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Quest Exame1 -UE 2014 F2

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  • DGESTE Direo-Geral dos Estabelecimentos

    Escolares

    Direo de Servios da Regio Centro

    AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDA DO CORVO

    ANO LETIVO 2014/2015 - EB 2.3 C/SEC. JOS FALCO

    FICHA DE TRABALHO 1 HISTRIA A 12 ANO

    PORTUGAL: DO ESTABELECIMENTO DA DEMOCRACIA INTEGRAO EUROPEIA

    Documento 1 A opo europeia perspetiva de lvaro Cunhal (1980) uma viso idlica imaginar que o Mercado Comum uma associao de pases ricos filantrpicos prontos a ajudar os pases mais atrasados. [] Os pases do Mercado Comum defendem os seus interesses prprios e a esses interesses esto prontos a sacrificar os interesses dos outros pases. Quando defendem ou admitem o alargamento do Mercado Comum a Portugal, Espanha e Grcia, no para ajudarem os pases que esto fora, mas para que a entrada desses pases sirva os interesses dos nove que j l esto dentro. [] Procuram apresentar o Mercado Comum como uma zona de desenvolvimento, de progresso, de bem-estar e de pleno emprego. Em vez de desenvolvimento harmonioso, equilibrado e progressivo, acentua-se a desigualdade do desenvolvimento, a estagnao, a recesso em importantes sectores e a queda progressiva da taxa de desenvolvimento geral. [] Com os problemas existentes no Mercado Comum, a integrao de Portugal faria pesar sobre o nosso pas numerosos fatores da crise []. O Mercado Comum procuraria fazer estagnar, submeter, absorver ou liquidar sectores da economia portuguesa concorrentes com os sectores em crise no Mercado Comum [...] e procuraria apropriar-se dos recursos portugueses. Uma tal associao em termos de desigualdade e sem reciprocidade de vantagens no interessa a Portugal. Por isso mesmo estamos contra. [] Ns, comunistas, no aceitamos que as decises acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro. Quanto mais se aprofunda o estudo e a anlise, mais se fortalece a certeza de que a integrao de Portugal [] representaria a [] restaurao dos monoplios.

    Documento 2

    A opo europeia perspetiva de Mrio Soares (1985) Para Portugal, a adeso CEE representa uma opo fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas no se pense que seja uma opo de facilidade. Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento. Por outro lado, constitui a consequncia natural do processo de democratizao da sociedade portuguesa, iniciado com a Revoluo dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonizao que se lhe seguiu, feita com atraso de vinte anos em relao aos outros pases europeus [...]. A tarefa primordial que nos ocupar a partir de agora ser a de reduzirmos cada vez mais a distncia que ainda nos separa dos pases desenvolvidos da Europa, criando para os portugueses padres de vida e de bem-estar verdadeiramente europeus. [] Principais beneficirios da integrao europeia, os jovens tero agora de saber mobilizar-se para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e da modernizao, por forma a que Portugal venha a ser no s terra de liberdade, de convivncia cvica e de tolerncia, mas tambm um espao de prosperidade, de desenvolvimento cientfico e tecnolgico e de justia social. Honro-me de ter sido quem assinou, em nome do governo da Repblica, o pedido de adeso de Portugal CEE, em maro de 1977. [] Nas mos [] de todos os portugueses [] est o futuro de Portugal, para cuja construo no faltaro, a partir de agora, os estmulos e as ajudas necessrias. No estamos mais isolados. A solidariedade europeia no nos faltar, como hoje aqui ficou comprovado com a presena de qualificados representantes de todos os Estados da Comunidade.

    Identificao das fontes Doc. 1 Interveno de lvaro Cunhal na conferncia do PCP Portugal e o Mercado Comum (Porto, 31 de maio de 1980), in www.omilitante.pcp.pt/pt/322/alvaro_cunhal_centenario/766/ (consultado em 02/12/2013) (adaptado) Doc. 2 Discurso de Mrio Soares por ocasio da assinatura do Tratado de Adeso de Portugal s Comunidades Europeias (Lisboa, 12 de junho de 1985), in www.cvce.eu/content/publication/2001/10/22/0681895a-4ad6-4444-94fc-63304c0f6f4a/publishable_ pt.pdf (consultado em 04/12/2013) (adaptado)

    Compare as duas perspetivas acerca da opo europeia, expressas nos documentos 1 e 2, quanto a trs dos aspetos em que se opem