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5/27/2018 questesOAB-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/questoes-oab-5622b25ced01a 1/18 PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL Sentença: 83ª Vara do Trabalho de Tribobó do Oeste. Processo no. 1200‐34‐2011‐5‐07‐0083. Aos xx dias do mês de xxxxxxxxxx, do ano de 2012, às xx h, na sala de audiências dessa Vara do Trabalho, na presença do MM. Juiz Fulano de Tal, foi proferida a seguinte Sentença: Jurandir Macedo, qualificação, ajuizou ação trabalhista em face de Aérea Auxílio Aeroportuário Ltda., e de Aeroportos Públicos Brasileiros, empresa pública, em 30/05/2011, aduzindo que era a terceira ação em face das rés, pois não compareceu à primeira audiência das ações anteriormente ajuizadas, tendo tido notícia da sentença de extinção do feito sem resolução do mérito da primeira ação em 10/01/2009 e da segunda ação em 05/06/2009. Afirma que a ação anterior é idêntica à presente. Relata que foi contratado pela primeira ré em 28/04/2004 para trabalhar como auxiliar de carga e descarga de aviões, tendo como último salário o valor de R$ 1.000,00. Ao longo do contrato de trabalho, cumpria jornada das 8:00h às 20:00h, com uma hora de almoço, trabalhando em escala 12 x 36, conforme norma coletiva, pretendendo horas extras e reflexos. Afirma que carregava as malas para os aviões enquanto esses eram abastecidos, mas não recebia adicional de periculosidade, e adquiriu hérnia de disco na lombar por conta do peso carregado, pelo que requer indenização por danos morais e reintegração ou, subsidiariamente, indenização. Era descontado do vale alimentação, mas não recebia o benefício, pretendendo a devolução do valor e a integração da utilidade. Conta que foi dispensado por justa causa, tipificada em desídia, após faltar 14 dias seguidos sem  justificativa, além de outros dias alternados, que lhe foram descontados. Requer seja elidida a  justa causa, com pagamento de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na CTPS com multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da incidência das multas dos arts. 467 e 477 da CLT. Ao longo de todo o seu contrato, diz que sempre desempenhou sua atividade no aeroporto internacional de Tribobó do Oeste, de administração da segunda ré, pelo que pede a condenação subsidiária da segunda ré. Dá à causa o valor de R$ 20.000,00. Na audiência, a primeira ré apresentou defesa aduzindo genericamente a prescrição; que o autor foi desidioso, conforme as faltas apontadas, juntando documentação comprobatória das ausências não justificadas e diversas advertências e suspensões pelo comportamento reiterado de faltas injustificadas. Apresentou controle de ponto com jornada de 12x36h, com uma hora de intervalo, conforme norma coletiva da categoria. Juntou TRCT do autor, cujo valor foi negativo em razão das faltas descontadas. Afirmou que o autor não ficava em área de risco no abastecimento do avião e que não há relação entre o trabalho do autor e sua doença. Apresentou norma coletiva, autorizando a substituição de vale alimentação por pagamento em dinheiro, com desconto em folha proporcional, conforme recibos juntados, comprovando os pagamentos dos valores. Afirmou que não devia as multas dos artigos 467 e 477 da CLT por não haver verba a pagar e que procederia a anotação de dispensa na CTPS com a data da defesa. Pugnou pela improcedência dos pedidos. A segunda ré defendeu‐se, aduzindo ser parte ilegítima para figurar na lide, pois escolheu a primeira ré por processo licitatório, com observância da lei, comprovando documentalmente a fiscalização efetiva do contrato com a primeira ré e a relação dessa com os seus funcionários que lhe prestavam serviços. Salientou a prescrição e refutou os pedidos do autor, negando os mesmos. O autor teve vista das defesas e dos documentos, não impugnando os mesmos. Indagadas as partes, as mesmas declararam que não tinham mais provas a produzir e se reportavam aos elementos dos autos, permanecendo inconciliáveis. O autor se recusou a fornecer a CTPS para que fosse anotada a dispensa.

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PEA PRTICOPROFISSIONALSentena:83 Vara do Trabalho de Tribob do Oeste.Processo no. 12003420115070083.Aos xx dias do ms de xxxxxxxxxx, do ano de 2012, s xx h, na sala de audincias dessa Vara do Trabalho, na presena do MM. Juiz Fulano de Tal, foi proferida a seguinte Sentena:Jurandir Macedo, qualificao, ajuizou ao trabalhista em face de Area Auxlio Aeroporturio Ltda., e de Aeroportos Pblicos Brasileiros, empresa pblica, em 30/05/2011, aduzindo que era a terceira ao em face das rs, pois no compareceu primeira audincia das aes anteriormente ajuizadas, tendo tido notcia da sentena de extino do feito sem resoluo do mrito da primeira ao em 10/01/2009 e da segunda ao em 05/06/2009.Afirma que a ao anterior idntica presente.Relata que foi contratado pela primeira r em 28/04/2004 para trabalhar como auxiliar de carga e descarga de avies, tendo como ltimo salrio o valor de R$ 1.000,00. Ao longo do contrato de trabalho, cumpria jornada das 8:00h s 20:00h, com uma hora de almoo, trabalhando em escala 12 x 36, conforme norma coletiva, pretendendohoras extras e reflexos. Afirma que carregava as malas para os avies enquanto esses eram abastecidos, mas no recebia adicional de periculosidade, e adquiriu hrnia de disco na lombar por conta do peso carregado, pelo que requer indenizao por danos morais e reintegrao ou, subsidiariamente, indenizao. Era descontado do vale alimentao, mas no recebia o benefcio, pretendendo a devoluo do valor e a integrao da utilidade. Conta quefoi dispensado por justa causa, tipificada em desdia, aps faltar 14 dias seguidos sem justificativa, alm de outros dias alternados, que lhe foram descontados. Requer seja elidida a justa causa, com pagamento de aviso prvio, frias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotao de dispensa na CTPS com multa diriade R$ 500,00 pelo descumprimento, alm da incidncia das multas dos arts. 467 e 477 da CLT. Ao longo de todo o seu contrato, diz que sempre desempenhou sua atividade no aeroporto internacional de Tribob do Oeste, de administrao da segunda r, pelo que pede a condenao subsidiria da segunda r. D causa o valor de R$20.000,00.Na audincia, a primeira r apresentou defesa aduzindo genericamente a prescrio; que o autor foi desidioso, conforme as faltas apontadas, juntando documentao comprobatria das ausncias no justificadas e diversas advertncias e suspenses pelo comportamento reiterado de faltas injustificadas. Apresentou controle de ponto com jornada de 12x36h, com uma hora de intervalo, conforme norma coletiva da categoria. Juntou TRCT do autor, cujo valor foi negativo em razo das faltas descontadas. Afirmou que o autor no ficava em rea de risco no abastecimento do avio e que no h relao entre o trabalho do autor e sua doena. Apresentou norma coletiva, autorizando a substituio de vale alimentao por pagamento em dinheiro, com desconto em folha proporcional, conforme recibos juntados, comprovando os pagamentos dos valores. Afirmou que no devia as multas dos artigos 467 e 477 da CLT por no haver verba a pagar e que procederia a anotao de dispensa na CTPS com a data da defesa. Pugnou pela improcedncia dos pedidos.A segunda r defendeuse, aduzindo ser parte ilegtima para figurar na lide, pois escolheu a primeira r por processo licitatrio, com observncia da lei, comprovando documentalmente a fiscalizao efetiva do contrato com a primeira r e a relao dessa com os seus funcionrios que lhe prestavam servios. Salientou a prescrio e refutou os pedidos do autor, negando os mesmos.O autor teve vista das defesas e dos documentos, no impugnando os mesmos. Indagadas as partes, as mesmas declararam que no tinham mais provas a produzir e se reportavam aos elementos dos autos, permanecendo inconciliveis. O autor se recusou a fornecer a CTPS para que fosse anotada a dispensa. o Relatrio.Decidese:No h prescrio, pois o curso desta foi interrompido.A segunda r foi tomadora dos servios, logo parte legtima.Procede o pedido de converso da dispensa por justa causa em dispensa imotivada. A justa causa o maior dos castigos ao empregado. Logo, tendo havido desconto dos dias de falta, no h desdia, porque haveria dupla punio. Logo, procedem os pedidos de aviso prvio, frias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotao de dispensa na CTPS com multa diria de R$ 500,00 pelo descumprimento, alm da incidncias das multas dos artigos 467 e 477 da CLT pelo no pagamento das verbas.Procede o pedido de indenizao por danos morais, que fixo em R$ 5.000,00, pois claro que se o autor carregava malas, sua hrnia de disco decorre da funo, sendo tambm reconhecida a estabilidade pelo acidente de trabalho (doena profissional), que ora se convola em indenizao pela projeo do contrato de trabalho, o que equivale a R$ 10.000,00.Improcede a devoluo de descontos do vale alimentao, pois a r provou a concesso do vale por substituio em dinheiro e autorizado em norma coletiva. Logo, tambm no h a integrao desejada.Procede o pedido de horas extras e reflexos, pois o autor extrapolava a jornada constitucional de 8 horas por dia.Procede o adicional de periculosidade por analogia Smula 39 do TST.Procede a condenao da segunda r, pois havendo terceirizao, esta responde subsidiariamente.Improcedentes os demais pedidos.Custas de R$ 600,00, pelas rs, sobre o valor da condenao estimado em R$ 30.000,00. Recolhimentos previdencirios e fiscais, conforme a lei, assim como juros e correo monetria.Partes cientes.Fulano de TalJuiz do TrabalhoApresente a pea respectiva para defesa dos interesses da segunda r. (Valor: 5,00)

QUESTO 1Cristiano empregador de Denlson, de quem amigo pessoal, motivo pelo qual aceitou ser fiador no contrato de locao residencial desse empregado. Ocorre que Denlson, durante quatro meses, no pagou aluguel e encargos, tendo Cristiano sido executado pela quantia de R$ 3.000,00 na condio de fiador. Para vingarse, Cristiano dispensou Denlson. Este, a seu turno, ingressou com reclamao trabalhista contra a empresa de Cristiano, valendo-se do procedimento sumarssimo, no qual almeja a quantia total de R$ 12.000,00. Em defesa, a empresa sustenta que nada devido, mas, se houver vitria total ou parcial do trabalhador, pretende a compensao dos R$ 3.000,00 que Cristiano foi obrigado a pagar pelos aluguis atrasados que o exempregado devia ao seu locador.Com base no relatado, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.A) A fase processual para alegar o instituto da compensao, como pretendido pela r, foi adequada? (Valor: 0,50)B) A tese de defesa poder ser acolhida? (Valor: 0,50)C) Qual a diferena entre compensao e deduo? (Valor: 0,25)

QUESTO 2Um recurso de revista interposto em face de acrdo proferido por Tribunal Regional do Trabalho em recurso ordinrio, em dissdio individual, sendo encaminhado ao Presidente do Regional.Diante desta situao hipottica, responda, de forma fundamentada, s seguintes indagaes:A) Se o Presidente admitir o recurso de revista somente quanto a parte das matrias veiculadas, cabe a interposio de agravo de instrumento? (Valor: 0,65)B) cabvel a oposio de embargos de declarao contra deciso de admissibilidade do recurso de revista?(Valor: 0,60)

QUESTO 3Felipe Homem de Sorte foi contratado pela empresa Piratininga Comrcio de Metais Ltda., para exercer a funo de auxiliar administrativo. Aps um ano de servios prestados, sem que tivesse praticado qualquer ato desabonador de sua conduta, recusouse a cumprir ordem manifestamente legal de seu superior hierrquico, por discordar de juzo de mrito daquele, em relao tomada de uma deciso administrativa. De pronto foi verbalmente admoestado,alertado para que o ato no se repetisse e sobre a gravidade do ilcito contratual cometido. No mesmo dia, ao final do expediente, foi chamado sala de Diretor da empresa, que lhe comunicou a deciso de lhe impor suspenso contratual por 20 (vinte) dias, em virtude da falta cometida.Em face da situao acima, responda, de forma fundamentada, aos seguintes itens:A) So vlidas as punies aplicadas pelo empregador? (Valor: 0,60)B) Se a ordem original fosse ilegal, o que poderia o empregado fazer? (Valor: 0,65)

QUESTO 4Prolatada sentena, impugnada via recurso recebido apenas em seu efeito devolutivo, em processo judicial movido por ente coletivo obreiro em face de sindicato patronal, onde se busca o estabelecimento de normas coletivas, inclusive reajuste salarial, a empresa GAMA SERVIOS LTDA. deixou de implementar o reajuste salarial deferido.Sabendose que tal sentena foi prolatada em 05/07/2009 e o recurso interposto ainda no foi apreciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.A) Na qualidade de advogado procurado por empregado da referida empresa, aps 06/07/2011, qual medida judicial deve ser proposta para garantir a imediata aplicabilidade do reajuste salarial concedido na sentena? (Valor: 0,65)B) Qual o termo a quo prescricional a ser considerado para efeito de exigibilidade dos crditos referentes ao reajuste salarial concedido? (Valor: 0,60)

Questo 1Em ao trabalhista, a parte reclamante postulou a condenao da empresa reclamada no pagamento de horas extraordinrias e sua projeo nas parcelas contratuais e resilitrias especificadas na inicial.Ao prego da Vara trabalhista respondeu o empregado-reclamante, assistido do seu advogado.Pela empresa, compareceu o advogado, munido de procurao e defesa escrita, que explicou ao juiz que o preposto do empregador-reclamado estaria retido no trnsito, conforme telefonema recebido.Na referida defesa, recebida pelo Juiz, a empresa alega que o reclamante no trabalhou no horrio apontado na inicial e argui a prescrio da ao, por ter a resilio contratual ocorrido mais de dois anos depois do ajuizamento da reclamao trabalhista, o que restou confirmado aps a exibio da CTPS e esclarecimentos prestados pelo reclamante.Em face dessa situao hipottica, responda, de forma fundamentada, s indagaes a seguir.a) Que requerimento o advogado do reclamante dever fazer diante da situao descrita? Estabelea ainda as razes do requerimento.b) Com base em fundamentos jurdicos pertinentes seara trabalhista, o pedido dever ser julgado procedente ou improcedente?

Gabarito comentadoEspera-se que o examinando aborde a caracterizao da revelia e os seus efeitos diante da questo apresentada.

Respondendo primeira indagao, que o advogado do reclamante deve postular a decretao da revelia, com confisso do reclamado quanto matria ftica.Razes do requerimento: ao contrrio da Justia Comum, na Justia do Trabalho a revelia no decorre da falta de defesa e sim da ausncia do ru ou seu representante legal, sendo que a presena do advogado no elide a ausncia do preposto, acarretando a revelia (interpretao do Art. 844 da CLT, pela Smula 122, do TST).

1. Item A:- De aplicao da revelia e confisso matria ftica advogado com defesa e procurao no elide revelia Indicao da norma: Smula n 122/TST - Razes: na JT revelia decorre da ausncia da parte - Indicao da norma: Art. 844/CLT Quanto segunda indagao, embora a revelia importe, nos termos do Art. 844, CLT, em confisso apenas quanto matria de fato, e a prescrio matria de direito, o contrato somente teve fim dois anos aps o ajuizamento, conforme constatado em audincia, pelo que no h prescrio bienal extintiva da ao a ser declarada (Art. 7, XXIX, CF ou 11, CLT), o que importaria o reconhecimento do pedido de horas extras e integraes.Contudo, como o reclamante postulou, com contrato ainda em curso, integrao das horas extras tambm em parcelas decorrentes de uma terminao contratual que no havia se operado poca do ajuizamento da reclamao, essa parte do pedido no pode ser acolhida e sequer conhecida- pelo que o pedido dever ser julgado procedente, em parte, nos termos do Art.128 c/c 460, CPC.

2. Item B:- Procedente, em parte. Embora a prescrio seja matria de direito, no incide prescrio bienal extintiva quanto a contrato em curso. Mas no pode ser conhecido pedido de integrao em parcelas decorrentes de terminao contratual que ainda no havia se operado quando do ajuizamento - Indicao das normas: Art.7, XXIX/CF e 128 c/c 460, CPC

Questo 2Um membro do conselho fiscal de sindicato representante de determinada categoria profissional ajuizou reclamao trabalhista com pedido de antecipao dos efeitos da tutela, postulando a sua reintegrao no emprego, em razo de ter sido imotivadamente dispensado.O reclamante fundamentou sua pretenso na estabilidade provisria assegurada ao dirigente sindical, prevista nos artigos 543, 3, da CLT e 8, inciso VIII, da Constituio da Repblica de 1988, desde o registro de sua candidatura at 01 (um) anos aps o trmino de seu mandato.O juiz concedeu, em sede liminar, a tutela antecipada requerida pelo autor, determinando a sua imediata reintegrao, fundamentando sua deciso no fato de que os membros do conselho fiscal, assim como os integrantes da diretoria, exercem a administrao do sindicato, nos termos do artigo 522, caput, da CLT,sendo eleitos pela assemblia geral.Com base em fundamentos jurdicos determinantes da situao problema acima alinhada, responda s indagaes a seguir.a) O juiz agiu com acerto ao determinar a reintegrao imediata do reclamante?b) Que medida judicial seria adotada pelo reclamado contra esta deciso antecipatria?

Gabarito comentado

Relativamente primeira indagao, espera-se que o examinando, ao abordar a discusso sobre a estabilidade de emprego dos dirigentes sindicais para a representao dos interesses da categoria, responda negativamente.No caso trata-se de conselheiro fiscal, cuja discusso se pauta no exerccio ou no da direo e representao do sindicato.Com fundamento no Art. 522, 2, da CLT, as atividades do conselheiro fiscal limitam-se fiscalizao da gesto financeira do sindicato, no atuando na representao ou defesa da categoria.Exatamente interpretando tal dispositivo, o entendimento consubstanciado na OJ n 365 da SBDI I, do TST, no sentido de no reconhecer direito estabilidade ao conselheiro fiscal .

a) O juiz agiu com acerto ao determinar a reintegrao imediata do reclamante?- No. Membro do C. Fiscal no tem estabilidade C. F. no atua na defesa de direitos da categoria competncia limitada atividade de fiscalizao da gesto financeira do sindicatoIndicao das normas: Art. 522, 2/CLT OJ n 365 da SDI-1/TST

No que tange segunda indagao, quanto deciso que antecipou os efeitos da tutela de mrito, trata-se de incidente interlocutrio e que nos termos do Art. 893, 1 da CLT e da Smula n 214, do TST, irrecorrvel de imediato, pelo que no atacvel por via de recurso ordinrio, muito menos por agravo deinstrumento, que se limita ao destrancamento de recurso.Assim, por se tratar de deciso interlocutria, sem recurso especfico, a resposta correta o mandado de segurana, nos termos da Sumula n 414, II do Colendo TST, unificadora da jurisprudncia trabalhista, no sendo considerada a resposta sem fundamentao.A OJ n 63, da SBDI-II, do TST, no serve de fundamento, por se referir a Ao Cautelar.Ressalta-se que a respectiva resposta no se encontra nica e exclusivamente com espeque em smula e jurisprudncia dos tribunais superiores, mas to somente em interpretao dos dispositivos citados no corpo da chave de resposta.

b) Que medida judicial seria adotada pelo reclamado contra esta deciso antecipatria?- Deciso interlocutria irrecorribilidade imediata - Indicao da norma: Art. 893, 1/CLT ou Smula n 214/TST - No cabe recurso especfico mandado de segurana- Indicao da norma: Sumula 414, II/TST

Questo 3Na audincia inaugural de um processo na Justia do Trabalho que tramita pelo rito sumarssimo, o advogado do ru apresentou sua contestao com documentos e, ato contnuo, requereu o adiamento em virtude da ausncia da testemunha Jussara Freire que, apesar de comprovadamente convidada, no compareceu. O advogado do autor, em contraditrio, protestou, uma vez que a audincia una noprocesso do trabalho, no admitindo adiamentos. O juiz deferiu o requerimento de adiamento, registrou o protesto em ata e remarcou a audincia para o incio da fase instrutria. No dia designado para a audincia de instruo, a testemunha Jussara Freire no apenas compareceu, como esteve presente, dentro da sala de audincias, durante todo o depoimento da testemunha trazida pelo autor. No momento da sua oitiva, o advogado do autor a contraditou, sob o argumento vcio procedimental para essa inquirio, ao que o advogado do ru protestou. Antes de o juiz decidir oincidente processual, o advogado do ru se antecipou e requereu a substituio da testemunha.Diante da situao narrada, analise o deferimento do adiamento da audincia pelo juiz, bem como a contradita apresentada pelo advogado do autor e o requerimento de substituio elaborado pelo advogado do ru.

Gabarito comentado1 Espera-se que o candidato responda que, no obstante a incidncia de regra geral da audincia trabalhista una, por se tratar de causa que tramita pelo rito sumarssimo e com espeque nos Art. 852 -H, 3, da CLT, permite-se o adiamento da audincia, na hiptese de a testemunha convidada no comparecer espontaneamente.- Correto adiamento da audincia quando testemunha convidada no comparece espontaneamente- Indicao da norma: Art. 852-H, 3, CLT.

2 Espera-se que o candidato fundamente a contradita da testemunha com base na violao do Art.824, CLT ou Art. 413, do CPC, que determinam a oitiva das testemunhas separadamente e de modo que uma no oua o depoimento da outra.- Correta a contradita da testemunha - oitiva em separado.- Indicao da norma: Art. 413/CPC ou 824/CLT

3 - Quanto ao requerimento final, deve ser pelo candidato ressaltado, mais uma vez, a inexistncia de regra especfica na CLT sobre a substituio de testemunha, tornando-se possvel a aplicao subsidiria do CPC. E a concluso no sentido da afirmao da impossibilidade de substituio da testemunha Jussara Freire, no caso em exame, uma vez que no se trata das hipteses contidas nos incisos do Art. 408 do CPC, destacando que a parte deu causa ao vcio e que o deferimento criaria uma violao arbitrria daisonomia de tratamento das partes litigantes..- Incorreto requerimento de substituio ausncia de regra especfica na CLT sobre ausncia de testemunha - aplicao subsidiria do CPC. Parte que d causa ao vcio no pode dele se beneficiar- Indicao da norma: Art. 408/CPC

Questo 4Em reclamao trabalhista ajuizada em face da empresa Y, Jos postula assinatura da CTPS, horas extras e diferenas salariais com fundamento em equiparao salarial e pagamento de adicional de periculosidade.Na defesa oferecida, a empresa nega ter o empregado direito assinatura da CTPS, dizendo ter o obreiro trabalhado como autnomo; quanto s horas extras, nega o horrio alegado, se reportando aos controles de frequncia, que demonstram, segundo alega, que o reclamante no as realizava; e, quanto s diferenas salariais, sustenta que o reclamante era mais veloz e perfeito na execuo do servio do que o paradigma apontado.

Considerando as normas processuais sobre a distribuio do nus da prova, estabelea, atravs de fundamentos jurdicos, a quem cabe o nus da prova em relao a cada uma das alegaes contidas na defesa apresentada pelo reclamado?

Gabarito comentadoa) Espera-se que o candidato responda que cabe ao empregado a prova da prestao das alegadas horas extras, por ter o empregador negado que o reclamante as fazia. Em face da negativa, no se verifica a inverso do nus da prova, cabendo ao reclamante a prova do fato constitutivo do direito alegado - Art. 818 da CLT c/c 333, I, do CPC.

Distribuio dos pontos- Horas extras: nus da prova do empregado fato constitutivo do direito - Indicao das normas: arts. 818 da CLT c/c 333, I, do CPC

b) Espera-se que o candidato responda que cabe empresa a prova da autonomia, por ter admitido a prestao de servios, mas apresentado fato impeditivo do reconhecimento do vnculo, o que lhe transferiu o nus da prova, nos termos do Art. 818 da CLT c/c 333, II do CPC.Distribuio dos pontos- Autonomia: nus da prova do empregador que admitiu prestao de servios fato impeditivo- Indicao das normas: arts. 818 da CLT c/c 333, II, do CPC c) Espera-se que o candidato responda que, no caso, no h que se falar em nus da prova, porque no h mais prova a ser produzida em relao ao fato, posto que o prprio empregador, sem alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito equiparao, confessa a maior produtividade e perfeio tcnica do trabalho desenvolvido pelo prprio reclamante. Incidncia dos arts. 334, II e 348, do CPC.

Distribuio dos pontos- Equiparao salarial: no h que se falar em nus da prova no h prova a produzir confisso do empregador Indicao das normas: arts. 334, II/CPC e Art.348/CPC

Questo 5Vindo de sua cidade natal, Aracaju, Jos foi contratado na cidade do Rio de Janeiro, para trabalhar como pedreiro, em Santiago do Chile, para empregador de nacionalidade uruguaia. Naquela cidade lhe prestou servios por dois anos, ao trmino dos quais foi ali dispensado.Retornando ao Brasil, o trabalhador ajuizou reclamao trabalhista, mas o Juiz, em atendimento a requerimento do reclamado, extinguiu o processo, sob o fundamento de que a competncia para apreciar a questo da justia uruguaia, correspondente nacionalidade do ex-empregador.Considere que entre Brasil, Chile e Uruguai no existe tratado definindo a questo da competncia para a hiptese narrada.

a) O Juiz agiu acertadamente em sua deciso? Justifique.b) Informe se cabe recurso da deciso proferida, estabelecendo, se for o caso, o recurso cabvel e, por fim, em que momento processual pode ser impugnada a referida deciso. Justifique a resposta.

Gabarito comentadoQuanto indagao do item a espera-se que o examinando discorde da deciso do magistrado com espeque no Art. 651, 2, da CLT. 1. Item A:- Deciso incorreta Indicao da norma: Art. 651, 2, CLT.

Quanto indagao do item b espera-se que o examinando destaque que, apesar do carter interlocutrio da deciso em apreo, trata-se de deciso terminativa do feito, cabendo recurso de imediato, nos exatos termos do Art. 799, 2, do texto consolidado. 2. Item B:- Embora de carter interlocutrio, deciso terminativa do feito na JT, cabendo recurso imediato Indicao da norma: Art. 799, 2/CLT.Complementando o raciocnio, destaca-se a incidncia dos termos do Art. 895, I, da CLT, o que faz recair no Recurso Ordinrio (cujo prazo de 8 dias) o manejo do recurso cabvel. - Recurso ordinrio 8 dias Indicao da norma: Art. 895, I, CLT

Pea Prtico-profissionalKelly Amaral, assistida por advogado particular no vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou reclamao trabalhista, pelo Rito Ordinrio, em face do Banco Finanas S/A (RT n 1234/2010), em 13.09.2010, afirmando que foi admitida em 04.08.2002, para exercer a funo de gerente geral de agncia, e que prestava servios diariamente de segunda-feira a sexta-feira, das 09h00min s 20h00min,com intervalo para repouso e alimentao de 30 (trinta) minutos dirios, apesar de no ter se submetido a controle de ponto. Seu contrato extinguiu-se em 15.07.2009, em razo de dispensa imotivada, quando recebia salrio no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de 45% (quarenta e cinco por cento), a ttulo de gratificao de funo. Aduziu, ainda, que desde a sua admisso, e sempre por fora denormas coletivas, vinha percebendo o pagamento de auxlio-educao, de natureza indenizatria, para custear a despesas com a instruo de seus dependentes.O pagamento desta vantagem perdurou at o termo final de vigncia da conveno coletiva de trabalho de 2006/2007, aplicvel categoria profissional dos bancrios, no tendo sido renovado o direito percepo do referido auxlio nos instrumentos normativos subsequentes.Em face do princpio da inalterabilidade contratual sustentou a incorporao do direito ao recebimento desta vantagem ao seu contrato de trabalho, configurando direito adquirido, o qual no poderia ter sido suprimido pelo empregador. Nomeada, em janeiro/2009, para exercer o cargo de delegado sindical de representao obreira, no setor de cultura e desporto da entidade e que inobstante tal estabilidade foidispensada imotivadamente, por iniciativa de seu empregador. Inobstante no prestar atividades adstritas ao caixa bancrio, por isonomia, requer o recebimento da parcela quebra de caixa, com a devida integrao e reflexos legais. Alegou, tambm, fazer jus a isonomia salarial com o Sr. Osvaldo Maleta, readaptado funcionalmente por causa previdenciria, e por tal desde janeiro/2008 exerce afuno de Gerente Geral de Agncia, ou seja, com idntica funo ao autor da demanda, na mesma localidade e para o mesmo empregador e cujo salrio fixo superava R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos da devida gratificao funcional de 45%. Alega a no fruio e recebimento das frias do perodo 2007/2008, inobstante admitir ter se retirado em licena remunerada, por 32 (trinta e dois) dias durante aquele perodo aquisitivo.Diante do exposto, postulou a reintegrao ao emprego, em face da estabilidade acima perpetrada ou indenizao substitutiva e a condenao do banco empregador ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinrias dirias, com adicional de 50% (cinquenta por cento), de uma hora extra diria, pela supresso do intervalo mnimo de uma hora e dos reflexos em aviso prvio, frias integrais eproporcionais, dcimo terceiro salrio integral e proporcional, FGTS e indenizao compensatria de 40% (quarenta por cento), assim como dos valores mensais correspondentes ao auxlio educao, desde a data da sua supresso at o advento do trmino de seu contrato, do recebimento da parcela denominada quebra de caixa, bem como sua integrao e reflexos nos termos da lei, diferenas salariais e reflexos em aviso prvio, frias integrais e proporcionais, dcimo terceiro salrio integral e proporcional, FGTS +40%, face pleito equiparatrio e frias integrais 2007/2008, de forma simples e acrescidos de 1/3 pela no concesso a tempo e modo. Pleiteou, por fim, a condenao do reclamado ao pagamento de indenizao por danos morais e de honorrios advocatcios sucumbenciais. Considerando que a reclamao trabalhista foi ajuizada perante a 1 Vara do Trabalho de Boa Esperana/MG, redija, na condio de advogado contratado pelo banco empregador, a pea processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.

Gabarito comentado1 Verificar adequao do encaminhamento e identificao das partes:Modelo de encaminhamento e identificao das partes:EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1 VARA DO TRABALHO DE BOA ESPERANA/MGProcesso n 1234/2010.BANCO FINANAS S/A, j qualificado na petio inicial, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelncia,atravs do advogado que ao final assina, apresentar, nos autos do processo em epgrafe, com fundamento no artigo 847 da CLT, a presente CONTESTAO em face da reclamao trabalhista ajuizada por KELLY AMARAL, pelas razes de fato e de direito a seguir expostas.

1. Encaminhamento e identificao das partes:- Encaminhamento adequado 0 / 0,25- Indicao das partes envolvidas 0 / 0,252 Verificar se o candidato argui, na pea, a preliminar de inpcia

Modelo:A reclamante, na petio inicial, postula o pagamento de indenizao por danos morais, sem, contudo, articular os fundamentos de fato e de direito que amparam a sua pretenso. Resta, pois, ausente a causa de pedir. Assim sendo, deve ser julgado inepta a petio inicial neste aspecto, com base no artigo 295, pargrafo nico, inciso I, do CPC, julgando-se extinto o processo sem resoluo do mrito com relao a este pedido, nos termos dos artigos 267, inciso I, e 295, inciso I, do mesmo diploma processual civil

2. Apresentao de preliminar:- Inpcia danos morais ausncia de causa de pedir - Indicao das normas: Art. 267, I/CPC295, I, p.nico, I/CPC3 Verificar se o candidato apresenta prejudicial de prescrio quinquenal:

Modelo:Suscita-se a prejudicial de prescrio quinquenal, a fim de que sejam consideradas prescritas todas as parcelas anteriores a 13.09.2005, nos termos do artigo 7, inciso XXIX, do Texto Constitucional3. Prejudicial de prescrio:- Arguio prescrio quinquenal - Indicao da norma: Art. 7, XXIX, da CF/88MRITO4 Do item horas extras e reflexos extrapolao de jornada e supresso do intervalo intrajornada.Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.Gerente geral de agncia, sem controle de horrio, no faz jus a horas extras e no h que se falar em supresso de intervalo. Improcedncia do pedido.

Modelo:Conforme resta narrado na prpria petio inicial, a autora era ocupante do cargo de confiana de gerente geral de agncia e, nos termos do Art. 62, inciso II, da CLT no se submetia ao controle de jornada de trabalho, percebendo, ainda, gratificao de funo superior a 40% (CLT, Art. 62, pargrafo nico). Neste sentido, inclusive, o posicionamento contido na Smula n 287 do C. Tribunal Superior doTrabalho. Deste modo, tendo a reclamante ocupado cargo de confiana, carece de amparo legal o pagamento de horas extraordinrias, devendo ser julgado improcedente o pedido, assim como o de seus reflexos, j que os acessrios seguem a sorte do principal . 4. Horas extras, intervalos e reflexos:- Gerente geral de agncia sem controle de horrio no tem horas extras nem supresso de intervalo improcedncia- Indicao da norma Art. 62, II/CLT e Smula n 287/TST

5 Do item alterao contratual lesiva e da integrao do valor pago a ttulo de auxilio educao. Verificar se o candidato contesta e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.As normas previstas nas Convenes Coletivas de Trabalho tm validade temporal, no importando em alterao lesiva a supresso de benefcios delas advindos e no previstos em norma coletiva posterior.Improcedncia.

Modelo:A jurisprudncia uniformizada no item I da Smula n 277 do C. Tribunal Superior do Trabalho, apreciando a repercusso das normas coletivas nos contratos de trabalho, posiciona-se no sentido de que as condies de trabalho alcanadas por fora de sentena normativa, conveno ou acordo coletivos vigoram no prazo assinado, no integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho.Trata-se, conforme a doutrina, da adoo da teoria da aderncia limitada pelo prazo. Ao contrrio da tese adotada pela parte autora, o direito de percepo do auxlio-educao se esgotou com o advento do trmino da vigncia da conveno coletiva de trabalho de 2006/2007, haja vista no ter sido renovado este benefcio nas normas coletivas posteriores. No h, portanto, que se falar em incorporao, ou mesmo direito adquirido, sendo inaplicvel, neste caso, a norma do artigo 468 da CLT. Desta forma, deve ser julgado improcedente o pedido.5. Alterao contratual lesiva e integrao auxlio-educao:- Validade temporal da CCT improcedncia - Norma aplicvel - Smula 277, I/TST Alterao no afronta Art.468/CLT 6 Do item estabilidade e pedido de Reintegrao ou Indenizao Substitutiva:Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.Delegado sindical no detentor de estabilidade, por falta de representatividade eletiva. Improcedncia.

Modelo:O pedido no merece guarida, por falta de amparo legal, visto que a reclamante exercia cargo dedelegado sindical de representao obreira, o que no lhe d ensejo estabilidade provisria de emprego, pois indicada e no eleita para fins de representao de categoria profissional, nos exatos termos da OJ 369 da SBDI 1 do TST. Sendo assim, os pedidos sucessivos alhures devero ser julgadosimprocedentes.6. Estabilidade reintegrao ou indenizao:- Delegado sindical no tem estabilidade - falta de representao eletiva improcedncia - Indicao da norma: OJ 369 SDI-1/TST 0 / 0,27 Do item quebra de caixa - pagamento e integrao com reflexos da parcela quebra de caixa:Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido.Atividade exercida no enseja a percepo da parcela improcedncia.

Modelo:No faz jus reclamante a parcela devida, pois suas atividades e funes no denotam a possibilidade de ensejar erros involuntrios de contagem, dado o manuseio constante de dinheiro. Com efeito, no h para a reclamante maior responsabilidade que se exige do empregado que realiza cotidianamente a contagem de valores em dinheiro. Enfim, ntida a incompatibilidade da percepo da referida parcela com a funo de Gerncia Geral de Agncia.7. Quebra de caixa pagamento e integrao:- Atividade exercida no enseja percepo da parcela improcedncia8 Do item Equiparao Salarial:Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.Paradigma em readaptao no serve de modelo para efeito de equiparao. Apontamento de fato impeditivo de direito ao pleito equiparatrio, face previso do Art. 461 4, CLT. Improcedncia do pedido.

Modelo:Pleito de equiparao salarial, apontando como paradigma o Sr. Osvaldo Maleta, empregado readaptado funcionalmente por causa previdenciria, requerendo diferenas salariais.Existe fato impeditivo do direito ao pleito equiparatrio e seus consectrios, qual seja, o disposto no Art.461, 4, visto que o apontado paradigma exerce a funo de Gerente Geral de Agncia, advindo de readaptao funcional, por causa previdenciria, o que afasta o pleito isonmico.8. Equiparao Salarial impossibilidade:- Paradigma em readaptao impede pleito equiparatrio improcedncia 0 / 0,3- Indicao da norma: Art. 461, 4/CLT 0 / 0,29 Do item frias vencidas e no usufrudas.Verificar se o candidato contesta e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.Licena remunerada superior a 30 dias no perodo aquisitivo elimina o direito a frias do mesmo perodo.Improcedncia.

Modelo:O pleito dever ser afastado, com espeque no Art. 133, II da CLT, pois a autora admite ter usufrudo licena remunerada, por 32 dias, durante aquele perodo aquisitivo 2007/2008. 9. Frias vencidas e no usufrudas:- Licena remunerada superior a 30 dias dentro do perodo aquisitivo improcedncia- Indicao da norma: Art. 133, II/CLT10 Do item honorrios advocatcios:Verificar se o candidato contesta e adequadamente- o pedido, com indicao da norma jurdica incidente.No foram preenchidos os requisitos legais para a incidncia de honorrios. Improcedncia.

Modelo:Segundo a disposio contida no artigo 14, caput, 1, da Lei n 5.584/70 e Smulas 219 e 329 do TST, na Justia do Trabalho a assistncia judiciria a que se refere a Lei n 1.060/50 ser prestada pelo sindicato profissional a que pertencer o trabalhador, sendo devida a todo aquele que perceber salrio igual ou inferior ao dobro do mnimo legal, ou que sua situao econmica no lhe permita demandar, sem prejuzo do sustento prprio ou da famlia, devendo ser julgado improcedente o pedido de condenao do reclamado no pagamento de honorrios advocatcios.10. Honorrios advocatcios:- No preenchimento dos requisitos improcedncia- Indicao das normas: Lei n 5584/70 e Smulas n 219, I e 329/TST11 Requerimentos:

Modelo:Diante dos fundamentos fticos e jurdicos articulados, o candidato deve requerer o acolhimento da preliminar de inpcia, a prejudicial de prescrio quinquenal e, por fim, no mrito, sejam julgados improcedentes os pedidos aduzidos na pea de ingresso pelas razes expostas, protestando por todos os meios de prova admitidos em Direito, notadamente depoimento pessoal, prova documental etestemunhal. Nestes termos,Pede deferimento.DataAdvogado. Distribuio dos pontos11. Requerimentos:- Acolhimento da preliminar de inpcia prescrio quinquenal no mrito, improcedncia dos pedidos protesto pelos meios de prova admitidos em Direito

PEA PRTICO-PROFISSIONAL 1) Estrutura inicial O examinando deve elaborar uma contestao, com encaminhamento ao Excelentssimo Senhor Juiz do Trabalho da 35 Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS, indicao das partes e referncia ao nmero do processo (RT n 0001524-15.2011.5.04.0035). No cabe alegar incompetncia do juzo, porque o reclamante poderia ter ajuizado a reclamao em Porto Alegre ou em Florianpolis (art. 651, 3, CLT).

2) Preliminar de inpcia da petio inicial O examinando deve suscitar a preliminar de inpcia da petio inicial com relao ao dcimo terceiro salrio do ano de 2008, por ausncia de pedido, nos termos do artigo 295, pargrafo nico, inciso I, do CPC, requerendo a extino do processo sem resoluo do mrito, com fundamento no artigo 267, inciso I, do CPC.

3) Prejudicial de prescrio bienal O examinando deve suscitar a prejudicial de prescrio bienal, com fundamento no artigo 7, inciso XXIX, da CF/88 ou artigo 11, inciso I, da CLT, ou Smula n 308, item I, do TST, sustentando que a reclamao trabalhista foi ajuizada aps dois anos da data da extino do contrato de trabalho, mesmo considerada a integrao do aviso prvio, requerendo a extino do processo com resoluo do mrito, com fundamento no artigo 269, inciso IV, do CPC. Em face do princpio da eventualidade, deve seguir na impugnao dos pedidos, inclusive porque pode ter ocorrido algum fato impediente, suspensivo ou interruptivo, no mencionado na questo.

4) Do adicional de transferncia e reflexos O examinando deve impugnar o pedido, alegando que o pagamento do adicional de transferncia somente devido quando se der em carter provisrio, nos termos do artigo 469, 3, da CLT e do posicionamento contido na OJ n 113 da SBDI-1 do TST, verbis: O fato de o empregado exercer cargo de confiana ou a existncia de previso de transferncia no contrato de trabalho no exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepo do mencionado adicional a transferncia provisria.

5) Das horas in itinere e reflexos O examinando deve impugnar o pedido, esclarecendo que a mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento de horas in itinere, nos exatos termos do posicionamento contido no item III da Smula n 90 do TST.

6) Da integrao salarial dos valores referentes ao transporte e reflexos O examinando deve impugnar o pedido, afirmando que no considerado salrio o transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou no por transporte pblico, nos moldes do artigo 458, 2, inciso III, da CLT.

7) Das frias em dobro relativas ao perodo 2007/2008 O examinando deve impugnar o pedido, aduzindo que no tem direito s frias o empregado que, no curso do perodo aquisitivo, permanecer em gozo de licena, com percepo de salrio, por mais de 30 (trinta) dias, nos moldes do artigo 133, inciso II, da CLT.

8) Da equiparao salarial e reflexos O examinando deve impugnar o pedido, alegando no configurado o trabalho de igual valor a que se reporta o artigo 461, 1, da CLT, uma vez que o paradigma tinha uma produtividade superior do autor, embora fosse idntica a produo de ambos.

9) Da garantia provisria de emprego O examinando deve impugnar o pedido, informando que a garantia provisria de emprego se restringe ao empregado eleito para cargo de direo da CIPA, nos termos do artigo 10, inciso II, alnea a, do ADCT e que a sua Presidncia deve ser ocupada por representante do empregador, o qual por este designado, no sendo eleito, conforme a disposio contida no artigo 164, 1 e 5, da CLT.

10) Honorrios advocatcios O examinando deve impugnar o pedido, aduzindo que o autor no se encontra assistido pelo sindicato de classe, no atendendo aos requisitos previstos no artigo 14, 1, da Lei 5.584/70, em conformidade com as Smulas 219, item I, e 329 do TST.

11) Requerimentos O examinando deve requerer o acolhimento da preliminar de inpcia da petio inicial quanto ao dcimo terceiro salrio de 2008 e da prejudicial de prescrio bienal. Deve requerer, ainda, na hiptese de rejeio da prejudicial de mrito, a improcedncia dos pedidos. Por fim, deve protestar por todos os meios de prova admitidos em Direito, notadamente o depoimento pessoal e as provas documentais e testemunhais.

Distribuio dos Pontos 1) Estrutura inicial

Encaminhamento adequado (0,25) e correta identificao das partes e do processo. Obs: poderia o reclamante ter ajuizado a reclamao em Porto Alegre ou em Florianpolis (art. 651, 3, CLT)

2) Preliminar de inpcia da petio inicial

Inpcia do 13 salrio do ano de 2008, por ausncia de pedido (0,30). Indicao do art. 295, par. nico, I, CPC Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

3) Prejudicial de Prescrio

Ajuizamento da ao aps dois anos de extino do contrato (0,30). Indicao do artigo 7, XXIX, da CRFB/88 OU do artigo 11, I, da CLT OU da Smula 308, I, do TST Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

4) Do adicional de transferncia e reflexos

Adicional devido apenas na transferncia provisriaIndicao do artigo 469, 3, da CLT OU da OJ 113 da SBDI-1 do TST . Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

5) Das horas in itinere e reflexos

Insuficincia de transporte pblico no enseja horas in itinere.Indicao exata e completa da Smula 90, III, do TST . Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

6) Da integrao salarial dos valores referentes ao transporte e reflexos

Transporte para o trabalho e retorno no salrio. Indicao exata e completa do artigo 458, 2, inciso III, da CLT . Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

7) Das frias em dobro relativas ao perodo 2007/2008

Perda do direito s frias em razo da licena remunerada superior a 30 dias no perodo aquisitivo.Indicao exata e completa do artigo 133, II, da CLT. Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

8) Da equiparao salarial e reflexos

No configurao do trabalho de igual valor em razo da diferena de produtividade (0,30), com indicaodo artigo 461, 1, da CLT (0,20) OU indicao de inpcia (0,30), com indicao do artigo 295, I, do CPC. Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

9) Da garantia provisria de emprego

O Presidente da Cipa no eleito, mas designado pelo empregador (0,30). Indicao do art. 10, II, a, ADCT (0,10) e dos arts. 164, 1 e/ou 5 da CLT (0,10). Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

10) Honorrios advocatcios

Falta de assistncia sindical (0,10). Indicao da Lei 5.584/70 OU Smula 219, I, OU 329 do TST (0,10). Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

11) Requerimentos

Acolhimento da preliminar de inpcia (0,10). Acolhimento da prescrio bienal (0,10). Improcedncia dos pedidos (0,10).

QUESTO 1 a) Opo A: Em que pese a suspenso coletiva para efeito de protesto sobre os ilegais e abusivos procedimentos adotados pelo empregador, o movimento de paralisao no pode ser considerado como greve, cujo exerccio est condicionado deciso pela categoria em assembleia geral destinada definio das reivindicaes e deliberao sobre a paralisao coletiva da prestao de servios (art. 4 da Lei 7.783/89), necessitando-se, para evitar-se abusividade, notificao, com 48 horas de antecedncia, da paralisao (art. 3, pargrafo nico), alm da observncia dos demais requisitos previstos em lei (1 e 2 do art. 4).

Opo B: Em que pese a inobservncia dos requisitos formais previstos no art.4, da Lei n 7.783/89, trata-se de greve, reivindicatria da cessao da abusividade patronal descrita na questo, caracterizada pela suspenso coletiva, temporria e pacfica, da prestao pessoal de servios e fundada no art. 9 da CRFB e no princpio da dignidade da pessoa humana (art. 170, da CRFB). b) Sob o ngulo do direito de autodefesa ou resistncia contra os abusos do poder diretivo, o ato do empregado e de seus colegas legtimo e tem fundamento nos princpios da proteo e dignidade da pessoa humana, alm dos princpios da boa-f, razoabilidade e proporcionalidade. O candidato que se limitar a dizer sim ou no, sem justificar a resposta, ou se limitar a indicar base legal ou jurisprudencial no receber qualquer pontuao. Distribuio dos Pontos

a) Opo A: O movimento no pode ser caracterizado como greve porque sequer houve interveno sindical e deliberao em assembleia para definio das reivindicaes (0,35) previstos na Lei 7783/89 (0,30). Opo B: Apesar da inobservncia dos requisitos formais, trata-se de greve reivindicatria da cessao da abusividade patronal (0,35), fundada no art.9 em nome do princpio da dignidade da pessoa humana (0,30). No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

b) O ato do empregado e dos seus colegas legtimo diante da atitude abusiva do empregador (0,30) e tem fundamento no direito de resistncia OU princpios da proteo OU dignidade da pessoa humana (0,30).

QUESTO 2 A questo envolve a aplicao do instituto processual da perempo no Processo do Trabalho. Nos termos do art.732, da CLT, incorre na pena de perda do direito de reclamar na Justia do Trabalho, pelo prazo de 6 meses, do reclamante que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art.844, da CLT, ou seja, do que no comparece audincia inaugural da reclamao trabalhista. Espera-se medir a capacidade de o candidato analisar que na situao retratada no ocorreram dois arquivamentos. A primeira extino decorreu de arquivamento por ausncia do reclamante audincia e o segundo, de homologao de desistncia. Assim, Reginaldo no dever aguardar nenhum prazo caso queira mover nova reclamao, pois no se configurou a perempo. Quanto segunda indagao, espera-se que o candidato identifique os dois casos de perempo previstos na lei trabalhista: dois arquivamentos seguidos, em virtude de ausncia injustificada audincia inaugural (art.732, CLT) e quando o trabalhador efetuar reclamao verbal e no comparece Secretaria da Vara em cinco dias para reduzi-la a termo (art.731, CLT). Distribuio dos Pontos Item

a) No, pois no ocorreram 2 arquivamentos, o que afasta a perda do prazo de 6 meses do direito de reclamar perante a JT OU porque no ocorreram 2 arquivamentos decorrentes de ausncia do reclamante audincia (CLT, art. 732) OU porque s ocorreu 1 arquivamento, tendo as outras extines derivado de outros motivos (0,4), conforme art.732, CLT (0,25) No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

b) Quando o reclamante d causa a 2 arquivamentos por ausncia audincia inaugural (0,25), nos termos do art.732, CLT (0,05) e quando distribui reclamao verbal mas no comparece Secretaria da Vara, em 5 dias, sem justificativa, para reduz-la a termo (0,25), conforme art.731 da CLT (0,05). No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial

QUESTO 3 a) De acordo com a norma prevista no artigo 2, 2, da CLT, sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurdica prpria, estiverem sob a direo, controle ou administrao de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econmica, sero, para os efeitos da relao de emprego, solidariamente responsveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Desta forma, a solidariedade das empresas que integram grupo econmico ativa e passiva (solidariedade dual): ambas podem exigir de Jos a prestao de servios, porque integram um grupo econmico empregador (empregador nico) e so responsveis solidrias pela satisfao dos crditos trabalhistas de Jos. b) As empresa integrantes de grupo econmico consistem em empregador nico. Deste modo, a prestao de servios a mais de uma empresa do mesmo grupo econmico, durante a mesma jornada de trabalho, no caracteriza a coexistncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrrio, nos moldes da interpretao jurisprudencial pacfica contida na Smula n 129 do TST. Distribuio dos Pontos Item

a) Solidariedade ativa, por se tratar de empregador nico (0,30) e passiva, porque ambas so garantidoras do crditos trabalhistas (0,30).

b) No - Empregador nico (0,4). Indicao da Smula 129 do TST (0,25). Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

QUESTO 4 a) Sim. Cabem embargos de declarao (art.897-A, parte final, CLT) e, se mantida a deciso, mandado de segurana ou o manejo de reclamao correicional. Isso porque cabem embargos para sanar manifesto equvoco na apreciao dos pressupostos extrnsecos de admissibilidade de recurso. Se no providos, considerando que o agravo de instrumento objetiva destrancar um recurso anterior cujo seguimento foi negado, no seria legtimo impedir o seu prosseguimento (ofensa a direito lquido e certo que cassado por mandado de segurana) ou, por se tratar de ato tumulturio do bom andamento processual, a correicional para corrigi-lo. b) Desero significa a ausncia de preparo. Sim, o agravo de instrumento estava deserto, porque o preparo deveria ser feito no ato de interposio do recuso, nos exatos termos do artigo 899, 7, da CLT, quando dispe que: No ato de interposio do agravo de instrumento, o depsito recursal corresponder a 50% (cinquenta por cento) do valor do depsito do recurso ao qual se pretende destrancar. Assim, de forma diversa daquilo que sucede com os recursos de maneira geral, exige-se o preparo adicional de 50% (cinquenta por cento) no ato da interposio do agravo de instrumento e no no prazo alusivo ao recurso. Distribuio dos Pontos

a) Sim. Cabimento de embargos de declarao OU mandado de segurana OU reclamao correicional (0,30). Indicao do art. 897-A, CLT OU da Lei 12.016/09 OU do art. 709, II, CLT ou regimento interno de cada tribunal, compatvel com a 1 parte da resposta (0,20). Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.

b) Desero significa ausncia de preparo (0,30). O agravo est deserto porque o preparo deveria ser feito no ato de interposio do recurso (0,30). Indicao do artigo 899, 7, da CLT (0,15). Obs: No h pontuao para a mera indicao da base legal ou jurisprudencial.