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Boletim nº 49 julho-agosto-setemro 2010 211 East 43 St, Suite 706, New York, New York 10017 - Tel: +1 646-487-0003 - Fax: +1 646-487-0004 - Email: [email protected] Queridos Leitores, Queridas Leitoras, Bem-vindos, bem-vindas à 49ª edição do Boletim VIVAT! O ano de 2010, este ano, portanto, é o décimo aniversário de VIVAT Internacional. Para comemorarmos este marco, as edições 49 e 50 de VIVAT são especiais, pois apresentarão a história de todas as nossas congregações. Nesta edição, apresentaremos artigos dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, dos Missionários Combonianos, das Adoradoras do Sangue de Cristo e das Irmãzinhas da Assunção. Como sempre, os trabalhos nas Nações Unidas e junto às bases não param, por isso este número vai também dedicar uma breve seção para o registro das atividades da VIVAT na estação de verão em Nova Iorque e ao redor do globo. Em nossa próxima edição, vamos continuar a comemoração de nossos 10 anos da VIVAT com artigos das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, da Sociedade do Verbo Divino, da Congregação do Espírito Santo e das Irmãs Missionárias Combonianas. Você nos inspira! Envie suas reações e comentários, idéias, histórias e notícias sobre nossos membros. Por favor, envie seus comentários e sugestões para: [email protected] ÍNDICE: Missionários Oblatos de Maria Imaculada ............................................. 2 Missionários Combonianos do Coração de Jesus .................................. 3 Adoradoras do Sangue de Cristo .................................................................. 4 Irmãzinhas da Assunção ................................................................................ 5 Irmãs Missionárias do Santo Rosário ....................................................... 7 Atualidades VIVAT ............................................................................................ 8 Próximos Eventos .............................................................................................. 9 Conselho Diretor Antonio Pernia, SVD Maria Theresia, SSpS Judith Vallimont, SSpS Gervase Taratara, CSSp Milan Bubak, SVD Gregory Pinto, SVD Petra Bigge, SSpS Representantes Associados Maureen O’Malley, MSHR Marina Cassarino, CMS Therese Wetta, ASC Camille Piche, OMI Juan Paulo, MCCJ Administração Executiva Zelia Cordeiro, SSpS e Felix Jones, SVD Contribuiram John Converset, Zeina Shuhaibar, Therese Wetta, Camille Piche, Franca Sessa, Edni Gugelmin, Mary Coleman Revisão Philip Gibbs, SVD Designer Zeina Shuhaibar Tradutoras Simone Petra Hanel, SSpS - Alemão Edni Gugelmin, SSpS - Português MaríaA.AgüeroSanchez,SSpS - Espanhol Nova Iorque +1 646 478 0003 Geneva +41 022 796 991 [email protected] [email protected] [email protected] Versão em Português Revisão: Marlise Costa/AlterComunicare Diagramação: Cloves Costa/AlterComunicare Impressão: AlterComunicare (11) 4614-5864 1

Queridos Leitores, Queridas Leitoras,vivatinternational.org/wp-content/uploads/2010/04/News49-Port.pdf · 3 Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ) Santo Daniel Comboni

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Boletim nº 49 julho-agosto-setemro 2010

211 East 43 St, Suite 706, New York, New York 10017 - Tel: +1 646-487-0003 - Fax: +1 646-487-0004 - Email: [email protected]

Queridos Leitores,Queridas Leitoras,Bem-vindos, bem-vindas à 49ª edição do Boletim VIVAT!

O ano de 2010, este ano, portanto, é o décimo aniversário de VIVATInternacional. Para comemorarmos este marco, as edições 49 e 50de VIVAT são especiais, pois apresentarão a história de todas asnossas congregações. Nesta edição, apresentaremos artigos dosMissionários Oblatos de Maria Imaculada, dos MissionáriosCombonianos, das Adoradoras do Sangue de Cristo e das Irmãzinhasda Assunção.

Como sempre, os trabalhos nas Nações Unidas e junto às bases nãoparam, por isso este número vai também dedicar uma breve seçãopara o registro das atividades da VIVAT na estação de verão emNova Iorque e ao redor do globo.

Em nossa próxima edição, vamos continuar a comemoração de nossos10 anos da VIVAT com artigos das Irmãs Missionárias Servas doEspírito Santo, da Sociedade do Verbo Divino, da Congregação doEspírito Santo e das Irmãs Missionárias Combonianas.

Você nos inspira! Envie suas reações e comentários, idéias,histórias e notícias sobre nossos membros.

Por favor, envie seus comentários e sugestões para:

[email protected]

ÍNDICE:Missionários Oblatos de Maria Imaculada ............................................. 2

Missionários Combonianos do Coração de Jesus .................................. 3

Adoradoras do Sangue de Cristo .................................................................. 4

Irmãzinhas da Assunção ................................................................................ 5

Irmãs Missionárias do Santo Rosário ....................................................... 7

Atualidades VIVAT............................................................................................ 8

Próximos Eventos .............................................................................................. 9

Conselho DiretorAntonio Pernia, SVDMaria Theresia, SSpSJudith Vallimont, SSpS

Gervase Taratara, CSSpMilan Bubak, SVD

Gregory Pinto, SVDPetra Bigge, SSpS

Representantes AssociadosMaureen O’Malley, MSHR Marina Cassarino, CMS

Therese Wetta, ASCCamille Piche, OMIJuan Paulo, MCCJ

Administração ExecutivaZelia Cordeiro, SSpS e Felix Jones, SVD

ContribuiramJohn Converset, Zeina Shuhaibar,

Therese Wetta, Camille Piche,

Franca Sessa, Edni Gugelmin,

Mary Coleman

Revisão Philip Gibbs, SVD

Designer Zeina Shuhaibar

TradutorasSimone Petra Hanel, SSpS - Alemão

Edni Gugelmin, SSpS - PortuguêsMaríaA.AgüeroSanchez,SSpS - Espanhol

Nova Iorque +1 646 478 0003Geneva +41 022 796 991

[email protected]@[email protected]

Versão em PortuguêsRevisão:

Marlise Costa/AlterComunicareDiagramação:

Cloves Costa/AlterComunicareImpressão:

AlterComunicare (11) 4614-5864

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Missionários Oblatos de MariaImaculada (OMI)

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Presentes em mais de 70 países,os Missionários Oblatos deMaria Imaculada (OMI), têmuma opção preferencial pelospobres, caminhando com elespara uma consciência plena denossa dignidade como sereshumanos e como filhos e filhasde Deus.

Primeiramente evangelizandoos fiéis negligenciados em Aix-en-Provence em 1825, os OMIlogo saíram a levar a Boa Novaem países estrangeiros,estabelecendo missões, fazendotrabalho social e construindofacilidades educacionais. Após oVaticano II, constatando acrescente disparidade entre pobres ericos, novas formas de justiça no mundoe respondendo ao Ensino Social daIgreja, os Oblatos partiram para um novocurso de ação que atingisse a raiz dascausas do sofrimento e injustiça nomundo. Nossas Constituições e Regrasestabelecem que a ação em favor deJustiça, Paz e Integridade da Criação éparte integral da evangelização e está nocoração mesmo de nossa missão ouvir eanunciar a Boa Nova. Em resposta, osCapítulos Gerais convocaram a liderançaOMI para indicar pessoas para criar umcentro de recursos e começar um trabalhoem rede com um grupo de Oblatos nabase. Padre Camille Piche, auxiliado pormembros do Conselho Geral e derepresentantes de cada região foiconvidado a coordenar e promover otrabalho de JPIC no generalato, em 2008.

Constatando a necessidade de juntarforças, os Oblatos tornaram-se MembrosAssociados de VIVAT Internacional, umaONG formada por 10 congregações e30.000 membros, e designou DanielLeBlanc, OMI, representante de VIVATna ONU em Nova Iorque, erecentemente, Tomas Vyhnalek na ONUem Viena, trabalhando em nívelinternacional, “onde são tomadas asdecisões que afetam a vida dos pobres”.

O maior desafio que enfrentamos hoje éviver uma relação justa entre nós, com

todas as pessoas e com toda a criação deuma maneira sustentável e reverente. Adeclaração acima bem como aconfirmação de todos os Oblatosenvolvidos com JPIC em váriosdiferentes campos levam-nos aestabelecer as seguintes prioridades:

1. Sustentabilidade econômica eecológica

Comprometidos com a causa dos pobresnum mundo desigual, injusto edevastador, promovemos uma relaçãojusta e respeitosa entre a humanidade ea criação que salvaguardam a terra, todosos seus habitantes e recursos para asgerações presentes e futuras.Reconhecemos que as estruturaseconômicas, políticas e culturais têmcausado uma quebra nas relaçõesintegrais que devem existir entre todosos elementos da natureza, incluindo nós,seres humanos. Ademais, reconhecemosque o sistema econômico atual estácriando uma divisão inaceitável cada vezmaior entre ricos e pobres, tanto em níveldas relações pessoais como entre asnações. Na esfera da sustentabilidadeeconômica muita coisa está sendo feita.Trabalhamos no campo daresponsabilidade corporativa em âmbitointer-religioso e internacional, bem comoem toda a esfera de investimentos éticos.

2. Um comprometimento com a

promoção dos direitos detodos, com ênfase especial nosPovos Indígenas e Migrantes.

3. Comprometidos com Paz eReconciliação, procuramosidentificar a natureza dasdivisões históricas eanimosidade que existementre regiões, países, gruposétnicos e raciais, explorandoas oportunidades de conheceros meios para fazer umacontribuição positiva aoprocesso da construção da paz.

4. Uma ênfase na Educaçãoe Formação, incluindo aDoutrina Social da Igreja etreinamento em JPIC em todas

as fases da formação. São planejadosprogramas de capacitação nos diferentesníveis da Congregação, com outrasCongregações e com VIVATInternacional. Consideramos que apromoção da alfabetização básica e doprocesso educacional é fundamental paraenvolver as pessoas na busca de maiordignidade e oportunidades.

Nossos membros estão presentes emsituações de conflito em Sri Lanka,Congo, Sudão, Nigéria, Paquistão,Mindanao, Colômbia, México. Tambémestá presente em: questões ecológicas,como conflitos e pobreza causados pormudanças climáticas e indústriasextrativistas na Amazônia Peruana,Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala eroubos de terras na África; pressões contraarmas de fogo e nucleares; reformasprisionais; responsabilidade cristã e social& crise econômica; terremoto quedevastou o Haiti, enchentes no Paquistão;artigos sobre tráfico humano, violênciacontra mulheres, HIV AIDS, verdade &reconciliação (Sri Lanka, Canadá,República Democrática do Congo);relatórios sobre direitos humanos epobreza extrema.

Cheios de esperança, empenhamo-nos noseguimento dos passos de Jesus,proclamando corajosamente a presençalibertadora de Jesus Cristo e o mundonovo nascido de Sua Ressurreição.

Missionários Oblatos de Maria Imaculadaestão presentes em mais de 70 países

Missionários Oblatos de MariaImaculada (OMI)

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Missionários Combonianos doCoração de Jesus (MCCJ)

Santo Daniel Comboni e seus missionáriosestavam engajados na realidade de JPICdesde o início. Desde sua primeira viagemao Sudão, em 1857, Comboni lutou contrao comércio escravagista no Oriente detodas as maneiras possíveis, apoiandotodos os esforços para que houvesse fimàs capturas, para fechar os mercados noCairo, Khartoum e Zanzibar e proibir, deuma vez, todo esse tipo de comércio. Eleescreveu incontáveis artigos contra aescravidão em jornais e revistas da Europa.As Missões Católicas forma asilos paraescravos fugidos ou maltratados e osmissionários defenderam o direito dosescravos fugidos à liberdade.Ocasionalmente, os missionárioscompravam escravos para libertá-los epuderam oferecer uma formação escolarmais elevada a alguns deles. Por exemplo,Daniel Sorur, estudou na Propaganda Fide,em Roma, e serviu, por vezes, de párocono Vicariato. Comboni também fundouuma vila livre e segura para ex-escravosem Malbes, na área de Kordofan, Sudão,aos moldes das Reduções Jesuítas.

Muito do que Comboni fez correspondeàs Metas do Desenvolvimento do Milêniohoje. Comboni criou escolas e escolasprofissionalizantes para partilhar com aÁfrica a melhor educação e tecnologiaeuropéias daquele tempo. Seu Plano paraa Renovação da África precisou doestabelecimento de quatro grandesuniversidades ao longo da costa da Áfricapara formar e empoderar clero e leigospara a constituição da igreja e de umasociedade civil renovada naÁfrica.

Em diferentes circunstânciase frente às muitas e variadasquestões de justiça, emmais de 150 ano s osMissionários Combonianosseguiram fielmente opercurso estabelecido porComboni. Em todos oslugares eles dedicam-se aosassuntos de justiça eestabelecem escolas, escolasprofissionalizantes e clínicasmédicas. Às vezes elespagam preços muito altospela educação.

Alguns Missionários Combonianostornaram-se escravos durante a revolta deMahdi, no Sudão, nos anos 1880. Todosos Missionários Combonianos no sul doSudão foram expulsos do país em 1964por apoiarem a justa aspiração dossudaneses daquela região. Os MissionáriosCombonianos foram expulsos em massapelos portugueses e no Burundi foramexpulsos por protestarem contra omassacre sistemático de todos os Hutuscom mais estudos, incluindo sacerdotes ereligiosos. Na África do Sul muitosmissionários que se opuseram aoApartheid perderam seu visto paratrabalhar. Muitos missionários perderamsua vida no Sudão, no Norte da Uganda,na República Democrática do Congo,Moçambique e Brasil, quando defendiamos direitos do povo ou por permaneceremcom ele em tempos de violência.

Como os Missionários Combonianos estãopresentes em trinta e três países, só épossível dar alguns poucos exemplos decomo estão engajados nas questões atuaisde justiça. Eles trabalham em cooperaçãocom muitas organizações de JPIC emovimentos, sejam eles católicos ou deoutra inspiração religiosa ou ainda, gruposseculares de boa vontade. Na Europa, Pe.Anton Maier ajudou a fundar a Rede Fé eJustiça África e Europa. Na ProvínciaNorte Americana, Cindi Browne dirige oCentro de Recursos que disseminainformações tópicas e trabalha com oCentro Intercongregacional de Justiça ePaz e outros para organizar simpósios e

exposições. O Escritório de JPIC de NovaJersey coopera com VIVAT Internacionalna ONU e com a Rede Justiça e Fé Africanaem Washington. Os MissionáriosCombonianos nas paróquias dos EstadosUnidos estão comprometidos com a defesados direitos dos imigrantes e em pedir poruma reforma abrangente sobre imigração.Na África do Sul, os MissionáriosCombonianos cooperam com centros derefugiados para ajudar alguns dos muitosrefugiados africanos que procuram escaparda violência em seus próprios países. Lá eem outros locais eles ajudam a preparar eencorajar equipes de JPIC para elasprepararem agentes locais para o trabalhode justiça de várias maneiras. No Sudão,monitoram e promovem o processo depreparação para o referendo do próximoano sobre a independência do Sul. OSudão conquistou o coração de Combonie permanece no coração de seusseguidores. No Brasil, hoje, algunscombonianos estão engajados na defesados direitos dos povos indígenas diantedo exercício da mineração que polui aágua e a terra e que é realizada sem oconsentimento do povo local.

Daniel Comboni fundou a primeira revistamissionária na Europa, hoje conhecidacomo Nigrizia. Hoje, muitas publicaçõesdos Missionários Combonianos e asestações de rádio nas quais eles participampatrocinam campanhas para expor e opor-se ao comércio de armas, apoiar omovimento do Jubileu e os direitos dosimigrantes. Eles perseguem as Metas de

Desenvolvimento do Milêniotais como: direito à água e aosaneamento, e ressaltamquestões como violênciacontra mulheres e o tráfico depessoas. Eles alertam para ascausas das mudançasclimáticas, da diminuição dabiodiversidade e divulgamsobre a poluição causada pelamineração, produção depetróleo e outros efeitosdevastadores do consumismoirracional.

O legado de Comboni nosdesafia hoje a ir ao encontroda justiça com energia esagacidade.

Missionários Combonianos doCoração de Jesus (MCCJ)

Grupo de Cincinnati no Rally da imigração em Washington DC

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Adoradoras do Sangue de Cristo (ASC)A espiritualidade dasAdoradoras está funda-mentada na crença de quecada pessoa tem o valor doSangue de Cristo e, portanto,merece respeito, compaixão eamor. Desde suas origens, asAdoradoras sempre estiveramenvolvidas com o estar eservir os pobres. Santa Mariamuitas vezes encorajava asIrmãs a irem aonde anecessidade era maior e aamar os “queridos próximos”.A Constituição atual incluivárias declarações sobre aopção preferencial pelos pobres.

Nos últimos tempos, os Atos daAssembléia Geral incluíram em sua pautauma atenção especial às questões deJPIC, visando mudanças sistêmicas. Em1991, as Adoradoras disseram: “Vamostentar reconhecer honestamente e mudara maneira pela qual nós, pessoalmente enossos sistemas político, econômico,social e eclesial perpetuamos asdiscriminações com base em etnias,nacionalidade, gênero, classe e outrascategorias”. Desafiamo-nos a nóspróprias para iniciativas radicais pelobem estar do planeta e por um estilo devida ecologicamente responsável. E, noscomprometemos a dar respostas concretasà violência que sofrem idosos/ idosas,mulheres e crianças.

Em nossa mais recente Assembleia (2005)reafirmamos apoio às Metas doDesenvolvimento do Milênio, da ONU,com especial atenção à erradicação dapobreza e fome, a promover igualdade degênero e empoderamento das mulheres,inclusive um compromisso de “focalizarinsistentemente, em todos os níveis, oabuso e a exploração sexual de mulherese crianças”. Algumas Adoradorasparticiparam em reuniões da Comissãoda ONU sobre o Status das Mulheres.

Em Mysore, Índia, as Adoradoraspatrocinam o Centro Social Navodaya,atendendo mulheres da zona rural. Maisde 100 Grupos de Autoajuda foramcriados no Distrito de Mysore. No DiaInternacional das Mulheres, neste ano, oCentro patrocinou uma comemoração quereuniu mais de 2.000 mulheres paracontar sua história e ouvir a apresentaçãosobre o tema “Atrocidades contra

Mulheres”. O dia incluiu uma celebraçãode tradições culturais incluindo cantos,danças e dramatizações.

Santa Maria pediu às Irmãs para“ajudarem a realizar esta bela ordem dascoisas que o Filho de Deus veioestabelecer com seu sangue”. Hoje, asAdoradoras recorrem muitas vezes a essafrase como uma expressão de sua missãoe uma motivação no seu esforço de estarem comunhão e reconciliação com aspessoas e a criação.

As Adoradoras foram aceitas comomembros Associados de VIVAT no verãode 2007, uma realização do mandato daAssembleia Geral para o engajamento nosesforços da ONG nas Nações Unidas.Fundadas por Santa Maria De Mattias,em 1834, em Acuto, Itália, as Adoradorastiveram sempre como prioridade cuidardos pobres. Com o tempo, esse serviço seexpandiu para incluir defesa com e a favordaquelas pessoas que são pobres e/oumarginalizadas. As 1 500 adoradorasservem em 26 países ao redor do mundo.

As Adoradoras do Sangue de Cristo(ASC) colaboram com e apoiam osobjetivos de VIVAT Internacional daseguinte maneira:

! ASCs no Brasil acompanhammanifestações, protestos e todos osesforços para impedir a construção deuma hidrelétrica que inundaria enormesáreas de terra às margens do rioAmazonas e destruiria casas e os meiosde subsistência de milhares entre os povosindígenas;

! ASCs acompanham e apoiam povosindígenas no Brasil, Argentina, Bolíviae nas Filipinas defendendo com e por eles

e seus direitos e conscientizamoutras pessoas sobre o assunto;

!ASCs acompanham osesforços para evitar aconstrução de um estaleiro paraconstrução naval em Masan, naCoreia, que teria efeitosambientais nocivos e ainda,defendendo “esposas estran-geiras” que são maltratadas pormaridos coreanos;

! Trabalham nos esforços dereconciliação e ministério emBósnia-Herzegovina e Croácia

e acompanham pessoas ajudando amitigar os efeitos dolorosos da guerrapelas drogas;

! ASCs trabalham com projetosmicroeconômicos que ensinam mulherespobres a ler, fazer registros financeiros edesenvolver habilidades paraautosustento, na Índia e em Guiné Bissau;

! ASCs acolhem vítimas do tráficohumano e oferecem assistênciaeducacional aos imigrantes;

! ASCs adotaram uma posiçãocorporativa contra a pena de morte nosEstados Unidos e uma ética da terra queapoia o desenvolvimento sustentável;

! ASCs estão engajadas em esforçosproativos, incluindo educação eassistência em favor dos imigrantes etrabalham publicamente contra o tráficohumano em Schaan (Liechtenstein), Itáliae Estados Unidos;

! ASCs oferecem cuidados diários eassistência a idosos carentes e criançasde famílias carentes e disfuncionais naPolônia e Croácia.

Através de VIVAT e dos esforçoscolaborativos de seus membros, asAdoradoras têm ainda outros meiospara “construir essa bela ordem dascoisas” através da promoção dosdireitos humanos, sobretudo dasmulheres, crianças e dos povosindígenas, da erradicação da pobreza,dos esforços e assessoria nodesenvolvimento econômico esustentabilidade ecológica e da criaçãode vilas, cidades e países e de umasociedade que permita a participação detodas as pessoas.

Adoradoras do Sangue de Cristo (ASC)

Em Mysore, as Adoradoras patrocinam o Centro Social Navodaya

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O fundador e fundadoraparisienses das Irmãzinhasda Assunção, EtiennePernet e Antonetter Fage,tinham em comum umapaixão pelo Reino de Deus,um coração sensível aosofrimento humano, umamor pelos trabalhadores/trabalhadoras e suasfamílias, marcados pelo“mal da sociedade”,injustiça e miséria, causadospela industrialização.Etienne Pernet, religiosoAgostiniano da Assunção,tinha a convicção de quepara evangelizar asfamílias de trabalhadoresera necessária ‘uma mulher,e uma mulher religio-sa’para despertar a consciência dasnecessidades diárias através da simplesação e de palavras confortadoras.Antoniette, uma mulher de fé viva,empregou todas as suas qualidadesintelectuais e do coração, para acolher asintuições de Etienne Pernet. Assim ela,dessa maneira, concretizou o ‘carisma’com as primeiras Irmãzinhas daAssunção.

No contexto do século XXI, asIrmãzinhas continuam a ser impelidaspela urgência de proclamar a Boa Novade Jesus Cristo através das ações comunsda vida diária, especialmente com ostrabalhadores e trabalhadoras e suasfamílias e pessoas excluídas da sociedade.Conforme a realidade de capa país,queremos encontrar as causas dadesintegração familiar e fazer lugar paraas pessoas excluídas da sociedade. Tudoisso para ‘congregar na unidade todos osfilhos e filhas de Deus dispersos ’ (Jo.11,52). Juntamente com outras pessoas,trabalhamos para formar comunidadeshumanas e de fé, criando uma atmosferaonde cada pessoa seja chamada pelonome, convidada a ser criativa e apar t ic ipar progress ivamente datransformação do mundo. Nossa açãoé orientada na busca de Justiça, Paz eIntegr idade da Criação, comodimensão integral do Evangelho e,portanto, de nossa Missão. Partilhar ocarisma com pessoas leigas, também

internacionalmente, é um elemento quenos abre às dimensões intercultural einter-religiosa.

Reunidas nos Capítulos Gerais fomosdiscernindo gradualmente ecoletivamente reconhecemos a situaçãolocal e internacional em que vivem ospobres. Em 1975, decidimos partir parao compromisso com Justiça e Paz,confirmadas pela encíclica EvangeliiNuntiandi do Papa Paulo VI, um chamadoa promover justiça social através da opçãopreferencial pelos pobres. Em 1987,criamos o Secretariado por Justiça e Paz,para responder à vida e ao chamado daencíclica ‘Solicitudo Rei Socialis’ doPapa João Paulo II, que reafirmou odireito de viver com dignidade e justiça.

Em 1999, o Capítulo Geral criou oSecretariado Internacional de Justiça ePaz para unir a congregação a uma ONGcreditada na ONU, com o objetivo defazer ouvir a voz dos excluídos.

A Congregação das Religiosas daAssunção foi uma inspiração do Espíritonos tempos de convulsão seguidos após arevolução na França. A Congregação foifundada por Marie Eugenie, em 1839,durante um século de mudanças,industrialização e urbanização. Desde oinício, a fundadora viu a missão dacongregação como a transformação dasociedade e a vinda do Reino de Deus naterra. Os meios seriam primeiramente pela

educação, especialmentede meninas.

Com sua expansão para aAmérica Latina, Ásia eÁfrica, a Congregaçãotomou consciência dasvastas áreas de pobreza,injustiça e misérias. Pelofinal do século XX, aIgreja, em alguns lugares,adotou o tema da“libertação” e “opçãopreferencial pelos po-bres”. Nos anos 1980como a globalização eneoliberalismo econômicoestavam em curso, aCongregação, como res-posta, criou o Centro daSolidariedade em âmbitoprovincial como meio de

partilha entre os mais ricos e os maispobres. No Capítulo Geral de 2000tomamos a decisão de abraçar os grandestemas de JPIC , decisão válida para todasas nossas comunidades em qualquerlugar que estejam, seja em grandesescolas ou em pequenas inserções nosmeios populares.

Desde 2008, o Secretariado Internacionalde Justiça, Paz e Integridade da Criaçãotem um rosto intercongregacional,Irmãzinhas da Assunção e Religiosas daAssunção, para:

1. Por em comum a riqueza de nossoscarismas e espiritualidades e a buscade caminhos de justiça e paz nosdiferentes continentes onde ascomunidades estão inseridas;

2. Viver o desafio do trabalho em redenas sociedades globalizadas (atualmentemediante a participação na rede AEFJN,na ONU e em diferentes redes locais);

3. Ajudar nossas comunidades nareflexão sobre as causas das injustiçase na ação, trabalhando com outros/outras na transformação das estruturasinjustas. Tomar consciência dainterdependência entre nossa realidadelocal e o sistema global;

4. Contribuir para que as pessoas sem voztenham lugar no espaço público e ajudaraos que tomam as decisões a olhar arealidade com os olhos dos pobres.

Irmãzinhas da Assunção (LSA) Irmãzinhas da Assunção (LSA)

As Irmãzinhas da Assunção visam participar progressivamentenuma transformação positiva do mundo

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Irmãs Missionárias de NossaSenhora do Rosário (MSHR)

Irmãs Missionárias de Nossa Senhora doRosário é uma Congregação de mulheresreligiosas dedicadas ao trabalhoapostólico, fundada em 1924 pelo BispoJosé Shanahan, CSSp, o então PrefeitoApostólico de vasta área do Sul daNigéria. Seu principal empenho naevangelização foi pela educação e elecompreendeu que mulheres e homensprecisavam receber educação. Eletambém queria dedicar-se a outraspreocupações das mulheres, como saúde.Para responder a essas necessidades, elefundou uma Congregação de mulheresreligiosas.

As Irmãs do SantoRosário estão envol-vidas com uma varie-dade de ministérios emdiferentes países daÁfrica, das Américas,assim como na Irlandae Inglaterra.

O que motiva todo essetrabalho é um desejo deigualdade, justiça epaz. Entretanto, hásituações de tão gritanteexploração, desigual-dade e injustiça quenecessitam de umaintervenção mais direta e localizada.

Nos Camarões, o tráfico de crianças é umproblema sério. A Conferência Nacionaldos Bispos buscou maneiras pra encararesse mal em seu país. Assim, foiinaugurado um projeto piloto fundadopelo Serviço Católico de Apoio(Catholic Relief Services), em Buea,Bamenda e Kumbo.

Irmã Mercy Wanguna, MSHR, trabalhana diocese de Kumbo, a noroeste daProvíncia de Camarões, onde o tráficoinfantil é um problema muito sério. Asvítimas são geralmente crianças entre7 e 15 anos, ambos, meninos e meninas,mas, sobretudo, meninas. Famíliaspobres são muitas vezes induzidas aentregar seu filho ou filha sob a promessade que vão receber boa educação e outrosfalsos benefícios. Mercy trabalha com aComissão Diocesana de Justiça e Paz. Elaorganiza seminários para vários grupos

comunitários em toda a diocese, paradespertar a consciência para esseproblema, entendendo como e porque issoacontece, procurando pistas de criançasdesaparecidas, reabilitando-as nacomunidade, fazendo contatos com outrosgrupos que combatem o tráfico decrianças em Camarões. Os participantesdos seminários são de vários grupos deinfluência, como agentes do distrito e seuscolaboradores, delegados de polícia,pessoal do exército, chefias e seusquadros, grupos de mães, de professores/professoras e outros que trabalham com

crianças. Esse trabalho tem conseguidoapreciação, apoio, cooperação eentusiasmo.

As Irmãs em Kumbo estão envolvidas emoutro problema que é o da exploraçãocultural das mulheres no casamento. Opreço da esposa é tão exorbitante quemuitos homens não podem se permitircasar, a não ser emprestando ou furtando.Muitos casais vivem juntos sem que taldote tenha sido pago. Essa é uma situaçãoem que a mulher fica muito vulnerável.Se o marido morre ou abandona a casa, amãe perde a guarda das crianças e temque ir embora sem nada. Outras situaçõesde sofrimento para as mulheres são asacusações falsas de bruxaria e a dasviúvas. Mary O’Shea está trabalhandocom grupos comunitários para confrontare mudar tais práticas culturais. Mary estátambém engajada no esforço paraassegurar os direitos das crianças e jovenscom necessidades especiais.

Na Nigéria, Irmã Rose Uchem, MSHR,que trabalha no Estado de Enugu,constatou que poucas mulheresnigerianas têm acesso à instrução e quemesmo a alta sociedade ainda as mantêmsubordinadas aos homens. A reação deRose a essa situação foi a de criar umaONG, IFENDU, para conscientizar eempoderar as mulheres, homens e ajuventude para acabar com práticasculturais e religiosas que ferem acondição humana das mulheres e parapromover sua plena participação em todasas esferas da existência em uma condição

de igualdade com oshomens. A concepção daONG IFENDU é a de‘um mundo no qualhomens e mulheres sejamigualmente valorizados etrabalhem juntos,harmoniosamente, comoparceiros e a plenaidentidade humana dasmulheres é afirmada emteoria e na prática’.

Assuntos mais sérios queprejudicam as mulheressão tratados através doprograma GRAC –Gênero, Religião e

Cultura, que procura promover as pessoasatravés do conhecimento, desfazer certosmitos sobre o status das mulheres eoferece uma interpretação portadora demais vida dos textos culturais e bíblicos.O trabalho de conscientização,questionamento e desafio é feito atravésde palestras, publicações, assessorias aoalcance da comunidade, conferências,apresentações e discussões e semináriosde treinamentos. Os beneficiários ebeneficiárias são homens, mulheres,juventude, incluindo seminaristas, o cleroe religiosas, lideranças femininas emasculinas, homens e mulheres da zonarural. IFENDU trata de outras questõesque atingem as mulheres como HIV/AIDS, tráfico de mulheres, problemasambientais e cuidados com a Terra.Através desse Programa, milhares dehomens, mulheres e crianças têm sidodespertados para a inclusão e equilíbrionas relações de gênero.

As Irmãs do Santo Rosário trabalham globalmentepor equidade, justiça e paz

Irmãs Missionárias de NossaSenhora do Rosário (MSHR)

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Mesmo fazendo uma pausa para comemorar os dez anos de VIVAT Internacional, não podemos negligenciarnossos trabalhos e constantes esforços. Nos últimos três meses, aconteceram avanços significativos e promissores

em nosso empenho junto à ONU para promover os direitos humanos.

Nos dias 23 e 24 de julho de 2010, 13representantes de 8 congregaçõesreligiosas de VIVAT no Brasil, reuniram-se no Seminário SVD, em São Paulo.Esse foi o segundo encontro realizadopelo grupo e teve a seguinte pauta:

1. Considerar o que vimos realizando emnossa missão, comparando nossasprioridades às prioridades de VIVATInternacional;

2. Definir nossas prioridades comomembros Vivat de acordo com nossarealidade específica;

3. Pensar na organização e dinamizaçãode VIVAT no Brasil.

Concluímos que, através de nossa açãopastoral e em parceria com várias ONGs,estamos cobrindo as principais áreas deenvolvimento de VIVAT: Mulheres,erradicação da pobreza, desenvolvimentosustentável e cultura da paz.

Motivado, o grupo comprometeu-se areforçar:

- a questão ambiental (problemas dasbarragens e mineração) e em favor dosPovos da Floresta, sejam Indígenas ouRibeirinhos e dos Quilombolas, gruposAfrodescendentes e outras NaçõesIndígenas espalhadas um pouco por todoo território nacional;

- os Direitos Humanos em todas as áreas:

infância, questões de gênero, sistemacarcerário, mundo do trabalho, povo emsituação de rua, moradores de áreas derisco, população;

- a Cultura da Paz, reforçando campanhasde desarmamento, trabalhando pelaCultura da Paz através de programas,debates e educação nas escolas.

Outras decisões:

1. envolver os demais membros dasnossas congregações, mantendo-ossempre informados;

2. reforçar o trabalho em redes locais,nacionais e internacionais;

3. constituir o VIVAT Internacional Brasilde fato, prosseguindo na organização eno compromisso enquanto a realidade nãoexigir uma institucionalização.

4. realizar encontros anuais paradiscussões, avaliação e planejamento.

Além dos encontros anuais, haveráreuniões e eventos extras, sempre que foroportuno, como é o caso da reunião jámarcada para 22 de novembro, aindaneste ano, para andamento dos assuntos.

O encontro foi animador, e apesar denossa pouca experiência com os caminhosde VIVAT, estamos confiantes no quedisse o poeta: “Caminhante, não hácaminho, o caminho se faz ao caminhar”.

Nova Entidade da ONU Promoveo Avanço das Mulheres

Em dois de julho de 2010, a AssembleiaGeral da ONU aprovou por unanimidadea criação de um novo instrumentodedicado a promover, monitorar efavorecer os direitos das meninas e dasmulheres. Essa votação foi amplamentevista como um sucesso histórico parafazer avançar a causa das mulheres. Após65 anos da existência da ONU, finalmentehouve a criação de uma agênciaespecificamente voltada à causa dasmulheres.

A entidade, chamada Mulheres ONU,será uma Entidade pela Igualdade deGêneros e Empoderamento das Mulherese será, nas palavras o Secretário Geral daONU, Ban Ki-Moon, “um avançosignificativo nos esforços da ONU parapromover a equidade de gênero, expandiras oportunidades e combaterdiscriminações através do mundo”.(www.unwomen.org).

UN Mulheres ONU será dividida emquatro setores de trabalho, como aquelesjá estabelecidos no Sistema da ONU:Divisão para o Avanço das Mulheres, oInstituto Internacional de Pesquisa eTreinamento para o Avanço dasMulheres, Escritório para AssessoriaEspecial sobre Questões de Gênero eAvanço das Mulheres, e o Fundo deDesenvolvimento da ONU paraMulheres.

VIVAT Internacional esperaansiosamente poder trabalhar junto àsMulheres ONU, especificamente comnosso trabalho vigoroso com a ONGComitê Grupo de Trabalho com Meninas,para promover equidade de gênero e ofortalecimento de mulheres e meninas.

Encontro VIVAT Internacional Brasil

Esquerda: Adriano Zerbini (MCCJ), Helio Inforsato,Margareth Gaffney (MSHR.), Antonio Carlos Sampaio (CSSp),José de Jesus Filho (OMI), Ivo Fiuza (SVD), José Boeing (SVD),Edni Gugelmin (SSpS), Marcia Ferreiras (LSA),Caterina Ingelido (CMS), Petronella Boonen (SSpS),Silvester Anas (SVD), Miguel McGuinness (SVD)

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Água Gratuita, Potável eAcessível é Finalmente

Reconhecia como “Direito”VIVAT Internacional há muito vemdefendendo e pressionando por mudançasno que se refere à Água e Saneamento.Acreditamos que é um direitofundamental do ser humano dispor defontes de água limpa e de saneamentoadequado, sem os quais uma vida livreda pobreza e de lutas e enfrentamentosnão seria possível.

A Assembleia Geral da ONU deu umgrande passo neste sentido no final dejulho, adotando a resolução que reconheceo acesso a água limpa e saneamentoadequado como um direito humano. Dospaíses presentes, 122 votaram a favor,enquanto que 41 se abstiveram de votar.Nenhum país votou contra a resolução.A Assembleia Geral “expressoupreocupação profunda pelo fato de que884 milhões de pessoas estejam semacesso à água própria para beber e maisde 2,6 bilhões não dispõem desaneamento básico”. (www.un.org).

A Assembleia Geral apela aos membrosdos estados para que apóiem as declaraçõesda resolução disponibilizando fontes definanciamento e tecnologia para os paísesmais pobres, de modo que estes possamoferecer a seus cidadãos e cidadãs águalimpa e acessível e saneamento básico.

Esse é um assunto que está merecendo otrabalho de VIVAT por vários meses,pressionando os Estados para que aresolução fosse aprovada. Apesar de issoser um ganho importante para nossos

objetivos, VIVAT agora deve redirecionarseus esforços fazendo pressão sobre osEstados para que mantenham suasobrigações de prover esse que é maisbásico dos direitos humanos. Para teracesso ao texto completo da resolução,visite: www.unwater.org.

VIVAT Reage à Situaçãoem Gaza

O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon abriu uma sindicânciainternacional sobre o ataque à flotilha deGaza, em maio último. O ataque pormilitares israelenses sobre a flotilhahumanitária que levava alimentos esuprimentos a Gaza terminou com amorte de nove pessoas a bordo do navio.

A investigação iniciada pelo SecretárioGeral Ban consistirá num grupo de 4pessoas cujo trabalho começa em 10 deagosto, devendo entregar o primeirorelatório sobre o progresso dasinvestigações em meados de setembro. Ocontrovertido ataque de maio chamou aatenção internacional, com questõeslevantadas sobre a necessidade deviolência a bordo do navio, com Israelafirmando que a abordagem ao navioenfrentou violência, enquanto que amissão humanitária insiste em que erauma flotilha pacífica.

Gaza está sob um bloqueio militarinternacionalmente contestado, pelo qual,pouco ou nenhuma ajuda pode passar,com consequências calamitosas paramilhões de palestinos em Gaza.

VIVAT internacional assinou umadeclaração na época do ataque à flotilha,expressando solidariedade para com adifícil situação dos palestinos em Gaza esua condenação do excessivo uso da forçapor Israel. VIVAT, em Nova Iorque e emGeneva, está sempre em busca de comoacompanhar a questão e de como se tornarmais ativa nessa área.

Um novo Plano Global daONU sobre Tráfico Humano

Pelos fins de agosto de 2010, aAssembleia Geral da ONU acordou emlançar um Plano Global de Ação Contrao Tráfico de Pessoas. O Plano convoca osEstados a agirem no combate do tráficohumano dentro e fora de suas fronteiras.A própria ONU vai ajudar no plano,coordenando o trabalho entre Estados eestabelecendo um fundo voluntário paraas vítimas do tráfico. Atualmente, a ONUestima que “mais de 2,4 milhões depessoas são exploradas como vítimas dotráfico humano”. O Secretário Geral Banlembrou à comunidade internacional que“nenhum país está imune (do tráficohumano). Quase todos participam, sejacomo fonte do tráfico de pessoas, corredorde passagem ou destinação”.(www.unodc.org)

O tráfico humano é um tema muitocarregado e é levado a sério por muitosprogramas de JUPIC de nossos Membros.Assim, o recente lançamento do PlanoGlobal é uma notícia alvissareira.Entretanto, deve ser encarado como oprimeiro passo na longa e árdua tarefa deacabar com o tráfico ao redor do mundo.

ATUALIDADES VIVATATUALIDADES VIVAT

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Próximos eventos VIVAT/ ONUSetembro

2 set/Dia Internacional contraTestes Nucleares

10 set/Dia Mundial pela Prevenção deSuicídios

13 set/3º Aniversário da Declaração dosDireitos das Pessoas Indígenas

13 set/Dia Internacional da Democracia

14-23 set/Assembleia Geral da ONU - 65ªSessão - Sede da ONU, Nova Iorque

21 set/Dia Internacional da Paz

20-22 set/Reunião de Cúpula sobre as Metasde Desenvolvimento do Milênio -Sede da ONU, New York

O Departamento de Informações Públicasda ONU (DIP) realiza anualmente umaconferência para reunir centenas de ONGs,para unir esforços da sociedade civil comos da ONU. Neste ano, a Conferência doDIP aconteceu em Melbourne, Austrália,em setembro de 2010.O tema tratado neste ano na conferênciafoi o da saúde global, relacionada àsMetas do Desenvolvimento do Milênio.A conferência pensada para durar um sódia, demorou dois dias inteiros, constando

da sessão de abertura, discussões em mesaredonda, oficinas, sessão de encerramentoe ainda, vários eventos paralelosrealizados em conjunto com aconferência.Logo após a sessão de encerramento, foifeita uma declaração final pelas ONGsparticipantes, que instaram osgovernantes a tomarem fortes medidaspara melhorar a saúde global,assegurando a saúde e o bem-estar de seuscidadãos e cidadãs.

O DIP da ONU realiza conferência na Austrália em 2010

Outubro

2 out/Dia Internacional da Não-Violência

16 out/Dia Mundial do Alimento

17 out/Dia Internacional pela Erradicaçãoda Pobreza

17-22 out/Reunião de VIVAT JUPIC –Zona do Euro - Viena, Áustria

18-29 out/COP-10 sobre a DiversidadeBiológica - Nagoya, Japão

24 out/Dia da ONU

25-29 out/Seminário VIVAT -Quito, Equador

Novembro

6 nov/Dia Internacional pela Prevenção eExploração do Meio Ambiente emConflitos Armados e Guerras

8-11 nov/4ª Reunião do Fórum Global sobreMigração e DesenvolvimentoHumano - Puerto Vallerta, México

16 nov/Dia Internacional pela Tolerância

16 nov/Dia Mundial pela Prevenção deAbusos contra Crianças

25 nov/Dia Internacional pela Eliminaçãoda Violência contra as Mulheres

29 nov/ a 10 dez/UNFCC COP-16 & CMP 6 -Cidade do México, México

fonte: www.un.org

Próximos eventos VIVAT/ ONU

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