QUALIDADE NO PROCESSO PRODUTIVO

Laura Costa Maia MSc (Engª) 1

Qualidade no Processo Produtivo

Laura Costa Maia MSc (Eng.ª)

[email protected]

mailto:[email protected]

INDICE

• Qualidade – 3– Como definir qualidade – 9– Níveis de qualidade – 15– Evolução histórica da função qualidade – 23

• Processo produtivo – 25• Processo de estamparia – 33• Ferramentas de gestão de processos – 38

– JIT – Just-In-Time – 39– KANBAN – 46



QUALIDADE

«A Qualidade é um factor fundamental na competitividade das Empresas… »



QUALIDADE

«Fazer bem à primeira vez não é suficiente… »



QUALIDADE

«É importante dar o nosso melhor».



QUALIDADE

«A Qualidade é um problema de gestão que interessa particularmente á

Direcção da Empresa… »



QUALIDADE

Para melhorar por vezes são necessárias algumas ideias bem conhecidas

• Honestidade no trabalho;

• Respeito pelo próximo;

• Assumir que o lugar para ter sucesso é aquele onde nos encontramos;

• Estudar para se valorizar;

• Vontade de fazer sacrifícios necessários para se atingir o objectivo comum das Empresas.



QUALIDADE

Para garantir Qualidade têm que haver uma mudança de atitude de todos os

elementos da empresa.



• COMO DEFINIR QUALIDADE ?

«Adequação ao uso »

(J. M. Juran – Quality Control Handbook).




«A satisfação na utilização »




«A satisfação na utilização resulta da necessidade do consumidor…»



• Esta necessidade pode ser:

• Expressa;• Adivinhada;• Latente.



• As necessidades de utilização exprimem-se através de algumas características fundamentais do produto:

• Utilidade;• Disponibilidade;• Custo;• Prazo;• Relações em serviço.



Cabe à Empresa definir a características técnicas, contando com a sua

• Capacidade de realização.• Capacidade de controlo.



• NÍVEIS DE QUALIDADE

O Equilíbrio entre a satisfação da utilidade (Necessidades) e a Capacidade de Realização pode estabelecer-se a Níveis de qualidade diferentes.




Benefício - Custo




• Ponto de «Qualidade Optimale»

• Zonas de «Qualidade Optimale»



• A QUALIDADE NUM CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO

«A Qualidade de um Produto nasce ao mesmo tempo da necessidade do

Cliente através da correcta identificação… »




A Qualidade de um produto é o resultado de um esforço colectivo de cada uma das funções da Empresa.




Cabe a cada uma das funções da Empresa responsabilidades próprias.




Cabe a cada uma das funções da Empresa responsabilidades próprias.




• Funções da Empresa:

• Comercial;• Estudos e Projectos;• Aprovisionamentos;• Planeamento;• Conservação;• Gestão de recursos Humanos;• Contabilidade;• Organização geral da empresa;• Fabricação/Produção.



A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FUNÇÃO QUALIDADE

• Idade 0 – Fabrico artesanal• 1ª Idade – Inspecção – Verificação até

1940• 2ª Idade – O Controlo estatístico da

Qualidade – Década de 40• 3ª Idade – Gestão Integral da

Qualidade • 4ª Idade – Garantia da Qualidade

Década de 60 a 70• 5ª Idade – Gestão Total da Qualidade

Total – Década de 80



CUSTOS DA QUALIDADE

• Custos para atingir a Qualidade

• Os Custos da Não Qualidade



PROCESSO PRODUTIVO

Noção de processo produtivo – Conjunto de operações de natureza produtiva necessárias para transformar as matérias-primas em produto acabado.

Fases de elaboração dum produto – São as sucessivas alterações que é possível observar no produto durante o seu processo de transformação.

Estádio de elaboração dum produto – É a parte já decorrida do processo produtivo.

Fases do processo produtivo – É o conjunto de operações realizadas entre duas fases sucessivas de elaboração de um produto.



« Ao adquirir um tecido/mallha para estampar, quais as especificações a exigir ao fornecedor?»



FIO

Uma operação de tratamento prévio bem feita é importante para o resultado final da estamparia. Sendo por isso importante que se conheça o encolante (Tecido), óleo na malha utilizados nos processos anteriores.

Convém que as características do substrato sejjam as especificadas no contrato.



PRODUTOS QUIMICOS/AUXILIARES

Ter a certeza que os produtos se encontram de acordo com a ficha técnica. Sendo uma boa prática a empresa efectuar alguns ensaios, que dependerão do tipo de produto e de fornecedor.

São exemplo desses ensaios:– A inspecção visual;

– Quantidades recepcionadas;

– Cheiro;– Resíduo seco.



ABERTURA DO DESENHO

Deve ser informada a empresa de gravura sobre:

• O desenho que pode ser amostras estampadas em tecido ou papel, fotografias …. ou desenhos originais estampados.

• Quanto ao desenho deve ser especificada :

– O numero de cores– As suas dimensões– Técnicas de estamparia a que se destina– Tecnologia a utilizar (rolo, quadro, etc.)– E tipo de pasta (pigmentar, cores, lacas, plastisois.



GRAVURA DE QUADROS PLANOS

• Controlar a tensão da tela aplicada ao caixilho

• Controlar a qualidade através de estampagem de amostras,

• Retoque e inspecção visual do quadro,• Após acabamento e retoque do

mesmo



ENSAIOS A EFECTUAR À ÁGUA QUE VAI SER USADA NA ESTAPARIA



PARÂMETROS A CONTROLAR PERIOCIDADE

Observação visual (Cor/Turbação /Matéria suspensa) 1 vez por semana

Teor de ferro 1 vez por semana

Dureza 1 vez por semana

Alcalinidade 1 vez por semana

pH 1 vez por semana

Cloro 1 vez por semana

Condutividade 1 vez por semana

INSPECÇÃO E ENSAIO A EFECTUAR AO MATERIAL QUE SE DESTINA À ESTAMPAGEM PEÇA A PEÇA



Características a controlar ao produto

Dimensão da amostra

Peça cortada/confeccionada em Tecido/Malha tingida acabada :

-Aspecto visual-Cor-Dimensão das peças -Comportamento da cor ao tratamento ao calor seco (às temperaturas de fixação)-Se a cor de fundo corroi (Corrosão)-Sublimação da cor de fundo -Migração da cor de fundo para o estampado-Estabilidade dimensional

100%Por amostragemPor amostragemPor amostragem

Por amostragem

Por amostragem

Por amostragem

Por amostragem

Câmara de luzCâmara de luzRéguaEstufa/Câmara de luz

Mesa de estampagem

Estufa/Câmara de luz

Estufa/Câmara de luz

Estufa/Régua

PROCESSOS DE ESTAMPARIA



HISTÓRIA E GENERALIDADES

• BATIKS• Sec. V Pérsia e Índia• Sec. X – blocos de Madeira na Ásia



ESTAMPARIA

• Processo que permite a aplicação das cores em local previamente determinado.



EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE ESTAMPARIA

• Reserva de ceras (Batik ou Estampagem Wax)

• Estampagem com blocos de madeira• Estampagem com blocos revestidos a metal e

blocos de metal)• Estampagem (Yusen)• Estampagem ao quadro (Lionesa)• Estampagem em cilindros de madeira• Estampagem em rolos de cobre (Máquina

Perrotina)• Estampagem com quadro plano semi

automático – Charriot• Estampagem com quadro rotativo (Máquina

Aljava)• Estampagem automática ao rolo



PROCESSSOS ACTUAIS DE ESTAMPARIA

• Estampagem à Lionesa

• Estampagem em carrocel

• Estampagem ao quadro plano automático

– Charriot automático

– Charriot automotor quadro rotativo

– Máquina plana automática

• Estampagem por transferência

• Estampagem por Jet Print

• Estampagem em peça

– Quadros

– Carrocel automático

• Flocado– Processo de flocagem

– Transflock



FERRAMENTAS DE GESTÃO



JIT – JUST-IN-TIME

A qualidade mede-se entre outros factores:

• Pela resposta que se dá às necessidades dos consumidores;

• Pelo preço;• Pelo prazo de entrega:

A relação performance/preço/prazo é bastante importante para uma análise da qualidade.

O JIT tem como objectivo a redução de custos e ao mesmo tempo o aumento da qualidade, trabalhando-se para isso com prazos rigorosos.




A qualidade mede-se entre outros factores:

• Pela resposta que se dá às necessidades dos consumidores;

• Pelo preço;• Pelo prazo de entrega:

A relação performance/preço/prazo é bastante importante para uma análise da qualidade.

O JIT tem como objectivo a redução de custos e ao mesmo tempo o aumento da qualidade, trabalhando-se para isso com prazos rigorosos.




“Comprar ou produzir na quantidade necessária”




Com o JIT pretende-se

• Responder às necessidades dos clientes;

• Aumentar a eficácia, a flexibilidade, rapidez, a qualidade e produtividade máxima;

• Melhorar do trabalho de produção;

• Eliminar desperdícios;

• Não produzir para aumentar stocks;

• Prazos curtos de produção, rapidez, flexibilidade;




Com o JIT pretende-se

• Produzir lotes muito pequenos ou peça a peça;

• Nas quantidades necessárias;

• Sem esperas ou perdas de tempo;

• Sem armazenagem entre as operações;

• Equipamentos fiáveis;

• Matérias primas e equipamentos com qualidade garantida;

• Qualidade de produção;

• Polivalência do pessoal;




Com a:• Revisão de layouts; redução de trajecto;

melhoria do fluxo de produção;

• Mudanças rápida de ferramentas;

• Manutenção total (TPM);

• Controlo de qualidade na fonte;

• Relação de cooperação com fornecedores;

• Formação do pessoal;

• Colaboração com os clientes para garantir uma carga de produção regular;

• Apoio a fornecedores para que adoptem igualmente o conceito JIT;

• Rever a metodologia da gestão da produção;

• Encorajamento e melhorias progressivas


•Qualidade no Processo Produtivo


Também conhecido pela técnica dos cinco 5 zeros

• Zero stocks (MPR, Kanban, controlo de fornecimento de materiais, );

• Zero defeitos (TQM – Total Quality Managment);

• Zero avarias (TPM – Total Produtive Maintenance);

• Zero atrasos (Kanban+TQM+TPM);

• Zero Papeis.



KANBAN

O método KANBAN é orientado para a produção em série.

Objectivos:

• Regular a montante as flutuações da procura e do volume de produção de um posto de trabalho, para evitar a transmissão e aumento dessas flutuações;

• Minimizar as flutuações dos stocks de produção, com o objectivo de melhorar a gestão (a sua meta é o stock zero);

• Descentralizar a gestão das empresas, melhorando o nível de gestão





FL

UX

O D

E IM

FO

RM

AÇ

ÃO

FLUXO DE KANBANS

FLUXO DE KANBANS

KANBAN



http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Kanban_principles.jpg

KANBAN



Vantagens Conduz a :

Gestão mais simples •Menor nº de transacções•Decisões descentralizadas•Controlo à vista

Redução de Stocks •Menores necessidades de tesouraria•Menor área de armazenagem•Redução do trabalho administrativo•Reacção rápida a alterações

Adaptação a procura •Reacção rápida•Ciclo de fabrico mais curto•Necessidades permanentes conhecidas

Gestão da qualidade •Maior fiabilidade•Mais flexibilidades•Melhor qualidade



KANBAN

Objectivo

• Manter o nível de stocks o mais baixo possível;

• Assegurar que para a produção nunca faltem materiais, componentes ou produtos e para o consumidor, nunca faltem produtos;

• Planear actividades de: compra, prazo de entrega, manufactura.

Recorrendo a meios informáticos



KANBAN

Genericamente o modelo é composto por:• INPUTS

• Plano mestre de produção – Planeamento da produção tendo em conta as encomendas dos clientes, sabendo-se a quantidade a produzir e quando termina a produção.

• Lista de materiais – informação sobre os componentes, saber a sua necessidade para produzir produto final. Para cada componente tem a lista do material que o compõe e o modo e tempo de produção.

• Estado dos Stocks – enumera a quantidade em armazém, quantidades encomendadas, prazos de entrega, quantidade de segurança, dimensão dos lotes mínimos.



KANBAN

Genericamente o modelo é composto por:• OUTPUTS

• Ordens de encomenda – quantidade a encomendar de materiais primas e materiais.

• Ordens de produção – as quantidades de componentes a produzir internamente.

• Com os inputs que recebe o MRP calcula as necessidades globais para o período de planeamento em causa, dando informações sobre :- o que encomendar, - quanto encomendar, - quando encomendar fazendo uma lista das saídas de materiais pelas necessidades.



BIBLIOGRAFIA

• IMAI, Masaaki (1986) -Kaizen: A Chave para o Sucesso Competitivo do Japão, McGraw-Hill/Irwin.

• APT (2000) -Guia de boas práticas de gestão da Qualidade.

• APT (2003) -Guia integrado: Qualidade, Ambiente e Segurança.

• Gomes, João Manuel (2007) -Estamparia a metro e à peça, Publindústria.



Obrigada pela vossa atenção!



Documents

QUALIDADE NO PROCESSO PRODUTIVO