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 I. INTRODUÇÃO O início da história da quinina começa no início do século dezessete onde um misterioso remédio indígena denominado "quina-quina" deixou a todos surpresos pela sua eficiência na cura da malária. A partir deste momento , essa ''poção'' expandiu-se por quase Europa  junto com as promessas de cura de todas as doenças que existiam nesta época. Antes extraída através da casca da árvore Cinchona pelos próprios indígenas e transformada em uma bebida, esta "poção" passou por um aprimoramento maior em 1820 onde toda a causa da cura da malária fora descoberta. Dois cientistas neste mesmo ano utilizaram suas técnicas para isolarem esta cura milagrosa, na qual, mais tarde denominaram de Quinina. Por ser um processo com um resultado tão lucrativo, toda a exploração para a obtenção da quinina provocou a extinção das árvores responsáveis pela mesma, o que motivou não apenas a proibição do comércio da quinina, mas também, a necessidade de uma maneira de obter-se a substância de forma mais prática. II. SÍNTESE DA QUININA Discutida durante muitos anos e pesquisa até o dia de hoje, a síntese da quinina envolve muitas controvérsias. Nos primeiros estudos, a quinina foi isolada da árvore Cinchona, o que possibilitou não apenas a sua classificação, mas avanço para os estudos posteriores, tais como o estudo de Pasteus que isolou da d- quinotoxina da quinina, pensando ser a quinotoxina. Posteriormente em 1918, Paul Rabe e Karl Kindler conseguiram fazer a síntese da quinina através do inverso do trabalho de seu cientista anterior. Porém, na década de 40, Robert Burns Woodward tentou produzir a mesma experiência que Rabe e Kindler, o que gerou uma controvérsia, sendo que o mesmo afirmou obter o mesmo resultado, mas a única que conseguiu foi o Homomeroquineno e a Quiniotoxina, acreditando que a partir dessas duas substâncias, a Quininotoxina seria transformada  posteriormente em Quinina mas Burns não conseguiu concluir sua pesquisa.

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I. INTRODUÇÃO

O início da história da quinina começa no início do século dezessete onde um misteriosoremédio indígena denominado "quina-quina" deixou a todos surpresos pela sua eficiênciana cura da malária. A partir deste momento , essa ''poção'' expandiu-se por quase Europa junto com as promessas de cura de todas as doenças que existiam nesta época.

Antes extraída através da casca da árvore Cinchona pelos próprios indígenas etransformada em uma bebida, esta "poção" passou por um aprimoramento maior em 1820onde toda a causa da cura da malária fora descoberta. Dois cientistas neste mesmo ano

utilizaram suas técnicas para isolarem esta cura milagrosa, na qual, mais tardedenominaram de Quinina.

Por ser um processo com um resultado tão lucrativo, toda a exploração para a obtenção daquinina provocou a extinção das árvores responsáveis pela mesma, o que motivou nãoapenas a proibição do comércio da quinina, mas também, a necessidade de uma maneira deobter-se a substância de forma mais prática.

II. SÍNTESE DA QUININA

Discutida durante muitos anos e pesquisa até o dia de hoje, a síntese da quinina envolvemuitas controvérsias. Nos primeiros estudos, a quinina foi isolada da árvore Cinchona, oque possibilitou não apenas a sua classificação, mas avanço para os estudos posteriores,tais como o estudo de Pasteus que isolou da d- quinotoxina da quinina, pensando ser aquinotoxina. Posteriormente em 1918, Paul Rabe e Karl Kindler conseguiram fazer asíntese da quinina através do inverso do trabalho de seu cientista anterior. Porém, nadécada de 40, Robert Burns Woodward tentou produzir a mesma experiência que Rabe eKindler, o que gerou uma controvérsia, sendo que o mesmo afirmou obter o mesmoresultado, mas a única que conseguiu foi o Homomeroquineno e a Quiniotoxina,

acreditando que a partir dessas duas substâncias, a Quininotoxina seria transformada posteriormente em Quinina mas Burns não conseguiu concluir sua pesquisa.

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A maior discussão foi que poucos eram os detalhes e muitas eram as controvérsiasgeradas nos experimentos, o que acabou gerando uma dúvida geral se realmente aconteceua síntese da Quinina ou apenas um golpe da época.

Apenas em 2008, dois cientistas americanos Smith e Williams, tal como Robert BurnsWoodward , fizeram novamente a experiência de Raber e Karl. Com as tecnologias

apropriadas que o tempo gerou e o melhor manusiamento de materiais, os dois cientistasconcluiram que o alumínio utilizado para a produção da quinina na última etapa comomostra a figura, não era o adequado para a pesquisa devido as situações da época emrelação aos produtos químicos. Smith e Williams, não apenas acharam o que muitoschamaram de "erro infeliz ", mas o consertaram e proporcionaram a síntese da quinina.

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III. APLICAÇÕES NO COTIDIANO

A Quinina está sendo utilizada não apenas em função anti-malária, mas também analgésicae a função flavorizante. Que mesmo que muitos não saibam, é o gosto amargo utilizado naágua tônica, porém, em pouquíssima quantidade. A ingestão da Quinina pode até causar  por um intoxicação uma doença no sistema nervoso central que é chamada dechinchonismo. Suas causas principais são as diversas deficiências, como as auditivas,visuais, sanguíneas.

Atualmente, muitos cientistas tentam conseguir substâncias sintéticas e naturais quesubstituam o uso da Quinina para o tratamento da malária, mas nenhuma delas possui a real

eficiência da mesma.

A presença dessa substância na água tônica pode ser vista sob a luz ultravioleta, pois aQuinina fica fluorescente. Além disso, foi muito usada em tratamento de cãibras na penas, porém os causava efeitos graves. Antigamente a Quinina era usada como indutor de parto, pois ajudava a estimular a musculatura lisa do útero, facilitando- o.

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IV. ANÁLISE DA MOLÉCULA

A Quinina é classificada como um alcalóide, ou seja, um substância basicamentecomposta por carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, encontrada principalmente em plantas. Possuí sua fórmula estrutural C20H24 N2O2

A Quinina apresenta quatro carbonos quirais, especificamente situados nos carbos 3, 4, 8e 9, tais como representados na figura abaixo, junto com suas projeções de Fischer respectivamente.

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O número possível de estereoisômeros para a Quinina são 16, isto porque usa-se umafórmula simples através da quantidade de seus centros quirais: 2 elevado ao número decentros quirais 4, igual a 16.

V. REFERÊNCIAS

http://www.chem.ox.ac.uk/mom/quinine/quinine.htm

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422009000700048&script=sci_arttext

http://www.wisegeek.com/what-is-quinine.htm