Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
QUALIDADE DA INFRAESTRUTURADAS ESCOLAS PUacuteBLICAS DO ENSINOFUNDAMENTAL NO BRASIL
indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017
Publicado em 2019 pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura 7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP Franccedila e Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cooperaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
copy UNESCO 2019
Esta publicaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em acesso livre ao abrigo da licenccedila Atribuiccedilatildeo-Partilha 30 IGO (CC-BY-SA 30 IGO) (httpcreativecommons orglicensesby-sa30igo) Ao utilizar o conteuacutedo da presente publicaccedilatildeo os usuaacuterios aceitam os termos de uso do Repositoacuterio UNESCO de acesso livre (httpunescoorgopen-accessterms-use-ccbysa-en)
As indicaccedilotildees de nomes e a apresentaccedilatildeo do material ao longo deste livro natildeo implicam a manifestaccedilatildeo de qualquer opiniatildeo por parte da UNESCO a respeito da condiccedilatildeo juriacutedica de qualquer paiacutes territoacuterio cidade regiatildeo ou de suas autoridades tampouco da delimitaccedilatildeo de suas fronteiras ou limites
As ideias e opiniotildees expressas nesta publicaccedilatildeo satildeo as dos autores e natildeo refletem obrigatoriamente as da UNESCO nem comprometem a Organizaccedilatildeo
Coordenaccedilatildeo teacutecnica da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
Marlova Jovchelovitch Noleto Diretora e Representante
Maria Rebeca Otero Gomes Coordenadora do Setor de Educaccedilatildeo
Mariana Alcalay Oficial de Projetos
Revisatildeo teacutecnica Setor de Educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil e Equipe de Pesquisa do Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares (Nupede) da Faculdade de Educaccedilatildeo da UFMG
Revisotildees gramatical ortograacutefica bibliograacutefica editorial Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
Projeto graacutefico Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
IlustraccedilatildeoFoto de capa
Fotos copy UNESCOEdson Fogaccedila
Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil ndash Brasiacutelia UNESCO 2019
122 p
ISBN 978-85-7652-238-6
1 Instalaccedilotildees e recursos educacionais 2 Equipamentos educacionais 3 Edifiacutecio escolar 4 Escolas 5 Eficiecircncia educacional 6 Educaccedilatildeo primaacuteria 7 Educaccedilatildeo baacutesica 8 Educaccedilatildeo puacuteblica 9 Educaccedilatildeo universal 10 Igualdade de oportunidades 11 Estatiacutestica educacional 12 Brasil I UNESCO
CDD 37162
Esclarecimento a UNESCO manteacutem no cerne de suas prioridades a promoccedilatildeo da igualdade de gecircnero em todas as suas atividades e accedilotildees Devido agrave especificidade da liacutengua portuguesa adotam-se nesta publicaccedilatildeo os termos no gecircnero masculino para facilitar a leitura considerando as inuacutemeras menccedilotildees ao longo do texto Assim embora alguns termos sejam escritos no masculino eles referem-se igualmente ao gecircnero feminino
Brasiacutelia 2019
indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017
Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Auxiliares de Pesquisa
Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais
CREacuteDITOS DA PESQUISA
Sumaacuter ioRESUMO bull 7
1 Introduccedilatildeo bull 11
2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21
221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21
23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26
3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32
4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39
421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63
5 Consideraccedilotildees finais bull 67
Referecircncias bibliograacuteficas bull 71
Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119
Anexo 1 bull 121
L is ta de s ig las e abrev iaturas
AEE Atendimento Educacional Especializado
Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica
Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment
CAQ Custo Aluno-Qualidade
CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial
CCI Curva Caracteriacutestica do Item
CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica
CF Constituiccedilatildeo Federal
CII Curva de Informaccedilatildeo do Item
CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo
Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo
ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje
EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos
FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo
Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
GoM Grade of Membership
GT Grupo de Trabalho
Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica
INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias
Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio
Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira
INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola
IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica
LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar
MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares
OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe
PAR Plano de Accedilotildees Articuladas
PCA Anaacutelise de Componentes Principais
PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno
PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo
Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino
SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica
Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo
Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Sipis School Infrastructure Performance Indicator System
SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo
TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo
Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo
TRI Teoria da Resposta ao Item
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
USP Universidade de Satildeo Paulo
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura
7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Resumo
Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1
Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino
fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e
contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros
Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio
Teixeira (Inep)
A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano
Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a
construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao
gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos
A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por
cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis
discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo
da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute
tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees
do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona
incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado
contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores
que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo
condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os
itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas
A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees
conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que
as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes
sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar
Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos
que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as
escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo
1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
8
As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito
conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores
em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com
destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto
o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores
No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas
que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas
que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente
para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior
O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas
que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees
de infraestrutura satildeo piores
Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de
complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da
Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)
O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas
por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola
mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores
O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre
esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo
entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura
com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil
(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores
mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores
resultados do Ideb
Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida
em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro
dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental
ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte
No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro
do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins
administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas
urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos
escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola
tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual
ou particular ou municipal
9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados
inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto
agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e
no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste
De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam
que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo
O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus
levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das
escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores
satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa
diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre
as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que
aquelas onde haacute mais meninos
Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os
resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos
estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre
o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco
Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por
municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos
semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas
tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam
de atenccedilatildeo
Belo Horizonte 28 de novembro de 2017
Equipe de pesquisa
10
11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
1 I nt roduccedilatildeo 2
Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura
das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para
a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas
com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos
os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com
qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global
A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do
Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos
multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento
Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da
pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento
sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)
O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar
a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que
se comprometam a
4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis
agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo
violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)
No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em
2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em
vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes
com necessidades especiais
Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus
objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional
para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3
2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)
12
Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de
infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental
no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo
Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015
Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil
ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no
que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as
etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais
longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563
em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que
perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que
aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil
o ensino meacutedio ou ambos
Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles
destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos
pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das
escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos
de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas
se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla
eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos
especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de
ensino e respeitando as prioridades locais
Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos
indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito
com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus
itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle
nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso
Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura
constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de
um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados
o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de
resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com
outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento
contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas
consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui
um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos
4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)
13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
14
15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar
A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas
legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as
pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas
tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos
professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se
confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo
A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual
se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA
ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao
longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado
de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o
segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados
nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate
A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o
crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade
da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e
compra de materiais para o trabalho escolar
A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso
resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo
dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no
primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no
final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)
As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica
reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental
(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos
entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e
planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais
A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser
discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-
ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados
aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)
A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais
uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a
diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas
Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo
16
polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade
eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em
trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e
3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura
escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras
Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante
para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do
preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para
o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos
componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo
transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)
Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental
fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura
acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas
empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a
infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores
21 Infraestrutura escolar marcos legais
A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos
decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes
sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)
A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins
deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e
da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)
O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo
e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a
ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art
60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados
em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de
qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem
que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na
versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo
Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto
constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como
a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes
federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)
6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica
17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu
uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de
acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)
Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi
criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido
nacionalmente (BRASIL 1996b)7
O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o
financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a
ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo
(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao
assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional
de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)
Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao
pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede
puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo
construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso
II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem
prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola
Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em
2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura
para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel
rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para
esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o
atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio
equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e
equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades
regionais (BRASIL 2001)
O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo
intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos
O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a
ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado
7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb
8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios
18
O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola
publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar
guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma
descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais
necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico
Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas
as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o
Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas
escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos
miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas
Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse
documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas
desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas
de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica
Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente
acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11
Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)
instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)
Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade
civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)
Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de
Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo
informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees
Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria
da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)
A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento
Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio
de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo
diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da
infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos
(MECFNDEPDE 2013)
9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016
10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)
11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo
19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024
composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da
infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada
Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas
as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam
sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007
SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)
No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a
qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b
FERNANDES 2007)
A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de
educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos
718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica
abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos
garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a
equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves
pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)
A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir
a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de
tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)
Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE
2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207
o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo
os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e
conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo
O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo
de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma
matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior
visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou
como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)
O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido
de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do
12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)
20
CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos
escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez
que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para
a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as
escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental
Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)
para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em
outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade
para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais
4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)
A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos
Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as
atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais
que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios
atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela
melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio
escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio
Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -
salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de
lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas
- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)
O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea
disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas
combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)
aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a
gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e
velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares
para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)
Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao
Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria
da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e
manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo
tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio
Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias
e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos
deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens
de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos
13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT
21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme
esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos
Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que
pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis
22 Revisatildeo da literatura
221 Procedimentos
O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a
infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais
2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio
entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados
escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6
desse apecircndice resumem os trabalhos revisados
A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso
sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as
definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos
Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um
indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis
Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais
simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais
como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas
multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente
calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo
aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser
muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)
As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do
Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos
aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos
resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura
escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por
oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para
a coleta de dados
222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo
As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas
em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante
delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema
O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas
22
de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola
mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado
para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios
informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e
recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais
que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino
Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE
2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura
das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU
2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de
dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos
A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro
categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam
somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda
as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino
como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as
escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores
elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo
infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com
acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de
laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura
escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares
desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do
item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de
conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto
a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14
No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros
em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses
resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na
literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam
em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)
Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no
Brasil a infraestrutura eacute relevante
Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro
indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e
de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto
14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017
23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees
das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos
pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais
Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram
indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis
(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma
das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no
Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial
Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que
avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo
dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine
com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou
em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo
Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da
infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas
prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade
escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois
iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do
Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo
de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos
ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola
O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de
escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos
federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades
da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de
banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de
alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo
redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que
estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades
escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das
escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa
O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores
da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham
considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo
de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por
escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que
os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente
As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de
infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou
trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola
respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb
24
No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de
acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura
a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia
de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na
biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)
Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou
uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica
Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes
baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem
Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados
em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua
potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo
eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de
ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas
administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio
auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo
quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos
Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias
Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e
telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos
dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e
6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o
percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma
categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes
Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o
Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor
responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da
escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos
escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos
3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em
um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)
Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo
qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila
preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos
nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura
nacional satildeo os direitos humanos
Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para
avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)
e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas
15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)
25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O
Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do
preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta
de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento
de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como
um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)
Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones
Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente
completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em
dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para
o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar
As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de
ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares
adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada
acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o
instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social
etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos
das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas
segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo
Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos
para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional
e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice
O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos
pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo
30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas
separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos
31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e
(iii) computadores para fins pedagoacutegicos
32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com
deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)
Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente
Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores
O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei
do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos
iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor
1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1
quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia
O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que
26
uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea
construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens
para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos
para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)
Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda
os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula
satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes
estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)
23 Siacutentese para um modelo conceitual
A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade
da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute
dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem
padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais
Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre
a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento
do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas
de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer
refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc
Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e
banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas
aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito
agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua
sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos
apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los
eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador
Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo
de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho
proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos
que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)
propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura
O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos
Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de
forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo
dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura
escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados
Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees
a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees
para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar
27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada
e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em
vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes
etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento
Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo
que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais
da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige
condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas
de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)
Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente
agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para
o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos
E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos
humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para
todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc
Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos
os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb
foram empregados para testar esse modelo conceitual
Tamanho da escolaturma
Atendimento de modalidades e etapas
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)
Instalaccedilotildees tipicamente escolares
Equipamentos na escola
Recursos pedagoacutegicos
Conforto e bem-estar fiacutesico
Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)
Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)
Acessibilidade
Gecircneroetniacultura etc
Pessoa com deficiecircncia
Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)
Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)
Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios
Condiccedilotildees de Atendimento
Condiccedilotildees baacutesicas
Condiccedilotildees pedagoacutegicas
Condiccedilotildees para bem-estar
Condiccedilotildees para a equidade
Aacuterea
28
29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
3 Abordagem metodoloacutegica
Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de
seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores
A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir
Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
31 Fontes de dados
Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora
o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os
dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com
dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos
Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees
sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos
acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens
Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e
as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos
questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores
16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores
Fase empiacuterica 1
bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a
infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar
decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional
Fase empiacuterica 2
bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis
bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e
combinaccedilatildeo de itens
Fase empiacuterica 3
bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos
Fase empiacuterica 4
bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio
30
Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino
fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos
estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados
Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja
essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo
entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que
participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram
solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes
tambeacutem recebem esse coacutedigo
As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso
fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino
no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo
da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante
Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura
das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse
modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave
infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por
exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir
os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo
acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais
completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente
com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32
A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas
143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco
desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos
que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)
Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as
variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013
e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos
apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19
17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara
18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas
19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos
31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa
Ano da pesquisa
2013 2015 2017
Censo 143170 135939 131604
Saeb 57079 55601 57197
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos
Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas
representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis
As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica
por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema
Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida
as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi
realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e
escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)
Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como
ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo
intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis
originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo
NU_EQUIP_TV)
Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo
identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)
Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso
ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados
ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas
as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute
espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras
Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos
professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens
aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo
de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum
20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades
21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos
32
dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da
infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33
A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO
e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo
que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso
sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015
Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do
Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram
mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber
prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade
Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas
provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na
base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de
funcionamento etc
As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas
no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens
elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos
indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)
Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis
(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado
em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais
recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido
algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste
caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos
por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em
2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas
escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como
fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias
das outras variaacuteveis22
33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores
A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura
teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do
niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)
De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos
22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo
33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes
Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos
autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites
dos dados que dispomos
A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos
da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo
de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a
unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados
Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo
PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente
observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir
sobre a consistecircncia dos construtos
A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar
sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira
etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005
VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas
suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma
versatildeo mais sinteacutetica
Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da
anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a
mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas
A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo
dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas
1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo
tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em
algum fator na PCA
2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias
embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico
3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais
Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de
paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)
cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e
ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um
todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis
Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador
(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores
(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete
23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado
34
foram compostos apenas por itens do Censo Escolar
A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os
paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo
estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades
para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso
da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante
acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou
oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos
escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados
de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb
Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em
dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos
paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem
fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos
resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se
houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam
indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb
e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho
Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-
padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10
(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa
Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem
o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual
de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos
itens analisados no estudo
A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as
matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice
discutimos a consistecircncia dos itens
Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas
brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de
infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos
itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas
Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois
os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor
do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das
escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese
mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas
escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das
escolas e com resultados educacionais
35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
36
37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
4 Resul tados
O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5
dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B
As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo
final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que
puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da
infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas
A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da
educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades
da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por
exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte
do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no
Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi
instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)
A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da
qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga
um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo
como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24
Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017
Condiccedilotildees para a equidade
Condiccedilotildees do estabelecimento
de ensino
Atendimento
Atendimento
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo
da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Local de funcionamento
da escola
Aacuterea
Condiccedilotildees para o ensino e
aprendizado
Condiccedilotildees de atendimento
Qualidade da infraestrutura escolar
38
A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde
a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de
danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso
A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho
pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para
apoio pedagoacutegico
Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente
de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores
de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem
apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores
Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles
consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos
os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees
mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas
com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais
Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas
Serv
iccedilos
baacutes
icos
Inst
alaccedil
otildees
do p
reacutedi
o
Prev
enccedilatilde
o de
dan
os
Cons
erva
ccedilatildeo
Conf
orto
Am
bien
te p
raze
roso
Espa
ccedilos
peda
goacutegi
cos
Equi
p p
ap
oio
adm
in
Equi
p p
ap
oio
peda
g
Ace
ssib
ilida
de
Am
bien
te A
EE
Infra
estr
utur
a ge
ral
Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08
Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09
Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08
Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05
Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03
Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1
39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e
ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas
satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados
pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de
complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
produzidos pelo Inep
42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes
As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes
quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades
da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel
socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais
As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas
as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do
monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi
analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante
homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de
escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela
E1 do mesmo apecircndice
As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as
categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises
nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de
estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no
seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e
escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45
421 Dependecircncia administrativa
No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional
sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO
SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por
dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo
As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e
municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam
meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da
escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para
ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de
ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo
40
Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa
Total Federal Estadual Municipal Privada
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para
indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com
exceccedilatildeo das escolas federais
A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia
de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens
que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes
nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se
houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se
torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees
em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as
pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo
Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do
preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com
valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas
essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental
Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico
apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais
e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que
requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro
Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que
requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo
As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de
infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de
tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida
pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a
maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu
de forma quase paralela conforme a linha pontilhada
41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos
da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede
federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas
422 Localizaccedilatildeo
As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional
(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD
2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)
A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e
a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas
rurais o que corrobora com a literatura revisada
Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria
ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos
para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de
espaccedilos pedagoacutegicos
Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como
o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Federal Estadual Municipal Privada Total
2015 2017
42
Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Total Rural Urbana
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89
Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80
Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68
Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67
Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72
Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48
Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41
Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total
para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a
relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia
de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas
escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de
2017 nas escolas urbanas em 2015
Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Rural Urbana Total
2015 2017
43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo
A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais
porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior
Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais
localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados
do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria
A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns
resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute
apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios
indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no
indicador geral e em vaacuterios outros
Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo
aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais
baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas
Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE
2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no
trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste
estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores
utilizaram dados mais antigos
O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das
meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as
escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um
crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie
44
Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
424 Etapas
AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de
ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se
tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para
todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado
pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e
recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Norte Nordeste Sudeste
2015 2017
Sul Centro-Oeste
Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais
Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental
Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das
escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam
simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram
apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro
grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores
Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam
melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino
meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos
educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)
Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da
infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito
especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e
AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos
para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura
estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino
Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos
indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os
indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo
Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a
meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa
distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas
que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida
pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio
2015 2017
Infantil fundamental e meacutedio
46
das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de
ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo
gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que
tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo
425 Tipo de oferta
A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino
fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino
fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos
conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os
anos finais
Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os
anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)
Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais
fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de
oferta de um ensino de qualidade
Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais
Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61
Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64
Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais
baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os
resultados do indicador de infraestrutura geral
47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
426 Tamanho da escola
Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral
satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES
NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas
municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os
anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com
50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em
quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)
Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF
2015 2017
48
O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as
escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos
alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais
Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1
Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o
trabalho pedagoacutegico
Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo
enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas
As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos
Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6
Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
427 Complexidade das escolas
O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as
informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar
as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com
relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores
segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais
Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos
De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de
muito mais itens de infraestrutura
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos
2015 2017
Mais de 400 alunos
49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Niacutevel 1 (mais baixo)
Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por
niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de
complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para
a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura
pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de
todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos
O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram
de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor
complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva
Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4
2015 2017
Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)
50
A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela
Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees
entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores
observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas
com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada
428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas
O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)
Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas
cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental
e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e
privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre
os grupos tendem a ficar mais sutis
A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde
as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES
ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando
um determinado segmento de escolas puacuteblicas
A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais
que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de
infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo
menos equitativas nesse aspecto
As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para
o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo
da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das
escolas com INSE mais baixo
Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Grupo 1 (mais baixo)
Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de
2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015
Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares
(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER
2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb
aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar
Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo
concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto
no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas
no niacutevel ldquomeacutedio altordquo
Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos
com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas
Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas
que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Grupo 3 Grupo 5Grupo 4
2015 2017
Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)
52
com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com
anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017
Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral
por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias
das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com
Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013
a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos
com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as
diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida
de qualidade da educaccedilatildeo
53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
54
4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola
A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica
brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo
equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres
se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)
Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos
do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas
e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em
meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25
Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir
as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades
escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes
seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes
etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero
O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a
importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da
infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp
e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional
tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores
nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso
objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade
Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais
lt50 alunas(mais meninos)
ge50 alunas(mais meninas)
2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018
55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas
escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio
conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos
Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e
escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de
convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores
Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral
A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto
Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou
baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza
todos os itens empregados
Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados
em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a
posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou
seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item
26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013 2015 2017
lt50 alunas ge50 alunas
56
TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227
Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura
O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F
O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem
metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)
discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute
adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia
na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um
julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de
acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para
definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)
Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos
itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde
agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos
(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no
Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes
Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada
um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores
A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados
no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura
geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico
acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)
Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade
de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse
valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis
discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que
apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as
escolas puacuteblicas e privadas
No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana
para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a
nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50
alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo
As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro
dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente
elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela
tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos
27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo
57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins
administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50
alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo
Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola
Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico
(I)lt= 2
Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada
Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo
(II)+ 2 a 4
Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo
Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo
(III)+4 a 5
Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)
Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo
(IV)+ 5 a 6
Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)
Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio
(V)+6 a 7
Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso
Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto
(VI)+ 7 a 8
Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso
Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto
(VII)gt= 8
Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE
Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas
58
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos
puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e
conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos
administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede
estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou
este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio
No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa
conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute
equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora
tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai
do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade
mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo
minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo
mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de
matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais
de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto
O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do
indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos
niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV
Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os
percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos
niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de
mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar
as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo
59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de
alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com
a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos
niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
64
3353
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
2013 2015
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
201
162141
114 109 107
188199189
267
302319
142160
174
23 24 27
2017
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
80
0 02
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
Rural Urbana
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
333
225
21
203 196
137
450
22
284
0
46
60
Graacute
fico
14
Dis
trib
uiccedilatilde
o (
) das
esc
olas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l por
pro
porccedil
atildeo
de a
luna
s lo
caliz
accedilatildeo
rura
l e u
rban
a e
niacuteve
is d
a in
fraes
trut
ura
gera
l 20
17
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
50
45
35
25
15 540
30
20
10 0
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IV
lt50
alu
nas
Rura
lge5
0 a
luna
sU
rban
a
Niacutev
el V
Niacutev
el V
IN
iacutevel
VII
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IVN
iacutevel
VN
iacutevel
VI
Niacutev
el V
II
74
92
366
319
225
22
6
212
181
146
00
0
23
115
18
01
02
02
21
21
194
20
1
454
42
286
441
280
55
61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar
As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do
indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos
que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas
em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes
Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos
dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados
em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores
para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre
resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta
de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem
Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por
exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que
esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de
conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros
As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir
Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011
A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por
Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)
Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos
niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel
ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no
niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII
Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava
pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No
nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos
niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)
Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que
foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que
ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto
Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam
aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis
do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos
de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala
Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)
Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem
o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado
62
Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos
para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos
questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb
Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as
escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas
rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria
Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)
Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido
de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos
a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da
infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente
as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno
Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ
Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)
Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala
de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas
pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE
No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala
SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas
jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo
Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do
presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca
Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)
Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral
deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa
avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo
e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo
temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo
de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios
Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)
Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos
participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico
63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV
e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo
O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para
o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente
Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)
Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os
indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo
jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias
baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no
niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa
melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento
Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os
indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que
as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado
municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias
dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola
Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo
fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura
da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio
Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada
agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade
Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro
se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a
duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados
intermediaacuterios de 2015
O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e
regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos
iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de
infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para
as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a
comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais
No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem
meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral
o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora
todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)
64
Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo
eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras
informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida
satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as
mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil
O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde
Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso
e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e
em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta
uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores
aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do
indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais
e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso
a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as
condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor
Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo
695 375 277
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
711 398 337
Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
679 164 080
Infraestrutura geral 750 513 474
Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65
Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55
Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10
UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste
Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente PrazerosoEspaccedilos
Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
000
200
400
600
800
1000
65
IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo
562 262 248
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
557 300 339
Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
000 076 056
Infraestrutura geral 678 417 455
Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo
727 622 507
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
890 668 569
Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
1000 560 217
Infraestrutura geral 826 666 646
Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT
EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4
EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3
Acesso a serviccedilos
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conservaccedilatildeo
Conforto
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente Prazeroso
Ambiente Prazeroso
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
Prevenccedilatildeo de danos
Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Rural
000
200
400
600
800
1000
Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Urbana
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4
INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3
INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
000
200
400
600
800
1000
66
67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Consideraccedilotildees f ina is
Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas
puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros
utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes
cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser
operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas
neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica
Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar
fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema
para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)
ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos
constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)
O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa
(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo
para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve
ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente
dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves
condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros
A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento
este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas
focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de
infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades
deste estudo
Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees
Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens
de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao
estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo
dos indicadores
Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura
geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio
brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade
foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de
escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras
Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre
regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como
mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as
oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas
68
Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo
diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o
nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio
que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo
Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas
nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma
caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico
Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser
descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu
municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento
de accedilotildees e recursos a serem investidos
Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo
observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental
tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade
Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa
de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio
comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola
do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade
Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes
Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo
melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso
a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento
baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta
pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar
com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)
instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e
CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar
no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)
Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional
e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os
indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por
exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e
colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos
Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais
finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e
sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do
Censo Escolar e do Saeb
Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses
sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute
preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica
69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos
de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para
o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os
indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura
aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas
para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para
correccedilatildeo de problemas)
Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo
Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos
envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se
revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional
conforme o propoacutesito deste trabalho
Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado
segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees
mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura
pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas
de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem
conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos
satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado
natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com
deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos
como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito
agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014
Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para
outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola
Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel
macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente
Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo
sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a
qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
70
71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)
ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011
ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500
ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009
ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013
ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014
ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a
ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b
BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010
BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172
BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002
BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007
BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004
BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt
BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b
BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001
BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a
BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014
72
BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a
BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b
BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006
MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006
BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011
BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008
CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007
CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte
CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007
CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016
CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008
CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)
DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017
FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)
73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)
GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)
GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007
GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011
GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012
GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt
GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015
GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013
HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200
HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt
INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016
INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016
JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002
JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016
MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012
MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016
NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005
OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006
74
OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en
OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016
OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005
PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012
PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)
PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007
RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008
RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991
SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt
SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000
SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)
SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)
SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt
SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372
SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009
SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013
SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015
SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153
75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012
SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013
SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b
SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a
TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015
UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017
UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015
UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016
VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008
VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016
VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245
WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010
WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015
YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003
ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006
76
77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura
A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais
1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo
Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000
Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de
refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo
criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou
avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas
Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees
disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca
Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas
Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt
OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt
Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt
Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt
As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica
Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas
Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo
Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do
idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos
repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos
trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos
natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de
arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas
por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final
dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais
78
O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees
Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo
Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23
Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho
Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar
Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24
Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador
23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia
24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo
79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho
apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)
A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da
infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo
dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram
associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)
separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem
do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual
Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar
o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para
caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas
pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de
trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para
monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos
poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no
setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma
ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis
Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA
paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)
definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados
CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas
meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice
principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis
RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares
meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
OBSERVACcedilOtildeES
apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise
80
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sBA
RBO
SA
FERN
AN
DES
(2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sldquoIn
fraes
trutu
ra e
equ
ipam
ento
s esc
olar
es c
onse
rvaccedil
atildeo
do p
reacutedi
o c
ondi
ccedilotildees
de
func
iona
men
to d
os e
spaccedil
os
labo
rato
riais
e de
apo
io m
obili
aacuterio
e e
quip
amen
tos
miacuten
imos
inst
alaccedil
otildees e
aacutere
as e
xter
nas e
de
recr
eaccedilatilde
o
rede
de
ensin
o (e
scol
a puacute
blic
apa
rtic
ular
)rdquo (p
162
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sis
tem
a de
Ava
liaccedilatilde
o da
Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a (S
aeb)
de
1997
Var
iaacuteve
is d
o qu
estio
naacuterio
da
esco
la re
fere
ntes
aos
equ
ipam
ento
s es
cola
res
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
res p
or m
eio
da teacute
cnic
a es
tatis
ticas
anaacute
lise
fato
rial q
ue re
duzi
u 33
var
iaacuteve
is in
icia
is pa
ra 7
fato
res
expl
ican
do 7
0 d
a va
riacircnc
ia to
tal
dos d
ados
mas
nes
se tr
abal
ho o
s aut
ores
util
izam
4
fato
res
que
expl
icam
58
da
variacirc
ncia
tota
lSO
ARE
S
CEacuteS
AR
M
AM
BRIN
I (2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sA
infra
estr
utur
a fo
i defi
nida
em
piric
amen
te p
elas
va
riaacuteve
is d
ispo
niacuteve
is n
o qu
estio
naacuterio
das
esc
olas
so
bre
exis
tecircnc
ia e
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo d
e ite
ns
de in
fraes
trut
ura
e es
quip
amen
tos
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b 19
97 V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
sob
re o
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as b
aacutesic
as f
unci
onam
ento
e e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
spec
iacutefica
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
s eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
Con
stru
ccedilatildeo
de in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (
TRI)
mod
elo
Sam
ejim
a pa
ra v
ariaacute
veis
ord
inai
s e
o m
odel
o de
do
is p
aracircm
etro
s
MEC
FU
ND
ESC
O
LA (2
002)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Natildeo
eacute u
ma
pesq
uisa
em
piacuteric
a O
doc
umen
to
desc
reve
os
padr
otildees
miacuten
imos
de
func
iona
men
to
da e
scol
a de
ens
ino
fund
amen
tal r
elat
ivam
ente
ao
ambi
ente
fiacutesi
co e
scol
ar e
spaccedil
o ed
ucat
ivo
mob
iliaacuter
io
e eq
uipa
men
to e
scol
ar e
mat
eria
l did
aacutetic
o F
oi
real
izad
o em
dec
orrecirc
ncia
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo (P
NE)
de
2001
Itens
lista
dos n
o PN
E 20
01 (
1) e
spaccedil
o ilu
min
accedilatildeo
in
sola
ccedilatildeo
ven
tilaccedil
atildeo aacute
gua
potaacute
vel r
ede
eleacutet
rica
segu
ranccedil
a e
tem
pera
tura
am
bien
te(2
) ins
tala
ccedilotildees
sani
taacuteria
s e p
ara
higi
ene
(3) e
spaccedil
os p
ara
espo
rte r
ecre
accedilatildeo
bib
liote
ca
e se
rviccedil
o de
mer
enda
esc
olar
(4)
ada
ptaccedil
atildeo p
ara
o at
endi
men
to d
os a
luno
s por
tado
res d
e ne
cess
idad
es
espe
ciai
s (5
) atu
aliza
ccedilatildeo
e am
plia
ccedilatildeo
do a
cerv
o da
s bi
blio
teca
s (6
) mob
iliaacuterio
equ
ipam
ento
s e m
ater
iais
peda
goacutegi
cos
(7) t
elef
one
e se
rviccedil
o de
repr
oduccedil
atildeo d
e te
xtos
(8)
info
rmaacutet
ica
e eq
uipa
men
to m
ultim
iacutedia
Ap
rese
nta
uma
desc
riccedilatildeo
det
alha
da d
e to
dos
os s
ervi
ccedilos
funccedil
otildees
ativ
idad
es e
am
bie
ntes
na
esc
ola
de e
nsin
o fu
ndam
enta
l em
term
os
de s
uas
cara
cter
iacutestic
as e
aacutere
a de
esp
accedilo
fiacutesic
o ne
cess
aacuteria
par
a as
ativ
idad
es p
edag
oacutegic
as o
u ad
min
istr
ativ
as O
s am
bie
ntes
satildeo
cla
ssifi
cado
s p
or t
ipos
(col
etiv
os p
ara
uma
turm
a ou
vaacuter
ias
turm
as d
e ac
esso
agrave in
form
accedilatildeo
adm
inis
trat
ivo
de
pre
par
o de
alim
ento
s d
e lim
pez
a d
e at
ivid
ades
de
higi
ene
pes
soal
VE
RHIN
E (2
006)
Variaacute
veis
e
cons
truccedil
atildeo d
e In
dica
dore
s
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
elos
ite
ns q
ue c
ompotilde
e o
leva
ntam
ento
de
dado
s pa
ra
subs
idia
r o c
usto
-alu
no-q
ualid
ade
em e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca i
sto
eacute a
s de
pend
ecircnci
as e
xist
ente
s no
preacute
dio
esco
lar
as s
uas
cond
iccedilotildee
s de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
004
2005
Pes
quisa
em
95
esco
las
urba
nas
e ru
rais
de
44 m
unic
iacutepio
s no
s es
tado
s PI
CE
PA
G
O M
G P
R R
S S
P re
des
fede
ral e
stad
ual e
mun
icip
al
que
ofer
tam
cre
che
ens
ino
fund
amen
tal 1
e 2
ens
ino
meacuted
io E
JA e
edu
caccedilatilde
o es
peci
al I
tens
obs
erva
dos
depe
ndecircn
cias
que
ate
ndem
dire
ta e
prio
ritar
iam
ente
os
alu
nos
(natildeo
incl
ui s
alas
de
aula
cuj
a pr
esen
ccedila fo
i co
nsid
erad
a oacuteb
via
em u
ma
unid
ade
esco
lar)
sal
a de
le
itura
bib
liote
ca s
ala
de T
V e
viacutede
o s
ala
de in
form
aacutetic
a
labo
ratoacute
rio c
iecircnc
ias
audi
toacuterio
aacutere
a liv
rer
ecre
io p
arqu
e in
fant
il pi
scin
a c
opa
cozi
nha
refe
itoacuterio
can
tina
be
rccedilaacuter
io d
orm
itoacuterio
ban
heiro
alu
nos
As
depe
ndecircn
cias
esc
olar
es fo
ram
ver
ifica
das
quan
tifica
das
anal
isad
as q
uant
o agrave
cond
iccedilatildeo
de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o s
egun
do u
ma
esca
la
de 3
pon
tos
send
o 1
ruim
2 r
egul
ar e
3 b
om
Fora
m c
riado
s do
is in
dica
dore
s Iacuten
dice
de
Con
diccedilatilde
o de
Uso
das
Preacute
dio
(Indp
red)
e Iacuten
dice
de
Con
serv
accedilatildeo
do
Preacuted
io (I
ndpr
ed)
calc
ulad
os p
elo
som
a do
s va
lore
s as
soci
ados
a c
ada
depe
ndecircn
cia
e di
vidi
ndo-
se e
sse
nuacutem
ero
pelo
nuacutem
ero
tota
l de
dep
endecirc
ncia
s da
esc
ola
O v
alor
meacuted
io fo
i co
loca
do e
m u
ma
esca
la d
e tr
ecircs n
iacutevei
s 3
pon
tos
bom
2 a
29
- re
gula
r e
lt 2
rui
m
BIO
ND
I FE
LIacuteC
IO (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Pr
esen
ccedila d
e ite
ns d
ecla
rado
s no
Cen
so E
scol
ar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so e
scol
ar d
e 19
99 e
200
3
Itens
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a a
cess
o agrave
Inte
rnet
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
po
r tur
ma
na 4
ordf seacuter
ie d
o en
sino
fund
amen
tal n
uacutemer
o de
mat
riacutecul
as n
o en
sino
fund
amen
tal m
eacutedia
de
hora
s-au
la d
iaacuteria
s na
4ordf s
eacuterie
do
EF u
so d
o co
mpu
tado
r com
o re
curs
o pe
dagoacute
gico
Util
izou
as
variaacute
veis
sepa
rada
men
te p
ara
rela
cion
aacute-la
s a
resu
ltado
s es
cola
res
Cont
inua
81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
ERQ
UEI
RA
SAW
ER (2
007)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoRec
urso
s esc
olar
es e
nten
dido
s com
o in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s exi
sten
tes
[] i
i) in
fra-e
stru
tura
ex
isten
te n
a es
cola
em
que
se p
rete
nde
tradu
zir o
po
tenc
ial d
e ca
da e
stab
elec
imen
to e
scol
ar e
m te
rmos
do
s rec
urso
s e in
stal
accedilotildee
s disp
oniacutev
eis [
]rdquo (
P 54
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
000
Iten
s Bi
blio
teca
Sal
a de
pro
fess
ores
Vid
eote
ca L
abor
atoacuter
io d
e In
form
aacutetic
a L
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as S
ala
de T
VViacute
deo
Co
zinh
a Q
uadr
a de
esp
orte
s Re
feitoacute
rio IN
EP E
sgot
o in
exist
ente
Viacuted
eo T
V A
nten
a pa
raboacute
lica
Red
e lo
cal
Inte
rnet
Im
pres
sora
e C
ompu
tado
r
Gra
de o
f Mem
bers
hip
ndash G
oM M
eacutetod
o m
ultiv
aria
do
que
iden
tifica
gru
pos
late
ntes
por
sim
ilarid
ade
entr
e os
iten
s e
diss
imila
ridad
e en
tre
grup
os fo
rmad
os
Apr
esen
ta a
iden
tifica
ccedilatildeo
dos
grup
os e
a d
escr
iccedilatildeo
de
dua
s di
fere
nccedilas
FRA
NCO
et
al
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
Exis
tecircnc
ia e
con
serv
accedilatildeo
de
equi
pam
ento
s de
ntro
da
esc
ola
cha
mad
os d
e ldquoR
ecur
sos
esco
lare
srdquo e
ldquoBib
liote
ca e
m s
ala
de a
ulardquo
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
que
stio
naacuterio
da
esco
la e
do
dire
tor d
o Sa
eb 2
001
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Indi
cado
r de
Ex
istecirc
ncia
e c
onse
rvaccedil
atildeo d
e eq
uipa
men
tos
da
esco
la N
atildeo h
aacute de
talh
amen
to s
obre
qua
is s
atildeo a
s va
riaacuteve
is d
e eq
uipa
men
tos
esco
lare
sPO
NTI
LI
KASS
OU
F (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
In
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a pe
la p
rese
nccedila
de b
iblio
teca
e
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
aD
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
de
2000
Pr
opor
ccedilatildeo
de e
scol
as c
om b
iblio
teca
s e
labo
ratoacute
rios
de in
form
aacutetic
a a
leacutem
do
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
por
tu
rma
em c
ada
mun
iciacutep
io
Taxa
s ca
lcul
adas
par
a ca
da m
unic
iacutepio
a p
artir
das
oc
orrecirc
ncia
s do
s ite
ns n
as e
scol
as n
eles
loca
lizad
as
SAacuteTY
RO
SOA
RES
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
dam
ente
ldquo[]
ser
viccedilo
s baacute
sico
s co
mo
aacutegua
ele
tric
idad
e e
esgo
tam
ento
san
itaacuterio
dep
endecirc
ncia
s es
cola
res
exis
tecircnc
ia d
e bi
blio
teca
ou
sala
de
leitu
ra
infra
estr
utur
a de
com
unic
accedilatildeo
e in
form
accedilatildeo
[]
Pr
eacutedio
s e
inst
alaccedil
otildees
adeq
uada
s ex
istecirc
ncia
de
bibl
iote
ca e
scol
ar e
spaccedil
os e
spor
tivos
e la
bora
toacuterio
s ac
esso
a li
vros
did
aacutetic
os m
ater
iais
de
leitu
ra e
pe
dagoacute
gico
s re
laccedilatilde
o ad
equa
da e
ntre
o n
uacutemer
o de
al
unos
e o
pro
fess
or n
a sa
la d
e au
la e
mai
or te
mpo
ef
etiv
o de
aul
a [
]rdquo (P
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 1
997
e 20
05
Itens
(1)
Infra
estr
utur
a baacute
sica
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a d
e aacuteg
ua e
esg
oto
e ex
istecirc
ncia
de
sani
taacuterio
na
esco
la (
2) D
epen
decircnc
ias
dire
toria
se
cret
aria
sal
a de
pro
fess
ores
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a c
ozin
ha d
epoacutes
ito
de a
limen
tos
refe
itoacuterio
paacutet
io q
uadr
a p
arqu
e in
fant
il
dorm
itoacuterio
ber
ccedilaacuterio
san
itaacuterio
fora
do
preacuted
io s
anitaacute
rio
dent
ro d
o pr
eacutedio
san
itaacuterio
ade
quad
o agrave
preacute-
esco
la
e sa
nitaacute
rio a
dequ
ado
a al
unos
com
nec
essi
dade
s es
peci
ais
ace
ssib
ilida
de e
(3) E
quip
amen
tos
peda
goacutegi
cos
com
puta
dore
s e
aces
so agrave
inte
rnet
o
uso
para
fins
ped
agoacuteg
icos
dos
equ
ipam
ento
s de
in
form
aacutetic
a e
a ex
istecirc
ncia
de
tele
visatilde
o e
retr
opro
jeto
r
Des
criccedil
atildeo d
os b
loco
s de
iten
s e
cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dore
s p
or m
eio
da a
naacutelis
e fa
toria
l p
ara
os b
loco
s ldquoD
epen
decircnc
ias
exis
tent
esrdquo e
ldquoE
quip
amen
tos
ped
agoacuteg
icos
rdquo
RIA
NI
RIO
S-N
ETO
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
de
itens
dec
lara
dos
no C
enso
Esc
olar
D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
200
0 It
ens
qu
adra
s de
esp
orte
bib
liote
cas
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
de c
iecircnc
ias
Prod
uccedilatildeo
de
um fa
tor d
e in
fraes
trut
ura
[os
auto
res
natildeo
escl
arec
em o
meacutet
odo
de e
stim
accedilatildeo
do
fato
r]
CN
E (2
010)
Variaacute
veis
[d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
O d
ocum
ento
do
CN
E no
rmat
iza
o tr
abal
ho d
e Pi
nto
(200
6) e
Car
reira
e P
into
(200
7) d
a Ca
mpa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave E
duca
ccedilatildeo
com
o re
ferecirc
ncia
pa
ra o
caacutel
culo
do
Cust
o-A
luno
Qua
lidad
e in
icia
l (C
AQ
i) A
Infa
estr
utur
a da
esc
ola
junt
o co
m it
ens
de
pess
oal
alim
enta
ccedilatildeo
adm
inis
traccedil
atildeo e
out
ros
satildeo
os
insu
mos
nec
essaacute
rios
para
gar
antir
o p
adratilde
o m
iacutenim
o de
qua
lidad
e de
ens
ino
na E
duca
ccedilatildeo
Baacutesi
ca
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to li
sta
todo
s os
itens
(esp
accedilos
mob
iliaacuter
io e
quip
amen
tos p
edag
oacutegic
os
adm
inist
rativ
os e
de
apoi
o) q
ue c
ompotilde
em o
CAQ
i por
et
apa
de e
nsin
o V
er n
o An
exo
1 o
deta
lham
ento
de
itens
pa
ra o
s ano
s ini
ciai
s e fi
nais
do e
nsin
o fu
ndam
enta
l
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to n
orm
atiz
a o
CAQ
i o
que
signi
fica
que
todo
s os
sist
emas
de
ensin
o de
vem
gar
antir
os
itens
list
ados
par
a al
canccedil
ar
o pa
dratildeo
miacuten
imo
de q
ualid
ade
do e
nsin
o
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
82
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sA
LMEI
DA
et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rCo
ndiccedil
otildees
gera
is c
ondi
ccedilotildees
ped
agoacuteg
icas
e
cond
iccedilotildee
s de
ace
ssib
ilida
de e
spec
ial
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
200
8
Itens
org
aniz
ados
em
doi
s gr
upos
(1)
Con
diccedilotilde
es
gera
is l
ocal
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
red
e de
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua r
ede
de a
bast
ecim
ento
de
ene
rgia
eleacute
tric
a e
scoa
men
to d
e es
goto
e c
olet
a de
lixo
(2)
Con
diccedilotilde
es p
edag
oacutegic
as s
alas
de
dire
tor e
pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
s de
info
rmaacutet
ica
e de
ciecirc
ncia
s qu
adra
de
espo
rte
bib
liote
ca e
ban
heiro
den
tro
do
preacuted
io d
a es
cola
O iacuten
dice
foi c
onst
ruiacuted
o co
m d
uas
teacutecn
icas
es
tatiacutes
ticas
(a)
Teo
ria d
e re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
e (b
) Anaacute
lise
de V
ariaacute
veis
Lat
ente
s (L
EM)
que
requ
er a
defi
niccedilatilde
o a
prio
ri do
nuacutem
ero
de c
lass
es O
m
odel
o ap
rese
ntou
mel
hor a
just
e fo
i o q
ue c
onto
u co
m tr
ecircs c
lass
es q
ue re
sulto
u em
um
a va
riaacuteve
l ca
tegoacute
rica
cuja
flut
uaccedilatilde
o eacute
base
ada
nos
itens
mai
s di
scrim
inan
tes
da in
fraes
trut
ura
GO
MES
REG
IS
(201
2)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rA
Infra
estr
utur
a e
os R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
dize
m
resp
eito
aos
mat
eria
is fiacute
sico
s e
didaacute
ticos
dis
poniacute
veis
na
s es
cola
s in
clui
ndo
os p
reacutedi
os a
s sa
las
os
equi
pam
ento
s os
livr
os d
idaacutet
icos
den
tre
outr
os
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar e
da
Prov
a Br
asil
2009
das
esc
olas
puacuteb
licas
da
Regi
atildeo M
etro
polit
ana
do R
io d
e Ja
neiro
Var
iaacuteve
is d
o Ce
nso
Esco
lar
Sala
dos
Pr
ofes
sore
s La
bora
toacuterio
de
Info
rmaacutet
ica
Lab
orat
oacuterio
de
Ciecirc
ncia
s Q
uadr
a de
Esp
orte
s Bi
blio
teca
e S
ala
de
Leitu
ra V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a Pr
ova
Bras
il e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
de
algu
ns it
ens
quai
s se
jam
tel
hado
pa
rede
s pi
so e
ntra
das
do p
reacutedi
o p
aacutetio
cor
redo
res
sala
s de
aul
a p
orta
s ja
nela
s ba
nhei
ros
cozi
nha
in
stal
accedilotildee
s hi
draacuteu
licas
e in
stal
accedilotildee
s el
eacutetric
as
Os
iacutendi
ces
de in
fraes
trut
ura
e de
Rec
urso
s pe
dagoacute
gico
s fo
ram
obt
idos
por
mei
o de
Anaacute
lise
fato
rial
meacutet
odo
de a
naacutelis
e de
com
pone
ntes
pr
inci
pais
O p
rimei
ro c
om v
ariaacute
veis
do
Cens
o Es
cola
r e o
seg
undo
com
as
variaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
da
Prov
a Br
asil
MA
RRI
RACC
HU
MI
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
e va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
te
(1) C
ondi
ccedilotildees
miacuten
imas
inf
raes
trut
ura
indi
spen
saacuteve
l em
qua
lque
r esc
ola
e (2
) Con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as
adic
iona
is agrave
s co
ndiccedil
otildees
miacuten
imas
e a
umen
tam
a
capa
cida
de d
a es
cola
de
inte
grar
-se
agrave co
mun
idad
e e
de re
aliz
ar c
om e
fetiv
idad
e o
trab
alho
edu
cativ
o
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o es
cola
r par
a M
inas
G
erai
s (1
) con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as s
anitaacute
rio e
letr
icid
ade
ab
aste
cim
ento
de
aacutegua
esg
oto
sani
taacuterio
e c
ozin
ha)
e (2
) co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as q
uadr
a de
esp
orte
s par
a es
cola
s com
m
ais d
e 30
0 m
atriacutec
ulas
ace
sso
agrave in
tern
et s
ala
dire
tor o
u sa
la d
e pr
ofes
sor
bibl
iote
ca o
u sa
la d
e le
itura
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias o
u de
info
rmaacutet
ica
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
desc
reve
r as
esc
olas
e c
ria d
ois
indi
cado
res
de c
ondi
ccedilotildees
m
iacutenim
as e
con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as (
1) a
esc
ola
poss
ui
toda
s as
con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as v
ersu
s natilde
o po
ssui
ao
men
os u
ma
cond
iccedilatildeo
e (2
) a e
scol
a po
ssui
toda
s as
co
ndiccedil
otildees
baacutesi
cas
vers
us e
scol
as q
ue n
atildeo p
ossu
em
3 ou
mai
s co
ndiccedil
otildees
PASS
AD
OR
C
ALH
AD
O
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
aus
ecircnci
a de
iten
s do
Cen
so E
scol
ar -
moacuted
ulo
esco
la
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o Es
cola
r 200
4 re
fere
nte
agraves
esco
las p
uacuteblic
as d
e Ri
beiratilde
o Pr
eto
(SP)
Var
iaacuteve
is (a
) ser
viccedilo
s baacute
sicos
(ene
rgia
aacutegu
a en
cana
da d
ispon
ibilid
ade
de aacute
gua
potaacute
vel p
ara
os a
luno
s es
goto
e e
xist
ecircnci
a de
ban
heiro
de
ntro
da
esco
la)
(b) b
iblio
teca
(c) q
uadr
a es
port
iva
(d)
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
(e) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as
Esco
las c
lass
ifica
das e
m o
rdem
cre
scen
te d
a pi
or p
ara
a m
elho
r inf
raes
trutu
ra
Cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s de
aco
rdo
com
as
confi
gura
ccedilotildees
(tip
olog
ias)
refe
rent
e agrave
com
bina
ccedilatildeo
de it
ens
de in
fraes
trut
ura
For
am d
efini
das
31
confi
gura
ccedilotildees
par
a en
quad
ram
ento
da
esco
la
form
adas
por
com
bina
ccedilatildeo
dos
dife
rent
es it
ens
SOA
RES
et a
l (2
012)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sIn
sum
os e
scol
ares
que
car
acte
rizam
a o
rgan
izaccedil
atildeo
da e
scol
a e
xist
ecircnci
a e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o de
eq
uipa
men
tos
na e
scol
a in
staccedil
otildees
e co
ndiccedil
otildees
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s da
Pro
va B
rasi
l de
2007
e 2
009
Q
uest
ionaacute
rio d
a es
cola
Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
por m
eio
de M
odel
os
da T
eoria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) m
odel
o Sa
mej
ima
para
var
iaacuteve
is o
rdin
ais
e o
mod
elo
de
dois
par
acircmet
ros
Fora
m e
stim
ados
trecircs
indi
cado
res
cons
erva
ccedilatildeo
equ
ipam
ento
s es
cola
res
e in
stal
accedilotildee
s
83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sM
EC
FND
E
PDE
(201
3)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o pa
ra
diag
noacutest
ico
da
rede
de
ensi
no]
A in
fraes
trut
ura
eacute um
das
dim
ensotilde
es d
o di
agnoacute
stic
o m
unic
ipal
sob
re a
edu
caccedilatilde
o D
imen
satildeo
4 -
Infra
estr
utur
a Fiacute
sica
e R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
Este
di
agnoacute
stic
o eacute
uma
das
etap
a do
Pla
no d
e A
ccedilotildees
A
rtic
ulad
as (P
AR)
do
FND
E
Dia
gnoacutes
tico
sobr
e a
rede
puacuteb
lica
de e
nsin
o re
aliz
ado
por e
quip
e lo
cal s
egun
do o
s se
guin
tes
indi
cado
res
Aacutere
a 1
ndash In
stal
accedilotildee
s fiacutes
icas
da
secr
etar
ia m
unic
ipal
de
educ
accedilatildeo
(2 in
dica
dore
s)
Aacutere
a 2
ndash Co
ndiccedil
otildees
da re
de
fiacutesic
a es
cola
r exi
sten
te (1
2 in
dica
dore
s) Aacute
rea
3 ndash
Uso
de
tecn
olog
ias
(4 in
dica
dore
s) e
Aacutere
a 4
ndash Re
curs
os
peda
goacutegi
cos
para
o d
esen
volv
imen
to d
e pr
aacutetic
as
peda
goacutegi
cas
que
cons
ider
em a
div
ersid
ade
das
dem
anda
s ed
ucac
iona
is (4
indi
cado
res)
Cada
indi
cado
r dev
e se
r ava
liado
com
not
a de
1 a
4
Os
criteacute
rios
de p
ontu
accedilatildeo
satildeo
4 s
e a
desc
riccedilatildeo
ap
onta
par
a um
a si
tuaccedil
atildeo p
ositi
va 3
se
a de
scriccedil
atildeo
apon
ta p
ara
uma
situ
accedilatildeo
que
apr
esen
ta m
ais
aspe
ctos
pos
itivo
s do
que
neg
ativ
os 2
se
a de
scriccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
insu
ficie
nte
co
m m
ais
aspe
ctos
neg
ativ
os d
o qu
e po
sitiv
os e
1
se a
des
criccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
criacutet
ica
SOA
RES
ALV
ES
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquoE
xist
ecircnci
a de
vaacuter
ios
equi
pam
ento
s no
s es
tabe
leci
men
tos
de e
nsin
ordquo (P
151
)Ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar 2
010
loca
l de
func
iona
men
to
aacutegua
ene
rgia
esg
oto
lixo
lab
orat
oacuterio
s bi
blio
teca
sa
nitaacute
rios
com
puta
dore
s pa
ra u
so d
a ad
min
istra
ccedilatildeo
co
mpu
tado
res
para
uso
dos
alu
nos
alim
enta
ccedilatildeo
qu
adra
TV
vid
eoca
sset
e D
VD p
arab
oacutelic
a c
opia
dora
re
trop
roje
tor
e im
pres
sora
Para
con
stru
ccedilatildeo
do in
dica
dor d
e in
fraes
trut
ura
foi
utili
zado
um
mod
elo
de T
eoria
de
Resp
osta
ao
Item
(T
RI) q
ue e
stim
a um
traccedil
o la
tent
e a
part
ir do
s ite
ns
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013a
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] a
s co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is d
as e
scol
asrdquo (
P 80
) ldquo[
]
suas
est
rutu
ras
mat
eria
isrdquo (P
81)
ldquo[]
car
acte
rizaccedil
atildeo
infra
estr
utur
a e
equi
pam
ento
srdquo (P
82)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
24
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la aacute
gua
cons
umid
a pe
los
alun
os a
bast
ecim
ento
de
aacutegua
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a e
sgot
o sa
nitaacute
rio s
ala
de d
ireto
ria s
ala
de p
rofe
ssor
lab
orat
oacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias
sala
de
aten
dim
ento
esp
ecia
l qu
adra
de
espo
rtes
cob
erta
des
cobe
rta
coz
inha
bib
liote
ca
parq
ue in
fant
il b
erccedilaacute
rio s
anitaacute
rio fo
ra o
u de
ntro
do
preacuted
io s
anitaacute
rio p
ara
educ
accedilatildeo
infa
ntil
san
itaacuterio
pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
dep
endecirc
ncia
s pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
tv
dvd
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ompu
tado
res
e in
tern
et
Mod
elo
logiacute
stic
o di
cotocirc
mic
o de
doi
s pa
racircm
etro
s da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
que
redu
z o
conj
unto
dos
iten
s a
um tr
accedilo
late
nte
Est
e tr
accedilo
late
nte
expr
essa
a e
scal
a de
infra
estr
utur
a q
ue fo
i tr
ansf
orm
ada
para
o in
terv
alo
de 0
a 1
00 e
apoacute
s a
sua
inte
rpre
taccedilatilde
o fo
i div
idid
a em
qua
tro
gran
des
niacuteve
is d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar
elem
enta
r baacute
sica
ad
equa
da e
ava
nccedilad
a
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013b
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] c
ondi
ccedilotildees
de
infra
estr
utur
a es
cola
r []
incl
ui
mat
eria
is d
idaacutet
icos
equ
ipam
ento
s e
estr
utur
as
fiacutesic
as a
prop
riada
srdquo (p
377
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
o tr
abal
ho
utili
za a
esc
ala
de in
fraes
trut
ura
desc
rita
em o
utro
tr
abal
ho d
os m
esm
os a
utor
es (S
OA
RES
NET
O e
t al
20
13a)
Teor
ia d
e Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Ver S
oare
s N
eto
et
al (
2013
a) A
nalis
aram
um
a su
b-am
ostr
a de
esc
olas
pe
quen
as a
quel
as c
om a
teacute 1
0 tu
rmas
e 2
00 a
luno
s
PIER
I SA
NTO
S (2
014)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
exis
tecircnc
ia d
e ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar
Infra
estr
utur
a el
emen
tar (
aacutegua
esg
oto
e en
ergi
a) r
ecur
sos
fiacutesic
os (e
squi
pam
ento
s e
espa
ccedilos
para
a p
raacutetic
a de
at
ivid
ades
rela
cion
adas
ao
ambi
ente
edu
caci
onal
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
20
12 I
tens
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
aacutegu
a aacute
gua
filtr
ada
esg
oto
preacute
dio
esco
lar
cole
ta d
e lix
o e
nerg
ia
eleacutet
rica
qua
dra
bib
liote
ca o
u sa
la d
e le
itura
san
itaacuterio
sa
nitaacute
rio P
NE
dep
endecirc
ncia
PN
E s
ala
de a
tend
imen
to
espe
cial
TV
DVD
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ozin
ha
sala
da
dire
toria
sal
a do
s pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio d
e ci
ecircnci
as c
ompu
tado
res
O iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a fo
i est
imad
o po
r mei
o da
an
aacutelis
e fa
toria
l
84
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
T C
AC
(201
5)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o]
Dim
ensatilde
o 4
do C
usto
Alu
no Q
ualid
ade
(CA
C)
prev
isto
na
Met
a 20
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo
(PN
E) 2
014
que
defi
ne o
s pa
drotildee
s m
iacutenim
os d
e in
stal
accedilotildee
s e
recu
rsos
edu
caci
onai
s qu
e ab
rigue
m
adeq
uada
men
te a
s at
ivid
ades
pre
vist
as p
ara
a jo
rnad
a es
cola
r e o
fere
ccedilam
con
diccedilotilde
es d
e tr
abal
ho
aos
profi
ssio
nais
que
nel
a at
uam
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
Gru
po d
e Tr
abal
ho (G
T)
foi i
nstit
uiacutedo
pel
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
(MEC
) par
a el
abor
ar e
stud
os s
obre
a e
xecu
ccedilatildeo
das
estr
ateacuteg
ias
que
trat
am d
o C
AQ
e C
AQ
i na
Met
a 20
do
PNE
2014
) O
GT
reco
men
da o
exa
me
das
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
a (s
alas
de
aula
ref
eitoacute
rio c
ozin
ha b
anhe
iros
bibl
iote
ca
sala
de
prof
esso
res
luz
aacutegu
a c
olet
a de
lixo
) do
s eq
uipa
men
tos
disp
oniacutev
eis
(com
puta
dore
s pr
ojet
ores
m
obili
aacuterio
fibr
a oacutep
tica
ant
enas
) e d
os re
curs
os
educ
acio
nais
(liv
ros
didaacute
ticos
bib
liote
ca r
ecur
sos
digi
tais
)
Os p
adrotilde
es m
iacutenim
os d
e in
fraes
trutu
ra d
evem
leva
r em
con
ta a
com
bina
ccedilatildeo
de c
ompo
nent
es d
o CA
Q
cons
ider
ando
o e
spaccedil
o e
os re
curs
os q
ue c
onfe
rem
fu
ncio
nalid
ade
a es
ses e
spaccedil
os E
xem
plos
de
com
bina
ccedilotildees
(a)
aacutere
a di
spon
iacutevel
e c
om a
cess
ibili
dade
pa
ra a
s ativ
idad
es d
e en
sino
cul
tura
e e
spor
tes
(b)
aacuterea
disp
oniacutev
el p
ara
a ge
statildeo
e a
s ativ
idad
es d
e ap
oio
(c
) ace
sso
a liv
ros e
out
ros r
ecur
sos d
idaacutet
icos
(d)
ac
esso
agrave in
tern
et f
requ
ecircnci
a e
velo
cida
de d
e co
nexatilde
o
(e) a
tuaccedil
atildeo c
om o
utro
s ato
res p
ara
a ob
tenccedil
atildeo d
e es
paccedilo
s e m
ater
iais
com
plem
enta
res p
ara
a re
aliz
accedilatildeo
do
Pro
jeto
Ped
agoacuteg
ico
TRIB
UN
AL
DE
CON
TAS
DA
U
NIAtilde
O (2
015)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Exis
tecircnc
ia e
a a
dequ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
de
labo
ratoacute
rio b
iblio
teca
par
que
infa
ntil
qua
dra
de e
spor
te s
ala
de a
ula
ban
heiro
s e
cozi
nha
nas
esco
las
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s de
uso
dire
to d
os a
luno
s (p
2)
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
015
ver
ifica
ccedilatildeo
in lo
co d
e 67
9 es
cola
s puacute
blic
as e
m to
do o
paiacute
s Se
leccedilatilde
o de
esc
olas
em
qua
tro
estaacute
gios
(1o ) s
elec
iona
da a
esc
ola
da re
de
de e
duca
ccedilatildeo
do e
stad
o (o
u do
mun
iciacutep
io) c
om p
ior
nota
na
esca
la d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar (
SOA
RES
NET
O
et a
l 20
13a)
(2o ) s
elec
iona
das
outr
as tr
ecircs e
scol
as d
e ta
man
hos
dive
rsos
da
prim
eira
ist
o eacute
um
a es
cola
m
uito
peq
uena
out
ra p
eque
na u
ma
meacuted
ia e
out
ra
gran
de (
3o ) sel
ecio
nado
s qu
atro
mun
iciacutep
ios
vizi
nhos
ca
da u
m c
om q
uatr
o es
cola
s co
m o
s m
esm
os c
riteacuter
ios
de p
ior n
ota
na e
scal
a de
infra
estr
utur
a e
tam
anho
da
esco
la e
(4o ) a
mos
tra
foi c
ompl
etad
a co
m e
scol
as d
a ca
pita
l e d
e m
unic
iacutepio
s vi
zinh
os a
ela
Ava
liaccedilatilde
o de
nov
e m
acro
s am
bien
tes
Aacutegu
a
Ace
ssib
ilida
de Aacute
rea
Exte
rna
Qua
dra
Parq
uinh
o
Sala
s de
Aul
a B
iblio
teca
Inf
raes
trut
ura
de M
eren
da
Labo
ratoacute
rio d
e In
form
aacutetic
a e
Banh
eiro
s Em
cad
a um
rece
bu u
ma
pont
uaccedilatilde
o em
div
erso
s ite
ns
por e
xem
plo
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is (p
iso
teto
e
pare
de)
situ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
eleacutet
ricas
es
tado
de
cons
erva
ccedilatildeo
e de
hig
iene
lim
peza
ac
essi
bilid
ade
etc
A n
ota
final
foi o
btid
a pe
la s
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s de
cad
a su
bite
m
Para
cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s fo
ram
cria
dos
quat
ro
padr
otildees
de q
ualid
ade
Pre
caacuteria
aci
ma
de 4
5 po
ntos
Ru
im e
ntre
30
e 45
pon
tos
Ace
itaacuteve
l en
tre
15 e
30
pont
os e
Boa
aba
ixo
de 1
5 po
ntos
A
LVES
XAV
IER
(201
6)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
ldquoas
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
sua
s co
ndiccedil
otildees
de
cons
erva
ccedilatildeo
a e
xist
ecircnci
a de
mat
eria
l did
aacutetic
o e
para
didaacute
tico
e a
s co
ndiccedil
otildees
de u
so e
de
func
iona
men
to d
e bi
blio
teca
s la
bora
toacuterio
s sa
las
de a
ula
dep
endecirc
ncia
s ad
min
istr
ativ
as e
out
ras
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
ardquo (p
76)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b de
200
7 2
009
201
1 e
2013
Ite
ns d
os q
uest
ionaacute
rios
da e
scol
a d
o di
reto
r e
do p
rofe
ssor
qua
dras
lab
orat
oacuterio
s au
ditoacute
rio s
ala
de a
rtes
e d
e m
uacutesic
a b
iblio
teca
vol
ume
de u
suaacuter
ios
exis
tecircnc
ia d
e pe
ssoa
l res
pons
aacutevel
uso
s pe
dagoacute
gico
s tip
os d
e us
uaacuterio
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
ace
rvo
co
mpu
tado
res
aces
so agrave
inte
rnet
apa
relh
os d
e au
diov
isua
l im
pres
sora
s e
tele
foni
a c
onse
rvaccedil
atildeo d
e pa
rede
s te
lhad
os s
alas
de
aula
ban
heiro
s ilu
min
accedilatildeo
al
eacutem d
e ex
istecirc
ncia
de
depr
edaccedil
otildees
e ou
tros
asp
ecto
s
Fora
m e
stim
ados
qua
tro
indi
cado
res
por m
eio
da T
RI (m
odel
o de
Sam
ejim
a) i
nsta
ccedilotildees
do
preacuted
io b
iblio
teca
equ
ipam
ento
s pe
dagoacute
gico
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o A
s es
cala
s or
igin
ais
dos
indi
cado
res
em d
esvo
s-pa
dratildeo
for
am
tran
sfor
mad
as p
ara
o in
terv
alo
de 0
a 1
0 P
ara
uso
em a
naacutelis
es d
escr
itiva
s os
indi
cado
res
fora
m
cate
goriz
ados
em
qua
rtis
85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
AVA
LCA
NTI
(2
016)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Defi
ne a
infra
estr
utur
a co
m re
ferecirc
ncia
ao
CAQ
- Cu
sto
Alu
no Q
ualid
ade
da C
ampa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave
Educ
accedilatildeo
(CA
RREI
RA P
INTO
200
7) q
ue v
incu
la
qual
idad
e do
s pr
oces
sos
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
agrave
qual
idad
e do
s in
sum
os u
tiliz
ados
(p 2
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
014
Loc
al d
e fu
ncio
nam
ento
inad
equa
do d
a es
cola
(bar
racatilde
o
casa
de
prof
esso
r ig
reja
gal
patildeo)
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua in
exis
tent
e ou
inad
equa
do (c
acim
ba p
occedilo
rio
coacute
rreg
o) e
sgot
o sa
nitaacute
rio in
exis
tent
e d
estin
accedilatildeo
de
lixo
inad
equa
da a
usecircn
cia
de d
epen
decircnc
ias
baacutesi
cas
(bib
liote
ca l
abor
atoacuter
ios
quad
ra e
spor
tiva
ban
heiro
s co
m a
cess
ibili
dade
) au
secircnc
ia d
e eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
esse
ncia
is (c
opia
dora
viacuted
eo c
asse
te T
V
Dat
asho
w c
ompu
tado
r im
pres
sora
int
erne
t)
Crio
u o
indi
cado
r IPR
FEM
(Iacutend
ice
de P
reca
rieda
de d
a Re
de F
iacutesica
Esc
olar
Mun
icip
al) e
spec
ifica
men
te p
ara
a pe
squi
saS
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s da
s pa
ra
cada
esc
ola
da re
de P
esos
de
acor
do c
om o
impa
cto
de c
ada
item
na
cond
iccedilatildeo
de
prec
arie
dade
do
esta
bele
cim
ento
o c
onhe
cim
ento
da
pesq
uisa
dora
so
bre
a re
de fiacute
sica
esco
lar e
a e
xper
iecircnc
ia c
om o
tr
abal
ho p
edag
oacutegic
o O
resu
ltado
do
indi
cado
r no
niacuteve
l da
rede
esc
olar
foi c
alcu
lada
pel
a m
eacutedia
dos
va
lore
s ob
tidos
por
toda
s as
esc
olas
mun
icip
ais
MAT
OS
RO
DRI
GU
ES
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoEqu
ipam
ento
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o es
cola
rrdquo (p
666
)D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
201
3 e
xist
ecircnci
a de
loc
al p
roacutepr
io d
e fu
ncio
nam
ento
da
esco
la aacute
gua
trat
ada
ene
rgia
eleacute
tric
a s
anea
men
to b
aacutesic
o (c
olet
a de
lixo
de
esgo
to e
pre
senccedil
a de
ban
heiro
na
esco
la)
outr
os e
spaccedil
os e
recu
rsos
esc
olar
es (b
iblio
teca
la
bora
toacuterio
can
tina
com
puta
dore
s e
outr
os
equi
pam
ento
s el
etrocirc
nico
s)
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
r de
infra
estru
tura
por
mei
o de
M
odel
os d
a Te
oria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) A
esca
la
orig
inal
foi c
onve
rtid
a pa
ra v
alor
es d
e ze
ro a
10
OLI
VEIR
A
PERE
IRA
JR
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s P
erce
pccedilatildeo
das
con
diccedilotilde
es d
a sa
la d
e au
la N
iacutevel
de
adeq
uaccedilatilde
o da
sal
a de
aul
a ndash
loca
l ond
e g
eral
men
te
os p
rofe
ssor
es p
assa
m a
mai
or p
arte
do
tem
po d
e tr
abal
ho O
des
envo
lvim
ento
da
ativ
idad
e do
cent
e ne
cess
ita d
e co
ndiccedil
otildees
apro
pria
das
de a
spec
tos
ambi
enta
is e
est
rutu
rais
afe
tand
o ta
nto
alun
os
quan
to p
rofe
ssor
es
Dad
os p
rimaacuter
ios
do su
rvey
Tra
balh
o D
ocen
te n
a Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a no
Bra
sil (
TDEB
B) d
e 20
10 c
om c
erca
de
6 m
il pr
ofiss
iona
is d
a ed
ucaccedil
atildeo e
m e
scol
as p
uacuteblic
as
de s
ete
esta
dos
bras
ileiro
s Va
riaacuteve
is d
e pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
esc
ola
ven
tilaccedil
atildeo e
ilum
inaccedil
atildeo d
a sa
la
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
as p
ared
es d
a s
ala
de a
ula
ruiacuted
o or
igin
ado
na s
ala
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
a sa
la e
spec
iacutefica
de
con
vivecirc
ncia
e re
pous
o c
ondi
ccedilotildees
dos
ban
heiro
s pa
ra fu
ncio
naacuterio
s co
ndiccedil
otildees
dos
equi
pam
ento
s (T
V v
iacutedeo
som
etc
) e
con
diccedilotilde
es d
os re
curs
os
peda
goacutegi
cos
(qua
dro
Xer
oxli
vros
did
aacutetic
os e
tc)
Estim
ou-s
e do
is in
dica
dore
s pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
sal
a de
aul
a e
perc
epccedilatilde
o da
s co
ndiccedil
otildees
da u
nida
de e
scol
ar p
or m
eio
da
teacutecn
ica
esta
tiacutestic
a de
nom
inad
a m
odel
agem
de
equa
ccedilotildees
est
rutu
rais
(MEE
) O
s in
dica
dore
sfor
am
padr
oniz
ados
no
inte
rval
o de
0 a
1 s
endo
o v
alor
m
iacutenim
o (0
) ref
eren
te agrave
pio
r situ
accedilatildeo
pos
siacuteve
l e o
va
lor m
aacutexim
o (1
) agrave
mel
hor
Adi
cion
alm
ente
os
resu
ltado
s do
s in
dica
dore
s fo
ram
cla
ssifi
cado
s em
qu
atro
cat
egor
ias
GO
MES
D
UA
RTE
(201
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
O te
rmo
infra
estr
utur
a es
cola
r []
refe
re-s
e agraves
co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is e
quip
amen
tos
e re
curs
os
fiacutesic
os q
ue p
erm
item
que
as
inst
ituiccedil
otildees
esco
lare
s fu
ncio
nem
sej
a co
mo
espa
ccedilo d
e m
ovim
ento
e
perm
anecircn
cia
de p
esso
as o
u co
mo
loca
l de
apre
ndiz
agem
523
)
Dad
os d
o Ce
nso
Esco
lar 2
013
refe
rent
es agrave
s es
cola
s
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enal
(EF)
Util
izam
26
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la s
obre
a p
rese
nccedila
de it
ens
de re
curs
os e
inst
alaccedil
otildees
baacutesi
cas
equi
pam
ento
s e
inst
alaccedil
otildees
didaacute
ticas
Cria
m p
erfis
(clu
ster
s) p
or m
eio
de u
m m
odel
o de
cla
sses
late
ntes
(LC
A)
que
resu
ltou
em q
uatr
o cl
asse
s de
infra
estr
utur
a es
cola
r su
perio
r m
eacutedio
su
perio
r m
eacutedio
infe
rior e
inf
erio
r A
cla
sse
supe
rior
com
42
das
esc
olas
e 8
12
das
mat
riacutecul
as d
ispotilde
e de
qua
se to
dos
os 2
6 ite
ns (e
xcet
o la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e s
ala
de re
curs
os e
spec
ializ
ados
) e
a cl
asse
in
ferio
r pos
sui a
pena
s aacuteg
ua c
ozin
ha e
um
preacute
dio
excl
usiv
o) 1
1 d
as e
scol
as e
11
d
e m
ariacutec
ulas
O
meacuted
io-s
uper
ior eacute
mui
to p
arec
ido
com
o s
uper
ior
e o
meacuted
io-in
ferio
r co
m o
infe
rior
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
86
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sO
rsquoSU
LLIV
AN
(2
006)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
(dim
ensotilde
es)
A te
se a
nalis
a as
con
diccedilotilde
es d
o pr
eacutedio
esc
olar
de
acor
do
com
a c
lass
ifica
ccedilatildeo
de u
m in
stru
men
to d
enom
inad
o Co
mm
onw
ealth
Ass
essm
ent o
f Phy
sical
Env
ironm
ent
(CAP
E) d
esen
volv
ido
por C
ash
(199
3) p
ara
as c
ondi
ccedilotildees
es
trutu
rais
e co
smeacutet
icas
de
um p
reacutedi
o
Dad
os p
rimaacuter
ios d
e 20
0 es
cola
s de
ensin
o m
eacutedio
EU
A
Aval
iou
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is id
ade
da c
onst
ruccedilatilde
o
sala
s de
aula
tem
poraacute
rias
reno
vaccedilatilde
o a
diccedilatilde
o ou
ap
erfe
iccediloa
men
to d
o ed
ifiacuteci
o ti
po d
e pi
so ja
nela
s ar
-co
ndic
iona
do c
alor
got
eira
s ilu
min
accedilatildeo
das
sala
s de
aula
ca
ract
eriacutest
icas
est
rutu
rais
das s
alas
de
aula
con
diccedilotilde
es
estru
tura
is da
con
stru
ccedilatildeo
inst
alaccedil
otildees a
djac
ente
s ao
preacuted
io b
arul
ho e
xter
no t
omad
as e
leacutetr
icas
das
sala
s de
aula
e c
ober
tura
do
teto
As c
ondi
ccedilotildees
cos
meacutet
icas
do
preacuted
io fo
ram
iden
tifica
das p
or p
intu
ra n
o in
terio
r do
preacuted
io p
intu
ra e
xter
ior
loca
is co
m g
rafit
epi
xo r
emoccedil
atildeo
de g
rafit
epi
xo m
obiacuteli
as d
as sa
las d
e au
la c
lass
ifica
ccedilotildees
co
smeacutet
icas
ger
ais e
freq
uecircnc
ia d
e lim
peza
do
piso
Dad
os d
a pe
squi
sa fo
ram
util
izad
os p
ara
aval
iar a
co
ndiccedil
atildeo p
reacutedi
os e
scol
ares
As r
espo
stas
par
a ca
da
item
no
CAPE
fora
m c
odifi
cada
s com
o um
doi
s trecirc
s qu
atro
cin
co s
eis o
u se
te P
ara
test
ar a
con
fiabi
lidad
e do
inst
rum
ento
foi c
ondu
zido
um
test
e Al
pha
deCr
onba
ch s
endo
que
o v
alor
obt
ido
foi c
onsid
erad
o ldquoa
ceitaacute
velrdquo
(gt 0
7)
GIB
BERD
(200
7)Va
riaacuteve
is e
m
dim
ensotilde
es
[inst
rum
ento
]
Mod
elo
inte
grad
o de
des
empe
nho
do p
reacutedi
o In
tegr
ated
bui
ldin
g pe
rfor
man
ce m
odel
ndash IB
PM)
(1) P
esso
as i
nfra
estr
utur
a d
eve
gara
ntir
que
seus
usu
aacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacute
sica
s at
endi
das
gara
ntir
que
dire
itos
hum
anos
se
jam
resp
eita
do (
2) a
infra
estr
utur
a de
ve g
aran
tir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am v
azam
ento
s se
jam
es
trut
ural
men
te s
oacutelid
as t
enha
m b
aixo
s cu
stos
de
oper
accedilatildeo
m
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
no
uso
dos
esp
accedilos
e d
os re
curs
os (
3) P
rogr
ama
in
fraes
trut
ura
dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
at
ivid
ades
esc
olar
es
O a
rtig
o ap
rese
nta
um in
stru
men
to d
esen
volv
ido
para
av
alia
ccedilatildeo
da in
fraes
trut
ura
de e
scol
as ru
rais
da
Aacutefri
ca
do S
ul q
ue c
onte
mpl
a os
iten
s pe
ssoa
s in
fraes
trut
ura
e pr
ogra
mas
Ap
rese
nta
par
a ca
da u
ma
das
dim
ensotilde
es
obje
tivos
com
os
seus
resp
ectiv
os in
dica
dore
s p
ara
verif
icaccedil
atildeo
GIB
BERD
M
PHU
TLA
NE
(200
7)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
[in
stru
men
to]
Gar
antia
de
que
os e
difiacutec
ios
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
os t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
o e
man
uten
ccedilatildeo
e qu
e se
jam
efic
ient
es ta
nto
no u
so d
os e
spaccedil
os q
uant
o no
uso
de
recu
rsos
(Efic
iecircnc
ia C
usto
s op
erac
iona
is
Ges
tatildeo
Man
uten
ccedilatildeo
Sauacute
de e
Seg
uran
ccedila)
O in
stru
men
to o
SRN
(Sch
ool R
egist
er o
f Nee
ds ndash
Reg
istro
es
cola
r de
nece
ssid
ades
) pa
ra a
valia
r esc
olas
rura
is da
Aacutef
rica
do S
ul s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
seg
uran
ccedila n
uacutemer
o de
sala
s de
aula
e d
e ou
tros e
spaccedil
os e
se h
aacute ne
sses
se
rviccedil
os c
omo
aacutegua
e e
letri
cida
de m
ater
iais
utiliz
ados
na
cons
truccedilatilde
o c
ondi
ccedilotildees
ger
ais d
o pr
eacutedio
ram
pas d
e ac
esso
e
banh
eiro
s par
a al
unos
com
defi
ciecircn
cias
equ
ipam
ento
s co
mo
cade
iras
mes
as e
com
puta
dore
s te
lefo
ne e
nerg
ia
banh
eiro
s m
uro
cor
redo
res e
inst
alaccedil
otildees e
spor
tivas
m
edid
as d
e pr
even
ccedilatildeo
ao c
rime
com
o ba
rras a
nti-r
oubo
(g
rade
de
ferro
em
jane
las)
e a
larm
es M
SEE
(Min
imum
St
anda
rds f
or Ed
ucat
ion
in E
mer
genc
ies ndash
Pad
rotildees
miacuten
imos
pa
ra e
mer
gecircnc
ia n
a ed
ucaccedil
atildeo)
entre
out
ros
O in
trum
ento
reuacuten
e da
dos
quan
titat
ivos
e
qual
itativ
os S
RN (R
egis
tro
Esco
lar d
e N
eces
sida
des)
ndash
quan
titat
ivo
MSE
E (P
adrotilde
es M
iacutenim
os p
ara
Educ
accedilatildeo
em
Em
ergecirc
ncia
s) ndash
qua
litat
ivo
Cont
inua
87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sSE
BAKE
M
PHU
TLA
NE
G
IBBE
RD (2
007)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
seus
us
uaacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacutes
icas
at
endi
das
Dev
e ga
rant
ir ta
mbeacute
m q
ue d
ireito
s hu
man
os s
ejam
resp
eita
dos
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
as t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
om
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
tant
o no
uso
dos
esp
accedilos
qua
nto
no u
so d
e re
curs
os A
infra
estr
utur
a es
cola
r dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
ativ
idad
es n
eces
saacuteria
s
O in
stru
men
to p
ara
aval
iaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a pa
ra a
s es
cola
s ru
rais
Est
udo
pilo
to e
m e
scol
as ru
rais
da Aacute
frica
do
Sul
Um
sis
tem
a de
ava
liaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a da
s es
cola
s po
r mei
o de
um
inst
rum
ento
que
con
side
ra
as d
imen
sotildees
des
crita
s pe
ssoa
s
VALD
EacuteS e
t al
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
das
Defi
ne e
mpi
ricam
ente
infra
estr
utur
a de
aco
rdo
com
a p
rese
nccedila
cum
ulat
iva
de d
eter
min
ados
iten
s da
esc
ola
Dad
os d
a pe
squi
sa S
ERCE
de
2006
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) em
20
paiacutese
s da
Ameacuter
ica
Latin
a in
clui
ndo
o Br
asil
As
variaacute
veis
de in
fraes
trutu
ra s
ala
de d
ireccedilatilde
o sa
las p
ara
apoi
o ad
min
israt
ivas
sal
a de
pro
fess
ores
qua
dra
espo
rtiv
a
labo
ratoacute
rio g
inaacutes
io ja
rdim
esc
olar
sal
a de
info
rmaacutet
ica
au
ditoacute
rio c
ozin
ha r
efei
toacuterio
sal
a de
arte
s en
ferm
aria
se
rviccedil
o ps
icop
edag
oacutegic
o e
bibl
iote
ca P
ara
de a
cess
o a
serv
iccedilos
aacutegu
a e
letri
cida
de e
tele
fone
Para
as
variaacute
veis
nuacutem
ero
de c
ompu
tado
res
e nuacute
mer
o de
bib
liote
cas
a an
aacutelis
e ba
seou
-se
na
proacutep
ria q
uant
ifica
ccedilatildeo
dos
itens
Jaacute
para
o iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a cr
iou-
se u
ma
esca
la c
om in
terv
alo
de
0 a
15 e
par
a o
iacutendi
ce d
e se
rviccedil
os fo
i util
izad
a um
a es
cala
de
0 a
5
WO
LNIA
K
ENG
BERG
(2
010)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Infra
estu
rura
defi
nida
em
piric
amen
te d
e ac
ordo
co
m o
s ite
ns d
e re
curs
os e
scol
ares
D
ados
sec
undaacute
rios
do T
he N
atio
nal L
ongi
tudi
nal S
urve
y of
Fr
eshm
en (N
LSF)
pat
roci
nado
pel
o O
ffice
of P
opul
atio
n Re
sear
ch d
a U
nive
rsid
ade
de P
rince
ton
Ava
liao
nze
itens
so
bre
recu
rsos
esc
olar
es n
o en
sino
meacuted
io e
a q
ualid
ade
dess
es re
curs
os a
sab
er b
iblio
teca
con
selh
eiro
de
orie
ntaccedil
atildeo o
u co
mpu
tado
res
Os
itens
satildeo
ava
liado
s em
um
a es
cala
tipo
Lik
ert
que
vai d
e ru
im a
teacute e
xcel
ente
Os
auto
res
cria
m u
m
indi
cado
r de
infra
estr
utur
a m
as n
atildeo e
scla
rece
m n
o te
xto
o m
eacutetod
o de
est
imaccedil
atildeo u
tiliz
ado
CU
YVER
S et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
turu
ra d
efini
da e
mpi
ricam
ente
de
acor
do c
om a
pe
rcep
ccedilatildeo
de a
luno
s que
resp
onde
ram
a u
m su
rvey
D
ados
prim
aacuterio
s de
surv
ey ju
nto
a es
tuda
ntes
em
14
esco
las s
ecun
daacuteria
s da
Beacutelg
ica
(n=
2032
) qu
e in
vest
igou
a
perc
epccedilatilde
o do
s so
bre
(1) o
preacute
dio
esco
lar t
em u
ma
estru
tura
esp
acia
l livr
e on
de eacute
faacuteci
l se
orie
ntar
(2)
as s
alas
de
aula
abe
rtas
a u
ma
aacuterea
(ver
de)
(3) o
preacute
dio
esco
lar o
fere
ce
recu
rsos
de
TI b
em in
tegr
ados
e a
cess
o a
varia
das f
onte
s de
pesq
uisa
(4)
todo
s os i
ndic
ador
es re
laci
onad
os agrave
segu
ranccedil
a (e
g o
preacute
dio
esco
lar eacute
bem
pro
tegi
do c
ontra
inva
sotildees
) (5
) cr
iteacuterio
s sob
re a
con
diccedilatilde
o do
preacute
dio
esco
lar
(6) c
riteacuter
ios
sobr
e a
amen
idad
e e
conf
orto
fiacutesic
o de
preacute
dio
esco
lar
(tem
pera
tura
acuacute
stic
a ilu
min
accedilatildeo
e v
entil
accedilatildeo
)
O in
dica
dor eacute
con
stru
ido
por e
scal
onam
ento
dos
ite
ns d
o qu
estio
naacuterio
apl
icad
o ao
s al
unos
mas
os
auto
res
natildeo
escl
arec
em n
o te
xto
de q
ue fo
rma
o in
dica
dor f
oi p
rodu
zido
88
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
LIC
KA e
t al
(201
1)U
tiliz
a va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
teD
efine
em
piric
amen
te a
s ldquoca
ract
eriacutes
ticas
prim
aacuteria
s da
esc
olardquo
que
con
teacutem
as
info
rmaccedil
otildees
sobr
e in
fraes
trut
ura
Dad
os p
rimaacuter
ios
de su
rvey
con
duzi
do p
elos
aut
ores
em
20
04 e
m M
adag
asca
r Es
cola
s se
leci
onad
as a
par
tir d
e um
a pe
squi
sa d
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
No
grup
o da
s ldquoCa
ract
eriacutes
ticas
Prim
aacuteria
s Es
cola
resrdquo
as
variaacute
veis
re
laci
onad
as agrave
infra
estu
tura
satildeo
dis
tacircnc
ia d
o ce
ntro
da
com
unid
ade
(km
) e
scol
a se
m s
anitaacute
rio s
anitaacute
rio
sepa
rado
por
sex
o p
erce
ntag
em d
e sa
las
de a
ula
com
qu
adro
neg
ro
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
corr
elac
oinaacute
-las
a re
sulta
dos
esco
lare
s
OC
DE
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
A n
occedilatildeo
de
infra
estr
utur
a es
taacute re
laci
onad
a agraves
co
ndiccedil
otildees
esco
lare
s e
de e
nsin
o
Dad
os d
o Pr
ogra
ma
de A
valia
ccedilatildeo
de E
stud
ante
s de
15
anos
(Pisa
) or
gani
zado
pel
a O
CDE
com
a p
artic
ipaccedil
atildeo d
e vaacute
rios
paiacutese
s in
clus
ive
o Br
asil
Que
stio
naacuterio
resp
ondi
do
pelo
dire
tor
Itens
sob
re in
fraes
trut
ura
- esc
asse
z ou
in
adeq
uaccedilatilde
o de
(1)
est
rutu
ra fiacute
sica
da e
scol
a (2
) sis
tem
as e
leacutetr
icos
e d
e aq
ueci
men
to e
ou
resf
riam
ento
e
(3) e
spaccedil
o na
s sa
las
de a
ula
Iten
s de
recu
rsos
esc
olar
es
- esc
asse
z ou
inad
equa
ccedilatildeo
de (
(1) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
a
(2) m
ater
iais
didaacute
ticos
(3)
com
puta
dore
s (4
) int
erne
t e
(5) s
oftw
ares
edu
caci
onai
s
Fora
m c
onst
ruiacuted
os d
ois
iacutendi
ces
- iacutend
ice
de
infra
estr
utur
a e
iacutendi
ce d
e re
curs
os e
scol
ares
O
s iacuten
dice
s tecirc
m e
scal
a em
des
vios
-pad
ratildeo
Va
lore
s po
sitiv
os in
dica
m m
elho
res
cond
iccedilotildee
s de
in
fraes
trut
ura
e re
curs
os e
scol
ares
CU
ESTA
G
LEW
WE
BR
OO
KE (2
014)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Defi
ne in
fraes
tutu
ra p
ela
a pr
esen
ccedila d
e de
term
inad
os it
ens
cara
cter
iacutestic
as d
a sa
la d
e au
la
com
o lu
z na
tura
l te
mpe
ratu
ra a
cuacutest
ica
pre
senccedil
a na
esc
ola
de e
letr
icid
ade
aacutegu
a po
taacuteve
l e a
con
diccedilatilde
o do
edi
fiacutecio
exi
stecircn
cia
de u
ma
bibl
iote
ca l
abor
atoacuter
io
de in
form
aacutetic
a ou
labo
ratoacute
rios
de c
iecircnc
ias
livro
s di
daacutetic
os
mat
eria
is p
edag
oacutegic
os e
tecn
olog
ias
de
info
rmaccedil
atildeo e
com
unic
accedilatildeo
(TIC
)
Revi
satildeo
de e
stud
os s
obre
o im
pact
o da
infra
estr
utur
a no
apr
endi
zado
dos
alu
nos
de p
aiacutese
s la
tino-
amer
ican
os d
e 19
90 a
201
2 V
ariaacute
veis
ana
lisad
as
cond
iccedilatildeo
das
par
edes
pis
os e
telh
ado
mat
eria
is d
e in
stru
ccedilatildeo
na s
ala
de a
ula
(com
o fli
p ch
arts
qua
dro
bran
co e
m c
aval
ete)
e q
uadr
os n
egro
s m
as e
xclu
indo
liv
ros
didaacute
ticos
) di
spon
ibili
dade
de
elet
ricid
ade
aacutegu
a e
sani
taacuterio
s e
a di
spon
ibili
dade
de
labo
ratoacute
rios
(ciecirc
ncia
s e
info
rmaacutet
ica)
bib
liote
cas
mes
as e
qua
dros
O e
stud
o fa
z um
bal
anccedilo
de
outr
os e
stud
os
Apr
esen
ta e
stat
iacutestic
as d
escr
itiva
s po
r paiacute
ses
(pro
porccedil
atildeo) d
os it
ens
de in
fraes
trut
ura
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sIN
EE (2
016)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Aval
iaccedilatilde
o da
s Co
ndiccedil
otildees
Baacutesic
as p
ara
o En
sino
e a
Apr
endi
zage
m (E
valu
acioacute
n de
Con
dici
ones
Baacutes
icas
pa
ra la
Ens
entildean
za y
el A
pren
diza
je ndash
ECE
A) r
ealiz
ada
pelo
Inst
ituto
Nac
iona
l par
a la
Eva
luac
ioacuten
de la
Ed
ucac
ioacuten
(INEE
) do
Meacutex
ico
Defi
ne in
fraes
trut
ura
com
o o
conj
unto
de
inst
alaccedil
otildees
e se
rviccedil
os q
ue
perm
item
a re
aliz
accedilatildeo
do
trab
alho
esc
olar
em
co
ndiccedil
otildees
de d
igni
dade
seg
uran
ccedila e
bem
-est
ar
Os
mob
iliaacuter
ios
e eq
uipa
men
tos
bem
com
o m
ater
iais
de
apo
ios
satildeo
nece
ssaacuter
ios
para
a re
aliz
accedilatildeo
das
at
ivid
ades
cur
ricul
ares
e a
dmin
istra
tivas
Dad
os d
o es
tudo
pilo
to d
e 20
14 c
om a
mos
tra d
e es
cola
s pr
imaacuter
ias
Dim
ensotilde
es e
iten
s (1
) In
fraes
truct
ura
para
o
bem
est
ar e
apr
endi
zage
m d
os e
stud
ante
s (ac
esso
a
serv
iccedilos
baacutes
icos
esp
accedilos
esc
olar
es su
ficie
ntes
e a
cess
iacutevei
s co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as d
e se
gura
nccedila
e hi
gien
te)
(2) m
obili
aacuterio
e
equi
pam
ento
s baacutes
icos
par
a o
ensin
o e
apre
ndiz
ado
(mob
iliaacuter
io su
ficie
nte
e ad
equa
do e
qupa
men
tos d
e ap
oio)
e (3
) mat
eria
is de
apo
io e
duca
tivo
(mat
eria
is cu
rriacutecu
lare
s m
ater
iais
didaacute
ticos
ace
rvo
da b
iblio
teca
) O
s ind
icad
ores
incl
uem
ace
sso
a se
rviccedil
os p
uacuteblic
os (aacute
gua
en
ergi
a e
sgot
o) a
mbi
ente
fiacutesic
o ad
equa
do (v
entil
accedilatildeo
te
mpe
ratu
ra il
umin
accedilatildeo
ruiacute
dos)
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
ac
adecircm
icas
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
esp
ortiv
as c
ultu
rais
e de
recr
eccedilatildeo
exi
stecircn
cia
de b
anhe
iros e
ban
heiro
s par
a pe
ssoa
s com
defi
ciecircn
cia
ace
ssib
ilida
de c
onse
rvaccedil
atildeo
trata
men
to ig
ualit
aacuterio
par
a al
unos
seg
undo
gecircn
ero
liacuten
gua
orig
em so
cial
eacutetn
ica
etc
Apr
esen
ta re
sulta
dos
do e
stud
o pi
loto
mar
co
basi
co p
ara
orie
ntar
a im
plan
taccedilatilde
o e
func
iona
men
to
das
esco
las
e or
ient
ar a
ava
liaccedilatilde
o da
s es
cola
s de
edu
caccedilatilde
o baacute
sica
O in
stru
men
to re
spon
dido
pe
la e
quip
e da
esc
ola
que
dev
e re
fletir
sob
re
as c
ondi
ccedilotildees
meacuted
ias
da e
scol
a pa
ra c
ada
item
A
leacutem
dis
so c
olet
a op
iniotilde
es s
obre
o q
uant
o a
infra
estr
utur
a af
eta
o en
sino
e a
pren
diza
do e
accedilotilde
es
nece
ssaacuter
ias
para
mel
horia
Est
udo
Um
info
rme
com
os
resu
ltado
s do
est
udo
pilo
to re
aliz
ado
em
esco
las
prim
aacuteria
s ap
rese
nta
anaacutel
ises
des
criti
vas
dos
itens
que
com
potildee
cada
um
a de
ssas
dim
ensotilde
es
Apr
esen
ta re
cort
es s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
das
esc
olas
(u
rban
a ru
ral
aacuterea
indiacute
gena
) e ti
po d
e or
gani
zaccedilatilde
o (m
ultis
eria
do o
u natilde
o) e
eta
pas
UN
ESCO
(201
6)D
imen
sotildees
e
indi
cado
res
(doc
umen
to
norm
ativ
o)
A m
eta
4a
do o
bjet
ivo
4 da
Age
nda
2030
par
a D
esen
volv
imen
to S
uste
ntaacutev
el d
efine
com
o
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as a
prop
riada
s pa
ra c
rianccedil
as
e se
nsiacutev
eis
agraves d
efici
ecircnci
as e
ao
gecircne
ro e
que
pr
opor
cion
em a
mbi
ente
s de
apr
endi
zage
m s
egur
os
e natilde
o vi
olen
tos
incl
usiv
os e
efic
azes
par
a to
dos
Indi
cado
res p
ara
mon
itora
men
to (A
) Por
cent
agem
de
esco
las c
om a
cess
o a
(i) aacute
gua
potaacute
vel b
aacutesic
a (i
i) in
stal
accedilotildee
s sa
nitaacute
rias d
e se
xo uacute
nico
baacutes
icas
e (i
ii) in
stal
accedilotildee
s de
lava
gem
das
matildeo
s baacutes
icas
(B)
Pro
porccedil
atildeo d
e es
cola
s com
ac
esso
a (i
) ele
trici
dade
(ii)
inte
rnet
par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
e
(iii)
com
puta
dore
s par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
(C) P
orce
ntag
em
de e
scol
as c
om in
fra-e
stru
tura
e m
ater
iais
adap
tado
s par
a es
tuda
ntes
com
defi
ciecircn
cia
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o D
ocum
ento
nor
mat
ivo
ap
rese
nta
um m
arco
bas
ico
para
orie
ntar
a
impl
anta
ccedilatildeo
e fu
ncio
nam
ento
das
esc
olas
e o
rient
ar
a av
alia
ccedilatildeo
das
esco
las
de e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca
DU
ART
E
JAU
REG
UIB
ER
RY R
AC
IMO
(2
017)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
D
efine
a su
ficiecirc
ncia
da
infra
estru
tura
par
a pa
iacuteses
latin
o-am
eric
anos
que
par
ticip
aram
do
Terc
e - T
erce
iro
Estu
do e
xplic
ativ
o e
com
para
tivo
de d
esem
penh
o es
cola
r se
gund
o o
s com
pone
ntes
baacutes
icos
do
ambi
ente
fiacutesic
o pa
ra fo
rnec
er o
s rec
urso
s nec
essaacute
rios
para
o p
roce
sso
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
Dad
os d
o TE
RCE
2013
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) Pa
ra m
ensu
rar a
su
ficiecirc
ncia
os i
tens
do
ques
tionaacute
rio re
spon
dido
pel
o di
reto
r or
gani
zado
s em
seis
cate
goria
s (1
) aacutegu
a e
sane
amen
to
baacutesic
o (aacute
gua
potaacute
vel e
sgot
o b
anhe
iros e
m b
oas
cond
iccedilotildee
s e c
olet
a de
lixo)
(2)
ace
sso
aos s
ervi
ccedilos p
uacuteblic
os
(ele
trici
dade
tel
efon
ia e
inte
rnet
) (3
) esp
accedilos
edu
caci
onai
s (s
ala
de a
rtem
uacutesic
a la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e in
form
aacutetic
a e
bibl
iote
ca)
(4) e
spaccedil
os a
dmin
istra
tivos
(sal
a do
dire
tor
sala
s adm
inist
rativ
as s
ala
de re
uniatilde
o do
s pro
fess
ores
e
enfe
rmar
ia)
(5) e
spaccedil
os m
ultiu
sos (
ginaacute
sio a
uditoacute
rio e
qu
adra
s de
espo
rtes)
e (6
) equ
ipam
ento
s da
sala
de
aula
(q
uadr
o br
anco
ou
de g
iz m
esa
e ca
deira
par
a o
prof
esso
r m
esas
e c
adei
ras p
ara
todo
s os a
luno
s)
A m
ensu
raccedilatilde
o da
sufi
ciecircn
cia
da in
fraes
trut
ura
feita
pe
la p
rese
nccedila
dos
itens
nas
cat
egor
ias
Para
atin
gir
o cr
iteacuterio
de
sufic
iecircnc
ia a
esc
ola
deve
ter
todo
s os
iten
s da
1a
cate
goria
el
etric
idad
e e
tele
foni
a na
2a
pel
o m
enos
a b
iblio
teca
den
tre
os it
ens
da
3a p
elo
men
os d
ois
dent
re o
s qu
atro
iten
s da
4a
pe
lo m
enos
um
den
tre
os tr
ecircs it
ens
da 5
a e
todo
s os
iten
s da
6a
Anaacute
lise
desc
ritiv
a p
erce
ntua
l de
esco
las
com
gra
u su
ficie
nte
nas
seis
cat
egor
ias
em
cinc
o q
uatr
o tr
ecircs d
ois
uma
ou n
enhu
ma
cate
goria
se
gund
o pa
iacuteses
e o
utra
s va
riaacuteve
is d
iscr
imin
ante
s
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
90
Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar
Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar
Nac
iona
l
Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)
SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)
MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017
Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3
inte
rnac
iona
l
Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia
91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)
Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios
Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo
Indi
cado
r(es)
BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)
OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)
MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)
Variaacute
veis
VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
92
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Continua
94
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
noPrevenccedilatildeo de danos
Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Conservaccedilatildeo
Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Ambiente Prazeroso
Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra o
ens
ino
e ap
rend
izad
o
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio administrativo
Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra a
eq
uida
de
Acessibilidade
Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)
Ambiente para atendimento especializado
Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)
95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas
Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes
de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as
meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola
De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do
tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados
em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores
com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo
equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo
mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos
instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo
As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo
de unidimensionalidade dos construtos
As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o
indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas
poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria
em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo
dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras
Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso
sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero
de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos
boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois
como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala
seraacute limitado
Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral
pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra
indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas
para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro
resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas
meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que
nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee
96
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Indi
cado
r ndash A
cess
o a
serv
iccedilos AacuteGUA
Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658
ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939
ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416
LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E S GOT O0 1 2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 AacuteGUA
0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E NE R GIA0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 LIXO0 1
97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Instalaccedilotildees do preacutedio escolar
Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa
Indi
cado
r ndash In
stal
accedilotildee
s do
preacute
dio
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879
IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908
IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349
IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522
IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846
IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663
IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588
IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645
_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores
Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
BAN
HEI
RO_
FORA
DEN
TRO
IN_C
OZI
NH
A
IN_R
EFEI
TORI
O
IN_D
ESPE
NSA
IN_S
ALA
_DIR
ETO
RIA
IN_S
ALA
_PRO
FESS
OR
IN_S
ECRE
TARI
A
IN_A
LMO
XARI
FAD
O
IN_A
GU
A_F
ILTR
AD
A
BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039
IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013
IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008
IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018
IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030
IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026
IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022
IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026
IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
98
Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO
0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COZINHA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DESPENSA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1
99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash P
reve
nccedilatildeo
de
dano
s
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Prot_incendio
Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290
Ilum_foraEscolUNI
Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453
Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782
Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015
Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Prot_incendio0
1
2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI
0
1 2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_fisica
0
1
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_equip
0
1
100
Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar
Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
telhado
Ruim 132 129 124
Regular 301 311 308
Bom 567 561 569
parede
Ruim 76 72 76
Regular 316 322 325
Bom 608 606 598
piso
Ruim 126 111 116
Regular 294 297 303
Bom 580 592 581
entrada
Ruim 101 90 97
Regular 291 287 296
Bom 607 623 607
paacutetio
Ruim 154 139 139
Regular 293 298 292
Bom 553 563 569
corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628
sala
Ruim 85 84 84
Regular 350 356 353
Bom 565 561 563
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475
janelas
Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526
banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431
cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567
insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462
insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449
Sinaldepr
Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332
Natildeo 570 553 581
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
telh
ado
pare
de
piso
entr
ada
paacutetio
corr
edor
sala
port
as
jane
las
banh
eiro
s
cozi
nha
inst
hidr
a
inst
elet
rica
Sina
ldep
rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039
parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045
piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038
entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040
paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035
corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038
sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049
portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053
janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047
banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048
cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034
insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046
insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045
Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Indi
cado
r ndash C
onse
rvaccedil
atildeo
101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 telhado
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 parede0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 piso0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 entrada0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 paacutetio0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 corredor0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 sala0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 portas0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 janelas
0
12
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 banheiros0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 cozinha
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 insthidra0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 insteletrica0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 Sinaldepr
01
2
Prob
abili
dade
Prob
abili
dade
102
Conforto
Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash C
onfo
rto
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630
ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600
BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Iluminada Arejada BiblioArejIlum
Iluminada 100 077 047
Arejada 077 100 052
BiblioArejIlum 047 052 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Iluminada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Arejada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BiblioArejIlum
01
103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ambiente prazeroso
Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
mbi
ente
Pra
zero
so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215
N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407
IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272
IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048
IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046
IN_AREA_VERDE 050 032 100 031
IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 PATIO_COB_DES0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AREA_VERDE0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0
1
104
Espaccedilos pedagoacutegicos
Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
spaccedil
os P
edag
oacutegic
os
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468
NU_COMP_ALUNO_CAT
Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108
QUADRA_COBDESCOB
Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54
IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115
IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_LABORATORIO_INFORMATICA
NU_COMP_ALUNO_CAT
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
QUADRA_COBDESCOB
IN_LABORATORIO_CIENCIAS
IN_AUDITORIO
IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Equipamentos para apoio administrativo
Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
quip
amen
tos
para
apo
io a
dmin
istr
ativ
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT
Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64
NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT
Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136
NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()
Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117
NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT
Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91
IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013
106
Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU
_EQ
UIP
_CO
PIA
DO
RA_C
AT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_CAT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_MU
LT_
CAT
NU
_CO
MP_
AD
MIN
ISTR
ATIV
O_C
AT
IN_I
NTE
RNET
_B_L
ARG
A
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0
1 2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0
1 23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0
1
2
107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa
indi
cado
r ldquoEq
uipa
men
tos
para
apo
io p
edag
oacutegic
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_TV_CAT
Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249
NU_EQUIP_DVD_CAT
Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144
NU_EQUIP_SOM_CAT
Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168
NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT
Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138
NU_EQUIP_FOTO_CAT
Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU_EQUIP_TV_
CATNU_EQUIP_DVD_
CATNU_EQUIP_SOM_
CATNU_EQUIP_
MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_
CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
108
Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Acessibilidade
Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
cess
ibili
dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399
IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298
infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0
1
2
3
109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015
IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb
Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Ambiente para atendimento especializado
Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
tend
imen
to
Educ
acio
nal E
spec
ializ
ado
(AEE
) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83
IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 infra_deficiencia
0
1
2
110
Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_BRAILLE_CAT
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT
IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1
111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio
Prevenccedilatildeo de danos ()
Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41
AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13
AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12
RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23
PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18
AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28
TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41
MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19
PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32
CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39
RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31
PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23
PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25
AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36
SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44
BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26
MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42
ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40
RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58
SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48
PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60
SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48
RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55
MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59
MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38
GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47
DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57
continua
112
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)
Espaccedilos pedagoacutegicos
Equip p apoio admin
Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20
13
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57
AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34
AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35
RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40
PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40
AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48
TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56
MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42
PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50
CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60
RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55
PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52
PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51
AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53
SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56
BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49
MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61
ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59
RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67
SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68
PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67
SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65
RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65
MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67
MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59
GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63
DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb
113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo
originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das
informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)
Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas
pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos
de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam
teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais
matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais
complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e
a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015
Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem
e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e
escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel
mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees
educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para
dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE
de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis
Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de
aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura
(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa
a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)
Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os
indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil
Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e
2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da
variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos
Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)
Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas
35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas
para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino
Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes
na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola
25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt
114
Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a
presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na
composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os
Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem
matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente
consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre
7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)
Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo
Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos
Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do
ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino
fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183
LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14
Regiatildeo
Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72
Unidades da Federaccedilatildeo
Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13
continua
115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal Privada
Etapas
Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221
Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517
Nordm de alunos
Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217
Niacuteveis de Complexidade da escola ()
1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07
Grupos do INSE 2015 ()
Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212
Faixas do Ideb - anos iniciais ()
Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00
Faixas do Ideb - anos finais ()
Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00
Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015
116
117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral
Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)
Cozinha
Aacutegua_filtrada
Aacutegua_rio
Banheiro_fora
Energia_outro
Esgoto_fossa
Energia_rede
Banheiro_dentro
Aacutegua_poccedilo
TV_1
DVD_1
Sinal_depred_pouco
Janelas_ruim
IluminaFora_ruim
Impressora_1
Seguranccedila_equipamento
SOM_1
Aacutegua_rede
Sala_diretoria
Lixo_coleta
Parede_regular
Comput_Adm_1
Telhado_regular
Paacutetio_Cob_ou_Descob
Salas_regular
Comp_aluno_1a5
Entrada_regular
Piso_regular
Cozinha_regular
Ilumina_salas_MaisMetade
Secretaria
Internet_semBandaLarga
Corredor_regular
Seguranccedila_fiacutesica
Portas_regular
Sala_professor
Janelas_regular
MaqFoto_1
000010
150151
182197
223286
346374
390393
412418
426430
435445
450451
451454
461467
473473
475481
485485
488488
491494
496497
500500
Paacutetio_regular
Lab_informaacutetica
Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq
SalaLeitura
IluminaFora_regular
InstalHidra_regular
Areja_salas_MaisMetade
InstalEletric_regular
EquipMultimiacutedia_1
Copiadora_1
Banheiros_regular
Despensa
Internet_comBandaLarga
Comput_Adm_2a3
Comp_aluno_6a10
Impressora_2
TV_2
Ilumina_salas_Todas
Biblio_Areja_Ilumina
Esgoto_rede
Corredor_bom
Prot_incend_ruim
SOM_2
Parede_bom
Entrada_bom
Quadra_descoberta
Biblioteca
Piso_bom
Sinal_depred_natildeo
Areja_salas_Todas
Telhado_bom
Cozinha_bom
Paacutetio_bom
Salas_bom
Janelas_bom
Almoxarifado
DVD_2
Prot_incend_regular
501512
512513
515515
515516
519522
524533
533536
546550
552564
564568
570571
571573
573573
576579
579579
580583
586586
593596
596599
Comp_aluno_11a15
Portas_bom
InstalHidra_bom
Banheiro_chuveiro
Banheiro_PNE
Impressora_3
IluminaFora_bom
InstalEletric_bom
ImpressoraMulti_1
Banheiros_bom
Comput_Adm_4a7
Refeitoacuterio
Quadra_coberta
TV_3mais
SOM_3
Comp_aluno_16a20
EquipMultimiacutedia_2
Dependecircncias_PNE
Prot_incend_bom
Impressora_4mais
MaqFoto_2
Aacuterea_verde
Parque_infantil
Copiadora_2
SOM_4mais
DVD_3mais
Lab_ciecircncias
Paacutetio_Cob_e_Descob
Comput_Adm_mais7
EquipMultimiacutedia_3mais
Infra_deficiecircncia_Adeq
Comp_aluno_mais20
ImpressoraMulti_2
Auditoacuterio
SalaLeitura_e_Biblio
Quadra_coberta_e_descob
MaqFoto_3mais
Copiadora_3mais
604607
610611
611613
614614
614617
617622
629632
635644
644644
656662
674675
677681
684688
693697
703709
711720
727737
739760
769785
Informaacutetica_acessiacutevel
ImpressoraMulti_3mais
Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument
Soroban
Braille
815820
865917
1000
118
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
120
121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Anexo 1
Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE
CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a
construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20
3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
7 Refeitoacuterio 1 50
8 CopaCozinha 1 15
9 Quadra coberta 1 200
10 Parque infantil 1 20
11 Banheiros 4 20
12 Sala de depoacutesito 3 15
13 Sala de TVDVD 1 30
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1150
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1
Fonte CNE (2010)
122
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item
1 Sala de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20
3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45
6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
8 Refeitoacuterio 1 80
9 Copacozinha 1 20
10 Quadra coberta 1 500
11 Banheiros 6 20
12 Sala de depoacutesito 2 30
13 Sala de TVDVD 1 50
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1650
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo Quantidade
1 Esportes e brincadeiras
11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30
2 Cozinha
21 Freezer de 305 litros 2
22 Geladeira de 270 litros 2
23 Fogatildeo industrial 2
24 Liquidificador industrial 2
25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2
3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos
31 Enciclopeacutedias 2
32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4
33 Outros dicionaacuterios 30
34 Literatura infantojuvenil 3000
35 Literatura brasileira 3000
36 Literatura estrangeira 3000
37 Paradidaacuteticos 600
38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200
4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto
41 Retroprojetor 1
42 Tela para projeccedilatildeo 1
43 Televisor de 20 polegadas 10
44 Suporte para TV e DVD 10
45 Aparelho de DVD 10
46 Maacutequina fotograacutefica 1
47 Aparelho de CD e raacutedio 10
5 Processamento de Dados
51 Computador para sala de informaacutetica 30
52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8
53 Impressora jato de tinta 2
54 Impressora laser 2
55 Fotocopiadora 1
56 Guilhotina de papel 1
6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral
61 Carteiras 300
62 Cadeiras 300
63 Mesa tipo escrivaninha 10
64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10
65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10
66 Mesa para computador 38
67 Mesa de leitura 4
68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2
69 Armaacuterio com 2 portas 10
610 Mesa para refeitoacuterio 10
611 Mesa para impressora 4
612 Estantes para biblioteca 25
613 Quadro para sala de aula 10
614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10
615 Bebedouros eleacutetrico 4
616 Circulador de ar de parede 10
617 Maacutequina de lavar roupa 1
618 Telefone 2
Fonte CNE (2010)
123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Publicado em 2019 pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura 7 place de Fontenoy 75352 Paris 07 SP Franccedila e Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cooperaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
copy UNESCO 2019
Esta publicaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em acesso livre ao abrigo da licenccedila Atribuiccedilatildeo-Partilha 30 IGO (CC-BY-SA 30 IGO) (httpcreativecommons orglicensesby-sa30igo) Ao utilizar o conteuacutedo da presente publicaccedilatildeo os usuaacuterios aceitam os termos de uso do Repositoacuterio UNESCO de acesso livre (httpunescoorgopen-accessterms-use-ccbysa-en)
As indicaccedilotildees de nomes e a apresentaccedilatildeo do material ao longo deste livro natildeo implicam a manifestaccedilatildeo de qualquer opiniatildeo por parte da UNESCO a respeito da condiccedilatildeo juriacutedica de qualquer paiacutes territoacuterio cidade regiatildeo ou de suas autoridades tampouco da delimitaccedilatildeo de suas fronteiras ou limites
As ideias e opiniotildees expressas nesta publicaccedilatildeo satildeo as dos autores e natildeo refletem obrigatoriamente as da UNESCO nem comprometem a Organizaccedilatildeo
Coordenaccedilatildeo teacutecnica da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
Marlova Jovchelovitch Noleto Diretora e Representante
Maria Rebeca Otero Gomes Coordenadora do Setor de Educaccedilatildeo
Mariana Alcalay Oficial de Projetos
Revisatildeo teacutecnica Setor de Educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil e Equipe de Pesquisa do Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares (Nupede) da Faculdade de Educaccedilatildeo da UFMG
Revisotildees gramatical ortograacutefica bibliograacutefica editorial Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
Projeto graacutefico Unidade de Comunicaccedilatildeo Informaccedilatildeo Puacuteblica e Publicaccedilotildees da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil
IlustraccedilatildeoFoto de capa
Fotos copy UNESCOEdson Fogaccedila
Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil ndash Brasiacutelia UNESCO 2019
122 p
ISBN 978-85-7652-238-6
1 Instalaccedilotildees e recursos educacionais 2 Equipamentos educacionais 3 Edifiacutecio escolar 4 Escolas 5 Eficiecircncia educacional 6 Educaccedilatildeo primaacuteria 7 Educaccedilatildeo baacutesica 8 Educaccedilatildeo puacuteblica 9 Educaccedilatildeo universal 10 Igualdade de oportunidades 11 Estatiacutestica educacional 12 Brasil I UNESCO
CDD 37162
Esclarecimento a UNESCO manteacutem no cerne de suas prioridades a promoccedilatildeo da igualdade de gecircnero em todas as suas atividades e accedilotildees Devido agrave especificidade da liacutengua portuguesa adotam-se nesta publicaccedilatildeo os termos no gecircnero masculino para facilitar a leitura considerando as inuacutemeras menccedilotildees ao longo do texto Assim embora alguns termos sejam escritos no masculino eles referem-se igualmente ao gecircnero feminino
Brasiacutelia 2019
indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017
Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Auxiliares de Pesquisa
Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais
CREacuteDITOS DA PESQUISA
Sumaacuter ioRESUMO bull 7
1 Introduccedilatildeo bull 11
2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21
221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21
23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26
3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32
4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39
421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63
5 Consideraccedilotildees finais bull 67
Referecircncias bibliograacuteficas bull 71
Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119
Anexo 1 bull 121
L is ta de s ig las e abrev iaturas
AEE Atendimento Educacional Especializado
Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica
Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment
CAQ Custo Aluno-Qualidade
CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial
CCI Curva Caracteriacutestica do Item
CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica
CF Constituiccedilatildeo Federal
CII Curva de Informaccedilatildeo do Item
CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo
Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo
ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje
EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos
FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo
Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
GoM Grade of Membership
GT Grupo de Trabalho
Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica
INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias
Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio
Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira
INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola
IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica
LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar
MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares
OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe
PAR Plano de Accedilotildees Articuladas
PCA Anaacutelise de Componentes Principais
PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno
PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo
Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino
SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica
Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo
Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Sipis School Infrastructure Performance Indicator System
SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo
TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo
Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo
TRI Teoria da Resposta ao Item
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
USP Universidade de Satildeo Paulo
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura
7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Resumo
Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1
Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino
fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e
contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros
Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio
Teixeira (Inep)
A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano
Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a
construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao
gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos
A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por
cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis
discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo
da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute
tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees
do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona
incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado
contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores
que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo
condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os
itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas
A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees
conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que
as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes
sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar
Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos
que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as
escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo
1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
8
As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito
conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores
em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com
destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto
o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores
No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas
que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas
que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente
para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior
O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas
que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees
de infraestrutura satildeo piores
Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de
complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da
Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)
O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas
por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola
mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores
O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre
esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo
entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura
com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil
(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores
mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores
resultados do Ideb
Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida
em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro
dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental
ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte
No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro
do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins
administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas
urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos
escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola
tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual
ou particular ou municipal
9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados
inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto
agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e
no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste
De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam
que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo
O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus
levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das
escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores
satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa
diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre
as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que
aquelas onde haacute mais meninos
Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os
resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos
estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre
o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco
Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por
municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos
semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas
tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam
de atenccedilatildeo
Belo Horizonte 28 de novembro de 2017
Equipe de pesquisa
10
11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
1 I nt roduccedilatildeo 2
Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura
das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para
a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas
com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos
os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com
qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global
A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do
Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos
multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento
Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da
pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento
sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)
O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar
a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que
se comprometam a
4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis
agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo
violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)
No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em
2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em
vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes
com necessidades especiais
Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus
objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional
para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3
2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)
12
Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de
infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental
no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo
Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015
Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil
ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no
que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as
etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais
longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563
em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que
perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que
aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil
o ensino meacutedio ou ambos
Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles
destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos
pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das
escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos
de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas
se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla
eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos
especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de
ensino e respeitando as prioridades locais
Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos
indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito
com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus
itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle
nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso
Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura
constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de
um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados
o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de
resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com
outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento
contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas
consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui
um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos
4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)
13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
14
15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar
A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas
legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as
pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas
tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos
professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se
confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo
A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual
se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA
ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao
longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado
de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o
segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados
nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate
A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o
crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade
da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e
compra de materiais para o trabalho escolar
A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso
resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo
dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no
primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no
final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)
As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica
reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental
(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos
entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e
planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais
A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser
discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-
ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados
aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)
A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais
uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a
diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas
Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo
16
polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade
eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em
trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e
3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura
escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras
Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante
para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do
preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para
o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos
componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo
transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)
Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental
fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura
acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas
empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a
infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores
21 Infraestrutura escolar marcos legais
A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos
decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes
sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)
A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins
deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e
da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)
O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo
e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a
ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art
60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados
em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de
qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem
que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na
versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo
Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto
constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como
a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes
federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)
6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica
17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu
uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de
acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)
Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi
criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido
nacionalmente (BRASIL 1996b)7
O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o
financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a
ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo
(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao
assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional
de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)
Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao
pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede
puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo
construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso
II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem
prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola
Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em
2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura
para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel
rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para
esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o
atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio
equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e
equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades
regionais (BRASIL 2001)
O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo
intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos
O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a
ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado
7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb
8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios
18
O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola
publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar
guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma
descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais
necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico
Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas
as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o
Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas
escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos
miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas
Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse
documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas
desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas
de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica
Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente
acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11
Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)
instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)
Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade
civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)
Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de
Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo
informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees
Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria
da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)
A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento
Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio
de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo
diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da
infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos
(MECFNDEPDE 2013)
9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016
10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)
11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo
19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024
composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da
infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada
Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas
as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam
sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007
SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)
No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a
qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b
FERNANDES 2007)
A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de
educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos
718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica
abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos
garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a
equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves
pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)
A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir
a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de
tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)
Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE
2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207
o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo
os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e
conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo
O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo
de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma
matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior
visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou
como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)
O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido
de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do
12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)
20
CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos
escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez
que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para
a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as
escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental
Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)
para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em
outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade
para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais
4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)
A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos
Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as
atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais
que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios
atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela
melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio
escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio
Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -
salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de
lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas
- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)
O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea
disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas
combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)
aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a
gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e
velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares
para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)
Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao
Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria
da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e
manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo
tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio
Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias
e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos
deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens
de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos
13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT
21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme
esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos
Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que
pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis
22 Revisatildeo da literatura
221 Procedimentos
O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a
infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais
2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio
entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados
escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6
desse apecircndice resumem os trabalhos revisados
A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso
sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as
definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos
Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um
indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis
Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais
simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais
como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas
multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente
calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo
aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser
muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)
As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do
Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos
aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos
resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura
escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por
oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para
a coleta de dados
222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo
As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas
em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante
delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema
O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas
22
de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola
mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado
para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios
informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e
recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais
que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino
Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE
2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura
das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU
2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de
dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos
A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro
categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam
somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda
as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino
como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as
escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores
elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo
infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com
acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de
laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura
escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares
desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do
item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de
conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto
a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14
No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros
em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses
resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na
literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam
em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)
Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no
Brasil a infraestrutura eacute relevante
Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro
indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e
de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto
14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017
23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees
das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos
pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais
Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram
indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis
(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma
das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no
Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial
Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que
avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo
dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine
com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou
em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo
Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da
infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas
prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade
escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois
iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do
Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo
de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos
ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola
O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de
escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos
federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades
da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de
banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de
alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo
redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que
estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades
escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das
escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa
O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores
da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham
considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo
de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por
escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que
os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente
As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de
infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou
trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola
respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb
24
No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de
acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura
a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia
de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na
biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)
Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou
uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica
Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes
baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem
Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados
em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua
potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo
eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de
ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas
administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio
auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo
quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos
Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias
Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e
telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos
dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e
6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o
percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma
categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes
Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o
Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor
responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da
escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos
escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos
3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em
um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)
Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo
qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila
preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos
nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura
nacional satildeo os direitos humanos
Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para
avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)
e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas
15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)
25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O
Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do
preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta
de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento
de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como
um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)
Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones
Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente
completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em
dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para
o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar
As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de
ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares
adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada
acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o
instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social
etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos
das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas
segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo
Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos
para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional
e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice
O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos
pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo
30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas
separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos
31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e
(iii) computadores para fins pedagoacutegicos
32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com
deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)
Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente
Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores
O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei
do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos
iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor
1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1
quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia
O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que
26
uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea
construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens
para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos
para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)
Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda
os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula
satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes
estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)
23 Siacutentese para um modelo conceitual
A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade
da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute
dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem
padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais
Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre
a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento
do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas
de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer
refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc
Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e
banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas
aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito
agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua
sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos
apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los
eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador
Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo
de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho
proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos
que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)
propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura
O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos
Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de
forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo
dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura
escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados
Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees
a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees
para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar
27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada
e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em
vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes
etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento
Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo
que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais
da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige
condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas
de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)
Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente
agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para
o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos
E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos
humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para
todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc
Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos
os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb
foram empregados para testar esse modelo conceitual
Tamanho da escolaturma
Atendimento de modalidades e etapas
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)
Instalaccedilotildees tipicamente escolares
Equipamentos na escola
Recursos pedagoacutegicos
Conforto e bem-estar fiacutesico
Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)
Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)
Acessibilidade
Gecircneroetniacultura etc
Pessoa com deficiecircncia
Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)
Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)
Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios
Condiccedilotildees de Atendimento
Condiccedilotildees baacutesicas
Condiccedilotildees pedagoacutegicas
Condiccedilotildees para bem-estar
Condiccedilotildees para a equidade
Aacuterea
28
29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
3 Abordagem metodoloacutegica
Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de
seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores
A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir
Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
31 Fontes de dados
Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora
o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os
dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com
dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos
Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees
sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos
acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens
Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e
as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos
questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores
16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores
Fase empiacuterica 1
bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a
infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar
decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional
Fase empiacuterica 2
bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis
bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e
combinaccedilatildeo de itens
Fase empiacuterica 3
bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos
Fase empiacuterica 4
bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio
30
Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino
fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos
estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados
Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja
essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo
entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que
participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram
solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes
tambeacutem recebem esse coacutedigo
As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso
fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino
no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo
da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante
Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura
das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse
modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave
infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por
exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir
os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo
acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais
completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente
com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32
A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas
143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco
desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos
que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)
Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as
variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013
e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos
apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19
17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara
18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas
19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos
31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa
Ano da pesquisa
2013 2015 2017
Censo 143170 135939 131604
Saeb 57079 55601 57197
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos
Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas
representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis
As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica
por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema
Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida
as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi
realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e
escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)
Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como
ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo
intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis
originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo
NU_EQUIP_TV)
Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo
identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)
Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso
ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados
ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas
as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute
espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras
Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos
professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens
aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo
de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum
20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades
21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos
32
dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da
infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33
A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO
e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo
que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso
sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015
Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do
Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram
mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber
prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade
Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas
provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na
base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de
funcionamento etc
As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas
no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens
elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos
indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)
Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis
(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado
em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais
recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido
algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste
caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos
por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em
2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas
escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como
fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias
das outras variaacuteveis22
33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores
A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura
teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do
niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)
De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos
22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo
33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes
Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos
autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites
dos dados que dispomos
A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos
da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo
de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a
unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados
Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo
PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente
observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir
sobre a consistecircncia dos construtos
A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar
sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira
etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005
VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas
suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma
versatildeo mais sinteacutetica
Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da
anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a
mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas
A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo
dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas
1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo
tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em
algum fator na PCA
2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias
embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico
3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais
Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de
paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)
cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e
ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um
todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis
Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador
(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores
(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete
23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado
34
foram compostos apenas por itens do Censo Escolar
A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os
paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo
estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades
para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso
da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante
acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou
oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos
escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados
de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb
Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em
dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos
paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem
fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos
resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se
houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam
indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb
e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho
Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-
padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10
(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa
Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem
o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual
de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos
itens analisados no estudo
A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as
matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice
discutimos a consistecircncia dos itens
Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas
brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de
infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos
itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas
Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois
os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor
do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das
escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese
mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas
escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das
escolas e com resultados educacionais
35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
36
37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
4 Resul tados
O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5
dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B
As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo
final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que
puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da
infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas
A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da
educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades
da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por
exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte
do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no
Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi
instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)
A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da
qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga
um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo
como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24
Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017
Condiccedilotildees para a equidade
Condiccedilotildees do estabelecimento
de ensino
Atendimento
Atendimento
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo
da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Local de funcionamento
da escola
Aacuterea
Condiccedilotildees para o ensino e
aprendizado
Condiccedilotildees de atendimento
Qualidade da infraestrutura escolar
38
A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde
a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de
danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso
A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho
pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para
apoio pedagoacutegico
Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente
de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores
de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem
apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores
Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles
consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos
os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees
mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas
com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais
Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas
Serv
iccedilos
baacutes
icos
Inst
alaccedil
otildees
do p
reacutedi
o
Prev
enccedilatilde
o de
dan
os
Cons
erva
ccedilatildeo
Conf
orto
Am
bien
te p
raze
roso
Espa
ccedilos
peda
goacutegi
cos
Equi
p p
ap
oio
adm
in
Equi
p p
ap
oio
peda
g
Ace
ssib
ilida
de
Am
bien
te A
EE
Infra
estr
utur
a ge
ral
Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08
Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09
Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08
Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05
Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03
Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1
39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e
ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas
satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados
pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de
complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
produzidos pelo Inep
42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes
As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes
quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades
da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel
socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais
As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas
as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do
monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi
analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante
homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de
escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela
E1 do mesmo apecircndice
As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as
categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises
nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de
estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no
seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e
escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45
421 Dependecircncia administrativa
No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional
sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO
SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por
dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo
As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e
municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam
meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da
escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para
ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de
ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo
40
Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa
Total Federal Estadual Municipal Privada
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para
indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com
exceccedilatildeo das escolas federais
A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia
de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens
que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes
nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se
houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se
torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees
em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as
pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo
Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do
preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com
valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas
essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental
Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico
apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais
e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que
requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro
Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que
requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo
As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de
infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de
tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida
pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a
maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu
de forma quase paralela conforme a linha pontilhada
41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos
da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede
federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas
422 Localizaccedilatildeo
As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional
(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD
2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)
A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e
a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas
rurais o que corrobora com a literatura revisada
Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria
ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos
para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de
espaccedilos pedagoacutegicos
Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como
o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Federal Estadual Municipal Privada Total
2015 2017
42
Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Total Rural Urbana
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89
Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80
Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68
Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67
Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72
Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48
Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41
Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total
para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a
relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia
de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas
escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de
2017 nas escolas urbanas em 2015
Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Rural Urbana Total
2015 2017
43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo
A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais
porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior
Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais
localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados
do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria
A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns
resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute
apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios
indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no
indicador geral e em vaacuterios outros
Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo
aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais
baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas
Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE
2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no
trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste
estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores
utilizaram dados mais antigos
O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das
meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as
escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um
crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie
44
Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
424 Etapas
AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de
ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se
tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para
todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado
pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e
recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Norte Nordeste Sudeste
2015 2017
Sul Centro-Oeste
Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais
Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental
Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das
escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam
simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram
apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro
grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores
Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam
melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino
meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos
educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)
Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da
infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito
especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e
AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos
para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura
estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino
Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos
indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os
indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo
Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a
meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa
distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas
que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida
pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio
2015 2017
Infantil fundamental e meacutedio
46
das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de
ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo
gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que
tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo
425 Tipo de oferta
A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino
fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino
fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos
conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os
anos finais
Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os
anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)
Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais
fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de
oferta de um ensino de qualidade
Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais
Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61
Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64
Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais
baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os
resultados do indicador de infraestrutura geral
47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
426 Tamanho da escola
Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral
satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES
NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas
municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os
anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com
50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em
quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)
Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF
2015 2017
48
O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as
escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos
alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais
Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1
Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o
trabalho pedagoacutegico
Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo
enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas
As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos
Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6
Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
427 Complexidade das escolas
O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as
informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar
as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com
relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores
segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais
Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos
De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de
muito mais itens de infraestrutura
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos
2015 2017
Mais de 400 alunos
49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Niacutevel 1 (mais baixo)
Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por
niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de
complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para
a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura
pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de
todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos
O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram
de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor
complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva
Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4
2015 2017
Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)
50
A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela
Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees
entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores
observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas
com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada
428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas
O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)
Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas
cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental
e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e
privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre
os grupos tendem a ficar mais sutis
A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde
as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES
ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando
um determinado segmento de escolas puacuteblicas
A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais
que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de
infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo
menos equitativas nesse aspecto
As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para
o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo
da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das
escolas com INSE mais baixo
Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Grupo 1 (mais baixo)
Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de
2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015
Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares
(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER
2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb
aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar
Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo
concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto
no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas
no niacutevel ldquomeacutedio altordquo
Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos
com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas
Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas
que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Grupo 3 Grupo 5Grupo 4
2015 2017
Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)
52
com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com
anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017
Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral
por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias
das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com
Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013
a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos
com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as
diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida
de qualidade da educaccedilatildeo
53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
54
4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola
A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica
brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo
equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres
se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)
Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos
do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas
e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em
meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25
Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir
as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades
escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes
seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes
etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero
O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a
importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da
infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp
e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional
tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores
nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso
objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade
Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais
lt50 alunas(mais meninos)
ge50 alunas(mais meninas)
2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018
55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas
escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio
conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos
Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e
escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de
convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores
Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral
A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto
Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou
baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza
todos os itens empregados
Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados
em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a
posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou
seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item
26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013 2015 2017
lt50 alunas ge50 alunas
56
TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227
Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura
O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F
O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem
metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)
discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute
adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia
na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um
julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de
acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para
definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)
Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos
itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde
agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos
(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no
Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes
Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada
um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores
A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados
no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura
geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico
acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)
Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade
de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse
valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis
discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que
apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as
escolas puacuteblicas e privadas
No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana
para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a
nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50
alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo
As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro
dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente
elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela
tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos
27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo
57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins
administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50
alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo
Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola
Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico
(I)lt= 2
Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada
Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo
(II)+ 2 a 4
Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo
Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo
(III)+4 a 5
Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)
Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo
(IV)+ 5 a 6
Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)
Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio
(V)+6 a 7
Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso
Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto
(VI)+ 7 a 8
Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso
Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto
(VII)gt= 8
Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE
Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas
58
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos
puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e
conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos
administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede
estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou
este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio
No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa
conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute
equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora
tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai
do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade
mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo
minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo
mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de
matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais
de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto
O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do
indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos
niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV
Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os
percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos
niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de
mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar
as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo
59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de
alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com
a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos
niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
64
3353
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
2013 2015
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
201
162141
114 109 107
188199189
267
302319
142160
174
23 24 27
2017
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
80
0 02
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
Rural Urbana
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
333
225
21
203 196
137
450
22
284
0
46
60
Graacute
fico
14
Dis
trib
uiccedilatilde
o (
) das
esc
olas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l por
pro
porccedil
atildeo
de a
luna
s lo
caliz
accedilatildeo
rura
l e u
rban
a e
niacuteve
is d
a in
fraes
trut
ura
gera
l 20
17
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
50
45
35
25
15 540
30
20
10 0
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IV
lt50
alu
nas
Rura
lge5
0 a
luna
sU
rban
a
Niacutev
el V
Niacutev
el V
IN
iacutevel
VII
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IVN
iacutevel
VN
iacutevel
VI
Niacutev
el V
II
74
92
366
319
225
22
6
212
181
146
00
0
23
115
18
01
02
02
21
21
194
20
1
454
42
286
441
280
55
61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar
As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do
indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos
que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas
em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes
Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos
dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados
em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores
para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre
resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta
de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem
Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por
exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que
esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de
conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros
As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir
Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011
A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por
Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)
Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos
niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel
ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no
niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII
Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava
pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No
nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos
niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)
Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que
foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que
ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto
Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam
aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis
do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos
de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala
Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)
Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem
o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado
62
Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos
para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos
questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb
Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as
escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas
rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria
Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)
Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido
de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos
a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da
infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente
as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno
Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ
Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)
Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala
de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas
pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE
No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala
SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas
jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo
Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do
presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca
Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)
Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral
deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa
avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo
e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo
temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo
de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios
Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)
Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos
participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico
63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV
e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo
O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para
o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente
Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)
Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os
indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo
jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias
baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no
niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa
melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento
Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os
indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que
as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado
municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias
dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola
Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo
fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura
da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio
Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada
agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade
Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro
se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a
duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados
intermediaacuterios de 2015
O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e
regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos
iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de
infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para
as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a
comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais
No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem
meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral
o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora
todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)
64
Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo
eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras
informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida
satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as
mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil
O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde
Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso
e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e
em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta
uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores
aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do
indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais
e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso
a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as
condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor
Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo
695 375 277
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
711 398 337
Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
679 164 080
Infraestrutura geral 750 513 474
Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65
Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55
Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10
UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste
Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente PrazerosoEspaccedilos
Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
000
200
400
600
800
1000
65
IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo
562 262 248
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
557 300 339
Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
000 076 056
Infraestrutura geral 678 417 455
Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo
727 622 507
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
890 668 569
Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
1000 560 217
Infraestrutura geral 826 666 646
Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT
EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4
EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3
Acesso a serviccedilos
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conservaccedilatildeo
Conforto
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente Prazeroso
Ambiente Prazeroso
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
Prevenccedilatildeo de danos
Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Rural
000
200
400
600
800
1000
Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Urbana
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4
INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3
INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
000
200
400
600
800
1000
66
67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Consideraccedilotildees f ina is
Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas
puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros
utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes
cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser
operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas
neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica
Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar
fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema
para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)
ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos
constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)
O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa
(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo
para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve
ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente
dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves
condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros
A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento
este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas
focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de
infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades
deste estudo
Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees
Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens
de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao
estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo
dos indicadores
Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura
geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio
brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade
foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de
escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras
Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre
regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como
mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as
oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas
68
Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo
diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o
nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio
que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo
Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas
nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma
caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico
Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser
descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu
municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento
de accedilotildees e recursos a serem investidos
Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo
observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental
tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade
Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa
de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio
comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola
do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade
Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes
Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo
melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso
a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento
baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta
pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar
com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)
instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e
CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar
no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)
Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional
e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os
indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por
exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e
colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos
Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais
finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e
sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do
Censo Escolar e do Saeb
Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses
sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute
preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica
69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos
de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para
o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os
indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura
aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas
para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para
correccedilatildeo de problemas)
Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo
Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos
envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se
revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional
conforme o propoacutesito deste trabalho
Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado
segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees
mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura
pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas
de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem
conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos
satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado
natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com
deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos
como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito
agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014
Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para
outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola
Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel
macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente
Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo
sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a
qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
70
71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)
ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011
ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500
ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009
ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013
ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014
ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a
ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b
BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010
BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172
BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002
BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007
BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004
BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt
BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b
BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001
BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a
BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014
72
BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a
BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b
BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006
MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006
BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011
BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008
CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007
CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte
CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007
CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016
CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008
CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)
DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017
FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)
73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)
GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)
GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007
GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011
GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012
GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt
GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015
GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013
HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200
HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt
INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016
INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016
JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002
JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016
MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012
MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016
NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005
OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006
74
OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en
OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016
OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005
PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012
PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)
PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007
RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008
RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991
SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt
SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000
SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)
SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)
SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt
SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372
SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009
SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013
SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015
SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153
75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012
SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013
SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b
SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a
TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015
UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017
UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015
UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016
VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008
VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016
VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245
WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010
WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015
YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003
ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006
76
77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura
A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais
1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo
Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000
Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de
refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo
criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou
avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas
Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees
disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca
Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas
Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt
OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt
Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt
Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt
As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica
Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas
Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo
Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do
idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos
repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos
trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos
natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de
arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas
por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final
dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais
78
O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees
Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo
Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23
Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho
Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar
Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24
Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador
23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia
24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo
79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho
apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)
A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da
infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo
dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram
associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)
separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem
do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual
Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar
o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para
caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas
pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de
trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para
monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos
poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no
setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma
ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis
Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA
paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)
definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados
CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas
meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice
principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis
RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares
meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
OBSERVACcedilOtildeES
apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise
80
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sBA
RBO
SA
FERN
AN
DES
(2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sldquoIn
fraes
trutu
ra e
equ
ipam
ento
s esc
olar
es c
onse
rvaccedil
atildeo
do p
reacutedi
o c
ondi
ccedilotildees
de
func
iona
men
to d
os e
spaccedil
os
labo
rato
riais
e de
apo
io m
obili
aacuterio
e e
quip
amen
tos
miacuten
imos
inst
alaccedil
otildees e
aacutere
as e
xter
nas e
de
recr
eaccedilatilde
o
rede
de
ensin
o (e
scol
a puacute
blic
apa
rtic
ular
)rdquo (p
162
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sis
tem
a de
Ava
liaccedilatilde
o da
Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a (S
aeb)
de
1997
Var
iaacuteve
is d
o qu
estio
naacuterio
da
esco
la re
fere
ntes
aos
equ
ipam
ento
s es
cola
res
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
res p
or m
eio
da teacute
cnic
a es
tatis
ticas
anaacute
lise
fato
rial q
ue re
duzi
u 33
var
iaacuteve
is in
icia
is pa
ra 7
fato
res
expl
ican
do 7
0 d
a va
riacircnc
ia to
tal
dos d
ados
mas
nes
se tr
abal
ho o
s aut
ores
util
izam
4
fato
res
que
expl
icam
58
da
variacirc
ncia
tota
lSO
ARE
S
CEacuteS
AR
M
AM
BRIN
I (2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sA
infra
estr
utur
a fo
i defi
nida
em
piric
amen
te p
elas
va
riaacuteve
is d
ispo
niacuteve
is n
o qu
estio
naacuterio
das
esc
olas
so
bre
exis
tecircnc
ia e
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo d
e ite
ns
de in
fraes
trut
ura
e es
quip
amen
tos
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b 19
97 V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
sob
re o
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as b
aacutesic
as f
unci
onam
ento
e e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
spec
iacutefica
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
s eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
Con
stru
ccedilatildeo
de in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (
TRI)
mod
elo
Sam
ejim
a pa
ra v
ariaacute
veis
ord
inai
s e
o m
odel
o de
do
is p
aracircm
etro
s
MEC
FU
ND
ESC
O
LA (2
002)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Natildeo
eacute u
ma
pesq
uisa
em
piacuteric
a O
doc
umen
to
desc
reve
os
padr
otildees
miacuten
imos
de
func
iona
men
to
da e
scol
a de
ens
ino
fund
amen
tal r
elat
ivam
ente
ao
ambi
ente
fiacutesi
co e
scol
ar e
spaccedil
o ed
ucat
ivo
mob
iliaacuter
io
e eq
uipa
men
to e
scol
ar e
mat
eria
l did
aacutetic
o F
oi
real
izad
o em
dec
orrecirc
ncia
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo (P
NE)
de
2001
Itens
lista
dos n
o PN
E 20
01 (
1) e
spaccedil
o ilu
min
accedilatildeo
in
sola
ccedilatildeo
ven
tilaccedil
atildeo aacute
gua
potaacute
vel r
ede
eleacutet
rica
segu
ranccedil
a e
tem
pera
tura
am
bien
te(2
) ins
tala
ccedilotildees
sani
taacuteria
s e p
ara
higi
ene
(3) e
spaccedil
os p
ara
espo
rte r
ecre
accedilatildeo
bib
liote
ca
e se
rviccedil
o de
mer
enda
esc
olar
(4)
ada
ptaccedil
atildeo p
ara
o at
endi
men
to d
os a
luno
s por
tado
res d
e ne
cess
idad
es
espe
ciai
s (5
) atu
aliza
ccedilatildeo
e am
plia
ccedilatildeo
do a
cerv
o da
s bi
blio
teca
s (6
) mob
iliaacuterio
equ
ipam
ento
s e m
ater
iais
peda
goacutegi
cos
(7) t
elef
one
e se
rviccedil
o de
repr
oduccedil
atildeo d
e te
xtos
(8)
info
rmaacutet
ica
e eq
uipa
men
to m
ultim
iacutedia
Ap
rese
nta
uma
desc
riccedilatildeo
det
alha
da d
e to
dos
os s
ervi
ccedilos
funccedil
otildees
ativ
idad
es e
am
bie
ntes
na
esc
ola
de e
nsin
o fu
ndam
enta
l em
term
os
de s
uas
cara
cter
iacutestic
as e
aacutere
a de
esp
accedilo
fiacutesic
o ne
cess
aacuteria
par
a as
ativ
idad
es p
edag
oacutegic
as o
u ad
min
istr
ativ
as O
s am
bie
ntes
satildeo
cla
ssifi
cado
s p
or t
ipos
(col
etiv
os p
ara
uma
turm
a ou
vaacuter
ias
turm
as d
e ac
esso
agrave in
form
accedilatildeo
adm
inis
trat
ivo
de
pre
par
o de
alim
ento
s d
e lim
pez
a d
e at
ivid
ades
de
higi
ene
pes
soal
VE
RHIN
E (2
006)
Variaacute
veis
e
cons
truccedil
atildeo d
e In
dica
dore
s
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
elos
ite
ns q
ue c
ompotilde
e o
leva
ntam
ento
de
dado
s pa
ra
subs
idia
r o c
usto
-alu
no-q
ualid
ade
em e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca i
sto
eacute a
s de
pend
ecircnci
as e
xist
ente
s no
preacute
dio
esco
lar
as s
uas
cond
iccedilotildee
s de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
004
2005
Pes
quisa
em
95
esco
las
urba
nas
e ru
rais
de
44 m
unic
iacutepio
s no
s es
tado
s PI
CE
PA
G
O M
G P
R R
S S
P re
des
fede
ral e
stad
ual e
mun
icip
al
que
ofer
tam
cre
che
ens
ino
fund
amen
tal 1
e 2
ens
ino
meacuted
io E
JA e
edu
caccedilatilde
o es
peci
al I
tens
obs
erva
dos
depe
ndecircn
cias
que
ate
ndem
dire
ta e
prio
ritar
iam
ente
os
alu
nos
(natildeo
incl
ui s
alas
de
aula
cuj
a pr
esen
ccedila fo
i co
nsid
erad
a oacuteb
via
em u
ma
unid
ade
esco
lar)
sal
a de
le
itura
bib
liote
ca s
ala
de T
V e
viacutede
o s
ala
de in
form
aacutetic
a
labo
ratoacute
rio c
iecircnc
ias
audi
toacuterio
aacutere
a liv
rer
ecre
io p
arqu
e in
fant
il pi
scin
a c
opa
cozi
nha
refe
itoacuterio
can
tina
be
rccedilaacuter
io d
orm
itoacuterio
ban
heiro
alu
nos
As
depe
ndecircn
cias
esc
olar
es fo
ram
ver
ifica
das
quan
tifica
das
anal
isad
as q
uant
o agrave
cond
iccedilatildeo
de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o s
egun
do u
ma
esca
la
de 3
pon
tos
send
o 1
ruim
2 r
egul
ar e
3 b
om
Fora
m c
riado
s do
is in
dica
dore
s Iacuten
dice
de
Con
diccedilatilde
o de
Uso
das
Preacute
dio
(Indp
red)
e Iacuten
dice
de
Con
serv
accedilatildeo
do
Preacuted
io (I
ndpr
ed)
calc
ulad
os p
elo
som
a do
s va
lore
s as
soci
ados
a c
ada
depe
ndecircn
cia
e di
vidi
ndo-
se e
sse
nuacutem
ero
pelo
nuacutem
ero
tota
l de
dep
endecirc
ncia
s da
esc
ola
O v
alor
meacuted
io fo
i co
loca
do e
m u
ma
esca
la d
e tr
ecircs n
iacutevei
s 3
pon
tos
bom
2 a
29
- re
gula
r e
lt 2
rui
m
BIO
ND
I FE
LIacuteC
IO (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Pr
esen
ccedila d
e ite
ns d
ecla
rado
s no
Cen
so E
scol
ar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so e
scol
ar d
e 19
99 e
200
3
Itens
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a a
cess
o agrave
Inte
rnet
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
po
r tur
ma
na 4
ordf seacuter
ie d
o en
sino
fund
amen
tal n
uacutemer
o de
mat
riacutecul
as n
o en
sino
fund
amen
tal m
eacutedia
de
hora
s-au
la d
iaacuteria
s na
4ordf s
eacuterie
do
EF u
so d
o co
mpu
tado
r com
o re
curs
o pe
dagoacute
gico
Util
izou
as
variaacute
veis
sepa
rada
men
te p
ara
rela
cion
aacute-la
s a
resu
ltado
s es
cola
res
Cont
inua
81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
ERQ
UEI
RA
SAW
ER (2
007)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoRec
urso
s esc
olar
es e
nten
dido
s com
o in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s exi
sten
tes
[] i
i) in
fra-e
stru
tura
ex
isten
te n
a es
cola
em
que
se p
rete
nde
tradu
zir o
po
tenc
ial d
e ca
da e
stab
elec
imen
to e
scol
ar e
m te
rmos
do
s rec
urso
s e in
stal
accedilotildee
s disp
oniacutev
eis [
]rdquo (
P 54
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
000
Iten
s Bi
blio
teca
Sal
a de
pro
fess
ores
Vid
eote
ca L
abor
atoacuter
io d
e In
form
aacutetic
a L
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as S
ala
de T
VViacute
deo
Co
zinh
a Q
uadr
a de
esp
orte
s Re
feitoacute
rio IN
EP E
sgot
o in
exist
ente
Viacuted
eo T
V A
nten
a pa
raboacute
lica
Red
e lo
cal
Inte
rnet
Im
pres
sora
e C
ompu
tado
r
Gra
de o
f Mem
bers
hip
ndash G
oM M
eacutetod
o m
ultiv
aria
do
que
iden
tifica
gru
pos
late
ntes
por
sim
ilarid
ade
entr
e os
iten
s e
diss
imila
ridad
e en
tre
grup
os fo
rmad
os
Apr
esen
ta a
iden
tifica
ccedilatildeo
dos
grup
os e
a d
escr
iccedilatildeo
de
dua
s di
fere
nccedilas
FRA
NCO
et
al
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
Exis
tecircnc
ia e
con
serv
accedilatildeo
de
equi
pam
ento
s de
ntro
da
esc
ola
cha
mad
os d
e ldquoR
ecur
sos
esco
lare
srdquo e
ldquoBib
liote
ca e
m s
ala
de a
ulardquo
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
que
stio
naacuterio
da
esco
la e
do
dire
tor d
o Sa
eb 2
001
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Indi
cado
r de
Ex
istecirc
ncia
e c
onse
rvaccedil
atildeo d
e eq
uipa
men
tos
da
esco
la N
atildeo h
aacute de
talh
amen
to s
obre
qua
is s
atildeo a
s va
riaacuteve
is d
e eq
uipa
men
tos
esco
lare
sPO
NTI
LI
KASS
OU
F (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
In
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a pe
la p
rese
nccedila
de b
iblio
teca
e
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
aD
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
de
2000
Pr
opor
ccedilatildeo
de e
scol
as c
om b
iblio
teca
s e
labo
ratoacute
rios
de in
form
aacutetic
a a
leacutem
do
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
por
tu
rma
em c
ada
mun
iciacutep
io
Taxa
s ca
lcul
adas
par
a ca
da m
unic
iacutepio
a p
artir
das
oc
orrecirc
ncia
s do
s ite
ns n
as e
scol
as n
eles
loca
lizad
as
SAacuteTY
RO
SOA
RES
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
dam
ente
ldquo[]
ser
viccedilo
s baacute
sico
s co
mo
aacutegua
ele
tric
idad
e e
esgo
tam
ento
san
itaacuterio
dep
endecirc
ncia
s es
cola
res
exis
tecircnc
ia d
e bi
blio
teca
ou
sala
de
leitu
ra
infra
estr
utur
a de
com
unic
accedilatildeo
e in
form
accedilatildeo
[]
Pr
eacutedio
s e
inst
alaccedil
otildees
adeq
uada
s ex
istecirc
ncia
de
bibl
iote
ca e
scol
ar e
spaccedil
os e
spor
tivos
e la
bora
toacuterio
s ac
esso
a li
vros
did
aacutetic
os m
ater
iais
de
leitu
ra e
pe
dagoacute
gico
s re
laccedilatilde
o ad
equa
da e
ntre
o n
uacutemer
o de
al
unos
e o
pro
fess
or n
a sa
la d
e au
la e
mai
or te
mpo
ef
etiv
o de
aul
a [
]rdquo (P
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 1
997
e 20
05
Itens
(1)
Infra
estr
utur
a baacute
sica
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a d
e aacuteg
ua e
esg
oto
e ex
istecirc
ncia
de
sani
taacuterio
na
esco
la (
2) D
epen
decircnc
ias
dire
toria
se
cret
aria
sal
a de
pro
fess
ores
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a c
ozin
ha d
epoacutes
ito
de a
limen
tos
refe
itoacuterio
paacutet
io q
uadr
a p
arqu
e in
fant
il
dorm
itoacuterio
ber
ccedilaacuterio
san
itaacuterio
fora
do
preacuted
io s
anitaacute
rio
dent
ro d
o pr
eacutedio
san
itaacuterio
ade
quad
o agrave
preacute-
esco
la
e sa
nitaacute
rio a
dequ
ado
a al
unos
com
nec
essi
dade
s es
peci
ais
ace
ssib
ilida
de e
(3) E
quip
amen
tos
peda
goacutegi
cos
com
puta
dore
s e
aces
so agrave
inte
rnet
o
uso
para
fins
ped
agoacuteg
icos
dos
equ
ipam
ento
s de
in
form
aacutetic
a e
a ex
istecirc
ncia
de
tele
visatilde
o e
retr
opro
jeto
r
Des
criccedil
atildeo d
os b
loco
s de
iten
s e
cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dore
s p
or m
eio
da a
naacutelis
e fa
toria
l p
ara
os b
loco
s ldquoD
epen
decircnc
ias
exis
tent
esrdquo e
ldquoE
quip
amen
tos
ped
agoacuteg
icos
rdquo
RIA
NI
RIO
S-N
ETO
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
de
itens
dec
lara
dos
no C
enso
Esc
olar
D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
200
0 It
ens
qu
adra
s de
esp
orte
bib
liote
cas
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
de c
iecircnc
ias
Prod
uccedilatildeo
de
um fa
tor d
e in
fraes
trut
ura
[os
auto
res
natildeo
escl
arec
em o
meacutet
odo
de e
stim
accedilatildeo
do
fato
r]
CN
E (2
010)
Variaacute
veis
[d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
O d
ocum
ento
do
CN
E no
rmat
iza
o tr
abal
ho d
e Pi
nto
(200
6) e
Car
reira
e P
into
(200
7) d
a Ca
mpa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave E
duca
ccedilatildeo
com
o re
ferecirc
ncia
pa
ra o
caacutel
culo
do
Cust
o-A
luno
Qua
lidad
e in
icia
l (C
AQ
i) A
Infa
estr
utur
a da
esc
ola
junt
o co
m it
ens
de
pess
oal
alim
enta
ccedilatildeo
adm
inis
traccedil
atildeo e
out
ros
satildeo
os
insu
mos
nec
essaacute
rios
para
gar
antir
o p
adratilde
o m
iacutenim
o de
qua
lidad
e de
ens
ino
na E
duca
ccedilatildeo
Baacutesi
ca
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to li
sta
todo
s os
itens
(esp
accedilos
mob
iliaacuter
io e
quip
amen
tos p
edag
oacutegic
os
adm
inist
rativ
os e
de
apoi
o) q
ue c
ompotilde
em o
CAQ
i por
et
apa
de e
nsin
o V
er n
o An
exo
1 o
deta
lham
ento
de
itens
pa
ra o
s ano
s ini
ciai
s e fi
nais
do e
nsin
o fu
ndam
enta
l
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to n
orm
atiz
a o
CAQ
i o
que
signi
fica
que
todo
s os
sist
emas
de
ensin
o de
vem
gar
antir
os
itens
list
ados
par
a al
canccedil
ar
o pa
dratildeo
miacuten
imo
de q
ualid
ade
do e
nsin
o
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
82
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sA
LMEI
DA
et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rCo
ndiccedil
otildees
gera
is c
ondi
ccedilotildees
ped
agoacuteg
icas
e
cond
iccedilotildee
s de
ace
ssib
ilida
de e
spec
ial
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
200
8
Itens
org
aniz
ados
em
doi
s gr
upos
(1)
Con
diccedilotilde
es
gera
is l
ocal
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
red
e de
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua r
ede
de a
bast
ecim
ento
de
ene
rgia
eleacute
tric
a e
scoa
men
to d
e es
goto
e c
olet
a de
lixo
(2)
Con
diccedilotilde
es p
edag
oacutegic
as s
alas
de
dire
tor e
pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
s de
info
rmaacutet
ica
e de
ciecirc
ncia
s qu
adra
de
espo
rte
bib
liote
ca e
ban
heiro
den
tro
do
preacuted
io d
a es
cola
O iacuten
dice
foi c
onst
ruiacuted
o co
m d
uas
teacutecn
icas
es
tatiacutes
ticas
(a)
Teo
ria d
e re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
e (b
) Anaacute
lise
de V
ariaacute
veis
Lat
ente
s (L
EM)
que
requ
er a
defi
niccedilatilde
o a
prio
ri do
nuacutem
ero
de c
lass
es O
m
odel
o ap
rese
ntou
mel
hor a
just
e fo
i o q
ue c
onto
u co
m tr
ecircs c
lass
es q
ue re
sulto
u em
um
a va
riaacuteve
l ca
tegoacute
rica
cuja
flut
uaccedilatilde
o eacute
base
ada
nos
itens
mai
s di
scrim
inan
tes
da in
fraes
trut
ura
GO
MES
REG
IS
(201
2)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rA
Infra
estr
utur
a e
os R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
dize
m
resp
eito
aos
mat
eria
is fiacute
sico
s e
didaacute
ticos
dis
poniacute
veis
na
s es
cola
s in
clui
ndo
os p
reacutedi
os a
s sa
las
os
equi
pam
ento
s os
livr
os d
idaacutet
icos
den
tre
outr
os
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar e
da
Prov
a Br
asil
2009
das
esc
olas
puacuteb
licas
da
Regi
atildeo M
etro
polit
ana
do R
io d
e Ja
neiro
Var
iaacuteve
is d
o Ce
nso
Esco
lar
Sala
dos
Pr
ofes
sore
s La
bora
toacuterio
de
Info
rmaacutet
ica
Lab
orat
oacuterio
de
Ciecirc
ncia
s Q
uadr
a de
Esp
orte
s Bi
blio
teca
e S
ala
de
Leitu
ra V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a Pr
ova
Bras
il e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
de
algu
ns it
ens
quai
s se
jam
tel
hado
pa
rede
s pi
so e
ntra
das
do p
reacutedi
o p
aacutetio
cor
redo
res
sala
s de
aul
a p
orta
s ja
nela
s ba
nhei
ros
cozi
nha
in
stal
accedilotildee
s hi
draacuteu
licas
e in
stal
accedilotildee
s el
eacutetric
as
Os
iacutendi
ces
de in
fraes
trut
ura
e de
Rec
urso
s pe
dagoacute
gico
s fo
ram
obt
idos
por
mei
o de
Anaacute
lise
fato
rial
meacutet
odo
de a
naacutelis
e de
com
pone
ntes
pr
inci
pais
O p
rimei
ro c
om v
ariaacute
veis
do
Cens
o Es
cola
r e o
seg
undo
com
as
variaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
da
Prov
a Br
asil
MA
RRI
RACC
HU
MI
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
e va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
te
(1) C
ondi
ccedilotildees
miacuten
imas
inf
raes
trut
ura
indi
spen
saacuteve
l em
qua
lque
r esc
ola
e (2
) Con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as
adic
iona
is agrave
s co
ndiccedil
otildees
miacuten
imas
e a
umen
tam
a
capa
cida
de d
a es
cola
de
inte
grar
-se
agrave co
mun
idad
e e
de re
aliz
ar c
om e
fetiv
idad
e o
trab
alho
edu
cativ
o
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o es
cola
r par
a M
inas
G
erai
s (1
) con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as s
anitaacute
rio e
letr
icid
ade
ab
aste
cim
ento
de
aacutegua
esg
oto
sani
taacuterio
e c
ozin
ha)
e (2
) co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as q
uadr
a de
esp
orte
s par
a es
cola
s com
m
ais d
e 30
0 m
atriacutec
ulas
ace
sso
agrave in
tern
et s
ala
dire
tor o
u sa
la d
e pr
ofes
sor
bibl
iote
ca o
u sa
la d
e le
itura
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias o
u de
info
rmaacutet
ica
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
desc
reve
r as
esc
olas
e c
ria d
ois
indi
cado
res
de c
ondi
ccedilotildees
m
iacutenim
as e
con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as (
1) a
esc
ola
poss
ui
toda
s as
con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as v
ersu
s natilde
o po
ssui
ao
men
os u
ma
cond
iccedilatildeo
e (2
) a e
scol
a po
ssui
toda
s as
co
ndiccedil
otildees
baacutesi
cas
vers
us e
scol
as q
ue n
atildeo p
ossu
em
3 ou
mai
s co
ndiccedil
otildees
PASS
AD
OR
C
ALH
AD
O
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
aus
ecircnci
a de
iten
s do
Cen
so E
scol
ar -
moacuted
ulo
esco
la
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o Es
cola
r 200
4 re
fere
nte
agraves
esco
las p
uacuteblic
as d
e Ri
beiratilde
o Pr
eto
(SP)
Var
iaacuteve
is (a
) ser
viccedilo
s baacute
sicos
(ene
rgia
aacutegu
a en
cana
da d
ispon
ibilid
ade
de aacute
gua
potaacute
vel p
ara
os a
luno
s es
goto
e e
xist
ecircnci
a de
ban
heiro
de
ntro
da
esco
la)
(b) b
iblio
teca
(c) q
uadr
a es
port
iva
(d)
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
(e) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as
Esco
las c
lass
ifica
das e
m o
rdem
cre
scen
te d
a pi
or p
ara
a m
elho
r inf
raes
trutu
ra
Cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s de
aco
rdo
com
as
confi
gura
ccedilotildees
(tip
olog
ias)
refe
rent
e agrave
com
bina
ccedilatildeo
de it
ens
de in
fraes
trut
ura
For
am d
efini
das
31
confi
gura
ccedilotildees
par
a en
quad
ram
ento
da
esco
la
form
adas
por
com
bina
ccedilatildeo
dos
dife
rent
es it
ens
SOA
RES
et a
l (2
012)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sIn
sum
os e
scol
ares
que
car
acte
rizam
a o
rgan
izaccedil
atildeo
da e
scol
a e
xist
ecircnci
a e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o de
eq
uipa
men
tos
na e
scol
a in
staccedil
otildees
e co
ndiccedil
otildees
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s da
Pro
va B
rasi
l de
2007
e 2
009
Q
uest
ionaacute
rio d
a es
cola
Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
por m
eio
de M
odel
os
da T
eoria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) m
odel
o Sa
mej
ima
para
var
iaacuteve
is o
rdin
ais
e o
mod
elo
de
dois
par
acircmet
ros
Fora
m e
stim
ados
trecircs
indi
cado
res
cons
erva
ccedilatildeo
equ
ipam
ento
s es
cola
res
e in
stal
accedilotildee
s
83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sM
EC
FND
E
PDE
(201
3)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o pa
ra
diag
noacutest
ico
da
rede
de
ensi
no]
A in
fraes
trut
ura
eacute um
das
dim
ensotilde
es d
o di
agnoacute
stic
o m
unic
ipal
sob
re a
edu
caccedilatilde
o D
imen
satildeo
4 -
Infra
estr
utur
a Fiacute
sica
e R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
Este
di
agnoacute
stic
o eacute
uma
das
etap
a do
Pla
no d
e A
ccedilotildees
A
rtic
ulad
as (P
AR)
do
FND
E
Dia
gnoacutes
tico
sobr
e a
rede
puacuteb
lica
de e
nsin
o re
aliz
ado
por e
quip
e lo
cal s
egun
do o
s se
guin
tes
indi
cado
res
Aacutere
a 1
ndash In
stal
accedilotildee
s fiacutes
icas
da
secr
etar
ia m
unic
ipal
de
educ
accedilatildeo
(2 in
dica
dore
s)
Aacutere
a 2
ndash Co
ndiccedil
otildees
da re
de
fiacutesic
a es
cola
r exi
sten
te (1
2 in
dica
dore
s) Aacute
rea
3 ndash
Uso
de
tecn
olog
ias
(4 in
dica
dore
s) e
Aacutere
a 4
ndash Re
curs
os
peda
goacutegi
cos
para
o d
esen
volv
imen
to d
e pr
aacutetic
as
peda
goacutegi
cas
que
cons
ider
em a
div
ersid
ade
das
dem
anda
s ed
ucac
iona
is (4
indi
cado
res)
Cada
indi
cado
r dev
e se
r ava
liado
com
not
a de
1 a
4
Os
criteacute
rios
de p
ontu
accedilatildeo
satildeo
4 s
e a
desc
riccedilatildeo
ap
onta
par
a um
a si
tuaccedil
atildeo p
ositi
va 3
se
a de
scriccedil
atildeo
apon
ta p
ara
uma
situ
accedilatildeo
que
apr
esen
ta m
ais
aspe
ctos
pos
itivo
s do
que
neg
ativ
os 2
se
a de
scriccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
insu
ficie
nte
co
m m
ais
aspe
ctos
neg
ativ
os d
o qu
e po
sitiv
os e
1
se a
des
criccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
criacutet
ica
SOA
RES
ALV
ES
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquoE
xist
ecircnci
a de
vaacuter
ios
equi
pam
ento
s no
s es
tabe
leci
men
tos
de e
nsin
ordquo (P
151
)Ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar 2
010
loca
l de
func
iona
men
to
aacutegua
ene
rgia
esg
oto
lixo
lab
orat
oacuterio
s bi
blio
teca
sa
nitaacute
rios
com
puta
dore
s pa
ra u
so d
a ad
min
istra
ccedilatildeo
co
mpu
tado
res
para
uso
dos
alu
nos
alim
enta
ccedilatildeo
qu
adra
TV
vid
eoca
sset
e D
VD p
arab
oacutelic
a c
opia
dora
re
trop
roje
tor
e im
pres
sora
Para
con
stru
ccedilatildeo
do in
dica
dor d
e in
fraes
trut
ura
foi
utili
zado
um
mod
elo
de T
eoria
de
Resp
osta
ao
Item
(T
RI) q
ue e
stim
a um
traccedil
o la
tent
e a
part
ir do
s ite
ns
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013a
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] a
s co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is d
as e
scol
asrdquo (
P 80
) ldquo[
]
suas
est
rutu
ras
mat
eria
isrdquo (P
81)
ldquo[]
car
acte
rizaccedil
atildeo
infra
estr
utur
a e
equi
pam
ento
srdquo (P
82)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
24
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la aacute
gua
cons
umid
a pe
los
alun
os a
bast
ecim
ento
de
aacutegua
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a e
sgot
o sa
nitaacute
rio s
ala
de d
ireto
ria s
ala
de p
rofe
ssor
lab
orat
oacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias
sala
de
aten
dim
ento
esp
ecia
l qu
adra
de
espo
rtes
cob
erta
des
cobe
rta
coz
inha
bib
liote
ca
parq
ue in
fant
il b
erccedilaacute
rio s
anitaacute
rio fo
ra o
u de
ntro
do
preacuted
io s
anitaacute
rio p
ara
educ
accedilatildeo
infa
ntil
san
itaacuterio
pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
dep
endecirc
ncia
s pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
tv
dvd
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ompu
tado
res
e in
tern
et
Mod
elo
logiacute
stic
o di
cotocirc
mic
o de
doi
s pa
racircm
etro
s da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
que
redu
z o
conj
unto
dos
iten
s a
um tr
accedilo
late
nte
Est
e tr
accedilo
late
nte
expr
essa
a e
scal
a de
infra
estr
utur
a q
ue fo
i tr
ansf
orm
ada
para
o in
terv
alo
de 0
a 1
00 e
apoacute
s a
sua
inte
rpre
taccedilatilde
o fo
i div
idid
a em
qua
tro
gran
des
niacuteve
is d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar
elem
enta
r baacute
sica
ad
equa
da e
ava
nccedilad
a
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013b
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] c
ondi
ccedilotildees
de
infra
estr
utur
a es
cola
r []
incl
ui
mat
eria
is d
idaacutet
icos
equ
ipam
ento
s e
estr
utur
as
fiacutesic
as a
prop
riada
srdquo (p
377
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
o tr
abal
ho
utili
za a
esc
ala
de in
fraes
trut
ura
desc
rita
em o
utro
tr
abal
ho d
os m
esm
os a
utor
es (S
OA
RES
NET
O e
t al
20
13a)
Teor
ia d
e Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Ver S
oare
s N
eto
et
al (
2013
a) A
nalis
aram
um
a su
b-am
ostr
a de
esc
olas
pe
quen
as a
quel
as c
om a
teacute 1
0 tu
rmas
e 2
00 a
luno
s
PIER
I SA
NTO
S (2
014)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
exis
tecircnc
ia d
e ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar
Infra
estr
utur
a el
emen
tar (
aacutegua
esg
oto
e en
ergi
a) r
ecur
sos
fiacutesic
os (e
squi
pam
ento
s e
espa
ccedilos
para
a p
raacutetic
a de
at
ivid
ades
rela
cion
adas
ao
ambi
ente
edu
caci
onal
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
20
12 I
tens
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
aacutegu
a aacute
gua
filtr
ada
esg
oto
preacute
dio
esco
lar
cole
ta d
e lix
o e
nerg
ia
eleacutet
rica
qua
dra
bib
liote
ca o
u sa
la d
e le
itura
san
itaacuterio
sa
nitaacute
rio P
NE
dep
endecirc
ncia
PN
E s
ala
de a
tend
imen
to
espe
cial
TV
DVD
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ozin
ha
sala
da
dire
toria
sal
a do
s pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio d
e ci
ecircnci
as c
ompu
tado
res
O iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a fo
i est
imad
o po
r mei
o da
an
aacutelis
e fa
toria
l
84
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
T C
AC
(201
5)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o]
Dim
ensatilde
o 4
do C
usto
Alu
no Q
ualid
ade
(CA
C)
prev
isto
na
Met
a 20
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo
(PN
E) 2
014
que
defi
ne o
s pa
drotildee
s m
iacutenim
os d
e in
stal
accedilotildee
s e
recu
rsos
edu
caci
onai
s qu
e ab
rigue
m
adeq
uada
men
te a
s at
ivid
ades
pre
vist
as p
ara
a jo
rnad
a es
cola
r e o
fere
ccedilam
con
diccedilotilde
es d
e tr
abal
ho
aos
profi
ssio
nais
que
nel
a at
uam
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
Gru
po d
e Tr
abal
ho (G
T)
foi i
nstit
uiacutedo
pel
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
(MEC
) par
a el
abor
ar e
stud
os s
obre
a e
xecu
ccedilatildeo
das
estr
ateacuteg
ias
que
trat
am d
o C
AQ
e C
AQ
i na
Met
a 20
do
PNE
2014
) O
GT
reco
men
da o
exa
me
das
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
a (s
alas
de
aula
ref
eitoacute
rio c
ozin
ha b
anhe
iros
bibl
iote
ca
sala
de
prof
esso
res
luz
aacutegu
a c
olet
a de
lixo
) do
s eq
uipa
men
tos
disp
oniacutev
eis
(com
puta
dore
s pr
ojet
ores
m
obili
aacuterio
fibr
a oacutep
tica
ant
enas
) e d
os re
curs
os
educ
acio
nais
(liv
ros
didaacute
ticos
bib
liote
ca r
ecur
sos
digi
tais
)
Os p
adrotilde
es m
iacutenim
os d
e in
fraes
trutu
ra d
evem
leva
r em
con
ta a
com
bina
ccedilatildeo
de c
ompo
nent
es d
o CA
Q
cons
ider
ando
o e
spaccedil
o e
os re
curs
os q
ue c
onfe
rem
fu
ncio
nalid
ade
a es
ses e
spaccedil
os E
xem
plos
de
com
bina
ccedilotildees
(a)
aacutere
a di
spon
iacutevel
e c
om a
cess
ibili
dade
pa
ra a
s ativ
idad
es d
e en
sino
cul
tura
e e
spor
tes
(b)
aacuterea
disp
oniacutev
el p
ara
a ge
statildeo
e a
s ativ
idad
es d
e ap
oio
(c
) ace
sso
a liv
ros e
out
ros r
ecur
sos d
idaacutet
icos
(d)
ac
esso
agrave in
tern
et f
requ
ecircnci
a e
velo
cida
de d
e co
nexatilde
o
(e) a
tuaccedil
atildeo c
om o
utro
s ato
res p
ara
a ob
tenccedil
atildeo d
e es
paccedilo
s e m
ater
iais
com
plem
enta
res p
ara
a re
aliz
accedilatildeo
do
Pro
jeto
Ped
agoacuteg
ico
TRIB
UN
AL
DE
CON
TAS
DA
U
NIAtilde
O (2
015)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Exis
tecircnc
ia e
a a
dequ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
de
labo
ratoacute
rio b
iblio
teca
par
que
infa
ntil
qua
dra
de e
spor
te s
ala
de a
ula
ban
heiro
s e
cozi
nha
nas
esco
las
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s de
uso
dire
to d
os a
luno
s (p
2)
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
015
ver
ifica
ccedilatildeo
in lo
co d
e 67
9 es
cola
s puacute
blic
as e
m to
do o
paiacute
s Se
leccedilatilde
o de
esc
olas
em
qua
tro
estaacute
gios
(1o ) s
elec
iona
da a
esc
ola
da re
de
de e
duca
ccedilatildeo
do e
stad
o (o
u do
mun
iciacutep
io) c
om p
ior
nota
na
esca
la d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar (
SOA
RES
NET
O
et a
l 20
13a)
(2o ) s
elec
iona
das
outr
as tr
ecircs e
scol
as d
e ta
man
hos
dive
rsos
da
prim
eira
ist
o eacute
um
a es
cola
m
uito
peq
uena
out
ra p
eque
na u
ma
meacuted
ia e
out
ra
gran
de (
3o ) sel
ecio
nado
s qu
atro
mun
iciacutep
ios
vizi
nhos
ca
da u
m c
om q
uatr
o es
cola
s co
m o
s m
esm
os c
riteacuter
ios
de p
ior n
ota
na e
scal
a de
infra
estr
utur
a e
tam
anho
da
esco
la e
(4o ) a
mos
tra
foi c
ompl
etad
a co
m e
scol
as d
a ca
pita
l e d
e m
unic
iacutepio
s vi
zinh
os a
ela
Ava
liaccedilatilde
o de
nov
e m
acro
s am
bien
tes
Aacutegu
a
Ace
ssib
ilida
de Aacute
rea
Exte
rna
Qua
dra
Parq
uinh
o
Sala
s de
Aul
a B
iblio
teca
Inf
raes
trut
ura
de M
eren
da
Labo
ratoacute
rio d
e In
form
aacutetic
a e
Banh
eiro
s Em
cad
a um
rece
bu u
ma
pont
uaccedilatilde
o em
div
erso
s ite
ns
por e
xem
plo
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is (p
iso
teto
e
pare
de)
situ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
eleacutet
ricas
es
tado
de
cons
erva
ccedilatildeo
e de
hig
iene
lim
peza
ac
essi
bilid
ade
etc
A n
ota
final
foi o
btid
a pe
la s
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s de
cad
a su
bite
m
Para
cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s fo
ram
cria
dos
quat
ro
padr
otildees
de q
ualid
ade
Pre
caacuteria
aci
ma
de 4
5 po
ntos
Ru
im e
ntre
30
e 45
pon
tos
Ace
itaacuteve
l en
tre
15 e
30
pont
os e
Boa
aba
ixo
de 1
5 po
ntos
A
LVES
XAV
IER
(201
6)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
ldquoas
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
sua
s co
ndiccedil
otildees
de
cons
erva
ccedilatildeo
a e
xist
ecircnci
a de
mat
eria
l did
aacutetic
o e
para
didaacute
tico
e a
s co
ndiccedil
otildees
de u
so e
de
func
iona
men
to d
e bi
blio
teca
s la
bora
toacuterio
s sa
las
de a
ula
dep
endecirc
ncia
s ad
min
istr
ativ
as e
out
ras
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
ardquo (p
76)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b de
200
7 2
009
201
1 e
2013
Ite
ns d
os q
uest
ionaacute
rios
da e
scol
a d
o di
reto
r e
do p
rofe
ssor
qua
dras
lab
orat
oacuterio
s au
ditoacute
rio s
ala
de a
rtes
e d
e m
uacutesic
a b
iblio
teca
vol
ume
de u
suaacuter
ios
exis
tecircnc
ia d
e pe
ssoa
l res
pons
aacutevel
uso
s pe
dagoacute
gico
s tip
os d
e us
uaacuterio
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
ace
rvo
co
mpu
tado
res
aces
so agrave
inte
rnet
apa
relh
os d
e au
diov
isua
l im
pres
sora
s e
tele
foni
a c
onse
rvaccedil
atildeo d
e pa
rede
s te
lhad
os s
alas
de
aula
ban
heiro
s ilu
min
accedilatildeo
al
eacutem d
e ex
istecirc
ncia
de
depr
edaccedil
otildees
e ou
tros
asp
ecto
s
Fora
m e
stim
ados
qua
tro
indi
cado
res
por m
eio
da T
RI (m
odel
o de
Sam
ejim
a) i
nsta
ccedilotildees
do
preacuted
io b
iblio
teca
equ
ipam
ento
s pe
dagoacute
gico
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o A
s es
cala
s or
igin
ais
dos
indi
cado
res
em d
esvo
s-pa
dratildeo
for
am
tran
sfor
mad
as p
ara
o in
terv
alo
de 0
a 1
0 P
ara
uso
em a
naacutelis
es d
escr
itiva
s os
indi
cado
res
fora
m
cate
goriz
ados
em
qua
rtis
85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
AVA
LCA
NTI
(2
016)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Defi
ne a
infra
estr
utur
a co
m re
ferecirc
ncia
ao
CAQ
- Cu
sto
Alu
no Q
ualid
ade
da C
ampa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave
Educ
accedilatildeo
(CA
RREI
RA P
INTO
200
7) q
ue v
incu
la
qual
idad
e do
s pr
oces
sos
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
agrave
qual
idad
e do
s in
sum
os u
tiliz
ados
(p 2
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
014
Loc
al d
e fu
ncio
nam
ento
inad
equa
do d
a es
cola
(bar
racatilde
o
casa
de
prof
esso
r ig
reja
gal
patildeo)
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua in
exis
tent
e ou
inad
equa
do (c
acim
ba p
occedilo
rio
coacute
rreg
o) e
sgot
o sa
nitaacute
rio in
exis
tent
e d
estin
accedilatildeo
de
lixo
inad
equa
da a
usecircn
cia
de d
epen
decircnc
ias
baacutesi
cas
(bib
liote
ca l
abor
atoacuter
ios
quad
ra e
spor
tiva
ban
heiro
s co
m a
cess
ibili
dade
) au
secircnc
ia d
e eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
esse
ncia
is (c
opia
dora
viacuted
eo c
asse
te T
V
Dat
asho
w c
ompu
tado
r im
pres
sora
int
erne
t)
Crio
u o
indi
cado
r IPR
FEM
(Iacutend
ice
de P
reca
rieda
de d
a Re
de F
iacutesica
Esc
olar
Mun
icip
al) e
spec
ifica
men
te p
ara
a pe
squi
saS
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s da
s pa
ra
cada
esc
ola
da re
de P
esos
de
acor
do c
om o
impa
cto
de c
ada
item
na
cond
iccedilatildeo
de
prec
arie
dade
do
esta
bele
cim
ento
o c
onhe
cim
ento
da
pesq
uisa
dora
so
bre
a re
de fiacute
sica
esco
lar e
a e
xper
iecircnc
ia c
om o
tr
abal
ho p
edag
oacutegic
o O
resu
ltado
do
indi
cado
r no
niacuteve
l da
rede
esc
olar
foi c
alcu
lada
pel
a m
eacutedia
dos
va
lore
s ob
tidos
por
toda
s as
esc
olas
mun
icip
ais
MAT
OS
RO
DRI
GU
ES
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoEqu
ipam
ento
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o es
cola
rrdquo (p
666
)D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
201
3 e
xist
ecircnci
a de
loc
al p
roacutepr
io d
e fu
ncio
nam
ento
da
esco
la aacute
gua
trat
ada
ene
rgia
eleacute
tric
a s
anea
men
to b
aacutesic
o (c
olet
a de
lixo
de
esgo
to e
pre
senccedil
a de
ban
heiro
na
esco
la)
outr
os e
spaccedil
os e
recu
rsos
esc
olar
es (b
iblio
teca
la
bora
toacuterio
can
tina
com
puta
dore
s e
outr
os
equi
pam
ento
s el
etrocirc
nico
s)
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
r de
infra
estru
tura
por
mei
o de
M
odel
os d
a Te
oria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) A
esca
la
orig
inal
foi c
onve
rtid
a pa
ra v
alor
es d
e ze
ro a
10
OLI
VEIR
A
PERE
IRA
JR
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s P
erce
pccedilatildeo
das
con
diccedilotilde
es d
a sa
la d
e au
la N
iacutevel
de
adeq
uaccedilatilde
o da
sal
a de
aul
a ndash
loca
l ond
e g
eral
men
te
os p
rofe
ssor
es p
assa
m a
mai
or p
arte
do
tem
po d
e tr
abal
ho O
des
envo
lvim
ento
da
ativ
idad
e do
cent
e ne
cess
ita d
e co
ndiccedil
otildees
apro
pria
das
de a
spec
tos
ambi
enta
is e
est
rutu
rais
afe
tand
o ta
nto
alun
os
quan
to p
rofe
ssor
es
Dad
os p
rimaacuter
ios
do su
rvey
Tra
balh
o D
ocen
te n
a Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a no
Bra
sil (
TDEB
B) d
e 20
10 c
om c
erca
de
6 m
il pr
ofiss
iona
is d
a ed
ucaccedil
atildeo e
m e
scol
as p
uacuteblic
as
de s
ete
esta
dos
bras
ileiro
s Va
riaacuteve
is d
e pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
esc
ola
ven
tilaccedil
atildeo e
ilum
inaccedil
atildeo d
a sa
la
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
as p
ared
es d
a s
ala
de a
ula
ruiacuted
o or
igin
ado
na s
ala
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
a sa
la e
spec
iacutefica
de
con
vivecirc
ncia
e re
pous
o c
ondi
ccedilotildees
dos
ban
heiro
s pa
ra fu
ncio
naacuterio
s co
ndiccedil
otildees
dos
equi
pam
ento
s (T
V v
iacutedeo
som
etc
) e
con
diccedilotilde
es d
os re
curs
os
peda
goacutegi
cos
(qua
dro
Xer
oxli
vros
did
aacutetic
os e
tc)
Estim
ou-s
e do
is in
dica
dore
s pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
sal
a de
aul
a e
perc
epccedilatilde
o da
s co
ndiccedil
otildees
da u
nida
de e
scol
ar p
or m
eio
da
teacutecn
ica
esta
tiacutestic
a de
nom
inad
a m
odel
agem
de
equa
ccedilotildees
est
rutu
rais
(MEE
) O
s in
dica
dore
sfor
am
padr
oniz
ados
no
inte
rval
o de
0 a
1 s
endo
o v
alor
m
iacutenim
o (0
) ref
eren
te agrave
pio
r situ
accedilatildeo
pos
siacuteve
l e o
va
lor m
aacutexim
o (1
) agrave
mel
hor
Adi
cion
alm
ente
os
resu
ltado
s do
s in
dica
dore
s fo
ram
cla
ssifi
cado
s em
qu
atro
cat
egor
ias
GO
MES
D
UA
RTE
(201
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
O te
rmo
infra
estr
utur
a es
cola
r []
refe
re-s
e agraves
co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is e
quip
amen
tos
e re
curs
os
fiacutesic
os q
ue p
erm
item
que
as
inst
ituiccedil
otildees
esco
lare
s fu
ncio
nem
sej
a co
mo
espa
ccedilo d
e m
ovim
ento
e
perm
anecircn
cia
de p
esso
as o
u co
mo
loca
l de
apre
ndiz
agem
523
)
Dad
os d
o Ce
nso
Esco
lar 2
013
refe
rent
es agrave
s es
cola
s
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enal
(EF)
Util
izam
26
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la s
obre
a p
rese
nccedila
de it
ens
de re
curs
os e
inst
alaccedil
otildees
baacutesi
cas
equi
pam
ento
s e
inst
alaccedil
otildees
didaacute
ticas
Cria
m p
erfis
(clu
ster
s) p
or m
eio
de u
m m
odel
o de
cla
sses
late
ntes
(LC
A)
que
resu
ltou
em q
uatr
o cl
asse
s de
infra
estr
utur
a es
cola
r su
perio
r m
eacutedio
su
perio
r m
eacutedio
infe
rior e
inf
erio
r A
cla
sse
supe
rior
com
42
das
esc
olas
e 8
12
das
mat
riacutecul
as d
ispotilde
e de
qua
se to
dos
os 2
6 ite
ns (e
xcet
o la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e s
ala
de re
curs
os e
spec
ializ
ados
) e
a cl
asse
in
ferio
r pos
sui a
pena
s aacuteg
ua c
ozin
ha e
um
preacute
dio
excl
usiv
o) 1
1 d
as e
scol
as e
11
d
e m
ariacutec
ulas
O
meacuted
io-s
uper
ior eacute
mui
to p
arec
ido
com
o s
uper
ior
e o
meacuted
io-in
ferio
r co
m o
infe
rior
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
86
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sO
rsquoSU
LLIV
AN
(2
006)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
(dim
ensotilde
es)
A te
se a
nalis
a as
con
diccedilotilde
es d
o pr
eacutedio
esc
olar
de
acor
do
com
a c
lass
ifica
ccedilatildeo
de u
m in
stru
men
to d
enom
inad
o Co
mm
onw
ealth
Ass
essm
ent o
f Phy
sical
Env
ironm
ent
(CAP
E) d
esen
volv
ido
por C
ash
(199
3) p
ara
as c
ondi
ccedilotildees
es
trutu
rais
e co
smeacutet
icas
de
um p
reacutedi
o
Dad
os p
rimaacuter
ios d
e 20
0 es
cola
s de
ensin
o m
eacutedio
EU
A
Aval
iou
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is id
ade
da c
onst
ruccedilatilde
o
sala
s de
aula
tem
poraacute
rias
reno
vaccedilatilde
o a
diccedilatilde
o ou
ap
erfe
iccediloa
men
to d
o ed
ifiacuteci
o ti
po d
e pi
so ja
nela
s ar
-co
ndic
iona
do c
alor
got
eira
s ilu
min
accedilatildeo
das
sala
s de
aula
ca
ract
eriacutest
icas
est
rutu
rais
das s
alas
de
aula
con
diccedilotilde
es
estru
tura
is da
con
stru
ccedilatildeo
inst
alaccedil
otildees a
djac
ente
s ao
preacuted
io b
arul
ho e
xter
no t
omad
as e
leacutetr
icas
das
sala
s de
aula
e c
ober
tura
do
teto
As c
ondi
ccedilotildees
cos
meacutet
icas
do
preacuted
io fo
ram
iden
tifica
das p
or p
intu
ra n
o in
terio
r do
preacuted
io p
intu
ra e
xter
ior
loca
is co
m g
rafit
epi
xo r
emoccedil
atildeo
de g
rafit
epi
xo m
obiacuteli
as d
as sa
las d
e au
la c
lass
ifica
ccedilotildees
co
smeacutet
icas
ger
ais e
freq
uecircnc
ia d
e lim
peza
do
piso
Dad
os d
a pe
squi
sa fo
ram
util
izad
os p
ara
aval
iar a
co
ndiccedil
atildeo p
reacutedi
os e
scol
ares
As r
espo
stas
par
a ca
da
item
no
CAPE
fora
m c
odifi
cada
s com
o um
doi
s trecirc
s qu
atro
cin
co s
eis o
u se
te P
ara
test
ar a
con
fiabi
lidad
e do
inst
rum
ento
foi c
ondu
zido
um
test
e Al
pha
deCr
onba
ch s
endo
que
o v
alor
obt
ido
foi c
onsid
erad
o ldquoa
ceitaacute
velrdquo
(gt 0
7)
GIB
BERD
(200
7)Va
riaacuteve
is e
m
dim
ensotilde
es
[inst
rum
ento
]
Mod
elo
inte
grad
o de
des
empe
nho
do p
reacutedi
o In
tegr
ated
bui
ldin
g pe
rfor
man
ce m
odel
ndash IB
PM)
(1) P
esso
as i
nfra
estr
utur
a d
eve
gara
ntir
que
seus
usu
aacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacute
sica
s at
endi
das
gara
ntir
que
dire
itos
hum
anos
se
jam
resp
eita
do (
2) a
infra
estr
utur
a de
ve g
aran
tir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am v
azam
ento
s se
jam
es
trut
ural
men
te s
oacutelid
as t
enha
m b
aixo
s cu
stos
de
oper
accedilatildeo
m
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
no
uso
dos
esp
accedilos
e d
os re
curs
os (
3) P
rogr
ama
in
fraes
trut
ura
dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
at
ivid
ades
esc
olar
es
O a
rtig
o ap
rese
nta
um in
stru
men
to d
esen
volv
ido
para
av
alia
ccedilatildeo
da in
fraes
trut
ura
de e
scol
as ru
rais
da
Aacutefri
ca
do S
ul q
ue c
onte
mpl
a os
iten
s pe
ssoa
s in
fraes
trut
ura
e pr
ogra
mas
Ap
rese
nta
par
a ca
da u
ma
das
dim
ensotilde
es
obje
tivos
com
os
seus
resp
ectiv
os in
dica
dore
s p
ara
verif
icaccedil
atildeo
GIB
BERD
M
PHU
TLA
NE
(200
7)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
[in
stru
men
to]
Gar
antia
de
que
os e
difiacutec
ios
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
os t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
o e
man
uten
ccedilatildeo
e qu
e se
jam
efic
ient
es ta
nto
no u
so d
os e
spaccedil
os q
uant
o no
uso
de
recu
rsos
(Efic
iecircnc
ia C
usto
s op
erac
iona
is
Ges
tatildeo
Man
uten
ccedilatildeo
Sauacute
de e
Seg
uran
ccedila)
O in
stru
men
to o
SRN
(Sch
ool R
egist
er o
f Nee
ds ndash
Reg
istro
es
cola
r de
nece
ssid
ades
) pa
ra a
valia
r esc
olas
rura
is da
Aacutef
rica
do S
ul s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
seg
uran
ccedila n
uacutemer
o de
sala
s de
aula
e d
e ou
tros e
spaccedil
os e
se h
aacute ne
sses
se
rviccedil
os c
omo
aacutegua
e e
letri
cida
de m
ater
iais
utiliz
ados
na
cons
truccedilatilde
o c
ondi
ccedilotildees
ger
ais d
o pr
eacutedio
ram
pas d
e ac
esso
e
banh
eiro
s par
a al
unos
com
defi
ciecircn
cias
equ
ipam
ento
s co
mo
cade
iras
mes
as e
com
puta
dore
s te
lefo
ne e
nerg
ia
banh
eiro
s m
uro
cor
redo
res e
inst
alaccedil
otildees e
spor
tivas
m
edid
as d
e pr
even
ccedilatildeo
ao c
rime
com
o ba
rras a
nti-r
oubo
(g
rade
de
ferro
em
jane
las)
e a
larm
es M
SEE
(Min
imum
St
anda
rds f
or Ed
ucat
ion
in E
mer
genc
ies ndash
Pad
rotildees
miacuten
imos
pa
ra e
mer
gecircnc
ia n
a ed
ucaccedil
atildeo)
entre
out
ros
O in
trum
ento
reuacuten
e da
dos
quan
titat
ivos
e
qual
itativ
os S
RN (R
egis
tro
Esco
lar d
e N
eces
sida
des)
ndash
quan
titat
ivo
MSE
E (P
adrotilde
es M
iacutenim
os p
ara
Educ
accedilatildeo
em
Em
ergecirc
ncia
s) ndash
qua
litat
ivo
Cont
inua
87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sSE
BAKE
M
PHU
TLA
NE
G
IBBE
RD (2
007)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
seus
us
uaacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacutes
icas
at
endi
das
Dev
e ga
rant
ir ta
mbeacute
m q
ue d
ireito
s hu
man
os s
ejam
resp
eita
dos
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
as t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
om
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
tant
o no
uso
dos
esp
accedilos
qua
nto
no u
so d
e re
curs
os A
infra
estr
utur
a es
cola
r dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
ativ
idad
es n
eces
saacuteria
s
O in
stru
men
to p
ara
aval
iaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a pa
ra a
s es
cola
s ru
rais
Est
udo
pilo
to e
m e
scol
as ru
rais
da Aacute
frica
do
Sul
Um
sis
tem
a de
ava
liaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a da
s es
cola
s po
r mei
o de
um
inst
rum
ento
que
con
side
ra
as d
imen
sotildees
des
crita
s pe
ssoa
s
VALD
EacuteS e
t al
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
das
Defi
ne e
mpi
ricam
ente
infra
estr
utur
a de
aco
rdo
com
a p
rese
nccedila
cum
ulat
iva
de d
eter
min
ados
iten
s da
esc
ola
Dad
os d
a pe
squi
sa S
ERCE
de
2006
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) em
20
paiacutese
s da
Ameacuter
ica
Latin
a in
clui
ndo
o Br
asil
As
variaacute
veis
de in
fraes
trutu
ra s
ala
de d
ireccedilatilde
o sa
las p
ara
apoi
o ad
min
israt
ivas
sal
a de
pro
fess
ores
qua
dra
espo
rtiv
a
labo
ratoacute
rio g
inaacutes
io ja
rdim
esc
olar
sal
a de
info
rmaacutet
ica
au
ditoacute
rio c
ozin
ha r
efei
toacuterio
sal
a de
arte
s en
ferm
aria
se
rviccedil
o ps
icop
edag
oacutegic
o e
bibl
iote
ca P
ara
de a
cess
o a
serv
iccedilos
aacutegu
a e
letri
cida
de e
tele
fone
Para
as
variaacute
veis
nuacutem
ero
de c
ompu
tado
res
e nuacute
mer
o de
bib
liote
cas
a an
aacutelis
e ba
seou
-se
na
proacutep
ria q
uant
ifica
ccedilatildeo
dos
itens
Jaacute
para
o iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a cr
iou-
se u
ma
esca
la c
om in
terv
alo
de
0 a
15 e
par
a o
iacutendi
ce d
e se
rviccedil
os fo
i util
izad
a um
a es
cala
de
0 a
5
WO
LNIA
K
ENG
BERG
(2
010)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Infra
estu
rura
defi
nida
em
piric
amen
te d
e ac
ordo
co
m o
s ite
ns d
e re
curs
os e
scol
ares
D
ados
sec
undaacute
rios
do T
he N
atio
nal L
ongi
tudi
nal S
urve
y of
Fr
eshm
en (N
LSF)
pat
roci
nado
pel
o O
ffice
of P
opul
atio
n Re
sear
ch d
a U
nive
rsid
ade
de P
rince
ton
Ava
liao
nze
itens
so
bre
recu
rsos
esc
olar
es n
o en
sino
meacuted
io e
a q
ualid
ade
dess
es re
curs
os a
sab
er b
iblio
teca
con
selh
eiro
de
orie
ntaccedil
atildeo o
u co
mpu
tado
res
Os
itens
satildeo
ava
liado
s em
um
a es
cala
tipo
Lik
ert
que
vai d
e ru
im a
teacute e
xcel
ente
Os
auto
res
cria
m u
m
indi
cado
r de
infra
estr
utur
a m
as n
atildeo e
scla
rece
m n
o te
xto
o m
eacutetod
o de
est
imaccedil
atildeo u
tiliz
ado
CU
YVER
S et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
turu
ra d
efini
da e
mpi
ricam
ente
de
acor
do c
om a
pe
rcep
ccedilatildeo
de a
luno
s que
resp
onde
ram
a u
m su
rvey
D
ados
prim
aacuterio
s de
surv
ey ju
nto
a es
tuda
ntes
em
14
esco
las s
ecun
daacuteria
s da
Beacutelg
ica
(n=
2032
) qu
e in
vest
igou
a
perc
epccedilatilde
o do
s so
bre
(1) o
preacute
dio
esco
lar t
em u
ma
estru
tura
esp
acia
l livr
e on
de eacute
faacuteci
l se
orie
ntar
(2)
as s
alas
de
aula
abe
rtas
a u
ma
aacuterea
(ver
de)
(3) o
preacute
dio
esco
lar o
fere
ce
recu
rsos
de
TI b
em in
tegr
ados
e a
cess
o a
varia
das f
onte
s de
pesq
uisa
(4)
todo
s os i
ndic
ador
es re
laci
onad
os agrave
segu
ranccedil
a (e
g o
preacute
dio
esco
lar eacute
bem
pro
tegi
do c
ontra
inva
sotildees
) (5
) cr
iteacuterio
s sob
re a
con
diccedilatilde
o do
preacute
dio
esco
lar
(6) c
riteacuter
ios
sobr
e a
amen
idad
e e
conf
orto
fiacutesic
o de
preacute
dio
esco
lar
(tem
pera
tura
acuacute
stic
a ilu
min
accedilatildeo
e v
entil
accedilatildeo
)
O in
dica
dor eacute
con
stru
ido
por e
scal
onam
ento
dos
ite
ns d
o qu
estio
naacuterio
apl
icad
o ao
s al
unos
mas
os
auto
res
natildeo
escl
arec
em n
o te
xto
de q
ue fo
rma
o in
dica
dor f
oi p
rodu
zido
88
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
LIC
KA e
t al
(201
1)U
tiliz
a va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
teD
efine
em
piric
amen
te a
s ldquoca
ract
eriacutes
ticas
prim
aacuteria
s da
esc
olardquo
que
con
teacutem
as
info
rmaccedil
otildees
sobr
e in
fraes
trut
ura
Dad
os p
rimaacuter
ios
de su
rvey
con
duzi
do p
elos
aut
ores
em
20
04 e
m M
adag
asca
r Es
cola
s se
leci
onad
as a
par
tir d
e um
a pe
squi
sa d
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
No
grup
o da
s ldquoCa
ract
eriacutes
ticas
Prim
aacuteria
s Es
cola
resrdquo
as
variaacute
veis
re
laci
onad
as agrave
infra
estu
tura
satildeo
dis
tacircnc
ia d
o ce
ntro
da
com
unid
ade
(km
) e
scol
a se
m s
anitaacute
rio s
anitaacute
rio
sepa
rado
por
sex
o p
erce
ntag
em d
e sa
las
de a
ula
com
qu
adro
neg
ro
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
corr
elac
oinaacute
-las
a re
sulta
dos
esco
lare
s
OC
DE
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
A n
occedilatildeo
de
infra
estr
utur
a es
taacute re
laci
onad
a agraves
co
ndiccedil
otildees
esco
lare
s e
de e
nsin
o
Dad
os d
o Pr
ogra
ma
de A
valia
ccedilatildeo
de E
stud
ante
s de
15
anos
(Pisa
) or
gani
zado
pel
a O
CDE
com
a p
artic
ipaccedil
atildeo d
e vaacute
rios
paiacutese
s in
clus
ive
o Br
asil
Que
stio
naacuterio
resp
ondi
do
pelo
dire
tor
Itens
sob
re in
fraes
trut
ura
- esc
asse
z ou
in
adeq
uaccedilatilde
o de
(1)
est
rutu
ra fiacute
sica
da e
scol
a (2
) sis
tem
as e
leacutetr
icos
e d
e aq
ueci
men
to e
ou
resf
riam
ento
e
(3) e
spaccedil
o na
s sa
las
de a
ula
Iten
s de
recu
rsos
esc
olar
es
- esc
asse
z ou
inad
equa
ccedilatildeo
de (
(1) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
a
(2) m
ater
iais
didaacute
ticos
(3)
com
puta
dore
s (4
) int
erne
t e
(5) s
oftw
ares
edu
caci
onai
s
Fora
m c
onst
ruiacuted
os d
ois
iacutendi
ces
- iacutend
ice
de
infra
estr
utur
a e
iacutendi
ce d
e re
curs
os e
scol
ares
O
s iacuten
dice
s tecirc
m e
scal
a em
des
vios
-pad
ratildeo
Va
lore
s po
sitiv
os in
dica
m m
elho
res
cond
iccedilotildee
s de
in
fraes
trut
ura
e re
curs
os e
scol
ares
CU
ESTA
G
LEW
WE
BR
OO
KE (2
014)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Defi
ne in
fraes
tutu
ra p
ela
a pr
esen
ccedila d
e de
term
inad
os it
ens
cara
cter
iacutestic
as d
a sa
la d
e au
la
com
o lu
z na
tura
l te
mpe
ratu
ra a
cuacutest
ica
pre
senccedil
a na
esc
ola
de e
letr
icid
ade
aacutegu
a po
taacuteve
l e a
con
diccedilatilde
o do
edi
fiacutecio
exi
stecircn
cia
de u
ma
bibl
iote
ca l
abor
atoacuter
io
de in
form
aacutetic
a ou
labo
ratoacute
rios
de c
iecircnc
ias
livro
s di
daacutetic
os
mat
eria
is p
edag
oacutegic
os e
tecn
olog
ias
de
info
rmaccedil
atildeo e
com
unic
accedilatildeo
(TIC
)
Revi
satildeo
de e
stud
os s
obre
o im
pact
o da
infra
estr
utur
a no
apr
endi
zado
dos
alu
nos
de p
aiacutese
s la
tino-
amer
ican
os d
e 19
90 a
201
2 V
ariaacute
veis
ana
lisad
as
cond
iccedilatildeo
das
par
edes
pis
os e
telh
ado
mat
eria
is d
e in
stru
ccedilatildeo
na s
ala
de a
ula
(com
o fli
p ch
arts
qua
dro
bran
co e
m c
aval
ete)
e q
uadr
os n
egro
s m
as e
xclu
indo
liv
ros
didaacute
ticos
) di
spon
ibili
dade
de
elet
ricid
ade
aacutegu
a e
sani
taacuterio
s e
a di
spon
ibili
dade
de
labo
ratoacute
rios
(ciecirc
ncia
s e
info
rmaacutet
ica)
bib
liote
cas
mes
as e
qua
dros
O e
stud
o fa
z um
bal
anccedilo
de
outr
os e
stud
os
Apr
esen
ta e
stat
iacutestic
as d
escr
itiva
s po
r paiacute
ses
(pro
porccedil
atildeo) d
os it
ens
de in
fraes
trut
ura
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sIN
EE (2
016)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Aval
iaccedilatilde
o da
s Co
ndiccedil
otildees
Baacutesic
as p
ara
o En
sino
e a
Apr
endi
zage
m (E
valu
acioacute
n de
Con
dici
ones
Baacutes
icas
pa
ra la
Ens
entildean
za y
el A
pren
diza
je ndash
ECE
A) r
ealiz
ada
pelo
Inst
ituto
Nac
iona
l par
a la
Eva
luac
ioacuten
de la
Ed
ucac
ioacuten
(INEE
) do
Meacutex
ico
Defi
ne in
fraes
trut
ura
com
o o
conj
unto
de
inst
alaccedil
otildees
e se
rviccedil
os q
ue
perm
item
a re
aliz
accedilatildeo
do
trab
alho
esc
olar
em
co
ndiccedil
otildees
de d
igni
dade
seg
uran
ccedila e
bem
-est
ar
Os
mob
iliaacuter
ios
e eq
uipa
men
tos
bem
com
o m
ater
iais
de
apo
ios
satildeo
nece
ssaacuter
ios
para
a re
aliz
accedilatildeo
das
at
ivid
ades
cur
ricul
ares
e a
dmin
istra
tivas
Dad
os d
o es
tudo
pilo
to d
e 20
14 c
om a
mos
tra d
e es
cola
s pr
imaacuter
ias
Dim
ensotilde
es e
iten
s (1
) In
fraes
truct
ura
para
o
bem
est
ar e
apr
endi
zage
m d
os e
stud
ante
s (ac
esso
a
serv
iccedilos
baacutes
icos
esp
accedilos
esc
olar
es su
ficie
ntes
e a
cess
iacutevei
s co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as d
e se
gura
nccedila
e hi
gien
te)
(2) m
obili
aacuterio
e
equi
pam
ento
s baacutes
icos
par
a o
ensin
o e
apre
ndiz
ado
(mob
iliaacuter
io su
ficie
nte
e ad
equa
do e
qupa
men
tos d
e ap
oio)
e (3
) mat
eria
is de
apo
io e
duca
tivo
(mat
eria
is cu
rriacutecu
lare
s m
ater
iais
didaacute
ticos
ace
rvo
da b
iblio
teca
) O
s ind
icad
ores
incl
uem
ace
sso
a se
rviccedil
os p
uacuteblic
os (aacute
gua
en
ergi
a e
sgot
o) a
mbi
ente
fiacutesic
o ad
equa
do (v
entil
accedilatildeo
te
mpe
ratu
ra il
umin
accedilatildeo
ruiacute
dos)
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
ac
adecircm
icas
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
esp
ortiv
as c
ultu
rais
e de
recr
eccedilatildeo
exi
stecircn
cia
de b
anhe
iros e
ban
heiro
s par
a pe
ssoa
s com
defi
ciecircn
cia
ace
ssib
ilida
de c
onse
rvaccedil
atildeo
trata
men
to ig
ualit
aacuterio
par
a al
unos
seg
undo
gecircn
ero
liacuten
gua
orig
em so
cial
eacutetn
ica
etc
Apr
esen
ta re
sulta
dos
do e
stud
o pi
loto
mar
co
basi
co p
ara
orie
ntar
a im
plan
taccedilatilde
o e
func
iona
men
to
das
esco
las
e or
ient
ar a
ava
liaccedilatilde
o da
s es
cola
s de
edu
caccedilatilde
o baacute
sica
O in
stru
men
to re
spon
dido
pe
la e
quip
e da
esc
ola
que
dev
e re
fletir
sob
re
as c
ondi
ccedilotildees
meacuted
ias
da e
scol
a pa
ra c
ada
item
A
leacutem
dis
so c
olet
a op
iniotilde
es s
obre
o q
uant
o a
infra
estr
utur
a af
eta
o en
sino
e a
pren
diza
do e
accedilotilde
es
nece
ssaacuter
ias
para
mel
horia
Est
udo
Um
info
rme
com
os
resu
ltado
s do
est
udo
pilo
to re
aliz
ado
em
esco
las
prim
aacuteria
s ap
rese
nta
anaacutel
ises
des
criti
vas
dos
itens
que
com
potildee
cada
um
a de
ssas
dim
ensotilde
es
Apr
esen
ta re
cort
es s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
das
esc
olas
(u
rban
a ru
ral
aacuterea
indiacute
gena
) e ti
po d
e or
gani
zaccedilatilde
o (m
ultis
eria
do o
u natilde
o) e
eta
pas
UN
ESCO
(201
6)D
imen
sotildees
e
indi
cado
res
(doc
umen
to
norm
ativ
o)
A m
eta
4a
do o
bjet
ivo
4 da
Age
nda
2030
par
a D
esen
volv
imen
to S
uste
ntaacutev
el d
efine
com
o
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as a
prop
riada
s pa
ra c
rianccedil
as
e se
nsiacutev
eis
agraves d
efici
ecircnci
as e
ao
gecircne
ro e
que
pr
opor
cion
em a
mbi
ente
s de
apr
endi
zage
m s
egur
os
e natilde
o vi
olen
tos
incl
usiv
os e
efic
azes
par
a to
dos
Indi
cado
res p
ara
mon
itora
men
to (A
) Por
cent
agem
de
esco
las c
om a
cess
o a
(i) aacute
gua
potaacute
vel b
aacutesic
a (i
i) in
stal
accedilotildee
s sa
nitaacute
rias d
e se
xo uacute
nico
baacutes
icas
e (i
ii) in
stal
accedilotildee
s de
lava
gem
das
matildeo
s baacutes
icas
(B)
Pro
porccedil
atildeo d
e es
cola
s com
ac
esso
a (i
) ele
trici
dade
(ii)
inte
rnet
par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
e
(iii)
com
puta
dore
s par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
(C) P
orce
ntag
em
de e
scol
as c
om in
fra-e
stru
tura
e m
ater
iais
adap
tado
s par
a es
tuda
ntes
com
defi
ciecircn
cia
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o D
ocum
ento
nor
mat
ivo
ap
rese
nta
um m
arco
bas
ico
para
orie
ntar
a
impl
anta
ccedilatildeo
e fu
ncio
nam
ento
das
esc
olas
e o
rient
ar
a av
alia
ccedilatildeo
das
esco
las
de e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca
DU
ART
E
JAU
REG
UIB
ER
RY R
AC
IMO
(2
017)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
D
efine
a su
ficiecirc
ncia
da
infra
estru
tura
par
a pa
iacuteses
latin
o-am
eric
anos
que
par
ticip
aram
do
Terc
e - T
erce
iro
Estu
do e
xplic
ativ
o e
com
para
tivo
de d
esem
penh
o es
cola
r se
gund
o o
s com
pone
ntes
baacutes
icos
do
ambi
ente
fiacutesic
o pa
ra fo
rnec
er o
s rec
urso
s nec
essaacute
rios
para
o p
roce
sso
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
Dad
os d
o TE
RCE
2013
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) Pa
ra m
ensu
rar a
su
ficiecirc
ncia
os i
tens
do
ques
tionaacute
rio re
spon
dido
pel
o di
reto
r or
gani
zado
s em
seis
cate
goria
s (1
) aacutegu
a e
sane
amen
to
baacutesic
o (aacute
gua
potaacute
vel e
sgot
o b
anhe
iros e
m b
oas
cond
iccedilotildee
s e c
olet
a de
lixo)
(2)
ace
sso
aos s
ervi
ccedilos p
uacuteblic
os
(ele
trici
dade
tel
efon
ia e
inte
rnet
) (3
) esp
accedilos
edu
caci
onai
s (s
ala
de a
rtem
uacutesic
a la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e in
form
aacutetic
a e
bibl
iote
ca)
(4) e
spaccedil
os a
dmin
istra
tivos
(sal
a do
dire
tor
sala
s adm
inist
rativ
as s
ala
de re
uniatilde
o do
s pro
fess
ores
e
enfe
rmar
ia)
(5) e
spaccedil
os m
ultiu
sos (
ginaacute
sio a
uditoacute
rio e
qu
adra
s de
espo
rtes)
e (6
) equ
ipam
ento
s da
sala
de
aula
(q
uadr
o br
anco
ou
de g
iz m
esa
e ca
deira
par
a o
prof
esso
r m
esas
e c
adei
ras p
ara
todo
s os a
luno
s)
A m
ensu
raccedilatilde
o da
sufi
ciecircn
cia
da in
fraes
trut
ura
feita
pe
la p
rese
nccedila
dos
itens
nas
cat
egor
ias
Para
atin
gir
o cr
iteacuterio
de
sufic
iecircnc
ia a
esc
ola
deve
ter
todo
s os
iten
s da
1a
cate
goria
el
etric
idad
e e
tele
foni
a na
2a
pel
o m
enos
a b
iblio
teca
den
tre
os it
ens
da
3a p
elo
men
os d
ois
dent
re o
s qu
atro
iten
s da
4a
pe
lo m
enos
um
den
tre
os tr
ecircs it
ens
da 5
a e
todo
s os
iten
s da
6a
Anaacute
lise
desc
ritiv
a p
erce
ntua
l de
esco
las
com
gra
u su
ficie
nte
nas
seis
cat
egor
ias
em
cinc
o q
uatr
o tr
ecircs d
ois
uma
ou n
enhu
ma
cate
goria
se
gund
o pa
iacuteses
e o
utra
s va
riaacuteve
is d
iscr
imin
ante
s
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
90
Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar
Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar
Nac
iona
l
Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)
SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)
MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017
Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3
inte
rnac
iona
l
Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia
91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)
Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios
Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo
Indi
cado
r(es)
BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)
OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)
MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)
Variaacute
veis
VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
92
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Continua
94
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
noPrevenccedilatildeo de danos
Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Conservaccedilatildeo
Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Ambiente Prazeroso
Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra o
ens
ino
e ap
rend
izad
o
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio administrativo
Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra a
eq
uida
de
Acessibilidade
Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)
Ambiente para atendimento especializado
Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)
95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas
Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes
de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as
meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola
De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do
tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados
em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores
com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo
equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo
mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos
instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo
As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo
de unidimensionalidade dos construtos
As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o
indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas
poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria
em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo
dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras
Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso
sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero
de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos
boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois
como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala
seraacute limitado
Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral
pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra
indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas
para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro
resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas
meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que
nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee
96
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Indi
cado
r ndash A
cess
o a
serv
iccedilos AacuteGUA
Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658
ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939
ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416
LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E S GOT O0 1 2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 AacuteGUA
0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E NE R GIA0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 LIXO0 1
97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Instalaccedilotildees do preacutedio escolar
Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa
Indi
cado
r ndash In
stal
accedilotildee
s do
preacute
dio
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879
IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908
IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349
IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522
IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846
IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663
IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588
IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645
_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores
Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
BAN
HEI
RO_
FORA
DEN
TRO
IN_C
OZI
NH
A
IN_R
EFEI
TORI
O
IN_D
ESPE
NSA
IN_S
ALA
_DIR
ETO
RIA
IN_S
ALA
_PRO
FESS
OR
IN_S
ECRE
TARI
A
IN_A
LMO
XARI
FAD
O
IN_A
GU
A_F
ILTR
AD
A
BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039
IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013
IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008
IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018
IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030
IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026
IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022
IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026
IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
98
Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO
0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COZINHA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DESPENSA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1
99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash P
reve
nccedilatildeo
de
dano
s
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Prot_incendio
Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290
Ilum_foraEscolUNI
Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453
Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782
Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015
Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Prot_incendio0
1
2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI
0
1 2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_fisica
0
1
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_equip
0
1
100
Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar
Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
telhado
Ruim 132 129 124
Regular 301 311 308
Bom 567 561 569
parede
Ruim 76 72 76
Regular 316 322 325
Bom 608 606 598
piso
Ruim 126 111 116
Regular 294 297 303
Bom 580 592 581
entrada
Ruim 101 90 97
Regular 291 287 296
Bom 607 623 607
paacutetio
Ruim 154 139 139
Regular 293 298 292
Bom 553 563 569
corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628
sala
Ruim 85 84 84
Regular 350 356 353
Bom 565 561 563
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475
janelas
Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526
banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431
cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567
insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462
insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449
Sinaldepr
Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332
Natildeo 570 553 581
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
telh
ado
pare
de
piso
entr
ada
paacutetio
corr
edor
sala
port
as
jane
las
banh
eiro
s
cozi
nha
inst
hidr
a
inst
elet
rica
Sina
ldep
rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039
parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045
piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038
entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040
paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035
corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038
sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049
portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053
janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047
banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048
cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034
insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046
insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045
Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Indi
cado
r ndash C
onse
rvaccedil
atildeo
101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 telhado
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 parede0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 piso0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 entrada0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 paacutetio0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 corredor0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 sala0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 portas0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 janelas
0
12
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 banheiros0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 cozinha
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 insthidra0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 insteletrica0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 Sinaldepr
01
2
Prob
abili
dade
Prob
abili
dade
102
Conforto
Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash C
onfo
rto
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630
ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600
BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Iluminada Arejada BiblioArejIlum
Iluminada 100 077 047
Arejada 077 100 052
BiblioArejIlum 047 052 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Iluminada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Arejada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BiblioArejIlum
01
103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ambiente prazeroso
Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
mbi
ente
Pra
zero
so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215
N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407
IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272
IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048
IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046
IN_AREA_VERDE 050 032 100 031
IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 PATIO_COB_DES0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AREA_VERDE0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0
1
104
Espaccedilos pedagoacutegicos
Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
spaccedil
os P
edag
oacutegic
os
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468
NU_COMP_ALUNO_CAT
Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108
QUADRA_COBDESCOB
Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54
IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115
IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_LABORATORIO_INFORMATICA
NU_COMP_ALUNO_CAT
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
QUADRA_COBDESCOB
IN_LABORATORIO_CIENCIAS
IN_AUDITORIO
IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Equipamentos para apoio administrativo
Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
quip
amen
tos
para
apo
io a
dmin
istr
ativ
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT
Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64
NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT
Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136
NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()
Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117
NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT
Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91
IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013
106
Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU
_EQ
UIP
_CO
PIA
DO
RA_C
AT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_CAT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_MU
LT_
CAT
NU
_CO
MP_
AD
MIN
ISTR
ATIV
O_C
AT
IN_I
NTE
RNET
_B_L
ARG
A
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0
1 2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0
1 23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0
1
2
107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa
indi
cado
r ldquoEq
uipa
men
tos
para
apo
io p
edag
oacutegic
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_TV_CAT
Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249
NU_EQUIP_DVD_CAT
Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144
NU_EQUIP_SOM_CAT
Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168
NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT
Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138
NU_EQUIP_FOTO_CAT
Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU_EQUIP_TV_
CATNU_EQUIP_DVD_
CATNU_EQUIP_SOM_
CATNU_EQUIP_
MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_
CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
108
Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Acessibilidade
Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
cess
ibili
dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399
IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298
infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0
1
2
3
109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015
IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb
Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Ambiente para atendimento especializado
Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
tend
imen
to
Educ
acio
nal E
spec
ializ
ado
(AEE
) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83
IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 infra_deficiencia
0
1
2
110
Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_BRAILLE_CAT
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT
IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1
111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio
Prevenccedilatildeo de danos ()
Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41
AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13
AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12
RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23
PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18
AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28
TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41
MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19
PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32
CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39
RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31
PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23
PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25
AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36
SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44
BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26
MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42
ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40
RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58
SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48
PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60
SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48
RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55
MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59
MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38
GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47
DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57
continua
112
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)
Espaccedilos pedagoacutegicos
Equip p apoio admin
Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20
13
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57
AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34
AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35
RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40
PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40
AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48
TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56
MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42
PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50
CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60
RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55
PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52
PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51
AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53
SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56
BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49
MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61
ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59
RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67
SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68
PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67
SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65
RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65
MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67
MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59
GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63
DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb
113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo
originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das
informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)
Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas
pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos
de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam
teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais
matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais
complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e
a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015
Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem
e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e
escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel
mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees
educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para
dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE
de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis
Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de
aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura
(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa
a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)
Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os
indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil
Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e
2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da
variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos
Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)
Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas
35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas
para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino
Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes
na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola
25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt
114
Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a
presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na
composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os
Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem
matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente
consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre
7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)
Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo
Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos
Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do
ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino
fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183
LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14
Regiatildeo
Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72
Unidades da Federaccedilatildeo
Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13
continua
115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal Privada
Etapas
Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221
Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517
Nordm de alunos
Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217
Niacuteveis de Complexidade da escola ()
1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07
Grupos do INSE 2015 ()
Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212
Faixas do Ideb - anos iniciais ()
Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00
Faixas do Ideb - anos finais ()
Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00
Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015
116
117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral
Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)
Cozinha
Aacutegua_filtrada
Aacutegua_rio
Banheiro_fora
Energia_outro
Esgoto_fossa
Energia_rede
Banheiro_dentro
Aacutegua_poccedilo
TV_1
DVD_1
Sinal_depred_pouco
Janelas_ruim
IluminaFora_ruim
Impressora_1
Seguranccedila_equipamento
SOM_1
Aacutegua_rede
Sala_diretoria
Lixo_coleta
Parede_regular
Comput_Adm_1
Telhado_regular
Paacutetio_Cob_ou_Descob
Salas_regular
Comp_aluno_1a5
Entrada_regular
Piso_regular
Cozinha_regular
Ilumina_salas_MaisMetade
Secretaria
Internet_semBandaLarga
Corredor_regular
Seguranccedila_fiacutesica
Portas_regular
Sala_professor
Janelas_regular
MaqFoto_1
000010
150151
182197
223286
346374
390393
412418
426430
435445
450451
451454
461467
473473
475481
485485
488488
491494
496497
500500
Paacutetio_regular
Lab_informaacutetica
Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq
SalaLeitura
IluminaFora_regular
InstalHidra_regular
Areja_salas_MaisMetade
InstalEletric_regular
EquipMultimiacutedia_1
Copiadora_1
Banheiros_regular
Despensa
Internet_comBandaLarga
Comput_Adm_2a3
Comp_aluno_6a10
Impressora_2
TV_2
Ilumina_salas_Todas
Biblio_Areja_Ilumina
Esgoto_rede
Corredor_bom
Prot_incend_ruim
SOM_2
Parede_bom
Entrada_bom
Quadra_descoberta
Biblioteca
Piso_bom
Sinal_depred_natildeo
Areja_salas_Todas
Telhado_bom
Cozinha_bom
Paacutetio_bom
Salas_bom
Janelas_bom
Almoxarifado
DVD_2
Prot_incend_regular
501512
512513
515515
515516
519522
524533
533536
546550
552564
564568
570571
571573
573573
576579
579579
580583
586586
593596
596599
Comp_aluno_11a15
Portas_bom
InstalHidra_bom
Banheiro_chuveiro
Banheiro_PNE
Impressora_3
IluminaFora_bom
InstalEletric_bom
ImpressoraMulti_1
Banheiros_bom
Comput_Adm_4a7
Refeitoacuterio
Quadra_coberta
TV_3mais
SOM_3
Comp_aluno_16a20
EquipMultimiacutedia_2
Dependecircncias_PNE
Prot_incend_bom
Impressora_4mais
MaqFoto_2
Aacuterea_verde
Parque_infantil
Copiadora_2
SOM_4mais
DVD_3mais
Lab_ciecircncias
Paacutetio_Cob_e_Descob
Comput_Adm_mais7
EquipMultimiacutedia_3mais
Infra_deficiecircncia_Adeq
Comp_aluno_mais20
ImpressoraMulti_2
Auditoacuterio
SalaLeitura_e_Biblio
Quadra_coberta_e_descob
MaqFoto_3mais
Copiadora_3mais
604607
610611
611613
614614
614617
617622
629632
635644
644644
656662
674675
677681
684688
693697
703709
711720
727737
739760
769785
Informaacutetica_acessiacutevel
ImpressoraMulti_3mais
Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument
Soroban
Braille
815820
865917
1000
118
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
120
121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Anexo 1
Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE
CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a
construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20
3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
7 Refeitoacuterio 1 50
8 CopaCozinha 1 15
9 Quadra coberta 1 200
10 Parque infantil 1 20
11 Banheiros 4 20
12 Sala de depoacutesito 3 15
13 Sala de TVDVD 1 30
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1150
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1
Fonte CNE (2010)
122
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item
1 Sala de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20
3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45
6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
8 Refeitoacuterio 1 80
9 Copacozinha 1 20
10 Quadra coberta 1 500
11 Banheiros 6 20
12 Sala de depoacutesito 2 30
13 Sala de TVDVD 1 50
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1650
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo Quantidade
1 Esportes e brincadeiras
11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30
2 Cozinha
21 Freezer de 305 litros 2
22 Geladeira de 270 litros 2
23 Fogatildeo industrial 2
24 Liquidificador industrial 2
25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2
3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos
31 Enciclopeacutedias 2
32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4
33 Outros dicionaacuterios 30
34 Literatura infantojuvenil 3000
35 Literatura brasileira 3000
36 Literatura estrangeira 3000
37 Paradidaacuteticos 600
38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200
4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto
41 Retroprojetor 1
42 Tela para projeccedilatildeo 1
43 Televisor de 20 polegadas 10
44 Suporte para TV e DVD 10
45 Aparelho de DVD 10
46 Maacutequina fotograacutefica 1
47 Aparelho de CD e raacutedio 10
5 Processamento de Dados
51 Computador para sala de informaacutetica 30
52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8
53 Impressora jato de tinta 2
54 Impressora laser 2
55 Fotocopiadora 1
56 Guilhotina de papel 1
6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral
61 Carteiras 300
62 Cadeiras 300
63 Mesa tipo escrivaninha 10
64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10
65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10
66 Mesa para computador 38
67 Mesa de leitura 4
68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2
69 Armaacuterio com 2 portas 10
610 Mesa para refeitoacuterio 10
611 Mesa para impressora 4
612 Estantes para biblioteca 25
613 Quadro para sala de aula 10
614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10
615 Bebedouros eleacutetrico 4
616 Circulador de ar de parede 10
617 Maacutequina de lavar roupa 1
618 Telefone 2
Fonte CNE (2010)
123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Brasiacutelia 2019
indicadores com dados puacuteblicos e tendecircncias de 2013 2015 e 2017
Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Auxiliares de Pesquisa
Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais
CREacuteDITOS DA PESQUISA
Sumaacuter ioRESUMO bull 7
1 Introduccedilatildeo bull 11
2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21
221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21
23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26
3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32
4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39
421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63
5 Consideraccedilotildees finais bull 67
Referecircncias bibliograacuteficas bull 71
Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119
Anexo 1 bull 121
L is ta de s ig las e abrev iaturas
AEE Atendimento Educacional Especializado
Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica
Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment
CAQ Custo Aluno-Qualidade
CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial
CCI Curva Caracteriacutestica do Item
CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica
CF Constituiccedilatildeo Federal
CII Curva de Informaccedilatildeo do Item
CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo
Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo
ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje
EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos
FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo
Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
GoM Grade of Membership
GT Grupo de Trabalho
Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica
INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias
Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio
Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira
INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola
IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica
LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar
MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares
OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe
PAR Plano de Accedilotildees Articuladas
PCA Anaacutelise de Componentes Principais
PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno
PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo
Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino
SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica
Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo
Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Sipis School Infrastructure Performance Indicator System
SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo
TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo
Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo
TRI Teoria da Resposta ao Item
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
USP Universidade de Satildeo Paulo
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura
7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Resumo
Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1
Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino
fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e
contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros
Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio
Teixeira (Inep)
A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano
Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a
construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao
gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos
A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por
cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis
discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo
da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute
tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees
do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona
incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado
contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores
que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo
condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os
itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas
A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees
conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que
as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes
sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar
Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos
que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as
escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo
1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
8
As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito
conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores
em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com
destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto
o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores
No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas
que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas
que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente
para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior
O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas
que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees
de infraestrutura satildeo piores
Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de
complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da
Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)
O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas
por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola
mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores
O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre
esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo
entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura
com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil
(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores
mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores
resultados do Ideb
Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida
em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro
dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental
ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte
No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro
do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins
administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas
urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos
escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola
tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual
ou particular ou municipal
9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados
inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto
agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e
no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste
De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam
que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo
O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus
levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das
escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores
satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa
diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre
as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que
aquelas onde haacute mais meninos
Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os
resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos
estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre
o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco
Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por
municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos
semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas
tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam
de atenccedilatildeo
Belo Horizonte 28 de novembro de 2017
Equipe de pesquisa
10
11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
1 I nt roduccedilatildeo 2
Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura
das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para
a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas
com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos
os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com
qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global
A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do
Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos
multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento
Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da
pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento
sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)
O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar
a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que
se comprometam a
4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis
agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo
violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)
No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em
2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em
vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes
com necessidades especiais
Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus
objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional
para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3
2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)
12
Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de
infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental
no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo
Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015
Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil
ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no
que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as
etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais
longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563
em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que
perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que
aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil
o ensino meacutedio ou ambos
Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles
destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos
pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das
escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos
de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas
se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla
eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos
especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de
ensino e respeitando as prioridades locais
Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos
indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito
com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus
itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle
nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso
Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura
constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de
um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados
o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de
resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com
outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento
contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas
consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui
um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos
4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)
13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
14
15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar
A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas
legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as
pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas
tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos
professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se
confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo
A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual
se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA
ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao
longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado
de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o
segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados
nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate
A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o
crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade
da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e
compra de materiais para o trabalho escolar
A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso
resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo
dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no
primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no
final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)
As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica
reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental
(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos
entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e
planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais
A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser
discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-
ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados
aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)
A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais
uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a
diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas
Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo
16
polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade
eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em
trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e
3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura
escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras
Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante
para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do
preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para
o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos
componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo
transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)
Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental
fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura
acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas
empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a
infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores
21 Infraestrutura escolar marcos legais
A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos
decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes
sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)
A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins
deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e
da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)
O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo
e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a
ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art
60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados
em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de
qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem
que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na
versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo
Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto
constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como
a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes
federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)
6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica
17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu
uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de
acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)
Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi
criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido
nacionalmente (BRASIL 1996b)7
O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o
financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a
ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo
(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao
assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional
de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)
Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao
pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede
puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo
construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso
II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem
prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola
Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em
2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura
para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel
rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para
esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o
atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio
equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e
equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades
regionais (BRASIL 2001)
O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo
intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos
O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a
ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado
7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb
8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios
18
O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola
publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar
guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma
descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais
necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico
Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas
as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o
Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas
escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos
miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas
Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse
documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas
desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas
de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica
Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente
acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11
Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)
instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)
Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade
civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)
Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de
Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo
informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees
Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria
da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)
A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento
Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio
de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo
diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da
infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos
(MECFNDEPDE 2013)
9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016
10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)
11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo
19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024
composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da
infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada
Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas
as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam
sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007
SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)
No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a
qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b
FERNANDES 2007)
A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de
educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos
718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica
abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos
garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a
equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves
pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)
A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir
a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de
tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)
Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE
2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207
o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo
os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e
conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo
O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo
de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma
matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior
visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou
como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)
O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido
de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do
12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)
20
CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos
escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez
que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para
a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as
escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental
Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)
para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em
outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade
para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais
4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)
A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos
Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as
atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais
que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios
atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela
melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio
escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio
Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -
salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de
lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas
- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)
O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea
disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas
combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)
aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a
gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e
velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares
para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)
Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao
Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria
da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e
manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo
tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio
Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias
e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos
deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens
de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos
13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT
21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme
esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos
Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que
pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis
22 Revisatildeo da literatura
221 Procedimentos
O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a
infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais
2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio
entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados
escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6
desse apecircndice resumem os trabalhos revisados
A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso
sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as
definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos
Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um
indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis
Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais
simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais
como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas
multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente
calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo
aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser
muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)
As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do
Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos
aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos
resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura
escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por
oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para
a coleta de dados
222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo
As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas
em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante
delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema
O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas
22
de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola
mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado
para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios
informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e
recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais
que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino
Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE
2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura
das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU
2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de
dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos
A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro
categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam
somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda
as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino
como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as
escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores
elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo
infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com
acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de
laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura
escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares
desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do
item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de
conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto
a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14
No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros
em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses
resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na
literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam
em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)
Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no
Brasil a infraestrutura eacute relevante
Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro
indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e
de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto
14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017
23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees
das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos
pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais
Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram
indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis
(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma
das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no
Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial
Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que
avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo
dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine
com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou
em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo
Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da
infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas
prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade
escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois
iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do
Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo
de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos
ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola
O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de
escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos
federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades
da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de
banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de
alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo
redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que
estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades
escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das
escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa
O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores
da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham
considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo
de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por
escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que
os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente
As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de
infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou
trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola
respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb
24
No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de
acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura
a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia
de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na
biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)
Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou
uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica
Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes
baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem
Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados
em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua
potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo
eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de
ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas
administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio
auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo
quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos
Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias
Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e
telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos
dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e
6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o
percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma
categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes
Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o
Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor
responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da
escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos
escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos
3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em
um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)
Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo
qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila
preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos
nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura
nacional satildeo os direitos humanos
Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para
avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)
e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas
15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)
25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O
Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do
preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta
de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento
de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como
um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)
Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones
Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente
completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em
dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para
o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar
As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de
ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares
adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada
acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o
instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social
etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos
das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas
segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo
Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos
para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional
e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice
O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos
pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo
30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas
separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos
31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e
(iii) computadores para fins pedagoacutegicos
32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com
deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)
Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente
Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores
O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei
do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos
iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor
1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1
quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia
O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que
26
uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea
construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens
para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos
para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)
Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda
os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula
satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes
estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)
23 Siacutentese para um modelo conceitual
A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade
da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute
dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem
padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais
Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre
a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento
do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas
de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer
refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc
Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e
banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas
aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito
agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua
sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos
apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los
eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador
Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo
de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho
proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos
que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)
propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura
O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos
Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de
forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo
dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura
escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados
Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees
a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees
para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar
27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada
e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em
vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes
etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento
Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo
que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais
da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige
condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas
de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)
Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente
agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para
o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos
E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos
humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para
todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc
Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos
os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb
foram empregados para testar esse modelo conceitual
Tamanho da escolaturma
Atendimento de modalidades e etapas
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)
Instalaccedilotildees tipicamente escolares
Equipamentos na escola
Recursos pedagoacutegicos
Conforto e bem-estar fiacutesico
Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)
Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)
Acessibilidade
Gecircneroetniacultura etc
Pessoa com deficiecircncia
Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)
Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)
Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios
Condiccedilotildees de Atendimento
Condiccedilotildees baacutesicas
Condiccedilotildees pedagoacutegicas
Condiccedilotildees para bem-estar
Condiccedilotildees para a equidade
Aacuterea
28
29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
3 Abordagem metodoloacutegica
Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de
seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores
A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir
Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
31 Fontes de dados
Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora
o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os
dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com
dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos
Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees
sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos
acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens
Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e
as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos
questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores
16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores
Fase empiacuterica 1
bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a
infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar
decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional
Fase empiacuterica 2
bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis
bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e
combinaccedilatildeo de itens
Fase empiacuterica 3
bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos
Fase empiacuterica 4
bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio
30
Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino
fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos
estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados
Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja
essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo
entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que
participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram
solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes
tambeacutem recebem esse coacutedigo
As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso
fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino
no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo
da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante
Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura
das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse
modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave
infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por
exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir
os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo
acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais
completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente
com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32
A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas
143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco
desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos
que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)
Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as
variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013
e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos
apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19
17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara
18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas
19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos
31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa
Ano da pesquisa
2013 2015 2017
Censo 143170 135939 131604
Saeb 57079 55601 57197
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos
Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas
representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis
As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica
por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema
Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida
as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi
realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e
escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)
Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como
ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo
intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis
originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo
NU_EQUIP_TV)
Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo
identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)
Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso
ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados
ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas
as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute
espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras
Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos
professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens
aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo
de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum
20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades
21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos
32
dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da
infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33
A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO
e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo
que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso
sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015
Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do
Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram
mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber
prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade
Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas
provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na
base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de
funcionamento etc
As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas
no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens
elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos
indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)
Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis
(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado
em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais
recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido
algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste
caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos
por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em
2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas
escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como
fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias
das outras variaacuteveis22
33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores
A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura
teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do
niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)
De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos
22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo
33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes
Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos
autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites
dos dados que dispomos
A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos
da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo
de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a
unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados
Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo
PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente
observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir
sobre a consistecircncia dos construtos
A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar
sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira
etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005
VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas
suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma
versatildeo mais sinteacutetica
Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da
anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a
mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas
A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo
dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas
1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo
tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em
algum fator na PCA
2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias
embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico
3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais
Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de
paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)
cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e
ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um
todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis
Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador
(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores
(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete
23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado
34
foram compostos apenas por itens do Censo Escolar
A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os
paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo
estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades
para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso
da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante
acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou
oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos
escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados
de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb
Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em
dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos
paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem
fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos
resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se
houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam
indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb
e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho
Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-
padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10
(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa
Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem
o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual
de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos
itens analisados no estudo
A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as
matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice
discutimos a consistecircncia dos itens
Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas
brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de
infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos
itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas
Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois
os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor
do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das
escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese
mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas
escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das
escolas e com resultados educacionais
35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
36
37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
4 Resul tados
O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5
dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B
As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo
final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que
puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da
infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas
A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da
educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades
da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por
exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte
do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no
Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi
instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)
A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da
qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga
um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo
como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24
Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017
Condiccedilotildees para a equidade
Condiccedilotildees do estabelecimento
de ensino
Atendimento
Atendimento
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo
da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Local de funcionamento
da escola
Aacuterea
Condiccedilotildees para o ensino e
aprendizado
Condiccedilotildees de atendimento
Qualidade da infraestrutura escolar
38
A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde
a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de
danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso
A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho
pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para
apoio pedagoacutegico
Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente
de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores
de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem
apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores
Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles
consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos
os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees
mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas
com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais
Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas
Serv
iccedilos
baacutes
icos
Inst
alaccedil
otildees
do p
reacutedi
o
Prev
enccedilatilde
o de
dan
os
Cons
erva
ccedilatildeo
Conf
orto
Am
bien
te p
raze
roso
Espa
ccedilos
peda
goacutegi
cos
Equi
p p
ap
oio
adm
in
Equi
p p
ap
oio
peda
g
Ace
ssib
ilida
de
Am
bien
te A
EE
Infra
estr
utur
a ge
ral
Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08
Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09
Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08
Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05
Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03
Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1
39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e
ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas
satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados
pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de
complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
produzidos pelo Inep
42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes
As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes
quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades
da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel
socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais
As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas
as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do
monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi
analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante
homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de
escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela
E1 do mesmo apecircndice
As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as
categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises
nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de
estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no
seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e
escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45
421 Dependecircncia administrativa
No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional
sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO
SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por
dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo
As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e
municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam
meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da
escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para
ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de
ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo
40
Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa
Total Federal Estadual Municipal Privada
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para
indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com
exceccedilatildeo das escolas federais
A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia
de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens
que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes
nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se
houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se
torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees
em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as
pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo
Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do
preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com
valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas
essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental
Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico
apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais
e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que
requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro
Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que
requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo
As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de
infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de
tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida
pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a
maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu
de forma quase paralela conforme a linha pontilhada
41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos
da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede
federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas
422 Localizaccedilatildeo
As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional
(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD
2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)
A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e
a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas
rurais o que corrobora com a literatura revisada
Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria
ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos
para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de
espaccedilos pedagoacutegicos
Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como
o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Federal Estadual Municipal Privada Total
2015 2017
42
Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Total Rural Urbana
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89
Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80
Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68
Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67
Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72
Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48
Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41
Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total
para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a
relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia
de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas
escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de
2017 nas escolas urbanas em 2015
Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Rural Urbana Total
2015 2017
43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo
A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais
porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior
Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais
localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados
do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria
A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns
resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute
apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios
indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no
indicador geral e em vaacuterios outros
Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo
aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais
baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas
Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE
2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no
trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste
estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores
utilizaram dados mais antigos
O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das
meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as
escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um
crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie
44
Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
424 Etapas
AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de
ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se
tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para
todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado
pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e
recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Norte Nordeste Sudeste
2015 2017
Sul Centro-Oeste
Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais
Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental
Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das
escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam
simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram
apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro
grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores
Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam
melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino
meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos
educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)
Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da
infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito
especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e
AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos
para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura
estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino
Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos
indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os
indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo
Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a
meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa
distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas
que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida
pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio
2015 2017
Infantil fundamental e meacutedio
46
das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de
ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo
gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que
tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo
425 Tipo de oferta
A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino
fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino
fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos
conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os
anos finais
Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os
anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)
Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais
fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de
oferta de um ensino de qualidade
Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais
Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61
Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64
Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais
baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os
resultados do indicador de infraestrutura geral
47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
426 Tamanho da escola
Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral
satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES
NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas
municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os
anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com
50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em
quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)
Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF
2015 2017
48
O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as
escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos
alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais
Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1
Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o
trabalho pedagoacutegico
Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo
enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas
As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos
Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6
Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
427 Complexidade das escolas
O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as
informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar
as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com
relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores
segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais
Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos
De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de
muito mais itens de infraestrutura
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos
2015 2017
Mais de 400 alunos
49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Niacutevel 1 (mais baixo)
Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por
niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de
complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para
a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura
pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de
todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos
O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram
de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor
complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva
Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4
2015 2017
Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)
50
A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela
Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees
entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores
observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas
com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada
428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas
O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)
Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas
cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental
e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e
privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre
os grupos tendem a ficar mais sutis
A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde
as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES
ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando
um determinado segmento de escolas puacuteblicas
A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais
que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de
infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo
menos equitativas nesse aspecto
As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para
o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo
da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das
escolas com INSE mais baixo
Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Grupo 1 (mais baixo)
Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de
2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015
Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares
(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER
2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb
aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar
Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo
concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto
no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas
no niacutevel ldquomeacutedio altordquo
Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos
com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas
Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas
que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Grupo 3 Grupo 5Grupo 4
2015 2017
Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)
52
com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com
anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017
Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral
por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias
das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com
Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013
a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos
com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as
diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida
de qualidade da educaccedilatildeo
53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
54
4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola
A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica
brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo
equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres
se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)
Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos
do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas
e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em
meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25
Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir
as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades
escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes
seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes
etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero
O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a
importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da
infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp
e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional
tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores
nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso
objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade
Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais
lt50 alunas(mais meninos)
ge50 alunas(mais meninas)
2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018
55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas
escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio
conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos
Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e
escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de
convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores
Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral
A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto
Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou
baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza
todos os itens empregados
Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados
em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a
posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou
seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item
26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013 2015 2017
lt50 alunas ge50 alunas
56
TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227
Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura
O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F
O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem
metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)
discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute
adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia
na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um
julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de
acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para
definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)
Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos
itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde
agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos
(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no
Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes
Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada
um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores
A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados
no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura
geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico
acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)
Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade
de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse
valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis
discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que
apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as
escolas puacuteblicas e privadas
No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana
para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a
nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50
alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo
As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro
dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente
elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela
tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos
27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo
57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins
administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50
alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo
Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola
Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico
(I)lt= 2
Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada
Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo
(II)+ 2 a 4
Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo
Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo
(III)+4 a 5
Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)
Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo
(IV)+ 5 a 6
Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)
Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio
(V)+6 a 7
Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso
Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto
(VI)+ 7 a 8
Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso
Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto
(VII)gt= 8
Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE
Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas
58
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos
puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e
conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos
administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede
estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou
este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio
No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa
conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute
equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora
tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai
do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade
mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo
minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo
mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de
matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais
de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto
O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do
indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos
niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV
Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os
percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos
niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de
mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar
as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo
59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de
alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com
a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos
niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
64
3353
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
2013 2015
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
201
162141
114 109 107
188199189
267
302319
142160
174
23 24 27
2017
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
80
0 02
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
Rural Urbana
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
333
225
21
203 196
137
450
22
284
0
46
60
Graacute
fico
14
Dis
trib
uiccedilatilde
o (
) das
esc
olas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l por
pro
porccedil
atildeo
de a
luna
s lo
caliz
accedilatildeo
rura
l e u
rban
a e
niacuteve
is d
a in
fraes
trut
ura
gera
l 20
17
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
50
45
35
25
15 540
30
20
10 0
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IV
lt50
alu
nas
Rura
lge5
0 a
luna
sU
rban
a
Niacutev
el V
Niacutev
el V
IN
iacutevel
VII
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IVN
iacutevel
VN
iacutevel
VI
Niacutev
el V
II
74
92
366
319
225
22
6
212
181
146
00
0
23
115
18
01
02
02
21
21
194
20
1
454
42
286
441
280
55
61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar
As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do
indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos
que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas
em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes
Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos
dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados
em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores
para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre
resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta
de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem
Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por
exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que
esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de
conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros
As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir
Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011
A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por
Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)
Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos
niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel
ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no
niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII
Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava
pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No
nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos
niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)
Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que
foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que
ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto
Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam
aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis
do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos
de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala
Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)
Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem
o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado
62
Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos
para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos
questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb
Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as
escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas
rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria
Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)
Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido
de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos
a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da
infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente
as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno
Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ
Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)
Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala
de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas
pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE
No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala
SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas
jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo
Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do
presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca
Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)
Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral
deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa
avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo
e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo
temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo
de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios
Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)
Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos
participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico
63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV
e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo
O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para
o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente
Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)
Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os
indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo
jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias
baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no
niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa
melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento
Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os
indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que
as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado
municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias
dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola
Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo
fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura
da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio
Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada
agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade
Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro
se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a
duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados
intermediaacuterios de 2015
O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e
regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos
iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de
infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para
as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a
comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais
No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem
meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral
o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora
todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)
64
Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo
eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras
informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida
satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as
mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil
O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde
Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso
e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e
em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta
uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores
aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do
indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais
e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso
a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as
condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor
Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo
695 375 277
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
711 398 337
Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
679 164 080
Infraestrutura geral 750 513 474
Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65
Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55
Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10
UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste
Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente PrazerosoEspaccedilos
Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
000
200
400
600
800
1000
65
IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo
562 262 248
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
557 300 339
Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
000 076 056
Infraestrutura geral 678 417 455
Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo
727 622 507
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
890 668 569
Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
1000 560 217
Infraestrutura geral 826 666 646
Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT
EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4
EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3
Acesso a serviccedilos
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conservaccedilatildeo
Conforto
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente Prazeroso
Ambiente Prazeroso
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
Prevenccedilatildeo de danos
Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Rural
000
200
400
600
800
1000
Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Urbana
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4
INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3
INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
000
200
400
600
800
1000
66
67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Consideraccedilotildees f ina is
Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas
puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros
utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes
cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser
operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas
neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica
Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar
fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema
para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)
ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos
constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)
O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa
(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo
para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve
ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente
dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves
condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros
A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento
este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas
focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de
infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades
deste estudo
Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees
Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens
de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao
estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo
dos indicadores
Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura
geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio
brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade
foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de
escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras
Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre
regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como
mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as
oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas
68
Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo
diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o
nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio
que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo
Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas
nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma
caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico
Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser
descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu
municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento
de accedilotildees e recursos a serem investidos
Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo
observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental
tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade
Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa
de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio
comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola
do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade
Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes
Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo
melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso
a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento
baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta
pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar
com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)
instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e
CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar
no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)
Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional
e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os
indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por
exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e
colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos
Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais
finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e
sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do
Censo Escolar e do Saeb
Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses
sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute
preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica
69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos
de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para
o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os
indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura
aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas
para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para
correccedilatildeo de problemas)
Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo
Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos
envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se
revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional
conforme o propoacutesito deste trabalho
Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado
segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees
mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura
pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas
de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem
conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos
satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado
natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com
deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos
como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito
agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014
Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para
outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola
Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel
macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente
Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo
sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a
qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
70
71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)
ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011
ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500
ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009
ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013
ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014
ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a
ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b
BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010
BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172
BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002
BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007
BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004
BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt
BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b
BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001
BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a
BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014
72
BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a
BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b
BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006
MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006
BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011
BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008
CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007
CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte
CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007
CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016
CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008
CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)
DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017
FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)
73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)
GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)
GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007
GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011
GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012
GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt
GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015
GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013
HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200
HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt
INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016
INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016
JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002
JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016
MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012
MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016
NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005
OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006
74
OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en
OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016
OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005
PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012
PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)
PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007
RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008
RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991
SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt
SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000
SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)
SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)
SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt
SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372
SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009
SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013
SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015
SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153
75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012
SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013
SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b
SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a
TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015
UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017
UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015
UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016
VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008
VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016
VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245
WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010
WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015
YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003
ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006
76
77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura
A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais
1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo
Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000
Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de
refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo
criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou
avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas
Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees
disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca
Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas
Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt
OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt
Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt
Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt
As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica
Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas
Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo
Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do
idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos
repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos
trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos
natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de
arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas
por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final
dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais
78
O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees
Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo
Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23
Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho
Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar
Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24
Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador
23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia
24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo
79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho
apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)
A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da
infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo
dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram
associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)
separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem
do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual
Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar
o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para
caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas
pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de
trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para
monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos
poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no
setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma
ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis
Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA
paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)
definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados
CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas
meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice
principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis
RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares
meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
OBSERVACcedilOtildeES
apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise
80
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sBA
RBO
SA
FERN
AN
DES
(2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sldquoIn
fraes
trutu
ra e
equ
ipam
ento
s esc
olar
es c
onse
rvaccedil
atildeo
do p
reacutedi
o c
ondi
ccedilotildees
de
func
iona
men
to d
os e
spaccedil
os
labo
rato
riais
e de
apo
io m
obili
aacuterio
e e
quip
amen
tos
miacuten
imos
inst
alaccedil
otildees e
aacutere
as e
xter
nas e
de
recr
eaccedilatilde
o
rede
de
ensin
o (e
scol
a puacute
blic
apa
rtic
ular
)rdquo (p
162
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sis
tem
a de
Ava
liaccedilatilde
o da
Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a (S
aeb)
de
1997
Var
iaacuteve
is d
o qu
estio
naacuterio
da
esco
la re
fere
ntes
aos
equ
ipam
ento
s es
cola
res
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
res p
or m
eio
da teacute
cnic
a es
tatis
ticas
anaacute
lise
fato
rial q
ue re
duzi
u 33
var
iaacuteve
is in
icia
is pa
ra 7
fato
res
expl
ican
do 7
0 d
a va
riacircnc
ia to
tal
dos d
ados
mas
nes
se tr
abal
ho o
s aut
ores
util
izam
4
fato
res
que
expl
icam
58
da
variacirc
ncia
tota
lSO
ARE
S
CEacuteS
AR
M
AM
BRIN
I (2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sA
infra
estr
utur
a fo
i defi
nida
em
piric
amen
te p
elas
va
riaacuteve
is d
ispo
niacuteve
is n
o qu
estio
naacuterio
das
esc
olas
so
bre
exis
tecircnc
ia e
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo d
e ite
ns
de in
fraes
trut
ura
e es
quip
amen
tos
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b 19
97 V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
sob
re o
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as b
aacutesic
as f
unci
onam
ento
e e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
spec
iacutefica
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
s eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
Con
stru
ccedilatildeo
de in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (
TRI)
mod
elo
Sam
ejim
a pa
ra v
ariaacute
veis
ord
inai
s e
o m
odel
o de
do
is p
aracircm
etro
s
MEC
FU
ND
ESC
O
LA (2
002)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Natildeo
eacute u
ma
pesq
uisa
em
piacuteric
a O
doc
umen
to
desc
reve
os
padr
otildees
miacuten
imos
de
func
iona
men
to
da e
scol
a de
ens
ino
fund
amen
tal r
elat
ivam
ente
ao
ambi
ente
fiacutesi
co e
scol
ar e
spaccedil
o ed
ucat
ivo
mob
iliaacuter
io
e eq
uipa
men
to e
scol
ar e
mat
eria
l did
aacutetic
o F
oi
real
izad
o em
dec
orrecirc
ncia
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo (P
NE)
de
2001
Itens
lista
dos n
o PN
E 20
01 (
1) e
spaccedil
o ilu
min
accedilatildeo
in
sola
ccedilatildeo
ven
tilaccedil
atildeo aacute
gua
potaacute
vel r
ede
eleacutet
rica
segu
ranccedil
a e
tem
pera
tura
am
bien
te(2
) ins
tala
ccedilotildees
sani
taacuteria
s e p
ara
higi
ene
(3) e
spaccedil
os p
ara
espo
rte r
ecre
accedilatildeo
bib
liote
ca
e se
rviccedil
o de
mer
enda
esc
olar
(4)
ada
ptaccedil
atildeo p
ara
o at
endi
men
to d
os a
luno
s por
tado
res d
e ne
cess
idad
es
espe
ciai
s (5
) atu
aliza
ccedilatildeo
e am
plia
ccedilatildeo
do a
cerv
o da
s bi
blio
teca
s (6
) mob
iliaacuterio
equ
ipam
ento
s e m
ater
iais
peda
goacutegi
cos
(7) t
elef
one
e se
rviccedil
o de
repr
oduccedil
atildeo d
e te
xtos
(8)
info
rmaacutet
ica
e eq
uipa
men
to m
ultim
iacutedia
Ap
rese
nta
uma
desc
riccedilatildeo
det
alha
da d
e to
dos
os s
ervi
ccedilos
funccedil
otildees
ativ
idad
es e
am
bie
ntes
na
esc
ola
de e
nsin
o fu
ndam
enta
l em
term
os
de s
uas
cara
cter
iacutestic
as e
aacutere
a de
esp
accedilo
fiacutesic
o ne
cess
aacuteria
par
a as
ativ
idad
es p
edag
oacutegic
as o
u ad
min
istr
ativ
as O
s am
bie
ntes
satildeo
cla
ssifi
cado
s p
or t
ipos
(col
etiv
os p
ara
uma
turm
a ou
vaacuter
ias
turm
as d
e ac
esso
agrave in
form
accedilatildeo
adm
inis
trat
ivo
de
pre
par
o de
alim
ento
s d
e lim
pez
a d
e at
ivid
ades
de
higi
ene
pes
soal
VE
RHIN
E (2
006)
Variaacute
veis
e
cons
truccedil
atildeo d
e In
dica
dore
s
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
elos
ite
ns q
ue c
ompotilde
e o
leva
ntam
ento
de
dado
s pa
ra
subs
idia
r o c
usto
-alu
no-q
ualid
ade
em e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca i
sto
eacute a
s de
pend
ecircnci
as e
xist
ente
s no
preacute
dio
esco
lar
as s
uas
cond
iccedilotildee
s de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
004
2005
Pes
quisa
em
95
esco
las
urba
nas
e ru
rais
de
44 m
unic
iacutepio
s no
s es
tado
s PI
CE
PA
G
O M
G P
R R
S S
P re
des
fede
ral e
stad
ual e
mun
icip
al
que
ofer
tam
cre
che
ens
ino
fund
amen
tal 1
e 2
ens
ino
meacuted
io E
JA e
edu
caccedilatilde
o es
peci
al I
tens
obs
erva
dos
depe
ndecircn
cias
que
ate
ndem
dire
ta e
prio
ritar
iam
ente
os
alu
nos
(natildeo
incl
ui s
alas
de
aula
cuj
a pr
esen
ccedila fo
i co
nsid
erad
a oacuteb
via
em u
ma
unid
ade
esco
lar)
sal
a de
le
itura
bib
liote
ca s
ala
de T
V e
viacutede
o s
ala
de in
form
aacutetic
a
labo
ratoacute
rio c
iecircnc
ias
audi
toacuterio
aacutere
a liv
rer
ecre
io p
arqu
e in
fant
il pi
scin
a c
opa
cozi
nha
refe
itoacuterio
can
tina
be
rccedilaacuter
io d
orm
itoacuterio
ban
heiro
alu
nos
As
depe
ndecircn
cias
esc
olar
es fo
ram
ver
ifica
das
quan
tifica
das
anal
isad
as q
uant
o agrave
cond
iccedilatildeo
de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o s
egun
do u
ma
esca
la
de 3
pon
tos
send
o 1
ruim
2 r
egul
ar e
3 b
om
Fora
m c
riado
s do
is in
dica
dore
s Iacuten
dice
de
Con
diccedilatilde
o de
Uso
das
Preacute
dio
(Indp
red)
e Iacuten
dice
de
Con
serv
accedilatildeo
do
Preacuted
io (I
ndpr
ed)
calc
ulad
os p
elo
som
a do
s va
lore
s as
soci
ados
a c
ada
depe
ndecircn
cia
e di
vidi
ndo-
se e
sse
nuacutem
ero
pelo
nuacutem
ero
tota
l de
dep
endecirc
ncia
s da
esc
ola
O v
alor
meacuted
io fo
i co
loca
do e
m u
ma
esca
la d
e tr
ecircs n
iacutevei
s 3
pon
tos
bom
2 a
29
- re
gula
r e
lt 2
rui
m
BIO
ND
I FE
LIacuteC
IO (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Pr
esen
ccedila d
e ite
ns d
ecla
rado
s no
Cen
so E
scol
ar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so e
scol
ar d
e 19
99 e
200
3
Itens
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a a
cess
o agrave
Inte
rnet
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
po
r tur
ma
na 4
ordf seacuter
ie d
o en
sino
fund
amen
tal n
uacutemer
o de
mat
riacutecul
as n
o en
sino
fund
amen
tal m
eacutedia
de
hora
s-au
la d
iaacuteria
s na
4ordf s
eacuterie
do
EF u
so d
o co
mpu
tado
r com
o re
curs
o pe
dagoacute
gico
Util
izou
as
variaacute
veis
sepa
rada
men
te p
ara
rela
cion
aacute-la
s a
resu
ltado
s es
cola
res
Cont
inua
81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
ERQ
UEI
RA
SAW
ER (2
007)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoRec
urso
s esc
olar
es e
nten
dido
s com
o in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s exi
sten
tes
[] i
i) in
fra-e
stru
tura
ex
isten
te n
a es
cola
em
que
se p
rete
nde
tradu
zir o
po
tenc
ial d
e ca
da e
stab
elec
imen
to e
scol
ar e
m te
rmos
do
s rec
urso
s e in
stal
accedilotildee
s disp
oniacutev
eis [
]rdquo (
P 54
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
000
Iten
s Bi
blio
teca
Sal
a de
pro
fess
ores
Vid
eote
ca L
abor
atoacuter
io d
e In
form
aacutetic
a L
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as S
ala
de T
VViacute
deo
Co
zinh
a Q
uadr
a de
esp
orte
s Re
feitoacute
rio IN
EP E
sgot
o in
exist
ente
Viacuted
eo T
V A
nten
a pa
raboacute
lica
Red
e lo
cal
Inte
rnet
Im
pres
sora
e C
ompu
tado
r
Gra
de o
f Mem
bers
hip
ndash G
oM M
eacutetod
o m
ultiv
aria
do
que
iden
tifica
gru
pos
late
ntes
por
sim
ilarid
ade
entr
e os
iten
s e
diss
imila
ridad
e en
tre
grup
os fo
rmad
os
Apr
esen
ta a
iden
tifica
ccedilatildeo
dos
grup
os e
a d
escr
iccedilatildeo
de
dua
s di
fere
nccedilas
FRA
NCO
et
al
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
Exis
tecircnc
ia e
con
serv
accedilatildeo
de
equi
pam
ento
s de
ntro
da
esc
ola
cha
mad
os d
e ldquoR
ecur
sos
esco
lare
srdquo e
ldquoBib
liote
ca e
m s
ala
de a
ulardquo
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
que
stio
naacuterio
da
esco
la e
do
dire
tor d
o Sa
eb 2
001
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Indi
cado
r de
Ex
istecirc
ncia
e c
onse
rvaccedil
atildeo d
e eq
uipa
men
tos
da
esco
la N
atildeo h
aacute de
talh
amen
to s
obre
qua
is s
atildeo a
s va
riaacuteve
is d
e eq
uipa
men
tos
esco
lare
sPO
NTI
LI
KASS
OU
F (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
In
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a pe
la p
rese
nccedila
de b
iblio
teca
e
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
aD
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
de
2000
Pr
opor
ccedilatildeo
de e
scol
as c
om b
iblio
teca
s e
labo
ratoacute
rios
de in
form
aacutetic
a a
leacutem
do
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
por
tu
rma
em c
ada
mun
iciacutep
io
Taxa
s ca
lcul
adas
par
a ca
da m
unic
iacutepio
a p
artir
das
oc
orrecirc
ncia
s do
s ite
ns n
as e
scol
as n
eles
loca
lizad
as
SAacuteTY
RO
SOA
RES
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
dam
ente
ldquo[]
ser
viccedilo
s baacute
sico
s co
mo
aacutegua
ele
tric
idad
e e
esgo
tam
ento
san
itaacuterio
dep
endecirc
ncia
s es
cola
res
exis
tecircnc
ia d
e bi
blio
teca
ou
sala
de
leitu
ra
infra
estr
utur
a de
com
unic
accedilatildeo
e in
form
accedilatildeo
[]
Pr
eacutedio
s e
inst
alaccedil
otildees
adeq
uada
s ex
istecirc
ncia
de
bibl
iote
ca e
scol
ar e
spaccedil
os e
spor
tivos
e la
bora
toacuterio
s ac
esso
a li
vros
did
aacutetic
os m
ater
iais
de
leitu
ra e
pe
dagoacute
gico
s re
laccedilatilde
o ad
equa
da e
ntre
o n
uacutemer
o de
al
unos
e o
pro
fess
or n
a sa
la d
e au
la e
mai
or te
mpo
ef
etiv
o de
aul
a [
]rdquo (P
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 1
997
e 20
05
Itens
(1)
Infra
estr
utur
a baacute
sica
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a d
e aacuteg
ua e
esg
oto
e ex
istecirc
ncia
de
sani
taacuterio
na
esco
la (
2) D
epen
decircnc
ias
dire
toria
se
cret
aria
sal
a de
pro
fess
ores
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a c
ozin
ha d
epoacutes
ito
de a
limen
tos
refe
itoacuterio
paacutet
io q
uadr
a p
arqu
e in
fant
il
dorm
itoacuterio
ber
ccedilaacuterio
san
itaacuterio
fora
do
preacuted
io s
anitaacute
rio
dent
ro d
o pr
eacutedio
san
itaacuterio
ade
quad
o agrave
preacute-
esco
la
e sa
nitaacute
rio a
dequ
ado
a al
unos
com
nec
essi
dade
s es
peci
ais
ace
ssib
ilida
de e
(3) E
quip
amen
tos
peda
goacutegi
cos
com
puta
dore
s e
aces
so agrave
inte
rnet
o
uso
para
fins
ped
agoacuteg
icos
dos
equ
ipam
ento
s de
in
form
aacutetic
a e
a ex
istecirc
ncia
de
tele
visatilde
o e
retr
opro
jeto
r
Des
criccedil
atildeo d
os b
loco
s de
iten
s e
cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dore
s p
or m
eio
da a
naacutelis
e fa
toria
l p
ara
os b
loco
s ldquoD
epen
decircnc
ias
exis
tent
esrdquo e
ldquoE
quip
amen
tos
ped
agoacuteg
icos
rdquo
RIA
NI
RIO
S-N
ETO
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
de
itens
dec
lara
dos
no C
enso
Esc
olar
D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
200
0 It
ens
qu
adra
s de
esp
orte
bib
liote
cas
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
de c
iecircnc
ias
Prod
uccedilatildeo
de
um fa
tor d
e in
fraes
trut
ura
[os
auto
res
natildeo
escl
arec
em o
meacutet
odo
de e
stim
accedilatildeo
do
fato
r]
CN
E (2
010)
Variaacute
veis
[d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
O d
ocum
ento
do
CN
E no
rmat
iza
o tr
abal
ho d
e Pi
nto
(200
6) e
Car
reira
e P
into
(200
7) d
a Ca
mpa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave E
duca
ccedilatildeo
com
o re
ferecirc
ncia
pa
ra o
caacutel
culo
do
Cust
o-A
luno
Qua
lidad
e in
icia
l (C
AQ
i) A
Infa
estr
utur
a da
esc
ola
junt
o co
m it
ens
de
pess
oal
alim
enta
ccedilatildeo
adm
inis
traccedil
atildeo e
out
ros
satildeo
os
insu
mos
nec
essaacute
rios
para
gar
antir
o p
adratilde
o m
iacutenim
o de
qua
lidad
e de
ens
ino
na E
duca
ccedilatildeo
Baacutesi
ca
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to li
sta
todo
s os
itens
(esp
accedilos
mob
iliaacuter
io e
quip
amen
tos p
edag
oacutegic
os
adm
inist
rativ
os e
de
apoi
o) q
ue c
ompotilde
em o
CAQ
i por
et
apa
de e
nsin
o V
er n
o An
exo
1 o
deta
lham
ento
de
itens
pa
ra o
s ano
s ini
ciai
s e fi
nais
do e
nsin
o fu
ndam
enta
l
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to n
orm
atiz
a o
CAQ
i o
que
signi
fica
que
todo
s os
sist
emas
de
ensin
o de
vem
gar
antir
os
itens
list
ados
par
a al
canccedil
ar
o pa
dratildeo
miacuten
imo
de q
ualid
ade
do e
nsin
o
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
82
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sA
LMEI
DA
et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rCo
ndiccedil
otildees
gera
is c
ondi
ccedilotildees
ped
agoacuteg
icas
e
cond
iccedilotildee
s de
ace
ssib
ilida
de e
spec
ial
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
200
8
Itens
org
aniz
ados
em
doi
s gr
upos
(1)
Con
diccedilotilde
es
gera
is l
ocal
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
red
e de
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua r
ede
de a
bast
ecim
ento
de
ene
rgia
eleacute
tric
a e
scoa
men
to d
e es
goto
e c
olet
a de
lixo
(2)
Con
diccedilotilde
es p
edag
oacutegic
as s
alas
de
dire
tor e
pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
s de
info
rmaacutet
ica
e de
ciecirc
ncia
s qu
adra
de
espo
rte
bib
liote
ca e
ban
heiro
den
tro
do
preacuted
io d
a es
cola
O iacuten
dice
foi c
onst
ruiacuted
o co
m d
uas
teacutecn
icas
es
tatiacutes
ticas
(a)
Teo
ria d
e re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
e (b
) Anaacute
lise
de V
ariaacute
veis
Lat
ente
s (L
EM)
que
requ
er a
defi
niccedilatilde
o a
prio
ri do
nuacutem
ero
de c
lass
es O
m
odel
o ap
rese
ntou
mel
hor a
just
e fo
i o q
ue c
onto
u co
m tr
ecircs c
lass
es q
ue re
sulto
u em
um
a va
riaacuteve
l ca
tegoacute
rica
cuja
flut
uaccedilatilde
o eacute
base
ada
nos
itens
mai
s di
scrim
inan
tes
da in
fraes
trut
ura
GO
MES
REG
IS
(201
2)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rA
Infra
estr
utur
a e
os R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
dize
m
resp
eito
aos
mat
eria
is fiacute
sico
s e
didaacute
ticos
dis
poniacute
veis
na
s es
cola
s in
clui
ndo
os p
reacutedi
os a
s sa
las
os
equi
pam
ento
s os
livr
os d
idaacutet
icos
den
tre
outr
os
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar e
da
Prov
a Br
asil
2009
das
esc
olas
puacuteb
licas
da
Regi
atildeo M
etro
polit
ana
do R
io d
e Ja
neiro
Var
iaacuteve
is d
o Ce
nso
Esco
lar
Sala
dos
Pr
ofes
sore
s La
bora
toacuterio
de
Info
rmaacutet
ica
Lab
orat
oacuterio
de
Ciecirc
ncia
s Q
uadr
a de
Esp
orte
s Bi
blio
teca
e S
ala
de
Leitu
ra V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a Pr
ova
Bras
il e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
de
algu
ns it
ens
quai
s se
jam
tel
hado
pa
rede
s pi
so e
ntra
das
do p
reacutedi
o p
aacutetio
cor
redo
res
sala
s de
aul
a p
orta
s ja
nela
s ba
nhei
ros
cozi
nha
in
stal
accedilotildee
s hi
draacuteu
licas
e in
stal
accedilotildee
s el
eacutetric
as
Os
iacutendi
ces
de in
fraes
trut
ura
e de
Rec
urso
s pe
dagoacute
gico
s fo
ram
obt
idos
por
mei
o de
Anaacute
lise
fato
rial
meacutet
odo
de a
naacutelis
e de
com
pone
ntes
pr
inci
pais
O p
rimei
ro c
om v
ariaacute
veis
do
Cens
o Es
cola
r e o
seg
undo
com
as
variaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
da
Prov
a Br
asil
MA
RRI
RACC
HU
MI
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
e va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
te
(1) C
ondi
ccedilotildees
miacuten
imas
inf
raes
trut
ura
indi
spen
saacuteve
l em
qua
lque
r esc
ola
e (2
) Con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as
adic
iona
is agrave
s co
ndiccedil
otildees
miacuten
imas
e a
umen
tam
a
capa
cida
de d
a es
cola
de
inte
grar
-se
agrave co
mun
idad
e e
de re
aliz
ar c
om e
fetiv
idad
e o
trab
alho
edu
cativ
o
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o es
cola
r par
a M
inas
G
erai
s (1
) con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as s
anitaacute
rio e
letr
icid
ade
ab
aste
cim
ento
de
aacutegua
esg
oto
sani
taacuterio
e c
ozin
ha)
e (2
) co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as q
uadr
a de
esp
orte
s par
a es
cola
s com
m
ais d
e 30
0 m
atriacutec
ulas
ace
sso
agrave in
tern
et s
ala
dire
tor o
u sa
la d
e pr
ofes
sor
bibl
iote
ca o
u sa
la d
e le
itura
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias o
u de
info
rmaacutet
ica
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
desc
reve
r as
esc
olas
e c
ria d
ois
indi
cado
res
de c
ondi
ccedilotildees
m
iacutenim
as e
con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as (
1) a
esc
ola
poss
ui
toda
s as
con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as v
ersu
s natilde
o po
ssui
ao
men
os u
ma
cond
iccedilatildeo
e (2
) a e
scol
a po
ssui
toda
s as
co
ndiccedil
otildees
baacutesi
cas
vers
us e
scol
as q
ue n
atildeo p
ossu
em
3 ou
mai
s co
ndiccedil
otildees
PASS
AD
OR
C
ALH
AD
O
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
aus
ecircnci
a de
iten
s do
Cen
so E
scol
ar -
moacuted
ulo
esco
la
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o Es
cola
r 200
4 re
fere
nte
agraves
esco
las p
uacuteblic
as d
e Ri
beiratilde
o Pr
eto
(SP)
Var
iaacuteve
is (a
) ser
viccedilo
s baacute
sicos
(ene
rgia
aacutegu
a en
cana
da d
ispon
ibilid
ade
de aacute
gua
potaacute
vel p
ara
os a
luno
s es
goto
e e
xist
ecircnci
a de
ban
heiro
de
ntro
da
esco
la)
(b) b
iblio
teca
(c) q
uadr
a es
port
iva
(d)
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
(e) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as
Esco
las c
lass
ifica
das e
m o
rdem
cre
scen
te d
a pi
or p
ara
a m
elho
r inf
raes
trutu
ra
Cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s de
aco
rdo
com
as
confi
gura
ccedilotildees
(tip
olog
ias)
refe
rent
e agrave
com
bina
ccedilatildeo
de it
ens
de in
fraes
trut
ura
For
am d
efini
das
31
confi
gura
ccedilotildees
par
a en
quad
ram
ento
da
esco
la
form
adas
por
com
bina
ccedilatildeo
dos
dife
rent
es it
ens
SOA
RES
et a
l (2
012)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sIn
sum
os e
scol
ares
que
car
acte
rizam
a o
rgan
izaccedil
atildeo
da e
scol
a e
xist
ecircnci
a e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o de
eq
uipa
men
tos
na e
scol
a in
staccedil
otildees
e co
ndiccedil
otildees
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s da
Pro
va B
rasi
l de
2007
e 2
009
Q
uest
ionaacute
rio d
a es
cola
Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
por m
eio
de M
odel
os
da T
eoria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) m
odel
o Sa
mej
ima
para
var
iaacuteve
is o
rdin
ais
e o
mod
elo
de
dois
par
acircmet
ros
Fora
m e
stim
ados
trecircs
indi
cado
res
cons
erva
ccedilatildeo
equ
ipam
ento
s es
cola
res
e in
stal
accedilotildee
s
83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sM
EC
FND
E
PDE
(201
3)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o pa
ra
diag
noacutest
ico
da
rede
de
ensi
no]
A in
fraes
trut
ura
eacute um
das
dim
ensotilde
es d
o di
agnoacute
stic
o m
unic
ipal
sob
re a
edu
caccedilatilde
o D
imen
satildeo
4 -
Infra
estr
utur
a Fiacute
sica
e R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
Este
di
agnoacute
stic
o eacute
uma
das
etap
a do
Pla
no d
e A
ccedilotildees
A
rtic
ulad
as (P
AR)
do
FND
E
Dia
gnoacutes
tico
sobr
e a
rede
puacuteb
lica
de e
nsin
o re
aliz
ado
por e
quip
e lo
cal s
egun
do o
s se
guin
tes
indi
cado
res
Aacutere
a 1
ndash In
stal
accedilotildee
s fiacutes
icas
da
secr
etar
ia m
unic
ipal
de
educ
accedilatildeo
(2 in
dica
dore
s)
Aacutere
a 2
ndash Co
ndiccedil
otildees
da re
de
fiacutesic
a es
cola
r exi
sten
te (1
2 in
dica
dore
s) Aacute
rea
3 ndash
Uso
de
tecn
olog
ias
(4 in
dica
dore
s) e
Aacutere
a 4
ndash Re
curs
os
peda
goacutegi
cos
para
o d
esen
volv
imen
to d
e pr
aacutetic
as
peda
goacutegi
cas
que
cons
ider
em a
div
ersid
ade
das
dem
anda
s ed
ucac
iona
is (4
indi
cado
res)
Cada
indi
cado
r dev
e se
r ava
liado
com
not
a de
1 a
4
Os
criteacute
rios
de p
ontu
accedilatildeo
satildeo
4 s
e a
desc
riccedilatildeo
ap
onta
par
a um
a si
tuaccedil
atildeo p
ositi
va 3
se
a de
scriccedil
atildeo
apon
ta p
ara
uma
situ
accedilatildeo
que
apr
esen
ta m
ais
aspe
ctos
pos
itivo
s do
que
neg
ativ
os 2
se
a de
scriccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
insu
ficie
nte
co
m m
ais
aspe
ctos
neg
ativ
os d
o qu
e po
sitiv
os e
1
se a
des
criccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
criacutet
ica
SOA
RES
ALV
ES
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquoE
xist
ecircnci
a de
vaacuter
ios
equi
pam
ento
s no
s es
tabe
leci
men
tos
de e
nsin
ordquo (P
151
)Ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar 2
010
loca
l de
func
iona
men
to
aacutegua
ene
rgia
esg
oto
lixo
lab
orat
oacuterio
s bi
blio
teca
sa
nitaacute
rios
com
puta
dore
s pa
ra u
so d
a ad
min
istra
ccedilatildeo
co
mpu
tado
res
para
uso
dos
alu
nos
alim
enta
ccedilatildeo
qu
adra
TV
vid
eoca
sset
e D
VD p
arab
oacutelic
a c
opia
dora
re
trop
roje
tor
e im
pres
sora
Para
con
stru
ccedilatildeo
do in
dica
dor d
e in
fraes
trut
ura
foi
utili
zado
um
mod
elo
de T
eoria
de
Resp
osta
ao
Item
(T
RI) q
ue e
stim
a um
traccedil
o la
tent
e a
part
ir do
s ite
ns
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013a
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] a
s co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is d
as e
scol
asrdquo (
P 80
) ldquo[
]
suas
est
rutu
ras
mat
eria
isrdquo (P
81)
ldquo[]
car
acte
rizaccedil
atildeo
infra
estr
utur
a e
equi
pam
ento
srdquo (P
82)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
24
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la aacute
gua
cons
umid
a pe
los
alun
os a
bast
ecim
ento
de
aacutegua
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a e
sgot
o sa
nitaacute
rio s
ala
de d
ireto
ria s
ala
de p
rofe
ssor
lab
orat
oacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias
sala
de
aten
dim
ento
esp
ecia
l qu
adra
de
espo
rtes
cob
erta
des
cobe
rta
coz
inha
bib
liote
ca
parq
ue in
fant
il b
erccedilaacute
rio s
anitaacute
rio fo
ra o
u de
ntro
do
preacuted
io s
anitaacute
rio p
ara
educ
accedilatildeo
infa
ntil
san
itaacuterio
pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
dep
endecirc
ncia
s pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
tv
dvd
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ompu
tado
res
e in
tern
et
Mod
elo
logiacute
stic
o di
cotocirc
mic
o de
doi
s pa
racircm
etro
s da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
que
redu
z o
conj
unto
dos
iten
s a
um tr
accedilo
late
nte
Est
e tr
accedilo
late
nte
expr
essa
a e
scal
a de
infra
estr
utur
a q
ue fo
i tr
ansf
orm
ada
para
o in
terv
alo
de 0
a 1
00 e
apoacute
s a
sua
inte
rpre
taccedilatilde
o fo
i div
idid
a em
qua
tro
gran
des
niacuteve
is d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar
elem
enta
r baacute
sica
ad
equa
da e
ava
nccedilad
a
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013b
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] c
ondi
ccedilotildees
de
infra
estr
utur
a es
cola
r []
incl
ui
mat
eria
is d
idaacutet
icos
equ
ipam
ento
s e
estr
utur
as
fiacutesic
as a
prop
riada
srdquo (p
377
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
o tr
abal
ho
utili
za a
esc
ala
de in
fraes
trut
ura
desc
rita
em o
utro
tr
abal
ho d
os m
esm
os a
utor
es (S
OA
RES
NET
O e
t al
20
13a)
Teor
ia d
e Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Ver S
oare
s N
eto
et
al (
2013
a) A
nalis
aram
um
a su
b-am
ostr
a de
esc
olas
pe
quen
as a
quel
as c
om a
teacute 1
0 tu
rmas
e 2
00 a
luno
s
PIER
I SA
NTO
S (2
014)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
exis
tecircnc
ia d
e ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar
Infra
estr
utur
a el
emen
tar (
aacutegua
esg
oto
e en
ergi
a) r
ecur
sos
fiacutesic
os (e
squi
pam
ento
s e
espa
ccedilos
para
a p
raacutetic
a de
at
ivid
ades
rela
cion
adas
ao
ambi
ente
edu
caci
onal
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
20
12 I
tens
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
aacutegu
a aacute
gua
filtr
ada
esg
oto
preacute
dio
esco
lar
cole
ta d
e lix
o e
nerg
ia
eleacutet
rica
qua
dra
bib
liote
ca o
u sa
la d
e le
itura
san
itaacuterio
sa
nitaacute
rio P
NE
dep
endecirc
ncia
PN
E s
ala
de a
tend
imen
to
espe
cial
TV
DVD
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ozin
ha
sala
da
dire
toria
sal
a do
s pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio d
e ci
ecircnci
as c
ompu
tado
res
O iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a fo
i est
imad
o po
r mei
o da
an
aacutelis
e fa
toria
l
84
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
T C
AC
(201
5)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o]
Dim
ensatilde
o 4
do C
usto
Alu
no Q
ualid
ade
(CA
C)
prev
isto
na
Met
a 20
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo
(PN
E) 2
014
que
defi
ne o
s pa
drotildee
s m
iacutenim
os d
e in
stal
accedilotildee
s e
recu
rsos
edu
caci
onai
s qu
e ab
rigue
m
adeq
uada
men
te a
s at
ivid
ades
pre
vist
as p
ara
a jo
rnad
a es
cola
r e o
fere
ccedilam
con
diccedilotilde
es d
e tr
abal
ho
aos
profi
ssio
nais
que
nel
a at
uam
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
Gru
po d
e Tr
abal
ho (G
T)
foi i
nstit
uiacutedo
pel
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
(MEC
) par
a el
abor
ar e
stud
os s
obre
a e
xecu
ccedilatildeo
das
estr
ateacuteg
ias
que
trat
am d
o C
AQ
e C
AQ
i na
Met
a 20
do
PNE
2014
) O
GT
reco
men
da o
exa
me
das
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
a (s
alas
de
aula
ref
eitoacute
rio c
ozin
ha b
anhe
iros
bibl
iote
ca
sala
de
prof
esso
res
luz
aacutegu
a c
olet
a de
lixo
) do
s eq
uipa
men
tos
disp
oniacutev
eis
(com
puta
dore
s pr
ojet
ores
m
obili
aacuterio
fibr
a oacutep
tica
ant
enas
) e d
os re
curs
os
educ
acio
nais
(liv
ros
didaacute
ticos
bib
liote
ca r
ecur
sos
digi
tais
)
Os p
adrotilde
es m
iacutenim
os d
e in
fraes
trutu
ra d
evem
leva
r em
con
ta a
com
bina
ccedilatildeo
de c
ompo
nent
es d
o CA
Q
cons
ider
ando
o e
spaccedil
o e
os re
curs
os q
ue c
onfe
rem
fu
ncio
nalid
ade
a es
ses e
spaccedil
os E
xem
plos
de
com
bina
ccedilotildees
(a)
aacutere
a di
spon
iacutevel
e c
om a
cess
ibili
dade
pa
ra a
s ativ
idad
es d
e en
sino
cul
tura
e e
spor
tes
(b)
aacuterea
disp
oniacutev
el p
ara
a ge
statildeo
e a
s ativ
idad
es d
e ap
oio
(c
) ace
sso
a liv
ros e
out
ros r
ecur
sos d
idaacutet
icos
(d)
ac
esso
agrave in
tern
et f
requ
ecircnci
a e
velo
cida
de d
e co
nexatilde
o
(e) a
tuaccedil
atildeo c
om o
utro
s ato
res p
ara
a ob
tenccedil
atildeo d
e es
paccedilo
s e m
ater
iais
com
plem
enta
res p
ara
a re
aliz
accedilatildeo
do
Pro
jeto
Ped
agoacuteg
ico
TRIB
UN
AL
DE
CON
TAS
DA
U
NIAtilde
O (2
015)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Exis
tecircnc
ia e
a a
dequ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
de
labo
ratoacute
rio b
iblio
teca
par
que
infa
ntil
qua
dra
de e
spor
te s
ala
de a
ula
ban
heiro
s e
cozi
nha
nas
esco
las
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s de
uso
dire
to d
os a
luno
s (p
2)
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
015
ver
ifica
ccedilatildeo
in lo
co d
e 67
9 es
cola
s puacute
blic
as e
m to
do o
paiacute
s Se
leccedilatilde
o de
esc
olas
em
qua
tro
estaacute
gios
(1o ) s
elec
iona
da a
esc
ola
da re
de
de e
duca
ccedilatildeo
do e
stad
o (o
u do
mun
iciacutep
io) c
om p
ior
nota
na
esca
la d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar (
SOA
RES
NET
O
et a
l 20
13a)
(2o ) s
elec
iona
das
outr
as tr
ecircs e
scol
as d
e ta
man
hos
dive
rsos
da
prim
eira
ist
o eacute
um
a es
cola
m
uito
peq
uena
out
ra p
eque
na u
ma
meacuted
ia e
out
ra
gran
de (
3o ) sel
ecio
nado
s qu
atro
mun
iciacutep
ios
vizi
nhos
ca
da u
m c
om q
uatr
o es
cola
s co
m o
s m
esm
os c
riteacuter
ios
de p
ior n
ota
na e
scal
a de
infra
estr
utur
a e
tam
anho
da
esco
la e
(4o ) a
mos
tra
foi c
ompl
etad
a co
m e
scol
as d
a ca
pita
l e d
e m
unic
iacutepio
s vi
zinh
os a
ela
Ava
liaccedilatilde
o de
nov
e m
acro
s am
bien
tes
Aacutegu
a
Ace
ssib
ilida
de Aacute
rea
Exte
rna
Qua
dra
Parq
uinh
o
Sala
s de
Aul
a B
iblio
teca
Inf
raes
trut
ura
de M
eren
da
Labo
ratoacute
rio d
e In
form
aacutetic
a e
Banh
eiro
s Em
cad
a um
rece
bu u
ma
pont
uaccedilatilde
o em
div
erso
s ite
ns
por e
xem
plo
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is (p
iso
teto
e
pare
de)
situ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
eleacutet
ricas
es
tado
de
cons
erva
ccedilatildeo
e de
hig
iene
lim
peza
ac
essi
bilid
ade
etc
A n
ota
final
foi o
btid
a pe
la s
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s de
cad
a su
bite
m
Para
cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s fo
ram
cria
dos
quat
ro
padr
otildees
de q
ualid
ade
Pre
caacuteria
aci
ma
de 4
5 po
ntos
Ru
im e
ntre
30
e 45
pon
tos
Ace
itaacuteve
l en
tre
15 e
30
pont
os e
Boa
aba
ixo
de 1
5 po
ntos
A
LVES
XAV
IER
(201
6)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
ldquoas
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
sua
s co
ndiccedil
otildees
de
cons
erva
ccedilatildeo
a e
xist
ecircnci
a de
mat
eria
l did
aacutetic
o e
para
didaacute
tico
e a
s co
ndiccedil
otildees
de u
so e
de
func
iona
men
to d
e bi
blio
teca
s la
bora
toacuterio
s sa
las
de a
ula
dep
endecirc
ncia
s ad
min
istr
ativ
as e
out
ras
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
ardquo (p
76)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b de
200
7 2
009
201
1 e
2013
Ite
ns d
os q
uest
ionaacute
rios
da e
scol
a d
o di
reto
r e
do p
rofe
ssor
qua
dras
lab
orat
oacuterio
s au
ditoacute
rio s
ala
de a
rtes
e d
e m
uacutesic
a b
iblio
teca
vol
ume
de u
suaacuter
ios
exis
tecircnc
ia d
e pe
ssoa
l res
pons
aacutevel
uso
s pe
dagoacute
gico
s tip
os d
e us
uaacuterio
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
ace
rvo
co
mpu
tado
res
aces
so agrave
inte
rnet
apa
relh
os d
e au
diov
isua
l im
pres
sora
s e
tele
foni
a c
onse
rvaccedil
atildeo d
e pa
rede
s te
lhad
os s
alas
de
aula
ban
heiro
s ilu
min
accedilatildeo
al
eacutem d
e ex
istecirc
ncia
de
depr
edaccedil
otildees
e ou
tros
asp
ecto
s
Fora
m e
stim
ados
qua
tro
indi
cado
res
por m
eio
da T
RI (m
odel
o de
Sam
ejim
a) i
nsta
ccedilotildees
do
preacuted
io b
iblio
teca
equ
ipam
ento
s pe
dagoacute
gico
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o A
s es
cala
s or
igin
ais
dos
indi
cado
res
em d
esvo
s-pa
dratildeo
for
am
tran
sfor
mad
as p
ara
o in
terv
alo
de 0
a 1
0 P
ara
uso
em a
naacutelis
es d
escr
itiva
s os
indi
cado
res
fora
m
cate
goriz
ados
em
qua
rtis
85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
AVA
LCA
NTI
(2
016)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Defi
ne a
infra
estr
utur
a co
m re
ferecirc
ncia
ao
CAQ
- Cu
sto
Alu
no Q
ualid
ade
da C
ampa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave
Educ
accedilatildeo
(CA
RREI
RA P
INTO
200
7) q
ue v
incu
la
qual
idad
e do
s pr
oces
sos
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
agrave
qual
idad
e do
s in
sum
os u
tiliz
ados
(p 2
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
014
Loc
al d
e fu
ncio
nam
ento
inad
equa
do d
a es
cola
(bar
racatilde
o
casa
de
prof
esso
r ig
reja
gal
patildeo)
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua in
exis
tent
e ou
inad
equa
do (c
acim
ba p
occedilo
rio
coacute
rreg
o) e
sgot
o sa
nitaacute
rio in
exis
tent
e d
estin
accedilatildeo
de
lixo
inad
equa
da a
usecircn
cia
de d
epen
decircnc
ias
baacutesi
cas
(bib
liote
ca l
abor
atoacuter
ios
quad
ra e
spor
tiva
ban
heiro
s co
m a
cess
ibili
dade
) au
secircnc
ia d
e eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
esse
ncia
is (c
opia
dora
viacuted
eo c
asse
te T
V
Dat
asho
w c
ompu
tado
r im
pres
sora
int
erne
t)
Crio
u o
indi
cado
r IPR
FEM
(Iacutend
ice
de P
reca
rieda
de d
a Re
de F
iacutesica
Esc
olar
Mun
icip
al) e
spec
ifica
men
te p
ara
a pe
squi
saS
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s da
s pa
ra
cada
esc
ola
da re
de P
esos
de
acor
do c
om o
impa
cto
de c
ada
item
na
cond
iccedilatildeo
de
prec
arie
dade
do
esta
bele
cim
ento
o c
onhe
cim
ento
da
pesq
uisa
dora
so
bre
a re
de fiacute
sica
esco
lar e
a e
xper
iecircnc
ia c
om o
tr
abal
ho p
edag
oacutegic
o O
resu
ltado
do
indi
cado
r no
niacuteve
l da
rede
esc
olar
foi c
alcu
lada
pel
a m
eacutedia
dos
va
lore
s ob
tidos
por
toda
s as
esc
olas
mun
icip
ais
MAT
OS
RO
DRI
GU
ES
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoEqu
ipam
ento
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o es
cola
rrdquo (p
666
)D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
201
3 e
xist
ecircnci
a de
loc
al p
roacutepr
io d
e fu
ncio
nam
ento
da
esco
la aacute
gua
trat
ada
ene
rgia
eleacute
tric
a s
anea
men
to b
aacutesic
o (c
olet
a de
lixo
de
esgo
to e
pre
senccedil
a de
ban
heiro
na
esco
la)
outr
os e
spaccedil
os e
recu
rsos
esc
olar
es (b
iblio
teca
la
bora
toacuterio
can
tina
com
puta
dore
s e
outr
os
equi
pam
ento
s el
etrocirc
nico
s)
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
r de
infra
estru
tura
por
mei
o de
M
odel
os d
a Te
oria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) A
esca
la
orig
inal
foi c
onve
rtid
a pa
ra v
alor
es d
e ze
ro a
10
OLI
VEIR
A
PERE
IRA
JR
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s P
erce
pccedilatildeo
das
con
diccedilotilde
es d
a sa
la d
e au
la N
iacutevel
de
adeq
uaccedilatilde
o da
sal
a de
aul
a ndash
loca
l ond
e g
eral
men
te
os p
rofe
ssor
es p
assa
m a
mai
or p
arte
do
tem
po d
e tr
abal
ho O
des
envo
lvim
ento
da
ativ
idad
e do
cent
e ne
cess
ita d
e co
ndiccedil
otildees
apro
pria
das
de a
spec
tos
ambi
enta
is e
est
rutu
rais
afe
tand
o ta
nto
alun
os
quan
to p
rofe
ssor
es
Dad
os p
rimaacuter
ios
do su
rvey
Tra
balh
o D
ocen
te n
a Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a no
Bra
sil (
TDEB
B) d
e 20
10 c
om c
erca
de
6 m
il pr
ofiss
iona
is d
a ed
ucaccedil
atildeo e
m e
scol
as p
uacuteblic
as
de s
ete
esta
dos
bras
ileiro
s Va
riaacuteve
is d
e pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
esc
ola
ven
tilaccedil
atildeo e
ilum
inaccedil
atildeo d
a sa
la
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
as p
ared
es d
a s
ala
de a
ula
ruiacuted
o or
igin
ado
na s
ala
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
a sa
la e
spec
iacutefica
de
con
vivecirc
ncia
e re
pous
o c
ondi
ccedilotildees
dos
ban
heiro
s pa
ra fu
ncio
naacuterio
s co
ndiccedil
otildees
dos
equi
pam
ento
s (T
V v
iacutedeo
som
etc
) e
con
diccedilotilde
es d
os re
curs
os
peda
goacutegi
cos
(qua
dro
Xer
oxli
vros
did
aacutetic
os e
tc)
Estim
ou-s
e do
is in
dica
dore
s pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
sal
a de
aul
a e
perc
epccedilatilde
o da
s co
ndiccedil
otildees
da u
nida
de e
scol
ar p
or m
eio
da
teacutecn
ica
esta
tiacutestic
a de
nom
inad
a m
odel
agem
de
equa
ccedilotildees
est
rutu
rais
(MEE
) O
s in
dica
dore
sfor
am
padr
oniz
ados
no
inte
rval
o de
0 a
1 s
endo
o v
alor
m
iacutenim
o (0
) ref
eren
te agrave
pio
r situ
accedilatildeo
pos
siacuteve
l e o
va
lor m
aacutexim
o (1
) agrave
mel
hor
Adi
cion
alm
ente
os
resu
ltado
s do
s in
dica
dore
s fo
ram
cla
ssifi
cado
s em
qu
atro
cat
egor
ias
GO
MES
D
UA
RTE
(201
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
O te
rmo
infra
estr
utur
a es
cola
r []
refe
re-s
e agraves
co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is e
quip
amen
tos
e re
curs
os
fiacutesic
os q
ue p
erm
item
que
as
inst
ituiccedil
otildees
esco
lare
s fu
ncio
nem
sej
a co
mo
espa
ccedilo d
e m
ovim
ento
e
perm
anecircn
cia
de p
esso
as o
u co
mo
loca
l de
apre
ndiz
agem
523
)
Dad
os d
o Ce
nso
Esco
lar 2
013
refe
rent
es agrave
s es
cola
s
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enal
(EF)
Util
izam
26
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la s
obre
a p
rese
nccedila
de it
ens
de re
curs
os e
inst
alaccedil
otildees
baacutesi
cas
equi
pam
ento
s e
inst
alaccedil
otildees
didaacute
ticas
Cria
m p
erfis
(clu
ster
s) p
or m
eio
de u
m m
odel
o de
cla
sses
late
ntes
(LC
A)
que
resu
ltou
em q
uatr
o cl
asse
s de
infra
estr
utur
a es
cola
r su
perio
r m
eacutedio
su
perio
r m
eacutedio
infe
rior e
inf
erio
r A
cla
sse
supe
rior
com
42
das
esc
olas
e 8
12
das
mat
riacutecul
as d
ispotilde
e de
qua
se to
dos
os 2
6 ite
ns (e
xcet
o la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e s
ala
de re
curs
os e
spec
ializ
ados
) e
a cl
asse
in
ferio
r pos
sui a
pena
s aacuteg
ua c
ozin
ha e
um
preacute
dio
excl
usiv
o) 1
1 d
as e
scol
as e
11
d
e m
ariacutec
ulas
O
meacuted
io-s
uper
ior eacute
mui
to p
arec
ido
com
o s
uper
ior
e o
meacuted
io-in
ferio
r co
m o
infe
rior
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
86
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sO
rsquoSU
LLIV
AN
(2
006)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
(dim
ensotilde
es)
A te
se a
nalis
a as
con
diccedilotilde
es d
o pr
eacutedio
esc
olar
de
acor
do
com
a c
lass
ifica
ccedilatildeo
de u
m in
stru
men
to d
enom
inad
o Co
mm
onw
ealth
Ass
essm
ent o
f Phy
sical
Env
ironm
ent
(CAP
E) d
esen
volv
ido
por C
ash
(199
3) p
ara
as c
ondi
ccedilotildees
es
trutu
rais
e co
smeacutet
icas
de
um p
reacutedi
o
Dad
os p
rimaacuter
ios d
e 20
0 es
cola
s de
ensin
o m
eacutedio
EU
A
Aval
iou
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is id
ade
da c
onst
ruccedilatilde
o
sala
s de
aula
tem
poraacute
rias
reno
vaccedilatilde
o a
diccedilatilde
o ou
ap
erfe
iccediloa
men
to d
o ed
ifiacuteci
o ti
po d
e pi
so ja
nela
s ar
-co
ndic
iona
do c
alor
got
eira
s ilu
min
accedilatildeo
das
sala
s de
aula
ca
ract
eriacutest
icas
est
rutu
rais
das s
alas
de
aula
con
diccedilotilde
es
estru
tura
is da
con
stru
ccedilatildeo
inst
alaccedil
otildees a
djac
ente
s ao
preacuted
io b
arul
ho e
xter
no t
omad
as e
leacutetr
icas
das
sala
s de
aula
e c
ober
tura
do
teto
As c
ondi
ccedilotildees
cos
meacutet
icas
do
preacuted
io fo
ram
iden
tifica
das p
or p
intu
ra n
o in
terio
r do
preacuted
io p
intu
ra e
xter
ior
loca
is co
m g
rafit
epi
xo r
emoccedil
atildeo
de g
rafit
epi
xo m
obiacuteli
as d
as sa
las d
e au
la c
lass
ifica
ccedilotildees
co
smeacutet
icas
ger
ais e
freq
uecircnc
ia d
e lim
peza
do
piso
Dad
os d
a pe
squi
sa fo
ram
util
izad
os p
ara
aval
iar a
co
ndiccedil
atildeo p
reacutedi
os e
scol
ares
As r
espo
stas
par
a ca
da
item
no
CAPE
fora
m c
odifi
cada
s com
o um
doi
s trecirc
s qu
atro
cin
co s
eis o
u se
te P
ara
test
ar a
con
fiabi
lidad
e do
inst
rum
ento
foi c
ondu
zido
um
test
e Al
pha
deCr
onba
ch s
endo
que
o v
alor
obt
ido
foi c
onsid
erad
o ldquoa
ceitaacute
velrdquo
(gt 0
7)
GIB
BERD
(200
7)Va
riaacuteve
is e
m
dim
ensotilde
es
[inst
rum
ento
]
Mod
elo
inte
grad
o de
des
empe
nho
do p
reacutedi
o In
tegr
ated
bui
ldin
g pe
rfor
man
ce m
odel
ndash IB
PM)
(1) P
esso
as i
nfra
estr
utur
a d
eve
gara
ntir
que
seus
usu
aacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacute
sica
s at
endi
das
gara
ntir
que
dire
itos
hum
anos
se
jam
resp
eita
do (
2) a
infra
estr
utur
a de
ve g
aran
tir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am v
azam
ento
s se
jam
es
trut
ural
men
te s
oacutelid
as t
enha
m b
aixo
s cu
stos
de
oper
accedilatildeo
m
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
no
uso
dos
esp
accedilos
e d
os re
curs
os (
3) P
rogr
ama
in
fraes
trut
ura
dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
at
ivid
ades
esc
olar
es
O a
rtig
o ap
rese
nta
um in
stru
men
to d
esen
volv
ido
para
av
alia
ccedilatildeo
da in
fraes
trut
ura
de e
scol
as ru
rais
da
Aacutefri
ca
do S
ul q
ue c
onte
mpl
a os
iten
s pe
ssoa
s in
fraes
trut
ura
e pr
ogra
mas
Ap
rese
nta
par
a ca
da u
ma
das
dim
ensotilde
es
obje
tivos
com
os
seus
resp
ectiv
os in
dica
dore
s p
ara
verif
icaccedil
atildeo
GIB
BERD
M
PHU
TLA
NE
(200
7)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
[in
stru
men
to]
Gar
antia
de
que
os e
difiacutec
ios
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
os t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
o e
man
uten
ccedilatildeo
e qu
e se
jam
efic
ient
es ta
nto
no u
so d
os e
spaccedil
os q
uant
o no
uso
de
recu
rsos
(Efic
iecircnc
ia C
usto
s op
erac
iona
is
Ges
tatildeo
Man
uten
ccedilatildeo
Sauacute
de e
Seg
uran
ccedila)
O in
stru
men
to o
SRN
(Sch
ool R
egist
er o
f Nee
ds ndash
Reg
istro
es
cola
r de
nece
ssid
ades
) pa
ra a
valia
r esc
olas
rura
is da
Aacutef
rica
do S
ul s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
seg
uran
ccedila n
uacutemer
o de
sala
s de
aula
e d
e ou
tros e
spaccedil
os e
se h
aacute ne
sses
se
rviccedil
os c
omo
aacutegua
e e
letri
cida
de m
ater
iais
utiliz
ados
na
cons
truccedilatilde
o c
ondi
ccedilotildees
ger
ais d
o pr
eacutedio
ram
pas d
e ac
esso
e
banh
eiro
s par
a al
unos
com
defi
ciecircn
cias
equ
ipam
ento
s co
mo
cade
iras
mes
as e
com
puta
dore
s te
lefo
ne e
nerg
ia
banh
eiro
s m
uro
cor
redo
res e
inst
alaccedil
otildees e
spor
tivas
m
edid
as d
e pr
even
ccedilatildeo
ao c
rime
com
o ba
rras a
nti-r
oubo
(g
rade
de
ferro
em
jane
las)
e a
larm
es M
SEE
(Min
imum
St
anda
rds f
or Ed
ucat
ion
in E
mer
genc
ies ndash
Pad
rotildees
miacuten
imos
pa
ra e
mer
gecircnc
ia n
a ed
ucaccedil
atildeo)
entre
out
ros
O in
trum
ento
reuacuten
e da
dos
quan
titat
ivos
e
qual
itativ
os S
RN (R
egis
tro
Esco
lar d
e N
eces
sida
des)
ndash
quan
titat
ivo
MSE
E (P
adrotilde
es M
iacutenim
os p
ara
Educ
accedilatildeo
em
Em
ergecirc
ncia
s) ndash
qua
litat
ivo
Cont
inua
87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sSE
BAKE
M
PHU
TLA
NE
G
IBBE
RD (2
007)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
seus
us
uaacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacutes
icas
at
endi
das
Dev
e ga
rant
ir ta
mbeacute
m q
ue d
ireito
s hu
man
os s
ejam
resp
eita
dos
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
as t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
om
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
tant
o no
uso
dos
esp
accedilos
qua
nto
no u
so d
e re
curs
os A
infra
estr
utur
a es
cola
r dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
ativ
idad
es n
eces
saacuteria
s
O in
stru
men
to p
ara
aval
iaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a pa
ra a
s es
cola
s ru
rais
Est
udo
pilo
to e
m e
scol
as ru
rais
da Aacute
frica
do
Sul
Um
sis
tem
a de
ava
liaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a da
s es
cola
s po
r mei
o de
um
inst
rum
ento
que
con
side
ra
as d
imen
sotildees
des
crita
s pe
ssoa
s
VALD
EacuteS e
t al
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
das
Defi
ne e
mpi
ricam
ente
infra
estr
utur
a de
aco
rdo
com
a p
rese
nccedila
cum
ulat
iva
de d
eter
min
ados
iten
s da
esc
ola
Dad
os d
a pe
squi
sa S
ERCE
de
2006
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) em
20
paiacutese
s da
Ameacuter
ica
Latin
a in
clui
ndo
o Br
asil
As
variaacute
veis
de in
fraes
trutu
ra s
ala
de d
ireccedilatilde
o sa
las p
ara
apoi
o ad
min
israt
ivas
sal
a de
pro
fess
ores
qua
dra
espo
rtiv
a
labo
ratoacute
rio g
inaacutes
io ja
rdim
esc
olar
sal
a de
info
rmaacutet
ica
au
ditoacute
rio c
ozin
ha r
efei
toacuterio
sal
a de
arte
s en
ferm
aria
se
rviccedil
o ps
icop
edag
oacutegic
o e
bibl
iote
ca P
ara
de a
cess
o a
serv
iccedilos
aacutegu
a e
letri
cida
de e
tele
fone
Para
as
variaacute
veis
nuacutem
ero
de c
ompu
tado
res
e nuacute
mer
o de
bib
liote
cas
a an
aacutelis
e ba
seou
-se
na
proacutep
ria q
uant
ifica
ccedilatildeo
dos
itens
Jaacute
para
o iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a cr
iou-
se u
ma
esca
la c
om in
terv
alo
de
0 a
15 e
par
a o
iacutendi
ce d
e se
rviccedil
os fo
i util
izad
a um
a es
cala
de
0 a
5
WO
LNIA
K
ENG
BERG
(2
010)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Infra
estu
rura
defi
nida
em
piric
amen
te d
e ac
ordo
co
m o
s ite
ns d
e re
curs
os e
scol
ares
D
ados
sec
undaacute
rios
do T
he N
atio
nal L
ongi
tudi
nal S
urve
y of
Fr
eshm
en (N
LSF)
pat
roci
nado
pel
o O
ffice
of P
opul
atio
n Re
sear
ch d
a U
nive
rsid
ade
de P
rince
ton
Ava
liao
nze
itens
so
bre
recu
rsos
esc
olar
es n
o en
sino
meacuted
io e
a q
ualid
ade
dess
es re
curs
os a
sab
er b
iblio
teca
con
selh
eiro
de
orie
ntaccedil
atildeo o
u co
mpu
tado
res
Os
itens
satildeo
ava
liado
s em
um
a es
cala
tipo
Lik
ert
que
vai d
e ru
im a
teacute e
xcel
ente
Os
auto
res
cria
m u
m
indi
cado
r de
infra
estr
utur
a m
as n
atildeo e
scla
rece
m n
o te
xto
o m
eacutetod
o de
est
imaccedil
atildeo u
tiliz
ado
CU
YVER
S et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
turu
ra d
efini
da e
mpi
ricam
ente
de
acor
do c
om a
pe
rcep
ccedilatildeo
de a
luno
s que
resp
onde
ram
a u
m su
rvey
D
ados
prim
aacuterio
s de
surv
ey ju
nto
a es
tuda
ntes
em
14
esco
las s
ecun
daacuteria
s da
Beacutelg
ica
(n=
2032
) qu
e in
vest
igou
a
perc
epccedilatilde
o do
s so
bre
(1) o
preacute
dio
esco
lar t
em u
ma
estru
tura
esp
acia
l livr
e on
de eacute
faacuteci
l se
orie
ntar
(2)
as s
alas
de
aula
abe
rtas
a u
ma
aacuterea
(ver
de)
(3) o
preacute
dio
esco
lar o
fere
ce
recu
rsos
de
TI b
em in
tegr
ados
e a
cess
o a
varia
das f
onte
s de
pesq
uisa
(4)
todo
s os i
ndic
ador
es re
laci
onad
os agrave
segu
ranccedil
a (e
g o
preacute
dio
esco
lar eacute
bem
pro
tegi
do c
ontra
inva
sotildees
) (5
) cr
iteacuterio
s sob
re a
con
diccedilatilde
o do
preacute
dio
esco
lar
(6) c
riteacuter
ios
sobr
e a
amen
idad
e e
conf
orto
fiacutesic
o de
preacute
dio
esco
lar
(tem
pera
tura
acuacute
stic
a ilu
min
accedilatildeo
e v
entil
accedilatildeo
)
O in
dica
dor eacute
con
stru
ido
por e
scal
onam
ento
dos
ite
ns d
o qu
estio
naacuterio
apl
icad
o ao
s al
unos
mas
os
auto
res
natildeo
escl
arec
em n
o te
xto
de q
ue fo
rma
o in
dica
dor f
oi p
rodu
zido
88
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
LIC
KA e
t al
(201
1)U
tiliz
a va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
teD
efine
em
piric
amen
te a
s ldquoca
ract
eriacutes
ticas
prim
aacuteria
s da
esc
olardquo
que
con
teacutem
as
info
rmaccedil
otildees
sobr
e in
fraes
trut
ura
Dad
os p
rimaacuter
ios
de su
rvey
con
duzi
do p
elos
aut
ores
em
20
04 e
m M
adag
asca
r Es
cola
s se
leci
onad
as a
par
tir d
e um
a pe
squi
sa d
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
No
grup
o da
s ldquoCa
ract
eriacutes
ticas
Prim
aacuteria
s Es
cola
resrdquo
as
variaacute
veis
re
laci
onad
as agrave
infra
estu
tura
satildeo
dis
tacircnc
ia d
o ce
ntro
da
com
unid
ade
(km
) e
scol
a se
m s
anitaacute
rio s
anitaacute
rio
sepa
rado
por
sex
o p
erce
ntag
em d
e sa
las
de a
ula
com
qu
adro
neg
ro
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
corr
elac
oinaacute
-las
a re
sulta
dos
esco
lare
s
OC
DE
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
A n
occedilatildeo
de
infra
estr
utur
a es
taacute re
laci
onad
a agraves
co
ndiccedil
otildees
esco
lare
s e
de e
nsin
o
Dad
os d
o Pr
ogra
ma
de A
valia
ccedilatildeo
de E
stud
ante
s de
15
anos
(Pisa
) or
gani
zado
pel
a O
CDE
com
a p
artic
ipaccedil
atildeo d
e vaacute
rios
paiacutese
s in
clus
ive
o Br
asil
Que
stio
naacuterio
resp
ondi
do
pelo
dire
tor
Itens
sob
re in
fraes
trut
ura
- esc
asse
z ou
in
adeq
uaccedilatilde
o de
(1)
est
rutu
ra fiacute
sica
da e
scol
a (2
) sis
tem
as e
leacutetr
icos
e d
e aq
ueci
men
to e
ou
resf
riam
ento
e
(3) e
spaccedil
o na
s sa
las
de a
ula
Iten
s de
recu
rsos
esc
olar
es
- esc
asse
z ou
inad
equa
ccedilatildeo
de (
(1) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
a
(2) m
ater
iais
didaacute
ticos
(3)
com
puta
dore
s (4
) int
erne
t e
(5) s
oftw
ares
edu
caci
onai
s
Fora
m c
onst
ruiacuted
os d
ois
iacutendi
ces
- iacutend
ice
de
infra
estr
utur
a e
iacutendi
ce d
e re
curs
os e
scol
ares
O
s iacuten
dice
s tecirc
m e
scal
a em
des
vios
-pad
ratildeo
Va
lore
s po
sitiv
os in
dica
m m
elho
res
cond
iccedilotildee
s de
in
fraes
trut
ura
e re
curs
os e
scol
ares
CU
ESTA
G
LEW
WE
BR
OO
KE (2
014)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Defi
ne in
fraes
tutu
ra p
ela
a pr
esen
ccedila d
e de
term
inad
os it
ens
cara
cter
iacutestic
as d
a sa
la d
e au
la
com
o lu
z na
tura
l te
mpe
ratu
ra a
cuacutest
ica
pre
senccedil
a na
esc
ola
de e
letr
icid
ade
aacutegu
a po
taacuteve
l e a
con
diccedilatilde
o do
edi
fiacutecio
exi
stecircn
cia
de u
ma
bibl
iote
ca l
abor
atoacuter
io
de in
form
aacutetic
a ou
labo
ratoacute
rios
de c
iecircnc
ias
livro
s di
daacutetic
os
mat
eria
is p
edag
oacutegic
os e
tecn
olog
ias
de
info
rmaccedil
atildeo e
com
unic
accedilatildeo
(TIC
)
Revi
satildeo
de e
stud
os s
obre
o im
pact
o da
infra
estr
utur
a no
apr
endi
zado
dos
alu
nos
de p
aiacutese
s la
tino-
amer
ican
os d
e 19
90 a
201
2 V
ariaacute
veis
ana
lisad
as
cond
iccedilatildeo
das
par
edes
pis
os e
telh
ado
mat
eria
is d
e in
stru
ccedilatildeo
na s
ala
de a
ula
(com
o fli
p ch
arts
qua
dro
bran
co e
m c
aval
ete)
e q
uadr
os n
egro
s m
as e
xclu
indo
liv
ros
didaacute
ticos
) di
spon
ibili
dade
de
elet
ricid
ade
aacutegu
a e
sani
taacuterio
s e
a di
spon
ibili
dade
de
labo
ratoacute
rios
(ciecirc
ncia
s e
info
rmaacutet
ica)
bib
liote
cas
mes
as e
qua
dros
O e
stud
o fa
z um
bal
anccedilo
de
outr
os e
stud
os
Apr
esen
ta e
stat
iacutestic
as d
escr
itiva
s po
r paiacute
ses
(pro
porccedil
atildeo) d
os it
ens
de in
fraes
trut
ura
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sIN
EE (2
016)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Aval
iaccedilatilde
o da
s Co
ndiccedil
otildees
Baacutesic
as p
ara
o En
sino
e a
Apr
endi
zage
m (E
valu
acioacute
n de
Con
dici
ones
Baacutes
icas
pa
ra la
Ens
entildean
za y
el A
pren
diza
je ndash
ECE
A) r
ealiz
ada
pelo
Inst
ituto
Nac
iona
l par
a la
Eva
luac
ioacuten
de la
Ed
ucac
ioacuten
(INEE
) do
Meacutex
ico
Defi
ne in
fraes
trut
ura
com
o o
conj
unto
de
inst
alaccedil
otildees
e se
rviccedil
os q
ue
perm
item
a re
aliz
accedilatildeo
do
trab
alho
esc
olar
em
co
ndiccedil
otildees
de d
igni
dade
seg
uran
ccedila e
bem
-est
ar
Os
mob
iliaacuter
ios
e eq
uipa
men
tos
bem
com
o m
ater
iais
de
apo
ios
satildeo
nece
ssaacuter
ios
para
a re
aliz
accedilatildeo
das
at
ivid
ades
cur
ricul
ares
e a
dmin
istra
tivas
Dad
os d
o es
tudo
pilo
to d
e 20
14 c
om a
mos
tra d
e es
cola
s pr
imaacuter
ias
Dim
ensotilde
es e
iten
s (1
) In
fraes
truct
ura
para
o
bem
est
ar e
apr
endi
zage
m d
os e
stud
ante
s (ac
esso
a
serv
iccedilos
baacutes
icos
esp
accedilos
esc
olar
es su
ficie
ntes
e a
cess
iacutevei
s co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as d
e se
gura
nccedila
e hi
gien
te)
(2) m
obili
aacuterio
e
equi
pam
ento
s baacutes
icos
par
a o
ensin
o e
apre
ndiz
ado
(mob
iliaacuter
io su
ficie
nte
e ad
equa
do e
qupa
men
tos d
e ap
oio)
e (3
) mat
eria
is de
apo
io e
duca
tivo
(mat
eria
is cu
rriacutecu
lare
s m
ater
iais
didaacute
ticos
ace
rvo
da b
iblio
teca
) O
s ind
icad
ores
incl
uem
ace
sso
a se
rviccedil
os p
uacuteblic
os (aacute
gua
en
ergi
a e
sgot
o) a
mbi
ente
fiacutesic
o ad
equa
do (v
entil
accedilatildeo
te
mpe
ratu
ra il
umin
accedilatildeo
ruiacute
dos)
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
ac
adecircm
icas
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
esp
ortiv
as c
ultu
rais
e de
recr
eccedilatildeo
exi
stecircn
cia
de b
anhe
iros e
ban
heiro
s par
a pe
ssoa
s com
defi
ciecircn
cia
ace
ssib
ilida
de c
onse
rvaccedil
atildeo
trata
men
to ig
ualit
aacuterio
par
a al
unos
seg
undo
gecircn
ero
liacuten
gua
orig
em so
cial
eacutetn
ica
etc
Apr
esen
ta re
sulta
dos
do e
stud
o pi
loto
mar
co
basi
co p
ara
orie
ntar
a im
plan
taccedilatilde
o e
func
iona
men
to
das
esco
las
e or
ient
ar a
ava
liaccedilatilde
o da
s es
cola
s de
edu
caccedilatilde
o baacute
sica
O in
stru
men
to re
spon
dido
pe
la e
quip
e da
esc
ola
que
dev
e re
fletir
sob
re
as c
ondi
ccedilotildees
meacuted
ias
da e
scol
a pa
ra c
ada
item
A
leacutem
dis
so c
olet
a op
iniotilde
es s
obre
o q
uant
o a
infra
estr
utur
a af
eta
o en
sino
e a
pren
diza
do e
accedilotilde
es
nece
ssaacuter
ias
para
mel
horia
Est
udo
Um
info
rme
com
os
resu
ltado
s do
est
udo
pilo
to re
aliz
ado
em
esco
las
prim
aacuteria
s ap
rese
nta
anaacutel
ises
des
criti
vas
dos
itens
que
com
potildee
cada
um
a de
ssas
dim
ensotilde
es
Apr
esen
ta re
cort
es s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
das
esc
olas
(u
rban
a ru
ral
aacuterea
indiacute
gena
) e ti
po d
e or
gani
zaccedilatilde
o (m
ultis
eria
do o
u natilde
o) e
eta
pas
UN
ESCO
(201
6)D
imen
sotildees
e
indi
cado
res
(doc
umen
to
norm
ativ
o)
A m
eta
4a
do o
bjet
ivo
4 da
Age
nda
2030
par
a D
esen
volv
imen
to S
uste
ntaacutev
el d
efine
com
o
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as a
prop
riada
s pa
ra c
rianccedil
as
e se
nsiacutev
eis
agraves d
efici
ecircnci
as e
ao
gecircne
ro e
que
pr
opor
cion
em a
mbi
ente
s de
apr
endi
zage
m s
egur
os
e natilde
o vi
olen
tos
incl
usiv
os e
efic
azes
par
a to
dos
Indi
cado
res p
ara
mon
itora
men
to (A
) Por
cent
agem
de
esco
las c
om a
cess
o a
(i) aacute
gua
potaacute
vel b
aacutesic
a (i
i) in
stal
accedilotildee
s sa
nitaacute
rias d
e se
xo uacute
nico
baacutes
icas
e (i
ii) in
stal
accedilotildee
s de
lava
gem
das
matildeo
s baacutes
icas
(B)
Pro
porccedil
atildeo d
e es
cola
s com
ac
esso
a (i
) ele
trici
dade
(ii)
inte
rnet
par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
e
(iii)
com
puta
dore
s par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
(C) P
orce
ntag
em
de e
scol
as c
om in
fra-e
stru
tura
e m
ater
iais
adap
tado
s par
a es
tuda
ntes
com
defi
ciecircn
cia
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o D
ocum
ento
nor
mat
ivo
ap
rese
nta
um m
arco
bas
ico
para
orie
ntar
a
impl
anta
ccedilatildeo
e fu
ncio
nam
ento
das
esc
olas
e o
rient
ar
a av
alia
ccedilatildeo
das
esco
las
de e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca
DU
ART
E
JAU
REG
UIB
ER
RY R
AC
IMO
(2
017)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
D
efine
a su
ficiecirc
ncia
da
infra
estru
tura
par
a pa
iacuteses
latin
o-am
eric
anos
que
par
ticip
aram
do
Terc
e - T
erce
iro
Estu
do e
xplic
ativ
o e
com
para
tivo
de d
esem
penh
o es
cola
r se
gund
o o
s com
pone
ntes
baacutes
icos
do
ambi
ente
fiacutesic
o pa
ra fo
rnec
er o
s rec
urso
s nec
essaacute
rios
para
o p
roce
sso
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
Dad
os d
o TE
RCE
2013
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) Pa
ra m
ensu
rar a
su
ficiecirc
ncia
os i
tens
do
ques
tionaacute
rio re
spon
dido
pel
o di
reto
r or
gani
zado
s em
seis
cate
goria
s (1
) aacutegu
a e
sane
amen
to
baacutesic
o (aacute
gua
potaacute
vel e
sgot
o b
anhe
iros e
m b
oas
cond
iccedilotildee
s e c
olet
a de
lixo)
(2)
ace
sso
aos s
ervi
ccedilos p
uacuteblic
os
(ele
trici
dade
tel
efon
ia e
inte
rnet
) (3
) esp
accedilos
edu
caci
onai
s (s
ala
de a
rtem
uacutesic
a la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e in
form
aacutetic
a e
bibl
iote
ca)
(4) e
spaccedil
os a
dmin
istra
tivos
(sal
a do
dire
tor
sala
s adm
inist
rativ
as s
ala
de re
uniatilde
o do
s pro
fess
ores
e
enfe
rmar
ia)
(5) e
spaccedil
os m
ultiu
sos (
ginaacute
sio a
uditoacute
rio e
qu
adra
s de
espo
rtes)
e (6
) equ
ipam
ento
s da
sala
de
aula
(q
uadr
o br
anco
ou
de g
iz m
esa
e ca
deira
par
a o
prof
esso
r m
esas
e c
adei
ras p
ara
todo
s os a
luno
s)
A m
ensu
raccedilatilde
o da
sufi
ciecircn
cia
da in
fraes
trut
ura
feita
pe
la p
rese
nccedila
dos
itens
nas
cat
egor
ias
Para
atin
gir
o cr
iteacuterio
de
sufic
iecircnc
ia a
esc
ola
deve
ter
todo
s os
iten
s da
1a
cate
goria
el
etric
idad
e e
tele
foni
a na
2a
pel
o m
enos
a b
iblio
teca
den
tre
os it
ens
da
3a p
elo
men
os d
ois
dent
re o
s qu
atro
iten
s da
4a
pe
lo m
enos
um
den
tre
os tr
ecircs it
ens
da 5
a e
todo
s os
iten
s da
6a
Anaacute
lise
desc
ritiv
a p
erce
ntua
l de
esco
las
com
gra
u su
ficie
nte
nas
seis
cat
egor
ias
em
cinc
o q
uatr
o tr
ecircs d
ois
uma
ou n
enhu
ma
cate
goria
se
gund
o pa
iacuteses
e o
utra
s va
riaacuteve
is d
iscr
imin
ante
s
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
90
Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar
Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar
Nac
iona
l
Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)
SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)
MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017
Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3
inte
rnac
iona
l
Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia
91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)
Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios
Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo
Indi
cado
r(es)
BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)
OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)
MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)
Variaacute
veis
VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
92
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Continua
94
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
noPrevenccedilatildeo de danos
Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Conservaccedilatildeo
Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Ambiente Prazeroso
Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra o
ens
ino
e ap
rend
izad
o
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio administrativo
Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra a
eq
uida
de
Acessibilidade
Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)
Ambiente para atendimento especializado
Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)
95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas
Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes
de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as
meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola
De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do
tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados
em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores
com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo
equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo
mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos
instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo
As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo
de unidimensionalidade dos construtos
As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o
indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas
poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria
em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo
dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras
Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso
sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero
de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos
boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois
como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala
seraacute limitado
Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral
pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra
indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas
para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro
resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas
meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que
nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee
96
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Indi
cado
r ndash A
cess
o a
serv
iccedilos AacuteGUA
Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658
ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939
ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416
LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E S GOT O0 1 2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 AacuteGUA
0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E NE R GIA0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 LIXO0 1
97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Instalaccedilotildees do preacutedio escolar
Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa
Indi
cado
r ndash In
stal
accedilotildee
s do
preacute
dio
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879
IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908
IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349
IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522
IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846
IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663
IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588
IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645
_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores
Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
BAN
HEI
RO_
FORA
DEN
TRO
IN_C
OZI
NH
A
IN_R
EFEI
TORI
O
IN_D
ESPE
NSA
IN_S
ALA
_DIR
ETO
RIA
IN_S
ALA
_PRO
FESS
OR
IN_S
ECRE
TARI
A
IN_A
LMO
XARI
FAD
O
IN_A
GU
A_F
ILTR
AD
A
BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039
IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013
IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008
IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018
IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030
IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026
IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022
IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026
IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
98
Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO
0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COZINHA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DESPENSA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1
99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash P
reve
nccedilatildeo
de
dano
s
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Prot_incendio
Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290
Ilum_foraEscolUNI
Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453
Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782
Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015
Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Prot_incendio0
1
2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI
0
1 2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_fisica
0
1
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_equip
0
1
100
Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar
Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
telhado
Ruim 132 129 124
Regular 301 311 308
Bom 567 561 569
parede
Ruim 76 72 76
Regular 316 322 325
Bom 608 606 598
piso
Ruim 126 111 116
Regular 294 297 303
Bom 580 592 581
entrada
Ruim 101 90 97
Regular 291 287 296
Bom 607 623 607
paacutetio
Ruim 154 139 139
Regular 293 298 292
Bom 553 563 569
corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628
sala
Ruim 85 84 84
Regular 350 356 353
Bom 565 561 563
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475
janelas
Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526
banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431
cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567
insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462
insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449
Sinaldepr
Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332
Natildeo 570 553 581
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
telh
ado
pare
de
piso
entr
ada
paacutetio
corr
edor
sala
port
as
jane
las
banh
eiro
s
cozi
nha
inst
hidr
a
inst
elet
rica
Sina
ldep
rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039
parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045
piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038
entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040
paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035
corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038
sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049
portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053
janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047
banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048
cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034
insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046
insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045
Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Indi
cado
r ndash C
onse
rvaccedil
atildeo
101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 telhado
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 parede0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 piso0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 entrada0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 paacutetio0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 corredor0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 sala0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 portas0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 janelas
0
12
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 banheiros0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 cozinha
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 insthidra0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 insteletrica0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 Sinaldepr
01
2
Prob
abili
dade
Prob
abili
dade
102
Conforto
Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash C
onfo
rto
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630
ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600
BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Iluminada Arejada BiblioArejIlum
Iluminada 100 077 047
Arejada 077 100 052
BiblioArejIlum 047 052 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Iluminada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Arejada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BiblioArejIlum
01
103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ambiente prazeroso
Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
mbi
ente
Pra
zero
so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215
N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407
IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272
IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048
IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046
IN_AREA_VERDE 050 032 100 031
IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 PATIO_COB_DES0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AREA_VERDE0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0
1
104
Espaccedilos pedagoacutegicos
Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
spaccedil
os P
edag
oacutegic
os
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468
NU_COMP_ALUNO_CAT
Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108
QUADRA_COBDESCOB
Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54
IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115
IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_LABORATORIO_INFORMATICA
NU_COMP_ALUNO_CAT
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
QUADRA_COBDESCOB
IN_LABORATORIO_CIENCIAS
IN_AUDITORIO
IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Equipamentos para apoio administrativo
Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
quip
amen
tos
para
apo
io a
dmin
istr
ativ
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT
Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64
NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT
Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136
NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()
Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117
NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT
Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91
IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013
106
Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU
_EQ
UIP
_CO
PIA
DO
RA_C
AT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_CAT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_MU
LT_
CAT
NU
_CO
MP_
AD
MIN
ISTR
ATIV
O_C
AT
IN_I
NTE
RNET
_B_L
ARG
A
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0
1 2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0
1 23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0
1
2
107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa
indi
cado
r ldquoEq
uipa
men
tos
para
apo
io p
edag
oacutegic
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_TV_CAT
Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249
NU_EQUIP_DVD_CAT
Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144
NU_EQUIP_SOM_CAT
Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168
NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT
Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138
NU_EQUIP_FOTO_CAT
Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU_EQUIP_TV_
CATNU_EQUIP_DVD_
CATNU_EQUIP_SOM_
CATNU_EQUIP_
MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_
CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
108
Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Acessibilidade
Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
cess
ibili
dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399
IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298
infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0
1
2
3
109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015
IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb
Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Ambiente para atendimento especializado
Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
tend
imen
to
Educ
acio
nal E
spec
ializ
ado
(AEE
) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83
IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 infra_deficiencia
0
1
2
110
Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_BRAILLE_CAT
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT
IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1
111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio
Prevenccedilatildeo de danos ()
Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41
AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13
AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12
RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23
PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18
AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28
TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41
MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19
PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32
CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39
RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31
PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23
PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25
AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36
SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44
BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26
MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42
ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40
RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58
SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48
PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60
SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48
RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55
MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59
MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38
GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47
DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57
continua
112
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)
Espaccedilos pedagoacutegicos
Equip p apoio admin
Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20
13
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57
AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34
AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35
RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40
PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40
AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48
TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56
MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42
PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50
CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60
RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55
PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52
PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51
AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53
SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56
BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49
MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61
ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59
RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67
SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68
PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67
SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65
RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65
MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67
MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59
GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63
DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb
113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo
originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das
informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)
Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas
pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos
de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam
teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais
matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais
complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e
a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015
Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem
e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e
escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel
mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees
educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para
dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE
de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis
Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de
aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura
(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa
a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)
Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os
indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil
Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e
2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da
variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos
Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)
Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas
35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas
para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino
Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes
na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola
25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt
114
Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a
presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na
composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os
Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem
matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente
consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre
7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)
Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo
Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos
Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do
ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino
fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183
LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14
Regiatildeo
Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72
Unidades da Federaccedilatildeo
Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13
continua
115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal Privada
Etapas
Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221
Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517
Nordm de alunos
Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217
Niacuteveis de Complexidade da escola ()
1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07
Grupos do INSE 2015 ()
Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212
Faixas do Ideb - anos iniciais ()
Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00
Faixas do Ideb - anos finais ()
Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00
Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015
116
117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral
Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)
Cozinha
Aacutegua_filtrada
Aacutegua_rio
Banheiro_fora
Energia_outro
Esgoto_fossa
Energia_rede
Banheiro_dentro
Aacutegua_poccedilo
TV_1
DVD_1
Sinal_depred_pouco
Janelas_ruim
IluminaFora_ruim
Impressora_1
Seguranccedila_equipamento
SOM_1
Aacutegua_rede
Sala_diretoria
Lixo_coleta
Parede_regular
Comput_Adm_1
Telhado_regular
Paacutetio_Cob_ou_Descob
Salas_regular
Comp_aluno_1a5
Entrada_regular
Piso_regular
Cozinha_regular
Ilumina_salas_MaisMetade
Secretaria
Internet_semBandaLarga
Corredor_regular
Seguranccedila_fiacutesica
Portas_regular
Sala_professor
Janelas_regular
MaqFoto_1
000010
150151
182197
223286
346374
390393
412418
426430
435445
450451
451454
461467
473473
475481
485485
488488
491494
496497
500500
Paacutetio_regular
Lab_informaacutetica
Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq
SalaLeitura
IluminaFora_regular
InstalHidra_regular
Areja_salas_MaisMetade
InstalEletric_regular
EquipMultimiacutedia_1
Copiadora_1
Banheiros_regular
Despensa
Internet_comBandaLarga
Comput_Adm_2a3
Comp_aluno_6a10
Impressora_2
TV_2
Ilumina_salas_Todas
Biblio_Areja_Ilumina
Esgoto_rede
Corredor_bom
Prot_incend_ruim
SOM_2
Parede_bom
Entrada_bom
Quadra_descoberta
Biblioteca
Piso_bom
Sinal_depred_natildeo
Areja_salas_Todas
Telhado_bom
Cozinha_bom
Paacutetio_bom
Salas_bom
Janelas_bom
Almoxarifado
DVD_2
Prot_incend_regular
501512
512513
515515
515516
519522
524533
533536
546550
552564
564568
570571
571573
573573
576579
579579
580583
586586
593596
596599
Comp_aluno_11a15
Portas_bom
InstalHidra_bom
Banheiro_chuveiro
Banheiro_PNE
Impressora_3
IluminaFora_bom
InstalEletric_bom
ImpressoraMulti_1
Banheiros_bom
Comput_Adm_4a7
Refeitoacuterio
Quadra_coberta
TV_3mais
SOM_3
Comp_aluno_16a20
EquipMultimiacutedia_2
Dependecircncias_PNE
Prot_incend_bom
Impressora_4mais
MaqFoto_2
Aacuterea_verde
Parque_infantil
Copiadora_2
SOM_4mais
DVD_3mais
Lab_ciecircncias
Paacutetio_Cob_e_Descob
Comput_Adm_mais7
EquipMultimiacutedia_3mais
Infra_deficiecircncia_Adeq
Comp_aluno_mais20
ImpressoraMulti_2
Auditoacuterio
SalaLeitura_e_Biblio
Quadra_coberta_e_descob
MaqFoto_3mais
Copiadora_3mais
604607
610611
611613
614614
614617
617622
629632
635644
644644
656662
674675
677681
684688
693697
703709
711720
727737
739760
769785
Informaacutetica_acessiacutevel
ImpressoraMulti_3mais
Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument
Soroban
Braille
815820
865917
1000
118
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
120
121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Anexo 1
Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE
CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a
construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20
3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
7 Refeitoacuterio 1 50
8 CopaCozinha 1 15
9 Quadra coberta 1 200
10 Parque infantil 1 20
11 Banheiros 4 20
12 Sala de depoacutesito 3 15
13 Sala de TVDVD 1 30
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1150
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1
Fonte CNE (2010)
122
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item
1 Sala de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20
3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45
6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
8 Refeitoacuterio 1 80
9 Copacozinha 1 20
10 Quadra coberta 1 500
11 Banheiros 6 20
12 Sala de depoacutesito 2 30
13 Sala de TVDVD 1 50
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1650
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo Quantidade
1 Esportes e brincadeiras
11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30
2 Cozinha
21 Freezer de 305 litros 2
22 Geladeira de 270 litros 2
23 Fogatildeo industrial 2
24 Liquidificador industrial 2
25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2
3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos
31 Enciclopeacutedias 2
32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4
33 Outros dicionaacuterios 30
34 Literatura infantojuvenil 3000
35 Literatura brasileira 3000
36 Literatura estrangeira 3000
37 Paradidaacuteticos 600
38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200
4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto
41 Retroprojetor 1
42 Tela para projeccedilatildeo 1
43 Televisor de 20 polegadas 10
44 Suporte para TV e DVD 10
45 Aparelho de DVD 10
46 Maacutequina fotograacutefica 1
47 Aparelho de CD e raacutedio 10
5 Processamento de Dados
51 Computador para sala de informaacutetica 30
52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8
53 Impressora jato de tinta 2
54 Impressora laser 2
55 Fotocopiadora 1
56 Guilhotina de papel 1
6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral
61 Carteiras 300
62 Cadeiras 300
63 Mesa tipo escrivaninha 10
64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10
65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10
66 Mesa para computador 38
67 Mesa de leitura 4
68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2
69 Armaacuterio com 2 portas 10
610 Mesa para refeitoacuterio 10
611 Mesa para impressora 4
612 Estantes para biblioteca 25
613 Quadro para sala de aula 10
614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10
615 Bebedouros eleacutetrico 4
616 Circulador de ar de parede 10
617 Maacutequina de lavar roupa 1
618 Telefone 2
Fonte CNE (2010)
123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Coordenadoras Maria Teresa Gonzaga AlvesProfessora Associada do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Flavia Pereira XavierProfessora Adjunta do Departamento de Ciecircncias Aplicadas agrave Educaccedilatildeo da Faculdade de Educaccedilatildeo da Universidade Federal de Minas Gerais
Pesquisador Tuacutelio Silva de PaulaBacharel em Ciecircncias Sociais e Mestre em Sociologia Doutorando em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Auxiliares de Pesquisa
Ceciacutelia Coutinho de MirandaMestranda em Educaccedilatildeo pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Conhecimento e Inclusatildeo Social em Educaccedilatildeo pela Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Beatriz da Silva Damasceno Baacuterbara Poliana Rodrigues Torres VersieuxEstudantes de graduaccedilatildeo (Pedagogia) da Universidade Federal de Minas Gerais
CREacuteDITOS DA PESQUISA
Sumaacuter ioRESUMO bull 7
1 Introduccedilatildeo bull 11
2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21
221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21
23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26
3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32
4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39
421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63
5 Consideraccedilotildees finais bull 67
Referecircncias bibliograacuteficas bull 71
Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119
Anexo 1 bull 121
L is ta de s ig las e abrev iaturas
AEE Atendimento Educacional Especializado
Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica
Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment
CAQ Custo Aluno-Qualidade
CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial
CCI Curva Caracteriacutestica do Item
CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica
CF Constituiccedilatildeo Federal
CII Curva de Informaccedilatildeo do Item
CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo
Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo
ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje
EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos
FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo
Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
GoM Grade of Membership
GT Grupo de Trabalho
Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica
INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias
Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio
Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira
INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola
IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica
LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar
MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares
OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe
PAR Plano de Accedilotildees Articuladas
PCA Anaacutelise de Componentes Principais
PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno
PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo
Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino
SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica
Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo
Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Sipis School Infrastructure Performance Indicator System
SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo
TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo
Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo
TRI Teoria da Resposta ao Item
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
USP Universidade de Satildeo Paulo
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura
7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Resumo
Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1
Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino
fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e
contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros
Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio
Teixeira (Inep)
A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano
Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a
construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao
gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos
A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por
cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis
discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo
da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute
tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees
do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona
incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado
contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores
que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo
condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os
itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas
A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees
conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que
as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes
sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar
Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos
que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as
escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo
1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
8
As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito
conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores
em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com
destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto
o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores
No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas
que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas
que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente
para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior
O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas
que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees
de infraestrutura satildeo piores
Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de
complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da
Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)
O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas
por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola
mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores
O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre
esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo
entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura
com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil
(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores
mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores
resultados do Ideb
Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida
em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro
dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental
ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte
No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro
do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins
administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas
urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos
escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola
tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual
ou particular ou municipal
9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados
inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto
agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e
no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste
De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam
que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo
O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus
levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das
escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores
satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa
diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre
as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que
aquelas onde haacute mais meninos
Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os
resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos
estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre
o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco
Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por
municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos
semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas
tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam
de atenccedilatildeo
Belo Horizonte 28 de novembro de 2017
Equipe de pesquisa
10
11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
1 I nt roduccedilatildeo 2
Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura
das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para
a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas
com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos
os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com
qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global
A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do
Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos
multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento
Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da
pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento
sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)
O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar
a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que
se comprometam a
4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis
agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo
violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)
No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em
2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em
vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes
com necessidades especiais
Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus
objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional
para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3
2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)
12
Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de
infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental
no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo
Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015
Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil
ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no
que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as
etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais
longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563
em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que
perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que
aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil
o ensino meacutedio ou ambos
Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles
destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos
pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das
escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos
de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas
se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla
eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos
especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de
ensino e respeitando as prioridades locais
Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos
indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito
com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus
itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle
nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso
Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura
constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de
um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados
o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de
resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com
outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento
contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas
consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui
um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos
4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)
13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
14
15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar
A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas
legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as
pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas
tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos
professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se
confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo
A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual
se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA
ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao
longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado
de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o
segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados
nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate
A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o
crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade
da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e
compra de materiais para o trabalho escolar
A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso
resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo
dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no
primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no
final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)
As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica
reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental
(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos
entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e
planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais
A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser
discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-
ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados
aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)
A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais
uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a
diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas
Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo
16
polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade
eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em
trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e
3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura
escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras
Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante
para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do
preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para
o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos
componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo
transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)
Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental
fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura
acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas
empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a
infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores
21 Infraestrutura escolar marcos legais
A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos
decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes
sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)
A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins
deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e
da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)
O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo
e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a
ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art
60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados
em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de
qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem
que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na
versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo
Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto
constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como
a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes
federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)
6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica
17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu
uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de
acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)
Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi
criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido
nacionalmente (BRASIL 1996b)7
O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o
financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a
ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo
(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao
assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional
de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)
Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao
pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede
puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo
construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso
II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem
prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola
Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em
2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura
para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel
rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para
esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o
atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio
equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e
equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades
regionais (BRASIL 2001)
O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo
intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos
O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a
ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado
7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb
8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios
18
O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola
publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar
guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma
descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais
necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico
Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas
as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o
Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas
escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos
miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas
Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse
documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas
desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas
de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica
Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente
acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11
Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)
instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)
Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade
civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)
Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de
Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo
informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees
Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria
da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)
A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento
Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio
de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo
diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da
infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos
(MECFNDEPDE 2013)
9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016
10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)
11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo
19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024
composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da
infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada
Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas
as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam
sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007
SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)
No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a
qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b
FERNANDES 2007)
A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de
educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos
718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica
abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos
garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a
equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves
pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)
A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir
a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de
tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)
Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE
2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207
o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo
os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e
conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo
O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo
de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma
matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior
visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou
como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)
O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido
de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do
12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)
20
CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos
escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez
que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para
a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as
escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental
Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)
para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em
outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade
para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais
4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)
A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos
Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as
atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais
que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios
atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela
melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio
escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio
Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -
salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de
lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas
- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)
O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea
disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas
combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)
aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a
gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e
velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares
para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)
Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao
Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria
da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e
manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo
tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio
Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias
e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos
deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens
de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos
13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT
21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme
esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos
Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que
pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis
22 Revisatildeo da literatura
221 Procedimentos
O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a
infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais
2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio
entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados
escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6
desse apecircndice resumem os trabalhos revisados
A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso
sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as
definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos
Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um
indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis
Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais
simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais
como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas
multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente
calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo
aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser
muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)
As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do
Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos
aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos
resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura
escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por
oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para
a coleta de dados
222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo
As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas
em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante
delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema
O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas
22
de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola
mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado
para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios
informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e
recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais
que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino
Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE
2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura
das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU
2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de
dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos
A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro
categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam
somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda
as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino
como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as
escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores
elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo
infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com
acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de
laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura
escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares
desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do
item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de
conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto
a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14
No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros
em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses
resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na
literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam
em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)
Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no
Brasil a infraestrutura eacute relevante
Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro
indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e
de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto
14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017
23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees
das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos
pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais
Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram
indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis
(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma
das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no
Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial
Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que
avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo
dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine
com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou
em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo
Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da
infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas
prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade
escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois
iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do
Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo
de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos
ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola
O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de
escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos
federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades
da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de
banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de
alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo
redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que
estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades
escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das
escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa
O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores
da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham
considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo
de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por
escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que
os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente
As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de
infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou
trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola
respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb
24
No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de
acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura
a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia
de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na
biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)
Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou
uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica
Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes
baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem
Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados
em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua
potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo
eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de
ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas
administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio
auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo
quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos
Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias
Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e
telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos
dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e
6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o
percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma
categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes
Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o
Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor
responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da
escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos
escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos
3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em
um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)
Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo
qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila
preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos
nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura
nacional satildeo os direitos humanos
Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para
avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)
e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas
15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)
25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O
Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do
preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta
de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento
de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como
um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)
Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones
Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente
completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em
dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para
o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar
As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de
ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares
adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada
acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o
instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social
etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos
das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas
segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo
Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos
para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional
e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice
O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos
pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo
30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas
separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos
31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e
(iii) computadores para fins pedagoacutegicos
32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com
deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)
Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente
Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores
O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei
do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos
iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor
1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1
quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia
O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que
26
uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea
construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens
para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos
para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)
Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda
os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula
satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes
estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)
23 Siacutentese para um modelo conceitual
A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade
da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute
dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem
padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais
Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre
a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento
do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas
de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer
refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc
Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e
banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas
aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito
agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua
sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos
apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los
eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador
Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo
de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho
proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos
que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)
propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura
O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos
Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de
forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo
dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura
escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados
Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees
a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees
para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar
27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada
e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em
vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes
etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento
Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo
que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais
da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige
condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas
de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)
Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente
agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para
o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos
E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos
humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para
todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc
Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos
os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb
foram empregados para testar esse modelo conceitual
Tamanho da escolaturma
Atendimento de modalidades e etapas
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)
Instalaccedilotildees tipicamente escolares
Equipamentos na escola
Recursos pedagoacutegicos
Conforto e bem-estar fiacutesico
Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)
Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)
Acessibilidade
Gecircneroetniacultura etc
Pessoa com deficiecircncia
Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)
Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)
Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios
Condiccedilotildees de Atendimento
Condiccedilotildees baacutesicas
Condiccedilotildees pedagoacutegicas
Condiccedilotildees para bem-estar
Condiccedilotildees para a equidade
Aacuterea
28
29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
3 Abordagem metodoloacutegica
Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de
seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores
A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir
Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
31 Fontes de dados
Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora
o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os
dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com
dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos
Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees
sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos
acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens
Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e
as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos
questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores
16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores
Fase empiacuterica 1
bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a
infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar
decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional
Fase empiacuterica 2
bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis
bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e
combinaccedilatildeo de itens
Fase empiacuterica 3
bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos
Fase empiacuterica 4
bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio
30
Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino
fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos
estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados
Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja
essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo
entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que
participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram
solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes
tambeacutem recebem esse coacutedigo
As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso
fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino
no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo
da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante
Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura
das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse
modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave
infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por
exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir
os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo
acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais
completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente
com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32
A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas
143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco
desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos
que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)
Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as
variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013
e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos
apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19
17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara
18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas
19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos
31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa
Ano da pesquisa
2013 2015 2017
Censo 143170 135939 131604
Saeb 57079 55601 57197
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos
Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas
representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis
As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica
por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema
Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida
as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi
realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e
escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)
Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como
ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo
intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis
originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo
NU_EQUIP_TV)
Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo
identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)
Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso
ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados
ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas
as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute
espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras
Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos
professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens
aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo
de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum
20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades
21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos
32
dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da
infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33
A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO
e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo
que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso
sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015
Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do
Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram
mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber
prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade
Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas
provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na
base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de
funcionamento etc
As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas
no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens
elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos
indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)
Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis
(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado
em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais
recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido
algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste
caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos
por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em
2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas
escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como
fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias
das outras variaacuteveis22
33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores
A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura
teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do
niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)
De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos
22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo
33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes
Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos
autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites
dos dados que dispomos
A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos
da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo
de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a
unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados
Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo
PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente
observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir
sobre a consistecircncia dos construtos
A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar
sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira
etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005
VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas
suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma
versatildeo mais sinteacutetica
Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da
anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a
mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas
A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo
dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas
1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo
tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em
algum fator na PCA
2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias
embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico
3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais
Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de
paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)
cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e
ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um
todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis
Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador
(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores
(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete
23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado
34
foram compostos apenas por itens do Censo Escolar
A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os
paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo
estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades
para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso
da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante
acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou
oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos
escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados
de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb
Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em
dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos
paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem
fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos
resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se
houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam
indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb
e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho
Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-
padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10
(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa
Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem
o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual
de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos
itens analisados no estudo
A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as
matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice
discutimos a consistecircncia dos itens
Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas
brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de
infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos
itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas
Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois
os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor
do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das
escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese
mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas
escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das
escolas e com resultados educacionais
35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
36
37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
4 Resul tados
O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5
dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B
As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo
final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que
puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da
infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas
A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da
educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades
da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por
exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte
do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no
Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi
instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)
A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da
qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga
um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo
como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24
Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017
Condiccedilotildees para a equidade
Condiccedilotildees do estabelecimento
de ensino
Atendimento
Atendimento
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo
da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Local de funcionamento
da escola
Aacuterea
Condiccedilotildees para o ensino e
aprendizado
Condiccedilotildees de atendimento
Qualidade da infraestrutura escolar
38
A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde
a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de
danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso
A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho
pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para
apoio pedagoacutegico
Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente
de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores
de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem
apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores
Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles
consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos
os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees
mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas
com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais
Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas
Serv
iccedilos
baacutes
icos
Inst
alaccedil
otildees
do p
reacutedi
o
Prev
enccedilatilde
o de
dan
os
Cons
erva
ccedilatildeo
Conf
orto
Am
bien
te p
raze
roso
Espa
ccedilos
peda
goacutegi
cos
Equi
p p
ap
oio
adm
in
Equi
p p
ap
oio
peda
g
Ace
ssib
ilida
de
Am
bien
te A
EE
Infra
estr
utur
a ge
ral
Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08
Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09
Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08
Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05
Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03
Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1
39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e
ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas
satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados
pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de
complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
produzidos pelo Inep
42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes
As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes
quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades
da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel
socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais
As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas
as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do
monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi
analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante
homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de
escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela
E1 do mesmo apecircndice
As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as
categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises
nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de
estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no
seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e
escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45
421 Dependecircncia administrativa
No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional
sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO
SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por
dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo
As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e
municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam
meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da
escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para
ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de
ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo
40
Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa
Total Federal Estadual Municipal Privada
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para
indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com
exceccedilatildeo das escolas federais
A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia
de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens
que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes
nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se
houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se
torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees
em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as
pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo
Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do
preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com
valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas
essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental
Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico
apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais
e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que
requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro
Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que
requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo
As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de
infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de
tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida
pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a
maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu
de forma quase paralela conforme a linha pontilhada
41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos
da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede
federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas
422 Localizaccedilatildeo
As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional
(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD
2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)
A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e
a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas
rurais o que corrobora com a literatura revisada
Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria
ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos
para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de
espaccedilos pedagoacutegicos
Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como
o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Federal Estadual Municipal Privada Total
2015 2017
42
Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Total Rural Urbana
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89
Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80
Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68
Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67
Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72
Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48
Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41
Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total
para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a
relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia
de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas
escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de
2017 nas escolas urbanas em 2015
Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Rural Urbana Total
2015 2017
43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo
A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais
porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior
Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais
localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados
do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria
A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns
resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute
apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios
indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no
indicador geral e em vaacuterios outros
Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo
aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais
baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas
Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE
2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no
trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste
estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores
utilizaram dados mais antigos
O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das
meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as
escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um
crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie
44
Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
424 Etapas
AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de
ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se
tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para
todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado
pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e
recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Norte Nordeste Sudeste
2015 2017
Sul Centro-Oeste
Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais
Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental
Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das
escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam
simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram
apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro
grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores
Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam
melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino
meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos
educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)
Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da
infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito
especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e
AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos
para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura
estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino
Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos
indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os
indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo
Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a
meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa
distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas
que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida
pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio
2015 2017
Infantil fundamental e meacutedio
46
das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de
ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo
gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que
tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo
425 Tipo de oferta
A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino
fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino
fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos
conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os
anos finais
Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os
anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)
Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais
fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de
oferta de um ensino de qualidade
Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais
Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61
Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64
Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais
baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os
resultados do indicador de infraestrutura geral
47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
426 Tamanho da escola
Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral
satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES
NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas
municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os
anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com
50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em
quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)
Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF
2015 2017
48
O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as
escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos
alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais
Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1
Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o
trabalho pedagoacutegico
Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo
enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas
As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos
Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6
Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
427 Complexidade das escolas
O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as
informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar
as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com
relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores
segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais
Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos
De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de
muito mais itens de infraestrutura
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos
2015 2017
Mais de 400 alunos
49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Niacutevel 1 (mais baixo)
Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por
niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de
complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para
a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura
pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de
todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos
O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram
de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor
complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva
Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4
2015 2017
Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)
50
A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela
Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees
entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores
observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas
com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada
428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas
O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)
Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas
cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental
e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e
privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre
os grupos tendem a ficar mais sutis
A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde
as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES
ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando
um determinado segmento de escolas puacuteblicas
A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais
que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de
infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo
menos equitativas nesse aspecto
As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para
o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo
da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das
escolas com INSE mais baixo
Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Grupo 1 (mais baixo)
Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de
2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015
Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares
(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER
2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb
aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar
Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo
concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto
no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas
no niacutevel ldquomeacutedio altordquo
Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos
com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas
Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas
que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Grupo 3 Grupo 5Grupo 4
2015 2017
Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)
52
com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com
anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017
Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral
por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias
das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com
Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013
a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos
com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as
diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida
de qualidade da educaccedilatildeo
53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
54
4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola
A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica
brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo
equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres
se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)
Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos
do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas
e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em
meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25
Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir
as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades
escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes
seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes
etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero
O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a
importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da
infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp
e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional
tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores
nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso
objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade
Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais
lt50 alunas(mais meninos)
ge50 alunas(mais meninas)
2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018
55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas
escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio
conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos
Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e
escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de
convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores
Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral
A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto
Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou
baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza
todos os itens empregados
Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados
em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a
posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou
seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item
26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013 2015 2017
lt50 alunas ge50 alunas
56
TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227
Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura
O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F
O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem
metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)
discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute
adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia
na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um
julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de
acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para
definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)
Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos
itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde
agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos
(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no
Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes
Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada
um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores
A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados
no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura
geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico
acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)
Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade
de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse
valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis
discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que
apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as
escolas puacuteblicas e privadas
No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana
para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a
nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50
alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo
As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro
dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente
elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela
tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos
27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo
57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins
administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50
alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo
Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola
Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico
(I)lt= 2
Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada
Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo
(II)+ 2 a 4
Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo
Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo
(III)+4 a 5
Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)
Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo
(IV)+ 5 a 6
Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)
Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio
(V)+6 a 7
Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso
Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto
(VI)+ 7 a 8
Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso
Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto
(VII)gt= 8
Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE
Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas
58
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos
puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e
conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos
administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede
estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou
este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio
No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa
conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute
equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora
tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai
do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade
mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo
minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo
mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de
matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais
de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto
O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do
indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos
niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV
Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os
percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos
niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de
mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar
as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo
59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de
alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com
a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos
niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
64
3353
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
2013 2015
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
201
162141
114 109 107
188199189
267
302319
142160
174
23 24 27
2017
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
80
0 02
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
Rural Urbana
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
333
225
21
203 196
137
450
22
284
0
46
60
Graacute
fico
14
Dis
trib
uiccedilatilde
o (
) das
esc
olas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l por
pro
porccedil
atildeo
de a
luna
s lo
caliz
accedilatildeo
rura
l e u
rban
a e
niacuteve
is d
a in
fraes
trut
ura
gera
l 20
17
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
50
45
35
25
15 540
30
20
10 0
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IV
lt50
alu
nas
Rura
lge5
0 a
luna
sU
rban
a
Niacutev
el V
Niacutev
el V
IN
iacutevel
VII
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IVN
iacutevel
VN
iacutevel
VI
Niacutev
el V
II
74
92
366
319
225
22
6
212
181
146
00
0
23
115
18
01
02
02
21
21
194
20
1
454
42
286
441
280
55
61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar
As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do
indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos
que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas
em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes
Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos
dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados
em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores
para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre
resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta
de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem
Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por
exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que
esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de
conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros
As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir
Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011
A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por
Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)
Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos
niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel
ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no
niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII
Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava
pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No
nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos
niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)
Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que
foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que
ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto
Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam
aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis
do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos
de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala
Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)
Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem
o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado
62
Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos
para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos
questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb
Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as
escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas
rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria
Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)
Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido
de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos
a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da
infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente
as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno
Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ
Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)
Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala
de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas
pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE
No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala
SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas
jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo
Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do
presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca
Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)
Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral
deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa
avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo
e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo
temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo
de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios
Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)
Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos
participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico
63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV
e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo
O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para
o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente
Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)
Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os
indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo
jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias
baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no
niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa
melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento
Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os
indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que
as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado
municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias
dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola
Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo
fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura
da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio
Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada
agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade
Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro
se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a
duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados
intermediaacuterios de 2015
O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e
regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos
iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de
infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para
as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a
comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais
No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem
meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral
o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora
todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)
64
Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo
eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras
informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida
satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as
mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil
O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde
Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso
e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e
em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta
uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores
aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do
indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais
e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso
a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as
condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor
Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo
695 375 277
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
711 398 337
Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
679 164 080
Infraestrutura geral 750 513 474
Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65
Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55
Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10
UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste
Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente PrazerosoEspaccedilos
Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
000
200
400
600
800
1000
65
IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo
562 262 248
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
557 300 339
Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
000 076 056
Infraestrutura geral 678 417 455
Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo
727 622 507
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
890 668 569
Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
1000 560 217
Infraestrutura geral 826 666 646
Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT
EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4
EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3
Acesso a serviccedilos
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conservaccedilatildeo
Conforto
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente Prazeroso
Ambiente Prazeroso
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
Prevenccedilatildeo de danos
Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Rural
000
200
400
600
800
1000
Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Urbana
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4
INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3
INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
000
200
400
600
800
1000
66
67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Consideraccedilotildees f ina is
Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas
puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros
utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes
cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser
operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas
neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica
Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar
fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema
para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)
ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos
constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)
O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa
(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo
para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve
ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente
dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves
condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros
A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento
este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas
focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de
infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades
deste estudo
Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees
Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens
de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao
estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo
dos indicadores
Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura
geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio
brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade
foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de
escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras
Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre
regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como
mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as
oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas
68
Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo
diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o
nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio
que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo
Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas
nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma
caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico
Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser
descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu
municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento
de accedilotildees e recursos a serem investidos
Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo
observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental
tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade
Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa
de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio
comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola
do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade
Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes
Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo
melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso
a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento
baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta
pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar
com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)
instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e
CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar
no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)
Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional
e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os
indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por
exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e
colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos
Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais
finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e
sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do
Censo Escolar e do Saeb
Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses
sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute
preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica
69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos
de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para
o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os
indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura
aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas
para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para
correccedilatildeo de problemas)
Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo
Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos
envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se
revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional
conforme o propoacutesito deste trabalho
Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado
segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees
mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura
pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas
de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem
conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos
satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado
natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com
deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos
como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito
agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014
Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para
outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola
Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel
macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente
Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo
sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a
qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
70
71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)
ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011
ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500
ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009
ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013
ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014
ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a
ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b
BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010
BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172
BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002
BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007
BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004
BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt
BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b
BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001
BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a
BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014
72
BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a
BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b
BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006
MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006
BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011
BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008
CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007
CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte
CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007
CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016
CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008
CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)
DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017
FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)
73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)
GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)
GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007
GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011
GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012
GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt
GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015
GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013
HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200
HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt
INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016
INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016
JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002
JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016
MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012
MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016
NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005
OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006
74
OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en
OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016
OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005
PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012
PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)
PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007
RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008
RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991
SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt
SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000
SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)
SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)
SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt
SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372
SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009
SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013
SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015
SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153
75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012
SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013
SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b
SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a
TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015
UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017
UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015
UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016
VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008
VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016
VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245
WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010
WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015
YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003
ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006
76
77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura
A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais
1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo
Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000
Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de
refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo
criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou
avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas
Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees
disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca
Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas
Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt
OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt
Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt
Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt
As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica
Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas
Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo
Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do
idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos
repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos
trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos
natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de
arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas
por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final
dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais
78
O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees
Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo
Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23
Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho
Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar
Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24
Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador
23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia
24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo
79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho
apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)
A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da
infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo
dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram
associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)
separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem
do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual
Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar
o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para
caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas
pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de
trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para
monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos
poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no
setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma
ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis
Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA
paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)
definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados
CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas
meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice
principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis
RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares
meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
OBSERVACcedilOtildeES
apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise
80
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sBA
RBO
SA
FERN
AN
DES
(2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sldquoIn
fraes
trutu
ra e
equ
ipam
ento
s esc
olar
es c
onse
rvaccedil
atildeo
do p
reacutedi
o c
ondi
ccedilotildees
de
func
iona
men
to d
os e
spaccedil
os
labo
rato
riais
e de
apo
io m
obili
aacuterio
e e
quip
amen
tos
miacuten
imos
inst
alaccedil
otildees e
aacutere
as e
xter
nas e
de
recr
eaccedilatilde
o
rede
de
ensin
o (e
scol
a puacute
blic
apa
rtic
ular
)rdquo (p
162
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sis
tem
a de
Ava
liaccedilatilde
o da
Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a (S
aeb)
de
1997
Var
iaacuteve
is d
o qu
estio
naacuterio
da
esco
la re
fere
ntes
aos
equ
ipam
ento
s es
cola
res
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
res p
or m
eio
da teacute
cnic
a es
tatis
ticas
anaacute
lise
fato
rial q
ue re
duzi
u 33
var
iaacuteve
is in
icia
is pa
ra 7
fato
res
expl
ican
do 7
0 d
a va
riacircnc
ia to
tal
dos d
ados
mas
nes
se tr
abal
ho o
s aut
ores
util
izam
4
fato
res
que
expl
icam
58
da
variacirc
ncia
tota
lSO
ARE
S
CEacuteS
AR
M
AM
BRIN
I (2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sA
infra
estr
utur
a fo
i defi
nida
em
piric
amen
te p
elas
va
riaacuteve
is d
ispo
niacuteve
is n
o qu
estio
naacuterio
das
esc
olas
so
bre
exis
tecircnc
ia e
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo d
e ite
ns
de in
fraes
trut
ura
e es
quip
amen
tos
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b 19
97 V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
sob
re o
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as b
aacutesic
as f
unci
onam
ento
e e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
spec
iacutefica
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
s eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
Con
stru
ccedilatildeo
de in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (
TRI)
mod
elo
Sam
ejim
a pa
ra v
ariaacute
veis
ord
inai
s e
o m
odel
o de
do
is p
aracircm
etro
s
MEC
FU
ND
ESC
O
LA (2
002)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Natildeo
eacute u
ma
pesq
uisa
em
piacuteric
a O
doc
umen
to
desc
reve
os
padr
otildees
miacuten
imos
de
func
iona
men
to
da e
scol
a de
ens
ino
fund
amen
tal r
elat
ivam
ente
ao
ambi
ente
fiacutesi
co e
scol
ar e
spaccedil
o ed
ucat
ivo
mob
iliaacuter
io
e eq
uipa
men
to e
scol
ar e
mat
eria
l did
aacutetic
o F
oi
real
izad
o em
dec
orrecirc
ncia
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo (P
NE)
de
2001
Itens
lista
dos n
o PN
E 20
01 (
1) e
spaccedil
o ilu
min
accedilatildeo
in
sola
ccedilatildeo
ven
tilaccedil
atildeo aacute
gua
potaacute
vel r
ede
eleacutet
rica
segu
ranccedil
a e
tem
pera
tura
am
bien
te(2
) ins
tala
ccedilotildees
sani
taacuteria
s e p
ara
higi
ene
(3) e
spaccedil
os p
ara
espo
rte r
ecre
accedilatildeo
bib
liote
ca
e se
rviccedil
o de
mer
enda
esc
olar
(4)
ada
ptaccedil
atildeo p
ara
o at
endi
men
to d
os a
luno
s por
tado
res d
e ne
cess
idad
es
espe
ciai
s (5
) atu
aliza
ccedilatildeo
e am
plia
ccedilatildeo
do a
cerv
o da
s bi
blio
teca
s (6
) mob
iliaacuterio
equ
ipam
ento
s e m
ater
iais
peda
goacutegi
cos
(7) t
elef
one
e se
rviccedil
o de
repr
oduccedil
atildeo d
e te
xtos
(8)
info
rmaacutet
ica
e eq
uipa
men
to m
ultim
iacutedia
Ap
rese
nta
uma
desc
riccedilatildeo
det
alha
da d
e to
dos
os s
ervi
ccedilos
funccedil
otildees
ativ
idad
es e
am
bie
ntes
na
esc
ola
de e
nsin
o fu
ndam
enta
l em
term
os
de s
uas
cara
cter
iacutestic
as e
aacutere
a de
esp
accedilo
fiacutesic
o ne
cess
aacuteria
par
a as
ativ
idad
es p
edag
oacutegic
as o
u ad
min
istr
ativ
as O
s am
bie
ntes
satildeo
cla
ssifi
cado
s p
or t
ipos
(col
etiv
os p
ara
uma
turm
a ou
vaacuter
ias
turm
as d
e ac
esso
agrave in
form
accedilatildeo
adm
inis
trat
ivo
de
pre
par
o de
alim
ento
s d
e lim
pez
a d
e at
ivid
ades
de
higi
ene
pes
soal
VE
RHIN
E (2
006)
Variaacute
veis
e
cons
truccedil
atildeo d
e In
dica
dore
s
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
elos
ite
ns q
ue c
ompotilde
e o
leva
ntam
ento
de
dado
s pa
ra
subs
idia
r o c
usto
-alu
no-q
ualid
ade
em e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca i
sto
eacute a
s de
pend
ecircnci
as e
xist
ente
s no
preacute
dio
esco
lar
as s
uas
cond
iccedilotildee
s de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
004
2005
Pes
quisa
em
95
esco
las
urba
nas
e ru
rais
de
44 m
unic
iacutepio
s no
s es
tado
s PI
CE
PA
G
O M
G P
R R
S S
P re
des
fede
ral e
stad
ual e
mun
icip
al
que
ofer
tam
cre
che
ens
ino
fund
amen
tal 1
e 2
ens
ino
meacuted
io E
JA e
edu
caccedilatilde
o es
peci
al I
tens
obs
erva
dos
depe
ndecircn
cias
que
ate
ndem
dire
ta e
prio
ritar
iam
ente
os
alu
nos
(natildeo
incl
ui s
alas
de
aula
cuj
a pr
esen
ccedila fo
i co
nsid
erad
a oacuteb
via
em u
ma
unid
ade
esco
lar)
sal
a de
le
itura
bib
liote
ca s
ala
de T
V e
viacutede
o s
ala
de in
form
aacutetic
a
labo
ratoacute
rio c
iecircnc
ias
audi
toacuterio
aacutere
a liv
rer
ecre
io p
arqu
e in
fant
il pi
scin
a c
opa
cozi
nha
refe
itoacuterio
can
tina
be
rccedilaacuter
io d
orm
itoacuterio
ban
heiro
alu
nos
As
depe
ndecircn
cias
esc
olar
es fo
ram
ver
ifica
das
quan
tifica
das
anal
isad
as q
uant
o agrave
cond
iccedilatildeo
de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o s
egun
do u
ma
esca
la
de 3
pon
tos
send
o 1
ruim
2 r
egul
ar e
3 b
om
Fora
m c
riado
s do
is in
dica
dore
s Iacuten
dice
de
Con
diccedilatilde
o de
Uso
das
Preacute
dio
(Indp
red)
e Iacuten
dice
de
Con
serv
accedilatildeo
do
Preacuted
io (I
ndpr
ed)
calc
ulad
os p
elo
som
a do
s va
lore
s as
soci
ados
a c
ada
depe
ndecircn
cia
e di
vidi
ndo-
se e
sse
nuacutem
ero
pelo
nuacutem
ero
tota
l de
dep
endecirc
ncia
s da
esc
ola
O v
alor
meacuted
io fo
i co
loca
do e
m u
ma
esca
la d
e tr
ecircs n
iacutevei
s 3
pon
tos
bom
2 a
29
- re
gula
r e
lt 2
rui
m
BIO
ND
I FE
LIacuteC
IO (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Pr
esen
ccedila d
e ite
ns d
ecla
rado
s no
Cen
so E
scol
ar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so e
scol
ar d
e 19
99 e
200
3
Itens
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a a
cess
o agrave
Inte
rnet
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
po
r tur
ma
na 4
ordf seacuter
ie d
o en
sino
fund
amen
tal n
uacutemer
o de
mat
riacutecul
as n
o en
sino
fund
amen
tal m
eacutedia
de
hora
s-au
la d
iaacuteria
s na
4ordf s
eacuterie
do
EF u
so d
o co
mpu
tado
r com
o re
curs
o pe
dagoacute
gico
Util
izou
as
variaacute
veis
sepa
rada
men
te p
ara
rela
cion
aacute-la
s a
resu
ltado
s es
cola
res
Cont
inua
81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
ERQ
UEI
RA
SAW
ER (2
007)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoRec
urso
s esc
olar
es e
nten
dido
s com
o in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s exi
sten
tes
[] i
i) in
fra-e
stru
tura
ex
isten
te n
a es
cola
em
que
se p
rete
nde
tradu
zir o
po
tenc
ial d
e ca
da e
stab
elec
imen
to e
scol
ar e
m te
rmos
do
s rec
urso
s e in
stal
accedilotildee
s disp
oniacutev
eis [
]rdquo (
P 54
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
000
Iten
s Bi
blio
teca
Sal
a de
pro
fess
ores
Vid
eote
ca L
abor
atoacuter
io d
e In
form
aacutetic
a L
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as S
ala
de T
VViacute
deo
Co
zinh
a Q
uadr
a de
esp
orte
s Re
feitoacute
rio IN
EP E
sgot
o in
exist
ente
Viacuted
eo T
V A
nten
a pa
raboacute
lica
Red
e lo
cal
Inte
rnet
Im
pres
sora
e C
ompu
tado
r
Gra
de o
f Mem
bers
hip
ndash G
oM M
eacutetod
o m
ultiv
aria
do
que
iden
tifica
gru
pos
late
ntes
por
sim
ilarid
ade
entr
e os
iten
s e
diss
imila
ridad
e en
tre
grup
os fo
rmad
os
Apr
esen
ta a
iden
tifica
ccedilatildeo
dos
grup
os e
a d
escr
iccedilatildeo
de
dua
s di
fere
nccedilas
FRA
NCO
et
al
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
Exis
tecircnc
ia e
con
serv
accedilatildeo
de
equi
pam
ento
s de
ntro
da
esc
ola
cha
mad
os d
e ldquoR
ecur
sos
esco
lare
srdquo e
ldquoBib
liote
ca e
m s
ala
de a
ulardquo
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
que
stio
naacuterio
da
esco
la e
do
dire
tor d
o Sa
eb 2
001
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Indi
cado
r de
Ex
istecirc
ncia
e c
onse
rvaccedil
atildeo d
e eq
uipa
men
tos
da
esco
la N
atildeo h
aacute de
talh
amen
to s
obre
qua
is s
atildeo a
s va
riaacuteve
is d
e eq
uipa
men
tos
esco
lare
sPO
NTI
LI
KASS
OU
F (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
In
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a pe
la p
rese
nccedila
de b
iblio
teca
e
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
aD
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
de
2000
Pr
opor
ccedilatildeo
de e
scol
as c
om b
iblio
teca
s e
labo
ratoacute
rios
de in
form
aacutetic
a a
leacutem
do
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
por
tu
rma
em c
ada
mun
iciacutep
io
Taxa
s ca
lcul
adas
par
a ca
da m
unic
iacutepio
a p
artir
das
oc
orrecirc
ncia
s do
s ite
ns n
as e
scol
as n
eles
loca
lizad
as
SAacuteTY
RO
SOA
RES
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
dam
ente
ldquo[]
ser
viccedilo
s baacute
sico
s co
mo
aacutegua
ele
tric
idad
e e
esgo
tam
ento
san
itaacuterio
dep
endecirc
ncia
s es
cola
res
exis
tecircnc
ia d
e bi
blio
teca
ou
sala
de
leitu
ra
infra
estr
utur
a de
com
unic
accedilatildeo
e in
form
accedilatildeo
[]
Pr
eacutedio
s e
inst
alaccedil
otildees
adeq
uada
s ex
istecirc
ncia
de
bibl
iote
ca e
scol
ar e
spaccedil
os e
spor
tivos
e la
bora
toacuterio
s ac
esso
a li
vros
did
aacutetic
os m
ater
iais
de
leitu
ra e
pe
dagoacute
gico
s re
laccedilatilde
o ad
equa
da e
ntre
o n
uacutemer
o de
al
unos
e o
pro
fess
or n
a sa
la d
e au
la e
mai
or te
mpo
ef
etiv
o de
aul
a [
]rdquo (P
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 1
997
e 20
05
Itens
(1)
Infra
estr
utur
a baacute
sica
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a d
e aacuteg
ua e
esg
oto
e ex
istecirc
ncia
de
sani
taacuterio
na
esco
la (
2) D
epen
decircnc
ias
dire
toria
se
cret
aria
sal
a de
pro
fess
ores
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a c
ozin
ha d
epoacutes
ito
de a
limen
tos
refe
itoacuterio
paacutet
io q
uadr
a p
arqu
e in
fant
il
dorm
itoacuterio
ber
ccedilaacuterio
san
itaacuterio
fora
do
preacuted
io s
anitaacute
rio
dent
ro d
o pr
eacutedio
san
itaacuterio
ade
quad
o agrave
preacute-
esco
la
e sa
nitaacute
rio a
dequ
ado
a al
unos
com
nec
essi
dade
s es
peci
ais
ace
ssib
ilida
de e
(3) E
quip
amen
tos
peda
goacutegi
cos
com
puta
dore
s e
aces
so agrave
inte
rnet
o
uso
para
fins
ped
agoacuteg
icos
dos
equ
ipam
ento
s de
in
form
aacutetic
a e
a ex
istecirc
ncia
de
tele
visatilde
o e
retr
opro
jeto
r
Des
criccedil
atildeo d
os b
loco
s de
iten
s e
cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dore
s p
or m
eio
da a
naacutelis
e fa
toria
l p
ara
os b
loco
s ldquoD
epen
decircnc
ias
exis
tent
esrdquo e
ldquoE
quip
amen
tos
ped
agoacuteg
icos
rdquo
RIA
NI
RIO
S-N
ETO
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
de
itens
dec
lara
dos
no C
enso
Esc
olar
D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
200
0 It
ens
qu
adra
s de
esp
orte
bib
liote
cas
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
de c
iecircnc
ias
Prod
uccedilatildeo
de
um fa
tor d
e in
fraes
trut
ura
[os
auto
res
natildeo
escl
arec
em o
meacutet
odo
de e
stim
accedilatildeo
do
fato
r]
CN
E (2
010)
Variaacute
veis
[d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
O d
ocum
ento
do
CN
E no
rmat
iza
o tr
abal
ho d
e Pi
nto
(200
6) e
Car
reira
e P
into
(200
7) d
a Ca
mpa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave E
duca
ccedilatildeo
com
o re
ferecirc
ncia
pa
ra o
caacutel
culo
do
Cust
o-A
luno
Qua
lidad
e in
icia
l (C
AQ
i) A
Infa
estr
utur
a da
esc
ola
junt
o co
m it
ens
de
pess
oal
alim
enta
ccedilatildeo
adm
inis
traccedil
atildeo e
out
ros
satildeo
os
insu
mos
nec
essaacute
rios
para
gar
antir
o p
adratilde
o m
iacutenim
o de
qua
lidad
e de
ens
ino
na E
duca
ccedilatildeo
Baacutesi
ca
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to li
sta
todo
s os
itens
(esp
accedilos
mob
iliaacuter
io e
quip
amen
tos p
edag
oacutegic
os
adm
inist
rativ
os e
de
apoi
o) q
ue c
ompotilde
em o
CAQ
i por
et
apa
de e
nsin
o V
er n
o An
exo
1 o
deta
lham
ento
de
itens
pa
ra o
s ano
s ini
ciai
s e fi
nais
do e
nsin
o fu
ndam
enta
l
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to n
orm
atiz
a o
CAQ
i o
que
signi
fica
que
todo
s os
sist
emas
de
ensin
o de
vem
gar
antir
os
itens
list
ados
par
a al
canccedil
ar
o pa
dratildeo
miacuten
imo
de q
ualid
ade
do e
nsin
o
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
82
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sA
LMEI
DA
et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rCo
ndiccedil
otildees
gera
is c
ondi
ccedilotildees
ped
agoacuteg
icas
e
cond
iccedilotildee
s de
ace
ssib
ilida
de e
spec
ial
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
200
8
Itens
org
aniz
ados
em
doi
s gr
upos
(1)
Con
diccedilotilde
es
gera
is l
ocal
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
red
e de
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua r
ede
de a
bast
ecim
ento
de
ene
rgia
eleacute
tric
a e
scoa
men
to d
e es
goto
e c
olet
a de
lixo
(2)
Con
diccedilotilde
es p
edag
oacutegic
as s
alas
de
dire
tor e
pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
s de
info
rmaacutet
ica
e de
ciecirc
ncia
s qu
adra
de
espo
rte
bib
liote
ca e
ban
heiro
den
tro
do
preacuted
io d
a es
cola
O iacuten
dice
foi c
onst
ruiacuted
o co
m d
uas
teacutecn
icas
es
tatiacutes
ticas
(a)
Teo
ria d
e re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
e (b
) Anaacute
lise
de V
ariaacute
veis
Lat
ente
s (L
EM)
que
requ
er a
defi
niccedilatilde
o a
prio
ri do
nuacutem
ero
de c
lass
es O
m
odel
o ap
rese
ntou
mel
hor a
just
e fo
i o q
ue c
onto
u co
m tr
ecircs c
lass
es q
ue re
sulto
u em
um
a va
riaacuteve
l ca
tegoacute
rica
cuja
flut
uaccedilatilde
o eacute
base
ada
nos
itens
mai
s di
scrim
inan
tes
da in
fraes
trut
ura
GO
MES
REG
IS
(201
2)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rA
Infra
estr
utur
a e
os R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
dize
m
resp
eito
aos
mat
eria
is fiacute
sico
s e
didaacute
ticos
dis
poniacute
veis
na
s es
cola
s in
clui
ndo
os p
reacutedi
os a
s sa
las
os
equi
pam
ento
s os
livr
os d
idaacutet
icos
den
tre
outr
os
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar e
da
Prov
a Br
asil
2009
das
esc
olas
puacuteb
licas
da
Regi
atildeo M
etro
polit
ana
do R
io d
e Ja
neiro
Var
iaacuteve
is d
o Ce
nso
Esco
lar
Sala
dos
Pr
ofes
sore
s La
bora
toacuterio
de
Info
rmaacutet
ica
Lab
orat
oacuterio
de
Ciecirc
ncia
s Q
uadr
a de
Esp
orte
s Bi
blio
teca
e S
ala
de
Leitu
ra V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a Pr
ova
Bras
il e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
de
algu
ns it
ens
quai
s se
jam
tel
hado
pa
rede
s pi
so e
ntra
das
do p
reacutedi
o p
aacutetio
cor
redo
res
sala
s de
aul
a p
orta
s ja
nela
s ba
nhei
ros
cozi
nha
in
stal
accedilotildee
s hi
draacuteu
licas
e in
stal
accedilotildee
s el
eacutetric
as
Os
iacutendi
ces
de in
fraes
trut
ura
e de
Rec
urso
s pe
dagoacute
gico
s fo
ram
obt
idos
por
mei
o de
Anaacute
lise
fato
rial
meacutet
odo
de a
naacutelis
e de
com
pone
ntes
pr
inci
pais
O p
rimei
ro c
om v
ariaacute
veis
do
Cens
o Es
cola
r e o
seg
undo
com
as
variaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
da
Prov
a Br
asil
MA
RRI
RACC
HU
MI
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
e va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
te
(1) C
ondi
ccedilotildees
miacuten
imas
inf
raes
trut
ura
indi
spen
saacuteve
l em
qua
lque
r esc
ola
e (2
) Con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as
adic
iona
is agrave
s co
ndiccedil
otildees
miacuten
imas
e a
umen
tam
a
capa
cida
de d
a es
cola
de
inte
grar
-se
agrave co
mun
idad
e e
de re
aliz
ar c
om e
fetiv
idad
e o
trab
alho
edu
cativ
o
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o es
cola
r par
a M
inas
G
erai
s (1
) con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as s
anitaacute
rio e
letr
icid
ade
ab
aste
cim
ento
de
aacutegua
esg
oto
sani
taacuterio
e c
ozin
ha)
e (2
) co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as q
uadr
a de
esp
orte
s par
a es
cola
s com
m
ais d
e 30
0 m
atriacutec
ulas
ace
sso
agrave in
tern
et s
ala
dire
tor o
u sa
la d
e pr
ofes
sor
bibl
iote
ca o
u sa
la d
e le
itura
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias o
u de
info
rmaacutet
ica
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
desc
reve
r as
esc
olas
e c
ria d
ois
indi
cado
res
de c
ondi
ccedilotildees
m
iacutenim
as e
con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as (
1) a
esc
ola
poss
ui
toda
s as
con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as v
ersu
s natilde
o po
ssui
ao
men
os u
ma
cond
iccedilatildeo
e (2
) a e
scol
a po
ssui
toda
s as
co
ndiccedil
otildees
baacutesi
cas
vers
us e
scol
as q
ue n
atildeo p
ossu
em
3 ou
mai
s co
ndiccedil
otildees
PASS
AD
OR
C
ALH
AD
O
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
aus
ecircnci
a de
iten
s do
Cen
so E
scol
ar -
moacuted
ulo
esco
la
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o Es
cola
r 200
4 re
fere
nte
agraves
esco
las p
uacuteblic
as d
e Ri
beiratilde
o Pr
eto
(SP)
Var
iaacuteve
is (a
) ser
viccedilo
s baacute
sicos
(ene
rgia
aacutegu
a en
cana
da d
ispon
ibilid
ade
de aacute
gua
potaacute
vel p
ara
os a
luno
s es
goto
e e
xist
ecircnci
a de
ban
heiro
de
ntro
da
esco
la)
(b) b
iblio
teca
(c) q
uadr
a es
port
iva
(d)
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
(e) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as
Esco
las c
lass
ifica
das e
m o
rdem
cre
scen
te d
a pi
or p
ara
a m
elho
r inf
raes
trutu
ra
Cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s de
aco
rdo
com
as
confi
gura
ccedilotildees
(tip
olog
ias)
refe
rent
e agrave
com
bina
ccedilatildeo
de it
ens
de in
fraes
trut
ura
For
am d
efini
das
31
confi
gura
ccedilotildees
par
a en
quad
ram
ento
da
esco
la
form
adas
por
com
bina
ccedilatildeo
dos
dife
rent
es it
ens
SOA
RES
et a
l (2
012)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sIn
sum
os e
scol
ares
que
car
acte
rizam
a o
rgan
izaccedil
atildeo
da e
scol
a e
xist
ecircnci
a e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o de
eq
uipa
men
tos
na e
scol
a in
staccedil
otildees
e co
ndiccedil
otildees
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s da
Pro
va B
rasi
l de
2007
e 2
009
Q
uest
ionaacute
rio d
a es
cola
Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
por m
eio
de M
odel
os
da T
eoria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) m
odel
o Sa
mej
ima
para
var
iaacuteve
is o
rdin
ais
e o
mod
elo
de
dois
par
acircmet
ros
Fora
m e
stim
ados
trecircs
indi
cado
res
cons
erva
ccedilatildeo
equ
ipam
ento
s es
cola
res
e in
stal
accedilotildee
s
83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sM
EC
FND
E
PDE
(201
3)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o pa
ra
diag
noacutest
ico
da
rede
de
ensi
no]
A in
fraes
trut
ura
eacute um
das
dim
ensotilde
es d
o di
agnoacute
stic
o m
unic
ipal
sob
re a
edu
caccedilatilde
o D
imen
satildeo
4 -
Infra
estr
utur
a Fiacute
sica
e R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
Este
di
agnoacute
stic
o eacute
uma
das
etap
a do
Pla
no d
e A
ccedilotildees
A
rtic
ulad
as (P
AR)
do
FND
E
Dia
gnoacutes
tico
sobr
e a
rede
puacuteb
lica
de e
nsin
o re
aliz
ado
por e
quip
e lo
cal s
egun
do o
s se
guin
tes
indi
cado
res
Aacutere
a 1
ndash In
stal
accedilotildee
s fiacutes
icas
da
secr
etar
ia m
unic
ipal
de
educ
accedilatildeo
(2 in
dica
dore
s)
Aacutere
a 2
ndash Co
ndiccedil
otildees
da re
de
fiacutesic
a es
cola
r exi
sten
te (1
2 in
dica
dore
s) Aacute
rea
3 ndash
Uso
de
tecn
olog
ias
(4 in
dica
dore
s) e
Aacutere
a 4
ndash Re
curs
os
peda
goacutegi
cos
para
o d
esen
volv
imen
to d
e pr
aacutetic
as
peda
goacutegi
cas
que
cons
ider
em a
div
ersid
ade
das
dem
anda
s ed
ucac
iona
is (4
indi
cado
res)
Cada
indi
cado
r dev
e se
r ava
liado
com
not
a de
1 a
4
Os
criteacute
rios
de p
ontu
accedilatildeo
satildeo
4 s
e a
desc
riccedilatildeo
ap
onta
par
a um
a si
tuaccedil
atildeo p
ositi
va 3
se
a de
scriccedil
atildeo
apon
ta p
ara
uma
situ
accedilatildeo
que
apr
esen
ta m
ais
aspe
ctos
pos
itivo
s do
que
neg
ativ
os 2
se
a de
scriccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
insu
ficie
nte
co
m m
ais
aspe
ctos
neg
ativ
os d
o qu
e po
sitiv
os e
1
se a
des
criccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
criacutet
ica
SOA
RES
ALV
ES
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquoE
xist
ecircnci
a de
vaacuter
ios
equi
pam
ento
s no
s es
tabe
leci
men
tos
de e
nsin
ordquo (P
151
)Ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar 2
010
loca
l de
func
iona
men
to
aacutegua
ene
rgia
esg
oto
lixo
lab
orat
oacuterio
s bi
blio
teca
sa
nitaacute
rios
com
puta
dore
s pa
ra u
so d
a ad
min
istra
ccedilatildeo
co
mpu
tado
res
para
uso
dos
alu
nos
alim
enta
ccedilatildeo
qu
adra
TV
vid
eoca
sset
e D
VD p
arab
oacutelic
a c
opia
dora
re
trop
roje
tor
e im
pres
sora
Para
con
stru
ccedilatildeo
do in
dica
dor d
e in
fraes
trut
ura
foi
utili
zado
um
mod
elo
de T
eoria
de
Resp
osta
ao
Item
(T
RI) q
ue e
stim
a um
traccedil
o la
tent
e a
part
ir do
s ite
ns
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013a
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] a
s co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is d
as e
scol
asrdquo (
P 80
) ldquo[
]
suas
est
rutu
ras
mat
eria
isrdquo (P
81)
ldquo[]
car
acte
rizaccedil
atildeo
infra
estr
utur
a e
equi
pam
ento
srdquo (P
82)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
24
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la aacute
gua
cons
umid
a pe
los
alun
os a
bast
ecim
ento
de
aacutegua
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a e
sgot
o sa
nitaacute
rio s
ala
de d
ireto
ria s
ala
de p
rofe
ssor
lab
orat
oacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias
sala
de
aten
dim
ento
esp
ecia
l qu
adra
de
espo
rtes
cob
erta
des
cobe
rta
coz
inha
bib
liote
ca
parq
ue in
fant
il b
erccedilaacute
rio s
anitaacute
rio fo
ra o
u de
ntro
do
preacuted
io s
anitaacute
rio p
ara
educ
accedilatildeo
infa
ntil
san
itaacuterio
pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
dep
endecirc
ncia
s pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
tv
dvd
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ompu
tado
res
e in
tern
et
Mod
elo
logiacute
stic
o di
cotocirc
mic
o de
doi
s pa
racircm
etro
s da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
que
redu
z o
conj
unto
dos
iten
s a
um tr
accedilo
late
nte
Est
e tr
accedilo
late
nte
expr
essa
a e
scal
a de
infra
estr
utur
a q
ue fo
i tr
ansf
orm
ada
para
o in
terv
alo
de 0
a 1
00 e
apoacute
s a
sua
inte
rpre
taccedilatilde
o fo
i div
idid
a em
qua
tro
gran
des
niacuteve
is d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar
elem
enta
r baacute
sica
ad
equa
da e
ava
nccedilad
a
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013b
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] c
ondi
ccedilotildees
de
infra
estr
utur
a es
cola
r []
incl
ui
mat
eria
is d
idaacutet
icos
equ
ipam
ento
s e
estr
utur
as
fiacutesic
as a
prop
riada
srdquo (p
377
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
o tr
abal
ho
utili
za a
esc
ala
de in
fraes
trut
ura
desc
rita
em o
utro
tr
abal
ho d
os m
esm
os a
utor
es (S
OA
RES
NET
O e
t al
20
13a)
Teor
ia d
e Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Ver S
oare
s N
eto
et
al (
2013
a) A
nalis
aram
um
a su
b-am
ostr
a de
esc
olas
pe
quen
as a
quel
as c
om a
teacute 1
0 tu
rmas
e 2
00 a
luno
s
PIER
I SA
NTO
S (2
014)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
exis
tecircnc
ia d
e ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar
Infra
estr
utur
a el
emen
tar (
aacutegua
esg
oto
e en
ergi
a) r
ecur
sos
fiacutesic
os (e
squi
pam
ento
s e
espa
ccedilos
para
a p
raacutetic
a de
at
ivid
ades
rela
cion
adas
ao
ambi
ente
edu
caci
onal
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
20
12 I
tens
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
aacutegu
a aacute
gua
filtr
ada
esg
oto
preacute
dio
esco
lar
cole
ta d
e lix
o e
nerg
ia
eleacutet
rica
qua
dra
bib
liote
ca o
u sa
la d
e le
itura
san
itaacuterio
sa
nitaacute
rio P
NE
dep
endecirc
ncia
PN
E s
ala
de a
tend
imen
to
espe
cial
TV
DVD
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ozin
ha
sala
da
dire
toria
sal
a do
s pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio d
e ci
ecircnci
as c
ompu
tado
res
O iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a fo
i est
imad
o po
r mei
o da
an
aacutelis
e fa
toria
l
84
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
T C
AC
(201
5)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o]
Dim
ensatilde
o 4
do C
usto
Alu
no Q
ualid
ade
(CA
C)
prev
isto
na
Met
a 20
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo
(PN
E) 2
014
que
defi
ne o
s pa
drotildee
s m
iacutenim
os d
e in
stal
accedilotildee
s e
recu
rsos
edu
caci
onai
s qu
e ab
rigue
m
adeq
uada
men
te a
s at
ivid
ades
pre
vist
as p
ara
a jo
rnad
a es
cola
r e o
fere
ccedilam
con
diccedilotilde
es d
e tr
abal
ho
aos
profi
ssio
nais
que
nel
a at
uam
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
Gru
po d
e Tr
abal
ho (G
T)
foi i
nstit
uiacutedo
pel
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
(MEC
) par
a el
abor
ar e
stud
os s
obre
a e
xecu
ccedilatildeo
das
estr
ateacuteg
ias
que
trat
am d
o C
AQ
e C
AQ
i na
Met
a 20
do
PNE
2014
) O
GT
reco
men
da o
exa
me
das
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
a (s
alas
de
aula
ref
eitoacute
rio c
ozin
ha b
anhe
iros
bibl
iote
ca
sala
de
prof
esso
res
luz
aacutegu
a c
olet
a de
lixo
) do
s eq
uipa
men
tos
disp
oniacutev
eis
(com
puta
dore
s pr
ojet
ores
m
obili
aacuterio
fibr
a oacutep
tica
ant
enas
) e d
os re
curs
os
educ
acio
nais
(liv
ros
didaacute
ticos
bib
liote
ca r
ecur
sos
digi
tais
)
Os p
adrotilde
es m
iacutenim
os d
e in
fraes
trutu
ra d
evem
leva
r em
con
ta a
com
bina
ccedilatildeo
de c
ompo
nent
es d
o CA
Q
cons
ider
ando
o e
spaccedil
o e
os re
curs
os q
ue c
onfe
rem
fu
ncio
nalid
ade
a es
ses e
spaccedil
os E
xem
plos
de
com
bina
ccedilotildees
(a)
aacutere
a di
spon
iacutevel
e c
om a
cess
ibili
dade
pa
ra a
s ativ
idad
es d
e en
sino
cul
tura
e e
spor
tes
(b)
aacuterea
disp
oniacutev
el p
ara
a ge
statildeo
e a
s ativ
idad
es d
e ap
oio
(c
) ace
sso
a liv
ros e
out
ros r
ecur
sos d
idaacutet
icos
(d)
ac
esso
agrave in
tern
et f
requ
ecircnci
a e
velo
cida
de d
e co
nexatilde
o
(e) a
tuaccedil
atildeo c
om o
utro
s ato
res p
ara
a ob
tenccedil
atildeo d
e es
paccedilo
s e m
ater
iais
com
plem
enta
res p
ara
a re
aliz
accedilatildeo
do
Pro
jeto
Ped
agoacuteg
ico
TRIB
UN
AL
DE
CON
TAS
DA
U
NIAtilde
O (2
015)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Exis
tecircnc
ia e
a a
dequ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
de
labo
ratoacute
rio b
iblio
teca
par
que
infa
ntil
qua
dra
de e
spor
te s
ala
de a
ula
ban
heiro
s e
cozi
nha
nas
esco
las
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s de
uso
dire
to d
os a
luno
s (p
2)
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
015
ver
ifica
ccedilatildeo
in lo
co d
e 67
9 es
cola
s puacute
blic
as e
m to
do o
paiacute
s Se
leccedilatilde
o de
esc
olas
em
qua
tro
estaacute
gios
(1o ) s
elec
iona
da a
esc
ola
da re
de
de e
duca
ccedilatildeo
do e
stad
o (o
u do
mun
iciacutep
io) c
om p
ior
nota
na
esca
la d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar (
SOA
RES
NET
O
et a
l 20
13a)
(2o ) s
elec
iona
das
outr
as tr
ecircs e
scol
as d
e ta
man
hos
dive
rsos
da
prim
eira
ist
o eacute
um
a es
cola
m
uito
peq
uena
out
ra p
eque
na u
ma
meacuted
ia e
out
ra
gran
de (
3o ) sel
ecio
nado
s qu
atro
mun
iciacutep
ios
vizi
nhos
ca
da u
m c
om q
uatr
o es
cola
s co
m o
s m
esm
os c
riteacuter
ios
de p
ior n
ota
na e
scal
a de
infra
estr
utur
a e
tam
anho
da
esco
la e
(4o ) a
mos
tra
foi c
ompl
etad
a co
m e
scol
as d
a ca
pita
l e d
e m
unic
iacutepio
s vi
zinh
os a
ela
Ava
liaccedilatilde
o de
nov
e m
acro
s am
bien
tes
Aacutegu
a
Ace
ssib
ilida
de Aacute
rea
Exte
rna
Qua
dra
Parq
uinh
o
Sala
s de
Aul
a B
iblio
teca
Inf
raes
trut
ura
de M
eren
da
Labo
ratoacute
rio d
e In
form
aacutetic
a e
Banh
eiro
s Em
cad
a um
rece
bu u
ma
pont
uaccedilatilde
o em
div
erso
s ite
ns
por e
xem
plo
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is (p
iso
teto
e
pare
de)
situ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
eleacutet
ricas
es
tado
de
cons
erva
ccedilatildeo
e de
hig
iene
lim
peza
ac
essi
bilid
ade
etc
A n
ota
final
foi o
btid
a pe
la s
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s de
cad
a su
bite
m
Para
cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s fo
ram
cria
dos
quat
ro
padr
otildees
de q
ualid
ade
Pre
caacuteria
aci
ma
de 4
5 po
ntos
Ru
im e
ntre
30
e 45
pon
tos
Ace
itaacuteve
l en
tre
15 e
30
pont
os e
Boa
aba
ixo
de 1
5 po
ntos
A
LVES
XAV
IER
(201
6)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
ldquoas
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
sua
s co
ndiccedil
otildees
de
cons
erva
ccedilatildeo
a e
xist
ecircnci
a de
mat
eria
l did
aacutetic
o e
para
didaacute
tico
e a
s co
ndiccedil
otildees
de u
so e
de
func
iona
men
to d
e bi
blio
teca
s la
bora
toacuterio
s sa
las
de a
ula
dep
endecirc
ncia
s ad
min
istr
ativ
as e
out
ras
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
ardquo (p
76)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b de
200
7 2
009
201
1 e
2013
Ite
ns d
os q
uest
ionaacute
rios
da e
scol
a d
o di
reto
r e
do p
rofe
ssor
qua
dras
lab
orat
oacuterio
s au
ditoacute
rio s
ala
de a
rtes
e d
e m
uacutesic
a b
iblio
teca
vol
ume
de u
suaacuter
ios
exis
tecircnc
ia d
e pe
ssoa
l res
pons
aacutevel
uso
s pe
dagoacute
gico
s tip
os d
e us
uaacuterio
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
ace
rvo
co
mpu
tado
res
aces
so agrave
inte
rnet
apa
relh
os d
e au
diov
isua
l im
pres
sora
s e
tele
foni
a c
onse
rvaccedil
atildeo d
e pa
rede
s te
lhad
os s
alas
de
aula
ban
heiro
s ilu
min
accedilatildeo
al
eacutem d
e ex
istecirc
ncia
de
depr
edaccedil
otildees
e ou
tros
asp
ecto
s
Fora
m e
stim
ados
qua
tro
indi
cado
res
por m
eio
da T
RI (m
odel
o de
Sam
ejim
a) i
nsta
ccedilotildees
do
preacuted
io b
iblio
teca
equ
ipam
ento
s pe
dagoacute
gico
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o A
s es
cala
s or
igin
ais
dos
indi
cado
res
em d
esvo
s-pa
dratildeo
for
am
tran
sfor
mad
as p
ara
o in
terv
alo
de 0
a 1
0 P
ara
uso
em a
naacutelis
es d
escr
itiva
s os
indi
cado
res
fora
m
cate
goriz
ados
em
qua
rtis
85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
AVA
LCA
NTI
(2
016)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Defi
ne a
infra
estr
utur
a co
m re
ferecirc
ncia
ao
CAQ
- Cu
sto
Alu
no Q
ualid
ade
da C
ampa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave
Educ
accedilatildeo
(CA
RREI
RA P
INTO
200
7) q
ue v
incu
la
qual
idad
e do
s pr
oces
sos
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
agrave
qual
idad
e do
s in
sum
os u
tiliz
ados
(p 2
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
014
Loc
al d
e fu
ncio
nam
ento
inad
equa
do d
a es
cola
(bar
racatilde
o
casa
de
prof
esso
r ig
reja
gal
patildeo)
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua in
exis
tent
e ou
inad
equa
do (c
acim
ba p
occedilo
rio
coacute
rreg
o) e
sgot
o sa
nitaacute
rio in
exis
tent
e d
estin
accedilatildeo
de
lixo
inad
equa
da a
usecircn
cia
de d
epen
decircnc
ias
baacutesi
cas
(bib
liote
ca l
abor
atoacuter
ios
quad
ra e
spor
tiva
ban
heiro
s co
m a
cess
ibili
dade
) au
secircnc
ia d
e eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
esse
ncia
is (c
opia
dora
viacuted
eo c
asse
te T
V
Dat
asho
w c
ompu
tado
r im
pres
sora
int
erne
t)
Crio
u o
indi
cado
r IPR
FEM
(Iacutend
ice
de P
reca
rieda
de d
a Re
de F
iacutesica
Esc
olar
Mun
icip
al) e
spec
ifica
men
te p
ara
a pe
squi
saS
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s da
s pa
ra
cada
esc
ola
da re
de P
esos
de
acor
do c
om o
impa
cto
de c
ada
item
na
cond
iccedilatildeo
de
prec
arie
dade
do
esta
bele
cim
ento
o c
onhe
cim
ento
da
pesq
uisa
dora
so
bre
a re
de fiacute
sica
esco
lar e
a e
xper
iecircnc
ia c
om o
tr
abal
ho p
edag
oacutegic
o O
resu
ltado
do
indi
cado
r no
niacuteve
l da
rede
esc
olar
foi c
alcu
lada
pel
a m
eacutedia
dos
va
lore
s ob
tidos
por
toda
s as
esc
olas
mun
icip
ais
MAT
OS
RO
DRI
GU
ES
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoEqu
ipam
ento
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o es
cola
rrdquo (p
666
)D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
201
3 e
xist
ecircnci
a de
loc
al p
roacutepr
io d
e fu
ncio
nam
ento
da
esco
la aacute
gua
trat
ada
ene
rgia
eleacute
tric
a s
anea
men
to b
aacutesic
o (c
olet
a de
lixo
de
esgo
to e
pre
senccedil
a de
ban
heiro
na
esco
la)
outr
os e
spaccedil
os e
recu
rsos
esc
olar
es (b
iblio
teca
la
bora
toacuterio
can
tina
com
puta
dore
s e
outr
os
equi
pam
ento
s el
etrocirc
nico
s)
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
r de
infra
estru
tura
por
mei
o de
M
odel
os d
a Te
oria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) A
esca
la
orig
inal
foi c
onve
rtid
a pa
ra v
alor
es d
e ze
ro a
10
OLI
VEIR
A
PERE
IRA
JR
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s P
erce
pccedilatildeo
das
con
diccedilotilde
es d
a sa
la d
e au
la N
iacutevel
de
adeq
uaccedilatilde
o da
sal
a de
aul
a ndash
loca
l ond
e g
eral
men
te
os p
rofe
ssor
es p
assa
m a
mai
or p
arte
do
tem
po d
e tr
abal
ho O
des
envo
lvim
ento
da
ativ
idad
e do
cent
e ne
cess
ita d
e co
ndiccedil
otildees
apro
pria
das
de a
spec
tos
ambi
enta
is e
est
rutu
rais
afe
tand
o ta
nto
alun
os
quan
to p
rofe
ssor
es
Dad
os p
rimaacuter
ios
do su
rvey
Tra
balh
o D
ocen
te n
a Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a no
Bra
sil (
TDEB
B) d
e 20
10 c
om c
erca
de
6 m
il pr
ofiss
iona
is d
a ed
ucaccedil
atildeo e
m e
scol
as p
uacuteblic
as
de s
ete
esta
dos
bras
ileiro
s Va
riaacuteve
is d
e pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
esc
ola
ven
tilaccedil
atildeo e
ilum
inaccedil
atildeo d
a sa
la
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
as p
ared
es d
a s
ala
de a
ula
ruiacuted
o or
igin
ado
na s
ala
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
a sa
la e
spec
iacutefica
de
con
vivecirc
ncia
e re
pous
o c
ondi
ccedilotildees
dos
ban
heiro
s pa
ra fu
ncio
naacuterio
s co
ndiccedil
otildees
dos
equi
pam
ento
s (T
V v
iacutedeo
som
etc
) e
con
diccedilotilde
es d
os re
curs
os
peda
goacutegi
cos
(qua
dro
Xer
oxli
vros
did
aacutetic
os e
tc)
Estim
ou-s
e do
is in
dica
dore
s pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
sal
a de
aul
a e
perc
epccedilatilde
o da
s co
ndiccedil
otildees
da u
nida
de e
scol
ar p
or m
eio
da
teacutecn
ica
esta
tiacutestic
a de
nom
inad
a m
odel
agem
de
equa
ccedilotildees
est
rutu
rais
(MEE
) O
s in
dica
dore
sfor
am
padr
oniz
ados
no
inte
rval
o de
0 a
1 s
endo
o v
alor
m
iacutenim
o (0
) ref
eren
te agrave
pio
r situ
accedilatildeo
pos
siacuteve
l e o
va
lor m
aacutexim
o (1
) agrave
mel
hor
Adi
cion
alm
ente
os
resu
ltado
s do
s in
dica
dore
s fo
ram
cla
ssifi
cado
s em
qu
atro
cat
egor
ias
GO
MES
D
UA
RTE
(201
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
O te
rmo
infra
estr
utur
a es
cola
r []
refe
re-s
e agraves
co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is e
quip
amen
tos
e re
curs
os
fiacutesic
os q
ue p
erm
item
que
as
inst
ituiccedil
otildees
esco
lare
s fu
ncio
nem
sej
a co
mo
espa
ccedilo d
e m
ovim
ento
e
perm
anecircn
cia
de p
esso
as o
u co
mo
loca
l de
apre
ndiz
agem
523
)
Dad
os d
o Ce
nso
Esco
lar 2
013
refe
rent
es agrave
s es
cola
s
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enal
(EF)
Util
izam
26
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la s
obre
a p
rese
nccedila
de it
ens
de re
curs
os e
inst
alaccedil
otildees
baacutesi
cas
equi
pam
ento
s e
inst
alaccedil
otildees
didaacute
ticas
Cria
m p
erfis
(clu
ster
s) p
or m
eio
de u
m m
odel
o de
cla
sses
late
ntes
(LC
A)
que
resu
ltou
em q
uatr
o cl
asse
s de
infra
estr
utur
a es
cola
r su
perio
r m
eacutedio
su
perio
r m
eacutedio
infe
rior e
inf
erio
r A
cla
sse
supe
rior
com
42
das
esc
olas
e 8
12
das
mat
riacutecul
as d
ispotilde
e de
qua
se to
dos
os 2
6 ite
ns (e
xcet
o la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e s
ala
de re
curs
os e
spec
ializ
ados
) e
a cl
asse
in
ferio
r pos
sui a
pena
s aacuteg
ua c
ozin
ha e
um
preacute
dio
excl
usiv
o) 1
1 d
as e
scol
as e
11
d
e m
ariacutec
ulas
O
meacuted
io-s
uper
ior eacute
mui
to p
arec
ido
com
o s
uper
ior
e o
meacuted
io-in
ferio
r co
m o
infe
rior
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
86
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sO
rsquoSU
LLIV
AN
(2
006)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
(dim
ensotilde
es)
A te
se a
nalis
a as
con
diccedilotilde
es d
o pr
eacutedio
esc
olar
de
acor
do
com
a c
lass
ifica
ccedilatildeo
de u
m in
stru
men
to d
enom
inad
o Co
mm
onw
ealth
Ass
essm
ent o
f Phy
sical
Env
ironm
ent
(CAP
E) d
esen
volv
ido
por C
ash
(199
3) p
ara
as c
ondi
ccedilotildees
es
trutu
rais
e co
smeacutet
icas
de
um p
reacutedi
o
Dad
os p
rimaacuter
ios d
e 20
0 es
cola
s de
ensin
o m
eacutedio
EU
A
Aval
iou
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is id
ade
da c
onst
ruccedilatilde
o
sala
s de
aula
tem
poraacute
rias
reno
vaccedilatilde
o a
diccedilatilde
o ou
ap
erfe
iccediloa
men
to d
o ed
ifiacuteci
o ti
po d
e pi
so ja
nela
s ar
-co
ndic
iona
do c
alor
got
eira
s ilu
min
accedilatildeo
das
sala
s de
aula
ca
ract
eriacutest
icas
est
rutu
rais
das s
alas
de
aula
con
diccedilotilde
es
estru
tura
is da
con
stru
ccedilatildeo
inst
alaccedil
otildees a
djac
ente
s ao
preacuted
io b
arul
ho e
xter
no t
omad
as e
leacutetr
icas
das
sala
s de
aula
e c
ober
tura
do
teto
As c
ondi
ccedilotildees
cos
meacutet
icas
do
preacuted
io fo
ram
iden
tifica
das p
or p
intu
ra n
o in
terio
r do
preacuted
io p
intu
ra e
xter
ior
loca
is co
m g
rafit
epi
xo r
emoccedil
atildeo
de g
rafit
epi
xo m
obiacuteli
as d
as sa
las d
e au
la c
lass
ifica
ccedilotildees
co
smeacutet
icas
ger
ais e
freq
uecircnc
ia d
e lim
peza
do
piso
Dad
os d
a pe
squi
sa fo
ram
util
izad
os p
ara
aval
iar a
co
ndiccedil
atildeo p
reacutedi
os e
scol
ares
As r
espo
stas
par
a ca
da
item
no
CAPE
fora
m c
odifi
cada
s com
o um
doi
s trecirc
s qu
atro
cin
co s
eis o
u se
te P
ara
test
ar a
con
fiabi
lidad
e do
inst
rum
ento
foi c
ondu
zido
um
test
e Al
pha
deCr
onba
ch s
endo
que
o v
alor
obt
ido
foi c
onsid
erad
o ldquoa
ceitaacute
velrdquo
(gt 0
7)
GIB
BERD
(200
7)Va
riaacuteve
is e
m
dim
ensotilde
es
[inst
rum
ento
]
Mod
elo
inte
grad
o de
des
empe
nho
do p
reacutedi
o In
tegr
ated
bui
ldin
g pe
rfor
man
ce m
odel
ndash IB
PM)
(1) P
esso
as i
nfra
estr
utur
a d
eve
gara
ntir
que
seus
usu
aacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacute
sica
s at
endi
das
gara
ntir
que
dire
itos
hum
anos
se
jam
resp
eita
do (
2) a
infra
estr
utur
a de
ve g
aran
tir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am v
azam
ento
s se
jam
es
trut
ural
men
te s
oacutelid
as t
enha
m b
aixo
s cu
stos
de
oper
accedilatildeo
m
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
no
uso
dos
esp
accedilos
e d
os re
curs
os (
3) P
rogr
ama
in
fraes
trut
ura
dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
at
ivid
ades
esc
olar
es
O a
rtig
o ap
rese
nta
um in
stru
men
to d
esen
volv
ido
para
av
alia
ccedilatildeo
da in
fraes
trut
ura
de e
scol
as ru
rais
da
Aacutefri
ca
do S
ul q
ue c
onte
mpl
a os
iten
s pe
ssoa
s in
fraes
trut
ura
e pr
ogra
mas
Ap
rese
nta
par
a ca
da u
ma
das
dim
ensotilde
es
obje
tivos
com
os
seus
resp
ectiv
os in
dica
dore
s p
ara
verif
icaccedil
atildeo
GIB
BERD
M
PHU
TLA
NE
(200
7)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
[in
stru
men
to]
Gar
antia
de
que
os e
difiacutec
ios
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
os t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
o e
man
uten
ccedilatildeo
e qu
e se
jam
efic
ient
es ta
nto
no u
so d
os e
spaccedil
os q
uant
o no
uso
de
recu
rsos
(Efic
iecircnc
ia C
usto
s op
erac
iona
is
Ges
tatildeo
Man
uten
ccedilatildeo
Sauacute
de e
Seg
uran
ccedila)
O in
stru
men
to o
SRN
(Sch
ool R
egist
er o
f Nee
ds ndash
Reg
istro
es
cola
r de
nece
ssid
ades
) pa
ra a
valia
r esc
olas
rura
is da
Aacutef
rica
do S
ul s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
seg
uran
ccedila n
uacutemer
o de
sala
s de
aula
e d
e ou
tros e
spaccedil
os e
se h
aacute ne
sses
se
rviccedil
os c
omo
aacutegua
e e
letri
cida
de m
ater
iais
utiliz
ados
na
cons
truccedilatilde
o c
ondi
ccedilotildees
ger
ais d
o pr
eacutedio
ram
pas d
e ac
esso
e
banh
eiro
s par
a al
unos
com
defi
ciecircn
cias
equ
ipam
ento
s co
mo
cade
iras
mes
as e
com
puta
dore
s te
lefo
ne e
nerg
ia
banh
eiro
s m
uro
cor
redo
res e
inst
alaccedil
otildees e
spor
tivas
m
edid
as d
e pr
even
ccedilatildeo
ao c
rime
com
o ba
rras a
nti-r
oubo
(g
rade
de
ferro
em
jane
las)
e a
larm
es M
SEE
(Min
imum
St
anda
rds f
or Ed
ucat
ion
in E
mer
genc
ies ndash
Pad
rotildees
miacuten
imos
pa
ra e
mer
gecircnc
ia n
a ed
ucaccedil
atildeo)
entre
out
ros
O in
trum
ento
reuacuten
e da
dos
quan
titat
ivos
e
qual
itativ
os S
RN (R
egis
tro
Esco
lar d
e N
eces
sida
des)
ndash
quan
titat
ivo
MSE
E (P
adrotilde
es M
iacutenim
os p
ara
Educ
accedilatildeo
em
Em
ergecirc
ncia
s) ndash
qua
litat
ivo
Cont
inua
87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sSE
BAKE
M
PHU
TLA
NE
G
IBBE
RD (2
007)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
seus
us
uaacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacutes
icas
at
endi
das
Dev
e ga
rant
ir ta
mbeacute
m q
ue d
ireito
s hu
man
os s
ejam
resp
eita
dos
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
as t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
om
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
tant
o no
uso
dos
esp
accedilos
qua
nto
no u
so d
e re
curs
os A
infra
estr
utur
a es
cola
r dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
ativ
idad
es n
eces
saacuteria
s
O in
stru
men
to p
ara
aval
iaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a pa
ra a
s es
cola
s ru
rais
Est
udo
pilo
to e
m e
scol
as ru
rais
da Aacute
frica
do
Sul
Um
sis
tem
a de
ava
liaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a da
s es
cola
s po
r mei
o de
um
inst
rum
ento
que
con
side
ra
as d
imen
sotildees
des
crita
s pe
ssoa
s
VALD
EacuteS e
t al
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
das
Defi
ne e
mpi
ricam
ente
infra
estr
utur
a de
aco
rdo
com
a p
rese
nccedila
cum
ulat
iva
de d
eter
min
ados
iten
s da
esc
ola
Dad
os d
a pe
squi
sa S
ERCE
de
2006
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) em
20
paiacutese
s da
Ameacuter
ica
Latin
a in
clui
ndo
o Br
asil
As
variaacute
veis
de in
fraes
trutu
ra s
ala
de d
ireccedilatilde
o sa
las p
ara
apoi
o ad
min
israt
ivas
sal
a de
pro
fess
ores
qua
dra
espo
rtiv
a
labo
ratoacute
rio g
inaacutes
io ja
rdim
esc
olar
sal
a de
info
rmaacutet
ica
au
ditoacute
rio c
ozin
ha r
efei
toacuterio
sal
a de
arte
s en
ferm
aria
se
rviccedil
o ps
icop
edag
oacutegic
o e
bibl
iote
ca P
ara
de a
cess
o a
serv
iccedilos
aacutegu
a e
letri
cida
de e
tele
fone
Para
as
variaacute
veis
nuacutem
ero
de c
ompu
tado
res
e nuacute
mer
o de
bib
liote
cas
a an
aacutelis
e ba
seou
-se
na
proacutep
ria q
uant
ifica
ccedilatildeo
dos
itens
Jaacute
para
o iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a cr
iou-
se u
ma
esca
la c
om in
terv
alo
de
0 a
15 e
par
a o
iacutendi
ce d
e se
rviccedil
os fo
i util
izad
a um
a es
cala
de
0 a
5
WO
LNIA
K
ENG
BERG
(2
010)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Infra
estu
rura
defi
nida
em
piric
amen
te d
e ac
ordo
co
m o
s ite
ns d
e re
curs
os e
scol
ares
D
ados
sec
undaacute
rios
do T
he N
atio
nal L
ongi
tudi
nal S
urve
y of
Fr
eshm
en (N
LSF)
pat
roci
nado
pel
o O
ffice
of P
opul
atio
n Re
sear
ch d
a U
nive
rsid
ade
de P
rince
ton
Ava
liao
nze
itens
so
bre
recu
rsos
esc
olar
es n
o en
sino
meacuted
io e
a q
ualid
ade
dess
es re
curs
os a
sab
er b
iblio
teca
con
selh
eiro
de
orie
ntaccedil
atildeo o
u co
mpu
tado
res
Os
itens
satildeo
ava
liado
s em
um
a es
cala
tipo
Lik
ert
que
vai d
e ru
im a
teacute e
xcel
ente
Os
auto
res
cria
m u
m
indi
cado
r de
infra
estr
utur
a m
as n
atildeo e
scla
rece
m n
o te
xto
o m
eacutetod
o de
est
imaccedil
atildeo u
tiliz
ado
CU
YVER
S et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
turu
ra d
efini
da e
mpi
ricam
ente
de
acor
do c
om a
pe
rcep
ccedilatildeo
de a
luno
s que
resp
onde
ram
a u
m su
rvey
D
ados
prim
aacuterio
s de
surv
ey ju
nto
a es
tuda
ntes
em
14
esco
las s
ecun
daacuteria
s da
Beacutelg
ica
(n=
2032
) qu
e in
vest
igou
a
perc
epccedilatilde
o do
s so
bre
(1) o
preacute
dio
esco
lar t
em u
ma
estru
tura
esp
acia
l livr
e on
de eacute
faacuteci
l se
orie
ntar
(2)
as s
alas
de
aula
abe
rtas
a u
ma
aacuterea
(ver
de)
(3) o
preacute
dio
esco
lar o
fere
ce
recu
rsos
de
TI b
em in
tegr
ados
e a
cess
o a
varia
das f
onte
s de
pesq
uisa
(4)
todo
s os i
ndic
ador
es re
laci
onad
os agrave
segu
ranccedil
a (e
g o
preacute
dio
esco
lar eacute
bem
pro
tegi
do c
ontra
inva
sotildees
) (5
) cr
iteacuterio
s sob
re a
con
diccedilatilde
o do
preacute
dio
esco
lar
(6) c
riteacuter
ios
sobr
e a
amen
idad
e e
conf
orto
fiacutesic
o de
preacute
dio
esco
lar
(tem
pera
tura
acuacute
stic
a ilu
min
accedilatildeo
e v
entil
accedilatildeo
)
O in
dica
dor eacute
con
stru
ido
por e
scal
onam
ento
dos
ite
ns d
o qu
estio
naacuterio
apl
icad
o ao
s al
unos
mas
os
auto
res
natildeo
escl
arec
em n
o te
xto
de q
ue fo
rma
o in
dica
dor f
oi p
rodu
zido
88
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
LIC
KA e
t al
(201
1)U
tiliz
a va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
teD
efine
em
piric
amen
te a
s ldquoca
ract
eriacutes
ticas
prim
aacuteria
s da
esc
olardquo
que
con
teacutem
as
info
rmaccedil
otildees
sobr
e in
fraes
trut
ura
Dad
os p
rimaacuter
ios
de su
rvey
con
duzi
do p
elos
aut
ores
em
20
04 e
m M
adag
asca
r Es
cola
s se
leci
onad
as a
par
tir d
e um
a pe
squi
sa d
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
No
grup
o da
s ldquoCa
ract
eriacutes
ticas
Prim
aacuteria
s Es
cola
resrdquo
as
variaacute
veis
re
laci
onad
as agrave
infra
estu
tura
satildeo
dis
tacircnc
ia d
o ce
ntro
da
com
unid
ade
(km
) e
scol
a se
m s
anitaacute
rio s
anitaacute
rio
sepa
rado
por
sex
o p
erce
ntag
em d
e sa
las
de a
ula
com
qu
adro
neg
ro
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
corr
elac
oinaacute
-las
a re
sulta
dos
esco
lare
s
OC
DE
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
A n
occedilatildeo
de
infra
estr
utur
a es
taacute re
laci
onad
a agraves
co
ndiccedil
otildees
esco
lare
s e
de e
nsin
o
Dad
os d
o Pr
ogra
ma
de A
valia
ccedilatildeo
de E
stud
ante
s de
15
anos
(Pisa
) or
gani
zado
pel
a O
CDE
com
a p
artic
ipaccedil
atildeo d
e vaacute
rios
paiacutese
s in
clus
ive
o Br
asil
Que
stio
naacuterio
resp
ondi
do
pelo
dire
tor
Itens
sob
re in
fraes
trut
ura
- esc
asse
z ou
in
adeq
uaccedilatilde
o de
(1)
est
rutu
ra fiacute
sica
da e
scol
a (2
) sis
tem
as e
leacutetr
icos
e d
e aq
ueci
men
to e
ou
resf
riam
ento
e
(3) e
spaccedil
o na
s sa
las
de a
ula
Iten
s de
recu
rsos
esc
olar
es
- esc
asse
z ou
inad
equa
ccedilatildeo
de (
(1) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
a
(2) m
ater
iais
didaacute
ticos
(3)
com
puta
dore
s (4
) int
erne
t e
(5) s
oftw
ares
edu
caci
onai
s
Fora
m c
onst
ruiacuted
os d
ois
iacutendi
ces
- iacutend
ice
de
infra
estr
utur
a e
iacutendi
ce d
e re
curs
os e
scol
ares
O
s iacuten
dice
s tecirc
m e
scal
a em
des
vios
-pad
ratildeo
Va
lore
s po
sitiv
os in
dica
m m
elho
res
cond
iccedilotildee
s de
in
fraes
trut
ura
e re
curs
os e
scol
ares
CU
ESTA
G
LEW
WE
BR
OO
KE (2
014)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Defi
ne in
fraes
tutu
ra p
ela
a pr
esen
ccedila d
e de
term
inad
os it
ens
cara
cter
iacutestic
as d
a sa
la d
e au
la
com
o lu
z na
tura
l te
mpe
ratu
ra a
cuacutest
ica
pre
senccedil
a na
esc
ola
de e
letr
icid
ade
aacutegu
a po
taacuteve
l e a
con
diccedilatilde
o do
edi
fiacutecio
exi
stecircn
cia
de u
ma
bibl
iote
ca l
abor
atoacuter
io
de in
form
aacutetic
a ou
labo
ratoacute
rios
de c
iecircnc
ias
livro
s di
daacutetic
os
mat
eria
is p
edag
oacutegic
os e
tecn
olog
ias
de
info
rmaccedil
atildeo e
com
unic
accedilatildeo
(TIC
)
Revi
satildeo
de e
stud
os s
obre
o im
pact
o da
infra
estr
utur
a no
apr
endi
zado
dos
alu
nos
de p
aiacutese
s la
tino-
amer
ican
os d
e 19
90 a
201
2 V
ariaacute
veis
ana
lisad
as
cond
iccedilatildeo
das
par
edes
pis
os e
telh
ado
mat
eria
is d
e in
stru
ccedilatildeo
na s
ala
de a
ula
(com
o fli
p ch
arts
qua
dro
bran
co e
m c
aval
ete)
e q
uadr
os n
egro
s m
as e
xclu
indo
liv
ros
didaacute
ticos
) di
spon
ibili
dade
de
elet
ricid
ade
aacutegu
a e
sani
taacuterio
s e
a di
spon
ibili
dade
de
labo
ratoacute
rios
(ciecirc
ncia
s e
info
rmaacutet
ica)
bib
liote
cas
mes
as e
qua
dros
O e
stud
o fa
z um
bal
anccedilo
de
outr
os e
stud
os
Apr
esen
ta e
stat
iacutestic
as d
escr
itiva
s po
r paiacute
ses
(pro
porccedil
atildeo) d
os it
ens
de in
fraes
trut
ura
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sIN
EE (2
016)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Aval
iaccedilatilde
o da
s Co
ndiccedil
otildees
Baacutesic
as p
ara
o En
sino
e a
Apr
endi
zage
m (E
valu
acioacute
n de
Con
dici
ones
Baacutes
icas
pa
ra la
Ens
entildean
za y
el A
pren
diza
je ndash
ECE
A) r
ealiz
ada
pelo
Inst
ituto
Nac
iona
l par
a la
Eva
luac
ioacuten
de la
Ed
ucac
ioacuten
(INEE
) do
Meacutex
ico
Defi
ne in
fraes
trut
ura
com
o o
conj
unto
de
inst
alaccedil
otildees
e se
rviccedil
os q
ue
perm
item
a re
aliz
accedilatildeo
do
trab
alho
esc
olar
em
co
ndiccedil
otildees
de d
igni
dade
seg
uran
ccedila e
bem
-est
ar
Os
mob
iliaacuter
ios
e eq
uipa
men
tos
bem
com
o m
ater
iais
de
apo
ios
satildeo
nece
ssaacuter
ios
para
a re
aliz
accedilatildeo
das
at
ivid
ades
cur
ricul
ares
e a
dmin
istra
tivas
Dad
os d
o es
tudo
pilo
to d
e 20
14 c
om a
mos
tra d
e es
cola
s pr
imaacuter
ias
Dim
ensotilde
es e
iten
s (1
) In
fraes
truct
ura
para
o
bem
est
ar e
apr
endi
zage
m d
os e
stud
ante
s (ac
esso
a
serv
iccedilos
baacutes
icos
esp
accedilos
esc
olar
es su
ficie
ntes
e a
cess
iacutevei
s co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as d
e se
gura
nccedila
e hi
gien
te)
(2) m
obili
aacuterio
e
equi
pam
ento
s baacutes
icos
par
a o
ensin
o e
apre
ndiz
ado
(mob
iliaacuter
io su
ficie
nte
e ad
equa
do e
qupa
men
tos d
e ap
oio)
e (3
) mat
eria
is de
apo
io e
duca
tivo
(mat
eria
is cu
rriacutecu
lare
s m
ater
iais
didaacute
ticos
ace
rvo
da b
iblio
teca
) O
s ind
icad
ores
incl
uem
ace
sso
a se
rviccedil
os p
uacuteblic
os (aacute
gua
en
ergi
a e
sgot
o) a
mbi
ente
fiacutesic
o ad
equa
do (v
entil
accedilatildeo
te
mpe
ratu
ra il
umin
accedilatildeo
ruiacute
dos)
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
ac
adecircm
icas
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
esp
ortiv
as c
ultu
rais
e de
recr
eccedilatildeo
exi
stecircn
cia
de b
anhe
iros e
ban
heiro
s par
a pe
ssoa
s com
defi
ciecircn
cia
ace
ssib
ilida
de c
onse
rvaccedil
atildeo
trata
men
to ig
ualit
aacuterio
par
a al
unos
seg
undo
gecircn
ero
liacuten
gua
orig
em so
cial
eacutetn
ica
etc
Apr
esen
ta re
sulta
dos
do e
stud
o pi
loto
mar
co
basi
co p
ara
orie
ntar
a im
plan
taccedilatilde
o e
func
iona
men
to
das
esco
las
e or
ient
ar a
ava
liaccedilatilde
o da
s es
cola
s de
edu
caccedilatilde
o baacute
sica
O in
stru
men
to re
spon
dido
pe
la e
quip
e da
esc
ola
que
dev
e re
fletir
sob
re
as c
ondi
ccedilotildees
meacuted
ias
da e
scol
a pa
ra c
ada
item
A
leacutem
dis
so c
olet
a op
iniotilde
es s
obre
o q
uant
o a
infra
estr
utur
a af
eta
o en
sino
e a
pren
diza
do e
accedilotilde
es
nece
ssaacuter
ias
para
mel
horia
Est
udo
Um
info
rme
com
os
resu
ltado
s do
est
udo
pilo
to re
aliz
ado
em
esco
las
prim
aacuteria
s ap
rese
nta
anaacutel
ises
des
criti
vas
dos
itens
que
com
potildee
cada
um
a de
ssas
dim
ensotilde
es
Apr
esen
ta re
cort
es s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
das
esc
olas
(u
rban
a ru
ral
aacuterea
indiacute
gena
) e ti
po d
e or
gani
zaccedilatilde
o (m
ultis
eria
do o
u natilde
o) e
eta
pas
UN
ESCO
(201
6)D
imen
sotildees
e
indi
cado
res
(doc
umen
to
norm
ativ
o)
A m
eta
4a
do o
bjet
ivo
4 da
Age
nda
2030
par
a D
esen
volv
imen
to S
uste
ntaacutev
el d
efine
com
o
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as a
prop
riada
s pa
ra c
rianccedil
as
e se
nsiacutev
eis
agraves d
efici
ecircnci
as e
ao
gecircne
ro e
que
pr
opor
cion
em a
mbi
ente
s de
apr
endi
zage
m s
egur
os
e natilde
o vi
olen
tos
incl
usiv
os e
efic
azes
par
a to
dos
Indi
cado
res p
ara
mon
itora
men
to (A
) Por
cent
agem
de
esco
las c
om a
cess
o a
(i) aacute
gua
potaacute
vel b
aacutesic
a (i
i) in
stal
accedilotildee
s sa
nitaacute
rias d
e se
xo uacute
nico
baacutes
icas
e (i
ii) in
stal
accedilotildee
s de
lava
gem
das
matildeo
s baacutes
icas
(B)
Pro
porccedil
atildeo d
e es
cola
s com
ac
esso
a (i
) ele
trici
dade
(ii)
inte
rnet
par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
e
(iii)
com
puta
dore
s par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
(C) P
orce
ntag
em
de e
scol
as c
om in
fra-e
stru
tura
e m
ater
iais
adap
tado
s par
a es
tuda
ntes
com
defi
ciecircn
cia
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o D
ocum
ento
nor
mat
ivo
ap
rese
nta
um m
arco
bas
ico
para
orie
ntar
a
impl
anta
ccedilatildeo
e fu
ncio
nam
ento
das
esc
olas
e o
rient
ar
a av
alia
ccedilatildeo
das
esco
las
de e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca
DU
ART
E
JAU
REG
UIB
ER
RY R
AC
IMO
(2
017)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
D
efine
a su
ficiecirc
ncia
da
infra
estru
tura
par
a pa
iacuteses
latin
o-am
eric
anos
que
par
ticip
aram
do
Terc
e - T
erce
iro
Estu
do e
xplic
ativ
o e
com
para
tivo
de d
esem
penh
o es
cola
r se
gund
o o
s com
pone
ntes
baacutes
icos
do
ambi
ente
fiacutesic
o pa
ra fo
rnec
er o
s rec
urso
s nec
essaacute
rios
para
o p
roce
sso
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
Dad
os d
o TE
RCE
2013
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) Pa
ra m
ensu
rar a
su
ficiecirc
ncia
os i
tens
do
ques
tionaacute
rio re
spon
dido
pel
o di
reto
r or
gani
zado
s em
seis
cate
goria
s (1
) aacutegu
a e
sane
amen
to
baacutesic
o (aacute
gua
potaacute
vel e
sgot
o b
anhe
iros e
m b
oas
cond
iccedilotildee
s e c
olet
a de
lixo)
(2)
ace
sso
aos s
ervi
ccedilos p
uacuteblic
os
(ele
trici
dade
tel
efon
ia e
inte
rnet
) (3
) esp
accedilos
edu
caci
onai
s (s
ala
de a
rtem
uacutesic
a la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e in
form
aacutetic
a e
bibl
iote
ca)
(4) e
spaccedil
os a
dmin
istra
tivos
(sal
a do
dire
tor
sala
s adm
inist
rativ
as s
ala
de re
uniatilde
o do
s pro
fess
ores
e
enfe
rmar
ia)
(5) e
spaccedil
os m
ultiu
sos (
ginaacute
sio a
uditoacute
rio e
qu
adra
s de
espo
rtes)
e (6
) equ
ipam
ento
s da
sala
de
aula
(q
uadr
o br
anco
ou
de g
iz m
esa
e ca
deira
par
a o
prof
esso
r m
esas
e c
adei
ras p
ara
todo
s os a
luno
s)
A m
ensu
raccedilatilde
o da
sufi
ciecircn
cia
da in
fraes
trut
ura
feita
pe
la p
rese
nccedila
dos
itens
nas
cat
egor
ias
Para
atin
gir
o cr
iteacuterio
de
sufic
iecircnc
ia a
esc
ola
deve
ter
todo
s os
iten
s da
1a
cate
goria
el
etric
idad
e e
tele
foni
a na
2a
pel
o m
enos
a b
iblio
teca
den
tre
os it
ens
da
3a p
elo
men
os d
ois
dent
re o
s qu
atro
iten
s da
4a
pe
lo m
enos
um
den
tre
os tr
ecircs it
ens
da 5
a e
todo
s os
iten
s da
6a
Anaacute
lise
desc
ritiv
a p
erce
ntua
l de
esco
las
com
gra
u su
ficie
nte
nas
seis
cat
egor
ias
em
cinc
o q
uatr
o tr
ecircs d
ois
uma
ou n
enhu
ma
cate
goria
se
gund
o pa
iacuteses
e o
utra
s va
riaacuteve
is d
iscr
imin
ante
s
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
90
Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar
Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar
Nac
iona
l
Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)
SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)
MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017
Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3
inte
rnac
iona
l
Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia
91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)
Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios
Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo
Indi
cado
r(es)
BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)
OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)
MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)
Variaacute
veis
VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
92
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Continua
94
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
noPrevenccedilatildeo de danos
Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Conservaccedilatildeo
Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Ambiente Prazeroso
Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra o
ens
ino
e ap
rend
izad
o
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio administrativo
Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra a
eq
uida
de
Acessibilidade
Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)
Ambiente para atendimento especializado
Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)
95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas
Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes
de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as
meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola
De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do
tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados
em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores
com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo
equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo
mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos
instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo
As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo
de unidimensionalidade dos construtos
As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o
indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas
poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria
em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo
dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras
Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso
sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero
de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos
boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois
como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala
seraacute limitado
Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral
pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra
indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas
para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro
resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas
meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que
nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee
96
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Indi
cado
r ndash A
cess
o a
serv
iccedilos AacuteGUA
Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658
ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939
ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416
LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E S GOT O0 1 2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 AacuteGUA
0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E NE R GIA0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 LIXO0 1
97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Instalaccedilotildees do preacutedio escolar
Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa
Indi
cado
r ndash In
stal
accedilotildee
s do
preacute
dio
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879
IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908
IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349
IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522
IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846
IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663
IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588
IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645
_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores
Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
BAN
HEI
RO_
FORA
DEN
TRO
IN_C
OZI
NH
A
IN_R
EFEI
TORI
O
IN_D
ESPE
NSA
IN_S
ALA
_DIR
ETO
RIA
IN_S
ALA
_PRO
FESS
OR
IN_S
ECRE
TARI
A
IN_A
LMO
XARI
FAD
O
IN_A
GU
A_F
ILTR
AD
A
BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039
IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013
IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008
IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018
IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030
IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026
IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022
IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026
IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
98
Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO
0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COZINHA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DESPENSA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1
99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash P
reve
nccedilatildeo
de
dano
s
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Prot_incendio
Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290
Ilum_foraEscolUNI
Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453
Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782
Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015
Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Prot_incendio0
1
2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI
0
1 2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_fisica
0
1
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_equip
0
1
100
Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar
Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
telhado
Ruim 132 129 124
Regular 301 311 308
Bom 567 561 569
parede
Ruim 76 72 76
Regular 316 322 325
Bom 608 606 598
piso
Ruim 126 111 116
Regular 294 297 303
Bom 580 592 581
entrada
Ruim 101 90 97
Regular 291 287 296
Bom 607 623 607
paacutetio
Ruim 154 139 139
Regular 293 298 292
Bom 553 563 569
corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628
sala
Ruim 85 84 84
Regular 350 356 353
Bom 565 561 563
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475
janelas
Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526
banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431
cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567
insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462
insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449
Sinaldepr
Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332
Natildeo 570 553 581
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
telh
ado
pare
de
piso
entr
ada
paacutetio
corr
edor
sala
port
as
jane
las
banh
eiro
s
cozi
nha
inst
hidr
a
inst
elet
rica
Sina
ldep
rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039
parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045
piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038
entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040
paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035
corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038
sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049
portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053
janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047
banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048
cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034
insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046
insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045
Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Indi
cado
r ndash C
onse
rvaccedil
atildeo
101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 telhado
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 parede0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 piso0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 entrada0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 paacutetio0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 corredor0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 sala0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 portas0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 janelas
0
12
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 banheiros0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 cozinha
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 insthidra0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 insteletrica0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 Sinaldepr
01
2
Prob
abili
dade
Prob
abili
dade
102
Conforto
Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash C
onfo
rto
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630
ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600
BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Iluminada Arejada BiblioArejIlum
Iluminada 100 077 047
Arejada 077 100 052
BiblioArejIlum 047 052 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Iluminada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Arejada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BiblioArejIlum
01
103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ambiente prazeroso
Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
mbi
ente
Pra
zero
so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215
N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407
IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272
IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048
IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046
IN_AREA_VERDE 050 032 100 031
IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 PATIO_COB_DES0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AREA_VERDE0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0
1
104
Espaccedilos pedagoacutegicos
Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
spaccedil
os P
edag
oacutegic
os
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468
NU_COMP_ALUNO_CAT
Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108
QUADRA_COBDESCOB
Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54
IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115
IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_LABORATORIO_INFORMATICA
NU_COMP_ALUNO_CAT
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
QUADRA_COBDESCOB
IN_LABORATORIO_CIENCIAS
IN_AUDITORIO
IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Equipamentos para apoio administrativo
Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
quip
amen
tos
para
apo
io a
dmin
istr
ativ
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT
Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64
NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT
Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136
NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()
Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117
NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT
Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91
IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013
106
Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU
_EQ
UIP
_CO
PIA
DO
RA_C
AT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_CAT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_MU
LT_
CAT
NU
_CO
MP_
AD
MIN
ISTR
ATIV
O_C
AT
IN_I
NTE
RNET
_B_L
ARG
A
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0
1 2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0
1 23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0
1
2
107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa
indi
cado
r ldquoEq
uipa
men
tos
para
apo
io p
edag
oacutegic
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_TV_CAT
Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249
NU_EQUIP_DVD_CAT
Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144
NU_EQUIP_SOM_CAT
Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168
NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT
Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138
NU_EQUIP_FOTO_CAT
Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU_EQUIP_TV_
CATNU_EQUIP_DVD_
CATNU_EQUIP_SOM_
CATNU_EQUIP_
MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_
CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
108
Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Acessibilidade
Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
cess
ibili
dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399
IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298
infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0
1
2
3
109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015
IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb
Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Ambiente para atendimento especializado
Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
tend
imen
to
Educ
acio
nal E
spec
ializ
ado
(AEE
) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83
IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 infra_deficiencia
0
1
2
110
Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_BRAILLE_CAT
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT
IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1
111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio
Prevenccedilatildeo de danos ()
Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41
AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13
AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12
RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23
PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18
AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28
TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41
MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19
PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32
CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39
RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31
PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23
PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25
AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36
SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44
BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26
MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42
ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40
RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58
SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48
PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60
SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48
RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55
MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59
MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38
GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47
DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57
continua
112
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)
Espaccedilos pedagoacutegicos
Equip p apoio admin
Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20
13
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57
AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34
AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35
RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40
PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40
AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48
TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56
MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42
PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50
CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60
RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55
PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52
PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51
AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53
SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56
BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49
MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61
ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59
RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67
SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68
PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67
SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65
RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65
MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67
MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59
GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63
DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb
113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo
originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das
informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)
Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas
pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos
de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam
teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais
matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais
complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e
a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015
Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem
e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e
escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel
mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees
educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para
dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE
de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis
Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de
aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura
(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa
a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)
Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os
indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil
Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e
2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da
variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos
Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)
Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas
35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas
para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino
Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes
na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola
25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt
114
Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a
presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na
composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os
Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem
matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente
consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre
7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)
Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo
Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos
Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do
ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino
fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183
LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14
Regiatildeo
Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72
Unidades da Federaccedilatildeo
Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13
continua
115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal Privada
Etapas
Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221
Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517
Nordm de alunos
Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217
Niacuteveis de Complexidade da escola ()
1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07
Grupos do INSE 2015 ()
Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212
Faixas do Ideb - anos iniciais ()
Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00
Faixas do Ideb - anos finais ()
Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00
Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015
116
117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral
Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)
Cozinha
Aacutegua_filtrada
Aacutegua_rio
Banheiro_fora
Energia_outro
Esgoto_fossa
Energia_rede
Banheiro_dentro
Aacutegua_poccedilo
TV_1
DVD_1
Sinal_depred_pouco
Janelas_ruim
IluminaFora_ruim
Impressora_1
Seguranccedila_equipamento
SOM_1
Aacutegua_rede
Sala_diretoria
Lixo_coleta
Parede_regular
Comput_Adm_1
Telhado_regular
Paacutetio_Cob_ou_Descob
Salas_regular
Comp_aluno_1a5
Entrada_regular
Piso_regular
Cozinha_regular
Ilumina_salas_MaisMetade
Secretaria
Internet_semBandaLarga
Corredor_regular
Seguranccedila_fiacutesica
Portas_regular
Sala_professor
Janelas_regular
MaqFoto_1
000010
150151
182197
223286
346374
390393
412418
426430
435445
450451
451454
461467
473473
475481
485485
488488
491494
496497
500500
Paacutetio_regular
Lab_informaacutetica
Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq
SalaLeitura
IluminaFora_regular
InstalHidra_regular
Areja_salas_MaisMetade
InstalEletric_regular
EquipMultimiacutedia_1
Copiadora_1
Banheiros_regular
Despensa
Internet_comBandaLarga
Comput_Adm_2a3
Comp_aluno_6a10
Impressora_2
TV_2
Ilumina_salas_Todas
Biblio_Areja_Ilumina
Esgoto_rede
Corredor_bom
Prot_incend_ruim
SOM_2
Parede_bom
Entrada_bom
Quadra_descoberta
Biblioteca
Piso_bom
Sinal_depred_natildeo
Areja_salas_Todas
Telhado_bom
Cozinha_bom
Paacutetio_bom
Salas_bom
Janelas_bom
Almoxarifado
DVD_2
Prot_incend_regular
501512
512513
515515
515516
519522
524533
533536
546550
552564
564568
570571
571573
573573
576579
579579
580583
586586
593596
596599
Comp_aluno_11a15
Portas_bom
InstalHidra_bom
Banheiro_chuveiro
Banheiro_PNE
Impressora_3
IluminaFora_bom
InstalEletric_bom
ImpressoraMulti_1
Banheiros_bom
Comput_Adm_4a7
Refeitoacuterio
Quadra_coberta
TV_3mais
SOM_3
Comp_aluno_16a20
EquipMultimiacutedia_2
Dependecircncias_PNE
Prot_incend_bom
Impressora_4mais
MaqFoto_2
Aacuterea_verde
Parque_infantil
Copiadora_2
SOM_4mais
DVD_3mais
Lab_ciecircncias
Paacutetio_Cob_e_Descob
Comput_Adm_mais7
EquipMultimiacutedia_3mais
Infra_deficiecircncia_Adeq
Comp_aluno_mais20
ImpressoraMulti_2
Auditoacuterio
SalaLeitura_e_Biblio
Quadra_coberta_e_descob
MaqFoto_3mais
Copiadora_3mais
604607
610611
611613
614614
614617
617622
629632
635644
644644
656662
674675
677681
684688
693697
703709
711720
727737
739760
769785
Informaacutetica_acessiacutevel
ImpressoraMulti_3mais
Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument
Soroban
Braille
815820
865917
1000
118
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
120
121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Anexo 1
Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE
CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a
construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20
3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
7 Refeitoacuterio 1 50
8 CopaCozinha 1 15
9 Quadra coberta 1 200
10 Parque infantil 1 20
11 Banheiros 4 20
12 Sala de depoacutesito 3 15
13 Sala de TVDVD 1 30
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1150
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1
Fonte CNE (2010)
122
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item
1 Sala de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20
3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45
6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
8 Refeitoacuterio 1 80
9 Copacozinha 1 20
10 Quadra coberta 1 500
11 Banheiros 6 20
12 Sala de depoacutesito 2 30
13 Sala de TVDVD 1 50
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1650
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo Quantidade
1 Esportes e brincadeiras
11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30
2 Cozinha
21 Freezer de 305 litros 2
22 Geladeira de 270 litros 2
23 Fogatildeo industrial 2
24 Liquidificador industrial 2
25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2
3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos
31 Enciclopeacutedias 2
32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4
33 Outros dicionaacuterios 30
34 Literatura infantojuvenil 3000
35 Literatura brasileira 3000
36 Literatura estrangeira 3000
37 Paradidaacuteticos 600
38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200
4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto
41 Retroprojetor 1
42 Tela para projeccedilatildeo 1
43 Televisor de 20 polegadas 10
44 Suporte para TV e DVD 10
45 Aparelho de DVD 10
46 Maacutequina fotograacutefica 1
47 Aparelho de CD e raacutedio 10
5 Processamento de Dados
51 Computador para sala de informaacutetica 30
52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8
53 Impressora jato de tinta 2
54 Impressora laser 2
55 Fotocopiadora 1
56 Guilhotina de papel 1
6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral
61 Carteiras 300
62 Cadeiras 300
63 Mesa tipo escrivaninha 10
64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10
65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10
66 Mesa para computador 38
67 Mesa de leitura 4
68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2
69 Armaacuterio com 2 portas 10
610 Mesa para refeitoacuterio 10
611 Mesa para impressora 4
612 Estantes para biblioteca 25
613 Quadro para sala de aula 10
614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10
615 Bebedouros eleacutetrico 4
616 Circulador de ar de parede 10
617 Maacutequina de lavar roupa 1
618 Telefone 2
Fonte CNE (2010)
123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Sumaacuter ioRESUMO bull 7
1 Introduccedilatildeo bull 11
2 Paracircmetros conceituais sobre infraestrutura escolar bull 1521 Infraestrutura escolar marcos legais bull 1622 Revisatildeo da literatura bull 21
221 Procedimentos bull 21222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo bull 21
23 Siacutentese para um modelo conceitual bull 26
3 Abordagem metodoloacutegica bull 2931 Fontes de dados bull 29
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis bull 3133 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores bull 32
4 Resultados bull 3741 Correlaccedilatildeo entre os indicadores bull 3842 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes bull 39
421 Dependecircncia administrativa bull 39422 Localizaccedilatildeo bull 41423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo bull 43424 Etapas bull 44425 Tipo de oferta bull 46426 Tamanho da escola bull 47427 Complexidade das escolas bull 48428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas bull 50429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb bull 514210 Proporccedilatildeo de alunas na escola bull 54
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral bull 55 44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar bull 61
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento bull 63
5 Consideraccedilotildees finais bull 67
Referecircncias bibliograacuteficas bull 71
Apecircndice A ndash Metodologia para revisatildeo da literatura bull 77Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas bull 93Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas bull 95Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo bull 111Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa bull 113Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral bull 117Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes bull 119
Anexo 1 bull 121
L is ta de s ig las e abrev iaturas
AEE Atendimento Educacional Especializado
Aneb Avaliaccedilatildeo Nacional da Educaccedilatildeo Baacutesica
Cape Commonwealth Assessment of Physical Environment
CAQ Custo Aluno-Qualidade
CAQi Custo Aluno-Qualidade Inicial
CCI Curva Caracteriacutestica do Item
CEB Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica
CF Constituiccedilatildeo Federal
CII Curva de Informaccedilatildeo do Item
CNE Conselho Nacional da Educaccedilatildeo
Conae Conferecircncia Nacional de Educaccedilatildeo
ECEA Evaluacioacuten de las Condiciones Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje
EJA Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos
FME Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Fundeb Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo
Fundef Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
GoM Grade of Membership
GT Grupo de Trabalho
Ideb Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica
INEE Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
Inddep Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias
Indpred Iacutendice de Conservaccedilatildeo do Preacutedio
Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira
INSE Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola
IPRFEM Iacutendice de Precariedade da Rede Fiacutesica Escolar Municipal
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica
LSE Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar
MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Nupede Nuacutecleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares
OREALC Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe
PAR Plano de Accedilotildees Articuladas
PCA Anaacutelise de Componentes Principais
PDE Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Pisa Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno
PNE Plano Nacional de Educaccedilatildeo
Saeb Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
Sase Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino
SEB Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica
Serce Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo
Simec Sistema Integrado de Monitoramento Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo
Sipis School Infrastructure Performance Indicator System
SNA Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo
TCU Tribunal de Contas da Uniatildeo
Terce Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo
TRI Teoria da Resposta ao Item
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
USP Universidade de Satildeo Paulo
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura
7Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Resumo
Qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental1
Apresentamos um conjunto de indicadores para avaliar a infraestrutura das escolas brasileiras de ensino
fundamental com ecircnfase nos estabelecimentos de ensino puacuteblicos Os indicadores visam a descrever e
contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais dentre outros
Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica e do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
(Saeb) de 2013 2015 e 2017 produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio
Teixeira (Inep)
A infraestrutura escolar eacute uma prioridade na aacuterea educacional no Brasil haja vista as metas e estrateacutegias do Plano
Nacional da Educaccedilatildeo (PNE) 2014-2024 O paiacutes eacute signataacuterio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada no Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que enfatiza a importacircncia de os governos se comprometerem a
construir e melhorar as instalaccedilotildees fiacutesicas das escolas apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis agraves deficiecircncias e ao
gecircnero para promover ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos para todos
A partir desses princiacutepios e da revisatildeo da literatura sobre o tema propusemos um modelo analiacutetico constituiacutedo por
cinco dimensotildees com vistas a captar a complexidade da infraestrutura escolar A dimensatildeo aacuterea reuacutene variaacuteveis
discriminantes que visam a caracterizar importantes enclaves da educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo
da escola em aacuterea urbana ou rural nas regiotildees do paiacutes e unidades da Federaccedilatildeo A dimensatildeo atendimento eacute
tambeacutem um discriminante e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino A dimensatildeo condiccedilotildees
do estabelecimento de ensino consiste na qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde a escola funciona
incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado
contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e apoio pedagoacutegico Indicadores
que mensuram o acesso e o ambiente de aprendizado das pessoas com deficiecircncia estatildeo reunidos na dimensatildeo
condiccedilotildees para a equidade Apresentamos tambeacutem um indicador geral da infraestrutura que sintetiza todos os
itens empregados nos indicadores muacuteltiplos e tem a finalidade de descrever tipologias de escolas
A anaacutelise dos indicadores de infraestrutura segundo variaacuteveis discriminantes corroborara com os padrotildees
conhecidos da literatura educacional As escolas federais e particulares apresentam meacutedias mais altas do que
as estaduais e municipais Poreacutem de 2013 para 2017 houve evoluccedilatildeo dos indicadores em todas as redes
sobretudo nas escolas municipais exatamente as que mais precisam melhorar
Tendo como foco somente os estabelecimentos de ensino puacuteblicos estaduais e municipais observamos
que as escolas localizadas em aacuterea urbana tecircm meacutedias superiores agraves das aacutereas rurais Poreacutem mesmo entre as
escolas urbanas merece atenccedilatildeo o baixo valor do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
mensura a existecircncia de recursos para inclusatildeo
1 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos do setor de educaccedilatildeo da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
8
As anaacutelises por regiotildees e unidades da federaccedilatildeo seguem o padratildeo das desigualdades espaciais muito
conhecidas no paiacutes Nas regiotildees Sul e Sudeste estatildeo as escolas com meacutedias mais altas para todos os indicadores
em comparaccedilatildeo agraves escolas do Norte e Nordeste Mas o Nordeste avanccedilou mais que as outras regiotildees com
destaque para os resultados do Cearaacute O Centro-Oeste aparece quase sempre em situaccedilatildeo intermediaacuteria exceto
o Distrito Federal que tem vaacuterios indicadores destacados
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias mais altas para todos os indicadores
No extremo oposto estatildeo escolas com ensino fundamental e a educaccedilatildeo infantil A evidecircncia eacute que as escolas
que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e recursos que foram avaliados neste estudo mas
que natildeo estatildeo presentes quando a escola atende somente o ensino fundamental Quando olhamos somente
para esse niacutevel de ensino as escolas que oferecem apenas os anos iniciais tecircm infraestrutura pior
O tamanho das escolas tambeacutem faz diferenccedila Escolas pequenas (com ateacute 50 alunos) tecircm meacutedias mais baixas
que as grandes com mais de 400 alunos Mas maioria dos alunos estuda em escolas menores onde as condiccedilotildees
de infraestrutura satildeo piores
Verificamos a relaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura com alguns indicadores produzidos pelo Inep iacutendice de
complexidade das escolas iacutendice do niacutevel socioeconocircmico (Inse) da escola e o Iacutendice de Desenvolvimento da
Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb)
O iacutendice de complexidade das escolas sintetiza as modalidades e etapas o tipo de oferta e nuacutemero de matriacuteculas
por escola A maioria das escolas tem niacuteveis baixos de complexidade poreacutem quanto mais complexa eacute a escola
mais altas satildeo as meacutedias dos indicadores
O Inse da escola refere-se agrave meacutedia do niacutevel socioeconocircmico dos seus alunos Observamos que a relaccedilatildeo entre
esse iacutendice e os indicadores de infraestrutura segue um padratildeo conhecido na literatura educacional Mesmo
entre escolas puacuteblicas quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de infraestrutura
com exceccedilatildeo do indicador Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Ideb sintetiza dois resultados educacionais o desempenho meacutedio dos alunos mensurados pela Prova Brasil
(avaliaccedilatildeo em larga escala) e a meacutedia das taxas de aprovaccedilatildeo na etapa escolar Verificamos que os valores
mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo mais concentrados em escolas que apresentam melhores
resultados do Ideb
Para a interpretaccedilatildeo do construto infraestrutura escolar a escala do indicador de infraestrutura geral foi dividida
em sete niacuteveis As escolas no niacutevel I tecircm condiccedilotildees muito precaacuterias natildeo possuem nem mesmo um banheiro
dentro do preacutedio Tipicamente satildeo escolas municipais pequenas que ofertam somente o ensino fundamental
ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil estatildeo localizadas na zona rural e regiatildeo Norte
No niacutevel II as escolas estatildeo apenas um pouco melhores tecircm aacutegua de poccedilo energia eleacutetrica e banheiro dentro
do preacutedio por exemplo No niacutevel III a escola tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos existem instalaccedilotildees para fins
administrativos e pedagoacutegicos A escola tiacutepica deste niacutevel eacute municipal e estaacute na zona rural da regiatildeo Nordeste
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Tipicamente satildeo escolas
urbanas das regiotildees Nordeste ou Centro-Oeste e pertencentes agrave rede estadual No niacutevel V encontramos
escolas com condiccedilotildees bem melhores mas ainda precisam melhorar em relaccedilatildeo agrave acessibilidade A escola
tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Centro-Oeste no Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual
ou particular ou municipal
9Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens mensurados
inclusive para as pessoas com deficiecircncia O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto
agrave localizaccedilatildeo mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e
no nuacutemero de matriacuteculas pois tipicamente eacute uma escola grande
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente grandes escolas urbanas das regiotildees Sul e Sudeste
De 2013 para 2017 houve melhora dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e o aumento de escolas a partir do niacutevel IV Mas os resultados indicam
que haacute dificuldade de aumentar as escolas no niacutevel VII que garantem melhores condiccedilotildees de inclusatildeo
O Censo Escolar e as avaliaccedilotildees educacionais ainda natildeo incorporaram a temaacutetica do gecircnero em seus
levantamentos Natildeo obstante a ausecircncia de dados especiacuteficos comparamos as condiccedilotildees de infraestrutura das
escolas com maior e menor proporccedilatildeo de alunas Nas escolas com mais meninas as meacutedias dos indicadores
satildeo ligeiramente inferiores agraves observadas nas escolas com mais meninos e houve uma ligeira ampliaccedilatildeo dessa
diferenccedila no periacuteodo avaliado mensurada pelo indicador geral de infraestrutura Merece registro que entre
as escolas rurais aquelas que tecircm maior proporccedilatildeo de alunas tecircm piores condiccedilotildees de infraestrutura do que
aquelas onde haacute mais meninos
Comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com referenciais externos para sua validaccedilatildeo e os
resultados satildeo convergentes natildeo obstante diferenccedilas nas concepccedilotildees dos trabalhos Quando comparado aos
estudos internacionais verificamos que os dados brasileiros contam com informaccedilotildees menos detalhadas sobre
o ambiente escolar o que sugere instrumentos que especifiquem esses aspectos ou estudos in loco
Para o monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar apresentamos exemplos de relatoacuterios por
municiacutepio e escola nos quais os indicadores satildeo descritos individualmente e comparados a contextos
semelhantes A partir deles o gestor pode observar a situaccedilatildeo meacutedia do seu sistema em relaccedilatildeo aos outros mas
tambeacutem verificar os indicadores em cada uma de suas escolas visando a identificar quais dimensotildees precisam
de atenccedilatildeo
Belo Horizonte 28 de novembro de 2017
Equipe de pesquisa
10
11Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
1 I nt roduccedilatildeo 2
Este relatoacuterio apresenta os resultados de uma pesquisa que produziu indicadores para avaliar a infraestrutura
das escolas puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) A pesquisa se justifica pela importacircncia da infraestrutura para
a qualidade da educaccedilatildeo ainda que evidentemente natildeo seja o uacutenico fator determinante A oferta de escolas
com ambientes adequados acessiacuteveis e recursos escolares que incluam a diversidade e atendam a todos
os estudantes indistintamente eacute reconhecida como uma condiccedilatildeo baacutesica para o trabalho educacional com
qualidade e equidade tanto nas poliacuteticas puacuteblicas nacionais quanto no debate global
A melhoria da infraestrutura das escolas eacute uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
aprovada em 2015 durante o Foacuterum Mundial de Educaccedilatildeo que aconteceu na cidade de Incheon Coreia do
Sul Liacutederes mundiais representantes de mais de uma centena de paiacuteses inclusive o Brasil e de organismos
multilaterais e bilaterais assumiram nesse encontro o compromisso com os 17 objetivos de Desenvolvimento
Sustentaacutevel e 169 metas que estimularatildeo a accedilatildeo para os proacuteximos anos em aacutereas como a erradicaccedilatildeo da
pobreza e da fome a garantia da sauacutede da educaccedilatildeo e do trabalho a igualdade de gecircnero o desenvolvimento
sustentaacutevel entre outros (UNESCO 2015)
O Objetivo 4 da Agenda 2030 se refere agrave educaccedilatildeo e expressa o acordo entre os paiacuteses signataacuterios de ldquoassegurar
a educaccedilatildeo inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todosrdquo (UNESCO 2015 p23) A meta 4a associada ao objetivo da educaccedilatildeo recomenda aos governos que
se comprometam a
4a construir e melhorar instalaccedilotildees fiacutesicas para educaccedilatildeo apropriadas para crianccedilas e sensiacuteveis
agraves deficiecircncias e ao gecircnero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e natildeo
violentos inclusivos e eficazes para todos (UNESCO 2015 p23)
No Brasil esse objetivo da Agenda estaacute em consonacircncia com o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) aprovado em
2014 com prazo de execuccedilatildeo ateacute 2024 (BRASIL 2014) A melhoria da infraestrutura das escolas estaacute prevista em
vaacuterias estrateacutegias do PNE para assegurar as condiccedilotildees de ensino e aprendizagem e de inclusatildeo dos estudantes
com necessidades especiais
Tanto a Agenda quanto a Lei do PNE 2014 preveem a coleta de dados para acompanhar os progressos de seus
objetivos e metas No caso do PNE foi recomendado o desenvolvimento de indicadores de avaliaccedilatildeo institucional
para acompanhar e contextualizar as metas e estrateacutegias do plano (BRASIL 2014 art 11 paraacutegrafo 1ordm inciso II)3
2 Esta pesquisa foi acompanhada pelas oficiais de projetos para a aacuterea educacional da Representaccedilatildeo da UNESCO no Brasil Durante o planejamento e primeira etapa Carla Nascimento foi nossa interlocutora Nas etapas seguintes Mariana Alcalay assumiu esse papel Agradecemos as duas por suas leituras atentas e sugestotildees preciosas para o aprimoramento deste trabalho Agradecemos tambeacutem agrave Maria Rebeca Otero Gomes coordenadora e agrave Thaiacutes Versiani Venacircncio Pires assistente programaacutetica do setor educacional por viabilizarem e organizarem o encontro com especialistas que discutiram a versatildeo preliminar da pesquisa
3 O Inep divulga alguns indicadores que atendem aos objetivos do PNE tais como meacutedia de alunos por turma meacutedia de horas-aula diaacuteria taxas de distorccedilatildeo idade-seacuterie percentual de docentes com curso superior adequaccedilatildeo da formaccedilatildeo docente regularidade do corpo docente esforccedilo docente complexidade de gestatildeo da escola e Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escolas (INSE) A explicaccedilatildeo sobre esses indicadores estatildeo disponiacuteveis no site do INEP em httpportalinepgovbrindicadores-educacionais (consultado em 1o de junho de 2017)
12
Este trabalho visa a contribuir para esse esforccedilo Especificamente apresentamos um conjunto de indicadores de
infraestrutura que permitem descrever e contextualizar as condiccedilotildees da oferta educativa no ensino fundamental
no paiacutes e segundo recortes territoriais sociais e outros Para isso utilizamos os dados do Censo da Educaccedilatildeo
Baacutesica de 2013 2015 e 2017 bem como os questionaacuterios contextuais do Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Saeb) referentes aos anos de 2013 e 2015
Natildeo incluiacutemos no estudo as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica ou modalidades de ensino (educaccedilatildeo infantil
ensino meacutedio educaccedilatildeo de jovens e adultos ou educaccedilatildeo especial) porque elas possuem especificidades no
que diz respeito agrave infraestrutura e agrave relaccedilatildeo desta com o trabalho pedagoacutegico que seria arbitraacuterio tratar todas as
etapas no mesmo escopo teoacuterico e empiacuterico4 Ponderamos tambeacutem que o ensino fundamental eacute a etapa mais
longa com o maior nuacutemero de estabelecimentos de ensino e de estudantes na educaccedilatildeo baacutesica (715 e 563
em 2017) de forma que os indicadores de infraestrutura para esse niacutevel contemplam caracteriacutesticas gerais que
perpassam todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica Natildeo obstante natildeo excluiacutemos das anaacutelises aquelas escolas que
aleacutem do ensino fundamental tambeacutem atendem as outras etapas da educaccedilatildeo baacutesica seja a educaccedilatildeo infantil
o ensino meacutedio ou ambos
Os indicadores foram planejados para dar uma visatildeo das muacuteltiplas dimensotildees da infraestrutura Cada um deles
destaca um aspecto do ambiente escolar tais como acesso a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais recursos
pedagoacutegicos condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros Esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agrave localizaccedilatildeo das
escolas (urbana ou rural) agrave regiatildeo do paiacutes ao estado ou municiacutepio e aos espaccedilos disponiacuteveis nos estabelecimentos
de ensino Isto eacute eles podem ressaltar diferenccedilas entre as escolas que provavelmente natildeo seriam observadas
se produziacutessemos uma medida uacutenica para avaliar a infraestrutura Consideramos que essa abordagem muacuteltipla
eacute de especial interesse para as poliacuteticas puacuteblicas que podem ser mais efetivas se direcionadas para aspectos
especiacuteficos da infraestrutura escolar levando tambeacutem em conta a capacidade de investimento dos sistemas de
ensino e respeitando as prioridades locais
Aleacutem disso produzimos um indicador de infraestrutura geral que sintetiza todos os itens utilizados nos
indicadores muacuteltiplos Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos itens o que natildeo poderia ser feito
com eles separados em vaacuterios indicadores Por meio da relaccedilatildeo entre a escala do indicador geral com os seus
itens pudemos descrever tipologias de escolas Esse indicador geral tambeacutem eacute uacutetil como variaacutevel de controle
nos estudos sobre eficaacutecia escolar e para identificar escolas para estudos de caso
Este trabalho estaacute organizado em cinco seccedilotildees Apoacutes esta introduccedilatildeo apresentamos a revisatildeo da literatura
constituiacuteda por documentos legais relatoacuterios e pesquisas acadecircmicas que serviu de base para a proposiccedilatildeo de
um modelo conceitual para avaliar a infraestrutura escolar Na metodologia descrevemos os dados utilizados
o tratamento das variaacuteveis e os procedimentos estatiacutesticos para a estimaccedilatildeo dos indicadores Na seccedilatildeo de
resultados apresentamos as anaacutelises descritivas a interpretaccedilatildeo da escala e uma comparaccedilatildeo dos resultados com
outros estudos para validaccedilatildeo externa Tambeacutem apresentamos uma proposta de relatoacuterio para monitoramento
contextualizado da infraestrutura escolar por municiacutepio e escolas Nas consideraccedilotildees finais apontamos algumas
consequecircncias do trabalho e seu potencial de uso para monitoramento dos sistemas de ensino O trabalho inclui
um conjunto de apecircndices que detalham as etapas da pesquisa e os procedimentos metodoloacutegicos
4 Para a educaccedilatildeo infantil a Secretaria da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) publicou um documento que define a infraestrutura das escolas desse niacutevel de ensino e destaca as especificidades dos ambientes dessas escolas (BRASIL MEC SEB 2006)
13Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
14
15Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
2 Paracircmetros concei tua is sobre in f raest rutura escolar
A preocupaccedilatildeo em dotar as escolas puacuteblicas com infraestrutura adequada eacute antiga e estaacute presente nas
legislaccedilotildees do paiacutes ao longo da histoacuteria (FARIA FILHO VIDAL 2000) Do periacuteodo colonial agrave Repuacuteblica as
pedagogias legitimadas em cada eacutepoca afetavam natildeo apenas a concepccedilatildeo arquitetocircnica dos preacutedios mas
tambeacutem os equipamentos as praacuteticas o curriacuteculo os processos de ensino e aprendizagem e a formaccedilatildeo dos
professores para que utilizem os recursos disponiacuteveis (SALES 2000) Nesse sentido a infraestrutura escolar se
confunde com o proacuteprio serviccedilo escolar e com o direito agrave educaccedilatildeo
A noccedilatildeo do direito agrave educaccedilatildeo compreende a garantia da qualidade como um dos princiacutepios segundo o qual
se estruturaraacute o ensino (CURY 2008) Poreacutem a qualidade da educaccedilatildeo tem um sentido polissecircmico (OLIVEIRA
ARAUacuteJO 2005 GUSMAtildeO 2013) A partir de uma anaacutelise histoacuterica Oliveira e Arauacutejo (2005) mostram que ao
longo do seacuteculo XX a expansatildeo da educaccedilatildeo baacutesica em especial do ensino fundamental ampliou o significado
de qualidade da educaccedilatildeo Os autores apontam trecircs significados o primeiro relacionado agrave oferta de vagas o
segundo agrave progressatildeo no sistema de ensino e o terceiro ao desempenho mensurado por testes padronizados
nas avaliaccedilotildees em larga escala A questatildeo da infraestrutura escolar estaacute subentendida nesse debate
A primeira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo eacute a mais antiga remonta agrave deacutecada de 1940 quando o
crescimento da populaccedilatildeo elevou a demanda pela escolarizaccedilatildeo das crianccedilas e jovens A relaccedilatildeo entre qualidade
da educaccedilatildeo e infraestrutura escolar era evidente concretizada mediante a construccedilatildeo de preacutedios escolares e
compra de materiais para o trabalho escolar
A segunda definiccedilatildeo emerge com o crescimento do nuacutemero de escolas e a ampliaccedilatildeo das vagas Se por um lado isso
resultou no desejado aumento das matriacuteculas por outro revelou um problema ateacute entatildeo ignorado a baixa progressatildeo
dos alunos dentro do sistema escolar No iniacutecio da deacutecada de 1980 mais de 50 das crianccedilas eram reprovadas no
primeiro ano de escolarizaccedilatildeo formal Isso acarretava a superlotaccedilatildeo das turmas iniciais e o esvaziamento das salas no
final do antigo primeiro grau que corresponde hoje ao ensino fundamental (RIBEIRO 1991)
As poliacuteticas para melhorar a eficaacutecia do sistema educacional por meio da adoccedilatildeo de ciclos e progressatildeo automaacutetica
reduziram os percentuais de matriacuteculas nas seacuteries iniciais e aumentaram nas seacuteries finais do ensino fundamental
(OLIVEIRA ARAUJO 2005) Essas mudanccedilas afetavam a organizaccedilatildeo do espaccedilo escolar e a distribuiccedilatildeo dos alunos
entre as escolas Era preciso ampliar e adequar a infraestrutura das salas de aulas para alunos dos anos finais e
planejar as novas demandas por recursos e equipamentos que natildeo eram as mesmas das seacuteries iniciais
A terceira definiccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo vinculada aos resultados das avaliaccedilotildees em larga escala passou a ser
discutida no Brasil em meados da deacutecada de 1990 na mesma linha de experiecircncias consolidadas em outros paiacuteses par-
ticularmente nos Estados Unidos Essas avaliaccedilotildees vecircm sendo utilizadas tambeacutem para estudos sobre fatores associados
aos resultados educacionais e para subsidiar poliacuteticas de accountability (BROOKE CUNHA 2011 UNESCO 2017)
A luz do debate contemporacircneo sobre qualidade e equidade Gusmatildeo (2013) inclui a diversidade como mais
uma dimensatildeo do direito agrave educaccedilatildeo A autora destaca a proposta de transformaccedilatildeo da cultura escolar para a
diversidade que compreende o direito agraves identidades agrave pluralidade cultural e de valores e o respeito de diferenccedilas
Reconhece entretanto que esse eacute um campo em disputa pois as relaccedilotildees entre equidade e qualidade satildeo
16
polecircmicas A autora recupera o argumento da UNESCO (2007 apud GUSMAtildeO 2013)5 segundo o qual a equidade
eacute um princiacutepio ordenador de diversidades em torno de uma igualdade fundamental que deve ser buscada em
trecircs dimensotildees 1) equidade de acesso 2) equidade nos recursos e na qualidade dos processos educacionais e
3) equidade nos resultados de aprendizagem A segunda dimensatildeo estaacute diretamente vinculada agrave infraestrutura
escolar para a equidade por meio do respeito agrave diversidade de condiccedilatildeo fiacutesica gecircnero corraccedila entre outras
Os resultados desses estudos deram muito destaque agrave infraestrutura escolar como um fator importante
para o processo de ensino e aprendizagem No Brasil os recursos escolares equipamentos conservaccedilatildeo do
preacutedio escolar e outros itens de infraestrutura ainda que natildeo sejam os uacutenicos satildeo fatores necessaacuterios para
o desempenho dos alunos (ALVES FRANCO 2008) A infraestrutura pode ser analisada tanto como um dos
componentes da oferta educativa (insumo) ndash juntamente com professores livros didaacuteticos alimentaccedilatildeo
transporte etc ndash quanto um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo)
Para planejar a forma de mensurar a qualidade da infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental
fizemos uma revisatildeo das legislaccedilotildees federais que abordam direta ou indiretamente esse tema e da literatura
acadecircmica e teacutecnica nacional e internacional publicada a partir do ano de 2000 que apresenta medidas
empiacutericas de infraestrutura escolar A partir dessa siacutentese elaboramos um modelo conceitual para avaliar a
infraestrutura constituiacutedo de dimensotildees e de indicadores
21 Infraestrutura escolar marcos legais
A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (CF) a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Baacutesica (LDB) de 1996 e os planos
decenais em especial o atual Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) de 2014 reuacutenem as diretrizes mais importantes
sobre infraestrutura escolar do paiacutes (BRASIL 1988 1996a 2014)
A CF estabelece em seu artigo 206 os princiacutepios orientadores da oferta educativa vigente no Brasil Para fins
deste trabalho destacamos os princiacutepios da ldquoigualdade de condiccedilotildees para o acesso e permanecircncia na escolardquo e
da ldquogarantia de padratildeo de qualidaderdquo (BRASIL 1988 art 206 incisos I e VII)
O artigo 60 da CF que passou por alteraccedilotildees posteriores a 1988 previu a criaccedilatildeo do Fundo de Manutenccedilatildeo
e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica e de Valorizaccedilatildeo dos Profissionais da Educaccedilatildeo (Fundeb) que visa a
ldquomelhoria da qualidade de ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo definido nacionalmenterdquo (idem art
60 inciso XII paraacutegrafo 1ordm) Para isso a CF estabelece os recursos miacutenimos que a Uniatildeo e os entes federados
em regime de colaboraccedilatildeo devem aplicar na educaccedilatildeo baacutesica (idem art 212) para a ldquogarantia de padratildeo de
qualidade e equidade nos termos do plano nacional de educaccedilatildeordquo (BRASIL 2009 paraacutegrafo 3ordm)6 Registrem
que as palavras ldquoqualidaderdquo e ldquoequidaderdquo foram introduzidas por Emenda Constitucional em 2009 visto que na
versatildeo original o texto fazia referecircncia apenas ao plano nacional da educaccedilatildeo
Quase 10 anos apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF a LDB reafirmou os mesmos princiacutepios estabelecidos no texto
constitucional sobre o dever do Estado de garantir ldquopadrotildees miacutenimos de qualidade de ensino definidos como
a variedade e quantidade miacutenimas por aluno de insumos indispensaacuteveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagemrdquo (BRASIL 1996a Art 4ordm inciso IX) A LDB definiu que a Uniatildeo em colaboraccedilatildeo com os entes
federados deveria estabelecer ldquopadratildeo miacutenimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
5 UNESCO Educaccedilatildeo de qualidade para todos um assunto de direitos humanos Brasiacutelia 2007 138 p (citado por GUSMAtildeO 2013)
6 A Emenda Constitucional nordm 59 aleacutem da alteraccedilatildeo desse paraacutegrafo ampliou a faixa etaacuteria da escolaridade obrigatoacuteria para 4 a 17 anos e outras medidas para financiar a educaccedilatildeo baacutesica puacuteblica
17Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
baseado no caacutelculo do custo miacutenimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidaderdquo (art 74) e previu
uma accedilatildeo supletiva e redistributiva da Uniatildeo e dos estados para ldquocorrigir progressivamente as disparidades de
acesso e garantir o padratildeo miacutenimo de qualidade de ensinordquo (art 75)
Este uacuteltimo item foi o que mais avanccedilou nas uacuteltimas duas deacutecadas Quatro dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da LDB foi
criado o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio
(Fundef ) Esse fundo visava a garantir os recursos para o padratildeo de qualidade do ensino fundamental definido
nacionalmente (BRASIL 1996b)7
O Fundef vigorou por dez anos e foi substituiacutedo em 2007 pelo Fundeb com o objetivo de assegurar o
financiamento da educaccedilatildeo baacutesica incluindo deste modo a educaccedilatildeo infantil e o ensino meacutedio visando a
ldquomelhoria da qualidade do ensino de forma a garantir padratildeo miacutenimo de qualidade definido nacionalmenterdquo
(BRASIL 2007a artigo 38)8 O Fundeb utiliza a noccedilatildeo de ldquopadratildeo miacutenimordquo presente tambeacutem na LDB e inovou ao
assegurar ldquoa participaccedilatildeo popular e da comunidade educacional no processo de definiccedilatildeo do padratildeo nacional
de qualidade referido no caput deste artigordquo (idem paraacutegrafo uacutenico)
Conforme a LDB os recursos financeiros do Fundeb satildeo destinados majoritariamente (no miacutenimo 60) ao
pagamento da remuneraccedilatildeo dos profissionais do magisteacuterio da educaccedilatildeo baacutesica em efetivo exerciacutecio na rede
puacuteblica O Fundeb pode tambeacutem ser aplicado na infraestrutura das escolas por meio da aquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo
construccedilatildeo e conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensino (BRASIL 1996a artigo 70 inciso
II) Mas natildeo estatildeo claros nos documentos legais quais satildeo os criteacuterios balizadores para os gestores definirem
prioridades no uso desses recursos com vistas a garantir padrotildees suficientes de qualidade da escola
Os planos decenais satildeo um dos instrumentos mais importantes para o planejamento da educaccedilatildeo brasileira Em
2001 foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE 2001) que elencou os padrotildees miacutenimos de infraestrutura
para o ensino fundamental compreendendo (a) espaccedilo fiacutesicos iluminaccedilatildeo insolaccedilatildeo ventilaccedilatildeo aacutegua potaacutevel
rede eleacutetrica seguranccedila e temperatura ambiente (b) instalaccedilotildees sanitaacuterias e para higiene (c) espaccedilos para
esporte recreaccedilatildeo biblioteca e serviccedilo de merenda escolar (d) adaptaccedilatildeo dos edifiacutecios escolares para o
atendimento dos alunos com deficiecircncias (e) atualizaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo do acervo das bibliotecas (f ) mobiliaacuterio
equipamentos e materiais pedagoacutegicos (g) telefone e serviccedilo de reproduccedilatildeo de textos e (h) informaacutetica e
equipamento multimiacutedia para o ensino de forma compatiacutevel ao tamanho dos estabelecimentos e agraves realidades
regionais (BRASIL 2001)
O PNE 2001 estabeleceu o prazo de um ano para a especificaccedilatildeo desses padrotildees miacutenimos e um prazo
intermediaacuterio (ateacute 2003) para a adequaccedilatildeo parcial das escolas em funcionamento aos padrotildees miacutenimos
O prazo final para a implantaccedilatildeo total dos padrotildees miacutenimos nas escolas em funcionamento ou que viessem a
ser construiacutedas seria ateacute 2006 o que sabemos natildeo aconteceu conforme o planejado
7 O texto original do artigo 60 da CF previa a criaccedilatildeo do fundo para a educaccedilatildeo Poreacutem a definiccedilatildeo desse fundo se deu com a Emenda Constitucional no 14 de 1996 que deu nova redaccedilatildeo a esse artigo ao instituir o Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaccedilatildeo do Magisteacuterio (Fundef) A Emenda Constitucional no 53 de 2006 alterou novamente o artigo com a criaccedilatildeo do Fundeb
8 Importante registrar que a Uniatildeo apoia teacutecnica e financeiramente a educaccedilatildeo puacuteblica por meio de programas vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (FNDE) uma autarquia federal criada no final da deacutecada de 1960 mas que ganhou importacircncia apoacutes a LDB O FNDE eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo de diversas poliacuteticas educacionais do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que contribuem para melhoria das condiccedilotildees da oferta educativa puacuteblica Haacute muitos programas do FNDE diretamente relacionados agrave infraestrutura das escolas mas eles natildeo seratildeo diretamente discutidos neste trabalho uma vez que eles se baseiam nas definiccedilotildees presentes na CF LDB e planos educacionais sobre ldquopadrotildees miacutenimosrdquo em suas respectivas justificativas Faremos uma exceccedilatildeo ao Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) que em uma de suas etapas se refere ao diagnoacutestico da infraestrutura escolar dos municiacutepios
18
O primeiro cronograma no entanto foi cumprido Em 2002 em consonacircncia com o PNE 2001 o Fundescola
publicou os ldquoPadrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental ndash ambiente fiacutesico escolar
guia de consultardquo (MECFUNDESCOLA 2002)9 Dirigido aos gestores da educaccedilatildeo o documento conteacutem uma
descriccedilatildeo detalhada dos padrotildees miacutenimos para funcionamento das escolas os espaccedilos e recursos educacionais
necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico
Contudo o documento faz consideraccedilotildees sobre os desafios para a viabilizaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos em todas
as escolas de ensino fundamental no prazo estabelecido pelo PNE 2001 Esse diagnoacutestico tinha como base o
Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica que revelava a diversidade das condiccedilotildees de funcionamento a existecircncia de muitas
escolas pequenas que tecircm limites estruturais para ampliaccedilatildeo dos seus espaccedilos e as escolas sem requisitos
miacutenimos em funcionamento que natildeo poderiam ser simplesmente descartadas
Em 2006 prazo final para adequaccedilatildeo de todas as escolas aos padrotildees miacutenimos uma ediccedilatildeo resumida desse
documento foi publicada com orientaccedilotildees para a sua implantaccedilatildeo (MECFUNDESCOLA 2006)10 Uma das etapas
desse processo envolvia o Levantamento da Situaccedilatildeo Escolar (LSE) para conhecer a situaccedilatildeo fiacutesica (preacutedio e salas
de aula) e material (didaacutetico equipamentos e mobiliaacuterio) das escolas de ensino fundamental da rede puacuteblica
Originalmente o LSE deveria ser preenchido pelos teacutecnicos das secretarias de educaccedilatildeo preferencialmente
acompanhados por engenheiros ou arquitetos Poreacutem o LSE natildeo atingiu os seus objetivos originais11
Posteriormente o LSE foi transformado em uma etapa do Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo (PDE)
instituiacutedo por decreto presidencial no ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b)
Uma das diretrizes desse plano de metas prevecirc o compromisso entre a Uniatildeo entes federados e a sociedade
civil ldquovisando agrave melhoria da infraestrutura da escola []rdquo (idem Artigo 2ordm inciso XXVII)
Para ter acesso ao apoio do PDE os municiacutepios estados e o Distrito Federal deveriam elaborar um Plano de
Accedilotildees Articuladas (PAR) contendo um diagnoacutestico das respectivas redes de ensino e escolas por meio da versatildeo
informatizada do LSE Esse instrumento tinha o objetivo de identificar o niacutevel de cumprimento dos Padrotildees
Miacutenimos de Funcionamento da Escola estabelecidos pelo PNE e as prioridades de atendimento para melhoria
da oferta dos serviccedilos educacionais (MEC 2010)
A partir de 2013 as propostas do PAR passaram a ser enviadas pelo Sistema Integrado de Monitoramento
Execuccedilatildeo e Controle do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (Simec) um portal operacional e de gestatildeo online para o envio
de propostas na aacuterea da educaccedilatildeo No Moacutedulo PAR do Simec os municiacutepios devem inserir uma avaliaccedilatildeo
diagnoacutestica das suas escolas em relaccedilatildeo agraves dimensotildees prioritaacuterias do plano que inclui diversos itens da
infraestrutura escolar Para a avaliaccedilatildeo as equipes gestoras locais coletivamente atribuem notas de 1 a 4 pontos
(MECFNDEPDE 2013)
9 O Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) eacute um programa do FNDE em parceria com a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) financiado com recursos do Governo Federal e de empreacutestimos do Banco Mundial (BM) implementado em zonas de atendimento prioritaacuterio onde estatildeo os municiacutepios das microrregiotildees mais populosas de cada estado das Regiotildees Norte Nordeste e Centro-Oeste do paiacutes De 1998 a 2010 os municiacutepios receberam serviccedilos produtos assistecircncia teacutecnica e financeira para garantir condiccedilotildees miacutenimas de funcionamento da escola e a implantaccedilatildeo de praacuteticas pedagoacutegicas inovadoras e de gestatildeo Ver lthttpwwwproacuffbrcedeuma-avaliacao-do-impacto-do-programa-fundescola httpwwwsemecpigovbrDimonArquivosdownloadssemec_12dbde7dbepdfgt acesso em 1o dez 2016
10 Em 2006 o MEC tambeacutem publicou o documento ldquoParacircmetros Baacutesicos de Infraestrutura para Instituiccedilotildees de Educaccedilatildeo Infantilrdquo resultado de uma parceria de vaacuterias instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil (MEC 2006)
11 Natildeo analisamos as resoluccedilotildees atas e demais documentos que explicam a implantaccedilatildeo das poliacuteticas educacionais e a sua descontinuidade e abandono que satildeo muito frequentes sobretudo entre governos Cavalcanti (2016) analisa as tensotildees federativas envolvidas nas poliacuteticas educacionais e as descontinuidades dos programas que envolvem transferecircncias de recursos da Uniatildeo
19Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Em 2014 apoacutes um longo debate foi aprovado o Plano Nacional de Educaccedilatildeo (PNE) com prazo ateacute 2024
composto por 10 diretrizes 20 metas e 254 estrateacutegias (BRASIL 2014) Este plano estabelece a melhoria da
infraestrutura das escolas como estrateacutegia para se atingir as metas de avanccedilos educacionais na atual deacutecada
Em linhas gerais o atual PNE manteacutem os mesmos desafios do plano decenal anterior Ou seja apesar de todas
as poliacuteticas para melhoria da infraestrutura das escolas de educaccedilatildeo baacutesica muitas escolas ainda funcionam
sem condiccedilotildees de oferta adequada conforme as pesquisas feitas nos uacuteltimos anos (CERQUEIRA SAWER 2007
SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b TCU 2015)
No PNE de 2014 a melhoria da infraestrutura escolar estaacute contemplada como uma das estrateacutegias da Meta 7 a
qual se refere agrave qualidade da educaccedilatildeo baacutesica em todas as etapas e modalidades e prevecirc a ldquomelhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem []rdquo O indicador para acompanhaacute-la eacute o Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo
Baacutesica (Ideb) instituiacutedo como parte do ldquoPlano de Metas Compromisso Todos pela Educaccedilatildeordquo (BRASIL 2007b
FERNANDES 2007)
A estrateacutegia 718 da Meta 7 sintetiza os itens de infraestrutura a serem observados nas escolas puacuteblicas de
educaccedilatildeo baacutesica nos seguintes termos
718 assegurar a todas as escolas puacuteblicas de educaccedilatildeo baacutesica o acesso a energia eleacutetrica
abastecimento de aacutegua tratada esgotamento sanitaacuterio e manejo dos resiacuteduos soacutelidos
garantir o acesso dos alunos a espaccedilos para a praacutetica esportiva a bens culturais e artiacutesticos e a
equipamentos e laboratoacuterios de ciecircncias e em cada edifiacutecio escolar garantir a acessibilidade agraves
pessoas com deficiecircncia (BRASIL 2014)
A Meta 4 do PNE 2014 estabelece garantia da educaccedilatildeo das pessoas de 4 a 17 anos com deficiecircncia transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaccedilatildeo Para isso vaacuterias estrateacutegias visam a garantir
a acessibilidade nas instituiccedilotildees educacionais salas multifuncionais material didaacutetico proacuteprio e recursos de
tecnologia assistida e adoccedilatildeo do sistema de Braile (BRASIL 2014 estrateacutegias 43 44 46 e 47)
Os recursos necessaacuterios para o financiamento da melhoria dos insumos estatildeo previstos n a Meta 20 do PNE
2014 que prevecirc na estrateacutegia 206 a implantaccedilatildeo do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e na estrateacutegia 207
o Custo Aluno-Qualidade pleno (CAQ) O primeiro especifica os padrotildees miacutenimos para a educaccedilatildeo e o segundo
os paracircmetros para os gastos com investimentos em itens tais como ldquoaquisiccedilatildeo manutenccedilatildeo construccedilatildeo e
conservaccedilatildeo de instalaccedilotildees e equipamentos necessaacuterios ao ensinordquo
O CAQ e o CAQi satildeo indicadores normativos utilizados para o caacutelculo dos insumos necessaacuterios para o processo
de ensino e aprendizagem por aluno anualmente em cada etapa da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com uma
matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade agrave luz do que determina a CF (PINTO 2006)12 O CAQi ganhou maior
visibilidade quando a Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica (CEB) do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE) o normatizou
como referecircncia para aplicaccedilatildeo dos padrotildees miacutenimos de qualidade definidos pela LDB (CNE 2010)
O parecer do CNE define o CAQi como ldquouma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica para a educaccedilatildeo brasileira no sentido
de vencer as histoacutericas desigualdades de ofertas educacionais em nosso paiacutesrdquo (idem p 16) O documento do
12 O CAQi e o CAQ foram desenvolvidos no acircmbito da ldquoCampanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeordquo por Denise Carreira (na eacutepoca coordenadora da campanha) e Joseacute Marcelino Rezende Pinto (professor da Universidade de Satildeo Paulo ndash USP de Ribeiratildeo Preto) A metodologia para o caacutelculo desses indicadores resultou dos trabalhos de especialistas lideranccedilas da sociedade civil membros de comunidades escolares e autoridades governamentais das esferas municipal estadual e federal que participaram de oficinas entre 2002 e 2005 (CARREIRA PINTO 2007)
20
CNE reproduz as especificaccedilotildees do CAQi para os padrotildees miacutenimos em relaccedilatildeo aos espaccedilos fiacutesicos e recursos
escolares ndash itens de infraestrutura ndash para todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (CNE 2010 p 20-36) Uma vez
que o CAQi foi incluiacutedo na Meta 20 do PNE 2014 essas especificaccedilotildees satildeo reconhecidas como referecircncias para
a anaacutelise da infraestrutura das escolas No Anexo 1 deste trabalho reproduzimos essas especificaccedilotildees para as
escolas que atendem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental
Para colocar em praacutetica a Meta 20 do PNE 2014 o MEC instituiu em maio de 2015 um Grupo de Trabalho (GT)
para elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e do CAQi13 O GT publicou em
outubro do mesmo ano um relatoacuterio com ldquoideias preliminares a respeito de Paracircmetros Nacionais de Qualidade
para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesicardquo segundo seis dimensotildees 1) acesso 2) jornada escolar 3) profissionais
4) instalaccedilotildees e recursos escolares 5) democracia e 6) redes de relaccedilotildees (GT CAQ 2015 p 44)
A dimensatildeo 4 ndash Instalaccedilotildees e recursos escolares ndash descreve princiacutepios gerais sobre a infraestrutura nos seguintes termos
Princiacutepios creche ou escola deve dispor de instalaccedilotildees que abriguem adequadamente as
atividades previstas para a jornada escolar e ofereccedilam condiccedilotildees de trabalho aos profissionais
que nela atuam com acesso aos equipamentos e aos recursos educacionais necessaacuterios
atualizados disponiacuteveis para o uso coletivo e individual com a frequecircncia recomendada pela
melhor teacutecnica pedagoacutegica Estes recursos natildeo precisam obrigatoriamente estar no preacutedio
escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuterio
Referenciais nesta dimensatildeo da qualidade encontram-se sob exame as instalaccedilotildees da escola -
salas de aula refeitoacuterio cozinha banheiros biblioteca sala de professores luz aacutegua coleta de
lixo - e os equipamentos disponiacuteveis - computadores projetores mobiliaacuterio fibra oacuteptica antenas
- e os recursos educacionais - livros didaacuteticos biblioteca recursos digitais (CNE 2010 p 48)
O relatoacuterio do GT reconhece que a presenccedila de todos esses itens eacute condicionada em grande medida pela aacuterea
disponiacutevel para as atividades durante a jornada escolar Mesmo com essa ressalva o relatoacuterio apresenta algumas
combinaccedilotildees de componentes para o exame da qualidade das instalaccedilotildees e recursos escolares a saber (a)
aacuterea disponiacutevel e com acessibilidade para as atividades de ensino cultura e esportes (b) aacuterea disponiacutevel para a
gestatildeo e as atividades de apoio (c) acesso a livros e outros recursos didaacuteticos (d) acesso agrave internet frequecircncia e
velocidade de conexatildeo (e) atuaccedilatildeo com outros atores para a obtenccedilatildeo de espaccedilos e materiais complementares
para a realizaccedilatildeo do Projeto Pedagoacutegico (CNE 2010 p 49)
Segundo o relatoacuterio do GT os Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta de Educaccedilatildeo Baacutesica vinculados ao
Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo (SNA) deveriam estar estabelecidos ateacute 30 de maio de 2016 Caberia agrave Secretaria
da Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) do MEC definir os paracircmetros e ao FNDE o caacutelculo dos custos de infraestrutura e
manutenccedilatildeo (GT CAQ 2015 p 90) Poreacutem natildeo encontramos nenhuma indicaccedilatildeo de que essa recomendaccedilatildeo
tenha avanccedilado apoacutes a publicaccedilatildeo desse relatoacuterio
Portanto os padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a educaccedilatildeo baacutesica do CAQi satildeo uacuteltimas referecircncias
e as mais especiacuteficas sobre a infraestrutura das escolas nos documentos oficiais Natildeo obstante para os objetivos
deste trabalho adotar o CAQi como padratildeo esbarra em uma dificuldade operacional porque nem todos os itens
de infraestrutura descritos nos documentos (ver no Anexo 1) podem ser mensurados com os dados puacuteblicos
13 O GT instituiacutedo pela Portaria GM no 459 de 12 de maio de 2015 foi composto por representantes dos oacutergatildeos que se posicionaram ao longo da tramitaccedilatildeo do Parecer CNECEB 082010 isto eacute a Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica (SEB) o FNDE o INEP e a Secretaria de Articulaccedilatildeo com os Sistemas de Ensino (Sase) esta uacuteltima responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo do GT
21Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
produzidos pelo Inep Somente uma pesquisa in loco permitiria analisar as condiccedilotildees da oferta educativa conforme
esse padratildeo O que podemos fazer eacute uma aproximaccedilatildeo tendo em vista o limite dos dados que dispomos
Com essa discussatildeo normativa em tela fizemos um levantamento da literatura acadecircmica e teacutecnica que
pudesse nos orientar nas decisotildees metodoloacutegicas para lidar com os dados empiacutericos disponiacuteveis
22 Revisatildeo da literatura
221 Procedimentos
O levantamento da literatura sobre infraestrutura escolar foi orientado pelas seguintes questotildees 1) como a
infraestrutura escolar tem sido definida e mensurada nas pesquisas quantitativas nacionais e internacionais
2) quais dimensotildees indicadores e itens satildeo considerados (recursos pedagoacutegicos conservaccedilatildeo do preacutedio
entorno instalaccedilotildees etc) na literatura acadecircmica e teacutecnica e 3) qual a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados
escolares A metodologia para o levantamento da literatura estaacute detalhada no Apecircndice A Os quadros A4 a A6
desse apecircndice resumem os trabalhos revisados
A partir dessa revisatildeo observamos que natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca de infraestrutura isto eacute um consenso
sobre quais os aspectos devem ser observados para a avaliaccedilatildeo desse construto De uma forma geral as
definiccedilotildees estatildeo mais vinculadas agrave empiria ou seja aos dados ndash em geral secundaacuterios ndash utilizados nos estudos
Notamos tambeacutem que duas grandes tendecircncias de mensuraccedilatildeo da infraestrutura trabalhos que produzem um
indicador sinteacutetico e aqueles que descrevem a infraestrutura por meio de variaacuteveis
Dentre os trabalhos que produziram indicadores sinteacuteticos encontramos alguns que utilizam metodologias mais
simples (somatoacuterio de itens com ou sem ponderaccedilatildeo por julgamento) ou teacutecnicas estatiacutesticas multivariadas tais
como a anaacutelise fatorial modelos da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e Grade of Membership (GoM) As teacutecnicas
multivariadas reduzem conjuntos de itens ou variaacuteveis a fatores ou variaacuteveis latentes com pesos empiricamente
calculados Os algoritmos empregados tecircm pressupostos teoacutericos distintos mas quando os procedimentos satildeo
aplicados a conjunto de dados em larga escala e sem muitas informaccedilotildees faltantes os resultados costumam ser
muito correlacionados (BARTHOLOMEW et al 2002)
As diferentes teacutecnicas de mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar estatildeo sumarizadas nos quadros A4 e A5 do
Apecircndice A na coluna ldquomeacutetodosprocedimentosrdquo Nesta seccedilatildeo enfatizamos alguns desses procedimentos
aquelas que tecircm mais aplicabilidade aos dados nacionais ou que podem ser interessantes para a discussatildeo dos
resultados Incluiacutemos tambeacutem alguns relatoacuterios que sistematizam indicadores para avaliaccedilatildeo da infraestrutura
escolar com a finalidade de diagnosticar ou monitorar as metas Essa literatura produzida ou encomendada por
oacutergatildeos governamentais fornece paracircmetros conceituais e eacute uacutetil para identificar qual o esforccedilo necessaacuterio para
a coleta de dados
222 Infraestrutura escolar definiccedilotildees e mensuraccedilatildeo
As definiccedilotildees sobre infraestrutura escolar estatildeo bastante atreladas agraves informaccedilotildees disponiacuteveis sobre as escolas
em pesquisas oficiais No Brasil o Censo da Educaccedilatildeo Baacutesica (daqui em diante Censo Escolar) eacute a mais importante
delas mas pesquisas de avaliaccedilatildeo educacional tambeacutem contecircm informaccedilotildees sobre o tema
O Censo Escolar eacute uma pesquisa anual realizada pelo Inep sobre as condiccedilotildees da oferta educativa nas escolas
22
de educaccedilatildeo baacutesica cujas informaccedilotildees satildeo fornecidas pela proacutepria escola Os itens do questionaacuterio da escola
mensuram a existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (aacutegua esgoto energia e destinaccedilatildeo do lixo) banheiros local adequado
para preparar alimentos espaccedilos administrativos e pedagoacutegicos (salas de professores biblioteca laboratoacuterios
informaacutetica quadras etc) recursos administrativos e educacionais aleacutem de condiccedilotildees de acessibilidade e
recursos para educaccedilatildeo especializada O questionaacuterio sobre a turma fornece algumas informaccedilotildees adicionais
que permitem inferir sobre recursos pedagoacutegicos disponiacuteveis no estabelecimento de ensino
Dentre os trabalhos que utilizaram o Censo Escolar (CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER 2007 GOMES DUARTE
2017 MATOS RODRIGUES 2016 PIERI SANTOS 2014 SATYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
destacamos o trabalho de Soares Neto e colaboradores (2013a) que desenvolveram uma escala de infraestrutura
das escolas de educaccedilatildeo baacutesica e que serviu de base para estudos posteriores (SOARES NETO et al 2013b TCU
2015) Os autores reduziram 24 itens dicotocircmicos do questionaacuterio da escola por meio de um modelo logiacutestico de
dois paracircmetros da TRI a uma escala que foi posteriormente convertida para o intervalo de 0 a 100 pontos
A interpretaccedilatildeo descritiva dos itens originais nos intervalos dessa escala levou ao estabelecimento de quatro
categorias de escolas elementar baacutesica adequada e avanccedilada Na primeira delas estatildeo escolas que apresentam
somente aspectos elementares para o funcionamento como sanitaacuterio energia esgoto e cozinha Na segunda
as escolas aleacutem dos itens da categoria anterior jaacute possuem itens tiacutepicos de um estabelecimento de ensino
como sala de diretoria equipamentos de TV e DVD computadores e impressora Na terceira categoria as
escolas contam com um ambiente mais propiacutecio para o ensino e aprendizagem Aleacutem dos itens anteriores
elas tecircm espaccedilos como sala de professores biblioteca laboratoacuterio de informaacutetica e sanitaacuterio para educaccedilatildeo
infantil quadra esportiva parque infantil e equipamentos complementares como copiadora e contam com
acesso agrave internet Na categoria mais alta aleacutem de todos os itens anteriores tipicamente as escolas dispotildeem de
laboratoacuterio de ciecircncias e dependecircncias adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
As avaliaccedilotildees em larga escala em particular os dados do Saeb tambeacutem permitem caracterizar a infraestrutura
escolar por meio de seus questionaacuterios contextuais Vaacuterios itens sobre infraestrutura e recursos escolares
desses questionaacuterios coincidem com os do Censo Escolar A diferenccedila eacute que aleacutem de observar a presenccedila do
item (laboratoacuterios quadras biblioteca por exemplo) o questionaacuterio avalia as condiccedilotildees de uso ou estado de
conservaccedilatildeo do recurso Esse julgamento eacute feito pelo responsaacutevel externo pela aplicaccedilatildeo do teste Entretanto
a cobertura do Saeb eacute bem menor do que a do Censo Escolar14
No iniacutecio da deacutecada de 2000 Barbosa e Fernandes (2001) e Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) foram pioneiros
em destacar a associaccedilatildeo entre a infraestrutura e a qualidade da educaccedilatildeo mensurada pelo Saeb Esses
resultados foram muito significativos porque revelaram um padratildeo bem diferente do que era revelado na
literatura internacional Nos paiacuteses desenvolvidos onde em geral os estabelecimentos de ensino funcionam
em condiccedilotildees mais satisfatoacuterias a infraestrutura escolar natildeo fazia muita diferenccedila (BROOKE SOARES 2008)
Esses autores constataram que ao contraacuterio do que sugeria a literatura sobre a eficaacutecia escolar internacional no
Brasil a infraestrutura eacute relevante
Barbosa e Fernandes (2001) empregando a teacutecnica de anaacutelise fatorial aos dados do Saeb produziram quatro
indicadores de infraestrutura conservaccedilatildeo do preacutedio condiccedilotildees de funcionamento dos espaccedilos laboratoriais e
de apoio mobiliaacuterio e equipamentos e instalaccedilotildees das aacutereas externas e de recreaccedilatildeo Com o mesmo conjunto
14 O Saeb eacute composto por trecircs avaliaccedilotildees a Avaliaccedilatildeo Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) mais conhecida como Prova Brasil a Avaliaccedilatildeo Nacional Educaccedilatildeo Baacutesica (Aneb) e a Avaliaccedilatildeo Nacional da Alfabetizaccedilatildeo (Ana) Mais informaccedilotildees sobre essas avaliaccedilotildees estatildeo disponiacuteveis em lthttpportalinepgovbrwebguesteducacao-basicasaebgt consultado em 3 de marccedilo de 2017
23Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
de dados Soares Ceacutesar e Mambrini (2001) desenvolveram trecircs indicadores de infraestrutura condiccedilotildees
das instalaccedilotildees fiacutesicas baacutesicas condiccedilotildees das instalaccedilotildees fiacutesicas especiacuteficas e condiccedilotildees dos equipamentos
pedagoacutegicos Esses autores empregaram um modelo da TRI adequado para itens com respostas ordinais
Com dados mais recentes do Saeb Soares e colaboradores (2012) e Alves e Xavier (2016a) desenvolveram
indicadores da qualidade da biblioteca equipamentos e instalaccedilotildees tambeacutem com uso da TRI Gomes e Regis
(2012) produziram um indicador de conservaccedilatildeo das escolas com itens do questionaacuterio da Prova Brasil (uma
das avaliaccedilotildees que compotildee o Saeb) e um indicador de infraestrutura com itens do questionaacuterio da escola no
Censo Escolar ambos com anaacutelise fatorial
Aleacutem dos trabalhos realizados com base em dados em larga escala destacamos trecircs trabalhos nacionais que
avaliaram as condiccedilotildees de uso e conforto dos estabelecimentos de ensino em pesquisa in loco ou na percepccedilatildeo
dos usuaacuterios O primeiro apresenta os resultados de uma pesquisa coordenada pelo professor Robert Verhine
com a parceria de universidades puacuteblicas federais e estaduais A pesquisa encomendada pelo Inep se baseou
em uma amostra de 95 escolas puacuteblicas e o seu objetivo foi determinar o Custo-Aluno-Qualidade em Educaccedilatildeo
Baacutesica com o objetivo de subsidiar poliacuteticas relativas ao FundefFundeb (VERHINE 2006) No aspecto da
infraestrutura o levantamento verificou aleacutem das dependecircncias existentes nos preacutedios escolares utilizadas
prioritariamente pelos alunos (sem contar as salas de aula cuja presenccedila foi considerada oacutebvia em uma unidade
escolar) as condiccedilotildees de uso dessas dependecircncias e a conservaccedilatildeo do preacutedio A pesquisa desenvolveu dois
iacutendices sinteacuteticos o Iacutendice de Condiccedilotildees de Uso das Dependecircncias (Indpred) e o Iacutendice de Conservaccedilatildeo do
Preacutedio (IndPred) Eles foram calculados pela soma das avaliaccedilotildees das dependecircncias e o estado de conservaccedilatildeo
de aspectos do preacutedio numa escala de 1 a 3 sendo que o valor obtido foi ponderado pelo nuacutemero de espaccedilos
ou aspectos avaliados disponiacuteveis em cada escola
O segundo eacute um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da Uniatildeo (TCU) para avaliaccedilatildeo da infraestrutura de
escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental com vistas a auditar o uso de recursos puacuteblicos
federais (TCU 2015) Os auditores avaliaram in loco a partir de uma amostra de 678 escolas em todas as unidades
da Federaccedilatildeo a existecircncia de espaccedilos e equipamentos escolares conservaccedilatildeo limpeza e funcionalidade de
banheiros bebedouros quadras de esporte laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica aacutereas de preparaccedilatildeo de
alimentos salas de aula e de atividades didaacuteticas biblioteca seguranccedila iluminaccedilatildeo sistemas de comunicaccedilatildeo
redes eleacutetricas de aacutegua e esgoto etc As avaliaccedilotildees atribuiacutedas a cada um dos itens foram somadas sendo que
estes foram ponderados de acordo com a relevacircncia para o ambiente escolar Para a classificaccedilatildeo das unidades
escolares foram criados quatro conceitos que buscam refletir o padratildeo de qualidade da infraestrutura das
escolas a saber precaacuteria ruim aceitaacutevel e boa
O terceiro eacute o artigo de Oliveira e Pereira Jr (2016) que utilizaram dados de um survey com trabalhadores
da educaccedilatildeo para avaliar a percepccedilatildeo desses sujeitos sobre as salas de aula e as escolas onde trabalham
considerando ventilaccedilatildeo iluminaccedilatildeo limpeza de paredes niacutevel de ruiacutedo e condiccedilotildees de uso e conservaccedilatildeo
de espaccedilos e equipamentos escolares Poreacutem os resultados divulgados no artigo natildeo avaliam esses itens por
escola mas a distribuiccedilatildeo dessas caracteriacutesticas por tipo de escola (rede localizaccedilatildeo regiatildeo etc) uma vez que
os objetivos do estudo eram as condiccedilotildees de trabalho docente
As avaliaccedilotildees educacionais internacionais das quais o Brasil participa tambeacutem produzem medidas empiacutericas de
infraestrutura escolar A Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe (UNESCO-OREALC) realizou
trecircs estudos regionais comparativos de desempenho escolar cujo questionaacuterio contextual sobre a escola
respondido pelo diretor inclui itens sobre infraestrutura semelhantes aos do Censo Escolar e do Saeb
24
No Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce) realizado em 2006 os indicadores de infraestrutura e de
acesso aos serviccedilos puacuteblicos foram calculados pela soma dos itens do questionaacuterio Para o indicador de infraestrutura
a escala varia de 0 (nenhum item) a 15 (presenccedila de todos os itens) Para o acesso aos serviccedilos puacuteblicos a escala varia
de 0 (nenhum serviccedilo puacuteblico) a cinco (todos) Aleacutem disso o estudo considera separadamente o nuacutemero de livros na
biblioteca e o nuacutemero de computadores para os estudantes da seacuterie avaliada (VALDEacuteS et al 2008)
Com os dados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) a UNESCO-OREALC publicou
uma pesquisa sobre a suficiecircncia a equidade e a eficaacutecia da infraestrutura escolar entre os paiacuteses da Ameacuterica
Latina participantes (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017) A suficiecircncia eacute definida como os componentes
baacutesicos do ambiente fiacutesico para fornecer os recursos necessaacuterios para o processo de ensino e aprendizagem
Para mensurar a suficiecircncia ou insuficiecircncia os itens do questionaacuterio respondido pelo diretor foram organizados
em seis categorias A primeira categoria eacute chamada de ldquoaacutegua e saneamento baacutesicordquo e contempla os itens aacutegua
potaacutevel esgoto banheiros em boas condiccedilotildees e coleta de lixo A segunda eacute o ldquoacesso aos serviccedilos puacuteblicosrdquo
eletricidade telefonia e internet A terceira ldquoespaccedilos educacionaisrdquo inclui sala de artemuacutesica laboratoacuterio de
ciecircncias e informaacutetica e biblioteca A quarta categoria reuacutene os ldquoespaccedilos administrativosrdquo sala do diretor salas
administrativas sala de reuniatildeo dos professores e enfermaria A quinta os ldquoespaccedilos multiusosrdquo inclui ginaacutesio
auditoacuterio e quadras de esportes Finalmente a sexta categoria se refere aos ldquoequipamentos da sala de aulardquo
quadro branco ou de giz mesa e cadeira para o professor mesas e cadeiras para todos os alunos
Em seguida os autores desse estudo avaliaram a disponibilidade dos itens em cada uma dessas categorias
Para ser considerada suficiente a escola deveria ter 1) todos os itens da primeira categoria 2) eletricidade e
telefonia (na segunda categoria) 3) pelo menos a biblioteca dentre os itens da terceira categoria 4) pelo menos
dois dentre os quatro itens da quarta categoria 5) pelo menos um dentre os trecircs itens da quinta categoria e
6) todos os itens da sexta categoria que se referem agrave sala de aula (idem p14-15) Os resultados descrevem o
percentual de escolas com grau suficiente nas seis categorias em cinco quatro trecircs dois uma ou nenhuma
categoria segundo paiacuteses e outras variaacuteveis discriminantes
Outro estudo empiacuterico internacional que apresenta uma avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas brasileiras eacute o
Programa Internacional de Avaliaccedilatildeo de Aluno (Pisa sigla em inglecircs)15 Nas escolas da amostra Pisa o diretor
responde a respeito da escassez ou inadequaccedilatildeo dos seguintes itens de infraestrutura 1) estrutura fiacutesica da
escola 2) sistemas eleacutetricos e de aquecimentoresfriamento e 3) espaccedilo nas salas de aula Sobre os recursos
escolares o diretor avalia a escassez ou inadequaccedilatildeo de 1) laboratoacuterio de ciecircncia 2) materiais didaacuteticos
3) computadores 4) internet e 5) softwares educacionais Esses dois blocos de questotildees satildeo transformados em
um indicador de infraestrutura e um indicador de recursos escolares (OCDE 2013)
Notamos que na literatura internacional estaacute mais presente a anaacutelise de itens tais como ventilaccedilatildeo
qualidade do ar conforto teacutermico iluminaccedilatildeo acuacutestica qualidade da construccedilatildeo acessibilidade seguranccedila
preocupaccedilatildeo com o bem-estar das pessoas esteacutetica bom gosto da decoraccedilatildeo etc que satildeo menos descritos
nos estudos nacionais (SCHNEIDER 2002 YOUNG et al 2002) Outro tema menos presente na literatura
nacional satildeo os direitos humanos
Por exemplo na Aacutefrica do Sul o Sipis (School Infrastructure Performance Indicator System) eacute um sistema para
avaliaccedilatildeo in loco das escolas em relaccedilatildeo a itens baacutesicos (acessos a serviccedilos puacuteblicos espaccedilos e recursos escolares)
e tambeacutem a aspectos da infraestrutura que asseguram os direitos humanos a inclusatildeo e o respeito agraves diferenccedilas
15 O Pisa eacute uma avaliaccedilatildeo educacional comparativa entre paiacuteses que ocorre a cada trecircs anos com a aplicaccedilatildeo de testes cognitivos e questionaacuterios contextuais Informaccedilotildees sobre a participaccedilatildeo do Brasil no Pisa em lthttpinepgovbrpisagt (consultado em 28 de outubro de 2017)
25Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
entre os sujeitos escolares (GIBBERD 2007 GIBBERD MPHUTLANE 2007 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007) O
Sipis avalia as condiccedilotildees de acesso para as pessoas com necessidades especiais flexibilidade e adaptabilidade do
preacutedio adequaccedilatildeo do espaccedilo existecircncia de moacuteveis modulares serviccedilos e estrateacutegias estruturais e outros A coleta
de dados inclui entrevistas com diretores lideranccedilas locais gestores educacionais observaccedilatildeo do estabelecimento
de ensino e desenhos produzidos pelos alunos sobre a escola Contudo os autores apresentam a pesquisa como
um piloto que necessita de mais estudos (SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD 2007)
Outro exemplo muito interessante vem do Meacutexico onde o Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) introduziu a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (Evaluacioacuten de las Condiciones
Baacutesicas para la Ensentildeanza y el Aprendizaje ndash ECEA) das escolas primaacuterias (INEE 2016) A ECEA eacute especialmente
completa na avaliaccedilatildeo do contexto educacional O instrumento apresenta inuacutemeros itens organizados em
dimensotildees a saber 1) infraestrutura para o bem estar e o aprendizado dos estudantes 2) mobiliaacuterio baacutesico para
o ensino e aprendizado 3) material de apoio educativo 4) gestatildeo da aprendizagem e 5) organizaccedilatildeo escolar
As trecircs primeiras dimensotildees contemplam os itens de infraestrutura condiccedilotildees baacutesicas dos estabelecimentos de
ensino (aacutegua energia e esgoto) espaccedilos educativos usuais banheiros separados mobiliaacuterio recursos escolares
adequados ao ensino e aprendizagem ambientes iluminados ventilados e com temperatura adequada
acessibilidade prevenccedilatildeo de riscos de acidentes e outros Aleacutem disso na dimensatildeo da organizaccedilatildeo escolar o
instrumento destaca o respeito aos direitos humanos a igualdade no tratamento segundo gecircnero origem social
etnia idioma religiatildeo e pessoas com deficiecircncia o que repercute no tipo de ambiente e de recursos pedagoacutegicos
das escolas O relatoacuterio do estudo piloto (amostra de escolas primaacuterias) apresentou a caracterizaccedilatildeo das escolas
segundo localizaccedilatildeo urbana e rural tipo de escola e grau de marginalizaccedilatildeo da localizaccedilatildeo
Por fim incluiacutemos nesta revisatildeo alguns relatoacuterios que apresentam criteacuterios paracircmetros ou padrotildees miacutenimos
para os ambientes fiacutesicos das escolas e recursos educacionais Destacamos aqui dois trabalhos um internacional
e outro nacional Aleacutem destes mais relatoacuterios podem ser consultados nos quadros A4 e A5 do apecircndice
O primeiro satildeo os indicadores do Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel especificamente a jaacute citada meta 4a sobre a infraestrutura das escolas Os indicadores propostos
pela UNESCO para acompanhar o cumprimento dessa meta satildeo
30 Porcentagem de escolas com acesso a (i) aacutegua potaacutevel (ii) instalaccedilotildees sanitaacuterias baacutesicas
separadas por sexo (iii) instalaccedilotildees baacutesicas para a lavagem das matildeos
31 Porcentagem de escolas com acesso a (i) eletricidade (ii) internet para fins pedagoacutegicos e
(iii) computadores para fins pedagoacutegicos
32 Porcentagem de escolas com infraestrutura e materiais adaptados para alunos com
deficiecircncia (UNESCO 2016 traduccedilatildeo proacutepria)
Os indicadores da meta da Agenda 2030 satildeo para o acompanhamento dos paiacuteses natildeo das escolas individualmente
Poreacutem natildeo se atinge a meta nacional sem que a maioria das escolas possuam os itens dos indicadores
O segundo trabalho se refere aos jaacute citados padrotildees miacutenimos CAQi uma vez que essa referecircncia estaacute na Lei
do PNE 2014 e foi referendada pelo CNE Segundo o CAQi uma escola de ensino fundamental com os 5 anos
iniciais e 480 alunos (24 por turma) deve ter 10 salas de aula 2 salas para direccedilatildeo e equipe 1 sala para professor
1 sala de leiturabiblioteca 1 laboratoacuterio de ciecircncias 1 laboratoacuterio de informaacutetica 1 refeitoacuterio 1 copacozinha 1
quadra coberta 1 parque infantil 4 banheiros 3 espaccedilos para depoacutesitos 1 sala de TVDVD e 1 sala de reprografia
O documento especifica o tamanho em metros quadrados de cada um desses ambientes o que significa que
26
uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental deve ter pelo menos 1150 metros quadrados entre aacuterea
construiacuteda e espaccedilos livres As especificaccedilotildees de equipamentos e materiais permanentes incluem vaacuterios itens
para esportes e brincadeiras itens de cozinha vaacuterios tipos de coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos equipamentos
para aacuteudio viacutedeo e fotos equipamentos de informaacutetica mobiliaacuterios e aparelhos em geral (ver Anexo 1)
Em uma escola dos anos finais do ensino fundamental considerando 600 alunos (30 por turma) o CAQi recomenda
os mesmos espaccedilos mas substituindo o parque infantil por uma sala de grecircmio escolar Poreacutem as salas de aula
satildeo maiores sendo que a aacuterea total atinge 1650 metros quadrados Os equipamentos e materiais permanentes
estatildeo discriminados nos mesmos grupos poreacutem com especificaccedilotildees mais adequadas agrave faixa etaacuteria (ver Anexo 1)
23 Siacutentese para um modelo conceitual
A revisatildeo da literatura mostrou que a noccedilatildeo de infraestrutura escolar estaacute muito associada agrave ideia de qualidade
da educaccedilatildeo Poreacutem natildeo haacute uma definiccedilatildeo uniacutevoca do conceito a qual deriva quase sempre da empiria isto eacute
dos dados disponiacuteveis para a sua mensuraccedilatildeo As exceccedilotildees satildeo alguns documentos normativos que propotildeem
padrotildees segundo criteacuterios miacutenimos baacutesicos ou ideais
Natildeo obstante propusemos uma siacutentese De uma forma geral ficou subjacente a ideia de que a distinccedilatildeo entre
a melhor e a pior infraestrutura decorre da existecircncia dos itens baacutesicos (ou suficiecircncia) para o funcionamento
do preacutedio escolar (acesso a serviccedilos puacuteblicos banheiros e cozinha) os espaccedilos educacionais (biblioteca salas
de professores e laboratoacuterios) e de apoio (salas administrativas espaccedilo para preparo de alimentos e para fazer
refeiccedilotildees) a existecircncia de recursos pedagoacutegicos (computadores livros TVs materiais de apoio) etc
Aleacutem disso uma infraestrutura adequada deve respeitar os direitos humanos no miacutenimo por meio de acessibilidade e
banheiros adaptados Tambeacutem muito importante embora com menos dados empiacutericos satildeo as questotildees relacionadas
aos ambientes favoraacuteveis para o ensino e aprendizagem como o conforto teacutermico e acuacutestico a seguranccedila o respeito
agraves diferenccedilas de gecircnero por exemplo por meio de banheiros separados e com portas e condiccedilotildees de higiene (aacutegua
sabatildeo e lixeiras) e a existecircncia de materiais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Passar do conceito para a mensuraccedilatildeo constitui um grande desafio para a pesquisa social Muitos conceitos
apresentam definiccedilotildees com nuances sutis e eacute difiacutecil precisar exatamente os seus limites Ao tentar operacionalizaacute-los
eacute normal que haja uma perda da riqueza de detalhes imaginada pelo pesquisador
Na ausecircncia de um acordo claro sobre como medir um determinado conceito uma recomendaccedilatildeo eacute medi-lo
de formas diferentes e se ele tiver vaacuterias dimensotildees tentar medi-las todas (BABBIE 2010) Esse foi o caminho
proposto nesta pesquisa A partir dos paracircmetros gerais de qualidade educacional presentes em documentos
que definem as poliacuteticas educacionais nacionais e da organizaccedilatildeo da literatura (quadros do Apecircndice A)
propusemos um conjunto de construtos teoacutericos relacionados agrave infraestrutura
O Quadro A6 do Apecircndice A sumariza os viacutenculos de cada construto proposto aos referenciais teoacutericos
Ressaltamos que nem sempre esses construtos foram diretamente citados nos trabalhos ou estatildeo presentes de
forma conjunta em algum deles As siacutenteses contidas nos quadros do Apecircndice A refletem a nossa interpretaccedilatildeo
dessas leituras Com isso pudemos avaliar os consensos sobre o tema bem como os aspectos da infraestrutura
escolar que necessitam de mais esforccedilo para coleta de dados
Em seguida buscamos organizar esses construtos em um modelo teoacuterico preliminar constituiacutedo por seis dimensotildees
a saber (i) aacuterea (ii) condiccedilotildees de atendimento (iii) condiccedilotildees baacutesicas (iv) condiccedilotildees pedagoacutegicas (v) condiccedilotildees
para o bem-estar e (vi) condiccedilotildees para a equidade A Figura 1 resume essa concepccedilatildeo teoacuterica preliminar
27Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ao propor essas dimensotildees consideramos que uma escola de ensino fundamental tem uma aacuterea delimitada
e seu preacutedio pode ter condiccedilotildees de atendimento muito variadas dependendo da sua localizaccedilatildeo tendo em
vista o tamanho do territoacuterio brasileiro as especificidades dos inuacutemeros sistemas de ensino e as diferentes
etapas e modalidades de ensino compreendidas no estabelecimento
Como o preacutedio escolar oferece um serviccedilo esse espaccedilo precisa ter condiccedilotildees baacutesicas de funcionamento algo
que se espera de qualquer espaccedilo que pessoas frequentem sejam elas alunos professores demais profissionais
da escola aleacutem dos pais gestores e a comunidade em geral Contudo esse serviccedilo eacute a educaccedilatildeo que exige
condiccedilotildees pedagoacutegicas propriamente escolares essenciais para o trabalho pedagoacutegico (por exemplo salas
de aula biblioteca laboratoacuterios de ciecircncia e de informaacutetica)
Figura 1 Siacutentese do modelo conceitual para avaliar a infraestrutura das escolas dimensotildees e indicadores
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
A demanda pela melhoria do desempenho da educaccedilatildeo puacuteblica inclui a necessidade de um ambiente
agradaacutevel prazeroso limpo e conservado que ofereccedila condiccedilotildees de bem-estar aos alunos e professores para
o bom andamento do trabalho escolar sem negligenciar outros aspectos
E por fim espera-se que a oferta de uma educaccedilatildeo de qualidade tenha como princiacutepio a inclusatildeo os direitos
humanos e a igualdade de gecircnero o que requer condiccedilotildees para a equidade isto eacute que a qualidade seja para
todos os alunos independentemente do gecircnero da corraccedila da condiccedilatildeo de deficiecircncia etc
Para traduzir as dimensotildees e os construtos teoacutericos em indicadores empiacutericos de infraestrutura escolar utilizamos
os dados puacuteblicos brasileiros Na proacutexima seccedilatildeo apresentaremos como os dados do Censo Escolar e do Saeb
foram empregados para testar esse modelo conceitual
Tamanho da escolaturma
Atendimento de modalidades e etapas
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)
Instalaccedilotildees tipicamente escolares
Equipamentos na escola
Recursos pedagoacutegicos
Conforto e bem-estar fiacutesico
Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)
Ambiente prazeroso (esteacutetica aacuterea verde)
Acessibilidade
Gecircneroetniacultura etc
Pessoa com deficiecircncia
Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)
Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)
Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios
Condiccedilotildees de Atendimento
Condiccedilotildees baacutesicas
Condiccedilotildees pedagoacutegicas
Condiccedilotildees para bem-estar
Condiccedilotildees para a equidade
Aacuterea
28
29Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
3 Abordagem metodoloacutegica
Esta seccedilatildeo apresenta as fases empiacutericas da pesquisa descrevendo as fontes de dados e os procedimentos de
seleccedilatildeo dos itens dos questionaacuterios de compatibilizaccedilatildeo das bases e de estimaccedilatildeo dos indicadores
A Figura 2 resume as fases que seratildeo apresentadas nas subseccedilotildees a seguir
Figura 2 Fases empiacutericas da pesquisa
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
31 Fontes de dados
Os dados utilizados satildeo provenientes do Censo Escolar e do Saeb ambos dos anos de 2013 2015 e 201716 Embora
o Censo Escolar seja anual a escolha dessas ediccedilotildees se justifica porque compatibilizamos sempre que possiacutevel os
dados desse levantamento com os dados do Saeb que satildeo bianuais Acreditamos que a descriccedilatildeo das escolas com
dados de anos alternados natildeo seraacute menos fidedigna do que a que seria produzida com dados de todos os anos
Utilizamos os questionaacuterios das escolas e turmas do Censo Escolar a partir dos quais obtivemos as informaccedilotildees
sobre a localizaccedilatildeo da escola condiccedilotildees de funcionamento caracterizaccedilatildeo do preacutedio escolar recursos pedagoacutegicos
acessibilidade dentre outras Poreacutem essas informaccedilotildees natildeo mensuram as condiccedilotildees ou qualidade do uso desses itens
Por essa razatildeo com o objetivo de caracterizar outros aspectos da infraestrutura escolar tais como a qualidade e
as condiccedilotildees de uso incluiacutemos os dados do Saeb (Prova Brasil e Aneb) Do Saeb utilizamos as informaccedilotildees dos
questionaacuterios referentes agraves escolas e daqueles preenchidos pelos diretores
16 Em uma etapa preliminar da pesquisa os dados de 2011 seriam utilizados Contudo a decisatildeo final apoacutes diversas anaacutelises exploratoacuterias foi por natildeo mantecirc-los porque houve mudanccedilas natildeo triviais no questionaacuterio do Saeb em relaccedilatildeo aos anos de 2013 2015 e 2017 o que resultou em uma dificuldade de compatibilizaccedilatildeo dos itens e consequentemente para muitas situaccedilotildees foi gerado um nuacutemero expressivo de casos ausentes Embora o meacutetodo para caacutelculo dos indicadores a TRI trate naturalmente os casos ausentes o volume destes casos resultou na falta de consistecircncia temporal dos indicadores
Fase empiacuterica 1
bull Seleccedilatildeo das ediccedilotildees do Censo Escolar e do Saeb que seriam utilizadas no estudobull Verificaccedilatildeo de quais os itens dos questionaacuterios das pesquisas poderiam exprimir a
infraestrutura das escolasbull Anaacutelise descritiva dos itensbull Distribuiccedilatildeo dos itens em dimensotildees e indicadores conforme modelo conceitual preliminar
decorrente da revisatildeo dos marcos legais e da literatura nacional e internacional
Fase empiacuterica 2
bull Compatibilizaccedilatildeo das bases de dados das ediccedilotildees de 2013 e 2015 tomando decisotildees sobre as escalas das variaacuteveis
bull Anaacutelise exploratoacuteria Anaacutelise de Componentes Principais (PCA) e matrizes de correlaccedilatildeo policoacutericabull Reformulaccedilatildeo do esquema empiacuterico nova disposiccedilatildeo dos itens entres indicadores exclusatildeo e
combinaccedilatildeo de itens
Fase empiacuterica 3
bull Anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica dos itens que permaneceram apoacutes a anaacutelise exploratoacuteriabull Anaacutelise das curvas de informaccedilatildeo dos itens e das curvas caracteriacutesticas dos itensbull Estimaccedilatildeo de onze indicadores por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontosbull Estimaccedilatildeo de um indicador geral por meio da TRI e transformaccedilatildeo da escala para 0 a 10 pontos
Fase empiacuterica 4
bull Descriccedilatildeo dos indicadoresbull Interpretaccedilatildeo da escala do indicador geralbull Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantesbull Proposiccedilatildeo de um modelo de interpretaccedilatildeo de resultados por escola e municiacutepio
30
Embora nosso objetivo central seja produzir indicadores para monitorar a infraestrutura das escolas puacuteblicas de ensino
fundamental incluiacutemos na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores as escolas privadas para diversificar os perfis dos
estabelecimentos de ensino Assim tanto no Censo quanto no Saeb a rede privada foi mantida nas bases de dados
Especificamente no caso do Saeb haacute um conjunto de escolas cujo coacutedigo17 natildeo permite a identificaccedilatildeo Ou seja
essas escolas recebem um coacutedigo maacutescara natildeo sendo possiacutevel localizaacute-las na base do Censo Escolar ou mesmo
entre ediccedilotildees do Saeb Todas as escolas privadas sejam aquelas que fazem parte da amostra do Saeb ou as que
participaram por adesatildeo da avaliaccedilatildeo recebem um coacutedigo maacutescara Algumas escolas puacuteblicas que fizeram
solicitaccedilatildeo para natildeo divulgaccedilatildeo dos resultados ou que a taxa de participaccedilatildeo foi inferior a 50 dos estudantes
tambeacutem recebem esse coacutedigo
As escolas com coacutedigo maacutescara foram mantidas nas bases de dados para a estimaccedilatildeo dos indicadores pois caso
fossem excluiacutedas natildeo seria possiacutevel produzir um retrato mais fidedigno do contexto dos estabelecimentos de ensino
no paiacutes principalmente para aqueles indicadores que sintetizam as condiccedilotildees de uso dos recursos e da conservaccedilatildeo
da escola uma vez que eles derivam dos itens presentes nos questionaacuterios do Saeb Isso seraacute detalhado mais adiante
Inicialmente destacamos dos questionaacuterios todas as variaacuteveis que poderiam nos ajudar a caracterizar a infraestrutura
das escolas Este esforccedilo foi direcionado pelo modelo conceitual preliminar resultado da revisatildeo de literatura Desse
modo classificamos 158 variaacuteveis que mensuravam direta ou indiretamente os construtos teoacutericos relacionados agrave
infraestrutura aleacutem de outras 24 variaacuteveis que seriam utilizadas posteriormente apenas como discriminantes (por
exemplo localizaccedilatildeo da escola etapas etc) Entretanto a partir de diversas fases de anaacutelise com vistas a traduzir
os construtos em indicadores empiacutericos algumas variaacuteveis foram excluiacutedas Isso ocorreu porque parte delas natildeo
acrescentava informaccedilatildeo ao indicador Muitas eram variaacuteveis do Saeb cuja informaccedilatildeo para um conjunto mais
completo de escolas jaacute era captada pelo Censo Escolar Outras porque estavam correlacionadas negativamente
com outros itens que compunham o indicador Essas anaacutelises e decisotildees seratildeo descritas na seccedilatildeo 32
A Tabela 1 resume os dados utilizados com os respectivos nuacutemeros de casos No total estatildeo sendo analisadas
143170 escolas puacuteblicas e privadas que ofertam o ensino fundamental exclusivamente ou natildeo Como o foco
desta pesquisa eacute a infraestrutura das escolas de ensino fundamental regular excluiacutemos os estabelecimentos
que ofertam exclusivamente ensino infantil meacutedio ou a modalidade de Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos (EJA)
Para selecionar os estabelecimentos de ensino com a oferta do ensino fundamental regular consideramos as
variaacuteveis modalidade e etapa presentes nos bancos de dados de Turmas e Matriacuteculas no Censo Escolar 2013
e no banco de dados de Escolas e Matriacuteculas do Censo Escolar de 2015 e 201718 Em todos os casos incluiacutemos
apenas as escolas com registro de matriacuteculas no ensino fundamental regular19
17 Todas as escolas recebem um coacutedigo de identificaccedilatildeo de oito diacutegitos gerado pelo Inep Cada escola possui o mesmo coacutedigo nas bases do Censo Escolar e do Saeb o que permite unificar essas bases para as informaccedilotildees dos estabelecimentos de ensino A exceccedilatildeo se refere agraves escolas que recebem um coacutedigo maacutescara
18 Em 2015 e 2017 o banco de dados de Escolas inclui variaacuteveis sobre as modalidades e etapas de ensino em cada escola Em 2013 essa informaccedilatildeo natildeo existia do banco de dados de Escolas Para selecionar as escolas elegiacuteveis para a pesquisa foi necessaacuterio recorrer ao banco de dados de Matriacuteculas
19 No Censo Escolar 2013 encontramos inconsistecircncias entre as informaccedilotildees de turmas e matriacuteculas No banco de dados de Turmas 1869 escolas informaram a oferta do ensino fundamental regular mas no banco de dados de Matriacuteculas todos os alunos dessas escolas estatildeo matriculados em turmas de ensino especializado (natildeo regular) Para natildeo subestimar indicadores de AEE com informaccedilotildees de muitas escolas exclusivas sendo 80 delas privadas optamos por natildeo as incluir Em 2015 natildeo encontramos inconsistecircncia e em 2017 encontramos duas escolas particulares que no banco de dados de Escolas seriam elegiacuteveis para este estudo mas elas natildeo tecircm matriacuteculas no ensino fundamental segundo o banco de dados de Matriacuteculas e por isso natildeo as consideramos
31Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 1 Bases de dados e respectivos nuacutemeros de escolas por ediccedilatildeo da pesquisa
Ano da pesquisa
2013 2015 2017
Censo 143170 135939 131604
Saeb 57079 55601 57197
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos microdados do Censo Escolar e do Saeb 2013 2015 e 2017Notas O nuacutemero de escolas analisadas sempre corresponderaacute ao total de escolas do Censo Escolar pois as escolas listadas no Saeb tambeacutem estatildeo presentes no Censo Escolar o inverso natildeo eacute verdadeiro O Saeb reuacutene na mesma base de dados a Prova Brasil (escolas puacuteblicas) e a Aneb ndash a subamostra de escolas natildeo elegiacuteveis para a Prova Brasil representativa das escolas privadas e das puacuteblicas com menos de 20 alunos
Analisamos todas as escolas que ofertam o ensino fundamental (exclusivamente ou natildeo) sendo que estas
representavam em 2017 715 dos estabelecimentos de ensino no Censo Escolar20
32 Preparaccedilatildeo das bases de dados e seleccedilatildeo das variaacuteveis
As variaacuteveis do questionaacuterio das turmas do Censo Escolar foram agregadas para obtermos uma medida uacutenica
por escola Por exemplo a partir da variaacutevel IN_BRAILLE que identifica se a turma apresenta ensino do sistema
Braille foi feita uma contagem das ocorrecircncias de quantas turmas possuem esse sistema de ensino Em seguida
as variaacuteveis de contagem foram adicionadas ao banco das escolas do Censo Escolar Esse procedimento foi
realizado para todos os anos na pesquisa utilizando como chave de identificaccedilatildeo entre os bancos de turmas e
escolas o coacutedigo de identificaccedilatildeo da escola (CO_ENTIDADE)
Na base do Censo Escolar as variaacuteveis cujo niacutevel de mensuraccedilatildeo era intervalar foram recodificadas como
ordinais Nesse caso estatildeo incluiacutedas 1) todas as variaacuteveis provenientes das bases das turmas que satildeo
intervalares pois satildeo produto da contagem de um item dentro de cada escola e 2) todas as variaacuteveis
originais das bases das escolas que informam o nuacutemero de um determinado item na escola (por exemplo
NU_EQUIP_TV)
Do Saeb foram utilizadas as informaccedilotildees dos questionaacuterios das escolas e diretores Todas as bases satildeo
identificadas pelas variaacuteveis ldquoano da pesquisardquo (ANO) e ldquocoacutedigo da escolardquo (CO_ENTIDADE)
Do banco de dados dos diretores apenas uma variaacutevel foi utilizada na etapa de estimaccedilatildeo dos indicadores Isso
ocorreu porque as outras variaacuteveis natildeo convergiram na anaacutelise exploratoacuteria em nenhum dos indicadores testados
ou estavam correlacionadas negativamente com os outros itens desses indicadores Por exemplo foram excluiacutedas
as variaacuteveis que mensuram se o funcionamento da escola foi dificultado por falta de recursos pedagoacutegicos se haacute
espaccedilo fiacutesico para cozinhar dentre outras
Inicialmente tambeacutem foram selecionadas variaacuteveis provenientes dos questionaacuterios respondidos pelos
professores em que eles relacionam itens de infraestrutura agrave sua praacutetica pedagoacutegica ou a ausecircncia desses itens
aos problemas de aprendizagem dos estudantes21 Entretanto essas variaacuteveis natildeo foram mantidas no processo
de estimaccedilatildeo dos indicadores porque na etapa de anaacutelise exploratoacuteria elas natildeo convergiram em nenhum
20 Segundo a Sinopse Estatiacutestica da Educaccedilatildeo Baacutesica de 2015 existem 186441 escolas de educaccedilatildeo baacutesica (considerando o ensino infantil fundamental meacutedio profissional EJA e especial) e 48796512 matriacuteculas em todas as etapasmodalidades
21 Este eacute o caso das questotildees nas quais o professor avalia que possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas satildeo decorrentes do ambiente de inseguranccedila fiacutesica da escola se ele considera que a carecircncia de infraestrutura fiacutesica eacute um dos possiacuteveis problemas de aprendizagem dos alunos das seacuteries avaliadas se ele utiliza programasaplicativos de computador para fins pedagoacutegicos se utiliza internet para fins pedagoacutegicos e se utiliza xerox para fins pedagoacutegicos e se utiliza projetor de slides para fins pedagoacutegicos
32
dos indicadores testados Isso pode ter ocorrido porque elas natildeo mensuravam diretamente a qualidade da
infraestrutura existente na escola Os procedimentos das anaacutelises exploratoacuterias seratildeo descritos na seccedilatildeo 33
A unificaccedilatildeo das bases de dados das diferentes ediccedilotildees do Saeb foi feita por meio das variaacuteveis em comum ANO
e CO_ENTIDADE As variaacuteveis que natildeo estavam presentes em todas as ediccedilotildees foram compatibilizadas mesmo
que isso tenha significado uma perda do nuacutemero de pontos na escala As soluccedilotildees foram analisadas caso a caso
sendo que para algumas situaccedilotildees a escala de referecircncia foi a de 2015
Por fim tomando novamente as variaacuteveis ANO e CO_ENTIDADE como chave as bases do Censo Escolar e do
Saeb foram reunidas em um uacutenico banco de dados Cabe mencionar que as escolas com coacutedigo maacutescara foram
mantidas nas bases porque satildeo importantes para estimar quatro indicadores com dados do Saeb a saber
prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto e acessibilidade
Ao final do processo para a estimaccedilatildeo dos indicadores foram trabalhadas 61 variaacuteveis sendo 22 delas
provenientes dos questionaacuterios do Saeb e 39 do Censo Escolar Aleacutem dessas variaacuteveis outras 23 constam na
base de dados para servir como variaacuteveis discriminantes que caracterizam a localizaccedilatildeo da escola o local de
funcionamento etc
As variaacuteveis e fontes de dados por indicador e dimensatildeo da qualidade de infraestrutura podem ser observadas
no Quadro B1 do Apecircndice B Com a exceccedilatildeo das dimensotildees aacuterea e condiccedilotildees de atendimento cujos itens
elencados foram tratados como variaacuteveis discriminantes todos os outros itens serviram para a afericcedilatildeo dos
indicadores de infraestrutura (listados na segunda coluna do quadro)
Antes de prosseguir para a fase de caacutelculo dos indicadores analisamos a distribuiccedilatildeo de todos as variaacuteveis
(tabelas do Apecircndice C) Uma delas ndash existecircncia de banheiros ndash apresentou um comportamento inesperado
em 2017 pois o percentual de escolas que responderam natildeo ter banheiro dobrou no levantamento mais
recente Investigamos as respostas dessas escolas nos anos anteriores e concluiacutemos que pode ter havido
algum problema no registro da informaccedilatildeo pois a maioria delas possuiacutea banheiro em 2013 e 2015 Neste
caso apoacutes avaliarmos que a inconsistecircncia poderia causar uma distorccedilatildeo natildeo trivial no indicador optamos
por repetir o valor da variaacutevel em 2015 para essas escolas Ou seja mantivemos como ldquosem banheirordquo em
2017 somente as escolas que registaram essa mesma resposta no levantamento anterior bem como as novas
escolas que entraram no Censo Escolar 2017 e registraram essa resposta pois nesse caso natildeo teriacuteamos como
fazer a verificaccedilatildeo Com esse procedimento as distribuiccedilotildees se tornaram mais correntes com as tendecircncias
das outras variaacuteveis22
33 Metodologia para a construccedilatildeo dos indicadores
A maioria dos fatores escolares que tentam exprimir construtos latentes natildeo apresenta uma vasta literatura
teoacuterica que embasa as decisotildees empiacutericas dos pesquisadores ao contraacuterio do que ocorre com o indicador do
niacutevel socioeconocircmico (ALVES SOARES 2009 ALVES SOARES XAVIER 2014)
De forma especiacutefica os indicadores de infraestrutura que propomos em nosso modelo conceitual embora menos
22 Esse tipo de inconsistecircncia pode ocorrer com outras variaacuteveis por exemplo uma escola informar em um ano que possui um laboratoacuterio de informaacutetica e no ano seguinte informar que natildeo tem Mas isso soacute eacute perceptiacutevel se a anaacutelise descritiva mostra que os valores destoaram muito de um ano para outro como foi o caso da variaacutevel ldquobanheirordquo Poreacutem optamos por natildeo fazer comparaccedilotildees com outras variaacuteveis mesmo quando notamos no niacutevel micro alguns casos aparentemente inconsistentes No caso do item que fizemos correccedilatildeo informamos ao setor responsaacutevel pelo Censo Escolar do Inep sobre essa observaccedilatildeo
33Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
explorados na literatura do que tem sido o niacutevel socioeconocircmico tecircm definiccedilotildees mais ou menos consistentes
Definimos os construtos com base na revisatildeo da literatura e nas mensuraccedilotildees empiacutericas empregadas pelos
autores da literatura especializada mas tambeacutem fizemos proposiccedilotildees com base no conhecimento dos limites
dos dados que dispomos
A metodologia empregada para estimar os indicadores de qualidade da infraestrutura consistiu em modelos
da Teoria da Resposta ao Item (TRI) adequados agraves variaacuteveis com respostas binaacuterias e graduadas modelo
de dois paracircmetros e modelo de Samejima (1969) respectivamente Os modelos tecircm como suposiccedilatildeo a
unidimensionalidade ou seja a existecircncia de um uacutenico construto latente dominante no conjunto dos dados
Para testar o pressuposto da unidimensionalidade utilizamos a anaacutelise fatorial empregando o meacutetodo
PCA (sigla em inglecircs para Anaacutelise de Componentes Principais) e a correlaccedilatildeo policoacuterica Adicionalmente
observamos as Curvas Caracteriacutesticas dos Itens (CCI) e as Curvas de Informaccedilatildeo dos Itens (CII) para decidir
sobre a consistecircncia dos construtos
A PCA consiste em um meacutetodo exploratoacuterio que visa a sintetizar uma matriz de dados de forma a expressar
sua estrutura em um nuacutemero menor de dimensotildees Frequentemente essa teacutecnica eacute utilizada como a primeira
etapa de uma modelagem porque ela tem menos pressupostos (BARTHOLOMEW et al 2002 NORUSĬS 2005
VOGT 2005) As anaacutelises revelaram que de uma forma geral os indicadores satildeo convergentes com nossas
suposiccedilotildees teoacutericas entretanto muitos itens que compunham cada indicador foram revistos chegando a uma
versatildeo mais sinteacutetica
Obtivemos evidecircncias da unidimensionalidade pela PCA mas ainda testamos esse pressuposto por meio da
anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica antes da estimaccedilatildeo dos indicadores A correlaccedilatildeo policoacuterica eacute a
mais indicada porque as variaacuteveis testadas satildeo ordinais ou dicotocircmicas
A partir da anaacutelise das matrizes de correlaccedilatildeo policoacuterica e da interpretaccedilatildeo das CCIs e das Curvas de Informaccedilatildeo
dos Itens (CII)23 algumas decisotildees foram tomadas
1) excluir as variaacuteveis que apresentavam correlaccedilatildeo negativa com as outras variaacuteveis do indicador e ao mesmo
tempo que natildeo traziam informaccedilatildeo ao indicador Estas variaacuteveis eram as mesmas que natildeo convergiam em
algum fator na PCA
2) excluir algumas variaacuteveis do Saeb que possuiacuteam uma correspondente no Censo Escolar e cujas categorias
embora com escala ordinal se comportavam de modo dicotocircmico
3) combinar variaacuteveis do Censo Escolar que buscavam medir itens da mesma natureza criando escalas ordinais
Por exemplo tiacutenhamos duas variaacuteveis sobre existecircncia de paacutetio na escola uma mensurava a existecircncia de
paacutetio coberto e a outra de paacutetio descoberto Criamos a partir delas uma uacutenica variaacutevel (PATIO_COB_DES)
cujas categorias foram ldquonatildeo tem paacutetiordquo ldquotem um paacutetiordquo (coberto ou descoberto) e ldquotem paacutetio cobertordquo e
ldquodescobertordquo Esta soluccedilatildeo melhorou a capacidade do item em fornecer informaccedilatildeo ao indicador como um
todo e as suas categorias se distinguiram adequadamente A mesma soluccedilatildeo foi aplicada a outras variaacuteveis
Depois dessa fase foram mantidos 61 itens distribuiacutedos em 11 indicadores sendo que apenas um indicador
(acessibilidade) foi composto por itens do Censo Escolar e do Saeb ao mesmo tempo Trecircs indicadores
(prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) continham apenas itens provenientes do Saeb e os outros sete
23 A CCI informa as diferentes probabilidades de um indiviacuteduo escolher uma categoria particular de resposta dado o seu escore na dimensatildeo latente (indicador) e a CII indica a contribuiccedilatildeo de cada item ao construto a ser estimado
34
foram compostos apenas por itens do Censo Escolar
A heuriacutestica para a estimaccedilatildeo dos indicadores pela TRI envolve duas fases na primeira satildeo calculados os
paracircmetros dos itens com um conjunto de dados e na segunda com esses paracircmetros fixados os escores satildeo
estimados Esse procedimento faz com que os escores sejam estimados segundo as mesmas probabilidades
para diferentes conjuntos de dados o que garante consistecircncia e comparabilidade dos resultados No caso
da pesquisa em tela calculamos os paracircmetros com os dados 2013 e 2015 que forneceu uma ideia bastante
acurada da distribuiccedilatildeo dos valores dos itens as probabilidades (ou priors) porque os dados satildeo censitaacuterios ou
oriundos de amostra muito grande (o Saeb) Esses paracircmetros foram incorporados no processo de caacutelculo dos
escores dos indicadores tornando-o mais eficiente tanto para os dados de 2013 e 2015 e depois para os dados
de 2017 Podemos aplicar os mesmos paracircmetros para ediccedilotildees anteriores e futuras do Censo Escolar e Saeb
Com esse procedimento reduzimos a variacircncia dos escores podemos comparar as estimativas feitas em
dois momentos e com conjuntos de dados distintos uma vez que que os caacutelculos satildeo constrangidos pelos
paracircmetros estimados na primeira fase do ajuste do modelo TRI Se os caacutelculos fossem feitos diretamente sem
fixar paracircmetros (algo possiacutevel) teriacuteamos resultados empiacutericos vaacutelidos mas perderiacuteamos a comparabilidade dos
resultados estimados com conjuntos de dados ou periacuteodos distintos Aleacutem disso os resultados se alterariam se
houvesse inclusatildeo ou exclusatildeo de escolas Essa mesma metodologia eacute empregada nos estudos que estimam
indicadores e proficiecircncias com objetivo de monitoramento por exemplo o caacutelculo das proficiecircncias do Saeb
e alguns indicadores calculados pelo Inep como o INSE utilizado neste trabalho
Como resultado final das estimaccedilotildees mantivemos 11 indicadores cujos escores foram dados em desvios-
padratildeo Para tornar os valores mais interpretaacuteveis eles foram transformados em uma escala de 0 (zero) a 10
(dez) pontos Importante ressaltar que essa escala embora lembre notas escolares natildeo significa a mesma coisa
Os valores no intervalo da escala satildeo relativos Logo um valor zero natildeo significa ausecircncia de infraestrutura nem
o valor 10 significa a completude do que poderia existir em uma escola Eles mensuram o crescimento gradual
de uma pior situaccedilatildeo (expressa no valor zero) ateacute a melhor situaccedilatildeo (registrada no valor dez) em relaccedilatildeo aos
itens analisados no estudo
A distribuiccedilatildeo dos itens separadamente por indicador em cada uma das ediccedilotildees das pesquisas assim como as
matrizes finais de correlaccedilatildeo policoacuterica e as CCI podem ser consultadas no Apecircndice C Tambeacutem neste apecircndice
discutimos a consistecircncia dos itens
Natildeo obstante a nossa intenccedilatildeo de ressaltar as diferentes dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas
brasileiras por meio dos muacuteltiplos indicadores calculados tambeacutem estimamos via TRI uma medida geral de
infraestrutura que sintetizou os 61 itens numa uacutenica escala Este tem a finalidade de identificar o peso relativo dos
itens o que natildeo poderiacuteamos fazer com eles separados em vaacuterios indicadores e descrever tipologias de escolas
Ressaltamos que os 11 indicadores satildeo mais adequados para o monitoramento das poliacuteticas educacionais pois
os estabelecimentos podem apresentar altos escores em uma dimensatildeo e baixos em outra Ou seja o gestor
do sistema de ensino pode tomar decisotildees mais focalizadas ao verificar em quais indicadores o conjunto das
escolas do seu municiacutepio necessita de mais atenccedilatildeo Entretanto o indicador geral pode sugerir uma siacutentese
mais adequada quando for do interesse fazer um mapeamento do paiacutes como um todo escolher determinadas
escolas para fazer estudos in loco ou para servir como variaacutevel a ser correlacionada com outras de contexto das
escolas e com resultados educacionais
35Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
36
37Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
4 Resul tados
O esquema final para avaliaccedilatildeo da infraestrutura das escolas de ensino fundamental ficou constituiacutedo por 5
dimensotildees 11 indicadores e 23 variaacuteveis discriminantes conforme o Quadro B1 do Apecircndice B
As anaacutelises empiacutericas nos levaram a simplificar o modelo analiacutetico inicialmente proposto (Figura 1) Assim na versatildeo
final duas dimensotildees (condiccedilotildees baacutesicas e condiccedilotildees pedagoacutegicas) foram agregadas porque os indicadores que
puderem ser estimados natildeo justificavam mais deixaacute-las separadas A Figura 3 representa as cinco dimensotildees da
infraestrutura escolar A disposiccedilatildeo em formato circular visa a enfatizar a perspectiva relacional entre elas
A dimensatildeo aacuterea eacute constituiacuteda por variaacuteveis discriminantes que visam caracterizar importantes enclaves da
educaccedilatildeo brasileira tais como a localizaccedilatildeo da escola aacuterea urbana ou rural na capital ou interior regiotildees e unidades
da Federaccedilatildeo Essa dimensatildeo tem uma importacircncia mais descritiva Isto eacute natildeo haacute um preacute-julgamento de que por
exemplo escolas urbanas satildeo melhores do que rurais ou que escolas do Sul satildeo melhores do que as do Norte
do paiacutes A dimensatildeo inclui tambeacutem o tipo de preacutedio no qual a escola funciona pois eles satildeo muito variados no
Brasil Por uacuteltimo tendo em vista que o Sistema Nacional de Educaccedilatildeo previsto na CF e no PNE 2014 ainda natildeo foi
instituiacutedo as diferenccedilas entre as redes estaduais e municipais natildeo podem ser negligenciadas (BRASIL 1988 2014)
A dimensatildeo atendimento eacute tambeacutem considerada neste estudo como um discriminante para a anaacutelise da
qualidade da infraestrutura e mensura as diferentes etapas e modalidades de ensino O Inep produz e divulga
um indicador de complexidade da gestatildeo escolar que sintetiza as informaccedilotildees contempladas nessa dimensatildeo
como o porte da escola o nuacutemero de turnos de funcionamento e as etapas e modalidades oferecidas24
Figura 3 Diagrama representativo das dimensotildees da infraestrutura escolar
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
24 Para consultar os indicadores educacionais produzidos pelo Inep ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt consultado em marccedilo de 2017
Condiccedilotildees para a equidade
Condiccedilotildees do estabelecimento
de ensino
Atendimento
Atendimento
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola Localizaccedilatildeo
da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Localizaccedilatildeo da escola
Local de funcionamento
da escola
Aacuterea
Condiccedilotildees para o ensino e
aprendizado
Condiccedilotildees de atendimento
Qualidade da infraestrutura escolar
38
A dimensatildeo condiccedilotildees do estabelecimento de ensino mensura a qualidade da edificaccedilatildeo e dos espaccedilos onde
a escola funciona incluindo os indicadores de acesso a serviccedilos puacuteblicos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de
danos conservaccedilatildeo do preacutedio conforto das instalaccedilotildees e ambiente prazeroso
A dimensatildeo condiccedilotildees para o ensino e aprendizado se refere aos aspectos mais vinculados ao trabalho
pedagoacutegico da escola e contempla os espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo e para
apoio pedagoacutegico
Por fim a dimensatildeo condiccedilotildees para a equidade engloba indicadores que mensuram o acesso e o ambiente
de aprendizagem das pessoas com deficiecircncia Idealmente esta dimensatildeo deveria conter mais indicadores
de inclusatildeo e respeito agraves diferenccedilas tais como gecircnero etnia e idade mas os dados disponiacuteveis nos permitem
apenas mensurar indicadores sobre acessibilidade e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
41 Correlaccedilatildeo entre os indicadores
Os onze indicadores e o indicador geral estatildeo positivamente correlacionados entre si apontando que eles
consistentemente mensuram dimensotildees da qualidade da infraestrutura das escolas Conforme a Tabela 3 todos
os coeficientes satildeo positivos e estatisticamente significativos corroborando a afirmaccedilatildeo inicial As correlaccedilotildees
mais fracas ocorrem entre o indicador de AEE e os demais inclusive com o geral e entre os indicadores apenas
com dados do Saeb (Prevenccedilatildeo de danos Conservaccedilatildeo e Conforto) e os demais
Tabela 2 Matriz de correlaccedilatildeo linear entre os indicadores da qualidade da infraestrutura das escolas
Serv
iccedilos
baacutes
icos
Inst
alaccedil
otildees
do p
reacutedi
o
Prev
enccedilatilde
o de
dan
os
Cons
erva
ccedilatildeo
Conf
orto
Am
bien
te p
raze
roso
Espa
ccedilos
peda
goacutegi
cos
Equi
p p
ap
oio
adm
in
Equi
p p
ap
oio
peda
g
Ace
ssib
ilida
de
Am
bien
te A
EE
Infra
estr
utur
a ge
ral
Serviccedilos baacutesicos 10 07 03 02 02 06 06 07 07 04 02 08Instalaccedilotildees do preacutedio 07 10 03 02 03 07 07 08 07 05 03 09Prevenccedilatildeo de danos 03 03 10 06 05 03 03 03 03 02 01 07Conservaccedilatildeo 02 02 06 10 06 02 02 02 01 02 00 08Conforto 02 03 05 06 10 02 02 02 02 02 00 06Ambiente prazeroso 06 07 03 02 02 10 05 06 06 04 02 07Espaccedilos pedagoacutegicos 06 07 03 02 02 05 10 08 07 05 03 08
Equip p apoio admin 07 08 03 02 02 06 08 10 08 05 03 09
Equip p apoio pedag 07 07 03 01 02 06 07 08 10 04 03 08
Acessibilidade 04 05 02 02 02 04 05 05 04 10 03 05
Ambiente para AEE 02 03 01 00 00 02 03 03 03 03 10 03
Infraestrutura geral 08 09 07 08 06 07 08 09 08 05 03 10
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e SAEBNota todos os coeficientes satildeo estatisticamente significativos a 1
39Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Nas seccedilotildees seguintes apresentaremos a distribuiccedilatildeo de cada um dos indicadores pelas dimensotildees ldquoAacutereardquo e
ldquoCondiccedilotildees de atendimentordquo da escola Estas dimensotildees natildeo se constituem de indicadores sinteacuteticos mas
satildeo compostas por variaacuteveis discriminantes que serviratildeo para descrever e validar os indicadores estimados
pela TRI Aleacutem de caracterizar os indicadores por essas variaacuteveis eles seratildeo relacionados aos indicadores de
complexidade e niacutevel socioeconocircmico das escolas e ao Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
produzidos pelo Inep
42 Distribuiccedilatildeo dos indicadores por variaacuteveis discriminantes
As meacutedias de cada um dos indicadores foram analisadas segundo as categorias das variaacuteveis discriminantes
quais sejam dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo da escola (urbana ou rural) regiotildees do paiacutes unidades
da federaccedilatildeo etapas tipo de oferta tamanho da escola indicador de complexidade indicador de niacutevel
socioeconocircmico (INSE) e Ideb dos anos iniciais e dos anos finais
As meacutedias dos indicadores com exceccedilatildeo da distribuiccedilatildeo por dependecircncia administrativa incluem apenas
as escolas puacuteblicas municipais e estaduais A rede privada natildeo foi considerada porque natildeo eacute o foco do
monitoramento das poliacuteticas puacuteblicas de melhoria da infraestrutura escolar Jaacute a rede federal tambeacutem natildeo foi
analisada porque somam menos de 50 escolas de ensino fundamental em todo o Brasil e apresentam bastante
homogeneidade A explicaccedilatildeo de cada uma das variaacuteveis discriminantes estaacute no Apecircndice E O percentual de
escolas em cada variaacutevel discriminante segundo a dependecircncia administrativa pode ser consultado na tabela
E1 do mesmo apecircndice
As anaacutelises das tabelas a seguir se concentram especialmente na diferenccedila entre as meacutedias segundo as
categorias ou faixas das variaacuteveis discriminantes e nas tendecircncias entre as ediccedilotildees das pesquisas As anaacutelises
nos permitem pensar como distinguir a infraestrutura escolar em diferentes regiotildees do paiacutes e tamanhos de
estabelecimentos e em um diagnoacutestico por municiacutepio e por escola no qual seja possiacutevel situar cada escola no
seu contexto regional administrativo e tamanho Um esboccedilo de relatoacuterio de monitoramento por municiacutepio e
escola seraacute apresentado na seccedilatildeo 45
421 Dependecircncia administrativa
No Brasil a segmentaccedilatildeo educacional segundo redes de ensino eacute um fato conhecido na literatura educacional
sendo uma das evidecircncias desse fenocircmeno as diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura escolar (SAacuteTYRO
SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a) Na Tabela 3 apresenta as meacutedias totais de todos os indicadores e por
dependecircncia administrativa da escola Observamos que o padratildeo registrado na literatura se repete neste estudo
As escolas federais e particulares sistematicamente apresentam meacutedias mais altas do que as escolas estaduais e
municipais em todos os indicadores Somente no indicador de conservaccedilatildeo as escolas federais natildeo apresentam
meacutedia mais alta que pertence agraves escolas particulares Essa vantagem eacute coerente uma vez que a aparecircncia da
escola eacute um atributo que agrega valor no mercado privado Poreacutem essas escolas tecircm a meacutedia mais baixa para
ambiente para AEE cuja meacutedia mais alta estaacute nas escolas estaduais Isso pode indicar que a rede privada de
ensino regular natildeo incorporou o princiacutepio da equidade em educaccedilatildeo
40
Tabela 3 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por dependecircncia administrativa segundo a ediccedilatildeo da pesquisa
Total Federal Estadual Municipal Privada
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 70 72 73 97 98 97 84 84 84 60 62 64 94 94 94Instalaccedilotildees do preacutedio 61 64 66 88 91 93 75 76 76 54 57 60 71 74 76Prevenccedilatildeo de danos 65 66 65 87 93 89 67 67 67 62 64 63 91 92 93Conservaccedilatildeo 66 66 66 83 88 83 66 64 65 64 66 65 90 92 94Conforto 68 68 70 87 93 90 72 70 73 64 65 67 92 92 95Ambiente prazeroso 32 38 40 64 71 72 40 43 43 24 30 33 56 62 64Espaccedilos pedagoacutegicos 29 29 28 80 75 79 48 47 45 21 22 21 38 36 35Equip p apoio admin 35 37 38 82 71 80 56 55 52 25 28 30 52 51 52Equip p apoio pedag 37 42 42 75 70 75 55 57 55 30 35 36 48 53 52Acessibilidade 38 43 47 59 59 71 47 52 56 34 38 41 48 52 57Ambiente para AEE 07 09 10 04 12 10 12 16 18 07 09 11 00 01 01Infraestrutura geral 52 55 57 78 79 82 63 64 65 46 49 52 65 67 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Quanto agrave evoluccedilatildeo dos indicadores notamos que a tendecircncia foi de crescimento nas meacutedias totais exceto para
indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que apresentou uma pequena oscilaccedilatildeo negativa no uacuteltimo periacuteodo com
exceccedilatildeo das escolas federais
A involuccedilatildeo nos espaccedilos pedagoacutegicos natildeo eacute um resultado esperado uma vez que ele eacute mensurado pela existecircncia
de ambientes fiacutesicos na escola Nas anaacutelises descritivas observamos algumas oscilaccedilotildees na distribuiccedilatildeo dos itens
que compotildeem o indicador (Apecircndice C) Para investigaacute-las analisamos as meacutedias somente das escolas presentes
nas trecircs ediccedilotildees mas o resultado foi na mesma direccedilatildeo Os dados do Censo Escolar natildeo nos permitem inferir se
houve alteraccedilatildeo na destinaccedilatildeo dos espaccedilos pedagoacutegicos (por exemplo um laboratoacuterio de informaacutetica que se
torna um espaccedilo administrativo mensurado em outro indicador) se foi problema no registro dessas informaccedilotildees
em algumas escolas ou outra explicaccedilatildeo Todavia nas escolas municipais e particulares podemos considerar as
pequenas oscilaccedilotildees negativas como ruiacutedo Nas estaduais a oscilaccedilatildeo negativa requer maior atenccedilatildeo
Dentre os indicadores que melhoraram no periacuteodo merece ainda destaque os indicadores de instalaccedilotildees do
preacutedio ambiente prazeroso e acessibilidade O indicador de AEE ainda que de forma menos marcante e com
valores meacutedios muito baixos tambeacutem apresentou tendecircncia de crescimento exceto nas escolas federais mas
essas representam uma fraccedilatildeo muito pequena de escolas de ensino fundamental
Os indicadores de equipamentos tanto para o apoio administrativo quanto para o apoio pedagoacutegico
apresentam flutuaccedilotildees positivas (escolas federais e municipais) e negativa ou estabilidade (escolas estaduais
e privadas) Esses resultados mostram que os itens que sofrem mais com a accedilatildeo do tempo desgaste que
requerem manutenccedilatildeo constante e investimentos podem apresentar mais variaccedilotildees de um ano para outro
Aleacutem disso os itens que compotildeem esses indicadores satildeo mais sensiacuteveis agraves mudanccedilas tecnoloacutegicas o que
requer atenccedilatildeo constante na anaacutelise de resultados em caso de monitoramento em um periacuteodo mais longo
As tendecircncias dos indicadores por dependecircncia administrativa estatildeo sintetizadas no indicador geral de
infraestrutura cuja evoluccedilatildeo estaacute representada no Graacutefico 1 As escolas municipais que apresenta a linha de
tendecircncia mais baixa tiveram o maior crescimento na meacutedia do indicador geral de 2013 a 2017 (06) seguida
pelas federais (04) As escolas estaduais e privadas tecircm meacutedias muito proacuteximas e praticamente estaacuteveis Como a
maioria das escolas de ensino fundamental satildeo municipais elas tecircm peso maior na tendecircncia total que evoluiu
de forma quase paralela conforme a linha pontilhada
41Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 1 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por dependecircncia administrativa total e ano
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tendo em vista que o foco deste trabalho satildeo as escolas puacuteblicas de ensino fundamental os estabelecimentos
da rede privada foram excluiacutedos das anaacutelises que se seguem Tambeacutem natildeo faratildeo parte da anaacutelise os da rede
federal uma vez que haacute apenas 47 estabelecimentos que equivalem a menos 01 do total de escolas
422 Localizaccedilatildeo
As diferenccedilas da infraestrutura entre escolas urbanas e rurais satildeo destacadas tanto na literatura nacional
(CERQUEIRA SAWYER 2007 GOMES DUARTE 2017 SAacuteTYRO SOARES 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b)
quanto tambeacutem na internacional (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017 SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD
2007 GLICKA et al 2011 VALDEacuteS et al 2008)
A Tabela 4 apresenta a meacutedia total dos indicadores das escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e
a meacutedia dessas por localizaccedilatildeo rural e urbana As meacutedias na aacuterea urbana satildeo mais elevadas do que as das escolas
rurais o que corrobora com a literatura revisada
Para a maioria dos indicadores na zona urbana as tendecircncias observadas entre 2013 e 2017 satildeo de melhoria
ou estabilidade exceto para os indicadores de equipamentos para apoio administrativo e equipamentos
para apoio pedagoacutegico Nas escolas rurais aleacutem desses dois merece destaque a piora no indicador de
espaccedilos pedagoacutegicos
Por outro lado tanto na aacuterea urbana quando na aacuterea rural o indicador de acessibilidade melhorou bem como
o de AEE ainda que os valores desse uacuteltimo sejam muito baixos mesmo nas escolas urbanas
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Federal Estadual Municipal Privada Total
2015 2017
42
Tabela 4 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por total de escolas estaduais e municipais de ensino fundamental localizaccedilatildeo da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Total Rural Urbana
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 46 47 49 89 89 89
Instalaccedilotildees do preacutedio 59 61 63 43 45 47 77 79 80
Prevenccedilatildeo de danos 64 65 64 48 51 51 67 68 68
Conservaccedilatildeo 65 65 65 58 60 60 67 66 67
Conforto 67 67 69 56 57 60 70 69 72
Ambiente prazeroso 27 33 35 15 20 22 43 47 48
Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 26 12 12 12 46 45 41
Equip p apoio admin 32 34 35 13 16 18 54 53 52Equip p apoio pedag 35 40 40 19 24 25 55 57 56Acessibilidade 36 41 44 25 28 30 50 56 60Ambiente para AEE 08 11 12 02 03 03 16 20 21Infraestrutura geral 50 52 55 37 40 43 65 66 67
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
O Graacutefico 2 mostra a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura segundo localizaccedilatildeo e a meacutedia total
para o conjunto das escolas municipais e estaduais de ensino fundamental como referecircncia Destacamos a
relativa estabilidade nas escolas urbanas e um crescimento nas escolas rurais Isso natildeo significa existecircncia
de equidade entre elas pois se considerarmos constante o ritmo de crescimento do indicador geral nas
escolas rurais de 2015 para 2017 estas apenas apresentariam uma meacutedia proacutexima ao indicador geral de
2017 nas escolas urbanas em 2015
Graacutefico 2 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por localizaccedilatildeo administrativa total e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Rural Urbana Total
2015 2017
43Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
423 Regiotildees e unidades da federaccedilatildeo
A Tabela 5 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores por regiotildees do paiacutes Natildeo incluiacutemos a coluna das meacutedias totais
porque os valores satildeo os mesmos da tabela apresenta na subseccedilatildeo anterior
Tabela 5 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 42 43 44 58 60 62 86 88 89 80 81 82 75 76 77Instalaccedilotildees do preacutedio 43 45 47 50 53 55 76 78 80 73 75 76 68 71 72Prevenccedilatildeo de danos 52 54 54 53 56 55 72 73 72 73 74 74 66 66 66Conservaccedilatildeo 60 61 60 59 61 61 72 70 71 66 67 69 64 63 63Conforto 57 57 57 57 57 59 77 77 79 74 75 78 66 64 66Ambiente prazeroso 13 17 19 18 23 27 43 46 47 50 56 56 36 42 47Espaccedilos pedagoacutegicos 14 14 13 18 18 17 41 42 39 47 47 44 42 41 40Equip p apoio admin 17 19 20 20 23 26 49 51 48 50 51 52 50 50 51Equip p apoio pedag 18 21 20 27 32 33 51 54 54 54 58 57 50 53 51Acessibilidade 29 32 33 31 36 38 43 47 53 47 56 60 54 59 61Ambiente para AEE 05 07 08 04 06 07 11 15 17 17 20 19 17 21 23Infraestrutura geral 36 38 41 44 47 50 62 64 65 62 65 66 60 62 63
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os resultados mostram um padratildeo de desigualdades regionais conhecido As escolas municipais e estaduais
localizadas nas regiotildees Sudeste e Sul sistematicamente tecircm meacutedias mais elevadas do que as escolas nos estados
do Norte e Nordeste O Centro-Oeste aparece com situaccedilatildeo intermediaacuteria
A tabela com os resultados por estados por ser muito extensa estaacute no Apecircndice D Destacamos alguns
resultados no Centro-Oeste o Distrito Federal possui vaacuterios indicadores mais altos no Nordeste o Cearaacute
apresenta a meacutedia mais alta no indicador geral na regiatildeo e tambeacutem meacutedias mais elevadas para vaacuterios
indicadores e na regiatildeo Norte os estados de Rondocircnia e Tocantins apresentam as meacutedias mais altas no
indicador geral e em vaacuterios outros
Merece destaque que os indicadores das escolas do Norte e Nordeste estatildeo melhores em 2017 em comparaccedilatildeo
aos observados em 2013 mas as distacircncias entre as meacutedias dos indicadores do Norte (valores meacutedios mais
baixos) em relaccedilatildeo ao Sul (mais altos) permanece bem elevadas
Esses padrotildees de desigualdades satildeo semelhantes ao que registramos na literatura educacional (GOMES DUARTE
2017 CERQUEIRA SAYWER 2007 SOARES NETO et al 2013a 2013b) A uacutenica divergecircncia foi observada no
trabalho de Cerqueira e Saywer (2007) que encontraram inversatildeo entre as escolas do Sul e do Centro-oeste
estas melhores do que aquelas Mas isso pode ter relaccedilatildeo com alteraccedilotildees posteriores visto que os autores
utilizaram dados mais antigos
O Graacutefico 3 apresenta a evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura de 2013 a 2017 Notamos melhora das
meacutedias em todas as regiotildees Nas regiotildees Sul Sudeste e Centro-Oeste que partem de uma situaccedilatildeo melhor as
escolas tiveram uma evoluccedilatildeo ligeira e bem semelhantes O Nordeste foi a regiatildeo que mais evoluiu com um
crescimento de 06 ponto na meacutedia do indicador geral do iniacutecio ao fim da seacuterie
44
Graacutefico 3 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por regiatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
424 Etapas
AAnalisamos os indicadores de infraestrutura de acordo com as etapas ofertadas pelos estabelecimentos de
ensino municipais e estaduais isto eacute se a escola oferta apenas o ensino fundamental (foco deste estudo) ou se
tambeacutem oferta outras etapas aleacutem desta (Tabela 6)
As escolas puacuteblicas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio tecircm meacutedias sistematicamente mais elevadas para
todos os indicadores No extremo oposto estatildeo as escolas com ensino fundamental e o infantil Esse resultado
pode ser explicado pelo fato de que as escolas que ofertam as etapas mais avanccediladas possuem instalaccedilotildees e
recursos que foram avaliados neste estudo por exemplo o laboratoacuterio de ciecircncias Soares Neto e colaboradores
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Norte Nordeste Sudeste
2015 2017
Sul Centro-Oeste
Tabela 6 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por etapa ofertada e ano escolas estaduais e municipais
Apenas Fundamental Fundamental e Infantil Fundamental e MeacutedioFundamental
Infantil e Meacutedio2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 69 73 75 57 58 60 88 88 88 76 75 69Instalaccedilotildees do preacutedio 61 65 68 52 54 56 81 81 81 76 77 73Prevenccedilatildeo de danos 64 66 66 60 62 60 68 68 67 65 68 66Conservaccedilatildeo 65 66 66 64 65 65 67 65 66 61 66 65Conforto 67 67 70 63 64 65 73 71 74 71 75 73Ambiente prazeroso 29 35 38 23 28 31 44 46 46 46 53 48Espaccedilos pedagoacutegicos 29 31 30 19 18 18 56 55 51 51 47 38Equip p apoio admin 35 38 40 22 24 26 62 61 57 53 52 48Equip p apoio pedag 37 43 43 28 32 33 61 61 59 55 56 51Acessibilidade 39 45 49 31 35 37 51 56 60 48 56 51Ambiente para AEE 10 14 16 05 07 08 12 16 18 15 21 19Infraestrutura geral () 52 55 58 45 47 49 68 67 68 63 65 62
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
45Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
(2013a) notaram um comportamento diferenciado desse item na estimaccedilatildeo da escala de infraestrutura das
escolas de educaccedilatildeo baacutesica Por essa razatildeo eles optaram por consideraacute-lo somente para as escolas que ofertam
simultaneamente o ensino fundamental e o meacutedio No trabalho de Gomes e Duarte (2017) que analisaram
apenas as escolas de ensino fundamental o item laboratoacuterio de ciecircncias natildeo se ajustou a nenhum dos quatro
grupos de infraestrutura escolar propostos pelos autores
Nossos resultados assim como as evidecircncias preacutevias reforccedilam que as escolas de ensino fundamental precisam
melhorar seus espaccedilos pedagoacutegicos extraclasses natildeo apenas nos estabelecimentos que ofertam o ensino
meacutedio A inclusatildeo do laboratoacuterio de ciecircncias no presente estudo se justifica porque esse eacute um dos espaccedilos
educativos previstos nos padrotildees miacutenimos de qualidade para esse niacutevel de ensino (CNE 2010)
Em relaccedilatildeo aos estabelecimentos de ensino que compartilham espaccedilo com a educaccedilatildeo infantil a avaliaccedilatildeo da
infraestrutura para crianccedilas pequenas (da creche e preacute-escola) deve ser realizada segundo paracircmetros muito
especiacuteficos para esta etapa Poreacutem causa estranheza que indicadores das dimensotildees equidade (acessibilidade e
AEE) e ambiente prazeroso que satildeo importantiacutessimos para as crianccedilas pequenas tambeacutem tenham valores baixos
para as escolas que oferecem o ensino infantil Para as crianccedilas pequenas aparentemente essa infraestrutura
estaacute adequada somente quando elas estudam em escolas muito grandes com as trecircs etapas de ensino
Observem que as escolas independente das etapas ofertadas tecircm meacutedias muito semelhantes referentes aos
indicadores de prevenccedilatildeo de danos e conservaccedilatildeo As maiores diferenccedilas entre elas parecem ocorrer para os
indicadores de espaccedilos pedagoacutegicos e equipamentos para apoio administrativo
Graacutefico 4 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por etapa de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
No indicador geral a diferenccedila entre a meacutedia mais elevada (nas escolas que ofertam fundamental e meacutedio) e a
meacutedia mais baixa (nas escolas que ofertam fundamental e infantil) chegou a quase 2 pontos em 2017 Mas essa
distacircncia era bem maior em 2013 Essa tendecircncia pode ser apreciada no Graacutefico 4 A linha de tendecircncia das escolas
que ofertam apenas o ensino fundamental (segunda de baixo para cima) foi a que mais cresceu no periacuteodo seguida
pela tendecircncia positiva das escolas que ofertam o infantil e fundamental (a primeira de baixo para cima) A meacutedia
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Fundamental Infantil e fundamentalFundamental e meacutedio
2015 2017
Infantil fundamental e meacutedio
46
das escolas que atendem a todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica declinou em 2017 Poreacutem os estabelecimentos de
ensino estaduais ou municipais que fazem essa oferta abrangente satildeo poucos e o nuacutemero deles vecircm diminuindo
gradativamente eram 336 em 2013 e 280 em 2017 As escolas que ofertam o ensino fundamental e meacutedio e que
tecircm a melhor infraestrutura geral permaneceu praticamente no mesmo patamar em todo o periacuteodo
425 Tipo de oferta
A Tabela 7 mostra a distribuiccedilatildeo dos indicadores especificando mais detalhadamente as etapas do ensino
fundamental que as escolas municipais estaduais ofertam As escolas com somente os anos iniciais do ensino
fundamental tecircm infraestrutura mais baixa em quase todos os indicadores exceto para prevenccedilatildeo de danos
conservaccedilatildeo e conforto Em geral os valores mais elevados concentram-se nas escolas que ofertam apenas os
anos finais
Esses resultados devem ser analisados contextualmente pois 65 das escolas municipais ofertam apenas os
anos iniciais e satildeo escolas mais concentradas na zona rural do paiacutes (informaccedilotildees na Tabela E1 Apecircndice E)
Em outras palavras parte do padratildeo observado deve-se tambeacutem agrave localizaccedilatildeo dessas escolas que possuem mais
fragilidades A contextualizaccedilatildeo obviamente natildeo justifica ausecircncia de poliacuteticas para equiparar as condiccedilotildees de
oferta de um ensino de qualidade
Tabela 7 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tipo de oferta e ano escolas estaduais e municipais
Somente 1a etapa EF Somente 2a etapa EF 1a e 2a etapa EF2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 57 61 63 87 87 88 74 70 70Instalaccedilotildees do preacutedio 49 53 55 79 80 80 71 68 69Prevenccedilatildeo de danos 65 67 65 67 67 67 61 63 61
Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 65 65 63 64 64
Conforto 67 67 70 72 70 72 66 66 66Ambiente prazeroso 21 27 30 41 44 45 36 38 40Espaccedilos pedagoacutegicos 16 18 17 51 51 47 40 35 33Equip p apoio admin 21 24 26 58 57 54 45 41 41Equip p apoio pedag 25 31 32 58 59 56 48 47 46Acessibilidade 30 35 38 48 55 59 45 48 50Ambiente para AEE 05 07 08 10 13 15 13 16 17Infraestrutura geral 42 46 49 66 66 67 60 58 59
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Em termos de tendecircncias as escolas que oferecem somente os anos iniciais embora tenham meacutedias mais
baixas foram as que mais melhoraram em vaacuterios indicadores Esse padratildeo estaacute sintetizado no Graacutefico 5 com os
resultados do indicador de infraestrutura geral
47Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 5 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por tipo de oferta de ensino e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
426 Tamanho da escola
Na literatura revisada a infraestrutura das escolas pequenas aparece como menos adequada e em geral
satildeo escolas localizados em aacutereas rurais e das regiotildees Norte e Nordeste (CERQUEIRA SAWYER 2007 SOARES
NETO et al 2013b) A Tabela 8 mostra as meacutedias dos indicadores segundo o nuacutemero de matriacuteculas nas escolas
municipais e estaduais O padratildeo observado eacute dos estudos preacutevios Os valores mais elevados em todos os
anos se concentram nas escolas que possuem mais de 400 alunos No outro extremo estatildeo as escolas com
50 alunos ou menos As diferenccedilas satildeo enormes sendo que para alguns indicadores as meacutedias distam em
quase cinco pontos (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e equipamentos para apoio pedagoacutegico)
Tabela 8 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por tamanho da escola e ano escolas estaduais e municipais
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunos Mais de 151 a 400 alunos Mais de 400 alunos2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 40 40 42 56 57 59 76 77 78 89 88 89Instalaccedilotildees do preacutedio 34 36 37 51 53 55 68 70 72 81 82 83Prevenccedilatildeo de danos 42 44 48 51 56 55 59 62 61 67 68 68Conservaccedilatildeo 58 59 59 59 62 62 63 64 64 67 66 67Conforto 68 69 70 61 63 66 64 64 66 70 69 71Ambiente prazeroso 09 12 14 21 26 29 36 41 43 44 48 49Espaccedilos pedagoacutegicos 05 06 06 17 17 16 33 32 31 50 49 45Equip p apoio admin 06 07 09 20 24 26 41 42 43 57 56 55Equip p apoio pedag 09 12 13 27 33 33 46 50 49 58 60 58Acessibilidade 23 24 25 27 32 33 39 45 49 54 59 63Ambiente para AEE 00 00 00 02 03 03 09 12 13 19 23 26Infraestrutura geral 30 31 34 45 47 50 60 61 62 67 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Somente 1ordf etapa EF Somente 2ordf etapa EF 1ordf e 2ordf etapa EF
2015 2017
48
O que vemos eacute que nas escolas pequenas os indicadores satildeo mais baixos Isso pode ocorrer por que (1) as
escolas menores estatildeo mais localizadas na zona rural e (2) as escolas municipais tendem a possuir menos
alunos e satildeo aquelas que atendem prioritariamente a educaccedilatildeo infantil e aos anos iniciais
Poreacutem natildeo se pode negligenciar que perto de 43 das matriacuteculas estatildeo em escolas com ateacute 150 alunos (Tabela E1
Apecircndice E) Portanto haacute muitos alunos estudando em escolas que natildeo contam com condiccedilotildees adequadas para o
trabalho pedagoacutegico
Na anaacutelise das tendecircncias notamos que as escolas com 50 a 150 alunos foram as que mais melhoraram no periacuteodo
enquanto as escolas maiores praticamente apresentam meacutedias constantes Mas as diferenccedilas satildeo muito elevadas
As escolas com mais de 400 alunos tecircm na meacutedia 37 pontos a mais do que as escolas com 50 alunos ou menos
Esse resultado estaacute representado no Graacutefico 6
Graacutefico 6 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por nuacutemero de matriacuteculas e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
427 Complexidade das escolas
O indicador de complexidade da gestatildeo das escolas calculado pelo Inep conteacutem em uma uacutenica medida as
informaccedilotildees sobre porte da escola nuacutemero de turnos e etapas ofertadas (detalhes no Apecircndice E) Observar
as meacutedias dos indicadores pelos niacuteveis de complexidade resume a nossa anaacutelise realizada anteriormente com
relaccedilatildeo agraves etapas ao tipo de oferta e ao tamanho da escola A Tabela 9 apresenta a distribuiccedilatildeo dos indicadores
segundo os niacuteveis de complexidade da gestatildeo das escolas municipais e estaduais
Nas escolas com niacuteveis de complexidade mais baixos os valores dos indicadores tambeacutem satildeo mais baixos
De certo as escolas maiores ateacute mesmo pela constituiccedilatildeo fiacutesica do seu espaccedilo tecircm condiccedilotildees de oferta de
muito mais itens de infraestrutura
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Ateacute 50 alunos Mais de 50 a 150 alunosMais de 151 a 400 alunos
2015 2017
Mais de 400 alunos
49Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela 9 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por niacutevel de complexidade da gestatildeo das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Niacutevel 1 (mais baixo)
Niacutevel 2 Niacutevel 3 Niacutevel 4 Niacutevel 5Niacutevel 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 43 46 48 67 69 71 71 73 73 74 75 77 73 75 75 86 86 87Instalaccedilotildees do preacutedio 38 41 43 57 60 62 67 69 71 68 70 71 66 69 70 80 81 82Prevenccedilatildeo de danos 65 65 64 64 66 64 64 66 64 66 66 67 61 63 62 64 65 64Conservaccedilatildeo 67 67 67 66 67 67 66 66 66 66 65 66 63 64 63 64 64 65Conforto 70 69 73 67 67 69 68 67 68 70 70 72 65 65 65 67 67 68Ambiente prazeroso 12 17 20 27 33 35 35 40 42 35 38 40 30 36 38 41 46 48Espaccedilos pedagoacutegicos 08 09 10 22 23 22 34 34 32 39 40 38 34 34 32 52 51 48Equip p apoio admin 09 12 14 29 32 33 40 41 42 44 45 45 39 41 42 57 56 56Equip p apoio pedag 13 18 19 34 40 40 44 48 47 46 49 49 43 47 46 57 59 58Acessibilidade 24 27 28 33 38 41 42 48 50 42 48 53 42 49 51 54 60 64Ambiente para AEE 01 01 02 06 09 10 11 15 16 10 13 15 11 15 17 18 24 28Infraestrutura geral 33 36 39 50 53 55 57 58 60 57 59 61 56 58 60 66 67 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
A maioria das escolas tem baixa complexidade Conforme os percentuais da distribuiccedilatildeo de escolas por
niacutevel de complexidade apresentados na Tabela E1 (Apecircndice E) quase 70 das escolas estatildeo nos niacuteveis de
complexidade de gestatildeo 1 2 ou 3 Portanto se o tamanho da escola pode constituir um fator limitante para
a ampliaccedilatildeo da infraestrutura o nuacutemero de escolas de baixa complexidade com indicadores de infraestrutura
pouco adequados natildeo deve ser negligenciado No indicador de infraestrutura geral houve crescimento de
todas as meacutedias mas diferenccedila entre a escola de maior e menor complexidade eacute de quase 3 pontos
O Graacutefico 7 mostra essa tendecircncia Notem que as meacutedias das escolas com maior complexidade estabilizaram
de 2015 a 2017 depois de apresentar um crescimento no periacuteodo anterior As meacutedias das escolas com menor
complexidade embora formem a linha de tendecircncia com valores mais baixos tem maior inclinaccedilatildeo positiva
Graacutefico 7 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel de complexidade da gestatildeo e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Niacutevel 3 Niacutevel 5Niacutevel 4
2015 2017
Niacutevel 1 (mais baixo)Niacutevel 2 Niacutevel 6 (mais alto)
50
A relaccedilatildeo entre infraestrutura e complexidade da gestatildeo das escolas precisa ser analisada com cautela
Soares e Alves (2013) mostraram que os resultados educacionais estatildeo associados a diferentes combinaccedilotildees
entre complexidade e infraestrutura das escolas com o niacutevel socioeconocircmico dos alunos Os autores
observaram que alunos com origem social desfavorecida tendem a ter melhores resultados em escolas
com menor complexidade mas com infraestrutura mais adequada
428 Niacutevel socioeconocircmico das escolas
O INSE foi calculado com base nos questionaacuterios contextuais das avaliaccedilotildees educacionais (ver Apecircndice E)
Assim haacute informaccedilotildees cerca de 50 das escolas de ensino fundamental que participaram dessas avaliaccedilotildees mas
cuja amostragem eacute representativa do conjunto de escolas brasileiras de educaccedilatildeo baacutesica (ensino fundamental
e meacutedio) A divisatildeo da escala o INSE em seis grupos distingue as escolas de todo o Brasil das redes puacuteblicas e
privadas Assim quando restringimos a anaacutelise agraves escolas puacuteblicas estaduais e municipais as distinccedilotildees entre
os grupos tendem a ficar mais sutis
A literatura educacional mostra que os alunos de origem social menos favorecida estudam em escolas onde
as condiccedilotildees de infraestrutura satildeo menos adequadas (ALVES XAVIER 2016a GOMES DUARTE 2017 SOARES
ALVES XAVIER 2015 SOARES NETO et al 2013b) Noacutes verificamos o mesmo neste estudo mesmo considerando
um determinado segmento de escolas puacuteblicas
A Tabela 10 mostra as meacutedias dos indicadores pelas faixas do INSE para as escolas municipais e estaduais
que participaram da Prova Brasil Quanto mais alto o INSE mais elevados satildeo os valores dos indicadores de
infraestrutura com exceccedilatildeo do indicador ambiente para AEE A evidecircncia eacute de que as escolas de maior INSE satildeo
menos equitativas nesse aspecto
As diferenccedilas entre os grupos de escolas com maior e menor INSE praticamente natildeo se alteraram exceto para
o indicador de espaccedilos pedagoacutegicos que experimentou decliacutenio na diferenccedila Mas isso se explica pela reduccedilatildeo
da meacutedia da desse indicador no grupo de escolas com INSE mais alto do que da melhora substancial das
escolas com INSE mais baixo
Tabela 10 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por faixas do Iacutendice do Niacutevel Socioeconocircmico (INSE) das escolas e ano escolas estaduais e municipais
Grupo 1 (mais baixo)
Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5Grupo 6
(mais alto)2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 58 58 59 74 75 75 86 86 87 93 93 94 95 96 96 97 95 97Instalaccedilotildees do preacutedio 58 60 62 66 69 71 77 79 80 84 85 85 85 85 84 86 85 85Prevenccedilatildeo de danos 44 45 47 51 53 54 63 64 65 75 75 75 79 78 78 91 91 91Conservaccedilatildeo 56 58 57 58 60 60 65 65 65 71 70 71 73 73 74 84 92 91Conforto 52 53 54 56 56 58 66 65 68 77 76 79 80 80 82 81 89 98Ambiente prazeroso 22 28 32 30 36 40 40 44 47 52 54 53 57 59 56 54 56 64Espaccedilos pedagoacutegicos 24 22 20 33 32 29 45 44 41 53 52 48 56 55 51 59 64 54Equip p apoio admin 28 29 32 39 40 41 53 52 52 62 61 58 65 63 60 72 68 67Equip p apoio pedag 35 41 40 45 50 48 54 57 55 62 63 62 64 65 64 66 59 63Acessibilidade 28 32 36 41 47 51 51 57 60 52 58 63 54 59 64 52 53 65Ambiente para AEE 04 06 07 10 14 16 16 20 22 20 23 24 22 25 26 05 06 16Infraestrutura geral 53 57 56 59 61 61 65 66 66 69 70 70 71 71 71 75 76 77
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
51Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
O Graacutefico 8 mostra que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral seguem em linhas quase paralelas de
2015 a 2017 depois de uma melhora mais perceptiacutevel no periacuteodo de 2013 para 2015
Graacutefico 8 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por niacutevel socioeconocircmico meacutedio da escola (INSE) e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
429 Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica ndash Ideb
Algumas pesquisas tecircm apontado que no Brasil a infraestrutura das escolas influencia os resultados escolares
(ALVES SOARES 2013 ALVES XAVIER 2016a BIONDI FELIacuteCIO 2007 CAVALCANTI 2016 CERQUEIRA SAWER
2007 SOARES ALVES 2013 SOARES ALVES XAVIER 2015) Dois desses resultados satildeo levados em conta no Ideb
aprovaccedilatildeo e desempenho Assim tomamos o Ideb como um indicador de qualidade escolar
Nos anos iniciais (Tabela 11) observamos que os valores mais altos dos indicadores de infraestrutura estatildeo
concentrados nas faixas mais elevadas do Ideb Nos anos finais (Tabela 12) o padratildeo eacute semelhante Entretanto
no niacutevel ldquoaltordquo do Ideb as meacutedias de alguns indicadores satildeo ligeiramente mais baixas do que aquelas observadas
no niacutevel ldquomeacutedio altordquo
Esse resultado pode apenas estar captando que nesse niacutevel de ensino os alunos estatildeo em estabelecimentos
com mais recursos dentre os analisados neste estudo do que aqueles onde estudam crianccedilas pequenas
Importante relembrar que o Ideb natildeo eacute calculado para todas as escolas ficam de fora muitas escolas pequenas
que natildeo possuem turmas elegiacuteveis (turmas com matriacuteculas no quinto ou nono ano do ensino fundamental
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
Grupo 3 Grupo 5Grupo 4
2015 2017
Grupo 1 (mais baixo)Grupo 2 Grupo 6 (mais alto)
52
com pelo menos 20 alunos matriculados) O indicador estaacute disponiacutevel para menos de 39 das escolas com
anos iniciais do ensino fundamental e 24 das escolas com anos finais em 2017
Tabela 11 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos iniciais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 70 68 62 81 77 73 87 85 81 92 91 88 94 93 91Instalaccedilotildees do preacutedio 63 63 61 72 71 68 79 78 75 82 83 81 83 84 83Prevenccedilatildeo de danos 47 48 45 56 55 52 66 65 61 72 72 69 75 77 74Conservaccedilatildeo 56 56 55 60 60 58 66 65 64 71 70 69 74 74 73Conforto 53 52 52 58 56 57 68 65 65 76 75 74 79 79 80Ambiente prazeroso 27 31 31 36 38 39 45 47 46 51 52 51 54 56 54Espaccedilos pedagoacutegicos 28 24 18 38 32 25 45 42 34 50 48 42 52 50 44Equip p apoio admin 33 33 29 44 40 37 54 50 46 59 57 53 63 61 55Equip p apoio pedag 39 42 36 49 49 44 56 57 52 61 61 58 63 63 61Acessibilidade 34 38 34 46 50 46 52 57 55 52 58 60 54 58 61Ambiente para AEE 08 09 07 15 16 14 21 24 21 22 26 25 21 25 24Infraestrutura geral 58 58 57 62 62 60 66 66 64 69 69 68 70 70 69
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Tabela 12 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores pelo Ideb dos anos finais e ano escolas estaduais e municipais
Baixo Meacutedio baixo Meacutedio Meacutedio alto Alto2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017 2013 2015 2017
Serviccedilos baacutesicos 80 80 72 86 86 81 91 90 86 93 92 89 89 89 84Instalaccedilotildees do preacutedio 75 76 71 80 81 78 82 83 81 83 85 83 82 83 80Prevenccedilatildeo de danos 57 57 53 66 65 60 71 71 68 73 76 73 78 77 79Conservaccedilatildeo 60 59 57 66 64 63 70 69 68 73 73 71 79 79 77Conforto 61 58 57 70 68 66 76 75 73 79 80 78 79 80 80Ambiente prazeroso 36 39 39 44 46 45 48 50 49 50 54 52 54 54 53Espaccedilos pedagoacutegicos 44 41 30 52 50 41 55 55 48 57 57 50 58 56 49Equip p apoio admin 48 47 41 58 56 50 63 61 55 66 63 57 66 60 55Equip p apoio pedag 49 52 45 59 59 54 63 63 59 66 65 62 65 61 60Acessibilidade 49 52 47 51 58 58 52 59 62 54 59 63 50 64 64Ambiente para AEE 12 15 13 17 20 20 17 22 23 18 21 22 13 19 20Infraestrutura geral 63 63 61 67 67 65 69 69 68 71 71 70 73 71 71
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Os graacuteficos 9 e 10 reforccedilam essas observaccedilotildees Notem que as tendecircncias do indicador de infraestrutura geral
por niacuteveis do Ideb satildeo muito parecidas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais As linhas de tendecircncias
das escolas com Ideb alto e meacutedio-alto se confundem na parte mais alta do plano As linhas das escolas com
Ideb baixo e meacutedio baixo estatildeo mais distintas na parte baixa sobretudo no Graacutefico 9 No primeiro periacuteodo (2013
a 2015) as meacutedias ficaram quase constantes e em 2017 elas oscilaram negativamente sobretudo os grupos
com Ideb baixo e meacutedio-baixo mas sem alterar a disposiccedilatildeo dos grupos Ou seja o nosso indicador capta as
diferenccedilas nas condiccedilotildees de infraestrutura das escolas com maior e menor Ideb quase em paralelo agrave medida
de qualidade da educaccedilatildeo
53Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 9 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
Graacutefico 10 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013
AltoMeacutedio altoMeacutedio baixo
2015 2017
Baixo Meacutedio
54
4210 Proporccedilatildeo de alunas na escola
A educaccedilatildeo tem um importante papel no fomento agrave igualdade de gecircnero Nas escolas de educaccedilatildeo baacutesica
brasileiras haacute cerca de 2 a mais de matriacuteculas de alunos em relaccedilatildeo agraves alunas um padratildeo de distribuiccedilatildeo
equivalente ao observado na populaccedilatildeo em idade escolar Na vida adulta essa relaccedilatildeo se inverte As mulheres
se tornam maioria da populaccedilatildeo e elas tecircm maior participaccedilatildeo no ensino superior (INEP 2018b)
Poreacutem essa vantagem natildeo reduz as iniquidades sociais que afetam as mulheres Dentre os analfabetos adultos
do mundo dois terccedilos satildeo mulheres No ensino superior poucas mulheres estatildeo em carreiras das aacutereas cientiacuteficas
e menos de 30 se tornam pesquisadoras Quando as mulheres tecircm a mesma profissatildeo que os homens em
meacutedia elas tecircm rendimento inferior e estatildeo mais sujeitas a preconceitos e barreiras no exerciacutecio profissional25
Por essa razatildeo a promoccedilatildeo da equidade de gecircnero desde a educaccedilatildeo baacutesica eacute fundamental para corrigir
as distorccedilotildees que comeccedilam na infacircncia Nas escolas isso envolve a participaccedilatildeo igualitaacuterias nas atividades
escolares o planejamento do curriacuteculo e a atenccedilatildeo ao clima escolar mas tambeacutem a existecircncia de ambientes
seguros e apropriados (em especial os banheiros) os recursos educativos (como jogos brinquedos livros filmes
etc) que devem ser sensiacuteveis agraves questotildees de gecircnero
O Censo Escolar e o Saeb ainda natildeo incluem questotildees sobre essa temaacutetica Natildeo obstante tendo em vista a
importacircncia da igualdade de gecircnero para a Agenda 2030 exploramos o problema por meio da descriccedilatildeo da
infraestrutura nas escolas onde haacute mais alunas ou mais alunos Em linha com o trabalho de Hek Kraaykamp
e Pelzer (2018) que consideram a proporccedilatildeo de alunas na escola como um importante recurso educacional
tomamos a proporccedilatildeo de alunas matriculadas como variaacutevel de interesse Analisamos as meacutedias dos indicadores
nas escolas onde haacute menos de 50 de alunas e nas escolas onde haacute 50 ou mais de alunas Nesta anaacutelise nosso
objetivo foi somente ressaltar as condiccedilotildees desses contextos sem fazer hipoacuteteses sobre causalidade
Tabela 13 Distribuiccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por proporccedilatildeo de alunas e ano escolas estaduais e municipais
lt50 alunas(mais meninos)
ge50 alunas(mais meninas)
2013 2015 2017 2013 2015 2017Serviccedilos baacutesicos 65 67 69 65 66 68Instalaccedilotildees do preacutedio 59 62 64 58 60 62Prevenccedilatildeo de danos 63 65 63 65 66 65Conservaccedilatildeo 65 65 65 66 66 66Conforto 67 67 68 69 68 70Ambiente prazeroso 28 33 36 27 31 34Espaccedilos pedagoacutegicos 27 28 27 27 27 26Equip p apoio admin 32 34 35 31 33 34Equip p apoio pedag 35 40 40 34 39 38Acessibilidade 36 42 45 36 41 43Ambiente para AEE 08 11 13 07 10 11Infraestrutura geral 50 53 55 49 51 54
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
25 Para um panorama mais amplo sobre igualdade de gecircnero na educaccedilatildeo consultar o Relatoacuterio de monitoramento global da educaccedilatildeo 2018 disponiacutevel em lthttpunesdocunescoorgimages0026002645264535PORpdfgt consultado em 31 de outubro de 2018
55Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Observamos na Tabela 13 que os indicadores de infraestrutura tecircm meacutedias ligeiramente mais baixas nas
escolas com maior proporccedilatildeo de alunas Notem as meacutedias mais altas dos indicadores de instalaccedilotildees do preacutedio
conservaccedilatildeo conforto ambiente prazeroso e acessibilidade nas escolas onde haacute mais meninos
Essa tendecircncia ficou mais niacutetida em 2017 No Graacutefico 11 a diferenccedila entre escolas com mais meninos e
escolas com mais meninas mensurada pelo o indicador de infraestrutura geral apresentou uma tendecircncia de
convergecircncia no periacuteodo mas as escolas onde haacute mais meninos matriculados ainda permanecem melhores
Graacutefico 11 Evoluccedilatildeo do indicador geral de infraestrutura escolar por faixa do Ideb dos anos finais do ensino fundamental e ano escolas estaduais e municipais
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com dados do Censo Escolar e Saeb
43 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral
A descriccedilatildeo da infraestrutura escolar por meio dos indicadores nos deu uma visatildeo muacuteltipla da qualidade desse construto
Poreacutem para interpretar substantivamente o que significa um estabelecimento de ensino com escores altos meacutedios ou
baixos precisamos que os itens sejam comparaacuteveis Fizemos isso com o indicador de infraestrutura geral que sintetiza
todos os itens empregados
Para interpretar a escala do indicador de infraestrutura geral o primeiro passo foi colocar todos os 61 itens utilizados
em ordem crescente dos seus respectivos paracircmetros B estimados por meio da TRI26 O paracircmetro B informa a
posiccedilatildeo do item na escala do traccedilo latente Neste estudo o traccedilo latente se refere agrave qualidade da infraestrutura ou
seja quanto mais alto o valor de B mais associado a uma melhor infraestrutura estaacute o item Por exemplo no item
26 A natureza da escala de infraestrutura eacute equivalente agrave jaacute conhecida escala de proficiecircncia das avaliaccedilotildees em larga escala O paracircmetro B estimado pela TRI se refere agrave dificuldade do item e estaacute expresso na mesma escala do construto Quanto mais alto o valor de B mais difiacutecil eacute o item e mais alta eacute a proficiecircncia Para uma explicaccedilatildeo mais completa sobre os paracircmetros da TRI consultar Andrade Tavares e Valle (2000) e Hambleton (1993)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
02013 2015 2017
lt50 alunas ge50 alunas
56
TV a categoria ldquouma TVrdquo tem o paracircmetro B igual a 374 valor inferior ao do ldquolaboratoacuterio de Informaacuteticardquo que eacute 51227
Isso porque este uacuteltimo eacute menos comum que a TV e estaacute associado agrave qualidade mais elevada da infraestrutura
O mapeamento com a disposiccedilatildeo na escala de todos os itens estaacute na figura F1 do Apecircndice F
O passo seguinte foi analisar a disposiccedilatildeo dos itens para criar niacuteveis de qualidade da infraestrutura geral Existem
metodologias apropriadas para definir pontos de corte em escalas de proficiecircncia (ZIEKY PERIE 2006) Soares (2009)
discute algumas dessas metodologias e propotildee uma divisatildeo de niacuteveis da escala de proficiecircncia do Saeb que eacute
adotado por vaacuterios pesquisadores Entretanto aplicar esses meacutetodos desenvolvidos para escalas de proficiecircncia
na de infraestrutura exige que a especificidade da escola seja considerada Por essa razatildeo optamos por fazer um
julgamento substantivo dos pontos de corte de forma que eles refletissem os ganhos de qualidade das escolas de
acordo com os atributos mensurados pelas variaacuteveis e suas respectivas categorias O julgamento de especialistas para
definir pontos de corte em escalas eacute um dos aspectos considerados na literatura especializada (ZIEKY PERIE 2006)
Em decorrecircncia dessa decisatildeo a escala foi seccionada em seis pontos de acordo com os valores dos paracircmetros B dos
itens de infraestrutura geral criando sete niacuteveis de infraestrutura geral quais sejam (I) ateacute 3 pontos que corresponde
agrave pior situaccedilatildeo (II) mais de 3 a 4 pontos (III) mais de 4 a 5 pontos (IV) mais de 5 a 6 pontos (V) mais de 6 a 7 pontos
(VI) mais de 7 a 8 pontos e (VII) mais de 8 pontos que corresponde agrave melhor situaccedilatildeo No mapeamento apresentado no
Apecircndice F esses grupos estatildeo delimitados com cores diferentes
Por fim mostramos a interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral de acordo as categorias dos itens em cada
um dos intervalos no Quadro 1 Na primeira coluna os sete grupos estatildeo indicados com os respectivos valores
A segunda coluna resume as caracteriacutesticas do estabelecimento de ensino descritas pelos itens posicionados
no mesmo intervalo de valores Na coluna seguinte avaliamos a correspondecircncia entre o niacutevel da infraestrutura
geral e os muacuteltiplos indicadores (acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo
conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos de apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico
acessibilidade ambiente prazeroso e AEE)
Na relaccedilatildeo dos perfis de escolas com a interpretaccedilatildeo dos itens esperamos que uma escola que tenha alta qualidade
de infraestrutura (por exemplo valor igual a 78) possua cumulativamente todos os itens com paracircmetro B ateacute esse
valor Essa relaccedilatildeo foi verificada por meio de uma anaacutelise descritiva entre os niacuteveis da infraestrutura geral e variaacuteveis
discriminantes das escolas (Tabela G1 do Apecircndice G) e estaacute interpretada na uacuteltima coluna do Quadro 1 que
apresenta as caracteriacutesticas de uma escola tiacutepica no niacutevel da escala geral Ressaltamos que esta escala inclui todas as
escolas puacuteblicas e privadas
No niacutevel I estatildeo as escolas que estatildeo em funcionamento mas cuja infraestrutura falha no respeito agrave dignidade humana
para seus alunos e profissionais pois natildeo haacute nem mesmo um banheiro no preacutedio Nesse niacutevel as escolas natildeo atendem a
nenhum dos indicadores de infraestrutura Tipicamente satildeo escolas da regiatildeo Norte rurais municipais pequenas (ateacute 50
alunos) ofertam somente o ensino fundamental ou o fundamental junto agrave educaccedilatildeo infantil e tecircm o INSE muito baixo
As escolas no niacutevel II estatildeo apenas um pouco melhores uma vez que a aacutegua de poccedilo permite a existecircncia de banheiro
dentro do preacutedio e a energia eleacutetrica viabiliza o acesso a alguns recursos de apoio pedagoacutegico (TV e DVD) Adicionalmente
elas natildeo tecircm sinais de depredaccedilotildees A escola tiacutepica deste niacutevel eacute muito parecida com a do niacutevel anterior poreacutem ela
tambeacutem pode estar na regiatildeo Nordeste e ter um pouco mais de alunos
27 A escala original dos paracircmetros B em desvios-padratildeo foi transformada para a escala de 0 a 10 tal como fizemos com as escalas de todos os indicadores Importante que essas medidas satildeo relativas O valor zero significa a pior infraestrutura e o valor 10 a melhor infraestrutura relativamente aos itens considerados neste estudo
57Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
No niacutevel III o preacutedio escolar tem mais acesso a serviccedilos puacuteblicos e as instalaccedilotildees satildeo melhores tanto para fins
administrativos quanto pedagoacutegicos A conservaccedilatildeo e o conforto satildeo regulares A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Nordeste em zona rural pertence agrave rede municipal tem de 50 a 150 alunos (mas haacute escolas pequenas com ateacute 50
alunos) e o INSE vai do muito baixo ao meacutedio-baixo
Quadro 1 Interpretaccedilatildeo da escala de infraestrutura geral respectivos indicadores e perfil tiacutepico da escola
Niacutevel Interpretaccedilatildeo Indicadores relacionados Perfil tiacutepico
(I)lt= 2
Natildeo tem banheiro ou quando tem eacute fora do preacutedio natildeo tem aacutegua ou quando tem eacute de rio cacimba ou fonte natildeo tem energia ou usa gerador ou algum tipo alternativo natildeo tem esgoto mas haacute nesse grupo escolas com fossa pode ter cozinha e aacutegua filtrada
Natildeo atende Regiatildeo Norte rural rede municipal ateacute 50 alunos oferta soacute ensino fundamental ou fundamental e infantil (-) INSE muito baixo
(II)+ 2 a 4
Tem aacutegua de poccedilo e banheiro dentro da escola tem energia eleacutetrica 1 TV e 1 DVD haacute poucos sinais de depredaccedilatildeo
Acesso a serviccedilos (-) Regiatildeo Norte e Nordeste rural rede municipal ateacute 50 ou mais de 50 a 150 alunos oferta ensino fundamental e infantil ou soacute fundamental INSE muito baixo e baixo
(III)+4 a 5
Tem aacutegua de rede puacuteblica e coleta de lixo sala de direccedilatildeo e secretaria sala de professores paacutetio tem 1 aparelho de som 1 maacutequina fotograacutefica 1 impressora 1 computador administrativo 1 a 5 computadores para alunos internet (mas natildeo eacute banda larga) tem seguranccedila fiacutesica e dos equipamentos salas cozinha corredores telhados pisos salas portas etc tecircm conservaccedilatildeo regulares exceto janelas que estatildeo em mal estado iluminaccedilatildeo externa ruim mas as salas satildeo iluminadas
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio (-) conservaccedilatildeo (-) conforto (-)
Regiatildeo Nordeste rural rede municipal mais de 50 a 150 alunos ou ateacute 50 alunos oferta ensino fundamental e infantil INSE muito baixo a meacutedio-baixo
(IV)+ 5 a 6
Tem laboratoacuterio de informaacutetica 6 a 10 computadores para alunos e 2 a 3 administrativos internet banda larga 2 impressoras 2 TVs e 2 aparelhos de som 1 copiadora 1 equipamento multimiacutedia biblioteca ou sala de leitura quadra descoberta despensa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas regulares iluminaccedilatildeo externa regular natildeo tem sinais de depredaccedilatildeo conservaccedilatildeo em geral eacute regular ou boa todas as salas satildeo iluminadas e mais da metade arejadas biblioteca arejada e iluminada proteccedilatildeo contra incecircndios ruins infraestrutura para deficientes pouco adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (-) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico (-)
Regiatildeo Nordeste e Centro-Oeste urbana rede estadual (+) e municipal mais de 50 a 400 alunos oferta todas etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE muito baixo a meacutedio
(V)+6 a 7
Tem laboratoacuterio de ciecircncias 4 a 20 computadores para alunos 3 impressoras 1 multifuncional pelo menos 3 TVs aparelhos de som DVDs 2 maacutequinas fotograacuteficas 2 equipamentos multimiacutedia 2 copiadoras banheiro em bom estado com chuveiro quadra coberta aacuterea verde parque infantil refeitoacuterio dependecircncias e banheiro PNE almoxarifado proteccedilatildeo contra incecircndio regular ou bom iluminaccedilatildeo externa boa instalaccedilotildees hidraacuteulicas e eleacutetricas boas conservaccedilatildeo em geral boa
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade (-) ambiente prazeroso
Regiatildeo Centro-Oeste Sudeste e Sul urbana rede estadual particular e municipal de 150 a 400 ou mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE meacutedio baixo a meacutedio alto
(VI)+ 7 a 8
Tem sala de leitura e biblioteca auditoacuterio quadra coberta e descoberta paacutetio coberto e descoberto 20 ou mais computadores para alunos 7 ou mais computadores administrativos 3 ou mais equipamentos multimiacutedia copiadoras e maacutequinas fotograacuteficas 2 impressoras multifuncionais infraestrutura para pessoas com deficiecircncia eacute adequada
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso
Regiatildeo Sudeste Sul e Centro-Oeste (-) urbana rede federal particular e estadual mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesicaoferta do fundamental e meacutedio INSE meacutedio alto a muito alto
(VII)gt= 8
Aleacutem de todos os itens anteriores tem 3 ou mais impressoras multifuncionais informaacutetica acessiacutevel recursos para inclusatildeo adequada (comunicaccedilatildeo alternativa aumentativa soroban e Braille)
Acesso a serviccedilos instalaccedilotildees do preacutedio prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo conforto espaccedilos pedagoacutegicos (+) equipamentos para apoio administrativo equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade ambiente prazeroso AEE
Regiatildeo Sul e Sudeste urbana rede Federal mais de 400 alunos oferta todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica INSE alto a muito alto
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaNota para descrever o perfil tiacutepico satildeo consideradas as escolas de todas as dependecircncias administrativas
58
As escolas do niacutevel IV tecircm condiccedilotildees melhores para o ensino e aprendizagem Aleacutem de ter mais acesso aos serviccedilos
puacuteblicos as suas instalaccedilotildees satildeo mais adequadas o preacutedio tem proteccedilatildeo contra danos melhor conservaccedilatildeo e
conforto conta com espaccedilos e equipamentos pedagoacutegicos ainda que para poucos alunos e equipamentos
administrativos A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo Nordeste ou Centro-Oeste eacute urbana pertence agrave rede
estadual tem tamanho muito variado (de menos de 50 ateacute 400 alunos) e oferece o ensino fundamental apenas ou
este em combinaccedilatildeo com a educaccedilatildeo infantil ou o ensino meacutedio O INSE vai do muito baixo ao meacutedio
No niacutevel V encontramos condiccedilotildees bem melhores Aleacutem das caracteriacutesticas anteriores as escolas tecircm boa
conservaccedilatildeo conforto os espaccedilos pedagoacutegicos satildeo mais completos e para um maior nuacutemero de alunos haacute
equipamentos de apoio administrativos e pedagoacutegicos em nuacutemero maior e o ambiente eacute prazeroso Embora
tenha itens de acessibilidade nesse aspecto ainda podem melhorar A escola tiacutepica deste niacutevel estaacute na regiatildeo
Centro-Oeste Sudeste ou Sul na aacuterea urbana e pertence agrave rede estadual ou particular ou municipal O INSE vai
do meacutedio-baixo ao meacutedio-alto
A partir do niacutevel VI os estabelecimentos de ensino estatildeo bem mais adequados em relaccedilatildeo aos itens de qualidade
mensurados inclusive com infraestrutura para pessoas com deficiecircncia Ou seja os direitos humanos estatildeo
minimamente atendidos O perfil tiacutepico da escola neste niacutevel eacute semelhante ao anterior quanto agrave localizaccedilatildeo
mas se difere na dependecircncia administrativa (pertence agrave rede federal particular ou estadual) e no nuacutemero de
matriacuteculas pois eacute uma escola grande com mais de 400 alunos O INSE vai do meacutedio alto ao muito alto
O que distingue o niacutevel VI do seguinte eacute que as escolas do niacutevel VII tecircm natildeo soacute acessibilidade mas tambeacutem os
recursos pedagoacutegicos adequados para o ensino e aprendizagem de pessoas com deficiecircncia em salas de aulas
inclusivas Neste niacutevel estatildeo tipicamente escolas das regiotildees Sul e Sudeste urbanas da rede federal com mais
de 400 alunos e com INSE alto ou muito alto
O Graacutefico 12 mostra a distribuiccedilatildeo das escolas de ensino fundamental puacuteblicas e privadas nos sete niacuteveis do
indicador de infraestrutura geral A maioria das escolas tem escores entre 6 e 7 pontos que correspondem aos
niacuteveis V da escala Houve melhora da qualidade do indicador de 2013 para 2017 com a reduccedilatildeo do percentual
de escolas nos niacuteveis mais baixos (I ao III) e aumento de escolas a partir do niacutevel IV
Nos niacuteveis mais baixos da escala predominam as escolas rurais conforme o Graacutefico 13 que apresenta os
percentuais em 2017 Notamos claramente duas distribuiccedilotildees uma de escolas rurais que se concentram nos
niacuteveis I ao IV e outra das escolas urbanas a partir do niacutevel IV Fica evidente que as escolas rurais precisam de
mais investimentos para melhorar sua infraestrutura Poreacutem eacute preciso estudos especiacuteficos que consigam captar
as especificidades das escolas nessa localizaccedilatildeo
59Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Graacutefico 12 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental (puacuteblicas e privadas) por niacuteveis da infraestrutura geral
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Graacutefico 13 Distribuiccedilatildeo () das escolas de ensino fundamental por localizaccedilatildeo rural e urbana e niacuteveis da infraestrutura geral 2017
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
O Graacutefico 14 mostra que as diferenccedilas entre escolas com maior proporccedilatildeo de alunas e maior proporccedilatildeo de
alunos fica mais ressaltada nas escolas rurais Notem que na aacuterea rural nos niacuteveis I e II predominam escolas com
a maior proporccedilatildeo de alunas (50 ou mais de meninas) Na aacuterea urbana as diferenccedilas satildeo menores exceto nos
niacuteveis V e VI neste uacuteltimo com vantagem para as escolas com mais meninas
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
64
3353
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
2013 2015
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
201
162141
114 109 107
188199189
267
302319
142160
174
23 24 27
2017
50
45
35
25
15
5
40
30
20
10
0
80
0 02
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV
Rural Urbana
Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VII
333
225
21
203 196
137
450
22
284
0
46
60
Graacute
fico
14
Dis
trib
uiccedilatilde
o (
) das
esc
olas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l por
pro
porccedil
atildeo
de a
luna
s lo
caliz
accedilatildeo
rura
l e u
rban
a e
niacuteve
is d
a in
fraes
trut
ura
gera
l 20
17
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
50
45
35
25
15 540
30
20
10 0
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IV
lt50
alu
nas
Rura
lge5
0 a
luna
sU
rban
a
Niacutev
el V
Niacutev
el V
IN
iacutevel
VII
Niacutev
el I
Niacutev
el II
Niacutev
el II
IN
iacutevel
IVN
iacutevel
VN
iacutevel
VI
Niacutev
el V
II
74
92
366
319
225
22
6
212
181
146
00
0
23
115
18
01
02
02
21
21
194
20
1
454
42
286
441
280
55
61Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
44 Validaccedilatildeo dos indicadores de infraestrutura escolar
As anaacutelises descritivas dos indicadores muacuteltiplos de infraestrutura escolar e a interpretaccedilatildeo da escala do
indicador geral conferiram validade aos construtos teoacutericos que orientaram as anaacutelises empiacutericas Observamos
que as distribuiccedilotildees dos indicadores segundo variaacuteveis discriminantes corresponderam agraves nossas expectativas
em relaccedilatildeo ao que conhecemos da realidade educacional do paiacutes
Outra forma de analisar a validade eacute por meio da comparaccedilatildeo com referenciais externos Para isso comparamos
dos resultados com estudos revisados na Seccedilatildeo 2 Selecionamos alguns trabalhos que se basearam em dados
em larga escala ou que descrevem indicadores normativos Discutimos a sensibilidade dos indicadores
para mensurar dimensotildees ou caracteriacutesticas da infraestrutura descritas na literatura as convergecircncias entre
resultados e itens ou indicadores ausentes nos dados nacionais que apontam necessidade de ampliar a coleta
de informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees para o ensino e aprendizagem
Natildeo comparamos os indicadores de infraestrutura escolar com estudos que fizeram verificaccedilatildeo in loco (por
exemplo INEP 2006 TCU 2010) Numa visatildeo mais ampla poderiacuteamos considerar que as perspectivas que
esses trabalhos trouxeram sobre as condiccedilotildees escolares estatildeo contempladas nos indicadores muacuteltiplos de
conservaccedilatildeo acessibilidade prevenccedilatildeo de danos entre outros
As principais conclusotildees dessa anaacutelise comparativa estatildeo sumarizadas a seguir
Escala de infraestrutura de Soares Neto e outros (2013a) com itens do Censo Escolar de 2011
A correlaccedilatildeo entre o indicador geral de infraestrutura deste estudo e a escala de infraestrutura desenvolvida por
Soares Neto e colaboradores (2013a) eacute alta e significativa (r=088)
Os itens do niacutevel ldquoelementarrdquo da escala de Soares Neto e colaboradores satildeo compatiacuteveis com os itens dos
niacuteveis I e II da escala do indicador geral os itens do niacutevel ldquobaacutesicordquo satildeo compatiacuteveis com os niacuteveis III e IV o niacutevel
ldquoadequadordquo se assemelha aos niacuteveis IV e V sobretudo ao uacuteltimo e haacute coincidecircncia entre os itens descritos no
niacutevel ldquoavanccediladordquo e os que estatildeo nos niacuteveis VI e VII
Poreacutem no estudo liderado por Soares Neto com dados de 2011 a infraestrutura das escolas brasileiras estava
pior Quarenta e quatro porcento delas tinham niacutevel elementar e apenas 06 infraestrutura avanccedilada No
nosso estudo encontramos menos escolas nos niacuteveis mais baixos (213 nos niacuteveis I e II) e mais escolas nos
niacuteveis mais altos (171 nos niacuteveis VI e VII)
Possiacuteveis explicaccedilotildees para essas diferenccedilas satildeo (1) as datas de referecircncia e a melhora da infraestrutura que
foi observada na comparaccedilatildeo que fizemos entre 2013 e 2017 (2) o recorte do nosso estudo nas escolas que
ofertam o ensino fundamental (embora haja estabelecimentos que ofertam toda a educaccedilatildeo baacutesica) enquanto
Soares e colegas incluiacuteram todas as etapas da educaccedilatildeo baacutesica (3) o uso de itens do Saeb que qualificam
aspectos natildeo avaliados pelo Censo Escolar (4) a estrateacutegia no presente estudo de transformar algumas variaacuteveis
do Censo Escolar em meacutetrica ordinal para mensurar a qualidade do construto de forma mais fina e (5) os pontos
de corte na escala que podem refletir diferentes visotildees sobre a interpretaccedilatildeo da escala
Padratildeo miacutenimo de infraestrutura segundo o CAQi (CNE 2010)
Haacute vaacuterios itens do CAQi contemplados nos indicadores muacuteltiplos e no indicador geral do nosso estudo Poreacutem
o CAQi possui um detalhamento que natildeo pode ser verificado
62
Por exemplo natildeo pudemos considerar a metragem dos espaccedilos escolares nem a existecircncia de equipamentos
para o lazer esportes e preparo de alimentos que satildeo detalhados no CAQi mas que natildeo estatildeo incluiacutedos nos
questionaacuterios do Censo Escolar e do Saeb
Portanto por um julgamento substantivo podemos considerar que a partir do niacutevel V do indicador geral as
escolas possuem caracteriacutesticas que as aproximam desse padratildeo miacutenimo Importante destacar que as escolas
rurais satildeo as que mais necessitam de investimentos A maioria estaacute no niacutevel II uma situaccedilatildeo muito precaacuteria
Paracircmetros Nacionais de Qualidade para a Oferta da Educaccedilatildeo Baacutesica segundo o Grupo de Trabalho do CAQ (2015)
Em relaccedilatildeo ao Padratildeo Miacutenimo do CAQi normatizado pelo CNE (2010) o documento do GT CAQ avanccedila no sentido
de propor cinco combinaccedilotildees de componentes de infraestrutura e recursos escolares considerando os espaccedilos
a aacuterea disponiacutevel para as atividades escolares que configuram as dimensotildees para o exame da qualidade da
infraestrutura escolar A comparaccedilatildeo dos niacuteveis do presente estudo com essas combinaccedilotildees mostra que somente
as que estatildeo no niacutevel VI possuem todas as caracteriacutesticas das cinco combinaccedilotildees que equivalem ao CAQ pleno
Portanto os resultados deste estudo satildeo convergentes para o exame dos paracircmetros definidos pelo GT ndash CAQ
Escala de infraestrutura e de serviccedilos puacuteblicos do SERCE (UNESCO-OREALC) para paiacuteses latino-americanos inclusive o Brasil (VALDEacuteS et al 2008)
Dos 15 itens considerados no indicador de infraestrutura do SERCE trecircs natildeo estatildeo incluiacutedos no presente estudo (sala
de enfermagem serviccedilo de apoio psicopedagoacutegico sala de muacutesica) Natildeo obstante a partir do niacutevel III (para escolas
pequenas) e do niacutevel IV (para escolas maiores) a maioria atinge o niacutevel mais alto da escala SERCE
No indicador de acesso a serviccedilos tambeacutem a partir do niacutevel III as escolas contam com os itens considerados na escala
SERCE aacutegua e energia da rede puacuteblica A telefonia natildeo foi incluiacuteda no indicador mas alternativamente no niacutevel III elas
jaacute contam com internet sem banda larga o que indica a presenccedila do serviccedilo de comunicaccedilatildeo
Os dois outros itens avaliados pelo SERCE tambeacutem podem ser assumidos como convergentes a partir do niacutevel IV do
presente estudo o nuacutemero de computadores e de livros este uacuteltimo mensurado apenas pela presenccedila da biblioteca
Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Meacutexico (INEE 2014)
Haacute convergecircncia entre as dimensotildees do ECEA e os indicadores muacuteltiplos A partir do niacutevel V do indicador geral
deste estudo verificamos vaacuterios itens de infraestrutura contemplados no ECEA Contudo o instrumento dessa
avaliaccedilatildeo realizada por um oacutergatildeo estatal vinculado ao ministeacuterio da educaccedilatildeo mexicano eacute mais completo
e sensiacutevel a aspectos do ambiente escolar favoraacuteveis ao ensino e aprendizagem (iluminaccedilatildeo ventilaccedilatildeo
temperatura e mobiliaacuterio) e que favorecem o respeito aos direitos humanos (banheiros separados e prevenccedilatildeo
de riscos de acidentes) aleacutem de considerarem tambeacutem a percepccedilatildeo dos usuaacuterios
Categorias de ldquoSuficiecircncia da infraestruturardquo com dados do Terceiro estudo comparativo e explicativo TERCE (UNESCO-OREALC) (DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO 2017)
Dentre as seis categorias para avaliar a suficiecircncia da infraestrutura das escolas de paiacuteses latino-americanos
participantes do TERCE inclusive o Brasil haacute convergecircncia entre as cinco primeiras (aacutegua e saneamento baacutesico
63Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
acesso aos serviccedilos puacuteblicos espaccedilos educacionais espaccedilos administrativos espaccedilos multiusos) com os niacuteveis IV
e V do indicador de infraestrutura geral e com vaacuterios indicadores muacuteltiplos do presente estudo
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a categoria de suficiecircncia na sala de aula ndash cujos itens natildeo estatildeo contemplados neste estudo
O Censo Escolar e Saeb natildeo tecircm informaccedilatildeo sobre a presenccedila de quadro para giz ou branco mesa e cadeira para
o professor e carteiras para todos os alunos na escola talvez porque esse mobiliaacuterio eacute assumido como existente
Indicadores para monitorar o Objetivo 4 ndash Educaccedilatildeo de Qualidade ndash da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (UNESCO 2015)
Os trecircs indicadores relacionados agrave infraestrutura da Agenda 2030 satildeo parcialmente convergentes com os
indicadores muacuteltiplos do presente estudo As escolas a partir do niacutevel III do indicador geral do nosso estudo
jaacute possuem energia e aacutegua da rede puacuteblica mas natildeo temos informaccedilatildeo se elas possuem instalaccedilotildees sanitaacuterias
baacutesicas separadas por sexo No niacutevel IV as escolas tecircm internet e laboratoacuterio de informaacutetica Poreacutem somente no
niacutevel VII elas contam com materiais adaptados para alunos com deficiecircncia Esse aspecto eacute o que mais precisa
melhorar conforme descrito pelo indicador de AEE do presente estudo
45 Modelo de relatoacuterio para monitoramento
Para monitoramento da qualidade da infraestrutura escolar devemos ter a preocupaccedilatildeo em apresentar os
indicadores para cada unidade da federaccedilatildeo municiacutepio e escola de modo contextualizado Assim sugerimos que
as escolas do sistema estadual sejam comparadas agraves escolas estaduais do Brasil e os estabelecimentos de um dado
municiacutepio aos estabelecimentos municipais de seu estado e do paiacutes O gestor poderia aleacutem de observar as meacutedias
dos indicadores de seu sistema em relaccedilatildeo aos outros obter um relatoacuterio individual por escola
Os valores relativos agraves escolas devem ser verificados diante das capacidades de ampliaccedilatildeo e melhorias do espaccedilo
fiacutesico equipamentos e recursos Isto eacute o gestor pode avaliar a possibilidade de as escolas utilizarem a infraestrutura
da comunidade quando estas natildeo possuem espaccedilo suficiente para a construccedilatildeo de quadras paacutetio e auditoacuterio
Importante observar que a comparaccedilatildeo entre escolas obedeccedila a alguns criteacuterios A escola pode ser comparada
agravequelas da mesma dependecircncia administrativa localizaccedilatildeo unidade da federaccedilatildeo e complexidade
Apresentaremos a seguir trecircs relatoacuterios para monitoramento a ser realizado pelos gestores puacuteblicos o primeiro
se refere a um municiacutepio com valor da infraestrutura geral mais elevado (acima de 7 pontos) e os outros a
duas escolas deste municiacutepio sendo uma urbana e outra rural Para esta anaacutelise utilizamos os resultados
intermediaacuterios de 2015
O Relatoacuterio 1 consiste nas informaccedilotildees gerais do municiacutepio relativas ao nuacutemero de escolas municipais UF e
regiatildeo do municiacutepio niacutevel de infraestrutura geral (segundo os niacuteveis do quadro 1) e o Ideb municipal para os anos
iniciais e finais do ensino fundamental Em seguida satildeo apresentadas as meacutedias de cada um dos indicadores de
infraestrutura e do indicador geral para as escolas municipais da cidade para as escolas municipais da UF e para
as do Brasil A visualizaccedilatildeo das meacutedias tambeacutem pode ser conferida no graacutefico de radar a partir do qual eacute possiacutevel a
comparaccedilatildeo entre municiacutepio UF e Brasil e identificar em quais indicadores eacute preciso investir mais
No nosso exemplo o conjunto das escolas municipais de Lucas do Rio Verde localizado no Mato Grosso tem
meacutedia superior aos estabelecimentos municipais de Mato Grosso e do Brasil No indicador de infraestrutura geral
o municiacutepio alcanccedilou 75 pontos (niacutevel VI na escala) mas nem todos os indicadores estatildeo no mesmo niacutevel embora
todos eles estejam acima de 6 pontos (niacutevel V na escala que seria um niacutevel suficiente)
64
Mas seraacute que todas as dez escolas de Lucas do Rio Verde estatildeo na mesma condiccedilatildeo Para responder a essa questatildeo
eacute preciso verificar os relatoacuterios por escola Aqui eles estatildeo representados pelo Relatoacuterio 1a e 1b As primeiras
informaccedilotildees dos relatoacuterios se referem agraves caracteriacutesticas das escolas relativas agraves variaacuteveis discriminantes e em seguida
satildeo apresentados os escores dos indicadores de infraestrutura e os escores meacutedios dos estabelecimentos com as
mesmas caracteriacutesticas dela (dependecircncia localizaccedilatildeo e complexidade) na mesma unidade da federaccedilatildeo e no Brasil
O Relatoacuterio 1a se refere a uma escola municipal urbana e o 1b a uma escola rural de Lucas do Rio Verde
Observamos que a escola urbana possui um indicador geral superior aos outros estabelecimentos do Mato Grosso
e do Brasil Entretanto em um indicador (ambiente prazeroso) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado e do Brasil e
em outro (acessibilidade) ela estaacute abaixo da meacutedia do estado Nesses dois indicadores a escola natildeo apresenta
uma meacutedia no niacutevel suficiente (acima de 6 pontos) Jaacute a escola rural do municiacutepio apresenta meacutedias superiores
aos estabelecimentos rurais do estado e do Brasil exceto para AEE que estaacute no ponto mais baixo da escala do
indicador Este resultado em especial pode ocorrer porque a escola natildeo possui alunos com necessidades especiais
e assim o municiacutepio pode atender esses alunos em escolas especiacuteficas Essas situaccedilotildees devem ser analisadas caso
a caso Poreacutem devemos notar que em trecircs outros indicadores (espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio
administrativo e para apoio pedagoacutegico) os valores meacutedios estatildeo abaixo de 6 pontos (niacutevel V na escala) Ou seja as
condiccedilotildees da escola representadas por esses indicadores merecem atenccedilatildeo do gestor
Relatoacuterio 1 monitoramento da qualidade da infraestrutura do municiacutepio de Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 754 585 606Instalaccedilotildees do preacutedio 906 586 544Prevenccedilatildeo de danos 889 640 623Conservaccedilatildeo 879 583 643Conforto 975 600 644Ambiente Prazeroso 534 318 272Espaccedilos Pedagoacutegicos 612 316 235Equipamentos para apoio administrativo
695 375 277
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
711 398 337
Acessibilidade 600 349 295Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
679 164 080
Infraestrutura geral 750 513 474
Niacutevel de infraestrutura geral VI (escala de 1 a 7)Ideb Anos Iniciais (escolas municipais) 65
Ideb Anos Finais (escolas municipais) 55
Coacutedigo do municiacutepio 5105259Nuacutemero de escolas municipais 10
UF Mato GrossoRegiatildeo Centro-Oeste
Escolas municipais em Lucas do Rio VerdeEscolas municipais em MTEscolas municipais no Brasil
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente PrazerosoEspaccedilos
Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
000
200
400
600
800
1000
65
IndicadoresAcesso a serviccedilos 731 435 477Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 454 516Prevenccedilatildeo de danos 1000 555 496Conservaccedilatildeo 649 532 591Conforto 1000 545 559Ambiente Prazeroso 731 240 262Espaccedilos Pedagoacutegicos 501 216 196Equipamentos para apoio administrativo
562 262 248
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
557 300 339
Acessibilidade 865 216 257Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
000 076 056
Infraestrutura geral 678 417 455
Relatoacuterio 1a monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEF Menino de Deus Lucas do Rio Verde ndash MT
IndicadoresAcesso a serviccedilos 1000 802 867Instalaccedilotildees do preacutedio 1000 808 772Prevenccedilatildeo de danos 1000 717 660Conservaccedilatildeo 1000 616 655Conforto 1000 711 678Ambiente Prazeroso 394 570 483Espaccedilos Pedagoacutegicos 670 507 455Equipamentos para apoio administrativo
727 622 507
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
890 668 569
Acessibilidade 596 661 564Ambiente para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
1000 560 217
Infraestrutura geral 826 666 646
Relatoacuterio 1b monitoramento da qualidade da infraestrutura da EMEIEF Fredolino Vieira Barros Lucas do Rio Verde ndash MT
EscolaEscolas municipais urbanas de MT complexidade 4Escolas municipais urbanas do Brasil complexidade 4
EscolaEscolas municipais rurais de MT complexidade 3Escolas municipais rurais do Brasil complexidade 3
Acesso a serviccedilos
Acesso a serviccedilos
Conservaccedilatildeo
Conservaccedilatildeo
Conforto
Conforto
Instalaccedilotildees do preacutedio
Instalaccedilotildees do preacutedio
Ambiente Prazeroso
Ambiente Prazeroso
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio administrativo
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Acessibilidade
Acessibilidade
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Ambiente para Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Infraestrutura geral
Infraestrutura geral
Prevenccedilatildeo de danos
Prevenccedilatildeo de danos
Coacutedigo da escola 51013517Nome da escola EMEIEF FREDOLINO VIEIRA BARROS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Rural
000
200
400
600
800
1000
Coacutedigo da escola 51013541Nome da escola EMEF MENINO DEUS
Dependecircncia administrativa MunicipalUF Mato Grosso
Regiatildeo Centro-OesteMuniciacutepio Lucas do Rio Verde
Localizaccedilatildeo Urbana
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 400 alunosComplexidade (1 a 6) 4
INSE (1 a 7) 6 (Alto)Ideb ndash anos iniciais Meacutedio alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
Tipo de oferta Fundamental (iniciais e finais)Etapas Fundamental e Infantil
Tamanho da escola Mais de 150 a 400 alunosComplexidade (1 a 6) 3
INSE (1 a 7) Sem informaccedilatildeoIdeb ndash anos iniciais Alto
Ideb ndash anos finais Meacutedio
000
200
400
600
800
1000
66
67Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Consideraccedilotildees f ina is
Nesta pesquisa apresentamos um modelo analiacutetico para avaliar a infraestrutura escolar com foco nas escolas
puacuteblicas brasileiras de ensino fundamental O conceito de infraestrutura escolar tal como vaacuterios outros
utilizados na pesquisa social eacute polissecircmico e seus limites natildeo satildeo muito claros e consensuais Muitas vezes
cabe ao pesquisador a tarefa de atribuir-lhe significado bem como especificar como o conceito pode ser
operacionalizado empiricamente Nesse sentido a explicitaccedilatildeo das decisotildees e etapas da pesquisa discutidas
neste trabalho eacute essencial para permitir a ldquointersubjetividade cientiacuteficardquo isto eacute a sua avaliaccedilatildeo criacutetica
Mesmo que haja dados disponiacuteveis de qualidade ao lidar com o desafio de construir indicadores para mensurar
fenocircmenos empiacutericos no campo social o pesquisador deve utilizar sua experiecircncia e conhecimentos sobre o tema
para avaliar criticamente as anaacutelises empiacutericas e assim evitar o risco de ldquoreificaccedilatildeordquo da medida (JANNUZZI 2002)
ou do mero empirismo Esses riscos constituem armadilhas agrave validade interna e externa contra as quais devemos
constantemente mobilizar a nossa vigilacircncia epistemoloacutegica (BOURDIEU PASSERON CHAMBOREDON 2004)
O modelo analiacutetico proposto reflete a ideia de que a infraestrutura eacute um fator que compotildee a oferta educativa
(insumo) e ao mesmo tempo um fator mediador para o ensino e aprendizagem (processo) sendo um atributo
para a garantia do direito agrave educaccedilatildeo Aleacutem disso ele tem como pressuposto que a infraestrutura escolar deve
ser investigada a partir de muacuteltiplas dimensotildees que capturam as condiccedilotildees da oferta educativa e do ambiente
dos estabelecimentos de ensino quanto ao acesso a serviccedilos puacuteblicos aos espaccedilos e recursos pedagoacutegicos agraves
condiccedilotildees para a inclusatildeo entre outros
A visatildeo muacuteltipla da qualidade da infraestrutura escolar apresenta uma vantagem relevante para o monitoramento
este previsto no PNE de 2014 pois permite que os gestores dos sistemas de ensino possam pensar poliacuteticas
focalizadas para aspectos que mais precisam Nesse sentido operacionalizamos as muacuteltiplas dimensotildees de
infraestrutura em onze indicadores sinteacuteticos sendo essa forma de tratamento do conceito uma das novidades
deste estudo
Outra inovaccedilatildeo da pesquisa foi buscar reunir itens de diferentes fontes de dados e de diferentes ediccedilotildees
Assim a partir dos questionaacuterios do Censo Escolar obtivemos informaccedilotildees sobre a existecircncia de vaacuterios itens
de interesse e a partir do Saeb as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e uso de alguns deles Ao mesmo tempo ao
estabelecer os paracircmetros da estimaccedilatildeo para mais de uma ediccedilatildeo dessas pesquisas pudemos traccedilar a evoluccedilatildeo
dos indicadores
Aleacutem dos indicadores muacuteltiplos que satildeo o cerne da pesquisa calculamos um indicador de infraestrutura
geral Ele tem trecircs finalidades principais identificar o peso relativo de todos os itens criar mapas do territoacuterio
brasileiro e ser incluiacutedo como variaacutevel independente para estudos sobre eficaacutecia escolar A primeira finalidade
foi explorada neste estudo resultando na interpretaccedilatildeo da escala do indicador e na criaccedilatildeo de tipologias de
escola As outras duas finalidades do indicador geral poderatildeo ser trabalhadas em pesquisas futuras
Importante apontar que os indicadores estimados permitem captar diferenccedilas no territoacuterio brasileiro entre
regiotildees do paiacutes unidades da federaccedilatildeo e aacuterea da escola (urbana ou rural) Isso eacute relevante porque como
mostra a literatura sobre a temaacutetica as desigualdades regionais entre os estabelecimentos de ensino afetam as
oportunidades e resultados educacionais que merecem atenccedilatildeo das poliacuteticas puacuteblicas
68
Conveacutem mencionar tambeacutem que os indicadores calculados natildeo satildeo bons para os estabelecimentos em localizaccedilatildeo
diferenciada tais como unidades de uso sustentaacutevel em terras indiacutegenas ou remanescentes de quilombos pois o
nuacutemero de escolas nessas aacutereas eacute reduzido e elas podem apresentar caracteriacutesticas especiais no uso do territoacuterio
que natildeo satildeo captadas pelos itens dos questionaacuterios das pesquisas Mas essa limitaccedilatildeo natildeo eacute exclusiva deste estudo
Em nenhum dos trabalhos com dados em larga escala revisados encontramos anaacutelise especiacutefica sobre escolas
nessas localizaccedilotildees que satildeo subsumidas dentro da categoria maior a localizaccedilatildeo rural Para a finalidade de uma
caracterizaccedilatildeo mais fina das escolas nessas aacutereas seria preciso um diagnoacutestico especiacutefico
Aleacutem da caracterizaccedilatildeo muacuteltipla da infraestrutura por territoacuterio que inclui municiacutepios os indicadores podem ser
descritos por escola Nesse tipo de anaacutelise o gestor do sistema pode observar os resultados meacutedios para o seu
municiacutepio e as condiccedilotildees de todas as suas escolas separadamente permitindo que ele faccedila um planejamento
de accedilotildees e recursos a serem investidos
Ficou muito evidente que as escolas tecircm alguns limites estruturais quanto agrave sua infraestrutura Por exemplo
observamos que as escolas rurais com poucos alunos e que atendem aos anos iniciais do ensino fundamental
tecircm sistematicamente escores mais baixos quando comparadas agraves escolas com maior niacutevel de complexidade
Os relatoacuterios de monitoramento da qualidade da infraestrutura por municiacutepio e por escola foi uma tentativa
de dar relevo a isso Neles satildeo apresentados os escores dos indicadores do conjunto das escolas do municiacutepio
comparados agraves escolas municiais do estado e do paiacutes e complementarmente os indicadores para cada escola
do municiacutepio que satildeo comparados ao conjunto das escolas com a mesma localizaccedilatildeo e niacutevel de complexidade
Desse modo os resultados podem ser relacionados em contextos semelhantes
Todavia eacute preciso cautela nas anaacutelises para que esses limites natildeo sejam tomados como justificativa para a natildeo
melhoria da infraestrutura de alguns tipos de escola Por exemplo eacute possiacutevel que todas as escolas tenham acesso
a serviccedilos puacuteblicos que garantam a dignidade das pessoas que nela estudam e trabalham (aacutegua saneamento
baacutesico energia e coleta de lixo) Mas certamente natildeo seratildeo todas as escolas que teratildeo uma quadra coberta
pois muitas vezes a ampliaccedilatildeo do espaccedilo fiacutesico natildeo eacute possiacutevel ou a comunidade atendida pode natildeo concordar
com uma mudanccedila para um terreno maior se o local for distante A recomendaccedilatildeo do Grupo de Trabalho (GT)
instituiacutedo pelo MEC com a finalidade de elaborar estudos sobre a execuccedilatildeo das estrateacutegias que tratam do CAQ e
CAQi no PNE eacute sensiacutevel a isso O documento recomenda que os ldquorecursos natildeo precisam obrigatoriamente estar
no preacutedio escolar podendo tambeacutem ser garantidos em outros equipamentos no territoacuteriordquo (GT CAQ 2015 p 48)
Em geral observamos que nossos achados estatildeo consistentes com aqueles apontados na literatura nacional
e internacional e que tanto os indicadores muacuteltiplos quanto a escala do indicador geral convergem com os
indicadores apresentados em outros trabalhos ou com padrotildees normativos estabelecidos nos documentos Por
exemplo haacute uma correlaccedilatildeo forte entre o indicador geral e o indicador sinteacutetico desenvolvido por Soares Neto e
colaboradores (2013a) e haacute vaacuterios itens dos padrotildees do CAQi contemplados pelos nossos indicadores muacuteltiplos
Entretanto itens mais detalhados dos padrotildees do CAQi (metragem de espaccedilos por exemplo) e itens mais
finos das condiccedilotildees de conforto e equidade presentes nas pesquisas internacionais (ventilaccedilatildeo mobiliaacuterio e
sanitaacuterios separados por sexo etc) natildeo foram contemplados porque natildeo estatildeo presentes nos questionaacuterios do
Censo Escolar e do Saeb
Especificamente sobre a igualdade de gecircnero apresentamos resultados que permitem levantar hipoacuteteses
sobre as condiccedilotildees diferenciadas nas escolas com maior proporccedilatildeo de alunas sobretudo na aacuterea rural Mas eacute
preciso aperfeiccediloar a coleta de dados para que eles sejam mais sensiacuteveis agrave essa temaacutetica
69Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Para algumas situaccedilotildees seria desejaacutevel que pesquisas com uma amostra de escolas ou que estudos qualitativos
de algumas unidades especiacuteficas fossem realizados Um bom exemplo eacute a Avaliaccedilatildeo das Condiccedilotildees Baacutesicas para
o Ensino e a Aprendizagem (ECEA sigla em espanhol) do Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten
(INEE) do Meacutexico oacutergatildeo puacuteblico com funccedilotildees similares agraves o do Inep O instrumento da ECEA inclui todos os
indicadores e para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar destacados a partir da revisatildeo da literatura
aleacutem de prever a participaccedilatildeo do coletivo de profissionais da escola na avaliaccedilatildeo sobre das condiccedilotildees baacutesicas
para o ensino e aprendizagem (percepccedilotildees implicaccedilotildees para o trabalho pedagoacutegico e accedilotildees necessaacuterias para
correccedilatildeo de problemas)
Apesar das limitaccedilotildees dos dados nacionais para avaliar todas essas dimensotildees reconhecemos que o Censo
Escolar e o Saeb coletados e organizados com rigor cientiacutefico e comprometimento dos oacutergatildeos puacuteblicos
envolvidos produzem os melhores dados para caracterizaccedilatildeo das escolas brasileiras Os resultados obtidos se
revelaram robustos para discriminar as escolas de ensino fundamental em uma perspectiva multidimensional
conforme o propoacutesito deste trabalho
Quanto agrave confiabilidade dos indicadores ao longo do tempo isso precisa ser cuidadosamente analisado
segundo criteacuterios externos aos dados empiacutericos O construto infraestrutura natildeo eacute fixo e pode sofrer alteraccedilotildees
mais bruscas do que aqueles construtos relacionados aos indiviacuteduos (INSE por exemplo) Ou seja a infraestrutura
pode melhorar ou piorar dependendo dos investimentos no setor educacional da capacidade dos sistemas
de ensino de ampliarem espaccedilos e recursos educacionais e de mantecirc-los em condiccedilotildees de uso e bem
conservados A infraestrutura escolar tambeacutem experimenta mudanccedilas continuamente pois novos recursos
satildeo introduzidos ao passo que outros se tornam obsoletos e demandas que eram negligenciadas no passado
natildeo podem ser mais ser ignoradas Por exemplo os recursos para a educaccedilatildeo especializada para pessoas com
deficiecircncia ou com altas habilidades satildeo muito mal distribuiacutedos entre as escolas mas hoje satildeo reconhecidos
como necessaacuterios para o trabalho pedagoacutegico inclusivo com esses alunos de forma a garantir o efetivo direito
agrave educaccedilatildeo de todos conforme preveem a CF a LDB e o PNE 2014
Um outro ponto que merecer alerta eacute a necessidade de controle da consistecircncia dos dados de um ano para
outro no Censo Escolar Algumas alteraccedilotildees parecem decorrentes de erros na coleta da informaccedilatildeo na escola
Por exemplo escolas que tecircm banheiro e no ano seguinte deixam de ter Observamos essa situaccedilatildeo no niacutevel
macro pela anaacutelise descritiva das variaacuteveis mas no niacutevel micro isso pode ser muito mais frequente
Por fim esperamos que o documento fomente a discussatildeo sobre as informaccedilotildees necessaacuterias para uma avaliaccedilatildeo
sistecircmica da infraestrutura escolar (JANNUZZI 2016) guiada por valores puacuteblicos e tendo como referecircncia a
qualidade da educaccedilatildeo a equidade e os direitos humanos vinculados ao Sistema de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo Baacutesica
70
71Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Referecircncias b ib l iograacutef icasALLISON P D Missing data Thousand Oaks California Sage Publications 2002 (Quantitative applications in the social sciences n136)
ALMEIDA L A D de et al Desempenho de alunos com deficiecircncia na rede regular de ensino impactos da infraestrutura de acessibilidade e da formaccedilatildeo docente Revista Pesquisas e Praacuteticas Psicossociais Satildeo Joatildeo del-Rei n6 v1 janjul 2011
ALVES M T G FRANCO C A Pesquisa em eficaacutecia escolar no Brasil In BROOKE N SOARES J F (Ed) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte Editora UFMG 2008 p482-500
ALVES M T G SOARES J F Medidas de niacutevel socioeconocircmico em pesquisas sociais uma aplicaccedilatildeo aos dados de uma pesquisa educacional Opiniatildeo Puacuteblica v15 p1-30 2009
ALVES M T G SOARES J F Contexto escolar e indicadores educacionais condiccedilotildees desiguais para a efetivaccedilatildeo de uma poliacutetica de avaliaccedilatildeo educacional Educaccedilatildeo e Pesquisa Satildeo Paulo v 39 n 1 p 177-194 2013
ALVES M T G SOARES J F XAVIER F S Iacutendice socioeconocircmico das escolas de educaccedilatildeo baacutesica brasileiras Ensaio Avaliaccedilatildeo e Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 22 p 671-703 2014
ALVES M T G XAVIER F P Desigualdades de aprendizado entre alunos das escolas puacuteblicas brasileiras evidecircncias da Prova Brasil (2007 a 2013)rRelatoacuterio de pesquisa Brasiacutelia UNESCO 2016a
ALVES M T G XAVIER F P Construccedilatildeo de indicadores para descrever desigualdades de aprendizado na Prova Brasil Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional v 27 n 66 2016b
BABBIE E The Practice of Social Research Belmont CA WadsworthCengage Learning 2010
BARBOSA M E F FERNANDES C A escola brasileira faz diferenccedila Uma investigaccedilatildeo dos efeitos da escola na proficiecircncia em Matemaacutetica dos alunos da 4ordf seacuterie In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p155-172
BARTHOLOMEW D J et al The analysis and interpretation of multivariate data for social scientists Boca Raton Chapman amp HallCRC 2002
BIONDI R L FELIacuteCIO F Atributos escolares e o desempenho dos estudantes uma anaacutelise em painel dos dados Saeb Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (INEP) 2007
BOURDIEU P PASSERON J-C CHAMBOREDON J-C O ofiacutecio do socioacutelogo 4 ed Rio de Janeiro Ed Vozes 2004
BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF Senado Federal 1988 Disponiacutevel em lt httpwwwplanaltogovbrccivil_03ConstituicaoConstituicaohtmgt
BRASIL Decreto nordm 6094 de 24 de abril de 2007 Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo do plano de metas Compromisso Todos Pela Educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 25 abr 2007b
BRASIL Lei nordm 10172 de 9 de janeiro de 2001 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 10 jan 2001
BRASIL Lei nordm 11494 de 20 de junho de 2007 Regulamenta o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento da educaccedilatildeo baacutesica e valorizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 22 jun 2007a
BRASIL Lei nordm 13005 de 25 de junho de 2014 Aprova o Plano Nacional de Educaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 jun 2014
72
BRASIL Lei nordm 939496 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educaccedilatildeo nacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 1996a
BRASIL Lei nordm 9424 de 24 de dezembro de 1996 Dispotildee sobre o fundo de manutenccedilatildeo e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorizaccedilatildeo do magisteacuterio Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 26 dez 1996b
BRASIL Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Parecer CNECEB nordm 82010 Estabelece normas para aplicaccedilatildeo do inciso IX do artigo 4o da Lei no 939496 (LDB) que trata dos padrotildees miacutenimos de qualidade de ensino para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica Relator Mozart Neves Ramos Brasiacutelia CNE 2010
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia MECPDE 2011
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio Brasiacutelia MECPDE FNDE 2013
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola do ensino fundamental - ambiente fiacutesico escolar guia de consulta Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ProgramaMEC FUNDESCOLA 2002
BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Programa FundescolaMECFUNDESCOLA Padrotildees miacutenimos de funcionamento da escola de ensino fundamental manual de implantaccedilatildeo Karla Motta Kiffer de Moraes (Coordenadora) - Brasiacutelia MEC Programa FUNDESCOLA FNDE DIPRO FNDE MEC 2006
MECPDE Orientaccedilotildees para Elaboraccedilatildeo do Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) dos municiacutepios (2011-2014) (versatildeo preliminar) Brasiacutelia Plano de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo MEC 2011 86pMECFNDEPDE Plano de Accedilotildees Articuladas (PAR) orientaccedilotildees para elaboraccedilatildeo do plano do municiacutepio 2013BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Secretaria de Educaccedilatildeo Baacutesica Paracircmetros baacutesicos para infraestrutura para instituiccedilotildees de educaccedilatildeo infantil Brasiacutelia MECSEB 2006
BROOKE N CUNHA M A A A avaliaccedilatildeo externa como instrumento da gestatildeo educacional nos estados Estudos e Pesquisas Educacionais Fund Victor Civita v 2 p 17-79 2011
BROOKE N SOARES J F (Org) Pesquisa em eficaacutecia escolar origem e trajetoacuterias Belo Horizonte UFMG 2008
CARREIRA D PINTO J M R Custo aluno-qualidade inicial rumo agrave educaccedilatildeo puacuteblica de qualidade no Brasil Satildeo Paulo Campanha Nacional pelo Direito agrave Educaccedilatildeo 2007
CAVALCANTI C R Tensotildees federativas no financiamento da educaccedilatildeo baacutesica equidade qualidade e coordenaccedilatildeo federativa na assistecircncia teacutecnica e financeira da Uniatildeo 2016 Tese (Mestrado) ndash UFMG Belo Horizonte
CERQUEIRA C A SAWER D R O T Tipologia dos estabelecimentos escolares brasileiros Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 24 n 1 p 53-67 2007
CUESTA A GLEWWE P KRAUSE B School infrastructure and educational outcomes a review of the literature with special reference to Latina America Economiacutea v 17 n 1 p 95-130 2016
CURY C R J A educaccedilatildeo baacutesica como direito Cadernos de Pesquisa v 38 p 293-303 2008
CUYVERS K et al Well-being at school does infrastructure matter Paris OECD Publishing Centre for Effective Learning Environments 2011 (CELE exchange)
DUARTE J JAUREGUIBERRY F RACIMO M Sufficiency equity and effectiveness of school infrastructure in Latin America according to TERCE Santiago Oficina Regional de Educacioacuten para Ameacuterica Latina y el Caribe ndashUNESCO-OREALC 2017
FARIA FILHO L M VIDAL D G Os tempos e os espaccedilos escolares no processo de institucionalizaccedilatildeo da escola primaacuteria no Brasil Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Satildeo Paulo Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Educaccedilatildeo (Anped) n 14 p 19-34 2000 (Nuacutemero Especial 500 anos de educaccedilatildeo escolar)
73Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
FERNANDES R Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Brasiacutelia Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira (Inep) 2007 (Seacuterie documental textos para discussatildeo)
GIBBERD J T South Africarsquos school infrastructure performance indicator systemParis OECD 2007 (PEB exchange 20076)
GIBBERD J T MPHUTLANE L School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In CONSTRUCTION FOR DEVELOPMENT CIB WORLD BUILDING CONGRESS Cape Town South Africa 14-18 May 2007
GLICKA P RANDRIANARISOA J C E SAHN D E Family background school characteristics and childrenrsquos cognitive achievement in Madagascar Education Economics v 19 n 4 p 363-396 Sep 2011
GOMES A REGIS A Desempenho e infraestrutura mapeamento das escolas puacuteblicas da regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro In CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE POLIacuteTICA E ADMINISTRACcedilAtildeO DA EDUCACcedilAtildeO 3 Zaragoza Espanha 2012
GOMES C A T DUARTE M R T School Infrastructure and Socioeconomic Status in Brazil Sociology and Anthropology v 5 n 7 p 522-532 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwhrpuborg DOI 1013189sa2017050704gt
GT CAQ Relatoacuterio final do Grupo de Trabalho constituiacutedo com a finalidade de elaborar estudos sobre a implementaccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade ndash CAQ como paracircmetro para o financiamento da educaccedilatildeo baacutesica Brasiacutelia GT CAQ maio 2015
GUSMAO J B de A construccedilatildeo da noccedilatildeo de qualidade da educaccedilatildeo Ensaio Avaliaccedilatildeo Poliacuteticas Puacuteblicas em Educaccedilatildeo v 21 n 79 p 299-322 2013
HAMBLETON R K Principles and selected applications of Item Response Theory In LINN R L (Ed) Educational measurement 3 ed Washington DC American Council on Education and the National Council on Measurement in Education 1993 p 147-200
HEK M A KRAAYKAMP G PELZER B Do schools affect girlsrsquo and boysrsquo reading performance differently A multilevel study on the gendered effects of school resources and school practices School Effectiveness and School Improvement v 29 n 1 p 1-21 2018 Disponiacutevel em lthttpsdoiorg1010800924345320171382540gt
INEE ndashEvaluacioacuten de condiciones baacutesicas para la ensentildeanza y el aprendizaje desde la perspectiva de los derechos humanos documento conceptual y metodoloacutegico Meacutexico Instituto Nacional para la Evaluacioacuten de la Educacioacuten Abr 2016
INEP Relatoacuterio do 1ordm ciclo de monitoramento das metas do PNE biecircnio 2014-2016 Brasiacutelia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira 2016
JANNUZZI P M Consideraccedilotildees sobre o uso mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas municipais Revista de Administraccedilatildeo Puacuteblica v 36 n 1 p 51-72 2002
JANNUZZI P M Eficiecircncia econocircmica eficaacutecia procedural ou efetividade social trecircs valores em disputa na Avaliaccedilatildeo de poliacuteticas e programas sociais Desenvolvimento em Debate v 4 n 1 p 117-142 2016
MARRI I RACCHUMI J Infraestrutura escolar e desempenho educacional em Minas Gerais possiacuteveis associaccedilotildees In ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS TRANSFORMACcedilOtildeES NA POPULACcedilAtildeO BRASILEIRA COMPLEXIDADES INCERTEZAS E PERSPECTIVAS Aacuteguas de Lindoacuteia SP 2012 Anais Aacuteguas de Lindoia SP Abep 2012
MATOS D A S RODRIGUES E C Indicadores educacionais e contexto escolar uma anaacutelise das metas do Ideb Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 27 n 66 p 662-688 setdez 2016
NORUSĬS M IBM SPSS statistics 13 statistical procedures companion [Sl] Addison Wesley Edition 2005
OrsquoSULLIVAN S A Study of the relationship between building conditions and student academic achievement in Pennsylvaniarsquos High School Falls Church Virginia Virginia Polytechnic Institute and State University 2006
74
OECD PISA 2012 results what makes schools successful PISA OECD 2013 Publishinghttpdxdoiorg1017879789264201156-en
OLIVEIRA D A PEREIRA Jr E A Indicadores do trabalho docente muacuteltiplas associaccedilotildees no contexto escolar Est Aval Educ Satildeo Paulo v 27 n 66 p 852-878 setdez 2016
OLIVEIRA R P D ARAUacuteJO G C Qualidade do ensino uma nova dimensatildeo da luta pelo direito agrave educaccedilatildeo Revista Brasileira de Educaccedilatildeo n 28 p 5-23 2005
PASSADOR C S CALHADO G C Infraestrutura escolar perfil socioeconocircmico dos alunos e qualidade da educaccedilatildeo puacuteblica em Ribeiratildeo PretoSP Revista de Administraccedilatildeo Contabilidade e Economia da FUNDACE Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 2012
PIERI R G SANTOS A A Uma proposta para o iacutendice de infraestrutura escolar e o iacutendice de formaccedilatildeo de professores Brasiacutelia INEP 2014 (Texto para discussatildeo n 38)
PINTO J M R Uma proposta de custo-aluno-qualidade na educaccedilatildeo baacutesica RBPAE v 22 n 2 p 197-227 juldez 2006PONTILI R M KASSOUF A L Fatores que afetam a frequecircncia e o atraso escolar nos meios urbano e rural de Satildeo Paulo e Pernambuco RER Rio de Janeiro v 45 n 1 p 27-47 janmar 2007
RIANI J L R RIOS-NETO E L G Background familiar versus perfil escolar do municiacutepio Revista Brasileira de Estudos Populacionais Satildeo Paulo v 25 n 2 p 251-269 juldez 2008
RIBEIRO S C A pedagogia da repetecircncia Estudos Avanccedilados v12 n 5 p 7-21 1991
SA J S WERLE F O C Infraestrutura escolar e espaccedilo fiacutesico em educaccedilatildeo o estado da arte Cadernos de Pesquisa Satildeo Paulo v 47 n 164 p 386-413 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590198053143735gt
SALES L C O valor simboacutelico do preacutedio escolar Teresina UFPI 2000
SAMEJIMA F Estimation of latent ability using a response pattern of graded responses Richmond VA Psychometric Society 1969 (Psychometric monograph 17)
SAacuteTYRO N SOARES S A infraestrutura das escolas brasileiras de ensino fundamental um estudo com base nos censos escolares de 1997 a 2005 Brasiacutelia IPEA 2007 (Texto para discussatildeo 1267)
SCHNEIDER M Do school facilities affect academic outcomes Report published by National Clearinghouse for Educational Facilities (NCEF) Educational Resources Information Center (ERIC) Washington DC US Department of Education 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwedfacilitiesorgpubsgt
SEBAKE T N MPHUTLANE L GIBBERD J T Developing a School Infrastructure Performance Indicator System (SIPIS) In THE SECOND BUILT ENVIRONMENT CONFERENCE 2007 THE IMPACT OF SCHOOL INNOVATION United States 2007 p 361-372
SOARES J F Iacutendice de desenvolvimento da educaccedilatildeo de Satildeo Paulo ndash IDESP Satildeo Paulo em Perspectiva v 23 n 1 p 29-41 2009
SOARES J F ALVES M T G Escolas de ensino fundamental contextualizaccedilatildeo dos resultados Revista Retratos da Escola Brasiacutelia v 7 n 12 p 145-158 janjun 2013
SOARES J F ALVES M T G XAVIER F P Effects of Brazilian schools on student learning Assessment in Education Principles Policy amp Practice 2015
SOARES J F CEacuteSAR C C MAMBRINI J Determinantes de desempenho dos alunos do ensino baacutesico brasileiro evidecircncias do SAEB 1997 In FRANCO C (Org) Promoccedilatildeo ciclos e avaliaccedilatildeo educacional Porto Alegre ArtMed 2001 p 121-153
75Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
SOARES J F FONSECA I AacuteLVARES R GUIMARAES R Exclusatildeo Intraescolar nas Escolas puacuteblicas brasileiras um estudo com dados da Prova Brasil 2005 2007 e 2009 Seacuterie Debates ED Brasiacutelia UNESCO n 04 abr 2012
SOARES J F XAVIER F P Pressupostos educacionais e estatiacutesticos do Ideb Educaccedilatildeo amp Sociedade Campinas v 34 n 124 p 903-923 sep 2013
SOARES NETO J A infraestrutura das escolas puacuteblicas brasileiras de pequeno porte Revista do Serviccedilo Puacuteblico - RSP Brasiacutelia v 64 n 3 p 377-391 Brasiacutelia 2013b
SOARES NETO J J et al Uma escala para medir infraestrutura escolar Estudos em Avaliaccedilatildeo Educacional Satildeo Paulo v 24 n 54 p 78-99 janabr 2013a
TCU Avaliaccedilatildeo da infraestrutura de escolas puacuteblicas estaduais e municipais de ensino fundamental relatoacuterio de auditoria Brasiacutelia Tribunal De Contas Da Uniatildeo 2015
UNESCO Accountability in education meeting our commitments global monitoring report 2017 Paris 2017 Disponiacutevel em lthttpcreativecommonsorglicensesbysa30igogt Acesso em 27 out 2017
UNESCO Incheon Declaration Education 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Paris 2015
UNESCO Incheon Declaration and framework for action for the implementation of Sustainable Development Goal 4 Paris 2016
VALDEacuteS H et al Los aprendizajes de los estudiantes de Ameacuterica Latina y el Caribe primer reporte de los resultados del Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo Santiago UNESCO-OREALC 2008
VERHINE R E Custo-Aluno-Qualidade em escolas de educaccedilatildeo baacutesica ndash 2ordf etapa relatoacuterio nacional da pesquisa da Universidade Federal da Bahia Brasiacutelia DF Inep 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwpublicacoesinepgovbrportaldownload464gt Acesso em 15 jun 2016
VOGT P W Principal Components Analysis (PCA) In VOGT P W Dictionary of statistics amp methodology a nontechnical guide for the social science 3 ed Thousand Oaks Sage Publications 2005 p 245
WOLNIAK G C ENGBERG M E Academic achievement in the first year of college evidence of the pervasive effects of the high school context Research in Higher Education v 51 p 451-467 Aug 2010
WORLD EDUCATION FORUM Framework for action 2030 towards inclusive and equitable quality education and lifelong learning for all Draft Paris UNESCO Apr 2015
YOUNG E et al Do K-12 school facilities affect education outcomes A staff information report Tennessee The Tennessee Advisory Commission on Intergovernmental Relations ndash TACIR 2003
ZIEKY M J PERIE M A primer on setting cut scores on tests of educational achievement a report [Sl] ETS Publication 2006
76
77Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice A ndash Metodologia para rev isatildeo da l i teratura
A seleccedilatildeo das obras utilizadas na revisatildeo da literatura foi feita inicialmente segundo dois criteacuterios principais
1) recorte temporal e 2) pertinecircncia em relaccedilatildeo ao objetivo deste estudo
Pelo primeiro criteacuterio selecionamos produccedilotildees cientiacuteficas nacionais e internacionais a partir do ano 2000
Esse recorte se justifica por que as obras mais recentes traduziriam melhor os esforccedilos de pesquisadores de
refletir o debate sobre a qualidade da educaccedilatildeo baacutesica de acordo com paracircmetros mais atuais Pelo segundo
criteacuterio buscamos os trabalhos empiacutericos quantitativos e que contivessem alguma forma de mensuraccedilatildeo ou
avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar e caracteriacutesticas correlatas
Para isso inicialmente fizemos um levantamento bibliograacutefico de artigos relatoacuterios teses e dissertaccedilotildees
disponiacuteveis online e com textos completos nos seguintes sites de busca
Quadro A1 Sites de busca ou repositoacuterios das obras sobre infraestrutura das escolas
Sites EndereccediloUNESCO lthttpwwwunescoorglibrarygt
OECD lthttpwwwoecd-ilibraryorggtWorld Bank lthttpwwwworldbankorgenpublicationreferencegt
Scielo lthttpwwwscielobrgtPerioacutedicos Capes lthttpwwwperiodicoscapesgovbrgt
Google Acadecircmico lthttpsscholargooglecombrgt
As seguintes palavras-chave e expressotildees (em portuguecircs e inglecircs) foram utilizadas na pesquisa bibliograacutefica
Quadro A2 palavras-chave utilizadas para a busca das obras sobre infraestrutura das escolas
Palavras-ChavePortuguecircs Inglecircsldquoinfraestrutura escolarrdquo | ldquoinfra-estrutura escolarrdquo ldquoschool infrastructurerdquoldquoinfraestrutura fiacutesicardquo | ldquoinfra-estrutura fiacutesicardquo ldquophisical infrastructurerdquoldquoinfraestrutura | infra-estruturardquo ldquoinfrastructurerdquoldquoinsumos escolaresrdquo ldquoschool inputsrdquoldquorecursos escolaresrdquo ldquoschool resourcesrdquo
Levamos em consideraccedilatildeo a antiga grafia da palavra infraestrutura em portuguecircs dado que a alteraccedilatildeo do
idioma natildeo eacute automaticamente acompanhada pela adaptaccedilatildeo das chaves de pesquisas disponiacuteveis nos
repositoacuterios Verificamos que a expressatildeo ldquoinfraestrutura escolarrdquo foi muito mais eficiente para identificaccedilatildeo dos
trabalhos Nessa primeira busca foram excluiacutedos documentos cuja referecircncia agrave infraestrutura nos resumos
natildeo tratava diretamente do sistema educacional de ensino ou diziam respeito apenas a aspectos teacutecnicos de
arquitetura ou engenharia reconstruccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da infraestrutura fiacutesica de escolas em aacutereas afetadas
por fenocircmenos da natureza (terremotos furacotildees etc) ou por zonas de conflito em fronteiras em guerra Ao final
dessa fase permaneceram 59 trabalhos sendo 32 nacionais e 27 internacionais
78
O passo seguinte consistiu na leitura dos trabalhos Foram excluiacutedos aqueles cujo conteuacutedo dizia respeito agrave infraestrutura escolar apenas como aspecto secundaacuterio ou natildeo educacional em sua maioria pesquisas na aacuterea de sauacutede (medicina enfermagem terapia ocupacional educaccedilatildeo fiacutesica etc) Na bibliografia de anaacutelise deste trabalho permaneceram apenas aqueles relacionados agrave infraestrutura escolar em que 1) algum indicador ou iacutendice numeacuterico eacute produzido ou 2) aqueles que relacionam caracteriacutesticas da infraestrutura escolar a alguma medida de eficaacutecia escolar ou que 3) atendem a ambas as condiccedilotildees
Apoacutes a leitura completas dessas obras inicialmente selecionadas vaacuterias foram excluiacutedas por natildeo atender agraves condiccedilotildees citadas acima Permaneceram para anaacutelise 16 obras nacionais e 7 internacionais independentemente do tipo
Posteriormente incluiacutemos mais alguns trabalhos pelos seguintes criteacuterios 1) trabalhos que natildeo haviam sido encontrados na busca por palavras-chave mas que foram citados nas obras inicialmente revisadas ou 2) trabalhos encontrados em fontes natildeo indexadas 3) textos em espanhol que natildeo estatildeo indexados por palavras-chaves em inglecircs e 4) textos publicados recentemente quando com as anaacutelises empiacutericas desta estavam quase concluiacutedas mas que avaliamos deveriam ser revisados porque poderiam contribuir para a discussatildeo dos nossos resultados23
Aleacutem disso a anaacutelise de documentos legais sobre a educaccedilatildeo nos levou a ampliar no escopo dos textos de referecircncia para textos normativos que apresentam paracircmetros padrotildees ou indicadores educacionais e que orientam as poliacuteticas no setor ou o acompanhamento de metas Nesse caso consideramos natildeo apenas textos nacionais como tambeacutem relatoacuterios de organizaccedilotildees internacionais e multilaterais que consideramos pertinentes para o objetivo deste trabalho
Vale ressaltar que os trabalhos listados que relacionam infraestrutura a resultados educacionais satildeo aqueles encontrados a partir das palavras-chave apresentadas no Quadro A2 Desse modo natildeo fizemos uma busca exaustiva por obras que analisam os fatores associados ao desempenho escolar ou as caracteriacutesticas das escolas eficazes nas quais a infraestrutura eacute um dos fatores que ajudam a explicar os resultados dos alunos Incluiacutemos na revisatildeo trabalhos dessa natureza somente quando haacute explicaccedilatildeo sobre como a infraestrutura foi mensurada Tambeacutem natildeo incluiacutemos trabalhos de revisotildees de literatura que natildeo apresentavam conceituaccedilatildeo ou discussatildeo metodoloacutegica sobre a avaliaccedilatildeo ou mensuraccedilatildeo da infraestrutura escolar
Ao final a revisatildeo bibliograacutefica contemplou 41 trabalhos empiacutericos ou normativos sendo 28 sobre a infraestrutura das escolas brasileiras (inclusive publicados em perioacutedicos internacionais) e 13 trabalhos sobre outros paiacuteses24
Essas 41 obras foram organizadas em um quadro no qual as linhas representam a obra e as colunas as seguintes informaccedilotildees referecircncia da obra link (quando disponiacutevel) paiacutes ao qual ela se refere periacuteodo de anaacutelise fontes de dadosvariaacuteveis do indicador de infraestrutura meacutetodosprocedimentos para a produccedilatildeo do indicador justificativa da escolha do meacutetodo caracteriacutesticaspropriedades do indicador
23 De toda maneira os trabalhos recentes convergiram em relaccedilatildeo aos itens e indicadores de avaliaccedilatildeo da infraestrutura escolar que destacamos no modelo conceitual (ver na seccedilatildeo 23) Isto eacute eles natildeo trouxeram novidades conceituais em relaccedilatildeo aos aspectos jaacute verificados na literatura preacutevia
24 Por exemplo o artigo de Saacute e Werle (2017) recentemente publicado cujo foco eacute um mapeamento (estado da arte) de teses e dissertaccedilotildees sobre infraestrutura escolar a descriccedilatildeo dessa produccedilatildeo em termos de ano do trabalho linha de pesquisa instituiccedilotildees e orientadores e foco do estudo Embora traga informaccedilotildees sobre o campo acadecircmico o artigo natildeo discute conceitos indicadores ou dimensotildees da infraestrutura escolar nem metodologias para sua mensuraccedilatildeo
79Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
resultados (referentes ao indicador) fontes de dadosvariaacuteveis utilizadas para associar o indicador (ou variaacuteveis de infraestrutura) aos resultados escolares meacutetodosprocedimentos de utilizaccedilotildees para verificar a associaccedilatildeo justificativa da escolha do meacutetodo e resultados da associaccedilatildeo A uacuteltima coluna foi preenchida com observaccedilotildees se necessaacuterio com registro de eventuais ou limites das obras ou duacutevidas O Quadro A3 apresenta a estrutura da sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
Como esse quadro ficou muito complexo fizemos uma versatildeo resumida para apresentaccedilatildeo neste trabalho
apenas com as informaccedilotildees essenciais a qual estaacute nos quadros A4 (siacutentese nacional) e A5 (siacutentese internacional)
A finalidade principal da revisatildeo de literatura foi buscar referecircncias sobre as dimensotildees da qualidade da
infraestrutura escolar (indicadores e itens) e as formas de mensuraccedilatildeo desse construto aleacutem da discussatildeo
dos nossos resultados para validaccedilatildeo externa Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees analisamos quais itens foram
associados agrave infraestrutura escolar nos diferentes trabalhos seja na forma de indicadores ou itens (variaacuteveis)
separadamente Os indicadores observados foram sistematizados no Quadro A6 Essa anaacutelise estaacute na origem
do modelo teoacuterico apresentado na Figura 1 da seccedilatildeo 23 ndash Siacutentese para um modelo conceitual
Uma vez que este trabalho utilizou dados puacuteblicos do Inep consideramos tambeacutem relevante destacar
o tipo de dado empregado nas pesquisas revisadas (secundaacuterios ou primaacuterios) e a estrateacutegia para
caracterizar a infraestrutura (variaacuteveis ou indicadores) porque as soluccedilotildees empiacutericas satildeo condicionadas
pela natureza dos dados Por fim consideramos conveniente distinguir trabalhos empiacutericos de
trabalhos normativos que apresentam sistemas de avaliaccedilatildeo com propostas de indicadores para
monitoramento Como dito anteriormente natildeo era nossa intenccedilatildeo revisar trabalhos natildeo empiacutericos
poreacutem mudamos de ideia devido agrave importacircncia de alguns deles para a implantaccedilatildeo das poliacuteticas no
setor e o seu monitoramento Essa siacutentese estaacute no Quadro A7 Haacute trabalhos que estatildeo em mais de uma
ceacutelula do quadro porque incluem tanto o uso de indicadores quanto de variaacuteveis
Quadro A3 quadro para sistematizaccedilatildeo do levantamento bibliograacutefico
PAIacuteS PERIacuteODO DA ANAacuteLISE DEFINICcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA
paiacutes objeto do estudo ano ou periacuteodo em que o estudo foi realizado (natildeo eacute a data de publicaccedilatildeo)
definiccedilatildeo do indicador iacutendice dimensotildees utilizados
CONSTRUCcedilAtildeO DO INDICADOR IacuteNDICE
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas
meacutetodo para a produccedilatildeo do indicador ou iacutendice ou se apenas organizou as variaacuteveis em dimensotildees
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para a produccedilatildeo de um indicador ou iacutendice
principais achados referentes agrave validaccedilatildeo e descriccedilatildeo do indicadoriacutendicevariaacuteveis
RELACcedilAtildeO DO INDICADOR COM RESULTADOS ESCOLARES
Fontes de dadosvariaacuteveis MeacutetodosProcedimentos Justificativa da escolha do meacutetodo Resultados
dados primaacuterios ou secundaacuterios utilizados (quali ou quanti) e as variaacuteveis elencadas para associar infraestrutura aos resultados escolares
meacutetodo para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados educacionais
apresentaccedilatildeo pelo autor das vantagens do meacutetodo escolhido para verificar a relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
principais achados referentes agrave relaccedilatildeo entre infraestrutura e resultados escolares
OBSERVACcedilOtildeES
apresentaccedilatildeo pelo leitor da limitaccedilatildeo do estudo eou ecircnfase a uma caracteriacutestica especial da pruduccedilatildeo do indicador ou anaacutelise
80
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sBA
RBO
SA
FERN
AN
DES
(2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sldquoIn
fraes
trutu
ra e
equ
ipam
ento
s esc
olar
es c
onse
rvaccedil
atildeo
do p
reacutedi
o c
ondi
ccedilotildees
de
func
iona
men
to d
os e
spaccedil
os
labo
rato
riais
e de
apo
io m
obili
aacuterio
e e
quip
amen
tos
miacuten
imos
inst
alaccedil
otildees e
aacutere
as e
xter
nas e
de
recr
eaccedilatilde
o
rede
de
ensin
o (e
scol
a puacute
blic
apa
rtic
ular
)rdquo (p
162
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sis
tem
a de
Ava
liaccedilatilde
o da
Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a (S
aeb)
de
1997
Var
iaacuteve
is d
o qu
estio
naacuterio
da
esco
la re
fere
ntes
aos
equ
ipam
ento
s es
cola
res
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
res p
or m
eio
da teacute
cnic
a es
tatis
ticas
anaacute
lise
fato
rial q
ue re
duzi
u 33
var
iaacuteve
is in
icia
is pa
ra 7
fato
res
expl
ican
do 7
0 d
a va
riacircnc
ia to
tal
dos d
ados
mas
nes
se tr
abal
ho o
s aut
ores
util
izam
4
fato
res
que
expl
icam
58
da
variacirc
ncia
tota
lSO
ARE
S
CEacuteS
AR
M
AM
BRIN
I (2
001)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sA
infra
estr
utur
a fo
i defi
nida
em
piric
amen
te p
elas
va
riaacuteve
is d
ispo
niacuteve
is n
o qu
estio
naacuterio
das
esc
olas
so
bre
exis
tecircnc
ia e
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo d
e ite
ns
de in
fraes
trut
ura
e es
quip
amen
tos
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b 19
97 V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
sob
re o
est
ado
de c
onse
rvaccedil
atildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as b
aacutesic
as f
unci
onam
ento
e e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
spec
iacutefica
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
s eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
Con
stru
ccedilatildeo
de in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (
TRI)
mod
elo
Sam
ejim
a pa
ra v
ariaacute
veis
ord
inai
s e
o m
odel
o de
do
is p
aracircm
etro
s
MEC
FU
ND
ESC
O
LA (2
002)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Natildeo
eacute u
ma
pesq
uisa
em
piacuteric
a O
doc
umen
to
desc
reve
os
padr
otildees
miacuten
imos
de
func
iona
men
to
da e
scol
a de
ens
ino
fund
amen
tal r
elat
ivam
ente
ao
ambi
ente
fiacutesi
co e
scol
ar e
spaccedil
o ed
ucat
ivo
mob
iliaacuter
io
e eq
uipa
men
to e
scol
ar e
mat
eria
l did
aacutetic
o F
oi
real
izad
o em
dec
orrecirc
ncia
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo (P
NE)
de
2001
Itens
lista
dos n
o PN
E 20
01 (
1) e
spaccedil
o ilu
min
accedilatildeo
in
sola
ccedilatildeo
ven
tilaccedil
atildeo aacute
gua
potaacute
vel r
ede
eleacutet
rica
segu
ranccedil
a e
tem
pera
tura
am
bien
te(2
) ins
tala
ccedilotildees
sani
taacuteria
s e p
ara
higi
ene
(3) e
spaccedil
os p
ara
espo
rte r
ecre
accedilatildeo
bib
liote
ca
e se
rviccedil
o de
mer
enda
esc
olar
(4)
ada
ptaccedil
atildeo p
ara
o at
endi
men
to d
os a
luno
s por
tado
res d
e ne
cess
idad
es
espe
ciai
s (5
) atu
aliza
ccedilatildeo
e am
plia
ccedilatildeo
do a
cerv
o da
s bi
blio
teca
s (6
) mob
iliaacuterio
equ
ipam
ento
s e m
ater
iais
peda
goacutegi
cos
(7) t
elef
one
e se
rviccedil
o de
repr
oduccedil
atildeo d
e te
xtos
(8)
info
rmaacutet
ica
e eq
uipa
men
to m
ultim
iacutedia
Ap
rese
nta
uma
desc
riccedilatildeo
det
alha
da d
e to
dos
os s
ervi
ccedilos
funccedil
otildees
ativ
idad
es e
am
bie
ntes
na
esc
ola
de e
nsin
o fu
ndam
enta
l em
term
os
de s
uas
cara
cter
iacutestic
as e
aacutere
a de
esp
accedilo
fiacutesic
o ne
cess
aacuteria
par
a as
ativ
idad
es p
edag
oacutegic
as o
u ad
min
istr
ativ
as O
s am
bie
ntes
satildeo
cla
ssifi
cado
s p
or t
ipos
(col
etiv
os p
ara
uma
turm
a ou
vaacuter
ias
turm
as d
e ac
esso
agrave in
form
accedilatildeo
adm
inis
trat
ivo
de
pre
par
o de
alim
ento
s d
e lim
pez
a d
e at
ivid
ades
de
higi
ene
pes
soal
VE
RHIN
E (2
006)
Variaacute
veis
e
cons
truccedil
atildeo d
e In
dica
dore
s
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
elos
ite
ns q
ue c
ompotilde
e o
leva
ntam
ento
de
dado
s pa
ra
subs
idia
r o c
usto
-alu
no-q
ualid
ade
em e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca i
sto
eacute a
s de
pend
ecircnci
as e
xist
ente
s no
preacute
dio
esco
lar
as s
uas
cond
iccedilotildee
s de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
004
2005
Pes
quisa
em
95
esco
las
urba
nas
e ru
rais
de
44 m
unic
iacutepio
s no
s es
tado
s PI
CE
PA
G
O M
G P
R R
S S
P re
des
fede
ral e
stad
ual e
mun
icip
al
que
ofer
tam
cre
che
ens
ino
fund
amen
tal 1
e 2
ens
ino
meacuted
io E
JA e
edu
caccedilatilde
o es
peci
al I
tens
obs
erva
dos
depe
ndecircn
cias
que
ate
ndem
dire
ta e
prio
ritar
iam
ente
os
alu
nos
(natildeo
incl
ui s
alas
de
aula
cuj
a pr
esen
ccedila fo
i co
nsid
erad
a oacuteb
via
em u
ma
unid
ade
esco
lar)
sal
a de
le
itura
bib
liote
ca s
ala
de T
V e
viacutede
o s
ala
de in
form
aacutetic
a
labo
ratoacute
rio c
iecircnc
ias
audi
toacuterio
aacutere
a liv
rer
ecre
io p
arqu
e in
fant
il pi
scin
a c
opa
cozi
nha
refe
itoacuterio
can
tina
be
rccedilaacuter
io d
orm
itoacuterio
ban
heiro
alu
nos
As
depe
ndecircn
cias
esc
olar
es fo
ram
ver
ifica
das
quan
tifica
das
anal
isad
as q
uant
o agrave
cond
iccedilatildeo
de
uso
e d
e co
nser
vaccedilatilde
o s
egun
do u
ma
esca
la
de 3
pon
tos
send
o 1
ruim
2 r
egul
ar e
3 b
om
Fora
m c
riado
s do
is in
dica
dore
s Iacuten
dice
de
Con
diccedilatilde
o de
Uso
das
Preacute
dio
(Indp
red)
e Iacuten
dice
de
Con
serv
accedilatildeo
do
Preacuted
io (I
ndpr
ed)
calc
ulad
os p
elo
som
a do
s va
lore
s as
soci
ados
a c
ada
depe
ndecircn
cia
e di
vidi
ndo-
se e
sse
nuacutem
ero
pelo
nuacutem
ero
tota
l de
dep
endecirc
ncia
s da
esc
ola
O v
alor
meacuted
io fo
i co
loca
do e
m u
ma
esca
la d
e tr
ecircs n
iacutevei
s 3
pon
tos
bom
2 a
29
- re
gula
r e
lt 2
rui
m
BIO
ND
I FE
LIacuteC
IO (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Pr
esen
ccedila d
e ite
ns d
ecla
rado
s no
Cen
so E
scol
ar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so e
scol
ar d
e 19
99 e
200
3
Itens
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a a
cess
o agrave
Inte
rnet
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
po
r tur
ma
na 4
ordf seacuter
ie d
o en
sino
fund
amen
tal n
uacutemer
o de
mat
riacutecul
as n
o en
sino
fund
amen
tal m
eacutedia
de
hora
s-au
la d
iaacuteria
s na
4ordf s
eacuterie
do
EF u
so d
o co
mpu
tado
r com
o re
curs
o pe
dagoacute
gico
Util
izou
as
variaacute
veis
sepa
rada
men
te p
ara
rela
cion
aacute-la
s a
resu
ltado
s es
cola
res
Cont
inua
81Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
ERQ
UEI
RA
SAW
ER (2
007)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoRec
urso
s esc
olar
es e
nten
dido
s com
o in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s exi
sten
tes
[] i
i) in
fra-e
stru
tura
ex
isten
te n
a es
cola
em
que
se p
rete
nde
tradu
zir o
po
tenc
ial d
e ca
da e
stab
elec
imen
to e
scol
ar e
m te
rmos
do
s rec
urso
s e in
stal
accedilotildee
s disp
oniacutev
eis [
]rdquo (
P 54
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
000
Iten
s Bi
blio
teca
Sal
a de
pro
fess
ores
Vid
eote
ca L
abor
atoacuter
io d
e In
form
aacutetic
a L
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as S
ala
de T
VViacute
deo
Co
zinh
a Q
uadr
a de
esp
orte
s Re
feitoacute
rio IN
EP E
sgot
o in
exist
ente
Viacuted
eo T
V A
nten
a pa
raboacute
lica
Red
e lo
cal
Inte
rnet
Im
pres
sora
e C
ompu
tado
r
Gra
de o
f Mem
bers
hip
ndash G
oM M
eacutetod
o m
ultiv
aria
do
que
iden
tifica
gru
pos
late
ntes
por
sim
ilarid
ade
entr
e os
iten
s e
diss
imila
ridad
e en
tre
grup
os fo
rmad
os
Apr
esen
ta a
iden
tifica
ccedilatildeo
dos
grup
os e
a d
escr
iccedilatildeo
de
dua
s di
fere
nccedilas
FRA
NCO
et
al
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
Exis
tecircnc
ia e
con
serv
accedilatildeo
de
equi
pam
ento
s de
ntro
da
esc
ola
cha
mad
os d
e ldquoR
ecur
sos
esco
lare
srdquo e
ldquoBib
liote
ca e
m s
ala
de a
ulardquo
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
que
stio
naacuterio
da
esco
la e
do
dire
tor d
o Sa
eb 2
001
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s po
r mei
o de
Mod
elos
da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Indi
cado
r de
Ex
istecirc
ncia
e c
onse
rvaccedil
atildeo d
e eq
uipa
men
tos
da
esco
la N
atildeo h
aacute de
talh
amen
to s
obre
qua
is s
atildeo a
s va
riaacuteve
is d
e eq
uipa
men
tos
esco
lare
sPO
NTI
LI
KASS
OU
F (2
007)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
In
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a pe
la p
rese
nccedila
de b
iblio
teca
e
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
aD
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
de
2000
Pr
opor
ccedilatildeo
de e
scol
as c
om b
iblio
teca
s e
labo
ratoacute
rios
de in
form
aacutetic
a a
leacutem
do
nuacutem
ero
meacuted
io d
e al
unos
por
tu
rma
em c
ada
mun
iciacutep
io
Taxa
s ca
lcul
adas
par
a ca
da m
unic
iacutepio
a p
artir
das
oc
orrecirc
ncia
s do
s ite
ns n
as e
scol
as n
eles
loca
lizad
as
SAacuteTY
RO
SOA
RES
(200
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
dam
ente
ldquo[]
ser
viccedilo
s baacute
sico
s co
mo
aacutegua
ele
tric
idad
e e
esgo
tam
ento
san
itaacuterio
dep
endecirc
ncia
s es
cola
res
exis
tecircnc
ia d
e bi
blio
teca
ou
sala
de
leitu
ra
infra
estr
utur
a de
com
unic
accedilatildeo
e in
form
accedilatildeo
[]
Pr
eacutedio
s e
inst
alaccedil
otildees
adeq
uada
s ex
istecirc
ncia
de
bibl
iote
ca e
scol
ar e
spaccedil
os e
spor
tivos
e la
bora
toacuterio
s ac
esso
a li
vros
did
aacutetic
os m
ater
iais
de
leitu
ra e
pe
dagoacute
gico
s re
laccedilatilde
o ad
equa
da e
ntre
o n
uacutemer
o de
al
unos
e o
pro
fess
or n
a sa
la d
e au
la e
mai
or te
mpo
ef
etiv
o de
aul
a [
]rdquo (P
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 1
997
e 20
05
Itens
(1)
Infra
estr
utur
a baacute
sica
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a d
e aacuteg
ua e
esg
oto
e ex
istecirc
ncia
de
sani
taacuterio
na
esco
la (
2) D
epen
decircnc
ias
dire
toria
se
cret
aria
sal
a de
pro
fess
ores
bib
liote
ca l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as l
abor
atoacuter
io d
e in
form
aacutetic
a c
ozin
ha d
epoacutes
ito
de a
limen
tos
refe
itoacuterio
paacutet
io q
uadr
a p
arqu
e in
fant
il
dorm
itoacuterio
ber
ccedilaacuterio
san
itaacuterio
fora
do
preacuted
io s
anitaacute
rio
dent
ro d
o pr
eacutedio
san
itaacuterio
ade
quad
o agrave
preacute-
esco
la
e sa
nitaacute
rio a
dequ
ado
a al
unos
com
nec
essi
dade
s es
peci
ais
ace
ssib
ilida
de e
(3) E
quip
amen
tos
peda
goacutegi
cos
com
puta
dore
s e
aces
so agrave
inte
rnet
o
uso
para
fins
ped
agoacuteg
icos
dos
equ
ipam
ento
s de
in
form
aacutetic
a e
a ex
istecirc
ncia
de
tele
visatilde
o e
retr
opro
jeto
r
Des
criccedil
atildeo d
os b
loco
s de
iten
s e
cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dore
s p
or m
eio
da a
naacutelis
e fa
toria
l p
ara
os b
loco
s ldquoD
epen
decircnc
ias
exis
tent
esrdquo e
ldquoE
quip
amen
tos
ped
agoacuteg
icos
rdquo
RIA
NI
RIO
S-N
ETO
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
de
itens
dec
lara
dos
no C
enso
Esc
olar
D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
200
0 It
ens
qu
adra
s de
esp
orte
bib
liote
cas
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
de c
iecircnc
ias
Prod
uccedilatildeo
de
um fa
tor d
e in
fraes
trut
ura
[os
auto
res
natildeo
escl
arec
em o
meacutet
odo
de e
stim
accedilatildeo
do
fato
r]
CN
E (2
010)
Variaacute
veis
[d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
O d
ocum
ento
do
CN
E no
rmat
iza
o tr
abal
ho d
e Pi
nto
(200
6) e
Car
reira
e P
into
(200
7) d
a Ca
mpa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave E
duca
ccedilatildeo
com
o re
ferecirc
ncia
pa
ra o
caacutel
culo
do
Cust
o-A
luno
Qua
lidad
e in
icia
l (C
AQ
i) A
Infa
estr
utur
a da
esc
ola
junt
o co
m it
ens
de
pess
oal
alim
enta
ccedilatildeo
adm
inis
traccedil
atildeo e
out
ros
satildeo
os
insu
mos
nec
essaacute
rios
para
gar
antir
o p
adratilde
o m
iacutenim
o de
qua
lidad
e de
ens
ino
na E
duca
ccedilatildeo
Baacutesi
ca
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to li
sta
todo
s os
itens
(esp
accedilos
mob
iliaacuter
io e
quip
amen
tos p
edag
oacutegic
os
adm
inist
rativ
os e
de
apoi
o) q
ue c
ompotilde
em o
CAQ
i por
et
apa
de e
nsin
o V
er n
o An
exo
1 o
deta
lham
ento
de
itens
pa
ra o
s ano
s ini
ciai
s e fi
nais
do e
nsin
o fu
ndam
enta
l
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
doc
umen
to n
orm
atiz
a o
CAQ
i o
que
signi
fica
que
todo
s os
sist
emas
de
ensin
o de
vem
gar
antir
os
itens
list
ados
par
a al
canccedil
ar
o pa
dratildeo
miacuten
imo
de q
ualid
ade
do e
nsin
o
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
82
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sA
LMEI
DA
et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rCo
ndiccedil
otildees
gera
is c
ondi
ccedilotildees
ped
agoacuteg
icas
e
cond
iccedilotildee
s de
ace
ssib
ilida
de e
spec
ial
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
200
8
Itens
org
aniz
ados
em
doi
s gr
upos
(1)
Con
diccedilotilde
es
gera
is l
ocal
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
red
e de
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua r
ede
de a
bast
ecim
ento
de
ene
rgia
eleacute
tric
a e
scoa
men
to d
e es
goto
e c
olet
a de
lixo
(2)
Con
diccedilotilde
es p
edag
oacutegic
as s
alas
de
dire
tor e
pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
s de
info
rmaacutet
ica
e de
ciecirc
ncia
s qu
adra
de
espo
rte
bib
liote
ca e
ban
heiro
den
tro
do
preacuted
io d
a es
cola
O iacuten
dice
foi c
onst
ruiacuted
o co
m d
uas
teacutecn
icas
es
tatiacutes
ticas
(a)
Teo
ria d
e re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
e (b
) Anaacute
lise
de V
ariaacute
veis
Lat
ente
s (L
EM)
que
requ
er a
defi
niccedilatilde
o a
prio
ri do
nuacutem
ero
de c
lass
es O
m
odel
o ap
rese
ntou
mel
hor a
just
e fo
i o q
ue c
onto
u co
m tr
ecircs c
lass
es q
ue re
sulto
u em
um
a va
riaacuteve
l ca
tegoacute
rica
cuja
flut
uaccedilatilde
o eacute
base
ada
nos
itens
mai
s di
scrim
inan
tes
da in
fraes
trut
ura
GO
MES
REG
IS
(201
2)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rA
Infra
estr
utur
a e
os R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
dize
m
resp
eito
aos
mat
eria
is fiacute
sico
s e
didaacute
ticos
dis
poniacute
veis
na
s es
cola
s in
clui
ndo
os p
reacutedi
os a
s sa
las
os
equi
pam
ento
s os
livr
os d
idaacutet
icos
den
tre
outr
os
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar e
da
Prov
a Br
asil
2009
das
esc
olas
puacuteb
licas
da
Regi
atildeo M
etro
polit
ana
do R
io d
e Ja
neiro
Var
iaacuteve
is d
o Ce
nso
Esco
lar
Sala
dos
Pr
ofes
sore
s La
bora
toacuterio
de
Info
rmaacutet
ica
Lab
orat
oacuterio
de
Ciecirc
ncia
s Q
uadr
a de
Esp
orte
s Bi
blio
teca
e S
ala
de
Leitu
ra V
ariaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a Pr
ova
Bras
il e
stad
o de
con
serv
accedilatildeo
de
algu
ns it
ens
quai
s se
jam
tel
hado
pa
rede
s pi
so e
ntra
das
do p
reacutedi
o p
aacutetio
cor
redo
res
sala
s de
aul
a p
orta
s ja
nela
s ba
nhei
ros
cozi
nha
in
stal
accedilotildee
s hi
draacuteu
licas
e in
stal
accedilotildee
s el
eacutetric
as
Os
iacutendi
ces
de in
fraes
trut
ura
e de
Rec
urso
s pe
dagoacute
gico
s fo
ram
obt
idos
por
mei
o de
Anaacute
lise
fato
rial
meacutet
odo
de a
naacutelis
e de
com
pone
ntes
pr
inci
pais
O p
rimei
ro c
om v
ariaacute
veis
do
Cens
o Es
cola
r e o
seg
undo
com
as
variaacute
veis
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
da
Prov
a Br
asil
MA
RRI
RACC
HU
MI
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
e va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
te
(1) C
ondi
ccedilotildees
miacuten
imas
inf
raes
trut
ura
indi
spen
saacuteve
l em
qua
lque
r esc
ola
e (2
) Con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as
adic
iona
is agrave
s co
ndiccedil
otildees
miacuten
imas
e a
umen
tam
a
capa
cida
de d
a es
cola
de
inte
grar
-se
agrave co
mun
idad
e e
de re
aliz
ar c
om e
fetiv
idad
e o
trab
alho
edu
cativ
o
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o es
cola
r par
a M
inas
G
erai
s (1
) con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as s
anitaacute
rio e
letr
icid
ade
ab
aste
cim
ento
de
aacutegua
esg
oto
sani
taacuterio
e c
ozin
ha)
e (2
) co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as q
uadr
a de
esp
orte
s par
a es
cola
s com
m
ais d
e 30
0 m
atriacutec
ulas
ace
sso
agrave in
tern
et s
ala
dire
tor o
u sa
la d
e pr
ofes
sor
bibl
iote
ca o
u sa
la d
e le
itura
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias o
u de
info
rmaacutet
ica
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
desc
reve
r as
esc
olas
e c
ria d
ois
indi
cado
res
de c
ondi
ccedilotildees
m
iacutenim
as e
con
diccedilotilde
es b
aacutesic
as (
1) a
esc
ola
poss
ui
toda
s as
con
diccedilotilde
es m
iacutenim
as v
ersu
s natilde
o po
ssui
ao
men
os u
ma
cond
iccedilatildeo
e (2
) a e
scol
a po
ssui
toda
s as
co
ndiccedil
otildees
baacutesi
cas
vers
us e
scol
as q
ue n
atildeo p
ossu
em
3 ou
mai
s co
ndiccedil
otildees
PASS
AD
OR
C
ALH
AD
O
(201
2)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
pres
enccedila
aus
ecircnci
a de
iten
s do
Cen
so E
scol
ar -
moacuted
ulo
esco
la
Dad
os se
cund
aacuterio
s do
Cens
o Es
cola
r 200
4 re
fere
nte
agraves
esco
las p
uacuteblic
as d
e Ri
beiratilde
o Pr
eto
(SP)
Var
iaacuteve
is (a
) ser
viccedilo
s baacute
sicos
(ene
rgia
aacutegu
a en
cana
da d
ispon
ibilid
ade
de aacute
gua
potaacute
vel p
ara
os a
luno
s es
goto
e e
xist
ecircnci
a de
ban
heiro
de
ntro
da
esco
la)
(b) b
iblio
teca
(c) q
uadr
a es
port
iva
(d)
labo
ratoacute
rio d
e in
form
aacutetic
a e
(e) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
as
Esco
las c
lass
ifica
das e
m o
rdem
cre
scen
te d
a pi
or p
ara
a m
elho
r inf
raes
trutu
ra
Cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s de
aco
rdo
com
as
confi
gura
ccedilotildees
(tip
olog
ias)
refe
rent
e agrave
com
bina
ccedilatildeo
de it
ens
de in
fraes
trut
ura
For
am d
efini
das
31
confi
gura
ccedilotildees
par
a en
quad
ram
ento
da
esco
la
form
adas
por
com
bina
ccedilatildeo
dos
dife
rent
es it
ens
SOA
RES
et a
l (2
012)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
sIn
sum
os e
scol
ares
que
car
acte
rizam
a o
rgan
izaccedil
atildeo
da e
scol
a e
xist
ecircnci
a e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o de
eq
uipa
men
tos
na e
scol
a in
staccedil
otildees
e co
ndiccedil
otildees
de
func
iona
men
to d
o pr
eacutedio
esc
olar
Dad
os s
ecun
daacuterio
s da
Pro
va B
rasi
l de
2007
e 2
009
Q
uest
ionaacute
rio d
a es
cola
Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
por m
eio
de M
odel
os
da T
eoria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) m
odel
o Sa
mej
ima
para
var
iaacuteve
is o
rdin
ais
e o
mod
elo
de
dois
par
acircmet
ros
Fora
m e
stim
ados
trecircs
indi
cado
res
cons
erva
ccedilatildeo
equ
ipam
ento
s es
cola
res
e in
stal
accedilotildee
s
83Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sM
EC
FND
E
PDE
(201
3)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o pa
ra
diag
noacutest
ico
da
rede
de
ensi
no]
A in
fraes
trut
ura
eacute um
das
dim
ensotilde
es d
o di
agnoacute
stic
o m
unic
ipal
sob
re a
edu
caccedilatilde
o D
imen
satildeo
4 -
Infra
estr
utur
a Fiacute
sica
e R
ecur
sos
Peda
goacutegi
cos
Este
di
agnoacute
stic
o eacute
uma
das
etap
a do
Pla
no d
e A
ccedilotildees
A
rtic
ulad
as (P
AR)
do
FND
E
Dia
gnoacutes
tico
sobr
e a
rede
puacuteb
lica
de e
nsin
o re
aliz
ado
por e
quip
e lo
cal s
egun
do o
s se
guin
tes
indi
cado
res
Aacutere
a 1
ndash In
stal
accedilotildee
s fiacutes
icas
da
secr
etar
ia m
unic
ipal
de
educ
accedilatildeo
(2 in
dica
dore
s)
Aacutere
a 2
ndash Co
ndiccedil
otildees
da re
de
fiacutesic
a es
cola
r exi
sten
te (1
2 in
dica
dore
s) Aacute
rea
3 ndash
Uso
de
tecn
olog
ias
(4 in
dica
dore
s) e
Aacutere
a 4
ndash Re
curs
os
peda
goacutegi
cos
para
o d
esen
volv
imen
to d
e pr
aacutetic
as
peda
goacutegi
cas
que
cons
ider
em a
div
ersid
ade
das
dem
anda
s ed
ucac
iona
is (4
indi
cado
res)
Cada
indi
cado
r dev
e se
r ava
liado
com
not
a de
1 a
4
Os
criteacute
rios
de p
ontu
accedilatildeo
satildeo
4 s
e a
desc
riccedilatildeo
ap
onta
par
a um
a si
tuaccedil
atildeo p
ositi
va 3
se
a de
scriccedil
atildeo
apon
ta p
ara
uma
situ
accedilatildeo
que
apr
esen
ta m
ais
aspe
ctos
pos
itivo
s do
que
neg
ativ
os 2
se
a de
scriccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
insu
ficie
nte
co
m m
ais
aspe
ctos
neg
ativ
os d
o qu
e po
sitiv
os e
1
se a
des
criccedil
atildeo a
pont
a pa
ra u
ma
situ
accedilatildeo
criacutet
ica
SOA
RES
ALV
ES
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquoE
xist
ecircnci
a de
vaacuter
ios
equi
pam
ento
s no
s es
tabe
leci
men
tos
de e
nsin
ordquo (P
151
)Ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar 2
010
loca
l de
func
iona
men
to
aacutegua
ene
rgia
esg
oto
lixo
lab
orat
oacuterio
s bi
blio
teca
sa
nitaacute
rios
com
puta
dore
s pa
ra u
so d
a ad
min
istra
ccedilatildeo
co
mpu
tado
res
para
uso
dos
alu
nos
alim
enta
ccedilatildeo
qu
adra
TV
vid
eoca
sset
e D
VD p
arab
oacutelic
a c
opia
dora
re
trop
roje
tor
e im
pres
sora
Para
con
stru
ccedilatildeo
do in
dica
dor d
e in
fraes
trut
ura
foi
utili
zado
um
mod
elo
de T
eoria
de
Resp
osta
ao
Item
(T
RI) q
ue e
stim
a um
traccedil
o la
tent
e a
part
ir do
s ite
ns
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013a
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] a
s co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is d
as e
scol
asrdquo (
P 80
) ldquo[
]
suas
est
rutu
ras
mat
eria
isrdquo (P
81)
ldquo[]
car
acte
rizaccedil
atildeo
infra
estr
utur
a e
equi
pam
ento
srdquo (P
82)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
24
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la aacute
gua
cons
umid
a pe
los
alun
os a
bast
ecim
ento
de
aacutegua
aba
stec
imen
to d
e en
ergi
a el
eacutetric
a e
sgot
o sa
nitaacute
rio s
ala
de d
ireto
ria s
ala
de p
rofe
ssor
lab
orat
oacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio
de c
iecircnc
ias
sala
de
aten
dim
ento
esp
ecia
l qu
adra
de
espo
rtes
cob
erta
des
cobe
rta
coz
inha
bib
liote
ca
parq
ue in
fant
il b
erccedilaacute
rio s
anitaacute
rio fo
ra o
u de
ntro
do
preacuted
io s
anitaacute
rio p
ara
educ
accedilatildeo
infa
ntil
san
itaacuterio
pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
dep
endecirc
ncia
s pa
ra d
efici
ente
s fiacutes
icos
tv
dvd
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ompu
tado
res
e in
tern
et
Mod
elo
logiacute
stic
o di
cotocirc
mic
o de
doi
s pa
racircm
etro
s da
Teo
ria d
a Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
que
redu
z o
conj
unto
dos
iten
s a
um tr
accedilo
late
nte
Est
e tr
accedilo
late
nte
expr
essa
a e
scal
a de
infra
estr
utur
a q
ue fo
i tr
ansf
orm
ada
para
o in
terv
alo
de 0
a 1
00 e
apoacute
s a
sua
inte
rpre
taccedilatilde
o fo
i div
idid
a em
qua
tro
gran
des
niacuteve
is d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar
elem
enta
r baacute
sica
ad
equa
da e
ava
nccedilad
a
SOA
RES
NET
O
et a
l (2
013b
)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rldquo[
] c
ondi
ccedilotildees
de
infra
estr
utur
a es
cola
r []
incl
ui
mat
eria
is d
idaacutet
icos
equ
ipam
ento
s e
estr
utur
as
fiacutesic
as a
prop
riada
srdquo (p
377
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
011
o tr
abal
ho
utili
za a
esc
ala
de in
fraes
trut
ura
desc
rita
em o
utro
tr
abal
ho d
os m
esm
os a
utor
es (S
OA
RES
NET
O e
t al
20
13a)
Teor
ia d
e Re
spos
ta a
o Ite
m (T
RI)
Ver S
oare
s N
eto
et
al (
2013
a) A
nalis
aram
um
a su
b-am
ostr
a de
esc
olas
pe
quen
as a
quel
as c
om a
teacute 1
0 tu
rmas
e 2
00 a
luno
s
PIER
I SA
NTO
S (2
014)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
A in
fraes
trut
ura
eacute de
finid
a em
piric
amen
te p
ela
exis
tecircnc
ia d
e ite
ns d
o Ce
nso
Esco
lar
Infra
estr
utur
a el
emen
tar (
aacutegua
esg
oto
e en
ergi
a) r
ecur
sos
fiacutesic
os (e
squi
pam
ento
s e
espa
ccedilos
para
a p
raacutetic
a de
at
ivid
ades
rela
cion
adas
ao
ambi
ente
edu
caci
onal
)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar d
e 20
07 e
20
12 I
tens
do
ques
tionaacute
rio d
a es
cola
aacutegu
a aacute
gua
filtr
ada
esg
oto
preacute
dio
esco
lar
cole
ta d
e lix
o e
nerg
ia
eleacutet
rica
qua
dra
bib
liote
ca o
u sa
la d
e le
itura
san
itaacuterio
sa
nitaacute
rio P
NE
dep
endecirc
ncia
PN
E s
ala
de a
tend
imen
to
espe
cial
TV
DVD
cop
iado
ra i
mpr
esso
ra c
ozin
ha
sala
da
dire
toria
sal
a do
s pr
ofes
sore
s la
bora
toacuterio
de
info
rmaacutet
ica
labo
ratoacute
rio d
e ci
ecircnci
as c
ompu
tado
res
O iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a fo
i est
imad
o po
r mei
o da
an
aacutelis
e fa
toria
l
84
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
T C
AC
(201
5)Ite
ns e
m
dim
ensotilde
es
[doc
umen
to
norm
ativ
o]
Dim
ensatilde
o 4
do C
usto
Alu
no Q
ualid
ade
(CA
C)
prev
isto
na
Met
a 20
do
Plan
o N
acio
nal d
a Ed
ucaccedil
atildeo
(PN
E) 2
014
que
defi
ne o
s pa
drotildee
s m
iacutenim
os d
e in
stal
accedilotildee
s e
recu
rsos
edu
caci
onai
s qu
e ab
rigue
m
adeq
uada
men
te a
s at
ivid
ades
pre
vist
as p
ara
a jo
rnad
a es
cola
r e o
fere
ccedilam
con
diccedilotilde
es d
e tr
abal
ho
aos
profi
ssio
nais
que
nel
a at
uam
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o O
Gru
po d
e Tr
abal
ho (G
T)
foi i
nstit
uiacutedo
pel
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
(MEC
) par
a el
abor
ar e
stud
os s
obre
a e
xecu
ccedilatildeo
das
estr
ateacuteg
ias
que
trat
am d
o C
AQ
e C
AQ
i na
Met
a 20
do
PNE
2014
) O
GT
reco
men
da o
exa
me
das
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
a (s
alas
de
aula
ref
eitoacute
rio c
ozin
ha b
anhe
iros
bibl
iote
ca
sala
de
prof
esso
res
luz
aacutegu
a c
olet
a de
lixo
) do
s eq
uipa
men
tos
disp
oniacutev
eis
(com
puta
dore
s pr
ojet
ores
m
obili
aacuterio
fibr
a oacutep
tica
ant
enas
) e d
os re
curs
os
educ
acio
nais
(liv
ros
didaacute
ticos
bib
liote
ca r
ecur
sos
digi
tais
)
Os p
adrotilde
es m
iacutenim
os d
e in
fraes
trutu
ra d
evem
leva
r em
con
ta a
com
bina
ccedilatildeo
de c
ompo
nent
es d
o CA
Q
cons
ider
ando
o e
spaccedil
o e
os re
curs
os q
ue c
onfe
rem
fu
ncio
nalid
ade
a es
ses e
spaccedil
os E
xem
plos
de
com
bina
ccedilotildees
(a)
aacutere
a di
spon
iacutevel
e c
om a
cess
ibili
dade
pa
ra a
s ativ
idad
es d
e en
sino
cul
tura
e e
spor
tes
(b)
aacuterea
disp
oniacutev
el p
ara
a ge
statildeo
e a
s ativ
idad
es d
e ap
oio
(c
) ace
sso
a liv
ros e
out
ros r
ecur
sos d
idaacutet
icos
(d)
ac
esso
agrave in
tern
et f
requ
ecircnci
a e
velo
cida
de d
e co
nexatilde
o
(e) a
tuaccedil
atildeo c
om o
utro
s ato
res p
ara
a ob
tenccedil
atildeo d
e es
paccedilo
s e m
ater
iais
com
plem
enta
res p
ara
a re
aliz
accedilatildeo
do
Pro
jeto
Ped
agoacuteg
ico
TRIB
UN
AL
DE
CON
TAS
DA
U
NIAtilde
O (2
015)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Exis
tecircnc
ia e
a a
dequ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
de
labo
ratoacute
rio b
iblio
teca
par
que
infa
ntil
qua
dra
de e
spor
te s
ala
de a
ula
ban
heiro
s e
cozi
nha
nas
esco
las
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enta
l in
stal
accedilotildee
s e
equi
pam
ento
s de
uso
dire
to d
os a
luno
s (p
2)
Dad
os p
rimaacuter
ios
de 2
015
ver
ifica
ccedilatildeo
in lo
co d
e 67
9 es
cola
s puacute
blic
as e
m to
do o
paiacute
s Se
leccedilatilde
o de
esc
olas
em
qua
tro
estaacute
gios
(1o ) s
elec
iona
da a
esc
ola
da re
de
de e
duca
ccedilatildeo
do e
stad
o (o
u do
mun
iciacutep
io) c
om p
ior
nota
na
esca
la d
e in
fraes
trut
ura
esco
lar (
SOA
RES
NET
O
et a
l 20
13a)
(2o ) s
elec
iona
das
outr
as tr
ecircs e
scol
as d
e ta
man
hos
dive
rsos
da
prim
eira
ist
o eacute
um
a es
cola
m
uito
peq
uena
out
ra p
eque
na u
ma
meacuted
ia e
out
ra
gran
de (
3o ) sel
ecio
nado
s qu
atro
mun
iciacutep
ios
vizi
nhos
ca
da u
m c
om q
uatr
o es
cola
s co
m o
s m
esm
os c
riteacuter
ios
de p
ior n
ota
na e
scal
a de
infra
estr
utur
a e
tam
anho
da
esco
la e
(4o ) a
mos
tra
foi c
ompl
etad
a co
m e
scol
as d
a ca
pita
l e d
e m
unic
iacutepio
s vi
zinh
os a
ela
Ava
liaccedilatilde
o de
nov
e m
acro
s am
bien
tes
Aacutegu
a
Ace
ssib
ilida
de Aacute
rea
Exte
rna
Qua
dra
Parq
uinh
o
Sala
s de
Aul
a B
iblio
teca
Inf
raes
trut
ura
de M
eren
da
Labo
ratoacute
rio d
e In
form
aacutetic
a e
Banh
eiro
s Em
cad
a um
rece
bu u
ma
pont
uaccedilatilde
o em
div
erso
s ite
ns
por e
xem
plo
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is (p
iso
teto
e
pare
de)
situ
accedilatildeo
das
inst
alaccedil
otildees
eleacutet
ricas
es
tado
de
cons
erva
ccedilatildeo
e de
hig
iene
lim
peza
ac
essi
bilid
ade
etc
A n
ota
final
foi o
btid
a pe
la s
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s de
cad
a su
bite
m
Para
cla
ssifi
caccedilatilde
o da
s es
cola
s fo
ram
cria
dos
quat
ro
padr
otildees
de q
ualid
ade
Pre
caacuteria
aci
ma
de 4
5 po
ntos
Ru
im e
ntre
30
e 45
pon
tos
Ace
itaacuteve
l en
tre
15 e
30
pont
os e
Boa
aba
ixo
de 1
5 po
ntos
A
LVES
XAV
IER
(201
6)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
ldquoas
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as e
sua
s co
ndiccedil
otildees
de
cons
erva
ccedilatildeo
a e
xist
ecircnci
a de
mat
eria
l did
aacutetic
o e
para
didaacute
tico
e a
s co
ndiccedil
otildees
de u
so e
de
func
iona
men
to d
e bi
blio
teca
s la
bora
toacuterio
s sa
las
de a
ula
dep
endecirc
ncia
s ad
min
istr
ativ
as e
out
ras
inst
alaccedil
otildees
da e
scol
ardquo (p
76)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Sae
b de
200
7 2
009
201
1 e
2013
Ite
ns d
os q
uest
ionaacute
rios
da e
scol
a d
o di
reto
r e
do p
rofe
ssor
qua
dras
lab
orat
oacuterio
s au
ditoacute
rio s
ala
de a
rtes
e d
e m
uacutesic
a b
iblio
teca
vol
ume
de u
suaacuter
ios
exis
tecircnc
ia d
e pe
ssoa
l res
pons
aacutevel
uso
s pe
dagoacute
gico
s tip
os d
e us
uaacuterio
s e
esta
do d
e co
nser
vaccedilatilde
o do
ace
rvo
co
mpu
tado
res
aces
so agrave
inte
rnet
apa
relh
os d
e au
diov
isua
l im
pres
sora
s e
tele
foni
a c
onse
rvaccedil
atildeo d
e pa
rede
s te
lhad
os s
alas
de
aula
ban
heiro
s ilu
min
accedilatildeo
al
eacutem d
e ex
istecirc
ncia
de
depr
edaccedil
otildees
e ou
tros
asp
ecto
s
Fora
m e
stim
ados
qua
tro
indi
cado
res
por m
eio
da T
RI (m
odel
o de
Sam
ejim
a) i
nsta
ccedilotildees
do
preacuted
io b
iblio
teca
equ
ipam
ento
s pe
dagoacute
gico
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o A
s es
cala
s or
igin
ais
dos
indi
cado
res
em d
esvo
s-pa
dratildeo
for
am
tran
sfor
mad
as p
ara
o in
terv
alo
de 0
a 1
0 P
ara
uso
em a
naacutelis
es d
escr
itiva
s os
indi
cado
res
fora
m
cate
goriz
ados
em
qua
rtis
85Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A4
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
naci
onal
em
ord
em d
e da
ta d
e pu
blic
accedilatildeo
(con
tinua
ccedilatildeo)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sC
AVA
LCA
NTI
(2
016)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Defi
ne a
infra
estr
utur
a co
m re
ferecirc
ncia
ao
CAQ
- Cu
sto
Alu
no Q
ualid
ade
da C
ampa
nha
Nac
iona
l pel
o D
ireito
agrave
Educ
accedilatildeo
(CA
RREI
RA P
INTO
200
7) q
ue v
incu
la
qual
idad
e do
s pr
oces
sos
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
agrave
qual
idad
e do
s in
sum
os u
tiliz
ados
(p 2
7)
Dad
os s
ecun
daacuterio
s do
Cen
so E
scol
ar 2
014
Loc
al d
e fu
ncio
nam
ento
inad
equa
do d
a es
cola
(bar
racatilde
o
casa
de
prof
esso
r ig
reja
gal
patildeo)
aba
stec
imen
to d
e aacuteg
ua in
exis
tent
e ou
inad
equa
do (c
acim
ba p
occedilo
rio
coacute
rreg
o) e
sgot
o sa
nitaacute
rio in
exis
tent
e d
estin
accedilatildeo
de
lixo
inad
equa
da a
usecircn
cia
de d
epen
decircnc
ias
baacutesi
cas
(bib
liote
ca l
abor
atoacuter
ios
quad
ra e
spor
tiva
ban
heiro
s co
m a
cess
ibili
dade
) au
secircnc
ia d
e eq
uipa
men
tos
peda
goacutegi
cos
esse
ncia
is (c
opia
dora
viacuted
eo c
asse
te T
V
Dat
asho
w c
ompu
tado
r im
pres
sora
int
erne
t)
Crio
u o
indi
cado
r IPR
FEM
(Iacutend
ice
de P
reca
rieda
de d
a Re
de F
iacutesica
Esc
olar
Mun
icip
al) e
spec
ifica
men
te p
ara
a pe
squi
saS
oma
das
pont
uaccedilotilde
es p
onde
rada
s da
s pa
ra
cada
esc
ola
da re
de P
esos
de
acor
do c
om o
impa
cto
de c
ada
item
na
cond
iccedilatildeo
de
prec
arie
dade
do
esta
bele
cim
ento
o c
onhe
cim
ento
da
pesq
uisa
dora
so
bre
a re
de fiacute
sica
esco
lar e
a e
xper
iecircnc
ia c
om o
tr
abal
ho p
edag
oacutegic
o O
resu
ltado
do
indi
cado
r no
niacuteve
l da
rede
esc
olar
foi c
alcu
lada
pel
a m
eacutedia
dos
va
lore
s ob
tidos
por
toda
s as
esc
olas
mun
icip
ais
MAT
OS
RO
DRI
GU
ES
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
ldquoEqu
ipam
ento
s e
cons
erva
ccedilatildeo
do p
reacutedi
o es
cola
rrdquo (p
666
)D
ados
sec
undaacute
rios
do C
enso
Esc
olar
201
3 e
xist
ecircnci
a de
loc
al p
roacutepr
io d
e fu
ncio
nam
ento
da
esco
la aacute
gua
trat
ada
ene
rgia
eleacute
tric
a s
anea
men
to b
aacutesic
o (c
olet
a de
lixo
de
esgo
to e
pre
senccedil
a de
ban
heiro
na
esco
la)
outr
os e
spaccedil
os e
recu
rsos
esc
olar
es (b
iblio
teca
la
bora
toacuterio
can
tina
com
puta
dore
s e
outr
os
equi
pam
ento
s el
etrocirc
nico
s)
Cons
truccedilatilde
o de
indi
cado
r de
infra
estru
tura
por
mei
o de
M
odel
os d
a Te
oria
da
Resp
osta
ao
Item
(TRI
) A
esca
la
orig
inal
foi c
onve
rtid
a pa
ra v
alor
es d
e ze
ro a
10
OLI
VEIR
A
PERE
IRA
JR
(201
6)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dore
s P
erce
pccedilatildeo
das
con
diccedilotilde
es d
a sa
la d
e au
la N
iacutevel
de
adeq
uaccedilatilde
o da
sal
a de
aul
a ndash
loca
l ond
e g
eral
men
te
os p
rofe
ssor
es p
assa
m a
mai
or p
arte
do
tem
po d
e tr
abal
ho O
des
envo
lvim
ento
da
ativ
idad
e do
cent
e ne
cess
ita d
e co
ndiccedil
otildees
apro
pria
das
de a
spec
tos
ambi
enta
is e
est
rutu
rais
afe
tand
o ta
nto
alun
os
quan
to p
rofe
ssor
es
Dad
os p
rimaacuter
ios
do su
rvey
Tra
balh
o D
ocen
te n
a Ed
ucaccedil
atildeo B
aacutesic
a no
Bra
sil (
TDEB
B) d
e 20
10 c
om c
erca
de
6 m
il pr
ofiss
iona
is d
a ed
ucaccedil
atildeo e
m e
scol
as p
uacuteblic
as
de s
ete
esta
dos
bras
ileiro
s Va
riaacuteve
is d
e pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
esc
ola
ven
tilaccedil
atildeo e
ilum
inaccedil
atildeo d
a sa
la
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
as p
ared
es d
a s
ala
de a
ula
ruiacuted
o or
igin
ado
na s
ala
de a
ula
con
diccedilotilde
es d
a sa
la e
spec
iacutefica
de
con
vivecirc
ncia
e re
pous
o c
ondi
ccedilotildees
dos
ban
heiro
s pa
ra fu
ncio
naacuterio
s co
ndiccedil
otildees
dos
equi
pam
ento
s (T
V v
iacutedeo
som
etc
) e
con
diccedilotilde
es d
os re
curs
os
peda
goacutegi
cos
(qua
dro
Xer
oxli
vros
did
aacutetic
os e
tc)
Estim
ou-s
e do
is in
dica
dore
s pe
rcep
ccedilatildeo
das
cond
iccedilotildee
s da
sal
a de
aul
a e
perc
epccedilatilde
o da
s co
ndiccedil
otildees
da u
nida
de e
scol
ar p
or m
eio
da
teacutecn
ica
esta
tiacutestic
a de
nom
inad
a m
odel
agem
de
equa
ccedilotildees
est
rutu
rais
(MEE
) O
s in
dica
dore
sfor
am
padr
oniz
ados
no
inte
rval
o de
0 a
1 s
endo
o v
alor
m
iacutenim
o (0
) ref
eren
te agrave
pio
r situ
accedilatildeo
pos
siacuteve
l e o
va
lor m
aacutexim
o (1
) agrave
mel
hor
Adi
cion
alm
ente
os
resu
ltado
s do
s in
dica
dore
s fo
ram
cla
ssifi
cado
s em
qu
atro
cat
egor
ias
GO
MES
D
UA
RTE
(201
7)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
O te
rmo
infra
estr
utur
a es
cola
r []
refe
re-s
e agraves
co
ndiccedil
otildees
mat
eria
is e
quip
amen
tos
e re
curs
os
fiacutesic
os q
ue p
erm
item
que
as
inst
ituiccedil
otildees
esco
lare
s fu
ncio
nem
sej
a co
mo
espa
ccedilo d
e m
ovim
ento
e
perm
anecircn
cia
de p
esso
as o
u co
mo
loca
l de
apre
ndiz
agem
523
)
Dad
os d
o Ce
nso
Esco
lar 2
013
refe
rent
es agrave
s es
cola
s
puacutebl
icas
de
ensi
no fu
ndam
enal
(EF)
Util
izam
26
itens
do
que
stio
naacuterio
da
esco
la s
obre
a p
rese
nccedila
de it
ens
de re
curs
os e
inst
alaccedil
otildees
baacutesi
cas
equi
pam
ento
s e
inst
alaccedil
otildees
didaacute
ticas
Cria
m p
erfis
(clu
ster
s) p
or m
eio
de u
m m
odel
o de
cla
sses
late
ntes
(LC
A)
que
resu
ltou
em q
uatr
o cl
asse
s de
infra
estr
utur
a es
cola
r su
perio
r m
eacutedio
su
perio
r m
eacutedio
infe
rior e
inf
erio
r A
cla
sse
supe
rior
com
42
das
esc
olas
e 8
12
das
mat
riacutecul
as d
ispotilde
e de
qua
se to
dos
os 2
6 ite
ns (e
xcet
o la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e s
ala
de re
curs
os e
spec
ializ
ados
) e
a cl
asse
in
ferio
r pos
sui a
pena
s aacuteg
ua c
ozin
ha e
um
preacute
dio
excl
usiv
o) 1
1 d
as e
scol
as e
11
d
e m
ariacutec
ulas
O
meacuted
io-s
uper
ior eacute
mui
to p
arec
ido
com
o s
uper
ior
e o
meacuted
io-in
ferio
r co
m o
infe
rior
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
86
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sO
rsquoSU
LLIV
AN
(2
006)
Cons
truccedil
atildeo
de in
dica
dor
(dim
ensotilde
es)
A te
se a
nalis
a as
con
diccedilotilde
es d
o pr
eacutedio
esc
olar
de
acor
do
com
a c
lass
ifica
ccedilatildeo
de u
m in
stru
men
to d
enom
inad
o Co
mm
onw
ealth
Ass
essm
ent o
f Phy
sical
Env
ironm
ent
(CAP
E) d
esen
volv
ido
por C
ash
(199
3) p
ara
as c
ondi
ccedilotildees
es
trutu
rais
e co
smeacutet
icas
de
um p
reacutedi
o
Dad
os p
rimaacuter
ios d
e 20
0 es
cola
s de
ensin
o m
eacutedio
EU
A
Aval
iou
con
diccedilotilde
es e
stru
tura
is id
ade
da c
onst
ruccedilatilde
o
sala
s de
aula
tem
poraacute
rias
reno
vaccedilatilde
o a
diccedilatilde
o ou
ap
erfe
iccediloa
men
to d
o ed
ifiacuteci
o ti
po d
e pi
so ja
nela
s ar
-co
ndic
iona
do c
alor
got
eira
s ilu
min
accedilatildeo
das
sala
s de
aula
ca
ract
eriacutest
icas
est
rutu
rais
das s
alas
de
aula
con
diccedilotilde
es
estru
tura
is da
con
stru
ccedilatildeo
inst
alaccedil
otildees a
djac
ente
s ao
preacuted
io b
arul
ho e
xter
no t
omad
as e
leacutetr
icas
das
sala
s de
aula
e c
ober
tura
do
teto
As c
ondi
ccedilotildees
cos
meacutet
icas
do
preacuted
io fo
ram
iden
tifica
das p
or p
intu
ra n
o in
terio
r do
preacuted
io p
intu
ra e
xter
ior
loca
is co
m g
rafit
epi
xo r
emoccedil
atildeo
de g
rafit
epi
xo m
obiacuteli
as d
as sa
las d
e au
la c
lass
ifica
ccedilotildees
co
smeacutet
icas
ger
ais e
freq
uecircnc
ia d
e lim
peza
do
piso
Dad
os d
a pe
squi
sa fo
ram
util
izad
os p
ara
aval
iar a
co
ndiccedil
atildeo p
reacutedi
os e
scol
ares
As r
espo
stas
par
a ca
da
item
no
CAPE
fora
m c
odifi
cada
s com
o um
doi
s trecirc
s qu
atro
cin
co s
eis o
u se
te P
ara
test
ar a
con
fiabi
lidad
e do
inst
rum
ento
foi c
ondu
zido
um
test
e Al
pha
deCr
onba
ch s
endo
que
o v
alor
obt
ido
foi c
onsid
erad
o ldquoa
ceitaacute
velrdquo
(gt 0
7)
GIB
BERD
(200
7)Va
riaacuteve
is e
m
dim
ensotilde
es
[inst
rum
ento
]
Mod
elo
inte
grad
o de
des
empe
nho
do p
reacutedi
o In
tegr
ated
bui
ldin
g pe
rfor
man
ce m
odel
ndash IB
PM)
(1) P
esso
as i
nfra
estr
utur
a d
eve
gara
ntir
que
seus
usu
aacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacute
sica
s at
endi
das
gara
ntir
que
dire
itos
hum
anos
se
jam
resp
eita
do (
2) a
infra
estr
utur
a de
ve g
aran
tir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am v
azam
ento
s se
jam
es
trut
ural
men
te s
oacutelid
as t
enha
m b
aixo
s cu
stos
de
oper
accedilatildeo
m
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
no
uso
dos
esp
accedilos
e d
os re
curs
os (
3) P
rogr
ama
in
fraes
trut
ura
dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
at
ivid
ades
esc
olar
es
O a
rtig
o ap
rese
nta
um in
stru
men
to d
esen
volv
ido
para
av
alia
ccedilatildeo
da in
fraes
trut
ura
de e
scol
as ru
rais
da
Aacutefri
ca
do S
ul q
ue c
onte
mpl
a os
iten
s pe
ssoa
s in
fraes
trut
ura
e pr
ogra
mas
Ap
rese
nta
par
a ca
da u
ma
das
dim
ensotilde
es
obje
tivos
com
os
seus
resp
ectiv
os in
dica
dore
s p
ara
verif
icaccedil
atildeo
GIB
BERD
M
PHU
TLA
NE
(200
7)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
[in
stru
men
to]
Gar
antia
de
que
os e
difiacutec
ios
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
os t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
o e
man
uten
ccedilatildeo
e qu
e se
jam
efic
ient
es ta
nto
no u
so d
os e
spaccedil
os q
uant
o no
uso
de
recu
rsos
(Efic
iecircnc
ia C
usto
s op
erac
iona
is
Ges
tatildeo
Man
uten
ccedilatildeo
Sauacute
de e
Seg
uran
ccedila)
O in
stru
men
to o
SRN
(Sch
ool R
egist
er o
f Nee
ds ndash
Reg
istro
es
cola
r de
nece
ssid
ades
) pa
ra a
valia
r esc
olas
rura
is da
Aacutef
rica
do S
ul s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
seg
uran
ccedila n
uacutemer
o de
sala
s de
aula
e d
e ou
tros e
spaccedil
os e
se h
aacute ne
sses
se
rviccedil
os c
omo
aacutegua
e e
letri
cida
de m
ater
iais
utiliz
ados
na
cons
truccedilatilde
o c
ondi
ccedilotildees
ger
ais d
o pr
eacutedio
ram
pas d
e ac
esso
e
banh
eiro
s par
a al
unos
com
defi
ciecircn
cias
equ
ipam
ento
s co
mo
cade
iras
mes
as e
com
puta
dore
s te
lefo
ne e
nerg
ia
banh
eiro
s m
uro
cor
redo
res e
inst
alaccedil
otildees e
spor
tivas
m
edid
as d
e pr
even
ccedilatildeo
ao c
rime
com
o ba
rras a
nti-r
oubo
(g
rade
de
ferro
em
jane
las)
e a
larm
es M
SEE
(Min
imum
St
anda
rds f
or Ed
ucat
ion
in E
mer
genc
ies ndash
Pad
rotildees
miacuten
imos
pa
ra e
mer
gecircnc
ia n
a ed
ucaccedil
atildeo)
entre
out
ros
O in
trum
ento
reuacuten
e da
dos
quan
titat
ivos
e
qual
itativ
os S
RN (R
egis
tro
Esco
lar d
e N
eces
sida
des)
ndash
quan
titat
ivo
MSE
E (P
adrotilde
es M
iacutenim
os p
ara
Educ
accedilatildeo
em
Em
ergecirc
ncia
s) ndash
qua
litat
ivo
Cont
inua
87Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sSE
BAKE
M
PHU
TLA
NE
G
IBBE
RD (2
007)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
seus
us
uaacuterio
s es
teja
m c
onfo
rtaacutev
eis
saud
aacutevei
s e
prod
utiv
os e
que
tenh
am s
uas
nece
ssid
ades
baacutes
icas
at
endi
das
Dev
e ga
rant
ir ta
mbeacute
m q
ue d
ireito
s hu
man
os s
ejam
resp
eita
dos
A in
fraes
trut
ura
esco
lar d
eve
gara
ntir
que
cons
truccedil
otildees
natildeo
tenh
am
vaza
men
tos
seja
m e
stru
tura
lmen
te s
oacutelid
as t
enha
m
baix
os c
usto
s de
ope
raccedilatilde
om
anut
enccedilatilde
o e
que
seja
m e
ficie
ntes
tant
o no
uso
dos
esp
accedilos
qua
nto
no u
so d
e re
curs
os A
infra
estr
utur
a es
cola
r dev
e as
segu
rar d
e m
odo
efica
z as
ativ
idad
es n
eces
saacuteria
s
O in
stru
men
to p
ara
aval
iaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a pa
ra a
s es
cola
s ru
rais
Est
udo
pilo
to e
m e
scol
as ru
rais
da Aacute
frica
do
Sul
Um
sis
tem
a de
ava
liaccedilatilde
o da
infra
estr
utur
a da
s es
cola
s po
r mei
o de
um
inst
rum
ento
que
con
side
ra
as d
imen
sotildees
des
crita
s pe
ssoa
s
VALD
EacuteS e
t al
(200
8)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
r e
variaacute
veis
se
para
das
Defi
ne e
mpi
ricam
ente
infra
estr
utur
a de
aco
rdo
com
a p
rese
nccedila
cum
ulat
iva
de d
eter
min
ados
iten
s da
esc
ola
Dad
os d
a pe
squi
sa S
ERCE
de
2006
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) em
20
paiacutese
s da
Ameacuter
ica
Latin
a in
clui
ndo
o Br
asil
As
variaacute
veis
de in
fraes
trutu
ra s
ala
de d
ireccedilatilde
o sa
las p
ara
apoi
o ad
min
israt
ivas
sal
a de
pro
fess
ores
qua
dra
espo
rtiv
a
labo
ratoacute
rio g
inaacutes
io ja
rdim
esc
olar
sal
a de
info
rmaacutet
ica
au
ditoacute
rio c
ozin
ha r
efei
toacuterio
sal
a de
arte
s en
ferm
aria
se
rviccedil
o ps
icop
edag
oacutegic
o e
bibl
iote
ca P
ara
de a
cess
o a
serv
iccedilos
aacutegu
a e
letri
cida
de e
tele
fone
Para
as
variaacute
veis
nuacutem
ero
de c
ompu
tado
res
e nuacute
mer
o de
bib
liote
cas
a an
aacutelis
e ba
seou
-se
na
proacutep
ria q
uant
ifica
ccedilatildeo
dos
itens
Jaacute
para
o iacuten
dice
de
infra
estr
utur
a cr
iou-
se u
ma
esca
la c
om in
terv
alo
de
0 a
15 e
par
a o
iacutendi
ce d
e se
rviccedil
os fo
i util
izad
a um
a es
cala
de
0 a
5
WO
LNIA
K
ENG
BERG
(2
010)
Cons
truccedil
atildeo d
e in
dica
dor
Infra
estu
rura
defi
nida
em
piric
amen
te d
e ac
ordo
co
m o
s ite
ns d
e re
curs
os e
scol
ares
D
ados
sec
undaacute
rios
do T
he N
atio
nal L
ongi
tudi
nal S
urve
y of
Fr
eshm
en (N
LSF)
pat
roci
nado
pel
o O
ffice
of P
opul
atio
n Re
sear
ch d
a U
nive
rsid
ade
de P
rince
ton
Ava
liao
nze
itens
so
bre
recu
rsos
esc
olar
es n
o en
sino
meacuted
io e
a q
ualid
ade
dess
es re
curs
os a
sab
er b
iblio
teca
con
selh
eiro
de
orie
ntaccedil
atildeo o
u co
mpu
tado
res
Os
itens
satildeo
ava
liado
s em
um
a es
cala
tipo
Lik
ert
que
vai d
e ru
im a
teacute e
xcel
ente
Os
auto
res
cria
m u
m
indi
cado
r de
infra
estr
utur
a m
as n
atildeo e
scla
rece
m n
o te
xto
o m
eacutetod
o de
est
imaccedil
atildeo u
tiliz
ado
CU
YVER
S et
al
(201
1)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
rIn
fraes
turu
ra d
efini
da e
mpi
ricam
ente
de
acor
do c
om a
pe
rcep
ccedilatildeo
de a
luno
s que
resp
onde
ram
a u
m su
rvey
D
ados
prim
aacuterio
s de
surv
ey ju
nto
a es
tuda
ntes
em
14
esco
las s
ecun
daacuteria
s da
Beacutelg
ica
(n=
2032
) qu
e in
vest
igou
a
perc
epccedilatilde
o do
s so
bre
(1) o
preacute
dio
esco
lar t
em u
ma
estru
tura
esp
acia
l livr
e on
de eacute
faacuteci
l se
orie
ntar
(2)
as s
alas
de
aula
abe
rtas
a u
ma
aacuterea
(ver
de)
(3) o
preacute
dio
esco
lar o
fere
ce
recu
rsos
de
TI b
em in
tegr
ados
e a
cess
o a
varia
das f
onte
s de
pesq
uisa
(4)
todo
s os i
ndic
ador
es re
laci
onad
os agrave
segu
ranccedil
a (e
g o
preacute
dio
esco
lar eacute
bem
pro
tegi
do c
ontra
inva
sotildees
) (5
) cr
iteacuterio
s sob
re a
con
diccedilatilde
o do
preacute
dio
esco
lar
(6) c
riteacuter
ios
sobr
e a
amen
idad
e e
conf
orto
fiacutesic
o de
preacute
dio
esco
lar
(tem
pera
tura
acuacute
stic
a ilu
min
accedilatildeo
e v
entil
accedilatildeo
)
O in
dica
dor eacute
con
stru
ido
por e
scal
onam
ento
dos
ite
ns d
o qu
estio
naacuterio
apl
icad
o ao
s al
unos
mas
os
auto
res
natildeo
escl
arec
em n
o te
xto
de q
ue fo
rma
o in
dica
dor f
oi p
rodu
zido
88
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sG
LIC
KA e
t al
(201
1)U
tiliz
a va
riaacuteve
is
sepa
rada
men
teD
efine
em
piric
amen
te a
s ldquoca
ract
eriacutes
ticas
prim
aacuteria
s da
esc
olardquo
que
con
teacutem
as
info
rmaccedil
otildees
sobr
e in
fraes
trut
ura
Dad
os p
rimaacuter
ios
de su
rvey
con
duzi
do p
elos
aut
ores
em
20
04 e
m M
adag
asca
r Es
cola
s se
leci
onad
as a
par
tir d
e um
a pe
squi
sa d
o M
inis
teacuterio
da
Educ
accedilatildeo
No
grup
o da
s ldquoCa
ract
eriacutes
ticas
Prim
aacuteria
s Es
cola
resrdquo
as
variaacute
veis
re
laci
onad
as agrave
infra
estu
tura
satildeo
dis
tacircnc
ia d
o ce
ntro
da
com
unid
ade
(km
) e
scol
a se
m s
anitaacute
rio s
anitaacute
rio
sepa
rado
por
sex
o p
erce
ntag
em d
e sa
las
de a
ula
com
qu
adro
neg
ro
Util
iza
as v
ariaacute
veis
sep
arad
amen
te p
ara
corr
elac
oinaacute
-las
a re
sulta
dos
esco
lare
s
OC
DE
(201
3)Co
nstr
uccedilatildeo
de
indi
cado
res
A n
occedilatildeo
de
infra
estr
utur
a es
taacute re
laci
onad
a agraves
co
ndiccedil
otildees
esco
lare
s e
de e
nsin
o
Dad
os d
o Pr
ogra
ma
de A
valia
ccedilatildeo
de E
stud
ante
s de
15
anos
(Pisa
) or
gani
zado
pel
a O
CDE
com
a p
artic
ipaccedil
atildeo d
e vaacute
rios
paiacutese
s in
clus
ive
o Br
asil
Que
stio
naacuterio
resp
ondi
do
pelo
dire
tor
Itens
sob
re in
fraes
trut
ura
- esc
asse
z ou
in
adeq
uaccedilatilde
o de
(1)
est
rutu
ra fiacute
sica
da e
scol
a (2
) sis
tem
as e
leacutetr
icos
e d
e aq
ueci
men
to e
ou
resf
riam
ento
e
(3) e
spaccedil
o na
s sa
las
de a
ula
Iten
s de
recu
rsos
esc
olar
es
- esc
asse
z ou
inad
equa
ccedilatildeo
de (
(1) l
abor
atoacuter
io d
e ci
ecircnci
a
(2) m
ater
iais
didaacute
ticos
(3)
com
puta
dore
s (4
) int
erne
t e
(5) s
oftw
ares
edu
caci
onai
s
Fora
m c
onst
ruiacuted
os d
ois
iacutendi
ces
- iacutend
ice
de
infra
estr
utur
a e
iacutendi
ce d
e re
curs
os e
scol
ares
O
s iacuten
dice
s tecirc
m e
scal
a em
des
vios
-pad
ratildeo
Va
lore
s po
sitiv
os in
dica
m m
elho
res
cond
iccedilotildee
s de
in
fraes
trut
ura
e re
curs
os e
scol
ares
CU
ESTA
G
LEW
WE
BR
OO
KE (2
014)
Variaacute
veis
se
para
dam
ente
Defi
ne in
fraes
tutu
ra p
ela
a pr
esen
ccedila d
e de
term
inad
os it
ens
cara
cter
iacutestic
as d
a sa
la d
e au
la
com
o lu
z na
tura
l te
mpe
ratu
ra a
cuacutest
ica
pre
senccedil
a na
esc
ola
de e
letr
icid
ade
aacutegu
a po
taacuteve
l e a
con
diccedilatilde
o do
edi
fiacutecio
exi
stecircn
cia
de u
ma
bibl
iote
ca l
abor
atoacuter
io
de in
form
aacutetic
a ou
labo
ratoacute
rios
de c
iecircnc
ias
livro
s di
daacutetic
os
mat
eria
is p
edag
oacutegic
os e
tecn
olog
ias
de
info
rmaccedil
atildeo e
com
unic
accedilatildeo
(TIC
)
Revi
satildeo
de e
stud
os s
obre
o im
pact
o da
infra
estr
utur
a no
apr
endi
zado
dos
alu
nos
de p
aiacutese
s la
tino-
amer
ican
os d
e 19
90 a
201
2 V
ariaacute
veis
ana
lisad
as
cond
iccedilatildeo
das
par
edes
pis
os e
telh
ado
mat
eria
is d
e in
stru
ccedilatildeo
na s
ala
de a
ula
(com
o fli
p ch
arts
qua
dro
bran
co e
m c
aval
ete)
e q
uadr
os n
egro
s m
as e
xclu
indo
liv
ros
didaacute
ticos
) di
spon
ibili
dade
de
elet
ricid
ade
aacutegu
a e
sani
taacuterio
s e
a di
spon
ibili
dade
de
labo
ratoacute
rios
(ciecirc
ncia
s e
info
rmaacutet
ica)
bib
liote
cas
mes
as e
qua
dros
O e
stud
o fa
z um
bal
anccedilo
de
outr
os e
stud
os
Apr
esen
ta e
stat
iacutestic
as d
escr
itiva
s po
r paiacute
ses
(pro
porccedil
atildeo) d
os it
ens
de in
fraes
trut
ura
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Cont
inua
89Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Qua
dro
A5
Sist
emat
izaccedil
atildeo d
a lit
erat
ura
inte
rnac
iona
l em
ord
em d
e da
ta d
a pu
blic
accedilatildeo
(co
ntin
uaccedilatilde
o)
Refe
recircnc
iaC
lass
ifica
ccedilatildeo
Defi
niccedilatilde
o de
infra
estr
utur
aFo
nte
de d
ados
Var
iaacuteve
isM
eacutetod
os
Proc
edim
ento
sIN
EE (2
016)
Dim
ensotilde
es e
ite
ns [d
ocum
ento
no
rmat
ivo]
Aval
iaccedilatilde
o da
s Co
ndiccedil
otildees
Baacutesic
as p
ara
o En
sino
e a
Apr
endi
zage
m (E
valu
acioacute
n de
Con
dici
ones
Baacutes
icas
pa
ra la
Ens
entildean
za y
el A
pren
diza
je ndash
ECE
A) r
ealiz
ada
pelo
Inst
ituto
Nac
iona
l par
a la
Eva
luac
ioacuten
de la
Ed
ucac
ioacuten
(INEE
) do
Meacutex
ico
Defi
ne in
fraes
trut
ura
com
o o
conj
unto
de
inst
alaccedil
otildees
e se
rviccedil
os q
ue
perm
item
a re
aliz
accedilatildeo
do
trab
alho
esc
olar
em
co
ndiccedil
otildees
de d
igni
dade
seg
uran
ccedila e
bem
-est
ar
Os
mob
iliaacuter
ios
e eq
uipa
men
tos
bem
com
o m
ater
iais
de
apo
ios
satildeo
nece
ssaacuter
ios
para
a re
aliz
accedilatildeo
das
at
ivid
ades
cur
ricul
ares
e a
dmin
istra
tivas
Dad
os d
o es
tudo
pilo
to d
e 20
14 c
om a
mos
tra d
e es
cola
s pr
imaacuter
ias
Dim
ensotilde
es e
iten
s (1
) In
fraes
truct
ura
para
o
bem
est
ar e
apr
endi
zage
m d
os e
stud
ante
s (ac
esso
a
serv
iccedilos
baacutes
icos
esp
accedilos
esc
olar
es su
ficie
ntes
e a
cess
iacutevei
s co
ndiccedil
otildees b
aacutesic
as d
e se
gura
nccedila
e hi
gien
te)
(2) m
obili
aacuterio
e
equi
pam
ento
s baacutes
icos
par
a o
ensin
o e
apre
ndiz
ado
(mob
iliaacuter
io su
ficie
nte
e ad
equa
do e
qupa
men
tos d
e ap
oio)
e (3
) mat
eria
is de
apo
io e
duca
tivo
(mat
eria
is cu
rriacutecu
lare
s m
ater
iais
didaacute
ticos
ace
rvo
da b
iblio
teca
) O
s ind
icad
ores
incl
uem
ace
sso
a se
rviccedil
os p
uacuteblic
os (aacute
gua
en
ergi
a e
sgot
o) a
mbi
ente
fiacutesic
o ad
equa
do (v
entil
accedilatildeo
te
mpe
ratu
ra il
umin
accedilatildeo
ruiacute
dos)
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
ac
adecircm
icas
esp
accedilos
par
a at
ivid
ades
esp
ortiv
as c
ultu
rais
e de
recr
eccedilatildeo
exi
stecircn
cia
de b
anhe
iros e
ban
heiro
s par
a pe
ssoa
s com
defi
ciecircn
cia
ace
ssib
ilida
de c
onse
rvaccedil
atildeo
trata
men
to ig
ualit
aacuterio
par
a al
unos
seg
undo
gecircn
ero
liacuten
gua
orig
em so
cial
eacutetn
ica
etc
Apr
esen
ta re
sulta
dos
do e
stud
o pi
loto
mar
co
basi
co p
ara
orie
ntar
a im
plan
taccedilatilde
o e
func
iona
men
to
das
esco
las
e or
ient
ar a
ava
liaccedilatilde
o da
s es
cola
s de
edu
caccedilatilde
o baacute
sica
O in
stru
men
to re
spon
dido
pe
la e
quip
e da
esc
ola
que
dev
e re
fletir
sob
re
as c
ondi
ccedilotildees
meacuted
ias
da e
scol
a pa
ra c
ada
item
A
leacutem
dis
so c
olet
a op
iniotilde
es s
obre
o q
uant
o a
infra
estr
utur
a af
eta
o en
sino
e a
pren
diza
do e
accedilotilde
es
nece
ssaacuter
ias
para
mel
horia
Est
udo
Um
info
rme
com
os
resu
ltado
s do
est
udo
pilo
to re
aliz
ado
em
esco
las
prim
aacuteria
s ap
rese
nta
anaacutel
ises
des
criti
vas
dos
itens
que
com
potildee
cada
um
a de
ssas
dim
ensotilde
es
Apr
esen
ta re
cort
es s
egun
do lo
caliz
accedilatildeo
das
esc
olas
(u
rban
a ru
ral
aacuterea
indiacute
gena
) e ti
po d
e or
gani
zaccedilatilde
o (m
ultis
eria
do o
u natilde
o) e
eta
pas
UN
ESCO
(201
6)D
imen
sotildees
e
indi
cado
res
(doc
umen
to
norm
ativ
o)
A m
eta
4a
do o
bjet
ivo
4 da
Age
nda
2030
par
a D
esen
volv
imen
to S
uste
ntaacutev
el d
efine
com
o
inst
alaccedil
otildees
fiacutesic
as a
prop
riada
s pa
ra c
rianccedil
as
e se
nsiacutev
eis
agraves d
efici
ecircnci
as e
ao
gecircne
ro e
que
pr
opor
cion
em a
mbi
ente
s de
apr
endi
zage
m s
egur
os
e natilde
o vi
olen
tos
incl
usiv
os e
efic
azes
par
a to
dos
Indi
cado
res p
ara
mon
itora
men
to (A
) Por
cent
agem
de
esco
las c
om a
cess
o a
(i) aacute
gua
potaacute
vel b
aacutesic
a (i
i) in
stal
accedilotildee
s sa
nitaacute
rias d
e se
xo uacute
nico
baacutes
icas
e (i
ii) in
stal
accedilotildee
s de
lava
gem
das
matildeo
s baacutes
icas
(B)
Pro
porccedil
atildeo d
e es
cola
s com
ac
esso
a (i
) ele
trici
dade
(ii)
inte
rnet
par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
e
(iii)
com
puta
dore
s par
a fin
s ped
agoacuteg
icos
(C) P
orce
ntag
em
de e
scol
as c
om in
fra-e
stru
tura
e m
ater
iais
adap
tado
s par
a es
tuda
ntes
com
defi
ciecircn
cia
Natildeo
eacute u
m e
stud
o em
piacuteric
o D
ocum
ento
nor
mat
ivo
ap
rese
nta
um m
arco
bas
ico
para
orie
ntar
a
impl
anta
ccedilatildeo
e fu
ncio
nam
ento
das
esc
olas
e o
rient
ar
a av
alia
ccedilatildeo
das
esco
las
de e
duca
ccedilatildeo
baacutesi
ca
DU
ART
E
JAU
REG
UIB
ER
RY R
AC
IMO
(2
017)
Variaacute
veis
em
di
men
sotildees
D
efine
a su
ficiecirc
ncia
da
infra
estru
tura
par
a pa
iacuteses
latin
o-am
eric
anos
que
par
ticip
aram
do
Terc
e - T
erce
iro
Estu
do e
xplic
ativ
o e
com
para
tivo
de d
esem
penh
o es
cola
r se
gund
o o
s com
pone
ntes
baacutes
icos
do
ambi
ente
fiacutesic
o pa
ra fo
rnec
er o
s rec
urso
s nec
essaacute
rios
para
o p
roce
sso
de e
nsin
o e
apre
ndiz
agem
Dad
os d
o TE
RCE
2013
(UN
ESCO
-ORE
ALC
) Pa
ra m
ensu
rar a
su
ficiecirc
ncia
os i
tens
do
ques
tionaacute
rio re
spon
dido
pel
o di
reto
r or
gani
zado
s em
seis
cate
goria
s (1
) aacutegu
a e
sane
amen
to
baacutesic
o (aacute
gua
potaacute
vel e
sgot
o b
anhe
iros e
m b
oas
cond
iccedilotildee
s e c
olet
a de
lixo)
(2)
ace
sso
aos s
ervi
ccedilos p
uacuteblic
os
(ele
trici
dade
tel
efon
ia e
inte
rnet
) (3
) esp
accedilos
edu
caci
onai
s (s
ala
de a
rtem
uacutesic
a la
bora
toacuterio
de
ciecircn
cias
e in
form
aacutetic
a e
bibl
iote
ca)
(4) e
spaccedil
os a
dmin
istra
tivos
(sal
a do
dire
tor
sala
s adm
inist
rativ
as s
ala
de re
uniatilde
o do
s pro
fess
ores
e
enfe
rmar
ia)
(5) e
spaccedil
os m
ultiu
sos (
ginaacute
sio a
uditoacute
rio e
qu
adra
s de
espo
rtes)
e (6
) equ
ipam
ento
s da
sala
de
aula
(q
uadr
o br
anco
ou
de g
iz m
esa
e ca
deira
par
a o
prof
esso
r m
esas
e c
adei
ras p
ara
todo
s os a
luno
s)
A m
ensu
raccedilatilde
o da
sufi
ciecircn
cia
da in
fraes
trut
ura
feita
pe
la p
rese
nccedila
dos
itens
nas
cat
egor
ias
Para
atin
gir
o cr
iteacuterio
de
sufic
iecircnc
ia a
esc
ola
deve
ter
todo
s os
iten
s da
1a
cate
goria
el
etric
idad
e e
tele
foni
a na
2a
pel
o m
enos
a b
iblio
teca
den
tre
os it
ens
da
3a p
elo
men
os d
ois
dent
re o
s qu
atro
iten
s da
4a
pe
lo m
enos
um
den
tre
os tr
ecircs it
ens
da 5
a e
todo
s os
iten
s da
6a
Anaacute
lise
desc
ritiv
a p
erce
ntua
l de
esco
las
com
gra
u su
ficie
nte
nas
seis
cat
egor
ias
em
cinc
o q
uatr
o tr
ecircs d
ois
uma
ou n
enhu
ma
cate
goria
se
gund
o pa
iacuteses
e o
utra
s va
riaacuteve
is d
iscr
imin
ante
s
Font
e e
labo
raccedilatilde
o pr
oacutepria
90
Quadro A6 Viacutenculos da literatura nacional e internacional com os indicadores da qualidade da infraestrutura escolar
Origem Revisatildeo da literatura Indicadores de Infraestrutura Escolar
Nac
iona
l
Literatura nacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17BARBOSA FERNANDES (2001)
SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)
MECFUNDESCOLA (2002)VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SAacuteTYRO SOARES (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)CNE (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUM (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al 2012MECFNDEPDE (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)SOARES ALVES (2013)PIERI SANTOS (2014)GT CAC (2015)TCU (2015)ALVES XAVIER (2006)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)GOMES DUARTE 2017
Subtotal 8 5 6 5 10 18 23 2 9 28 23 13 5 7 1 0 3
inte
rnac
iona
l
Literatura internacional 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)VALDEacuteS et al (2008)WOLNIAK ENGBERG (2010)CUYVERS et al (2011)GLICKA et al (2011)OCDEINEP (2013)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)INEE (2016)UNESCO (2016)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
Subtotal 5 4 1 4 5 10 10 5 5 13 9 8 7 3 2 2 6Total de ocorrecircncias 13 9 7 9 15 28 33 7 14 41 32 21 12 10 3 2 9
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepriaLegenda1 - Localizaccedilatildeo da escola (urbanarural capitalinterior)2 - Local de funcionamento (se em preacutedio galpatildeo etc)3 - Regiotildees do paiacutes estados e municiacutepios4 - Atendimento de modalidades e etapas5 - Tamanho da escolaturma6 - Acesso a serviccedilos puacuteblicos (energia aacutegua esgoto etc)7 - Instalaccedilotildees miacutenimas (banheiro cozinha etc)8 - Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
9 - Acessibilidade10 - Instalaccedilotildees tipicamente escolares11 - Equipamentos na escola12 - Recurso pedagoacutegicos13 - Conforto e bem-estar fiacutesico14 - Conservaccedilatildeo e cuidado (limpeza)15 - Ambiente prazeroso (esteacutetica e aacuterea verde)16 - Gecircneroetniacultura etc17 - Pessoa com deficiecircncia
91Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Quadro A7 Trabalhos revisados segundo a origem dos dados (primaacuterios secundaacuterios ou natildeo empiacutericos) e tipo de medida de infraestrutura (indicador ou variaacutevel)
Medida de infraestrutura Dados secundaacuterios Dados primaacuterios
Estudos natildeo empiacutericos - Sistema de Avaliaccedilatildeo
Indi
cado
r(es)
BARBOSA FERNANDES (2001)SOARES CEacuteSAR MAMBRINI (2001)VERHINE (2006)CERQUEIRA SAWER (2007)FRANCO et al (2007)RIANI RIOS-NETO (2008)VALDEacuteS et al (2008)SATYRO SOARES (2007)WOLNIAK ENGBERG (2010)ALMEIDA et al (2011)GOMES REGIS (2012)MARRI RACCHUMI (2012)PASSADOR CALHADO (2012)SOARES et al (2012)SOARES ALVES (2013)SOARES NETO et al (2013a)SOARES NETO et al (2013b)PIERI SANTOS (2014)ALVES XAVIER (2016)CAVALCANTI (2016)MATOS RODRIGUES (2016)GOMES DUARTE (2017)
OrsquoSULLIVAN (2006)GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CUYVERS et al (2011)OCDE (2013)TCU (2015)OLIVEIRA PEREIRA JR (2016)
MECFUNDESCOLA (2002)GT CAQ (2015)INEE (2016)UNESCO (2016)
Variaacute
veis
VERHINE (2006)BIONDI FELIacuteCIO (2007)PONTILI KASSOUF (2007)SATYRO SOARES (2007)MARRI RACCHUMI (2012)CUESTA GLEWWE BROOKE (2014)DUARTE JAUREGUIBERRY RACIMO (2017)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)GLIKA et al (2011)
GIBBERD (2007)SEBAKE MPHUTLANE GIBBERD (2007)GIBBERD MPHUTLANE (2007)CNE (2010)MECFNDEPDE (2013)GT CAQ (2015)UNESCO (2016)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
92
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
93Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice B ndash Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas
DIMENSAtildeO INDICADOR VARIAacuteVEIS FONTE
Aacutere
a
Localizaccedilatildeo Geograacutefica
Municiacutepio (CO_Municiacutepio)Unidades da Federaccedilatildeo (CO_UF)Regiotildees do paiacutes (CO_REGIAO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Localizaccedilatildeo da escola
Urbanarural (TP_LOCALIZACAO)Localizaccedilatildeo diferenciada (assentamento indiacutegena quilombola)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Local de funcionamento da escola
Em preacutedio escolar (ID_LOCAL_FUNC_PREDIO_ESCOLAR)Em sala de empresa (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_EMPRESA)Em Unidade Socioeducativa (ID_LOCAL_FUNC_SOCIOEDUCATIVA)Em Unidade Prisional (ID_LOCAL_FUNC_PRISIONAL)Em Unidade SocioeducativaPrisional (IN_LOCAL_FUNC_PRISIONAL_SOCIO)Em TemploIgreja (ID_LOCAL_FUNC_TEMPLO_IGREJA)Em casa do professor (ID_LOCAL_FUNC_CASA_PROFESSOR)Em galpatildeo (ID_LOCAL_FUNC_GALPAO)Em outros espaccedilos (ID_LOCAL_FUNC_OUTROS)Em salas de outra escola (ID_LOCAL_FUNC_SALAS_OUTRA_ESC)Preacutedio compartilhado com outra escola (ID_ESCOLA_COMP_PREDIO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s de
ate
ndim
ento
Atendimento
Etapas ofertadas do Ensino Fundamental (IN_ENS_FUND)Etapas ofertadas (Etapas)Total de matriacuteculas (N_MATRICULA_TOTAL)Total de matriacuteculas no Ensino Fundamental (N_MATRICULAS_EF_ESCOLA)Tamanho da escola (faixas de matriacutecula total)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas (CENSO ESCOLAR)
Total de turmas (N_TURMAS_ESCOLA)Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Tamanho das turmas (RAZAO_MATR_TURMA)
Variaacuteveis da base de matriacuteculas e da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
no
Acesso a serviccedilos
Abastecimento de aacutegua pela rede puacuteblica (IN_AGUA_REDE_PUBLICA)Abastecimento de energia eleacutetrica pela rede puacuteblica (IN_ENERGIA_REDE_PUBLICA)Esgoto pela rede puacuteblica (IN_ESGOTO_REDE_PUBLICA)Coleta perioacutedica de lixo (IN_LIXO_COLETA_PERIODICA)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Instalaccedilotildees do preacutedio
Existecircncia de banheiro (BANHEIRO_FORADENTRO)Existecircncia de cozinha (IN_COZINHA)Existecircncia de refeitoacuterio (IN_REFEITORIO)Existecircncia de despensa (IN_DESPENSA)Aacutegua filtrada (IN_AGUA_FILTRADA)Existecircncia de sala de diretoria (IN_SALA_DIRETORIA)Existecircncia de sala de professores (IN_SALA_PROFESSOR)Existecircncia de sala de secretaria (IN_SECRETARIA)Existecircncia de almoxarifado (IN_ALMOXARIFADO)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Continua
94
Cond
iccedilotildee
s do
est
abel
ecim
ento
de
ensi
noPrevenccedilatildeo de danos
Existecircncia de sistema de proteccedilatildeo contra incecircndio (Prot_incendio_imp)Existecircncia de boa iluminaccedilatildeo do lado de fora da escola (Ilum_foraEscolUNI)Existecircncia de muros grades ou cercas (Segu_fiacutesica)Existecircncia de mecanismos de proteccedilatildeo (Segu_equip)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Conservaccedilatildeo
Estado de conservaccedilatildeo do telhado (telhado)Estado de conservaccedilatildeo da parede (parede)Estado de conservaccedilatildeo do piso (piso)Estado de conservaccedilatildeo das entradas do preacutedio (entrada)Estado de conservaccedilatildeo do paacutetio (paacutetio)Estado de conservaccedilatildeo dos corredores (corredor)Estado de conservaccedilatildeo das salas de aula (sala)Estado de conservaccedilatildeo das portas (portas)Estado de conservaccedilatildeo das janelas (janelas)Estado de conservaccedilatildeo dos banheiros (banheiros)Estado de conservaccedilatildeo da cozinha (cozinha)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas (insthidra)Estado de conservaccedilatildeo das instalaccedilotildees eleacutetricas (insteletrica)Existecircncia de sinais de depredaccedilatildeo (Sinaldepr)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
ConfortoIluminaccedilatildeo das salas (Iluminada_imp)Salas arejadas (Arejada_imp)Biblioteca ou sala de leitura eacute arejada e iluminada (BiblioArejIlum)
Variaacuteveis da escola (SAEB)
Ambiente Prazeroso
Existecircncia de paacutetio (PATIO_COB_DES)Existecircncia de banheiro com chuveiro (IN_BANHEIRO_CHUVEIRO)Existecircncia de aacuterea verde (IN_AREA_VERDE)Existecircncia de parque infantil (IN_PARQUE_INFANTIL)
Variaacuteveis da escola (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra o
ens
ino
e ap
rend
izad
o
Espaccedilos Pedagoacutegicos
Existecircncia de laboratoacuterio de informaacutetica (IN_LABORATORIO_INFORMATICA)Computadores para uso dos alunos (NU_COMP_ALUNO_CAT)Existecircncia de sala de leitura e biblioteca (SALA_BIBLIOTECA)Existecircncia de quadra (QUADRA_COBDESCOB)Existecircncia de laboratoacuterio de ciecircncias (IN_LABORATORIO_CIENCIAS)Existecircncia de auditoacuterio (IN_AUDITORIO)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio administrativo
Nuacutemero de maacutequinas copiadoras (NU_EQUIP_COPIADORA_CAT)Nuacutemero de impressoras (NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT)Nuacutemero de impressoras multifuncionais (NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT)Nuacutemero de computadores pra uso administrativo (NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT)Existecircncia de computador com acesso a internet e banda larga (IN_COMP_INT_BL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Nuacutemero de TVs (NU_EQUIP_TV_CAT)Nuacutemero de DVDs (NU_EQUIP_DVD_CAT)Nuacutemero de aparelhos de som (NU_EQUIP_SOM_CAT)Nuacutemero de equipamentos de multimiacutedia (NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT)Nuacutemero de maacutequinas fotograacuteficas (NU_EQUIP_FOTO_CAT)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Cond
iccedilotildee
s pa
ra a
eq
uida
de
Acessibilidade
Existecircncia de sanitaacuterio adequado a alunos com deficiecircncia (IN_BANHEIRO_PNE)Existecircncia de dependecircncias e vias adequadas a alunos com deficiecircncia (IN_DEPENDENCIAS_PNE)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Infraestrutura adequada agraves pessoas com deficiecircncia (infra_deficiencia)Variaacuteveis do diretor (SAEB)
Ambiente para atendimento especializado
Ensino do Sistema Braille (ID_BRAILLE)Ensino do uso da Comunicaccedilatildeo Alternativa e Aumentativa (ID_COM_ALT_AUMENT)Ensino do uso do Soroban (ID_SOROBAN)Ensino da usabilidade e da funcionalidade da informaacutetica acessiacutevel (ID_INF_ACESSIVEL)
Variaacuteveis da turma (CENSO ESCOLAR)
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria
Quadro B1 Dimensotildees indicadores e variaacuteveis de qualidade da infraestrutura das escolas (continuaccedilatildeo)
95Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice C ndash Descriccedilatildeo dos indicadores de qualidade da infraestrutura das escolas
Neste apecircndice mostramos as estatiacutesticas descritivas das variaacuteveis de cada indicador em 2013 e 2015 as matrizes
de correlaccedilatildeo policoacuterica entre as variaacuteveis de cada indicador as curvas caracteriacutesticas dos itens e por fim as
meacutedias por localizaccedilatildeo diferenciada da escola
De modo geral observamos que os percentuais em cada categoria das variaacuteveis satildeo consistentes ao longo do
tempo com pequenas melhoras em 2015 Alguns indicadores apresentam mais estabelecimentos concentrados
em categorias dos itens que representam as piores condiccedilotildees de infraestrutura Observamos que os indicadores
com essa distribuiccedilatildeo satildeo ambiente prazeroso espaccedilos pedagoacutegicos equipamentos para apoio administrativo
equipamentos para apoio pedagoacutegico acessibilidade e ambiente para atendimento especializado Neste uacuteltimo
mais de 90 das escolas natildeo possuem os itens considerados Jaacute nos outros indicadores (acesso a serviccedilos
instalaccedilotildees prevenccedilatildeo de danos conservaccedilatildeo e conforto) a maioria das escolas natildeo estaacute na pior condiccedilatildeo
As matrizes de correlaccedilatildeo mostram que os itens estatildeo correlacionados positivamente o que satisfaz a suposiccedilatildeo
de unidimensionalidade dos construtos
As CCIs indicam a relaccedilatildeo entre a probabilidade de um indiviacuteduo dar uma determinada resposta a um item e o
indicador estimado Observamos que muitas categorias se sobrepotildeem sugerindo que as escalas de respostas
poderiam ser reduzidas Para efeitos da estimaccedilatildeo dos indicadores a recodificaccedilatildeo das categorias natildeo resultaria
em resultados muito diferentes daqueles que estimamos Por outro lado as curvas podem auxiliar a avaliaccedilatildeo
dos instrumentos de coleta das informaccedilotildees do Saeb e do Censo Escolar em pesquisas futuras
Eacute importante ressaltar que trecircs questotildees com valores referentes agraves escolas com localizaccedilatildeo em unidades de uso
sustentaacutevel (indiacutegena ou quilombolas) nas tabelas das meacutedias natildeo foram reportadas Isso porque o nuacutemero
de estabelecimento eacute muito pequeno natildeo permitindo boas estimativas dos indicadores Em geral para termos
boas medidas de estabelecimentos em localizaccedilatildeo diferenciada eacute preciso desenvolver estudos in loco pois
como a populaccedilatildeo de escolas eacute pequena o alcance das medidas quantitativas a partir de dados em larga escala
seraacute limitado
Os valores meacutedios dos indicadores variam entre 058 e 734 pontos As meacutedias mais altas em geral
pertencem agraves escolas em localizaccedilatildeo natildeo diferenciada e as mais baixas agraves escolas localizadas em terra
indiacutegena Contudo os estabelecimentos em unidades de uso sustentaacutevel possuem meacutedias mais elevadas
para os indicadores que mensuram a prevenccedilatildeo de danos a conservaccedilatildeo e o conforto na escola Outro
resultado que merece atenccedilatildeo eacute o do ambiente do Atendimento Educacional Especializado (AEE) cujas
meacutedias por localizaccedilatildeo variam de 005 a 094 pontos Este resultado pode ser explicado pelo fato de que
nesse indicador satildeo mais frequentes as escolas nas piores condiccedilotildees dos itens que o compotildee
96
Acesso a serviccedilos puacuteblicos
Tabela C1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Indi
cado
r ndash A
cess
o a
serv
iccedilos AacuteGUA
Inexistente 60 57 42FonteRioCacimba 187 163 154Poccedilo artesiano 142 142 146Rede puacuteblica 611 638 658
ENERGIAInexistente 57 45 37OutrosGerador 24 24 23Rede puacuteblica 918 931 939
ESGOTOInexistente 73 67 61Fossa 552 537 523Rede puacuteblicafossa 375 397 416
LIXOOutro destino Queima Enterra Joga em outra aacuterea 360 324 297Coleta perioacutedica 640 676 703
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C2 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
ESGOTO AacuteGUA ENERGIA LIXOESGOTO 100 078 078 086AacuteGUA 078 100 070 085ENERGIA 078 070 100 085LIXO 086 085 085 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C1 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C3 Meacutedia do Indicador ldquoAcesso a serviccedilosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 719 742 760Aacuterea de assentamento 413 425 441Terra indiacutegena 297 300 309Aacuterea remanescente de quilombos 461 482 504Unidade de uso sustentaacutevel 626 568 455Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E S GOT O0 1 2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 AacuteGUA
0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 E NE R GIA0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Pro
bab
ilid
ade
T heta
Grupo 1 LIXO0 1
97Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Instalaccedilotildees do preacutedio escolar
Tabela C4 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por ano da Pesquisa
Indi
cado
r ndash In
stal
accedilotildee
s do
preacute
dio
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
BANHEIRO_FORADENTRONatildeo 52 48 36Tem apenas banheiro fora 105 90 85Tem apenas banheiro dentro ou tem banheiro dentro e fora 843 862 879
IN_COZINHANatildeo 102 92 92Sim 898 908 908
IN_REFEITORIONatildeo 734 684 651Sim 266 316 349
IN_DESPENSANatildeo 577 499 478Sim 423 501 522
IN_AGUA_FILTRADANatildeo filtrada 120 150 154Filtrada 880 850 846
IN_SALA_DIRETORIANatildeo 369 353 337Sim 631 647 663
IN_SALA_PROFESSORNatildeo 459 435 412Sim 541 565 588
IN_SECRETARIANatildeo 482 398 355Sim 518 602 645
_ALMOXARIFADONatildeo 698 642 604Sim 302 358 396
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota () para 2017 o valor foi corrigido quando houve inconsistecircncia em relaccedilatildeo aos anos anteriores
Tabela C5 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
BAN
HEI
RO_
FORA
DEN
TRO
IN_C
OZI
NH
A
IN_R
EFEI
TORI
O
IN_D
ESPE
NSA
IN_S
ALA
_DIR
ETO
RIA
IN_S
ALA
_PRO
FESS
OR
IN_S
ECRE
TARI
A
IN_A
LMO
XARI
FAD
O
IN_A
GU
A_F
ILTR
AD
A
BANHEIRO_FORADENTRO 100 056 054 053 070 067 065 059 039
IN_COZINHA 056 100 046 059 024 026 029 021 013
IN_REFEITORIO 054 046 100 057 056 061 063 050 008
IN_DESPENSA 053 059 057 100 046 048 058 049 018
IN_SALA_DIRETORIA 070 024 056 046 100 081 062 064 030
IN_SALA_PROFESSOR 067 026 061 048 081 100 075 065 026
IN_SECRETARIA 065 029 063 058 062 075 100 069 022
IN_ALMOXARIFADO 059 021 050 049 064 065 069 100 026
IN_AGUA_FILTRADA 039 013 008 018 030 026 022 026 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
98
Figura C2 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C6 Meacutedia do Indicador ldquoInstalaccedilotildees do preacutediordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 621 654 675Aacuterea de assentamento 427 450 474Terra indiacutegena 258 270 279Aacuterea remanescente de quilombos 441 467 490Unidade de uso sustentaacutevel 567 526 475Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BANHEIRO_FORADENTRO
0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COZINHA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_REFEITORIO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DESPENSA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AGUA_FILTRADA
0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_DIRETORIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALA_PROFESSOR0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SECRETARIA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_ALMOXARIFADO0 1
99Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Prevenccedilatildeo de danos ao patrimocircnio e agraves pessoas
Tabela C7 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash P
reve
nccedilatildeo
de
dano
s
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
Prot_incendio
Inexistente 406 386 397Ruim 106 108 109Regular 194 205 203Bom 294 301 290
Ilum_foraEscolUNI
Inexistente 87 65 74Ruim 166 168 166Regular 298 311 307Bom 450 455 453
Segu_fisicaNatildeo 219 201 218Sim 781 799 782
Segu_equipNatildeo 106 100 129Sim 894 900 871
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C8 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2013 e 2015
Prot_incendio Ilum_foraEscolUNI Segu_fisica Segu_equipProt_incendio 100 051 032 033Ilum_foraEscolUNI 051 100 037 033Segu_fisica 032 037 100 040Segu_equip 033 033 040 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C3 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo Saeb 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C9 Meacutedia do Indicador ldquoPrevenccedilatildeo de danosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 641 655 646Aacuterea de assentamento 409 464 446Terra indiacutegena 382 384 428Aacuterea remanescente de quilombos 460 470 475Unidade de uso sustentaacutevel 708 675 627Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Prot_incendio0
1
2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Ilum_foraEscolUNI
0
1 2
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_fisica
0
1
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Segu_equip
0
1
100
Conservaccedilatildeo do preacutedio escolar
Tabela C10 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por ano da pesquisa
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
telhado
Ruim 132 129 124
Regular 301 311 308
Bom 567 561 569
parede
Ruim 76 72 76
Regular 316 322 325
Bom 608 606 598
piso
Ruim 126 111 116
Regular 294 297 303
Bom 580 592 581
entrada
Ruim 101 90 97
Regular 291 287 296
Bom 607 623 607
paacutetio
Ruim 154 139 139
Regular 293 298 292
Bom 553 563 569
corredorRuim 110 99 102Regular 259 266 270Bom 631 635 628
sala
Ruim 85 84 84
Regular 350 356 353
Bom 565 561 563
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
portasRuim 156 154 162Regular 367 375 363Bom 477 471 475
janelas
Inexistente 36 34 33Ruim 127 128 133Regular 304 318 308Bom 534 520 526
banheirosRuim 224 204 206Regular 353 368 362Bom 423 428 431
cozinhaRuim 140 125 127Regular 300 305 306Bom 560 570 567
insthidraRuim 194 182 186Regular 350 360 351Bom 456 458 462
insteletricaRuim 219 218 217Regular 332 337 334Bom 448 444 449
Sinaldepr
Sim muito 85 86 87Sim pouco 345 360 332
Natildeo 570 553 581
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C11 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
telh
ado
pare
de
piso
entr
ada
paacutetio
corr
edor
sala
port
as
jane
las
banh
eiro
s
cozi
nha
inst
hidr
a
inst
elet
rica
Sina
ldep
rtelhado 100 067 059 055 052 055 063 056 051 055 050 059 062 039
parede 067 100 070 064 059 066 078 065 058 062 054 060 059 045
piso 059 070 100 065 064 071 072 059 056 060 056 059 057 038
entrada 055 064 065 100 071 070 066 058 056 061 058 061 057 040
paacutetio 052 059 064 071 100 076 064 054 054 058 058 058 053 035
corredor 055 066 071 070 076 100 072 058 058 061 060 060 055 038
sala 063 078 072 066 064 072 100 070 065 067 060 065 064 049
portas 056 065 059 058 054 058 070 100 071 067 054 064 061 053
janelas 051 058 056 056 054 058 065 071 100 061 054 059 056 047
banheiros 055 062 060 061 058 061 067 067 061 100 066 073 064 048
cozinha 050 054 056 058 058 060 060 054 054 066 100 065 057 034
insthidra 059 060 059 061 058 060 065 064 059 073 065 100 082 046
insteletrica 062 059 057 057 053 055 064 061 056 064 057 082 100 045
Sinaldepr 039 045 038 040 035 038 049 053 047 048 034 046 045 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Indi
cado
r ndash C
onse
rvaccedil
atildeo
101Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Figura C4 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConservaccedilatildeordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C12 Meacutedia do Indicador ldquoConservaccedilatildeordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 653 656 658Aacuterea de assentamento 544 573 568Terra indiacutegena 506 547 569Aacuterea remanescente de quilombos 562 585 570Unidade de uso sustentaacutevel 673 661 657Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 telhado
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 parede0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 piso0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 entrada0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 paacutetio0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 corredor0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 sala0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 portas0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 janelas
0
12
3
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 banheiros0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 cozinha
0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 insthidra0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 insteletrica0
1
2
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Theta
Group 1 Sinaldepr
01
2
Prob
abili
dade
Prob
abili
dade
102
Conforto
Tabela C13 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash C
onfo
rto
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IluminadaNenhuma menos da metade 131 125 135Mais da metade 223 231 236Todas 646 644 630
ArejadaNenhuma menos da metade 198 205 187Mais da metade 214 215 213Todas 587 580 600
BiblioArejIlumNatildeo 364 362 255Sim 636 638 745
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017
Tabela C14 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Iluminada Arejada BiblioArejIlum
Iluminada 100 077 047
Arejada 077 100 052
BiblioArejIlum 047 052 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb de 2013 e 2015
Figura C5 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoConfortordquo Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 e 2015
Tabela C15 Meacutedia do Indicador ldquoConfortordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 677 675 693Aacuterea de assentamento 526 530 539Terra indiacutegena 414 381 511Aacuterea remanescente de quilombos 522 542 561Unidade de uso sustentaacutevel 735 642 677Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Iluminada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 Arejada0
1
2
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 BiblioArejIlum
01
103Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Ambiente prazeroso
Tabela C16 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
mbi
ente
Pra
zero
so Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
PATIO_COB_DESNatildeo tem paacutetio 459 369 325Tem um paacutetio (coberto ou descoberto) 391 445 461Tem paacutetio coberto e descoberto 150 186 215
N_BANHEIRO_CHUVEIRONatildeo 711 636 593Sim 289 364 407
IN_AREA_VERDENatildeo 755 712 728Sim 245 288 272
IN_PARQUE_INFANTILNatildeo 781 768 757Sim 219 232 243
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
Tabela C17 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAmbiente prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
PATIO_COB_DES IN_BANHEIRO_CHUVEIRO IN_AREA_VERDE IN_PARQUE_INFANTILPATIO_COB_DES 100 054 050 048
IN_BANHEIRO_CHUVEIRO 054 100 032 046
IN_AREA_VERDE 050 032 100 031
IN_PARQUE_INFANTIL 048 046 031 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C6 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C18 Meacutedia do Indicador ldquoAmbiente Prazerosordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 334 394 422Aacuterea de assentamento 138 186 219Terra indiacutegena 082 103 097Aacuterea remanescente de quilombos 147 187 213Unidade de uso sustentaacutevel 317 301 237Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - -Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 PATIO_COB_DES0
1
2
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_CHUVEIRO0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AREA_VERDE0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_PARQUE_INFANTIL0
1
104
Espaccedilos pedagoacutegicos
Tabela C19 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
spaccedil
os P
edag
oacutegic
os
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_LABORATORIO_INFORMATICANatildeo 486 485 532Sim 514 515 468
NU_COMP_ALUNO_CAT
Nenhum 397 432 427Entre 1 e 5 existentes na escola 169 140 188Entre 6 e 10 existentes na escola 129 127 122Entre 11 e 15 existentes na escola 82 87 82Entre 16 e 20 existentes na escola 124 115 97Mais de 20 existentes na escola 100 99 84
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
Natildeo tem biblioteca nem sala de leitura 497 474 457Tem somente sala de leitura 129 130 143Tem somente biblioteca 287 294 292Tem biblioteca e sala de leitura 88 102 108
QUADRA_COBDESCOB
Natildeo 639 607 588Tem apenas descoberta 139 136 127Tem apenas coberta 175 206 231Tem quadra coberta e descoberta 47 51 54
IN_LABORATORIO_CIENCIASNatildeo 883 878 885Sim 117 122 115
IN_AUDITORIONatildeo 919 902 897Sim 81 98 103
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C20 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_LABORATORIO_INFORMATICA
NU_COMP_ALUNO_CAT
IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA
QUADRA_COBDESCOB
IN_LABORATORIO_CIENCIAS
IN_AUDITORIO
IN_LABORATORIO_INFORMATICA 100 092 062 069 066 052NU_COMP_ALUNO_CAT 092 100 055 066 062 048IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA 062 055 100 059 061 056QUADRA_COBDESCOB 069 066 059 100 069 057IN_LABORATORIO_CIENCIAS 066 062 061 069 100 064IN_AUDITORIO 052 048 056 057 064 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C7 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_INFORMATICA0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ALUNO_CAT0
12
3
4
5
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SALALEITURA_BIBLIOTECA0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 QUADRA_COBDESCOB0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_LABORATORIO_CIENCIAS0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_AUDITORIO0
1
105Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C21 Meacutedia do Indicador ldquoEspaccedilos Pedagoacutegicosrdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 301 306 294 Aacuterea de assentamento 108 109 104 Terra indiacutegena 052 050 050 Aacuterea remanescente de quilombos 112 109 107 Unidade de uso sustentaacutevel 262 196 134 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Equipamentos para apoio administrativo
Tabela C22 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash E
quip
amen
tos
para
apo
io a
dmin
istr
ativ
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT
Nenhum 526 506 5441 319 312 2752 104 119 1163 ou mais 51 63 64
NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT
Nenhum 333 296 3421 253 274 2702 138 158 1563 99 107 964 ou mais 177 164 136
NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT ()
Nenhum 00 675 5231 00 168 2392 00 83 1213 ou mais 00 74 117
NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT
Nenhum 340 368 2711 computador administrativo 202 158 2312 ou 3 computadores administrativos 212 207 229De 4 e 7 computadores administrativos 167 174 177Mais de 7 computadores administrativos 79 93 91
IN_INTERNET_B_LARGANatildeo tem internet 454 375 344Internet sem banda larga 95 113 122Tem banda larga 451 512 535
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017Nota variaacutevel natildeo existente em 2013
106
Tabela C23 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU
_EQ
UIP
_CO
PIA
DO
RA_C
AT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_CAT
NU
_EQ
UIP
_IM
PRES
SORA
_MU
LT_
CAT
NU
_CO
MP_
AD
MIN
ISTR
ATIV
O_C
AT
IN_I
NTE
RNET
_B_L
ARG
A
NU_EQUIP_COPIADORA_CAT 100 065 009 061 067NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT 065 100 017 077 075NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT 009 017 100 029 019NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT 061 077 029 100 081IN_INTERNET_B_LARGA 067 075 019 081 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Figura C8 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C24 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio administrativordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 364 386 398 Aacuterea de assentamento 129 154 174 Terra indiacutegena 076 078 084 Aacuterea remanescente de quilombos 131 158 183 Unidade de uso sustentaacutevel 290 252 197 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_COPIADORA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_IMPRESSORA_MULT_CAT0
1 2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_COMP_ADMINISTRATIVO_CAT0
1 23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INTERNET_B_LARGA0
1
2
107Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Equipamentos para apoio pedagoacutegico
Tabela C25 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por ano da pesquisa
indi
cado
r ldquoEq
uipa
men
tos
para
apo
io p
edag
oacutegic
o
Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
NU_EQUIP_TV_CAT
Nenhum 268 210 2131 342 338 3352 172 200 2033 ou mais 218 252 249
NU_EQUIP_DVD_CAT
Nenhum 293 248 2771 404 412 4032 165 186 1763 ou mais 139 154 144
NU_EQUIP_SOM_CAT
Nenhum 383 299 2841 275 293 2942 125 150 1573 79 92 964 ou mais 138 166 168
NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT
Nenhum 540 442 3901 281 325 3362 102 124 1363 ou mais 77 109 138
NU_EQUIP_FOTO_CAT
Nenhum 508 414 4301 349 387 3792 97 131 1263 ou mais 46 68 65
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017
Tabela C26 ndash Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
NU_EQUIP_TV_
CATNU_EQUIP_DVD_
CATNU_EQUIP_SOM_
CATNU_EQUIP_
MULTIMIDIA_CATNU_EQUIP_FOTO_
CATNU_EQUIP_TV_CAT 100 088 077 072 072NU_EQUIP_DVD_CAT 088 100 075 066 069NU_EQUIP_SOM_CAT 077 075 100 069 072NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT 072 066 069 100 071NU_EQUIP_FOTO_CAT 072 069 072 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
108
Figura C9 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015
Tabela C27 Meacutedia do Indicador ldquoEquipamentos para apoio pedagoacutegicordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 387 438 440 Aacuterea de assentamento 175 224 222 Terra indiacutegena 095 101 095 Aacuterea remanescente de quilombos 201 251 249 Unidade de uso sustentaacutevel 316 299 214 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 2015 e 2017 Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Acessibilidade
Tabela C28 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
cess
ibili
dade Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BANHEIRO_PNE Natildeo 741 665 601Sim 259 335 399
IN_DEPENDENCIAS_PNE Natildeo 782 733 702Sim 218 267 298
infra_deficiencia Natildeo 314 242 238Sim mas pouco adequada 480 514 508Sim suficientemente adequada 207 245 254
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Saeb 2013 2015 e 2017Notas variaacutevel proveniente do Saeb
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_TV_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3Pr
obab
ilida
deTheta
Grupo 1 NU_EQUIP_DVD_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_SOM_CAT0
1
23
4
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_MULTIMIDIA_CAT0
1
2
3
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 NU_EQUIP_FOTO_CAT0
1
2
3
109Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela C29 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAcessibilidaderdquo do Censo Escolar e do Saeb 2013 e 2015
IN_BANHEIRO_PNE IN_DEPENDENCIAS_PNE infra_deficienciaIN_BANHEIRO_PNE 100 084 003IN_DEPENDENCIAS_PNE 084 100 009infra_deficiencia 003 009 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar de 2013 e 2015Notas variaacutevel proveniente do Censo Escolar variaacutevel proveniente do Saeb
Figura C10 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAcessibilidaderdquo Censo Escolar e Saeb 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C30 Meacutedia do Indicador ldquoAcessibilidaderdquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 391 446 483 Aacuterea de assentamento 258 287 294 Terra indiacutegena 235 243 245 Aacuterea remanescente de quilombos 254 282 290 Unidade de uso sustentaacutevel 348 346 333 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017 e Saeb de 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
Ambiente para atendimento especializado
Tabela C31 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por ano da pesquisa
Indi
cado
r ndash A
tend
imen
to
Educ
acio
nal E
spec
ializ
ado
(AEE
) Variaacuteveis Categorias 2013 2015 2017
IN_BRAILLE_CATNatildeo 977 971 968Sim 23 29 32
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CATNatildeo 949 930 917Sim 51 70 83
IN_SOROBAN_CATNatildeo 967 958 951Sim 33 42 49
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CATNatildeo 924 896 889Sim 76 104 111
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BANHEIRO_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_DEPENDENCIAS_PNE0 1
00
0102
03
0405
06
0708
09
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 infra_deficiencia
0
1
2
110
Tabela C32 Correlaccedilatildeo Policoacuterica entre as variaacuteveis do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
IN_BRAILLE_CAT
IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT IN_SOROBAN_CAT
IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT
IN_BRAILLE_CAT 100 079 086 082IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT 079 100 073 092IN_SOROBAN_CAT 086 073 100 071IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT 082 092 071 100
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Figura C11 Curvas Caracteriacutesticas dos Itens do indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo Censo Escolar de 2013 e 2015
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e do Saeb de 2013 e 2015
Tabela C33 Meacutedia do Indicador ldquoAtendimento Educacional Especializadordquo por localizaccedilatildeo diferenciada da escola e ediccedilatildeo da pesquisa
Localizaccedilatildeo diferenciada da escola 2013 2015 2017 Localizaccedilatildeo natildeo diferenciada 071 096 106 Aacuterea de assentamento 016 025 031 Terra indiacutegena 005 010 010 Aacuterea remanescente de quilombos 022 029 035 Unidade de uso sustentaacutevel 059 044 042 Unidade de uso sustentaacutevel em terra indiacutegena - - - Unidade de uso sustentaacutevel em aacuterea remanescente de quilombos - - -
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar 2013 2015 e 2017Nota valores natildeo reportados devido ao tamanho ou ausecircncia de casos
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_BRAILLE_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_COMUNICACAO_ALT_AUMENT_CAT0 1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_SOROBAN_CAT0
1
00
02
04
06
08
10
-3 -2 -1 0 1 2 3
Prob
abili
dade
Theta
Grupo 1 IN_INFORMATICA_ACESSIVEL_CAT0 1
111Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice D ndash Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo
Acesso a serviccedilosInstalaccedilotildees do preacutedio
Prevenccedilatildeo de danos ()
Conservaccedilatildeo () Conforto ()Ambiente prazeroso
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 56 58 59 61 66 68 63 65 67 65 64 66 64 68 71 31 38 41
AC 34 34 33 41 43 43 57 56 54 60 59 60 55 56 55 09 12 13
AM 36 37 38 36 37 39 59 60 59 66 67 66 67 66 64 09 10 12
RR 45 45 46 44 46 46 51 56 59 52 58 64 46 55 59 19 21 23
PA 41 43 45 42 44 47 46 49 47 57 58 56 52 51 51 11 15 18
AP 50 51 52 56 58 59 49 49 49 60 57 57 53 48 49 19 24 28
TO 62 65 66 59 63 65 60 61 60 60 60 60 61 61 60 26 35 41
MA 46 48 51 42 44 47 50 53 51 57 58 56 55 54 52 13 17 19
PI 53 56 58 49 52 54 53 54 53 59 60 61 64 62 64 20 26 32
CE 65 67 69 62 66 69 53 59 57 62 66 63 57 61 58 28 35 39
RN 67 69 69 59 62 64 52 54 50 59 58 58 52 52 53 20 27 31
PB 59 61 63 54 57 59 62 63 63 62 64 64 63 64 66 15 19 23
PE 59 61 64 51 54 56 53 56 54 61 63 62 57 56 59 16 21 25
AL 62 63 64 57 60 61 49 52 54 56 60 62 52 52 60 26 31 36
SE 70 72 74 56 59 62 58 63 60 58 62 60 56 60 58 30 40 44
BA 60 63 65 48 51 53 52 55 54 58 60 60 56 57 62 15 22 26
MG 79 81 83 67 71 73 59 60 61 65 65 67 71 70 73 32 38 42
ES 75 76 78 67 70 72 68 71 72 65 66 68 68 64 73 34 39 40
RJ 89 90 90 83 84 86 76 76 75 72 71 71 76 76 78 51 55 58
SP 94 95 96 83 84 84 80 79 78 76 74 74 83 82 84 51 51 48
PR 81 83 84 76 78 78 74 75 75 67 68 69 74 73 77 55 60 60
SC 79 80 81 70 74 74 71 73 73 67 68 69 74 76 79 47 54 48
RS 80 81 81 71 73 74 72 72 73 66 66 70 75 76 80 48 54 55
MS 78 78 79 76 78 79 71 69 70 68 66 66 69 65 72 49 56 59
MT 64 65 67 65 67 69 65 68 66 60 62 61 62 68 66 28 34 38
GO 77 79 79 67 70 71 63 63 63 64 62 62 66 61 63 33 40 47
DF 93 94 94 75 77 78 73 71 68 70 67 64 72 67 65 49 55 57
continua
112
Tabela D1 Descriccedilatildeo das meacutedias dos indicadores por Unidade da Federaccedilatildeo (continuaccedilatildeo)
Espaccedilos pedagoacutegicos
Equip p apoio admin
Equip apoio pedag Acessibilidade Ambiente para AEE Infraestrutura geral20
13
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
2013
2015
2017
RO 28 28 26 41 42 44 39 43 40 45 51 54 13 19 22 52 55 57
AC 12 11 10 15 14 15 17 18 17 31 32 32 12 13 13 31 32 34
AM 12 12 11 13 13 14 14 16 15 26 26 26 02 02 03 31 32 35
RR 16 16 15 18 19 20 20 21 20 30 33 33 09 12 12 36 37 40
PA 12 13 12 14 16 17 14 18 18 27 30 32 03 06 07 35 37 40
AP 23 22 20 24 25 26 26 28 25 32 37 38 16 19 18 45 46 48
TO 28 27 23 39 40 42 36 40 38 39 45 48 13 16 17 51 54 56
MA 10 10 09 11 13 15 15 19 19 28 30 31 02 03 03 36 39 42
PI 15 16 16 18 22 26 21 29 30 30 35 37 03 05 06 42 46 50
CE 31 32 29 32 36 38 43 50 49 38 45 48 09 13 16 54 58 60
RN 25 26 25 27 30 33 33 40 40 39 45 49 07 10 11 50 53 55
PB 20 20 22 21 22 25 28 33 35 35 39 42 05 07 08 46 48 52
PE 18 18 17 21 24 25 30 36 35 31 35 37 04 06 07 45 48 51
AL 22 22 19 24 26 28 30 36 35 35 39 42 06 09 12 48 51 53
SE 20 19 20 25 28 31 34 40 41 38 44 49 05 08 09 50 53 56
BA 16 16 16 21 24 27 26 33 33 29 33 35 03 04 05 43 46 49
MG 36 37 39 42 44 47 43 47 48 40 45 49 08 12 16 57 59 61
ES 34 33 34 36 37 40 39 44 44 42 47 50 13 17 19 54 56 59
RJ 43 42 40 49 49 50 50 57 57 50 55 57 10 12 13 65 66 67
SP 46 47 40 59 61 50 61 61 60 42 46 54 15 17 19 68 69 68
PR 49 48 44 53 54 54 57 60 58 46 58 61 18 19 18 64 66 67
SC 46 45 43 47 48 49 54 58 59 50 59 63 16 22 15 62 64 65
RS 46 46 44 50 50 52 51 56 55 46 54 57 16 21 23 62 64 65
MS 54 53 52 58 57 58 56 59 56 66 67 69 25 27 27 66 66 67
MT 37 38 35 45 46 46 44 48 43 47 51 52 16 22 27 56 57 59
GO 39 39 37 49 49 51 50 54 52 53 59 61 13 18 18 61 62 63
DF 49 45 46 61 58 62 61 62 62 67 70 72 28 26 24 68 68 68
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos dados do Censo Escolar e Saeb
113Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice E ndash Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
O indicador de complexidade INSE e Ideb foram obtidos no site do Inep25 e todas as outras variaacuteveis estatildeo
originalmente presentes na base do Censo Escolar de 2015 ou foram calculadas pela nossa equipe a partir das
informaccedilotildees do Censo Escolar (por exemplo etapas tipo de oferta e tamanho da escola)
Indicador de complexidade da gestatildeo Eacute calculado pelo Inep e sintetiza quatro caracteriacutesticas das escolas obtidas
pelo Censo Escolar quais sejam 1) porte da escola (mensurado pelo nuacutemero de matriacuteculas) 2) nuacutemero de turnos
de funcionamento 3) complexidade das etapas ofertadas (indica qual das etapas ofertadas pela escola atenderiam
teoricamente alunos com idade mais elevada) e 4) nuacutemero de etapas e modalidades oferecidas Escolas com mais
matriacuteculas mais turnos que ofertam mais etapas e que estas atendem alunos com idade mais elevada satildeo mais
complexas O indicador estaacute dividido em 6 faixas onde a faixa 1 corresponde ao niacutevel de complexidade mais baixo e
a faixa 6 ao niacutevel de complexidade mais alto O indicador utilizado se refere ao ano de 2015
Indicador de Niacutevel Socioeconocircmico da Escola (INSE) Calculado pelo Inep com base nos dados do Saeb e Enem
e sintetiza as informaccedilotildees fornecidas pelos alunos referentes agrave posse de bens renda contrataccedilatildeo de serviccedilos e
escolaridade dos pais dos alunos A escala do iacutendice foi dividida em 6 grupos onde o grupo 1 corresponde ao niacutevel
mais baixo do indicador e o grupo 6 ao niacutevel mais alto Como o iacutendice foi calculado com base nos dados das avaliaccedilotildees
educacionais haacute valores vaacutelidos apenas para as escolas que participaram dessas avaliaccedilotildees Haacute INSE disponiacutevel para
dois anos no site do INEP o primeiro com dados de 2011 e 2013 o segundo com dados de 2015 Utilizamos o INSE
de 2015 porque o anterior utilizou outra escala para definir grupos e natildeo satildeo diretamente comparaacuteveis
Iacutendice de Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica (Ideb) Calculado pelo Inep a partir do indicador de
aprovaccedilatildeo (obtido no Censo Escolar) e pelo desempenho acadecircmico dos alunos em Matemaacutetica e Leitura
(obtido na Prova Brasil) A escala do iacutendice varia teoricamente entre 0 e 10 pontos Para os fins da nossa pesquisa
a escala original do Ideb foi dividida em cinco faixas definidas conforme especificado em Soares e Xavier (2013)
Como o Ideb envolve os dados das avaliaccedilotildees educacionais quando analisamos a relaccedilatildeo entre o iacutendice e os
indicadores de infraestrutura estaremos tratando apenas das escolas que participaram da Prova Brasil
Etapas ofertadas Esta informaccedilatildeo consta com variaacuteveis no banco de dados de Escola do Censo Escolar 2015 e
2017 Para 2013 ela foi calculada a partir do banco de matriacuteculas dos estudantes reunindo diferentes categorias da
variaacutevel ldquoEtapa de ensino da matriacuteculardquo (TP_ETAPA_ENSINO) de acordo com a mesma classificaccedilatildeo do dicionaacuterio dos
Censos mais recentes Foram identificadas as matriacuteculas em Educaccedilatildeo Infantil (etapas 1 e 2) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental (etapas 4 5 6 7 14 15 16 17 e 18) Anos Finais do Ensino Fundamental (etapas 8 9 10 11 19 20 21 e 41)
Ensino Meacutedio compreendendo Ensino Meacutedio Propedecircutico (etapas 25 26 27 28 e 29) NormalMagisteacuterio (etapas
35 36 37 e 38) e Curso teacutecnico integrado (Ensino Meacutedio integrado - etapas 30 31 32 33 e 34) Foram desconsideradas
para o caacutelculo as matriacuteculas em turmas de Atividade Complementar e de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) em Educaccedilatildeo Profissional (etapas 39 40 e 68) Educaccedilatildeo de Jovens e Adultos compreendendo EJA - Ensino
Fundamental (etapas 65 69 70 e 73) e EJA - Ensino Meacutedio (etapas 67 71 e 74) Calculamos o percentual de estudantes
na escola para cada uma dessas categorias identificando as etapas ofertadas por escola
25 Ver lthttpportalinepgovbrwebguestindicadores-educacionaisgt
114
Tipo de oferta Esta variaacutevel refere-se a uma especificaccedilatildeo das etapas ofertadas Foi calculada observando-se a
presenccedila de matriacuteculas nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental segundo a participaccedilatildeo do 6ordm ano na
composiccedilatildeo das seacuteries Devido agrave existecircncia ou natildeo da organizaccedilatildeo em ciclos identificamos escolas que ofertam os
Anos Iniciais sem oferta do 6ordm ano (1ordm ao 5ordm ano) Anos Finais com matriacuteculas no 6ordm ano (6ordm ao 9ordm ano) Anos Finais sem
matriacuteculas no 6ordm ano (7ordm ao 9ordm ano) Anos Iniciais e 6ordm ano (1ordm ao 6ordm ano pelo qual essas escolas satildeo ordinariamente
consideradas como pertencentes tambeacutem ao grupo de Anos Finais entretanto sem apresentar matriculas entre
7ordm e 9ordm ano) e finalmente todas as etapas do Ensino Fundamental (1ordm ao 9ordm ano)
Tamanho da escola A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas na escola declarado no Censo
Escolar em quatro faixas ateacute 50 alunos mais de 50 a 150 alunos mais de 150 a 400 alunos e mais de 400 alunos
Proporccedilatildeo de alunas A variaacutevel eacute produto da categorizaccedilatildeo do total de matriacuteculas de alunas nas turmas do
ensino fundamental declarado no Censo Escolar em duas faixas menos de 50 de alunas matriculadas no ensino
fundamental e 50 ou mais de alunas matriculadas no ensino fundamental
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal PrivadaDep Administrativa Brasil 100 004 177 640 183
LocalizaccedilatildeoUrbana 581 979 809 403 986Rural 419 21 191 597 14
Regiatildeo
Norte 149 128 137 179 53Nordeste 404 191 146 486 366Sudeste 274 511 392 200 418Sul 118 106 221 96 91Centro-Oeste 56 64 103 38 72
Unidades da Federaccedilatildeo
Rondocircnia 08 00 16 07 04Acre 11 21 24 10 01Amazonas 37 21 22 48 10Roraima 05 21 16 03 01Paraacute 73 64 24 99 29Amapaacute 05 00 16 03 02Tocantins 10 00 20 09 05Maranhatildeo 77 43 17 106 32Piauiacute 28 00 12 37 15Cearaacute 44 21 07 51 56Rio Grande do Norte 21 21 20 20 22Paraiacuteba 32 21 21 35 33Pernambuco 57 43 26 58 79Alagoas 19 00 08 21 20Sergipe 14 21 13 14 15Bahia 112 21 23 142 94Minas Gerais 83 106 139 68 83Espiacuterito Santo 17 00 17 19 09Rio Janeiro 58 383 29 43 138Satildeo Paulo 115 21 207 70 187Paranaacute 48 21 83 37 50Santa Catarina 24 21 40 22 17Rio Grande do Sul 46 64 99 37 25Mato Grosso Sul 09 21 14 06 12Mato Grosso 15 00 28 12 13Goiaacutes 26 21 39 20 34Distrito Federal 06 21 23 00 13
continua
115Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Tabela E1 Distribuiccedilatildeo () das variaacuteveis discriminantes por dependecircncia administrativa (continuaccedilatildeo)
Dependecircncia Administrativa
Brasil Federal Estadual Municipal Privada
Etapas
Apenas EF 304 170 391 341 87EF e EI 536 128 25 656 612EF e EM 117 596 575 01 80EF EI e EM 43 106 08 01 221
Tipo de ofertaApenas os anos iniciais 526 170 165 650 442Apenas os anos finais 123 447 496 44 41Anos iniciais e finais 351 383 339 306 517
Nordm de alunos
Ateacute 50 226 00 72 305 100Mais de 50 a 150 203 21 93 201 318Mais de 150 a 400 272 106 249 252 365Mais de 400 298 872 586 242 217
Niacuteveis de Complexidade da escola ()
1 (mais baixo) 196 00 72 252 1202 262 191 129 279 3323 237 404 198 236 2784 149 213 309 75 2545 116 43 186 128 106 (mais alto) 40 149 106 31 07
Grupos do INSE 2015 ()
Grupo 1 43 00 13 66 03Grupo 2 152 00 73 216 12Grupo 3 412 25 467 426 137Grupo 4 280 75 376 241 203Grupo 5 93 725 70 51 434Grupo 6 20 175 00 00 212
Faixas do Ideb - anos iniciais ()
Baixo 54 00 15 62 00Meacutedio baixo 172 00 68 195 00Meacutedio 263 43 222 272 00Meacutedio alto 326 217 427 305 00Alto 185 739 268 166 00
Faixas do Ideb - anos finais ()
Baixo 183 00 101 248 00Meacutedio baixo 352 00 337 365 00Meacutedio 354 80 433 294 00Meacutedio alto 100 280 122 83 00Alto 09 640 06 11 00
Proporccedilatildeo de alunaslt50 alunas 694 574 680 722 610ge50 alunas 306 426 320 278 390
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar de 2015
116
117Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice F ndash Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral
Figura F1 Escala dos itens do indicador de infraestrutura geral (0 a 10 pontos)
Cozinha
Aacutegua_filtrada
Aacutegua_rio
Banheiro_fora
Energia_outro
Esgoto_fossa
Energia_rede
Banheiro_dentro
Aacutegua_poccedilo
TV_1
DVD_1
Sinal_depred_pouco
Janelas_ruim
IluminaFora_ruim
Impressora_1
Seguranccedila_equipamento
SOM_1
Aacutegua_rede
Sala_diretoria
Lixo_coleta
Parede_regular
Comput_Adm_1
Telhado_regular
Paacutetio_Cob_ou_Descob
Salas_regular
Comp_aluno_1a5
Entrada_regular
Piso_regular
Cozinha_regular
Ilumina_salas_MaisMetade
Secretaria
Internet_semBandaLarga
Corredor_regular
Seguranccedila_fiacutesica
Portas_regular
Sala_professor
Janelas_regular
MaqFoto_1
000010
150151
182197
223286
346374
390393
412418
426430
435445
450451
451454
461467
473473
475481
485485
488488
491494
496497
500500
Paacutetio_regular
Lab_informaacutetica
Infra_deficiecircncia_PoucoAdeq
SalaLeitura
IluminaFora_regular
InstalHidra_regular
Areja_salas_MaisMetade
InstalEletric_regular
EquipMultimiacutedia_1
Copiadora_1
Banheiros_regular
Despensa
Internet_comBandaLarga
Comput_Adm_2a3
Comp_aluno_6a10
Impressora_2
TV_2
Ilumina_salas_Todas
Biblio_Areja_Ilumina
Esgoto_rede
Corredor_bom
Prot_incend_ruim
SOM_2
Parede_bom
Entrada_bom
Quadra_descoberta
Biblioteca
Piso_bom
Sinal_depred_natildeo
Areja_salas_Todas
Telhado_bom
Cozinha_bom
Paacutetio_bom
Salas_bom
Janelas_bom
Almoxarifado
DVD_2
Prot_incend_regular
501512
512513
515515
515516
519522
524533
533536
546550
552564
564568
570571
571573
573573
576579
579579
580583
586586
593596
596599
Comp_aluno_11a15
Portas_bom
InstalHidra_bom
Banheiro_chuveiro
Banheiro_PNE
Impressora_3
IluminaFora_bom
InstalEletric_bom
ImpressoraMulti_1
Banheiros_bom
Comput_Adm_4a7
Refeitoacuterio
Quadra_coberta
TV_3mais
SOM_3
Comp_aluno_16a20
EquipMultimiacutedia_2
Dependecircncias_PNE
Prot_incend_bom
Impressora_4mais
MaqFoto_2
Aacuterea_verde
Parque_infantil
Copiadora_2
SOM_4mais
DVD_3mais
Lab_ciecircncias
Paacutetio_Cob_e_Descob
Comput_Adm_mais7
EquipMultimiacutedia_3mais
Infra_deficiecircncia_Adeq
Comp_aluno_mais20
ImpressoraMulti_2
Auditoacuterio
SalaLeitura_e_Biblio
Quadra_coberta_e_descob
MaqFoto_3mais
Copiadora_3mais
604607
610611
611613
614614
614617
617622
629632
635644
644644
656662
674675
677681
684688
693697
703709
711720
727737
739760
769785
Informaacutetica_acessiacutevel
ImpressoraMulti_3mais
Comunicaccedilatildeo_Alt_Aument
Soroban
Braille
815820
865917
1000
118
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
119Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Apecircndice G ndash Niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes
Tabela G1 Distribuiccedilatildeo () dos niacuteveis do indicador de infraestrutura geral por variaacuteveis discriminantes da escola 2017
Variaacuteveis discriminantes da escola
Niacuteveis da Infraestrutura geral ndash 2017
Niacutevel I Niacutevel II Niacutevel III Niacutevel IV Niacutevel V Niacutevel VI Niacutevel VIII
Brasil 33 141 107 199 319 174 27
LocalizaccedilatildeoUrbana 00 02 21 196 450 284 46
Rural 80 333 225 203 137 22 00
Regiatildeo do paiacutes
Norte 170 301 115 163 184 61 07
Nordeste 19 206 169 268 264 66 08
Sudeste 00 35 50 148 401 319 47
Sul 00 16 42 135 421 319 66
Centro-Oeste 06 26 42 182 460 247 37
Dependecircncia Administrativa
Federal 00 00 00 21 106 277 596
Estadual 20 34 30 129 442 309 37
Municipal 47 210 151 200 261 122 09
Privada 00 02 26 265 405 225 78
Etapas ofertadas
Fundamental 39 200 155 236 263 99 08
Fundamental e Infantil 02 10 18 103 431 365 71
Fundamental e Meacutedio 01 02 05 58 285 418 231
Fundamental Infantil e Meacutedio 46 226 156 217 247 103 05
Tipo de oferta
Anos iniciais 02 07 18 138 459 328 48
Anos finais 25 60 64 194 378 227 53
Anos iniciais e finais 127 494 222 111 42 04 00
Tamanho da escola
ateacute 50 20 126 197 326 278 50 01
Mais de 50 a 150 02 11 52 264 459 198 14
Mais de 150 a 400 00 01 07 120 429 366 76
Mais de 400 04 42 154 416 340 41 03
INSE 2015
Grupo 1 00 03 48 368 479 98 04
Grupo 2 00 00 11 175 504 283 26
Grupo 3 00 00 01 61 423 451 63
Grupo 4 00 00 01 37 322 476 163
Grupo 5 00 00 00 27 169 386 419
Grupo 6 00 03 19 167 447 312 53
Total 39 200 155 236 263 99 08
Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria com base nos microdados do Censo Escolar 2017 e Indicadores do INEPNota Os percentuais referentes agrave distribuiccedilatildeo dos niacuteveis segundo faixas do INSE tecircm como base 44 das escolas Por esta razatildeo a linha Total do INSE tem como base bem menos escolas do que a base de caacutelculo da primeira linha referente a todas as escolas de ensino fundamental regulares do Brasil
120
121Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil
Anexo 1
Reproduccedilatildeo das tabelas do Parecer da Cacircmara de Educaccedilatildeo Baacutesica do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo (CNE
CEB) 082010 que recomenda a adoccedilatildeo do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) como referecircncia para a
construccedilatildeo de matriz de padrotildees miacutenimos de qualidade para a Educaccedilatildeo Baacutesica puacuteblica no Brasil
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item1 Salas de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 2 20
3 Sala de professores 1 254 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
6 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
7 Refeitoacuterio 1 50
8 CopaCozinha 1 15
9 Quadra coberta 1 200
10 Parque infantil 1 20
11 Banheiros 4 20
12 Sala de depoacutesito 3 15
13 Sala de TVDVD 1 30
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1150
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos iniciais
Descriccedilatildeo Quantidade1 Esportes e brincadeiras 11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 2512 Brinquedos para parquinho 12 Cozinha 21 Freezer de 305 litros 122 Geladeira de 270 litros 123 Fogatildeo industrial 124 Liquidificador industrial 125 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 23 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos 31 Enciclopeacutedias 132 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 233 Outros dicionaacuterios 2534 Literatura infantil 400035 Literatura infantojuvenil 400036 Paradidaacuteticos 40037 Material complementar de apoio pedagoacutegico 1604 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto 41 Retroprojetor 142 Tela para projeccedilatildeo 143 Televisor de 20 polegadas 1044 Suporte para TV e DVD 1045 Aparelho de DVD 1046 Maacutequina fotograacutefica 147 Aparelho de CD e raacutedio 105 Processamento de Dados 51 Computador para sala de informaacutetica 2552 Computador para administraccedilatildeodocentes 653 Impressora jato de tinta 154 Impressora laser 155 Fotocopiadora 156 Guilhotina de papel 16 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral 61 Carteiras 24062 Cadeiras 24063 Mesa tipo escrivaninha 1064 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 1065 Armaacuterio de madeira com 2 portas 1066 Mesa para computador 3167 Mesa de leitura 168 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 169 Armaacuterio com 2 portas 10610 Mesa para refeitoacuterio 8611 Mesa para impressora 2612 Estantes para biblioteca 25613 Quadro para sala de aula 10614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 5615 Bebedouros eleacutetrico 2616 Circulador de ar de parede 10617 Maacutequina de lavar roupa 1618 Maacutequina Secadora 1619 Telefone 1
Fonte CNE (2010)
122
A ndash Estrutura e caracteriacutesticas do preacutedio da Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo do preacutedio Quantidade m2item
1 Sala de aula 10 45
2 Sala de direccedilatildeoequipe 4 20
3 Sala de professores 1 504 Sala de leiturabibliotecacomputaccedilatildeo
1 80
5 Sala do Grecircmio Estudantil 1 45
6 Laboratoacuterio de informaacutetica 1 50
7 Laboratoacuterio de ciecircncias 1 50
8 Refeitoacuterio 1 80
9 Copacozinha 1 20
10 Quadra coberta 1 500
11 Banheiros 6 20
12 Sala de depoacutesito 2 30
13 Sala de TVDVD 1 50
14 Sala de Reprografia 1 15
15 Total (m2) 1650
Fonte CNE (2010)
B ndash Equipamentos e material permanente para a Escola de Ensino Fundamental ndash Anos finais
Descriccedilatildeo Quantidade
1 Esportes e brincadeiras
11 Colchonetes (para educaccedilatildeo fiacutesica) 30
2 Cozinha
21 Freezer de 305 litros 2
22 Geladeira de 270 litros 2
23 Fogatildeo industrial 2
24 Liquidificador industrial 2
25 Botijatildeo de gaacutes de 13 quilos 2
3 Coleccedilotildees e materiais bibliograacuteficos
31 Enciclopeacutedias 2
32 Dicionaacuterio Houaiss ou Aureacutelio 4
33 Outros dicionaacuterios 30
34 Literatura infantojuvenil 3000
35 Literatura brasileira 3000
36 Literatura estrangeira 3000
37 Paradidaacuteticos 600
38 Material complementar de apoio pedagoacutegico 200
4 Equipamentos para aacuteudio viacutedeo e foto
41 Retroprojetor 1
42 Tela para projeccedilatildeo 1
43 Televisor de 20 polegadas 10
44 Suporte para TV e DVD 10
45 Aparelho de DVD 10
46 Maacutequina fotograacutefica 1
47 Aparelho de CD e raacutedio 10
5 Processamento de Dados
51 Computador para sala de informaacutetica 30
52 Computador para administraccedilatildeodocentes 8
53 Impressora jato de tinta 2
54 Impressora laser 2
55 Fotocopiadora 1
56 Guilhotina de papel 1
6 Mobiliaacuteria e aparelhos em geral
61 Carteiras 300
62 Cadeiras 300
63 Mesa tipo escrivaninha 10
64 Arquivo de accedilo com 4 gavetas 10
65 Armaacuterio de madeira com 2 portas 10
66 Mesa para computador 38
67 Mesa de leitura 4
68 Mesa de reuniatildeo da sala de professores 2
69 Armaacuterio com 2 portas 10
610 Mesa para refeitoacuterio 10
611 Mesa para impressora 4
612 Estantes para biblioteca 25
613 Quadro para sala de aula 10
614 Kit de ciecircncias (p 40 alunos) 10
615 Bebedouros eleacutetrico 4
616 Circulador de ar de parede 10
617 Maacutequina de lavar roupa 1
618 Telefone 2
Fonte CNE (2010)
123Qualidade da infraestrutura das escolas puacuteblicas do ensino fundamental no Brasil