Quarto Caminho Autoobservacao

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/14/2019 Quarto Caminho Autoobservacao

    1/5

    INSTITUTO NOKHOOJA

    1

    A Auto-observao

    "O objetivo da auto-observao o de nos capacitar a modificar a ns mesmos. Mas o seuprimeiro objetivo o de nos fazer mais conscientes de ns mesmos. Somente isso nos habilita a

    comear a mudar". (M. Nicoll)

    "As reaes mais aparentemente incuas e insignificantes que surgem em ns, ou eventos queaparecem ao nosso redor e nos puxam para longe mesmo dos mais firmes dos nossos propsitose intenes so as mesmas coisas contra as quais ns deveramos nos precaver, porque elas soto insignificantes que penetram as defesas da ateno; to pequenas que facilmente ultrapassama barreira de imunidade do auto-conhecimento; as interrupes involuntrias da ateno sosintomticas de um ponto cego em ns mesmos. Se ns vemos o que nos distrai, poderemos noser to facilmente seduzidos novamente pelo trivial e pelo comum." (E.J.Gold)

    Em suas descries acerca do homem, G. dizia que existem quatro estgios de conscincia: doisque so comuns a todo ser humano e dois que so possveis, se houver o esforo e aoportunidade adequada:

    1. Sono: este estado o do homem dormindo2. Estado de viglia: este o estado de funcionamento da mquina e caracterizado pela

    conscincia semi-desperta do dia-a-dia, conscincia esta que est bastante prxima do estadodo sono, com seus "sonhos acordados" (fantasias, devaneios) e que na maioria dos casos, omximo que o ser humano pode atingir. importante notar que nesse estado, o ser humanocicla entre o estado de conscincia dos minerais, por vezes dos vegetais, ou dos animais. Aconscincia que caracterizaria o homem encontra-se nos dois estgios seguintes.

    3. Estado de auto-recordao: este estado caracterizado pela capacidade que o homem tem de"lembrar-se de si mesmo", ou seja, neste estado existe o desenvolvimento de um "eu" que estpresente e capaz de ter conscincia de si mesmo.

    4. Estado de conscincia objetiva: este seria o estgio mais elevado de conscincia possvel ao

    homem e neste estado, sua apreenso das realidades externas e internas possuem comocaracterstica principal a objetividade. Com o termo "objetividade", G. se referia apreensodas coisas como elas so verdadeiramente, e no como as vemos atravs dos filtros econdicionamentos da mquina.

    O estado de auto-recordao implica na formao de um "eu permanente" e que tem acapacidade de "recordar". O termos "eu" e "recordar" podem ser compreendidos em mltiplosnveis, mas inicialmente nos basta discutir que com o termo "recordar", o Quarto Caminhorefere-se uma capacidade que deve ser desenvolvida de lembrar-se de si mesmo comoexistindo num momento presente e ocupando um local definido. Para que essa habilidade sejadesenvolvida, devemos passo a passo despertar esse "eu" em primeiro lugar, e em segundolugar, sermos capazes de nos recordar dele constantemente.

    O estado atual do ser humano caracterizado por uma multiplicidade de "eus temporrios". Naspalavras de M. Nicoll: "Ns temos que nos observar corretamente, de um ponto de partidadefinido, numa direo definida. Em primeiro lugar, no somos um, mas muitos. Ns somos umhomem pensante, um homem emocional, um homem motor e um homem instintivo que sentefome, frio ou calor, bem ou mal estar." Basta notar a pouca capacidade que possumos emmanter nossas determinaes. De manh resolvemos tomar uma determinada atitude; noite,estamos deixando aquela resoluo de lado, porque naquele momento, ela deixa de ter aimportncia que tinha pela manh. G. dizia que somos formados por um "saco de eus", que seconhecem pouco e esto sempre dispostos a assumir o controle.

    A iluso de que somos uma s pessoa nos impede de compreender o porque das coisas seremcomo so em nossas vidas e o porque de estarmos sempre repetindo os mesmos erros ouenfrentando as mesmas dificuldades que nos impedem de cumprir com que havamos resolvido.

  • 8/14/2019 Quarto Caminho Autoobservacao

    2/5

    INSTITUTO NOKHOOJA

    2

    Muito da causa do sofrimento humano pode ser encontrado aqui. Existe pouco acordo entre asemoes, pensamentos e reaes do ser humano e por isso, alm dessa incongruncia, que marca registrada dos homens, encontramos tambm o sofrimento, a sensao de impotncia efalta de liberdade para lidar com os contedos internos e com os acontecimentos e solicitaesda realidade.

    Como se no bastasse, a conscincia disso tudo muito pequena. Temos a iluso de que somos"ntegros" e que, se as coisas no do certo, a culpa da realidade em si. Existe muito poucaobjetividade em analisarmos nossa situao presente.

    No sentido de buscar resolver essa problemtica, o exerccio de auto-observao foi introduzidonas Escolas do Quarto Caminho. A auto-observao consiste em desenvolver a capacidade deobservar nossas atitudes, emoes e pensamentos o maior tempo possvel, tentando perceberesta situao de "quase-esquizofrenia", frequente na vida da maioria dos indivduos.

    Essa tcnica visa desenvolver um eu-observador, ou seja, um centro dentro do indivduo que imutvel e que tem como objetivo observar os contedos internos ao longo do dia. Por exemplo,

    observar a si mesmo (posturas fsicas, mscara facial, dilogo interno, emocionalidade) quandose est sozinho e quando algum entra no ambiente. Perceber o que acontece quando pessoasdiferentes entram nesse ambiente, por exemplo, um filho (a), esposa (marido) ou o chefe. Paracada evento diferente, solicitado que observemos a reao que surge mecanicamente emresposta. E essa reao pode ser observada em seus detalhes mnimos, tipo, a contrao doslbios, o movimento da cabea ou das mos, etc..

    Com o tempo esse eu-observador passa a representar o ncleo ao redor do qual ser construda,posteriormente, a "sensao de ser" do indivduo. um primeiro passo em direo aodesenvolvimento de uma tomada de conscincia de si mesmo e consequentemente, dacapacidade de auto-recordar-se.

    Somente com essa capacidade desenvolvida podemos pensar em mudar o nosso estado. nessafase que podem ser introduzidos os primeiros trabalhos da supresso de hbitos muito nocivos eque gastam muito energia tais como, emoes negativas, tiques nervosos ou movimentoscorporais repetitivos e desnecessrios, etc.. G. afirma que observar a si mesmo extremamentedifcil e que inicialmente, muito do trabalho consiste apenas em tentar fazer isso. Segundo ele, osucesso em relao essa prtica demora muito a acontecer e em alguns casos, pode mesmo vira no acontecer jamais. Ele alerta para que os indivduos tenham cuidado em no imaginar queesto conseguindo resultados e embarcar numa auto iluso em relao aos seus esforos.

    Uma caracterstica fundamental da prtica da auto-observao que ela deve ser conduzida deforma completamente imparcial. Se observamos por um tempo curto nossos pensamentosmecnicos vemos que grande parte deles envolve julgamentos polarizados do tipo gosto-nogosto, feio-bonito, bom-ruim, certo-errado, e que isso nos mantm aprisionados numa rede deemoes mal trabalhadas e pouqussimo conscientizadas. Devemos evitar qualquer senso moralem nossas observaes ou tentar modificar nosso comportamento, pois inicialmente, no temosnenhum poder para compreender ou mudar a maneira como as coisas acontecem. As exceesem termos de introduzir modificaes de hbito devem, necessariamente, ser determinadas porum instrutor e geralmente, no incio, se reduzem aos casos citados no inicio do pargrafoanterior.

    Devemos tentar observar que a mecanicidade parte intrnseca da vida biolgica como um todo.Raros so os momentos de liberdade, onde o modelo vigente pode ser questionado e algorealmente novo pode surgir. Em nossa vida como seres humanos sociais, estamos totalmenteamarrados na trama do grupo ao qual pertencemos. Nossos comportamentos, emoes epensamentos so determinados pelo grupo e muito do que achamos que fazemos ou sentimos oupensamos, na verdade faz parte de nossa herana gentica e do arranjo social em si. Muitos dos

  • 8/14/2019 Quarto Caminho Autoobservacao

    3/5

    INSTITUTO NOKHOOJA

    3

    nossos afazeres dirios, apesar de muitas vezes nos parecerem to importantes e nicos, naverdade, so apenas arranjos dessa teia social. Por isso, durante a fase de treinamento da auto-observao, devemos nos limitar a perceber os jogos "primatas" e ver o quanto somos partedele, intrinsecamente.

    A prpria realidade com a qual temos contato no deve ser compreendida como sendo arealidade verdadeira. A percepo da realidade que o ser humano exerce tem sido foco deestudos cientficos (ver H. Bloom) e os resultados so bastante surpreendentes. Ela parece serfruto de nossas interaes sociais e fortemente determinada pelo o que o grupo "acredita" ver,sentir ou pensar. Por isso, ela vem sendo chamada de "realidade de consenso" para diferencia-ladaquilo que seria a realidade em si. Essa ocluso perceptiva determinada por mecanismosgenticos, biolgicos e sociais que fazem parte da prpria natureza do homem. Porm, devemoscompreender que, o que chamamos aqui de "ser humano" um ser que encontra-se num estadomuito aqum de sua capacidade de conscientizar-se e de prestar ateno de forma voluntria econstante, buscando perceber as sutilezas de seu comportamento e da realidade ao seu redor. Eleresponde mecanicamente e se deixa conduzir pelos fluxos de opinies, atitudes e percepes damaioria. Por causa desse nosso imperativo biolgico, devemos acreditar que quanto maior nossa

    imparcialidade e ausncia de julgamentos morais durante o treinamento da auto-observao,menos desperdiaremos nossa energia com emoes negativas ao longo do processo.

    No entanto, Gurdjieff falava que esse tipo de exerccio desperta aquilo que ele chamava do"horror da situao", onde o indivduo em treinamento passa a ter uma viso mais real de suasituao lamentvel. Apesar de ser uma emoo incmoda, o "horror da situao" desperta nopraticante um desejo real em transformar-se e por isso, ela no deve ser evitada. importantefrisar que apenas o desejo intelectual totalmente intil para que a pessoa possa encontrar em siuma real vontade e disciplina para fazer os esforos necessrios para sua transformao.

    A prtica da auto-observao nos permite, talvez pela primeira vez em nossas vidas, a perceberque existe algo que pode escapar da mecanicidade dos jogos grupais e da realidade de consenso.

    Esse "algo" a prpria conscincia da existncia de um "eu" ou de uma "sensao de ser" queest fora desse mundo adormecido e inconsciente. Ele tem uma outra natureza e possui comocaractersticas uma sensao de permanncia e de "eternidade", pois independe dos dois maioresfatores de identificao com a mquina que possumos que so a noo da passagem de tempo ede estarmos limitados em um espao fsico.

    Em nossa vida adormecida confundimos nosso ser com a mquina. Julgamos que somos algoque no somos, que estamos confinados a um corpo que ocupa um lugar determinado no espao,e que nossa vida se resume numa sensao temporal, de um passado mal registrado e poucoconscientizado e num futuro no garantido e aguardado ansiosamente. Fora de um ambiente deEscola, muito raro termos a oportunidade de observar e experienciar nosso "eu" real. A auto-observao imparcial a primeira chave para isto.

    Nenhum tipo de mudana ser possvel sem que primeiro despertemos do sono que envolvenossa mquina. E muitas tradies tm chamado ateno para esse fato. G. em um de seusaforismas diz: "Para que possamos viver, devemos morrer para o que somos e para quepossamos morrer para o que somos, precisamos primeiro despertar". Ou seja, sem quedespertemos, no somos capazes de perceber que aquilo que imaginamos que somos precisa sertransformado em algo que realmente nos habilita a dizer que estamos vivos, uma vez que bastante questionvel afirmar que existe vida real no estado de inconscincia. A vida real estlocalizada para muito alm da inconscincia. Ela eterna, absolutamente consciente de si, e estsempre presente em todas as partculas da criao. A menos que consigamos sentir a nsmesmos intrinsecamente fazendo parte dessa corrente que flui incessantemente, no podemossequer falar sobre isso.

  • 8/14/2019 Quarto Caminho Autoobservacao

    4/5

    INSTITUTO NOKHOOJA

    4

    comum na literatura referente ao Quarto Caminho, o uso de uma metfora que nos auxilia acompreender o estado do homem. Essa a metfora usada por G. de uma carruagem, onde oamo representa o eu, a carruagem em si a parte motora do Centro Motor, os cavalos a parteemocional e o cocheiro a parte intelectual. Na mquina adormecida, no existe a presena doamo e assim, a carruagem permanece andando sem uma direo ou objetivos definidos. Amenos que o amo esteja presente, no se pode dizer que nossas vidas alcanaro algumpropsito real. Elas permanecero merc daquilo que em ns representa as idias e desejosinconscientes de um grupo social ao qual estamos interligados.

    O que compreendemos como sendo esse "eu", inicialmente, atravs do treinamento da auto-observao, ser limitado ao que a Escola do Quarto Caminho chama de "eu observador". Essencleo primrio de conscincia de si mesmo permanece confundido com o ato de observar,como se desenvolvssemos uma "testemunha" dentro de ns, que capaz de registrarconscientemente os eventos da realidade e os movimentos, sentimentos e pensamentos internos.E esse "eu" que paulatinamente passa a ser "recordado" pelo praticante, ou seja, aos poucos oindivduo que est em treinamento passa a "lembrar" de que existe um ncleo dentro de si queatua como uma testemunha e essa capacidade o reconduz ao estado.

    Nicoll refere-se relao que deve ser estabelecida com o "eu", da seguinte forma: "Paralembrar-se de si mesmo no devemos nos identificar. Para aprender a como no se identificar,devemos primeiro no estar identificados com ns mesmos. Por esta razo devemos aprender epraticar a Auto-Observao. Quando percebemos que no necessitamos acompanhar um estadode humor, etc., mas podemos atrair o sentimento de 'eu' da situao, ns comeamos a enxergaro que significa no estarmos identificados com ns mesmos."

    Assim, como decorrncia do treinamento da auto-observao, a sensao de ser permanecermisturada com a sensao de "ser uma individualidade", ou seja, o "eu" ainda limitado aocorpo fsico e seus contedos emocionais e mentais. Portanto, nesses primeiros estgios j existeuma ampliao que vai da inconscincia para a conscincia pessoal. A "recordao" aqui limita-

    se recordao de que se essa individualidade. No entanto, a experincia de "eu" ou da"sensao de ser" do indivduo, atravs de exerccios posteriores, principalmente o da Presena(ver prximo tpico), passar por desenvolvimentos bastante sofisticados e se expandir aolongo dos anos de treinamento. Esse "eu" deixar de estar limitado uma sensao pessoal ouegica e ser conduzido a nveis cada vez mais abrangentes e unitivos, de forma que, nosmomentos posteriores de treinamento, o indivduo ser conduzido a sentir-se como fazendoparte da criao como um todo, pois o que nele "" est tambm presente em toda a criao (verprximo tpico). Com isso, o indivduo rompe lentamente e de forma controlada, sua limitaoem termos de "ser" e passa a possuir uma conscincia unitiva, fundamentalmente maisabrangente que a conscincia pessoal. O prprio ato de "recordar-se" no mais se restringe essa esfera pessoal, mas agora abrange nveis mais sofisticados, nos quais a prpria criaotestemunha a si mesma e recorda de sua origem, onde reside sua prpria essncia e natureza.

    O nvel descrito acima pode ser correlacionado com o quarto nvel citado por G. e chamado de"estado de conscincia objetiva" e s pode ser alcanado dentro de uma Escola, atravs detrabalhos direcionados e esforos apropriados.

    Exerccios bsicos para treinar a auto-observao

    1) Procure relaxar a mscara facial quando conversar com algum. Observe a tenso dosmsculos desaparecendo e a mscara facial derretendo como se fosse feita de cera. Tente noalterar o curso da conversao. Pesquise, sem chamar ateno, se haver modificaes nocomportamento da pessoa com quem voc estiver conversando.

    2) Escolha uma das situaes abaixo para auto-observar-se:a) diante de uma pessoa que voc no gosta

  • 8/14/2019 Quarto Caminho Autoobservacao

    5/5

    INSTITUTO NOKHOOJA

    5

    b) assistindo televisoc) praticando um esported) tomando banhoe) esperando na fila do banco

    3) Auto observe-se a cada 15m ao longo de alguns dias (uma semana um prazo razovel) eanote suas constataes em um caderno. Procure descrever resumidamente seu estado fsico,emocional e intelectual. Descreva-os objetivamente, como um observador imparcial, e evitefazer julgamentos a todo custo.

    4) Depois de um perodo de auto observao, faa uma lista de seus hbitos. No dia seguinte,escolha um dos hbitos anotados e procure evita-lo ao longo de todo o dia. No se esquea deser imparcial. Perceba que esse exerccio busca fazer do hbito escolhido uma ferramenta paradespertar o estado de auto-observao.

    5) Ainda de posse da lista do exerccio anterior, escolha um outro hbito e tente repeti-lo, aolongo de alguns dias, de forma totalmente consciente e nova, como se fosse a primeira vez que

    voc estivesse fazendo aquilo. Perceba os detalhes que envolvem os gestos de seu corpo, suasemoes e pensamentos.

    6) Ainda da posse da mesma lista, procure escolher um hbito que voc sente que consomemuito de sua energia. D preferncia a hbitos de ordem corporal, como tiques nervosos do tipo,ficar batendo os dedos na mesa, ou balanando a perna, etc.. Uma vez detectado tal hbito (se que voc apresenta algum deste tipo) tente educar-se no sentido de no mais repeti-lo.

    7) Tente ao longo de uma semana, fazer algo totalmente diferente de seus hbitos. V passearnum parque, ou comer uma comida diferente, ou praticar algum esporte, qualquer coisa que nofaa parte de sua rotina. Se voc tiver disponibilidade, faa isso uma vez por dia, ao longo detoda a semana. Use esses momentos para observar a si mesmo.

    8) Procure dar 15m de ateno a algum que realmente no precisa. Num outro dia, tente fazer omesmo com algum de quem voc no gosta ou tenta sempre evitar. Auto observe-se durante oprocesso.

    9) Caminhe por uma regio no muito movimentada. Comece a observar intensamente cadapasso que voc der. Aumente a qualidade e perfeio de cada passo, fazendo para isso,modificaes sutis no ritmo, na forma como o equilbrio se estabelece no caminhar, na formacomo voc coloca o p no cho, nos movimentos dos braos, postura da cabea, contrao dosmsculos da face, etc.. Note o quanto voc consegue quebrar a mecanicidade do ato de andar.Tente fazer esse exerccio utilizando-se de outras atividades rotineiras.

    10) Antes das refeies, diga a seguinte frase, como se voc estivesse fazendo um pedido ouuma orao: "eu desejo lembrar-me de mim mesmo". Ento, tente alimentar-se de formaconsciente, mantendo a lembrana de si ativada. Procure sentir os alimentos comorepresentantes dos reinos inferiores ao homem sendo incorporados em voc e elevados pelo seuestado de auto-recordao ou conscincia.

    11) Arrume um saquinho de pano ou papel (melhor seria se voc mesmo costurasse ou montasseum) e decida colocar dentro dele uma moeda de valor mais elevado, cada vez que voc perceberque caiu em alguma emoo negativa de forma descontrolada. Faa isso ao longo de umasemana. No final do perodo, d o dinheiro todo para um mendigo ou instituio de caridade.