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 N om e do A lun o Qu es t ão a grária e população Organizadores Sonia Maria Vanzella Castellar Elvio Rodrigues Martins Elaboradores Ana Lúc ia de Araujo Gue rrero Heit or Ant ônio P aladim J unior  J e r usa V ilhena de Moraes G eo g r a fi a 5 módulo

Questão Agrária e População

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Nome do AlunoQuesto agr r i a e popul aoOr gani zador esSoni a Mar i a Vanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i gues Mar ti nsEl abor ador esAna Lci a de Ar auj o Guer r er oHei torAntni o Pal adi m Juni orJer usa Vi l hena de Mor aesGeografia5mdul oGOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOGovernador: Geraldo AlckminSecretaria de Estado da Educao de So PauloSecretrio: Gabriel Benedito Issac ChalitaCoordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas CENPCoordenadora: Sonia Maria SilvaUNIVERSIDADE DE SO PAULOReitor: Adolpho Jos MelfiPr-ReitoradeGraduaoSonia Teresinha de Sousa PeninPr-Reitor de Cultura e Extenso UniversitriaAdilsonAvansiAbreuFUNDAO DE APOIO FACULDADE DE EDUCAO FAFEPresidente do Conselho Curador: Selma Garrido PimentaDiretoria Administrativa: Anna Maria Pessoa de CarvalhoDiretoria Financeira: Slvia Luzia Frateschi TrivelatoPROGRAMAPR-UNIVERSITRIOCoordenadora Geral: Eleny MitrulisVice-coordenadora Geral: Sonia Maria Vanzella CastellarCoordenadora Pedaggica: Helena Coharik ChamlianCoordenadoresdereaBiologia:Paulo Takeo Sano Lyria MoriFsica:Maurcio Pietrocola Nobuko UetaGeografia:Sonia Maria Vanzella Castellar Elvio Rodrigues MartinsHistria:Ktia Maria Abud Raquel GlezerLngua Inglesa:Anna Maria Carmagnani Walkyria Monte MrLnguaPortuguesa:Maria Lcia Victrio de Oliveira Andrade Neide Luzia de Rezende Valdir Heitor BarzottoMatemtica:Antnio Carlos Brolezzi Elvia Mureb Sallum Martha S. MonteiroQumica:Maria Eunice Ribeiro Marcondes Marcelo GiordanProduoEditorialDreampixComunicaoReviso, diagramao, capa e projeto grfico: Andr Jun Nishizawa, Eduardo Higa Sokei, Jos Muniz Jr.Mariana Pimenta Coan, Mario Guimares Mucida e Wagner ShimabukuroCartas aoAlunoCar ta daSecretaria de Estado da EducaoCaroaluno,Comaefetivaexpansoeacrescentemelhoriadoensinomdioestadual,osdesafiosvivenciadosportodososjovensmatriculadosnasescolasdaredeestadualdeensino,nomomentodeingressarnasuniversidadespblicas,vmseinserindo,aolongodosanos,numcontextoaparentementecontraditrio.Se de um lado nota-se um gradual aumento no percentual dos jovens aprovadosnosexamesvestibularesdaFuvestoque,indubitavelmente,comprovaaqualidadedosestudospblicosoferecidos,deoutromostraquodesiguaistmsidoascondiesapresentadaspelosalunosaoconcluremaltimaetapadaeducaobsica.Diante dessa realidade, e com o objetivo de assegurar a esses alunos o patamardeformaobsicanecessrioaorestabelecimentodaigualdadededireitosdemandadospelacontinuidadedeestudosemnvelsuperior,aSecretariadeEstadodaEducaoassumiu,em2004,ocompromissodeabrir,noprogramadenominadoPr-Universitrio,5.000vagasparaalunosmatriculadosnaterceirasriedocursoregulardoensinomdio.umapropostadetrabalhoquebuscaampliar e diversificar as oportunidades de aprendizagem de novos conhecimentosecontedosdemodoainstrumentalizaroalunoparaumaefetivainseronomundoacadmico.Talpropostapedaggicabuscarcontemplarasdiferentesdisciplinasdocurrculodoensinomdiomediantematerialdidticoespecialmenteconstrudoparaessefim.O Programa no s quer encorajar voc, aluno da escola pblica, a participardoexameseletivodeingressonoensinopblicosuperior,comoesperaseconstituiremumefetivocanalinterativoentreaescoladeensinomdioeauniversidade.Numprocessodecontribuiesmtuas,ricoediversificadoemsubsdios,essaparceriapoder,nocasodaestadualpaulista,contribuirparaoaperfeioamentodeseucurrculo,organizaoeformaodedocentes.Prof.SoniaMariaSilvaCoordenadoradaCoordenadoriadeEstudoseNormasPedaggicasCar ta daPr-Reitoria de GraduaoCaroaluno,Com muita alegria, a Universidade de So Paulo, por meio de seus estudantesedeseusprofessores,participadessaparceriacomaSecretariadeEstadodaEducao,oferecendoavocoquetemosdemelhor:conhecimento.Conhecimentoachaveparaodesenvolvimentodaspessoasedasnaese freqentar o ensino superior a maneira mais efetiva de ampliar conhecimentosdeformasistemticaedeseprepararparaumaprofisso.Ingressarnumauniversidadedereconhecidaqualidadeegratuitaodesejodetantosjovenscomovoc.Porisso,aUSP,assimcomooutrasuniversidadespblicas,possuiumvestibulartoconcorrido.Paraenfrentartalconcorrncia,muitos alunos do ensino mdio, inclusive os que estudam em escolas particularesdereconhecidaqualidade,fazemcursinhospreparatrios,emgeraldealtocustoeinacessveismaioriadosalunosdaescolapblica.O presente programa oferece a voc a possibilidade de se preparar para enfrentarcommelhorescondiesumvestibular,retomandoaspectosfundamentaisdaprogramaodoensinomdio.Espera-se,tambm,queessareviso,orientadapor objetivos educacionais, o auxilie a perceber com clareza o desenvolvimentopessoalqueadquiriuaolongodaeducaobsica.Tomarpossedaprpriaformaocertamentelhedarasegurananecessriaparaenfrentarqualquersituaodevidaedetrabalho.Enfrentecomgarraesseprograma.Osprximosmeses,atosexamesemnovembro,exigirodesuapartemuitadisciplinaeestudodirio.OsmonitoreseosprofessoresdaUSP,emparceriacomosprofessoresdesuaescola,estosededicandomuitoparaajud-lonessatravessia.EmnomedacomunidadeUSP,desejo-lhe,meucaroaluno,disposioevigorparaopresentedesafio.SoniaTeresinhadeSousaPenin.Pr-ReitoradeGraduao.Apresentaoda reaEu sou de Guainases. E eu da Cidades Tiradentes. Onde fica a Vila Prudente? Eu nasci emGuarulhos,masmeupaiveiodePernambuco.EumoronazonaLeste,mastrabalhonaFre-guesiado.Eassimpoderamoscontinuaracitarosdiferenteslugares.Umdemorada,outrodetrabalho.Umdeorigemoutrodechegada.Deondeseveioedeondesevive.Umaquieuml,quenosfazdeslocardenibus,trem,metr,edependodadistncia,atmesmodenavio,oudeavio.svezeslonge,svezesperto.E,svezes,quandovamos,voltamos,eporoutraficamos,mudamosdelugar.Enodeslocamento,nahoraquenosmovimentamos,olhamospelajanelaapaisagemsemovendo,comoquemsemovessefosseelaenons.Casas,prdios,avenidas,carros,caminhes,pontes,viadutos,praas,estaes,pessoas,muitaspessoas,rvores,postes,semforos,placas(vende-se,compra-se,aluga-se...),annciosemcartazesvendendodehambrgueracigarro,decarroajeans,eporavaiodesfiledaspaisagens.acaradageografiaemquevivemos. Ageografiadacidade.Paraquemnosabe,tudoparececonfuso,nomximofamiliar,mascatico,bagunadomesmo.Eondevivemos.Masporqueisso?Porqueumacoisapertoeoutralonge?Porqueeumoroaquiemeutrabalhoficaemoutrolugar?Porqueeusoudaquiemeupaiveiodeoutro lugar? Periferia, o que isso? Ser da periferia ser perifrico a que? Onde est o centro?Ecentrodeque? Afinal,porqueascoisasestolocalizadasondeesto,distribudasdessejeito? Agenteouveeporvezesfala:soudaperiferia,oBrasilumpasperifrico,enosperguntamos,quelugareste,aperiferia?Serdeumdeterminadolugarsignificaoqu? Temvezesqueagentediz:olha,elecariocaeelecearense.Daestamosafalarsemperceberoquecadapessoa,poisparecequeolugardeondeelasvieramdizmuitodoqueelasso.Podeseratqueissosejaumexagero,masobservecomofazemosissonodia-a-dia.Pelomenosdparaconcluirquemuitodoquesomosdependedolugardeondevivemos.Dequalquermaneira,existecomoresponderatodasasperguntasquefizemosaqui.QuemcapazderesponderissotudoparansaGeografia.Eporissoquetemosqueestudaressamatria,poisassimpodemosresponderumtantoquemsomosns.Nestaapos-tilavocvaiencontrarumconhecimentoquepermiteacompreensodasualocalizaonacidade,noBrasilenoMundo.Vaicompreenderaquegeografiavocpertenceouqualgeografiafazpartedevoc.Tambmvaidescobriroquantoestageografiaimportantenasnossasvidas,eoquantonecessrioconhec-la,poisbemprovvelqueelanecessitesertransformada,modificada,e,quemsabe,atrevolucionada.Agora,paracomear,pergunte-se:queGeografiaessa?Seelaestbagunada,faacomoJorgeBen,chameosndico,masnestecasochameoprofessordegeografia.Noseperca,seorienterapaz,useomapa. Tdifcil?Notemerro,estamosaqui paraisso,jqueolesteficaaqui,vamosdarorumo.Bomestudo,ouboaviagem...ApresentaodomduloAtbempoucotempo,oscontedoseconceitosrelacionadosproduodoespaoagrrioestransformaesdesuaspaisagenseramestudadosdemodofragmentado;eramconsideradossomenteaspectosrelativosscon-diesnaturaisestcnicasdeproduodosalimentos.Issosignificavadei-xardeladoquestesligadasspessoasqueproduziamosalimentos,suascaractersticassocioeconmicaseculturais,seuposicionamentopoltico,en-fim,suahistriadevidaesuaexperincianomundo.Atualmente,osestudosdesenvolvidosnareadaGeografia AgrriaedePopulaodefendem,entreoutrostemas,acompreensodasrelaessociaisnocampoenacidade,oquesignificaabordaraestruturaodaproduodevriasformasemfunodaorganizaodasociedadenaqualaproduoeapopulaoseinserem.Nessesentido,menosimportantememorizarfatosdescontextualizados;assim,arealidadedocampobrasileiroedeseucampesinato,bemcomoadinmicapopulacional,tornam-setemasparainstigantesdiscussesemGeografia.Cadaumadasunidadesfarrecortessobreostemaspropostosnessemdulo,namedidaemqueincorporamemsuasanlisesdiferentespontosdevista.Introduo: estudos degeografia agrriaAtbempoucotempo,estudvamoscontedoseconceitosrelacionadosproduodoespaoagrrioeastransformaesdesuaspaisagensdemodofrag-mentado,ouseja,consi-derava-seapenasosas-pectosrelativosscon-diesnaturaisestcni-casdeproduodosali-mentos.Issosignificavadeixar de lado questes li-gadasspessoasquepro-duziamtaisalimentos,suascaractersticassocio-econmicaseculturais,seusposicionamentospo-ltico,enfim,suashistri-asdevidaesuasexperi-nciasnomundo.Atual-mente,osestudosdesen-volvidosnareadaGeo-grafia Agrriadefendem,entre outros temas, a com-preensodasrelaesso-ciaisnocampo,quesig-nificaestudaraestrutu-raodaproduoemfaceorganizaodaso-ciedadenaqualessapro-duoseinsere.Nessesentido,menosimpor-tantememorizarfatosdescontextualizados,aomesmo tempo em que en-tender a realidade do cam-po brasileiro e de seu cam-pesinatotornam-setemasparainstigantesdiscus-sesemGeografia.Simielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.Uni dade 1O campo no cotidianoda sociedade brasileiraEmnossodia-a-dia,estamosemcontatoindiretocomocampopormeiodealimentos,bensdeconsumono-durveisesemi-durveiseporprodutosindus-trializadosdemaiordurabilidade,cujamatria-primatemorigemnasreasrurais.Essesbensdeconsumopodemserutilizadosdediferentesformaspelohomemepelasociedadeemqueestinserido,comonolazer,nosestudosenotrabalho.Entretanto,nemsempretodasaspessoastmacessoatodosouaosmesmosbensdeconsumo.Partesignificativadapopulaodoplaneta,porexemplo,notemacessoaosgnerosalimentciosparafazertrsrefeiespordia.Hfamlias,noBrasileemoutrospasesdesenvolvidosouemdesenvolvimento,quenofazemsequerumarefeioaodia,impedindo-asdeconsumiremosnutrientesecaloriasrecomendadospelaOrganizaoMundialdeSade(OMS).Outroaspectoquepodeserdiscutidonessaintroduoocaminhoqueessesprodutospercorremparachegarsgndolasdossupermercadosetc.,e,portanto,atosconsumidores.Muitosprodutosperecveis,comoverdurasefrutasfrescas,chegamsnossasmesasmaisrapidamentedoqueoutrospro-dutosemfunodotempodesuadurabilidade.Sobensqueprecisamserconsumidosempoucosdias.Poroutrolado,hbensdeconsumoalimentcioquepodemserconsumidosemumprazomaisextenso,porquepossuemaditivosqumicoseconservantesqueostornamcapazesdeestendersuadu-rabilidadeparaalgunsmeses.Portanto,alocalizaodaculturadecertosg-nerosalimentcios,comoashortalias,dependemdaproximidadedomerca-doconsumidorouentodapresenadeumsistemadetransporteeficiente,capazdevenceradistnciaentreolocaldeproduoeolocaldeconsumoemprazosuficienteparamanteraqualidadedoproduto.Percebaqueasino-vaestcnicas,comotransporteemcmerasrefrigeradasoudesenvolvimen-todegnerosagrcolasmaisresistentes,ampliamareadecultivo.Emnossodia-a-dia,seprestarmosatenoatudooqueconsumimos,po-deremospensartambmnoscaminhosqueasmatrias-primaspercorrematseremtransformadasemprodutosconsumveispelassociedades.Qualolocaldeorigem,porexemplo,daservasnaturaisedassementesoleaginosasquesousadasnaproduodesabonetes,xampuseoutrosprodutoscosm-ticos?Qualotempodecorridoentreacolheitadamatria-prima,afabrica-odoprodutoeseuprazodevalidadeapontadosnaembalagem?Muitosdosprodutosqueconsumimosemnossocotidianosocomercia-lizadosnosentrepostos.OCEAGESP(CompanhiadeEntrepostose ArmaznsGeraisdoEstadodeSoPaulo),porexemplo,umaredededistribuioeOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraesIacvocv\vi\abastecimentoquepossuidezentrepostosespalhadospeloEstado(nacapitalenointerior),comercializandomaisde350toneladasdeprodutosporseusmaisde6.000permissionrios. Aprincipalcaractersticadeentrepostosisola-dosouemredevenderosprodutosnoatacado.Del,frutas,verduras,legumes,flores,pescadoseoutrosgnerosagropecurioschegamaoconsu-midoremfeiraslivres,mercadosmunicipais,quitandas,mercadosdebairro,supermercados,sacoles,varejeserestaurantes.Esseslocaisdecomr-ciovendemosprodutosnovarejo.At acado: comrcio de produt os em grande quant idade e geralment e prat icado porempresas e int ermedirios.Varej o: comercializao de mercadorias em pequena quant idade e dirigido normal-ment e diret o ao consumidor final.Asmercadoriasoriginadasnocampo,tambmchamadodezonaourearu-ral,soproduzidasapartirdotrabalhodecamponesesagricultores. Almdestes,questesmaisamplasrelacionadasaocampo,suasatividadeseespacializaonosterritriosenvolvemoutroselementoseoutrossujeitos,comooslatifundiri-oseasempresasagropecurias,queestodiretamenterelacionadosnosproduodessesgneros,masestruturafundiriadessesterritrios.A unidade cidade/campo: uma cont radio O processo de i ndust ri al i zao da agri cul t ura t em el i mi nado gradat i vament e aseparao ent re a ci dade e o campo, ent re o rurale o urbano. (...) Isso quer di zer quecampo e ci dade, ci dade e campo f ormam uma uni dade cont radi t ri a. Uma uni dadeonde a di ferena ent re os set ores da at i vi dade econmi ca (agri cul t ura, pecuri a e ou-t ros, em um; i ndst ri a, o comrci o et c., em out ro) vaisendo sol dada de um l ado pel apresena, na cidade, do t rabalhador assalariado (bia-fria) do campo. (...) De out ro lado,pode-se const at ar que a i ndust ri al i zao dos produt os agrcol as pode ser fei t a no campocom os t rabal hadores das ci dades. Tudo i ndi ca que o desenvol vi ment o do capi t al i smoest sol dando a uni o cont radi t ri a da agri cul t ura e da i ndst ri a, do campo e da ci dade,que el e mesmo separou no i nci o de sua expanso.Font e: OLIVEIRA, A.U. Agricult ura brasileira: t ransformaes recent es. In Ross, J.L.S. (org.). 1995. Geografi ado Brasi l . Coleo Didt ica 3. So Paulo: Edusp; p. 465:534.Todososanos,amdiadivulgadadossobreapobrezaeafomenomundoenoBrasil,baseadaemdadosdaFAO(OrganizaodasNaesUnidasparaaAgriculturae Alimentao).Paratermosumaidiadessadesigualdade,em2000aproximadamente750milhesdehectaresdegrosforamplantadosnoplaneta,gerandoumarendade300milhesdedlares.Contudohavia,nomesmoano,ProdutoFeijoSojaAcarCana-de-acarCacauCafAlgodoSit uao na produomundial3o2o2o1o5o1o8oParticipao na produomundial (%)5,420,211,425,46,625,13,4Brasil:Posionaproduomundial(2001)I-xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oFont e: IBGE760milhesdepessoassubnutridasemtodoomundo.Damesmaforma,oBrasilestentreosmaioresprodutoresdegrosealimentosdomundo,maspoucaspessoastmacessosterraseaosalimentosdelaoriundos.Entender,analisarediscutiraorigem,ascausaseasconseqnciasdessesproblemassocioecon-micosauxiliamnaelaboraodesolueseaessociaistransformadoraseefi-cazesparaasociedadebrasileiradentrodaquestoagrria.Iocvocv\vi\Font e: IBGESimielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.Text o Complement arA agricult ura, os t ipos desolos e o uso dos recursosnaturaisAtualmente discute-secomo a humanidade podeorganizaroseuespaodemodo a revert er o quadro dedegradaoambi ent al doplanet a, garant indo o desen-volviment osust ent vel.Onvel tecnolgico atingido ato moment o permit e que aagricult ura seja prat icada emlocais cujas caractersticas na-t urais so pouco favorveis.Ent ret ant o o solo discut idonocont ext odaproduoagrcola como um element opotencializador dessa produ-o,t ornandoosprodut osmais barat os e acessveis auma parcela maior da popu-lao. Quant o mais adequado produo, menores seroos invest iment os despendidos no cult ivo de um det ermi-nado gnero agrcola. Isso confere ao solo a capacidadede sust ent ar (ou no) det erminados usos agrcolas emfuno de suas caract erst icas fsicas e qumicas.O tempo cronolgico, o clima, as rochas, as formas derelevo, os animais, a veget ao a sociedade so os fat oresque influenciam na formao dos solos. Os diferent es t iposde solos encontrados em toda a superfcie do planeta estoligados s variadas combinaes ent re esses fat ores. Os l at ossol os so os sol os mai s decompost os porserem formados em ambi ent es com i nt ensa umi dade ecal or, ou seja, nas zonas de cl i ma t ropi calmi do, como oschapades cent rai s do Brasi l . Ocorrem normal ment e emreas de rel evo rel at i vament e pl ano, onde a eroso no muit o significat iva. Em virt ude do int enso int emperismoa que est o submet i dos, decorrent e da grande quant i -dadedeguai nf i l t r adanoper f i l ,amai or par t edosl at ossol osbast ant eempobreci daemnut ri ent esne-cessri os aos veget ai s; normal ment e, so sol os ci dos.(...) Out ros, qui mi cament e mai s pobres, so ocupadosori gi nari ament e por cerrados. Ent ret ant o, por serem qui -mi cament e pobres, no si gni fi ca que no podem ser i n-t ensament e ut i l i zados pel a agri cul t ura. Empregando-sequant i dades adequadas de corret i vos e fert i l i zant es mi -I,xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\onerai s, podem ser obt i dos t i mos resul t ados na produo agrcol a, i ncl usi ve em usosi nt ensi vos, poi s as propri edades fsi cas dos l at ossol os so boas, e frequent ement e el esest o si t uados em condi es de bai xa decl i vi dade, permi t i ndo a mecani zao; por exem-pl o, no Cent ro-Oest e brasi l ei ro. (...) Nem t odos os l at ossol os, porm, so qui mi cament eempobreci dos. A famosa t erra roxa um l at ossol o no qualforam i nst al adas as grandesl avouras de caf , pri nci pal ment e no Paran e em So Paul o, no f i naldo scul o XIX,abri gando hoje out ras cul t uras, como a cana-de-acar, a soja e o mi l ho, al m de grandesext enses de past os.(...) Os argi ssol os ocorrem em si t uaes de rel evo com decl i vi dades mai s el eva-das, ao cont rri o dos l at ossol os, e t ambm t m mel hor fert i l i dade nat uralem rel ao aest es, j ust ament e por apresent arem um hori zont e com mai or acumul ao de argi l a, oque aument a a capaci dade de t roca dos mi nerai s do sol o com as razes das pl ant as epermi t e mai or armazenament o de gua. Mas so ci dos e preci sam de corret i vos efert i l i zant es porque ocorrem em reas com grande presena de gua. So sol os apt os agri cul t ura i nt ensi va; ent ret ant o, se si t uados em reas de decl i ves mui t os el evados,t ornam-se bast ant e suscet vei s eroso. El es necessi t am apenas de corret i vos, f ert i l i -zant es e al gumas prt i cas de manej o, t ai s como pl ant aes em curvas de nvel , paraserem pl enament e cul t i vados.Os sol os podzol /bruno est o ent re os mai s f rt ei s do mundo e, port ant o, t mgrande capaci dade de produo de al i ment os. O fat or mai s l i mi t ant e para a produoagrcol a nessas reas o fri o i nerent e aos cl i mas t emperados. Ent ret ant o, i sso pode sercont ornado com o cul t i vo de det ermi nados produt os adapt ados s condi es cl i mt i casespecf i cas desses l ugares.Os t chernozions so encont rados principalment e em reas de climas submidos,onde exist e gua suficient e para mant er uma veget ao de gramneas, mas no t ant o paralixiviar as bases, not adament e o clcio. A mat ria orgnica, muit o present e nesses solos, originada pelo sist ema radicular das gramneas, que a cada ano adicionam quant idadesrelat ivament e grandes de mat ria orgnica ao solo. A t opografia e a rocha no t m papelimport ant e na formao desse solo, podendo ocorrer nas mais variadas condies, t ant ode relevo quant o de rochas. Esse solo considerado um dos melhores do mundo para aagricult ura por causa da sua fert ilidade nat ural e da facilidade para o cult ivo.Font e:CASTELLAR,S.M.V.;ARMANI,G.2002. Const rui ndo Sempre Geografi a.SoPaulo:Secret ariaEst a-dual da Educao (SEE-SP).Simielli, 2000. Geoat l as. So Paulo: Ed. t ica.I8cvocv\vi\Simielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.At i vi dades1.(Enem-2004) Aproduoagrcolabrasileiraevoluiu,naltimadcada,deformadiferenciada.Nocasodaculturadegros,porexemplo,verifica-senosltimosanosumcrescimentosignificativodaproduodasojaedomi-lho,comomostraogrfico.Pelosdadosdogrficopossvelverificarque,noperodoconsiderado,a)aproduodealimentosbsicosdosbrasileiroscresceumuitopouco.b)aproduodefeijofoiamaiorentreasdiversasculturasdegros.c)aculturadomilhotevetaxadecrescimentosuperiordasoja.d)asculturasvoltadasparaomercadomundialdecresceram.e)asculturasvoltadasparaaproduoderaoanimalnosealteraram.2.(Enem-2004)Agrandeproduobrasileiradesoja,comexpressivaparticipaonaeconomiadopas,vemavanandonasregiesdoCerradoIuxuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\obrasileiro.Essetipodeproduodemandagrandesextensesdeterra,oquegerapreocupao,sobretudoa)econmica,porquedesestimulaamecanizao.b)social,poisprovocaofluxomigratrioparaocampo.c)climtica,porquediminuiainsolaonaregio.d)poltica,poisdeixadeatenderaomercadoexterno.e)ambiental,porquereduzabiodiversidaderegional.3.(Unesp-2004)Aproduoagrcolabrasileiragrande,diversificadaededistribuiogeogrficabemampla.Noentanto,quandoseconsideramosvaloresrecentesdaproduodecadaestadoemrelaoaovalortotaldopas,nota-se,porexemplo,queaproduodalaranja,dacana-de-acar,docafedocacau,respectivamente,maiselevadaema)SoPaulo,SoPaulo,MinasGeraiseBahia.b)SoPaulo, Alagoas,MinasGeraisePar.c)Alagoas,Pernambuco,SoPauloeBahia.d)Paran,SoPaulo,MinasGeraiseBahia.e)SoPaulo,Pernambuco,MinasGeraisePar.OS SUJEITOS SOCIAIS E O TRABALHO NO CAMPOSegundodadosdoIBGEde2000,apopulaoeconomicamenteativa(P.E.A.)doBrasilestsegmentadanosseguintesramosdeproduo,percentualmente:Tabela1Brasil:populaoeconomicamenteativasegundoossetorespro-dutivosRamos ProdutivosServiosAgricult uraComrcioIndst ria de t ransformaoP.E.A. (%)36,624,213,411,6Ramos ProdutivosIndst ria de const ruo civilAdminist rao pblicaOut ras at ividades indust riaisP.E.A. (%)6,64,61,1Font e: PNAD, 2001.O que a P.E.A.?Por populao economicament e at iva ent ende-se apenas a parcela de t rabalha-dores que possuem regist ro em cart eira de t rabalho ou que at uam como profissionaisliberais, ist o , que fazem part e da economia formal e que part icipam do sist ema dearrecadao de impost os.J a populao no-at iva const it uda por j ovens, aposent ados, t rabalhadoressubempregados que complement am a sua renda pelo t rabalho informal e que nopart icipam diret ament e do sist ema t ribut rio (camels, guardadores de carros, diarist asurbanos e rurais conhecidos como bias-frias).SegundoaTabela1,percebemosqueaparticipaodaspessoasemprega-dasematividadesagrcolasocupaosegundolugarnadistribuiodaP.E.A.brasileira.Grandepartedapopulaobrasileirabuscasuasobrevivnciaapartirdotrabalhorealizadodiretamentecomaterra,aopassoqueaquelesquedesenvolvemsuasatividadeseconmicasnosetortercirio(comrcioeservi-:ocvocv\vi\os),localizam-seprincipalmentenoscentrosurbanos.Entretanto,aspessoasquevivemdaterraprecisamdeladisporpararealizaratividadesquevodesdeacriaodeanimais(bovinos,caprinos,ovinos)atlavourasdegne-rosvariados.Precisamdaterraparatrabalhareparaviver.Algunscamponesesatpossuemasterras,outrosarrendam-nademdiosegrandesproprietrios.Haquelesquetomampossedepequenasporesdeterracomsuasfamliaseoutrosquetmapossedegrandesextensessemnemasconhecer!Ehaquelesqueestoacampados,lutandoporumpedaodeterrapara,juntocomsuafamlia,trabalhar.Estesltimos,aoconquistaremsuasterras,deixamdeestarnacondiodeacampadosepassamaintegraroProgramadeReformaAgrriadoGovernoFederalpormeiodoINCRA,ga-nhandoadenominaodeassentados.Adiferenciaoentreacampadoeas-sentadoumdosaspectosquenosajudaaentenderoquevemocorrendonocampobrasileironosltimosvinteanos.Questoagrriaouproblemaagrriootermousadoabordaraentradadomododeproduocapitalistanocampo.Essaexpressoestrelacionadaformacomoessemododeproduo,comsualgicaincessantedebuscadolucro,aodesenvolver-se,modificaapropriedade,aposseeapossibilidadedeacessoterra.Issodeveserpensadoconsiderandoascaractersticaslocais,regionaisemundiaisdesseacesso,jquemuitospasescapitalistas,principal-mentenaAmricaLatina,concentramapropriedadedaterra,eapossibili-dadedeposseestcadavezmaisdifcil. Aquestoagrriaenvolve,ainda,omododeorganizaoedivisodotrabalhonocampo,aproduoearendadaspessoasquevivemdeatividadesagrcolas.Sabemosqueomododeproduocapitalistaoriginou-seematividadesindustriaisocorridasemcidadesinglesasnosculoXVIII.Astransformaesdecorrentesnomundodotrabalhoenasatividadeseconmicasaolongoda-quelesculoedosculoXIXnoserestringiramscidadeseacarretarammudanassignificativasnocampo,alterandoomododevidadecamponesesedegrandesproprietriosdeterra,transformandoosacontecimentosverifi-cadosnocampoemumaquesto.ParticularmentenaInglaterra,berodasociedadeindustrialsurgidaentreossculosXVIeXVII,oaperfeioamentodomaquinrio,dastcnicasdeprodu-oedatecnologiaempregadanasatividadesprodutivasfavoreceuoxodorural. Aindustrializao,seguidadaurbanizaodelocalidadesinglesas,pas-souaexigirmaiorquantidadedemo-de-obraparapreencherasvagasdetrabalhonasfbricas.Nocampo,aterrahaviasidotransformadaemmercadoriaeosagricultoresemtrabalhadoresassalariados,noentanto,aomesmotempoqueoscamponesessedesvinculavamdaterra,muitosficaramsemocupao.Issosignificaqueoscamponesesqueantesdesenvolviamtrabalhoscomaterraforamexpulsosdevidoaoscercamentos(reasqueeramdeusodosservosnoperodofeudalequeforamcercadaspelossenhoresparaaprticademonocul-tura,fazendocomqueoscamponesesfossemexpulsosdoslugaresdemorada)emigraramparaascidades,ondesetransformaramemoperriosdasfbricas.Sobreessaquestohoutrosaspectosscio-econmicosimportantes,masva-mosnosdeteraoprocessodeindustrializaoesmudanasnavidanocampo.Almdoexemploingls,podemoscitarocasodaFrana. Acomplexidadeimpostapelocapitalismoaocamponessepaspodeserentendidaaolembrar-mos que quase toda a propriedade da terra estava em poder da Igreja e da nobre-za,cabendoaoscamponesestrabalharpagandotributosparaosenhorfeudal(fatoquecaracterizaessemododeproduo). Aburguesia,poroutrolado,eraumaclassesocialemascenso,masnodetinhapoderiopoltico(somenteeco-Uni dade 2A questo agrria:origens e atualidadeOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraes::cvocv\vi\nmico)e,juntamentecomoscamponeses,eraumsegmentodasociedadefrancesadosmaisexploradosnaquelapoca.Impostosetributoseramabusivos,impossibilitandoburguesesecamponesesdesedesenvolveremsocialeecono-micamente.Essasduasclassessociais(campesinatoeburguesia)seuniramelutaramcontraamonarquianaRevoluoFrancesade1789.ApsessaRevoluo,comaderrotadamonarquia,aburguesiaconsoli-douoseupodereconmicoepoltico,passandoaorientarecomandarodesenvolvimentodocapitalismonaquelepas.Coubeaoscamponeses,dife-rentementedoqueocorreunaInglaterra,dividirosantigosfeudosegrandesfazendasdossenhoresentreeles.Esseprocessodedesenvolvimentodocapitalismonocampocomeouaserdiscutidoporhistoriadoreseoutrosintelectuaisapartirdaexpressoquestoagrria,interessando-sepelaformacomoospasescapitalistasorganizamasuaestruturafundiriaeaproduodealimentos.Paraisso,bastaobservarmososexemplosdospasescitadosanteriormenteeacontradioexistentenaocu-paodesuasreasrurais.NaInglaterra,aterrafoitomadapeloscamponesesecercadaparaqueocapitalismosedesenvolvesse.Agrandepropriedaderuralpassouaseraformaestruturaldocampoingls.NaFrana,aterrafoiconside-radalivreparaaocupaodecamponeses,quedividiram-naempequenaspro-priedadesrurais,jquetinhamumpactopolticocomaburguesia.Aestruturafundiriafrancesaatualreflexodessesacontecimentos,ouseja,aspequenaspropriedadesruraissoacaractersticafundantedocamponessepas.Asparticularidadeshistricasdecadapaseasuarelaocomasdiferen-tesformasdedesenvolvimentodessenovomododeproduoocapitalis-tageraramdiferenasnaformadeorganizaodocampo,bemcomonaconstituioenaresoluodoproblemaagrrio.Poderamosafirmarqueh Simielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.:,xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oumaquestoagrriaparacadapas,mesmoqueodesenvolvimentodocapita-lismonasreasruraistenhatraoshomogneosdeestruturao.Outrofatorquetornaaquestoagrriaaindamaiscomplexaconsistenaexistnciadestesproblemasnacontemporaneidade.Issosignificaquemuitospasesaindanoaresolveram.Soma-seaissoofatodequeosaspectosqua-litativosdesseproblemamudamaolongodotempo,comonocasobrasileiro,ondeaquestoagrriaaparecehojecomoalgoaserresolvidomasapresentadiferentescaractersticasduranteoprocessodeformaodenossoterritrio.Afinal,noqueconsiste,ento,aquestoagrria?Elaestligadaaospro-blemasdecorrentesdaformacomoapropriedadeeapossedaterraseefetiva-ramemcadapas.Emais:seessaformadeorganizaofundiriaconstituiumobstculoproduodealimentoseaodesenvolvimentodocapitalismo.Numsegundomomento,oproblemafundirioaparececomoumaquestopolticaquepodeserresolvidapelosprofissionaisdessarea(presidentes,governadores,deputados)oupormeioderevoltaserevoluessociais.Oqueverificamosemtodosospasescapitalistasdesenvolvidosquequestesrelacionadaspropriedade,posseeacessoterratmsidoresolvi-dasporumapolticarelativamentemaisjustadedistribuiodeterrasaquemdelanecessita.Esseprocesso,queencaminhadopelosgovernosapartirdepolticaspblicasparaocampo,ficouconhecidocomoreformaagrria.At i vi dades1.(Fuvest-2001)Oquadroabaixoapresentaalgumascaractersticasdeestadosbrasileiros.IIIIIIIVEstadoMaranhoBahiaRio Grandedo SulRio Grandedo Nort eCar act er st i caNaturalExt ensapl anci elit orneaPr ed o mn i o d eplancie aluvialRecifes de arenit oFr acaneb ul osi -dadeAtividade primriaExt rat ivismo veget alProduodet abacoeespeciariasProduodearrozemt errenos inundadosPecu r i aext en si vaecana-de-acarRecurso mi-neralOuroBauxit aMangansSalEstocorretassomenteascaractersticasapresentadasem:a) I e II.b) I e III.c) I e IV.d) II e III.e) II e IV.2.(Fuvest-2000)Analiseomapaaolado.Essemapadestaca,emtommaisescuro,ospasesquea)adotarammodernastcnicasagrcolas,formandoogrupodosquepra-ticaramaRevoluoVerde.b)integramumconsrcioquesepreparaparaolanamentodesatlitesparaomonitoramentodaagri-cultura.c)possuemelevadadiversidadebiolgica,pois,juntos,detmcercade70%dasespciesconhecidasnoplaneta.d)ocupamposiesprivilegiadasnaclassificaodoIDH(ndicedeDesenvolvimentoHumano).e)assinarameratificaramoTratadoAbrangentedeProibiodeTestesNucleares.Comoseconstituiaquestoagrriabrasileira?Quaissoassuasespecificidades?OproblemaagrrionoBrasil,agrossomodo,decorredadesigualdistri-buiodeterrasnopas,comopodeserverificadonomapaBrasil:concen-traodeterras,favorecendooaparecimentodaquelesquenotmacessoaela.Impedeavidadignademilhesdepessoas(camponesessemterra),ofere-cendoobstculosaodesenvolvimentosocioeconmicodopas.Hduasformasdeexplicaresseproblema:umaqueentendequeaquestoagrriacomeacomachegadadosportuguesesemnossoterritrioem1500eoutraquedefendequeaorigemestligadainstitucionalizaodapropriedadeprivadadaterra,ocorridaapartirde1850comaLeide Terras.Osestudiososquedefendemaprimei-raformadeexplicaoanalisamoproces-sodecolonizaocomoindicativodedes-truiodasformasanterioresdeorganiza-odaterra,isto,consideramoassassina-todosindgenaseofimdaapropriaocomunaldasterrascomoelementosexplicativosdesseproblema.AapropriaocomunaldasterrasnoBrasilcaracterizadapelapossedeter-rasportribosindgenasqueashabitavamcomunalmente.Entretanto,issonosig-nif icaqueasguerrasentreastribosinexistiam.Osndiosguerreavamquan-doumatribotentavainvadiroterritriocomunaldaoutra,umavezqueessetipodeapropriaoocorriainternamentenastribos.Existiramformasdeapropriaosemelhantesouatmaisamplasqueaindgena,comoosantigoskibutzisrae-lenseseosfaxinaisnosuldoBrasil.Comaapropriaodasterrasdastri-bosquehabitavamoatualterritriobra-Uni dade 3Questo agrria no Brasil: duasposiesparaexplicarsuasorigensSimielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.Or gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Mar ti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraes:-xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\osileiro,vieramoetnocdioeaestruturaodocampocomaexploraodotrabalhoescravo.Osndiosquesobreviveramaossucessivosmassacrespas-saramatrabalharcomoservosdosbrancosoufugiramparalugaresdistan-tes.Coubeaosescravosafricanosdesempenharatividadesnaslavourasenasminas,sendoimpedidosigualmentedoacessoterra. Aelesrestouavioln-ciadossenhoresdeterrae,paraumaminoria,afugaparaquilombos.A outra linha de pensamento sobre a questo agrria no Brasil remete Lei deTerrasde1850eaofimdotrficodeescravosocorridonomesmoano.Osestu-diososexplicamosproblemasdocampobrasileiroapartirdaconsolidaodapropriedadeprivadadaterra. At1850asterrasbrasileiraseramdepropriedadedaCoroaPortuguesa,pormaisocupadasqueestivessem. AsgrandesextensesdeterrascedidasaoshomensdebemdaCortepelamonarquiaportuguesarece-beramonomedesesmarias,queeramcedidasaristocraciaportuguesa.Depos-sedasterras,osaristocratasdeveriamproduziralimentosemercadorias;issoquerdizerque,parasersesmeiro,deveriahaverumaocupaoefetivadaterraprodu-zindo mercadorias. No havia propriedade jurdica ou ttulo da terra pelo sesmeiro,quetinhaapenasumaconcessodeusodasterras.Casoasterrasnofossemusadasnaproduodemercadorias,oreipoderiaanularaconcesso.Dessemodo,asterrasbrasileirasnopodiamsercomercializadas,poistudoerapropriedadedamonarquia,quecediaextensesdeterrasaosaristocratasinvestidores.Porisso,aterranotinhapreoenotinhaaimportnciaecon-micaquetemhoje.Oescravotinhamaiorimportnciaeconmicadoqueaterraporque,antesmesmodeserusadocomomo-de-obranaproduodegnerostropicaiseouro,eleemsijeraumamercadoria.Assimcomoumindustrialinveste,hoje,oseucapitalnaaquisiodemquinasparaaproduo,ossenho-resdeterrainvestiamoseucapitalnocomrciodeescravos.Estesrepresenta-vamodinheiroe,porisso,dificilmenteeramassassinadospelossenhores.Ma-tarumescravosignificavaperderdinheiro,emboramuitostenhamsidomortosemtentativasdefugaouquandodesobedeciamasordensdadas.Nessescasos,amorteserviacomoexemploaosdemaisescravos.Comisso,entende-sequeatalibertaodosnegrosescravosnoBrasil,em1888,estesconstituamopatrimniodossenhores.Aterra,comoverificou-seanteriormente,sseconstituiuumpatrimnioapartirdaabolio,modificandoaestruturafundiriabrasileira.Estaseriaaorigem,ento,dasituaoagrriaquevivemoshoje. Almdisso,pormeiodessaexplicaopodemospensarnasrazesquelevaramoBrasilaseroltimopasaacabarcomaescravidonomundo.Oescravonorecebiasalriopelotrabalhoempreendido.Elenoeraumconsumidordemercadorias,oqueprejudicavaodesenvolvimentodocapitalis-monapoca,jqueessesistemafundadonocomrciodebensdeproduoedeconsumo. AcabarcomaescravidofoiamedidaadotadaparaqueomododeproduocapitalistasedesenvolvessenoBrasil.Essedesenvolvimentoocor-reulentamenteesfoipossvelapsoestabelecimentodeumpactoentreaaristocraciaeogoverno. ALeideTerrasde1850seriaamaterializaodessepacto,poistransformavaaterraempropriedadeprivadadaquelesquedetinhamoseuttulo,significandoqueamonarquiaportuguesanoeramaisanicaproprietriadasterras.Quemcomprasseterrasteriaasuapropriedadeindividu-aleabsoluta,podendofazerdelaoquequisesse,inclusivevend-la.Aterrareconstituiu,emtermosgerais,opatrimnioperdidocomaaboli-odosescravos. ApartirdavigoraodaLeide Terras,aterrapassouaterpreoeasercomercializadanomercadoimobilirio,significandoqueelase:ocvocv\vi\tornouumamercadoria(mercadoriaespecial,poisnoenvelhecianemmorriacomooescravo).Passou-se,ento,aoaprisionamentodaterra,ouseja,doescravocativoaocativeirodaterra.Somenteaquelesquetinhamdinheiropodiamadquiriraterraeobterasuaposse.Senhoresdeescravosmetamorfo-seados em fazendeiros ou latifundirios foram os grandes compradores e comer-cializadoresdeterras;aosquenotinhamdinheiroparacompr-lasrestavapartirembuscadeterrasparatrabalhar.ALeideTerrasde1850representouumaestratgiaparaamudanadosistemademo-de-obraescravistaparaotrabalholivre.Quandoosimigran-teseuropeuschegaramnoterritriobrasileiroparasubstituirotrabalhoescra-vo,nasegundametadedosculoXIX,amaiorianoteveolivreacessoterra,sendoobrigadaatrabalharparaosantigossenhoresdeescravos,orafazendeirosdecaf.Aindahojegrandeparceladapopulaobrasileiraanseiaporumpedaodeterraparaproduziroseusustento.Principalmenteaolongodosltimostrintaanos,vemocorrendoumaintensaocupaoeoaprisionamentodasterrasbrasileiras,promovendooaumentodaconcentraofundiria.NoBra-sil,terapossedaterrasignifica,muitasvezes,possuirumpatrimnioouuminvestimentoquegeralucroerendimentossemmesmocoloc-laparaexercerasuafunofundamental,queadeproduziralimentos.Emoutrostermos,possuirgrandesextensesdeterra(latifndio)enelanadaproduzir(improdutivo)significaumacontradioenoeliminaapossibi-lidadedeobtenodelucropeloproprietrio. Apossibilidadedevalorizaodospreosdasmercadoriasseestendeaopreodaterra,tornandolucrativocompr-laparadepoisrevend-la. TalvezessesejaumdosprincipaisfatosqueexplicamaexistnciadeinmeroslatifndiosimprodutivosnoBrasil.Outraconseqnciadessaconcentraodeterrastalvezsejaareduodadiversidadeedaquantidadedealimentosdisponveisnamesadosbrasileiros.Almdisso,oprogressivoaumentodospreosdosalimentosjqueaofertadessesgnerosestsendodiminudapaulatinamentepodeestardiretamenterelacionadoexistnciadesseslatifndios.Seessaspropriedadesproduzis-semalimentos,talvezhouvessemaiorquantidadedealimentosdisponveis,commenorpreo.Oquadroretratadoanteriormente,queindependedalinhaexplicativadasorigensdosproblemasnocampobrasileiro,chamadodequestoagrriabrasileira.Paradesvendarmosalgumasdasconseqnciasdaexpansoedofortaleci-mentodomododeproduocapitalistanomeiorural,bastaolharmosatenta-menteparapartedaspessoasqueencontramosnasruasdasgrandesemdiascidadesdoBrasil.Essaspessoas,emgeraldesempregadasousubempregadas(camels),soresultadosdadiminuiodospostosdetrabalhoedoaumentodonmerodedesempregados.Umadasexplicaesparaoaumentodosndicesdedesempregonessascidadesainseronocampodemaquinrios(tratores,colheitadeiras,m-quinasquecortamcana)erobs,quesubstituemparcialmenteamo-de-obra,diminuemcustosnaproduoeaumentamoslucrosdosseusproprietrios.Contudo,aspessoasquesaemdocampoeque,poressemotivo,vmmorarnascidades,nodispemdehabilitaesprofissionaisurbanas.Asconseq-nciasdepolticasadotadaspelachamadamodernizaoconservadorabra-sileira,queexplicaoprocessoacimamencionado,favorecemoaumentodosbolsesdepobrezanasgrandesemdiascidades,carentesdetodootipodeinfra-estruturaurbanabsica.Essamodernizao,baseadanumaticaeconomicistaetecnicistadoplanejamentopoltico-econmico,deversofrermudanasapartirdaadoodemodelosdeplanejamentoqueconcebemoprocessodemodernizaoemsuasmltiplasdimenses(social,polticaeeconmica),segundoogegrafoBernardoFernandesManano.Estaspolticastrouxeramoqueseconvencionouchamardedesenvolvi-mento,masescondemasconseqnciassociaisdelasoriginadas.Oprogressoatingiuumapequenaparceladapopulao,fazendocomqueasuamaioriaficassemargem.Vemoshojeosfrutosdesseprogressoetambmoseure-verso.Podemosdizerqueamodernizaotrouxeavanos,emboraconserva-dores;esseconservadorismoestjustamentenapreservaodopoderdaselites.Estudandoatentamenteahistriabrasileira,perceberemosqueessaes-tratgiadaselites,numprimeiromomentoagrriaedepoisindustrial,semprefoiamesma:exclusodopovodasdecises,particularizandoosganhosesocializandoosprejuzos.MuitosproblemasexistenteshojetmorigemnasmazelasenosavanosoriundosdoprocessodemodernizaocrescentedoBrasiliniciadonadcadade1950.Nadcadaseguinte(1960)tivemos,nocampobrasileiro,umavanonaproduoemalgunssetorese,aomesmotempo,faltadeapoiomaioriadeseushabitantes.Essefatoserviucomoconviteparaqueoscamponesesenxergassemacidadecomoumlugarmelhorparaviver.OinteresseematrairUni dade 4Expropriao e explorao: asduas faces do capitalismo nocampobrasileiroOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraes:8cvocv\vi\apopulaoruralparaoscentrosurbano-industriaisconsistianaidiadequeeranecessriocriarumexrcitodetrabalhadoresdereservaparaasgrandesindstriasqueestavamseinstalandonopas.Issocontribuaparaaofertadebaixossalrios,poisparacadavagaocupadahaveriaumcontingenteenormedepessoasparaocup-la.Aolongodasdcadasde1960,1970e1980,forampromovidasgrandesmonoculturasvoltadasexportao,houveapoiosgrandescriaesdegadoparaoabate,realizaodeprojetosdegrandeshidreltricas.Issogerouaexpul-sodemuitospequenosproprietriosfamiliaresque,semnenhumapoiogover-namental,perderamsuasterras.OxodoruralnoBrasilfoiintensonesseperodo,masmuitoscamponesestambmpermaneceramnocampo,resistindoaessepro-cessocomoassalariadosourealizandoaocupaoeatomadadepossedepeque-nasreas,embrenhando-secadavezmaizparaooestedoterritriobrasileiroemdireo Amaznia,fazendocomqueafronteiraagrcolaavanasse.Simielli, 2000. Geoat l as. SoPaulo: Ed. t ica.:uxuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oAt i vi dade(Fuvest-2002) Quandovimdeminhaterra,sequevimdeminhaterra(noestoumortoporl?),mesussurrouvagamentequeeuhaviadequedarldondemedespedia.(...)Quandovimdaminhaterranovim,perdi-menoespaonailusodetersado.Aidemim,nuncasa.Nessepoema,CarlosDrummonddeAndradea)discuteapermanentefrustraododesejodemigrardocampoparaacidade.b)refletesobreosentimentoparadoxaldomigranteemfacedesuaiden-tidaderegional.c)expeatragdiafamiliardomigrantequandosedeslocadointeriorparaacidade.d)abordaoproblemadasmigraesoriginriasdasregiesribeirinhasparaasgrandescidades.e)comentaasexpectativaseesperanasdomigranteemrelaoaolugardedestino.Duranteoperodomilitar,ajunodosideriosdeconstruodegrandesobrasdeinfra-estrutura,projetosdecolonizaoemodernizaodelatifndi-osfoiabasedodesenvolvimentobrasileiro.OsempresrioseindustriaisdoCentro-Sulpassaramaserdonosdasgrandespropriedadesdeterra,compran-doextensesemreasdecerrado.Umnovafacedelatifundiriosrevela-senoBrasil:nomaisosantigossenhoresdeterraeostradicionaiscoronisdetinhamapossedoslatifndiosimprodutivos,mastambmosindustriaismodernos,quesoabaseparaosurgimentodoagronegcio.Associadaatudoissoh,ainda,aidiademodernizaodaagriculturacomoumfenmenomundialrelacionadoRevoluo Verde,quetinhacomoumdeseusobjetivosaimplantaodeummesmopadrotecnolgiconaproduoagrcoladomundotodo.Essarevoluocaracterizadaporumconjuntodemudanastcnicasocorridasnaagricultura,configurandoumaarticulaointensaentreestaeaindstria.Osenvolvidoscomessasinova-espassaramaproduzirnocampo,utilizandosementesselecionadas,adu-bosqumicoseagrotxicos.Amecanizaointensanopreparodosolo,noplantioenacolheitatambmcondizemcomessarevoluo,cujaintenoprincipaleraaumentaraprodutividadeporreacultivada.A mecanizao da agricult ura e o agronegcioA int roduo de t cnicas modernas na produo agrcola at ravs do preparo do solo,cult ivo e colheit a conhecido por mecanizao da agricult ura. Devido ao uso de mqui-nas, insumos, fert ilizant es e agrot xicos, eleva-se os ndices de produt ividade e, com isso,os produt ores conseguem explorar a t erra por um perodo maior. Essas t cnicas so em-pregadas em no sist ema agrcola int ensivo, que produz muit o em pouco t empo.J o agronegcio, t ambm conhecido como agrobusi ness, foi desenvolvido inici-alment e nos Est ados Unidos e na Europa, em grandes e mdias propriedades alt ament e,ocvocv\vi\AONUfoiresponsvelporesseprogramaeporsuaimplantaonadcadade1960,gerenciandoosinteressesdasmultinacionaisenvolvidasnaproduoagropecuria.Hojeelafazumaautocrticaarespeitodasconseqnciasdessemodeloagrcoladevido,porumlado,aosimpactosambientaisgeradose,poroutro,substituiodostrabalhadorespormqui-nas,gerandodesempre-goexodorural.Osda-nosnaturezapassamporpoluiodosolo,dasguassubterrneasedosrios,atingindoanimaisesereshumanosnoquesereferemudanadeh-bitosalimentares,afetan-dosuasade.Desde1980,movi-mentoscamponesesa-presentamalternativasaessemodelo,propondoumaprticavoltadaagriculturaorgnica,res-peitando o equilbrio eco-lgicodosoloesuare-laocomosoutrosele-mentos da natureza e bus-candooressurgimentodesementescrioulas.MuitasONGsquelutampelacausaambientaleecolgica divulgam e ten-tamabrirmercadoaosprodutosorgnicos,quevmganhandoespaonomercadoconsumidor.capit alizadas, onde o desenvolviment o t ecnolgico at ingiu o grau mximo. A seleo desement es, uso int enso de fert ilizant es, alt o ndice de mecanizao no preparo do solo,no plant io e na colheit a, uso de silos de armazenagem, acompanhament o sist emt icode t odas as et apas de produo e comercializao por t cnicos, engenheiros e adminis-t radores so algumas de suas caract erst icas. Essas propriedades funcionam como em-presas e sua produo pode ser volt ada t ant o para o mercado int erno quant o para omercado ext erno. Nas reas onde verifica-se a implant ao de agroempresas const at a-se uma t endncia concent rao de t erras j que esse sist ema inibe a concorrncia depequenos e mdios produt ores que no conseguem acompanhar a elevao dos nveisde produt ividade.Font e: IBGE,Ixuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oAt i vi dades1.(Fuvest-2001) Apropsitodaagriculturabrasileira,pode-seafirmarquea)aescravidopordvidaconsistenumasituaodeservidodotrabalha-dor,caractersticadaparceria.b)oEstatutodoTrabalhadorRuraldosanossessentasubstituiuaantigaLegislaodosTrabalhadoresRurais.c)aempresaagropecuriacapitalistacaracteriza-sepelapresenadotra-balhadoragregado.d)adenominaobia-friadadaaotrabalhadortemporrioquevivenoslatifndios.e)aunidadefamiliardesubsistnciatantopodecontratarforadetraba-lhoquantovendertrabalhofamiliar.2.(Fuvest-2002)NoBrasil,aatuaodeempresastransnacionaisnosetoragroindustrialapresentaI.investimentosnoplantioenaaquisiodeterras.II.participaonaproduovincolaqueintegraabasealimentardapo-pulaobrasileira.III.investimentosnobeneficiamentodeprodutosagrcolas.IV.associaoefusocomempresasdecapitalnacionaldosetor.Estcorretooqueseafirmaema)apenasI.b) I e II.c) I, III e IV.d) II, III e IV.e)apenasIV.3.(Fuvest-2003)Sabendo-sequeaintegraoentresetoresdaeconomiacaracterizaoscomplexosagroindustriaisequeaproduobrasileirademilhorecuou13,28%nasafra2001/02,assinaleaalternativacorreta.a) Aaviculturafoipoucoafetadapelasflutuaesdopreodomilho,porseressaumtipodeagroindstriacomgrandeparticipaodecapitalestrangeiro.b)Aquedanaproduodomilhoelevouseupreo,comimpactonaavi-cultura,queoutilizacomocomponentederao.c) Asflutuaesdospreosdomilhorepercutiramdiretamentenaeconomiadosestadosnordestinos,ondeseconcentraamaiorproduoavcoladopas.d) Aaltadopreodomilhonointerferiunoslucrosdaaviculturaporquesuaproduosedestinaaomercadoexternoparaequilibrarabalanacomercial.e) Adiminuiodaproduodemilhonolevouopasaimportartalprodutoparaabasteceracadeiaprodutivaavcola,emrazodasexignciasdoFMI.OSSUJEITOS DO CAMPOBRASILEIROPodemosestipularosgruposdesujeitossociaisdocampobrasileiroapar-tirdaformadeapropriaodaterra,ouseja,capitalista/empresarialecampo-nesa/familiar.Comovimos,aapropriaocapitalistadocampobrasileiroestdireta-menteligadaobtenodegrandesemdiasextensesdeterras,havendo,:cvocv\vi\tambmospequenosproprietrioscapitalistas,quesomenosexpressivosnaestruturaoruraldenossoterritrio.Oquedefineapropriedadecapitalistadaterraaexignciadaseparaodostrabalhadoresemrelaoaosmeiosdeproduo,ouseja,ostrabalhado-resnotmrelaodepropriedadecomasterrasquecultivam.Comootraba-lhadornopossuiterra,capitaleinstrumentosparaaproduo,resta-lheven-deraforadeseutrabalhoemtrocadeumsalrio.Adefiniodaspropriedadesempequenas,mdiasegrandesvariacon-formeasregiesouosestadosdafederao.Omduloruraldefinidoemfunodocruzamentodedadosrelativosdimensodarea,situaogeo-grficadosimveisruraisecondiesdeaproveitamentoeconmico.Dessaforma,aapropriaodasterraspodenoterrelaodiretacomaproduo.Podehaver,assim,aapropriaodegrandesquantidadesdeterrasemquehajaproduo.Essasterrasimprodutivassocomercializadasnomercadodeespeculaoimobiliria,podendoservendidasporumpreomuitosuperiorquelegastopeloproprietrionoatodacompra,proporcionando-lhelucro.Unidades de medida da propriedade agrriaHect are: corresponde a 10.000m2 (aproximadament e um campo de fut ebol). usadocomo a unidade de medida convencional na regio Sul do Brasil e nos est ados de SoPaulo e Rio de Janeiro.Al quei re: equivalea24.200m2,emuit ousadocomorefernciademedidapelosgrandes propriet rios de t erras, principalment e no Mat o Grosso e no Mat o Grosso do Sul.Alqueiro: corresponde ao dobro do alqueire (48.4000m2) e frequent ement e ut iliza-do como conveno em Gois e nos est ados da regio Nort e.At i vi dade(UFSCar-2004)Oesquemaaoladorepresentaareatotaldeduaspropri-edadesrurais, AeB,nasquaissepraticaocultivodomesmotipodeproduto.Baseadonesseesquema,pode-seafirmarquea)asduaspropriedadetm,narealidade,amesmadimensoemm2.b)oclculodaescalade Afoifeitoemm2edaescaladeBemhectare.c)apropriedadeBtemmenornmerodepsplantadosporhectare.d)asduaspropriedadestmomesmonmerodepsplantados.e)asduaspropriedadestmomesmonmerodepsplantadosporhectare.Ossegmentosdasociedaderuralqueseapropriamdaterradeformacapi-talistadividem-seemcincogrupos: grandes proprietrios capitalistas: dividem-se em duas categorias, uma chamadade oligarquia regional, representada por famlias tradicionais de certas regies brasilei-ras que possuem vastas reas e grandes poderes econmico e poltico (tambm conhe-cido por coronelismo). A outra categoria representada por investidores capitalistas,que podem estar organizados individualmente ou em grupos econmicos, nacionais ouestrangeiros, de origem comercial, industrial ou financeira. O mais importante termosconscincia de que os representantes destas categorias podem explorar a terra de diver-,,xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\osas formas, como os latifndios im-produtivosqueestoesperadeespeculaoimobiliria;empresasmodernaseagroindustriais,ondeutiliza-sealtatecnologia,resultan-do em elevada produtividade; e asgrandesfazendasqueexploramaterra com o uso moderado de tecno-logiaeexploraodotrabalhoas-salariado, muitas vezes burlando asleistrabalhistas;arrendatrioscapitalistas:so aqueles que alugam extensesdeterrasdeoutrosproprietriospara investir na agropecuria. SoencontradosfreqentementenosestadosdoMatoGrossoeMatoGrosso do Sul, onde aluga-se pas-tos para a pecuria. Nesse caso, noh como o arrendatrio capitalistaformar um latifndio improdutivo,j que a sua funo produzir para,antes de tudo, pagar o aluguel darea onde investiu o seu capital;mdioproprietriocapitalis-ta: so aqueles que possuem entre100 e 1.000 hectares de terra e quepodem explorar as suas terras da for-ma mais moderna possvel ou, emcontraposio, podem no explor-las espera de valorizao no mer-cado de terras;grileirosdeterra:consistemempessoasqueusammtodosilegaisparaseapropriarem de mdias e, sobretudo, grandes extenses de terras, tornando-se pro-prietrios legais por meio do uso de documentos falsos. Geralmente essas terrasso negociadas, divididas e vendidas para outras pessoas. Os grileiros podem serrepresentados na figura das oligarquias regionais e dos investidores capitalistas; pequenos proprietrios: so pessoas que exploram uma rea que varia de 2 a100 hectares de forma extremamente racional, tanto do ponto de vista do uso detecnologias quanto da mo-de-obra assalariada. Produzem, principalmente, frutas,gneros restritos ao consumo das classes com alto poder aquisitivo, ou processandoa sua produo em pequenas agroindstrias. Podem, ainda, explorar a sua terra comatividades no agrcolas, como hotis-fazenda, pousadas e pesqueiros.Tabela2MaiorespropriedadesruraisdeterranoBrasil(1992)rea Tot al Ocupada(milhes de hectares)1388565Localizao por Regies90% - N, NE, CO92,9% - N, NE, CO94,8% - N, NE, COTamanho das Propriedades(hectares)acima de 1 milacima de 5 milacima de 10 milNmer odePropriedades2877042361547Font e: Incra; St dile, J.P.Font e: IBGE,acvocv\vi\Oscamponesesquepraticamaagriculturafamiliartmumaorganizaoeco-nmica,polticaeculturalprpria. Apropriedadedaterraorganizadadeformafamiliar,ouseja,oproprietrioouosujeitoquealugaumapequenaparceladeterratemaintenodecoloc-laparaproduzircomoseuprpriotrabalhoedesuafamlia.Porisso,otrabalhocoletivodafamliarepresentaumaformadeapro-priaodasterrasdiferentedaquelaefetuadapelosinvestidorescapitalistasepelasoligarquiasregionais. Amo-de-obrapostaparatrabalhardafamliaresidentenolocale,dadasalgumasexcees,essasfamliasnoexploramotrabalhodeoutros,isto,noseutilizamdotrabalhadorassalariado.Geramoquesechamadeatividadedesubsistncia,cujolimiteasobrevivnciadafamlia,possibili-tandoumarelativaindependnciafrenteaomercado.Produzemalgunsalimentosnecessriossuasobrevivnciaecomercializamoexcedentecomaintenodegerarrendimentosparaadquiriroutrosprodutosdequenecessitam.Outroelementofundamentalparacaracterizarmosessessujeitosestnaestruturainternadesuaorganizaosociocultural.Emgeral,essescampone-sesresidemprximosdeoutros,formandoumacomunidaderuralouumbair-rorural.Essascomunidadescaracterizam-sepelarelaontimacomaterra,oplenoconhecimentodosciclosdanaturezaedastcnicasdeproduo,eoreconhecimentodessaterracomoolugardemorada,deproduodealimen-tos,dereproduosocialedeheranafamiliar.Aprticadaajudamtuaemmomentosespecficos,comonascolheitasounaconstruodecasas,emqueacomunidadesereune,outrotraodessegrupo.Otrabalhoacessrioapareceprincipalmentenoperodoentresafraseemmomentosnosquaisascondiesfinanceirasdasfamliaspassamporcri-ses,impondoanecessidadedequeintegrantesdessasfamliasdeixemosstiosparatrabalharemoutrolugarcomoformademanterosustentodesuasfamlias.Relaesdeparentesco,compadrioevizinhanatravadasnascomunidadesmaterializam-seemrelaesdeamizade,geradasnavizinhana,edecompadrio.Asrelaessociaiseeconmicasbaseiam-senaconfianadapalavraenaprticadorespeitomtuoentreaspessoasdacomunidade;asmanifestaesculturais,geralmentecomumfortecontedoreligioso(comoasfestasjuninas),eaextremacapacidadedemobilizaopoltica,sotambmaspectosmarcantesdessegrupo.At i vi dade(UFSCar-2004)Em1994,aFAOeoINCRAdiferenciaramosdoisprincipaismodelosdeproduoagropecuriadoBrasil:patronalefamiliar. Assinaleaalterna-tivaemqueaparecemascaractersticasquemelhorrepresentamomodelofamiliar.a)Trabalhoegestointimamenterelacionados/trabalhoassalariadopre-dominante/agriculturadecapitalintensivo.b)nfaseemprticasagrcolaspadronizveis/tendnciaespecializaoprodutiva/apropriedadeolocalderesidncia.Tabela3Classificaodosestabelecimentosagropecuriossegundoadivi-socapitalista/empresarialecampons/familiarnoBrasil(1992)Categoriacapit alist a/empresarialcampons/familiarTotalNmerodeEst a-belecimentos500 mil6,5 milhes7 milhesrea Total (milheshectares)300100400% sobre o t ot aldas terras7525100Font e: Proj et o FAO/ INCRA/ 036, baseado em dados do IBGE - 1992OrganizadoporMarcoAnt onioMit idieroJr.,-xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oc)Separaoentregestoetrabalho/lucroofatordeterminantedetodasasaes/nfasenadiversificaoprodutiva.d)Agriculturadecapitalintensivo/trabalhoassalariadopredominante/prevalnciadeprticasagrcolaspadronizveis.e)Trabalhoegestointimamenterelacionados/nfasenadiversificaoprodutiva/trabalhoassalariadocomplementar.Houtrossujeitossociaisdocampoespalhadospeloterritriobrasileiroquerecebemdiferentesdenominaeseestoinseridosemdiferentessituaes: pequeno proprietrio familiar: aquele que possui o ttulo de propriedade daterra onde habita e trabalha com a sua famlia na produo; parceiro: aquele que, sem possuir terra para plantar, apropria-se de pequenas parce-las de terras com o consentimento do proprietrio, cabendo a ele pagar pela concessoda terra ao seu dono. Os parceiros tambm podem receber as denominaes de meeiros(que dividem ao meio toda a sua produo agropecuria com o dono da propriedadecomo forma de pagamento da terra utilizada), porcenteiros (aqueles que dividem emporcentagens pr-estipuladas toda a produo ou todos os rendimentos provindos daterracedidapeloproprietrio)erendeirosoupequenosarrendatrios(quealugampequenas reas de sua propriedade, cabendo aos locatrios pagar em dinheiro o preocombinado com o proprietrio da terra aps os primeiros rendimentos com a produo); posseiros: consistem em pequenos produtores camponeses sem terra que, com suafamlia, apropriam-se de pequenas parcelas de terra sem obterem o ttulo de propriedadeou sem a concesso de uso da rea pelo proprietrio. Chama-se de abertura de posse asituao em que o posseiro e sua famlia ocupam reas improdutivas de propriedadeprivada ou do Estado para produzir alimentos para sua subsistncia. So encontradosem grande quantidade na regio Norte e nas zonas de fronteiras agrcolas brasileiras;assentadosdosprojetosdereformaagrria:constituemumapeculiaridadeatualdocampobrasileiro,poisapropriam-sedepequenasreascomsuafamliaaps um processo de luta pela terra, obrigando o Estado a desapropriar ou cederreas prprias para assentamento. Os assentados no possuem o ttulo de proprie-dade privada da terra onde foram assentados, mas possuem um termo de concessode uso expedido pelo governo federal. O ttulo definitivo de posse pode ser recebi-do aps o pagamento do lote de reforma agrria, e isso pode demorar at 23 anos; quilombolas: famlias negras residentes em reas de antigos quilombos do perodoescravista. Organizam a sua produo de forma anloga produo camponesa, ou seja,cada famlia possui uma parcela de terra prpria, mas todas vivem em comunidade.Existemoutrasdenominaesparaossujeitossociaisquevivemnarearural.Elasvariamporregies,estadoseporumadiversidadedesituaesqueosdiferenciam,oquetornadifcilasuaexplicitaonantegra.Entretanto,podemserencaixadosnossegmentosanteriormentecitados.At i vi dade(Fuvest-2000)Asalternativasseguintesdescrevemcaractersticasdeper-sonagensdaestruturaagrriabrasileira. Assinaleacorreta.a)Posseiro:pessoaqueseapropriailegalmentedeterraseapresentattulofalsificadodepropriedade.b)Gato:trabalhadororganizadoembuscadeacessoaterra.c)Latifundirio:proprietriodegrandesextensesdeterras.d)Semterra:trabalhadorruralquetempossedaterra,masnoodocu-mentodepropriedadedaterra.e)Grileiro:pessoaquecontratatrabalhadoresbraaiscomomo-de-obraparaasfazendasouprojetosagropecurios.Denominamosdereformaagrriaoprocessoderevisoemodificaodaestruturaagrriadeumpas.Oseuobjetivoprincipalpromovereefetivarumadivisomaiseqitativadaterra,propiciandosfamliascamponesasapossibilidadedeacessoterraeumavidadigna.Esteprocessoestinseridoemumapolticapblicacujofatorsocialcon-sideradofundamentalnatomadadedecisesporpartedosgovernantes,evemacompanhadodeoutrasmedidasquevisamproverasfamliasdecondiesadequadasnosparaaproduodasmercadorias(comolinhasdecrditoefinanciamentoquegarantiriamainfra-estruturaparaaproduoeoescoamen-todasmercadoriasparaoscentrosdistribuidoreseconsumidores),masdeumaeducaoadequadaeespecficasrealidadesdocampo,almdeprogramasdesadeelazer.Oprincipalobjetivodareformaagrriaseria,emltimainstncia,odepromoveraseguranaalimentardapopulaodeumpas.Emtodooplaneta,diversospasesjrealizaramessaexperincia.Comoexemplos,temosadistribuiodeterrasemSamos,duranteaGuerradoPeloponeso,cujosrelatosgregosdatamde400anosa.C.;osmovimentosocor-ridosduranteaRevoluoFrancesa,em1798;eaRevoluoRussade1917,marcandoumamudanaradicalnaestruturaagrriaanteriordopas.Almdestesexemplos,naAmricaLatinaenasia,pasescomoaBol-via(1953),oMxico(1920),Cuba(1959)eChina(1949)tambmrealizaramreformasnadistribuiodeterrasenasuaestruturaagrria.NosEstadosUnidos,aestruturaagrriafoimodificada,assimcomoemoutrospases,poriniciativadaselitesgovernamentaisquefizeramacordoscomoscamponesessemquefossemrealizadosprocessosbruscosdemudan-anessaestrutura.Atualmente,EstadosUnidoseJaposoduasimportantespotnciaseco-nmicadomundoetiveramasuaquestoagrriaresolvidanosculoXIX(quandoabrasileiraestavasendocriada).Naverdade,aresoluodospro-blemasnocampodestesdoispasesfoioquepossibilitouseudesenvolvimen-toeconmico-capitalista.NosEUA,apsaaboliodosescravosem1863,cadaescravoecadacamponssemterrarecebeugratuitamentedogoverno160acres,equivalentesa64hectaresdeterranoBrasil,umamulaeumaquantiaemdinheiroparaproduziralimentos.IssofoipossibilitadoporumaLeieditadaem1862,chamadaHomestead Act.Uni dade 5Or gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor adorA reforma agrriaOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraes,,xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oNoJapo,comoinciodaeraMeiji,tambmem1862,adesapropriaodeterrasdosgrandesproprietriosrurais(conhecidoscomosamurais)pelogoverno,promoveuadistribuiodepequenasparcelasparaoscamponesesouoinvestimentonodesenvolvimentotecnolgicodaspropriedadesfeudais,transformando-asemempresascapitalistas.Observa-se,portanto,nosdoispases, o incio de uma modernizao socioeconmica a partir da reestruturaodapropriedadedaterra.A REFORMA AGRRIA NO BRASIL EST SENDOREALI ZADA?A reforma agrri a no Brasi l : t erri t ori al i zao eespaci al i zao da l ut a pel a t erraParaentendermosoquereformaagrria,importantecompreender-moscomoestdivididaaterraemlotes. Aquantidadedeterrasabaseparadefinir-seaapropriaocapitalistadaterra.Soreconhecidascomograndespropriedadesruraisaquelasquepossuemmaisde1.000hectaresdeterras.Asmdiaspropriedadespossuementre100e1.000hectares;easpequenasentre2e100hectares.Geralmente,aapropriaodereaspelosinvestidorescapi-talistasconstituigrandesemdiasfazendas.Entretanto,issonosignificaqueinexistampequenaspropriedadescomtrabalhoassalariado,produotecni-ficadaevoltadacomercializaonomercado,seguindoosmoldesdagran-depropriedade.Aagriculturacapitalistapodeserdefinida,ento,pelotraba-lhoassalariadoepelotipodeproduo,quevoltadaunicamenteparaacomercializaonomercado,sejaeleinternoouexterno.ApropriedaderuralnoBrasilapresenta-seextremamenteconcentrada.Trata-sedeumaconcentraoefetivaereal.SegundodadosrecentesdoIBGErelativossdcadasde1980e1990,aconcentraofundiriaaparecenasestatsticascomoumfenmenoemcrescimentonopas.Paraseterumaidiadisso,estabelecimentoscommaisde1.000hectares,queocupavam39,5%dareaagrcolaem1970,passaramaocupar45%em1996.Oaltograudeconcentraodapropriedadeagrriapatenteemnossopas,emboraosdadosdosrecenseamentosrealizadosnoreflitamdiretamen-teessadesigualdadenaestruturaoedistribuiodeterras.Osensoestbaseadononmerodeestabelecimentosenononmerodeproprietrios,ouseja,noconsideraqueummesmoproprietriopossatermaisdeumestabe-lecimentorural.Essaoponaobtenodosdadosgeradistoresnacom-preensodarealidadedocampoenaquestoagrriabrasileira.DadosdaFAOedoPNUD(ProgramadasNaesUnidasparaoDesen-volvimento)revelamque,quantoestruturafundiria,oBrasilo2opascommaiorconcentraodeterrasnomundo.Tem-se2millatifndiosocu-pando56milhesdehectares,ouseja,omaiorlatifndiodoplaneta!NoBrasil,chega-seater43%dasterrasnasmosde27.556latifundirios.Aomesmotempo,opastem4,6milhesdefamliasemterra.Issosignificaqueapenas10%dasterrasbrasileirassocultivadas(cercade40milhesdehec-tarescultivados)equeaconcentraofundiriaaumentouentre1995e2002.,8cvocv\vi\Asterrasociosas,quecaracterizamgrandesreasdepropriedadeparticu-lartambmconhecidascomolatifndiosimprodutivos,soconstantementeverificadasnocampobrasileiro.Nessasterras,nohcultivooucriaodequalquerespciedeprodutoalimentar(poropodoproprietriodaterra).Poroutrolado,hterrasqueestoociosasdevidoincapacidadedefertilida-dedosoloouporqueestoemreasdeproteoambiental.Nessescasos,elasnosodenominadasdeociosasouimprodutivas.Devidosquestesacimaapresentadas,atualmentetemosmaisdequa-rentamovimentossocioterritoriaisquequestionamaestruturafundiriabrasi-leira.OMST(MovimentodosTrabalhadoresRuraisSem-Terra),omaiorde-les,estorganizadoem22estados(excetonoAcre,Amap,AmazonaseRoraima).Possuiumabasesocialde1,5milhodepessoas,com350milfamliasassentadase100milacampadas.Almdisso,omovimentopossui1.500escolaspblicasnosassentamentose,somentenosetoreducacional,h180milpessoasenvolvidas.Tabela4EstruturafundiriapornmerodeestabelecimentosnoBrasil(1940a1995-1996)Est rat os derea (ha)19401950196019701975198019851995 - 1996Menos de10654.557710.9341.495.0202.519.6302.601.8602.598.0193.085.8412.402.37410 a menosde 100975.431.052.5571.491.4151.934.3921.898.9492.016.7742.166.4241.916.487Menos de1001.629.9951.763.4912.986.4354.454.0224.500.8094.614.7935.252.2654.318.861100amenosde 1000243.818268.159314.746414.746446.170488.521518.618469.9641000amais27.81232.62832.48036.87441.46847.84150.10547.358Total1.901.6252.064.2783.333.6614.905.6424.988.4475.151.1555.820.9884.836.183Font e: Dados do IBGE organizados por Oliveira, A. U.Simielli, 2000. Geoat l as. So Paulo: Ed. t ica.,uxuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oSerecorrermoshistriadoBrasil,verificaremosquealutapelaterraocorrehmuitotempo.Maspodemosafirmarquehouveramguerrascampo-nesasemterritriobrasileiro?AslutasmessinicasdeCanudos,lideradasporAntnioConselheironosertodaBahia,promoveramacriaodeumvilarejoque,emcincoanos,chegouater10milhabitantes.EssevilarejoestavalocalizadoemBeloMonte.NaGuerradoContestado,ocasionadapelainstalaodaferroviaSP-RSporumaempresanorte-americana,20milpessoas,lideradaspeloMongeJosMaria,serebelaram.QuantoreformaagrrianoBrasil,pode-seapontartrsformasdeenten-dimentosobreaquesto.Aprimeiraentendequeareformaagrriaumapolticasocialcompensatria,vistoqueamodernizaoresolveuosproble-masagrcolasnoBrasil,restandoocarterconservadorparaserresolvido,ouseja,aconcentraofundiriaedarenda,osubempregoeoxodo.Asegundavisocompreendeareformaagrriacomoumapolticadistributiva, defendendo a agricultura familiar. Para essa viso, a reforma agrriaconsistenumaretomadadocrescimentoeconmicoenagarantiadaseguran-aalimentar,criticandoomodelofundiriobaseadonasgrandesunidadespatronais.Trata-sedeumapolticagovernamental.Essavisopretendedemo-cratizarocapitalismobrasileiro,visandocriarumasociedadearticulada.Altimavisosobreareformaagrriaaentendecomoumapolticavoltadaparaatransformaodomodelodedesenvolvimentovigente.Essegrupoquestionaamodernizaoeacusaomodelopropostodeserecologicamenteinsustentvel,socialmenteperversaeeconomicamentecara.Muitosdosquedefendemessavisoexplicamqueumnovomodelosocialaconstruodeumasociedadesocialista.At i vi dade(Unesp-2004)SobreaviolncianocampoeaestruturafundirianoBra-sil,corretoafirmarquea)grandeonmerodegrandesproprietriosequeosconflitospelapossedaterrasopoucos.b)pequenoonmerodegrandesproprietrios,assimcomoodeconfli-tospelapossedaterra.c)grandeonmerodepequenosproprietrios,assimcomoodeconfli-tospelapossedaterra.d)pequenoonmerodepequenosproprietriosequeosconflitospelapossedaterrasomuitos.e)equilibradoonmerodegrandesepequenosproprietrios,assimcomoodasreascomesemconflitospelapossedaterra.Questesdi ssertati vas1.(Fuvest-2000)Relacioneamodernizaodaagriculturabrasileira:a.infra-estruturadetransportesnoBrasil.b.degradaodosoloagrcolaepoluiodosrecursoshdricos.aocvocv\vi\2.(Fuvest-2002)1-Umaregiodesbravadapelatecnologiamoderna.2-CresceoPIBnoCentro-Oeste.3-Centro-Oestejcolhe40%dosgrosdasafranacional.Analiseomapaeconsidereasinformaesapresentadas.a) Discorra sobre as condies naturais dessa regio e justifique sua trans-formao com base na primeira frase: Uma regio desbravada pela tecnologiamoderna.b)Justifiqueasmudanasquefizeramcomqueaterradeixassederepre-sentarapenasumamodalidadedeinvestimentoepassasseaserumfatordeproduo.3.(Fuvest-2002)Font e: Adap. Est ado de S.Paulo, 29/ 10/ 01e 25/ 11/ 01.ExpliqueopovoamentoeomodeloagrcoladasregiesIeIIdoRioGrandedoSul.4.(Fuvest-2003)Justifiqueaseguinteafirmao:AquestofundirianoBrasilencontrasuasorigensnopassadoenonafaltadeterras.5.(Fuvest-2004)Evidentementequehojeareformaagrriaquesonhamosnomaisareformaagrriaclssicacapitalista(...).Hoje,odesenvolvimentodasforasaIxuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oprodutivasnaagriculturaenasociedadeeomodeloagrcolaquefoiadotadoexigemoquechamamosdereformaagrriadenovotipo(...)emquenomaissuficienteapenasdividiraterra,lotearemparcelasebotaropobreemcimaequesevire.Cinqentaanosatrs,eleseviraria,mashojenoconse-guemais.(JooPedroStedile,umdoscoordenadoresnacionaisdoMST.EntrevistarevistaCaros Amigos,n.18,p.05,Set2003.)Caracterizeessareformaagrriadenovotipoaqueotextoserefere.6.(Unicamp-2004)Osprocessosdominantesdecontra-reformaagrrianocontinentelatino-americanoforamresponsveisporumadinmicaprogressivadeconcentra-odariquezae,especificamente,daterra.Processosdedesagregaosocialprovenientesdaexcessivaacumulaodemisriaresultaramnaexclusodecontingentesconsiderveis,tornandoexiladosinternoscidadossemopor-tunidadesdeintegraoprodutivanomercadodetrabalhoformal.Grandepartedelessoprovenientesdeumaexpulsoestruturaldocampo,cadavezmaisfechadoaoacessoterraouapolticasdereproduodaagricultura,sobretudoalimentar,oquecircularmenteatingeoabastecimentodomercadointernonacionaldeconsumobasicamentepopular.(AdaptadodeAnaMariaMottaRibeiro,Sociologiadonarcotrficona AmricaLatinaeaquestocam-ponesa,emAnaMariaMottaRibeiroeJorgeAtlioSilvaIulianelli(orgs.),Narcotrficoe ViolncianoCampo.RiodeJaneiro:DP&A,2000,p.23).a)ExpliquecomoaintensificaodaconcentraodeterrassecolocoucomoobstculoagriculturacamponesanaAmricaLatina.b)Dificuldadesdemanutenodasfamliascamponesasnocampotmreforadooestabelecimentodaprticadecultivodeplantasnarcticascomoumagronegcio(narcoagronegcio).Porqueonarcoagronegciotornou-seumaatividadealternativaparaoscamponesesdaAmricaLatina?c) Cite dois pases da Amrica do Sul onde o cultivo da coca (Erythroxylumcoca)tradicionalentreoscamponeses.7.(Unicamp-2003)Algicadodesenvolvimentocapitalistanaagriculturasefaznointeriordoprocessodeinternacionalizaodaeconomiabrasileira.Esseprocessosednomagodocapitalismomundialeestrelacionado,portanto,comome-canismodadvidaexterna.(AdaptadodeAriovaldoUmbelinodeOliveira,Agricultura Brasileira: Transformaes Recentes in: Jurandyr L. S. Ross (org.),GeografiadoBrasil.SoPaulo:Edusp,1995,p.468-469.)a)Quaisforamosefeitosdapressoexercidapeladvidaexternanapro-duoagrcolabrasileira?b)AsojaumdosprincipaisprodutosexportadospeloBrasil.Expliqueaexpanso,apartirde1970,daculturadasojaemnossopas.c)Citedoisdosprincipaiscompradoresdasojabrasileira.LidarcomaGeografiaestabelecercontinuamenterelaesentredife-renteselementosqueestopresentesnoespaogeogrfico.Paraaquelesquetrabalhamcomestacincia,apopulaoumdadoquenopodeserdeixadodeladoquandosepretendeentenderestasrelaes.Vriosexemploscabemparamostrarestefato. Apresentamosaquidoisdeles.Relembrandooquefoiapresentadoanteriormentesobreaquestoagr-ria,vocpodeperceberqueamaneiradeseentenderefazeradistribuiodeterrasimplicar,antesdetudo,emproblemasaseremenfrentadosesolucio-nadosporpartedequemocupaumadeterminadarea,sejadopontodevistadocuidadocomosolo,sejadaprpriamaneiradeorganizaodotrabalho.Foradoquefoiapresentado,possvelcomprovararelaoentreasquestesnaturaisesociaisempocasdechuvanacidadedeSoPaulo:aocorrnciadealgumaalteraonomeiofsicoprovocadopelaintemprieexigirqueapo-pulaoqueaocupasejadeslocadaparaoutrasreas.Assim,falardaorganizaodedeterminadoterritrio,entenderosproblemasrelacionadosocupaodedeterminadomeioeatentendergrandepartedosconceitosdaGeografiasignificaaprofundaradiscussoreferentepopulao.Muitostericos,aolongodossculosepordiferentesmotivos,demons-traramgrandepreocupaopeloentendimentodosproblemasrelacionadosaestetema.Foramresponsveisporgerarumestudoaprofundadosobreosdiferentespovos,osdeslocamentospopulacionais,suascausaseconseqn-cias,entreoutros.Indiretamenteoudiretamente,estesestudospermitemoestabelecimentodepolticaspblicaseprivadasdedesenvolvimentoeconmiconoapenasparaalgumasreas,masparatodoomundo.NosemmotivoquenasmetasdedesenvolvimentoqueasNaesUnidasestabelecemparaospases,en-contraremosmedidasespecficasdeatuaosobresuapopulao.Notam-bmsemmotivoqueelaorganizaperiodicamenteencontrosondeestetemaestejaempauta.Antesdeentrarmosnessadiscusso,importanteabordaralgumasdasteo-riasquepermearamasdiscussesaolongodotempo. Apartirdaserpossvelentendercomoestatemticaestsendotratadaecomoasociedadeestabeleceasrelaesnoespaoqueocupacomosdiferenteselementosnelepresentes.Uni dade 6Introduo:estudo da populaoOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraesNaapresentaodestemdulofoivistoqueapopulaoquehabitaomundocontinuamentetemadegrandedebateterico.Amisriapresenteemgrandepartedospasesdocontinenteafricano,aexploraodotrabalhonosTigresAsiticos,alutaporterrasnoBrasil,abuscapelapaznoOrienteMdiosotemasqueestopresenteseminmerosencontrosnacionaisein-ternacionaisequesoevidnciasdestesfatos.Essadiscusso,noentanto,remontaasculos.Platoe Aristtelesjdis-cutiamsobreosproblemasdecorrentesdocrescimentopopulacional.Indoalm,apenasparafinalidadedidtica,ThomasRobertMalthus,economistaepastorprotestanteingls,publicounoanode1798umlivrointituladoEnsaiosobreoprincpiodapopulao.MalthusvivianaInglaterranoperododaRevoluoIndustrial.Observavaaquemuitoscamponeseseramobrigadosamigrarparaoscentrosurbanosondeerammalremunerados,exploradospelosistemaindustrialquesevaliadaabundantedisponibilidadedemo-de-obraparapagarsalriosbaixosepassavamaviveremcondiesmuitoprecriasmuitasvezesnolimiteentreapobrezaeamisria.Constatavaqueoconstantedesequilbrioentreocrescimentoaceleradodapopulaoeaproduodealimentoscausavaumasituaodemisriaparaopovo.Natentativadeexplicarejustificarasituaoeconmicaesocialdapoca,encaravaqueelaeracausadapeladiferenaentreapopulaoquecrescesegun-doumaprogressogeomtrica(PG:2,4,8,16,...)eaproduodealimentosquecrescesegundoumaprogressoaritmtica(PA:2,4,6,8,...).Concluaseuracioc-nioafirmandoqueasfamliasmaiscarentesnodeveriamterfilhosparaqueaInglaterrapudesseerguer-seeconomicamente.Paraele,oproblemadodesenvol-vimentoeconmicoestavanastaxasdecrescimentopopulacional.Sabemoshojequeessarelaomatemticadocrescimentopopulacionaledadisponibilidadederecursosacabanoocorrendonaprticajqueossereshuma-nospodeminterferirnaquedadataxadenatalidadeequepodemampliarcomatecnologiaaquantidadederecursosdisponveis.Sobreesteassunto,entendemosqueaquestodafomenoserestringeapenasacapacidadedeproduodealimentos,massimquedeveserestendidaatodaapopulaooacessoaessesalimentos.Issoajudaacompreenderasituaoatualdomundo,comumaprodu-tividadedegnerosalimentciossuficienteparanutrircomfolgatodaapopula-omundialaomesmotempoquemilharesdepessoascontinuamsubnutridas.Noentanto,algunsresquciosdopensamentodeMalthusaparecemexplci-tasouimplcitas-emmuitosdebates.SuasidiasforamreformuladasnosculoXXpelogrupodosneomalthusianos.Estesencaramqueareproduodapopu-Uni dade 7As teorias populacionaise os congressos mundiaisOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Rodr i guesMarti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraesaacvocv\vi\laomaispobrenomundorepresentaumrisco,ejustificamqueograndenme-rodehabitantesdessespasesimpedemseudesenvolvimentoeconmico.OsneomalthusianosafirmamqueMalthuserrouaoconsiderarqueapro-duodealimentosnoacompanhariaocrescimentodapopulao.Noen-tanto,acreditamnaexistnciadeumlimite,umnmeromximodepessoasqueoplanetacapazdesuportar,queseriaatingidodentroembreveseocrescimentodemogrficodospasessubdesenvolvidoscontinuaracelerado.EssasteoriassurgiramjustamentenoperodopsSegundaGuerraMundial,momentoemquesepercebiaograndecrescimentodospasessubdesenvolvi-doseanecessidadedospaseseuropeusdeserecuperaremdacrisepelaqualestavampassando.Estaconstatao,quepartiudospasesmaisricos,gerouumaquantidadeconsiderveldemedidasporpartedasorganizaesinternacionaisquead-vertiamomundoquantoaosperigosdoexcessodepessoasedanecessidadedecontroledanatalidade.Partindodosargumentosdequeorpidocrescimentopopulacionalseriaumobstculoaodesenvolvimentoeconmicoesocialdospasessubdesenvolvidosedequeapobrezadospasesmaispobrestinhacomoprincipalcausaonmerodefilhosquecadamulherpossua,asorganizaesinternacionaisadotarameincenti-varamvriasmedidasdereduodanatalidadeparaospasesmaispobresatravsdeinmerosprogramassociais.Entreelaspodemoscitar:adistribuiodeanticoncepcionais,osabortosinduzidoseaesterilizao(medidasexecutadasemmassa);aadoodepolticasdofilhonico,comoocorrecomaChinaeandia;anoajudaeconmicaparaospasesquenoaderiremasuaregras.Contrriosaosneomalthusianos,osreformistasentendemqueadiminuionosndicesdenatalidadeemortalidadeocorrerduranteoprpriodesenvolvi-mentodosistemacapitalista.Paraestestericos,todosospasescapitalistasnatu-ralmenterealizaroumamelhordistribuiodariqueza.Emboraatemticadapopulaosejafeitaapartirdestateoriapelovissocialeeconmico,sabemoshojequeessamaiordistribuiodariquezaacabanoocorrendonaprtica.Apartirdadcadade70dosculoXX,odiscursodosneomalthusianostorna-senovamentepresentenosassuntosrelacionadosaomeioambiente.AlgunspasescomoEUA,AlemanhaeJapoafirmavamqueocrescimentodapopulaoeraresponsvelpeladegradaoambientalequelevariaaoesgotamentodosrecur-sosnaturais.Talposiotambmserrebatidaal-gunsanosmaistardenasConfernciasorganiza-dasparadiscutiressasquestesequeseroapresentadasadiante.Nos anos 40 do scu-loXX,consolida-seumateoriachamadadeTran-sioDemogrfica.Ostericosdestacorrenteentendemqueemtodosos pases, aps um pero-dodegrandecrescimen-toeconmico,apopula-Font e:Adapt adopelosaut oresa-xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oomundialseestabilizarcomaquedanosndicesdemortalidadeedenata-lidade,chegandoporfimaumequilbrio.Porestateoria,entendesequetodosospasespassaroportrsfasesdistin-tas,variandoosnveisdefecundidadeemortalidade. Avariaoacontececomodecorrnciadedoisgrandesfatores:aurbanizao,quereduzafecundidadepeloaumentodaparticipaodamulhernomercadodetrabalhoetrazcomoprinci-paisconseqnciasoaumentodaescolarizao,adifusodosmeiosdeinforma-oeaquedadamortalidadedevidoconcentraodosserviosdareadesade-eodesenvolvimentoeconmico,queseindicarpeloaumentoderendaepeloaumentonosndicessociais.Entende-seaindaqueamelhoraeconmicapassapeladiminuiodanatalidade,mascomoumacontecimentonatural,ouseja,naturalmenteaspessoastomamdecisesenaturalmenteodesenvolvimentoeconmicovailevardiminuiodanatalidadeedamortalidade.Observamosqueissodefatoocorrenospasesdesenvolvidos;jnossubde-senvolvidos,humagrandediversidadedesituaes:ospasesmaismiserveisencontram-seaindanaprimeirafase,retratadapelogrficocomaltondicedenatalidadeedemortalidade.Oterceiroestgioentendidocomoomaiscati-co,poisquandoapopulaopradecrescer.Comosetratadeumaoscilaodofenmenonosabemosoquepoderocorrer.Podeserquealgunspasesvoltemaoprimeiroestgioouaosegundo,jquefalardepopulaofalardemudanadevaloresedeposturas. AlgunspasescomoaSuciaeaNoruegareduziramtantoataxadefecundidadequantoademortalidade,acabandoporgerarumanovasituaonoprevista:oenvelhecimentodemogrfico.Alguns t rabalhos da rea de Economia ut ilizam o t ermo t axa de fert ilidade. Consideramosequivocado est e t ermo, j que ent endemos que t odas as mulheres, em princpio, sofrt eis. Abaixo, encont ram-se as principais t axas ut ilizados pelos gegrafos e demgrafos.Fecundi dade: o t ot al de nasciment os dividido pelo t ot al de mulheres. Trat a-se de umndice mais preciso, j que os dados permit em ent ender como est sendo o nasciment o:(se por cont a do aument o do ndice de escolarizao, se por cont a da renda). Algunsfat ores influenciam o aument o ou diminuio dest a t axa, como a part icipao da mulherno mercado de t rabalho e o desej o de consumo.Nat alidade: o t ot al de nasciment os verificados em uma populao durant e o perodode um ano. Para calcularmos essa t axa, ut ilizamos a seguint e frmula mat emt ica: t axade nat alidade = n de nasc. X 1000/populao t ot al.Mort alidade: o percent ual de mort es verificadas em uma populao no perodo de umano. Para calcularmos, ut ilizamos a seguint e frmula mat emt ica: t axa de mort alidade:n de mort e x 1000/populao t ot al.NDICES SOCIAISOs ndices sociais so aqueles que analisam a qualidade de vida da populao.Uma daspropost as relacionadas avaliao dest a qualidade- elaborada por um programa ligado ONU chamado Programa das Naes Unidas para o Desenvolviment o (PNUD) sugeret rs indicadores para aquilo que chamam de IDH (ndice de Desenvolviment o Humano).O primeiro a sade, avaliada pela esperana de vida ao nascer. O segundo a educa-o, avaliada com base na t axa de alfabet izao de adult os, j unt ament e com a t axa demat rcula nos t rs nveis de ensino. O t erceiro indicador a renda das pessoas em seuprprio pas, medido pelo PIB per capit a aj ust ado para diferenas no cust o de vida decada pas, sendo o result ado expresso em PPP$ (dlar da paridade do poder de compra).aocvocv\vi\ATeoriaPopulacional TransioDemogrficaatualmenteamaisaceita.Noentanto,sabe-seque,apesardeconseguirexplicarasvariaesentreospases,elanodcontadeexplicaravariaodentrodeummesmopas.Umexemploqueevidencia isso o que ocorre com o Brasil. Por esta teoria no entendemos porquenosulhouveumdecrscimodapopulaoenocentro-oesteaumento.Estefatopodeserexplicadopelasmigraesqueserodiscutidasadiante.Ofatoque,desdeadcadade90dosculoXX,ampliou-seadiscussosobreaquestopopulacionalnosencontrosinternacionais.Em1994,naCon-ferncia Internacional sobre a Populao e Desenvolvimento, ocorrida no Cairo,almdeseestabelecerumapolticademogrficamundial,houveumapreo-cupaoquantoaosdireitosreprodutivosdoscasaisesadedamulher.Aquestopopulacionalfoi,pelaprimeiravez,relacionadaaoutrosaspectos,comoasquesteseducacionaleeconmica.Foitambmpelaprimeiravezquesefaloudosdireitosdasmulheres.Nela,ospasescomprometeram-seaadotarmedidasespecficasparaosidosos,deficientesfsicoseadolescentes.Em1995,ocorreuemPequimaIVConfernciasobreaMulher,ondeforamdefinidaslinhasdeatuaoespecficassobreavalorizaodasadedamulher.Em1996,organizou-seumaconfernciasobreaquestodoassentamentopopu-lacionalmundial,chamadaHabitatII,emIstambul.Nela,definiram-seprincpioseumplanoglobaldeao,visandoorientarosesforosnacionaiseinternacio-naisnocampodemelhoriadosassentamentoshumanos. Aquestodamoradianomundoemconstanteurbanizaoedaqualidadedevidaentramparaampli-arasdiscussesreferentestemticapopulacional.inegvelqueaspolticasdosgovernosemassuntosquetmcomometaodesenvolvimentoeconmicoesocialpermitemqueaspessoasfaamescolhasmaisaprofundadassobreplanejamentofamiliar,sadedamulherecondiesdetrabalhodecadapovo.Noentanto,partedosplanosdeatuaoestabelecidosnessasconfernciasequeresultaramematuaesespecficasdosgovernos,con-verteram-seemumaverdadeiraperseguioocorridadentrodosprpriospases.Napreocupaodeimplementarmedidasquegarantissemamelhoriadaqua-lidadedevida,odesenvolvimentoeconmicoeaobtenoderecursosfinancei-rosextras,algunspasesimplementavampolticasqueatentavamcontraaliberda-dedeescolhadoscasaisedaprpriapessoa.Cabemaquifatosocorridosnandiacujogoverno,emtrocadedinheiroedepilhas,realizavaavasectomia,ouapol-ticadofilhoniconaChinaouaalteraonosndiceseducacionaispormedidasnada lcitas (como a aprovao em srie dos alunos) com o intuito de receber cadavezmaisfinanciamentoexternoparadiferentesprogramassociais.PorpartedasinstituiesergosqueparticiparamdestasconfernciasequeestavamligadosONU,observamosquenoforamdiscutidasquestesrelacionadasformadeconsumoeutilizaodosrecursos.Paraqueentendamosoimpactoquecadamedidaapresentadanessasconfe-rnciastemparaospaseseparaquesoluessejamadequadamenteapresenta-dasimportanteanalisarmosasituaodapopulaonoBrasilenomundo.O ndice t abulado de 0 a 1. Os pases com IDH alt o possuem valor maior que 0,5, pasescom IDH baixo, possuem valor menor que 0,5.Para que os pases obt enham recursos do Banco Mundial ou do FMI so est imulados amelhorar est es nveis. a onde mora o perigo: em diversos pases observamos polt icas ligadas educao e sade que so implement adas semplanej ament o e comnenhuma reflexo e part icipao da populao nas decises.Uni dade 8Quandosoabordadosassuntosrelacionadospopulao,muitoco-mumouvirosseguintestiposdefrases:queparaoanotalnohavermaisespaoparatantagentenomundo,queospobrestmmuitosfilhosequeseaChinacontinuarnesteritmodecrescimentopopulacionalnohavermaisempregoparatodos.Poroutrolado,tambmouvimosfrasesrelacionadasaoaumentodapopulaoidosaempasesmaisdesenvolvidosequeascampa-Populao noBrasil e no mundoOr gani zador esSoni a Mar i aVanzel l a Castel l arEl vi o Mar ti nsEl abor ador esAna Lci a deAr auj o Guer r er oHei tor Antni oPal adi m Juni orJer usa Vi l hena deMoraesFont e: IBGEa8cvocv\vi\nhasdecontroledanatalidadeestodandocerto.Tratam-sedefrasesantag-nicas,presentesnaquiloquechamamosdesensocomum,fazendopartedoquecomentadoentreaspessoasenamdia.Sobreesteassunto,aquestoquefica:qualouquaisdestasfrasesestocorretas?Antesderespondermosaessaquesto,analisaremosdadospresentesemdoistiposdefontesdiferentes:doismapasdadistribuiodapopulaonomundoeumatabelacomalgunsdadossobreospases.Olhandoparaoprimeiromapa,possvelconstataradistribuiodapo-pulaonomundo.Pelatonalidadedascorespresentesnalegenda,verifica-mosquealgunspasespossuemumaquantidademaiordepessoasqueoutros.Aoconfrontarmosasinformaescomosegundomapa,perceberemosquealgunspasespossuemumaquantidademaiordehabitantesporkm2.SefocarmosnossosolhosparaoJapo,porexemplo,verificaremosqueumpaspopulosoepovoado;jaHolandapoucopopulosaemuitopovoada.Estasduasinformaessoobtidasquandoanalisamosapopulaoabsolutaerelativadecadalugar.A popul ao absol ut a o nmero t ot al de habit ant es de um lugar (pas, cidadeet c.). A popul ao rel at i va o nmero t ot al de pessoas por km 2 de um lugar (esseclculo realizado com a diviso da populao absolut a pela rea e const it ui a densida-de demogrfica de uma det erminada rea).Observareextrairinformaesdeummapapopulacionalentenderque,seoespaogeogrficonoalgofixo,issoocorrepelofatodequeaprpriapopulaonoesttica.Estedado,acrescidoinformaotrazidanosmapasanteriores,soessen-ciais,poiscomumouvirprevisesdequeemdeterminadoanohaverexplo-sodemogrfica. Acomparaocommapasedadospopulacionaisdeperodosanteriores,issonoslevaaconcluirquetalinformaorepresentaavoltadopensamentoneomalthusiano,sendo,portanto,umaafirmaoerrnea.Tratardaquestopopulacional,almdeimplicaraobtenodosrecursosfinanceirosqueserodestinadosslocalidades(comofoivistoquandoapre-sentamosaparticipaodosrgosinternacionaisnasConferncias)significaanalisaroreordenamentodoterritrioaolongodossculosepensarcomodife-rentespovosresolvemosproblemasrelacionadosocupaodoseuespao.NosdadosapresentadospeloBancoMundial(www.bancomundial.org)paradiferentesanos,constatamosperodosdegrandecrescimentodemogr-fico,frutodastransformaesocorridasnaindstriaenaurbanizao.Essastransformaesimpulsionarammelhoriasnosistemadesaneamentobsico,noabastecimentodegua,nacoletadelixo,naprpriaalimentaoenamedi-cina(surgimentodevacinas,controlededoenasetc.).Apartirdosanos50dosculoXX,ocrescimentopopulacionalmundialestassociadodimi-nuiodastaxasdemortalidadenospasessubdesenvolvidos.Emtodosospases,observamosqueapopulaoselocomoveprincipal-menteemfunodaocorrnciadeguerras,dedificuldadeseconmicasedaprpriamobilidadenotrabalho.Omapaabaixoapresentaospasesquemaisrecebemimigranteseadire-odosfluxosmigratrios.auxuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oSe,porumlado,estefenmenores-ponsvel,emtodosospases,peloaumentodataxadapopulaoabsoluta,poroutroacabaporgerardiver-sosconflitosentreospasesenapopulaoquerecebeessesimi-grantes.Noquesere-fere aos conflitos, mui-tospasesacabamporsegregarapopulaoquechega,impedindoqueosimigranteste-nhamacessoatraba-lhoscompostoeleva-do;emoutroscasos,acabamporgerarpreconceitosediscriminaes,comopodeserverificadocomosargelianosnaFrana,comosturcosnaAlemanha,bolivianoseparaguaiosnoBrasil,mexicanosedemaislatinosnosEstadosUnidos,entreoutros.NocasoespecficodoBrasil,ocrescimentovegetativofoioprincipalres-ponsvelpeloaumentodapopulao.Observamosqueaquihouveumdeclnionastaxasdenatalidade,quepodeserexplicadoporalgunsfatores,taiscomo:aconcentraodapopulaonasreasurbanasocasionandoumamudananocomportamentodaspessoas(quesecasammaistarde,emfunodocustodevidamaiornacidadee,comoconsequncia,tmmenosfilhos,porexem-plo),umamaiorparticipaodamulhernomercadodetrabalhoeocresci-mentodonmerodeabortos.Cresci ment o veget at i vo ounat uraladiferenaent reast axasdenat alidadeedemort alidade.Cresci ment o demogrfi co ou cresci ment o t ot al o cresciment o real. Para calcularmos, necessrio levar em considerao o nmero de pessoas que ent raram no pas e onmero daqueles que deixaram o pas.Natabelaabaixo,hinformaosobreaevoluonumricadapopulaonoBrasil,doprimeiroaoltimocensorealizado.Ano196019701980199119952000Populao absoluta70.070.45793.139.037119.002.706147.053.940161.400.000169.799.170Ano187218901900192019401950Populao absoluta9.930.47814.333.91517.318.55630.653.60541.165.28951.941.767Tabela5Crescimentodapopulaobrasileiranoperodo1872-1995Font es: IBGE, Anurios Est at st icos do Brasil; Lt atdu Monde, 1995.Complement adopelosdadosdoCensode2000.Font e:Si mi el l i ,2000.Geo-at l as. So Paulo: t ica.-ocvocv\vi\Ocrescimentodemogrficoquepodeserverificadoporestatabelatemsuajustificativanaquedadataxadenatalidadeedemortalidade. Talsituaoexplicadapelosmesmosmotivosqueocorreramnospaseseuropeusequejforamapresentadosnestemdulo:areduodamortalidadeemfunodoavanonamedicinaeareduodanatalidadeedafecundidadeemfunodaurbanizaoedaparticipaodamulhernomercadodetrabalho.Outrodadorelacionadoaessamudanaaporcentagemdebrasileirosresidentesemreasurbanas.OsdadosdoIBGE(Censode2000)indicaramque81,25%dapopulaovivenestase,queolitoralaindaconcentraosmai-orescentrosurbanos,situaoestaverificadadesdeoinciodaColonizao.Ocrescimentodemogrficoapresenta-seatualmentedecrescente,fazen-docomqueocorraaquiumfenmenoantessobservadoempasesricos,queoenvelhecimentopopulacional.Quantoaosfluxospopulacionaisatuais,encontramosdiferenasnoape-nasentreregiesmasentreosprpriosEstados.AsregiesNorteeCentro-Oestepossuemumaporcentagemmaioremfunodosfluxosmigratriosatradospelaofertadetrabalhocomrecursosminerais(principalmentenasatividadedegarimpo)enasatividadesagrcolas. Abaixo,encontra-seummapaquemostraadireodessesfluxosdentrodoBrasil.No caso da regio Sudeste, So Paulo ainda o maior receptor de migrantes,apesardosdadosdoIBGEteremapresentadoumaqueda(em1991,1.427milpessoas chegaram regiovindasdeoutraspartesdopas;em1996apenas1.220mil),emfunoprincipalmentedoretornodapopulaonordestina.Houvetambmalteraonosfluxosdemigrantes:no mais se deslocam paraasgrandescidades,masparaascidadesdemdioporteemfunodese-gundoalgunsautoresdoprocessodedesmetropo-lizao.Font e: IBGE-Ixuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\oAt ividades1.(Unesp2004)Afigura,construdacomdadosdoIBGE,apresentaaspirmidesetriasdapopulaobrasileira,em1970e2000.Nesseperodo,asmudanaspelasquaispassouoBrasilrepercutiramnadinmicademogrficaenaestruturadasidades,emboranossopaspermaneaentreosdemaiorcontingentepopulacionaldomundo.a)Quaissoosprocessosquepromovemoaumentodapopulaonumpas?b)ExpliqueastransformaesnapirmideetriadoBrasil,fornecendoduascausaseduasprovveisconseqncias.2.(Unesp2004)Observeosgrficos.Elesmostramaevoluo,desde1950,daparticipaorelativa(%)dapopulaoruraleurbananapopulaototaldopas.Emtermosabsolutos,segundooCensode2000,apopulaototaldoBrasilerade169799170habitantes,dosquais137953959compunhamapopulaourbana,sendoqueapopulaoruraleradeapenas31845211habitantes.(At las Geogrfico Melhorament os, 2002.)Depossedessasinformaes,responda:a)Quefatoresprovocaramtoprofundasmodificaes?b)Hoje,quaissoasprincipaisconseqnciasdessaevoluo?(At las Geogrfico Melhorament os, 2002.)-:cvocv\vi\a)b)c)d)e)IMoambiqueChinaMoambiqueChinaVenezuelaIIVenezuelaMoambiqueChinaVenezuelaMoambiqueIIIChinaVenezuelaVenezuelaMoambiqueChina3.(Fuvest2004)Ogrficorepresentataxascrescentesoudescrescentesdapopulaoedaproduoagrcoladetrspases. Apartirdosdados,iden-tifiqueospasesI,IIeIII.4.(Fuvest2004)Analiseomapa.a)Descrevaomapa.b)Expliqueasdiferenasregionais.-,xuuio v - ouvs1\o \cv\vi\ v vovui\c\o5.(Fuvest2002)AnaliseaspirmidesetriasdoBrasil,considerandoositensabaixosobreaestruturapopulacionalbrasileira.I.Oaumentosignificativo,nafaixade15-19anos,nesseperodo,foidecorrentedomilagreeconmicobrasileiro.II. Abasemaisestreitadapirmidede2000,quandocomparadacomade1960,indicaumareduonataxadenatalidade.III.Oalargamentodotopodapirmidede2000indicaumdescrscimodaexpectativadevidadapopulaobrasileira.IV.Nosltimos40anos,hevidncidasdequeopaspassaporprocessodetransiodemogrfica.Estocorretastodasasafirmaesdaalternativaa) I e II.b) I e III.c) II e III.d)IIeIV.e) III e IV.6.(Fuvest1997)Percentualdapopulaoeconomicamenteativa(PEA)porsetoresdaeconomiaempasesameric