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224 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 6 – Nov/Dez, 2000 ARTIGO ORIGINAL Proposta de um instrumento para avaliação da autonomia do idoso: o Sistema Sênior de Avaliação da Autonomia de Ação (SysSen) Paulo de Tarso Veras Farinatti 1 M 1. Doutor em Educação Física; Professor Adjunto da Universidade do Esta- do do Rio de Janeiro. Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde. Instituto de Educação Física e Desportos. Apoio financeiro: CNPq, processo nº 200063/94-4. Recebido em: 6/8/2000. Aceito em: 15/10/2000. Endereço para correspondência: Rua Anita Garibaldi, 38/302 22041-080 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil E-mail: [email protected] mida (IAP/IAE) – Índice Sênior da Autonomia de Ação (ISAC). A pertinência do SysSen foi verificada por meio da compa- ração com outros instrumentos de avaliação e pela obser- vação da coerência interna e estrutural dos índices obtidos (validade de estrutura, conteúdo e critério). A fidedignida- de inter e intraclasse foi investigada através de teste-retes- te. A estabilidade das equações de regressão dos índices IAE e IAP foi testada por validação cruzada. Os resultados indicam que os instrumentos que compõem o SysSen são válidos e suas equações, estáveis. A comparação com ou- tras técnicas de avaliação revela que o SysSen pode ser útil no estudo da autonomia funcional sob uma perspectiva positiva, fato raro quando se trata de instrumentos de ava- liação gerontológica. Palavras-chave: Idoso. Avaliação. Autonomia. Aptidão física. Ques- tionário. Teste. ABSTRACT A new technique for elderly independence evaluation – The Senior System (SysSen) A new technique – Senior System for Action Autonomy Evaluation (SysSen) – used to evaluate elderly, and the strategies of its validation is described. The SysSen is com- posed by a questionnaire (Senior Questionnaire of Physi- cal Activities – QSAP) and a field test (Senior ‘Walking and Carrying’ Test – TSMP). The QSAP is a four-part interview, assessing the necessities for an autonomous life related to upper body strength (FO) and cardiorespiratory capacity (PA). The first one considers home, professional, and free time activities. The second observes the environmental con- text. The third assesses the difficulties to perform day-to- day activities and the feelings of the subjects towards ac- tivities they would like to perform/resume. The last part considers the interviewer’s point of view on the assessed information. An index for QSAP overall results is obtained (Expressed Autonomy Index – IAE). In the TSMP, subjects RESUMO O texto descreve uma nova técnica de avaliação da auto- nomia do idoso, o Sistema Sênior de Avaliação da Autono- mia de Ação (SysSen), bem como as estratégias adotadas para sua validação. O sistema é formado por um questio- nário de atividades físicas (Questionário Sênior de Ativi- dades Físicas – QSAP) e de um teste de campo (Teste Sê- nior de ‘Caminhar e Transportar’ – TSMP). O QSAP visa quan- tificar as necessidades dos idosos para uma vida autôno- ma, em termos de força de membros superiores (FO) e de capacidade cardiorrespiratória ( PA), através de uma entre- vista em quatro partes. A primeira considera as atividades cotidianas no domicílio, profissionais e de tempo livre. A segunda avalia o contexto ambiental. A terceira aprecia as dificuldades para tarefas cotidianas e os sentimentos quan- to às atividades que se gostaria de fazer e/ou retomar. A quarta considera o ponto de vista do entrevistador sobre as informações recolhidas. Obtém-se um índice para o con- junto das necessidades reveladas pelas partes do questio- nário (Índice de Autonomia Exprimida IAE). No TSMP o indivíduo marcha 800m de forma acelerada, transportando pesos específicos segundo o sexo. Calcula-se um índice representativo do potencial de realização das tarefas que dependem da interação funcional da FO e PA (Índice de Autonomia Potencial IAP). Cruzando as informações ob- tidas, estabelece-se uma razão autonomia potencial/expri-

Questionário Sênior de Atividades Físicas - QSAPartigo2

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Instrumento de avaliação

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  • 224 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000

    ARTIGOORIGINAL

    Proposta de um instrumento para avaliao daautonomia do idoso: o Sistema Snior de

    Avaliao da Autonomia de Ao (SysSen)Paulo de Tarso Veras Farinatti1

    M

    1. Doutor em Educao Fsica; Professor Adjunto da Universidade do Esta-do do Rio de Janeiro. Laboratrio de Atividade Fsica e Promoo daSade. Instituto de Educao Fsica e Desportos. Apoio financeiro: CNPq,processo n 200063/94-4.

    Recebido em: 6/8/2000.Aceito em: 15/10/2000.Endereo para correspondncia:Rua Anita Garibaldi, 38/30222041-080 Rio de Janeiro, RJ, BrasilE-mail: [email protected]

    mida (IAP/IAE) ndice Snior da Autonomia de Ao (ISAC).A pertinncia do SysSen foi verificada por meio da compa-rao com outros instrumentos de avaliao e pela obser-vao da coerncia interna e estrutural dos ndices obtidos(validade de estrutura, contedo e critrio). A fidedignida-de inter e intraclasse foi investigada atravs de teste-retes-te. A estabilidade das equaes de regresso dos ndicesIAE e IAP foi testada por validao cruzada. Os resultadosindicam que os instrumentos que compem o SysSen sovlidos e suas equaes, estveis. A comparao com ou-tras tcnicas de avaliao revela que o SysSen pode ser tilno estudo da autonomia funcional sob uma perspectivapositiva, fato raro quando se trata de instrumentos de ava-liao gerontolgica.

    Palavras-chave: Idoso. Avaliao. Autonomia. Aptido fsica. Ques-tionrio. Teste.

    ABSTRACT

    A new technique for elderly independence evaluation The Senior System (SysSen)

    A new technique Senior System for Action AutonomyEvaluation (SysSen) used to evaluate elderly, and thestrategies of its validation is described. The SysSen is com-posed by a questionnaire (Senior Questionnaire of Physi-cal Activities QSAP) and a field test (Senior Walking andCarrying Test TSMP). The QSAP is a four-part interview,assessing the necessities for an autonomous life related toupper body strength (FO) and cardiorespiratory capacity(PA). The first one considers home, professional, and freetime activities. The second observes the environmental con-text. The third assesses the difficulties to perform day-to-day activities and the feelings of the subjects towards ac-tivities they would like to perform/resume. The last partconsiders the interviewers point of view on the assessedinformation. An index for QSAP overall results is obtained(Expressed Autonomy Index IAE). In the TSMP, subjects

    RESUMOO texto descreve uma nova tcnica de avaliao da auto-

    nomia do idoso, o Sistema Snior de Avaliao da Autono-mia de Ao (SysSen), bem como as estratgias adotadaspara sua validao. O sistema formado por um questio-nrio de atividades fsicas (Questionrio Snior de Ativi-dades Fsicas QSAP) e de um teste de campo (Teste S-nior de Caminhar e Transportar TSMP). O QSAP visa quan-tificar as necessidades dos idosos para uma vida autno-ma, em termos de fora de membros superiores (FO) e decapacidade cardiorrespiratria (PA), atravs de uma entre-vista em quatro partes. A primeira considera as atividadescotidianas no domiclio, profissionais e de tempo livre. Asegunda avalia o contexto ambiental. A terceira aprecia asdificuldades para tarefas cotidianas e os sentimentos quan-to s atividades que se gostaria de fazer e/ou retomar. Aquarta considera o ponto de vista do entrevistador sobre asinformaes recolhidas. Obtm-se um ndice para o con-junto das necessidades reveladas pelas partes do questio-nrio (ndice de Autonomia Exprimida IAE). No TSMP oindivduo marcha 800m de forma acelerada, transportandopesos especficos segundo o sexo. Calcula-se um ndicerepresentativo do potencial de realizao das tarefas quedependem da interao funcional da FO e PA (ndice deAutonomia Potencial IAP). Cruzando as informaes ob-tidas, estabelece-se uma razo autonomia potencial/expri-

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    walk 800 m the faster they can, carrying weights accord-ing to sex. An index for the physical functional potentialfor activities that depend on FO and PA is calculated (Po-tential Autonomy Index IAP). Both indexes are used todetermine a ratio between potential and expressed auton-omy (IAP/IAE) - the Senior Index for Action Autonomy (ISAC).The SysSen validity was verified by comparing its partialand final results with other evaluation techniques, and bythe internal and structural consistence of the indices ob-tained (construct, content, and external validity). Intra-class reliability was determined by test-retest. The stabili-ty of IAE and IAP equations was tested by cross validation.Results show that the instrument is valid, and that its equa-tions are stable. Comparison to other evaluation techniquesreveals that SysSen can be useful in the study of elderlyfunctional autonomy in a positive perspective.Key words: Aging. Evaluation. Autonomy. Physical fitness. Ques-

    tionnaire. Test

    INTRODUOExistem muitas propostas de avaliao da autonomia da

    pessoa idosa1-4. As possibilidades de manuteno de umavida independente so tidas como essenciais para a quali-dade de vida desta populao.

    Contudo, o exame da literatura revela que a maior partedas iniciativas adota uma perspectiva que poderia ser clas-sificada como negativa e/ou exclusivista. A abordagemnegativa analisa a autonomia por excluso: tenta-se identi-ficar problemas ou obstculos para a vida autnoma e, naausncia destes, considera-se o indivduo como autnomo5.Por exclusivismo entendemos a tendncia de se avaliar aautonomia unicamente a partir das atividades realizadasou da condio fsica atual. Assim, os chamados sistemasde avaliao das atividades da vida cotidiana (como as es-calas ADL, IADL ou AADL) enfatizam as dificuldades para arealizao de atividades predeterminadas6,7, enquanto ossistemas que focalizam a aptido funcional procuram apre-ciar a normalidade das condies fsicas individuais8-11.

    Partimos do princpio de que essas abordagens no se-riam suficientes para uma apreciao mais ampla da auto-nomia do idoso. Para tal, entendemos que o processo deavaliao, mesmo que eminentemente dirigido para a au-tonomia funcional, deva considerar aspectos que extrapo-lem a dimenso fsica da autonomia. A pessoa autnomano uma abstrao, sem conexes com o contexto emque vive. Igualmente, os seres humanos no vivem em com-pleta separao uns dos outros. Logo, os determinantes daautonomia guardam uma referncia essencial ao meio, pos-suindo componentes cognitivos e afetivos que se manifes-tam em um contexto fsico e social especfico.

    Com isso, torna-se discutvel que se possa avaliar a au-tonomia sem levar em conta o conjunto de seus determi-nantes: de fato, a autonomia de um indivduo no corres-ponde nem s suas condies particulares, nem s caracte-rsticas ambientais ela depende da interao de todos es-tes aspectos. Nessa tica, recentemente propusemos ummodelo heurstico para a autonomia, do qual extramos al-guns princpios bsicos para a avaliao da autonomia emuma perspectiva positiva5: (a) a autonomia um fenmenomultidimensional; (b) a medida e a avaliao da autono-mia devem ser concebidas segundo um esquema adaptati-vo do indivduo a seu meio ambiente fsico e social; (c) aautonomia associa-se aos valores pelos quais se definemos desejos individuais relativos vida autnoma.

    Em um momento posterior, procurando respeitar estesprincpios, desenvolvemos um sistema de avaliao da au-tonomia de ao de pessoas de mais de 60 anos12-14. O sis-tema, denominado Sistema Snior de Avaliao da Auto-nomia de Ao (SysSen), composto de dois instrumentos.O primeiro consiste de um questionrio (Questionrio S-nior de Atividades Fsicas QSAP) sobre trs dimensesdistintas das atividades fsicas: (a) o que o indivduo faz;(b) o que o indivduo deve fazer; (c) o que o indivduo de-seja fazer. O QSAP permite definir ndices representativosdas necessidades pessoais relativas a aspectos previamen-te selecionados da aptido fsica. Uma reviso da literaturapermitiu-nos selecionar a capacidade cardiorrespiratria(potncia aerbia PA) e a fora de membros superiores(fora FO) como aspectos a serem priorizados. Um ndi-ce geral calculado, denominado ndice da Autonomia Ex-primida (IAE), quantificando as necessidades associadas saes das quais a autonomia indivduo dependeria, no to-cante aos aspectos mencionados da aptido.

    O segundo instrumento um teste de campo (Teste S-nior de Caminhar e Transportar), cujo objetivo a ava-liao da aptido fsica. No se pretendeu que seus resulta-dos fossem utilizados como medidas especficas da foraou da capacidade cardiorrespiratria, mas que refletissemo comportamento conjunto destas variveis dentro de umatica funcional. O teste de campo permite, ento, calcularum ndice representativo do potencial de realizao dastarefas que dependem da PA e da FO (ndice da AutonomiaPotencial IAP). Finalmente, do cruzamento das informa-es obtidas pelo questionrio e pelo teste de campo, esta-beleceu-se uma razo autonomia potencial-autonomia ex-primida, que foi denominada ndice Snior da Autonomiade Ao ISAC.

    Neste texto, descrevemos o SysSen e seu protocolo deaplicao, apresentando algumas estratgias adotadas paravalid-lo.

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    DESCRIO DO QUESTIONRIO SNIOR DEATIVIDADES FSICAS QSAP

    O QSAP foi validado em sua verso original, em francs.O processo de elaborao terica e psicomtrica do ques-tionrio foi descrito em artigo especfico14. O QSAP consis-te em 17 itens distribudos em quatro partes, a saber: ParteI O que o entrevistado faz; Parte II O que o entrevista-do deve fazer; Parte III O que o entrevistado deseja fa-zer; Parte IV Ponto de vista do entrevistador. A forma deaplicao do questionrio a entrevista pessoal. Foi adota-do como sistema de administrao o modelo Folhas doEntrevistador-Folhas do Entrevistado. Neste modelo, o en-trevistado no recebe o questionrio integral, mas apenasfolhas de resposta nas quais encontra as informaes ne-cessrias escolha das opes de respostas. A matriz doquestionrio preenchida pelo entrevistador. Tal sistema adotado por outros questionrios concebidos para popula-es idosas, como o Yale Physical Activity Survey for Ol-der Adults15 ou o Frail Elderly Functional Assessment Ques-tionnaire7.

    A Primeira Parte (itens 1 a 3) corresponde s necessida-des ligadas ao que o entrevistado faz em sua vida cotidia-na. Ela dividida em trs domnios: as Atividades no Do-miclio, as Atividades Profissionais e as Atividades de Tem-po Livre. Os itens da Parte I relacionam-se com a freqn-cia e a durao de diversas ocupaes em cada um destesdomnios. As ocupaes foram selecionadas com base emtrs grandes surveys, dois levados a cabo nos Estados Uni-dos e um na Frana o National Health Interview Surveyverso 198516, o Nurses Health Study II17 e o projeto PA-QUID (o Quid des Personnes Ages)18 assim como em umextenso Compndio de Atividades Fsicas publicado porAinsworth et al.19.

    A Segunda Parte (itens 4 a 12) refere-se ao contexto devida do entrevistado. Seu objetivo quantificar as necessi-dades impostas pelas condies ambientais (no que tocaaos aspectos da aptido fsica selecionados). As questes 4a 6 consideram explicitamente as atividades para cuja exe-cuo deve-se caminhar ou subir escadas, aspectos da mo-bilidade pessoal universalmente reconhecidos17,20,21. Ositens 7 a 9 pedem ao entrevistado que classifique o grau deadaptao, de sua moradia e de seu meio ambiente fsico,s suas capacidades e s capacidades das pessoas idosasem geral.

    O item 10 pede ao entrevistado que classifique o nvelde trabalho fsico associado ao seu cotidiano. A classifica-o feita com o auxlio de uma escala progressiva de in-tensidade (muito leve, leve, mdia, pesada, muito pesada).Adotou-se um estilo misto, no qual a subjetividade da clas-sificao foi diminuda pela incluso de definies do tipo

    de atividades que correspondem classificao da intensi-dade. Este modelo de questo foi validado pelo Stockholm-MUSIC 1 Study22, cujo questionrio prope um item simi-lar. A elaborao do item 11 tambm foi influenciada peloStockholm-MUSIC 1 Study: adaptaram-se duas questes doquestionrio aplicado por aquele estudo, com referncia manipulao de objetos.

    O ltimo item desta parte do questionrio o item 12.Ele retoma o problema do deslocamento, de forma maisdireta e especfica que o item 8: perguntam-se quais so osmeios de transporte mais utilizados pelo entrevistado. Estetipo de questo comum em instrumentos que quantifi-cam as atividades fsicas, como o Questionrio de BaeckeModificado21 ou o Tecumseh Occupational Activity Ques-tionnaire23.

    A Terceira Parte do questionrio inclui os itens 13 e 14.Ela dedicada s dificuldades percebidas pelo entrevista-do durante a realizao das atividades fsicas do dia-a-dia,e aos sentimentos associados s atividades que ele gostariade comear a fazer ou retomar. A estrutura do item 13 apro-xima-se muito das caractersticas da maior parte dos ins-trumentos de avaliao de autonomia, cuja perspectiva negativa: a auto-avaliao direcionada percepo dasdificuldades ressentidas quando da execuo de certas ati-vidades. A diferena, aqui, que se valoriza especialmentea natureza subjetiva do que se considera uma dificuldade.Por exemplo, se o indivduo no pratica desporto, a difi-culdade percebida por este tipo de atividade pode ser mui-to leve. Por outro lado, um indivduo desportista que co-mea a aperceber-se do declnio de seu desempenho podeatribuir s suas dificuldades uma classificao mdia oumesmo elevada. Esta valorizao da subjetividade dos jul-gamentos justifica-se pelos objetivos desta parte do ques-tionrio. No podemos esquecer que as informaes refe-rem-se ao que o entrevistado deseja fazer. A dificuldadefsica real menos importante que as conseqncias para arealizao das atividades s quais o idoso se prope.

    O item 14 procura introduzir uma tica diferente da doitem 13. As atividades que o indivduo gostaria de fazer,mas que no faz, assim como a magnitude do sentimentode privao decorrente deste fato, so consideradas comoelementos importantes para a definio das necessidadesassociadas autonomia de ao. Em outras palavras, emnosso sistema a autonomia de ao depende tambm dosobjetivos vitais, dos projetos de vida, e no somente docontexto atual. Assim, um idoso sedentrio e feliz de o serdeveria ser considerado to ou mais autnomo que aqueleque faz diversas atividades em seu cotidiano, mas que sesente insatisfeito em funo das atividades que no reali-za. No pudemos localizar instrumentos de avaliao daautonomia que tenham proposto um item similar.

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    A Quarta Parte do questionrio (itens 15 a 17) preen-chida pelo entrevistador. O objetivo minorar o grau desubjetividade do julgamento do entrevistado, principalmen-te nas questes em que menciona o nvel de esforo fsicoassociado ao cotidiano. Visto que este tipo de questo freqentemente comparativo, um indivduo que vive emuma comunidade cuja rotina marcada pela atividade r-dua pode estimar que as atividades de seu dia-a-dia sejamleves. Estas mesmas atividades podem ser classificadascomo pesadas por um outro indivduo vivendo em um meiosedentrio. Da mesma forma, as classificaes com respei-to s condies do domiclio, dos transportes coletivos ouda vizinhana podem ser influenciadas pela realidade qualo entrevistado est habituado. Parte-se do princpio de queo entrevistador pode contribuir, com seu julgamento, a com-pletar as informaes fornecidas pelo entrevistado, j queas suas experincias no so as mesmas que a deste lti-mo.

    A pontuao do QSAP feita em trs nveis: (a) a cotaodos itens do questionrio em termos de intensidade; (b) acotao do conjunto de cada Parte e a equivalncia dospontos obtidos em relao ao total de pontos possveis ndices TOT (PA) e TOT (FO); (c) os ndices gerais do ques-tionrio ndices ITOT (PA), ITOT (FO) e IAE. As frmulaspara calcular cada um dos ndices parciais e totais do QSAPencontram-se na matriz do questionrio, apresentada noAnexo 1.

    DESCRIO DO TESTE SNIOR DECAMINHAR E TRANSPORTAR TSMP

    O TSMP foi idealizado de forma a permitir a apreciaoda interao da fora de membros superiores e da capaci-dade cardiorrespiratria, em um contexto funcional. A fimde favorecer sua aplicao em situaes em que a disponi-bilidade de recursos materiais pouca, a forma de execu-o e de anlise dos dados fornecidos foram simplificadaso mais possvel. Uma descrio detalhada do desenvolvi-mento do instrumento pode ser encontrada em Farinatti eVanfraechem13. Nesta seo descrevem-se os princpiosgerais e o protocolo do teste.

    Para a definio do instrumento, o trabalho de Posner etal.24 foi considerado como fundamental: estes autores de-senvolveram um mtodo integrando componentes da re-sistncia aerbia e da fora muscular, denominado Bag-Carrying Test (BCT). O objetivo era medir, em situao fun-cional, a fora dos membros superiores e inferiores de pes-soas idosas, atravs da imposio de intensidades de traba-lho suficientemente elevadas para permitir uma sobrecar-ga importante em termos de capacidade cardiorrespirat-ria. Durante o BCT, os indivduos sobem quatro degraus at7,5m de altura portando pesos calibrados, retornando a se-

    guir ao ponto de partida at que no se possa mais conti-nuar. O escore final consiste na maior carga transportada.Este teste revelou-se associado fora de grupamentos mus-culares superiores e inferiores, VO2pico e a escalas de ati-vidades da vida cotidiana (tipo IADL e AADL).

    A forma de execuo do TSMP foi adaptada do BCT, masa maneira de determinar seu escore final foi completamen-te modificada. As adaptaes foram feitas em funo deuma maior segurana e de uma maior possibilidade de ge-neralizao da aplicao do teste, como segue:

    a) escolheu-se a marcha como a atividade a ser realiza-da. Em um sentido absoluto, subir escadas pode ser umaatividade de intensidade superior, impondo uma maior so-licitao ao sistema cardiorrespiratrio. Contudo, no aplicvel a todas as pessoas idosas. O primeiro grande pro-blema a manuteno do equilbrio subir e descer esca-das transportando pesos exige um nvel de coordenao ede preciso de movimentos nem sempre presente. Almdisso, trata-se de uma atividade associada a altas resistn-cia e potncia musculares, o que pode limitar a validade daapreciao da capacidade cardiorrespiratria em razo defadiga localizada. A marcha diminui consideravelmenteesses riscos, constituindo uma atividade plenamente com-patvel com a avaliao da capacidade aerbia25,26;

    b) o aumento progressivo das cargas transportadas pa-recia-nos pouco factvel em condies de campo. A cali-bragem de vrios pesos idnticos implicaria uma estruturalogstica que queramos evitar, devido aos custos. Ademais,a adio de pesos aps cada circuito suporia a realizaode pausas difceis de controlar, o que poderia comprome-ter a validade do teste. Finalmente, parecia-nos excessiva-mente complicado determinar os pesos a adicionar paraavaliar a fora de membros superiores durante a marcha: onmero de pausas e a progresso constante das cargas nodeveriam nem tornar a marcha impossvel a longo prazo,nem impor interrupes constantes. A quantidade de testespilotos necessrios a uma determinao adequada seria qua-se irrealizvel e, de todo modo, o resultado seria sempreimpreciso. No caso do BCT a tarefa era mais simples, poiso objetivo do teste era sobretudo medir a fora dos indiv-duos. O TSMP deveria fornecer informaes sobre a intera-o da fora e da capacidade aerbia em uma situao fun-cional, sem privilegiar quaisquer destas qualidades fsicas.Decidiu-se assim pela adoo de uma estratgia na qual oavaliado transporta um peso nico em cada mo durante atotalidade do teste. Isto posto, a execuo do TSMP com-preende trs fases:

    1) fase de pr-fadiga: de p, imvel, o indivduo sus-tenta pesos predeterminados para seu sexo (8kg para oshomens e 6,5kg para as mulheres, em cada uma das mos),durante trs minutos, ao fim dos quais autorizado a co-

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    mear a caminhada. Os pesos devem ser bem calibrados,de maneira a proporcionar uma boa distribuio bilateraldas cargas para diminuir o estresse sobre a coluna verte-bral. Igualmente, a preenso deve ser a mais confortvelpossvel. O ponto de contato entre os pesos e as mos deveser revestido de material macio (tecido, fitas acolchoadas,etc.), para que o teste no seja interrompido em funo dedor nas mos.

    2) fase de trabalho: o indivduo convidado a percor-rer, sem correr, 800m o mais rapidamente possvel semcolocar em risco a sua sade, portando os pesos especfi-cos ao seu sexo. Por razes operacionais, o teste feito emuma distncia de 50 ou 100m, percorrida 16 ou oito vezes.Nenhuma dvida deve persistir sobre trs pontos: (a) o su-jeito autorizado a parar a todo momento do teste, umavez que se sinta cansado ou se o peso excessivo. A quan-tidade e a durao das pausas so definidas pelo prprioavaliado, mas ele deve ter em mente que se trata de umteste de sua capacidade fsica. Assim, as pausas devem serrestritas ao mnimo indispensvel; (b) se o avaliado julgaque no poder transportar os pesos at o fim do teste,mesmo fazendo pausas, ele pode coloc-los no cho e con-tinuar o percurso com as mos livres, em qualquer mo-mento do teste; (c) o avaliado no deve correr sob nenhumpretexto. Idealmente, deve-se procurar um ritmo constantede marcha acelerada que possa ser mantido at o fim do

    T400 x 2). Este procedimento possvel em funo da altacorrelao entre T-400 e T-800 (r > 0,90; p < 0,001). Aspausas so associadas a escores sem dimenso: nenhumapausa (S-PAUSA = 0), uma a duas pausas (S-PAUSA = 1), trspausas (S-PAUSA = 2), quatro pausas (S-PAUSA = 3), maisde quatro pausas (S-PAUSA = 4), no transportar os pesos(S-PAUSA = 5). Finalmente, a %FC

    max calculada pela fr-

    mula (FCteste x 100)/FCmax. A FCteste corresponde maior FCobservada durante o teste. Por razes prticas, ela consi-derada como equivalente freqncia medida em um pra-zo mximo de dez segundos aps o trmino da fase de tra-balho. A FC

    max corresponde FC mxima prevista de acor-

    do com a idade (220-idade). A idade medida em anos calcula-se a idade decimal e arredonda-se de acordo com aproximidade da data de aniversrio. Por exemplo, uma pes-soa de 66,4 anos tida como se tivesse 66 anos, enquanto66,7 anos arredondado para 67. O IAP calculado segun-do as frmulas apresentadas na tabela 1.

    DETERMINAO DO NDICE SNIORDA AUTONOMIA DE AO ISAC

    Como dito, do cruzamento das informaes obtidas peloQSAP e pelo TSMP obtm-se um ndice, representativo darelao entre a autonomia exprimida e a autonomia poten-cial do indivduo avaliado. Tal ndice, denominado ndice

    TABELA 1Frmulas para clculo dos ndices parciais e total do SysSen

    ndice Snior de Autonomia Exprimida (IAE)

    6,99 x IAEbruto + 69,88

    IAEbruto = 7,496 x ITOT (PA) + 7,899 x ITOT (FO) 3,423

    ITOT (PA) = somatrio dos ndices parciais das partes do QSAP para PAITOT (FO) = somatrio dos ndices parciais das partes do QSAP para FO

    ndice Snior de Autonomia Potencial (IAP)

    IAPhomens = 69,02 - 4,49 x IAPbrutoIAPbruto (homens) = 0,005x1 + 0,053x2 + 0,514x3 0,013x4 3,28

    IAPmulheres = 68,51 6,84 x IAPbrutoIAPbruto (mulheres) = 0,006x1 + 0,080x2 + 0,233x3 + 0,029x4 8,32

    x1 = T-800 (seg); x2 = BMI (kg/m2); x3 = S-PAUSE (s/dim); x4 = %FCmx (%)

    ndice Snior de Autonomia de Ao (ISAC)

    ISAC = IAPcorr/IAEcorrIAPcorr (mulheres) = 1,48 x IAPmulheres 52,43

    IAEcorr (mulheres) = 2,04 x IAE 91,65

    IAPcorr (homens) = 2,23 x IAPhomens 102,86IAEcorr (homens) = 1,37 x IAE 46,10

    teste. Deve-se prevenir o avaliado do risco deuma velocidade excessiva no incio, que possaimpedir a concluso do percurso em razo defadiga muscular. Os dados observados durante afase de trabalho so : (a) tempo a cada 200m (emsegundos); (b) nmero de pausas; (c) FC ao finaldo teste (mximo dez segundos aps o final dopercurso);

    3) fase de recuperao: ao fim dos 800m, osujeito coloca os pesos no cho e sua FC obser-vada imediatamente e aps trs minutos. Esteperodo de recuperao pode ser aumentado, sea pulsao mostra-se anormalmente elevada.

    A determinao do ndice de Autonomia Po-tencial (IAP) feita a partir de quatro variveis:o ndice de massa corporal (IMC), o tempo depercurso na fase de trabalho (T-800), a categoriacorrespondente ao nmero de pausas (S-PAUSA)e a percentagem da FC mxima atingida no teste(%FC

    max). O IMC corresponde ao peso/altura2 (kg/

    m2). O T-800 anotado em segundos, compreen-dendo tambm as pausas. Excepcionalmente, seo indivduo no capaz de percorrer os 800m,mesmo com as mos livres, o tempo aos 400mpode ser utilizado para estimar o T-800 (T800 =

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    Snior da Autonomia de Ao (ISAC), calculado pela ra-zo entre valores corrigidos do IAP e do IAE. Tal correodeve-se adaptao dos valores obtidos pelos ndices auma unidade comum, qual seja, a idade cronolgica emanos. O fato de existir apenas um ndice para o QSAP e doispara o TSMP (feminino e masculino) imps esta estratgiapara que os dados pudessem ser estatisticamente compat-veis, permitindo o estabelecimento de uma razo entre oIAP e o IAE. Assim, antes do clculo do ISAC, cumpre-se aetapa de ajustamento dos ndices parciais, de acordo comas frmulas propostas na tabela 1.

    VALIDAO DO SISTEMA SNIORDE AVALIAO DA AUTONOMIADE AO SysSen

    A validao do SysSen foi objeto de uma tese de douto-ramento12 e de outras publicaes13,14,27. No possvel nesteespao detalhar os mtodos e resultados obtidos, mas gos-taramos de mencionar alguns dos aspectos e estratgiasenvolvidos. A pertinncia e a fidedignidade foram deter-minadas para cada um dos instrumentos que compem osistema (QSAP e TSMP), assim como para o ISAC. Inicial-mente, verificou-se a representatividade dos instrumentosem relao s variveis que procuravam quantificar. Nocaso do QSAP, determinaram-se a consistncia interna e aestrutura fatorial concernente aos ndices parciais forneci-dos. Para o TSMP, calcularam-se a correlao entre o IAP e aidade, medidas diretas da fora de preenso manual (dina-mometria) e a potncia aerbia mxima (VO2pico), bem comoa associao entre os escores cannicos obtidos pela com-binao das variveis do teste de campo e as medidas dire-tas. A intensidade relativa do TSMP foi tambm determina-da, atravs da observao do comportamento da freqn-cia cardaca, do volume sistlico e do dbito cardaco du-rante a execuo do teste, atravs do mtodo da impedn-cia torcica. Em seguida, a estabilidade das equaes obti-das foi verificada pelo procedimento da validao cruza-da. Os resultados obtidos revelaram que as equaes eramrazoavelmente representativas e estveis.

    Passou-se ento verificao da validade externa dosresultados do questionrio (ndice IAE) e do teste de campo(ndice IAP). Para tal, lanou-se mo de critrios de valida-de construto, contedo, concorrente e concomitante, bemcomo da verificao da fidedignidade inter e intraclassepara um mesmo observador e para observadores distintos,simultaneamente e em testes repetidos. Posteriormente, oISAC foi submetido aos mesmos critrios de validao. En-tre os critrios de validade adotados, poderamos citar adiferena entre as respostas de idosos vivendo em comuni-dade e em instituies, parmetros da aptido fsica toma-dos individualmente e em conjunto (percepo subjetiva

    do esforo, composio corporal, fora mxima e mnima,capacidade cardiorrespiratria e presso arterial), medidasda autonomia funcional (ndice da idade ADL, escalas deautonomia), questionrios de atividades fsicas e questio-nrios associados dimenso psicossocial (imagem cor-poral, auto-estima, etc.). Os resultados foram positivos, tan-to para os instrumentos isolados quanto para o ISAC.

    Finalmente, examinou-se a coerncia geral do sistema,atravs do cruzamento dos resultados dos estudos de vali-dao com os princpios que nortearam a sua construo.Estes princpios foram determinados por dois modelos te-ricos, o Modelo de Interao Sade-Autonomia e o Mode-lo Envelhecimento-Autonomia de Ao5,12. A ratificao detal coerncia foi considerada como um importante indica-dor da validade contedo do mtodo.

    CONCLUSES E CONSIDERAES FINAISO SysSen vem preencher uma lacuna na avaliao da

    autonomia das pessoas de mais de 60 anos, principalmentequando se trata de indivduos que vivem em comunidade,com bons nveis de aptido funcional. Na verdade, sopoucos os instrumentos disponveis dedicados especifica-mente apreciao da independncia funcional deste seg-mento, ainda menos com uma perspectiva positiva.

    No entanto, certo que o sistema no est livre de limi-taes, tanto em relao sua aplicabilidade quanto suavalidao. Em primeiro lugar, no se trata de um mtodoque possa ser aplicado junto a idosos cujo grau de compro-metimento da autonomia seja elevado. Nestes casos, ins-trumentos que avaliam as limitaes para uma vida inde-pendente, como as escalas clssicas de atividades da vidacotidiana, so preferveis. Outra limitao importante re-fere-se validade transcultural do questionrio, ainda noverificada os estudos originais de validao foram feitosem francs, com idosos do Norte da Europa. So necess-rios estudos para observar a estabilidade dos seus resulta-dos em grupos brasileiros, assim como amostras mais im-portantes devem ser selecionadas para a validao cruzadadas equaes de cada um dos instrumentos. Quanto aosresultados obtidos para a validade do ndice geral do siste-ma o ISAC pode-se afirmar que tambm precisam serratificados, a partir de critrios compostos que se aproxi-mem da natureza mista do SysSen. Finalmente, as evidn-cias disponveis sobre a fidedignidade absoluta e relativado mtodo mereceriam ser confirmadas por delineamentosmetodolgicos mais sofisticados.

    Apesar disso, os resultados dos estudos de validao ataqui conduzidos so promissores. H evidncias de que oscomponentes do sistema de avaliao proposto quantifi-cam convenientemente as demandas fsicas para uma vida

  • 230 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000

    autnoma e o potencial fsico individual, possuindo bonsnveis de pertinncia e de reprodutibilidade, ao mesmo tem-po em que consideram aspectos positivos e negativos daautonomia de ao. O cruzamento das informaes do QSAPe do TSMP, enfim, produz um ndice que traduz bem a no-

    o de potencial de realizao de uma vida autonma, apartir da interao dos conceitos de autonomia potencial eexprimida. Assim, conclui-se que o sistema pode vir a seruma opo interessante no contexto da avaliao da auto-nomia de idosos vivendo em comunidade.

    REFERNCIAS1. Applegate WB, Blass JP, Williams TF. Instruments for the functional

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    Epidemiol 1993;46:1433-44.3. Hubert HB, Block DA, Fries JF. Risk factors for physical disability in an

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  • Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000 231

    ANEXO 1Questionrio Snior de Atividades Fsicas

    (Folha do Entrevistador)

    Recomendaes gerais:

    1) Entreviste uma pessoa por vez, em um ambiente tranquilo. Evite aglomeraes de pessoas em torno do entrevistado, sobretudose estas sero entrevistadas a seguir.

    2) Entregue ao entrevistado unicamente as folhas de resposta. As informaes que elas contm so suficientes ao desenvol-vimento da entrevista. Obedea s instrues impressas em caractere itlico no corpo do questionrio.

    3) Seja paciente. O entrevistado pode levar um certo tempo para responder s questes. Explique cuidadosamente cada item.Distribua as folhas de resposta medida que se fazem necessrias, jamais todas de uma vez. Ajude o entrevistado com asopes de resposta, caso ele no seja capaz de ler.

    4) Limite-se a recolher as informaes. Leia as questes exatamente como se apresentam. Evite calcular a cotao ao mesmotempo em que realiza a entrevista. Isso pode conduzir a erros.

    5) Antes de passar a uma nova seo do questionrio, certifique-se de que os itens prvios foram todos convenientementepreenchidos. Evite retomar uma seo, uma vez terminada.

    6) Os cdigos PA/FO no mencionados no corpo do questionrio so determinados segundo normas de classificao emanexo.

    Dados individuais

    Nome:___________________________________________________________________________ Cdigo:____________________

    Data Nasc.:______________________________ Vive s/Acomp.:_________________________ Sexo:______________________

    Altura (cm):______________________________ Peso (kg): _______________________________

    Data da entrevista: _______________________HORA DO INCIO DA ENTREVISTA: ________HR: _______ MIN

    Parte I - O que o entrevistado faz:

    A) DOMICLIO1) Apresentamos uma lista de atividades realizadas no domiclio (tarefas caseiras). Com base nesta lista, gostaramos de

    saber: a) quais atividades fazem parte do seu cotidiano; b) qual a sua freqncia (n de vezes por semana); c) qual a suadurao (tempo de execuo, em minutos, sem interrupo prolongada). Importante: se certas atividades fazem parte deseu cotidiano somente durante algumas fases do ano, leve em conta a freqncia e a durao nestes perodos (Entregue aoentrevistado a folha de respostas A).

    ATIVIDADE Freq Dur PA FO Pts PA Pts FO

    a) Faxina leve (varrer, aspirar, tirar a poeira, passar a ferro, etc.) 1 2

    b) Faxina pesada (muros e janelas, mudar mveis de lugar, etc.) 3 2

    c) Lavar a loua 1 1

    d) Cozinhar 1 1

    e) Transportar cargas pesadas (sem subir escadas) 2 3

    f) Transportar cargas pesadas (subindo escadas) 3 3

    g) Fazer compras (supermercado, shopping, etc.) 1 2

    h) Trabalhar no jardim ou no quintal 2 2

    i) Lava a roupa (manualmente) 1 1

    j) Fazer reparaes leves (trocar lmpadas, consertar torneiras, etc.) 1 2

    k) Fazer reparaes pesadas (pintar paredes, carpintaria, serralheria, etc.) 3 3

    l) Brincar e/ou ocupar-se de crianas 2 2

    m)Ocupar-se de pessoa idosa ou doente (lavar, vestir, etc.) 1 2

    n) Outra:

    Cotao das opes: a) = 1; b) = 2; c) = 3; d) = 4; e) = 0

    Pontos PA = Freq x Dur x PADOM (PA) = Soma dos pontos das seis atividades mais cotadas DOM (PA)

    Pontos FO = Freq x Dur x FODOM (FO) = Soma dos pontos das seis atividades mais cotadas DOM (FO)

  • 232 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000

    B) ATIVIDADES PROFISSIONAIS

    2) Apresentamos uma lista de atividades profissionais e suas categorias de intensidade. Gostaramos de saber a qual categoriapertence sua ocupao profissional principal, bem como: a) a freqncia (n de vezes por semana) com que pratica estaatividade; b) o nmero de horas dirias consagradas a ela. Apenas uma categoria de intensidade pode ser escolhida.(Entregar ao entrevistado a folha de respostas B).

    APOSENTADO (Sem ocupao profissional complementar. Indicar o ano da aposentadoria): ________

    TRABALHO SEDENTRIO FREQ: _________ HORAS: _______ IT: 1

    Todas as atividades cuja intensidade de esforo mnima,durante as quais se fica sentado a maior parte do tempo,ou cujas exigncias de deslocamento limitam-se rea doescritrio, laboratrio, etc.

    Administrativo (empregados de escritrio)Condutor (carro, nibus, trem, etc.)EscritorProf. liberais (mdicos, advogados, professores, etc.)SecretrioAlfaiate, costureiro, etc.

    TRABALHO LEVE FREQ: _______ HORAS: _______ IT: 2

    Todas as atividades que requerem umnvel de esforo razovel, mas cuja im-portncia no resida nem em trans-porte manual de pesos, nem naaplicao contnua e intensa de for-a muscular. O indivduo no senteacelerao marcada da respiraoou da freqncia cardaca, nemtranspirao abundante.

    PadeiroCarpinteiroGuarda de trnsito (urbano)SapateiroCozinheiroEnfermeiroMecnico

    SerralheiroFaxineiroOperador de mquinas pesadas (in-dustriais ou domsticas)EncanadorServenteCamareiroVigilantes (guarda noturno, etc.)

    TRABALHO PESADO FREQ: _______ HORAS: _______ IT: 3

    GariLenhadorEstivadorCarteiroPedreiroMineiroPescadorBombeiro, policial (investigao e priso)Carregador (mudanas, demolio, etc.)

    Cotao das opes: a) = 1; b) = 2; c) = 3; d) = 4

    Todas as atividades para as quais uma boa condio fsica essencial e que requerem pausas freqentes de repouso. Ati-vidades que induzem uma respirao e batimentos cardacosacelerados e que provocam transpirao abundante. Ativida-des que exigem longos deslocamentos a p, corridas ou apli-cao contnua de grande fora muscular. Enfim, as ativida-des baseadas no vigor e na resistncia fsicas.

    Agricultor (trabalhador da terra)

    PROF (PA) = Freq x Dur x IT = _______________OBS: APOSENTADO = 0 PONTO

    PROF (FO) = Freq x Dur x IT = _______________

    C) ATIVIDADES DE TEMPO LIVRE

  • Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000 233

    Nesta parte do questionrio, importante fazer a diferena entre as atividades de tempo livre e aquelas que se devem executar(sejam professionais, sejam domsticas). O entrevistador deve dirigir a ateno do entrevistado para as atividades que realiza forado trabalho ou das obrigaes domsticas. Procura-se descobrir: a) quais as atividades mais praticadas; b) sua freqncia (n devezes por semana); c) sua durao (perodo de execuo de cada atividade, em cada sesso).

    3) Apresentamos uma lista de atividades. Leia-a com ateno, e em seguida mencione aquelas que pratica no seu tempo livre. Vocpode listar at cinco atividades (qualquer nmero entre 0 e 5). Queira informar-nos igualmente sobre o nmero de vezes porsemana que as pratica, e a durao mdia de execuo. Importante: sinta-se livre para citar atividades que no aparecem nalista. Se a prtica de certas atividades limitada a alguns poucos perodos do ano, leve em conta a freqncia e a durao nestesperodos. Mencione prioritariamente atividades cuja intensidade (nvel de esforo fsico) seja a maior possvel. (Entregue aoentrevistado a folha de respostas C).

    ATIVIDADE Freq Dur PA FO Pts PA Pts FO

    1)

    2)

    3)

    4)

    5)

    Cotao das opes: a) = 1; b) = 2; c) = 3; d) = 4

    Pontos PA = Freq x Dur x PALIB (PA) = Soma dos pontos das duas atividades mais cotadas LIB (PA)

    Points FO = Freq x Dur x FOLIB (FO) = Soma dos pontos das duas atividades mais cotadas LIB (FO)

    Hidroginstica 2-1Ioga 1-1Jardinagem 2-2Jogging (corrida a p) 3-0Jogar cartas 0-0Ler 0-0Lutas (jud, jiu-jitsu, carat, capoeira, etc.) 2-3Musculao 1-3Natao 3-1Pintura (quadros) 0-1Pintura (paredes) 1-2Patinagem 2-0Pesca 1-2Petanca/bocha 1-1Remo 3-3Squash 3-2Tocar instrumentos musicais 0-1Tnis 3-2Tiro (arco, armas de fogo, etc.) 1-1Trabalhos manuais (mecnica, serralheria, etc.) 1-3Volibol, netvlei (sala) 2-2Volibol (praia) 3-2Xadrez/jogo de damas 0-0

    Alongamento 1-1Alpinismo/trekking 3-3Andebol 3-2Badminton 2-2Basquetebol 3-2Bilhar 0-1Boliche 1-2Caa 1-2Caminhada (passeio) 1-0Caminhada (marcha acelerada) 2-0Ciclismo (passeio) 2-1Ciclismo (velocidade, competio) 3-2Ciclismo (mountain-bike) 3-3Dana 2-1Escultura 1-2Esqui (fundo) 3-2Esqui (montanha) 2-3Escutar msica 0-0Futebol (salo e campo) 3-1Golfe 1-2Ginstica (calistenia, tradicional) 2-1Ginstica arobia (high-impact) 3-1Ginstica arobia (low-impact) 2-1

    DOM (PA) = DOM (PA) * 2 = _____ PROF (PA) = PROF (PA) * 10 = ______ LIB (PA) = LIB (PA) * 5 = _____ DOM (FO) = DOM (FO) * 2 = _____ PROF (FO) = PROF (FO) * 10 = ______ LIB (FO) = LIB (FO) * 5 = _____

    Pontos (I) PA = DOM (PA) + PROF (PA) + LIB (PA) = ____ Pontos (I) FO = DOM (FO) + PROF (FO)+ LIB (FO)= ____

    TOT I (PA) = Pontos (I) PA/1440 = _________ TOT I (FO) = Pontos (I) (FO)/1440 = _________

  • 234 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000

    Parte II O que o entrevistado deve fazer4) Quantos lances de escada voc obrigado a subir por dia? (1 lance de escada = 10 degraus). (Entregue ao entrevistado a folha

    de respostas D).

    nenhum 1 a 5 6 a 10 10 a 15 > 15 PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 1

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    5) Quantos minutos voc deve caminhar at o ponto de transporte coletivo mais prximo de sua casa? Se voc s se desloca decarro, marque a opo a) (Entregue ao entrevistado a folha de respostas E)

    < 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 > 20 PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 1

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    6) Quantos minutos voc deve caminhar at o centro de aprovisionamento (mercado, emprio, etc.) mais prximo de sua casa? Sevoc s se desloca de carro, marque a opo a) (Entregue ao entrevistado a folha de respostas E)

    < 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 > 20 PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 1

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    7) Como voc classificaria as condies de seu domiclio, no que diz respeito s dificuldades que voc sente atualmente para realizarsuas atividades habituais? (Entregue ao entrevistado a folha de respostas F). Grau:

    muito bom bom razovel ruim muito ruim PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 2

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    8) De uma forma geral (no necessariamente em relao a voc mesmo), qual a sua opinio sobre as redes de transportes coletivosde sua cidade, no que toca ao grau de adaptao s condies das pessoas de mais de 60 anos? (Entregue ao entrevistado a folhade respostas F). Grau:

    muito bom bom razovel ruim muito ruim PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 2

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    9) De uma forma geral (no necessariamente em relao a voc mesmo), como voc classificaria seu bairro (ou vizinhana), quantos dificuldades existentes para a locomoo e a independncia das pessoas de mais de 60 anos? (Entregue ao entrevistado a folhade respostas F). Grau:

    muito bom bom razovel ruim muito ruim PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 2

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    10) De uma forma geral, como voc classificaria o grau de trabalho fsico exigido para a realizao de suas obrigaes (atividad esque voc deve fazer) cotidianas? (Entregue ao entrevistado a folha de respostas G).

    muito leve leve mdio pesado muito pesado PA FO Pontos PA Pontos PO

    0 1 2 3 4 x 2 2

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    11) Em suas ocupaes cotidianas, qual a freqncia associada ao transporte e/ou elevao manual das seguintes cargas: (Entregueao entrevistado a folha de respostas H).

    a (0) b (1) c (2) d (3) e (4) PA FO Pontos PA Pontos FO

    1 - 5kg? x 1 16 - 15kg? x 1 2 > 15kg? x 1 3

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

  • Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000 235

    12) Nos seus deslocamentos cotidianos, qual(is) o(s) meio(s) de transporte que voc mais utiliza? Ordene as opes apresentadas,em ordem decrescente de utilizao. (Entregue ao entrevistado a folha de respostas I).

    ordem Pontos PA Pontos FO

    eu no saio 0 0carro 0 1bicicleta 2 1transporte coletivo 1 2

    a p 1 0Total

    Total de pontos = soma das duas primeiras opes mencionadas em ordem decrescente.

    Pontos (II) PA = _______ Pontos (II) FO = _______TOT II (PA) = Pontos (II) PA/71 = ______ TOT II (FO) = Pontos (II) FO/71 = _______

    Parte III O que o entrevistado deseja fazer

    13) Suas condies atuais de sade e/ou fsicas representam incmodo (ou impedimento) durante a execuo de atividades cotidianas,associadas s situaes mencionadas nesta lista? Em que grau voc classificaria este incmodo? Se a situao mencionada nofaz parte de suas atividades, considere o incmodo como Muito Pequeno (Entregue ao entrevistado a folha de respostas J).

    SITUAO a (0) b (1) c (2) d (3) e (4) PA FO Pontos PA Pontos FO

    a) Lavar e/ou passar roupa 1 1

    b) Utilizao dos transportes coletivos 1 2

    c) Deslocamentos em casa e/ou imediaes 2 1d) Subir e descer escadas 2 1

    e) Cozinhar 1 1

    f) Fazer reparaes em casa 2 2

    g) Praticar desportos 2 2

    h) Ver/visitar os amigos 1 1i) Limpar, fazer faxina 2 2

    j) Fazer compras (supermercado, etc.) 1 2

    k) Trabalhar no jardim ou no quintal 2 2

    l) Transportar pesos 1 3m) Longas caminhadas a p 3 1

    n) Outra:

    Multiplique o algarismo entre parntesis pelo cdigo PA ou FO Total

    14a) H alguma(s) atividade(s) que voc fazia habitualmente e que gostaria de retomar, ou atividades que voc gostaria de comeare no o faz? (Se o entrevistado aposentado, evite considerar sua antiga atividade profissional ):

    Atividades: __________________________________________________________________________________________________________

    14b) Em relao questo anterior, examine as proposies que apresentamos. Qual a afirmativa que definiria da melhor maneira(ou que se aproximaria mais de) seus sentimentos quanto s atividades que voc mencionou? (Entregue ao entrevistado a folhade respostas K):

    Sentimento PA FO Pontos PA Pontos FO

    Multiplique o cdigo do sentimento (a = 1; b = 2; c = 3) pelos cdigos PA ou FO das atividades mencionadas no item 14a(estabelecidas com base na classificao em anexo). Considere apenas as cotaes mais elevadas obtidas para PA e FO.

    Pontos (III) PA = _______ Pontos (III) FO = _______TOT III (PA) = Pontos (III) PA/105 = _______ TOT III (FO) = Pontos (III) FO/105 = _______

  • 236 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000

    Parte IV Ponto de vista do entrevistador

    Esta parte do questionrio deve ser preenchida pelo entrevistador, a partir de seus conhecimentos a respeito das caractersticasambientais e sociais da cidade, regio, pas, etc. em que vive o entrevistado. Este julgamento deve ser independente das opinies doentrevistado.

    15) Como voc classificaria o nvel de esforo fsico exigido pelo cotidiano do entrevistado? Considere aspectos como o local ondevive, a disponibilidade de transporte, sua atividade profissional e suas obrigaes em geral.

    Muito leve leve mdio pesado muito pesado PA FO Pontos PA Pontos PO0 1 2 3 4 x 1 1

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    16) Classifique o stress trmico (temperatura elevada) ao qual o entrevistado se expe durante suas atividades cotidianas:

    Muito leve leve mdio pesado muito pesado PA FO Pontos PA Pontos PO0 1 2 3 4 x 1 1

    multiplique o valor da opo escolhida pelo cdigo PA ou FO

    17) De uma forma geral, classifique as necessidades, em termos de fora de membros superiores e de capacidade cardiorrespiratria(potncia aerbia), para que o entrevistado possa executar sem problemas suas atividades cotidianas, profissionais e de lazer,sem esquecer as atividades que ele gostaria de fazer e que, por uma razo ou outra, no faz (Muito Reduzidas, Reduzidas,Moderadas, Elevadas, Muito Elevadas):

    MR (0) RE (1) MO (2) E (3) ME (4)Pontos potncia aerbia

    Pontos fora

    Considere os algarismos entre parnteses como o nmero de pontos para PA e FO.

    Pontos (IV) PA = _______ Pontos (IV) FO = _______TOT IV (PA) = Pontos (IV) PA/12 = _______ TOT IV (FO) = Pontos (IV) FO/12 = _______

    CLASSIFICAO GERAL

    ESCORES TOT I + TOT II + TOT III + TOT IV / 4 = ITOT

    PA + + + / 4 =

    FO + + + / 4 =

    NDICE DE AUTONOMIA EXPRIMIDA (IAE) = 6,99*Z+69,88 = ____________

    IAEbrut = 7,496x1 + 7,899x2 3,423 x1 = ITOTI (PA), x2 = ITOT (FO)

    HORA DO FIM DA ENTREVISTA: ___________HR: __________MIN___________

    ENTREVISTADOR: _____________________________________________________

  • Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, N 6 Nov/Dez, 2000 237

    NORMAS PARA ATRIBUIO DOS CDIGOS PA E FO

    1) Produo de Energia para o Trabalho (PA)

    Grau 0) Atividades sedentrias, que no requerem adapta-o cardiorrespiratria em nveis muito diferentes da ativida-de de repouso. Trata-se das atividades que se realizam senta-do durante a maior parte do tempo, como ler, escrever, etc.Em termos de gasto calrico, poderamos atribuir o grau 0 satividades que se situam entre 1 e 2 METs. Como exemplos,temos as atividades burocrticas de forma geral e a grandemaioria das profisses liberais (advogados, mdicos, etc.).

    Grau 1) Atividades muito leves, mas que requerem umacerta adaptao do sistema cardiorrespiratrio (freqnciacardaca, respirao, etc.). O gasto calrico associado a estasatividades de 2 a 4 METs. Uma boa parte das atividades delazer situa-se nesta faixa, como os passeios de bicicleta (