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Quando Crescer, Vou Ser... Assistente Social

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Matéria minha para a Revista Ciência Hoje das Crianças - nº219 (DEZ. 2010)

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e sacia!JJN ão se pode só dar o peixe, é preciso

ensinar a pescar." Este ditado popularse refere a duas formas de ajudar

alguém. "Dar o peixe" é socorrer sem se preocuparse o apoio de hoje dura até amanhã. É uma saídade emergência, para amenizar uma situaçãomomentânea e grave. Já "ensinar a pescar" éoferecer ferramentas para a pessoa vencer asituação difícil e viver sem o auxílio de outros. Maisdo que ajudar, é revelar a eles seus direitos que nãoestão sendo cumpridos e devem ser buscados. Essetrabalho é chamado serviço social.

Podemos, então, dizer que assistente social é aprofissão de quem ensina a pescar àqueles quepedem ajuda nos mares da vida? Sim! "Facilitar oacesso das pessoas aos seus direitos é dever doassistente social", diz Ivanete Boschetti, presidentedo Conselho Federal de Serviço Social. "Ele atendegrupos, famílias e pessoas, contribuindo para queentendam a origem de seus problemas e indicandocaminhos a seguir. Trabalha, também, comprofissionais de outras áreas, realizando projetosque atendam o público", complementa FátimaGrave, presidente do Conselho Regional de ServiçoSocial do Rio de Janeiro. Mas, na prática, como issofunciona?

Bem, o assistente social é um profissional. portante em empresas públicas e privadas, assimomo em outras instituições. Nas escolas, por

exemplo, esse profissional pode desde identificarrazões que dificultam a aprendizagem até combinar

m os professores maneiras de trabalhar junto dos- nos, pais e familiares em situações consideradass: ra do comum. Em hospitais, ele forma eacompanha grupos, aconselhando e organizando2.. • idades sobre temas como gravidez na2.. olescência e uso de drogas. Em uma empresa,caso um funcionário sofra um acidente de trabalho,

exemplo, é o assistente social que vaiunicar o fato à família e cuidar para que ela

_ a acesso a todos os seus direitos.Você, leitor antenado da CHC, deve ter

panhado pelos noticiários o resgate dos

trabalhadores chilenos que ficaram soterrados emuma mina de carvão. Pois naquela situação osassistentes sociais estiveram junto às famílias todo otempo, identificando as mudanças em suas vidas eoferecendo informações sobre os direitos daquelaspessoas qualquer que fosse o desfecho da história -felizmente, correu tudo bem!

"Muitos escolhem a profissão para contribuirpara um mundo mais justo", diz Ivanete. Mas, paraisso, avisa: "É preciso conhecer leis e saber lidarcom os outros. Ouvir, reunir e resolver problemas."Segundo ela, estam os acostumados a pensar que sóna Justiça resolvemos nossas questões. Pessoas queestejam presas e desejem receber a visita deparentes, por exemplo, podem recorrer a umassistente social em vez de acionar um advogado.

O curso de Serviço Social, que é o formador dosassistentes, existe no país desde 1936. E paraexercer a profissão é obrigatório ter diploma naárea. Fátima conta que logo que os assistentessociais começaram a atuar no Brasil as pessoaspensavam que o serviço era um presente dogoverno. Mais tarde é que ficou claro que oscidadãos tinham direito àqueles serviços porquepagavam impostos. "Hoje, as pessoas reconhecemo direito de serem atendidas em suasnecessidades" , explica ela.

Outra ideia muito comum era a de que homemnão escolhia essa profissão. "Como é um trabalhovoltado para o cuidado dos mais frágeis, achava-seque era coisa de mulher", diz Fátima. Mas,segundo Ivanete, isso ficou para trás. "Mulheres ouhomens podem ser assistentes sociais. Cada vezmais, meninos têm escolhido essa ocupação. É umatarefa para pessoas", diz.

Se você ficou interessado na profissão, podepesquisar mais sobre ela e anotar logo umainformação: "Por lei, cada município tem, pelomenos, um assistente social. Procure-o na sua cidadee converse. Ele vai lhe dar grandes dicas", diz Ivanete.

Saulo Pereira Guimarães,Instituto Ciência Hoje/Ri.

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