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ISSN - 0103-6688 ABNT Fevereiro 2012 | volume 10 | nº 114 boletim Quando todo cuidado é pouco Revisada, a ABNT NBR 7500:2011 recebeu adequações à severa legislação que rege o transporte de produtos perigosos. No ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 395 acidentes com veículos que transportavam essas substâncias. A normalização, aliada aos regulamentos, ajuda a proteger a sociedade e o meio ambiente.

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Quando todo cuidado é poucoRevisada, a ABNT NBR 7500:2011 recebeu adequações à severa legislação que rege o transporte de produtos perigosos. No ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 395 acidentes com veículos que transportavam essas substâncias. A normalização, aliada aos regulamentos, ajuda a proteger a sociedade e o meio ambiente.

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[ Editorial ]

Ajudando a preservar vidas

Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-16) vem trabalhando constantemente na revisão de normas para o transporte e manuseio de produtos perigosos. Afinal, esses documentos

são de enorme importância, pois oferecem parâmetros e orientações para que a atividade seja exercida com segurança.

Concluída recentemente, a sétima revisão da ABNT NBR 7500:2011, que trata de identifica-ção para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos perigosos, é o melhor exemplo disso. Foi justamente a necessidade de manter o alinha-mento à legislação e às inovações tecnológicas, em crescente evolução, que motivou a revisão da norma técnica.

Em 2012, o ABNT/CB-16 continuará empenhado na revisão do acervo de normas técnicas para o transporte e manuseio de produtos perigosos, e já está estudando a elaboração de novos documentos normativos, conforme a demanda do setor.

Referenciada no Decreto n° 96.044/88, que aprova o Regulamento para o Transporte Ro-doviário de Produtos Perigosos (RTPP), a ABNT NBR 7500 continua sendo essencial para a segurança de toda a cadeia do transporte terrestre de produtos perigosos (expedidores, transportadores, fabricantes e condutores), ao orientar sobre rótulos de risco e painéis de segurança.

Neste setor, um conjunto de normas tem garantido a segurança de quem lida diariamente com substâncias de risco. Entre estes documentos está a ABNT NBR 15480:2007, que orien-ta como desenvolver um plano de ação de emergência (PAE) no atendimento a acidentes, e a ABNT NBR 14064:2003, voltada ao atendimento de emergência no transporte de pro-dutos perigosos.

A cadeia de transportes de produtos perigosos está consciente de que as normas técnicas não só evitam acidentes, mas também salvam vidas. A ABNT, certa de que está cumprindo seu papel na gestão do processo de normalização, mantém o compromisso com a socie-dade brasileira, protegendo seus interesses no que diz respeito à segurança, à saúde e à defesa do meio ambiente.

Enquanto o setor estiver atendendo à legislação e às normas técnicas, podemos afirmar que produtos perigosos estão em boas mãos!

Ricardo FragosoDiretor-geral

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03 [ Capa ]Quando todo cuidado é pouco

09 [ Entrevista ]Atenção ao transporte de produtos perigosos

13 [ Artigo ]O trabalho pioneiro da ABNT/CEE-126

14 [ Institucional ]Para fazer diferença no mercadoISO discute estratégiasPara seu conhecimento

21 [ Normalização em Movimento ]

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra

São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem In-dustrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamen-tos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL

Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Man-tenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:

Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira ([email protected])

ESCRITÓRIOS:

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected]) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:

Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exem-plares / Número Avulso: R$ 10,00 / Assinatura: [email protected] / Assinatura Anual: R$ 100,00 / Publicidade: [email protected] / Redação: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Bianca Vendrame / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Revisão: Claudia D’Elia / Boletim ABNT: Fevereiro 2012 – Volume 10 – Nº114 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação ([email protected]) / Impressão: Type Brasil.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:

www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

[ Índice ]

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Quando todo cuidado é poucoRevisada, a ABNT NBR 7500:2011 recebeu adequações à severa legislação que rege o transporte de produtos perigosos. No ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 395 acidentes com veículos que transportavam essas substâncias. A normalização, aliada aos regulamentos, ajuda a proteger a sociedade e o meio ambiente.

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27 [ Top 5 ]

17 [Dúvidas]

18 [ Turismo e Normalização ]Otimismo no ABNT/CB-54

19 [ Foco na MPE ]Investindo em capacitaçãoUm exemplo de sucesso

22 [ Consumidor ]Diversão em duas rodas

23 [ Notícias da Certificação ]

24 [ Fique por Dentro ]

28 [ Certificações ]

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xplosivos, líquidos inflamáveis e material ra-dioativo, devido às suas características físico-químicas, quando manipulados de forma inde-

vida, podem causar sérios danos. Por isso mesmo, eles são convencionalmente classificados como produtos perigosos. A fim de promover a segurança de seus usuários, assim como de toda a sociedade e do meio ambiente, seu manuseio e transporte devem atender a uma regulamentação rigorosa. Muitas das normas da Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT), referenciadas em regulamentos, também assumem papel relevante quando se trata de estabelecer procedimentos de segurança no transpor-te e manuseio de produtos perigosos. “A regulamentação e as normas técnicas são importantes para direcionar os envolvidos neste setor, que necessitam de parâmetros para a realização da atividade. Além disso, dada a movimentação internacional destes produtos, é importante que a regulamentação esteja coerente com o que é praticado nos demais países”, ressalta o superintendente de Serviços de Transporte de Cargas (Sucar), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Noboru Ofugi.

[ Capa ]

Quando todo cuidado é poucoRevisada recentemente, a ABNT NBR 7500:2011 é uma das normas técnicas mais importantes do segmento de transporte terrestre de produtos perigosos, contribuindo para promover a segurança da sociedade e do meio ambiente

No Brasil, compete à ANTT regulamentar o trans-porte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias. É a Resolução ANTT nº 420/04, por exem-plo, que apresenta a relação de produtos perigo-sos mais comumente transportados. Eles aparecem separados em nove classes, conforme o risco que oferecem. São elas: Classe 1 – Explosivos; Classe 2 – Gases; Classe 3 – Líquidos Inflamáveis; Classe 4 – Só-lidos Inflamáveis; Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos; Classe 6 – Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes; Classe 7 – Material Radioati-vo; Classe 8 – Substâncias Corrosivas; Classe 9 – Subs-tâncias e Artigos Perigosos Diversos.

A legislação

Uma rígida legislação define as regras para o transporte rodoviário de produtos perigosos. Além da Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações, o superintendente Noboru Ofugi destaca o Decreto n° 96.044/88, que aprova o Regulamento para o Trans-porte Rodoviário de Produtos Perigosos (RTPP), e o Decreto n° 98.973/90, que aprova o Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos. “O regulamento brasileiro baseia-se nas Recomendações para o Transporte de Produtos Peri-gosos (Orange Book) e no Manual de Testes e Critérios publicados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e no Acordo Europeu para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (ADR)”, explica o superintendente. A regulamentação é destinada a todos os envol-vidos na cadeia do transporte terrestre de produtos perigosos, sejam expedidores, transportadores, fabri-cantes ou importadores, e até mesmo os condutores do veículo. “O objetivo do regulamento é definir os procedimentos e exigências para a realização de tal transporte, para torná-lo seguro”, enfatiza Ofugi. Há exigências detalhadas de segurança aplicáveis ao transporte terrestre de produtos perigosos, abran-gendo diversas questões, como: definições; classifica-ção dos produtos; disposições relativas a embalagens e tanques; procedimentos de expedição; exigências

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Noboru Ofugi, superintendente de Serviços de Transporte de Cargas (SUCAR), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

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para fabricação e ensaio de embalagens; prescrições relativas às operações de transporte; condições do transporte; procedimentos em caso de emergências, acidente ou avaria; deveres, obrigações e responsa-bilidades de expedidor e transportador; fiscalização. Também são estabelecidas infrações e penalidades.

Sinalização

“Na regulamentação de transporte terrestre de produtos perigosos, as normas técnicas da ABNT são citadas em assuntos como sinalização de veículos, envelope para transporte e fichas de emergência. Exis-te a necessidade de normas como referência para a efetiva segurança no transporte deste tipo de produ-to”, observa Ofugi.

O Decreto n° 96.044/88, por exemplo, traz a seguinte recomendação no capítulo II, das “Condições do Transporte”, seção I, “Dos Veículos e dos Equipa-mentos”, artigo 2°: “Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descon-taminação, os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a NBR 7500”.

A norma em questão é a ABNT NBR 7500:2011, Identificação para o transporte terrestre, manu-seio, movimentação e armazenamento de produtos.“Esta norma foi revisada recentemente e está em sua sétima edição. Suas principais inovações em relação à versão anterior são adequações à legislação, como inclusão do símbolo de substâncias perigosas ao meio ambiente para os produtos perigosos; atualização tecnológica referente aos painéis e rótulos de risco intercambiáveis; e os rótulos de risco dos painéis de segurança das unidades de transporte, que passam a ser refletivos”, informa o superintendente do Comi-tê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16), Hélio Antonio Moreira.

Revisada pela Comissão de Estudo de Transporte de Produtos Perigosos (CE-16:400.04), do ABNT/CB-16, a ABNT NBR 7500:2011 estabelece a simbologia con-vencional e o seu dimensionamento para identificar produtos perigosos, a ser aplicada nas unidades de transporte e nas embalagens/volumes, a fim de iden-tificar os riscos e os cuidados a serem tomados no transporte terrestre, manuseio, movimentação e ar-mazenamento.

Sinônimo de segurança

A ABNT NBR 7500:2011 aplica-se a todos os tipos de transportes e suas formas intermodais. No caso do transporte aéreo, devem ser consultados também os códigos aeroportuários da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) (do inglês International Air Transport Association) e da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) (do inglês International Civil Aviation Organization. Para transporte maríti-mo, há o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos (IMDG) (do inglês International Maritime Dangerous Goods, da International Maritime Organi-zation (IMO).

Para complementar a aplicação da ABNT NBR 7500:2011, há as seguintes normas: ABNT NBR 7501:2011, Transporte terrestre de produtos perigosos — Terminologia, que define os termos empregados no transporte terrestre de produtos perigosos; ABNT NBR 14725-2:2010, Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 2: Sistema de classificação de perigo, que estabelece critérios para o sistema de classificação de perigos de produ-tos químicos, sejam eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao usuário informações relativas à se-gurança, à saúde humana e ao meio ambiente; ABNT NBR 14725-3:2010, Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 3: Rotulagem, que oferece as informações de segurança relacionadas ao produto químico perigoso a serem in-cluídas na rotulagem, não definindo um formato fixo.

Uma outra referência é a ISO 7225:2005 - Gas cylinders - Precautionary labels, elaborada pela

“A regulamentação e as normas técnicas são importantes para direcionar os envolvidos neste setor”

Hélio Antonio Moreira, superintendente do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16)

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International Organization for Standardization (ISO), que especifica o design e o conteúdo (símbolos e tex-to) e aplicação de etiquetas de precaução destinadas à utilização em cilindros de gás contendo gases simples ou misturas de gases.

O Decreto n° 96.044/88, ainda no capítulo II, das “Condições do Transporte”, seção I, mas nos artigos 3° e 4°, dispõe: “Os veículos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar o conjunto de equi-pamentos para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o recomen-dado pelo fabricante do produto. Os veículos e equipa-mentos (como tanques e contêineres) destinados ao transporte de produto perigoso a granel deverão ser fabricados de acordo com as Normas Brasileiras ou, na inexistência destas, com Norma Internacional aceita”.

Com a responsabilidade de estabelecer tão impor-tantes diretrizes e procedimentos, há na ABNT um gru-po que se mantém atualizado a respeito das melhores tecnologias de segurança voltadas para o segmento, assim como das exigências legislativas em vigor.

Para 2012, a Comissão de Estudo de Transporte de Produtos Perigosos (CE-16:400.04), do ABNT/CB-16 já prepara novos trabalhos. “Estamos revisando a ABNT NBR 9735:2008, Versão Corrigida:2009, Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos, a ABNT NBR 7503:2008, Versão Corrigida 2:2009, Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope - Características, dimensões e preenchimento e a ABNT NBR 12982:2003 Versão Corrigida:2007, Desvaporização de tanque para transporte terrestre de produtos perigosos - Classe de risco 3 - Líquidos inflamáveis. Também estamos estudando a viabilidade de elaborarmos normas de limpeza de equipamentos de transporte relacionados a cada uma das classes de produtos perigosos”, ressalta o superintendente Hélio Antonio Moreira.

Inspeção e fiscalização

Por ser um ramo de atividade que possui legislação específica, é fundamental que haja inspeção e fiscalização constantes. Cabe ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), ou entidade por ele credenciada, atestar por meio de inspeção a adequação dos veículos e equipamentos ao transporte de produto perigoso nos termos dos

seus regulamentos técnicos (veja entrevista na pág. 9), conforme explicitado no Decreto n° 96.044/88. “Já a fiscalização para a observância do Regulamento para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos e de suas instruções complementares cabe à ANTT, sem prejuízo da competência das autoridades com jurisdição sobre a via por onde transite o veículo transportador. Por meio de convênio de Delegação de Competências entre a ANTT e a Polícia Rodoviária Federal, esta vem realizando tal atividade nas rodovias federais”, ressalta o superintendente Noboru Ofugi. O policial Murilo Mendes Teixeira, da Divisão de Fiscalização de Trânsito da Coordenação-Geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), comen-ta que desde 2002 a fiscalização de produtos perigo-sos faz parte do currículo de formação dos policiais. Dessa forma a instituição, por meio de seus agentes na circunscrição das rodovias federais, tem a fiscali-zação como rotina, seja em seus postos policiais ou utilizando as viaturas. “Também realizamos comandos específicos para a fiscalização do transporte de produ-tos perigosos, atendendo a planejamento da direção geral ou estadual, e em qualquer momento que se faça necessário intensificar tal trabalho”, ele informa.

De acordo com o policial Teixeira, em 2011 foram registrados 395 acidentes com veículos que transporta-vam produtos perigosos em rodovias federais. Ele cos-tuma recomendar aos membros dessa cadeia de trans-porte que ajam de forma preventiva. “Essa prevenção se faz quando o embarcador evita o carregamento dos produtos em um veículo que não esteja em condições de

“Existe a necessidade de normas como referência para a efetiva segurança no transporte de produtos perigosos”

A fiscalização realizada cotidianamente nas rodovias paulistas pelo Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo

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segurança, com os devidos equipamentos e simbolo-gias adequadas, além de verificar se o condutor está descansado e com seus documentos válidos para o transporte de tais produtos”, ressalta.

A prevenção também ocorre quando o transportador exige do embarcador toda a documentação relacionada aos produtos transportados, em embalagens seguras, além de mo-nitorar seus motoristas quanto às horas trabalhadas e seu estado de saúde. “As empresas devem propor-cionar aos condutores de veículos transportadores de produtos perigosos um treinamento complementar sobre os riscos da carga. O motorista recebe um trei-namento geral, mas cada produto tem sua particulari-dade”, avalia o policial da PRF.

A ação preventiva do próprio condutor é também citada pelo policial: “Ele deve realizar o transporte se-guindo todas as regras do Código de Trânsito Brasilei-ro, evitando excesso da carga horária, o consumo de substâncias estimulantes e bebidas alcoólicas e ten-do consciência de que o produto transportado exige maiores cuidados pelos riscos apresentados às pesso-as, aos animais e ao meio ambiente”.

Segundo dados do Comando de Policiamento Ro-doviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo, cir-culam diariamente entre 10 mil e 15 mil veículos trans-portando produtos perigosos pelas rodovias paulistas, o equivalente a 30% a 40% do total.

“A fiscalização é realizada cotidianamente, por meio de policiais treinados e preparados para ma-nusear tal produto, observando a segurança viária e requisitos de segurança ditados pela Resolução ANTT nº 420/04, bem como normas técnicas complementa-res publicadas pela ABNT”, esclarece o 1º tenente Mil-ton Ossamu Yuki, do Comando de Policiamento Rodo-viário da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

As principais infrações verificadas durante as fis-calizações, segundo ele, referem-se à expedição de documentos fora do padrão, identificação e manuten-ção. Como exemplos, ele cita a ficha de emergência, o envelope para o transporte, o painel de segurança e o rótulo de identificação de risco em desacordo, as-sim como veículos e equipamentos em mau estado de conservação. “Sendo constatadas tais infrações, os transportadores e expedidores de produtos perigosos são punidos conforme os artigos 45 e 46 do Regula-mento para o Transporte Rodoviário de Produtos Peri-gosos (RTPP)”, declara Yuki.

Apesar das infrações, o militar revela que os trans-portadores e expedidores têm se destacado de manei-ra positiva, já que em sua maioria vêm observando as normas técnicas, demonstrando comprometimento à causa, evitando assim acidentes que colocariam em risco a segurança pública. Ele argumenta: “Quando se trata de produtos perigosos, é importante o compro-metimento de todos, pois, com o crescimento global, esse tipo de produto tem sido essencial à população, mas cabe responsabilidade em seu manuseio, trans-porte, armazenagem e consumo”.

De acordo com o 1º tenente Yuki, a ABNT NBR 7500, de maneira bem clara, sanou dúvidas e padronizou a identificação, reduzindo, de forma significativa, muitas irregularidades com relação ao transporte e manuseio de produtos perigosos.

Em defesa da categoria

Não há um sindicato específico que represente os transportadores de produtos perigosos, contudo, a As-sociação Brasileira de Transporte e Logística de Produ-tos Perigosos (ABTLP) busca ser uma força agregadora da categoria, reunindo operadores em todo o país.

Além de representar seus associados nos diversos fóruns onde são discutidos assuntos de interesse da atividade de transporte e logística de produtos perigo-sos, a ABTLP participa e patrocina eventos (seminários, congressos, cursos) sobre o tema e colabora com o Po-der Público e com entidades congêneres para avaliar, aprovar e divulgar atos legais e normativos relativos à movimentação de produtos perigosos.

Há anos atuando no segmento, o presidente da ABTLP, Paulo de Tarso Martins Gomes, revela que o principal problema enfrentado pela categoria no país é o acompanhamento contínuo da legislação. “Devido aos riscos envolvidos, é muito importante que a ativi-dade seja regulamentada. A ABTLP participa desde o início da regulamentação e concorda com os pontos abordados. O que questionamos são as regulamenta-ções concorrenciais (níveis estaduais e municipais)”, ele explica.

A ABTLP procura esclarecer as dúvidas e, perma-nentemente, atualiza os associados quanto à entrada em vigor de novos documentos legais. Contudo, de acordo com Gomes, existem atualmente 26 licenças ambientais estaduais para as 27 unidades da Federa-ção, o que dificulta as atividades.

Cada licença tem regulamentação, periodicidade e custo próprios. A obtenção e a renovação destas licenças

“As principais inovações da ABNT NBR 7500:2011 em relação à versão anterior são adequações à legislação”

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são muito difíceis devido à burocracia reinante. Além disso, “alguns municípios vêm implantando licenças municipais. Existe a necessidade premente de se buscar uma racionalização para o assunto, sob pena de alcançar, muito em breve, a inviabilidade da atividade”, alerta Gomes.

As transportadoras

Estar atualizado com relação à legislação, aos regulamentos e às normas técnicas que tratam do manuseio e transporte de produtos perigosos é requisito essencial para as empresas que atuam neste segmento. Ciente de tal importância, o gerente operacional da Transportes Borelli, Hermann Kielblock, participa ativamente das reuniões do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16).

Sempre que possível Kielblock convida os clientes a participarem do ABNT/CB-16 ou trata de mantê-los informados a respeito de mudanças substanciais nas normas técnicas, que possam afetar diretamente a operação. “Considero-me um multiplicador junto aos nossos clientes”, ele afirma.

Segundo o gerente, a empresa já foi autuada devido à inobservância, por parte de alguns clientes, de revisões das normas técnicas. Ele comenta: “Como exemplo, posso citar a ABNT NBR 7500. Embarcadores e fabricantes estavam com ficha de emergência desatualizada, envelope carimbado em local errado. Quando isso acontece encaminhamos as multas aos embarcadores para pagamento e, na medida do possível, orientamos sobre as mudanças”.

Para manter a qualidade e a segurança na prestação de serviços, a empresa realiza treinamentos

específicos para colaboradores que tenham contato direto no manuseio de produtos perigosos (equipe de atendimento de emergência). Ainda atua junto aos motoristas, dando-lhes informações sobre segurança e a forma rápida de comunicação com os órgãos competentes em caso de acidente.

Na A. Cupello Transportes também há uma constante preocupação com o treinamento da equipe. “Quando um funcionário é admitido, ele participa do Programa de Treinamento para o Motorista, um curso inicial, composto por vários módulos, desde a apresentação da empresa, passando por orientações para o condutor sobre postura e responsabilidade, direção defensiva, inspeção e manutenção do veículo, fatores de risco e meio ambiente, até carregamento manuseio, transporte e descarga”, explica o técnico de Segurança do Trabalho da empresa, Antônio Carlos Pereira dos Santos.

Segundo Santos, todo o material apresentado no Programa de Treinamento para o Motorista foi elaborado com base nas normas técnicas, em especial, naquelas voltadas para atendimento emergencial em caso de acidente como ABNT NBR 15480:2007, Transporte rodoviário de produtos perigosos - Plano de ação de emergência (PAE) no atendimento a acidentes; e ABNT NBR 14064:2003 - Atendimento a emergência no transporte de produtos perigosos.

Nas operações diárias da A. Cupello Transportes, Santos destaca ainda a importância da ABNT NBR 7500. “Esta norma é indispensável na operação com produtos perigosos devido a uma série de razões, entre as quais destaco: a necessidade de a identificação do produto que está sendo transportado ser um fator primordial para atuação de toda a equipe no atendimento emergencial e a existência de nove

Antônio Carlos Pereira dos Santos, técnico de Segurança do Trabalho da A. Cupello Transportes

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Diariamente, entre 10 mil e 15 mil veículos transportam produtos perigosos pelas rodovias paulistas

Paulo de Tarso Martins Gomes, presidente da ABTLP

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classes de produtos, as quais podem até apresentar incompatibilidade entre seus elementos, fazendo-se então necessárias a rotulagem e a classificação dessas substâncias para o transporte”.

Salvar vidas e prevenir acidentes

Para o superintendente da ANTT, Noboru Ofugi, o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e as normas técnicas definem procedimentos e exigências, a fim de que, durante a movimentação de tais substâncias, a segurança seja otimizada e os riscos minimizados para as pessoas e para o meio ambiente.

O 1º tenente Milton Ossamu Yuki, do Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo, é da mesma opinião e ressalta a atuação da ABNT. “Com uma equipe idônea e preparada, a ABNT tem um papel da maior importância para o segmento, por sua padronização e comprometimento com a malha viária, com a segurança e a saúde pública, ditando e revisando periodicamente suas normas”, ele afirma.

O agente da Polícia Rodoviária Federal Murilo Mendes Teixeira destaca a importância das normas técnicas para orientar todos os envolvidos no segmento de transporte de cargas perigosas na padronização de documentos, possibilitando o mesmo entendimento para os procedimentos e facilitando a atividade de fiscalização.

O transporte de produtos perigosos é uma operação que requer especial atenção. Caso venha a ocorrer o vazamento de uma carga, é muito provável que haja algum impacto ao meio ambiente ou às pessoas. “Em razão disso, é importante a aplicação e cumprimento de argumentos técnicos e normativos para a atividade de transporte e manuseio desses produtos”, observa o técnico de Segurança do Trabalho da A. Cupello Transportes, Antônio Carlos Pereira dos Santos.

É primordial, de acordo com Santos, que o setor cumpra e aplique de forma mais rigorosa as normas técnicas que orientam e asseguram o correto padrão do transporte e manuseio de produtos perigosos. “As normas foram elaboradas por meio de estudos técnicos, principalmente, com a finalidade de salvar vidas e evitar acidentes”, ele conclui

[ Capa ]

“Com uma equipe idônea e preparada, a ABNT tem um papel da maior importância para o segmento”

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Atenção ao transporte de produtos perigosos O Inmetro é responsável pela inspeção de equipamentos e veículos que transportam produtos perigosos, contribuindo para promover a segurança da sociedade e do meio ambiente.

[ Entrevista ]

oucas instituições bra-sileiras têm tanto reco-nhecimento e credibilida-

de como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-logia (Inmetro), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Criado em 1973, seu objetivo é fortalecer as empre-sas nacionais, aumentando a sua produtividade por meio da ado-ção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços. Ao longo de quase 40 anos de existência, o Inmetro vem

P cumprindo a missão de prover con-fiança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, por meio da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a har-monização das relações de consu-mo, a inovação e a competitividade do País. O extenso escopo de atuação da autarquia abrange a verificação da observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida, métodos de medição, instrumentos de medição e pro-dutos pré-medidos, a execução de políticas nacionais de metrologia e qualidade e o desenvolvimento de

programas de avaliação da confor-midade, entre outras competên-cias e atribuições. Na área de Avaliação da Confor-midade, o Inmetro é responsável pela implantação, de forma assisti-da (desde a concepção até a imple-mentação e acompanhamento no mercado), de programas direciona-dos a produtos, processos, serviços e pessoal. Um destes programas contempla a inspeção de equipa-mentos e veículos destinados ao transporte de produtos perigosos. Desde 1988, por meio do Decreto n° 96.044, que aprovou o Regula-mento para o Transporte Rodoviá-

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Alfredo Carlos Orphão Lobo, diretor da Qualidade do Inmetro

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rio de Produtos Perigosos, o Inmetro tem a responsabilidade de atestar a adequação dos veículos e dos equipamentos rodoviários des-tinados ao transporte de produtos perigosos aos respectivos regula-mentos técnicos. A demanda é atendida por Orga-nismos de Inspeção Veicular Acredi-tados (OIVA) e Organismos de Inspe-ção Acreditados - Produtos Perigosos (OIA-PP). A inspeção também é re-alizada por representantes da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qua-lidade – Inmetro (RBMLQ-I), definida como o braço executivo da instituição em todo o território brasileiro, sendo composta por 26 órgãos delegados, entre os quais estão os Institutos de Pesos e Medidas (Ipem), em diversos estados. O rigoroso conjunto de processos é operacionalizado pela Diretoria da Qualidade do Inmetro, que desde novembro de 2011 conta com mais uma Portaria (nº 444) para assegurar maior alcance e eficiência na ativida-de de inspeção. Em entrevista ao Boletim ABNT, o diretor da Qualidade, Alfredo Carlos Orphão Lobo, fala sobre a re-gulamentação para o transporte de produtos perigosos, os desafios en-frentados pelo setor e a importância das inspeções na promoção da saúde e segurança da sociedade e proteção do meio ambiente.

A Portaria nº 444, de 23 de novem-bro de 2011, alterou a maneira como até então eram realizadas as inspeções do transporte de produ-tos perigosos no país?

Esta portaria foi publicada objeti-vando dar tratamento às inspeções periódicas dos veículos e dos equi-pamentos rodoviários destinados ao transporte de produtos perigo-sos, nas regiões onde não atuam

o Organismo de Inspeção Veicular Acreditado (OIVA) e o Organismo de Inspeção Acreditado - Produ-tos Perigosos (OIA-PP), e para diri-mir dúvidas e esclarecer o escopo de aplicação da Portaria Inmetro nº 183/2010, que trata da emissão do Certificado de Inspeção Veicular (CIV). Nas regiões mais distantes do país, o investimento na instalação de um organismo de inspeção não é atrativo, implicando a necessi-dade de grandes deslocamentos e riscos de desabastecimento, como ocorreu recentemente em Porto Velho (RO). O principal benefício desta Portaria é estabelecer novos locais de inspeção, principalmente nas regiões carentes. Muitas delas não possuem locais de inspeção autorizados pelo Inmetro, então os veículos e os equipamentos ro-doviários tinham de se deslocar de uma região à outra, ocasionando maiores custos na operação. Com a publicação da Portaria, a disponi-bilidade de locais de inspeção au-menta.

Houve alguma alteração relacio-nada aos organismos responsá-veis pela realização da inspeção periódica dos veículos e dos equi-pamentos rodoviários destinados ao transporte de produtos perigo-sos?

As inspeções continuam sob a responsabilidade do Organismo de Inspeção Veicular Acreditado (OIVA) e do Organismo de Inspeção Acreditado - Produtos Perigosos (OIA-PP). O Ipem também continua a realizar inspeção, sob duas con-dições: em regiões distantes, tendo três anos para se acreditar; ou em qualquer região, se já acreditado.

Quais documentos especificam os procedimentos da inspeção perió-dica?

Os organismos devem se base-ar nas regulamentações técnicas aprovadas pela Portaria Inmetro n° 91/2009. De que forma o Inmetro (ou enti-dades por ele acreditadas) atesta a qualidade das inspeções em veícu-los e equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos? E quais são os principais itens ins-pecionados? Isto ocorre quando da aplicação, na íntegra, dos requisitos técnicos estabelecidos nas regulamenta-ções técnicas aprovadas pela Por-taria Inmetro n° 91/2009. Entre os principais requisitos avaliados po-demos citar:- Veículo: sistema de freio, sistema de suspensão, componentes elétri-cos, emissão de gases poluentes, cronotacógrafo, chassi, eixo, cinto de segurança, extintor de incên-dio, sistema de iluminação, vidros, roda, pneu e para-choque.- Equipamento: válvulas de segu-rança, sistemas de aterramento, corrosão, oxidação, soldas, espes-suras, ensaio hidrostático, ensaio pneumático, ensaio de estanquei-dade e boca de visita.

Após a inspeção, sendo aprova-da, quais documentos a empresa recebe?

São fornecidos o Certificado de Inspeção Veicular (CIV) para o veículo e o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Pe-rigosos (CIPP) para o equipamento. O Inmetro tem algum relatório das principais irregularidades encon-tradas durante as inspeções? O Inmetro não, mas os Organismos de Inspeção Veicular

“O principal desafio das empresas é diminuir os acidentes nas cidades brasileiras”

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Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditados-

[ Entrevista ]

“As normas técnicas são de grande importância para o segmento”

Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditados- Produtos Perigosos (OIA-PP) e os Ipem, quando da realização das inspeções, caso sejam detectadas irregularidades, fazem registros em formulários específicos. A partir das suas correções, são emitidos o Certificado de Inspeção Veicular (CIV) e o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP).

As empresas são orientadas a sanar as irregularidades?

Não é dada orientação. A realiza-ção da ação corretiva da irregulari-dade fica por conta do proprietário do veículo e do equipamento. Ape-nas deve ser implementada, eviden-ciada e aprovada pelos organismos de inspeção e pelo Ipem.

Quais são os principais desafios en-frentados pelo setor de transportes de produtos perigosos no Brasil?

O principal desafio é o de cumprir as responsabilidades inerentes à ati-vidade, contribuindo para diminuir os acidentes nas cidades brasileiras, muitas vezes associados a fortes im-pactos sociais e ambientais.

Quais são as punições para as em-presas que desrespeitam os regula-mentos?

Quando da fiscalização dos veícu-los e dos equipamentos rodoviários, realizada pela Polícia Rodoviária, caso sejam encontradas irregulari-dades, os responsáveis são autua-dos e penalizados. Caso a irregulari-dade coloque em risco o transporte do produto perigoso, o veículo e o equipamento podem ser apreen-didos. Há também a possibilidade de o produto perigoso ser retirado e colocado em outro equipamento em condições ideais de manuten-ção.

Como são feitas as fiscalizações nas rodovias? O Inmetro também parti-cipa desse tipo de operação?

As fiscalizações são realizadas pelas Polícias Rodoviárias. O Inme-tro não participa, a menos que con-vidado em apoio à autoridade de trânsito.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui uma série de normas sobre transporte de produ-tos perigosos. Como o senhor avalia a importância desses documentos?

As normas técnicas são de grande importância para o segmento. Nas regulamentações técnicas do Inme-tro elas são referendadas e utiliza-das como base, já que representam o consenso das partes interessadas.

Qual é o aspecto mais importante das inspeções no transporte de pro-dutos perigosos?

Elas são essenciais para a promo-ção da segurança, na preservação de vidas, da saúde e do meio am-biente

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produtos de consumo; Facilidade de operação de produtos de uso diário; e Segurança da imagem.

A utilização das normas sobre ergonomia da interação humano-sistema propicia benefícios aplicáveis a produtos e serviços, pois investi-mento em qualidade gera cresci-mento. Pesquisas indicam que, após sua implantação, ocorre aumento de produtividade pela eficiência opera-cional das organizações, o que gera obtenção de vantagens competiti-vas, como, por exemplo, melhoria da imagem da marca, facilidade para en-tender e utilizar produtos e serviços, redução dos custos de treinamento e suporte etc.

Ainda resultam da aplicação das normas o aumento da usabilidade e acessibilidade para as pessoas com ampla gama de capacidades, melho-ria da satisfação e experiência dos usuários, redução do desconforto e estresse (aumento da qualidade de vida), bem como contribuição para objetivos como a sustentabilidade empresarial e do meio ambiente.

Os interessados em participar da Comissão de Estudo devem en-trar em contato com a Gerência do Processo de Normalização da ABNT, em São Paulo

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O trabalho pioneiro da ABNT/CEE-126*Por Orlando José Pellanda Junior

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*Orlando José Pellanda Junior é coorde-nador da Comissão de Estudo Especial de Ergonomia da Interação Humano-Sistema (ABNT/CEE-126)

Comissão de Estudo Especial de Ergonomia da Interação Humano-Sistema (ABNT/

CEE-126) publicou no ano passado as primeiras normas com requisitos ergonômicos para o trabalho com dispositivos de interação visual. Essa interação é o relacionamento entre o usuário e a informação oferecida por dispositivos eletrônicos, como vídeo, teclado, mouse, smartphone, eletrodoméstico, entre outros. A in-formação é originada a partir de sis-temas integrados nesses dispositivos. Por exemplo, sistema operacional, browser, sistema/programa/aplicati-vo/software, BIOS, controles etc. e, em futuro próximo, também roupas, acessórios, implantes e próteses.

São as seguintes as normas: • ABNT NBR ISO 9241-11:2011,

Requisitos ergonômicos para o tra-balho com dispositivos de interação visual - Parte 11: Orientações sobre usabilidade

• ABNT NBR ISO 9241-12:2011, Requisitos ergonômicos para o tra-balho com dispositivos de interação visual - Parte 12: Apresentação da in-formação

• ABNT NBR ISO 9241-151:2011, Ergonomia da interação humano-sistema - Parte 151: Orientações para interfaces de usuários da World Wide Web

• ABNT NBR ISO 9241-210:2011, Ergonomia da interação humano- sistema - Parte 210: Projeto centrado no ser humano para sistemas intera-tivos

As normas são resultantes das atividades iniciadas em 1998, no Comitê de Trabalho de Curitiba (PR), que, em 2007, estabeleceu-se como

ABNT/CEE, espelho do ISO/TC 159/SC4, que tem a participação de 22 países (incluindo o Brasil) e 60 normas publicadas.

Os trabalhos da ABNT/CEE-126, além da adoção das Normas Interna-cionais, consistem em avaliar, colabo-rar, adequar e aprovar as normas em criação ou em revisão no SC4, consi-derando as condições industriais, co-merciais, legais e culturais do Brasil. As traduções são de alta complexida-de, devido aos termos técnicos sem correspondência para a língua por-tuguesa e à colaboração dos países cujo idioma oficial não é o inglês. A equipe responsável por esse trabalho é composta por profissionais especia-lizados e por empresas de diferentes segmentos, públicas e privadas, como Banco do Brasil, Companhia Parana-ense de Energia, Interfácil, Microsoft e Universidade Tuiuti, do Paraná.

A complexidade do trabalho se deve aos temas dos Comitês do ISO/ TC 159 em operação: AG - Projeto de acessibilidade; WG2 - Ergonomia para pessoas com requisitos especiais; SC1 - Princípios ergonômicos gerais; SC3 - Antropometria e biomecânica; SC4 - Ergonomia da interação huma-no-sistema; e SC5 - Ergonomia de am-bientes físicos.

Apenas no SC4, os Grupos de Trabalho (WG) cobrem: Fundamentos de controle e métodos de sinalização; Requisitos para dispositivo de interação visual; Requisitos para centro de controles, local de trabalho e ambiental; Ergonomia de software e diálogos humano-computador; Processos de projeto centrados no ser humano para sistemas interativos; Projeto ergonômico de centros de controles; Interação tátil e háptica; Projeto de acessibilidade para

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ano de 2011 terminou bem para a Vale Soluções em Energia (VSE), recompen-

sando os esforços empreendidos des-de agosto de 2010, quando iniciou os procedimentos para a certificação do Motogerador GMG VSE 320E, mo-delo Contêiner Acústico 75 dB, com base na Norma Internacional ISO 8528, Reciprocating internal combus-tion engine driven alternating current generating sets, com várias partes. O equipamento certificado utiliza o etanol para geração de energia dis-tribuída, destacando-se de outros oferecidos no mercado pelos baixos níveis de ruído e vibração, menores emissões de poluentes, entre outros aspectos. O Selo ABNT de Identificação da Conformidade foi entregue à VSE no dia 16 de dezembro, em evento no seu Centro de Desenvolvimento de Produtos, em São José dos Campos (SP). O engenheiro Wagner Machado Brasil, gerente de Configuração e Ho-mologação da VSE, relata que inicial-mente foi elaborado o Procedimento Específico ABNT PE-181 que serviu de guia para o Plano de Certificação, desenvolvido junto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “A Certificação teve como base a ISO 8528 e foi realizada conforme méto-do ISO CASCO 5. Entretanto, as ABNT NBR ISO 9001:2008 e ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 foram adotadas como referência de gestão da quali-

Para fazer diferença no mercado

dade e atividades de ensaios, respec-tivamente”, ele explica. Até a conquista do certificado foi preciso enfrentar alguns desafios, como a interpretação das diversas normas aplicáveis na validação do produto, assim como a elaboração dos vários procedimentos de ensaios. “Além disso, tivemos de providenciar a adequação laboratorial com base na norma específica para sua gestão, a ABNT NBR ISO/IEC 17025, e a capacitação de pessoal por meio de treinamentos específicos”, lembra o engenheiro de Homologação, Luciano Cezário de Campos. De acordo com Wagner Brasil, a certificação, voluntária, significa para a VSE uma forma de atestar

a concepção e a fabricação de um produto inovador por meio de procedimentos de ensaios e fabricação controlados em um ambiente de gestão ativo, garantindo que sua execução esteja conforme Normas Internacionais. “A certificação voluntária garante uma vantagem competitiva frente aos nossos concorrentes, reduz requisitos de avaliação por parte dos clientes e, finalmente, agrega valor ao produto pelo Selo ABNT de Identificação da Conformidade, tanto na embalagem como no próprio motogerador”, comenta Luciano de Campos, complementando que a aplicação da ISO 8528 associada à certificação ABNT assegura a excelência do produto.

A Vale Soluções em Energia (VSE) conquistou recentemente o Selo ABNT de Identificação da Conformidade para um modelo de motogerador, confiando na vantagem competitiva frente à concorrência.

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O motogerador GMG VSE 320 E, certificado pela ABNT com base na ISO 8528

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Pioneirismo

O gerente Wagner Brasil acredita que esta seja a primeira certificação voluntária de grupo motogerador realizada no país. Ele observa que a conquista vem ao encontro da visão da VSE, de ser uma empresa de clas-se mundial em inovação e desenvol-vimento de tecnologias em energia e sistemas de potência. “A certifica-ção de nossos produtos constitui um passo muito importante para a con-solidação desta visão. Estamos cer-tos de que nossos clientes cada vez mais exigirão produtos de qualidade reconhecida e, neste aspecto, a certi-ficação confere aos produtos VSE um diferencial competitivo no mercado”, ele ressalta. O esforço da empresa é reco-nhecido também pela ABNT. “O Cer-tificado, além de evidenciar a confor-midade do motogerador à ISO 8528, mostra ao mercado o empenho e a competência da equipe da VSE em desenvolver um produto inovador e adequado aos padrões internacio-

nais”, ressalta Alexandre Kozik, gestor de certificação de eletroeletrônicos da ABNT. Criada em 2007 pela minerado-ra Vale com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES), a empresa já tinha dois Sistemas Certificados: um com base na ISO 9001:2008,

para “Projeto, Desenvolvimento Tec-nológico, Fabricação, Instalação e Serviços de Pós-venda de Motoge-radores - Fabricação e Montagem de Demonstradores de Conceito e Protótipos de Sistemas de Potência e Geração de Energia”, e o outro em conformidade com a OHSAS 18001, para Saúde e Segurança do Trabalho.

O engenheiro de Homologação, Luciano Campos, exibe o certificado junto de Alexandre Kozik, da ABNT (direita), do gerente de Configuração e Homologação, Wagner Brasil (esquerda), e da equipe da VSE envolvida no processo de certificação

Centro de Desenvolvimento de Produtos: a maior estrutura montada da VSE

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32ª reunião do Council Standing Committee on Strategy (CSC/STRAT), um órgão estratégi-co do Conselho da International Organization

for Standardization (ISO), aconteceu nos dias 12 e 13 de janeiro, em Genebra, Suíça. Membro do Conselho da ISO, o diretor-geral da ABNT, Ricardo Fragoso, par-ticipou da reunião. Os riscos para a sustentabilidade do modelo de negócio da ISO, os benefícios das normas e as priori-dades na implantação das ações do Plano Estratégico 2011-2015 foram os assuntos discutidos no encontro. Os participantes fizeram uma análise da lista de riscos

e definiram as medidas necessárias para minimizá-los, que devem ser encaminhadas ao Conselho do orga-nismo. Verificou-se, na análise, uma grande preocupação relacionada ao acesso às normas, ao engajamento dos stakeholders, à disponibilidade dos especialistas voluntários, aos novos competidores no mercado e à relevância dos produtos e serviços oferecidos, entre outros itens. “Conseguimos incluir nos destaques a preocupação com relação ao acesso livre às normas, pleiteado por alguns governos do mundo globaliza-do”, informa Ricardo Fragoso

ISO discute estratégiasA ABNT participou de reunião que colocou em pauta, entre outros assuntos, os riscos para a sustentabilidade do modelo de gestão do organismo internacional.

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Esta seção é destinada à di-vulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normali-zação. Nesta edição destacamos o que é comprovação metrológica.

Comprovação metrológica é um conjunto de operações necessá-rias para assegurar que um equi-pamento de medição atende aos requisitos do seu uso pretendido. Normalmente inclui calibração ou verificação, qualquer ajuste ou reparo necessário e subsequen-

te recalibração, comparação com os requisitos metrológicos para o uso pretendido do equipamento, assim como qualquer etiqueta ou lacre necessários (ABNT NBR ISO 10012:2004, Sistemas de gestão de medição)

Para seu conhecimento

Foco na inovação

A VSE é uma empresa brasileira com foco em soluções inovadoras, eficientes e sustentáveis em siste-mas de potência e geração distribu-ída de energia. Dedica-se a avança-dos programas de desenvolvimento tecnológico e de produtos: sistemas embarcados de geração e propulsão elétricas, motogeradores a etanol, gaseificadores de biomassa e turbo-geradores a gás.

“Também geramos tecnologias capazes de contribuir na solução de alguns dos principais desafios con-temporâneos, como a redução do consumo de combustíveis fósseis, aumento no uso de fontes renová-veis de energia e adoção de proces-sos ambientalmente sustentáveis”, enfatiza Wagner Brasil. Sediada no estado do Rio de Ja-neiro, a empresa possui um escritório em Belo Horizonte (MG) e um Centro de Desenvolvimento de Produtos ins-

talado em uma área de mais de 100 mil metros quadrados, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). É a maior estrutura montada da VSE, que abriga centenas de profis-sionais altamente qualificados, entre engenheiros, pesquisadores e proje-tistas, além de laboratórios de última geração que sustentam as atividades de pesquisa desde o desenvolvimen-to de protótipos e produtos até a sua fabricação. A VSE também mantém subsidiárias no Reino Unido e nos Es-tados Unidos

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1.Peço que informem quais são as normas da ABNT para concreto compactado com rolo.

Janete de Freitas – Concremat Engenharia e Tecnologia S.A. – Rio de Janeiro – RJ

A ABNT responde: Existem as seguintes normas sobre o assunto:

• ABNT NBR NM 4:2000, Concreto compactado com rolo - Determina-ção da densidade in situ com o uso de densímetro nuclear, que define dois métodos para a determinação da densidade in situ de concreto compactado com rolo, mediante o uso de densímetro nuclear: método A por transmissão direta e método B por retrodispersão. Os dois méto-dos são adequados para a realização de ensaios de controle de qualida-de e de aceitação durante a construção, para a avaliação da qualidade posterior do concreto e para pesquisa tecnológica.

• ABNT NBR NM 5:2000, Concreto compactado com rolo - Determina-ção da umidade in situ com o uso de densímetro nuclear, que define o método para determinação da umidade in situ do concreto compacta-do com rolo por meio do densímetro nuclear. Este método é aplicável para ensaios de aceitação e controle de qualidade durante a constru-ção, antes da pega inicial do concreto e para pesquisa tecnológica.

2. Gostaria de saber qual é a norma que informa a maneira correta de se fazer a desvaporização de tanques usados para o transporte de líquidos inflamáveis.

Padria de Paula Bucar – Consultora Ambiental – Palmas – TO

A ABNT responde: A ABNT NBR 12982:2003, Desvaporização de tanque para transporte terrestre de produtos perigosos - Classe de risco 3 - Líquidos inflamáveis fixa os requisitos mínimos exigí-veis para o procedimento em questão. Esta Norma é aplicável sempre que: for necessária a execução de trabalhos a quente, tanto nos equipamentos (tanque, vagões-tanque, contêiner-tanque), como no veículo, quando este formar um único conjunto; o tanque necessitar de inspeção interna; o con-junto for enviado para manutenção (oficina mecânica, elé-trica, lanternagem).

Esta Norma trata dos seguintes métodos: exaustão com ar comprimido, ventilação forçada e arraste com vapor de água saturada. Os três métodos aplicam-se à desvapo-rização de tanques que tenham transportado combustí-veis para motores. Para os demais líquidos inflamáveis, recomenda-se o método de arraste com vapor de água saturada.

3. Preciso saber qual norma da ABNT traz informações relacionadas à estaca raiz, dessas utilizadas na execu-ção de fundações.

Marcus Ganem – Concretest Testes e Análises – Serra – ES

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 6122:2010, Projeto e exe-cução de fundações, que trata dos critérios gerais que regem o projeto e a execução de fundações de todas as estruturas convencionais da engenharia civil, compreendendo: residências, edifícios de uso geral, pontes, viadutos etc. Obras especiais, como plataformas offshore, li-nhas de transmissão etc., são também regidas por esta

Norma no que for aplicável, to-davia obedecendo às Normas es-

pecíficas para cada caso particular.

4.Gostaria de saber qual é a norma téc-nica com o padrão de entrada de energia

elétrica em residências urbanas.

Carla Viviane Velasco – Campos dos Goytacazes – RJ

A ABNT responde: Temos a ABNT NBR 10676:2011, Fornecimento de energia a edificações individuais em

tensão secundária — Rede de distribuição aérea, que es-tabelece o padrão para as entradas de serviço individuais

de unidades consumidoras caracterizadas por edificações ur-banas, atendidas através de rede aérea em tensão secundária

de distribuição. Esta Norma é aplicável a unidades consumido-ras residenciais, comerciais e industriais, desde que não estejam

localizadas em edificações de uso coletivo ou em zonas rurais.

5. Qual é a norma da ABNT que traz informações relacionadas ao tratamento de ar em hospitais, como temperaturas, umidade rela-tiva e vazão mínima de ar?

Anderson Aparecido Ferreira - Hospital Unimed Volta Redonda – Volta Redonda – RJ

A ABNT responde: A norma de seu interesse é a ABNT NBR 7256:2005, Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) - Requisitos para projeto e execução das instalações, que estabelece os requisitos mínimos para projeto e execução de instalações de trata-mento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS).

Os requisitos são aplicáveis somente aos ambientes dos EAS listados na Tabela AI desta Norma, com classificação de risco nível 1 ou superior. Os demais ambientes dos EAS, assim como aqueles não diretamente relacionados aos serviços assistenciais, como saguão de entrada, escri-tórios administrativos, auditórios e bibliotecas, estão fora do escopo desta Norma. Para estes devem ser aplicadas a ABNT NBR 16401: 2008 e outras normas específicas.

[ Dúvidas ]

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aior participação do Brasil na Normalização Interna-cional e a conquista de par-

cerias com entidades que auxiliem na disseminação das normas técnicas estão nos planos do gestor do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54), Alexandre Sampaio, para 2012. Ele acredita que os trabalhos do Comitê Técnico de Turismo da International Organization for Standardization (ISO/TC 228) são fundamentais para o crescimento dos negócios turísticos no país. “A atuação democrática e plural do ISO/TC 228, com inúmeros partici-pantes, permite uma difusão do que melhor se faz ao redor do mundo, além de ajudar na difusão das melho-res práticas”, elogia Sampaio, acres-centando que o Brasil tem se desta-cado em vários grupos de trabalho, sendo referência no turismo de aven-tura. “Normas aqui concebidas foram adotadas pela ISO”, ele destaca. O gestor avalia que a partir da ex-posição midiática crescente do Bra-sil, depois de conquistar o direito de sediar a Olimpíada de 2016, foi po-tencializada a importância do país no cenário turístico mundial, além de gerar uma conscientização, na sociedade e área governamental, da importância de termos em turismo organizado e normalizado. “Com isto orientamos consumidores e atraímos

investimentos, desenvolvendo um setor fundamental para a nossa eco-nomia”, afirma. “Acho possível trazer outras reuniões, pois o interesse pela nossa nação é crescente, desper-tando curiosidade pelo que faremos aqui em relação do desenvolvimento turístico como potencial econômico”. O Ministério do Turismo, como ressalta Sampaio, demonstra grande preocupação em relação às normas técnicas. “O Governo sabe que a nor-malização é o melhor caminho para a formalização do setor, segurança ao consumidor, orientação ao investidor e segurança jurídica do operador. Na medida em que o MTur sinaliza desta maneira, outros programas correla-tos tendem a se viabilizar mais facil-mente, como o Cadastur, o Sistema de Cadastro de pessoas físicas e jurí-dicas que atuam no setor do turismo. Mas ainda há desafios a serem enfrentados, sendo os principais, de acordo com Sampaio, de caráter cultural, como a disseminação da im-portância da normalização no meio empresarial, a adoção das normas como referência legal e a fiscalização das atividades turísticas informais. “O ABNT/CB-54 irá contar este ano com o apoio da CNC e das Federações do Comércio estaduais na disseminação de normas, buscan-do a adesão dos setores organizados e procurando despertar interesse

em participar de grupos de discussão e de trabalho, para obtenção de um consenso representativo e eficiente na elaboração de propostas brasi-leiras, para discussão internacional”, anuncia Sampaio. Este esforço, prevê o gestor, de-verá resultar na sustentabilidade dos meios de hospedagem so-mada a ações de preservação do meio ambiente, possibilitando um turismo consciente e sustentá- vel que beneficiará toda a socie-dade. O ABNT/CB-54, ele acredita, terá um papel de destaque nas discussões sobre a qualificação do produto turístico, a preservação do meio ambiente para exploração turística nacional e a capacitação de pessoas para o desenvolvimen-to do setor no Brasil. “Estaremos presentes, em 2012, em todos os locais possíveis, para fazer a difusão de idéias sobre nor-malização, esperando aumentar exponencialmente a participação de interessados nos vários gru-pos de trabalho”, avisa Alexandre Sampaio. Ele alerta que as enti-dades patronais ou laborais ligadas ao setor, assim como organizações não governamentais (ONG) e au-toridades que têm relação com o turismo devem participar do ABNT/CB-54. “Elas são fundamentais para uma discussão com mais qualidade e precisão, visando à obtenção do melhor para o setor”, conclui

[ Turismo e Normalização ]

Otimismo no ABNT/CB-54

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o universo de 5,9 milhões de micro e pequenas em-presas (MPE) instaladas no

país, uma grande parte já descobriu o caminho da qualidade e da com-petitividade por meio do uso de nor-mas técnicas. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) quer divulgar os benefícios da normalização ao maior número possível de MPE, por isso mantém um convênio com a Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT), desde 2007. Para que as MPE sejam estimu-ladas a usufruir o acesso às normas técnicas por 1/3 de seu valor de mercado, ou obtê-las gratuitamente, no caso de dez coletâneas setoriais, conforme estabelece a parceria, uma atividade assume papel primordial: a capacitação de agentes locais de ino-vação, gestores do Sistema Sebrae e membros de associações empresa-riais de diferentes pontos do país. No ano passado, 622 pessoas par-ticiparam do curso “A Normalização como Instrumento de Inovação e Competitividade na MPE”, ministra-do pela ABNT, tornando-se prepara-das para auxiliar na disseminação da importância das normas técnicas. Agnaldo de Almeida Dantas, gestor do Grupo de Capacitação na parceria ABNT/Sebrae, está satisfeito com o resultado. “Atingimos as metas defi-nidas para 2011 e temos a expectati-va de alcançar em 2012 um número de participantes igual ou maior”, ele afirma. “Nos projetos desenvolvidos pelo Sebrae em vários Estados, os agen-tes que participam do curso podem ir além das orientações sobre prá-ticas de gestão e marketing, divul-gando também as normas técnicas que ajudam as empresas a priorizar a qualidade e a serem competitivas”, ressalta Dantas.

O principal objetivo do convênio é estimular as MPE a utilizarem nor-mas técnicas como fator de inovação em seu negócio, por meio da sensibi-lização, da capacitação e do uso dos produtos e serviços da ABNT. O curso, ministrado no formato de exposições apoiadas em slides, é uma das ferra-mentas destinadas a formar multipli-cadores do Sebrae e seus parceiros. No período de abril a novembro do ano passado, o curso foi realizado em 12 edições, sendo duas como piloto no Distrito Federal (DF) e as demais em dez cidades de nove Estados: Ipo-juca (PE), Cuiabá (MT), Florianópolis e São Bento do Sul (SC), Mossoró (RN), São Luiz (MA), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS) e Manaus (AM). O trabalho tem conti-nuidade em 2012, com a proposta de atingir outros Estados.

Tudo sobre Normalização

Com duração de quatro horas, o curso “A Normalização como Instru-mento de Inovação e Competitivida-de na MPE” tem o seguinte conteúdo programático: • Abertura - O convênio do Sebrae com a ABNT e Objetivos do curso.• A Normalização - O que é Normali-zação e quais são os seus objetivos e

princípios; Os níveis e os organismos de Normalização; Normas Técnicas e Regulamentos Técnicos; e Sistema Brasileiro de Normalização.• A lógica do comércio e a Tecnolo-gia Industrial Básica (TIB) - Funções da TIB e os serviços de suporte tec-nológico; e As barreiras técnicas ao comércio.• A Norma como instrumento de inovação e competitividade na em-presa - A importância da norma téc-nica para as atividades da MPE; e Benefícios decorrentes da utilização de normas e da participação na sua elaboração - Casos de sucesso.• Ferramentas para identificação e utilização de normas técnicas - O pro-cesso de elaboração da norma técni-ca; O processo de análise sistemática de normas técnicas; e Boas práticas para identificação, aquisição e utiliza-ção de normas técnicas. Durante as exposições, os partici-pantes são orientados sobre o acesso ao conteúdo da página dedicada às MPE (www.abnt.org.br/paginampe), para se manterem atualizados e de-sempenharem com mais eficiência o seu papel na disseminação das nor-mas técnicas como repositórios das melhores tecnologias consolidadas disponíveis no mercado

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[ Foco na MPE ]

Investindo na capacitação

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mpresa de pequeno porte, com apenas 42 funcioná-rios, a Pole Scola tornou-

se um exemplo de que é possível fazer diferença no mercado mesmo quando os clientes esperam uma produção sempre igual, em grande escala. Ela é fabricante de unifor-mes escolares. Em 2011, foram produzidas 30 mil peças por mês, em média, e o que as distingue é a qualidade, resultado da busca pela melhoria contínua de processos e da mão de obra cada vez mais especializada. Instalada no bairro paulistano do Tatuapé, a Pole Scola vem consoli-dando sua trajetória de mais de 25 anos de história com uma gestão focada na profissionalização. As normas técnicas fazem par-te do cotidiano da empresa. Para garantir a qualidade das peças que desenvolve e confecciona com ex-clusividade de acordo com o per-fil do colégio, a Pole Scola utiliza a ABNT NBR 15778:2009, Uniforme escolar - Requisitos de desempe-nho e segurança e a ABNT NBR 15800:2009, Vestuário – Referen-ciais de medidas do corpo humano Vestibilidade de roupas para bebê e infanto-juvenil. “Com as normas técnicas, po-demos falar uma mesma linguagem dentro e fora da empresa com os nossos fornecedores, pois garanti-mos, por exemplo, padrões de gra-matura, de Tabela de Cor e todas as especificações, o que facilita a comunicação e a melhoria da qua-lidade dos produtos”, enfatiza a di-retora da empresa, Ivani de Oliveira Jorge. Na Pole Scola, o rigoroso contro-le de qualidade contempla desde o fio de costura até o acabamento e embalagem. Por meio de um sis-

tema de processamento de dados

a empresa programa a produção, acompanha a sua evolução e fiscali-za o cronograma, partindo da com-pra da matéria-prima até a entrega da encomenda ao cliente no prazo contratado.

Aprimoramento

Quem começa a trabalhar na PoleScola logo percebe que não há tempo para acomodação. Tem de se aprimorar. Além de uma consul-toria interna encarregada de dis-seminar informações atualizadas sobre processos operacionais, a empresa investe na capacitação. Os funcionários são estimulados a se especializarem por meio de cursos e palestras oferecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Outra iniciativa da Pole Scola foi a implantação do Programa dos 5S, metodologia lançada no Japão na década de 1950 e que orienta as empresas a adotarem cinco con-ceitos: Seiri -senso de utilização;

Seiton - senso de arrumação; Seiso

- senso de limpeza; Seiketsu - sen-so de higiene e saúde; e Shitsuke - senso de autodisciplina. “Descobrimos que, para uma empresa melhorar a qualidade e o atendimento e aprimorar os seus produtos, precisa trabalhar com conceitos e normas técnicas aprovadas pelos mercados nacional e internacional”, comenta a diretora. A estratégia vem se mostrando tão acertada, que a Pole Scola já se dedica a mais um projeto, a Linha Profissional. Ivani Jorge revela: “Já demos os primeiros passos em 2011, aproveitando o nosso know how adquirido na Linha Escola e a boa aceitação desses produtos no mercado. Estamos investindo com segurança e otimismo para 2012”. As normas técnicas utilizadas pela Pole Scola fazem parte da coleção setorial para confecções, disponibilizada gratuitamente por meio de convênio entre a ABNT e o Sebrae (www.abnt.org.br/paginampe). A parceria também possibilita que micro e pequenas empresas adquiram outras normas por 1/3 de seu valor de mercado

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[ Foco na MPE ]

Um exemplo de sucesso

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Funcionários da Pole Scola em ação: 30 mil peças produzidas por mês em 2011

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[ Normalização em Movimento ]

ISO publica norma para Gestão de Emergência Destinada a auxiliar as organizações na minimiza-ção do impacto de desastres naturais e ataques terro-ristas, entre outros imprevistos, foi publicada, no final de 2011, a ISO 22320, Societal security - Emergency management - Requirements for incident response, Norma Internacional que estabelece requisitos para resposta a incidentes na gestão de emergência. O do-cumento, desenvolvido pelo ISO/TC 223, tem como finalidade ajudar a salvar vidas, minimizando perigos e danos e assegurando a continuidade de serviços básicos, como atendimento médico e de resgate, su-primento de água e alimento, fornecimento de eletri-cidade e combustível. O professor Ernst-Peter Döbbeling, coordenador do Grupo de Trabalho que desenvolveu a norma, explica: “Qualquer resposta na sequência de um in-cidente pode incluir a participação de organizações públicas e privadas que podem trabalhar em níveis internacionais, regionais e nacionais. A orientação harmonizada no âmbito internacional é necessária para coordenar esforços e assegurar ações efetivas. A ISO 22320 é uma ferramenta valiosa que todos os tipos de organização podem usar para aprimorar sua

capacidade de gerir um incidente e responder a qual-quer crise”. A norma engloba melhores práticas internacionais para estabelecer o comando e o controle organizacio-nais, procedimentos, suporte para decisão, rastreabi-lidade e gestão da informação, considerando-se que a interoperabilidade entre as organizações envolvidas é fundamental para que a resposta a incidentes tenha sucesso. O documento ajuda a assegurar que infor-mações operacionais sejam oferecidas de maneira adequada com a especificação de processos, siste-mas de trabalho e coleta de dados. Com a ISO 22320 também é possível estabelecer uma fundação para coordenação e cooperação, com o objetivo de garantir que todas as partes relevantes estejam alinhadas durante um incidente, minimizan-do o risco de mal-entendidos e proporcionando uma combinação efetiva de esforços. A norma estimula a participação comunitária no desenvolvimento e im-plementação das medidas de resposta a acidentes, para assegurar que atendam às necessidades e à cul-tura da população diretamente envolvida.

Alimentos mais seguros O cultivo mais seguro de alimentos é o principal objetivo de uma nova Especificação Técnica (TS na si-gla em inglês) lançada pela ISO. Parte da série de nor-mas ISO 22000, sobre segurança de alimentos, a ISO/TS 22002-3:2011 foi desenvolvida para assegurar que produtores rurais implementem as melhores práticas na preservação de um ambiente de cultivo limpo, as-sim como para controlar a segurança dos alimentos na cadeia de produção. O documento aborda as con-dições básicas e atividades necessárias para garantir a higiene em toda cadeia de produção, incluindo ma-nuseio e fornecimento de alimentos para o consumo humano.

Dominique Berget, líder do Grupo de Trabalho que desenvolveu o documento, esclarece: “O trajeto da comida entre a fazenda e o prato do consumidor pode ser bem longo, até mesmo em escala global, en-volvendo muitos participantes. Por isso, é importante garantir a segurança do alimento diretamente na pri-meira etapa deste processo, normalmente a fazenda. A ISO/TS 22002-3 fornece requisitos no estado da arte para orientar a execução correta destas ações”.

Projeto em Consulta NacionalO Projeto 85:000.00-010/2, Televisão digital terrestre – Acessibilidade – Parte 2: Funcionalidades sonoras, elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Tele-

visão Digital (ABNT/CEE-85), está em Consulta Nacio-nal até 10.02.2012.

PublicaçãoFoi publicada, no dia 23 de dezembro de 2011, a Emenda da ABNT NBR 11823, Utensílios domésticos metálicos — Panela de pressão, elaborada pela Co-

missão de Estudo Especial de Utensílios Domésticos Metálicos (ABNT/CEE-66).

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[ Consumidor ]

érias de verão inspiram ati-vidades ao ar livre e os pas-seios de bicicleta surgem

como saudável opção para fazer as crianças gastarem as energias. Para garantir bons momentos de diversão sobre duas rodas, os pais devem tomar alguns cuidados na hora da aquisição. O mercado ofe-rece grande variedade de marcas e modelos de bicicletas de uso infan-til, a preços muito atraentes, mas é preciso conferir a certificação com-pulsória atendendo ao Regulamen-to Técnico Mercosul, como exige o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

A ABNT NBR NM 301:2004, Bi-cicletas - Requisitos de segurança para bicicletas de uso infantil, ela-borada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), espe-cifica requisitos de segurança, de-sempenho e métodos de ensaios para bicicletas infantis, no que diz respeito aos projetos, submonta-gens e montagens para crianças com idade compreendida, aproxi-madamente, entre 4 e 8 anos. As instruções de uso e cuidados tam-bém são fornecidas na norma.

As bicicletas de uso infantil que não estão em conformidade com a norma técnica podem provo-car sérios acidentes, como lesões nas mãos e nos pés. Na hora da compra, para garantir a seguran-ça da criança, o consumidor deve ficar atento a alguns detalhes. Por exemplo:

• Verificar se o produto possui o selo do Inmetro em local visível, na bicicleta e na caixa ou embalagem;

• Manual - cada bicicleta deve ter um Manual de Instruções em

Diversão em duas rodas

português ou no idioma do país em que estiver sendo comercializada;

• Protetor de corrente - os pro-dutos com altura de selim entre 560 mm e acima devem ser equipa-dos com um disco protetor ou ou-tro dispositivo que proteja a parte externa da junção entre a corrente e a engrenagem. As bicicletas com altura de selim menor que 560 mm devem ser equipadas com protetor de corrente que resguarde inteira-mente a face e as bordas exterio-res da corrente, da engrenagem e da roda dentada traseira, além da face interna da engrenagem e das junções da corrente com a engre-nagem;

• Sistema de freios - as bicicle-tas destinadas a crianças maiores devem ter dois sistemas de freios independentes: um na roda trasei-ra e outro na dianteira. Nas meno-res é necessário pelo menos um sistema de freio acionável na roda dianteira ou na traseira;

• Guidão - os guidões podem ter comprimento total que varie de 300 mm a 550 mm;

• Direção - a direção precisa ser livre para girar pelo menos 60° em qualquer lado, a partir da posição em linha reta;

• Calibragem de pneus - a pres-são máxima de inflagem recomen-dada pelos fabricantes deve ser marcada na lateral dos pneus, de maneira visível;

• Identificação - as bicicletas de-vem ter marca ou nome de identifi-cação do fabricante ou responsável pela comercialização e também o número de série de fabricação.

Além desses cuidados, vale lembrar que é aconselhável que as crianças utilizem também acessó-rios de segurança, como capacetes, luvas, cotoveleiras e joelheiras.

Os interessados em outras in-formações sobre o assunto podem entrar em contato com a analis-ta responsável pela Comissão de Estudo Especial de Segurança do Brinquedo (ABNT/CEE-100), Patrí-cia Barucco pelo e-mail [email protected]

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[ Notícias da Certificação]

Rotulagem ambiental A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recebeu em janeiro mais uma extensão do escopo de acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qua-lidade e Tecnologia (Inmetro): Rótulo Ecológico para Produtos de Aço para Construção Civil. A medida tem o objetivo de comprovar o alinhamento da ABNT com as exigências técnicas referentes à Rotulagem Am-biental Tipo 1, ou seja, aquela em que os critérios são

estabelecidos por uma parte independente, sendo a sua credibilidade e transparência asseguradas por certificação de uma terceira parte envolvida no pro-cesso. Esta acreditação é muito importante, pois contribui para a credibilidade do programa de Rotulagem Am-biental da ABNT.

GEN no Brasil A Global Ecolabelling Network (GEN) é uma associa-ção sem fins lucrativos de terceira parte, que promo-ve e desenvolve a rotulagem ambiental de produtos e serviços ao redor do mundo. A cada ano a entidade realiza a reunião de seus membros em um país dife-rente e o Brasil foi escolhido para sediar o evento de 2012.

A ABNT, membro da organização, organizará o even-to no Rio de Janeiro, nos dias 5 a 9 de novembro. Esta reunião tem como objetivo principal a avaliação das tendências de rotulagem ambiental em nível mundial. Para os organismos de certificação, será uma opor-tunidade de ampliar o intercâmbio de informações e experiências no processo de Rotulagem Ambiental.

Assentos para estádios A ABNT desenvolveu o Procedimento Específico - Certificação de assentos plásticos para eventos es-portivos (PE-191), em conformidade com a ABNT NBR 15925:2011, e desde agosto de 2011 está acreditada pelo Inmetro. O procedimento de certificação foi discutido nas reuniões do Comitê Organizador da Copa do Mun-do e está de acordo com as exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

A ABNT NBR 15925:2011 estabelece os requisitos mínimos e métodos de ensaio que determinam a re-sistência e a durabilidade dos assentos plásticos para eventos esportivos fixados sobre o piso e/ou espelho de modo permanente. Contempla, por exemplo, exi-gências quanto à flamabilidade e resistência a raios UV.

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Reuniões das Comissões de Estudo

[ Fique por Dentro ]

ABNT/CB-11 -Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro

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CE-11:200.01-052 Construção Inferior do Calçado 28

MARÇO CE-11:300.03-059 Calçados 15CE-11:200.01-052 Construção Inferior do Calçado 13

ABNT/CB-14-Comitê Brasileiro de Informação e Documentação MARÇO

CE-14:000.01 Documentação 15

ABNT/CB-19-Comitê Brasileiro de Refratarios MARÇO

CE-19:000:03-002 Produtos Refratários Conformados Densos e Isolantes 8

ABNT/CB-24-Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio FEVEREIRO

CE-24:204.03 Sistemas de Controle do Movimento da Fumaça de Incêndio 28

MARÇO

CE-24:203.02 Planos e Equipos de Emergência contra Incêndio 2

CE-24:301.12 Líquido Gerador de Espuma (LGE) para Extinção de Incêndio 5

CE-24:302.05 Mangueiras de Combate a Incêndio e Acessórios 6

CE-24:302.03 Extintores de Incêndio 7

CE-24:202.03 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio 12

ABNT/CB-38-Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental FEVEREIRO

CE-38:001.01 Gestão Ambiental 13

CE-38:001.01 Gestão Ambiental 14

ABNT/CB-50-Comitê Brasileiro de Petróleo e Gás Natural

FEVEREIRO

CE-50:000.04 Equipamentos de Perfuração e Produto 1

CE-50:000.05 Tubos de Revestimento, Produção e Perfuração 14

CE-50:000.06 Sistema e Equipamentos de Processo 16

CE-50:000.07 Estruturas Oceânicas 16

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

FEVEREIRO

ABNT/CEE-65 Recursos Hídricos 16

ABNT/CEE-104 Segurança de Alimentos 24

ABNT/CEE-72 Tabaco e Produtos de Tabaco 13

ABNT/CEE-72 Tabaco e Produtos de Tabaco 14

ABNT/CEE-94 Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas 29

MARÇO

ABNT/CEE-126 Ergonomia da Interação Humano-Sistema 1

ABNT/CEE-157 Microbiologia de Alimentos 8

ABNT/CEE-80 Sistemas de Prevenção contra Explosão 5

ABNT/CEE-103 Manejo Florestal 13

ABNT/CEE-103 Manejo Florestal 14

ABNT/CEE-106 Análises Ecotoxicológicas 6, 7 e 8

ABNT/CEE-162 Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura 8

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[ Fique por Dentro ]

FeirasISC BRASIL 20127ª Feira e Conferência Internacional de Segurança Pública24 a 26 de Abril 2012Local: Expo Center Norte – Pavilhão VerdeRua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo –SPMais informações: www.iscexpo.com.br

CNASI – Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança26 e 27 de Março de 2012 - 15ª Edição – Rio de Janeiro – RJ23 e 24 de Abril de 2012 - 3ª Edição – Porto Alegre –RS14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª Edição – Brasília – DF16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª Edição – Recife – PE23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª Edição - São Paulo – SPMais informações: www.Ideti.com.br

Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web28 de Março de 2012 - 1ª Edição – Rio de Janeiro – RJ25 de Abril de 2012 - 1ª Edição – Porto Alegre – RS16 de Maio de 2012 - 1ª Edição – Brasília DF18 de Julho de 2012 - 1ª Edição – Recife –PEMais informações: www.ideti.com.br

ECOFAIR BRASIL – Feira Ambiental de Inovações Regionais 16 a 20 de Maio 2012Local: Clube União RecreativoRua Francisco Paulo Brajon 650 – Jardim Guadalajara – Sorocaba - SPMais informações: www.ecofair.com.br

23° Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 201226 a 28 Junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterRua Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo – SPMais informações: www.expoaço.org.br

AUTOCOM – Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio26 a 28 de junho de 2012 14ª Edição - São Paulo - SPMais informações: www.Ideti.com.br

CLOUD COMPUTING – Congresso de Cloud Computing SAAS, Security, Virtualização e Gestão de Datacenters7 e 8 de Agosto de 2012 4ª Edição - São Paulo - SPMais informações: www.Ideti.com.br

PTX South America21 a 23 de agosto de 2012 Local: Transamérica Expo CenterRua Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo – SPMais informações: www.ptxbrazil.com

Apoio

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[ Fique por Dentro ]

Semana Rio Industrial 20123ª Feira Brasileira da Indústria Metal e Mecânica - EXPOMAC Rio3ª Feira da Indústria Eletroeletrônica e Automação – ELETRON Rio22 a 24 de Agosto 2012Local: Rio Centro – Rio de Janeiro – RJMais informações: www.expomacrio.com.br

Congresso de Planejamento Estratégico em TI Gestão de Desempenho17 e 18 de setembro de 2012 1ª. Edição - São Paulo - SPMais informações: www.Ideti.com.br

XIX FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção – FISST 2012X FIRE SHOW – XVIII COBENI – XII COBET – VIII SINESC – VII RESPIRATÓRIA – VI ENATEC - TECSHOW03 a 05 de Outubro de 2012Local: Centro de Exposição ImigrantesRod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo – SPMais informações: www.fispvirtual.com.br

IX FESQUA – Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes 2012 X SEBRASER – XV EXPOSERRALHERIA – II VITEC – VIII TECNOFACHADAS – II IMPERTEC – FESQUA SHOW17 a 20 de Outubro de 2012Local: Centro de Exposição ImigrantesRod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo – SPMais informações: www.fesqua.com.br

FIMAI/SIMAI– 2012 - XIV – Feira e Seminário Internacional de meio Ambiente e Sustentabilidade06 a 08 de Novembro de 2012Local: Expo Center Norte – Pavilhão AzulRua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo – SPMais informações: www.fimai.com.br

Congresso de Governança de TI12 e 13 de novembro de 2012 6 a edição - Brasília - DFMais informações: www.Ideti.com.br

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

Nome / Razão Social CategoriasAlexandre Henrique dos Santos INDIVIDUAL

Bank Log do Brasil Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

Emerson Moreira Gonçalves INDIVIDUAL

Fabricio Mendonça Eletrotécnico Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

Kuraray South America Representações Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

Treinaport Treinamento e Tecnologia Ltda. COL. CONTR.M.EMP.

[ Novos Sócios ] 13/12/2011 a 15/01/2012

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A partir desta edição divulgaremos o Top 5 das normas mais procuradas no mês.

Acompanhem!

Norma: ABNT NBR ISO 9001:2008

Versão Corrigida: 2009

ABNT/CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade

Norma: ABNT NBR 15672:2009

ABNT/CB-37 - Comitê Brasileiro de Vidros

Planos 2

Norma: ABNT NBR 16007:2011

ABNT/CEE-159 - Comissão de Estudo

Especial de Persianas 3Norma: ABNT NBR ISO 14001:2004

ABNT/CB-38 - Comitê Brasileiro de

Gestão Ambiental 4

Norma: ABNT NBR 7500:2011

ABNT/CB-16 - Comitê Brasileiro de

Transportes e Tráfego 5

[ Top 5 ]

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A PNECAP é uma empresa que foi fundada em 1953, atuando desde então no setor de reforma de pneus e comércio de pneus recauchutados, executando serviços de recapagem, recauchutagem e consertos em geral, tanto no sistema “A QUENTE” quanto no sistema “A FRIO” abrangendo pneus convencionais e radiais.

RAZÃO SOCIAL: PNECAP RECAUCHUTAGEM DE PNEUS LTDA. (PNECAP) ESCOPO: PNEUS REFORMADOS DESTINADOS A AUTOMÓVEIS, CAMINHONETES E SEUS REBOCADOS; PNEUS PARA VEÍCULOS COMERCIAIS, LEVES E SEUS REBOCADOSNORMA: PE 145 Rótulo Ecológico para pneus reformados DATA DA CONCESSÃO:21/10/2011

CONSTRUTORA CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO DO CENTRO EMPRESARIAL MOURISCO ESCOPO: SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO PREDIAL DO EDIFÍCIO DO CENTRO EMPRESARIAL MOURISCO NAS ÁREAS SOB A RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO NORMA: ABNT NBR ISO 14001:2004 DATA DA CONCESSÃO: 23/09/2011

O Condomínio do Edifício Centro Empresarial Mourisco tem cerca de 54 mil m² de área, distribuídos entre doze pavimentos. A administração gerencia o empreendimento com apoio de 101 prestadores de serviços, atuando nas áreas de manutenção, conservação e limpeza, estacionamento, brigadas, operação de CFTV, automação, segurança e recepção. Todos os colaboradores estão voltados para a eficácia dos processos administrativos e operacionais visando à excelência na gestão condominial.

RAZÃO SOCIAL: TECNOFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MOBILIÁRIO LTDA. (TECNOFLEX)

ESCOPO: SISTEMA DE ESTAÇÃO DE TRABALHO, ARMÁRIOS, GAVETEIRO, MESAS, CADEIRAS E DIVISÓRIA TIPO PISO TETO NORMAS: ABNT NBR 13961:2010; ABNT NBR 13962:2006; ABNT NBR 13966:2008; ABNT NBR 13967:2009 E ABNT NBR 15141:2008 DATA DA CONCESSÃO: 14/05/2010

A Tecnoflex é uma das empresas pioneiras no investimento em tecnologia e qualidade industrial no desenvolvimento de móveis corporativos. Com sede própria em Quatro Barras (PR) e com uma instalação industrial em um espaço de 13.000 m², a empresa oferece ao mercado brasileiro e da América latina a solução completa em mobiliário corporativo, que compreende móveis, cadeiras, divisórias piso-teto e Arquivos Deslizantes, valorizando espaços e ambientes corporativos.

RAZÃO SOCIAL: ENVASEPLUS ENVASAMENTOS DE PRODUTOS LIQUIDOS E PASTOSOS LTDA. ESCOPO: ENVASAMENTO DE PRODUTOS LÍQUIDOS E PASTOSOS NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 17/11/2011

A Envaseplus é uma empresa especializada em envase de produtos derivados de petróleo, atendendo ás grandes empresas do setor há mais de 20 anos. Uma empresa capacitada para atender a todos os requisitos de seus clientes e asempre impulsionada a novos desafios.

RAZÃO SOCIAL: LAGB ACESSÓRIOS E PEÇAS LTDA. (BRANSALES ) ESCOPO: PNEUS NOVOS PARA AUTOMÓVEIS, CAMINHÕES E ÔNIBUS -PNEUS DE CAMIONETE. NORMA: PORTARIA 5 DO INMETRO DE 14/01/2000 DATA DA CONCESSÃO: 06/12/2011

Bransales atacado e varejo de pneus para motos, automóveis, pick-ups, vans, caminhões, agrícolas e máquinas de construção civil.As melhores marcas e a maior variedade de medidas e modelos de pneus.Atendemos todo o Brasilwww.bransales.com.br – atendimento a lojistas e frotistaswww.atacadaopneus.com.br – vendas no varejo on-line em até 10x.

RAZÃO SOCIAL: SYNTHESIS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MOBILIÁRIO LTDA. ESCOPO: MÓVEIS DE ESCRITÓRIO, ARMÁRIOS, ESTAÇÃO DE TRABALHO, MESAS E MÓVEIS DE COZINHA. NORMAS: ABNT NBR 13966:2008 e 13967:2009 DATA DA CONCESSÃO: 28/11/2011

Fabricante dos produtos da marca Securit, tem a responsabilidade de garantir o design e a durabilidade que a marca oferece há mais de 70 anos no setor mobiliário. Melhorias e soluções inovadoras fazem parte do cotidiano da empresa, pensando sempre na melhor integração do homem ao ambiente, doméstico e profissional.

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