olet

a de

lixo

(2)

Con

diccedilotilde

es p

edag

oacutegic

as s

alas

de

dire

tor e

pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

s de

info

rmaacutet

ica

e de

ciecirc

ncia

s qu

adra

de

espo

rte

bib

liote

ca e

ban

heiro

den

tro

do

preacuted

io d

a es

cola

O iacuten

dice

foi c

onst

ruiacuted

o co

m d

uas

teacutecn

icas

es

tatiacutes

ticas

(a)

Teo

ria d

e re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

e (b

) Anaacute

lise

de V

ariaacute

veis

Lat

ente

s (L

EM)

que

requ

er a

defi

niccedilatilde

o a

prio

ri do

nuacutem

ero

de c

lass

es O

m

odel

o ap

rese

ntou

mel

hor a

just

e fo

i o q

ue c

onto

u co

m tr

ecircs c

lass

es q

ue re

sulto

u em

um

a va

riaacuteve

l ca

tegoacute

rica

cuja

flut

uaccedilatilde

o eacute

base

ada

nos

itens

mai

s di

scrim

inan

tes

da in

fraes

trut

ura

GO

MES

REG

IS

(201

2)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rA

Infra

estr

utur

a e

os R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

dize

m

resp

eito

aos

mat

eria

is fiacute

sico

s e

didaacute

ticos

dis

poniacute

veis

na

s es

cola

s in

clui

ndo

os p

reacutedi

os a

s sa

las

os

equi

pam

ento

s os

livr

os d

idaacutet

icos

den

tre

outr

os

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar e

da

Prov

a Br

asil

2009

das

esc

olas

puacuteb

licas

da

Regi

atildeo M

etro

polit

ana

do R

io d

e Ja

neiro

Var

iaacuteve

is d

o Ce

nso

Esco

lar

Sala

dos

Pr

ofes

sore

s La

bora

toacuterio

de

Info

rmaacutet

ica

Lab

orat

oacuterio

de

Ciecirc

ncia

s Q

uadr

a de

Esp

orte

s Bi

blio

teca

e S

ala

de

Leitu

ra V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a Pr

ova

Bras

il e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

de

algu

ns it

ens

quai

s se

jam

tel

hado

pa

rede

s pi

so e

ntra

das

do p

reacutedi

o p

aacutetio

cor

redo

res

sala

s de

aul

a p

orta

s ja

nela

s ba

nhei

ros

cozi

nha

in

stal

accedilotildee

s hi

draacuteu

licas

e in

stal

accedilotildee

s el

eacutetric

as

Os

iacutendi

ces

de in

fraes

trut

ura

e de

Rec

urso

s pe

dagoacute

gico

s fo

ram

obt

idos

por

mei

o de

Anaacute

lise

fato

rial

meacutet

odo

de a

naacutelis

e de

com

pone

ntes

pr

inci

pais

O p

rimei

ro c

om v

ariaacute

veis

do

Cens

o Es

cola

r e o

seg

undo

com

as

variaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

da

Prov

a Br

asil

MA

RRI

RACC

HU

MI

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

e va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

te

(1) C

ondi

ccedilotildees

miacuten

imas

inf

raes

trut

ura

indi

spen

saacuteve

l em

qua

lque

r esc

ola

e (2

) Con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as

adic

iona

is agrave

s co

ndiccedil

otildees

miacuten

imas

e a

umen

tam

a

capa

cida

de d

a es

cola

de

inte

grar

-se

agrave co

mun

idad

e e

de re

aliz

ar c

om e

fetiv

idad

e o

trab

alho

edu

cativ

o

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o es

cola

r par

a M

inas

G

erai

s (1

) con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as s

anitaacute

rio e

letr

icid

ade

ab

aste

cim

ento

de

aacutegua

esg

oto

sani

taacuterio

e c

ozin

ha)

e (2

) co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as q

uadr

a de

esp

orte

s par

a es

cola

s com

m

ais d

e 30

0 m

atriacutec

ulas

ace

sso

agrave in

tern

et s

ala

dire

tor o

u sa

la d

e pr

ofes

sor

bibl

iote

ca o

u sa

la d

e le

itura

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias o

u de

info

rmaacutet

ica

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

desc

reve

r as

esc

olas

e c

ria d

ois

indi

cado

res

de c

ondi

ccedilotildees

m

iacutenim

as e

con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as (

1) a

esc

ola

poss

ui

toda

s as

con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as v

ersu

s natilde

o po

ssui

ao

men

os u

ma

cond

iccedilatildeo

e (2

) a e

scol

a po

ssui

toda

s as

co

ndiccedil

otildees

baacutesi

cas

vers

us e

scol

as q

ue n

atildeo p

ossu

em

3 ou

mai

s co

ndiccedil

otildees

PASS

AD

OR

C

ALH

AD

O

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

aus

ecircnci

a de

iten

s do

Cen

so E

scol

ar -

moacuted

ulo

esco

la

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o Es

cola

r 200

4 re

fere

nte

agraves

esco

las p

uacuteblic

as d

e Ri

beiratilde

o Pr

eto

(SP)

Var

iaacuteve

is (a

) ser

viccedilo

s baacute

sicos

(ene

rgia

aacutegu

a en

cana

da d

ispon

ibilid

ade

de aacute

gua

potaacute

vel p

ara

os a

luno

s es

goto

e e

xist

ecircnci

a de

ban

heiro

de

ntro

da

esco

la)

(b) b

iblio

teca

(c) q

uadr

a es

port

iva

(d)

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

(e) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as

Esco

las c

lass

ifica

das e

m o

rdem

cre

scen

te d

a pi

or p

ara

a m

elho

r inf

raes

trutu

ra

Cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s de

aco

rdo

com

as

confi

gura

ccedilotildees

(tip

olog

ias)

refe

rent

e agrave

com

bina

ccedilatildeo

de it

ens

de in

fraes

trut

ura

For

am d

efini

das

31

confi

gura

ccedilotildees

par

a en

quad

ram

ento

da

esco

la

form

adas

por

com

bina

ccedilatildeo

dos

dife

rent

es it

ens

SOA

RES

et a

l (2

012)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sIn

sum

os e

scol

ares

que

car

acte

rizam

a o

rgan

izaccedil

atildeo

da e

scol

a e

xist

ecircnci

a e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o de

eq

uipa

men

tos

na e

scol

a in

staccedil

otildees

e co

ndiccedil

otildees

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s da

Pro

va B

rasi

l de

2007

e 2

009

Q

uest

ionaacute

rio d

a es

cola

Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

por m

eio

de M

odel

os

da T

eoria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) m

odel

o Sa

mej

ima

para

var

iaacuteve

is o

rdin

ais

e o

mod

elo

de

dois

par

acircmet

ros

Fora

m e

stim

ados

trecircs

indi

cado

res

cons

erva

ccedilatildeo

equ

ipam

ento

s es

cola

res

e in

stal

accedilotildee

s

83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sM

EC

FND

E

PDE

(201

3)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o pa

ra

diag

noacutest

ico

da

rede

de

ensi

no]

A in

fraes

trut

ura

eacute um

das

dim

ensotilde

es d

o di

agnoacute

stic

o m

unic

ipal

sob

re a

edu

caccedilatilde

o D

imen

satildeo

4 -

Infra

estr

utur

a Fiacute

sica

e R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

Este

di

agnoacute

stic

o eacute

uma

das

etap

a do

Pla

no d

e A

ccedilotildees

A

rtic

ulad

as (P

AR)

do

FND

E

Dia

gnoacutes

tico

sobr

e a

rede

puacuteb

lica

de e

nsin

o re

aliz

ado

por e

quip

e lo

cal s

egun

do o

s se

guin

tes

indi

cado

res

Aacutere

a 1

ndash In

stal

accedilotildee

s fiacutes

icas

da

secr

etar

ia m

unic

ipal

de

educ

accedilatildeo

(2 in

dica

dore

s)

Aacutere

a 2

ndash Co

ndiccedil

otildees

da re

de

fiacutesic

a es

cola

r exi

sten

te (1

2 in

dica

dore

s) Aacute

rea

3 ndash

Uso

de

tecn

olog

ias

(4 in

dica

dore

s) e

Aacutere

a 4

ndash Re

curs

os

peda

goacutegi

cos

para

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

aacutetic

as

peda

goacutegi

cas

que

cons

ider

em a

div

ersid

ade

das

dem

anda

s ed

ucac

iona

is (4

indi

cado

res)

Cada

indi

cado

r dev

e se

r ava

liado

com

not

a de

1 a

4

Os

criteacute

rios

de p

ontu

accedilatildeo

satildeo

4 s

e a

desc

riccedilatildeo

ap

onta

par

a um

a si

tuaccedil

atildeo p

ositi

va 3

se

a de

scriccedil

atildeo

apon

ta p

ara

uma

situ

accedilatildeo

que

apr

esen

ta m

ais

aspe

ctos

pos

itivo

s do

que

neg

ativ

os 2

se

a de

scriccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

insu

ficie

nte

co

m m

ais

aspe

ctos

neg

ativ

os d

o qu

e po

sitiv

os e

1

se a

des

criccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

criacutet

ica

SOA

RES

ALV

ES

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquoE

xist

ecircnci

a de

vaacuter

ios

equi

pam

ento

s no

s es

tabe

leci

men

tos

de e

nsin

ordquo (P

151

)Ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar 2

010

loca

l de

func

iona

men

to

aacutegua

ene

rgia

esg

oto

lixo

lab

orat

oacuterio

s bi

blio

teca

sa

nitaacute

rios

com

puta

dore

s pa

ra u

so d

a ad

min

istra

ccedilatildeo

co

mpu

tado

res

para

uso

dos

alu

nos

alim

enta

ccedilatildeo

qu

adra

TV

vid

eoca

sset

e D

VD p

arab

oacutelic

a c

opia

dora

re

trop

roje

tor

e im

pres

sora

Para

con

stru

ccedilatildeo

do in

dica

dor d

e in

fraes

trut

ura

foi

utili

zado

um

mod

elo

de T

eoria

de

Resp

osta

ao

Item

(T

RI) q

ue e

stim

a um

traccedil

o la

tent

e a

part

ir do

s ite

ns

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013a

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] a

s co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is d

as e

scol

asrdquo (

P 80

) ldquo[

]

suas

est

rutu

ras

mat

eria

isrdquo (P

81)

ldquo[]

car

acte

rizaccedil

atildeo

infra

estr

utur

a e

equi

pam

ento

srdquo (P

82)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

24

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la aacute

gua

cons

umid

a pe

los

alun

os a

bast

ecim

ento

de

aacutegua

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a e

sgot

o sa

nitaacute

rio s

ala

de d

ireto

ria s

ala

de p

rofe

ssor

lab

orat

oacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias

sala

de

aten

dim

ento

esp

ecia

l qu

adra

de

espo

rtes

cob

erta

des

cobe

rta

coz

inha

bib

liote

ca

parq

ue in

fant

il b

erccedilaacute

rio s

anitaacute

rio fo

ra o

u de

ntro

do

preacuted

io s

anitaacute

rio p

ara

educ

accedilatildeo

infa

ntil

san

itaacuterio

pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

dep

endecirc

ncia

s pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

tv

dvd

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ompu

tado

res

e in

tern

et

Mod

elo

logiacute

stic

o di

cotocirc

mic

o de

doi

s pa

racircm

etro

s da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

que

redu

z o

conj

unto

dos

iten

s a

um tr

accedilo

late

nte

Est

e tr

accedilo

late

nte

expr

essa

a e

scal

a de

infra

estr

utur

a q

ue fo

i tr

ansf

orm

ada

para

o in

terv

alo

de 0

a 1

00 e

apoacute

s a

sua

inte

rpre

taccedilatilde

o fo

i div

idid

a em

qua

tro

gran

des

niacuteve

is d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar

elem

enta

r baacute

sica

ad

equa

da e

ava

nccedilad

a

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013b

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] c

ondi

ccedilotildees

de

infra

estr

utur

a es

cola

r []

incl

ui

mat

eria

is d

idaacutet

icos

equ

ipam

ento

s e

estr

utur

as

fiacutesic

as a

prop

riada

srdquo (p

377

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

o tr

abal

ho

utili

za a

esc

ala

de in

fraes

trut

ura

desc

rita

em o

utro

tr

abal

ho d

os m

esm

os a

utor

es (S

OA

RES

NET

O e

t al

20

13a)

Teor

ia d

e Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Ver S

oare

s N

eto

et

al (

2013

a) A

nalis

aram

um

a su

b-am

ostr

a de

esc

olas

pe

quen

as a

quel

as c

om a

teacute 1

0 tu

rmas

e 2

00 a

luno

s

PIER

I SA

NTO

S (2

014)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

exis

tecircnc

ia d

e ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar

Infra

estr

utur

a el

emen

tar (

aacutegua

esg

oto

e en

ergi

a) r

ecur

sos

fiacutesic

os (e

squi

pam

ento

s e

espa

ccedilos

para

a p

raacutetic

a de

at

ivid

ades

rela

cion

adas

ao

ambi

ente

edu

caci

onal

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

20

12 I

tens

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

aacutegu

a aacute

gua

filtr

ada

esg

oto

preacute

dio

esco

lar

cole

ta d

e lix

o e

nerg

ia

eleacutet

rica

qua

dra

bib

liote

ca o

u sa

la d

e le

itura

san

itaacuterio

sa

nitaacute

rio P

NE

dep

endecirc

ncia

PN

E s

ala

de a

tend

imen

to

espe

cial

TV

DVD

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ozin

ha

sala

da

dire

toria

sal

a do

s pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio d

e ci

ecircnci

as c

ompu

tado

res

O iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a fo

i est

imad

o po

r mei

o da

an

aacutelis

e fa

toria

l

84

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

T C

AC

(201

5)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o]

Dim

ensatilde

o 4

do C

usto

Alu

no Q

ualid

ade

(CA

C)

prev

isto

na

Met

a 20

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo

(PN

E) 2

014

que

defi

ne o

s pa

drotildee

s m

iacutenim

os d

e in

stal

accedilotildee

s e

recu

rsos

edu

caci

onai

s qu

e ab

rigue

m

adeq

uada

men

te a

s at

ivid

ades

pre

vist

as p

ara

a jo

rnad

a es

cola

r e o

fere

ccedilam

con

diccedilotilde

es d

e tr

abal

ho

aos

profi

ssio

nais

que

nel

a at

uam

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

Gru

po d

e Tr

abal

ho (G

T)

foi i

nstit

uiacutedo

pel

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

(MEC

) par

a el

abor

ar e

stud

os s

obre

a e

xecu

ccedilatildeo

das

estr

ateacuteg

ias

que

trat

am d

o C

AQ

e C

AQ

i na

Met

a 20

do

PNE

2014

) O

GT

reco

men

da o

exa

me

das

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

a (s

alas

de

aula

ref

eitoacute

rio c

ozin

ha b

anhe

iros

bibl

iote

ca

sala

de

prof

esso

res

luz

aacutegu

a c

olet

a de

lixo

) do

s eq

uipa

men

tos

disp

oniacutev

eis

(com

puta

dore

s pr

ojet

ores

m

obili

aacuterio

fibr

a oacutep

tica

ant

enas

) e d

os re

curs

os

educ

acio

nais

(liv

ros

didaacute

ticos

bib

liote

ca r

ecur

sos

digi

tais

)

Os p

adrotilde

es m

iacutenim

os d

e in

fraes

trutu

ra d

evem

leva

r em

con

ta a

com

bina

ccedilatildeo

de c

ompo

nent

es d

o CA

Q

cons

ider

ando

o e

spaccedil

o e

os re

curs

os q

ue c

onfe

rem

fu

ncio

nalid

ade

a es

ses e

spaccedil

os E

xem

plos

de

com

bina

ccedilotildees

(a)

aacutere

a di

spon

iacutevel

e c

om a

cess

ibili

dade

pa

ra a

s ativ

idad

es d

e en

sino

cul

tura

e e

spor

tes

(b)

aacuterea

disp

oniacutev

el p

ara

a ge

statildeo

e a

s ativ

idad

es d

e ap

oio

(c

) ace

sso

a liv

ros e

out

ros r

ecur

sos d

idaacutet

icos

(d)

ac

esso

agrave in

tern

et f

requ

ecircnci

a e

velo

cida

de d

e co

nexatilde

o

(e) a

tuaccedil

atildeo c

om o

utro

s ato

res p

ara

a ob

tenccedil

atildeo d

e es

paccedilo

s e m

ater

iais

com

plem

enta

res p

ara

a re

aliz

accedilatildeo

do

Pro

jeto

Ped

agoacuteg

ico

TRIB

UN

AL

DE

CON

TAS

DA

U

NIAtilde

O (2

015)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Exis

tecircnc

ia e

a a

dequ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

de

labo

ratoacute

rio b

iblio

teca

par

que

infa

ntil

qua

dra

de e

spor

te s

ala

de a

ula

ban

heiro

s e

cozi

nha

nas

esco

las

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s de

uso

dire

to d

os a

luno

s (p

2)

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

015

ver

ifica

ccedilatildeo

in lo

co d

e 67

9 es

cola

s puacute

blic

as e

m to

do o

paiacute

s Se

leccedilatilde

o de

esc

olas

em

qua

tro

estaacute

gios

(1o ) s

elec

iona

da a

esc

ola

da re

de

de e

duca

ccedilatildeo

do e

stad

o (o

u do

mun

iciacutep

io) c

om p

ior

nota

na

esca

la d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar (

SOA

RES

NET

O

et a

l 20

13a)

(2o ) s

elec

iona

das

outr

as tr

ecircs e

scol

as d

e ta

man

hos

dive

rsos

da

prim

eira

ist

o eacute

um

a es

cola

m

uito

peq

uena

out

ra p

eque

na u

ma

meacuted

ia e

out

ra

gran

de (

3o ) sel

ecio

nado

s qu

atro

mun

iciacutep

ios

vizi

nhos

ca

da u

m c

om q

uatr

o es

cola

s co

m o

s m

esm

os c

riteacuter

ios

de p

ior n

ota

na e

scal

a de

infra

estr

utur

a e

tam

anho

da

esco

la e

(4o ) a

mos

tra

foi c

ompl

etad

a co

m e

scol

as d

a ca

pita

l e d

e m

unic

iacutepio

s vi

zinh

os a

ela

Ava

liaccedilatilde

o de

nov

e m

acro

s am

bien

tes

Aacutegu

a

Ace

ssib

ilida

de Aacute

rea

Exte

rna

Qua

dra

Parq

uinh

o

Sala

s de

Aul

a B

iblio

teca

Inf

raes

trut

ura

de M

eren

da

Labo

ratoacute

rio d

e In

form

aacutetic

a e

Banh

eiro

s Em

cad

a um

rece

bu u

ma

pont

uaccedilatilde

o em

div

erso

s ite

ns

por e

xem

plo

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is (p

iso

teto

e

pare

de)

situ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

eleacutet

ricas

es

tado

de

cons

erva

ccedilatildeo

e de

hig

iene

lim

peza

ac

essi

bilid

ade

etc

A n

ota

final

foi o

btid

a pe

la s

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s de

cad

a su

bite

m

Para

cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s fo

ram

cria

dos

quat

ro

padr

otildees

de q

ualid

ade

Pre

caacuteria

aci

ma

de 4

5 po

ntos

Ru

im e

ntre

30

e 45

pon

tos

Ace

itaacuteve

l en

tre

15 e

30

pont

os e

Boa

aba

ixo

de 1

5 po

ntos

A

LVES

XAV

IER

(201

6)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

ldquoas

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

sua

s co

ndiccedil

otildees

de

cons

erva

ccedilatildeo

a e

xist

ecircnci

a de

mat

eria

l did

aacutetic

o e

para

didaacute

tico

e a

s co

ndiccedil

otildees

de u

so e

de

func

iona

men

to d

e bi

blio

teca

s la

bora

toacuterio

s sa

las

de a

ula

dep

endecirc

ncia

s ad

min

istr

ativ

as e

out

ras

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

ardquo (p

76)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b de

200

7 2

009

201

1 e

2013

Ite

ns d

os q

uest

ionaacute

rios

da e

scol

a d

o di

reto

r e

do p

rofe

ssor

qua

dras

lab

orat

oacuterio

s au

ditoacute

rio s

ala

de a

rtes

e d

e m

uacutesic

a b

iblio

teca

vol

ume

de u

suaacuter

ios

exis

tecircnc

ia d

e pe

ssoa

l res

pons

aacutevel

uso

s pe

dagoacute

gico

s tip

os d

e us

uaacuterio

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

ace

rvo

co

mpu

tado

res

aces

so agrave

inte

rnet

apa

relh

os d

e au

diov

isua

l im

pres

sora

s e

tele

foni

a c

onse

rvaccedil

atildeo d

e pa

rede

s te

lhad

os s

alas

de

aula

ban

heiro

s ilu

min

accedilatildeo

al

eacutem d

e ex

istecirc

ncia

de

depr

edaccedil

otildees

e ou

tros

asp

ecto

s

Fora

m e

stim

ados

qua

tro

indi

cado

res

por m

eio

da T

RI (m

odel

o de

Sam

ejim

a) i

nsta

ccedilotildees

do

preacuted

io b

iblio

teca

equ

ipam

ento

s pe

dagoacute

gico

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o A

s es

cala

s or

igin

ais

dos

indi

cado

res

em d

esvo

s-pa

dratildeo

for

am

tran

sfor

mad

as p

ara

o in

terv

alo

de 0

a 1

0 P

ara

uso

em a

naacutelis

es d

escr

itiva

s os

indi

cado

res

fora

m

cate

goriz

ados

em

qua

rtis

85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

AVA

LCA

NTI

(2

016)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Defi

ne a

infra

estr

utur

a co

m re

ferecirc

ncia

ao

CAQ

- Cu

sto

Alu

no Q

ualid

ade

da C

ampa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave

Educ

accedilatildeo

(CA

RREI

RA P

INTO

200

7) q

ue v

incu

la

qual

idad

e do

s pr

oces

sos

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

agrave

qual

idad

e do

s in

sum

os u

tiliz

ados

(p 2

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

014

Loc

al d

e fu

ncio

nam

ento

inad

equa

do d

a es

cola

(bar

racatilde

o

casa

de

prof

esso

r ig

reja

gal

patildeo)

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua in

exis

tent

e ou

inad

equa

do (c

acim

ba p

occedilo

rio

coacute

rreg

o) e

sgot

o sa

nitaacute

rio in

exis

tent

e d

estin

accedilatildeo

de

lixo

inad

equa

da a

usecircn

cia

de d

epen

decircnc

ias

baacutesi

cas

(bib

liote

ca l

abor

atoacuter

ios

quad

ra e

spor

tiva

ban

heiro

s co

m a

cess

ibili

dade

) au

secircnc

ia d

e eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

esse

ncia

is (c

opia

dora

viacuted

eo c

asse

te T

V

Dat

asho

w c

ompu

tado

r im

pres

sora

int

erne

t)

Crio

u o

indi

cado

r IPR

FEM

(Iacutend

ice

de P

reca

rieda

de d

a Re

de F

iacutesica

Esc

olar

Mun

icip

al) e

spec

ifica

men

te p

ara

a pe

squi

saS

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s da

s pa

ra

cada

esc

ola

da re

de P

esos

de

acor

do c

om o

impa

cto

de c

ada

item

na

cond

iccedilatildeo

de

prec

arie

dade

do

esta

bele

cim

ento

o c

onhe

cim

ento

da

pesq

uisa

dora

so

bre

a re

de fiacute

sica

esco

lar e

a e

xper

iecircnc

ia c

om o

tr

abal

ho p

edag

oacutegic

o O

resu

ltado

do

indi

cado

r no

niacuteve

l da

rede

esc

olar

foi c

alcu

lada

pel

a m

eacutedia

dos

va

lore

s ob

tidos

por

toda

s as

esc

olas

mun

icip

ais

MAT

OS

RO

DRI

GU

ES

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoEqu

ipam

ento

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o es

cola

rrdquo (p

666

)D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

201

3 e

xist

ecircnci

a de

loc

al p

roacutepr

io d

e fu

ncio

nam

ento

da

esco

la aacute

gua

trat

ada

ene

rgia

eleacute

tric

a s

anea

men

to b

aacutesic

o (c

olet

a de

lixo

de

esgo

to e

pre

senccedil

a de

ban

heiro

na

esco

la)

outr

os e

spaccedil

os e

recu

rsos

esc

olar

es (b

iblio

teca

la

bora

toacuterio

can

tina

com

puta

dore

s e

outr

os

equi

pam

ento

s el

etrocirc

nico

s)

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

r de

infra

estru

tura

por

mei

o de

M

odel

os d

a Te

oria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) A

esca

la

orig

inal

foi c

onve

rtid

a pa

ra v

alor

es d

e ze

ro a

10

OLI

VEIR

A

PERE

IRA

JR

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s P

erce

pccedilatildeo

das

con

diccedilotilde

es d

a sa

la d

e au

la N

iacutevel

de

adeq

uaccedilatilde

o da

sal

a de

aul

a ndash

loca

l ond

e g

eral

men

te

os p

rofe

ssor

es p

assa

m a

mai

or p

arte

do

tem

po d

e tr

abal

ho O

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e do

cent

e ne

cess

ita d

e co

ndiccedil

otildees

apro

pria

das

de a

spec

tos

ambi

enta

is e

est

rutu

rais

afe

tand

o ta

nto

alun

os

quan

to p

rofe

ssor

es

Dad

os p

rimaacuter

ios

do su

rvey

Tra

balh

o D

ocen

te n

a Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a no

Bra

sil (

TDEB

B) d

e 20

10 c

om c

erca

de

6 m

il pr

ofiss

iona

is d

a ed

ucaccedil

atildeo e

m e

scol

as p

uacuteblic

as

de s

ete

esta

dos

bras

ileiro

s Va

riaacuteve

is d

e pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

esc

ola

ven

tilaccedil

atildeo e

ilum

inaccedil

atildeo d

a sa

la

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

as p

ared

es d

a s

ala

de a

ula

ruiacuted

o or

igin

ado

na s

ala

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

a sa

la e

spec

iacutefica

de

con

vivecirc

ncia

e re

pous

o c

ondi

ccedilotildees

dos

ban

heiro

s pa

ra fu

ncio

naacuterio

s co

ndiccedil

otildees

dos

equi

pam

ento

s (T

V v

iacutedeo

som

etc

) e

con

diccedilotilde

es d

os re

curs

os

peda

goacutegi

cos

(qua

dro

Xer

oxli

vros

did

aacutetic

os e

tc)

Estim

ou-s

e do

is in

dica

dore

s pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

sal

a de

aul

a e

perc

epccedilatilde

o da

s co

ndiccedil

otildees

da u

nida

de e

scol

ar p

or m

eio

da

teacutecn

ica

esta

tiacutestic

a de

nom

inad

a m

odel

agem

de

equa

ccedilotildees

est

rutu

rais

(MEE

) O

s in

dica

dore

sfor

am

padr

oniz

ados

no

inte

rval

o de

0 a

1 s

endo

o v

alor

m

iacutenim

o (0

) ref

eren

te agrave

pio

r situ

accedilatildeo

pos

siacuteve

l e o

va

lor m

aacutexim

o (1

) agrave

mel

hor

Adi

cion

alm

ente

os

resu

ltado

s do

s in

dica

dore

s fo

ram

cla

ssifi

cado

s em

qu

atro

cat

egor

ias

GO

MES

D

UA

RTE

(201

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

O te

rmo

infra

estr

utur

a es

cola

r []

refe

re-s

e agraves

co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is e

quip

amen

tos

e re

curs

os

fiacutesic

os q

ue p

erm

item

que

as

inst

ituiccedil

otildees

esco

lare

s fu

ncio

nem

sej

a co

mo

espa

ccedilo d

e m

ovim

ento

e

perm

anecircn

cia

de p

esso

as o

u co

mo

loca

l de

apre

ndiz

agem

523

)

Dad

os d

o Ce

nso

Esco

lar 2

013

refe

rent

es agrave

s es

cola

s

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enal

(EF)

Util

izam

26

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la s

obre

a p

rese

nccedila

de it

ens

de re

curs

os e

inst

alaccedil

otildees

baacutesi

cas

equi

pam

ento

s e

inst

alaccedil

otildees

didaacute

ticas

Cria

m p

erfis

(clu

ster

s) p

or m

eio

de u

m m

odel

o de

cla

sses

late

ntes

(LC

A)

que

resu

ltou

em q

uatr

o cl

asse

s de

infra

estr

utur

a es

cola

r su

perio

r m

eacutedio

su

perio

r m

eacutedio

infe

rior e

inf

erio

r A

cla

sse

supe

rior

com

42

das

esc

olas

e 8

12

das

mat

riacutecul

as d

ispotilde

e de

qua

se to

dos

os 2

6 ite

ns (e

xcet

o la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e s

ala

de re

curs

os e

spec

ializ

ados

) e

a cl

asse

in

ferio

r pos

sui a

pena

s aacuteg

ua c

ozin

ha e

um

preacute

dio

excl

usiv

o) 1

1 d

as e

scol

as e

11

d

e m

ariacutec

ulas

O

meacuted

io-s

uper

ior eacute

mui

to p

arec

ido

com

o s

uper

ior

e o

meacuted

io-in

ferio

r co

m o

infe

rior

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

86

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sO

rsquoSU

LLIV

AN

(2

006)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

(dim

ensotilde

es)

A te

se a

nalis

a as

con

diccedilotilde

es d

o pr

eacutedio

esc

olar

de

acor

do

com

a c

lass

ifica

ccedilatildeo

de u

m in

stru

men

to d

enom

inad

o Co

mm

onw

ealth

Ass

essm

ent o

f Phy

sical

Env

ironm

ent

(CAP

E) d

esen

volv

ido

por C

ash

(199

3) p

ara

as c

ondi

ccedilotildees

es

trutu

rais

e co

smeacutet

icas

de

um p

reacutedi

o

Dad

os p

rimaacuter

ios d

e 20

0 es

cola

s de

ensin

o m

eacutedio

EU

A

Aval

iou

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is id

ade

da c

onst

ruccedilatilde

o

sala

s de

aula

tem

poraacute

rias

reno

vaccedilatilde

o a

diccedilatilde

o ou

ap

erfe

iccediloa

men

to d

o ed

ifiacuteci

o ti

po d

e pi

so ja

nela

s ar

-co

ndic

iona

do c

alor

got

eira

s ilu

min

accedilatildeo

das

sala

s de

aula

ca

ract

eriacutest

icas

est

rutu

rais

das s

alas

de

aula

con

diccedilotilde

es

estru

tura

is da

con

stru

ccedilatildeo

inst

alaccedil

otildees a

djac

ente

s ao

preacuted

io b

arul

ho e

xter

no t

omad

as e

leacutetr

icas

das

sala

s de

aula

e c

ober

tura

do

teto

As c

ondi

ccedilotildees

cos

meacutet

icas

do

preacuted

io fo

ram

iden

tifica

das p

or p

intu

ra n

o in

terio

r do

preacuted

io p

intu

ra e

xter

ior

loca

is co

m g

rafit

epi

xo r

emoccedil

atildeo

de g

rafit

epi

xo m

obiacuteli

as d

as sa

las d

e au

la c

lass

ifica

ccedilotildees

co

smeacutet

icas

ger

ais e

freq

uecircnc

ia d

e lim

peza

do

piso

Dad

os d

a pe

squi

sa fo

ram

util

izad

os p

ara

aval

iar a

co

ndiccedil

atildeo p

reacutedi

os e

scol

ares

As r

espo

stas

par

a ca

da

item

no

CAPE

fora

m c

odifi

cada

s com

o um

doi

s trecirc

s qu

atro

cin

co s

eis o

u se

te P

ara

test

ar a

con

fiabi

lidad

e do

inst

rum

ento

foi c

ondu

zido

um

test

e Al

pha

deCr

onba

ch s

endo

que

o v

alor

obt

ido

foi c

onsid

erad

o ldquoa

ceitaacute

velrdquo

(gt 0

7)

GIB

BERD

(200

7)Va

riaacuteve

is e

m

dim

ensotilde

es

[inst

rum

ento

]

Mod

elo

inte

grad

o de

des

empe

nho

do p

reacutedi

o In

tegr

ated

bui

ldin

g pe

rfor

man

ce m

odel

ndash IB

PM)

(1) P

esso

as i

nfra

estr

utur

a d

eve

gara

ntir

que

seus

usu

aacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacute

sica

s at

endi

das

gara

ntir

que

dire

itos

hum

anos

se

jam

resp

eita

do (

2) a

infra

estr

utur

a de

ve g

aran

tir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am v

azam

ento

s se

jam

es

trut

ural

men

te s

oacutelid

as t

enha

m b

aixo

s cu

stos

de

oper

accedilatildeo

m

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

no

uso

dos

esp

accedilos

e d

os re

curs

os (

3) P

rogr

ama

in

fraes

trut

ura

dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

at

ivid

ades

esc

olar

es

O a

rtig

o ap

rese

nta

um in

stru

men

to d

esen

volv

ido

para

av

alia

ccedilatildeo

da in

fraes

trut

ura

de e

scol

as ru

rais

da

Aacutefri

ca

do S

ul q

ue c

onte

mpl

a os

iten

s pe

ssoa

s in

fraes

trut

ura

e pr

ogra

mas

Ap

rese

nta

par

a ca

da u

ma

das

dim

ensotilde

es

obje

tivos

com

os

seus

resp

ectiv

os in

dica

dore

s p

ara

verif

icaccedil

atildeo

GIB

BERD

M

PHU

TLA

NE

(200

7)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

[in

stru

men

to]

Gar

antia

de

que

os e

difiacutec

ios

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

os t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

o e

man

uten

ccedilatildeo

e qu

e se

jam

efic

ient

es ta

nto

no u

so d

os e

spaccedil

os q

uant

o no

uso

de

recu

rsos

(Efic

iecircnc

ia C

usto

s op

erac

iona

is

Ges

tatildeo

Man

uten

ccedilatildeo

Sauacute

de e

Seg

uran

ccedila)

O in

stru

men

to o

SRN

(Sch

ool R

egist

er o

f Nee

ds ndash

Reg

istro

es

cola

r de

nece

ssid

ades

) pa

ra a

valia

r esc

olas

rura

is da

Aacutef

rica

do S

ul s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

seg

uran

ccedila n

uacutemer

o de

sala

s de

aula

e d

e ou

tros e

spaccedil

os e

se h

aacute ne

sses

se

rviccedil

os c

omo

aacutegua

e e

letri

cida

de m

ater

iais

utiliz

ados

na

cons

truccedilatilde

o c

ondi

ccedilotildees

ger

ais d

o pr

eacutedio

ram

pas d

e ac

esso

e

banh

eiro

s par

a al

unos

com

defi

ciecircn

cias

equ

ipam

ento

s co

mo

cade

iras

mes

as e

com

puta

dore

s te

lefo

ne e

nerg

ia

banh

eiro

s m

uro

cor

redo

res e

inst

alaccedil

otildees e

spor

tivas

m

edid

as d

e pr

even

ccedilatildeo

ao c

rime

com

o ba

rras a

nti-r

oubo

(g

rade

de

ferro

em

jane

las)

e a

larm

es M

SEE

(Min

imum

St

anda

rds f

or Ed

ucat

ion

in E

mer

genc

ies ndash

Pad

rotildees

miacuten

imos

pa

ra e

mer

gecircnc

ia n

a ed

ucaccedil

atildeo)

entre

out

ros

O in

trum

ento

reuacuten

e da

dos

quan

titat

ivos

e

qual

itativ

os S

RN (R

egis

tro

Esco

lar d

e N

eces

sida

des)

ndash

quan

titat

ivo

MSE

E (P

adrotilde

es M

iacutenim

os p

ara

Educ

accedilatildeo

em

Em

ergecirc

ncia

s) ndash

qua

litat

ivo

Cont

inua

87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sSE

BAKE

M

PHU

TLA

NE

G

IBBE

RD (2

007)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

seus

us

uaacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacutes

icas

at

endi

das

Dev

e ga

rant

ir ta

mbeacute

m q

ue d

ireito

s hu

man

os s

ejam

resp

eita

dos

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

as t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

om

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

tant

o no

uso

dos

esp

accedilos

qua

nto

no u

so d

e re

curs

os A

infra

estr

utur

a es

cola

r dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

ativ

idad

es n

eces

saacuteria

s

O in

stru

men

to p

ara

aval

iaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a pa

ra a

s es

cola

s ru

rais

Est

udo

pilo

to e

m e

scol

as ru

rais

da Aacute

frica

do

Sul

Um

sis

tem

a de

ava

liaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a da

s es

cola

s po

r mei

o de

um

inst

rum

ento

que

con

side

ra

as d

imen

sotildees

des

crita

s pe

ssoa

s

VALD

EacuteS e

t al

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

das

Defi

ne e

mpi

ricam

ente

infra

estr

utur

a de

aco

rdo

com

a p

rese

nccedila

cum

ulat

iva

de d

eter

min

ados

iten

s da

esc

ola

Dad

os d

a pe

squi

sa S

ERCE

de

2006

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) em

20

paiacutese

s da

Ameacuter

ica

Latin

a in

clui

ndo

o Br

asil

As

variaacute

veis

de in

fraes

trutu

ra s

ala

de d

ireccedilatilde

o sa

las p

ara

apoi

o ad

min

israt

ivas

sal

a de

pro

fess

ores

qua

dra

espo

rtiv

a

labo

ratoacute

rio g

inaacutes

io ja

rdim

esc

olar

sal

a de

info

rmaacutet

ica

au

ditoacute

rio c

ozin

ha r

efei

toacuterio

sal

a de

arte

s en

ferm

aria

se

rviccedil

o ps

icop

edag

oacutegic

o e

bibl

iote

ca P

ara

de a

cess

o a

serv

iccedilos

aacutegu

a e

letri

cida

de e

tele

fone

Para

as

variaacute

veis

nuacutem

ero

de c

ompu

tado

res

e nuacute

mer

o de

bib

liote

cas

a an

aacutelis

e ba

seou

-se

na

proacutep

ria q

uant

ifica

ccedilatildeo

dos

itens

Jaacute

para

o iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a cr

iou-

se u

ma

esca

la c

om in

terv

alo

de

0 a

15 e

par

a o

iacutendi

ce d

e se

rviccedil

os fo

i util

izad

a um

a es

cala

de

0 a

5

WO

LNIA

K

ENG

BERG

(2

010)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Infra

estu

rura

defi

nida

em

piric

amen

te d

e ac

ordo

co

m o

s ite

ns d

e re

curs

os e

scol

ares

D

ados

sec

undaacute

rios

do T

he N

atio

nal L

ongi

tudi

nal S

urve

y of

Fr

eshm

en (N

LSF)

pat

roci

nado

pel

o O

ffice

of P

opul

atio

n Re

sear

ch d

a U

nive

rsid

ade

de P

rince

ton

Ava

liao

nze

itens

so

bre

recu

rsos

esc

olar

es n

o en

sino

meacuted

io e

a q

ualid

ade

dess

es re

curs

os a

sab

er b

iblio

teca

con

selh

eiro

de

orie

ntaccedil

atildeo o

u co

mpu

tado

res

Os

itens

satildeo

ava

liado

s em

um

a es

cala

tipo

Lik

ert

que

vai d

e ru

im a

teacute e

xcel

ente

Os

auto

res

cria

m u

m

indi

cado

r de

infra

estr

utur

a m

as n

atildeo e

scla

rece

m n

o te

xto

o m

eacutetod

o de

est

imaccedil

atildeo u

tiliz

ado

CU

YVER

S et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

turu

ra d

efini

da e

mpi

ricam

ente

de

acor

do c

om a

pe

rcep

ccedilatildeo

de a

luno

s que

resp

onde

ram

a u

m su

rvey

D

ados

prim

aacuterio

s de

surv

ey ju

nto

a es

tuda

ntes

em

14

esco

las s

ecun

daacuteria

s da

Beacutelg

ica

(n=

2032

) qu

e in

vest

igou

a

perc

epccedilatilde

o do

s so

bre

(1) o

preacute

dio

esco

lar t

em u

ma

estru

tura

esp

acia

l livr

e on

de eacute

faacuteci

l se

orie

ntar

(2)

as s

alas

de

aula

abe

rtas

a u

ma

aacuterea

(ver

de)

(3) o

preacute

dio

esco

lar o

fere

ce

recu

rsos

de

TI b

em in

tegr

ados

e a

cess

o a

varia

das f

onte

s de

pesq

uisa

(4)

todo

s os i

ndic

ador

es re

laci

onad

os agrave

segu

ranccedil

a (e

g o

preacute

dio

esco

lar eacute

bem

pro

tegi

do c

ontra

inva

sotildees

) (5

) cr

iteacuterio

s sob

re a

con

diccedilatilde

o do

preacute

dio

esco

lar

(6) c

riteacuter

ios

sobr

e a

amen

idad

e e

conf

orto

fiacutesic

o de

preacute

dio

esco

lar

(tem

pera

tura

acuacute

stic

a ilu

min

accedilatildeo

e v

entil

accedilatildeo

)

O in

dica

dor eacute

con

stru

ido

por e

scal

onam

ento

dos

ite

ns d

o qu

estio

naacuterio

apl

icad

o ao

s al

unos

mas

os

auto

res

natildeo

escl

arec

em n

o te

xto

de q

ue fo

rma

o in

dica

dor f

oi p

rodu

zido

88

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

LIC

KA e

t al

(201

1)U

tiliz

a va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

teD

efine

em

piric

amen

te a

s ldquoca

ract

eriacutes

ticas

prim

aacuteria

s da

esc

olardquo

que

con

teacutem

as

info

rmaccedil

otildees

sobr

e in

fraes

trut

ura

Dad

os p

rimaacuter

ios

de su

rvey

con

duzi

do p

elos

aut

ores

em

20

04 e

m M

adag

asca

r Es

cola

s se

leci

onad

as a

par

tir d

e um

a pe

squi

sa d

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

No

grup

o da

s ldquoCa

ract

eriacutes

ticas

Prim

aacuteria

s Es

cola

resrdquo

as

variaacute

veis

re

laci

onad

as agrave

infra

estu

tura

satildeo

dis

tacircnc

ia d

o ce

ntro

da

com

unid

ade

(km

) e

scol

a se

m s

anitaacute

rio s

anitaacute

rio

sepa

rado

por

sex

o p

erce

ntag

em d

e sa

las

de a

ula

com

qu

adro

neg

ro

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

corr

elac

oinaacute

-las

a re

sulta

dos

esco

lare

s

OC

DE

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

A n

occedilatildeo

de

infra

estr

utur

a es

taacute re

laci

onad

a agraves

co

ndiccedil

otildees

esco

lare

s e

de e

nsin

o

Dad

os d

o Pr

ogra

ma

de A

valia

ccedilatildeo

de E

stud

ante

s de

15

anos

(Pisa

) or

gani

zado

pel

a O

CDE

com

a p

artic

ipaccedil

atildeo d

e vaacute

rios

paiacutese

s in

clus

ive

o Br

asil

Que

stio

naacuterio

resp

ondi

do

pelo

dire

tor

Itens

sob

re in

fraes

trut

ura

- esc

asse

z ou

in

adeq

uaccedilatilde

o de

(1)

est

rutu

ra fiacute

sica

da e

scol

a (2

) sis

tem

as e

leacutetr

icos

e d

e aq

ueci

men

to e

ou

resf

riam

ento

e

(3) e

spaccedil

o na

s sa

las

de a

ula

Iten

s de

recu

rsos

esc

olar

es

- esc

asse

z ou

inad

equa

ccedilatildeo

de (

(1) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

a

(2) m

ater

iais

didaacute

ticos

(3)

com

puta

dore

s (4

) int

erne

t e

(5) s

oftw

ares

edu

caci

onai

s

Fora

m c

onst

ruiacuted

os d

ois

iacutendi

ces

- iacutend

ice

de

infra

estr

utur

a e

iacutendi

ce d

e re

curs

os e

scol

ares

O

s iacuten

dice

s tecirc

m e

scal

a em

des

vios

-pad

ratildeo

Va

lore

s po

sitiv

os in

dica

m m

elho

res

cond

iccedilotildee

s de

in

fraes

trut

ura

e re

curs

os e

scol

ares

CU

ESTA

G

LEW

WE

BR

OO

KE (2

014)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Defi

ne in

fraes

tutu

ra p

ela

a pr

esen

ccedila d

e de

term

inad

os it

ens

cara

cter

iacutestic

as d

a sa

la d

e au

la

com

o lu

z na

tura

l te

mpe

ratu

ra a

cuacutest

ica

pre

senccedil

a na

esc

ola

de e

letr

icid

ade

aacutegu

a po

taacuteve

l e a

con

diccedilatilde

o do

edi

fiacutecio

exi

stecircn

cia

de u

ma

bibl

iote

ca l

abor

atoacuter

io

de in

form

aacutetic

a ou

labo

ratoacute

rios

de c

iecircnc

ias

livro

s di

daacutetic

os

mat

eria

is p

edag

oacutegic

os e

tecn

olog

ias

de

info

rmaccedil

atildeo e

com

unic

accedilatildeo

(TIC

)

Revi

satildeo

de e

stud

os s

obre

o im

pact

o da

infra

estr

utur

a no

apr

endi

zado

dos

alu

nos

de p

aiacutese

s la

tino-

amer

ican

os d

e 19

90 a

201

2 V

ariaacute

veis

ana

lisad

as

cond

iccedilatildeo

das

par

edes

pis

os e

telh

ado

mat

eria

is d

e in

stru

ccedilatildeo

na s

ala

de a

ula

(com

o fli

p ch

arts

qua

dro

bran

co e

m c

aval

ete)

e q

uadr

os n

egro

s m

as e

xclu

indo

liv

ros

didaacute

ticos

) di

spon

ibili

dade

de

elet

ricid

ade

aacutegu

a e

sani

taacuterio

s e

a di

spon

ibili

dade

de

labo

ratoacute

rios

(ciecirc

ncia

s e

info

rmaacutet

ica)

bib

liote

cas

mes

as e

qua

dros

O e

stud

o fa

z um

bal

anccedilo

de

outr

os e

stud

os

Apr

esen

ta e

stat

iacutestic

as d

escr

itiva

s po

r paiacute

ses

(pro

porccedil

atildeo) d

os it

ens

de in

fraes

trut

ura

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sIN

EE (2

016)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Aval

iaccedilatilde

o da

s Co

ndiccedil

otildees

Baacutesic

as p

ara

o En

sino

e a

Apr

endi

zage

m (E

valu

acioacute

n de

Con

dici

ones

Baacutes

icas

pa

ra la

Ens

entildean

za y

el A

pren

diza

je ndash

ECE

A) r

ealiz

ada

pelo

Inst

ituto

Nac

iona

l par

a la

Eva

luac

ioacuten

de la

Ed

ucac

ioacuten

(INEE

) do

Meacutex

ico

Defi

ne in

fraes

trut

ura

com

o o

conj

unto

de

inst

alaccedil

otildees

e se

rviccedil

os q

ue

perm

item

a re

aliz

accedilatildeo

do

trab

alho

esc

olar

em

co

ndiccedil

otildees

de d

igni

dade

seg

uran

ccedila e

bem

-est

ar

Os

mob

iliaacuter

ios

e eq

uipa

men

tos

bem

com

o m

ater

iais

de

apo

ios

satildeo

nece

ssaacuter

ios

para

a re

aliz

accedilatildeo

das

at

ivid

ades

cur

ricul

ares

e a

dmin

istra

tivas

Dad

os d

o es

tudo

pilo

to d

e 20

14 c

om a

mos

tra d

e es

cola

s pr

imaacuter

ias

Dim

ensotilde

es e

iten

s (1

) In

fraes

truct

ura

para

o

bem

est

ar e

apr

endi

zage

m d

os e

stud

ante

s (ac

esso

a

serv

iccedilos

baacutes

icos

esp

accedilos

esc

olar

es su

ficie

ntes

e a

cess

iacutevei

s co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as d

e se

gura

nccedila

e hi

gien

te)

(2) m

obili

aacuterio

e

equi

pam

ento

s baacutes

icos

par

a o

ensin

o e

apre

ndiz

ado

(mob

iliaacuter

io su

ficie

nte

e ad

equa

do e

qupa

men

tos d

e ap

oio)

e (3

) mat

eria

is de

apo

io e

duca

tivo

(mat

eria

is cu

rriacutecu

lare

s m

ater

iais

didaacute

ticos

ace

rvo

da b

iblio

teca

) O

s ind

icad

ores

incl

uem

ace

sso

a se

rviccedil

os p

uacuteblic

os (aacute

gua

en

ergi

a e

sgot

o) a

mbi

ente

fiacutesic

o ad

equa

do (v

entil

accedilatildeo

te

mpe

ratu

ra il

umin

accedilatildeo

ruiacute

dos)

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

ac

adecircm

icas

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

esp

ortiv

as c

ultu

rais

e de

recr

eccedilatildeo

exi

stecircn

cia

de b

anhe

iros e

ban

heiro

s par

a pe

ssoa

s com

defi

ciecircn

cia

ace

ssib

ilida

de c

onse

rvaccedil

atildeo

trata

men

to ig

ualit

aacuterio

par

a al

unos

seg

undo

gecircn

ero

liacuten

gua

orig

em so

cial

eacutetn

ica

etc

Apr

esen

ta re

sulta

dos

do e

stud

o pi

loto

mar

co

basi

co p

ara

orie

ntar

a im

plan

taccedilatilde

o e

func

iona

men

to

das

esco

las

e or

ient

ar a

ava

liaccedilatilde

o da

s es

cola

s de

edu

caccedilatilde

o baacute

sica

O in

stru

men

to re

spon

dido

pe

la e

quip

e da

esc

ola

que

dev

e re

fletir

sob

re

as c

ondi

ccedilotildees

meacuted

ias

da e

scol

a pa

ra c

ada

item

A

leacutem

dis

so c

olet

a op

iniotilde

es s

obre

o q

uant

o a

infra

estr

utur

a af

eta

o en

sino

e a

pren

diza

do e

accedilotilde

es

nece

ssaacuter

ias

para

mel

horia

Est

udo

Um

info

rme

com

os

resu

ltado

s do

est

udo

pilo

to re

aliz

ado

em

esco

las

prim

aacuteria

s ap

rese

nta

anaacutel

ises

des

criti

vas

dos

itens

que

com

potildee

cada

um

a de

ssas

dim

ensotilde

es

Apr

esen

ta re

cort

es s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

das

esc

olas

(u

rban

a ru

ral

aacuterea

indiacute

gena

) e ti

po d

e or

gani

zaccedilatilde

o (m

ultis

eria

do o

u natilde

o) e

eta

pas

UN

ESCO

(201

6)D

imen

sotildees

e

indi

cado

res

(doc

umen

to

norm

ativ

o)

A m

eta

4a

do o

bjet

ivo

4 da

Age

nda

2030

par

a D

esen

volv

imen

to S

uste

ntaacutev

el d

efine

com

o

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as a

prop

riada

s pa

ra c

rianccedil

as

e se

nsiacutev

eis

agraves d

efici

ecircnci

as e

ao

gecircne

ro e

que

pr

opor

cion

em a

mbi

ente

s de

apr

endi

zage

m s

egur

os

e natilde

o vi

olen

tos

incl

usiv

os e

efic

azes

par

a to

dos

Indi

cado

res p

ara

mon

itora

men

to (A

) Por

cent

agem

de

esco

las c

om a

cess

o a

(i) aacute

gua

potaacute

vel b

aacutesic

a (i

i) in

stal

accedilotildee

s sa

nitaacute

rias d

e se

xo uacute

nico

baacutes

icas

e (i

ii) in

stal

accedilotildee

s de

lava

gem

das

matildeo

s baacutes

icas

(B)

Pro

porccedil

atildeo d

e es

cola

s com

ac

esso

a (i

) ele

trici

dade

(ii)

inte

rnet

par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

e

(iii)

com

puta

dore

s par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

(C) P

orce

ntag

em

de e

scol

as c

om in

fra-e

stru

tura

e m

ater

iais

adap

tado

s par

a es

tuda

ntes

com

defi

ciecircn

cia

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o D

ocum

ento

nor

mat

ivo

ap

rese

nta

um m

arco

bas

ico

para

orie

ntar

a

impl

anta

ccedilatildeo

e fu

ncio

nam

ento

das

esc

olas

e o

rient

ar

a av

alia

ccedilatildeo

das

esco

las

de e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca

DU

ART

E

JAU

REG

UIB

ER

RY R

AC

IMO

(2

017)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

D

efine

a su

ficiecirc

ncia

da

infra

estru

tura

par

a pa

iacuteses

latin

o-am

eric

anos

que

par

ticip

aram

do

Terc

e - T

erce

iro

Estu

do e

xplic

ativ

o e

com

para

tivo

de d

esem

penh

o es

cola

r se

gund

o o

s com

pone

ntes

baacutes

icos

do

ambi

ente

fiacutesic

o pa

ra fo

rnec

er o

s rec

urso

s nec

essaacute

rios

para

o p

roce

sso

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

Dad

os d

o TE

RCE

2013

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) Pa

ra m

ensu

rar a

su

ficiecirc

ncia

os i

tens

do

ques

tionaacute

rio re

spon

dido

pel

o di

reto

r or

gani

zado

s em

seis

cate

goria

s (1

) aacutegu

a e

sane

amen

to

baacutesic

o (aacute

gua

potaacute

vel e

sgot

o b

anhe

iros e

m b

oas

cond

iccedilotildee

s e c

olet

a de

lixo)

(2)

ace

sso

aos s

ervi

ccedilos p

uacuteblic

os

(ele

trici

dade

tel

efon

ia e

inte

rnet

) (3

) esp

accedilos

edu

caci

onai

s (s

ala

de a

rtem

uacutesic

a la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e in

form

aacutetic

a e

bibl

iote

ca)

(4) e

spaccedil

os a

dmin

istra

tivos

(sal

a do

dire

tor

sala

s adm

inist

rativ

as s

ala

de re

uniatilde

o do

s pro

fess

ores

e

enfe

rmar

ia)

(5) e

spaccedil

os m

ultiu

sos (

ginaacute

sio a

uditoacute

rio e

qu

adra

s de

espo

rtes)

e (6

) equ

ipam

ento

s da

sala

de

aula

(q

uadr

o br

anco

ou

de g

iz m

esa

e ca

deira

par

a o

prof

esso

r m

esas

e c

adei

ras p

ara

todo

s os a

luno

s)

A m

ensu

raccedilatilde

o da

sufi

ciecircn

cia

da in

fraes

trut

ura

feita

pe

la p

rese

nccedila

dos

itens

nas

cat

egor

ias

Para

atin

gir

o cr

iteacuterio

de

sufic

iecircnc

ia a

esc

ola

deve

ter

todo

s os

iten

s da

1a

cate

goria

el

etric

idad

e e

tele

foni

a na

2a

pel

o m

enos

a b

iblio

teca

den

tre

os it

ens

da

3a p

elo

men

os d

ois

dent

re o

s qu

atro

iten

s da

4a

pe

lo m

enos

um

den

tre

os tr

ecircs it

ens

da 5

a e

todo

s os

iten

s da

6a

Anaacute

lise

desc

ritiv

a p

erce

ntua

l de

esco

las

com

gra

u su

ficie

nte

nas

seis

cat

egor

ias

em

cinc

o q

uatr

o tr

ecircs d

ois

uma

ou n

enhu

ma

cate

goria

se

gund

o pa

iacuteses

e o

utra

s va

riaacuteve

is d

iscr

imin

ante

s

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

90

Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar

Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar

Nac

iona

l

Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)

SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)

MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017

Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3

inte

rnac

iona

l

Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia

91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)

Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios

Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo

Indi

cado

r(es)

BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)

OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)

MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)

Variaacute

veis

VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

92

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Continua

94

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

noPrevenccedilatildeo de danos

Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Conservaccedilatildeo

Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Ambiente Prazeroso

Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra o

ens

ino

e ap

rend

izad

o

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio administrativo

Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra a

eq

uida

de

Acessibilidade

Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)

Ambiente para atendimento especializado

Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)

95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas

Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes

de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as

meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola

De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do

tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados

em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores

com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo

equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo

mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos

instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo

As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo

de unidimensionalidade dos construtos

As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o

indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas

poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria

em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo

dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras

Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso

sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero

de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos

boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois

como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala

seraacute limitado

Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral

pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra

indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas

para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro

resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas

meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que

nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee

96

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Indi

cado

r ndash A

cess

o a

serv

iccedilos AacuteGUA

Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658

ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939

ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416

LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E S GOT O0 1 2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 AacuteGUA

0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E NE R GIA0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 LIXO0 1

97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Instalaccedilotildees do preacutedio escolar

Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa

Indi

cado

r ndash In

stal

accedilotildee

s do

preacute

dio

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879

IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908

IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349

IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522

IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846

IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663

IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588

IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645

_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores

Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

BAN

HEI

RO_

FORA

DEN

TRO

IN_C

OZI

NH

A

IN_R

EFEI

TORI

O

IN_D

ESPE

NSA

IN_S

ALA

_DIR

ETO

RIA

IN_S

ALA

_PRO

FESS

OR

IN_S

ECRE

TARI

A

IN_A

LMO

XARI

FAD

O

IN_A

GU

A_F

ILTR

AD

A

BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039

IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013

IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008

IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018

IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030

IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026

IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022

IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026

IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

98

Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO

0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COZINHA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DESPENSA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1

99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash P

reve

nccedilatildeo

de

dano

s

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Prot_incendio

Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290

Ilum_foraEscolUNI

Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453

Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782

Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015

Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Prot_incendio0

1

2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI

0

1 2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_fisica

0

1

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_equip

0

1

100

Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar

Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

telhado

Ruim 132 129 124

Regular 301 311 308

Bom 567 561 569

parede

Ruim 76 72 76

Regular 316 322 325

Bom 608 606 598

piso

Ruim 126 111 116

Regular 294 297 303

Bom 580 592 581

entrada

Ruim 101 90 97

Regular 291 287 296

Bom 607 623 607

paacutetio

Ruim 154 139 139

Regular 293 298 292

Bom 553 563 569

corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628

sala

Ruim 85 84 84

Regular 350 356 353

Bom 565 561 563

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475

janelas

Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526

banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431

cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567

insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462

insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449

Sinaldepr

Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332

Natildeo 570 553 581

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

telh

ado

pare

de

piso

entr

ada

paacutetio

corr

edor

sala

port

as

jane

las

banh

eiro

s

cozi

nha

inst

hidr

a

inst

elet

rica

Sina

ldep

rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039

parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045

piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038

entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040

paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035

corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038

sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049

portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053

janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047

banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048

cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034

insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046

insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045

Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Indi

cado

r ndash C

onse

rvaccedil

atildeo

101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 telhado

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 parede0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 piso0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 entrada0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 paacutetio0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 corredor0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 sala0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 portas0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 janelas

0

12

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 banheiros0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 cozinha

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 insthidra0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 insteletrica0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 Sinaldepr

01

2

Prob

abili

dade

Prob

abili

dade

102

Conforto

Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash C

onfo

rto

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630

ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600

BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Iluminada Arejada BiblioArejIlum

Iluminada 100 077 047

Arejada 077 100 052

BiblioArejIlum 047 052 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Iluminada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Arejada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BiblioArejIlum

01

103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ambiente prazeroso

Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

mbi

ente

Pra

zero

so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215

N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407

IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272

IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048

IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046

IN_AREA_VERDE 050 032 100 031

IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 PATIO_COB_DES0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AREA_VERDE0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0

1

104

Espaccedilos pedagoacutegicos

Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

spaccedil

os P

edag

oacutegic

os

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468

NU_COMP_ALUNO_CAT

Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108

QUADRA_COBDESCOB

Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54

IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115

IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_LABORATORIO_INFORMATICA

NU_COMP_ALUNO_CAT

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

QUADRA_COBDESCOB

IN_LABORATORIO_CIENCIAS

IN_AUDITORIO

IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Equipamentos para apoio administrativo

Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

quip

amen

tos

para

apo

io a

dmin

istr

ativ

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT

Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64

NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT

Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136

NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()

Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117

NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT

Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91

IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013

106

Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU

_EQ

UIP

_CO

PIA

DO

RA_C

AT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_CAT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_MU

LT_

CAT

NU

_CO

MP_

AD

MIN

ISTR

ATIV

O_C

AT

IN_I

NTE

RNET

_B_L

ARG

A

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0

1 2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0

1 23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0

1

2

107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa

indi

cado

r ldquoEq

uipa

men

tos

para

apo

io p

edag

oacutegic

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_TV_CAT

Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249

NU_EQUIP_DVD_CAT

Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144

NU_EQUIP_SOM_CAT

Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168

NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT

Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138

NU_EQUIP_FOTO_CAT

Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU_EQUIP_TV_

CATNU_EQUIP_DVD_

CATNU_EQUIP_SOM_

CATNU_EQUIP_

MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_

CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

108

Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Acessibilidade

Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

cess

ibili

dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399

IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298

infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0

1

2

3

109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015

IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb

Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Ambiente para atendimento especializado

Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

tend

imen

to

Educ

acio

nal E

spec

ializ

ado

(AEE

) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83

IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 infra_deficiencia

0

1

2

110

Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_BRAILLE_CAT

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT

IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1

111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio

Prevenccedilatildeo de danos ()

Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41

AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13

AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12

RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23

PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18

AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28

TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41

MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19

PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32

CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39

RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31

PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23

PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25

AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36

SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44

BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26

MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42

ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40

RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58

SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48

PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60

SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48

RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55

MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59

MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38

GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47

DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57

continua

112

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)

Espaccedilos pedagoacutegicos

Equip p apoio admin

Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20

13

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57

AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34

AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35

RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40

PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40

AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48

TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56

MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42

PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50

CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60

RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55

PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52

PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51

AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53

SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56

BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49

MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61

ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59

RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67

SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68

PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67

SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65

RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65

MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67

MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59

GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63

DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb

113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo

originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das

informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)

Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas

pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos

de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam

teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais

matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais

complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e

a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015

Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem

e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e

escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel

mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees

educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para

dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE

de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis

Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de

aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura

(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa

a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)

Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os

indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil

Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e

2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da

variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos

Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)

Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas

35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas

para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado

(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino

Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes

na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola

25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt

114

Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a

presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na

composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os

Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem

matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente

consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre

7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)

Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo

Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos

Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do

ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino

fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183

LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14

Regiatildeo

Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72

Unidades da Federaccedilatildeo

Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13

continua

115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal Privada

Etapas

Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221

Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517

Nordm de alunos

Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217

Niacuteveis de Complexidade da escola ()

1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07

Grupos do INSE 2015 ()

Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212

Faixas do Ideb - anos iniciais ()

Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00

Faixas do Ideb - anos finais ()

Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00

Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015

116

117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral

Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)

Cozinha

Aacutegua_filtrada

Aacutegua_rio

Banheiro_fora

Energia_outro

Esgoto_fossa

Energia_rede

Banheiro_dentro

Aacutegua_poccedilo

TV_1

DVD_1

Sinal_depred_pouco

Janelas_ruim

IluminaFora_ruim

Impressora_1

Seguranccedila_equipamento

SOM_1

Aacutegua_rede

Sala_diretoria

Lixo_coleta

Parede_regular

Comput_Adm_1

Telhado_regular

Paacutetio_Cob_ou_Descob

Salas_regular

Comp_aluno_1a5

Entrada_regular

Piso_regular

Cozinha_regular

Ilumina_salas_MaisMetade

Secretaria

Internet_semBandaLarga

Corredor_regular

Seguranccedila_fiacutesica

Portas_regular

Sala_professor

Janelas_regular

MaqFoto_1

000010

150151

182197

223286

346374

390393

412418

426430

435445

450451

451454

461467

473473

475481

485485

488488

491494

496497

500500

Paacutetio_regular

Lab_informaacutetica

Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq

SalaLeitura

IluminaFora_regular

InstalHidra_regular

Areja_salas_MaisMetade

InstalEletric_regular

EquipMultimiacutedia_1

Copiadora_1

Banheiros_regular

Despensa

Internet_comBandaLarga

Comput_Adm_2a3

Comp_aluno_6a10

Impressora_2

TV_2

Ilumina_salas_Todas

Biblio_Areja_Ilumina

Esgoto_rede

Corredor_bom

Prot_incend_ruim

SOM_2

Parede_bom

Entrada_bom

Quadra_descoberta

Biblioteca

Piso_bom

Sinal_depred_natildeo

Areja_salas_Todas

Telhado_bom

Cozinha_bom

Paacutetio_bom

Salas_bom

Janelas_bom

Almoxarifado

DVD_2

Prot_incend_regular

501512

512513

515515

515516

519522

524533

533536

546550

552564

564568

570571

571573

573573

576579

579579

580583

586586

593596

596599

Comp_aluno_11a15

Portas_bom

InstalHidra_bom

Banheiro_chuveiro

Banheiro_PNE

Impressora_3

IluminaFora_bom

InstalEletric_bom

ImpressoraMulti_1

Banheiros_bom

Comput_Adm_4a7

Refeitoacuterio

Quadra_coberta

TV_3mais

SOM_3

Comp_aluno_16a20

EquipMultimiacutedia_2

Dependecircncias_PNE

Prot_incend_bom

Impressora_4mais

MaqFoto_2

Aacuterea_verde

Parque_infantil

Copiadora_2

SOM_4mais

DVD_3mais

Lab_ciecircncias

Paacutetio_Cob_e_Descob

Comput_Adm_mais7

EquipMultimiacutedia_3mais

Infra_deficiecircncia_Adeq

Comp_aluno_mais20

ImpressoraMulti_2

Auditoacuterio

SalaLeitura_e_Biblio

Quadra_coberta_e_descob

MaqFoto_3mais

Copiadora_3mais

604607

610611

611613

614614

614617

617622

629632

635644

644644

656662

674675

677681

684688

693697

703709

711720

727737

739760

769785

Informaacutetica_acessiacutevel

ImpressoraMulti_3mais

Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument

Soroban

Braille

815820

865917

1000

118

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

120

121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Anexo 1

Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE

CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a

construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20

3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

7 Refeitoacuterio 1 50

8 CopaCozinha 1 15

9 Quadra coberta 1 200

10 Parque infantil 1 20

11 Banheiros 4 20

12 Sala de depoacutesito 3 15

13 Sala de TVDVD 1 30

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1150

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1

Fonte CNE (2010)

122

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item

1 Sala de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20

3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45

6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

8 Refeitoacuterio 1 80

9 Copacozinha 1 20

10 Quadra coberta 1 500

11 Banheiros 6 20

12 Sala de depoacutesito 2 30

13 Sala de TVDVD 1 50

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1650

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo Quantidade

1 Esportes e brincadeiras

11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30

2 Cozinha

21 Freezer de 305 litros 2

22 Geladeira de 270 litros 2

23 Fogatildeo industrial 2

24 Liquidificador industrial 2

25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2

3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos

31 Enciclopeacutedias 2

32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4

33 Outros dicionaacuterios 30

34 Literatura infantojuvenil 3000

35 Literatura brasileira 3000

36 Literatura estrangeira 3000

37 Paradidaacuteticos 600

38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200

4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto

41 Retroprojetor 1

42 Tela para projeccedilatildeo 1

43 Televisor de 20 polegadas 10

44 Suporte para TV e DVD 10

45 Aparelho de DVD 10

46 Maacutequina fotograacutefica 1

47 Aparelho de CD e raacutedio 10

5 Processamento de Dados

51 Computador para sala de informaacutetica 30

52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8

53 Impressora jato de tinta 2

54 Impressora laser 2

55 Fotocopiadora 1

56 Guilhotina de papel 1

6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral

61 Carteiras 300

62 Cadeiras 300

63 Mesa tipo escrivaninha 10

64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10

65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10

66 Mesa para computador 38

67 Mesa de leitura 4

68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2

69 Armaacuterio com 2 portas 10

610 Mesa para refeitoacuterio 10

611 Mesa para impressora 4

612 Estantes para biblioteca 25

613 Quadro para sala de aula 10

614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10

615 Bebedouros eleacutetrico 4

616 Circulador de ar de parede 10

617 Maacutequina de lavar roupa 1

618 Telefone 2

Fonte CNE (2010)

123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

  • Sumaacuterio
Page 3: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

Brasiacutelia 2019

indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017

Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Auxiliares de Pesquisa

Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais

CREacuteDITOS DA PESQUISA

Sumaacuter ioRESUMO bull 7

1 Introduccedilatildeo bull 11

2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21

221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21

23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26

3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32

4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39

421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63

5 Consideraccedilotildees finais bull 67

Referecircncias bibliograacuteficas bull 71

Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119

Anexo 1 bull 121

L is ta de s ig las e abrev iaturas

AEE Atendimento Educacional Especializado

Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica

Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment

CAQ Custo Aluno-Qualidade

CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial

CCI Curva Caracteriacutestica do Item

CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica

CF Constituiccedilatildeo Federal

CII Curva de Informaccedilatildeo do Item

CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo

Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo

ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje

EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos

FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo

Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

GoM Grade of Membership

GT Grupo de Trabalho

Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica

INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias

Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira

INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola

IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica

LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares

OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe

PAR Plano de Accedilotildees Articuladas

PCA Anaacutelise de Componentes Principais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno

PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo

Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino

SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica

Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo

Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Sipis School Infrastructure Performance Indicator System

SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo

TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo

Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo

TRI Teoria da Resposta ao Item

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

USP Universidade de Satildeo Paulo

UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura

7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Resumo

Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1

Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino

fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e

contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros

Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio

Teixeira (Inep)

A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano

Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a

construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao

gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos

A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por

cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis

discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo

da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute

tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees

do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona

incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado

contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores

que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo

condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os

itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas

A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees

conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que

as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes

sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar

Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos

que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as

escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que

mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo

1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

8

As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito

conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores

em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com

destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto

o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores

No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas

que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas

que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente

para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior

O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas

que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees

de infraestrutura satildeo piores

Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de

complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da

Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)

O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas

por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola

mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores

O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre

esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo

entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura

com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil

(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores

mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores

resultados do Ideb

Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida

em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro

dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental

ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte

No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro

do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins

administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas

urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos

escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola

tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual

ou particular ou municipal

9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados

inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto

agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e

no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste

De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam

que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo

O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus

levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das

escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores

satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa

diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre

as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que

aquelas onde haacute mais meninos

Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os

resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos

estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre

o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco

Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por

municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos

semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas

tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam

de atenccedilatildeo

Belo Horizonte 28 de novembro de 2017

Equipe de pesquisa

10

11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

1 I nt roduccedilatildeo 2

Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura

das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para

a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas

com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos

os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com

qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global

A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do

Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos

multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento

Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da

pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento

sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)

O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar

a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida

para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que

se comprometam a

4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis

agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo

violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)

No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em

2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em

vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes

com necessidades especiais

Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus

objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional

para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3

2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)

12

Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de

infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental

no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo

Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015

Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil

ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no

que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as

etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais

longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563

em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que

perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que

aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil

o ensino meacutedio ou ambos

Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles

destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos

pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das

escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos

de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas

se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla

eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos

especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de

ensino e respeitando as prioridades locais

Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos

indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito

com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus

itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle

nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso

Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura

constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de

um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados

o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de

resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com

outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento

contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas

consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui

um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos

4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)

13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

14

15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar

A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas

legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as

pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas

tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos

professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se

confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo

A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual

se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA

ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao

longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado

de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o

segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados

nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate

A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o

crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade

da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e

compra de materiais para o trabalho escolar

A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso

resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo

dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no

primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no

final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)

As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica

reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental

(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos

entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e

planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais

A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser

discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-

ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados

aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)

A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais

uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a

diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas

Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo

16

polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade

eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em

trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e

3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura

escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras

Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante

para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do

preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para

o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos

componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo

transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)

Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental

fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura

acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas

empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a

infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores

21 Infraestrutura escolar marcos legais

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos

decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes

sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)

A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins

deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e

da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)

O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo

e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a

ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art

60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados

em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de

qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem

que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na

versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo

Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto

constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como

a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes

federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental

5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)

6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica

17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu

uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de

acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)

Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi

criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido

nacionalmente (BRASIL 1996b)7

O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o

financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a

ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo

(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao

assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional

de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)

Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao

pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede

puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo

construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso

II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem

prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola

Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em

2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura

para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel

rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para

esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o

atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio

equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e

equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades

regionais (BRASIL 2001)

O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo

intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos

O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a

ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado

7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb

8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios

18

O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola

publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar

guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma

descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais

necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico

Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas

as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o

Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas

escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos

miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas

Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse

documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas

desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas

de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica

Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente

acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11

Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)

instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)

Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade

civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)

Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de

Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo

informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees

Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria

da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)

A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento

Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio

de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo

diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da

infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos

(MECFNDEPDE 2013)

9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016

10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)

11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo

19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024

composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da

infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada

Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas

as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam

sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007

SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)

No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a

qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b

FERNANDES 2007)

A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de

educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos

718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica

abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos

garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a

equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves

pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)

A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir

a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de

tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)

Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE

2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207

o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo

os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e

conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo

O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo

de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma

matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior

visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou

como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)

O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido

de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do

12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)

20

CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos

escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez

que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para

a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as

escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental

Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)

para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em

outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade

para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais

4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)

A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos

Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as

atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais

que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios

atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela

melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio

escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio

Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -

salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de

lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas

- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)

O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea

disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas

combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)

aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a

gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e

velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares

para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)

Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao

Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria

da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e

manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo

tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio

Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias

e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos

deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens

de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos

13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT

21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme

esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos

Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que

pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis

22 Revisatildeo da literatura

221 Procedimentos

O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a

infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais

2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio

entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados

escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6

desse apecircndice resumem os trabalhos revisados

A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso

sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as

definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos

Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um

indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis

Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais

simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais

como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas

multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente

calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo

aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser

muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)

As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do

Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos

aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos

resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura

escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por

oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para

a coleta de dados

222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo

As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas

em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante

delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema

O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas

22

de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola

mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado

para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios

informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e

recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais

que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino

Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE

2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura

das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU

2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de

dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos

A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro

categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam

somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda

as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino

como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as

escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores

elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo

infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com

acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de

laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura

escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares

desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do

item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de

conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto

a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14

No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros

em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses

resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na

literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam

em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)

Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no

Brasil a infraestrutura eacute relevante

Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro

indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e

de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto

14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017

23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees

das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos

pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais

Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram

indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis

(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma

das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no

Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial

Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que

avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo

dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine

com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou

em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo

Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da

infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas

prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade

escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois

iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do

Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo

de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos

ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola

O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de

escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos

federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades

da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de

banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de

alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo

redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que

estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades

escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das

escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa

O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores

da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham

considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo

de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por

escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que

os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente

As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de

infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou

trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola

respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb

24

No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de

acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura

a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia

de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na

biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)

Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou

uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica

Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes

baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem

Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados

em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua

potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo

eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de

ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas

administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio

auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo

quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos

Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias

Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e

telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos

dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e

6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o

percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma

categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes

Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o

Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor

responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da

escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos

escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos

3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em

um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)

Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo

qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila

preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos

nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura

nacional satildeo os direitos humanos

Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para

avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)

e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas

15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)

25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O

Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do

preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta

de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento

de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como

um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)

Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones

Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente

completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em

dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para

o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar

As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de

ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares

adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada

acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o

instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social

etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos

das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas

segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo

Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos

para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional

e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice

O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos

pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo

30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas

separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos

31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e

(iii) computadores para fins pedagoacutegicos

32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com

deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)

Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente

Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores

O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei

do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos

iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor

1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1

quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia

O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que

26

uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea

construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens

para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos

para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)

Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda

os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula

satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes

estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)

23 Siacutentese para um modelo conceitual

A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade

da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute

dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem

padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais

Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre

a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento

do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas

de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer

refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc

Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e

banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas

aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito

agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua

sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos

apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los

eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador

Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo

de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho

proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos

que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)

propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura

O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos

Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de

forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo

dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura

escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados

Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees

a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees

para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar

27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada

e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em

vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes

etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento

Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo

que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais

da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige

condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas

de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)

Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente

agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para

o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos

E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos

humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para

todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc

Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos

os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb

foram empregados para testar esse modelo conceitual

Tamanho da escolaturma

Atendimento de modalidades e etapas

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)

Instalaccedilotildees tipicamente escolares

Equipamentos na escola

Recursos pedagoacutegicos

Conforto e bem-estar fiacutesico

Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)

Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)

Acessibilidade

Gecircneroetniacultura etc

Pessoa com deficiecircncia

Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)

Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)

Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios

Condiccedilotildees de Atendimento

Condiccedilotildees baacutesicas

Condiccedilotildees pedagoacutegicas

Condiccedilotildees para bem-estar

Condiccedilotildees para a equidade

Aacuterea

28

29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

3 Abordagem metodoloacutegica

Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de

seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores

A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir

Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

31 Fontes de dados

Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora

o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os

dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com

dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos

Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees

sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos

acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens

Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e

as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos

questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores

16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores

Fase empiacuterica 1

bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a

infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar

decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional

Fase empiacuterica 2

bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis

bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e

combinaccedilatildeo de itens

Fase empiacuterica 3

bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos

Fase empiacuterica 4

bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio

30

Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino

fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos

estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados

Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja

essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo

entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que

participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram

solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes

tambeacutem recebem esse coacutedigo

As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso

fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino

no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo

da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante

Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura

das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse

modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave

infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por

exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir

os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo

acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais

completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente

com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32

A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas

143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco

desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos

que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)

Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as

variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013

e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos

apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19

17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara

18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas

19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos

31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa

Ano da pesquisa

2013 2015 2017

Censo 143170 135939 131604

Saeb 57079 55601 57197

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos

Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas

representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis

As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica

por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema

Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida

as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi

realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e

escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)

Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como

ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo

intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis

originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo

NU_EQUIP_TV)

Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo

identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)

Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso

ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados

ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas

as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute

espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras

Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos

professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens

aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo

de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum

20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades

21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos

32

dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da

infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33

A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO

e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo

que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso

sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015

Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do

Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram

mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber

prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade

Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas

provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na

base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de

funcionamento etc

As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas

no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens

elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos

indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)

Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis

(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado

em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais

recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido

algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste

caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos

por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em

2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas

escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como

fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias

das outras variaacuteveis22

33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores

A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura

teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do

niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)

De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos

22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo

33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes

Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos

autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites

dos dados que dispomos

A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos

da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo

de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a

unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados

Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo

PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente

observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir

sobre a consistecircncia dos construtos

A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar

sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira

etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005

VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas

suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma

versatildeo mais sinteacutetica

Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da

anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a

mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas

A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo

dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas

1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo

tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em

algum fator na PCA

2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias

embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico

3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais

Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de

paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)

cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e

ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um

todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis

Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador

(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores

(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete

23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado

34

foram compostos apenas por itens do Censo Escolar

A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os

paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo

estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades

para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso

da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante

acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou

oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos

escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados

de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb

Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em

dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos

paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem

fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos

resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se

houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam

indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb

e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho

Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-

padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10

(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa

Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem

o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual

de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos

itens analisados no estudo

A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as

matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice

discutimos a consistecircncia dos itens

Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas

brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de

infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos

itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas

Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois

os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor

do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das

escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese

mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas

escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das

escolas e com resultados educacionais

35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

36

37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

4 Resul tados

O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5

dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B

As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo

final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que

puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da

infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas

A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da

educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades

da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por

exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte

do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no

Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi

instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)

A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da

qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga

um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo

como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24

Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017

Condiccedilotildees para a equidade

Condiccedilotildees do estabelecimento

de ensino

Atendimento

Atendimento

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo

da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Local de funcionamento

da escola

Aacuterea

Condiccedilotildees para o ensino e

aprendizado

Condiccedilotildees de atendimento

Qualidade da infraestrutura escolar

38

A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde

a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de

danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso

A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho

pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para

apoio pedagoacutegico

Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente

de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores

de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem

apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)

41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores

Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles

consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos

os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees

mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas

com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais

Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas

Serv

iccedilos

baacutes

icos

Inst

alaccedil

otildees

do p

reacutedi

o

Prev

enccedilatilde

o de

dan

os

Cons

erva

ccedilatildeo

Conf

orto

Am

bien

te p

raze

roso

Espa

ccedilos

peda

goacutegi

cos

Equi

p p

ap

oio

adm

in

Equi

p p

ap

oio

peda

g

Ace

ssib

ilida

de

Am

bien

te A

EE

Infra

estr

utur

a ge

ral

Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08

Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09

Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08

Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05

Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03

Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1

39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e

ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas

satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados

pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de

complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

produzidos pelo Inep

42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes

As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes

quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades

da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel

socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais

As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas

as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do

monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi

analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante

homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de

escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela

E1 do mesmo apecircndice

As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as

categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises

nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de

estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no

seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e

escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45

421 Dependecircncia administrativa

No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional

sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO

SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por

dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo

As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e

municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam

meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da

escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para

ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de

ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo

40

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa

Total Federal Estadual Municipal Privada

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para

indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com

exceccedilatildeo das escolas federais

A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia

de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens

que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes

nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se

houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se

torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees

em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as

pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo

Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do

preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com

valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas

essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental

Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico

apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais

e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que

requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro

Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que

requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo

As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de

infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de

tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida

pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a

maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu

de forma quase paralela conforme a linha pontilhada

41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos

da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede

federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas

422 Localizaccedilatildeo

As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional

(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD

2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)

A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e

a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas

rurais o que corrobora com a literatura revisada

Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria

ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos

para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de

espaccedilos pedagoacutegicos

Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como

o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Federal Estadual Municipal Privada Total

2015 2017

42

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Total Rural Urbana

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89

Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80

Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68

Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67

Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72

Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48

Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41

Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total

para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a

relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia

de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas

escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de

2017 nas escolas urbanas em 2015

Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Rural Urbana Total

2015 2017

43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo

A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais

porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais

localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados

do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria

A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns

resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute

apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios

indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no

indicador geral e em vaacuterios outros

Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo

aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais

baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas

Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE

2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no

trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste

estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores

utilizaram dados mais antigos

O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das

meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as

escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um

crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie

44

Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

424 Etapas

AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de

ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se

tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para

todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado

pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e

recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Norte Nordeste Sudeste

2015 2017

Sul Centro-Oeste

Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais

Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental

Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das

escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam

simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram

apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro

grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores

Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam

melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino

meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos

educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)

Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da

infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito

especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e

AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos

para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura

estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino

Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos

indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os

indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo

Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a

meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa

distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas

que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida

pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio

2015 2017

Infantil fundamental e meacutedio

46

das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de

ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo

gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que

tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo

425 Tipo de oferta

A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino

fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino

fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos

conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os

anos finais

Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os

anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)

Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais

fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de

oferta de um ensino de qualidade

Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais

Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61

Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64

Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais

baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os

resultados do indicador de infraestrutura geral

47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

426 Tamanho da escola

Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral

satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES

NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas

municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os

anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com

50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em

quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)

Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF

2015 2017

48

O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as

escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos

alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais

Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1

Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o

trabalho pedagoacutegico

Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo

enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas

As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos

Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6

Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

427 Complexidade das escolas

O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as

informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar

as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com

relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores

segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais

Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos

De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de

muito mais itens de infraestrutura

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos

2015 2017

Mais de 400 alunos

49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Niacutevel 1 (mais baixo)

Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por

niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de

complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para

a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura

pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de

todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos

O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram

de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor

complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva

Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4

2015 2017

Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)

50

A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela

Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees

entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores

observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas

com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada

428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas

O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)

Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas

cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental

e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e

privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre

os grupos tendem a ficar mais sutis

A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde

as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES

ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando

um determinado segmento de escolas puacuteblicas

A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais

que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de

infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo

menos equitativas nesse aspecto

As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para

o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo

da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das

escolas com INSE mais baixo

Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Grupo 1 (mais baixo)

Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de

2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015

Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares

(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER

2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb

aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar

Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo

concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto

no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas

no niacutevel ldquomeacutedio altordquo

Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos

com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas

Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas

que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Grupo 3 Grupo 5Grupo 4

2015 2017

Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)

52

com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com

anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017

Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral

por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias

das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com

Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013

a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos

com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as

diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida

de qualidade da educaccedilatildeo

53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

54

4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola

A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica

brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo

equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres

se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)

Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos

do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas

e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em

meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25

Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir

as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades

escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes

seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes

etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero

O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a

importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da

infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp

e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional

tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores

nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso

objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade

Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais

lt50 alunas(mais meninos)

ge50 alunas(mais meninas)

2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018

55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas

escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio

conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos

Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e

escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de

convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores

Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral

A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto

Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou

baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza

todos os itens empregados

Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados

em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a

posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou

seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item

26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013 2015 2017

lt50 alunas ge50 alunas

56

TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227

Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura

O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F

O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem

metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)

discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute

adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia

na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um

julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de

acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para

definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)

Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos

itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde

agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos

(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no

Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes

Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada

um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores

A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados

no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura

geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico

acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)

Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade

de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse

valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis

discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que

apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as

escolas puacuteblicas e privadas

No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana

para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a

nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50

alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo

As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro

dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente

elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela

tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos

27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo

57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins

administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50

alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo

Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola

Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico

(I)lt= 2

Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada

Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo

(II)+ 2 a 4

Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo

Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo

(III)+4 a 5

Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)

Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo

(IV)+ 5 a 6

Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)

Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio

(V)+6 a 7

Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso

Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto

(VI)+ 7 a 8

Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso

Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto

(VII)gt= 8

Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE

Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas

58

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos

puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e

conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos

administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede

estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou

este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio

No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa

conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute

equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora

tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai

do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade

mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo

minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo

mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de

matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais

de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto

O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do

indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos

niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV

Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os

percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos

niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de

mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar

as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo

59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de

alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com

a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos

niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

64

3353

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

2013 2015

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

201

162141

114 109 107

188199189

267

302319

142160

174

23 24 27

2017

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

80

0 02

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

Rural Urbana

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

333

225

21

203 196

137

450

22

284

0

46

60

Graacute

fico

14

Dis

trib

uiccedilatilde

o (

) das

esc

olas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l por

pro

porccedil

atildeo

de a

luna

s lo

caliz

accedilatildeo

rura

l e u

rban

a e

niacuteve

is d

a in

fraes

trut

ura

gera

l 20

17

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

50

45

35

25

15 540

30

20

10 0

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IV

lt50

alu

nas

Rura

lge5

0 a

luna

sU

rban

a

Niacutev

el V

Niacutev

el V

IN

iacutevel

VII

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IVN

iacutevel

VN

iacutevel

VI

Niacutev

el V

II

74

92

366

319

225

22

6

212

181

146

00

0

23

115

18

01

02

02

21

21

194

20

1

454

42

286

441

280

55

61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar

As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do

indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos

que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas

em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes

Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos

dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados

em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores

para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre

resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta

de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem

Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por

exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que

esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de

conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros

As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir

Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011

A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por

Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)

Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos

niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel

ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no

niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII

Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava

pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No

nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos

niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)

Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que

foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que

ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto

Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam

aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis

do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos

de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala

Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)

Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem

o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado

62

Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos

para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos

questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb

Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as

escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas

rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria

Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)

Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido

de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos

a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da

infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente

as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno

Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ

Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)

Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala

de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas

pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE

No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala

SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas

jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo

Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do

presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca

Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)

Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral

deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa

avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo

e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo

temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo

de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios

Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)

Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos

participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico

63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV

e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo

O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para

o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente

Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)

Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os

indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo

jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias

baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no

niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa

melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento

Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os

indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que

as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado

municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias

dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola

Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo

fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura

da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio

Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada

agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade

Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro

se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a

duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados

intermediaacuterios de 2015

O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e

regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos

iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de

infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para

as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a

comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais

No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem

meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral

o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora

todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)

64

Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo

eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras

informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida

satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as

mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil

O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde

Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso

e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e

em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta

uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores

aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do

indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais

e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso

a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as

condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor

Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo

695 375 277

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

711 398 337

Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

679 164 080

Infraestrutura geral 750 513 474

Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65

Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55

Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10

UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste

Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente PrazerosoEspaccedilos

Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

000

200

400

600

800

1000

65

IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo

562 262 248

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

557 300 339

Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

000 076 056

Infraestrutura geral 678 417 455

Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo

727 622 507

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

890 668 569

Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

1000 560 217

Infraestrutura geral 826 666 646

Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT

EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4

EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3

Acesso a serviccedilos

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

Conforto

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente Prazeroso

Ambiente Prazeroso

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

Prevenccedilatildeo de danos

Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Rural

000

200

400

600

800

1000

Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Urbana

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4

INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3

INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

000

200

400

600

800

1000

66

67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Consideraccedilotildees f ina is

Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas

puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros

utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes

cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser

operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas

neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica

Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar

fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema

para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)

ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos

constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)

O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa

(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo

para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve

ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente

dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves

condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros

A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento

este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas

focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de

infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades

deste estudo

Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees

Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens

de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao

estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo

dos indicadores

Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura

geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio

brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade

foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de

escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras

Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre

regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como

mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as

oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas

68

Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo

diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o

nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio

que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo

Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas

nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma

caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico

Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser

descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu

municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento

de accedilotildees e recursos a serem investidos

Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo

observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental

tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade

Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa

de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio

comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola

do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade

Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes

Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo

melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso

a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento

baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta

pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar

com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)

instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e

CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar

no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)

Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional

e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os

indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por

exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e

colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos

Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais

finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e

sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do

Censo Escolar e do Saeb

Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses

sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute

preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica

69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos

de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para

o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os

indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura

aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas

para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para

correccedilatildeo de problemas)

Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo

Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos

envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se

revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional

conforme o propoacutesito deste trabalho

Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado

segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees

mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura

pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas

de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem

conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos

satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado

natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com

deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos

como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito

agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014

Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para

outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola

Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel

macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente

Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo

sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a

qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

70

71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)

ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011

ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500

ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009

ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013

ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014

ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a

ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b

BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010

BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172

BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002

BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007

BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt

BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b

BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001

BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a

BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014

72

BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a

BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b

BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006

MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006

BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011

BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008

CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007

CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte

CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007

CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016

CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008

CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)

DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017

FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)

73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)

GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)

GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007

GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011

GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012

GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt

GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015

GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013

HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200

HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt

INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016

INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016

JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002

JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016

MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012

MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016

NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005

OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006

74

OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en

OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016

OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005

PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012

PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)

PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007

RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008

RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991

SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt

SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000

SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)

SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)

SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt

SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372

SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009

SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013

SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015

SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153

75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012

SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013

SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b

SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a

TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015

UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017

UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015

UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016

VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008

VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016

VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245

WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010

WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015

YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003

ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006

76

77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura

A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais

1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo

Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000

Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de

refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo

criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou

avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas

Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees

disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca

Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas

Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt

OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt

Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt

Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt

As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica

Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas

Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo

Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do

idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos

repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos

trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos

natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de

arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas

por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final

dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais

78

O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees

Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo

Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23

Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho

Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar

Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24

Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador

23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia

24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo

79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho

apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)

A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da

infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo

dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram

associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)

separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem

do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual

Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar

o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para

caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas

pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de

trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para

monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos

poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no

setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma

ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis

Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA

paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)

definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados

CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas

meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice

principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis

RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares

meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

OBSERVACcedilOtildeES

apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise

80

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sBA

RBO

SA

FERN

AN

DES

(2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sldquoIn

fraes

trutu

ra e

equ

ipam

ento

s esc

olar

es c

onse

rvaccedil

atildeo

do p

reacutedi

o c

ondi

ccedilotildees

de

func

iona

men

to d

os e

spaccedil

os

labo

rato

riais

e de

apo

io m

obili

aacuterio

e e

quip

amen

tos

miacuten

imos

inst

alaccedil

otildees e

aacutere

as e

xter

nas e

de

recr

eaccedilatilde

o

rede

de

ensin

o (e

scol

a puacute

blic

apa

rtic

ular

)rdquo (p

162

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sis

tem

a de

Ava

liaccedilatilde

o da

Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a (S

aeb)

de

1997

Var

iaacuteve

is d

o qu

estio

naacuterio

da

esco

la re

fere

ntes

aos

equ

ipam

ento

s es

cola

res

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

res p

or m

eio

da teacute

cnic

a es

tatis

ticas

anaacute

lise

fato

rial q

ue re

duzi

u 33

var

iaacuteve

is in

icia

is pa

ra 7

fato

res

expl

ican

do 7

0 d

a va

riacircnc

ia to

tal

dos d

ados

mas

nes

se tr

abal

ho o

s aut

ores

util

izam

4

fato

res

que

expl

icam

58

da

variacirc

ncia

tota

lSO

ARE

S

CEacuteS

AR

M

AM

BRIN

I (2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sA

infra

estr

utur

a fo

i defi

nida

em

piric

amen

te p

elas

va

riaacuteve

is d

ispo

niacuteve

is n

o qu

estio

naacuterio

das

esc

olas

so

bre

exis

tecircnc

ia e

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo d

e ite

ns

de in

fraes

trut

ura

e es

quip

amen

tos

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b 19

97 V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

sob

re o

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as b

aacutesic

as f

unci

onam

ento

e e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

spec

iacutefica

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

s eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

Con

stru

ccedilatildeo

de in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (

TRI)

mod

elo

Sam

ejim

a pa

ra v

ariaacute

veis

ord

inai

s e

o m

odel

o de

do

is p

aracircm

etro

s

MEC

FU

ND

ESC

O

LA (2

002)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Natildeo

eacute u

ma

pesq

uisa

em

piacuteric

a O

doc

umen

to

desc

reve

os

padr

otildees

miacuten

imos

de

func

iona

men

to

da e

scol

a de

ens

ino

fund

amen

tal r

elat

ivam

ente

ao

ambi

ente

fiacutesi

co e

scol

ar e

spaccedil

o ed

ucat

ivo

mob

iliaacuter

io

e eq

uipa

men

to e

scol

ar e

mat

eria

l did

aacutetic

o F

oi

real

izad

o em

dec

orrecirc

ncia

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo (P

NE)

de

2001

Itens

lista

dos n

o PN

E 20

01 (

1) e

spaccedil

o ilu

min

accedilatildeo

in

sola

ccedilatildeo

ven

tilaccedil

atildeo aacute

gua

potaacute

vel r

ede

eleacutet

rica

segu

ranccedil

a e

tem

pera

tura

am

bien

te(2

) ins

tala

ccedilotildees

sani

taacuteria

s e p

ara

higi

ene

(3) e

spaccedil

os p

ara

espo

rte r

ecre

accedilatildeo

bib

liote

ca

e se

rviccedil

o de

mer

enda

esc

olar

(4)

ada

ptaccedil

atildeo p

ara

o at

endi

men

to d

os a

luno

s por

tado

res d

e ne

cess

idad

es

espe

ciai

s (5

) atu

aliza

ccedilatildeo

e am

plia

ccedilatildeo

do a

cerv

o da

s bi

blio

teca

s (6

) mob

iliaacuterio

equ

ipam

ento

s e m

ater

iais

peda

goacutegi

cos

(7) t

elef

one

e se

rviccedil

o de

repr

oduccedil

atildeo d

e te

xtos

(8)

info

rmaacutet

ica

e eq

uipa

men

to m

ultim

iacutedia

Ap

rese

nta

uma

desc

riccedilatildeo

det

alha

da d

e to

dos

os s

ervi

ccedilos

funccedil

otildees

ativ

idad

es e

am

bie

ntes

na

esc

ola

de e

nsin

o fu

ndam

enta

l em

term

os

de s

uas

cara

cter

iacutestic

as e

aacutere

a de

esp

accedilo

fiacutesic

o ne

cess

aacuteria

par

a as

ativ

idad

es p

edag

oacutegic

as o

u ad

min

istr

ativ

as O

s am

bie

ntes

satildeo

cla

ssifi

cado

s p

or t

ipos

(col

etiv

os p

ara

uma

turm

a ou

vaacuter

ias

turm

as d

e ac

esso

agrave in

form

accedilatildeo

adm

inis

trat

ivo

de

pre

par

o de

alim

ento

s d

e lim

pez

a d

e at

ivid

ades

de

higi

ene

pes

soal

VE

RHIN

E (2

006)

Variaacute

veis

e

cons

truccedil

atildeo d

e In

dica

dore

s

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

elos

ite

ns q

ue c

ompotilde

e o

leva

ntam

ento

de

dado

s pa

ra

subs

idia

r o c

usto

-alu

no-q

ualid

ade

em e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca i

sto

eacute a

s de

pend

ecircnci

as e

xist

ente

s no

preacute

dio

esco

lar

as s

uas

cond

iccedilotildee

s de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

004

2005

Pes

quisa

em

95

esco

las

urba

nas

e ru

rais

de

44 m

unic

iacutepio

s no

s es

tado

s PI

CE

PA

G

O M

G P

R R

S S

P re

des

fede

ral e

stad

ual e

mun

icip

al

que

ofer

tam

cre

che

ens

ino

fund

amen

tal 1

e 2

ens

ino

meacuted

io E

JA e

edu

caccedilatilde

o es

peci

al I

tens

obs

erva

dos

depe

ndecircn

cias

que

ate

ndem

dire

ta e

prio

ritar

iam

ente

os

alu

nos

(natildeo

incl

ui s

alas

de

aula

cuj

a pr

esen

ccedila fo

i co

nsid

erad

a oacuteb

via

em u

ma

unid

ade

esco

lar)

sal

a de

le

itura

bib

liote

ca s

ala

de T

V e

viacutede

o s

ala

de in

form

aacutetic

a

labo

ratoacute

rio c

iecircnc

ias

audi

toacuterio

aacutere

a liv

rer

ecre

io p

arqu

e in

fant

il pi

scin

a c

opa

cozi

nha

refe

itoacuterio

can

tina

be

rccedilaacuter

io d

orm

itoacuterio

ban

heiro

alu

nos

As

depe

ndecircn

cias

esc

olar

es fo

ram

ver

ifica

das

quan

tifica

das

anal

isad

as q

uant

o agrave

cond

iccedilatildeo

de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o s

egun

do u

ma

esca

la

de 3

pon

tos

send

o 1

ruim

2 r

egul

ar e

3 b

om

Fora

m c

riado

s do

is in

dica

dore

s Iacuten

dice

de

Con

diccedilatilde

o de

Uso

das

Preacute

dio

(Indp

red)

e Iacuten

dice

de

Con

serv

accedilatildeo

do

Preacuted

io (I

ndpr

ed)

calc

ulad

os p

elo

som

a do

s va

lore

s as

soci

ados

a c

ada

depe

ndecircn

cia

e di

vidi

ndo-

se e

sse

nuacutem

ero

pelo

nuacutem

ero

tota

l de

dep

endecirc

ncia

s da

esc

ola

O v

alor

meacuted

io fo

i co

loca

do e

m u

ma

esca

la d

e tr

ecircs n

iacutevei

s 3

pon

tos

bom

2 a

29

- re

gula

r e

lt 2

rui

m

BIO

ND

I FE

LIacuteC

IO (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Pr

esen

ccedila d

e ite

ns d

ecla

rado

s no

Cen

so E

scol

ar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so e

scol

ar d

e 19

99 e

200

3

Itens

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a a

cess

o agrave

Inte

rnet

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

po

r tur

ma

na 4

ordf seacuter

ie d

o en

sino

fund

amen

tal n

uacutemer

o de

mat

riacutecul

as n

o en

sino

fund

amen

tal m

eacutedia

de

hora

s-au

la d

iaacuteria

s na

4ordf s

eacuterie

do

EF u

so d

o co

mpu

tado

r com

o re

curs

o pe

dagoacute

gico

Util

izou

as

variaacute

veis

sepa

rada

men

te p

ara

rela

cion

aacute-la

s a

resu

ltado

s es

cola

res

Cont

inua

81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

ERQ

UEI

RA

SAW

ER (2

007)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoRec

urso

s esc

olar

es e

nten

dido

s com

o in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s exi

sten

tes

[] i

i) in

fra-e

stru

tura

ex

isten

te n

a es

cola

em

que

se p

rete

nde

tradu

zir o

po

tenc

ial d

e ca

da e

stab

elec

imen

to e

scol

ar e

m te

rmos

do

s rec

urso

s e in

stal

accedilotildee

s disp

oniacutev

eis [

]rdquo (

P 54

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

000

Iten

s Bi

blio

teca

Sal

a de

pro

fess

ores

Vid

eote

ca L

abor

atoacuter

io d

e In

form

aacutetic

a L

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as S

ala

de T

VViacute

deo

Co

zinh

a Q

uadr

a de

esp

orte

s Re

feitoacute

rio IN

EP E

sgot

o in

exist

ente

Viacuted

eo T

V A

nten

a pa

raboacute

lica

Red

e lo

cal

Inte

rnet

Im

pres

sora

e C

ompu

tado

r

Gra

de o

f Mem

bers

hip

ndash G

oM M

eacutetod

o m

ultiv

aria

do

que

iden

tifica

gru

pos

late

ntes

por

sim

ilarid

ade

entr

e os

iten

s e

diss

imila

ridad

e en

tre

grup

os fo

rmad

os

Apr

esen

ta a

iden

tifica

ccedilatildeo

dos

grup

os e

a d

escr

iccedilatildeo

de

dua

s di

fere

nccedilas

FRA

NCO

et

al

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

Exis

tecircnc

ia e

con

serv

accedilatildeo

de

equi

pam

ento

s de

ntro

da

esc

ola

cha

mad

os d

e ldquoR

ecur

sos

esco

lare

srdquo e

ldquoBib

liote

ca e

m s

ala

de a

ulardquo

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

que

stio

naacuterio

da

esco

la e

do

dire

tor d

o Sa

eb 2

001

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Indi

cado

r de

Ex

istecirc

ncia

e c

onse

rvaccedil

atildeo d

e eq

uipa

men

tos

da

esco

la N

atildeo h

aacute de

talh

amen

to s

obre

qua

is s

atildeo a

s va

riaacuteve

is d

e eq

uipa

men

tos

esco

lare

sPO

NTI

LI

KASS

OU

F (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

In

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a pe

la p

rese

nccedila

de b

iblio

teca

e

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

aD

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

de

2000

Pr

opor

ccedilatildeo

de e

scol

as c

om b

iblio

teca

s e

labo

ratoacute

rios

de in

form

aacutetic

a a

leacutem

do

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

por

tu

rma

em c

ada

mun

iciacutep

io

Taxa

s ca

lcul

adas

par

a ca

da m

unic

iacutepio

a p

artir

das

oc

orrecirc

ncia

s do

s ite

ns n

as e

scol

as n

eles

loca

lizad

as

SAacuteTY

RO

SOA

RES

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

dam

ente

ldquo[]

ser

viccedilo

s baacute

sico

s co

mo

aacutegua

ele

tric

idad

e e

esgo

tam

ento

san

itaacuterio

dep

endecirc

ncia

s es

cola

res

exis

tecircnc

ia d

e bi

blio

teca

ou

sala

de

leitu

ra

infra

estr

utur

a de

com

unic

accedilatildeo

e in

form

accedilatildeo

[]

Pr

eacutedio

s e

inst

alaccedil

otildees

adeq

uada

s ex

istecirc

ncia

de

bibl

iote

ca e

scol

ar e

spaccedil

os e

spor

tivos

e la

bora

toacuterio

s ac

esso

a li

vros

did

aacutetic

os m

ater

iais

de

leitu

ra e

pe

dagoacute

gico

s re

laccedilatilde

o ad

equa

da e

ntre

o n

uacutemer

o de

al

unos

e o

pro

fess

or n

a sa

la d

e au

la e

mai

or te

mpo

ef

etiv

o de

aul

a [

]rdquo (P

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 1

997

e 20

05

Itens

(1)

Infra

estr

utur

a baacute

sica

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a d

e aacuteg

ua e

esg

oto

e ex

istecirc

ncia

de

sani

taacuterio

na

esco

la (

2) D

epen

decircnc

ias

dire

toria

se

cret

aria

sal

a de

pro

fess

ores

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a c

ozin

ha d

epoacutes

ito

de a

limen

tos

refe

itoacuterio

paacutet

io q

uadr

a p

arqu

e in

fant

il

dorm

itoacuterio

ber

ccedilaacuterio

san

itaacuterio

fora

do

preacuted

io s

anitaacute

rio

dent

ro d

o pr

eacutedio

san

itaacuterio

ade

quad

o agrave

preacute-

esco

la

e sa

nitaacute

rio a

dequ

ado

a al

unos

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais

ace

ssib

ilida

de e

(3) E

quip

amen

tos

peda

goacutegi

cos

com

puta

dore

s e

aces

so agrave

inte

rnet

o

uso

para

fins

ped

agoacuteg

icos

dos

equ

ipam

ento

s de

in

form

aacutetic

a e

a ex

istecirc

ncia

de

tele

visatilde

o e

retr

opro

jeto

r

Des

criccedil

atildeo d

os b

loco

s de

iten

s e

cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dore

s p

or m

eio

da a

naacutelis

e fa

toria

l p

ara

os b

loco

s ldquoD

epen

decircnc

ias

exis

tent

esrdquo e

ldquoE

quip

amen

tos

ped

agoacuteg

icos

rdquo

RIA

NI

RIO

S-N

ETO

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

de

itens

dec

lara

dos

no C

enso

Esc

olar

D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

200

0 It

ens

qu

adra

s de

esp

orte

bib

liote

cas

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

de c

iecircnc

ias

Prod

uccedilatildeo

de

um fa

tor d

e in

fraes

trut

ura

[os

auto

res

natildeo

escl

arec

em o

meacutet

odo

de e

stim

accedilatildeo

do

fato

r]

CN

E (2

010)

Variaacute

veis

[d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

O d

ocum

ento

do

CN

E no

rmat

iza

o tr

abal

ho d

e Pi

nto

(200

6) e

Car

reira

e P

into

(200

7) d

a Ca

mpa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave E

duca

ccedilatildeo

com

o re

ferecirc

ncia

pa

ra o

caacutel

culo

do

Cust

o-A

luno

Qua

lidad

e in

icia

l (C

AQ

i) A

Infa

estr

utur

a da

esc

ola

junt

o co

m it

ens

de

pess

oal

alim

enta

ccedilatildeo

adm

inis

traccedil

atildeo e

out

ros

satildeo

os

insu

mos

nec

essaacute

rios

para

gar

antir

o p

adratilde

o m

iacutenim

o de

qua

lidad

e de

ens

ino

na E

duca

ccedilatildeo

Baacutesi

ca

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to li

sta

todo

s os

itens

(esp

accedilos

mob

iliaacuter

io e

quip

amen

tos p

edag

oacutegic

os

adm

inist

rativ

os e

de

apoi

o) q

ue c

ompotilde

em o

CAQ

i por

et

apa

de e

nsin

o V

er n

o An

exo

1 o

deta

lham

ento

de

itens

pa

ra o

s ano

s ini

ciai

s e fi

nais

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to n

orm

atiz

a o

CAQ

i o

que

signi

fica

que

todo

s os

sist

emas

de

ensin

o de

vem

gar

antir

os

itens

list

ados

par

a al

canccedil

ar

o pa

dratildeo

miacuten

imo

de q

ualid

ade

do e

nsin

o

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

82

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sA

LMEI

DA

et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rCo

ndiccedil

otildees

gera

is c

ondi

ccedilotildees

ped

agoacuteg

icas

e

cond

iccedilotildee

s de

ace

ssib

ilida

de e

spec

ial

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

200

8

Itens

org

aniz

ados

em

doi

s gr

upos

(1)

Con

diccedilotilde

es

gera

is l

ocal

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

red

e de

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua r

ede

de a

bast

ecim

ento

de

ene

rgia

eleacute

tric

a e

scoa

men

to d

e es

goto

e c

olet

a de

lixo

(2)

Con

diccedilotilde

es p

edag

oacutegic

as s

alas

de

dire

tor e

pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

s de

info

rmaacutet

ica

e de

ciecirc

ncia

s qu

adra

de

espo

rte

bib

liote

ca e

ban

heiro

den

tro

do

preacuted

io d

a es

cola

O iacuten

dice

foi c

onst

ruiacuted

o co

m d

uas

teacutecn

icas

es

tatiacutes

ticas

(a)

Teo

ria d

e re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

e (b

) Anaacute

lise

de V

ariaacute

veis

Lat

ente

s (L

EM)

que

requ

er a

defi

niccedilatilde

o a

prio

ri do

nuacutem

ero

de c

lass

es O

m

odel

o ap

rese

ntou

mel

hor a

just

e fo

i o q

ue c

onto

u co

m tr

ecircs c

lass

es q

ue re

sulto

u em

um

a va

riaacuteve

l ca

tegoacute

rica

cuja

flut

uaccedilatilde

o eacute

base

ada

nos

itens

mai

s di

scrim

inan

tes

da in

fraes

trut

ura

GO

MES

REG

IS

(201

2)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rA

Infra

estr

utur

a e

os R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

dize

m

resp

eito

aos

mat

eria

is fiacute

sico

s e

didaacute

ticos

dis

poniacute

veis

na

s es

cola

s in

clui

ndo

os p

reacutedi

os a

s sa

las

os

equi

pam

ento

s os

livr

os d

idaacutet

icos

den

tre

outr

os

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar e

da

Prov

a Br

asil

2009

das

esc

olas

puacuteb

licas

da

Regi

atildeo M

etro

polit

ana

do R

io d

e Ja

neiro

Var

iaacuteve

is d

o Ce

nso

Esco

lar

Sala

dos

Pr

ofes

sore

s La

bora

toacuterio

de

Info

rmaacutet

ica

Lab

orat

oacuterio

de

Ciecirc

ncia

s Q

uadr

a de

Esp

orte

s Bi

blio

teca

e S

ala

de

Leitu

ra V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a Pr

ova

Bras

il e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

de

algu

ns it

ens

quai

s se

jam

tel

hado

pa

rede

s pi

so e

ntra

das

do p

reacutedi

o p

aacutetio

cor

redo

res

sala

s de

aul

a p

orta

s ja

nela

s ba

nhei

ros

cozi

nha

in

stal

accedilotildee

s hi

draacuteu

licas

e in

stal

accedilotildee

s el

eacutetric

as

Os

iacutendi

ces

de in

fraes

trut

ura

e de

Rec

urso

s pe

dagoacute

gico

s fo

ram

obt

idos

por

mei

o de

Anaacute

lise

fato

rial

meacutet

odo

de a

naacutelis

e de

com

pone

ntes

pr

inci

pais

O p

rimei

ro c

om v

ariaacute

veis

do

Cens

o Es

cola

r e o

seg

undo

com

as

variaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

da

Prov

a Br

asil

MA

RRI

RACC

HU

MI

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

e va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

te

(1) C

ondi

ccedilotildees

miacuten

imas

inf

raes

trut

ura

indi

spen

saacuteve

l em

qua

lque

r esc

ola

e (2

) Con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as

adic

iona

is agrave

s co

ndiccedil

otildees

miacuten

imas

e a

umen

tam

a

capa

cida

de d

a es

cola

de

inte

grar

-se

agrave co

mun

idad

e e

de re

aliz

ar c

om e

fetiv

idad

e o

trab

alho

edu

cativ

o

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o es

cola

r par

a M

inas

G

erai

s (1

) con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as s

anitaacute

rio e

letr

icid

ade

ab

aste

cim

ento

de

aacutegua

esg

oto

sani

taacuterio

e c

ozin

ha)

e (2

) co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as q

uadr

a de

esp

orte

s par

a es

cola

s com

m

ais d

e 30

0 m

atriacutec

ulas

ace

sso

agrave in

tern

et s

ala

dire

tor o

u sa

la d

e pr

ofes

sor

bibl

iote

ca o

u sa

la d

e le

itura

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias o

u de

info

rmaacutet

ica

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

desc

reve

r as

esc

olas

e c

ria d

ois

indi

cado

res

de c

ondi

ccedilotildees

m

iacutenim

as e

con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as (

1) a

esc

ola

poss

ui

toda

s as

con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as v

ersu

s natilde

o po

ssui

ao

men

os u

ma

cond

iccedilatildeo

e (2

) a e

scol

a po

ssui

toda

s as

co

ndiccedil

otildees

baacutesi

cas

vers

us e

scol

as q

ue n

atildeo p

ossu

em

3 ou

mai

s co

ndiccedil

otildees

PASS

AD

OR

C

ALH

AD

O

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

aus

ecircnci

a de

iten

s do

Cen

so E

scol

ar -

moacuted

ulo

esco

la

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o Es

cola

r 200

4 re

fere

nte

agraves

esco

las p

uacuteblic

as d

e Ri

beiratilde

o Pr

eto

(SP)

Var

iaacuteve

is (a

) ser

viccedilo

s baacute

sicos

(ene

rgia

aacutegu

a en

cana

da d

ispon

ibilid

ade

de aacute

gua

potaacute

vel p

ara

os a

luno

s es

goto

e e

xist

ecircnci

a de

ban

heiro

de

ntro

da

esco

la)

(b) b

iblio

teca

(c) q

uadr

a es

port

iva

(d)

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

(e) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as

Esco

las c

lass

ifica

das e

m o

rdem

cre

scen

te d

a pi

or p

ara

a m

elho

r inf

raes

trutu

ra

Cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s de

aco

rdo

com

as

confi

gura

ccedilotildees

(tip

olog

ias)

refe

rent

e agrave

com

bina

ccedilatildeo

de it

ens

de in

fraes

trut

ura

For

am d

efini

das

31

confi

gura

ccedilotildees

par

a en

quad

ram

ento

da

esco

la

form

adas

por

com

bina

ccedilatildeo

dos

dife

rent

es it

ens

SOA

RES

et a

l (2

012)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sIn

sum

os e

scol

ares

que

car

acte

rizam

a o

rgan

izaccedil

atildeo

da e

scol

a e

xist

ecircnci

a e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o de

eq

uipa

men

tos

na e

scol

a in

staccedil

otildees

e co

ndiccedil

otildees

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s da

Pro

va B

rasi

l de

2007

e 2

009

Q

uest

ionaacute

rio d

a es

cola

Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

por m

eio

de M

odel

os

da T

eoria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) m

odel

o Sa

mej

ima

para

var

iaacuteve

is o

rdin

ais

e o

mod

elo

de

dois

par

acircmet

ros

Fora

m e

stim

ados

trecircs

indi

cado

res

cons

erva

ccedilatildeo

equ

ipam

ento

s es

cola

res

e in

stal

accedilotildee

s

83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sM

EC

FND

E

PDE

(201

3)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o pa

ra

diag

noacutest

ico

da

rede

de

ensi

no]

A in

fraes

trut

ura

eacute um

das

dim

ensotilde

es d

o di

agnoacute

stic

o m

unic

ipal

sob

re a

edu

caccedilatilde

o D

imen

satildeo

4 -

Infra

estr

utur

a Fiacute

sica

e R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

Este

di

agnoacute

stic

o eacute

uma

das

etap

a do

Pla

no d

e A

ccedilotildees

A

rtic

ulad

as (P

AR)

do

FND

E

Dia

gnoacutes

tico

sobr

e a

rede

puacuteb

lica

de e

nsin

o re

aliz

ado

por e

quip

e lo

cal s

egun

do o

s se

guin

tes

indi

cado

res

Aacutere

a 1

ndash In

stal

accedilotildee

s fiacutes

icas

da

secr

etar

ia m

unic

ipal

de

educ

accedilatildeo

(2 in

dica

dore

s)

Aacutere

a 2

ndash Co

ndiccedil

otildees

da re

de

fiacutesic

a es

cola

r exi

sten

te (1

2 in

dica

dore

s) Aacute

rea

3 ndash

Uso

de

tecn

olog

ias

(4 in

dica

dore

s) e

Aacutere

a 4

ndash Re

curs

os

peda

goacutegi

cos

para

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

aacutetic

as

peda

goacutegi

cas

que

cons

ider

em a

div

ersid

ade

das

dem

anda

s ed

ucac

iona

is (4

indi

cado

res)

Cada

indi

cado

r dev

e se

r ava

liado

com

not

a de

1 a

4

Os

criteacute

rios

de p

ontu

accedilatildeo

satildeo

4 s

e a

desc

riccedilatildeo

ap

onta

par

a um

a si

tuaccedil

atildeo p

ositi

va 3

se

a de

scriccedil

atildeo

apon

ta p

ara

uma

situ

accedilatildeo

que

apr

esen

ta m

ais

aspe

ctos

pos

itivo

s do

que

neg

ativ

os 2

se

a de

scriccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

insu

ficie

nte

co

m m

ais

aspe

ctos

neg

ativ

os d

o qu

e po

sitiv

os e

1

se a

des

criccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

criacutet

ica

SOA

RES

ALV

ES

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquoE

xist

ecircnci

a de

vaacuter

ios

equi

pam

ento

s no

s es

tabe

leci

men

tos

de e

nsin

ordquo (P

151

)Ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar 2

010

loca

l de

func

iona

men

to

aacutegua

ene

rgia

esg

oto

lixo

lab

orat

oacuterio

s bi

blio

teca

sa

nitaacute

rios

com

puta

dore

s pa

ra u

so d

a ad

min

istra

ccedilatildeo

co

mpu

tado

res

para

uso

dos

alu

nos

alim

enta

ccedilatildeo

qu

adra

TV

vid

eoca

sset

e D

VD p

arab

oacutelic

a c

opia

dora

re

trop

roje

tor

e im

pres

sora

Para

con

stru

ccedilatildeo

do in

dica

dor d

e in

fraes

trut

ura

foi

utili

zado

um

mod

elo

de T

eoria

de

Resp

osta

ao

Item

(T

RI) q

ue e

stim

a um

traccedil

o la

tent

e a

part

ir do

s ite

ns

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013a

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] a

s co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is d

as e

scol

asrdquo (

P 80

) ldquo[

]

suas

est

rutu

ras

mat

eria

isrdquo (P

81)

ldquo[]

car

acte

rizaccedil

atildeo

infra

estr

utur

a e

equi

pam

ento

srdquo (P

82)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

24

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la aacute

gua

cons

umid

a pe

los

alun

os a

bast

ecim

ento

de

aacutegua

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a e

sgot

o sa

nitaacute

rio s

ala

de d

ireto

ria s

ala

de p

rofe

ssor

lab

orat

oacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias

sala

de

aten

dim

ento

esp

ecia

l qu

adra

de

espo

rtes

cob

erta

des

cobe

rta

coz

inha

bib

liote

ca

parq

ue in

fant

il b

erccedilaacute

rio s

anitaacute

rio fo

ra o

u de

ntro

do

preacuted

io s

anitaacute

rio p

ara

educ

accedilatildeo

infa

ntil

san

itaacuterio

pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

dep

endecirc

ncia

s pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

tv

dvd

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ompu

tado

res

e in

tern

et

Mod

elo

logiacute

stic

o di

cotocirc

mic

o de

doi

s pa

racircm

etro

s da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

que

redu

z o

conj

unto

dos

iten

s a

um tr

accedilo

late

nte

Est

e tr

accedilo

late

nte

expr

essa

a e

scal

a de

infra

estr

utur

a q

ue fo

i tr

ansf

orm

ada

para

o in

terv

alo

de 0

a 1

00 e

apoacute

s a

sua

inte

rpre

taccedilatilde

o fo

i div

idid

a em

qua

tro

gran

des

niacuteve

is d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar

elem

enta

r baacute

sica

ad

equa

da e

ava

nccedilad

a

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013b

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] c

ondi

ccedilotildees

de

infra

estr

utur

a es

cola

r []

incl

ui

mat

eria

is d

idaacutet

icos

equ

ipam

ento

s e

estr

utur

as

fiacutesic

as a

prop

riada

srdquo (p

377

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

o tr

abal

ho

utili

za a

esc

ala

de in

fraes

trut

ura

desc

rita

em o

utro

tr

abal

ho d

os m

esm

os a

utor

es (S

OA

RES

NET

O e

t al

20

13a)

Teor

ia d

e Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Ver S

oare

s N

eto

et

al (

2013

a) A

nalis

aram

um

a su

b-am

ostr

a de

esc

olas

pe

quen

as a

quel

as c

om a

teacute 1

0 tu

rmas

e 2

00 a

luno

s

PIER

I SA

NTO

S (2

014)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

exis

tecircnc

ia d

e ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar

Infra

estr

utur

a el

emen

tar (

aacutegua

esg

oto

e en

ergi

a) r

ecur

sos

fiacutesic

os (e

squi

pam

ento

s e

espa

ccedilos

para

a p

raacutetic

a de

at

ivid

ades

rela

cion

adas

ao

ambi

ente

edu

caci

onal

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

20

12 I

tens

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

aacutegu

a aacute

gua

filtr

ada

esg

oto

preacute

dio

esco

lar

cole

ta d

e lix

o e

nerg

ia

eleacutet

rica

qua

dra

bib

liote

ca o

u sa

la d

e le

itura

san

itaacuterio

sa

nitaacute

rio P

NE

dep

endecirc

ncia

PN

E s

ala

de a

tend

imen

to

espe

cial

TV

DVD

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ozin

ha

sala

da

dire

toria

sal

a do

s pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio d

e ci

ecircnci

as c

ompu

tado

res

O iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a fo

i est

imad

o po

r mei

o da

an

aacutelis

e fa

toria

l

84

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

T C

AC

(201

5)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o]

Dim

ensatilde

o 4

do C

usto

Alu

no Q

ualid

ade

(CA

C)

prev

isto

na

Met

a 20

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo

(PN

E) 2

014

que

defi

ne o

s pa

drotildee

s m

iacutenim

os d

e in

stal

accedilotildee

s e

recu

rsos

edu

caci

onai

s qu

e ab

rigue

m

adeq

uada

men

te a

s at

ivid

ades

pre

vist

as p

ara

a jo

rnad

a es

cola

r e o

fere

ccedilam

con

diccedilotilde

es d

e tr

abal

ho

aos

profi

ssio

nais

que

nel

a at

uam

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

Gru

po d

e Tr

abal

ho (G

T)

foi i

nstit

uiacutedo

pel

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

(MEC

) par

a el

abor

ar e

stud

os s

obre

a e

xecu

ccedilatildeo

das

estr

ateacuteg

ias

que

trat

am d

o C

AQ

e C

AQ

i na

Met

a 20

do

PNE

2014

) O

GT

reco

men

da o

exa

me

das

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

a (s

alas

de

aula

ref

eitoacute

rio c

ozin

ha b

anhe

iros

bibl

iote

ca

sala

de

prof

esso

res

luz

aacutegu

a c

olet

a de

lixo

) do

s eq

uipa

men

tos

disp

oniacutev

eis

(com

puta

dore

s pr

ojet

ores

m

obili

aacuterio

fibr

a oacutep

tica

ant

enas

) e d

os re

curs

os

educ

acio

nais

(liv

ros

didaacute

ticos

bib

liote

ca r

ecur

sos

digi

tais

)

Os p

adrotilde

es m

iacutenim

os d

e in

fraes

trutu

ra d

evem

leva

r em

con

ta a

com

bina

ccedilatildeo

de c

ompo

nent

es d

o CA

Q

cons

ider

ando

o e

spaccedil

o e

os re

curs

os q

ue c

onfe

rem

fu

ncio

nalid

ade

a es

ses e

spaccedil

os E

xem

plos

de

com

bina

ccedilotildees

(a)

aacutere

a di

spon

iacutevel

e c

om a

cess

ibili

dade

pa

ra a

s ativ

idad

es d

e en

sino

cul

tura

e e

spor

tes

(b)

aacuterea

disp

oniacutev

el p

ara

a ge

statildeo

e a

s ativ

idad

es d

e ap

oio

(c

) ace

sso

a liv

ros e

out

ros r

ecur

sos d

idaacutet

icos

(d)

ac

esso

agrave in

tern

et f

requ

ecircnci

a e

velo

cida

de d

e co

nexatilde

o

(e) a

tuaccedil

atildeo c

om o

utro

s ato

res p

ara

a ob

tenccedil

atildeo d

e es

paccedilo

s e m

ater

iais

com

plem

enta

res p

ara

a re

aliz

accedilatildeo

do

Pro

jeto

Ped

agoacuteg

ico

TRIB

UN

AL

DE

CON

TAS

DA

U

NIAtilde

O (2

015)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Exis

tecircnc

ia e

a a

dequ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

de

labo

ratoacute

rio b

iblio

teca

par

que

infa

ntil

qua

dra

de e

spor

te s

ala

de a

ula

ban

heiro

s e

cozi

nha

nas

esco

las

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s de

uso

dire

to d

os a

luno

s (p

2)

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

015

ver

ifica

ccedilatildeo

in lo

co d

e 67

9 es

cola

s puacute

blic

as e

m to

do o

paiacute

s Se

leccedilatilde

o de

esc

olas

em

qua

tro

estaacute

gios

(1o ) s

elec

iona

da a

esc

ola

da re

de

de e

duca

ccedilatildeo

do e

stad

o (o

u do

mun

iciacutep

io) c

om p

ior

nota

na

esca

la d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar (

SOA

RES

NET

O

et a

l 20

13a)

(2o ) s

elec

iona

das

outr

as tr

ecircs e

scol

as d

e ta

man

hos

dive

rsos

da

prim

eira

ist

o eacute

um

a es

cola

m

uito

peq

uena

out

ra p

eque

na u

ma

meacuted

ia e

out

ra

gran

de (

3o ) sel

ecio

nado

s qu

atro

mun

iciacutep

ios

vizi

nhos

ca

da u

m c

om q

uatr

o es

cola

s co

m o

s m

esm

os c

riteacuter

ios

de p

ior n

ota

na e

scal

a de

infra

estr

utur

a e

tam

anho

da

esco

la e

(4o ) a

mos

tra

foi c

ompl

etad

a co

m e

scol

as d

a ca

pita

l e d

e m

unic

iacutepio

s vi

zinh

os a

ela

Ava

liaccedilatilde

o de

nov

e m

acro

s am

bien

tes

Aacutegu

a

Ace

ssib

ilida

de Aacute

rea

Exte

rna

Qua

dra

Parq

uinh

o

Sala

s de

Aul

a B

iblio

teca

Inf

raes

trut

ura

de M

eren

da

Labo

ratoacute

rio d

e In

form

aacutetic

a e

Banh

eiro

s Em

cad

a um

rece

bu u

ma

pont

uaccedilatilde

o em

div

erso

s ite

ns

por e

xem

plo

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is (p

iso

teto

e

pare

de)

situ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

eleacutet

ricas

es

tado

de

cons

erva

ccedilatildeo

e de

hig

iene

lim

peza

ac

essi

bilid

ade

etc

A n

ota

final

foi o

btid

a pe

la s

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s de

cad

a su

bite

m

Para

cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s fo

ram

cria

dos

quat

ro

padr

otildees

de q

ualid

ade

Pre

caacuteria

aci

ma

de 4

5 po

ntos

Ru

im e

ntre

30

e 45

pon

tos

Ace

itaacuteve

l en

tre

15 e

30

pont

os e

Boa

aba

ixo

de 1

5 po

ntos

A

LVES

XAV

IER

(201

6)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

ldquoas

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

sua

s co

ndiccedil

otildees

de

cons

erva

ccedilatildeo

a e

xist

ecircnci

a de

mat

eria

l did

aacutetic

o e

para

didaacute

tico

e a

s co

ndiccedil

otildees

de u

so e

de

func

iona

men

to d

e bi

blio

teca

s la

bora

toacuterio

s sa

las

de a

ula

dep

endecirc

ncia

s ad

min

istr

ativ

as e

out

ras

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

ardquo (p

76)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b de

200

7 2

009

201

1 e

2013

Ite

ns d

os q

uest

ionaacute

rios

da e

scol

a d

o di

reto

r e

do p

rofe

ssor

qua

dras

lab

orat

oacuterio

s au

ditoacute

rio s

ala

de a

rtes

e d

e m

uacutesic

a b

iblio

teca

vol

ume

de u

suaacuter

ios

exis

tecircnc

ia d

e pe

ssoa

l res

pons

aacutevel

uso

s pe

dagoacute

gico

s tip

os d

e us

uaacuterio

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

ace

rvo

co

mpu

tado

res

aces

so agrave

inte

rnet

apa

relh

os d

e au

diov

isua

l im

pres

sora

s e

tele

foni

a c

onse

rvaccedil

atildeo d

e pa

rede

s te

lhad

os s

alas

de

aula

ban

heiro

s ilu

min

accedilatildeo

al

eacutem d

e ex

istecirc

ncia

de

depr

edaccedil

otildees

e ou

tros

asp

ecto

s

Fora

m e

stim

ados

qua

tro

indi

cado

res

por m

eio

da T

RI (m

odel

o de

Sam

ejim

a) i

nsta

ccedilotildees

do

preacuted

io b

iblio

teca

equ

ipam

ento

s pe

dagoacute

gico

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o A

s es

cala

s or

igin

ais

dos

indi

cado

res

em d

esvo

s-pa

dratildeo

for

am

tran

sfor

mad

as p

ara

o in

terv

alo

de 0

a 1

0 P

ara

uso

em a

naacutelis

es d

escr

itiva

s os

indi

cado

res

fora

m

cate

goriz

ados

em

qua

rtis

85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

AVA

LCA

NTI

(2

016)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Defi

ne a

infra

estr

utur

a co

m re

ferecirc

ncia

ao

CAQ

- Cu

sto

Alu

no Q

ualid

ade

da C

ampa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave

Educ

accedilatildeo

(CA

RREI

RA P

INTO

200

7) q

ue v

incu

la

qual

idad

e do

s pr

oces

sos

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

agrave

qual

idad

e do

s in

sum

os u

tiliz

ados

(p 2

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

014

Loc

al d

e fu

ncio

nam

ento

inad

equa

do d

a es

cola

(bar

racatilde

o

casa

de

prof

esso

r ig

reja

gal

patildeo)

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua in

exis

tent

e ou

inad

equa

do (c

acim

ba p

occedilo

rio

coacute

rreg

o) e

sgot

o sa

nitaacute

rio in

exis

tent

e d

estin

accedilatildeo

de

lixo

inad

equa

da a

usecircn

cia

de d

epen

decircnc

ias

baacutesi

cas

(bib

liote

ca l

abor

atoacuter

ios

quad

ra e

spor

tiva

ban

heiro

s co

m a

cess

ibili

dade

) au

secircnc

ia d

e eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

esse

ncia

is (c

opia

dora

viacuted

eo c

asse

te T

V

Dat

asho

w c

ompu

tado

r im

pres

sora

int

erne

t)

Crio

u o

indi

cado

r IPR

FEM

(Iacutend

ice

de P

reca

rieda

de d

a Re

de F

iacutesica

Esc

olar

Mun

icip

al) e

spec

ifica

men

te p

ara

a pe

squi

saS

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s da

s pa

ra

cada

esc

ola

da re

de P

esos

de

acor

do c

om o

impa

cto

de c

ada

item

na

cond

iccedilatildeo

de

prec

arie

dade

do

esta

bele

cim

ento

o c

onhe

cim

ento

da

pesq

uisa

dora

so

bre

a re

de fiacute

sica

esco

lar e

a e

xper

iecircnc

ia c

om o

tr

abal

ho p

edag

oacutegic

o O

resu

ltado

do

indi

cado

r no

niacuteve

l da

rede

esc

olar

foi c

alcu

lada

pel

a m

eacutedia

dos

va

lore

s ob

tidos

por

toda

s as

esc

olas

mun

icip

ais

MAT

OS

RO

DRI

GU

ES

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoEqu

ipam

ento

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o es

cola

rrdquo (p

666

)D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

201

3 e

xist

ecircnci

a de

loc

al p

roacutepr

io d

e fu

ncio

nam

ento

da

esco

la aacute

gua

trat

ada

ene

rgia

eleacute

tric

a s

anea

men

to b

aacutesic

o (c

olet

a de

lixo

de

esgo

to e

pre

senccedil

a de

ban

heiro

na

esco

la)

outr

os e

spaccedil

os e

recu

rsos

esc

olar

es (b

iblio

teca

la

bora

toacuterio

can

tina

com

puta

dore

s e

outr

os

equi

pam

ento

s el

etrocirc

nico

s)

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

r de

infra

estru

tura

por

mei

o de

M

odel

os d

a Te

oria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) A

esca

la

orig

inal

foi c

onve

rtid

a pa

ra v

alor

es d

e ze

ro a

10

OLI

VEIR

A

PERE

IRA

JR

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s P

erce

pccedilatildeo

das

con

diccedilotilde

es d

a sa

la d

e au

la N

iacutevel

de

adeq

uaccedilatilde

o da

sal

a de

aul

a ndash

loca

l ond

e g

eral

men

te

os p

rofe

ssor

es p

assa

m a

mai

or p

arte

do

tem

po d

e tr

abal

ho O

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e do

cent

e ne

cess

ita d

e co

ndiccedil

otildees

apro

pria

das

de a

spec

tos

ambi

enta

is e

est

rutu

rais

afe

tand

o ta

nto

alun

os

quan

to p

rofe

ssor

es

Dad

os p

rimaacuter

ios

do su

rvey

Tra

balh

o D

ocen

te n

a Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a no

Bra

sil (

TDEB

B) d

e 20

10 c

om c

erca

de

6 m

il pr

ofiss

iona

is d

a ed

ucaccedil

atildeo e

m e

scol

as p

uacuteblic

as

de s

ete

esta

dos

bras

ileiro

s Va

riaacuteve

is d

e pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

esc

ola

ven

tilaccedil

atildeo e

ilum

inaccedil

atildeo d

a sa

la

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

as p

ared

es d

a s

ala

de a

ula

ruiacuted

o or

igin

ado

na s

ala

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

a sa

la e

spec

iacutefica

de

con

vivecirc

ncia

e re

pous

o c

ondi

ccedilotildees

dos

ban

heiro

s pa

ra fu

ncio

naacuterio

s co

ndiccedil

otildees

dos

equi

pam

ento

s (T

V v

iacutedeo

som

etc

) e

con

diccedilotilde

es d

os re

curs

os

peda

goacutegi

cos

(qua

dro

Xer

oxli

vros

did

aacutetic

os e

tc)

Estim

ou-s

e do

is in

dica

dore

s pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

sal

a de

aul

a e

perc

epccedilatilde

o da

s co

ndiccedil

otildees

da u

nida

de e

scol

ar p

or m

eio

da

teacutecn

ica

esta

tiacutestic

a de

nom

inad

a m

odel

agem

de

equa

ccedilotildees

est

rutu

rais

(MEE

) O

s in

dica

dore

sfor

am

padr

oniz

ados

no

inte

rval

o de

0 a

1 s

endo

o v

alor

m

iacutenim

o (0

) ref

eren

te agrave

pio

r situ

accedilatildeo

pos

siacuteve

l e o

va

lor m

aacutexim

o (1

) agrave

mel

hor

Adi

cion

alm

ente

os

resu

ltado

s do

s in

dica

dore

s fo

ram

cla

ssifi

cado

s em

qu

atro

cat

egor

ias

GO

MES

D

UA

RTE

(201

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

O te

rmo

infra

estr

utur

a es

cola

r []

refe

re-s

e agraves

co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is e

quip

amen

tos

e re

curs

os

fiacutesic

os q

ue p

erm

item

que

as

inst

ituiccedil

otildees

esco

lare

s fu

ncio

nem

sej

a co

mo

espa

ccedilo d

e m

ovim

ento

e

perm

anecircn

cia

de p

esso

as o

u co

mo

loca

l de

apre

ndiz

agem

523

)

Dad

os d

o Ce

nso

Esco

lar 2

013

refe

rent

es agrave

s es

cola

s

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enal

(EF)

Util

izam

26

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la s

obre

a p

rese

nccedila

de it

ens

de re

curs

os e

inst

alaccedil

otildees

baacutesi

cas

equi

pam

ento

s e

inst

alaccedil

otildees

didaacute

ticas

Cria

m p

erfis

(clu

ster

s) p

or m

eio

de u

m m

odel

o de

cla

sses

late

ntes

(LC

A)

que

resu

ltou

em q

uatr

o cl

asse

s de

infra

estr

utur

a es

cola

r su

perio

r m

eacutedio

su

perio

r m

eacutedio

infe

rior e

inf

erio

r A

cla

sse

supe

rior

com

42

das

esc

olas

e 8

12

das

mat

riacutecul

as d

ispotilde

e de

qua

se to

dos

os 2

6 ite

ns (e

xcet

o la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e s

ala

de re

curs

os e

spec

ializ

ados

) e

a cl

asse

in

ferio

r pos

sui a

pena

s aacuteg

ua c

ozin

ha e

um

preacute

dio

excl

usiv

o) 1

1 d

as e

scol

as e

11

d

e m

ariacutec

ulas

O

meacuted

io-s

uper

ior eacute

mui

to p

arec

ido

com

o s

uper

ior

e o

meacuted

io-in

ferio

r co

m o

infe

rior

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

86

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sO

rsquoSU

LLIV

AN

(2

006)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

(dim

ensotilde

es)

A te

se a

nalis

a as

con

diccedilotilde

es d

o pr

eacutedio

esc

olar

de

acor

do

com

a c

lass

ifica

ccedilatildeo

de u

m in

stru

men

to d

enom

inad

o Co

mm

onw

ealth

Ass

essm

ent o

f Phy

sical

Env

ironm

ent

(CAP

E) d

esen

volv

ido

por C

ash

(199

3) p

ara

as c

ondi

ccedilotildees

es

trutu

rais

e co

smeacutet

icas

de

um p

reacutedi

o

Dad

os p

rimaacuter

ios d

e 20

0 es

cola

s de

ensin

o m

eacutedio

EU

A

Aval

iou

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is id

ade

da c

onst

ruccedilatilde

o

sala

s de

aula

tem

poraacute

rias

reno

vaccedilatilde

o a

diccedilatilde

o ou

ap

erfe

iccediloa

men

to d

o ed

ifiacuteci

o ti

po d

e pi

so ja

nela

s ar

-co

ndic

iona

do c

alor

got

eira

s ilu

min

accedilatildeo

das

sala

s de

aula

ca

ract

eriacutest

icas

est

rutu

rais

das s

alas

de

aula

con

diccedilotilde

es

estru

tura

is da

con

stru

ccedilatildeo

inst

alaccedil

otildees a

djac

ente

s ao

preacuted

io b

arul

ho e

xter

no t

omad

as e

leacutetr

icas

das

sala

s de

aula

e c

ober

tura

do

teto

As c

ondi

ccedilotildees

cos

meacutet

icas

do

preacuted

io fo

ram

iden

tifica

das p

or p

intu

ra n

o in

terio

r do

preacuted

io p

intu

ra e

xter

ior

loca

is co

m g

rafit

epi

xo r

emoccedil

atildeo

de g

rafit

epi

xo m

obiacuteli

as d

as sa

las d

e au

la c

lass

ifica

ccedilotildees

co

smeacutet

icas

ger

ais e

freq

uecircnc

ia d

e lim

peza

do

piso

Dad

os d

a pe

squi

sa fo

ram

util

izad

os p

ara

aval

iar a

co

ndiccedil

atildeo p

reacutedi

os e

scol

ares

As r

espo

stas

par

a ca

da

item

no

CAPE

fora

m c

odifi

cada

s com

o um

doi

s trecirc

s qu

atro

cin

co s

eis o

u se

te P

ara

test

ar a

con

fiabi

lidad

e do

inst

rum

ento

foi c

ondu

zido

um

test

e Al

pha

deCr

onba

ch s

endo

que

o v

alor

obt

ido

foi c

onsid

erad

o ldquoa

ceitaacute

velrdquo

(gt 0

7)

GIB

BERD

(200

7)Va

riaacuteve

is e

m

dim

ensotilde

es

[inst

rum

ento

]

Mod

elo

inte

grad

o de

des

empe

nho

do p

reacutedi

o In

tegr

ated

bui

ldin

g pe

rfor

man

ce m

odel

ndash IB

PM)

(1) P

esso

as i

nfra

estr

utur

a d

eve

gara

ntir

que

seus

usu

aacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacute

sica

s at

endi

das

gara

ntir

que

dire

itos

hum

anos

se

jam

resp

eita

do (

2) a

infra

estr

utur

a de

ve g

aran

tir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am v

azam

ento

s se

jam

es

trut

ural

men

te s

oacutelid

as t

enha

m b

aixo

s cu

stos

de

oper

accedilatildeo

m

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

no

uso

dos

esp

accedilos

e d

os re

curs

os (

3) P

rogr

ama

in

fraes

trut

ura

dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

at

ivid

ades

esc

olar

es

O a

rtig

o ap

rese

nta

um in

stru

men

to d

esen

volv

ido

para

av

alia

ccedilatildeo

da in

fraes

trut

ura

de e

scol

as ru

rais

da

Aacutefri

ca

do S

ul q

ue c

onte

mpl

a os

iten

s pe

ssoa

s in

fraes

trut

ura

e pr

ogra

mas

Ap

rese

nta

par

a ca

da u

ma

das

dim

ensotilde

es

obje

tivos

com

os

seus

resp

ectiv

os in

dica

dore

s p

ara

verif

icaccedil

atildeo

GIB

BERD

M

PHU

TLA

NE

(200

7)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

[in

stru

men

to]

Gar

antia

de

que

os e

difiacutec

ios

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

os t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

o e

man

uten

ccedilatildeo

e qu

e se

jam

efic

ient

es ta

nto

no u

so d

os e

spaccedil

os q

uant

o no

uso

de

recu

rsos

(Efic

iecircnc

ia C

usto

s op

erac

iona

is

Ges

tatildeo

Man

uten

ccedilatildeo

Sauacute

de e

Seg

uran

ccedila)

O in

stru

men

to o

SRN

(Sch

ool R

egist

er o

f Nee

ds ndash

Reg

istro

es

cola

r de

nece

ssid

ades

) pa

ra a

valia

r esc

olas

rura

is da

Aacutef

rica

do S

ul s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

seg

uran

ccedila n

uacutemer

o de

sala

s de

aula

e d

e ou

tros e

spaccedil

os e

se h

aacute ne

sses

se

rviccedil

os c

omo

aacutegua

e e

letri

cida

de m

ater

iais

utiliz

ados

na

cons

truccedilatilde

o c

ondi

ccedilotildees

ger

ais d

o pr

eacutedio

ram

pas d

e ac

esso

e

banh

eiro

s par

a al

unos

com

defi

ciecircn

cias

equ

ipam

ento

s co

mo

cade

iras

mes

as e

com

puta

dore

s te

lefo

ne e

nerg

ia

banh

eiro

s m

uro

cor

redo

res e

inst

alaccedil

otildees e

spor

tivas

m

edid

as d

e pr

even

ccedilatildeo

ao c

rime

com

o ba

rras a

nti-r

oubo

(g

rade

de

ferro

em

jane

las)

e a

larm

es M

SEE

(Min

imum

St

anda

rds f

or Ed

ucat

ion

in E

mer

genc

ies ndash

Pad

rotildees

miacuten

imos

pa

ra e

mer

gecircnc

ia n

a ed

ucaccedil

atildeo)

entre

out

ros

O in

trum

ento

reuacuten

e da

dos

quan

titat

ivos

e

qual

itativ

os S

RN (R

egis

tro

Esco

lar d

e N

eces

sida

des)

ndash

quan

titat

ivo

MSE

E (P

adrotilde

es M

iacutenim

os p

ara

Educ

accedilatildeo

em

Em

ergecirc

ncia

s) ndash

qua

litat

ivo

Cont

inua

87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sSE

BAKE

M

PHU

TLA

NE

G

IBBE

RD (2

007)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

seus

us

uaacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacutes

icas

at

endi

das

Dev

e ga

rant

ir ta

mbeacute

m q

ue d

ireito

s hu

man

os s

ejam

resp

eita

dos

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

as t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

om

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

tant

o no

uso

dos

esp

accedilos

qua

nto

no u

so d

e re

curs

os A

infra

estr

utur

a es

cola

r dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

ativ

idad

es n

eces

saacuteria

s

O in

stru

men

to p

ara

aval

iaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a pa

ra a

s es

cola

s ru

rais

Est

udo

pilo

to e

m e

scol

as ru

rais

da Aacute

frica

do

Sul

Um

sis

tem

a de

ava

liaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a da

s es

cola

s po

r mei

o de

um

inst

rum

ento

que

con

side

ra

as d

imen

sotildees

des

crita

s pe

ssoa

s

VALD

EacuteS e

t al

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

das

Defi

ne e

mpi

ricam

ente

infra

estr

utur

a de

aco

rdo

com

a p

rese

nccedila

cum

ulat

iva

de d

eter

min

ados

iten

s da

esc

ola

Dad

os d

a pe

squi

sa S

ERCE

de

2006

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) em

20

paiacutese

s da

Ameacuter

ica

Latin

a in

clui

ndo

o Br

asil

As

variaacute

veis

de in

fraes

trutu

ra s

ala

de d

ireccedilatilde

o sa

las p

ara

apoi

o ad

min

israt

ivas

sal

a de

pro

fess

ores

qua

dra

espo

rtiv

a

labo

ratoacute

rio g

inaacutes

io ja

rdim

esc

olar

sal

a de

info

rmaacutet

ica

au

ditoacute

rio c

ozin

ha r

efei

toacuterio

sal

a de

arte

s en

ferm

aria

se

rviccedil

o ps

icop

edag

oacutegic

o e

bibl

iote

ca P

ara

de a

cess

o a

serv

iccedilos

aacutegu

a e

letri

cida

de e

tele

fone

Para

as

variaacute

veis

nuacutem

ero

de c

ompu

tado

res

e nuacute

mer

o de

bib

liote

cas

a an

aacutelis

e ba

seou

-se

na

proacutep

ria q

uant

ifica

ccedilatildeo

dos

itens

Jaacute

para

o iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a cr

iou-

se u

ma

esca

la c

om in

terv

alo

de

0 a

15 e

par

a o

iacutendi

ce d

e se

rviccedil

os fo

i util

izad

a um

a es

cala

de

0 a

5

WO

LNIA

K

ENG

BERG

(2

010)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Infra

estu

rura

defi

nida

em

piric

amen

te d

e ac

ordo

co

m o

s ite

ns d

e re

curs

os e

scol

ares

D

ados

sec

undaacute

rios

do T

he N

atio

nal L

ongi

tudi

nal S

urve

y of

Fr

eshm

en (N

LSF)

pat

roci

nado

pel

o O

ffice

of P

opul

atio

n Re

sear

ch d

a U

nive

rsid

ade

de P

rince

ton

Ava

liao

nze

itens

so

bre

recu

rsos

esc

olar

es n

o en

sino

meacuted

io e

a q

ualid

ade

dess

es re

curs

os a

sab

er b

iblio

teca

con

selh

eiro

de

orie

ntaccedil

atildeo o

u co

mpu

tado

res

Os

itens

satildeo

ava

liado

s em

um

a es

cala

tipo

Lik

ert

que

vai d

e ru

im a

teacute e

xcel

ente

Os

auto

res

cria

m u

m

indi

cado

r de

infra

estr

utur

a m

as n

atildeo e

scla

rece

m n

o te

xto

o m

eacutetod

o de

est

imaccedil

atildeo u

tiliz

ado

CU

YVER

S et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

turu

ra d

efini

da e

mpi

ricam

ente

de

acor

do c

om a

pe

rcep

ccedilatildeo

de a

luno

s que

resp

onde

ram

a u

m su

rvey

D

ados

prim

aacuterio

s de

surv

ey ju

nto

a es

tuda

ntes

em

14

esco

las s

ecun

daacuteria

s da

Beacutelg

ica

(n=

2032

) qu

e in

vest

igou

a

perc

epccedilatilde

o do

s so

bre

(1) o

preacute

dio

esco

lar t

em u

ma

estru

tura

esp

acia

l livr

e on

de eacute

faacuteci

l se

orie

ntar

(2)

as s

alas

de

aula

abe

rtas

a u

ma

aacuterea

(ver

de)

(3) o

preacute

dio

esco

lar o

fere

ce

recu

rsos

de

TI b

em in

tegr

ados

e a

cess

o a

varia

das f

onte

s de

pesq

uisa

(4)

todo

s os i

ndic

ador

es re

laci

onad

os agrave

segu

ranccedil

a (e

g o

preacute

dio

esco

lar eacute

bem

pro

tegi

do c

ontra

inva

sotildees

) (5

) cr

iteacuterio

s sob

re a

con

diccedilatilde

o do

preacute

dio

esco

lar

(6) c

riteacuter

ios

sobr

e a

amen

idad

e e

conf

orto

fiacutesic

o de

preacute

dio

esco

lar

(tem

pera

tura

acuacute

stic

a ilu

min

accedilatildeo

e v

entil

accedilatildeo

)

O in

dica

dor eacute

con

stru

ido

por e

scal

onam

ento

dos

ite

ns d

o qu

estio

naacuterio

apl

icad

o ao

s al

unos

mas

os

auto

res

natildeo

escl

arec

em n

o te

xto

de q

ue fo

rma

o in

dica

dor f

oi p

rodu

zido

88

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

LIC

KA e

t al

(201

1)U

tiliz

a va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

teD

efine

em

piric

amen

te a

s ldquoca

ract

eriacutes

ticas

prim

aacuteria

s da

esc

olardquo

que

con

teacutem

as

info

rmaccedil

otildees

sobr

e in

fraes

trut

ura

Dad

os p

rimaacuter

ios

de su

rvey

con

duzi

do p

elos

aut

ores

em

20

04 e

m M

adag

asca

r Es

cola

s se

leci

onad

as a

par

tir d

e um

a pe

squi

sa d

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

No

grup

o da

s ldquoCa

ract

eriacutes

ticas

Prim

aacuteria

s Es

cola

resrdquo

as

variaacute

veis

re

laci

onad

as agrave

infra

estu

tura

satildeo

dis

tacircnc

ia d

o ce

ntro

da

com

unid

ade

(km

) e

scol

a se

m s

anitaacute

rio s

anitaacute

rio

sepa

rado

por

sex

o p

erce

ntag

em d

e sa

las

de a

ula

com

qu

adro

neg

ro

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

corr

elac

oinaacute

-las

a re

sulta

dos

esco

lare

s

OC

DE

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

A n

occedilatildeo

de

infra

estr

utur

a es

taacute re

laci

onad

a agraves

co

ndiccedil

otildees

esco

lare

s e

de e

nsin

o

Dad

os d

o Pr

ogra

ma

de A

valia

ccedilatildeo

de E

stud

ante

s de

15

anos

(Pisa

) or

gani

zado

pel

a O

CDE

com

a p

artic

ipaccedil

atildeo d

e vaacute

rios

paiacutese

s in

clus

ive

o Br

asil

Que

stio

naacuterio

resp

ondi

do

pelo

dire

tor

Itens

sob

re in

fraes

trut

ura

- esc

asse

z ou

in

adeq

uaccedilatilde

o de

(1)

est

rutu

ra fiacute

sica

da e

scol

a (2

) sis

tem

as e

leacutetr

icos

e d

e aq

ueci

men

to e

ou

resf

riam

ento

e

(3) e

spaccedil

o na

s sa

las

de a

ula

Iten

s de

recu

rsos

esc

olar

es

- esc

asse

z ou

inad

equa

ccedilatildeo

de (

(1) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

a

(2) m

ater

iais

didaacute

ticos

(3)

com

puta

dore

s (4

) int

erne

t e

(5) s

oftw

ares

edu

caci

onai

s

Fora

m c

onst

ruiacuted

os d

ois

iacutendi

ces

- iacutend

ice

de

infra

estr

utur

a e

iacutendi

ce d

e re

curs

os e

scol

ares

O

s iacuten

dice

s tecirc

m e

scal

a em

des

vios

-pad

ratildeo

Va

lore

s po

sitiv

os in

dica

m m

elho

res

cond

iccedilotildee

s de

in

fraes

trut

ura

e re

curs

os e

scol

ares

CU

ESTA

G

LEW

WE

BR

OO

KE (2

014)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Defi

ne in

fraes

tutu

ra p

ela

a pr

esen

ccedila d

e de

term

inad

os it

ens

cara

cter

iacutestic

as d

a sa

la d

e au

la

com

o lu

z na

tura

l te

mpe

ratu

ra a

cuacutest

ica

pre

senccedil

a na

esc

ola

de e

letr

icid

ade

aacutegu

a po

taacuteve

l e a

con

diccedilatilde

o do

edi

fiacutecio

exi

stecircn

cia

de u

ma

bibl

iote

ca l

abor

atoacuter

io

de in

form

aacutetic

a ou

labo

ratoacute

rios

de c

iecircnc

ias

livro

s di

daacutetic

os

mat

eria

is p

edag

oacutegic

os e

tecn

olog

ias

de

info

rmaccedil

atildeo e

com

unic

accedilatildeo

(TIC

)

Revi

satildeo

de e

stud

os s

obre

o im

pact

o da

infra

estr

utur

a no

apr

endi

zado

dos

alu

nos

de p

aiacutese

s la

tino-

amer

ican

os d

e 19

90 a

201

2 V

ariaacute

veis

ana

lisad

as

cond

iccedilatildeo

das

par

edes

pis

os e

telh

ado

mat

eria

is d

e in

stru

ccedilatildeo

na s

ala

de a

ula

(com

o fli

p ch

arts

qua

dro

bran

co e

m c

aval

ete)

e q

uadr

os n

egro

s m

as e

xclu

indo

liv

ros

didaacute

ticos

) di

spon

ibili

dade

de

elet

ricid

ade

aacutegu

a e

sani

taacuterio

s e

a di

spon

ibili

dade

de

labo

ratoacute

rios

(ciecirc

ncia

s e

info

rmaacutet

ica)

bib

liote

cas

mes

as e

qua

dros

O e

stud

o fa

z um

bal

anccedilo

de

outr

os e

stud

os

Apr

esen

ta e

stat

iacutestic

as d

escr

itiva

s po

r paiacute

ses

(pro

porccedil

atildeo) d

os it

ens

de in

fraes

trut

ura

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sIN

EE (2

016)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Aval

iaccedilatilde

o da

s Co

ndiccedil

otildees

Baacutesic

as p

ara

o En

sino

e a

Apr

endi

zage

m (E

valu

acioacute

n de

Con

dici

ones

Baacutes

icas

pa

ra la

Ens

entildean

za y

el A

pren

diza

je ndash

ECE

A) r

ealiz

ada

pelo

Inst

ituto

Nac

iona

l par

a la

Eva

luac

ioacuten

de la

Ed

ucac

ioacuten

(INEE

) do

Meacutex

ico

Defi

ne in

fraes

trut

ura

com

o o

conj

unto

de

inst

alaccedil

otildees

e se

rviccedil

os q

ue

perm

item

a re

aliz

accedilatildeo

do

trab

alho

esc

olar

em

co

ndiccedil

otildees

de d

igni

dade

seg

uran

ccedila e

bem

-est

ar

Os

mob

iliaacuter

ios

e eq

uipa

men

tos

bem

com

o m

ater

iais

de

apo

ios

satildeo

nece

ssaacuter

ios

para

a re

aliz

accedilatildeo

das

at

ivid

ades

cur

ricul

ares

e a

dmin

istra

tivas

Dad

os d

o es

tudo

pilo

to d

e 20

14 c

om a

mos

tra d

e es

cola

s pr

imaacuter

ias

Dim

ensotilde

es e

iten

s (1

) In

fraes

truct

ura

para

o

bem

est

ar e

apr

endi

zage

m d

os e

stud

ante

s (ac

esso

a

serv

iccedilos

baacutes

icos

esp

accedilos

esc

olar

es su

ficie

ntes

e a

cess

iacutevei

s co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as d

e se

gura

nccedila

e hi

gien

te)

(2) m

obili

aacuterio

e

equi

pam

ento

s baacutes

icos

par

a o

ensin

o e

apre

ndiz

ado

(mob

iliaacuter

io su

ficie

nte

e ad

equa

do e

qupa

men

tos d

e ap

oio)

e (3

) mat

eria

is de

apo

io e

duca

tivo

(mat

eria

is cu

rriacutecu

lare

s m

ater

iais

didaacute

ticos

ace

rvo

da b

iblio

teca

) O

s ind

icad

ores

incl

uem

ace

sso

a se

rviccedil

os p

uacuteblic

os (aacute

gua

en

ergi

a e

sgot

o) a

mbi

ente

fiacutesic

o ad

equa

do (v

entil

accedilatildeo

te

mpe

ratu

ra il

umin

accedilatildeo

ruiacute

dos)

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

ac

adecircm

icas

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

esp

ortiv

as c

ultu

rais

e de

recr

eccedilatildeo

exi

stecircn

cia

de b

anhe

iros e

ban

heiro

s par

a pe

ssoa

s com

defi

ciecircn

cia

ace

ssib

ilida

de c

onse

rvaccedil

atildeo

trata

men

to ig

ualit

aacuterio

par

a al

unos

seg

undo

gecircn

ero

liacuten

gua

orig

em so

cial

eacutetn

ica

etc

Apr

esen

ta re

sulta

dos

do e

stud

o pi

loto

mar

co

basi

co p

ara

orie

ntar

a im

plan

taccedilatilde

o e

func

iona

men

to

das

esco

las

e or

ient

ar a

ava

liaccedilatilde

o da

s es

cola

s de

edu

caccedilatilde

o baacute

sica

O in

stru

men

to re

spon

dido

pe

la e

quip

e da

esc

ola

que

dev

e re

fletir

sob

re

as c

ondi

ccedilotildees

meacuted

ias

da e

scol

a pa

ra c

ada

item

A

leacutem

dis

so c

olet

a op

iniotilde

es s

obre

o q

uant

o a

infra

estr

utur

a af

eta

o en

sino

e a

pren

diza

do e

accedilotilde

es

nece

ssaacuter

ias

para

mel

horia

Est

udo

Um

info

rme

com

os

resu

ltado

s do

est

udo

pilo

to re

aliz

ado

em

esco

las

prim

aacuteria

s ap

rese

nta

anaacutel

ises

des

criti

vas

dos

itens

que

com

potildee

cada

um

a de

ssas

dim

ensotilde

es

Apr

esen

ta re

cort

es s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

das

esc

olas

(u

rban

a ru

ral

aacuterea

indiacute

gena

) e ti

po d

e or

gani

zaccedilatilde

o (m

ultis

eria

do o

u natilde

o) e

eta

pas

UN

ESCO

(201

6)D

imen

sotildees

e

indi

cado

res

(doc

umen

to

norm

ativ

o)

A m

eta

4a

do o

bjet

ivo

4 da

Age

nda

2030

par

a D

esen

volv

imen

to S

uste

ntaacutev

el d

efine

com

o

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as a

prop

riada

s pa

ra c

rianccedil

as

e se

nsiacutev

eis

agraves d

efici

ecircnci

as e

ao

gecircne

ro e

que

pr

opor

cion

em a

mbi

ente

s de

apr

endi

zage

m s

egur

os

e natilde

o vi

olen

tos

incl

usiv

os e

efic

azes

par

a to

dos

Indi

cado

res p

ara

mon

itora

men

to (A

) Por

cent

agem

de

esco

las c

om a

cess

o a

(i) aacute

gua

potaacute

vel b

aacutesic

a (i

i) in

stal

accedilotildee

s sa

nitaacute

rias d

e se

xo uacute

nico

baacutes

icas

e (i

ii) in

stal

accedilotildee

s de

lava

gem

das

matildeo

s baacutes

icas

(B)

Pro

porccedil

atildeo d

e es

cola

s com

ac

esso

a (i

) ele

trici

dade

(ii)

inte

rnet

par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

e

(iii)

com

puta

dore

s par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

(C) P

orce

ntag

em

de e

scol

as c

om in

fra-e

stru

tura

e m

ater

iais

adap

tado

s par

a es

tuda

ntes

com

defi

ciecircn

cia

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o D

ocum

ento

nor

mat

ivo

ap

rese

nta

um m

arco

bas

ico

para

orie

ntar

a

impl

anta

ccedilatildeo

e fu

ncio

nam

ento

das

esc

olas

e o

rient

ar

a av

alia

ccedilatildeo

das

esco

las

de e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca

DU

ART

E

JAU

REG

UIB

ER

RY R

AC

IMO

(2

017)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

D

efine

a su

ficiecirc

ncia

da

infra

estru

tura

par

a pa

iacuteses

latin

o-am

eric

anos

que

par

ticip

aram

do

Terc

e - T

erce

iro

Estu

do e

xplic

ativ

o e

com

para

tivo

de d

esem

penh

o es

cola

r se

gund

o o

s com

pone

ntes

baacutes

icos

do

ambi

ente

fiacutesic

o pa

ra fo

rnec

er o

s rec

urso

s nec

essaacute

rios

para

o p

roce

sso

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

Dad

os d

o TE

RCE

2013

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) Pa

ra m

ensu

rar a

su

ficiecirc

ncia

os i

tens

do

ques

tionaacute

rio re

spon

dido

pel

o di

reto

r or

gani

zado

s em

seis

cate

goria

s (1

) aacutegu

a e

sane

amen

to

baacutesic

o (aacute

gua

potaacute

vel e

sgot

o b

anhe

iros e

m b

oas

cond

iccedilotildee

s e c

olet

a de

lixo)

(2)

ace

sso

aos s

ervi

ccedilos p

uacuteblic

os

(ele

trici

dade

tel

efon

ia e

inte

rnet

) (3

) esp

accedilos

edu

caci

onai

s (s

ala

de a

rtem

uacutesic

a la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e in

form

aacutetic

a e

bibl

iote

ca)

(4) e

spaccedil

os a

dmin

istra

tivos

(sal

a do

dire

tor

sala

s adm

inist

rativ

as s

ala

de re

uniatilde

o do

s pro

fess

ores

e

enfe

rmar

ia)

(5) e

spaccedil

os m

ultiu

sos (

ginaacute

sio a

uditoacute

rio e

qu

adra

s de

espo

rtes)

e (6

) equ

ipam

ento

s da

sala

de

aula

(q

uadr

o br

anco

ou

de g

iz m

esa

e ca

deira

par

a o

prof

esso

r m

esas

e c

adei

ras p

ara

todo

s os a

luno

s)

A m

ensu

raccedilatilde

o da

sufi

ciecircn

cia

da in

fraes

trut

ura

feita

pe

la p

rese

nccedila

dos

itens

nas

cat

egor

ias

Para

atin

gir

o cr

iteacuterio

de

sufic

iecircnc

ia a

esc

ola

deve

ter

todo

s os

iten

s da

1a

cate

goria

el

etric

idad

e e

tele

foni

a na

2a

pel

o m

enos

a b

iblio

teca

den

tre

os it

ens

da

3a p

elo

men

os d

ois

dent

re o

s qu

atro

iten

s da

4a

pe

lo m

enos

um

den

tre

os tr

ecircs it

ens

da 5

a e

todo

s os

iten

s da

6a

Anaacute

lise

desc

ritiv

a p

erce

ntua

l de

esco

las

com

gra

u su

ficie

nte

nas

seis

cat

egor

ias

em

cinc

o q

uatr

o tr

ecircs d

ois

uma

ou n

enhu

ma

cate

goria

se

gund

o pa

iacuteses

e o

utra

s va

riaacuteve

is d

iscr

imin

ante

s

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

90

Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar

Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar

Nac

iona

l

Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)

SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)

MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017

Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3

inte

rnac

iona

l

Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia

91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)

Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios

Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo

Indi

cado

r(es)

BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)

OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)

MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)

Variaacute

veis

VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

92

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Continua

94

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

noPrevenccedilatildeo de danos

Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Conservaccedilatildeo

Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Ambiente Prazeroso

Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra o

ens

ino

e ap

rend

izad

o

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio administrativo

Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra a

eq

uida

de

Acessibilidade

Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)

Ambiente para atendimento especializado

Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)

95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas

Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes

de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as

meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola

De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do

tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados

em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores

com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo

equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo

mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos

instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo

As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo

de unidimensionalidade dos construtos

As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o

indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas

poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria

em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo

dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras

Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso

sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero

de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos

boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois

como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala

seraacute limitado

Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral

pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra

indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas

para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro

resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas

meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que

nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee

96

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Indi

cado

r ndash A

cess

o a

serv

iccedilos AacuteGUA

Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658

ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939

ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416

LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E S GOT O0 1 2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 AacuteGUA

0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E NE R GIA0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 LIXO0 1

97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Instalaccedilotildees do preacutedio escolar

Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa

Indi

cado

r ndash In

stal

accedilotildee

s do

preacute

dio

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879

IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908

IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349

IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522

IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846

IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663

IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588

IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645

_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores

Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

BAN

HEI

RO_

FORA

DEN

TRO

IN_C

OZI

NH

A

IN_R

EFEI

TORI

O

IN_D

ESPE

NSA

IN_S

ALA

_DIR

ETO

RIA

IN_S

ALA

_PRO

FESS

OR

IN_S

ECRE

TARI

A

IN_A

LMO

XARI

FAD

O

IN_A

GU

A_F

ILTR

AD

A

BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039

IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013

IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008

IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018

IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030

IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026

IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022

IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026

IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

98

Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO

0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COZINHA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DESPENSA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1

99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash P

reve

nccedilatildeo

de

dano

s

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Prot_incendio

Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290

Ilum_foraEscolUNI

Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453

Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782

Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015

Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Prot_incendio0

1

2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI

0

1 2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_fisica

0

1

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_equip

0

1

100

Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar

Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

telhado

Ruim 132 129 124

Regular 301 311 308

Bom 567 561 569

parede

Ruim 76 72 76

Regular 316 322 325

Bom 608 606 598

piso

Ruim 126 111 116

Regular 294 297 303

Bom 580 592 581

entrada

Ruim 101 90 97

Regular 291 287 296

Bom 607 623 607

paacutetio

Ruim 154 139 139

Regular 293 298 292

Bom 553 563 569

corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628

sala

Ruim 85 84 84

Regular 350 356 353

Bom 565 561 563

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475

janelas

Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526

banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431

cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567

insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462

insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449

Sinaldepr

Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332

Natildeo 570 553 581

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

telh

ado

pare

de

piso

entr

ada

paacutetio

corr

edor

sala

port

as

jane

las

banh

eiro

s

cozi

nha

inst

hidr

a

inst

elet

rica

Sina

ldep

rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039

parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045

piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038

entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040

paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035

corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038

sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049

portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053

janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047

banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048

cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034

insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046

insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045

Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Indi

cado

r ndash C

onse

rvaccedil

atildeo

101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 telhado

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 parede0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 piso0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 entrada0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 paacutetio0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 corredor0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 sala0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 portas0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 janelas

0

12

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 banheiros0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 cozinha

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 insthidra0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 insteletrica0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 Sinaldepr

01

2

Prob

abili

dade

Prob

abili

dade

102

Conforto

Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash C

onfo

rto

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630

ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600

BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Iluminada Arejada BiblioArejIlum

Iluminada 100 077 047

Arejada 077 100 052

BiblioArejIlum 047 052 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Iluminada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Arejada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BiblioArejIlum

01

103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ambiente prazeroso

Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

mbi

ente

Pra

zero

so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215

N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407

IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272

IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048

IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046

IN_AREA_VERDE 050 032 100 031

IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 PATIO_COB_DES0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AREA_VERDE0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0

1

104

Espaccedilos pedagoacutegicos

Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

spaccedil

os P

edag

oacutegic

os

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468

NU_COMP_ALUNO_CAT

Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108

QUADRA_COBDESCOB

Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54

IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115

IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_LABORATORIO_INFORMATICA

NU_COMP_ALUNO_CAT

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

QUADRA_COBDESCOB

IN_LABORATORIO_CIENCIAS

IN_AUDITORIO

IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Equipamentos para apoio administrativo

Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

quip

amen

tos

para

apo

io a

dmin

istr

ativ

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT

Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64

NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT

Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136

NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()

Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117

NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT

Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91

IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013

106

Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU

_EQ

UIP

_CO

PIA

DO

RA_C

AT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_CAT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_MU

LT_

CAT

NU

_CO

MP_

AD

MIN

ISTR

ATIV

O_C

AT

IN_I

NTE

RNET

_B_L

ARG

A

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0

1 2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0

1 23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0

1

2

107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa

indi

cado

r ldquoEq

uipa

men

tos

para

apo

io p

edag

oacutegic

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_TV_CAT

Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249

NU_EQUIP_DVD_CAT

Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144

NU_EQUIP_SOM_CAT

Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168

NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT

Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138

NU_EQUIP_FOTO_CAT

Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU_EQUIP_TV_

CATNU_EQUIP_DVD_

CATNU_EQUIP_SOM_

CATNU_EQUIP_

MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_

CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

108

Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Acessibilidade

Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

cess

ibili

dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399

IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298

infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0

1

2

3

109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015

IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb

Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Ambiente para atendimento especializado

Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

tend

imen

to

Educ

acio

nal E

spec

ializ

ado

(AEE

) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83

IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 infra_deficiencia

0

1

2

110

Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_BRAILLE_CAT

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT

IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1

111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio

Prevenccedilatildeo de danos ()

Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41

AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13

AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12

RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23

PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18

AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28

TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41

MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19

PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32

CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39

RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31

PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23

PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25

AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36

SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44

BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26

MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42

ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40

RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58

SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48

PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60

SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48

RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55

MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59

MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38

GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47

DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57

continua

112

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)

Espaccedilos pedagoacutegicos

Equip p apoio admin

Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20

13

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57

AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34

AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35

RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40

PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40

AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48

TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56

MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42

PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50

CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60

RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55

PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52

PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51

AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53

SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56

BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49

MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61

ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59

RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67

SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68

PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67

SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65

RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65

MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67

MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59

GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63

DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb

113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo

originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das

informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)

Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas

pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos

de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam

teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais

matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais

complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e

a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015

Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem

e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e

escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel

mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees

educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para

dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE

de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis

Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de

aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura

(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa

a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)

Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os

indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil

Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e

2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da

variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos

Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)

Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas

35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas

para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado

(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino

Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes

na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola

25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt

114

Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a

presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na

composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os

Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem

matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente

consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre

7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)

Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo

Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos

Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do

ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino

fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183

LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14

Regiatildeo

Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72

Unidades da Federaccedilatildeo

Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13

continua

115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal Privada

Etapas

Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221

Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517

Nordm de alunos

Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217

Niacuteveis de Complexidade da escola ()

1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07

Grupos do INSE 2015 ()

Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212

Faixas do Ideb - anos iniciais ()

Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00

Faixas do Ideb - anos finais ()

Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00

Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015

116

117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral

Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)

Cozinha

Aacutegua_filtrada

Aacutegua_rio

Banheiro_fora

Energia_outro

Esgoto_fossa

Energia_rede

Banheiro_dentro

Aacutegua_poccedilo

TV_1

DVD_1

Sinal_depred_pouco

Janelas_ruim

IluminaFora_ruim

Impressora_1

Seguranccedila_equipamento

SOM_1

Aacutegua_rede

Sala_diretoria

Lixo_coleta

Parede_regular

Comput_Adm_1

Telhado_regular

Paacutetio_Cob_ou_Descob

Salas_regular

Comp_aluno_1a5

Entrada_regular

Piso_regular

Cozinha_regular

Ilumina_salas_MaisMetade

Secretaria

Internet_semBandaLarga

Corredor_regular

Seguranccedila_fiacutesica

Portas_regular

Sala_professor

Janelas_regular

MaqFoto_1

000010

150151

182197

223286

346374

390393

412418

426430

435445

450451

451454

461467

473473

475481

485485

488488

491494

496497

500500

Paacutetio_regular

Lab_informaacutetica

Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq

SalaLeitura

IluminaFora_regular

InstalHidra_regular

Areja_salas_MaisMetade

InstalEletric_regular

EquipMultimiacutedia_1

Copiadora_1

Banheiros_regular

Despensa

Internet_comBandaLarga

Comput_Adm_2a3

Comp_aluno_6a10

Impressora_2

TV_2

Ilumina_salas_Todas

Biblio_Areja_Ilumina

Esgoto_rede

Corredor_bom

Prot_incend_ruim

SOM_2

Parede_bom

Entrada_bom

Quadra_descoberta

Biblioteca

Piso_bom

Sinal_depred_natildeo

Areja_salas_Todas

Telhado_bom

Cozinha_bom

Paacutetio_bom

Salas_bom

Janelas_bom

Almoxarifado

DVD_2

Prot_incend_regular

501512

512513

515515

515516

519522

524533

533536

546550

552564

564568

570571

571573

573573

576579

579579

580583

586586

593596

596599

Comp_aluno_11a15

Portas_bom

InstalHidra_bom

Banheiro_chuveiro

Banheiro_PNE

Impressora_3

IluminaFora_bom

InstalEletric_bom

ImpressoraMulti_1

Banheiros_bom

Comput_Adm_4a7

Refeitoacuterio

Quadra_coberta

TV_3mais

SOM_3

Comp_aluno_16a20

EquipMultimiacutedia_2

Dependecircncias_PNE

Prot_incend_bom

Impressora_4mais

MaqFoto_2

Aacuterea_verde

Parque_infantil

Copiadora_2

SOM_4mais

DVD_3mais

Lab_ciecircncias

Paacutetio_Cob_e_Descob

Comput_Adm_mais7

EquipMultimiacutedia_3mais

Infra_deficiecircncia_Adeq

Comp_aluno_mais20

ImpressoraMulti_2

Auditoacuterio

SalaLeitura_e_Biblio

Quadra_coberta_e_descob

MaqFoto_3mais

Copiadora_3mais

604607

610611

611613

614614

614617

617622

629632

635644

644644

656662

674675

677681

684688

693697

703709

711720

727737

739760

769785

Informaacutetica_acessiacutevel

ImpressoraMulti_3mais

Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument

Soroban

Braille

815820

865917

1000

118

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

120

121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Anexo 1

Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE

CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a

construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20

3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

7 Refeitoacuterio 1 50

8 CopaCozinha 1 15

9 Quadra coberta 1 200

10 Parque infantil 1 20

11 Banheiros 4 20

12 Sala de depoacutesito 3 15

13 Sala de TVDVD 1 30

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1150

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1

Fonte CNE (2010)

122

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item

1 Sala de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20

3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45

6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

8 Refeitoacuterio 1 80

9 Copacozinha 1 20

10 Quadra coberta 1 500

11 Banheiros 6 20

12 Sala de depoacutesito 2 30

13 Sala de TVDVD 1 50

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1650

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo Quantidade

1 Esportes e brincadeiras

11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30

2 Cozinha

21 Freezer de 305 litros 2

22 Geladeira de 270 litros 2

23 Fogatildeo industrial 2

24 Liquidificador industrial 2

25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2

3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos

31 Enciclopeacutedias 2

32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4

33 Outros dicionaacuterios 30

34 Literatura infantojuvenil 3000

35 Literatura brasileira 3000

36 Literatura estrangeira 3000

37 Paradidaacuteticos 600

38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200

4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto

41 Retroprojetor 1

42 Tela para projeccedilatildeo 1

43 Televisor de 20 polegadas 10

44 Suporte para TV e DVD 10

45 Aparelho de DVD 10

46 Maacutequina fotograacutefica 1

47 Aparelho de CD e raacutedio 10

5 Processamento de Dados

51 Computador para sala de informaacutetica 30

52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8

53 Impressora jato de tinta 2

54 Impressora laser 2

55 Fotocopiadora 1

56 Guilhotina de papel 1

6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral

61 Carteiras 300

62 Cadeiras 300

63 Mesa tipo escrivaninha 10

64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10

65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10

66 Mesa para computador 38

67 Mesa de leitura 4

68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2

69 Armaacuterio com 2 portas 10

610 Mesa para refeitoacuterio 10

611 Mesa para impressora 4

612 Estantes para biblioteca 25

613 Quadro para sala de aula 10

614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10

615 Bebedouros eleacutetrico 4

616 Circulador de ar de parede 10

617 Maacutequina de lavar roupa 1

618 Telefone 2

Fonte CNE (2010)

123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

  • Sumaacuterio
Page 4: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Auxiliares de Pesquisa

Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais

Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais

CREacuteDITOS DA PESQUISA

Sumaacuter ioRESUMO bull 7

1 Introduccedilatildeo bull 11

2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21

221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21

23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26

3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32

4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39

421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63

5 Consideraccedilotildees finais bull 67

Referecircncias bibliograacuteficas bull 71

Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119

Anexo 1 bull 121

L is ta de s ig las e abrev iaturas

AEE Atendimento Educacional Especializado

Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica

Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment

CAQ Custo Aluno-Qualidade

CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial

CCI Curva Caracteriacutestica do Item

CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica

CF Constituiccedilatildeo Federal

CII Curva de Informaccedilatildeo do Item

CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo

Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo

ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje

EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos

FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo

Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

GoM Grade of Membership

GT Grupo de Trabalho

Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica

INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias

Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira

INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola

IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica

LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares

OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe

PAR Plano de Accedilotildees Articuladas

PCA Anaacutelise de Componentes Principais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno

PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo

Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino

SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica

Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo

Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Sipis School Infrastructure Performance Indicator System

SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo

TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo

Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo

TRI Teoria da Resposta ao Item

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

USP Universidade de Satildeo Paulo

UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura

7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Resumo

Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1

Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino

fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e

contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros

Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio

Teixeira (Inep)

A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano

Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a

construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao

gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos

A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por

cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis

discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo

da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute

tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees

do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona

incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado

contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores

que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo

condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os

itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas

A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees

conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que

as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes

sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar

Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos

que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as

escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que

mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo

1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

8

As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito

conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores

em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com

destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto

o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores

No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas

que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas

que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente

para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior

O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas

que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees

de infraestrutura satildeo piores

Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de

complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da

Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)

O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas

por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola

mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores

O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre

esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo

entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura

com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil

(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores

mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores

resultados do Ideb

Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida

em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro

dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental

ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte

No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro

do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins

administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas

urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos

escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola

tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual

ou particular ou municipal

9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados

inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto

agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e

no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste

De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam

que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo

O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus

levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das

escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores

satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa

diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre

as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que

aquelas onde haacute mais meninos

Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os

resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos

estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre

o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco

Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por

municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos

semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas

tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam

de atenccedilatildeo

Belo Horizonte 28 de novembro de 2017

Equipe de pesquisa

10

11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

1 I nt roduccedilatildeo 2

Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura

das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para

a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas

com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos

os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com

qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global

A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do

Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos

multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento

Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da

pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento

sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)

O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar

a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida

para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que

se comprometam a

4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis

agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo

violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)

No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em

2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em

vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes

com necessidades especiais

Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus

objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional

para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3

2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)

12

Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de

infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental

no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo

Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015

Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil

ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no

que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as

etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais

longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563

em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que

perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que

aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil

o ensino meacutedio ou ambos

Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles

destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos

pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das

escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos

de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas

se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla

eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos

especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de

ensino e respeitando as prioridades locais

Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos

indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito

com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus

itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle

nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso

Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura

constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de

um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados

o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de

resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com

outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento

contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas

consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui

um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos

4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)

13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

14

15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar

A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas

legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as

pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas

tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos

professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se

confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo

A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual

se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA

ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao

longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado

de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o

segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados

nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate

A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o

crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade

da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e

compra de materiais para o trabalho escolar

A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso

resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo

dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no

primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no

final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)

As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica

reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental

(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos

entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e

planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais

A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser

discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-

ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados

aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)

A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais

uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a

diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas

Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo

16

polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade

eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em

trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e

3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura

escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras

Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante

para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do

preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para

o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos

componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo

transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)

Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental

fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura

acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas

empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a

infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores

21 Infraestrutura escolar marcos legais

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos

decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes

sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)

A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins

deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e

da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)

O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo

e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a

ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art

60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados

em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de

qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem

que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na

versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo

Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto

constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como

a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes

federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental

5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)

6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica

17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu

uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de

acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)

Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi

criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido

nacionalmente (BRASIL 1996b)7

O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o

financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a

ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo

(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao

assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional

de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)

Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao

pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede

puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo

construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso

II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem

prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola

Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em

2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura

para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel

rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para

esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o

atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio

equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e

equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades

regionais (BRASIL 2001)

O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo

intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos

O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a

ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado

7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb

8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios

18

O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola

publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar

guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma

descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais

necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico

Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas

as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o

Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas

escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos

miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas

Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse

documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas

desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas

de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica

Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente

acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11

Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)

instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)

Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade

civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)

Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de

Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo

informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees

Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria

da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)

A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento

Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio

de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo

diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da

infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos

(MECFNDEPDE 2013)

9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016

10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)

11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo

19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024

composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da

infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada

Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas

as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam

sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007

SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)

No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a

qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b

FERNANDES 2007)

A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de

educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos

718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica

abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos

garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a

equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves

pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)

A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir

a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de

tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)

Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE

2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207

o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo

os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e

conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo

O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo

de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma

matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior

visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou

como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)

O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido

de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do

12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)

20

CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos

escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez

que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para

a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as

escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental

Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)

para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em

outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade

para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais

4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)

A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos

Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as

atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais

que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios

atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela

melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio

escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio

Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -

salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de

lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas

- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)

O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea

disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas

combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)

aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a

gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e

velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares

para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)

Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao

Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria

da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e

manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo

tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio

Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias

e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos

deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens

de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos

13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT

21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme

esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos

Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que

pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis

22 Revisatildeo da literatura

221 Procedimentos

O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a

infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais

2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio

entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados

escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6

desse apecircndice resumem os trabalhos revisados

A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso

sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as

definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos

Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um

indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis

Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais

simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais

como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas

multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente

calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo

aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser

muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)

As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do

Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos

aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos

resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura

escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por

oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para

a coleta de dados

222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo

As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas

em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante

delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema

O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas

22

de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola

mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado

para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios

informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e

recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais

que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino

Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE

2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura

das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU

2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de

dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos

A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro

categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam

somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda

as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino

como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as

escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores

elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo

infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com

acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de

laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura

escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares

desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do

item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de

conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto

a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14

No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros

em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses

resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na

literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam

em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)

Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no

Brasil a infraestrutura eacute relevante

Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro

indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e

de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto

14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017

23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees

das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos

pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais

Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram

indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis

(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma

das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no

Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial

Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que

avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo

dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine

com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou

em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo

Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da

infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas

prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade

escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois

iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do

Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo

de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos

ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola

O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de

escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos

federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades

da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de

banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de

alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo

redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que

estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades

escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das

escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa

O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores

da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham

considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo

de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por

escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que

os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente

As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de

infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou

trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola

respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb

24

No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de

acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura

a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia

de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na

biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)

Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou

uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica

Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes

baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem

Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados

em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua

potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo

eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de

ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas

administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio

auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo

quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos

Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias

Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e

telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos

dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e

6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o

percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma

categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes

Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o

Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor

responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da

escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos

escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos

3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em

um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)

Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo

qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila

preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos

nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura

nacional satildeo os direitos humanos

Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para

avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)

e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas

15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)

25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O

Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do

preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta

de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento

de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como

um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)

Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones

Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente

completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em

dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para

o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar

As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de

ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares

adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada

acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o

instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social

etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos

das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas

segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo

Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos

para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional

e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice

O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos

pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo

30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas

separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos

31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e

(iii) computadores para fins pedagoacutegicos

32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com

deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)

Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente

Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores

O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei

do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos

iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor

1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1

quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia

O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que

26

uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea

construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens

para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos

para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)

Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda

os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula

satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes

estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)

23 Siacutentese para um modelo conceitual

A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade

da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute

dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem

padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais

Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre

a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento

do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas

de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer

refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc

Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e

banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas

aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito

agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua

sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos

apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los

eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador

Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo

de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho

proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos

que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)

propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura

O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos

Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de

forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo

dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura

escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados

Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees

a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees

para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar

27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada

e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em

vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes

etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento

Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo

que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais

da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige

condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas

de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)

Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente

agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para

o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos

E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos

humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para

todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc

Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos

os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb

foram empregados para testar esse modelo conceitual

Tamanho da escolaturma

Atendimento de modalidades e etapas

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)

Instalaccedilotildees tipicamente escolares

Equipamentos na escola

Recursos pedagoacutegicos

Conforto e bem-estar fiacutesico

Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)

Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)

Acessibilidade

Gecircneroetniacultura etc

Pessoa com deficiecircncia

Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)

Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)

Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios

Condiccedilotildees de Atendimento

Condiccedilotildees baacutesicas

Condiccedilotildees pedagoacutegicas

Condiccedilotildees para bem-estar

Condiccedilotildees para a equidade

Aacuterea

28

29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

3 Abordagem metodoloacutegica

Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de

seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores

A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir

Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

31 Fontes de dados

Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora

o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os

dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com

dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos

Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees

sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos

acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens

Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e

as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos

questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores

16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores

Fase empiacuterica 1

bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a

infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar

decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional

Fase empiacuterica 2

bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis

bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e

combinaccedilatildeo de itens

Fase empiacuterica 3

bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos

Fase empiacuterica 4

bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio

30

Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino

fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos

estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados

Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja

essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo

entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que

participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram

solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes

tambeacutem recebem esse coacutedigo

As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso

fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino

no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo

da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante

Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura

das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse

modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave

infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por

exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir

os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo

acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais

completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente

com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32

A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas

143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco

desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos

que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)

Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as

variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013

e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos

apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19

17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara

18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas

19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos

31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa

Ano da pesquisa

2013 2015 2017

Censo 143170 135939 131604

Saeb 57079 55601 57197

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos

Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas

representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis

As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica

por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema

Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida

as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi

realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e

escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)

Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como

ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo

intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis

originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo

NU_EQUIP_TV)

Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo

identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)

Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso

ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados

ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas

as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute

espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras

Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos

professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens

aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo

de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum

20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades

21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos

32

dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da

infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33

A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO

e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo

que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso

sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015

Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do

Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram

mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber

prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade

Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas

provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na

base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de

funcionamento etc

As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas

no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens

elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos

indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)

Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis

(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado

em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais

recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido

algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste

caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos

por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em

2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas

escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como

fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias

das outras variaacuteveis22

33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores

A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura

teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do

niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)

De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos

22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo

33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes

Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos

autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites

dos dados que dispomos

A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos

da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo

de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a

unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados

Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo

PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente

observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir

sobre a consistecircncia dos construtos

A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar

sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira

etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005

VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas

suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma

versatildeo mais sinteacutetica

Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da

anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a

mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas

A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo

dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas

1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo

tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em

algum fator na PCA

2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias

embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico

3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais

Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de

paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)

cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e

ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um

todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis

Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador

(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores

(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete

23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado

34

foram compostos apenas por itens do Censo Escolar

A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os

paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo

estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades

para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso

da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante

acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou

oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos

escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados

de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb

Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em

dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos

paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem

fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos

resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se

houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam

indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb

e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho

Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-

padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10

(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa

Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem

o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual

de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos

itens analisados no estudo

A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as

matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice

discutimos a consistecircncia dos itens

Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas

brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de

infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos

itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas

Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois

os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor

do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das

escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese

mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas

escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das

escolas e com resultados educacionais

35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

36

37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

4 Resul tados

O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5

dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B

As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo

final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que

puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da

infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas

A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da

educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades

da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por

exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte

do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no

Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi

instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)

A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da

qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga

um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo

como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24

Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017

Condiccedilotildees para a equidade

Condiccedilotildees do estabelecimento

de ensino

Atendimento

Atendimento

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo

da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Local de funcionamento

da escola

Aacuterea

Condiccedilotildees para o ensino e

aprendizado

Condiccedilotildees de atendimento

Qualidade da infraestrutura escolar

38

A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde

a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de

danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso

A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho

pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para

apoio pedagoacutegico

Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente

de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores

de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem

apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)

41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores

Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles

consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos

os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees

mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas

com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais

Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas

Serv

iccedilos

baacutes

icos

Inst

alaccedil

otildees

do p

reacutedi

o

Prev

enccedilatilde

o de

dan

os

Cons

erva

ccedilatildeo

Conf

orto

Am

bien

te p

raze

roso

Espa

ccedilos

peda

goacutegi

cos

Equi

p p

ap

oio

adm

in

Equi

p p

ap

oio

peda

g

Ace

ssib

ilida

de

Am

bien

te A

EE

Infra

estr

utur

a ge

ral

Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08

Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09

Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08

Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05

Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03

Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1

39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e

ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas

satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados

pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de

complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

produzidos pelo Inep

42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes

As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes

quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades

da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel

socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais

As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas

as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do

monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi

analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante

homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de

escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela

E1 do mesmo apecircndice

As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as

categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises

nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de

estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no

seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e

escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45

421 Dependecircncia administrativa

No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional

sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO

SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por

dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo

As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e

municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam

meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da

escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para

ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de

ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo

40

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa

Total Federal Estadual Municipal Privada

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para

indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com

exceccedilatildeo das escolas federais

A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia

de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens

que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes

nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se

houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se

torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees

em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as

pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo

Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do

preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com

valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas

essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental

Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico

apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais

e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que

requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro

Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que

requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo

As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de

infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de

tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida

pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a

maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu

de forma quase paralela conforme a linha pontilhada

41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos

da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede

federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas

422 Localizaccedilatildeo

As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional

(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD

2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)

A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e

a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas

rurais o que corrobora com a literatura revisada

Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria

ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos

para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de

espaccedilos pedagoacutegicos

Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como

o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Federal Estadual Municipal Privada Total

2015 2017

42

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Total Rural Urbana

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89

Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80

Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68

Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67

Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72

Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48

Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41

Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total

para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a

relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia

de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas

escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de

2017 nas escolas urbanas em 2015

Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Rural Urbana Total

2015 2017

43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo

A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais

porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais

localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados

do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria

A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns

resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute

apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios

indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no

indicador geral e em vaacuterios outros

Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo

aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais

baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas

Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE

2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no

trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste

estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores

utilizaram dados mais antigos

O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das

meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as

escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um

crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie

44

Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

424 Etapas

AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de

ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se

tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para

todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado

pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e

recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Norte Nordeste Sudeste

2015 2017

Sul Centro-Oeste

Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais

Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental

Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das

escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam

simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram

apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro

grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores

Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam

melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino

meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos

educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)

Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da

infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito

especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e

AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos

para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura

estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino

Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos

indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os

indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo

Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a

meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa

distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas

que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida

pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio

2015 2017

Infantil fundamental e meacutedio

46

das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de

ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo

gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que

tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo

425 Tipo de oferta

A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino

fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino

fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos

conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os

anos finais

Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os

anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)

Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais

fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de

oferta de um ensino de qualidade

Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais

Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61

Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64

Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais

baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os

resultados do indicador de infraestrutura geral

47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

426 Tamanho da escola

Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral

satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES

NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas

municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os

anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com

50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em

quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)

Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF

2015 2017

48

O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as

escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos

alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais

Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1

Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o

trabalho pedagoacutegico

Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo

enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas

As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos

Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6

Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

427 Complexidade das escolas

O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as

informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar

as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com

relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores

segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais

Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos

De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de

muito mais itens de infraestrutura

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos

2015 2017

Mais de 400 alunos

49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Niacutevel 1 (mais baixo)

Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por

niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de

complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para

a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura

pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de

todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos

O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram

de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor

complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva

Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4

2015 2017

Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)

50

A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela

Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees

entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores

observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas

com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada

428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas

O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)

Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas

cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental

e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e

privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre

os grupos tendem a ficar mais sutis

A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde

as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES

ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando

um determinado segmento de escolas puacuteblicas

A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais

que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de

infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo

menos equitativas nesse aspecto

As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para

o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo

da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das

escolas com INSE mais baixo

Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Grupo 1 (mais baixo)

Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de

2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015

Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares

(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER

2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb

aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar

Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo

concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto

no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas

no niacutevel ldquomeacutedio altordquo

Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos

com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas

Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas

que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Grupo 3 Grupo 5Grupo 4

2015 2017

Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)

52

com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com

anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017

Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral

por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias

das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com

Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013

a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos

com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as

diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida

de qualidade da educaccedilatildeo

53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

54

4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola

A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica

brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo

equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres

se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)

Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos

do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas

e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em

meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25

Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir

as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades

escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes

seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes

etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero

O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a

importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da

infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp

e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional

tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores

nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso

objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade

Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais

lt50 alunas(mais meninos)

ge50 alunas(mais meninas)

2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018

55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas

escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio

conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos

Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e

escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de

convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores

Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral

A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto

Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou

baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza

todos os itens empregados

Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados

em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a

posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou

seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item

26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013 2015 2017

lt50 alunas ge50 alunas

56

TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227

Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura

O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F

O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem

metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)

discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute

adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia

na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um

julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de

acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para

definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)

Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos

itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde

agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos

(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no

Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes

Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada

um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores

A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados

no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura

geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico

acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)

Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade

de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse

valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis

discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que

apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as

escolas puacuteblicas e privadas

No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana

para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a

nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50

alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo

As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro

dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente

elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela

tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos

27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo

57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins

administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50

alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo

Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola

Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico

(I)lt= 2

Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada

Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo

(II)+ 2 a 4

Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo

Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo

(III)+4 a 5

Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)

Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo

(IV)+ 5 a 6

Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)

Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio

(V)+6 a 7

Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso

Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto

(VI)+ 7 a 8

Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso

Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto

(VII)gt= 8

Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE

Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas

58

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos

puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e

conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos

administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede

estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou

este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio

No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa

conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute

equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora

tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai

do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade

mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo

minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo

mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de

matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais

de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto

O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do

indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos

niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV

Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os

percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos

niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de

mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar

as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo

59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de

alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com

a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos

niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

64

3353

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

2013 2015

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

201

162141

114 109 107

188199189

267

302319

142160

174

23 24 27

2017

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

80

0 02

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

Rural Urbana

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

333

225

21

203 196

137

450

22

284

0

46

60

Graacute

fico

14

Dis

trib

uiccedilatilde

o (

) das

esc

olas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l por

pro

porccedil

atildeo

de a

luna

s lo

caliz

accedilatildeo

rura

l e u

rban

a e

niacuteve

is d

a in

fraes

trut

ura

gera

l 20

17

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

50

45

35

25

15 540

30

20

10 0

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IV

lt50

alu

nas

Rura

lge5

0 a

luna

sU

rban

a

Niacutev

el V

Niacutev

el V

IN

iacutevel

VII

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IVN

iacutevel

VN

iacutevel

VI

Niacutev

el V

II

74

92

366

319

225

22

6

212

181

146

00

0

23

115

18

01

02

02

21

21

194

20

1

454

42

286

441

280

55

61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar

As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do

indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos

que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas

em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes

Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos

dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados

em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores

para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre

resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta

de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem

Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por

exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que

esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de

conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros

As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir

Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011

A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por

Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)

Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos

niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel

ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no

niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII

Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava

pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No

nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos

niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)

Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que

foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que

ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto

Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam

aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis

do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos

de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala

Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)

Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem

o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado

62

Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos

para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos

questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb

Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as

escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas

rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria

Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)

Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido

de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos

a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da

infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente

as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno

Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ

Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)

Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala

de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas

pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE

No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala

SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas

jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo

Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do

presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca

Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)

Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral

deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa

avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo

e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo

temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo

de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios

Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)

Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos

participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico

63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV

e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo

O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para

o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente

Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)

Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os

indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo

jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias

baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no

niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa

melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento

Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os

indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que

as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado

municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias

dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola

Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo

fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura

da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio

Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada

agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade

Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro

se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a

duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados

intermediaacuterios de 2015

O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e

regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos

iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de

infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para

as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a

comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais

No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem

meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral

o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora

todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)

64

Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo

eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras

informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida

satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as

mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil

O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde

Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso

e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e

em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta

uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores

aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do

indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais

e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso

a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as

condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor

Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo

695 375 277

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

711 398 337

Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

679 164 080

Infraestrutura geral 750 513 474

Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65

Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55

Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10

UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste

Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente PrazerosoEspaccedilos

Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

000

200

400

600

800

1000

65

IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo

562 262 248

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

557 300 339

Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

000 076 056

Infraestrutura geral 678 417 455

Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo

727 622 507

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

890 668 569

Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

1000 560 217

Infraestrutura geral 826 666 646

Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT

EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4

EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3

Acesso a serviccedilos

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

Conforto

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente Prazeroso

Ambiente Prazeroso

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

Prevenccedilatildeo de danos

Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Rural

000

200

400

600

800

1000

Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Urbana

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4

INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3

INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

000

200

400

600

800

1000

66

67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Consideraccedilotildees f ina is

Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas

puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros

utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes

cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser

operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas

neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica

Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar

fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema

para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)

ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos

constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)

O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa

(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo

para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve

ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente

dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves

condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros

A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento

este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas

focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de

infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades

deste estudo

Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees

Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens

de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao

estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo

dos indicadores

Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura

geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio

brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade

foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de

escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras

Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre

regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como

mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as

oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas

68

Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo

diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o

nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio

que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo

Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas

nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma

caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico

Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser

descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu

municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento

de accedilotildees e recursos a serem investidos

Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo

observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental

tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade

Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa

de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio

comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola

do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade

Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes

Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo

melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso

a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento

baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta

pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar

com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)

instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e

CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar

no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)

Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional

e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os

indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por

exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e

colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos

Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais

finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e

sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do

Censo Escolar e do Saeb

Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses

sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute

preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica

69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos

de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para

o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os

indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura

aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas

para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para

correccedilatildeo de problemas)

Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo

Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos

envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se

revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional

conforme o propoacutesito deste trabalho

Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado

segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees

mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura

pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas

de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem

conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos

satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado

natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com

deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos

como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito

agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014

Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para

outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola

Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel

macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente

Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo

sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a

qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

70

71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)

ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011

ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500

ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009

ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013

ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014

ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a

ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b

BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010

BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172

BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002

BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007

BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt

BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b

BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001

BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a

BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014

72

BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a

BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b

BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006

MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006

BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011

BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008

CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007

CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte

CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007

CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016

CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008

CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)

DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017

FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)

73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)

GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)

GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007

GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011

GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012

GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt

GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015

GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013

HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200

HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt

INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016

INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016

JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002

JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016

MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012

MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016

NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005

OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006

74

OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en

OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016

OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005

PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012

PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)

PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007

RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008

RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991

SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt

SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000

SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)

SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)

SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt

SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372

SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009

SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013

SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015

SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153

75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012

SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013

SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b

SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a

TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015

UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017

UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015

UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016

VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008

VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016

VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245

WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010

WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015

YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003

ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006

76

77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura

A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais

1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo

Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000

Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de

refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo

criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou

avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas

Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees

disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca

Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas

Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt

OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt

Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt

Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt

As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica

Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas

Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo

Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do

idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos

repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos

trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos

natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de

arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas

por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final

dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais

78

O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees

Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo

Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23

Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho

Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar

Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24

Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador

23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia

24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo

79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho

apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)

A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da

infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo

dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram

associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)

separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem

do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual

Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar

o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para

caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas

pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de

trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para

monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos

poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no

setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma

ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis

Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA

paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)

definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados

CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas

meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice

principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis

RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares

meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

OBSERVACcedilOtildeES

apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise

80

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sBA

RBO

SA

FERN

AN

DES

(2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sldquoIn

fraes

trutu

ra e

equ

ipam

ento

s esc

olar

es c

onse

rvaccedil

atildeo

do p

reacutedi

o c

ondi

ccedilotildees

de

func

iona

men

to d

os e

spaccedil

os

labo

rato

riais

e de

apo

io m

obili

aacuterio

e e

quip

amen

tos

miacuten

imos

inst

alaccedil

otildees e

aacutere

as e

xter

nas e

de

recr

eaccedilatilde

o

rede

de

ensin

o (e

scol

a puacute

blic

apa

rtic

ular

)rdquo (p

162

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sis

tem

a de

Ava

liaccedilatilde

o da

Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a (S

aeb)

de

1997

Var

iaacuteve

is d

o qu

estio

naacuterio

da

esco

la re

fere

ntes

aos

equ

ipam

ento

s es

cola

res

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

res p

or m

eio

da teacute

cnic

a es

tatis

ticas

anaacute

lise

fato

rial q

ue re

duzi

u 33

var

iaacuteve

is in

icia

is pa

ra 7

fato

res

expl

ican

do 7

0 d

a va

riacircnc

ia to

tal

dos d

ados

mas

nes

se tr

abal

ho o

s aut

ores

util

izam

4

fato

res

que

expl

icam

58

da

variacirc

ncia

tota

lSO

ARE

S

CEacuteS

AR

M

AM

BRIN

I (2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sA

infra

estr

utur

a fo

i defi

nida

em

piric

amen

te p

elas

va

riaacuteve

is d

ispo

niacuteve

is n

o qu

estio

naacuterio

das

esc

olas

so

bre

exis

tecircnc

ia e

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo d

e ite

ns

de in

fraes

trut

ura

e es

quip

amen

tos

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b 19

97 V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

sob

re o

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as b

aacutesic

as f

unci

onam

ento

e e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

spec

iacutefica

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

s eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

Con

stru

ccedilatildeo

de in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (

TRI)

mod

elo

Sam

ejim

a pa

ra v

ariaacute

veis

ord

inai

s e

o m

odel

o de

do

is p

aracircm

etro

s

MEC

FU

ND

ESC

O

LA (2

002)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Natildeo

eacute u

ma

pesq

uisa

em

piacuteric

a O

doc

umen

to

desc

reve

os

padr

otildees

miacuten

imos

de

func

iona

men

to

da e

scol

a de

ens

ino

fund

amen

tal r

elat

ivam

ente

ao

ambi

ente

fiacutesi

co e

scol

ar e

spaccedil

o ed

ucat

ivo

mob

iliaacuter

io

e eq

uipa

men

to e

scol

ar e

mat

eria

l did

aacutetic

o F

oi

real

izad

o em

dec

orrecirc

ncia

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo (P

NE)

de

2001

Itens

lista

dos n

o PN

E 20

01 (

1) e

spaccedil

o ilu

min

accedilatildeo

in

sola

ccedilatildeo

ven

tilaccedil

atildeo aacute

gua

potaacute

vel r

ede

eleacutet

rica

segu

ranccedil

a e

tem

pera

tura

am

bien

te(2

) ins

tala

ccedilotildees

sani

taacuteria

s e p

ara

higi

ene

(3) e

spaccedil

os p

ara

espo

rte r

ecre

accedilatildeo

bib

liote

ca

e se

rviccedil

o de

mer

enda

esc

olar

(4)

ada

ptaccedil

atildeo p

ara

o at

endi

men

to d

os a

luno

s por

tado

res d

e ne

cess

idad

es

espe

ciai

s (5

) atu

aliza

ccedilatildeo

e am

plia

ccedilatildeo

do a

cerv

o da

s bi

blio

teca

s (6

) mob

iliaacuterio

equ

ipam

ento

s e m

ater

iais

peda

goacutegi

cos

(7) t

elef

one

e se

rviccedil

o de

repr

oduccedil

atildeo d

e te

xtos

(8)

info

rmaacutet

ica

e eq

uipa

men

to m

ultim

iacutedia

Ap

rese

nta

uma

desc

riccedilatildeo

det

alha

da d

e to

dos

os s

ervi

ccedilos

funccedil

otildees

ativ

idad

es e

am

bie

ntes

na

esc

ola

de e

nsin

o fu

ndam

enta

l em

term

os

de s

uas

cara

cter

iacutestic

as e

aacutere

a de

esp

accedilo

fiacutesic

o ne

cess

aacuteria

par

a as

ativ

idad

es p

edag

oacutegic

as o

u ad

min

istr

ativ

as O

s am

bie

ntes

satildeo

cla

ssifi

cado

s p

or t

ipos

(col

etiv

os p

ara

uma

turm

a ou

vaacuter

ias

turm

as d

e ac

esso

agrave in

form

accedilatildeo

adm

inis

trat

ivo

de

pre

par

o de

alim

ento

s d

e lim

pez

a d

e at

ivid

ades

de

higi

ene

pes

soal

VE

RHIN

E (2

006)

Variaacute

veis

e

cons

truccedil

atildeo d

e In

dica

dore

s

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

elos

ite

ns q

ue c

ompotilde

e o

leva

ntam

ento

de

dado

s pa

ra

subs

idia

r o c

usto

-alu

no-q

ualid

ade

em e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca i

sto

eacute a

s de

pend

ecircnci

as e

xist

ente

s no

preacute

dio

esco

lar

as s

uas

cond

iccedilotildee

s de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

004

2005

Pes

quisa

em

95

esco

las

urba

nas

e ru

rais

de

44 m

unic

iacutepio

s no

s es

tado

s PI

CE

PA

G

O M

G P

R R

S S

P re

des

fede

ral e

stad

ual e

mun

icip

al

que

ofer

tam

cre

che

ens

ino

fund

amen

tal 1

e 2

ens

ino

meacuted

io E

JA e

edu

caccedilatilde

o es

peci

al I

tens

obs

erva

dos

depe

ndecircn

cias

que

ate

ndem

dire

ta e

prio

ritar

iam

ente

os

alu

nos

(natildeo

incl

ui s

alas

de

aula

cuj

a pr

esen

ccedila fo

i co

nsid

erad

a oacuteb

via

em u

ma

unid

ade

esco

lar)

sal

a de

le

itura

bib

liote

ca s

ala

de T

V e

viacutede

o s

ala

de in

form

aacutetic

a

labo

ratoacute

rio c

iecircnc

ias

audi

toacuterio

aacutere

a liv

rer

ecre

io p

arqu

e in

fant

il pi

scin

a c

opa

cozi

nha

refe

itoacuterio

can

tina

be

rccedilaacuter

io d

orm

itoacuterio

ban

heiro

alu

nos

As

depe

ndecircn

cias

esc

olar

es fo

ram

ver

ifica

das

quan

tifica

das

anal

isad

as q

uant

o agrave

cond

iccedilatildeo

de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o s

egun

do u

ma

esca

la

de 3

pon

tos

send

o 1

ruim

2 r

egul

ar e

3 b

om

Fora

m c

riado

s do

is in

dica

dore

s Iacuten

dice

de

Con

diccedilatilde

o de

Uso

das

Preacute

dio

(Indp

red)

e Iacuten

dice

de

Con

serv

accedilatildeo

do

Preacuted

io (I

ndpr

ed)

calc

ulad

os p

elo

som

a do

s va

lore

s as

soci

ados

a c

ada

depe

ndecircn

cia

e di

vidi

ndo-

se e

sse

nuacutem

ero

pelo

nuacutem

ero

tota

l de

dep

endecirc

ncia

s da

esc

ola

O v

alor

meacuted

io fo

i co

loca

do e

m u

ma

esca

la d

e tr

ecircs n

iacutevei

s 3

pon

tos

bom

2 a

29

- re

gula

r e

lt 2

rui

m

BIO

ND

I FE

LIacuteC

IO (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Pr

esen

ccedila d

e ite

ns d

ecla

rado

s no

Cen

so E

scol

ar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so e

scol

ar d

e 19

99 e

200

3

Itens

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a a

cess

o agrave

Inte

rnet

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

po

r tur

ma

na 4

ordf seacuter

ie d

o en

sino

fund

amen

tal n

uacutemer

o de

mat

riacutecul

as n

o en

sino

fund

amen

tal m

eacutedia

de

hora

s-au

la d

iaacuteria

s na

4ordf s

eacuterie

do

EF u

so d

o co

mpu

tado

r com

o re

curs

o pe

dagoacute

gico

Util

izou

as

variaacute

veis

sepa

rada

men

te p

ara

rela

cion

aacute-la

s a

resu

ltado

s es

cola

res

Cont

inua

81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

ERQ

UEI

RA

SAW

ER (2

007)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoRec

urso

s esc

olar

es e

nten

dido

s com

o in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s exi

sten

tes

[] i

i) in

fra-e

stru

tura

ex

isten

te n

a es

cola

em

que

se p

rete

nde

tradu

zir o

po

tenc

ial d

e ca

da e

stab

elec

imen

to e

scol

ar e

m te

rmos

do

s rec

urso

s e in

stal

accedilotildee

s disp

oniacutev

eis [

]rdquo (

P 54

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

000

Iten

s Bi

blio

teca

Sal

a de

pro

fess

ores

Vid

eote

ca L

abor

atoacuter

io d

e In

form

aacutetic

a L

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as S

ala

de T

VViacute

deo

Co

zinh

a Q

uadr

a de

esp

orte

s Re

feitoacute

rio IN

EP E

sgot

o in

exist

ente

Viacuted

eo T

V A

nten

a pa

raboacute

lica

Red

e lo

cal

Inte

rnet

Im

pres

sora

e C

ompu

tado

r

Gra

de o

f Mem

bers

hip

ndash G

oM M

eacutetod

o m

ultiv

aria

do

que

iden

tifica

gru

pos

late

ntes

por

sim

ilarid

ade

entr

e os

iten

s e

diss

imila

ridad

e en

tre

grup

os fo

rmad

os

Apr

esen

ta a

iden

tifica

ccedilatildeo

dos

grup

os e

a d

escr

iccedilatildeo

de

dua

s di

fere

nccedilas

FRA

NCO

et

al

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

Exis

tecircnc

ia e

con

serv

accedilatildeo

de

equi

pam

ento

s de

ntro

da

esc

ola

cha

mad

os d

e ldquoR

ecur

sos

esco

lare

srdquo e

ldquoBib

liote

ca e

m s

ala

de a

ulardquo

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

que

stio

naacuterio

da

esco

la e

do

dire

tor d

o Sa

eb 2

001

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Indi

cado

r de

Ex

istecirc

ncia

e c

onse

rvaccedil

atildeo d

e eq

uipa

men

tos

da

esco

la N

atildeo h

aacute de

talh

amen

to s

obre

qua

is s

atildeo a

s va

riaacuteve

is d

e eq

uipa

men

tos

esco

lare

sPO

NTI

LI

KASS

OU

F (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

In

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a pe

la p

rese

nccedila

de b

iblio

teca

e

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

aD

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

de

2000

Pr

opor

ccedilatildeo

de e

scol

as c

om b

iblio

teca

s e

labo

ratoacute

rios

de in

form

aacutetic

a a

leacutem

do

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

por

tu

rma

em c

ada

mun

iciacutep

io

Taxa

s ca

lcul

adas

par

a ca

da m

unic

iacutepio

a p

artir

das

oc

orrecirc

ncia

s do

s ite

ns n

as e

scol

as n

eles

loca

lizad

as

SAacuteTY

RO

SOA

RES

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

dam

ente

ldquo[]

ser

viccedilo

s baacute

sico

s co

mo

aacutegua

ele

tric

idad

e e

esgo

tam

ento

san

itaacuterio

dep

endecirc

ncia

s es

cola

res

exis

tecircnc

ia d

e bi

blio

teca

ou

sala

de

leitu

ra

infra

estr

utur

a de

com

unic

accedilatildeo

e in

form

accedilatildeo

[]

Pr

eacutedio

s e

inst

alaccedil

otildees

adeq

uada

s ex

istecirc

ncia

de

bibl

iote

ca e

scol

ar e

spaccedil

os e

spor

tivos

e la

bora

toacuterio

s ac

esso

a li

vros

did

aacutetic

os m

ater

iais

de

leitu

ra e

pe

dagoacute

gico

s re

laccedilatilde

o ad

equa

da e

ntre

o n

uacutemer

o de

al

unos

e o

pro

fess

or n

a sa

la d

e au

la e

mai

or te

mpo

ef

etiv

o de

aul

a [

]rdquo (P

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 1

997

e 20

05

Itens

(1)

Infra

estr

utur

a baacute

sica

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a d

e aacuteg

ua e

esg

oto

e ex

istecirc

ncia

de

sani

taacuterio

na

esco

la (

2) D

epen

decircnc

ias

dire

toria

se

cret

aria

sal

a de

pro

fess

ores

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a c

ozin

ha d

epoacutes

ito

de a

limen

tos

refe

itoacuterio

paacutet

io q

uadr

a p

arqu

e in

fant

il

dorm

itoacuterio

ber

ccedilaacuterio

san

itaacuterio

fora

do

preacuted

io s

anitaacute

rio

dent

ro d

o pr

eacutedio

san

itaacuterio

ade

quad

o agrave

preacute-

esco

la

e sa

nitaacute

rio a

dequ

ado

a al

unos

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais

ace

ssib

ilida

de e

(3) E

quip

amen

tos

peda

goacutegi

cos

com

puta

dore

s e

aces

so agrave

inte

rnet

o

uso

para

fins

ped

agoacuteg

icos

dos

equ

ipam

ento

s de

in

form

aacutetic

a e

a ex

istecirc

ncia

de

tele

visatilde

o e

retr

opro

jeto

r

Des

criccedil

atildeo d

os b

loco

s de

iten

s e

cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dore

s p

or m

eio

da a

naacutelis

e fa

toria

l p

ara

os b

loco

s ldquoD

epen

decircnc

ias

exis

tent

esrdquo e

ldquoE

quip

amen

tos

ped

agoacuteg

icos

rdquo

RIA

NI

RIO

S-N

ETO

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

de

itens

dec

lara

dos

no C

enso

Esc

olar

D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

200

0 It

ens

qu

adra

s de

esp

orte

bib

liote

cas

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

de c

iecircnc

ias

Prod

uccedilatildeo

de

um fa

tor d

e in

fraes

trut

ura

[os

auto

res

natildeo

escl

arec

em o

meacutet

odo

de e

stim

accedilatildeo

do

fato

r]

CN

E (2

010)

Variaacute

veis

[d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

O d

ocum

ento

do

CN

E no

rmat

iza

o tr

abal

ho d

e Pi

nto

(200

6) e

Car

reira

e P

into

(200

7) d

a Ca

mpa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave E

duca

ccedilatildeo

com

o re

ferecirc

ncia

pa

ra o

caacutel

culo

do

Cust

o-A

luno

Qua

lidad

e in

icia

l (C

AQ

i) A

Infa

estr

utur

a da

esc

ola

junt

o co

m it

ens

de

pess

oal

alim

enta

ccedilatildeo

adm

inis

traccedil

atildeo e

out

ros

satildeo

os

insu

mos

nec

essaacute

rios

para

gar

antir

o p

adratilde

o m

iacutenim

o de

qua

lidad

e de

ens

ino

na E

duca

ccedilatildeo

Baacutesi

ca

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to li

sta

todo

s os

itens

(esp

accedilos

mob

iliaacuter

io e

quip

amen

tos p

edag

oacutegic

os

adm

inist

rativ

os e

de

apoi

o) q

ue c

ompotilde

em o

CAQ

i por

et

apa

de e

nsin

o V

er n

o An

exo

1 o

deta

lham

ento

de

itens

pa

ra o

s ano

s ini

ciai

s e fi

nais

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to n

orm

atiz

a o

CAQ

i o

que

signi

fica

que

todo

s os

sist

emas

de

ensin

o de

vem

gar

antir

os

itens

list

ados

par

a al

canccedil

ar

o pa

dratildeo

miacuten

imo

de q

ualid

ade

do e

nsin

o

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

82

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sA

LMEI

DA

et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rCo

ndiccedil

otildees

gera

is c

ondi

ccedilotildees

ped

agoacuteg

icas

e

cond

iccedilotildee

s de

ace

ssib

ilida

de e

spec

ial

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

200

8

Itens

org

aniz

ados

em

doi

s gr

upos

(1)

Con

diccedilotilde

es

gera

is l

ocal

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

red

e de

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua r

ede

de a

bast

ecim

ento

de

ene

rgia

eleacute

tric

a e

scoa

men

to d

e es

goto

e c

olet

a de

lixo

(2)

Con

diccedilotilde

es p

edag

oacutegic

as s

alas

de

dire

tor e

pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

s de

info

rmaacutet

ica

e de

ciecirc

ncia

s qu

adra

de

espo

rte

bib

liote

ca e

ban

heiro

den

tro

do

preacuted

io d

a es

cola

O iacuten

dice

foi c

onst

ruiacuted

o co

m d

uas

teacutecn

icas

es

tatiacutes

ticas

(a)

Teo

ria d

e re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

e (b

) Anaacute

lise

de V

ariaacute

veis

Lat

ente

s (L

EM)

que

requ

er a

defi

niccedilatilde

o a

prio

ri do

nuacutem

ero

de c

lass

es O

m

odel

o ap

rese

ntou

mel

hor a

just

e fo

i o q

ue c

onto

u co

m tr

ecircs c

lass

es q

ue re

sulto

u em

um

a va

riaacuteve

l ca

tegoacute

rica

cuja

flut

uaccedilatilde

o eacute

base

ada

nos

itens

mai

s di

scrim

inan

tes

da in

fraes

trut

ura

GO

MES

REG

IS

(201

2)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rA

Infra

estr

utur

a e

os R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

dize

m

resp

eito

aos

mat

eria

is fiacute

sico

s e

didaacute

ticos

dis

poniacute

veis

na

s es

cola

s in

clui

ndo

os p

reacutedi

os a

s sa

las

os

equi

pam

ento

s os

livr

os d

idaacutet

icos

den

tre

outr

os

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar e

da

Prov

a Br

asil

2009

das

esc

olas

puacuteb

licas

da

Regi

atildeo M

etro

polit

ana

do R

io d

e Ja

neiro

Var

iaacuteve

is d

o Ce

nso

Esco

lar

Sala

dos

Pr

ofes

sore

s La

bora

toacuterio

de

Info

rmaacutet

ica

Lab

orat

oacuterio

de

Ciecirc

ncia

s Q

uadr

a de

Esp

orte

s Bi

blio

teca

e S

ala

de

Leitu

ra V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a Pr

ova

Bras

il e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

de

algu

ns it

ens

quai

s se

jam

tel

hado

pa

rede

s pi

so e

ntra

das

do p

reacutedi

o p

aacutetio

cor

redo

res

sala

s de

aul

a p

orta

s ja

nela

s ba

nhei

ros

cozi

nha

in

stal

accedilotildee

s hi

draacuteu

licas

e in

stal

accedilotildee

s el

eacutetric

as

Os

iacutendi

ces

de in

fraes

trut

ura

e de

Rec

urso

s pe

dagoacute

gico

s fo

ram

obt

idos

por

mei

o de

Anaacute

lise

fato

rial

meacutet

odo

de a

naacutelis

e de

com

pone

ntes

pr

inci

pais

O p

rimei

ro c

om v

ariaacute

veis

do

Cens

o Es

cola

r e o

seg

undo

com

as

variaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

da

Prov

a Br

asil

MA

RRI

RACC

HU

MI

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

e va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

te

(1) C

ondi

ccedilotildees

miacuten

imas

inf

raes

trut

ura

indi

spen

saacuteve

l em

qua

lque

r esc

ola

e (2

) Con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as

adic

iona

is agrave

s co

ndiccedil

otildees

miacuten

imas

e a

umen

tam

a

capa

cida

de d

a es

cola

de

inte

grar

-se

agrave co

mun

idad

e e

de re

aliz

ar c

om e

fetiv

idad

e o

trab

alho

edu

cativ

o

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o es

cola

r par

a M

inas

G

erai

s (1

) con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as s

anitaacute

rio e

letr

icid

ade

ab

aste

cim

ento

de

aacutegua

esg

oto

sani

taacuterio

e c

ozin

ha)

e (2

) co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as q

uadr

a de

esp

orte

s par

a es

cola

s com

m

ais d

e 30

0 m

atriacutec

ulas

ace

sso

agrave in

tern

et s

ala

dire

tor o

u sa

la d

e pr

ofes

sor

bibl

iote

ca o

u sa

la d

e le

itura

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias o

u de

info

rmaacutet

ica

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

desc

reve

r as

esc

olas

e c

ria d

ois

indi

cado

res

de c

ondi

ccedilotildees

m

iacutenim

as e

con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as (

1) a

esc

ola

poss

ui

toda

s as

con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as v

ersu

s natilde

o po

ssui

ao

men

os u

ma

cond

iccedilatildeo

e (2

) a e

scol

a po

ssui

toda

s as

co

ndiccedil

otildees

baacutesi

cas

vers

us e

scol

as q

ue n

atildeo p

ossu

em

3 ou

mai

s co

ndiccedil

otildees

PASS

AD

OR

C

ALH

AD

O

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

aus

ecircnci

a de

iten

s do

Cen

so E

scol

ar -

moacuted

ulo

esco

la

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o Es

cola

r 200

4 re

fere

nte

agraves

esco

las p

uacuteblic

as d

e Ri

beiratilde

o Pr

eto

(SP)

Var

iaacuteve

is (a

) ser

viccedilo

s baacute

sicos

(ene

rgia

aacutegu

a en

cana

da d

ispon

ibilid

ade

de aacute

gua

potaacute

vel p

ara

os a

luno

s es

goto

e e

xist

ecircnci

a de

ban

heiro

de

ntro

da

esco

la)

(b) b

iblio

teca

(c) q

uadr

a es

port

iva

(d)

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

(e) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as

Esco

las c

lass

ifica

das e

m o

rdem

cre

scen

te d

a pi

or p

ara

a m

elho

r inf

raes

trutu

ra

Cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s de

aco

rdo

com

as

confi

gura

ccedilotildees

(tip

olog

ias)

refe

rent

e agrave

com

bina

ccedilatildeo

de it

ens

de in

fraes

trut

ura

For

am d

efini

das

31

confi

gura

ccedilotildees

par

a en

quad

ram

ento

da

esco

la

form

adas

por

com

bina

ccedilatildeo

dos

dife

rent

es it

ens

SOA

RES

et a

l (2

012)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sIn

sum

os e

scol

ares

que

car

acte

rizam

a o

rgan

izaccedil

atildeo

da e

scol

a e

xist

ecircnci

a e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o de

eq

uipa

men

tos

na e

scol

a in

staccedil

otildees

e co

ndiccedil

otildees

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s da

Pro

va B

rasi

l de

2007

e 2

009

Q

uest

ionaacute

rio d

a es

cola

Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

por m

eio

de M

odel

os

da T

eoria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) m

odel

o Sa

mej

ima

para

var

iaacuteve

is o

rdin

ais

e o

mod

elo

de

dois

par

acircmet

ros

Fora

m e

stim

ados

trecircs

indi

cado

res

cons

erva

ccedilatildeo

equ

ipam

ento

s es

cola

res

e in

stal

accedilotildee

s

83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sM

EC

FND

E

PDE

(201

3)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o pa

ra

diag

noacutest

ico

da

rede

de

ensi

no]

A in

fraes

trut

ura

eacute um

das

dim

ensotilde

es d

o di

agnoacute

stic

o m

unic

ipal

sob

re a

edu

caccedilatilde

o D

imen

satildeo

4 -

Infra

estr

utur

a Fiacute

sica

e R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

Este

di

agnoacute

stic

o eacute

uma

das

etap

a do

Pla

no d

e A

ccedilotildees

A

rtic

ulad

as (P

AR)

do

FND

E

Dia

gnoacutes

tico

sobr

e a

rede

puacuteb

lica

de e

nsin

o re

aliz

ado

por e

quip

e lo

cal s

egun

do o

s se

guin

tes

indi

cado

res

Aacutere

a 1

ndash In

stal

accedilotildee

s fiacutes

icas

da

secr

etar

ia m

unic

ipal

de

educ

accedilatildeo

(2 in

dica

dore

s)

Aacutere

a 2

ndash Co

ndiccedil

otildees

da re

de

fiacutesic

a es

cola

r exi

sten

te (1

2 in

dica

dore

s) Aacute

rea

3 ndash

Uso

de

tecn

olog

ias

(4 in

dica

dore

s) e

Aacutere

a 4

ndash Re

curs

os

peda

goacutegi

cos

para

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

aacutetic

as

peda

goacutegi

cas

que

cons

ider

em a

div

ersid

ade

das

dem

anda

s ed

ucac

iona

is (4

indi

cado

res)

Cada

indi

cado

r dev

e se

r ava

liado

com

not

a de

1 a

4

Os

criteacute

rios

de p

ontu

accedilatildeo

satildeo

4 s

e a

desc

riccedilatildeo

ap

onta

par

a um

a si

tuaccedil

atildeo p

ositi

va 3

se

a de

scriccedil

atildeo

apon

ta p

ara

uma

situ

accedilatildeo

que

apr

esen

ta m

ais

aspe

ctos

pos

itivo

s do

que

neg

ativ

os 2

se

a de

scriccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

insu

ficie

nte

co

m m

ais

aspe

ctos

neg

ativ

os d

o qu

e po

sitiv

os e

1

se a

des

criccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

criacutet

ica

SOA

RES

ALV

ES

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquoE

xist

ecircnci

a de

vaacuter

ios

equi

pam

ento

s no

s es

tabe

leci

men

tos

de e

nsin

ordquo (P

151

)Ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar 2

010

loca

l de

func

iona

men

to

aacutegua

ene

rgia

esg

oto

lixo

lab

orat

oacuterio

s bi

blio

teca

sa

nitaacute

rios

com

puta

dore

s pa

ra u

so d

a ad

min

istra

ccedilatildeo

co

mpu

tado

res

para

uso

dos

alu

nos

alim

enta

ccedilatildeo

qu

adra

TV

vid

eoca

sset

e D

VD p

arab

oacutelic

a c

opia

dora

re

trop

roje

tor

e im

pres

sora

Para

con

stru

ccedilatildeo

do in

dica

dor d

e in

fraes

trut

ura

foi

utili

zado

um

mod

elo

de T

eoria

de

Resp

osta

ao

Item

(T

RI) q

ue e

stim

a um

traccedil

o la

tent

e a

part

ir do

s ite

ns

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013a

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] a

s co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is d

as e

scol

asrdquo (

P 80

) ldquo[

]

suas

est

rutu

ras

mat

eria

isrdquo (P

81)

ldquo[]

car

acte

rizaccedil

atildeo

infra

estr

utur

a e

equi

pam

ento

srdquo (P

82)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

24

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la aacute

gua

cons

umid

a pe

los

alun

os a

bast

ecim

ento

de

aacutegua

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a e

sgot

o sa

nitaacute

rio s

ala

de d

ireto

ria s

ala

de p

rofe

ssor

lab

orat

oacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias

sala

de

aten

dim

ento

esp

ecia

l qu

adra

de

espo

rtes

cob

erta

des

cobe

rta

coz

inha

bib

liote

ca

parq

ue in

fant

il b

erccedilaacute

rio s

anitaacute

rio fo

ra o

u de

ntro

do

preacuted

io s

anitaacute

rio p

ara

educ

accedilatildeo

infa

ntil

san

itaacuterio

pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

dep

endecirc

ncia

s pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

tv

dvd

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ompu

tado

res

e in

tern

et

Mod

elo

logiacute

stic

o di

cotocirc

mic

o de

doi

s pa

racircm

etro

s da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

que

redu

z o

conj

unto

dos

iten

s a

um tr

accedilo

late

nte

Est

e tr

accedilo

late

nte

expr

essa

a e

scal

a de

infra

estr

utur

a q

ue fo

i tr

ansf

orm

ada

para

o in

terv

alo

de 0

a 1

00 e

apoacute

s a

sua

inte

rpre

taccedilatilde

o fo

i div

idid

a em

qua

tro

gran

des

niacuteve

is d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar

elem

enta

r baacute

sica

ad

equa

da e

ava

nccedilad

a

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013b

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] c

ondi

ccedilotildees

de

infra

estr

utur

a es

cola

r []

incl

ui

mat

eria

is d

idaacutet

icos

equ

ipam

ento

s e

estr

utur

as

fiacutesic

as a

prop

riada

srdquo (p

377

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

o tr

abal

ho

utili

za a

esc

ala

de in

fraes

trut

ura

desc

rita

em o

utro

tr

abal

ho d

os m

esm

os a

utor

es (S

OA

RES

NET

O e

t al

20

13a)

Teor

ia d

e Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Ver S

oare

s N

eto

et

al (

2013

a) A

nalis

aram

um

a su

b-am

ostr

a de

esc

olas

pe

quen

as a

quel

as c

om a

teacute 1

0 tu

rmas

e 2

00 a

luno

s

PIER

I SA

NTO

S (2

014)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

exis

tecircnc

ia d

e ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar

Infra

estr

utur

a el

emen

tar (

aacutegua

esg

oto

e en

ergi

a) r

ecur

sos

fiacutesic

os (e

squi

pam

ento

s e

espa

ccedilos

para

a p

raacutetic

a de

at

ivid

ades

rela

cion

adas

ao

ambi

ente

edu

caci

onal

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

20

12 I

tens

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

aacutegu

a aacute

gua

filtr

ada

esg

oto

preacute

dio

esco

lar

cole

ta d

e lix

o e

nerg

ia

eleacutet

rica

qua

dra

bib

liote

ca o

u sa

la d

e le

itura

san

itaacuterio

sa

nitaacute

rio P

NE

dep

endecirc

ncia

PN

E s

ala

de a

tend

imen

to

espe

cial

TV

DVD

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ozin

ha

sala

da

dire

toria

sal

a do

s pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio d

e ci

ecircnci

as c

ompu

tado

res

O iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a fo

i est

imad

o po

r mei

o da

an

aacutelis

e fa

toria

l

84

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

T C

AC

(201

5)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o]

Dim

ensatilde

o 4

do C

usto

Alu

no Q

ualid

ade

(CA

C)

prev

isto

na

Met

a 20

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo

(PN

E) 2

014

que

defi

ne o

s pa

drotildee

s m

iacutenim

os d

e in

stal

accedilotildee

s e

recu

rsos

edu

caci

onai

s qu

e ab

rigue

m

adeq

uada

men

te a

s at

ivid

ades

pre

vist

as p

ara

a jo

rnad

a es

cola

r e o

fere

ccedilam

con

diccedilotilde

es d

e tr

abal

ho

aos

profi

ssio

nais

que

nel

a at

uam

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

Gru

po d

e Tr

abal

ho (G

T)

foi i

nstit

uiacutedo

pel

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

(MEC

) par

a el

abor

ar e

stud

os s

obre

a e

xecu

ccedilatildeo

das

estr

ateacuteg

ias

que

trat

am d

o C

AQ

e C

AQ

i na

Met

a 20

do

PNE

2014

) O

GT

reco

men

da o

exa

me

das

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

a (s

alas

de

aula

ref

eitoacute

rio c

ozin

ha b

anhe

iros

bibl

iote

ca

sala

de

prof

esso

res

luz

aacutegu

a c

olet

a de

lixo

) do

s eq

uipa

men

tos

disp

oniacutev

eis

(com

puta

dore

s pr

ojet

ores

m

obili

aacuterio

fibr

a oacutep

tica

ant

enas

) e d

os re

curs

os

educ

acio

nais

(liv

ros

didaacute

ticos

bib

liote

ca r

ecur

sos

digi

tais

)

Os p

adrotilde

es m

iacutenim

os d

e in

fraes

trutu

ra d

evem

leva

r em

con

ta a

com

bina

ccedilatildeo

de c

ompo

nent

es d

o CA

Q

cons

ider

ando

o e

spaccedil

o e

os re

curs

os q

ue c

onfe

rem

fu

ncio

nalid

ade

a es

ses e

spaccedil

os E

xem

plos

de

com

bina

ccedilotildees

(a)

aacutere

a di

spon

iacutevel

e c

om a

cess

ibili

dade

pa

ra a

s ativ

idad

es d

e en

sino

cul

tura

e e

spor

tes

(b)

aacuterea

disp

oniacutev

el p

ara

a ge

statildeo

e a

s ativ

idad

es d

e ap

oio

(c

) ace

sso

a liv

ros e

out

ros r

ecur

sos d

idaacutet

icos

(d)

ac

esso

agrave in

tern

et f

requ

ecircnci

a e

velo

cida

de d

e co

nexatilde

o

(e) a

tuaccedil

atildeo c

om o

utro

s ato

res p

ara

a ob

tenccedil

atildeo d

e es

paccedilo

s e m

ater

iais

com

plem

enta

res p

ara

a re

aliz

accedilatildeo

do

Pro

jeto

Ped

agoacuteg

ico

TRIB

UN

AL

DE

CON

TAS

DA

U

NIAtilde

O (2

015)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Exis

tecircnc

ia e

a a

dequ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

de

labo

ratoacute

rio b

iblio

teca

par

que

infa

ntil

qua

dra

de e

spor

te s

ala

de a

ula

ban

heiro

s e

cozi

nha

nas

esco

las

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s de

uso

dire

to d

os a

luno

s (p

2)

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

015

ver

ifica

ccedilatildeo

in lo

co d

e 67

9 es

cola

s puacute

blic

as e

m to

do o

paiacute

s Se

leccedilatilde

o de

esc

olas

em

qua

tro

estaacute

gios

(1o ) s

elec

iona

da a

esc

ola

da re

de

de e

duca

ccedilatildeo

do e

stad

o (o

u do

mun

iciacutep

io) c

om p

ior

nota

na

esca

la d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar (

SOA

RES

NET

O

et a

l 20

13a)

(2o ) s

elec

iona

das

outr

as tr

ecircs e

scol

as d

e ta

man

hos

dive

rsos

da

prim

eira

ist

o eacute

um

a es

cola

m

uito

peq

uena

out

ra p

eque

na u

ma

meacuted

ia e

out

ra

gran

de (

3o ) sel

ecio

nado

s qu

atro

mun

iciacutep

ios

vizi

nhos

ca

da u

m c

om q

uatr

o es

cola

s co

m o

s m

esm

os c

riteacuter

ios

de p

ior n

ota

na e

scal

a de

infra

estr

utur

a e

tam

anho

da

esco

la e

(4o ) a

mos

tra

foi c

ompl

etad

a co

m e

scol

as d

a ca

pita

l e d

e m

unic

iacutepio

s vi

zinh

os a

ela

Ava

liaccedilatilde

o de

nov

e m

acro

s am

bien

tes

Aacutegu

a

Ace

ssib

ilida

de Aacute

rea

Exte

rna

Qua

dra

Parq

uinh

o

Sala

s de

Aul

a B

iblio

teca

Inf

raes

trut

ura

de M

eren

da

Labo

ratoacute

rio d

e In

form

aacutetic

a e

Banh

eiro

s Em

cad

a um

rece

bu u

ma

pont

uaccedilatilde

o em

div

erso

s ite

ns

por e

xem

plo

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is (p

iso

teto

e

pare

de)

situ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

eleacutet

ricas

es

tado

de

cons

erva

ccedilatildeo

e de

hig

iene

lim

peza

ac

essi

bilid

ade

etc

A n

ota

final

foi o

btid

a pe

la s

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s de

cad

a su

bite

m

Para

cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s fo

ram

cria

dos

quat

ro

padr

otildees

de q

ualid

ade

Pre

caacuteria

aci

ma

de 4

5 po

ntos

Ru

im e

ntre

30

e 45

pon

tos

Ace

itaacuteve

l en

tre

15 e

30

pont

os e

Boa

aba

ixo

de 1

5 po

ntos

A

LVES

XAV

IER

(201

6)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

ldquoas

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

sua

s co

ndiccedil

otildees

de

cons

erva

ccedilatildeo

a e

xist

ecircnci

a de

mat

eria

l did

aacutetic

o e

para

didaacute

tico

e a

s co

ndiccedil

otildees

de u

so e

de

func

iona

men

to d

e bi

blio

teca

s la

bora

toacuterio

s sa

las

de a

ula

dep

endecirc

ncia

s ad

min

istr

ativ

as e

out

ras

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

ardquo (p

76)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b de

200

7 2

009

201

1 e

2013

Ite

ns d

os q

uest

ionaacute

rios

da e

scol

a d

o di

reto

r e

do p

rofe

ssor

qua

dras

lab

orat

oacuterio

s au

ditoacute

rio s

ala

de a

rtes

e d

e m

uacutesic

a b

iblio

teca

vol

ume

de u

suaacuter

ios

exis

tecircnc

ia d

e pe

ssoa

l res

pons

aacutevel

uso

s pe

dagoacute

gico

s tip

os d

e us

uaacuterio

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

ace

rvo

co

mpu

tado

res

aces

so agrave

inte

rnet

apa

relh

os d

e au

diov

isua

l im

pres

sora

s e

tele

foni

a c

onse

rvaccedil

atildeo d

e pa

rede

s te

lhad

os s

alas

de

aula

ban

heiro

s ilu

min

accedilatildeo

al

eacutem d

e ex

istecirc

ncia

de

depr

edaccedil

otildees

e ou

tros

asp

ecto

s

Fora

m e

stim

ados

qua

tro

indi

cado

res

por m

eio

da T

RI (m

odel

o de

Sam

ejim

a) i

nsta

ccedilotildees

do

preacuted

io b

iblio

teca

equ

ipam

ento

s pe

dagoacute

gico

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o A

s es

cala

s or

igin

ais

dos

indi

cado

res

em d

esvo

s-pa

dratildeo

for

am

tran

sfor

mad

as p

ara

o in

terv

alo

de 0

a 1

0 P

ara

uso

em a

naacutelis

es d

escr

itiva

s os

indi

cado

res

fora

m

cate

goriz

ados

em

qua

rtis

85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

AVA

LCA

NTI

(2

016)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Defi

ne a

infra

estr

utur

a co

m re

ferecirc

ncia

ao

CAQ

- Cu

sto

Alu

no Q

ualid

ade

da C

ampa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave

Educ

accedilatildeo

(CA

RREI

RA P

INTO

200

7) q

ue v

incu

la

qual

idad

e do

s pr

oces

sos

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

agrave

qual

idad

e do

s in

sum

os u

tiliz

ados

(p 2

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

014

Loc

al d

e fu

ncio

nam

ento

inad

equa

do d

a es

cola

(bar

racatilde

o

casa

de

prof

esso

r ig

reja

gal

patildeo)

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua in

exis

tent

e ou

inad

equa

do (c

acim

ba p

occedilo

rio

coacute

rreg

o) e

sgot

o sa

nitaacute

rio in

exis

tent

e d

estin

accedilatildeo

de

lixo

inad

equa

da a

usecircn

cia

de d

epen

decircnc

ias

baacutesi

cas

(bib

liote

ca l

abor

atoacuter

ios

quad

ra e

spor

tiva

ban

heiro

s co

m a

cess

ibili

dade

) au

secircnc

ia d

e eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

esse

ncia

is (c

opia

dora

viacuted

eo c

asse

te T

V

Dat

asho

w c

ompu

tado

r im

pres

sora

int

erne

t)

Crio

u o

indi

cado

r IPR

FEM

(Iacutend

ice

de P

reca

rieda

de d

a Re

de F

iacutesica

Esc

olar

Mun

icip

al) e

spec

ifica

men

te p

ara

a pe

squi

saS

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s da

s pa

ra

cada

esc

ola

da re

de P

esos

de

acor

do c

om o

impa

cto

de c

ada

item

na

cond

iccedilatildeo

de

prec

arie

dade

do

esta

bele

cim

ento

o c

onhe

cim

ento

da

pesq

uisa

dora

so

bre

a re

de fiacute

sica

esco

lar e

a e

xper

iecircnc

ia c

om o

tr

abal

ho p

edag

oacutegic

o O

resu

ltado

do

indi

cado

r no

niacuteve

l da

rede

esc

olar

foi c

alcu

lada

pel

a m

eacutedia

dos

va

lore

s ob

tidos

por

toda

s as

esc

olas

mun

icip

ais

MAT

OS

RO

DRI

GU

ES

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoEqu

ipam

ento

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o es

cola

rrdquo (p

666

)D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

201

3 e

xist

ecircnci

a de

loc

al p

roacutepr

io d

e fu

ncio

nam

ento

da

esco

la aacute

gua

trat

ada

ene

rgia

eleacute

tric

a s

anea

men

to b

aacutesic

o (c

olet

a de

lixo

de

esgo

to e

pre

senccedil

a de

ban

heiro

na

esco

la)

outr

os e

spaccedil

os e

recu

rsos

esc

olar

es (b

iblio

teca

la

bora

toacuterio

can

tina

com

puta

dore

s e

outr

os

equi

pam

ento

s el

etrocirc

nico

s)

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

r de

infra

estru

tura

por

mei

o de

M

odel

os d

a Te

oria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) A

esca

la

orig

inal

foi c

onve

rtid

a pa

ra v

alor

es d

e ze

ro a

10

OLI

VEIR

A

PERE

IRA

JR

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s P

erce

pccedilatildeo

das

con

diccedilotilde

es d

a sa

la d

e au

la N

iacutevel

de

adeq

uaccedilatilde

o da

sal

a de

aul

a ndash

loca

l ond

e g

eral

men

te

os p

rofe

ssor

es p

assa

m a

mai

or p

arte

do

tem

po d

e tr

abal

ho O

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e do

cent

e ne

cess

ita d

e co

ndiccedil

otildees

apro

pria

das

de a

spec

tos

ambi

enta

is e

est

rutu

rais

afe

tand

o ta

nto

alun

os

quan

to p

rofe

ssor

es

Dad

os p

rimaacuter

ios

do su

rvey

Tra

balh

o D

ocen

te n

a Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a no

Bra

sil (

TDEB

B) d

e 20

10 c

om c

erca

de

6 m

il pr

ofiss

iona

is d

a ed

ucaccedil

atildeo e

m e

scol

as p

uacuteblic

as

de s

ete

esta

dos

bras

ileiro

s Va

riaacuteve

is d

e pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

esc

ola

ven

tilaccedil

atildeo e

ilum

inaccedil

atildeo d

a sa

la

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

as p

ared

es d

a s

ala

de a

ula

ruiacuted

o or

igin

ado

na s

ala

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

a sa

la e

spec

iacutefica

de

con

vivecirc

ncia

e re

pous

o c

ondi

ccedilotildees

dos

ban

heiro

s pa

ra fu

ncio

naacuterio

s co

ndiccedil

otildees

dos

equi

pam

ento

s (T

V v

iacutedeo

som

etc

) e

con

diccedilotilde

es d

os re

curs

os

peda

goacutegi

cos

(qua

dro

Xer

oxli

vros

did

aacutetic

os e

tc)

Estim

ou-s

e do

is in

dica

dore

s pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

sal

a de

aul

a e

perc

epccedilatilde

o da

s co

ndiccedil

otildees

da u

nida

de e

scol

ar p

or m

eio

da

teacutecn

ica

esta

tiacutestic

a de

nom

inad

a m

odel

agem

de

equa

ccedilotildees

est

rutu

rais

(MEE

) O

s in

dica

dore

sfor

am

padr

oniz

ados

no

inte

rval

o de

0 a

1 s

endo

o v

alor

m

iacutenim

o (0

) ref

eren

te agrave

pio

r situ

accedilatildeo

pos

siacuteve

l e o

va

lor m

aacutexim

o (1

) agrave

mel

hor

Adi

cion

alm

ente

os

resu

ltado

s do

s in

dica

dore

s fo

ram

cla

ssifi

cado

s em

qu

atro

cat

egor

ias

GO

MES

D

UA

RTE

(201

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

O te

rmo

infra

estr

utur

a es

cola

r []

refe

re-s

e agraves

co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is e

quip

amen

tos

e re

curs

os

fiacutesic

os q

ue p

erm

item

que

as

inst

ituiccedil

otildees

esco

lare

s fu

ncio

nem

sej

a co

mo

espa

ccedilo d

e m

ovim

ento

e

perm

anecircn

cia

de p

esso

as o

u co

mo

loca

l de

apre

ndiz

agem

523

)

Dad

os d

o Ce

nso

Esco

lar 2

013

refe

rent

es agrave

s es

cola

s

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enal

(EF)

Util

izam

26

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la s

obre

a p

rese

nccedila

de it

ens

de re

curs

os e

inst

alaccedil

otildees

baacutesi

cas

equi

pam

ento

s e

inst

alaccedil

otildees

didaacute

ticas

Cria

m p

erfis

(clu

ster

s) p

or m

eio

de u

m m

odel

o de

cla

sses

late

ntes

(LC

A)

que

resu

ltou

em q

uatr

o cl

asse

s de

infra

estr

utur

a es

cola

r su

perio

r m

eacutedio

su

perio

r m

eacutedio

infe

rior e

inf

erio

r A

cla

sse

supe

rior

com

42

das

esc

olas

e 8

12

das

mat

riacutecul

as d

ispotilde

e de

qua

se to

dos

os 2

6 ite

ns (e

xcet

o la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e s

ala

de re

curs

os e

spec

ializ

ados

) e

a cl

asse

in

ferio

r pos

sui a

pena

s aacuteg

ua c

ozin

ha e

um

preacute

dio

excl

usiv

o) 1

1 d

as e

scol

as e

11

d

e m

ariacutec

ulas

O

meacuted

io-s

uper

ior eacute

mui

to p

arec

ido

com

o s

uper

ior

e o

meacuted

io-in

ferio

r co

m o

infe

rior

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

86

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sO

rsquoSU

LLIV

AN

(2

006)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

(dim

ensotilde

es)

A te

se a

nalis

a as

con

diccedilotilde

es d

o pr

eacutedio

esc

olar

de

acor

do

com

a c

lass

ifica

ccedilatildeo

de u

m in

stru

men

to d

enom

inad

o Co

mm

onw

ealth

Ass

essm

ent o

f Phy

sical

Env

ironm

ent

(CAP

E) d

esen

volv

ido

por C

ash

(199

3) p

ara

as c

ondi

ccedilotildees

es

trutu

rais

e co

smeacutet

icas

de

um p

reacutedi

o

Dad

os p

rimaacuter

ios d

e 20

0 es

cola

s de

ensin

o m

eacutedio

EU

A

Aval

iou

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is id

ade

da c

onst

ruccedilatilde

o

sala

s de

aula

tem

poraacute

rias

reno

vaccedilatilde

o a

diccedilatilde

o ou

ap

erfe

iccediloa

men

to d

o ed

ifiacuteci

o ti

po d

e pi

so ja

nela

s ar

-co

ndic

iona

do c

alor

got

eira

s ilu

min

accedilatildeo

das

sala

s de

aula

ca

ract

eriacutest

icas

est

rutu

rais

das s

alas

de

aula

con

diccedilotilde

es

estru

tura

is da

con

stru

ccedilatildeo

inst

alaccedil

otildees a

djac

ente

s ao

preacuted

io b

arul

ho e

xter

no t

omad

as e

leacutetr

icas

das

sala

s de

aula

e c

ober

tura

do

teto

As c

ondi

ccedilotildees

cos

meacutet

icas

do

preacuted

io fo

ram

iden

tifica

das p

or p

intu

ra n

o in

terio

r do

preacuted

io p

intu

ra e

xter

ior

loca

is co

m g

rafit

epi

xo r

emoccedil

atildeo

de g

rafit

epi

xo m

obiacuteli

as d

as sa

las d

e au

la c

lass

ifica

ccedilotildees

co

smeacutet

icas

ger

ais e

freq

uecircnc

ia d

e lim

peza

do

piso

Dad

os d

a pe

squi

sa fo

ram

util

izad

os p

ara

aval

iar a

co

ndiccedil

atildeo p

reacutedi

os e

scol

ares

As r

espo

stas

par

a ca

da

item

no

CAPE

fora

m c

odifi

cada

s com

o um

doi

s trecirc

s qu

atro

cin

co s

eis o

u se

te P

ara

test

ar a

con

fiabi

lidad

e do

inst

rum

ento

foi c

ondu

zido

um

test

e Al

pha

deCr

onba

ch s

endo

que

o v

alor

obt

ido

foi c

onsid

erad

o ldquoa

ceitaacute

velrdquo

(gt 0

7)

GIB

BERD

(200

7)Va

riaacuteve

is e

m

dim

ensotilde

es

[inst

rum

ento

]

Mod

elo

inte

grad

o de

des

empe

nho

do p

reacutedi

o In

tegr

ated

bui

ldin

g pe

rfor

man

ce m

odel

ndash IB

PM)

(1) P

esso

as i

nfra

estr

utur

a d

eve

gara

ntir

que

seus

usu

aacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacute

sica

s at

endi

das

gara

ntir

que

dire

itos

hum

anos

se

jam

resp

eita

do (

2) a

infra

estr

utur

a de

ve g

aran

tir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am v

azam

ento

s se

jam

es

trut

ural

men

te s

oacutelid

as t

enha

m b

aixo

s cu

stos

de

oper

accedilatildeo

m

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

no

uso

dos

esp

accedilos

e d

os re

curs

os (

3) P

rogr

ama

in

fraes

trut

ura

dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

at

ivid

ades

esc

olar

es

O a

rtig

o ap

rese

nta

um in

stru

men

to d

esen

volv

ido

para

av

alia

ccedilatildeo

da in

fraes

trut

ura

de e

scol

as ru

rais

da

Aacutefri

ca

do S

ul q

ue c

onte

mpl

a os

iten

s pe

ssoa

s in

fraes

trut

ura

e pr

ogra

mas

Ap

rese

nta

par

a ca

da u

ma

das

dim

ensotilde

es

obje

tivos

com

os

seus

resp

ectiv

os in

dica

dore

s p

ara

verif

icaccedil

atildeo

GIB

BERD

M

PHU

TLA

NE

(200

7)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

[in

stru

men

to]

Gar

antia

de

que

os e

difiacutec

ios

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

os t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

o e

man

uten

ccedilatildeo

e qu

e se

jam

efic

ient

es ta

nto

no u

so d

os e

spaccedil

os q

uant

o no

uso

de

recu

rsos

(Efic

iecircnc

ia C

usto

s op

erac

iona

is

Ges

tatildeo

Man

uten

ccedilatildeo

Sauacute

de e

Seg

uran

ccedila)

O in

stru

men

to o

SRN

(Sch

ool R

egist

er o

f Nee

ds ndash

Reg

istro

es

cola

r de

nece

ssid

ades

) pa

ra a

valia

r esc

olas

rura

is da

Aacutef

rica

do S

ul s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

seg

uran

ccedila n

uacutemer

o de

sala

s de

aula

e d

e ou

tros e

spaccedil

os e

se h

aacute ne

sses

se

rviccedil

os c

omo

aacutegua

e e

letri

cida

de m

ater

iais

utiliz

ados

na

cons

truccedilatilde

o c

ondi

ccedilotildees

ger

ais d

o pr

eacutedio

ram

pas d

e ac

esso

e

banh

eiro

s par

a al

unos

com

defi

ciecircn

cias

equ

ipam

ento

s co

mo

cade

iras

mes

as e

com

puta

dore

s te

lefo

ne e

nerg

ia

banh

eiro

s m

uro

cor

redo

res e

inst

alaccedil

otildees e

spor

tivas

m

edid

as d

e pr

even

ccedilatildeo

ao c

rime

com

o ba

rras a

nti-r

oubo

(g

rade

de

ferro

em

jane

las)

e a

larm

es M

SEE

(Min

imum

St

anda

rds f

or Ed

ucat

ion

in E

mer

genc

ies ndash

Pad

rotildees

miacuten

imos

pa

ra e

mer

gecircnc

ia n

a ed

ucaccedil

atildeo)

entre

out

ros

O in

trum

ento

reuacuten

e da

dos

quan

titat

ivos

e

qual

itativ

os S

RN (R

egis

tro

Esco

lar d

e N

eces

sida

des)

ndash

quan

titat

ivo

MSE

E (P

adrotilde

es M

iacutenim

os p

ara

Educ

accedilatildeo

em

Em

ergecirc

ncia

s) ndash

qua

litat

ivo

Cont

inua

87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sSE

BAKE

M

PHU

TLA

NE

G

IBBE

RD (2

007)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

seus

us

uaacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacutes

icas

at

endi

das

Dev

e ga

rant

ir ta

mbeacute

m q

ue d

ireito

s hu

man

os s

ejam

resp

eita

dos

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

as t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

om

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

tant

o no

uso

dos

esp

accedilos

qua

nto

no u

so d

e re

curs

os A

infra

estr

utur

a es

cola

r dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

ativ

idad

es n

eces

saacuteria

s

O in

stru

men

to p

ara

aval

iaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a pa

ra a

s es

cola

s ru

rais

Est

udo

pilo

to e

m e

scol

as ru

rais

da Aacute

frica

do

Sul

Um

sis

tem

a de

ava

liaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a da

s es

cola

s po

r mei

o de

um

inst

rum

ento

que

con

side

ra

as d

imen

sotildees

des

crita

s pe

ssoa

s

VALD

EacuteS e

t al

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

das

Defi

ne e

mpi

ricam

ente

infra

estr

utur

a de

aco

rdo

com

a p

rese

nccedila

cum

ulat

iva

de d

eter

min

ados

iten

s da

esc

ola

Dad

os d

a pe

squi

sa S

ERCE

de

2006

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) em

20

paiacutese

s da

Ameacuter

ica

Latin

a in

clui

ndo

o Br

asil

As

variaacute

veis

de in

fraes

trutu

ra s

ala

de d

ireccedilatilde

o sa

las p

ara

apoi

o ad

min

israt

ivas

sal

a de

pro

fess

ores

qua

dra

espo

rtiv

a

labo

ratoacute

rio g

inaacutes

io ja

rdim

esc

olar

sal

a de

info

rmaacutet

ica

au

ditoacute

rio c

ozin

ha r

efei

toacuterio

sal

a de

arte

s en

ferm

aria

se

rviccedil

o ps

icop

edag

oacutegic

o e

bibl

iote

ca P

ara

de a

cess

o a

serv

iccedilos

aacutegu

a e

letri

cida

de e

tele

fone

Para

as

variaacute

veis

nuacutem

ero

de c

ompu

tado

res

e nuacute

mer

o de

bib

liote

cas

a an

aacutelis

e ba

seou

-se

na

proacutep

ria q

uant

ifica

ccedilatildeo

dos

itens

Jaacute

para

o iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a cr

iou-

se u

ma

esca

la c

om in

terv

alo

de

0 a

15 e

par

a o

iacutendi

ce d

e se

rviccedil

os fo

i util

izad

a um

a es

cala

de

0 a

5

WO

LNIA

K

ENG

BERG

(2

010)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Infra

estu

rura

defi

nida

em

piric

amen

te d

e ac

ordo

co

m o

s ite

ns d

e re

curs

os e

scol

ares

D

ados

sec

undaacute

rios

do T

he N

atio

nal L

ongi

tudi

nal S

urve

y of

Fr

eshm

en (N

LSF)

pat

roci

nado

pel

o O

ffice

of P

opul

atio

n Re

sear

ch d

a U

nive

rsid

ade

de P

rince

ton

Ava

liao

nze

itens

so

bre

recu

rsos

esc

olar

es n

o en

sino

meacuted

io e

a q

ualid

ade

dess

es re

curs

os a

sab

er b

iblio

teca

con

selh

eiro

de

orie

ntaccedil

atildeo o

u co

mpu

tado

res

Os

itens

satildeo

ava

liado

s em

um

a es

cala

tipo

Lik

ert

que

vai d

e ru

im a

teacute e

xcel

ente

Os

auto

res

cria

m u

m

indi

cado

r de

infra

estr

utur

a m

as n

atildeo e

scla

rece

m n

o te

xto

o m

eacutetod

o de

est

imaccedil

atildeo u

tiliz

ado

CU

YVER

S et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

turu

ra d

efini

da e

mpi

ricam

ente

de

acor

do c

om a

pe

rcep

ccedilatildeo

de a

luno

s que

resp

onde

ram

a u

m su

rvey

D

ados

prim

aacuterio

s de

surv

ey ju

nto

a es

tuda

ntes

em

14

esco

las s

ecun

daacuteria

s da

Beacutelg

ica

(n=

2032

) qu

e in

vest

igou

a

perc

epccedilatilde

o do

s so

bre

(1) o

preacute

dio

esco

lar t

em u

ma

estru

tura

esp

acia

l livr

e on

de eacute

faacuteci

l se

orie

ntar

(2)

as s

alas

de

aula

abe

rtas

a u

ma

aacuterea

(ver

de)

(3) o

preacute

dio

esco

lar o

fere

ce

recu

rsos

de

TI b

em in

tegr

ados

e a

cess

o a

varia

das f

onte

s de

pesq

uisa

(4)

todo

s os i

ndic

ador

es re

laci

onad

os agrave

segu

ranccedil

a (e

g o

preacute

dio

esco

lar eacute

bem

pro

tegi

do c

ontra

inva

sotildees

) (5

) cr

iteacuterio

s sob

re a

con

diccedilatilde

o do

preacute

dio

esco

lar

(6) c

riteacuter

ios

sobr

e a

amen

idad

e e

conf

orto

fiacutesic

o de

preacute

dio

esco

lar

(tem

pera

tura

acuacute

stic

a ilu

min

accedilatildeo

e v

entil

accedilatildeo

)

O in

dica

dor eacute

con

stru

ido

por e

scal

onam

ento

dos

ite

ns d

o qu

estio

naacuterio

apl

icad

o ao

s al

unos

mas

os

auto

res

natildeo

escl

arec

em n

o te

xto

de q

ue fo

rma

o in

dica

dor f

oi p

rodu

zido

88

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

LIC

KA e

t al

(201

1)U

tiliz

a va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

teD

efine

em

piric

amen

te a

s ldquoca

ract

eriacutes

ticas

prim

aacuteria

s da

esc

olardquo

que

con

teacutem

as

info

rmaccedil

otildees

sobr

e in

fraes

trut

ura

Dad

os p

rimaacuter

ios

de su

rvey

con

duzi

do p

elos

aut

ores

em

20

04 e

m M

adag

asca

r Es

cola

s se

leci

onad

as a

par

tir d

e um

a pe

squi

sa d

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

No

grup

o da

s ldquoCa

ract

eriacutes

ticas

Prim

aacuteria

s Es

cola

resrdquo

as

variaacute

veis

re

laci

onad

as agrave

infra

estu

tura

satildeo

dis

tacircnc

ia d

o ce

ntro

da

com

unid

ade

(km

) e

scol

a se

m s

anitaacute

rio s

anitaacute

rio

sepa

rado

por

sex

o p

erce

ntag

em d

e sa

las

de a

ula

com

qu

adro

neg

ro

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

corr

elac

oinaacute

-las

a re

sulta

dos

esco

lare

s

OC

DE

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

A n

occedilatildeo

de

infra

estr

utur

a es

taacute re

laci

onad

a agraves

co

ndiccedil

otildees

esco

lare

s e

de e

nsin

o

Dad

os d

o Pr

ogra

ma

de A

valia

ccedilatildeo

de E

stud

ante

s de

15

anos

(Pisa

) or

gani

zado

pel

a O

CDE

com

a p

artic

ipaccedil

atildeo d

e vaacute

rios

paiacutese

s in

clus

ive

o Br

asil

Que

stio

naacuterio

resp

ondi

do

pelo

dire

tor

Itens

sob

re in

fraes

trut

ura

- esc

asse

z ou

in

adeq

uaccedilatilde

o de

(1)

est

rutu

ra fiacute

sica

da e

scol

a (2

) sis

tem

as e

leacutetr

icos

e d

e aq

ueci

men

to e

ou

resf

riam

ento

e

(3) e

spaccedil

o na

s sa

las

de a

ula

Iten

s de

recu

rsos

esc

olar

es

- esc

asse

z ou

inad

equa

ccedilatildeo

de (

(1) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

a

(2) m

ater

iais

didaacute

ticos

(3)

com

puta

dore

s (4

) int

erne

t e

(5) s

oftw

ares

edu

caci

onai

s

Fora

m c

onst

ruiacuted

os d

ois

iacutendi

ces

- iacutend

ice

de

infra

estr

utur

a e

iacutendi

ce d

e re

curs

os e

scol

ares

O

s iacuten

dice

s tecirc

m e

scal

a em

des

vios

-pad

ratildeo

Va

lore

s po

sitiv

os in

dica

m m

elho

res

cond

iccedilotildee

s de

in

fraes

trut

ura

e re

curs

os e

scol

ares

CU

ESTA

G

LEW

WE

BR

OO

KE (2

014)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Defi

ne in

fraes

tutu

ra p

ela

a pr

esen

ccedila d

e de

term

inad

os it

ens

cara

cter

iacutestic

as d

a sa

la d

e au

la

com

o lu

z na

tura

l te

mpe

ratu

ra a

cuacutest

ica

pre

senccedil

a na

esc

ola

de e

letr

icid

ade

aacutegu

a po

taacuteve

l e a

con

diccedilatilde

o do

edi

fiacutecio

exi

stecircn

cia

de u

ma

bibl

iote

ca l

abor

atoacuter

io

de in

form

aacutetic

a ou

labo

ratoacute

rios

de c

iecircnc

ias

livro

s di

daacutetic

os

mat

eria

is p

edag

oacutegic

os e

tecn

olog

ias

de

info

rmaccedil

atildeo e

com

unic

accedilatildeo

(TIC

)

Revi

satildeo

de e

stud

os s

obre

o im

pact

o da

infra

estr

utur

a no

apr

endi

zado

dos

alu

nos

de p

aiacutese

s la

tino-

amer

ican

os d

e 19

90 a

201

2 V

ariaacute

veis

ana

lisad

as

cond

iccedilatildeo

das

par

edes

pis

os e

telh

ado

mat

eria

is d

e in

stru

ccedilatildeo

na s

ala

de a

ula

(com

o fli

p ch

arts

qua

dro

bran

co e

m c

aval

ete)

e q

uadr

os n

egro

s m

as e

xclu

indo

liv

ros

didaacute

ticos

) di

spon

ibili

dade

de

elet

ricid

ade

aacutegu

a e

sani

taacuterio

s e

a di

spon

ibili

dade

de

labo

ratoacute

rios

(ciecirc

ncia

s e

info

rmaacutet

ica)

bib

liote

cas

mes

as e

qua

dros

O e

stud

o fa

z um

bal

anccedilo

de

outr

os e

stud

os

Apr

esen

ta e

stat

iacutestic

as d

escr

itiva

s po

r paiacute

ses

(pro

porccedil

atildeo) d

os it

ens

de in

fraes

trut

ura

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sIN

EE (2

016)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Aval

iaccedilatilde

o da

s Co

ndiccedil

otildees

Baacutesic

as p

ara

o En

sino

e a

Apr

endi

zage

m (E

valu

acioacute

n de

Con

dici

ones

Baacutes

icas

pa

ra la

Ens

entildean

za y

el A

pren

diza

je ndash

ECE

A) r

ealiz

ada

pelo

Inst

ituto

Nac

iona

l par

a la

Eva

luac

ioacuten

de la

Ed

ucac

ioacuten

(INEE

) do

Meacutex

ico

Defi

ne in

fraes

trut

ura

com

o o

conj

unto

de

inst

alaccedil

otildees

e se

rviccedil

os q

ue

perm

item

a re

aliz

accedilatildeo

do

trab

alho

esc

olar

em

co

ndiccedil

otildees

de d

igni

dade

seg

uran

ccedila e

bem

-est

ar

Os

mob

iliaacuter

ios

e eq

uipa

men

tos

bem

com

o m

ater

iais

de

apo

ios

satildeo

nece

ssaacuter

ios

para

a re

aliz

accedilatildeo

das

at

ivid

ades

cur

ricul

ares

e a

dmin

istra

tivas

Dad

os d

o es

tudo

pilo

to d

e 20

14 c

om a

mos

tra d

e es

cola

s pr

imaacuter

ias

Dim

ensotilde

es e

iten

s (1

) In

fraes

truct

ura

para

o

bem

est

ar e

apr

endi

zage

m d

os e

stud

ante

s (ac

esso

a

serv

iccedilos

baacutes

icos

esp

accedilos

esc

olar

es su

ficie

ntes

e a

cess

iacutevei

s co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as d

e se

gura

nccedila

e hi

gien

te)

(2) m

obili

aacuterio

e

equi

pam

ento

s baacutes

icos

par

a o

ensin

o e

apre

ndiz

ado

(mob

iliaacuter

io su

ficie

nte

e ad

equa

do e

qupa

men

tos d

e ap

oio)

e (3

) mat

eria

is de

apo

io e

duca

tivo

(mat

eria

is cu

rriacutecu

lare

s m

ater

iais

didaacute

ticos

ace

rvo

da b

iblio

teca

) O

s ind

icad

ores

incl

uem

ace

sso

a se

rviccedil

os p

uacuteblic

os (aacute

gua

en

ergi

a e

sgot

o) a

mbi

ente

fiacutesic

o ad

equa

do (v

entil

accedilatildeo

te

mpe

ratu

ra il

umin

accedilatildeo

ruiacute

dos)

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

ac

adecircm

icas

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

esp

ortiv

as c

ultu

rais

e de

recr

eccedilatildeo

exi

stecircn

cia

de b

anhe

iros e

ban

heiro

s par

a pe

ssoa

s com

defi

ciecircn

cia

ace

ssib

ilida

de c

onse

rvaccedil

atildeo

trata

men

to ig

ualit

aacuterio

par

a al

unos

seg

undo

gecircn

ero

liacuten

gua

orig

em so

cial

eacutetn

ica

etc

Apr

esen

ta re

sulta

dos

do e

stud

o pi

loto

mar

co

basi

co p

ara

orie

ntar

a im

plan

taccedilatilde

o e

func

iona

men

to

das

esco

las

e or

ient

ar a

ava

liaccedilatilde

o da

s es

cola

s de

edu

caccedilatilde

o baacute

sica

O in

stru

men

to re

spon

dido

pe

la e

quip

e da

esc

ola

que

dev

e re

fletir

sob

re

as c

ondi

ccedilotildees

meacuted

ias

da e

scol

a pa

ra c

ada

item

A

leacutem

dis

so c

olet

a op

iniotilde

es s

obre

o q

uant

o a

infra

estr

utur

a af

eta

o en

sino

e a

pren

diza

do e

accedilotilde

es

nece

ssaacuter

ias

para

mel

horia

Est

udo

Um

info

rme

com

os

resu

ltado

s do

est

udo

pilo

to re

aliz

ado

em

esco

las

prim

aacuteria

s ap

rese

nta

anaacutel

ises

des

criti

vas

dos

itens

que

com

potildee

cada

um

a de

ssas

dim

ensotilde

es

Apr

esen

ta re

cort

es s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

das

esc

olas

(u

rban

a ru

ral

aacuterea

indiacute

gena

) e ti

po d

e or

gani

zaccedilatilde

o (m

ultis

eria

do o

u natilde

o) e

eta

pas

UN

ESCO

(201

6)D

imen

sotildees

e

indi

cado

res

(doc

umen

to

norm

ativ

o)

A m

eta

4a

do o

bjet

ivo

4 da

Age

nda

2030

par

a D

esen

volv

imen

to S

uste

ntaacutev

el d

efine

com

o

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as a

prop

riada

s pa

ra c

rianccedil

as

e se

nsiacutev

eis

agraves d

efici

ecircnci

as e

ao

gecircne

ro e

que

pr

opor

cion

em a

mbi

ente

s de

apr

endi

zage

m s

egur

os

e natilde

o vi

olen

tos

incl

usiv

os e

efic

azes

par

a to

dos

Indi

cado

res p

ara

mon

itora

men

to (A

) Por

cent

agem

de

esco

las c

om a

cess

o a

(i) aacute

gua

potaacute

vel b

aacutesic

a (i

i) in

stal

accedilotildee

s sa

nitaacute

rias d

e se

xo uacute

nico

baacutes

icas

e (i

ii) in

stal

accedilotildee

s de

lava

gem

das

matildeo

s baacutes

icas

(B)

Pro

porccedil

atildeo d

e es

cola

s com

ac

esso

a (i

) ele

trici

dade

(ii)

inte

rnet

par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

e

(iii)

com

puta

dore

s par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

(C) P

orce

ntag

em

de e

scol

as c

om in

fra-e

stru

tura

e m

ater

iais

adap

tado

s par

a es

tuda

ntes

com

defi

ciecircn

cia

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o D

ocum

ento

nor

mat

ivo

ap

rese

nta

um m

arco

bas

ico

para

orie

ntar

a

impl

anta

ccedilatildeo

e fu

ncio

nam

ento

das

esc

olas

e o

rient

ar

a av

alia

ccedilatildeo

das

esco

las

de e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca

DU

ART

E

JAU

REG

UIB

ER

RY R

AC

IMO

(2

017)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

D

efine

a su

ficiecirc

ncia

da

infra

estru

tura

par

a pa

iacuteses

latin

o-am

eric

anos

que

par

ticip

aram

do

Terc

e - T

erce

iro

Estu

do e

xplic

ativ

o e

com

para

tivo

de d

esem

penh

o es

cola

r se

gund

o o

s com

pone

ntes

baacutes

icos

do

ambi

ente

fiacutesic

o pa

ra fo

rnec

er o

s rec

urso

s nec

essaacute

rios

para

o p

roce

sso

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

Dad

os d

o TE

RCE

2013

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) Pa

ra m

ensu

rar a

su

ficiecirc

ncia

os i

tens

do

ques

tionaacute

rio re

spon

dido

pel

o di

reto

r or

gani

zado

s em

seis

cate

goria

s (1

) aacutegu

a e

sane

amen

to

baacutesic

o (aacute

gua

potaacute

vel e

sgot

o b

anhe

iros e

m b

oas

cond

iccedilotildee

s e c

olet

a de

lixo)

(2)

ace

sso

aos s

ervi

ccedilos p

uacuteblic

os

(ele

trici

dade

tel

efon

ia e

inte

rnet

) (3

) esp

accedilos

edu

caci

onai

s (s

ala

de a

rtem

uacutesic

a la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e in

form

aacutetic

a e

bibl

iote

ca)

(4) e

spaccedil

os a

dmin

istra

tivos

(sal

a do

dire

tor

sala

s adm

inist

rativ

as s

ala

de re

uniatilde

o do

s pro

fess

ores

e

enfe

rmar

ia)

(5) e

spaccedil

os m

ultiu

sos (

ginaacute

sio a

uditoacute

rio e

qu

adra

s de

espo

rtes)

e (6

) equ

ipam

ento

s da

sala

de

aula

(q

uadr

o br

anco

ou

de g

iz m

esa

e ca

deira

par

a o

prof

esso

r m

esas

e c

adei

ras p

ara

todo

s os a

luno

s)

A m

ensu

raccedilatilde

o da

sufi

ciecircn

cia

da in

fraes

trut

ura

feita

pe

la p

rese

nccedila

dos

itens

nas

cat

egor

ias

Para

atin

gir

o cr

iteacuterio

de

sufic

iecircnc

ia a

esc

ola

deve

ter

todo

s os

iten

s da

1a

cate

goria

el

etric

idad

e e

tele

foni

a na

2a

pel

o m

enos

a b

iblio

teca

den

tre

os it

ens

da

3a p

elo

men

os d

ois

dent

re o

s qu

atro

iten

s da

4a

pe

lo m

enos

um

den

tre

os tr

ecircs it

ens

da 5

a e

todo

s os

iten

s da

6a

Anaacute

lise

desc

ritiv

a p

erce

ntua

l de

esco

las

com

gra

u su

ficie

nte

nas

seis

cat

egor

ias

em

cinc

o q

uatr

o tr

ecircs d

ois

uma

ou n

enhu

ma

cate

goria

se

gund

o pa

iacuteses

e o

utra

s va

riaacuteve

is d

iscr

imin

ante

s

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

90

Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar

Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar

Nac

iona

l

Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)

SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)

MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017

Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3

inte

rnac

iona

l

Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia

91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)

Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios

Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo

Indi

cado

r(es)

BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)

OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)

MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)

Variaacute

veis

VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

92

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Continua

94

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

noPrevenccedilatildeo de danos

Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Conservaccedilatildeo

Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Ambiente Prazeroso

Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra o

ens

ino

e ap

rend

izad

o

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio administrativo

Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra a

eq

uida

de

Acessibilidade

Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)

Ambiente para atendimento especializado

Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)

95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas

Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes

de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as

meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola

De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do

tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados

em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores

com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo

equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo

mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos

instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo

As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo

de unidimensionalidade dos construtos

As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o

indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas

poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria

em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo

dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras

Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso

sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero

de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos

boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois

como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala

seraacute limitado

Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral

pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra

indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas

para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro

resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas

meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que

nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee

96

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Indi

cado

r ndash A

cess

o a

serv

iccedilos AacuteGUA

Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658

ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939

ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416

LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E S GOT O0 1 2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 AacuteGUA

0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E NE R GIA0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 LIXO0 1

97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Instalaccedilotildees do preacutedio escolar

Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa

Indi

cado

r ndash In

stal

accedilotildee

s do

preacute

dio

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879

IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908

IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349

IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522

IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846

IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663

IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588

IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645

_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores

Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

BAN

HEI

RO_

FORA

DEN

TRO

IN_C

OZI

NH

A

IN_R

EFEI

TORI

O

IN_D

ESPE

NSA

IN_S

ALA

_DIR

ETO

RIA

IN_S

ALA

_PRO

FESS

OR

IN_S

ECRE

TARI

A

IN_A

LMO

XARI

FAD

O

IN_A

GU

A_F

ILTR

AD

A

BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039

IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013

IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008

IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018

IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030

IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026

IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022

IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026

IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

98

Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO

0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COZINHA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DESPENSA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1

99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash P

reve

nccedilatildeo

de

dano

s

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Prot_incendio

Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290

Ilum_foraEscolUNI

Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453

Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782

Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015

Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Prot_incendio0

1

2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI

0

1 2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_fisica

0

1

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_equip

0

1

100

Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar

Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

telhado

Ruim 132 129 124

Regular 301 311 308

Bom 567 561 569

parede

Ruim 76 72 76

Regular 316 322 325

Bom 608 606 598

piso

Ruim 126 111 116

Regular 294 297 303

Bom 580 592 581

entrada

Ruim 101 90 97

Regular 291 287 296

Bom 607 623 607

paacutetio

Ruim 154 139 139

Regular 293 298 292

Bom 553 563 569

corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628

sala

Ruim 85 84 84

Regular 350 356 353

Bom 565 561 563

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475

janelas

Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526

banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431

cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567

insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462

insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449

Sinaldepr

Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332

Natildeo 570 553 581

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

telh

ado

pare

de

piso

entr

ada

paacutetio

corr

edor

sala

port

as

jane

las

banh

eiro

s

cozi

nha

inst

hidr

a

inst

elet

rica

Sina

ldep

rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039

parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045

piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038

entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040

paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035

corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038

sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049

portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053

janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047

banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048

cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034

insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046

insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045

Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Indi

cado

r ndash C

onse

rvaccedil

atildeo

101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 telhado

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 parede0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 piso0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 entrada0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 paacutetio0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 corredor0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 sala0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 portas0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 janelas

0

12

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 banheiros0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 cozinha

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 insthidra0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 insteletrica0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 Sinaldepr

01

2

Prob

abili

dade

Prob

abili

dade

102

Conforto

Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash C

onfo

rto

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630

ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600

BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Iluminada Arejada BiblioArejIlum

Iluminada 100 077 047

Arejada 077 100 052

BiblioArejIlum 047 052 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Iluminada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Arejada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BiblioArejIlum

01

103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ambiente prazeroso

Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

mbi

ente

Pra

zero

so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215

N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407

IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272

IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048

IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046

IN_AREA_VERDE 050 032 100 031

IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 PATIO_COB_DES0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AREA_VERDE0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0

1

104

Espaccedilos pedagoacutegicos

Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

spaccedil

os P

edag

oacutegic

os

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468

NU_COMP_ALUNO_CAT

Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108

QUADRA_COBDESCOB

Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54

IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115

IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_LABORATORIO_INFORMATICA

NU_COMP_ALUNO_CAT

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

QUADRA_COBDESCOB

IN_LABORATORIO_CIENCIAS

IN_AUDITORIO

IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Equipamentos para apoio administrativo

Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

quip

amen

tos

para

apo

io a

dmin

istr

ativ

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT

Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64

NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT

Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136

NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()

Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117

NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT

Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91

IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013

106

Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU

_EQ

UIP

_CO

PIA

DO

RA_C

AT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_CAT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_MU

LT_

CAT

NU

_CO

MP_

AD

MIN

ISTR

ATIV

O_C

AT

IN_I

NTE

RNET

_B_L

ARG

A

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0

1 2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0

1 23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0

1

2

107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa

indi

cado

r ldquoEq

uipa

men

tos

para

apo

io p

edag

oacutegic

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_TV_CAT

Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249

NU_EQUIP_DVD_CAT

Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144

NU_EQUIP_SOM_CAT

Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168

NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT

Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138

NU_EQUIP_FOTO_CAT

Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU_EQUIP_TV_

CATNU_EQUIP_DVD_

CATNU_EQUIP_SOM_

CATNU_EQUIP_

MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_

CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

108

Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Acessibilidade

Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

cess

ibili

dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399

IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298

infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0

1

2

3

109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015

IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb

Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Ambiente para atendimento especializado

Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

tend

imen

to

Educ

acio

nal E

spec

ializ

ado

(AEE

) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83

IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 infra_deficiencia

0

1

2

110

Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_BRAILLE_CAT

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT

IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1

111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio

Prevenccedilatildeo de danos ()

Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41

AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13

AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12

RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23

PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18

AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28

TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41

MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19

PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32

CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39

RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31

PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23

PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25

AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36

SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44

BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26

MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42

ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40

RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58

SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48

PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60

SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48

RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55

MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59

MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38

GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47

DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57

continua

112

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)

Espaccedilos pedagoacutegicos

Equip p apoio admin

Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20

13

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57

AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34

AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35

RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40

PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40

AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48

TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56

MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42

PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50

CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60

RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55

PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52

PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51

AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53

SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56

BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49

MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61

ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59

RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67

SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68

PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67

SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65

RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65

MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67

MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59

GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63

DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb

113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo

originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das

informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)

Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas

pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos

de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam

teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais

matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais

complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e

a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015

Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem

e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e

escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel

mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees

educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para

dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE

de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis

Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de

aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura

(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa

a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)

Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os

indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil

Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e

2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da

variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos

Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)

Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas

35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas

para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado

(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino

Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes

na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola

25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt

114

Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a

presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na

composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os

Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem

matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente

consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre

7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)

Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo

Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos

Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do

ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino

fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183

LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14

Regiatildeo

Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72

Unidades da Federaccedilatildeo

Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13

continua

115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal Privada

Etapas

Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221

Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517

Nordm de alunos

Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217

Niacuteveis de Complexidade da escola ()

1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07

Grupos do INSE 2015 ()

Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212

Faixas do Ideb - anos iniciais ()

Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00

Faixas do Ideb - anos finais ()

Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00

Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015

116

117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral

Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)

Cozinha

Aacutegua_filtrada

Aacutegua_rio

Banheiro_fora

Energia_outro

Esgoto_fossa

Energia_rede

Banheiro_dentro

Aacutegua_poccedilo

TV_1

DVD_1

Sinal_depred_pouco

Janelas_ruim

IluminaFora_ruim

Impressora_1

Seguranccedila_equipamento

SOM_1

Aacutegua_rede

Sala_diretoria

Lixo_coleta

Parede_regular

Comput_Adm_1

Telhado_regular

Paacutetio_Cob_ou_Descob

Salas_regular

Comp_aluno_1a5

Entrada_regular

Piso_regular

Cozinha_regular

Ilumina_salas_MaisMetade

Secretaria

Internet_semBandaLarga

Corredor_regular

Seguranccedila_fiacutesica

Portas_regular

Sala_professor

Janelas_regular

MaqFoto_1

000010

150151

182197

223286

346374

390393

412418

426430

435445

450451

451454

461467

473473

475481

485485

488488

491494

496497

500500

Paacutetio_regular

Lab_informaacutetica

Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq

SalaLeitura

IluminaFora_regular

InstalHidra_regular

Areja_salas_MaisMetade

InstalEletric_regular

EquipMultimiacutedia_1

Copiadora_1

Banheiros_regular

Despensa

Internet_comBandaLarga

Comput_Adm_2a3

Comp_aluno_6a10

Impressora_2

TV_2

Ilumina_salas_Todas

Biblio_Areja_Ilumina

Esgoto_rede

Corredor_bom

Prot_incend_ruim

SOM_2

Parede_bom

Entrada_bom

Quadra_descoberta

Biblioteca

Piso_bom

Sinal_depred_natildeo

Areja_salas_Todas

Telhado_bom

Cozinha_bom

Paacutetio_bom

Salas_bom

Janelas_bom

Almoxarifado

DVD_2

Prot_incend_regular

501512

512513

515515

515516

519522

524533

533536

546550

552564

564568

570571

571573

573573

576579

579579

580583

586586

593596

596599

Comp_aluno_11a15

Portas_bom

InstalHidra_bom

Banheiro_chuveiro

Banheiro_PNE

Impressora_3

IluminaFora_bom

InstalEletric_bom

ImpressoraMulti_1

Banheiros_bom

Comput_Adm_4a7

Refeitoacuterio

Quadra_coberta

TV_3mais

SOM_3

Comp_aluno_16a20

EquipMultimiacutedia_2

Dependecircncias_PNE

Prot_incend_bom

Impressora_4mais

MaqFoto_2

Aacuterea_verde

Parque_infantil

Copiadora_2

SOM_4mais

DVD_3mais

Lab_ciecircncias

Paacutetio_Cob_e_Descob

Comput_Adm_mais7

EquipMultimiacutedia_3mais

Infra_deficiecircncia_Adeq

Comp_aluno_mais20

ImpressoraMulti_2

Auditoacuterio

SalaLeitura_e_Biblio

Quadra_coberta_e_descob

MaqFoto_3mais

Copiadora_3mais

604607

610611

611613

614614

614617

617622

629632

635644

644644

656662

674675

677681

684688

693697

703709

711720

727737

739760

769785

Informaacutetica_acessiacutevel

ImpressoraMulti_3mais

Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument

Soroban

Braille

815820

865917

1000

118

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

120

121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Anexo 1

Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE

CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a

construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20

3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

7 Refeitoacuterio 1 50

8 CopaCozinha 1 15

9 Quadra coberta 1 200

10 Parque infantil 1 20

11 Banheiros 4 20

12 Sala de depoacutesito 3 15

13 Sala de TVDVD 1 30

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1150

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1

Fonte CNE (2010)

122

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item

1 Sala de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20

3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45

6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

8 Refeitoacuterio 1 80

9 Copacozinha 1 20

10 Quadra coberta 1 500

11 Banheiros 6 20

12 Sala de depoacutesito 2 30

13 Sala de TVDVD 1 50

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1650

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo Quantidade

1 Esportes e brincadeiras

11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30

2 Cozinha

21 Freezer de 305 litros 2

22 Geladeira de 270 litros 2

23 Fogatildeo industrial 2

24 Liquidificador industrial 2

25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2

3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos

31 Enciclopeacutedias 2

32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4

33 Outros dicionaacuterios 30

34 Literatura infantojuvenil 3000

35 Literatura brasileira 3000

36 Literatura estrangeira 3000

37 Paradidaacuteticos 600

38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200

4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto

41 Retroprojetor 1

42 Tela para projeccedilatildeo 1

43 Televisor de 20 polegadas 10

44 Suporte para TV e DVD 10

45 Aparelho de DVD 10

46 Maacutequina fotograacutefica 1

47 Aparelho de CD e raacutedio 10

5 Processamento de Dados

51 Computador para sala de informaacutetica 30

52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8

53 Impressora jato de tinta 2

54 Impressora laser 2

55 Fotocopiadora 1

56 Guilhotina de papel 1

6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral

61 Carteiras 300

62 Cadeiras 300

63 Mesa tipo escrivaninha 10

64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10

65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10

66 Mesa para computador 38

67 Mesa de leitura 4

68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2

69 Armaacuterio com 2 portas 10

610 Mesa para refeitoacuterio 10

611 Mesa para impressora 4

612 Estantes para biblioteca 25

613 Quadro para sala de aula 10

614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10

615 Bebedouros eleacutetrico 4

616 Circulador de ar de parede 10

617 Maacutequina de lavar roupa 1

618 Telefone 2

Fonte CNE (2010)

123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

  • Sumaacuterio
Page 5: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos

Sumaacuter ioRESUMO bull 7

1 Introduccedilatildeo bull 11

2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21

221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21

23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26

3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32

4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39

421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63

5 Consideraccedilotildees finais bull 67

Referecircncias bibliograacuteficas bull 71

Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119

Anexo 1 bull 121

L is ta de s ig las e abrev iaturas

AEE Atendimento Educacional Especializado

Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica

Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment

CAQ Custo Aluno-Qualidade

CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial

CCI Curva Caracteriacutestica do Item

CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica

CF Constituiccedilatildeo Federal

CII Curva de Informaccedilatildeo do Item

CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo

Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo

ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje

EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos

FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo

Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

GoM Grade of Membership

GT Grupo de Trabalho

Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica

INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias

Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira

INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola

IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica

LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares

OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe

PAR Plano de Accedilotildees Articuladas

PCA Anaacutelise de Componentes Principais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno

PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo

Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino

SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica

Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo

Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Sipis School Infrastructure Performance Indicator System

SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo

TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo

Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo

TRI Teoria da Resposta ao Item

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

USP Universidade de Satildeo Paulo

UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura

7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Resumo

Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1

Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino

fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e

contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros

Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio

Teixeira (Inep)

A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano

Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a

construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao

gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos

A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por

cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis

discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo

da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute

tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees

do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona

incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado

contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores

que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo

condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os

itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas

A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees

conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que

as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes

sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar

Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos

que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as

escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que

mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo

1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

8

As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito

conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores

em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com

destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto

o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores

No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas

que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas

que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente

para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior

O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas

que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees

de infraestrutura satildeo piores

Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de

complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da

Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)

O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas

por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola

mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores

O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre

esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo

entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura

com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil

(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores

mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores

resultados do Ideb

Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida

em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro

dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental

ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte

No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro

do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins

administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas

urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos

escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola

tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual

ou particular ou municipal

9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados

inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto

agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e

no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste

De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam

que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo

O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus

levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das

escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores

satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa

diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre

as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que

aquelas onde haacute mais meninos

Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os

resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos

estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre

o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco

Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por

municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos

semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas

tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam

de atenccedilatildeo

Belo Horizonte 28 de novembro de 2017

Equipe de pesquisa

10

11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

1 I nt roduccedilatildeo 2

Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura

das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para

a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas

com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos

os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com

qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global

A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel

aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do

Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos

multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento

Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da

pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento

sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)

O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar

a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida

para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que

se comprometam a

4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis

agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo

violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)

No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em

2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em

vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes

com necessidades especiais

Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus

objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional

para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3

2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa

3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)

12

Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de

infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental

no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo

Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015

Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil

ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no

que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as

etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais

longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563

em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que

perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que

aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil

o ensino meacutedio ou ambos

Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles

destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos

pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das

escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos

de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas

se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla

eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos

especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de

ensino e respeitando as prioridades locais

Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos

indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito

com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus

itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle

nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso

Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura

constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de

um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados

o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de

resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com

outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento

contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas

consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui

um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos

4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)

13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

14

15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar

A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas

legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as

pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas

tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos

professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se

confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo

A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual

se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA

ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao

longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado

de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o

segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados

nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate

A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o

crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade

da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e

compra de materiais para o trabalho escolar

A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso

resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo

dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no

primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no

final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)

As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica

reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental

(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos

entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e

planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais

A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser

discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-

ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados

aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)

A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais

uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a

diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas

Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo

16

polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade

eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em

trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e

3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura

escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras

Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante

para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do

preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para

o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos

componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo

transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)

Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental

fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura

acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas

empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a

infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores

21 Infraestrutura escolar marcos legais

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos

decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes

sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)

A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins

deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e

da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)

O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo

e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a

ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art

60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados

em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de

qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem

que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na

versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo

Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto

constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como

a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes

federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental

5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)

6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica

17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu

uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de

acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)

Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi

criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio

(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido

nacionalmente (BRASIL 1996b)7

O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o

financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a

ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo

(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao

assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional

de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)

Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao

pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede

puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo

construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso

II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem

prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola

Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em

2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura

para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel

rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para

esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o

atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio

equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e

equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades

regionais (BRASIL 2001)

O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo

intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos

O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a

ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado

7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb

8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios

18

O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola

publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar

guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma

descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais

necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico

Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas

as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o

Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas

escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos

miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas

Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse

documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas

desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas

de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica

Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente

acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11

Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)

instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)

Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade

civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)

Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de

Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo

informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees

Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria

da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)

A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento

Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio

de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo

diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da

infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos

(MECFNDEPDE 2013)

9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016

10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)

11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo

19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024

composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da

infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada

Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas

as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam

sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007

SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)

No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a

qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo

Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b

FERNANDES 2007)

A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de

educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos

718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica

abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos

garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a

equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves

pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)

A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir

a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de

tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)

Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE

2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207

o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo

os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e

conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo

O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo

de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma

matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior

visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou

como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)

O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido

de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do

12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)

20

CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos

escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez

que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para

a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as

escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental

Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)

para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em

outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade

para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais

4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)

A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos

Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as

atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais

que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios

atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela

melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio

escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio

Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -

salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de

lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas

- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)

O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea

disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas

combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)

aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a

gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e

velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares

para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)

Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao

Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria

da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e

manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo

tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio

Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias

e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos

deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens

de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos

13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT

21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme

esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos

Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que

pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis

22 Revisatildeo da literatura

221 Procedimentos

O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a

infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais

2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio

entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados

escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6

desse apecircndice resumem os trabalhos revisados

A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso

sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as

definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos

Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um

indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis

Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais

simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais

como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas

multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente

calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo

aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser

muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)

As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do

Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos

aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos

resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura

escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por

oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para

a coleta de dados

222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo

As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas

em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante

delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema

O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas

22

de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola

mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado

para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios

informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e

recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais

que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino

Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE

2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura

das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU

2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de

dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos

A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro

categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam

somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda

as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino

como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as

escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores

elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo

infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com

acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de

laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura

escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares

desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do

item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de

conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto

a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14

No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros

em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses

resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na

literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam

em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)

Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no

Brasil a infraestrutura eacute relevante

Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro

indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e

de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto

14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017

23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees

das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos

pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais

Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram

indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis

(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma

das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no

Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial

Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que

avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo

dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine

com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou

em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo

Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da

infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas

prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade

escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois

iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do

Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo

de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos

ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola

O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de

escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos

federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades

da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de

banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de

alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo

redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que

estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades

escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das

escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa

O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores

da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham

considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo

de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por

escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que

os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente

As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de

infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou

trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola

respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb

24

No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de

acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura

a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia

de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na

biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)

Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou

uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica

Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes

baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem

Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados

em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua

potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo

eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de

ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas

administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio

auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo

quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos

Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias

Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e

telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos

dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e

6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o

percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma

categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes

Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o

Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor

responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da

escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos

escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos

3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em

um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)

Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo

qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila

preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos

nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura

nacional satildeo os direitos humanos

Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para

avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)

e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas

15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)

25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O

Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do

preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta

de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento

de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como

um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)

Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones

Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente

completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em

dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para

o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar

As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de

ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares

adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada

acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o

instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social

etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos

das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas

segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo

Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos

para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional

e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice

O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos

pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo

30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas

separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos

31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e

(iii) computadores para fins pedagoacutegicos

32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com

deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)

Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente

Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores

O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei

do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos

iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor

1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1

quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia

O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que

26

uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea

construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens

para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos

para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)

Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda

os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula

satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes

estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)

23 Siacutentese para um modelo conceitual

A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade

da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute

dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem

padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais

Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre

a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento

do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas

de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer

refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc

Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e

banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas

aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito

agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua

sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos

apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los

eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador

Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo

de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho

proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos

que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)

propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura

O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos

Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de

forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo

dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura

escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados

Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees

a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees

para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar

27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada

e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em

vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes

etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento

Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo

que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais

da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige

condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas

de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)

Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente

agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para

o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos

E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos

humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para

todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc

Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos

os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb

foram empregados para testar esse modelo conceitual

Tamanho da escolaturma

Atendimento de modalidades e etapas

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)

Instalaccedilotildees tipicamente escolares

Equipamentos na escola

Recursos pedagoacutegicos

Conforto e bem-estar fiacutesico

Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)

Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)

Acessibilidade

Gecircneroetniacultura etc

Pessoa com deficiecircncia

Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)

Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)

Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios

Condiccedilotildees de Atendimento

Condiccedilotildees baacutesicas

Condiccedilotildees pedagoacutegicas

Condiccedilotildees para bem-estar

Condiccedilotildees para a equidade

Aacuterea

28

29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

3 Abordagem metodoloacutegica

Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de

seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores

A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir

Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

31 Fontes de dados

Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora

o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os

dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com

dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos

Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees

sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos

acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens

Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e

as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos

questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores

16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores

Fase empiacuterica 1

bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a

infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar

decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional

Fase empiacuterica 2

bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis

bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e

combinaccedilatildeo de itens

Fase empiacuterica 3

bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos

Fase empiacuterica 4

bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio

30

Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino

fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos

estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados

Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja

essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo

entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que

participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram

solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes

tambeacutem recebem esse coacutedigo

As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso

fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino

no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo

da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante

Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura

das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse

modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave

infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por

exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir

os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo

acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais

completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente

com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32

A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas

143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco

desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos

que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)

Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as

variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013

e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos

apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19

17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara

18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas

19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos

31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa

Ano da pesquisa

2013 2015 2017

Censo 143170 135939 131604

Saeb 57079 55601 57197

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos

Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas

representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20

32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis

As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica

por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema

Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida

as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi

realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e

escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)

Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como

ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo

intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis

originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo

NU_EQUIP_TV)

Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo

identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)

Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso

ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados

ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas

as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute

espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras

Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos

professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens

aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo

de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum

20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades

21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos

32

dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da

infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33

A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO

e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo

que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso

sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015

Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do

Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram

mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber

prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade

Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas

provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na

base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de

funcionamento etc

As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas

no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens

elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos

indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)

Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis

(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado

em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais

recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido

algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste

caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos

por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em

2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas

escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como

fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias

das outras variaacuteveis22

33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores

A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura

teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do

niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)

De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos

22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo

33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes

Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos

autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites

dos dados que dispomos

A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos

da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo

de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a

unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados

Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo

PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente

observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir

sobre a consistecircncia dos construtos

A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar

sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira

etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005

VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas

suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma

versatildeo mais sinteacutetica

Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da

anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a

mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas

A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo

dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas

1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo

tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em

algum fator na PCA

2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias

embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico

3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais

Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de

paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)

cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e

ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um

todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis

Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador

(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores

(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete

23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado

34

foram compostos apenas por itens do Censo Escolar

A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os

paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo

estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades

para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso

da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante

acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou

oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos

escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados

de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb

Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em

dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos

paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem

fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos

resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se

houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam

indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb

e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho

Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-

padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10

(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa

Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem

o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual

de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos

itens analisados no estudo

A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as

matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice

discutimos a consistecircncia dos itens

Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas

brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de

infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos

itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas

Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois

os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor

do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das

escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese

mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas

escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das

escolas e com resultados educacionais

35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

36

37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

4 Resul tados

O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5

dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B

As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo

final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que

puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da

infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas

A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da

educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades

da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por

exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte

do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no

Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi

instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)

A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da

qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga

um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo

como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24

Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017

Condiccedilotildees para a equidade

Condiccedilotildees do estabelecimento

de ensino

Atendimento

Atendimento

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo

da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Localizaccedilatildeo da escola

Local de funcionamento

da escola

Aacuterea

Condiccedilotildees para o ensino e

aprendizado

Condiccedilotildees de atendimento

Qualidade da infraestrutura escolar

38

A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde

a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de

danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso

A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho

pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para

apoio pedagoacutegico

Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente

de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores

de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem

apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)

41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores

Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles

consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos

os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees

mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas

com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais

Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas

Serv

iccedilos

baacutes

icos

Inst

alaccedil

otildees

do p

reacutedi

o

Prev

enccedilatilde

o de

dan

os

Cons

erva

ccedilatildeo

Conf

orto

Am

bien

te p

raze

roso

Espa

ccedilos

peda

goacutegi

cos

Equi

p p

ap

oio

adm

in

Equi

p p

ap

oio

peda

g

Ace

ssib

ilida

de

Am

bien

te A

EE

Infra

estr

utur

a ge

ral

Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08

Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09

Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08

Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05

Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03

Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1

39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e

ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas

satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados

pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de

complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

produzidos pelo Inep

42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes

As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes

quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades

da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel

socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais

As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas

as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do

monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi

analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante

homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de

escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela

E1 do mesmo apecircndice

As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as

categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises

nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de

estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no

seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e

escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45

421 Dependecircncia administrativa

No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional

sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO

SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por

dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo

As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e

municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam

meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da

escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para

ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de

ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo

40

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa

Total Federal Estadual Municipal Privada

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para

indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com

exceccedilatildeo das escolas federais

A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia

de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens

que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes

nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se

houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se

torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees

em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as

pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo

Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do

preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com

valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas

essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental

Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico

apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais

e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que

requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro

Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que

requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo

As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de

infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de

tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida

pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a

maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu

de forma quase paralela conforme a linha pontilhada

41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos

da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede

federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas

422 Localizaccedilatildeo

As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional

(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)

quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD

2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)

A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e

a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas

rurais o que corrobora com a literatura revisada

Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria

ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos

para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de

espaccedilos pedagoacutegicos

Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como

o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Federal Estadual Municipal Privada Total

2015 2017

42

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Total Rural Urbana

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89

Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80

Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68

Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67

Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72

Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48

Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41

Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total

para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a

relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia

de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas

escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de

2017 nas escolas urbanas em 2015

Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Rural Urbana Total

2015 2017

43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo

A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais

porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais

localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados

do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria

A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns

resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute

apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios

indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no

indicador geral e em vaacuterios outros

Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo

aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais

baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas

Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE

2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no

trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste

estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores

utilizaram dados mais antigos

O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das

meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as

escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um

crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie

44

Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

424 Etapas

AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de

ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se

tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)

As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para

todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado

pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e

recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Norte Nordeste Sudeste

2015 2017

Sul Centro-Oeste

Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais

Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental

Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das

escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam

simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram

apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro

grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores

Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam

melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino

meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos

educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)

Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da

infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito

especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e

AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos

para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura

estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino

Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos

indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os

indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo

Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a

meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa

distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas

que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida

pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio

2015 2017

Infantil fundamental e meacutedio

46

das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de

ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo

gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que

tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo

425 Tipo de oferta

A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino

fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino

fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos

conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os

anos finais

Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os

anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)

Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais

fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de

oferta de um ensino de qualidade

Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais

Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61

Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64

Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais

baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os

resultados do indicador de infraestrutura geral

47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

426 Tamanho da escola

Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral

satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES

NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas

municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os

anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com

50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em

quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)

Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF

2015 2017

48

O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as

escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos

alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais

Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1

Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o

trabalho pedagoacutegico

Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo

enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas

As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos

Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6

Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

427 Complexidade das escolas

O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as

informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar

as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com

relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores

segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais

Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos

De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de

muito mais itens de infraestrutura

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos

2015 2017

Mais de 400 alunos

49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Niacutevel 1 (mais baixo)

Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por

niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de

complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para

a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura

pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de

todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos

O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram

de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor

complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva

Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4

2015 2017

Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)

50

A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela

Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees

entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores

observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas

com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada

428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas

O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)

Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas

cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental

e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e

privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre

os grupos tendem a ficar mais sutis

A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde

as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES

ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando

um determinado segmento de escolas puacuteblicas

A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais

que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de

infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo

menos equitativas nesse aspecto

As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para

o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo

da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das

escolas com INSE mais baixo

Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais

Grupo 1 (mais baixo)

Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6

(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de

2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015

Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb

Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares

(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER

2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb

aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar

Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo

concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto

no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas

no niacutevel ldquomeacutedio altordquo

Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos

com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas

Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas

que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

Grupo 3 Grupo 5Grupo 4

2015 2017

Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)

52

com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com

anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017

Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais

Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017

Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral

por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias

das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com

Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013

a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos

com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as

diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida

de qualidade da educaccedilatildeo

53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013

AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo

2015 2017

Baixo Meacutedio

54

4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola

A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica

brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo

equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres

se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)

Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos

do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas

e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em

meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25

Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir

as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades

escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes

seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes

etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero

O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a

importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da

infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp

e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional

tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores

nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso

objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade

Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais

lt50 alunas(mais meninos)

ge50 alunas(mais meninas)

2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018

55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas

escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio

conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos

Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e

escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de

convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores

Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb

43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral

A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto

Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou

baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza

todos os itens empregados

Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados

em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a

posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou

seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item

26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

02013 2015 2017

lt50 alunas ge50 alunas

56

TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227

Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura

O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F

O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem

metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)

discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute

adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia

na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um

julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de

acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para

definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)

Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos

itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde

agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos

(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no

Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes

Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada

um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores

A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados

no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura

geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo

conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico

acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)

Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade

de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse

valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis

discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que

apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as

escolas puacuteblicas e privadas

No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana

para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a

nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50

alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo

As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro

dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente

elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela

tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos

27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo

57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins

administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50

alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo

Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola

Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico

(I)lt= 2

Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada

Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo

(II)+ 2 a 4

Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo

Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo

(III)+4 a 5

Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)

Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo

(IV)+ 5 a 6

Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)

Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio

(V)+6 a 7

Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso

Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto

(VI)+ 7 a 8

Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso

Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto

(VII)gt= 8

Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)

Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE

Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas

58

As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos

puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e

conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos

administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede

estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou

este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio

No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa

conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute

equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora

tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo

Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai

do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto

A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade

mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo

minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo

mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de

matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto

O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os

recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas

inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais

de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto

O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do

indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos

niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual

de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV

Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os

percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos

niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de

mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar

as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo

59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de

alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com

a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos

niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

64

3353

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

2013 2015

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

201

162141

114 109 107

188199189

267

302319

142160

174

23 24 27

2017

50

45

35

25

15

5

40

30

20

10

0

80

0 02

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV

Rural Urbana

Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII

333

225

21

203 196

137

450

22

284

0

46

60

Graacute

fico

14

Dis

trib

uiccedilatilde

o (

) das

esc

olas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l por

pro

porccedil

atildeo

de a

luna

s lo

caliz

accedilatildeo

rura

l e u

rban

a e

niacuteve

is d

a in

fraes

trut

ura

gera

l 20

17

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

50

45

35

25

15 540

30

20

10 0

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IV

lt50

alu

nas

Rura

lge5

0 a

luna

sU

rban

a

Niacutev

el V

Niacutev

el V

IN

iacutevel

VII

Niacutev

el I

Niacutev

el II

Niacutev

el II

IN

iacutevel

IVN

iacutevel

VN

iacutevel

VI

Niacutev

el V

II

74

92

366

319

225

22

6

212

181

146

00

0

23

115

18

01

02

02

21

21

194

20

1

454

42

286

441

280

55

61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar

As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do

indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos

que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas

em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes

Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos

dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados

em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores

para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre

resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta

de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem

Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por

exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que

esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de

conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros

As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir

Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011

A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por

Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)

Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos

niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel

ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no

niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII

Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava

pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No

nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos

niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)

Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que

foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que

ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto

Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam

aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis

do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos

de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala

Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)

Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem

o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado

62

Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos

para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos

questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb

Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as

escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas

rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria

Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)

Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido

de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos

a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da

infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente

as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno

Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ

Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)

Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala

de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas

pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE

No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala

SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas

jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo

Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do

presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca

Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)

Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral

deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa

avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo

e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo

temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo

de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios

Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)

Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos

participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico

63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV

e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo

O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para

o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente

Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)

Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os

indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo

jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias

baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no

niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa

melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo

45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento

Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os

indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que

as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado

municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias

dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola

Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo

fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura

da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio

Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada

agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade

Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro

se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a

duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados

intermediaacuterios de 2015

O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e

regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos

iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de

infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para

as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a

comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais

No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem

meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral

o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora

todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)

64

Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo

eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras

informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida

satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as

mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil

O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde

Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso

e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e

em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta

uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores

aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do

indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais

e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso

a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio

administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as

condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor

Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo

695 375 277

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

711 398 337

Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

679 164 080

Infraestrutura geral 750 513 474

Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65

Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55

Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10

UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste

Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente PrazerosoEspaccedilos

Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

000

200

400

600

800

1000

65

IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo

562 262 248

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

557 300 339

Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

000 076 056

Infraestrutura geral 678 417 455

Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT

IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo

727 622 507

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

890 668 569

Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)

1000 560 217

Infraestrutura geral 826 666 646

Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT

EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4

EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3

Acesso a serviccedilos

Acesso a serviccedilos

Conservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

Conforto

Conforto

Instalaccedilotildees do preacutedio

Instalaccedilotildees do preacutedio

Ambiente Prazeroso

Ambiente Prazeroso

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio administrativo

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Acessibilidade

Acessibilidade

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Ambiente para Atendimento Educacional

Especializado (AEE)

Infraestrutura geral

Infraestrutura geral

Prevenccedilatildeo de danos

Prevenccedilatildeo de danos

Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Rural

000

200

400

600

800

1000

Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS

Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso

Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde

Localizaccedilatildeo Urbana

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4

INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil

Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3

INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto

Ideb ndash anos finais Meacutedio

000

200

400

600

800

1000

66

67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Consideraccedilotildees f ina is

Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas

puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros

utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes

cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser

operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas

neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica

Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar

fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema

para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)

ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos

constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)

O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa

(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo

para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve

ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente

dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves

condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros

A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento

este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas

focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de

infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades

deste estudo

Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees

Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens

de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao

estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo

dos indicadores

Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura

geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio

brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade

foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de

escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras

Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre

regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como

mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as

oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas

68

Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo

diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o

nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio

que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo

Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas

nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma

caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico

Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser

descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu

municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento

de accedilotildees e recursos a serem investidos

Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo

observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental

tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade

Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa

de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio

comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola

do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade

Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes

Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo

melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso

a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento

baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta

pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar

com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)

instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e

CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar

no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)

Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional

e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os

indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por

exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e

colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos

Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais

finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e

sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do

Censo Escolar e do Saeb

Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses

sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute

preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica

69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos

de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para

o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten

(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os

indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura

aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas

para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para

correccedilatildeo de problemas)

Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo

Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos

envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se

revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional

conforme o propoacutesito deste trabalho

Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado

segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees

mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura

pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas

de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem

conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos

satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado

natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com

deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos

como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito

agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014

Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para

outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola

Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel

macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente

Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo

sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a

qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica

70

71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)

ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011

ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500

ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009

ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013

ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014

ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a

ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b

BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010

BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172

BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002

BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007

BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt

BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b

BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001

BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a

BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014

72

BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a

BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b

BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006

MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006

BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011

BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008

CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007

CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte

CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007

CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016

CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008

CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)

DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017

FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)

73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)

GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)

GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007

GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011

GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012

GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt

GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015

GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013

HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200

HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt

INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016

INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016

JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002

JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016

MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012

MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016

NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005

OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006

74

OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en

OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016

OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005

PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012

PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)

PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007

RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008

RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991

SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt

SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000

SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)

SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)

SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt

SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372

SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009

SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013

SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015

SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153

75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012

SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013

SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b

SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a

TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015

UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017

UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015

UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016

VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008

VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016

VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245

WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010

WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015

YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003

ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006

76

77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura

A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais

1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo

Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000

Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de

refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo

criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou

avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas

Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees

disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca

Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas

Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt

OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt

Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt

Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt

As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica

Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas

Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo

Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do

idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos

repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos

trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos

natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de

arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas

por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final

dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais

78

O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees

Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo

Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23

Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho

Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar

Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24

Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador

23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia

24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo

79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho

apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)

A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da

infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo

dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram

associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)

separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem

do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual

Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar

o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para

caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas

pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de

trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para

monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos

poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no

setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma

ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis

Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico

PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA

paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)

definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados

CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas

meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice

principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis

RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES

Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados

dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares

meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais

apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares

OBSERVACcedilOtildeES

apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise

80

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sBA

RBO

SA

FERN

AN

DES

(2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sldquoIn

fraes

trutu

ra e

equ

ipam

ento

s esc

olar

es c

onse

rvaccedil

atildeo

do p

reacutedi

o c

ondi

ccedilotildees

de

func

iona

men

to d

os e

spaccedil

os

labo

rato

riais

e de

apo

io m

obili

aacuterio

e e

quip

amen

tos

miacuten

imos

inst

alaccedil

otildees e

aacutere

as e

xter

nas e

de

recr

eaccedilatilde

o

rede

de

ensin

o (e

scol

a puacute

blic

apa

rtic

ular

)rdquo (p

162

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sis

tem

a de

Ava

liaccedilatilde

o da

Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a (S

aeb)

de

1997

Var

iaacuteve

is d

o qu

estio

naacuterio

da

esco

la re

fere

ntes

aos

equ

ipam

ento

s es

cola

res

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

res p

or m

eio

da teacute

cnic

a es

tatis

ticas

anaacute

lise

fato

rial q

ue re

duzi

u 33

var

iaacuteve

is in

icia

is pa

ra 7

fato

res

expl

ican

do 7

0 d

a va

riacircnc

ia to

tal

dos d

ados

mas

nes

se tr

abal

ho o

s aut

ores

util

izam

4

fato

res

que

expl

icam

58

da

variacirc

ncia

tota

lSO

ARE

S

CEacuteS

AR

M

AM

BRIN

I (2

001)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sA

infra

estr

utur

a fo

i defi

nida

em

piric

amen

te p

elas

va

riaacuteve

is d

ispo

niacuteve

is n

o qu

estio

naacuterio

das

esc

olas

so

bre

exis

tecircnc

ia e

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo d

e ite

ns

de in

fraes

trut

ura

e es

quip

amen

tos

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b 19

97 V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

sob

re o

est

ado

de c

onse

rvaccedil

atildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as b

aacutesic

as f

unci

onam

ento

e e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

spec

iacutefica

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

s eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

Con

stru

ccedilatildeo

de in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (

TRI)

mod

elo

Sam

ejim

a pa

ra v

ariaacute

veis

ord

inai

s e

o m

odel

o de

do

is p

aracircm

etro

s

MEC

FU

ND

ESC

O

LA (2

002)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Natildeo

eacute u

ma

pesq

uisa

em

piacuteric

a O

doc

umen

to

desc

reve

os

padr

otildees

miacuten

imos

de

func

iona

men

to

da e

scol

a de

ens

ino

fund

amen

tal r

elat

ivam

ente

ao

ambi

ente

fiacutesi

co e

scol

ar e

spaccedil

o ed

ucat

ivo

mob

iliaacuter

io

e eq

uipa

men

to e

scol

ar e

mat

eria

l did

aacutetic

o F

oi

real

izad

o em

dec

orrecirc

ncia

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo (P

NE)

de

2001

Itens

lista

dos n

o PN

E 20

01 (

1) e

spaccedil

o ilu

min

accedilatildeo

in

sola

ccedilatildeo

ven

tilaccedil

atildeo aacute

gua

potaacute

vel r

ede

eleacutet

rica

segu

ranccedil

a e

tem

pera

tura

am

bien

te(2

) ins

tala

ccedilotildees

sani

taacuteria

s e p

ara

higi

ene

(3) e

spaccedil

os p

ara

espo

rte r

ecre

accedilatildeo

bib

liote

ca

e se

rviccedil

o de

mer

enda

esc

olar

(4)

ada

ptaccedil

atildeo p

ara

o at

endi

men

to d

os a

luno

s por

tado

res d

e ne

cess

idad

es

espe

ciai

s (5

) atu

aliza

ccedilatildeo

e am

plia

ccedilatildeo

do a

cerv

o da

s bi

blio

teca

s (6

) mob

iliaacuterio

equ

ipam

ento

s e m

ater

iais

peda

goacutegi

cos

(7) t

elef

one

e se

rviccedil

o de

repr

oduccedil

atildeo d

e te

xtos

(8)

info

rmaacutet

ica

e eq

uipa

men

to m

ultim

iacutedia

Ap

rese

nta

uma

desc

riccedilatildeo

det

alha

da d

e to

dos

os s

ervi

ccedilos

funccedil

otildees

ativ

idad

es e

am

bie

ntes

na

esc

ola

de e

nsin

o fu

ndam

enta

l em

term

os

de s

uas

cara

cter

iacutestic

as e

aacutere

a de

esp

accedilo

fiacutesic

o ne

cess

aacuteria

par

a as

ativ

idad

es p

edag

oacutegic

as o

u ad

min

istr

ativ

as O

s am

bie

ntes

satildeo

cla

ssifi

cado

s p

or t

ipos

(col

etiv

os p

ara

uma

turm

a ou

vaacuter

ias

turm

as d

e ac

esso

agrave in

form

accedilatildeo

adm

inis

trat

ivo

de

pre

par

o de

alim

ento

s d

e lim

pez

a d

e at

ivid

ades

de

higi

ene

pes

soal

VE

RHIN

E (2

006)

Variaacute

veis

e

cons

truccedil

atildeo d

e In

dica

dore

s

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

elos

ite

ns q

ue c

ompotilde

e o

leva

ntam

ento

de

dado

s pa

ra

subs

idia

r o c

usto

-alu

no-q

ualid

ade

em e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca i

sto

eacute a

s de

pend

ecircnci

as e

xist

ente

s no

preacute

dio

esco

lar

as s

uas

cond

iccedilotildee

s de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

004

2005

Pes

quisa

em

95

esco

las

urba

nas

e ru

rais

de

44 m

unic

iacutepio

s no

s es

tado

s PI

CE

PA

G

O M

G P

R R

S S

P re

des

fede

ral e

stad

ual e

mun

icip

al

que

ofer

tam

cre

che

ens

ino

fund

amen

tal 1

e 2

ens

ino

meacuted

io E

JA e

edu

caccedilatilde

o es

peci

al I

tens

obs

erva

dos

depe

ndecircn

cias

que

ate

ndem

dire

ta e

prio

ritar

iam

ente

os

alu

nos

(natildeo

incl

ui s

alas

de

aula

cuj

a pr

esen

ccedila fo

i co

nsid

erad

a oacuteb

via

em u

ma

unid

ade

esco

lar)

sal

a de

le

itura

bib

liote

ca s

ala

de T

V e

viacutede

o s

ala

de in

form

aacutetic

a

labo

ratoacute

rio c

iecircnc

ias

audi

toacuterio

aacutere

a liv

rer

ecre

io p

arqu

e in

fant

il pi

scin

a c

opa

cozi

nha

refe

itoacuterio

can

tina

be

rccedilaacuter

io d

orm

itoacuterio

ban

heiro

alu

nos

As

depe

ndecircn

cias

esc

olar

es fo

ram

ver

ifica

das

quan

tifica

das

anal

isad

as q

uant

o agrave

cond

iccedilatildeo

de

uso

e d

e co

nser

vaccedilatilde

o s

egun

do u

ma

esca

la

de 3

pon

tos

send

o 1

ruim

2 r

egul

ar e

3 b

om

Fora

m c

riado

s do

is in

dica

dore

s Iacuten

dice

de

Con

diccedilatilde

o de

Uso

das

Preacute

dio

(Indp

red)

e Iacuten

dice

de

Con

serv

accedilatildeo

do

Preacuted

io (I

ndpr

ed)

calc

ulad

os p

elo

som

a do

s va

lore

s as

soci

ados

a c

ada

depe

ndecircn

cia

e di

vidi

ndo-

se e

sse

nuacutem

ero

pelo

nuacutem

ero

tota

l de

dep

endecirc

ncia

s da

esc

ola

O v

alor

meacuted

io fo

i co

loca

do e

m u

ma

esca

la d

e tr

ecircs n

iacutevei

s 3

pon

tos

bom

2 a

29

- re

gula

r e

lt 2

rui

m

BIO

ND

I FE

LIacuteC

IO (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Pr

esen

ccedila d

e ite

ns d

ecla

rado

s no

Cen

so E

scol

ar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so e

scol

ar d

e 19

99 e

200

3

Itens

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a a

cess

o agrave

Inte

rnet

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

po

r tur

ma

na 4

ordf seacuter

ie d

o en

sino

fund

amen

tal n

uacutemer

o de

mat

riacutecul

as n

o en

sino

fund

amen

tal m

eacutedia

de

hora

s-au

la d

iaacuteria

s na

4ordf s

eacuterie

do

EF u

so d

o co

mpu

tado

r com

o re

curs

o pe

dagoacute

gico

Util

izou

as

variaacute

veis

sepa

rada

men

te p

ara

rela

cion

aacute-la

s a

resu

ltado

s es

cola

res

Cont

inua

81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

ERQ

UEI

RA

SAW

ER (2

007)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoRec

urso

s esc

olar

es e

nten

dido

s com

o in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s exi

sten

tes

[] i

i) in

fra-e

stru

tura

ex

isten

te n

a es

cola

em

que

se p

rete

nde

tradu

zir o

po

tenc

ial d

e ca

da e

stab

elec

imen

to e

scol

ar e

m te

rmos

do

s rec

urso

s e in

stal

accedilotildee

s disp

oniacutev

eis [

]rdquo (

P 54

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

000

Iten

s Bi

blio

teca

Sal

a de

pro

fess

ores

Vid

eote

ca L

abor

atoacuter

io d

e In

form

aacutetic

a L

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as S

ala

de T

VViacute

deo

Co

zinh

a Q

uadr

a de

esp

orte

s Re

feitoacute

rio IN

EP E

sgot

o in

exist

ente

Viacuted

eo T

V A

nten

a pa

raboacute

lica

Red

e lo

cal

Inte

rnet

Im

pres

sora

e C

ompu

tado

r

Gra

de o

f Mem

bers

hip

ndash G

oM M

eacutetod

o m

ultiv

aria

do

que

iden

tifica

gru

pos

late

ntes

por

sim

ilarid

ade

entr

e os

iten

s e

diss

imila

ridad

e en

tre

grup

os fo

rmad

os

Apr

esen

ta a

iden

tifica

ccedilatildeo

dos

grup

os e

a d

escr

iccedilatildeo

de

dua

s di

fere

nccedilas

FRA

NCO

et

al

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

Exis

tecircnc

ia e

con

serv

accedilatildeo

de

equi

pam

ento

s de

ntro

da

esc

ola

cha

mad

os d

e ldquoR

ecur

sos

esco

lare

srdquo e

ldquoBib

liote

ca e

m s

ala

de a

ulardquo

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

que

stio

naacuterio

da

esco

la e

do

dire

tor d

o Sa

eb 2

001

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s po

r mei

o de

Mod

elos

da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Indi

cado

r de

Ex

istecirc

ncia

e c

onse

rvaccedil

atildeo d

e eq

uipa

men

tos

da

esco

la N

atildeo h

aacute de

talh

amen

to s

obre

qua

is s

atildeo a

s va

riaacuteve

is d

e eq

uipa

men

tos

esco

lare

sPO

NTI

LI

KASS

OU

F (2

007)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

In

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a pe

la p

rese

nccedila

de b

iblio

teca

e

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

aD

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

de

2000

Pr

opor

ccedilatildeo

de e

scol

as c

om b

iblio

teca

s e

labo

ratoacute

rios

de in

form

aacutetic

a a

leacutem

do

nuacutem

ero

meacuted

io d

e al

unos

por

tu

rma

em c

ada

mun

iciacutep

io

Taxa

s ca

lcul

adas

par

a ca

da m

unic

iacutepio

a p

artir

das

oc

orrecirc

ncia

s do

s ite

ns n

as e

scol

as n

eles

loca

lizad

as

SAacuteTY

RO

SOA

RES

(200

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

dam

ente

ldquo[]

ser

viccedilo

s baacute

sico

s co

mo

aacutegua

ele

tric

idad

e e

esgo

tam

ento

san

itaacuterio

dep

endecirc

ncia

s es

cola

res

exis

tecircnc

ia d

e bi

blio

teca

ou

sala

de

leitu

ra

infra

estr

utur

a de

com

unic

accedilatildeo

e in

form

accedilatildeo

[]

Pr

eacutedio

s e

inst

alaccedil

otildees

adeq

uada

s ex

istecirc

ncia

de

bibl

iote

ca e

scol

ar e

spaccedil

os e

spor

tivos

e la

bora

toacuterio

s ac

esso

a li

vros

did

aacutetic

os m

ater

iais

de

leitu

ra e

pe

dagoacute

gico

s re

laccedilatilde

o ad

equa

da e

ntre

o n

uacutemer

o de

al

unos

e o

pro

fess

or n

a sa

la d

e au

la e

mai

or te

mpo

ef

etiv

o de

aul

a [

]rdquo (P

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 1

997

e 20

05

Itens

(1)

Infra

estr

utur

a baacute

sica

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a d

e aacuteg

ua e

esg

oto

e ex

istecirc

ncia

de

sani

taacuterio

na

esco

la (

2) D

epen

decircnc

ias

dire

toria

se

cret

aria

sal

a de

pro

fess

ores

bib

liote

ca l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as l

abor

atoacuter

io d

e in

form

aacutetic

a c

ozin

ha d

epoacutes

ito

de a

limen

tos

refe

itoacuterio

paacutet

io q

uadr

a p

arqu

e in

fant

il

dorm

itoacuterio

ber

ccedilaacuterio

san

itaacuterio

fora

do

preacuted

io s

anitaacute

rio

dent

ro d

o pr

eacutedio

san

itaacuterio

ade

quad

o agrave

preacute-

esco

la

e sa

nitaacute

rio a

dequ

ado

a al

unos

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais

ace

ssib

ilida

de e

(3) E

quip

amen

tos

peda

goacutegi

cos

com

puta

dore

s e

aces

so agrave

inte

rnet

o

uso

para

fins

ped

agoacuteg

icos

dos

equ

ipam

ento

s de

in

form

aacutetic

a e

a ex

istecirc

ncia

de

tele

visatilde

o e

retr

opro

jeto

r

Des

criccedil

atildeo d

os b

loco

s de

iten

s e

cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dore

s p

or m

eio

da a

naacutelis

e fa

toria

l p

ara

os b

loco

s ldquoD

epen

decircnc

ias

exis

tent

esrdquo e

ldquoE

quip

amen

tos

ped

agoacuteg

icos

rdquo

RIA

NI

RIO

S-N

ETO

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

de

itens

dec

lara

dos

no C

enso

Esc

olar

D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

200

0 It

ens

qu

adra

s de

esp

orte

bib

liote

cas

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

de c

iecircnc

ias

Prod

uccedilatildeo

de

um fa

tor d

e in

fraes

trut

ura

[os

auto

res

natildeo

escl

arec

em o

meacutet

odo

de e

stim

accedilatildeo

do

fato

r]

CN

E (2

010)

Variaacute

veis

[d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

O d

ocum

ento

do

CN

E no

rmat

iza

o tr

abal

ho d

e Pi

nto

(200

6) e

Car

reira

e P

into

(200

7) d

a Ca

mpa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave E

duca

ccedilatildeo

com

o re

ferecirc

ncia

pa

ra o

caacutel

culo

do

Cust

o-A

luno

Qua

lidad

e in

icia

l (C

AQ

i) A

Infa

estr

utur

a da

esc

ola

junt

o co

m it

ens

de

pess

oal

alim

enta

ccedilatildeo

adm

inis

traccedil

atildeo e

out

ros

satildeo

os

insu

mos

nec

essaacute

rios

para

gar

antir

o p

adratilde

o m

iacutenim

o de

qua

lidad

e de

ens

ino

na E

duca

ccedilatildeo

Baacutesi

ca

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to li

sta

todo

s os

itens

(esp

accedilos

mob

iliaacuter

io e

quip

amen

tos p

edag

oacutegic

os

adm

inist

rativ

os e

de

apoi

o) q

ue c

ompotilde

em o

CAQ

i por

et

apa

de e

nsin

o V

er n

o An

exo

1 o

deta

lham

ento

de

itens

pa

ra o

s ano

s ini

ciai

s e fi

nais

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

doc

umen

to n

orm

atiz

a o

CAQ

i o

que

signi

fica

que

todo

s os

sist

emas

de

ensin

o de

vem

gar

antir

os

itens

list

ados

par

a al

canccedil

ar

o pa

dratildeo

miacuten

imo

de q

ualid

ade

do e

nsin

o

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

82

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sA

LMEI

DA

et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rCo

ndiccedil

otildees

gera

is c

ondi

ccedilotildees

ped

agoacuteg

icas

e

cond

iccedilotildee

s de

ace

ssib

ilida

de e

spec

ial

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

200

8

Itens

org

aniz

ados

em

doi

s gr

upos

(1)

Con

diccedilotilde

es

gera

is l

ocal

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

red

e de

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua r

ede

de a

bast

ecim

ento

de

ene

rgia

eleacute

tric

a e

scoa

men

to d

e es

goto

e c

olet

a de

lixo

(2)

Con

diccedilotilde

es p

edag

oacutegic

as s

alas

de

dire

tor e

pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

s de

info

rmaacutet

ica

e de

ciecirc

ncia

s qu

adra

de

espo

rte

bib

liote

ca e

ban

heiro

den

tro

do

preacuted

io d

a es

cola

O iacuten

dice

foi c

onst

ruiacuted

o co

m d

uas

teacutecn

icas

es

tatiacutes

ticas

(a)

Teo

ria d

e re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

e (b

) Anaacute

lise

de V

ariaacute

veis

Lat

ente

s (L

EM)

que

requ

er a

defi

niccedilatilde

o a

prio

ri do

nuacutem

ero

de c

lass

es O

m

odel

o ap

rese

ntou

mel

hor a

just

e fo

i o q

ue c

onto

u co

m tr

ecircs c

lass

es q

ue re

sulto

u em

um

a va

riaacuteve

l ca

tegoacute

rica

cuja

flut

uaccedilatilde

o eacute

base

ada

nos

itens

mai

s di

scrim

inan

tes

da in

fraes

trut

ura

GO

MES

REG

IS

(201

2)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rA

Infra

estr

utur

a e

os R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

dize

m

resp

eito

aos

mat

eria

is fiacute

sico

s e

didaacute

ticos

dis

poniacute

veis

na

s es

cola

s in

clui

ndo

os p

reacutedi

os a

s sa

las

os

equi

pam

ento

s os

livr

os d

idaacutet

icos

den

tre

outr

os

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar e

da

Prov

a Br

asil

2009

das

esc

olas

puacuteb

licas

da

Regi

atildeo M

etro

polit

ana

do R

io d

e Ja

neiro

Var

iaacuteve

is d

o Ce

nso

Esco

lar

Sala

dos

Pr

ofes

sore

s La

bora

toacuterio

de

Info

rmaacutet

ica

Lab

orat

oacuterio

de

Ciecirc

ncia

s Q

uadr

a de

Esp

orte

s Bi

blio

teca

e S

ala

de

Leitu

ra V

ariaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a Pr

ova

Bras

il e

stad

o de

con

serv

accedilatildeo

de

algu

ns it

ens

quai

s se

jam

tel

hado

pa

rede

s pi

so e

ntra

das

do p

reacutedi

o p

aacutetio

cor

redo

res

sala

s de

aul

a p

orta

s ja

nela

s ba

nhei

ros

cozi

nha

in

stal

accedilotildee

s hi

draacuteu

licas

e in

stal

accedilotildee

s el

eacutetric

as

Os

iacutendi

ces

de in

fraes

trut

ura

e de

Rec

urso

s pe

dagoacute

gico

s fo

ram

obt

idos

por

mei

o de

Anaacute

lise

fato

rial

meacutet

odo

de a

naacutelis

e de

com

pone

ntes

pr

inci

pais

O p

rimei

ro c

om v

ariaacute

veis

do

Cens

o Es

cola

r e o

seg

undo

com

as

variaacute

veis

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

da

Prov

a Br

asil

MA

RRI

RACC

HU

MI

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

e va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

te

(1) C

ondi

ccedilotildees

miacuten

imas

inf

raes

trut

ura

indi

spen

saacuteve

l em

qua

lque

r esc

ola

e (2

) Con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as

adic

iona

is agrave

s co

ndiccedil

otildees

miacuten

imas

e a

umen

tam

a

capa

cida

de d

a es

cola

de

inte

grar

-se

agrave co

mun

idad

e e

de re

aliz

ar c

om e

fetiv

idad

e o

trab

alho

edu

cativ

o

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o es

cola

r par

a M

inas

G

erai

s (1

) con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as s

anitaacute

rio e

letr

icid

ade

ab

aste

cim

ento

de

aacutegua

esg

oto

sani

taacuterio

e c

ozin

ha)

e (2

) co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as q

uadr

a de

esp

orte

s par

a es

cola

s com

m

ais d

e 30

0 m

atriacutec

ulas

ace

sso

agrave in

tern

et s

ala

dire

tor o

u sa

la d

e pr

ofes

sor

bibl

iote

ca o

u sa

la d

e le

itura

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias o

u de

info

rmaacutet

ica

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

desc

reve

r as

esc

olas

e c

ria d

ois

indi

cado

res

de c

ondi

ccedilotildees

m

iacutenim

as e

con

diccedilotilde

es b

aacutesic

as (

1) a

esc

ola

poss

ui

toda

s as

con

diccedilotilde

es m

iacutenim

as v

ersu

s natilde

o po

ssui

ao

men

os u

ma

cond

iccedilatildeo

e (2

) a e

scol

a po

ssui

toda

s as

co

ndiccedil

otildees

baacutesi

cas

vers

us e

scol

as q

ue n

atildeo p

ossu

em

3 ou

mai

s co

ndiccedil

otildees

PASS

AD

OR

C

ALH

AD

O

(201

2)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

pres

enccedila

aus

ecircnci

a de

iten

s do

Cen

so E

scol

ar -

moacuted

ulo

esco

la

Dad

os se

cund

aacuterio

s do

Cens

o Es

cola

r 200

4 re

fere

nte

agraves

esco

las p

uacuteblic

as d

e Ri

beiratilde

o Pr

eto

(SP)

Var

iaacuteve

is (a

) ser

viccedilo

s baacute

sicos

(ene

rgia

aacutegu

a en

cana

da d

ispon

ibilid

ade

de aacute

gua

potaacute

vel p

ara

os a

luno

s es

goto

e e

xist

ecircnci

a de

ban

heiro

de

ntro

da

esco

la)

(b) b

iblio

teca

(c) q

uadr

a es

port

iva

(d)

labo

ratoacute

rio d

e in

form

aacutetic

a e

(e) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

as

Esco

las c

lass

ifica

das e

m o

rdem

cre

scen

te d

a pi

or p

ara

a m

elho

r inf

raes

trutu

ra

Cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s de

aco

rdo

com

as

confi

gura

ccedilotildees

(tip

olog

ias)

refe

rent

e agrave

com

bina

ccedilatildeo

de it

ens

de in

fraes

trut

ura

For

am d

efini

das

31

confi

gura

ccedilotildees

par

a en

quad

ram

ento

da

esco

la

form

adas

por

com

bina

ccedilatildeo

dos

dife

rent

es it

ens

SOA

RES

et a

l (2

012)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

sIn

sum

os e

scol

ares

que

car

acte

rizam

a o

rgan

izaccedil

atildeo

da e

scol

a e

xist

ecircnci

a e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o de

eq

uipa

men

tos

na e

scol

a in

staccedil

otildees

e co

ndiccedil

otildees

de

func

iona

men

to d

o pr

eacutedio

esc

olar

Dad

os s

ecun

daacuterio

s da

Pro

va B

rasi

l de

2007

e 2

009

Q

uest

ionaacute

rio d

a es

cola

Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

por m

eio

de M

odel

os

da T

eoria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) m

odel

o Sa

mej

ima

para

var

iaacuteve

is o

rdin

ais

e o

mod

elo

de

dois

par

acircmet

ros

Fora

m e

stim

ados

trecircs

indi

cado

res

cons

erva

ccedilatildeo

equ

ipam

ento

s es

cola

res

e in

stal

accedilotildee

s

83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sM

EC

FND

E

PDE

(201

3)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o pa

ra

diag

noacutest

ico

da

rede

de

ensi

no]

A in

fraes

trut

ura

eacute um

das

dim

ensotilde

es d

o di

agnoacute

stic

o m

unic

ipal

sob

re a

edu

caccedilatilde

o D

imen

satildeo

4 -

Infra

estr

utur

a Fiacute

sica

e R

ecur

sos

Peda

goacutegi

cos

Este

di

agnoacute

stic

o eacute

uma

das

etap

a do

Pla

no d

e A

ccedilotildees

A

rtic

ulad

as (P

AR)

do

FND

E

Dia

gnoacutes

tico

sobr

e a

rede

puacuteb

lica

de e

nsin

o re

aliz

ado

por e

quip

e lo

cal s

egun

do o

s se

guin

tes

indi

cado

res

Aacutere

a 1

ndash In

stal

accedilotildee

s fiacutes

icas

da

secr

etar

ia m

unic

ipal

de

educ

accedilatildeo

(2 in

dica

dore

s)

Aacutere

a 2

ndash Co

ndiccedil

otildees

da re

de

fiacutesic

a es

cola

r exi

sten

te (1

2 in

dica

dore

s) Aacute

rea

3 ndash

Uso

de

tecn

olog

ias

(4 in

dica

dore

s) e

Aacutere

a 4

ndash Re

curs

os

peda

goacutegi

cos

para

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

aacutetic

as

peda

goacutegi

cas

que

cons

ider

em a

div

ersid

ade

das

dem

anda

s ed

ucac

iona

is (4

indi

cado

res)

Cada

indi

cado

r dev

e se

r ava

liado

com

not

a de

1 a

4

Os

criteacute

rios

de p

ontu

accedilatildeo

satildeo

4 s

e a

desc

riccedilatildeo

ap

onta

par

a um

a si

tuaccedil

atildeo p

ositi

va 3

se

a de

scriccedil

atildeo

apon

ta p

ara

uma

situ

accedilatildeo

que

apr

esen

ta m

ais

aspe

ctos

pos

itivo

s do

que

neg

ativ

os 2

se

a de

scriccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

insu

ficie

nte

co

m m

ais

aspe

ctos

neg

ativ

os d

o qu

e po

sitiv

os e

1

se a

des

criccedil

atildeo a

pont

a pa

ra u

ma

situ

accedilatildeo

criacutet

ica

SOA

RES

ALV

ES

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquoE

xist

ecircnci

a de

vaacuter

ios

equi

pam

ento

s no

s es

tabe

leci

men

tos

de e

nsin

ordquo (P

151

)Ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar 2

010

loca

l de

func

iona

men

to

aacutegua

ene

rgia

esg

oto

lixo

lab

orat

oacuterio

s bi

blio

teca

sa

nitaacute

rios

com

puta

dore

s pa

ra u

so d

a ad

min

istra

ccedilatildeo

co

mpu

tado

res

para

uso

dos

alu

nos

alim

enta

ccedilatildeo

qu

adra

TV

vid

eoca

sset

e D

VD p

arab

oacutelic

a c

opia

dora

re

trop

roje

tor

e im

pres

sora

Para

con

stru

ccedilatildeo

do in

dica

dor d

e in

fraes

trut

ura

foi

utili

zado

um

mod

elo

de T

eoria

de

Resp

osta

ao

Item

(T

RI) q

ue e

stim

a um

traccedil

o la

tent

e a

part

ir do

s ite

ns

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013a

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] a

s co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is d

as e

scol

asrdquo (

P 80

) ldquo[

]

suas

est

rutu

ras

mat

eria

isrdquo (P

81)

ldquo[]

car

acte

rizaccedil

atildeo

infra

estr

utur

a e

equi

pam

ento

srdquo (P

82)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

24

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la aacute

gua

cons

umid

a pe

los

alun

os a

bast

ecim

ento

de

aacutegua

aba

stec

imen

to d

e en

ergi

a el

eacutetric

a e

sgot

o sa

nitaacute

rio s

ala

de d

ireto

ria s

ala

de p

rofe

ssor

lab

orat

oacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio

de c

iecircnc

ias

sala

de

aten

dim

ento

esp

ecia

l qu

adra

de

espo

rtes

cob

erta

des

cobe

rta

coz

inha

bib

liote

ca

parq

ue in

fant

il b

erccedilaacute

rio s

anitaacute

rio fo

ra o

u de

ntro

do

preacuted

io s

anitaacute

rio p

ara

educ

accedilatildeo

infa

ntil

san

itaacuterio

pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

dep

endecirc

ncia

s pa

ra d

efici

ente

s fiacutes

icos

tv

dvd

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ompu

tado

res

e in

tern

et

Mod

elo

logiacute

stic

o di

cotocirc

mic

o de

doi

s pa

racircm

etro

s da

Teo

ria d

a Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

que

redu

z o

conj

unto

dos

iten

s a

um tr

accedilo

late

nte

Est

e tr

accedilo

late

nte

expr

essa

a e

scal

a de

infra

estr

utur

a q

ue fo

i tr

ansf

orm

ada

para

o in

terv

alo

de 0

a 1

00 e

apoacute

s a

sua

inte

rpre

taccedilatilde

o fo

i div

idid

a em

qua

tro

gran

des

niacuteve

is d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar

elem

enta

r baacute

sica

ad

equa

da e

ava

nccedilad

a

SOA

RES

NET

O

et a

l (2

013b

)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rldquo[

] c

ondi

ccedilotildees

de

infra

estr

utur

a es

cola

r []

incl

ui

mat

eria

is d

idaacutet

icos

equ

ipam

ento

s e

estr

utur

as

fiacutesic

as a

prop

riada

srdquo (p

377

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

011

o tr

abal

ho

utili

za a

esc

ala

de in

fraes

trut

ura

desc

rita

em o

utro

tr

abal

ho d

os m

esm

os a

utor

es (S

OA

RES

NET

O e

t al

20

13a)

Teor

ia d

e Re

spos

ta a

o Ite

m (T

RI)

Ver S

oare

s N

eto

et

al (

2013

a) A

nalis

aram

um

a su

b-am

ostr

a de

esc

olas

pe

quen

as a

quel

as c

om a

teacute 1

0 tu

rmas

e 2

00 a

luno

s

PIER

I SA

NTO

S (2

014)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

A in

fraes

trut

ura

eacute de

finid

a em

piric

amen

te p

ela

exis

tecircnc

ia d

e ite

ns d

o Ce

nso

Esco

lar

Infra

estr

utur

a el

emen

tar (

aacutegua

esg

oto

e en

ergi

a) r

ecur

sos

fiacutesic

os (e

squi

pam

ento

s e

espa

ccedilos

para

a p

raacutetic

a de

at

ivid

ades

rela

cion

adas

ao

ambi

ente

edu

caci

onal

)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar d

e 20

07 e

20

12 I

tens

do

ques

tionaacute

rio d

a es

cola

aacutegu

a aacute

gua

filtr

ada

esg

oto

preacute

dio

esco

lar

cole

ta d

e lix

o e

nerg

ia

eleacutet

rica

qua

dra

bib

liote

ca o

u sa

la d

e le

itura

san

itaacuterio

sa

nitaacute

rio P

NE

dep

endecirc

ncia

PN

E s

ala

de a

tend

imen

to

espe

cial

TV

DVD

cop

iado

ra i

mpr

esso

ra c

ozin

ha

sala

da

dire

toria

sal

a do

s pr

ofes

sore

s la

bora

toacuterio

de

info

rmaacutet

ica

labo

ratoacute

rio d

e ci

ecircnci

as c

ompu

tado

res

O iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a fo

i est

imad

o po

r mei

o da

an

aacutelis

e fa

toria

l

84

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

T C

AC

(201

5)Ite

ns e

m

dim

ensotilde

es

[doc

umen

to

norm

ativ

o]

Dim

ensatilde

o 4

do C

usto

Alu

no Q

ualid

ade

(CA

C)

prev

isto

na

Met

a 20

do

Plan

o N

acio

nal d

a Ed

ucaccedil

atildeo

(PN

E) 2

014

que

defi

ne o

s pa

drotildee

s m

iacutenim

os d

e in

stal

accedilotildee

s e

recu

rsos

edu

caci

onai

s qu

e ab

rigue

m

adeq

uada

men

te a

s at

ivid

ades

pre

vist

as p

ara

a jo

rnad

a es

cola

r e o

fere

ccedilam

con

diccedilotilde

es d

e tr

abal

ho

aos

profi

ssio

nais

que

nel

a at

uam

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o O

Gru

po d

e Tr

abal

ho (G

T)

foi i

nstit

uiacutedo

pel

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

(MEC

) par

a el

abor

ar e

stud

os s

obre

a e

xecu

ccedilatildeo

das

estr

ateacuteg

ias

que

trat

am d

o C

AQ

e C

AQ

i na

Met

a 20

do

PNE

2014

) O

GT

reco

men

da o

exa

me

das

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

a (s

alas

de

aula

ref

eitoacute

rio c

ozin

ha b

anhe

iros

bibl

iote

ca

sala

de

prof

esso

res

luz

aacutegu

a c

olet

a de

lixo

) do

s eq

uipa

men

tos

disp

oniacutev

eis

(com

puta

dore

s pr

ojet

ores

m

obili

aacuterio

fibr

a oacutep

tica

ant

enas

) e d

os re

curs

os

educ

acio

nais

(liv

ros

didaacute

ticos

bib

liote

ca r

ecur

sos

digi

tais

)

Os p

adrotilde

es m

iacutenim

os d

e in

fraes

trutu

ra d

evem

leva

r em

con

ta a

com

bina

ccedilatildeo

de c

ompo

nent

es d

o CA

Q

cons

ider

ando

o e

spaccedil

o e

os re

curs

os q

ue c

onfe

rem

fu

ncio

nalid

ade

a es

ses e

spaccedil

os E

xem

plos

de

com

bina

ccedilotildees

(a)

aacutere

a di

spon

iacutevel

e c

om a

cess

ibili

dade

pa

ra a

s ativ

idad

es d

e en

sino

cul

tura

e e

spor

tes

(b)

aacuterea

disp

oniacutev

el p

ara

a ge

statildeo

e a

s ativ

idad

es d

e ap

oio

(c

) ace

sso

a liv

ros e

out

ros r

ecur

sos d

idaacutet

icos

(d)

ac

esso

agrave in

tern

et f

requ

ecircnci

a e

velo

cida

de d

e co

nexatilde

o

(e) a

tuaccedil

atildeo c

om o

utro

s ato

res p

ara

a ob

tenccedil

atildeo d

e es

paccedilo

s e m

ater

iais

com

plem

enta

res p

ara

a re

aliz

accedilatildeo

do

Pro

jeto

Ped

agoacuteg

ico

TRIB

UN

AL

DE

CON

TAS

DA

U

NIAtilde

O (2

015)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Exis

tecircnc

ia e

a a

dequ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

de

labo

ratoacute

rio b

iblio

teca

par

que

infa

ntil

qua

dra

de e

spor

te s

ala

de a

ula

ban

heiro

s e

cozi

nha

nas

esco

las

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enta

l in

stal

accedilotildee

s e

equi

pam

ento

s de

uso

dire

to d

os a

luno

s (p

2)

Dad

os p

rimaacuter

ios

de 2

015

ver

ifica

ccedilatildeo

in lo

co d

e 67

9 es

cola

s puacute

blic

as e

m to

do o

paiacute

s Se

leccedilatilde

o de

esc

olas

em

qua

tro

estaacute

gios

(1o ) s

elec

iona

da a

esc

ola

da re

de

de e

duca

ccedilatildeo

do e

stad

o (o

u do

mun

iciacutep

io) c

om p

ior

nota

na

esca

la d

e in

fraes

trut

ura

esco

lar (

SOA

RES

NET

O

et a

l 20

13a)

(2o ) s

elec

iona

das

outr

as tr

ecircs e

scol

as d

e ta

man

hos

dive

rsos

da

prim

eira

ist

o eacute

um

a es

cola

m

uito

peq

uena

out

ra p

eque

na u

ma

meacuted

ia e

out

ra

gran

de (

3o ) sel

ecio

nado

s qu

atro

mun

iciacutep

ios

vizi

nhos

ca

da u

m c

om q

uatr

o es

cola

s co

m o

s m

esm

os c

riteacuter

ios

de p

ior n

ota

na e

scal

a de

infra

estr

utur

a e

tam

anho

da

esco

la e

(4o ) a

mos

tra

foi c

ompl

etad

a co

m e

scol

as d

a ca

pita

l e d

e m

unic

iacutepio

s vi

zinh

os a

ela

Ava

liaccedilatilde

o de

nov

e m

acro

s am

bien

tes

Aacutegu

a

Ace

ssib

ilida

de Aacute

rea

Exte

rna

Qua

dra

Parq

uinh

o

Sala

s de

Aul

a B

iblio

teca

Inf

raes

trut

ura

de M

eren

da

Labo

ratoacute

rio d

e In

form

aacutetic

a e

Banh

eiro

s Em

cad

a um

rece

bu u

ma

pont

uaccedilatilde

o em

div

erso

s ite

ns

por e

xem

plo

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is (p

iso

teto

e

pare

de)

situ

accedilatildeo

das

inst

alaccedil

otildees

eleacutet

ricas

es

tado

de

cons

erva

ccedilatildeo

e de

hig

iene

lim

peza

ac

essi

bilid

ade

etc

A n

ota

final

foi o

btid

a pe

la s

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s de

cad

a su

bite

m

Para

cla

ssifi

caccedilatilde

o da

s es

cola

s fo

ram

cria

dos

quat

ro

padr

otildees

de q

ualid

ade

Pre

caacuteria

aci

ma

de 4

5 po

ntos

Ru

im e

ntre

30

e 45

pon

tos

Ace

itaacuteve

l en

tre

15 e

30

pont

os e

Boa

aba

ixo

de 1

5 po

ntos

A

LVES

XAV

IER

(201

6)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

ldquoas

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as e

sua

s co

ndiccedil

otildees

de

cons

erva

ccedilatildeo

a e

xist

ecircnci

a de

mat

eria

l did

aacutetic

o e

para

didaacute

tico

e a

s co

ndiccedil

otildees

de u

so e

de

func

iona

men

to d

e bi

blio

teca

s la

bora

toacuterio

s sa

las

de a

ula

dep

endecirc

ncia

s ad

min

istr

ativ

as e

out

ras

inst

alaccedil

otildees

da e

scol

ardquo (p

76)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Sae

b de

200

7 2

009

201

1 e

2013

Ite

ns d

os q

uest

ionaacute

rios

da e

scol

a d

o di

reto

r e

do p

rofe

ssor

qua

dras

lab

orat

oacuterio

s au

ditoacute

rio s

ala

de a

rtes

e d

e m

uacutesic

a b

iblio

teca

vol

ume

de u

suaacuter

ios

exis

tecircnc

ia d

e pe

ssoa

l res

pons

aacutevel

uso

s pe

dagoacute

gico

s tip

os d

e us

uaacuterio

s e

esta

do d

e co

nser

vaccedilatilde

o do

ace

rvo

co

mpu

tado

res

aces

so agrave

inte

rnet

apa

relh

os d

e au

diov

isua

l im

pres

sora

s e

tele

foni

a c

onse

rvaccedil

atildeo d

e pa

rede

s te

lhad

os s

alas

de

aula

ban

heiro

s ilu

min

accedilatildeo

al

eacutem d

e ex

istecirc

ncia

de

depr

edaccedil

otildees

e ou

tros

asp

ecto

s

Fora

m e

stim

ados

qua

tro

indi

cado

res

por m

eio

da T

RI (m

odel

o de

Sam

ejim

a) i

nsta

ccedilotildees

do

preacuted

io b

iblio

teca

equ

ipam

ento

s pe

dagoacute

gico

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o A

s es

cala

s or

igin

ais

dos

indi

cado

res

em d

esvo

s-pa

dratildeo

for

am

tran

sfor

mad

as p

ara

o in

terv

alo

de 0

a 1

0 P

ara

uso

em a

naacutelis

es d

escr

itiva

s os

indi

cado

res

fora

m

cate

goriz

ados

em

qua

rtis

85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A4

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

naci

onal

em

ord

em d

e da

ta d

e pu

blic

accedilatildeo

(con

tinua

ccedilatildeo)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sC

AVA

LCA

NTI

(2

016)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Defi

ne a

infra

estr

utur

a co

m re

ferecirc

ncia

ao

CAQ

- Cu

sto

Alu

no Q

ualid

ade

da C

ampa

nha

Nac

iona

l pel

o D

ireito

agrave

Educ

accedilatildeo

(CA

RREI

RA P

INTO

200

7) q

ue v

incu

la

qual

idad

e do

s pr

oces

sos

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

agrave

qual

idad

e do

s in

sum

os u

tiliz

ados

(p 2

7)

Dad

os s

ecun

daacuterio

s do

Cen

so E

scol

ar 2

014

Loc

al d

e fu

ncio

nam

ento

inad

equa

do d

a es

cola

(bar

racatilde

o

casa

de

prof

esso

r ig

reja

gal

patildeo)

aba

stec

imen

to d

e aacuteg

ua in

exis

tent

e ou

inad

equa

do (c

acim

ba p

occedilo

rio

coacute

rreg

o) e

sgot

o sa

nitaacute

rio in

exis

tent

e d

estin

accedilatildeo

de

lixo

inad

equa

da a

usecircn

cia

de d

epen

decircnc

ias

baacutesi

cas

(bib

liote

ca l

abor

atoacuter

ios

quad

ra e

spor

tiva

ban

heiro

s co

m a

cess

ibili

dade

) au

secircnc

ia d

e eq

uipa

men

tos

peda

goacutegi

cos

esse

ncia

is (c

opia

dora

viacuted

eo c

asse

te T

V

Dat

asho

w c

ompu

tado

r im

pres

sora

int

erne

t)

Crio

u o

indi

cado

r IPR

FEM

(Iacutend

ice

de P

reca

rieda

de d

a Re

de F

iacutesica

Esc

olar

Mun

icip

al) e

spec

ifica

men

te p

ara

a pe

squi

saS

oma

das

pont

uaccedilotilde

es p

onde

rada

s da

s pa

ra

cada

esc

ola

da re

de P

esos

de

acor

do c

om o

impa

cto

de c

ada

item

na

cond

iccedilatildeo

de

prec

arie

dade

do

esta

bele

cim

ento

o c

onhe

cim

ento

da

pesq

uisa

dora

so

bre

a re

de fiacute

sica

esco

lar e

a e

xper

iecircnc

ia c

om o

tr

abal

ho p

edag

oacutegic

o O

resu

ltado

do

indi

cado

r no

niacuteve

l da

rede

esc

olar

foi c

alcu

lada

pel

a m

eacutedia

dos

va

lore

s ob

tidos

por

toda

s as

esc

olas

mun

icip

ais

MAT

OS

RO

DRI

GU

ES

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

ldquoEqu

ipam

ento

s e

cons

erva

ccedilatildeo

do p

reacutedi

o es

cola

rrdquo (p

666

)D

ados

sec

undaacute

rios

do C

enso

Esc

olar

201

3 e

xist

ecircnci

a de

loc

al p

roacutepr

io d

e fu

ncio

nam

ento

da

esco

la aacute

gua

trat

ada

ene

rgia

eleacute

tric

a s

anea

men

to b

aacutesic

o (c

olet

a de

lixo

de

esgo

to e

pre

senccedil

a de

ban

heiro

na

esco

la)

outr

os e

spaccedil

os e

recu

rsos

esc

olar

es (b

iblio

teca

la

bora

toacuterio

can

tina

com

puta

dore

s e

outr

os

equi

pam

ento

s el

etrocirc

nico

s)

Cons

truccedilatilde

o de

indi

cado

r de

infra

estru

tura

por

mei

o de

M

odel

os d

a Te

oria

da

Resp

osta

ao

Item

(TRI

) A

esca

la

orig

inal

foi c

onve

rtid

a pa

ra v

alor

es d

e ze

ro a

10

OLI

VEIR

A

PERE

IRA

JR

(201

6)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dore

s P

erce

pccedilatildeo

das

con

diccedilotilde

es d

a sa

la d

e au

la N

iacutevel

de

adeq

uaccedilatilde

o da

sal

a de

aul

a ndash

loca

l ond

e g

eral

men

te

os p

rofe

ssor

es p

assa

m a

mai

or p

arte

do

tem

po d

e tr

abal

ho O

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e do

cent

e ne

cess

ita d

e co

ndiccedil

otildees

apro

pria

das

de a

spec

tos

ambi

enta

is e

est

rutu

rais

afe

tand

o ta

nto

alun

os

quan

to p

rofe

ssor

es

Dad

os p

rimaacuter

ios

do su

rvey

Tra

balh

o D

ocen

te n

a Ed

ucaccedil

atildeo B

aacutesic

a no

Bra

sil (

TDEB

B) d

e 20

10 c

om c

erca

de

6 m

il pr

ofiss

iona

is d

a ed

ucaccedil

atildeo e

m e

scol

as p

uacuteblic

as

de s

ete

esta

dos

bras

ileiro

s Va

riaacuteve

is d

e pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

esc

ola

ven

tilaccedil

atildeo e

ilum

inaccedil

atildeo d

a sa

la

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

as p

ared

es d

a s

ala

de a

ula

ruiacuted

o or

igin

ado

na s

ala

de a

ula

con

diccedilotilde

es d

a sa

la e

spec

iacutefica

de

con

vivecirc

ncia

e re

pous

o c

ondi

ccedilotildees

dos

ban

heiro

s pa

ra fu

ncio

naacuterio

s co

ndiccedil

otildees

dos

equi

pam

ento

s (T

V v

iacutedeo

som

etc

) e

con

diccedilotilde

es d

os re

curs

os

peda

goacutegi

cos

(qua

dro

Xer

oxli

vros

did

aacutetic

os e

tc)

Estim

ou-s

e do

is in

dica

dore

s pe

rcep

ccedilatildeo

das

cond

iccedilotildee

s da

sal

a de

aul

a e

perc

epccedilatilde

o da

s co

ndiccedil

otildees

da u

nida

de e

scol

ar p

or m

eio

da

teacutecn

ica

esta

tiacutestic

a de

nom

inad

a m

odel

agem

de

equa

ccedilotildees

est

rutu

rais

(MEE

) O

s in

dica

dore

sfor

am

padr

oniz

ados

no

inte

rval

o de

0 a

1 s

endo

o v

alor

m

iacutenim

o (0

) ref

eren

te agrave

pio

r situ

accedilatildeo

pos

siacuteve

l e o

va

lor m

aacutexim

o (1

) agrave

mel

hor

Adi

cion

alm

ente

os

resu

ltado

s do

s in

dica

dore

s fo

ram

cla

ssifi

cado

s em

qu

atro

cat

egor

ias

GO

MES

D

UA

RTE

(201

7)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

O te

rmo

infra

estr

utur

a es

cola

r []

refe

re-s

e agraves

co

ndiccedil

otildees

mat

eria

is e

quip

amen

tos

e re

curs

os

fiacutesic

os q

ue p

erm

item

que

as

inst

ituiccedil

otildees

esco

lare

s fu

ncio

nem

sej

a co

mo

espa

ccedilo d

e m

ovim

ento

e

perm

anecircn

cia

de p

esso

as o

u co

mo

loca

l de

apre

ndiz

agem

523

)

Dad

os d

o Ce

nso

Esco

lar 2

013

refe

rent

es agrave

s es

cola

s

puacutebl

icas

de

ensi

no fu

ndam

enal

(EF)

Util

izam

26

itens

do

que

stio

naacuterio

da

esco

la s

obre

a p

rese

nccedila

de it

ens

de re

curs

os e

inst

alaccedil

otildees

baacutesi

cas

equi

pam

ento

s e

inst

alaccedil

otildees

didaacute

ticas

Cria

m p

erfis

(clu

ster

s) p

or m

eio

de u

m m

odel

o de

cla

sses

late

ntes

(LC

A)

que

resu

ltou

em q

uatr

o cl

asse

s de

infra

estr

utur

a es

cola

r su

perio

r m

eacutedio

su

perio

r m

eacutedio

infe

rior e

inf

erio

r A

cla

sse

supe

rior

com

42

das

esc

olas

e 8

12

das

mat

riacutecul

as d

ispotilde

e de

qua

se to

dos

os 2

6 ite

ns (e

xcet

o la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e s

ala

de re

curs

os e

spec

ializ

ados

) e

a cl

asse

in

ferio

r pos

sui a

pena

s aacuteg

ua c

ozin

ha e

um

preacute

dio

excl

usiv

o) 1

1 d

as e

scol

as e

11

d

e m

ariacutec

ulas

O

meacuted

io-s

uper

ior eacute

mui

to p

arec

ido

com

o s

uper

ior

e o

meacuted

io-in

ferio

r co

m o

infe

rior

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

86

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sO

rsquoSU

LLIV

AN

(2

006)

Cons

truccedil

atildeo

de in

dica

dor

(dim

ensotilde

es)

A te

se a

nalis

a as

con

diccedilotilde

es d

o pr

eacutedio

esc

olar

de

acor

do

com

a c

lass

ifica

ccedilatildeo

de u

m in

stru

men

to d

enom

inad

o Co

mm

onw

ealth

Ass

essm

ent o

f Phy

sical

Env

ironm

ent

(CAP

E) d

esen

volv

ido

por C

ash

(199

3) p

ara

as c

ondi

ccedilotildees

es

trutu

rais

e co

smeacutet

icas

de

um p

reacutedi

o

Dad

os p

rimaacuter

ios d

e 20

0 es

cola

s de

ensin

o m

eacutedio

EU

A

Aval

iou

con

diccedilotilde

es e

stru

tura

is id

ade

da c

onst

ruccedilatilde

o

sala

s de

aula

tem

poraacute

rias

reno

vaccedilatilde

o a

diccedilatilde

o ou

ap

erfe

iccediloa

men

to d

o ed

ifiacuteci

o ti

po d

e pi

so ja

nela

s ar

-co

ndic

iona

do c

alor

got

eira

s ilu

min

accedilatildeo

das

sala

s de

aula

ca

ract

eriacutest

icas

est

rutu

rais

das s

alas

de

aula

con

diccedilotilde

es

estru

tura

is da

con

stru

ccedilatildeo

inst

alaccedil

otildees a

djac

ente

s ao

preacuted

io b

arul

ho e

xter

no t

omad

as e

leacutetr

icas

das

sala

s de

aula

e c

ober

tura

do

teto

As c

ondi

ccedilotildees

cos

meacutet

icas

do

preacuted

io fo

ram

iden

tifica

das p

or p

intu

ra n

o in

terio

r do

preacuted

io p

intu

ra e

xter

ior

loca

is co

m g

rafit

epi

xo r

emoccedil

atildeo

de g

rafit

epi

xo m

obiacuteli

as d

as sa

las d

e au

la c

lass

ifica

ccedilotildees

co

smeacutet

icas

ger

ais e

freq

uecircnc

ia d

e lim

peza

do

piso

Dad

os d

a pe

squi

sa fo

ram

util

izad

os p

ara

aval

iar a

co

ndiccedil

atildeo p

reacutedi

os e

scol

ares

As r

espo

stas

par

a ca

da

item

no

CAPE

fora

m c

odifi

cada

s com

o um

doi

s trecirc

s qu

atro

cin

co s

eis o

u se

te P

ara

test

ar a

con

fiabi

lidad

e do

inst

rum

ento

foi c

ondu

zido

um

test

e Al

pha

deCr

onba

ch s

endo

que

o v

alor

obt

ido

foi c

onsid

erad

o ldquoa

ceitaacute

velrdquo

(gt 0

7)

GIB

BERD

(200

7)Va

riaacuteve

is e

m

dim

ensotilde

es

[inst

rum

ento

]

Mod

elo

inte

grad

o de

des

empe

nho

do p

reacutedi

o In

tegr

ated

bui

ldin

g pe

rfor

man

ce m

odel

ndash IB

PM)

(1) P

esso

as i

nfra

estr

utur

a d

eve

gara

ntir

que

seus

usu

aacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacute

sica

s at

endi

das

gara

ntir

que

dire

itos

hum

anos

se

jam

resp

eita

do (

2) a

infra

estr

utur

a de

ve g

aran

tir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am v

azam

ento

s se

jam

es

trut

ural

men

te s

oacutelid

as t

enha

m b

aixo

s cu

stos

de

oper

accedilatildeo

m

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

no

uso

dos

esp

accedilos

e d

os re

curs

os (

3) P

rogr

ama

in

fraes

trut

ura

dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

at

ivid

ades

esc

olar

es

O a

rtig

o ap

rese

nta

um in

stru

men

to d

esen

volv

ido

para

av

alia

ccedilatildeo

da in

fraes

trut

ura

de e

scol

as ru

rais

da

Aacutefri

ca

do S

ul q

ue c

onte

mpl

a os

iten

s pe

ssoa

s in

fraes

trut

ura

e pr

ogra

mas

Ap

rese

nta

par

a ca

da u

ma

das

dim

ensotilde

es

obje

tivos

com

os

seus

resp

ectiv

os in

dica

dore

s p

ara

verif

icaccedil

atildeo

GIB

BERD

M

PHU

TLA

NE

(200

7)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

[in

stru

men

to]

Gar

antia

de

que

os e

difiacutec

ios

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

os t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

o e

man

uten

ccedilatildeo

e qu

e se

jam

efic

ient

es ta

nto

no u

so d

os e

spaccedil

os q

uant

o no

uso

de

recu

rsos

(Efic

iecircnc

ia C

usto

s op

erac

iona

is

Ges

tatildeo

Man

uten

ccedilatildeo

Sauacute

de e

Seg

uran

ccedila)

O in

stru

men

to o

SRN

(Sch

ool R

egist

er o

f Nee

ds ndash

Reg

istro

es

cola

r de

nece

ssid

ades

) pa

ra a

valia

r esc

olas

rura

is da

Aacutef

rica

do S

ul s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

seg

uran

ccedila n

uacutemer

o de

sala

s de

aula

e d

e ou

tros e

spaccedil

os e

se h

aacute ne

sses

se

rviccedil

os c

omo

aacutegua

e e

letri

cida

de m

ater

iais

utiliz

ados

na

cons

truccedilatilde

o c

ondi

ccedilotildees

ger

ais d

o pr

eacutedio

ram

pas d

e ac

esso

e

banh

eiro

s par

a al

unos

com

defi

ciecircn

cias

equ

ipam

ento

s co

mo

cade

iras

mes

as e

com

puta

dore

s te

lefo

ne e

nerg

ia

banh

eiro

s m

uro

cor

redo

res e

inst

alaccedil

otildees e

spor

tivas

m

edid

as d

e pr

even

ccedilatildeo

ao c

rime

com

o ba

rras a

nti-r

oubo

(g

rade

de

ferro

em

jane

las)

e a

larm

es M

SEE

(Min

imum

St

anda

rds f

or Ed

ucat

ion

in E

mer

genc

ies ndash

Pad

rotildees

miacuten

imos

pa

ra e

mer

gecircnc

ia n

a ed

ucaccedil

atildeo)

entre

out

ros

O in

trum

ento

reuacuten

e da

dos

quan

titat

ivos

e

qual

itativ

os S

RN (R

egis

tro

Esco

lar d

e N

eces

sida

des)

ndash

quan

titat

ivo

MSE

E (P

adrotilde

es M

iacutenim

os p

ara

Educ

accedilatildeo

em

Em

ergecirc

ncia

s) ndash

qua

litat

ivo

Cont

inua

87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sSE

BAKE

M

PHU

TLA

NE

G

IBBE

RD (2

007)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

seus

us

uaacuterio

s es

teja

m c

onfo

rtaacutev

eis

saud

aacutevei

s e

prod

utiv

os e

que

tenh

am s

uas

nece

ssid

ades

baacutes

icas

at

endi

das

Dev

e ga

rant

ir ta

mbeacute

m q

ue d

ireito

s hu

man

os s

ejam

resp

eita

dos

A in

fraes

trut

ura

esco

lar d

eve

gara

ntir

que

cons

truccedil

otildees

natildeo

tenh

am

vaza

men

tos

seja

m e

stru

tura

lmen

te s

oacutelid

as t

enha

m

baix

os c

usto

s de

ope

raccedilatilde

om

anut

enccedilatilde

o e

que

seja

m e

ficie

ntes

tant

o no

uso

dos

esp

accedilos

qua

nto

no u

so d

e re

curs

os A

infra

estr

utur

a es

cola

r dev

e as

segu

rar d

e m

odo

efica

z as

ativ

idad

es n

eces

saacuteria

s

O in

stru

men

to p

ara

aval

iaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a pa

ra a

s es

cola

s ru

rais

Est

udo

pilo

to e

m e

scol

as ru

rais

da Aacute

frica

do

Sul

Um

sis

tem

a de

ava

liaccedilatilde

o da

infra

estr

utur

a da

s es

cola

s po

r mei

o de

um

inst

rum

ento

que

con

side

ra

as d

imen

sotildees

des

crita

s pe

ssoa

s

VALD

EacuteS e

t al

(200

8)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

r e

variaacute

veis

se

para

das

Defi

ne e

mpi

ricam

ente

infra

estr

utur

a de

aco

rdo

com

a p

rese

nccedila

cum

ulat

iva

de d

eter

min

ados

iten

s da

esc

ola

Dad

os d

a pe

squi

sa S

ERCE

de

2006

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) em

20

paiacutese

s da

Ameacuter

ica

Latin

a in

clui

ndo

o Br

asil

As

variaacute

veis

de in

fraes

trutu

ra s

ala

de d

ireccedilatilde

o sa

las p

ara

apoi

o ad

min

israt

ivas

sal

a de

pro

fess

ores

qua

dra

espo

rtiv

a

labo

ratoacute

rio g

inaacutes

io ja

rdim

esc

olar

sal

a de

info

rmaacutet

ica

au

ditoacute

rio c

ozin

ha r

efei

toacuterio

sal

a de

arte

s en

ferm

aria

se

rviccedil

o ps

icop

edag

oacutegic

o e

bibl

iote

ca P

ara

de a

cess

o a

serv

iccedilos

aacutegu

a e

letri

cida

de e

tele

fone

Para

as

variaacute

veis

nuacutem

ero

de c

ompu

tado

res

e nuacute

mer

o de

bib

liote

cas

a an

aacutelis

e ba

seou

-se

na

proacutep

ria q

uant

ifica

ccedilatildeo

dos

itens

Jaacute

para

o iacuten

dice

de

infra

estr

utur

a cr

iou-

se u

ma

esca

la c

om in

terv

alo

de

0 a

15 e

par

a o

iacutendi

ce d

e se

rviccedil

os fo

i util

izad

a um

a es

cala

de

0 a

5

WO

LNIA

K

ENG

BERG

(2

010)

Cons

truccedil

atildeo d

e in

dica

dor

Infra

estu

rura

defi

nida

em

piric

amen

te d

e ac

ordo

co

m o

s ite

ns d

e re

curs

os e

scol

ares

D

ados

sec

undaacute

rios

do T

he N

atio

nal L

ongi

tudi

nal S

urve

y of

Fr

eshm

en (N

LSF)

pat

roci

nado

pel

o O

ffice

of P

opul

atio

n Re

sear

ch d

a U

nive

rsid

ade

de P

rince

ton

Ava

liao

nze

itens

so

bre

recu

rsos

esc

olar

es n

o en

sino

meacuted

io e

a q

ualid

ade

dess

es re

curs

os a

sab

er b

iblio

teca

con

selh

eiro

de

orie

ntaccedil

atildeo o

u co

mpu

tado

res

Os

itens

satildeo

ava

liado

s em

um

a es

cala

tipo

Lik

ert

que

vai d

e ru

im a

teacute e

xcel

ente

Os

auto

res

cria

m u

m

indi

cado

r de

infra

estr

utur

a m

as n

atildeo e

scla

rece

m n

o te

xto

o m

eacutetod

o de

est

imaccedil

atildeo u

tiliz

ado

CU

YVER

S et

al

(201

1)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

rIn

fraes

turu

ra d

efini

da e

mpi

ricam

ente

de

acor

do c

om a

pe

rcep

ccedilatildeo

de a

luno

s que

resp

onde

ram

a u

m su

rvey

D

ados

prim

aacuterio

s de

surv

ey ju

nto

a es

tuda

ntes

em

14

esco

las s

ecun

daacuteria

s da

Beacutelg

ica

(n=

2032

) qu

e in

vest

igou

a

perc

epccedilatilde

o do

s so

bre

(1) o

preacute

dio

esco

lar t

em u

ma

estru

tura

esp

acia

l livr

e on

de eacute

faacuteci

l se

orie

ntar

(2)

as s

alas

de

aula

abe

rtas

a u

ma

aacuterea

(ver

de)

(3) o

preacute

dio

esco

lar o

fere

ce

recu

rsos

de

TI b

em in

tegr

ados

e a

cess

o a

varia

das f

onte

s de

pesq

uisa

(4)

todo

s os i

ndic

ador

es re

laci

onad

os agrave

segu

ranccedil

a (e

g o

preacute

dio

esco

lar eacute

bem

pro

tegi

do c

ontra

inva

sotildees

) (5

) cr

iteacuterio

s sob

re a

con

diccedilatilde

o do

preacute

dio

esco

lar

(6) c

riteacuter

ios

sobr

e a

amen

idad

e e

conf

orto

fiacutesic

o de

preacute

dio

esco

lar

(tem

pera

tura

acuacute

stic

a ilu

min

accedilatildeo

e v

entil

accedilatildeo

)

O in

dica

dor eacute

con

stru

ido

por e

scal

onam

ento

dos

ite

ns d

o qu

estio

naacuterio

apl

icad

o ao

s al

unos

mas

os

auto

res

natildeo

escl

arec

em n

o te

xto

de q

ue fo

rma

o in

dica

dor f

oi p

rodu

zido

88

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sG

LIC

KA e

t al

(201

1)U

tiliz

a va

riaacuteve

is

sepa

rada

men

teD

efine

em

piric

amen

te a

s ldquoca

ract

eriacutes

ticas

prim

aacuteria

s da

esc

olardquo

que

con

teacutem

as

info

rmaccedil

otildees

sobr

e in

fraes

trut

ura

Dad

os p

rimaacuter

ios

de su

rvey

con

duzi

do p

elos

aut

ores

em

20

04 e

m M

adag

asca

r Es

cola

s se

leci

onad

as a

par

tir d

e um

a pe

squi

sa d

o M

inis

teacuterio

da

Educ

accedilatildeo

No

grup

o da

s ldquoCa

ract

eriacutes

ticas

Prim

aacuteria

s Es

cola

resrdquo

as

variaacute

veis

re

laci

onad

as agrave

infra

estu

tura

satildeo

dis

tacircnc

ia d

o ce

ntro

da

com

unid

ade

(km

) e

scol

a se

m s

anitaacute

rio s

anitaacute

rio

sepa

rado

por

sex

o p

erce

ntag

em d

e sa

las

de a

ula

com

qu

adro

neg

ro

Util

iza

as v

ariaacute

veis

sep

arad

amen

te p

ara

corr

elac

oinaacute

-las

a re

sulta

dos

esco

lare

s

OC

DE

(201

3)Co

nstr

uccedilatildeo

de

indi

cado

res

A n

occedilatildeo

de

infra

estr

utur

a es

taacute re

laci

onad

a agraves

co

ndiccedil

otildees

esco

lare

s e

de e

nsin

o

Dad

os d

o Pr

ogra

ma

de A

valia

ccedilatildeo

de E

stud

ante

s de

15

anos

(Pisa

) or

gani

zado

pel

a O

CDE

com

a p

artic

ipaccedil

atildeo d

e vaacute

rios

paiacutese

s in

clus

ive

o Br

asil

Que

stio

naacuterio

resp

ondi

do

pelo

dire

tor

Itens

sob

re in

fraes

trut

ura

- esc

asse

z ou

in

adeq

uaccedilatilde

o de

(1)

est

rutu

ra fiacute

sica

da e

scol

a (2

) sis

tem

as e

leacutetr

icos

e d

e aq

ueci

men

to e

ou

resf

riam

ento

e

(3) e

spaccedil

o na

s sa

las

de a

ula

Iten

s de

recu

rsos

esc

olar

es

- esc

asse

z ou

inad

equa

ccedilatildeo

de (

(1) l

abor

atoacuter

io d

e ci

ecircnci

a

(2) m

ater

iais

didaacute

ticos

(3)

com

puta

dore

s (4

) int

erne

t e

(5) s

oftw

ares

edu

caci

onai

s

Fora

m c

onst

ruiacuted

os d

ois

iacutendi

ces

- iacutend

ice

de

infra

estr

utur

a e

iacutendi

ce d

e re

curs

os e

scol

ares

O

s iacuten

dice

s tecirc

m e

scal

a em

des

vios

-pad

ratildeo

Va

lore

s po

sitiv

os in

dica

m m

elho

res

cond

iccedilotildee

s de

in

fraes

trut

ura

e re

curs

os e

scol

ares

CU

ESTA

G

LEW

WE

BR

OO

KE (2

014)

Variaacute

veis

se

para

dam

ente

Defi

ne in

fraes

tutu

ra p

ela

a pr

esen

ccedila d

e de

term

inad

os it

ens

cara

cter

iacutestic

as d

a sa

la d

e au

la

com

o lu

z na

tura

l te

mpe

ratu

ra a

cuacutest

ica

pre

senccedil

a na

esc

ola

de e

letr

icid

ade

aacutegu

a po

taacuteve

l e a

con

diccedilatilde

o do

edi

fiacutecio

exi

stecircn

cia

de u

ma

bibl

iote

ca l

abor

atoacuter

io

de in

form

aacutetic

a ou

labo

ratoacute

rios

de c

iecircnc

ias

livro

s di

daacutetic

os

mat

eria

is p

edag

oacutegic

os e

tecn

olog

ias

de

info

rmaccedil

atildeo e

com

unic

accedilatildeo

(TIC

)

Revi

satildeo

de e

stud

os s

obre

o im

pact

o da

infra

estr

utur

a no

apr

endi

zado

dos

alu

nos

de p

aiacutese

s la

tino-

amer

ican

os d

e 19

90 a

201

2 V

ariaacute

veis

ana

lisad

as

cond

iccedilatildeo

das

par

edes

pis

os e

telh

ado

mat

eria

is d

e in

stru

ccedilatildeo

na s

ala

de a

ula

(com

o fli

p ch

arts

qua

dro

bran

co e

m c

aval

ete)

e q

uadr

os n

egro

s m

as e

xclu

indo

liv

ros

didaacute

ticos

) di

spon

ibili

dade

de

elet

ricid

ade

aacutegu

a e

sani

taacuterio

s e

a di

spon

ibili

dade

de

labo

ratoacute

rios

(ciecirc

ncia

s e

info

rmaacutet

ica)

bib

liote

cas

mes

as e

qua

dros

O e

stud

o fa

z um

bal

anccedilo

de

outr

os e

stud

os

Apr

esen

ta e

stat

iacutestic

as d

escr

itiva

s po

r paiacute

ses

(pro

porccedil

atildeo) d

os it

ens

de in

fraes

trut

ura

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Cont

inua

89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Qua

dro

A5

Sist

emat

izaccedil

atildeo d

a lit

erat

ura

inte

rnac

iona

l em

ord

em d

e da

ta d

a pu

blic

accedilatildeo

(co

ntin

uaccedilatilde

o)

Refe

recircnc

iaC

lass

ifica

ccedilatildeo

Defi

niccedilatilde

o de

infra

estr

utur

aFo

nte

de d

ados

Var

iaacuteve

isM

eacutetod

os

Proc

edim

ento

sIN

EE (2

016)

Dim

ensotilde

es e

ite

ns [d

ocum

ento

no

rmat

ivo]

Aval

iaccedilatilde

o da

s Co

ndiccedil

otildees

Baacutesic

as p

ara

o En

sino

e a

Apr

endi

zage

m (E

valu

acioacute

n de

Con

dici

ones

Baacutes

icas

pa

ra la

Ens

entildean

za y

el A

pren

diza

je ndash

ECE

A) r

ealiz

ada

pelo

Inst

ituto

Nac

iona

l par

a la

Eva

luac

ioacuten

de la

Ed

ucac

ioacuten

(INEE

) do

Meacutex

ico

Defi

ne in

fraes

trut

ura

com

o o

conj

unto

de

inst

alaccedil

otildees

e se

rviccedil

os q

ue

perm

item

a re

aliz

accedilatildeo

do

trab

alho

esc

olar

em

co

ndiccedil

otildees

de d

igni

dade

seg

uran

ccedila e

bem

-est

ar

Os

mob

iliaacuter

ios

e eq

uipa

men

tos

bem

com

o m

ater

iais

de

apo

ios

satildeo

nece

ssaacuter

ios

para

a re

aliz

accedilatildeo

das

at

ivid

ades

cur

ricul

ares

e a

dmin

istra

tivas

Dad

os d

o es

tudo

pilo

to d

e 20

14 c

om a

mos

tra d

e es

cola

s pr

imaacuter

ias

Dim

ensotilde

es e

iten

s (1

) In

fraes

truct

ura

para

o

bem

est

ar e

apr

endi

zage

m d

os e

stud

ante

s (ac

esso

a

serv

iccedilos

baacutes

icos

esp

accedilos

esc

olar

es su

ficie

ntes

e a

cess

iacutevei

s co

ndiccedil

otildees b

aacutesic

as d

e se

gura

nccedila

e hi

gien

te)

(2) m

obili

aacuterio

e

equi

pam

ento

s baacutes

icos

par

a o

ensin

o e

apre

ndiz

ado

(mob

iliaacuter

io su

ficie

nte

e ad

equa

do e

qupa

men

tos d

e ap

oio)

e (3

) mat

eria

is de

apo

io e

duca

tivo

(mat

eria

is cu

rriacutecu

lare

s m

ater

iais

didaacute

ticos

ace

rvo

da b

iblio

teca

) O

s ind

icad

ores

incl

uem

ace

sso

a se

rviccedil

os p

uacuteblic

os (aacute

gua

en

ergi

a e

sgot

o) a

mbi

ente

fiacutesic

o ad

equa

do (v

entil

accedilatildeo

te

mpe

ratu

ra il

umin

accedilatildeo

ruiacute

dos)

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

ac

adecircm

icas

esp

accedilos

par

a at

ivid

ades

esp

ortiv

as c

ultu

rais

e de

recr

eccedilatildeo

exi

stecircn

cia

de b

anhe

iros e

ban

heiro

s par

a pe

ssoa

s com

defi

ciecircn

cia

ace

ssib

ilida

de c

onse

rvaccedil

atildeo

trata

men

to ig

ualit

aacuterio

par

a al

unos

seg

undo

gecircn

ero

liacuten

gua

orig

em so

cial

eacutetn

ica

etc

Apr

esen

ta re

sulta

dos

do e

stud

o pi

loto

mar

co

basi

co p

ara

orie

ntar

a im

plan

taccedilatilde

o e

func

iona

men

to

das

esco

las

e or

ient

ar a

ava

liaccedilatilde

o da

s es

cola

s de

edu

caccedilatilde

o baacute

sica

O in

stru

men

to re

spon

dido

pe

la e

quip

e da

esc

ola

que

dev

e re

fletir

sob

re

as c

ondi

ccedilotildees

meacuted

ias

da e

scol

a pa

ra c

ada

item

A

leacutem

dis

so c

olet

a op

iniotilde

es s

obre

o q

uant

o a

infra

estr

utur

a af

eta

o en

sino

e a

pren

diza

do e

accedilotilde

es

nece

ssaacuter

ias

para

mel

horia

Est

udo

Um

info

rme

com

os

resu

ltado

s do

est

udo

pilo

to re

aliz

ado

em

esco

las

prim

aacuteria

s ap

rese

nta

anaacutel

ises

des

criti

vas

dos

itens

que

com

potildee

cada

um

a de

ssas

dim

ensotilde

es

Apr

esen

ta re

cort

es s

egun

do lo

caliz

accedilatildeo

das

esc

olas

(u

rban

a ru

ral

aacuterea

indiacute

gena

) e ti

po d

e or

gani

zaccedilatilde

o (m

ultis

eria

do o

u natilde

o) e

eta

pas

UN

ESCO

(201

6)D

imen

sotildees

e

indi

cado

res

(doc

umen

to

norm

ativ

o)

A m

eta

4a

do o

bjet

ivo

4 da

Age

nda

2030

par

a D

esen

volv

imen

to S

uste

ntaacutev

el d

efine

com

o

inst

alaccedil

otildees

fiacutesic

as a

prop

riada

s pa

ra c

rianccedil

as

e se

nsiacutev

eis

agraves d

efici

ecircnci

as e

ao

gecircne

ro e

que

pr

opor

cion

em a

mbi

ente

s de

apr

endi

zage

m s

egur

os

e natilde

o vi

olen

tos

incl

usiv

os e

efic

azes

par

a to

dos

Indi

cado

res p

ara

mon

itora

men

to (A

) Por

cent

agem

de

esco

las c

om a

cess

o a

(i) aacute

gua

potaacute

vel b

aacutesic

a (i

i) in

stal

accedilotildee

s sa

nitaacute

rias d

e se

xo uacute

nico

baacutes

icas

e (i

ii) in

stal

accedilotildee

s de

lava

gem

das

matildeo

s baacutes

icas

(B)

Pro

porccedil

atildeo d

e es

cola

s com

ac

esso

a (i

) ele

trici

dade

(ii)

inte

rnet

par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

e

(iii)

com

puta

dore

s par

a fin

s ped

agoacuteg

icos

(C) P

orce

ntag

em

de e

scol

as c

om in

fra-e

stru

tura

e m

ater

iais

adap

tado

s par

a es

tuda

ntes

com

defi

ciecircn

cia

Natildeo

eacute u

m e

stud

o em

piacuteric

o D

ocum

ento

nor

mat

ivo

ap

rese

nta

um m

arco

bas

ico

para

orie

ntar

a

impl

anta

ccedilatildeo

e fu

ncio

nam

ento

das

esc

olas

e o

rient

ar

a av

alia

ccedilatildeo

das

esco

las

de e

duca

ccedilatildeo

baacutesi

ca

DU

ART

E

JAU

REG

UIB

ER

RY R

AC

IMO

(2

017)

Variaacute

veis

em

di

men

sotildees

D

efine

a su

ficiecirc

ncia

da

infra

estru

tura

par

a pa

iacuteses

latin

o-am

eric

anos

que

par

ticip

aram

do

Terc

e - T

erce

iro

Estu

do e

xplic

ativ

o e

com

para

tivo

de d

esem

penh

o es

cola

r se

gund

o o

s com

pone

ntes

baacutes

icos

do

ambi

ente

fiacutesic

o pa

ra fo

rnec

er o

s rec

urso

s nec

essaacute

rios

para

o p

roce

sso

de e

nsin

o e

apre

ndiz

agem

Dad

os d

o TE

RCE

2013

(UN

ESCO

-ORE

ALC

) Pa

ra m

ensu

rar a

su

ficiecirc

ncia

os i

tens

do

ques

tionaacute

rio re

spon

dido

pel

o di

reto

r or

gani

zado

s em

seis

cate

goria

s (1

) aacutegu

a e

sane

amen

to

baacutesic

o (aacute

gua

potaacute

vel e

sgot

o b

anhe

iros e

m b

oas

cond

iccedilotildee

s e c

olet

a de

lixo)

(2)

ace

sso

aos s

ervi

ccedilos p

uacuteblic

os

(ele

trici

dade

tel

efon

ia e

inte

rnet

) (3

) esp

accedilos

edu

caci

onai

s (s

ala

de a

rtem

uacutesic

a la

bora

toacuterio

de

ciecircn

cias

e in

form

aacutetic

a e

bibl

iote

ca)

(4) e

spaccedil

os a

dmin

istra

tivos

(sal

a do

dire

tor

sala

s adm

inist

rativ

as s

ala

de re

uniatilde

o do

s pro

fess

ores

e

enfe

rmar

ia)

(5) e

spaccedil

os m

ultiu

sos (

ginaacute

sio a

uditoacute

rio e

qu

adra

s de

espo

rtes)

e (6

) equ

ipam

ento

s da

sala

de

aula

(q

uadr

o br

anco

ou

de g

iz m

esa

e ca

deira

par

a o

prof

esso

r m

esas

e c

adei

ras p

ara

todo

s os a

luno

s)

A m

ensu

raccedilatilde

o da

sufi

ciecircn

cia

da in

fraes

trut

ura

feita

pe

la p

rese

nccedila

dos

itens

nas

cat

egor

ias

Para

atin

gir

o cr

iteacuterio

de

sufic

iecircnc

ia a

esc

ola

deve

ter

todo

s os

iten

s da

1a

cate

goria

el

etric

idad

e e

tele

foni

a na

2a

pel

o m

enos

a b

iblio

teca

den

tre

os it

ens

da

3a p

elo

men

os d

ois

dent

re o

s qu

atro

iten

s da

4a

pe

lo m

enos

um

den

tre

os tr

ecircs it

ens

da 5

a e

todo

s os

iten

s da

6a

Anaacute

lise

desc

ritiv

a p

erce

ntua

l de

esco

las

com

gra

u su

ficie

nte

nas

seis

cat

egor

ias

em

cinc

o q

uatr

o tr

ecircs d

ois

uma

ou n

enhu

ma

cate

goria

se

gund

o pa

iacuteses

e o

utra

s va

riaacuteve

is d

iscr

imin

ante

s

Font

e e

labo

raccedilatilde

o pr

oacutepria

90

Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar

Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar

Nac

iona

l

Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)

SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)

MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017

Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3

inte

rnac

iona

l

Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia

91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)

Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios

Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo

Indi

cado

r(es)

BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)

OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)

MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)

Variaacute

veis

VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)

GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

92

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas

DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE

Aacutere

a

Localizaccedilatildeo Geograacutefica

Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Localizaccedilatildeo da escola

Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Local de funcionamento da escola

Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s de

ate

ndim

ento

Atendimento

Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)

Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)

Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

no

Acesso a serviccedilos

Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Instalaccedilotildees do preacutedio

Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Continua

94

Cond

iccedilotildee

s do

est

abel

ecim

ento

de

ensi

noPrevenccedilatildeo de danos

Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Conservaccedilatildeo

Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)

Variaacuteveis da escola (SAEB)

Ambiente Prazeroso

Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)

Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra o

ens

ino

e ap

rend

izad

o

Espaccedilos Pedagoacutegicos

Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio administrativo

Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Cond

iccedilotildee

s pa

ra a

eq

uida

de

Acessibilidade

Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)

Ambiente para atendimento especializado

Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)

Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria

Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)

95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas

Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes

de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as

meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola

De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do

tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados

em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores

com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo

equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo

mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos

instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo

As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo

de unidimensionalidade dos construtos

As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o

indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas

poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria

em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo

dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras

Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso

sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero

de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos

boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois

como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala

seraacute limitado

Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral

pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra

indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas

para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro

resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas

meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que

nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee

96

Acesso a serviccedilos puacuteblicos

Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Indi

cado

r ndash A

cess

o a

serv

iccedilos AacuteGUA

Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658

ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939

ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416

LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E S GOT O0 1 2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 AacuteGUA

0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 E NE R GIA0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Pro

bab

ilid

ade

T heta

Grupo 1 LIXO0 1

97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Instalaccedilotildees do preacutedio escolar

Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa

Indi

cado

r ndash In

stal

accedilotildee

s do

preacute

dio

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879

IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908

IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349

IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522

IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846

IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663

IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588

IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645

_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores

Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

BAN

HEI

RO_

FORA

DEN

TRO

IN_C

OZI

NH

A

IN_R

EFEI

TORI

O

IN_D

ESPE

NSA

IN_S

ALA

_DIR

ETO

RIA

IN_S

ALA

_PRO

FESS

OR

IN_S

ECRE

TARI

A

IN_A

LMO

XARI

FAD

O

IN_A

GU

A_F

ILTR

AD

A

BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039

IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013

IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008

IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018

IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030

IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026

IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022

IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026

IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

98

Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO

0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COZINHA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DESPENSA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA

0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1

99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas

Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash P

reve

nccedilatildeo

de

dano

s

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

Prot_incendio

Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290

Ilum_foraEscolUNI

Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453

Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782

Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015

Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Prot_incendio0

1

2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI

0

1 2

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_fisica

0

1

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Segu_equip

0

1

100

Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar

Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

telhado

Ruim 132 129 124

Regular 301 311 308

Bom 567 561 569

parede

Ruim 76 72 76

Regular 316 322 325

Bom 608 606 598

piso

Ruim 126 111 116

Regular 294 297 303

Bom 580 592 581

entrada

Ruim 101 90 97

Regular 291 287 296

Bom 607 623 607

paacutetio

Ruim 154 139 139

Regular 293 298 292

Bom 553 563 569

corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628

sala

Ruim 85 84 84

Regular 350 356 353

Bom 565 561 563

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475

janelas

Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526

banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431

cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567

insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462

insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449

Sinaldepr

Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332

Natildeo 570 553 581

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

telh

ado

pare

de

piso

entr

ada

paacutetio

corr

edor

sala

port

as

jane

las

banh

eiro

s

cozi

nha

inst

hidr

a

inst

elet

rica

Sina

ldep

rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039

parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045

piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038

entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040

paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035

corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038

sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049

portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053

janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047

banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048

cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034

insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046

insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045

Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Indi

cado

r ndash C

onse

rvaccedil

atildeo

101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 telhado

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 parede0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 piso0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 entrada0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 paacutetio0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 corredor0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 sala0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 portas0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 janelas

0

12

3

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 banheiros0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 cozinha

0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 insthidra0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 insteletrica0

1

2

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Theta

Group 1 Sinaldepr

01

2

Prob

abili

dade

Prob

abili

dade

102

Conforto

Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash C

onfo

rto

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630

ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600

BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017

Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Iluminada Arejada BiblioArejIlum

Iluminada 100 077 047

Arejada 077 100 052

BiblioArejIlum 047 052 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015

Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015

Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Iluminada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 Arejada0

1

2

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 BiblioArejIlum

01

103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Ambiente prazeroso

Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

mbi

ente

Pra

zero

so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215

N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407

IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272

IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048

IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046

IN_AREA_VERDE 050 032 100 031

IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 PATIO_COB_DES0

1

2

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AREA_VERDE0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0

1

104

Espaccedilos pedagoacutegicos

Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

spaccedil

os P

edag

oacutegic

os

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468

NU_COMP_ALUNO_CAT

Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108

QUADRA_COBDESCOB

Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54

IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115

IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_LABORATORIO_INFORMATICA

NU_COMP_ALUNO_CAT

IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA

QUADRA_COBDESCOB

IN_LABORATORIO_CIENCIAS

IN_AUDITORIO

IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0

12

3

4

5

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_AUDITORIO0

1

105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Equipamentos para apoio administrativo

Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash E

quip

amen

tos

para

apo

io a

dmin

istr

ativ

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT

Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64

NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT

Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136

NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()

Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117

NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT

Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91

IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013

106

Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU

_EQ

UIP

_CO

PIA

DO

RA_C

AT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_CAT

NU

_EQ

UIP

_IM

PRES

SORA

_MU

LT_

CAT

NU

_CO

MP_

AD

MIN

ISTR

ATIV

O_C

AT

IN_I

NTE

RNET

_B_L

ARG

A

NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0

1 2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0

1 23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0

1

2

107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Equipamentos para apoio pedagoacutegico

Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa

indi

cado

r ldquoEq

uipa

men

tos

para

apo

io p

edag

oacutegic

o

Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

NU_EQUIP_TV_CAT

Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249

NU_EQUIP_DVD_CAT

Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144

NU_EQUIP_SOM_CAT

Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168

NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT

Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138

NU_EQUIP_FOTO_CAT

Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017

Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

NU_EQUIP_TV_

CATNU_EQUIP_DVD_

CATNU_EQUIP_SOM_

CATNU_EQUIP_

MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_

CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

108

Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015

Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Acessibilidade

Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

cess

ibili

dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399

IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298

infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3Pr

obab

ilida

deTheta

Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0

1

23

4

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0

1

2

3

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0

1

2

3

109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015

IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb

Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

Ambiente para atendimento especializado

Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa

Indi

cado

r ndash A

tend

imen

to

Educ

acio

nal E

spec

ializ

ado

(AEE

) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017

IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83

IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1

00

0102

03

0405

06

0708

09

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 infra_deficiencia

0

1

2

110

Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

IN_BRAILLE_CAT

IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT

IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT

IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015

Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa

Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0

1

00

02

04

06

08

10

-3 -2 -1 0 1 2 3

Prob

abili

dade

Theta

Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1

111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo

Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio

Prevenccedilatildeo de danos ()

Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41

AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13

AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12

RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23

PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18

AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28

TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41

MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19

PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32

CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39

RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31

PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23

PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25

AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36

SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44

BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26

MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42

ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40

RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58

SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48

PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60

SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48

RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55

MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59

MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38

GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47

DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57

continua

112

Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)

Espaccedilos pedagoacutegicos

Equip p apoio admin

Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20

13

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

2013

2015

2017

RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57

AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34

AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35

RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40

PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40

AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48

TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56

MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42

PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50

CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60

RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55

PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52

PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51

AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53

SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56

BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49

MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61

ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59

RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67

SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68

PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67

SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65

RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65

MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67

MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59

GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63

DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb

113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo

originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das

informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)

Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas

pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos

de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam

teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais

matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais

complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e

a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015

Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem

e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e

escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel

mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees

educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para

dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE

de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis

Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de

aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura

(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa

a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)

Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os

indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil

Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e

2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da

variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos

Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)

Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas

35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas

para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado

(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino

Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes

na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola

25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt

114

Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a

presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na

composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os

Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem

matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente

consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre

7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)

Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo

Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos

Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do

ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino

fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183

LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14

Regiatildeo

Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72

Unidades da Federaccedilatildeo

Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13

continua

115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)

Dependecircncia Administrativa

Brasil Federal Estadual Municipal Privada

Etapas

Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221

Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517

Nordm de alunos

Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217

Niacuteveis de Complexidade da escola ()

1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07

Grupos do INSE 2015 ()

Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212

Faixas do Ideb - anos iniciais ()

Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00

Faixas do Ideb - anos finais ()

Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00

Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015

116

117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral

Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)

Cozinha

Aacutegua_filtrada

Aacutegua_rio

Banheiro_fora

Energia_outro

Esgoto_fossa

Energia_rede

Banheiro_dentro

Aacutegua_poccedilo

TV_1

DVD_1

Sinal_depred_pouco

Janelas_ruim

IluminaFora_ruim

Impressora_1

Seguranccedila_equipamento

SOM_1

Aacutegua_rede

Sala_diretoria

Lixo_coleta

Parede_regular

Comput_Adm_1

Telhado_regular

Paacutetio_Cob_ou_Descob

Salas_regular

Comp_aluno_1a5

Entrada_regular

Piso_regular

Cozinha_regular

Ilumina_salas_MaisMetade

Secretaria

Internet_semBandaLarga

Corredor_regular

Seguranccedila_fiacutesica

Portas_regular

Sala_professor

Janelas_regular

MaqFoto_1

000010

150151

182197

223286

346374

390393

412418

426430

435445

450451

451454

461467

473473

475481

485485

488488

491494

496497

500500

Paacutetio_regular

Lab_informaacutetica

Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq

SalaLeitura

IluminaFora_regular

InstalHidra_regular

Areja_salas_MaisMetade

InstalEletric_regular

EquipMultimiacutedia_1

Copiadora_1

Banheiros_regular

Despensa

Internet_comBandaLarga

Comput_Adm_2a3

Comp_aluno_6a10

Impressora_2

TV_2

Ilumina_salas_Todas

Biblio_Areja_Ilumina

Esgoto_rede

Corredor_bom

Prot_incend_ruim

SOM_2

Parede_bom

Entrada_bom

Quadra_descoberta

Biblioteca

Piso_bom

Sinal_depred_natildeo

Areja_salas_Todas

Telhado_bom

Cozinha_bom

Paacutetio_bom

Salas_bom

Janelas_bom

Almoxarifado

DVD_2

Prot_incend_regular

501512

512513

515515

515516

519522

524533

533536

546550

552564

564568

570571

571573

573573

576579

579579

580583

586586

593596

596599

Comp_aluno_11a15

Portas_bom

InstalHidra_bom

Banheiro_chuveiro

Banheiro_PNE

Impressora_3

IluminaFora_bom

InstalEletric_bom

ImpressoraMulti_1

Banheiros_bom

Comput_Adm_4a7

Refeitoacuterio

Quadra_coberta

TV_3mais

SOM_3

Comp_aluno_16a20

EquipMultimiacutedia_2

Dependecircncias_PNE

Prot_incend_bom

Impressora_4mais

MaqFoto_2

Aacuterea_verde

Parque_infantil

Copiadora_2

SOM_4mais

DVD_3mais

Lab_ciecircncias

Paacutetio_Cob_e_Descob

Comput_Adm_mais7

EquipMultimiacutedia_3mais

Infra_deficiecircncia_Adeq

Comp_aluno_mais20

ImpressoraMulti_2

Auditoacuterio

SalaLeitura_e_Biblio

Quadra_coberta_e_descob

MaqFoto_3mais

Copiadora_3mais

604607

610611

611613

614614

614617

617622

629632

635644

644644

656662

674675

677681

684688

693697

703709

711720

727737

739760

769785

Informaacutetica_acessiacutevel

ImpressoraMulti_3mais

Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument

Soroban

Braille

815820

865917

1000

118

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes

Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017

Variaacuteveis discriminantes da escola

Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017

Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII

Brasil 33 141 107 199 319 174 27

LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46

Rural 80 333 225 203 137 22 00

Regiatildeo do paiacutes

Norte 170 301 115 163 184 61 07

Nordeste 19 206 169 268 264 66 08

Sudeste 00 35 50 148 401 319 47

Sul 00 16 42 135 421 319 66

Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37

Dependecircncia Administrativa

Federal 00 00 00 21 106 277 596

Estadual 20 34 30 129 442 309 37

Municipal 47 210 151 200 261 122 09

Privada 00 02 26 265 405 225 78

Etapas ofertadas

Fundamental 39 200 155 236 263 99 08

Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71

Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231

Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05

Tipo de oferta

Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48

Anos finais 25 60 64 194 378 227 53

Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00

Tamanho da escola

ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01

Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14

Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76

Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03

INSE 2015

Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04

Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26

Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63

Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163

Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419

Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53

Total 39 200 155 236 263 99 08

Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil

120

121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

Anexo 1

Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE

CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a

construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20

3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

7 Refeitoacuterio 1 50

8 CopaCozinha 1 15

9 Quadra coberta 1 200

10 Parque infantil 1 20

11 Banheiros 4 20

12 Sala de depoacutesito 3 15

13 Sala de TVDVD 1 30

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1150

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais

Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1

Fonte CNE (2010)

122

A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item

1 Sala de aula 10 45

2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20

3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo

1 80

5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45

6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50

7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50

8 Refeitoacuterio 1 80

9 Copacozinha 1 20

10 Quadra coberta 1 500

11 Banheiros 6 20

12 Sala de depoacutesito 2 30

13 Sala de TVDVD 1 50

14 Sala de Reprografia 1 15

15 Total (m2) 1650

Fonte CNE (2010)

B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais

Descriccedilatildeo Quantidade

1 Esportes e brincadeiras

11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30

2 Cozinha

21 Freezer de 305 litros 2

22 Geladeira de 270 litros 2

23 Fogatildeo industrial 2

24 Liquidificador industrial 2

25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2

3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos

31 Enciclopeacutedias 2

32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4

33 Outros dicionaacuterios 30

34 Literatura infantojuvenil 3000

35 Literatura brasileira 3000

36 Literatura estrangeira 3000

37 Paradidaacuteticos 600

38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200

4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto

41 Retroprojetor 1

42 Tela para projeccedilatildeo 1

43 Televisor de 20 polegadas 10

44 Suporte para TV e DVD 10

45 Aparelho de DVD 10

46 Maacutequina fotograacutefica 1

47 Aparelho de CD e raacutedio 10

5 Processamento de Dados

51 Computador para sala de informaacutetica 30

52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8

53 Impressora jato de tinta 2

54 Impressora laser 2

55 Fotocopiadora 1

56 Guilhotina de papel 1

6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral

61 Carteiras 300

62 Cadeiras 300

63 Mesa tipo escrivaninha 10

64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10

65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10

66 Mesa para computador 38

67 Mesa de leitura 4

68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2

69 Armaacuterio com 2 portas 10

610 Mesa para refeitoacuterio 10

611 Mesa para impressora 4

612 Estantes para biblioteca 25

613 Quadro para sala de aula 10

614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10

615 Bebedouros eleacutetrico 4

616 Circulador de ar de parede 10

617 Maacutequina de lavar roupa 1

618 Telefone 2

Fonte CNE (2010)

123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil

  • Sumaacuterio
Page 6: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 7: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 8: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 9: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 10: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 11: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 12: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 13: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 14: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 15: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 16: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 17: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 18: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 19: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 20: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 21: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 22: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 23: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 24: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 25: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 26: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 27: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 28: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 29: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 30: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 31: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 32: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 33: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 34: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 35: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 36: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 37: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 38: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 39: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 40: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 41: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 42: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 43: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 44: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 45: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 46: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 47: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 48: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 49: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 50: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 51: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 52: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 53: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 54: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 55: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 56: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 57: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 58: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 59: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 60: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 61: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 62: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 63: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 64: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 65: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 66: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 67: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 68: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 69: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 70: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 71: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 72: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 73: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 74: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 75: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 76: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 77: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 78: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 79: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 80: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 81: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 82: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 83: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 84: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 85: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 86: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 87: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 88: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 89: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 90: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 91: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 92: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 93: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 94: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 95: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 96: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 97: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 98: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 99: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 100: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 101: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 102: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 103: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 104: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 105: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 106: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 107: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 108: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 109: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 110: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 111: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 112: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 113: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 114: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 115: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 116: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 117: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 118: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 119: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 120: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 121: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 122: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 123: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos
Page 124: QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO …€¦ · masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos