Quinta-feira, 31 de Dez~rfibtloe(!IEt

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BOLETIM DA REPUBLICA

middotPUBLICACcedilAtildeO OFICIAL DA REPUacuteBLICA middotDE MOCcedilAMBIQUE

19o SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCcedilAMBIQUE EP

A mateacuteria a publicar no laquoBoletim da Repuacuteblicaraquo deve ser remetida em coacutepia devidamente autenticada uma por cada assunto donde conste aleacutem das indicaccedilotildees necessaacuterias para esse efeito o averbamento seguinte assinado e autenticado Para publicaCcedilatildeo no laquoBoletim da Repuacuteblicaraquo

SUMAacuteRIO

Conselho deMinistros

Decreto n 4712015

Aprova o Coacutedigo da Propriedade Industrial abreviadamente desig(ado por CPI

Decreto n 482015

Cria o Serviccedilo de Emergecircncia Meacutedica de Moccedilambique abrevtashydamente designado por SEMMO

Decreto nbull 492015

Aprova os Termos de Concessatildeo das infra - estruturas do Tershyminal Ponr_~aacuterio de Caryatildeo no Porto da Beira (Cais 13) na Provfnciade Sofala efectuado pelo Governo ccedilla Repuacuteblica de Moccedilambique na sua qualidade de Concedente Portuaacuterio agrave sociedade comercial New Coai Terminal Beira SA ~ujas acccedilotildees satildeo detidas maioritariamente pela Essar Pons Africa FZE (sendo o titular maioritaacuterio Essar Pons Limited Maurishytius) e pela Empresa Pllblica Portos e Caminhos de middotFerro de Moccedilambique EP (CFM EP) e revoga o Decreto n 4712014 de 17 de Setembro

CONSELHO DE MINISTROS

Decreto no 472015

de-31 de Dezembro

Tornando-se necessaacuterio proceder agrave revisatildeo do Decreto

no42006 de 12 de Abril que aprova o Coacutedigo da Propriedade

Industrial (CP) instrumento middot que estabelece o regime

de protecccedilatildeo de direitos da propriedade industrial no ordenaacuternento

juriacutedico nacional de modo a assegurar maior eficiecircncia na

tramitaccedilatildeo dos pedidos de protecccedilatildeo de direitos da propriedade

industrial mediante a simplificaccedilatildeo do processo de registo

ao abrigo do disposto no artigo 94 conjugado com a aliacutenea)

do no 1 e a aliacutenea d) n0 2 todos do artigo 204 da Constituiccedilatildeo

da Repuacuteblica o Conselho de Ministros decreta

ARTIGO I

(AprOI(iCcedilatildeO)

Eacute aprovado o Coacutedigo da Propriedade Industrial abreviadashy

mente CP em anexo ao presente Decreto e que dele faz parte

integrante

ARTIG02

(Norma revogatoacuteria)middot

1 Eacute revogado o Coacutedigo da Propriedade Industrial aprovado

pelo Decreto n0 42006 de 12 de Abril

2 Satildeo igualmente revogados os seguintes diplomas legais

a) Decreto n 0 202009 de 3 de Junho que introduz

alteraccedilotildees agraves aliacuteneas m) e 11) do artigo l e ao artigo

119 do Coacutedigo da Propriedade Industrial aprovado

pelq Decreto n0 42006 de 12 deAbril

b) Decreto nomiddot 2112009 de 3 de Junho que aprova

o Regulamento das Denominaccedilotildees de Origem

e das Indicaccedilotildees Geograacutefi~as

ARTIGO 3

(Entrada em vigor)

O presente Decreto entra em vigor noventa dias apoacutes a sua

publicaccedilatildeo

Aprovado pelo Conselho de Ministros aos 22 de Dezembro

de 2015

Publique-se

O Primeiro- Ministro Carlos Agostinho do Rosaacuterio

62 2 811 249 I a mes on EM- 306 - 2011 Impresso em 922016 as 1 259 4 3

794-(362) Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direitos reseVados I SEacuteRIE-NUacuteMERO 104

Coacutedigo da Propriedade Industrial TIacuteTULO I

PARTE GERAL

CAPIacuteTULO I

DIacutesfOsiCcediloes Gerais

SECCcedilAtildeO I

Definiccedilotildees objecto e acircmbito

ARTIGO

Definiccedilotildees

Para efeitos do presente Coacutedigo entende-se por

p) Contrato defranquia aquele pelo qual uma das partes o franquiador mediante retribuiccedilatildeo directa ou indirecta concede middotagrave outra o franquiado em certa zona e de modQ estaacutevel o direito de segundo o seu saber-fazer e com a sua assistecircncia teacutecnica produzir ou vender determinados bens ou serviccedilos sob a sua imagem empresarial sujeitando-se ao seu controlo

h) Contrato de transferecircncia de tecnologia aquele atraveacutes do qual um contratante se o briga a transferir ao outro por tempo determinado ou de forma definitiva tecAolog1a proacutepria processo especial de fabricaccedilatildeo modelos de utilidade informaccedilotildees de natureza teacutecnica ou qualquer outro tipo de con~ecimento tecnoloacutegico processaacutevel empresarialmente de que seja titular encontrem-se ou natildeo registados

c) Denominaccedilatildeo middotde origem o nome de uma regiatildeo de um local determinado ou excepcionalmente de um paiacutes que serve para distinguir ou identificar um produto originaacuterio dessa regiatildeo local ou paiacutes bull cujas qualidades middotou caracteriacutesticas se devem essencial ou exclusivamente a um meio geograacutefico especiacutefico inc luindo os factores naturais e humanos e cuja produccedilatildeo ou extracccedilatildeo transformaccedilatildeo ou elaboraccedilatildeo ocorrem na aacuterea geograacutefica delimitada

d) Desenho industrial qualquer conjunto de linhas cores ou forma em trecircs dimensotildees que decirc um aspecto visual novo e original a um produto ou parte do mesmo e que possacirc servir de protoacutetipo para a sua fabricaccedilatildeo industrial ou artesanal

e) Invenccedilatildeo A ideia que permite encontrar na praacutetica a soluccedilatildeo de um problema particular no domiacutenio da teacutecnica q ue pode consistir num produto ou processo ou simultaneamente num produto e num processo

f) Indicaccedilatildeo geograacutefica o nome de uma regiatildeo de um local determinado ou excepcionalmente de um paiacutes que serve para distinguir ou identificar um produto originaacuterio dessa regiatildeo local ou paiacutes cuja reputaccedilatildeo determinada qualidade ou certas caracteriacutesticas podem sermiddot atribuiacutedas a essa origem geograacutefica contanto que a produccedilatildeo extracccedilatildeo eou transfo~maccedilatildeo eou elaboraccedilatildeo ocorram na aacuterea geograacutefica delimitada

g) Insiacutegnia de estabelecimento o sinal ou conjunto de sinais constituiacutedos por figuras ou desenhos simples ou combinados com nomes que constituam o nome do estabelecimento ou que consistam noutras denominaccedilotildees ou divisas desde que o seu conjunto apresente uma forma ou configuraccedilatildeo especiacutefica com suficiente capacidade distintiva

lt) Logoacutetipo o sinal ou conjunto de sinais constituiacutedos por figuras ou desenhos simples ou combinados adequados a referenciar qualquer entidade puacuteblicamiddot ou privada

i) Marca o sinal distintivo manifestamente visiacutevel audiacutevel ou olfactivo susceptiacutevel de representaccedilatildeo graacutefica que permite distinguir produtos ou serviccedilos de uma determinada entidade dos produtos e serviccedilos deoutra entidade composto nomeadacircmente por palavras incluindo nomes de pessoas desenhos letras m1meros forma do produto ou da respectiva embalagem

j) Marca col~ctiva o sinal que permite distinguir a origem o~ qualquer outra ccedilaracteriacutestica comum incluindo a qualidade de produtos ou serviccedilos de einpresas membros de uma associaccedilatildeo grupo ou entidade

k) Marca de certificaccedilatildeo o sinal que identifica os produtos e serviccedilos que embora utilizados por entidades diferentes sob a fiscalizaccedilatildeo do middottitular garantem as caracteriacutesticas ou as qualidades particulares dos produtos ou serviccedilos em que eacute utilizada

I) Modelo de utilidade a invenccedilatildeo que confere a um objecto ou parte deste uma configuraccedilatildeo estrutura mecanismo oacuteu disposiccedilatildeo de que resulte uma melhoria funcional no seu uso ou fabricaccedilatildeo

m) Nome comercial a denominaccedilatildeo social nome ou expressatildeo que identifica determinada pessoa colectiva ou singular no acircmbito das operaccedilotildees comerciais

n) Nome de estabelecimento a designaccedilatildeo constituiacuteda por nomes proacuteprios denominaccedilotildees de fantasia ou especiacuteficas ou quaisquer nomes que identifica e indi vidualiza o espaccedilo fiacutesico onde se exerce actividade econoacutemica

o) Pa tente de Invenccedilatildeo o tiacutetulo concedido por uma autoridade administJativa competente para a protecccedilatildeo de uma invenccedilatildeo

p) Propriedade i~ustrial o conjunto de direitos da pro priedade intelectua l que compreende as patentes de invenccedilatildeo os modelos de utilidade e os desenhos industriais as marcas as indicaccedilotildees geograacuteficas e as denominaccedilotildees de origem os nomes comerciais os nomes de estabelecimento as insiacutegnias de estabelecimento os logoacutetipos e as recompensas

q) Propriedade Intelectuacuteal o conjunto dos direitos relaCtvos agraves obras literaacuterias artiacutesticas e cientiacuteficas agraves interpretaccedilotildees dos artistas inteacuterpretes e agraves execuccedilotildees

middotdos artistas executantes aos fonogramas e agraves emissotildees de radiodifusatildeo agraves invenccedilotildees em todos os domiacutenios da actividade humana agraves descobelas ccedilientiacuteficas aos modelos de utilidade e desenhos industriais agraves marcas agraves denominaccedilotildees de origem e indicaccedilotildees geograacuteficas aos nomes comerciais nomes de estabelecimento e insiacutegnias de estabelecimento agrave protecccedilatildeo de segredos decomeacutercio agrave protecccedilatildeo contra a concorrecircncia desleal e em geral todos os direitos inerentes agrave actividade intelectual nos domiacutenios industrial cientiacutefico literaacuterio e artiacutestico

r) Recompensa a condecoraccedilatildeomiddot de meacuterito conferida pelos governos nomeadamente medalha diploma preacutemio pecuniaacuterio ou de qualquer outra natureza obtida em exposiccedilotildees feiras e concursos oficiais ou oficialmente reconhecidos realizados no paiacutes ou no estrangeiro atestado d~ anaacutelise ou coacutedigo de louvor passados por laboratoacuterio ou serviccedilos do Estado ou de orgaacutenismos nacionais ou internacionais qualificados para a sua emissatildeo em geral qualquer outro preacutemio ou demonstraccedilatildeo de caraacutecter oficial

62 28 11 2 49 ames o n EM- 306 - 2011 Impresso em 9 22016 a s 1 2 59 4 3

31 DE DEZEMBRO DE 2015 794- (363)

ARTIGO 2

Objecto

O presente Coacutedigo estabelece o regime especial de proteccedilccedilatildeo de direitos da propriedade industrial e define os direitos e obrigaccedilotildees emergentes da sua concessatildeo e registo incluindo os m~canismos de fiscalizaccedilatildeo eas sanccedilotildees que resultam da sua violaccedilatildeo com vista agrave promoccedilatildeo da inovaccedilatildeo transferecircncia e disseminaccedilatildeo de tecnologia e protecccedilatildeo dos consumidores

ARTIGO 3

Acircmbito objectivo

A propriedade industrial abrange todo o comeacutercio os serviccedilos e a induacutestria propriamente ditos nomeadamente a agroshyinduacutestria a induacutestria de pesca florestal alimentar de construccedilatildeo e extractiva incluiacutendo todos os produtos naturais ou fabricados

ARTIG04

Acircmbito subjectivo

1 O presente Coacutedigo eacute aplicaacutevel a todas as pessoas singulares ou colectivas moccedilambicanas ou nacionais dos paiacuteses que constituem a Uniatildeo Internacional para a Protecccedilatildeo da Propriedade Industrial adiante designada Uniatildeo de Paris nos te~mos da Convenccedilatildeo de Paris para a Protecccedilatildeo da Propriedade Industrial de 20 de Marccedilo de 1883 e suas sucessivas modificaccedilotildees adiante designada Convenccedilatildeo de Paris e aos membros da Organizaccedilatildeo Mundial do Comeacutercio adiante designada OMC independentemente do domiciacutelio ou estabelecimento salvo disposiccedilotildees especiais de competecircncia e processo previstas no ordenamento juriacutedico interno

2 Satildeo equipar~dos a nacionais dos paiacuteses da Uniatildeo de Paris ou dos paiacuteses membros da OMC os de quaisquer outras naccedilotildees que tiverem domiciacutelio ou estabelecimento comercial ou industrial efectivo no territoacuterio de um dos paiacuteses da Uniatildeo de Paris ou dos paiacuteses membros dll OMC

3 Relati_vamente a quaisquer outros estrangeiros observa-se o disposto nas convenccedilotildees entre Moccedilambique e os respectivos paiacuteses e na falta destas o regime de reciprocidade

SECCcedilAtildeO H

Tramitaccedilatildeo administrativa

ARTIGO 5

Competecircncia administrativa

A administraccedilatildeo do sistema da propriedade industrial compete ao Instituto da Propriedade Industrial adiante designado IPI

ARTIGO 6

Classificaccedilotildees e procedimentobull

As classificaccedilotildees e os procedimentos relativos agrave organizaccedilatildeo e tramitaccedilatildeo processuais das ma~eacuterias constantes do presente Coacutedigo satildeo estabelecidos pelo Ministro de tutela sob proposta do IPI quando natildeo fixados por tratados internacionais em vigor em Moccedilambique

ARTIGO 7

Formulaacuterios

1 Os pedidos de registo dos direitos da propriedade industrial devem ser apresentados em formulaacuterios proacuteprios devidamente preenchidos cujos modelos satildeo aprovados pelo Ministro de tutela sob proposta do IPI

2 Os pedidos de registo de direitos da propriedade industrial satildeo no momento da sua apresentaccedilatildeo anotados segundo os procedimentos legais nos quais se indica o nuacutemero o dia e a hora da recepccedilatildeo o nome e a residecircncia do requerente do seu mandataacuterio se o houver e a categoria dos direitos de propriedade industrial objecto do pedido de registo

ARTIGO 8

Registo

I Os direitos da propriedade industrial estatildeo sujeitos a registo e dele dep~ndem a sua validade e protecccedilatildeo legais

2 Estatildeo igualmente sujeitos a registo os contratos que impliquem a transferecircncia de tecnologia franquia licenccedila de exploraccedilatildeo licenccedila de uso transmissatildeo cessatildeo e similares mudltn~a de domicilio mudanccedilamiddot de titular e em geral quaisquer alteraccedilotildees relativamente agrave informaccedilatildeo constante do pedido de modo a produzirem efeitos em relaccedilatildeo a terceiros

3 middoto disposto no nuacutemero anterior eacute igualmente aplicaacutevel em relaccedilatildeo a quaisquer oacutenus que recaiam sobre os direitos da propriedade industrial independentemente do seu regime e extensatildeo incluindo a penhora o penhor a cauccedilatildeo e o arresto

ARTIGO 9

Efeitos d9 Registo

1 Os direitos da propriedade industrial conferidos pelo registo abrangem todo o territoacuterio nacional

2 Sem prejuiacutezo do que se dispotildee ne1 nuacutemero seguinte a concessatildeo de direitos de propriedade industrial implica mera presunccedilatildeo juriacutedica dos requisit~ da sua concessatildeo

3 Os registos de marcas de logoacutetipos e de denominaccedilotildees de origem e de indicaccedilotildees geo~raacuteficas constituem fundamento de recusa ou de anulaccedilatildeo de denominaccedilotildees sociais ou firmas com eles confundiacuteveis se os respectivos pedidos de constituiccedilatildeo ou de alteraccedilatildeo forem posteriores aos pedidos de registo

4 O re gisto das recompensas garante a ver acidade e autenticidade dos tiacutetulos da sua concessatildeo e assegura aos titulares o seu uso exclusivo por tempo indefinido

~- As acccedilotildees de anulaccedilatildeo dos actos decorrentes do disposto no nuacutemero 3 do presente artigo soacute satildeo admissiacuteveis no prazo de cinco anos a contar da publicaccedilatildeo no Boletim da Reptiacuteblica da constituiccedilatildeo ou de alteraccedilatildeo da denominaccedilatildeo social ou firma da pessoa colectiva salvo se forem propostas pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ARTIGO 10

Legitimidade para promover actos

Os actos e termos de processo previstos no presente Coacutedigo soacute podem ser promovidos no IPI

a) Pela proacutepria pessoa singular interessada ou titular do direito da propriedade industrial ou por seu mandataacuterio com poderes especiais para o efeito desde que domiciliados em Moccedilambique

h) Pela pessoa colectiva interessada ou titular do direito de propriedade industrial se tiver a sua sede em Mo)ambique atraveacutes- de seu representante legal ou de trabalhador credenciado para o efeito

c) Por Agente Oficial da Propriedade Industrial habilitado pelo iPI desde que devidamente investido de poderes especiais para o efeito

62 28 11 249 I ames on EM - 306 - 2 011 Impresso em 922016 as 12 5943

ARTIGO 11

Verificaccedilatildeo dos pedidos

1 No momento da apresentaccedilatildeo dos pedidos os funCionaacuterios encarregues da recepccedilatildeo dos documentos devem verificar

a) Se os mesmos estatildeo correctamente redigidos e devidamente assinados

b) Se o valor das taxas pago corresponde ao devido c) Se estatildeo junto aos formulaacuterios de pedido todos

os documentos neles referidos

2 Quaisquer fa ltas constatadas posteriormente satildeo objecto de notificaccedilatildeo

3 O requerente deve providenciar os elementos em falta ou por corrigir no prazo de trinta dias a contar da data da notificaccedilatildeo

4 Caso natildeo seja observado o 9isposto no nuacutemero anterior considera-se que o requerente desistiu do pediqo

5 A desistecircncia referida no nuacutemero anterior eacute sempre objecto de notificaccedilatildeo pelo IPI ao requerente

ARTIGO 12

Liacutengua do pedido

I Os pedidos de registo devem ser apresentados em liacutengua portuguesa

2 Os pedidos regionais e internacionais devem ser apresentados nas liacutenguas oficiais definidas pelos respectivos instrumentos juriacutedicos de implementaccedilatildeo ou eleitas por Moccedilambique no acto de adesatildeo

3 Itelativamente aos pedidos regionais e internacionais de patentes e modelos de utilidade os formulaacuterios devem ser acompanhados da traduccedilatildeo oficial do resUacutemo descriccedilatildeo e reivindiclccedilotildees em liacutengua portuguesa

ARTIGO 13

R~llzaccedillio de diligecircncias aos estabelecimentos

1 Com vista ao esclarecimento dos processos de oposiccedilatildeo e reclamaccedilotildees decorrentes dos pedidos de registo de direitos da propriedade industrial o IPI em coordenaccedilatildeo com a Inspecccedilatildeo Nacional de Act ividades Econoacutemicas pode supervisionar qualquer estabelecimento comercial ou industrial ou outro local onde se exerccedila actividade econoacutemica

2 A supervisatildeo prevista no nuacutemero anterior pode ainda ser efectuada a requerimento do interessado com o fim de apoiar ou esclarecer qualquer alegaccedilatildeo no mesmo acircmbito sendo as despesas inerentes custeadas pelo requerente

3 Todo omiddot pedido de supervisatildeo deve ser devidamente fundamentado e do despacho de deferimento satildeo notificados todos os interessados

ARTIGO 14

Prova de direitos

l A prova dos direitos da propriedade industrial efectua-se por meio de

a) Tiacutetulos para patentes e modelos de utilidade b) Certifieacuteados de registo para desenhos industriais

marcas indicaccedilotildees geograacuteficas e denominaccedilotildees de origem nomemiddots comerciais logoacutetipCcedilgts nomes de estabelecimento e insiacutegnias de estabelecimentos e recompensas

2 Os tiacutetulos e certificados devem ser entregues no prazo de 15 dias a contar da ltlata da apresentaccedilatildeo do requerimento

3 Os modelos de tiacutetulos e certificados de registo satildeo aprovados por despacho do Ministro de tutela

ARTIGO 15

Emissatildeo de tiacutetulos e certificados

1 Os tiacutetulos e o~ certificados de registo dos direitos da propriedade industria1 previstos no artiacutego anterior soacute pooem ser solicitados pelos interessados apoacutes o despacho de concessatildeo e registo ou se tiver sido interposto recurso contencioso depois de conhecida a decisatildeo judicial definitiva

2 A entrega dos tfiulos e doscertificados faz-se ao titular ou ao seu mandataacuterio mediante apresentaccedilatildeo do recibo de pagamento da taxa respectiva

3 Os tiacutetulos e os certificados satildeo assinados pelo D irector-Geral c carimbados com middoto selo braacutenco do IPI

ARTIGO J6

Corfteuacutedo dos tiacutetulos e certificados

1 Os tiacutetulos e os certificados a que se refere o artigo anterior devem conter middotnomeadamente a identificaccedilatildeo do direito que comprovam a identificaccedilatildeo do titular a data de depoacutesito a data de prioridade se houver o endereccedilo e a validade

2 Os tiacutetulos de Patente de invenccedilatildeo e de modelo de utilidade devem conter ainda o tiacutetulo da invenccedilatildeo a identificaccedilatildeo do inventor o resumo e os desenoos

3 O certificado de desenho industrial deve conter middoto tiacutetulo do desenho e os desenhos

4 Os certifieacuteados de registo de marca devem conter a reproduccedilatildeo do sinal a classe de produtos ou serviccedilos a respectiva descriccedilatildeo e a reivindicaccedilatildeo de cores

5 Os certificados de registo dos restantes direitos devem conter a reproduccedilatildeo dos respectivos sinais

ARTIGO 17

Certidotildees

1 middot~os requerentes de registo de direitos da propriedade industrial e de averbamento podem passar-se certidotildees para efeitos de prova de depoacutesito dos respectivos pe~idos

2 As certidotildees devem ser entregues no prazo de cinco dias a contar da data da apresentaccedilatilde~ QO requerimento

3 As certidotildees referidas nos nuacutemeros anteriores devem conter para aleacutem da assinatura do Director-Geral o selo branco do IPI

4 Os m odelos das certidotildees satildeo aprovados por despacho do Ministro de tutela middot

SECCcedilAtildeO tll

Garantias de lmpugn~ccedilatildeo

ARTIGO 18

Reclamaccedilotildees

1 A apresentaccedilatildeo de reclamaccedilotildees contra os despachos que concedem recusam ou suspendem direitos nos termos do presente Coacutedigo deve ser efectuada no prazo de trinta dias a contar da data da publicaccedilatildeo ou da notificaccedilatildeo do despacho mediante requerimento dirigido ao Director-Geral

2 Sem prejuiacutezo do disposto no artigo 10 do presente Coacutedigo somente as pessoas cujo pedido de registo oposiccedilatildeo ou resposta agrave oposiccedilatildeo o despacho do Director-Geral tenha rejeitado ou negado provimento tecircm legitimidade para apresentar reclamaccedilatildeo

3 O Director-Geral deve pronunciar-se por meio de despacho sobre a reclamaccedilatildeomiddot no prazo de trinta dias a contar da data de apresentaccedilatildeo da mesma

4 Sem prejuiacutezo do disposto no artigo seguinte da decisatildeo da reclamaacuteccedilatildeo indicada no nuacutemero anterior cabemiddot recurso contencioso nos termos do artigo 20 do presente Coacutedigo

6228 11 249 ames on EM-306-2011 mpresso em 92 2C 1 6 as 1 2 59 431

ARtiGO 19

Recurso tutelar

I Eacute permitida a apresentaccedilatildeo de recurso tutelar com efeito meramente devolutivo ao Ministro de tutela contra os despachos que concedem recusam ou suspendem di~eitos nos termos do presente Coacutedigo

middot2 O recurs~ tutelar deve ser apresentado no prazo de trinta dias a contar da data da publica9atildeo ou da notificaccedilatildeo do despacho

3 Sem prejufzo do dispostQ no artigo 10 do presente Coacutedigo tecircm legitimidade para apresentar recurso tutelar somente as pessoas cujo pedido de registo oposiccedilatildeo resposta agrave oposiccedilatildeo ou reclamaccedilatildeomiddoto despacho do Director-Geral tenha rejeitado ou negado provimento

4 Sobre o recurso tutelar o Ministro deve pronunciar-se por meio de despacho no prazo de trinta dias a contar da data de apresentaccedilatildeo do mesmo

5 A interposiccedilatildeo ge recurso tutelar natildeo suspende o prazo de impugnaccedilatildeo contenciosa do acto recorrido ao abrigo do disposto no artigo seguinte

ARTIGO 20

Recurso contencioso

Dos despachos que decidem sobre a concessatildeo ou recusa de direitos da propriedade industrial objecto do presente Coacutedigo cabe recurso contenciosoao Tribunal Administrativo nos termos definidos na lei do processomiddotadministrativo contencioso

SECCcedilAtildeO IV

Transmissibilidade extinccedilatildeo e restabelecimento de direitos

ARTIGO 21

Direito de transmissatildeo

1 Os direitos da propriedade industrial satildeo transmissiacuteveis inter-vi vos e mortis causa

2 A transmissatildeo inter-vivos estaacute sujeita agrave forma escrita na qual conste o consentimento e a assinatura do titular do direito

objecto de transmissatildeo

3 A transmissatildeo dos direitos a co-titularipade os encargos ou o oacutenus satildeo averbados no tiacutetulo ou certificado de registo

4 Os direitos emerge ntes do pedido d e registo de nomes comerciais nomes de estabelecimento insiacutegnias de estabelecimento e logoacutetipos soacute podem transmiti r-se a tiacutetulo gFatuito ou qneroso com o estabcltlecimento comercial ou industrial a que estejam ligados salvo acordo em contraacuterio

5 Se no nome comercial nome de estabelecimento insfgnia de estabelecimento ou logoacutetipo figurar o nome individual firma ou denominaccedilatildeo social do titular do estabelecimento ou de quem ele representa eacute necessaacuteria claacuteusula contratual expressa para a sua transmissatildeo

ARTIGO 22

Formas cle extinccedilatildeo

I Os direitos da propriedade industrial extinguem-se por

a) Renuacutencia do titular b) Anulabilidade c) Nulidade d) Caducidade

2 Com a extinccedilatildeo da patente de invenccedilatildeo modelo de utilidade e desenho industrial o seu objecto cai no domiacutenio puacuteblico

ARTIGO 23

Renuacutencia do titular

A renuacutencia aos direitos da propriedade industrial faz-se ao IPI mediante declaraccedilatildeo escrita do seu titular representante legal ou mandataacuterio com poderes especiais para o efeito

ARTIG024

Anulabilidade

I Os actos que decidem sobre a concessatildeo ou recusa de registo de direitos da propriedade industrial satildeo total ou parcialmente anulaacuteveis

2 SOacute tecircm legitimidade para arguir a anulabilidade as pessoas cujo interesse o presente Coacutedigo estabelece

3 Para efeitos do disposto no nuacutemero anterior tem legitimidade para arguir a ~nulabilidade

a) Aquele que provar que o direito lhe pertence b) A pessoa cujo direito fundado em prioridade ou outro

tiacutetulo legal tenha sido preterido no acto da concessatildeo

4 No acto do pedido de declaraccedilatildeo de anulabilidade o requerente pode manifestar interesse em que o ttulo reverta a seu favor desde que reuacutena as condiccedilotildees legais previstas no presente Coacutedigo

5 A inulabilidade eacute invocaacutevel no prazo de noventa dias contado da data da publiltaccedilatildeo do despacho de concessatildeo ou recusa definitiva do direito

6 A declaraccedilatildeo de anulaccedilatildeo deve resultar de decisatildeo proferida pelo tribunal competente

ARTIGO 25

Nulldad~

1 Os actos que decidem sobre a concessatildeo ou recusa de registo de direitos da propriedade industrial satildeo total ou parcialmente nulos

a) Quando o ~eu objecto for insusceptiacutevel de protecccedilatildeo b) Quando na respectiva concessatildeo ten~a havido pretericcedilatildeo

de procedimentos ou formalidades imprescindiacuteveis para aconcessatildeo do direito

c) Quando forem violadas as regras de seguranccedila ordem e sauacutede puacuteblicas

d) Se constituiacuterem uma ofensa agrave moral e aos usos e bons costumes

2 A nulidade eacute invocaacutevel a todo o tempo por qualquer interessado

3 A nulidade do registo produz efeitos a partir da data de depoacutesito do pedido

4 A declaraccedilatildeo de nulidade deve resultar de dccisatildeo proferida pelo tribunal compeacutetente

ARTIG026

Caducidade

1 Os direitos de prop riedade industri a l cad ucam independentemente da sua iRvocaccedilatildeo

a) Q uando tenha expirado o seu prazo de duraccedilatildeo b) Por faJta de pagamento de taxas

2 As causas de JOaducidade natildeo previstas no nuacutemero anterior apenas produze efeitos se invocadas por qualquer interessado

3 Qualquer intereSSidO pode igualmente requerer declaraccedilatildeo da caducidade prevista no n bull 1 do presente artigo~SIL~N natildeo tiver sido feito

622811 249 I ames on EM-306 - 2011 Impresso e m 922016 as 12 59 43

Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direitos rese1vados794-(366) I SEacuteRIE- NUacuteMERO 104

ARTIGO 27

Restabelecimento de direitos

1 O requerente ou titular de um direito de propriedade

indus trial que apesar de toda a vigil~ncia exigida pelas

circunstacircncias natildeo cumprir um prazo cuj11 inobservacircncia pode

implicar a sua natildeo ronltessatildeo ou afectar a respectiva validade

e a causa natildeo lhe puder ~er directamente imputada eacute se o requerer

restabelecido nos seus direitos

2 O requerimento devidamente fundamentado deve ser

apresentado por escrito no prazo de dois meses a contar da

cessaccedilatildeo do facto que impediu o cumprimento do prazo sendo

apenas admitido em qual quer caso no periacuteodo de um ano a contar

do termo do prazo natildeo observado

3 O acto omitido deve ser cumprido no decurso do prazo

de dois meses referido no nuacutemero anterior junto com

o pagamento de uma taxa de restabelecimento de direitos

4 O disposto no presente artigo natildeo se aplica aos prazos

referidos no nuacutemero 3 do artigo 58 noS n I e 2 dos artigos

68 113 e 129 e no artigo 230 e quando em relaccedilatildeo ao mesmo

direito de propriedade industrial estiver pendente algum processo

de declaraccedilatildeo de caducidade

5 O requerente ou o titular de um direito que seja restabelecido

nos seus direitos natildeo pode invocaacute-los perante um terceiro que

de boa-feacute durante o periacuteodo compreendido entre a perda dos

direitos conferidos e a publicaccedilatildeo da menccedilatildeo do restabelecimento

desses direitos tenha i nic iad a exploraccedilatildeo ou a comercializaccedilatildeo

do objecto do direito ou feito preparativos efecti vos e seacuterios para

a sua exploraccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

6 Quando se tra tar de depoacutesito de pedido de registo

ou de registo o terceiro que pretenda prevalecer-se do disposto no

nuacutemero anterior pode no prazo de trinta dias a contar da data da

publicaccedilatildeo da menccedilatildeo do restabelecimento do direito apresentar

reclamaccedilatildeo contra a decisatildeo que restabelece o requerente

ou o titular nos seus direitos

SECCcedilAtildeO V

Tutela dos direitos da propriedade industrial

A RTIGO 28

Tutela legal

Aos direitos da middotpropriedade industrial atribui-se a tutela

definida por lei para a propriedade em geral e em especial pelas

disposiccedilotildees do presente Coacutedigo e demais legislaccedilatildeo e convenccedilotildees

em vigor

ARTIGO 29

T utela jurlsdlctlonal

l Compete ao Tribunal Comum dirimir todos os conflitos

entre privados resultiacutentes da violaccedilatildeo dos direitos da propriedade

industrial previstos no presente Coacutedigo

2 Sem prejuiacutezo do disposto no nuacutemero anterior os

confl itos entre privados podem ser dirimidos com recurso aos

mecanismos extrajudiciais de resoluccedilatildeo de litiacutegios nomeadamente

a arbitragem a mediaccedilatildeo e a conciliaccedilatildeo nos termos da lei geral

3 Para efeitos do disposto nos nuacutemeros anteriores cabe

ao interessado apresentar a prova em que se funda o seu direito

ARTIGO 30

Providecircncias cautelares

Aquele que tiver fundado receio de lesatildeo grave aos seus direitos

ou interesses legiacutetimos pode requerer ao tribunal as providecircncias

cautelares julgadas adequadas para salvaguardar os direitos da propriedade industri al previstos no presente Coacutedigo nos

termos do Coacutedigo do Processo Civil

ARTIGO 31

Direitos reais de garantia

Os dlrCitos da propriedade industrial podem ser dados em penhor e cauccedilatildeoe estatildeo sujei tos agrave penhora e arresto

TIacuteTULO II

Regime dos direitos da propriedade industrial

CAPIacuteTULO I

Patentes de Invenccedilatildeo

SECCcedilAtildeO I

P~tenteabllidade

ARTIGO 32

Requisitos de patenteabllldade

Uma invenccedilatildeo eacute patenteaacutevel se for nova se implicar uma

actividade inventiva e se focircr susceptiacutevel de aplicaccedilatildeo industrial

ARTIGO 33

Novidade

Uma invenccedilatildeo eacute considerada nova se natildeo houver anterioridade

no estado da teacutecnica

ARTIGO 34

Estado da teacutecnica

O estado da teacutecnica consiste em tudo o que for divulgado em Moccedilambique ou em qualquer parte do mundo de forma verbal

por uso ou por qualquer outro meio antes da data de depoacutesito por

meio de depoacutesito de micro-organismos em qualquer instituiccedilatildeo de

depoacutesito reconhecida nos termos do Tratado de Budapeste antes da data de depoacutesito ou quando seja aplicaacutevel antes da data de

prioridadeqo pedido de patente no qual eacute reivindicada a invenccedilatildeo

ARTIGO 35

Actividade inventiva

Uma invenccedilatildeo eacute considerada como implicando uma actividade

inventiva se paramiddot o teacutecnico competente na mateacuteria a inv_enccedilatildeo

natildeo resultar de uma maneira evidente do estado da teacutecnica

A RTIGO 36

Aplicaccedilatildeo Industrial

Uma invenccedilatildeo eacute considerada como susceptiacutevel de aplicaccedilatildeo

industrial se o seu objecto puder ser fabricado ou utilizado

em qualquer geacutenero de induacutestria

62 2 8 1 L 24 9 a mes on Er- 3 0 6 - 2011 Imp resso em 9220 1 6 as 1 2 59 43

31 DE DEZEMBRO DE 2015 Ed1ccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os dweitos resetvadqs 794- (367)

ARTIGO 37

lnvenccedilio nio destituiacuteda de novidade

1 Natildeo eacute considerada como estado da teacutecnica toda a divulgaccedilatildeo de invenccedilatildeo que ocorrer no periacuteodo de doze meses que precederem agrave data de depoacutesito ou de prioridade do pedido de patente no5 casos seguintes

middota) Se a divulgaccedilatildeo da invenccedilatildeo for promovidagrave pelo inventor ou pelos seus sucessores por qualquer tiacutetulo em instituiccedilotildees ou publicaccedilotildees cientiacuteficas ou profissionais em concursos exposiccedilotildees ou feiras ofic ia is ou oficialmente reconhecidas pelo governo

b) Se a divulgaccedilatildeo resultar de um acto abusivo evidente cometido por terceiros remiddottativamente ao inventor ou a seus sucessores por qualquer tiacutetulo

2 No caso previsto na aliacutenea a) do nuacutemero anterior o inventor deve declarar por escrito no momento do depoacutesito do pedido que a invenccedilatildeo foi efectivamente exposta ou publicada devendo comprovar tal facto no prazo de trecircs meses contados a partir da data do depoacutesito

ARTIGO 38

Exclusatildeo de patenteabllldade

1 Natildeo satildeo consideradas como invenccedilotildees para os fins do presei)te Coacutedigo

a) As teorias cientiacuteficas e os meacutetodos matemaacuteticos b) As descobertas que visam dar a conhecer ou revelar uma

coisa que jaacute existe na natureza mesmo que ela seja antes desconhecida para o Homem

c) Os sistemas planos regras e meacutetodos de exerciacutecio de actividades purament~ intelectuais bull em mateacuteria de jogo ou no domiacutenio das actividades econoacutemicas

d) Os projectos qualquer que seja a sua natureza ou aacuterea de aplicaccedilatildeo

e) Os programas de computador enquanto tais J) A mera apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees g) As criaccedilotildees esteacuteticas obras artiacutes ticas ou literaacuterias h) Os meacutetodos de tratamento ciruacutergico te rapecircutico

ou diagnoacutestico aplicaacutevel ao corpo humano ou ani~al podendo ser patenteados os produtos substacircncias ou composiccedilotildees utilizados em qualquer desses meacutetodos

2 Eacute excluiacutedo da protecccedilatildeo por patentes

a) Toda a invenccedilatildeo contraacuteria agrave moral e aos usos e bons costumes agrave seguranccedila o rdem puacuteblica agrave sauacutede das pessoas e das plantas e ao meio ambiente

b) As plantas e os animais ou parte destes incluindo os processos bioloacutegicos para a obtenccedilatildeo de plantas e animais ou parte destes e os produtos obtidos por esses processos com excepccedilatildeo dos micro-organismos obtidos principalmente atraveacutes de processos ou meacutetodos natildeo bioloacutegicos ou microbioloacutegicos

c) As substacircncias mateacuterias misturas elementos ou produtos de qualquer espeacutecie bem como a modificaccedilatildeo de suas propriedades fiacutesico-quiacutemicas e os respectivos processos de obtenccedilatildeo ou modificaccedilatildeo quando visem a produccedilatildeo de energia atoacutemica

SECCAtildeOII

Titularidade de invenccedilatildeo

ARTIGO 39

Direito agrave patente

O direito agrave patente pertence ao inventorou aos seus sucessores por qualquer tiacutetulo

ARTIGO 40

Co-tltularldade

Quando a invenccedilatildeo tiver sido realizada conjuntamente por duasmiddot ou mais pessoas a patente pode ser requerida por todas ou parte delas com a indicaccedilatildeo expressa dessa circunstacircncia por todas elas

ARTIGO 41

Presunccedilatildeo de legitimidade

Ateacute prova em contraacuterio presume-se que o requerente tem legitimidade para obter a concessatildeo de patente

ARTIGO 42

Regra do primeiro depositante

1 Se duas ou mais pessoas tiverem realizado a mesma invenccedilatildeo de forma independente o direito agrave patente eacute concedido ao inventor que tiver apresentado cm primeiro lugar e validamente o pedido independentemente das datagraves de invenccedilatildeo excepto quando seja reivindicado o direito de prioridade

2 No caso de haver acordo anteri~r agrave invenccedilatildeo podem todas elas figurar como requerentes no pedido de concessatildeo de patente

3 Na falta de acordo sobre a titularidade da patente podem os inventores submeter o litfgio agrave mediaccedilatildeo arbitragem conciliaccedilatildeo ou agrave decisatildeo judicial

AlmGo 43

lnvenccedillo do trabalhador

Se o inventor for um trabalhador o direito agrave patente eacute definido do seguinte modo

a) Se a invenccedilatildeo for r~alizada no acircmbito da execuccedilatildeo de um contrato de trabalho que integre uma a c tiv idade inventiva ou qqe corresponda agraves funccedilotildees efec tivas do trabalhador no acircmbito do contraro de estudos e pesquisa que lhe for estritamente confiado o direito agrave patente pertence agrave entidade patronal

b) Sem prej ilfzo agrave j usta compenseacuteccedilatildeo ao trabalhador se a invenccedilatildeo natildeo se integrar no oacutebjecto do contrato de trabalho ou na actividade do empregador mas o trabalhador tiver empregado meios e recursos pertencentes ao empregador a este pertence o direito agrave patente

ARTJGo 44

Conceito de trabalhador

Para efeitos do presente Coacutedigo entende-se por trabalhador qualquer pessoa que se obrigue a real izar para uma entidade empregadora sob subordinaccedilatildeo juriacutedica direc ta o u natildeo um tr11balho que tenha por objecto ou que dele resulte uma actividade inventiva

ARTIG045

Remuneraccedilatildeo ao trabalhador

I Nos casos previstos na aliacutenea a) do artigo 43 o trabalhador tem sempre direito a uma remuneraccedilatildeo acomiddotrdada nos termos do respectivo contrato e nos casos previstos na aliacutenea h) do mesmo artigo a uma remuneraccedilatildeo equitativa

2 A fixaccedilatildeo do montante da remuneraccedilatildeo equitativa pode ser efectuada- pela via de artJitragem se outra disposiccedilatildeo natildeo tiver sido estipulada pelas partes ou existindo desacordo quanto agrave fixaccedilatildeo do mesmo

3 A fixaccedilatildeoltorrespondente agrave remuneraccedilatildeo pode ser estipulada antes ou depois da obtenccedilatildeo da invenccedilatildeo

62 28 11249 I ames on E~l -306-2011 mpresso em 922016 as 12 59 43

794- (368) I SEacuteRIE-NUacuteMERO 04

4 O natildeo pagamento integral da remuneraccedilatildeo ao trabalhador no prazo convencionado por faccedilto superveniente determina a existecircncia de um acordo deescalonamento dos pagamentos em faha nos termos da legislaccedilatildeo ein vigor ou uso comercial aplicaacutevel

5 O natildeo pagamento da remuneraCcedilatildeo ao trabalhador apoacutes o acordo celebrado nos termos previstos no nuacutemero anterior determina a caducidade de todos os direitos da entidade patronal relac ionados com a patente e a transmissatildeo dos mesmos ao trabalhador

ARTIG046

Comunicaccedilatildeo da Invenccedilatildeo

1 O trabalhador deve em tempo uacutetil comunicar por escrito agrave entidade empregadora sobre qualquer invenccedilatildeo que realizar middot 2 O incumprimento pelo trabalhador das obrigaccedilotildees impostas no nuacutemero anterior acarreta a caducidade dos seus direitos relacionados agrave inve nccedilatildeo quer os previstos no presente Coacutedigo quer os resultantes de estipulaccedilatildeo contratual relativa agrave relaccedilatildeo de trabalho

3 No prazo de seis meses a contar da data de comunicaccedilatildeo da invenccedilatildeo pelo trabalhador a entidade empregadora deve pronunciar-se quanto ao seu interesse pela referida invenccedilatildeo

4 Caso a ent~dade empregadora prescinda dos seus direitos sobre a invenccedilatildeo do trabalhador ou natildeo s~ pronuncie dentro do prazo fixado no nuacutemero anterior o trabalhador pode assegurar para si a titularidade da mesma ou cedecirc-la a terceiros

ARTIGO 47

Prazo de depend6ncia

Salvo prova middotem contraacuterio toda a invenccedilatildeo cujo pedido de patente tenha sido depositado pelo trabalhador durante o ano seguinte agrave data de cessaccedilatildeo da relaccedilatildeo laboral presume-se feita durante a vigecircncia do contrato de trabalho

ARTIG0 48

Funcionaacuterios e agentes puacuteblicos

As disposiccedilotildees da presente secccedilatildeo satildeo igualmente aplicaacuteveis com as necessaacuterias adaptaccedilotildees aos oacutergatildeos e instituiccedilotildees da Administraccedilatildeo P uacuteblica em relaccedilatildeo aos funcionaacuterios e demais agentes dos serviccedilos de Administraccedilatildeo Puacuteblica

ARTIGO 49

Indisponibilidade dos direitos

Os direitos conferidos ao trabalhador nos termos da presente secccedilatildeo natildeo podem ser limitados por contrato nem podem ser relunciados previamente

ARnGo50

Direito de paternidade

Se a patente natildeo for pedida em nome do traba)hldor este tem o direito de ser mencionado nessa qualidade no pedido de concessatildeo e no tftulo de patente

SECCcedilAtildeO III

Depoacutesito do pedido

ARTIG0 51

Autoria e local do pedido

1 Para o depoacutesito domiddot pedido deve ser observado o Qisposto no artigo I Odo presente Coacutedigo

2 O pedido deve ser directamente depositado junto ao IPI ou enviado por correspondecircncia

ARnGo52

Instruccedilatildeo do pedido

1 O pedido de registo de patente deve conter os seguintes elementos

a) O relatoacuterio descritivo b) Uma ou vaacuterias reivindicaccedilotildees c) Os desenhosmiddot se os houver d) O resumo da invenccedilatildeo

2 A~ expressotildees de fantas ia utilizadas para designar o invento natildeo constituem objecto de reivindicaccedilatildeo mas podem registar-se como marca

3 Q cepoacutesito do pedido deve ser apresentado-em triplicado e acompanbado do comprovativo dopagamento da taxa prescrita

ARTIG0 53

Menccedilotildees obrigatoacuterias do pedido

1 Para aleacutem dos elementos previstos no n0 1 do artigo 52 o pedido de registo de patente deve conter o seguinte

a) A identidade e a naCionalidade do requerente do inventor ou dos seus sucessores por qualquer tiacutetulo ou do seu mandataacuterio

h) A indicaccedilatildeo do tiacutetulo da invenccedilatildeo

2 Se o requerente natildeo for o inventor ou seus sucmiddotessores o pedido deve co nter umaacute declaraccedilatildeo justificando o direito do requerente agrave patente

ARTIG0 54

Ceacrlccedilatildeo da lnvenccedilio 1 O relatoacuterio descritivo deve descrever a invenccedilatildeo de forma

suficientemente clara e completa de modo a que o teacutecnico com17etente na mateacuteria possa-executaacute-la middotdevendo ser indicado o melhor modo de execuccedilatildeo da invenccedilatildeo de que o requerente tiver conhecimento na data do depoacutesito ou caso seja rei v Indicada uma prioridade na data de prioridade do pedido

2 O relatoacuterio descritivo deve conte~ a identificaccedilatildeo clara da origem dos recursos geneacuteticos ou material bioloacutegico que tiver sido colectado em Moccedilambique incluindo quaisquer conhecimentos vadicionais associados agrave utilizaccedilatildeo dos referidos recursos e materiais bull directa ou indirectamente usados middot na real izaccedilatildeo da invenccedilatildeo

3 Nos casos em que a invenccedilatildeo consiste num microshyorganismo ou num processo micro-bioloacutegico para a sua obtenccedilatildeo o relatoacuterio descritivo considera-seclaro e completo desde q~e o requerente anexe ao pedido de patente uma declaraccedilatildeo-emitida por uma instituiccedilatildeo depositaacuteria reconhecida ou um organismo internacional de depoacutesito atestando o depoacutesito de exemplares do material micro-bioloacutegico acompanhada da coacutepia da recepccedilatildeo do referido material

4 Os desenhos satildeo fornecidos se forem necessaacuterios para a compreensatildeo da invenccedilatildeo

ARTIGO 55

Estrutura da relvlndicaccedilio

1 A definiccedilatildeo das caracterfsticas teacutecpicas da invenccedilatildeo deve conter duas partes uma preambular com a menccedilatildeo das caract6riacutesticas teacutecnicas conhecidas e a outra parte com

middot a exposiccedilatildeo das caracteriacutesticas teacutecnicas pelas quais a protecccedilatildeo eacute reivindicada

2 A reivindicaCcedil_atildeo deve ser clara e concisa baseando-se inteiramente na descriccedilatildeo

6228 11 24 9 I ames on EM-306-2011 I~presso em 922316 as 12 5943

3 A reivindicaccedilatildeo ou r~ivindicaccedilotildees da patente definem o alcance e extensatildeo da protecccedilatildeo ~a invenccedilatildeo descrita

4 O resumo destina-se exclusivamente agrave informaccedilatildeo teacutecnica natildeo determinando o alcance da protecccedilatildeo da invenccedilatildeo

ARTIG0 56

Multiplicidade de reivindicaccedilotildees ou de pedidos

1 O requerente pode reivindicar prioridades muacuteltiplas provenientes de middotpedidos apresentados em vaacuterios paiacuteses desde que entre eles exista unidade de invenccedilatildeo

2 O requerente pod~ igualmente apresentar vaacuterios pedidos de registo de patentes fundados no mesmo pedido reivindicado desde que o relatoacuterio descritivo da invenccedilatildeo do pedido anterior contenha elementos que permitem concluir tratar-se de mais do que uma invenccedilatildeo

ARTIGO 57

Unidade de Invenccedilatildeo

1 No mesmo pedido natildeo pode ser solicitada mais de uma patente nem uma patente para mais de uma invenccedilatildeo

2 Podem cons tar de um soacute pedido vaacuterias in venccedilotildees contempladas de tal maneira que formem um conceito uacutenico da invenccedilatildeo

3 O requerente pode modificar o pedido dividi-lo em dois ou mais ateacute agrave fase do exame substantivo desde que a modificaccedilatildeo natildeo ultrapasse~ divulgaccedilatildeo incluiacuteda no pedido inicial

4 Cada pedido dividido beleficia da data de qepoacutesito e se for o caso da data de prioridade do pedido inicial

SECCcedilAtildeOtY

Reivindicaccedilatildeo de prioridade

ARTIGO 58

Benefiacutecio do prazo

1 Um pedido de patente inicialmente depositado em qualquer paiacutes m~mbro da Uniatildeo de Paris ou da O~ganizaccedilatildeo Mundial do Comeacutercio goza de prioridade para efeitos de registo no IPI desde que o requerente reivindique tal direito no prazo maacuteximo de doze meses a contar da data do primeiro pedido efectuado naqueles paiacuteses sobre a mesma invenccedilatildeo

2 Para efeitos do disposto no nuacutemero anterior a validade da reivindicaccedilatildeo de prioridade estaacute sujeita agrave apresentaccedilatildeo da coacutepia de depoacutesito ou regjsto do primeiro pedido devidamente certificada pela administraccedilatildeo da propriedade industrial do paiacutes em causa acompanhada da respectiva traduccedilatildeo oficial sempre que o pedido tiver sido feito em liacutengua estrangeira

3 Quando natildeo lhe seja possiacutevel apresentar a prova exigida no nuacutemero anterior no momento do depoacutesito do pedido mediante pagamento de taxa o requerente pode requerer ao IPI a concessatildeo de um prazo de ateacute sessenta dias para j u_ntaro documento em falta

4 Findo o prazo indicado no nuacutemero anterior sem que a exigecircncia seja satisfe ita a declaraccedilatildeo da reivindicaccedilatildeo de prioridade considera-se sem efeito

5 Sem prejuiacutezo do disposto no nuacutemero 3 do artigo 11 do presente Coacutedigo o direito de prioridade incide apenas sobre a mateacuteria versada nas reivindicaccedilotildees constantes do pedido reivindicado natildeo compreendendo quaisquer reivindicaccedilotildees introduzidas posteriormente ainda que versem sobre o mesmo objecto

ARTIGO 59

Cesslio do direito de prioridade

Tratando-se de cessatildeo do direito de prioridade o documento comprovativo da mesma deve ser apresentado no prazo de cento e oitenta dias contados da data de depoacutesito ou se for caso disso em sessenta dias da data de entrada no IPI dispensada a middotlegalizaccedilatildeo consular no paiacutes de origem

ARTIGO 60

Apresentaccedilatildeo de tiacutetulos de protecccedilatildeo concedidos no estrangeiro

O requerente de patente de invenccedilatildeo eacute obrigado a providenciar ao IPI a data e o nuacutemero de qualquer pedido de patente o u outro tiacutetulo de protecccedilatildeo que tenha depositado no estrangeiro e que se refira agrave mesma invenccedilatildeo pedida em Moccedilambique incluindo os seguintes elementos

a) Coacutepias ele qualquer comunicaccedilatildeo ret~ebida pelo requerente e relativa aos resultados de busca ou exame efectuado no estrangeiro

b) Exemplares da patente ou outro tiacutetulo de protecccedilatildeo concedido na base do pedido no estrangeiromiddot

c) Coacutepias de qualquer decisatildeo provisoacuteria ou definitiva de rejeiccedilatildeo ou concessatildeo do pedido no estrangeiro

d) Coacutepias de qualquer decisatildeo de concessatildeo de patente ou outro tiacutetulo de protecccedilatildeo que tenha sido concedida na base do pedido no estrangeiro

ARTIG06J

Data de depoacutesito

I Considera-se como data de depoacutesito a data de recepccedilatildeo do pedido desde que no momento da recepccedilatildeo o pedido contenha

a) Uma indicaCcedilatildeo expre~sa ou impliacutecita segundo a qual se requer a concessatildeo de uma patente

b) As indicaccedilotildees que permitem estabelecer a ide ntidade do requerente

c) Os elementos que agrave primeira vista parecem constituir a descriccedilatildeo de uma invenccedilatildeo

2 Nos casos em que o pedido eacute enviado por correspondecircncia considera-se data de depoacutesito aquela em que o pedido for recebido peloJPI

3 Quando o pedido contiver uma declaraccedilatildeo de reivendicaccedilatildeo de prioridade considera-se como data de depoacutesito a data do pedido reivindicado

4 O requerente que tiver apresentado um pedido que faccedila referecircncia a desenhos que natildeo estejam incluiacutedos no mesmo deve proceder agrave sua inclusatildeo no prazo de sessenta dia$ a contar da data de notificaccedilatildeo para o efeito

5 Se o requerente proceder agrave inclusatildeo dos referidos desenhos dentro do prazo fixado no nuacutemero anterior considera-se como data de depoacutesito a data de recepccedilatildeo dos desenhos

6 No caso de o requerente natildeo apresentar os desenhos dentro do prazo indicado no n0 4 do presente artigo considera-se cpmo data de depoacutesito a data de recepccedilatildeo do pedido sendo nula qualquer referecircncia agravequeles desenhos

SECCcedilAtildeO V

Formalidades subsequentes

ARTIGO 62

Exame formal

Uma vez determinada a data de depoacutesito o IPI procede ao exame formal do pediqo verificando se o mesmo satisfaz as condiccedilotildees previstas nos artigos 11 52 5354 e 55-do presente Coacutedigo middot

6228 11249 I ames on EM- 306 - 2011 I mpresso em 922016 as 125943

794-(370) Edicatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os qireitos reservados I SEacuteRJE-NUacuteMERO 104

ARTIGO 63 2 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado uma

Rejeiccedilatildeo por complexidade do pedido Inicial

l Constatando-se a complexidade do pedido in icia o Director-Geral do IPI notifica o requerente para proceder agrave divisatildeo do pedido no prazo de cento e oitenta dias

2 Seacute o requerente natildeo tiver procedido aacute divisatildeo do pedido nem tiver apresentado as observaccedilotildees sobre a correcccedilatildeo a efectuar o pedido eacute rejeitado

3 No caso de o requerente apresentar observaccedilotildees e estas natildeo forem acolhidas pelo Director-Geral eacute concedido um novo prazo natildeo superior a trinta dias para se conformar com a notificaccedilatildeo formulada

ARTIGO 64

Modificaccedilatildeo do pedido

Ateacute agrave realizaccedilatildeo do exame substantivo o requerente pode solicitar ao Director-Geral a limitaccedilatildeo do alcance de protecccedilatildeo da invenccedilatildeo mediante a limitaccedilatildeo da extensatildeo ou acircmbito de reivindicaccedilotildees

ARTIGO 65

Transformaccedilatildeo do pedido

O requerente de uma patente mediante pagamento da taxa respectiva pode ateacute ao exame substantivo transformaacute-lo em pedido de mltXIelo de utilidade

ARTIGO 66

Publica~atildeo

1 Findo o exame forma l e achaacutendo-se o pedido em conform idade com as disposiccedilotildees do presente Coacutedigo o IPI procede agrave publicaccedilatildeo do resumo da invenccedilatildeo no Boletim da Propriedade Industrial

2 A publicaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior natildeo eacute efectuada antes de decorridos dezoito meses contados da data de depoacutesito ou de prioridade

3 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os pedidosregionais e internacionais de patentes cujo prazo de doze meses consjdera-se cumprido antes da sua entrada na fase nacional

4 Natildeo obstante o disposto no n 0 2 do presente artigo a publicaccedilatildeo pode ser antecipada a pedido tltxpresso do requerente

5 Apoacutes a publicaccedilatildeo do pedido qualquer pessoa pode requerer coacutepia das reivindicaccedilotildees descriccedilatildeo e desenhos do pedido de patente

6 Sem prejuiacutezo do disposto nos artigos anteriores as reivindicaccedilotildees ou expressotildees subsumidas no no 2 do artigo 52 satildeo suprimidas oficiosamente tanto no tiacutetulo da patente como nas publicaccedilotildees a que o pedido der lugar

ARTIGO 67

Protecccedillo provisoacuteria

A partir da data da publicaccedilatildeo mencionada no artigo anterior o pedido de patente confere ao requerente a proteeccedilatildeo que seria conferida pela atribuiccedilatildeo do direito

ARTIGO 68

Oposiccedilatildeo

1 Eacute permitida no prazo de sessenta dias a contar da data de publicaccedilatildeo do pedido de patente no Boletim da Propriedade Industrial a oposiccedilatildeo ao pedido de patente por qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela eventual concessatildeo da patente nos termos previstos nos nuacutemeros seguintes mediantemiddot pagamento da respectiva tal(a

uacutenica vez por um periacuteodo maacuteximo de sessenta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

3 A oposiccedilatildeo deve ser apresentada em triplicado e conter a mateacuteria de facto ede direito que a sustente

4 O IPI envia a coacutepia qa oposiccedilatildeo ao requerente notificando-o para alegar no prazo de trinta dias o que achar por conveniente

5 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado unican1ente por trinta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

6 A falta de alegaccedilatildeo no pragravezo fixado equivale agrave desistecircncia do pedido pelo requerente

7 Apoacutes a auscultaccedilatildeo de todos os interessados o Director-Geral decide sobre a deduccedilatildeo de oposiccedilatildeo notificando da conclusatildeo agraves partes interessadas

SECCcedilAtildeO VI

Estudo do pedido e decisatildeo

ARTIGO 69

Exame substantive

1 Decorrido o prazo indicado no n 0 1 do artigo anterior e ateacute o maacuteximo de 36 meses a contar da data de depoacutesit9 do pedido ou havendo oposiccedilatildeo quando se mostre finda a discussatildeo mediante solicitaccedilatildeo do requerente e pagamento dUacuteaxa respectiva o IPI procede ao estudo do processo

2 O estudo do processo consiste principal e obrigatoriamente no exame da patente observando o tiacutetulo da patente o resumo a descriccedilatildeo as reivindicaccedilotildees e desenhos da invenccedilatildeo cujo registo foi requerido e a verificaccedilatildeo dqs requisitos de patenteabilidade previstos no artigo 52 middot

3 Caso julgue necessaacuteriamp o IPI pode solicitar a assistecircncia teacutecnica ou a realizaccedilatildeo de exame substantivo a teacutecnicos ou entidades nacionais ou internacioacutenais especializados

4 A falta de solicitaccedillIacuteoacute do exame substantivoacute pelo requerente dent~o middot do praacutezo indicado no n0 1 do presente lrtigo equivale agrave desistecircncia do pedido

ARTIGO 70

Recusa prbvlsoacuterla

l O resultado do estudo do processo indicado no n 0

do artig~ anterior eacute submetido ao Director-Geral para efeitos de despacho que pode ser de concessatildeo ou middotde recusa provisoacuteria

2 O despachomiddot referido no nuacutemero anterior dev~ ser exarado no prazo de trinta dias a contar da data de su~missatildeo do resultado do estudo do processo ao Director-Geral

3 O registo eacute recusado provisoriamente quando o exame revelar fundamento demiddot recusa

4 Da recusa provisoacuteria eacute o requ~rente notificado no prazo de cinco dias a contar da data do respectivo despacho

5 Ao aviso da recusa provisoacuteria deve o requerente responder no prazo de trinta dias sob collinaccedilatildeo de a recusa se tornar automaticamente definitiva

ARTIGO 71

Concessatildeo ou recusa da patente

L Se perante a resposta do requerente ao aviso de recusa provisoacuteria o middot IPI concluir que a recusa natildeo tem fundameacutento ou que as objecccedilotildees levantadas foram sanadasmiddot eacute exarado o despacho de conc~ssatildeo no prazo de middottrinta dias a contar da apresentaccedilatildeo da referida resJ)osta

62 26 11 2 49 altres 01 E~l-306-2011 mpresso ex 922016 as 1259 O

2 Se perante a respostado requerente natildeo houver alteraccedilatildeo de avaliaccedilatildeo sobre os fundamentos da recusa provisoacuteria o Director-Geral profere um desp~cho de recusa definiti~a

3 O pedido de patente eacute igualmente concedido ou recusado con~oante a oposiccedilatildeo se a houver haja sido julgada improcedente ou procedente respectivamehte

4middot Dos despachos de concessatildeo ou de recusa definitiva do pedido eacute o requerente notificado no prazo de cinco dias

ARTIGO 72

Fundamentos de recusa

Satildeo fundamentos de recusa

a) A falta de um dos requisitos indicados no artigo 32 h) A natildeo observacircncia do disposto nos artigos 52 53 54 ~5

e 56 do presente Coacutedigo c) A verificaccedil~o duma das causas de exclusatildeo

de patenteabilidade indicadas no artigo 38

SECCcedilAtildeO VIl

Direitos conferidos pela patente

ARTIGO 73

VIgecircncia da patente

1 A validade do registo de patente eacute de vinte anos contados a partir da data dmiddote depoacutesito

2 A validade do registo referido no nuacutemero anterior depende da apresentaccedilatildeo e pagamento das respectivas anuidades

ARTIGO 74

Direitos do titular da patente

1 Sem prejuiacutezo de outras disposiccedilotildees do presente capiacutetulo o titular de uma patente goza dos seguintes direitos exclusivos nlativos agrave invenccedilatildeo

a) Expior~ccedilatildeo da invenccedilatildeo patenteada h) Concessatildeo ou transmissatildeo da patente c) Celebraccedilatildeo de contratos de licenccedila de exploraccedilatildeo

da invenccedilatildeo d) Oposiccedilatildeo ao uso indevido da patente

2 Os direitos mencionados no nuacutemero anterior podem ser exercidos por terceiros mediante autorizaccedilatildeo expressa do titular da patente middot

3 Para efeitosmiddot do presente Coacutedigo e sempre que a patente tiver sido concedida para prod~to ertende-se por exploraccedilatildeo de uma invenccedilatildeo patenteada qualquer dos seguintes actos

a) FabricaCcedilatildeo importaccedilatildeo colocaccedilatildeo agrave venda venda e utilizaccedilatildeo do produto

b) Retenccedilatildeo do produto a fim de o colocar agrave venda ou de o utilizar

4 Quandomiddota patente tiver sido concedida igtara um processo

a) Utilizaccedilatildeo do processo h) Praacutetica de actos mencionados na aliacutenea a) do nuacutemero

anterior em relaccedilatildeo a um produto que resulte directamente da utilizaccedilatildeo do processo

5 Durante a vigecircncia da patente o seu titular pode usar nos produtos a expressatildeo patente nuacutemero ou ainda Pat N0

bullbull

ARTIGO 75

Llmltaccedilio dos direitos derivados da patente

Natildeo satildeo abrangidos pela patente os seguintes actos a) Os relativos a uma invenccedilatildeo patenteada com fins

de pesquisa cientiacutefica

h) Os relativos a produtos lanccedilados no comeacutercio em Moccedilambique pelo titular da patente ou lanccedilados com o seu consentimento

c) A utilizaccedilatildeo de produtos a bordo de aeronaves de veiacuteculos ou de navios estrangeiros que penetrem temporariamente ou acidentalmente no espaccedilo aeacutereo no territoacuterio ou nas aacuteguas territoriais de Moccedilambique

d) Os praticados em privado e em escala natildeo comercial ou sem fins comerciais desde que natildeo prejudiquem significativamente os interesses econoacutemicos dotitular da patente

e) Os relativos agrave preparaccedilatildeo numa farmaacutecia de medicamento provisoacuterio para um indiviacuteduo de acordocom prescriccedilatildeo dada por um meacutedico autorizado para o exerciacutecio da profissatildeo

ARTIGO 76

Direitos derivados de uma utlllzaccedillo anterior

1 Qualquer pessoa que de boa-feacute na data de depoacutesito do pedido da patente ou de prioridade utilizar ou praticar actos preparatoacuterios efectivos e seacuterios para fabricar o produto ouacute utilizar o processo da invenccedilatildeo reivindicada num pedido de patente assiste-lhe o direito de explorar a invenccedilatildeo patenteada

2 O direito a que se refere o presente artigo pode ser transferido somente com a empresa ou soeiedade na qual se efectuaram actos preparatoacuterios ou a utilizaccedilatildeo do produto ou do processo objecto da concessatildeo da patente

ARTIGo77

Cessatildeo da patente

1 A patente pode ser cedida pelo seu titular ou seus sucessores a qualquer tiacutetulo mediante_escritura puacuteblica

2 Nos casos em que a patente pertence a mais do que um titular a celebraccedilatildeo de quaisquer neacutegoacutecios sobre a invenccedilatildeo patenteada requer o consentimento dos cc-titulares

3 Na falta de acordo entre os co-tit11lares estes podem separadamente ceder os seusdireitos explorar a invenccedilatildeo patenteada e accionar judicialmente contra aquele que explorar a invenccedilatildeo sem o seu consentimento

4 A cessatildeomiddotde patente somente produz efeitos em relaccedilatildeo a terceiros apoacutes o seu averbamento no IPI

ARTIG078

Renuacutencia da patente

O titular de uma patente pode a todo o momento remimiar ao seu direito mediante apresentaccedilatildeo de uma declaraccedilatildeo escrita com o acordo dos co-titulares e dos titulares de direitos reais de garantia ou de licenccedila de exploraccedilatildeo se for o caso

SECCcedilAtildeOVlll

Patente regional

ARTIGO 79

Acircmbito

1 A patente concedida pela Organizaccedilatildeo Regional Africana da Propriedade Intelectual adiante designada ARIPO de que Moccedilambique eacute um Estado desrgnado eacute equiparada agrave patente nacional

2 As patentes os modelos de utilidade e os desenhos industriais regionais satildeo regidos pelo Protocolo de Harare sobre patentes inodelbs de utilidade e os desenhos industriais de 10 de Dezembro de 1982 e suas sucessivas modificaccedilotildees adiante simple~mente designado Protocolo de Harare

6 2 28 11 2 4 9 I ames on E~l - 306 -2011 I mp resso em 922016 as 1 259 4 3

794- (372) SEacuteRIE-NUacuteMERO 104

3 Naquilo que natildeo contrarie o disposto no nuacutemero anteriot as disposiccedilotildees do presente Coacutedigo s~o aplicaacuteveis aos pedidos de registo de patente regional

ARTIGO 80

Apresentaccedilatildeo de pedido

1 Os pedidos de patente regional podem ser apresentados em formulaacuterio proacuteprio no IPI ou directamente na ARIPO

2 Os pedidos de patentes regionais d~positados em Moccedilambique devem ser redigidos em liacutengua inglesa acompanhados de uma traduccedilatildeo oficial em liacuteng~a portuacuteguesa do resumo da invenccedilatildeo

3 Os dltpoacutesito~ de patentes regionais efectuados no IPI actuando na qualidade de Reparticcedilatildeo Receptora estatildeo sujeitos ao pagamento para aleacutem das taxas previstas na ARIPO da-taxa de transmissatildeo naciot~l

ARTIGO 81

Reparticcedilatildeo Receptora

O IPI soacute pode actuar como Reparticcedilatildeo Receptora em relaccedilatildeo aos pedidos de patente regional depositados por quem tenha legitimidade pata promover actos e termos processuais ao abrigo do disposto no artigo 10 do presente Coacutedigo

ARTIGO 82

Transformaccedilatildeo de pedido de patente regional

1 O pedido de patente regional que tenha sido recusado ou retirado pode ~er transformaoacuteo em pedido de patente nacional

2 O pedido de patente regional que tenha sido recusado ou retirado pode ser igualmente transformado em pedido de modelo de utilidade nacional

ARTIGO 83

Protecccedilatildeo provisoacuteria

Apoacutes a publicaccedilatildeo do pedido da patente regional ao abrigo da regra 19-bis agraveo Protocolo de Harare no qual Moccedilambique eacute um Estado designado o mesmo beneficia de protecccedilatildeo provisoacuteria nos termos do artigo 67 do presente Coacutedigo

SECCcedilAtildeO IX

Patente internacional

ARTIGO 84

Acircmbito

1 Os pedidos de patente internacional satildeo regidos pelas disposiccedilotildees do Tratado de Cooperaccedilatildeo em Mateacuteria de Patentes de 19 de Junho de 1970 e das suas sucessivas revisotildees adiante designado por PCT

2 Satildeo igualmente aplicaacute veis as disposiccedilotildees do pre~enteCoacutedigo e do seu regulamento naquilo que natildeo contrarie o PCT e outros dispositivos sobre a mateacuteria

ARTIGO 85

Apresentaccedilatildeo de pedidos de patente Internacional

1 Os pedidos de patente internacional devem ser apresentados em formulaacuterio proacuteprio nas liacutenguas definidas p_elos respectivos instrumentos juriacutedicos de implementaccedilatildeo acompanhados da traduccedilatildeo em liacutepgua portuguesa do resumo da invenccedilatildeo

2 O depoacutesito de pedido de patente internacional efectuado no IPI actuando na qualidade de Reparticcedilatildeo Receptora estaacute sujeito ao pagamento para aleacutem das taxas previstas no PCT da taxa d~ transm issatildeo nacional

ARTIGO 86

Repll(tlccedilatildeo Receptora

O IPI soacute pode actuar como Reparticcedilatildeo Receptora em relaccedilatildeo aos pedidos de patente internacional depositados por quem tenha legitimidadepara promover actos e termos processuais ao abrigo do disposto no artigo 10 do presente Coacutedigo

ARTIGO 87

Reparticcedilatildeo designada ou eleita

Nos termos do artigo 2 do PCT o IPI funciona como Reparticcedilatildeo Designada ou Eleita para os pedidltS internacionais que visem proteger invenccedilotildees em Moccedilambique

ARTIGO 88

Efeito de pedido de patente Internacional

Os pedidos de patente internacional para os quais o IPI actua como Reparticcedilatildeo designada ou eleita produzem os mesmos efeitos de uma patente nacional

ARTIGO 89

Apoacutes a publicaccedilatildeo do pedido de patente internacional ao abrigo do PCT no qual Moccedilambique eacute um Estado designado o mesmo beneficia de protecccedilatildeo provisoacuteria nos termos do artigo 67 do presente Coacutedigo

SECCcedilAtildeO X

Exploraccedilatildeo da patente

ARTIG090

Obrigatorleacutedade de exploraccedilatildeo

I O titular da patent~ eacute obrigado directa ou indirectamente a explorar a sua invenccedilatildeo patenteaccedilla

2 A exploraccedilatildeo da invenccedilatildeo deve iniciar no prazo de trecircs anos a contar da data de concessatildeo da patente ou quatro anos apoacutes o ~epoacutesito do pedido devendo prevalecer o prazo mais longo

3 A natildeo exploraccedilatildeo da invenccedilatildeo no prazo indicado no nuacutemero anterior pode implicar a obrigaccedilatildeo de conceder uma licenccedila de exploraccedilatildeo pelo titular da patente a terceiros

4 O titulatilder da patente pode ser igualmente obrigado a conceder uma licenccedila de exploraccedilatildeo da sua patente a tercei ros se dela depender a utilizaccedilatildeo de outra

5 A obrigatoriedade de concessatildeo de uma licenccedila de exploraccedilatildeo indicada nos nuacutemeros anteriores soacute pode ser imposta depois de o potencial utilizador ter desenvolvido esforccedilos no sentido de obter o consentimento do titular da patente em condiccedilotildees razoaacuteveis e as negociaccedilotildees tiverem redundado em insucesso

ARTIG091

Licenccedila de exploraccedilatildeo

1 O titular da patente pode celebrarcontratos de licenccedila para fins de exploraccedilatildeo

2 O contrato de licenccedila soacute produz efeitos em re laccedilatildeo a terceiros apoacutes o averb3mento no IPI

3 Qualquer aperfeiccediloamento introduzido na patente licenciada pertence a quem o fizer sendo assegurado agrave outra parte contratante o direito de-preferecircncia para o seu registo

4 Mediante pagamento de taxa e durante um periacuteodo-maacuteximo de 12 meses p titular da patente pode solicitar ao IPI a colocaccedilatildeo da patente em oferta puacuteblica no Boletim da Propriedade Industrial para fins de exploraccedilatildeo

62 28 11 249 I ames o n EM- 306-2011 mpresso em 92 2 016 as 1259 43

5 A patente em oferta t~m a sua anuidade reduzida para metade no periacuteodo compreendido entre a oferta e a concessatildeo da primeira licenccedila

6 A patente sob l icenccedila de exploraccedilatildeo com caraacutecter de exclusividade natildeo pocircde ser objecto de oferta

70 titular da patente pode a qualquer momento antes da expressa aceitaccedilatildeo dos seus termo~ pelo interessado desistir da oferta natildeo se aplicando neste caso o disposto no n 0 5 do presente artigo

ARTIGO 92

Licenccedila obrigatoacuteria

I A invenccedilatildeo pode vir a ser explorada lT)ediante autorizaccedilatildeo do Ministro de tutela sem o consentimento do titular da patente por motivos de interesse puacuteblico

2 Para efeitos do presente artigo eacute de interesse puacuteblico a invenccedilatildeo que for de primordial importacircncia para a sauacutede puacuteblica defesa nacional e desenvolvimento econoacutemico e tecnoloacutegico

3 O pedido de licenccedila obrigatoacuteria devemiddotser dirigido ao IPI acompanhado de prova de que o requerente solicitou ao titular da patente uma licenccedila contratual e que natildeo a obteve em temPo e condiccedilotildees comerciais razoaacuteveis

4 Omiddotdisposto no nuacutemero anterior natildeo se aplica aos casos de emergecircnCia nacional ou outras circunstacircncias de extrema urgecircncia

5 Em todoacutes os casos mencionados no presente artigo o IPI notifica imediatamente ao titular da patente sobre os fundamentos da concessatildeo da licenCcedila obrigatoacuteria

6 O titular da patente recebe uma remuneraccedilatildeo adequada paga pelo beneficiaacuterio ajustada a cada caso concreto tendo em conta o valor econoacutemico da patente

7 A extensatildeo e a duraccedilatildeo dessa utilizaccedilatildeo satildeo limitadas aos fins para os quais a exploraccedilatildeo da patente tiver sido autorizada

8 A utilizaccedilatildeo prevista nos termos do presente artigo natildeo eacute exclusiva poreacutem natildeo pode ser objecto de cessatildeo senatildeo com a transmissatildeo ou cedecircncia da empresa na qual a invenccedilatildeo patenteada eacute explorada

9 A exploraccedilatildeo da invenccedilatildeo por terceiro designado pelas autorid ades competentes nos termos do presente middotartigo eacute predominantemente destinada a abastecer o mercado interno

ARTIGO 93

Oposiccedilatildeo agrave natildeo exploraccedilatildeo

O titular da patente podC a qualquer momento deduzir oposiccedilatildeo ao pedido de licenccedila obrigatoacuteria de um terceiro com fundamento em factos que o excepcionein da imputabilidade da inobservacircncia da lei

ARTIG094

Prova de explo~-

1 A prova de exploraccedilatildeo faz-se mediante um certificado oficial que deve ser emitido por organismo competente na aacuterea de exploraccedilatildeo respectiva

2 O documento indicado no nuacutemero anterior deve certificar a utilizaccedilatildeo da invenccedilatildeo em processos de fabrico nas instalaccedilotildees industriais onde se afirma que a mesma ~staacute a ser explorada ou a efectiva comercializaccedilatildeo do objecto da invenccedilatildeoacute

ARTIGO 95

Patentes dependentes

I Uma patente diz-se dependente quando o seu objecto constituir substancial progresso teacutecnico em relaccedilatildeo a patente anterior

2 Uma patente de produto pode ser considerada dependente de patente do processo respectivo bem como uma patente de pro~esso pode ser considerada dependente da patente de produto

3 A verificaccedilatildeo dos casos previstos no nuacutemero anterior impede o direito de licenccedila obrigatoacuteria cruzada

CAPIacuteTULO II

Modelos de utilidade

ARTIGO 96

Requisitos

Satildeo susceptiacuteveis de protecccedilatildeo como modelos de util idade todas as invenccedilotildees que impliquem uma significativa actividade inventiva e tenham aplicaccedilatildeo industrial com excepccedilatildeo de produtos farmac~uticos e agrofarmaceacuteuticos

ARTIG097

Actividade Inventiva

Para efeitos do presente capiacutetulo considera-s~ haver significati va actividade inventiva sempre que uma invenccedilatildeo proporcione qualquer melhoria funcional no uso ou na fabricaCcedilatildeo de um objecto

ARTIGO 98

Unidade de llvenccedilio

O pedido de modelo de utilidade deve referir-se a um uacutenico modelo principal que pode incluir uma pluratidade de elementos distintos adicionais ou variantes construtivas e configurativas qesde que mant ida a unidade teacutecnico-funcional e corporal do objecto

A~TIGO 99

O requerente de um modelo de utilidade ateacute agrave publicaccedilatildeo pode transformaacute-lo em pedido de patente beneficiando da data do depoacutesito do pedido inicial mediante o pagamento da taxa de transformaccedilatildeo

ARTIGO ]()()

Procedimentos

1 Os procedimentos administrativos para a tramitaccedilatildeo de um pedido de modelo de uti lidade-devem ser mais simplificados e ceacuteleres que os das patentes

2 Os prazos de oposiccedilatildeo aos pedidos de concessatildeo de modelo de utilidade resposta agrave oposiccedilatildeo e respostl agraves notificaccedilotildees middotde recusas provisoacuterias satildeo de trinta dias

ARTIGO 101

Regime subsidiaacuterio

1 Com excepccedilatildeo do disposto no artigo anterior as disposiccedilotildees referentes agraves patentes de invenccedilatildeo aplicam-se com as necessaacuterias adaptaccedilotildees aos modelos de utilidade e aos pedidos que lheij dizem respeito sempre que essas disposiccedilotildees natildeo sejam incompatiacuteveis com a especificidade dos modelos de utilidade

2 Exceptuam-se do dispostsgt no nuacutemero anterior as disposiccedilotildees previstas nos artigos 33 69 e 70 do presente Coacutedigo

ARTIGO ~02

Publicaccedilatildeo e Concesslo

1 A publicaccedilatildeo no Boletim da Propriedade Industrial eacute feita no prazo de seis meses a contar da data do pedido do registo salvo se tiver sido requerido adiamento ou antecipaccedilatildeo da publicaccedilatildeo

6228 11 249 I ames on EN- 306-2011 Impresso em 922016 as 12 59 43

794-(374) Ediccedilatildeo ete troacutenjca (c) Pandora R o y I d a

2 o disposto no nuacutemero anterior natildeo se aplica aos pedidos de registo regionais de modelos de utilidade relativamente aos quais o prazo de seis meses se considera cumprido antes da sua entrada na fase nacional

3 Decorridos trinta dias sobre a data de publicaccedilatildeo os pedidos de modelo de utilidade satildeo concedidos sem quaisquer formalidades relativas ao exame substantivo excepto quando contra eles tenha sido deduzida oposiccedilatildeo

ARTIGO 103

Duraccedillio

1 A duraccedilatildeo do modelo de utilidade eacute de quinze anos contados da data do respectivo depoacutesito

2 A validade da duraccedilatildeo referida no nuacutemero anterior depende do pagamento das respectivas anuidades

ARTIGO 104

Direitos conferidos pelo registo

1 Aos modelos de utilidade satildeo aplicaacuteveis com as necessaacuterias adaptaccedilotildees as disposiccedilotildees relativas aos direitosconferldos pela patente

2 Durante a vigecircncia do modelo de utilidade o seu titular pode usar nos produtos a expressatildeo modelo de utilidade nuacutemero Mod Util N ou a abreviatura MU N

CAPIacuteTULO III

Desenhos industriais

SECCcedilAtildeO I

Princiacutepios Gerais

ARTIGO 105

Requisitos

1 Constituem requisitos para middot a protecccedilatildeo de desenhos industriais

a) Natildeo teretn sido divulgados por uma publicaccedilatildeo em forma tangiacutevel ou utilizados por qualquer outro meio antes da data do depoacutesito ou antes da data de prioridade do pedido de registo ni sso consistindo a sua originalidade

b) Natildeo ser contraacuterio agrave lei nem ofensivo agrave ordem e agrave moral puacuteblicas ou aos usos e bons costumes

2 Para efeitos do disposto na aliacutenea a) do nuacutemero anterior natildeo se considera original

a ) O desenho industrial que jaacute tenha sido objecto de registo anterior mesmo sendo nulo ou caduco

b) O desenho industrial que teacutenha sido descrito em publicaccedilotildees de modo a poder ser conhecido e explorado por peritos da especialidade

c) o desenho industrial utilizado de modo notoacuterio ou que por qualq uer fonna tenha caiacutedo no domiacutenio puacuteblico

ARTIGO 106

Titularidade dos direitos

1 Os direitos conferidos pelos desenhos industriais pertencem ao respectivo autor ou aos seus sucessores por qualquer tiacutetulo

2 Se a autoria dos desenhos industriais for de vaacuterias pessoas o direito pertence-lhes em comum casos em que o respectivo pedido de registo pode ser solicitado por uma delas ou conjuntamente

3 Se vaacuterias pessoas tiverem realizado independentemente os mesmos desenhos industriais o direito pertence agravequele que tiver apresentado o pedido em primeiro lugar

SEacuteRIE-NUacuteMERO 04Todos os d jrelos rp s p ncados

ARTIGO 107

Criaccedillio do trabalhador

Relativament~ aos desenhos criados pelo trabalhador no acircmbito do respectivo contrato de trabalho aplica-se com as necessaacuterias adaptaccedilotildees o disposto no aetigo 43 e seguintes do presente Coacutedigo

ARTIGO 108

Direito de prioridade

Goza do direito de prioridade para apresemiddotntar o pedido de registo em Moccedilambique aquele que tiver depos itado regulannente um pedido de desenho industrial num dos paiacuteses da Uniatildeo de Paris ou num dos paiacuteses membros signataacuterios da OMC ou num dos paiacuteses membros signataacuterios da ARIPO

SECCcedilAtildeO 11

Pedido e seu efeito

ARTIGO 109

Pedido

l O pedido deve ser instruiacutedo atraveacutes de um requerimento acompanhado de desenhos fotografias ou outras representaccedilotildees graacuteficas adequadas ao objecto que incorpora o desenho industrial a que estaacute destinado podendo incluir um exemplar do objecto que incorpora o desenbo industrial e deve ser feita a prova do pagamento da respectiva taxa

2 Se o requerente natildeo for o criador o requerimento deve ser acompanhado pQr uma declaraccedilatildeo que justifique o direito do requerente ao registo do desenho industrial

3 Enquanto o pedido estiver pendente o requerente pode renunciaacute-lo mediante deccedillaraccedilatildeo escrita

ARtiGO 110

OepOacutesltQe exame do pedido

1 Considera-se data de depoacutesito a da recepccedilatildeo do pedido desde que na data do depoacutesito a taxa devida tenha sido paga e o pedido inclua o nome do requerente e ur11 exemplar do objecto que incorpora o desenho industrial ou umarepresentaccedil_atildeo graacutefica deste

2 Depois de ter concedido uma data de depoacutesito o IPI examina o pedido verificando se o mesmo preenche as condiccedilotildees previstas nQ artigo 109 do presente Coacutedigo

3 Dois ou mais desenhos industriais podem ser incluiacutedos no mesmo pedido desde que estejam compreendidagraves na mesma classe ou se incorporem a um mesmo conjunto ou composiccedilatildeo deobjectos industriais

ARTIGO 111

Protecccedilio provisoacuteria

1 A partir da data da publicaccedilatildeo o pedi~o de desenho industrial confere provisoriamente ao requerente a protecqatildeo que seria conferida pela atribuiccedilatildeo do direito

2 A protecccedilatildeo a que se refere o nuacutemero anterior eacute aplicaacutevel ainda antes da data da publicaccedilatildeo em relaccedilatildeo a qualquer pessoa que tenha sido notificada da apresentaccedilatildeo do pedido

3 As sentenccedilas judiciais relativas a acccedilotildees propostas na base da protecccedilatildeo provisoacuteria natildeo podem ser proferidas antes da concessatildeo ou recusa definitiva do desenho industrial

ARTIGO 112

Publlcaccediliio

O pedido (o registo de desenho industrial eacute publicado imediatamente no Boletim da Propriedade Industrial salvo se tiver sido requerido adiamento da publicaccedilatildeo

6228 1 1 2 4 9 I ames on EM-306-2011 npresso em 922016 as 12 59 43

ARTIGO 113

Oposiccedilatildeo

I Eacute permitida rio prazo de trinta dias a contar da data de publicaccedilatildeo do pedido sJe desenho industrial no Boletim da Propriedade lndustrral a oposiccedilatildeo ao pedido por qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela eventual concessatildeo do desenho industrial nos termos previstos nos nuacutemeros seguintes mediante pagamento dmiddota respectiva taxa

2 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado uma uacutenica vei porum periacuteodo maacuteximo ltetrinta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

3 A oposiccedilatildeo deve ser apresentada em triplicado e conter a mateacuteria de facto e de d ireito que a sustente

4 O IPI envia a coacutepia daoposiccedilatildeo ao requerente notificando-o para alegar no praEo d~ trinta dias o que ~char por conveniente

5 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado unicamente por trinta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respecti va taxa

6 A falta de alegaccedilatildeo no prazo fixado equivale agrave desistecircncia do pedido pelo requerente

7 Apoacutes a auscultaccedilatildeo de todos os interessados o Director-Geral decjde sobre a deduccedilatildeo de oposiccedilatildeo notificando da conclusatildeo agraves partes interessadas

ARTIGO 114

Exame substantivo

1 Decorrido o prazo indicado no n0 1 do artigo anterior ou havendo oposiccedilatildeo quando se mostre finda a discussatildeo o IPI procede ao estudo do processo

2 O estudo do processo consiste principal e obrigatoriamente no exame do desenho industrial e da verificaccedilatildeo da sua conforrn idade com os requisitos previstos no artigo I 09 do presente Coacutedigo

ARTIGO 115

Recusa Provisoacuteria

1 O resultado do estudo do processo indicado no n0 l do artigo anterior eacute s ubmetido ao Director-Geral para efeitos de despacho que pode ser de concessatildeo ou de recusa provisoacuteria

2 O despa~ho referido no nuacutemero anterior deve ser exarado no prazo de trinta dias a contar da data de submissatildeo do resultado do estudo do processo ao Directltgtr-Geral

3 Da recusa provisoacuteria o requerente eacute no tificado no prazo de cjnco dias a contar da data do respecti vo despacho

4 Ao aviso da recusa provisoacuteria deve o requerente responder no prazo de trinta dias sob cominaccedilatildeo de a recusa se tornar definitiva

ARTIGO IJ6

Concesslo ou recusa do pedido

I Se perante a resposta do requerente o IPI concluir que a recusa provisoacuteria natildeo tem fundamento ou que as objecccedilotildees levantadas foram sanadas eacute eXarado o despacho de concessatildeo no prazo de trinta dias a contar da apresentaccedilatildeo da referida resposta

2 Se perante a resposta do requerente natildeo houver alteraccedilatildeo da avaliaccedilatildeo sobre a validade dos fundamentos da recusa provisoacuteria o Director-Geral profere um despacho de recusa definitiva

3 O pedido de desenho industrial eacute igualmente concedido ou recusado consoante a oposiccedilatildeo se a houver haja sido julgada improcedente ou procedente respectivamente

4 Dos ~espachos de concessatildeo ou recusa definitiva do pedido eacute o requerente notifi cado no prazo de cinco dias

ARTIGO 117

Fundamento de Recusa

Satildeo fundamentos de recusa a falta ou dos requisitos previstos no artigo 109 do presente Coacutedigo

Efeitos do registo

ARTIGO 118

Duraccedilatildeo

I A validade do registo de-um desenho industrial eacute de cinco anos a contar da data do depoacutesito renovaacuteveis por igual periacuteodo ateacute ao maacuteximo de vinte e cinco anos

ARTIGO 119

Direitos confllrldos pelo registo

1 A exploraccedilatildeo de um desenho industrial registado em Moccedilambique por qualquer pessoa aleacutem do titular do registo requer o consentimento deste

2 O desenho industrial registado confere ao seu titular o direito de impedr que um terceiro sem o middotseu consentimento produza fabrique venda ou explore o seu objecto

3 O titular do registo de um desenho industrial tem para a leacutem dos direitos referidos nos nuacutemeros anteriores a faculdade de intentar um processo j udicial contra qualquer pessoa que cometa uma violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de desenho industrial ou que execute sem o seu consentimento actos preparatoacuterios nesse sentido

4 Durante a vigecircncia doregisto o seu titular pode usar no desenho a expressatildeo Desenho Nr ou as abreviaturas D Nr

ARTIGO 120

Efeitos do registo regional middot

Um desenho industrial registado pela ARTPO e no qual Moccedilambique eacute um Estado designado produz quanto a este os mes~nos efeitos que um desenho industrial registado nos termos do presente Coacutedigo a natildeo ser que o IPI tenha comunicado agrave ARIPO uma decisatildeo segundo a qual o registo efectuado natildeo produz efeitos em Moccedilambique nos termos da regra 20 do Protocolo de Harare

CAPIacuteTULO IV

Marcas

SECCcedilAtildeO I

Registo Nacional

ARTIG0 21

Requisitos

Constituem requisitos para a protecccedilatildeo de marca

a) Permitir a distinccedilatildeo dos produtos ou serviccedilos de uma entidade dos produtos e serviccedilos de outra

b) Natildeo ser contraacuteria agrave lei nem ofensiva agrave ordem e agrave moral puacuteblicas e aos usos e bons costumes

c) Natildeo s~r susc~ptiacutevel de induzir em erro o consumidor ou o puacuteblico sobre os elementos caracteriacutesticos especiacuteficos do produto ou serviccedilo a que a marca disser respeito nomeadamente sobre a origem geograacutefica a 11atureza ou as caracteriacutesticas dos produtos ou servi~ em questatildeo

62 28 1124 9 I ames on EM - 306 - 2011 I mpresso em 92201 6 as 1259 4 3

Ediccedilatildeo electroacutenicacopy Pandora Box Lda Todos os direitos reseVados 794 -(376) I SEacuteRIE-NUacuteMERO 104

d) Natildeo reproduzir imitar ou conter elementos de armas bandeiras emblemas moeda brasotildees escudos siglas ou outro siacutembolo de uso oficial do Estado municiacutepio outras entidades puacuteblicas nacionais ou estrangeiras ou organizaccedilatildeo intergovemamental criada por convenccedilatildeo regional ou internacional salvo com autorizaccedilatildeo de tal Estado ou organizaccedilatildeo

e) Natildeo reproduzir distintivos selos e sinetes oficiais de fiscalizaccedilatildeo e garantia ou emblemas privativos ou denominayatildeo da cruz vermelha ou outros organismos de natureza semelhante

fJ Natildeo ser idecircntica ou semelhante a umiddotma marca de prestiacutegio ou notoriamente conh~cida em Moccedilambique

g) Natildeo reproduzir ou imitar os elementos caracteriacutesticos de outros sinais distintivos de comeacutercio registados em MOccedilambique

h) Natildeo constituir sinal de caraacutecter geneacuterico comum vulgar ou meramente descritivo dos produtos ou serviccedilos a proteger

i) Natildeo ser idecircntica imitaccedilatildeo ou traduccedilatildeo de uma marca r-egistada em Moccedilambique ou com data de depoacutesito anterior pertencente a outro titular ou requerente para os_mesmos produtos e serviccedilos ou produtos e serviccedilos afins middot

ARTIGO 122

lmltaccedilllio da marca

A marca registada considera-se imitada por outra quando cumulativamente

a) A marca registada tiver prioridade b) Ambas se refer-irem a produtos ou serviccedilos idecircnticos c) Apresentar iemelhanccedila graacutefica foneacutetica ou figurativa

e ser susceptiacutevel de criar confusatildeo ao cmiddotonsumidor

ARTIGO 123

Pedido

1 O pedido de registo de marca deve ser redigido cm liacutengua portuguesa e depositado no IPI acompanhado do comprovativo do pagamento da taxa correspondente uma reproduccedilatildeo da marca e a lista dos produtos ou serviccedilos para os quais o registo da marca eacute pedido

2 O requerente soacute pode depositar um pedido de registo de marca numa actividade que exerccedila efectiva e licitamente de modo directo ou atraveacutes de empresas que controle directa ou indirectamente

3 Os produtos ou serviccedilos devem ser inseridos na ordem das classes correspondentes agrave classificaccedilatildeo internacional definida pelo Acordo de Nice de 15 de Junho de 1957 e suas sucessivas modificaccedilotildees

ARTIGO 124

Legitimidade para o registo

1 Sem prejuiacutezo do disposto no artigo 1 Odo presente Coacutedigo tecircm legitimidade para requerer o registo de marca todas as pessoas dotadas d e personalidade juriacutedica que exerccedilam qualquer actividade ou prestem algum serviccedilo de forma liacutecita

2 Para efeitos do disposto no nuacutemero anterior entende-se por actividade liacutecita aquela em relaccedilatildeo agrave qual o requerente tiver sido autorizado pelas autoridades competentes

3 O direito ao registo das marcas colectivas eacute reconhecido agraves pessoas colectivas amiddotquem seja legalmente atribuiacuteda ou reconhecida uma marca de garantia o u de certificaccedilatildeo e possam aplicaacute-la a detenninadas qualidades dos produtos ou serviccedilos

4 O direito ao registo de marca de certificaccedilatildeo eacute reconhecido agraves pessoas colectivas e entidades puacuteblicas que tutelam controlammiddot ou certificam a conformidade de um produto ou serviccedilo co~ determinadas normas ou especificaccedilotildees teacutecnicas incluiacutendo a qualidade middotnaturezamaterial utiliZid9 metodologia empregada e origem geograacutefica

ARTIGO 125

lnstruccedilio do pedido

1 Ao pedido de registo juntam-se os documentos seguintes

a) A coacutepia da licenccedila para o exerciacutecio da actividade se o requerente for up1a pessoa fiacutesica ~e nacionalidade moccedilambicana ou residente no paiacutes

b) A certidatildeo de registo definitifo ou a licenccedila para o exerciacutecio da actividade se o requerente for uma pesiOa juriacutedica domiciliada ou corn representaccedilatildeo em Moccedilambique

c) A procuraccedilatildeo devidamente reconhecida por notaacuterio conferindo poderes especiais de representaccedilatildeo a favor de um Agente Oficial da Propriedade Industrial se o requerente for uma pessoa fiacutesica ou juriacutedica estrangeira sem domiciacutelio ou representaacuteccedilatildeo em Moccedilambique

d) Uma representaccedilatildeo graacutefica da marca e) Autorizlt~ccedilatildeo do titular de marca estrangeira de que

o requerente seja agente ou representante em Moccedilambique mediante apresentaccedilatildeo da lic~nccedila de exerciacutecio da actividade de representaccedilatildeo comercial estrangeira na Repuacuteblica de Moccedilambique

f) Autorizaccedilatildeo de pessoa cujo nome firma denominaccedilatildeo social nome deestabelecimento insiacutegnia ou retrato figuremna marca quando natildeo seja o requerente

g) Autorizaccedilatildeo da autoridade competente para incluir na marca quaisquer bandeiras armas escudosbrasotildees moeda ouacute emblemas do Estado municiacutepios ou outras entidades puacuteblicas ou patticulares nacionais ou estrangeiras distintivos selos e sinetes oficiais de fiscalizaccedilatildeo e garantia emblemas privativos ou denominaccedilatildeo da cruz vermelha ou outros organismos de natureza semelhante

lz) Coacutedigo decirc condecoraccedilatildeo ou outras distinccedilotildees referidas ou reproduzidas na marca que natildeo devam considerar-se recompensas segundo o conceito expresso no presente Coacutedigo

i) Certidatildeo do registo competente comprovativo do direito a incluir na marca middoto nome ou qualquer referecircncia a determinada propriedade ruacutestica pu urbana e autorizaccedilatildeo do proprietaacuterio para esse efeito se este natildeo for o requerente

J) Autoriampaccedilatildeo do titular do registo anterior e do possuidor de licenccedila exclusiva se a houver salvo disposto em contraacuterio no contrato

2 Se a marca contiver inscriccedilotildees em caracteres poucomiddot conhecidos deve o requerente apresentai transliteraccedilatildeo e se possivel a traduccedilatildeo dessas inscriccedilotildees

3 Apresentado o pedido este eacute submetido a exame preliminar 04 formal e se devidamente instruacuterdo eacute considerada como data de depoacutesito a da sua apresentaccedilatildeo

4 O pedido que natildeo atender formalmente aos requisitos constantes nos artigos 121 122 123 e 124 do presente Coacutedigo mas que contiver dados suficientes relativos ao depositante sinal da marca e eacuteasse pode ser entregue mediante recibo datado que estabelece as exigecircncias a serem cumpridas pelo depositante dentro de cinco dias sob pena de ser considerado inexistente

62 28 11 249 I ames on EM-306-2011 Impresso em 922016 as 125943

5 Uma vez cumpridas as exigecircncias constantes no nuacutemero anterior eacute considerada como data de depoacutesito a indicada no n0 3 do presente artigo

ARTIGO 126

Unicidade do registo

A mesma marca destinada ao mesmo produto ou serviccedilo soacute pode ter um registo

ARTIGO 127

Renuacutencia do pedido

Na pendecircncia do pedido eacute pennitiacutedo ao requerente renunciaacute-lo mediante apresentaccedilatildeo de simples requerimento dirigido ao IPI

ARTIGO 128

Prioridade

1 O pedido pode conter uma declaraccedilatildeo reivindicando nas condiccedilotildees previstas- pela Convenccedilatildeo de Paris a prioridade de um registo nacional ao registo anterior devendo o requerente apresentar a coacutepia do pedido anterior devidamenteacute certjficada pela administraccedilatildeo da propriedade industrial do paiacutes a que o pedido se refere

2 A falta de apresentaccedilatildeo pelo requerente da coacutepia referida no nuacutemero anterior torna a reivindicaccedilatildeo de prioridade invaacutelida sendo relevante apenas a data de depoacutesito do pedido

3 Confirmada a certificaccedilatildeo o pedido tem os efeitos previstos na Convenccedilatildeo de Paris

ARTIGO 129

Publlc~ccedilatildeo

Estando os requisitos formais preenchidos o IPI manda publicar imediatamente o pedido tal como tiver sido aceite no Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 130

Oposiccedilatildeo

I Eacute permitida no prazo de trinta dias a contar da data de publicaccedilatildeo do pedido no Boletim da Propriedade Industrial a oposiccedilatildeo ao pedido por qualquer pessoa que se sinta prejudjcada pela eventual concessatildeo da marca nos termos previstos nos nuacutemeros seguintes mediante pagamento da respectiva taxa

2 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado uma uacutenica vez por um periacuteodo maacuteximo de sessenta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

3 A oposiccedilatildeo deve ser apresentada em triplicado e conter a mateacuteria de facto e de direito que a sustente

4 O IPI envia a coacutepia da oposiccedilatildeo ao requerente notificando-o para alegar no prazo de trinta dias o que achar por conveniente

5 O prazo referido no nuacutemero anterior eacute prorrogado unicamente por trinta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

6 A falta de alegaccedilatildeo no prazo fixado equivale a desistecircncia do pedido pelo requerente

7 Apoacutes a auscultaccedilatildeo de todos os interessados o Director-Geral decid~ sobre a procedecirc ncia ou natildeo da oposiccedilatildeo sendo as partes interessadas notificadas do despacho correspondente

ARTIGO 131

Exame substantive

l Decorrido o prazo indicado no n0 l do artigo anterior ou havendo oposiccedilatildeo quando se mostre finda a discussatildeo o IPI procede ao estudo do processo

2 Oestudo do processo consiste principal e obrigatoriamente no exame da marca cujo registo foi requerido e a sua comparaccedilatildeo com as marcas registadas para o mesmo produto ou seryiccedilo ou produtos ou serviccedilos similares oacuteu afins

ARTIGO 132

do artigo anteriormiddoteacute submetido ao Director-Geral para efeitos de despacho que pode ser de concessatildeo ou de recusa pro visoacuteria

2 O despacho referido no nuacutemero anterior deve ser exarado no prazo de trinta dias a contar da data de submissatildeo do resultado do estudo do processo ao Director-Geral

3 Da recusa provisoacuteria o requerente eacute notificado no prazo de cinco dias a contar da data do respectivo despacho

4 Ao a viso da recusa provisoacuteria deve o requerente responder no prazo de trinta dias sob cominaccedilatildeo de a recusa se tornar definitiva

ARTIGO 133

Concessatildeo ou recusa da marca

l Se perante a resposta do requerente o IPI concluir que a recusa provisoacuteria natildeo tem fundamento ou que as objecccedilotildees levantadas foram sanadas eacute exarado o despacho de concessatilde() no prazo de trinta dias a contar da apresentaccedilatildeo da referida resposta

3 O pedido de registo de marca igualmente concedido ou recusado consoante a oposiccedilatildeo se a houver haja sido julgada improceden1e ou procedente respectivamente

4 Quando existam motivos para a recusa do registo de uma marca apenas no que respeita a alguns dos produtos ou serviccedilos para que este foi pedido a recusa do registo abrange apenas esses produtos ou serviccedilos

5 Dos despachos de concessatildeo ou recusa definitiva do pedido eacute o requerente notificado no prazo de cinco dias

ARTIGO 134

a) A falta de um dos elementos indicados nos artigos 12 1 122 123 e 124 do presente Coacutedigo

b) Constituir uma das violaccedilotildees indicadas nos artigos 126- 135 e 216 do presente Coacutedigo

c) Apresentar sinais constituiacutedos exclusivamente pela forma imposta pela proacutepria natureza do produto pela fonna do produtG necessaacuteria agrave obtenccedilatildeo de um resultado teacutecnico ou pela forina que confira um valor substancial ao produto

d) Apresentar sinais constituiacutedos exclusivamente por indicaccedilotildees que possam servir no comeacutercio para designar a espeacutecie a qualidade a quantidade o destino o valor a proveniecircncia geograacutefica a eacutepoca ou o meio de produccedilatildeo do produto ou da prestaccedilatildeo do seryiccedilo ou outras caracteriacutesticas dos mesmos

e) Apre~entar sinais constitufdos por elementos ou indicaccedilotildees que se tenham tornado usuais na linguagem corrente ou nos haacutebitos leais e constantes do comeacutercio

J) Apresentar como marca as cores salvo se forem combinadas entre si ou com graacuteficos dizeres ou outros elemeRtos de forma peculiar e distintiva

62 28 11 2 4 9 I ames on EM-306 - 2011 I mpresso em 92 20 16 a s 125943

g) O reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrecircncia desleal ou deque esta eacute possiacutevel independentemente da sua intenccedilatildeo

ARTIGO 135

Direitos conferidos pelocirc registo

I O registo de marca confere ao seu titular o direito de uso exclusivo da mesma impedindo que terceiros sem o seu consentimento utilizeQ no acircmbito das operaccedilotildees comerciais s inais idecircntiacutecos oli semelhantes para produtos ou serviccedilos idecircnticos ou semelhantes em relaccedilatildeo aos quais a marca tiver sido registada quando essa utilizaccedilatildeo seja susceptiacutevel de originar confusatildeo para o puacuteblico

2 O disposto no nuacutemero anterior natildeo prejudica o direito de precedecircncia de registo ao utilizador de boa-feacute da marca idecircntica ou semelhante desde que essa utilizaccedilatildeo tenha ocorrido antes da data do depoacutesito ou da prioridade do registo no paiacutes

3 O direito indicado no nuacutemero anterior soacute pode ser cedido juntamente com a empresa ou sociedade ou parte destas que tenham directa relaccedilatildeo com o uso da marca

4 O direito referido no n 0 2 do presente artigo natildeo eacute protegido ao uti lizador que apoacutes a publicaccedilatildeo do pedido do registo da marca a ccedille natildeo se oponha nos termos estabelecidos no artigo 130 domiddot presente Coacutedigo

5 O titular do registo de uma marca tem o direito de intentar um processq judicial contra qualquer pessoa que cometa contrafacccedilatildeo incluindo a praacutetica de actos preparatoacuterios relativamente aos seus direitos

6 Os direitos conferidos pelo registo natildeo abrangem os actos relativos aos artigos lanccedilados em Moccedilambique pelo titular ou com o seu consentimento

7 Durante a vigecircncia do registo o seu titular pode usar nos produtos a expressatildeo marca registada ou o siacutemboloreg

ARTIGO 136

Marca notoriamente conhecida

1 Eacute recusado ou anulado o registo da marca que no tod0 ou em parte essencial constitua reproduccedilatildeo imitaccedilatildeo ou traduccedilatildeo de outra que seja notoriamente conhecida em Moccedilambique e que com ela se possa co nfundir se for aplicada a produtos ou serviccedilos idecircnticos semelhantes ou afins

2 Os interessados na recusa ou na anulaccedilatildeo do registo das marcas a que se refere o nuacutemero anterior soacute podem intervir no respectivo proeacuteesso depois de terem efectuado em Moccedilambique o registo ou o pedido de registo da marca que decirc oriacutegem e fundamente o seu interesse

3 Para ((feitos do presente Coacutedigo considera-se marca notoriamente conhecida aquela que o seja entre o puacuteblico middot directamente interessado como resultado da sua promoccedilatildeo em Moccedilambique

ARTIGO 137

Marca de prestigio

1 Eacute recusado ou anulado o registo da marca que no todo ou em parte essencia l constitua reproduccedilatildeo imiuwatildeo ou traduccedilatildeo de outra que goza de prestiacutegio em Moccedilambique ou no Mundo ainda que destinada a produtos ou serviccedilos sem identidade ou afinidade e sempre que o uso da marca posterior procure tirar partido indevido do caraacutecter distintivo ou do prestiacutegio damiddotmruca ou possa prejudicaacute-los

2 Aplica-se ao nuacutemero anterior o dispost~ no n 0 2 dq artigo anterior

3 Para efeitos do presente Coacutedigo considera-se marca de prestiacutegio aquela que o seja entre o puacuteblico di rectamente interessado como resultado da sua promoccedilatildeo em Moccedilambique ou no Mundo

ARTIGO 138

Declaraccedilatildeo de Intenccedilatildeo de uso

l De cinco em cinco anos a contar da data do registo ou de renovaccedilatildeo deve ser apresentada middotao IPI uma declaraccedilatildeo de in~enccedilatildeo ds uso da marca sujeita ao pagamento da respectiva ta~a

2 A declaraccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute apresentada no prazo de um ano que inicia seis meses antes e termina seis meses apoacutes o termo do perodo de cinco anos a que respeita

3 As marcas para as quais essa declaraccedilatildeo -natildeo tiver sido apresentada natildeo satildeo oponiacuteveis a tercei ros sendo declarada a caducidade do respectivo registo pelo Director-Geral a requerimento de qualqu_er interessado ou quando se verifique prejuiacutezo de direitos de terceiros no momento da concessatildeo de outros registos

4 Se natildeo tiver sido pedida nem declarada a caducidade do registo este seraacute novamente co~siderado em pleno vigor desde que o titular apresente a declaraccedilatildeo de intenccedilatildeo de uso e faccedila prova de uso da marca

5 Mesmo que a pro~a de uso da marca natildeo tenha sido apresentada a renovaccedilatildeo pode ser deferida mas o registo continua sujeito agrave aplicaccedilatildeo dos n0

3 e 4 do presente artimiddotgo 6 No caso previsto no nuacutemero 3 do presente artigo haacute sempre

lugar agrave notificaccedilatildeo do titular do registo

ARTIGO 139

Duraccedilatildeo e renovaccedilatildeo de protecccedilatildeo

l A protecccedilatildeo da marca tem a duraccedilatildeo de dez anos a contar da data do depoacutesito do pedido

2 A protecccedilatildeo referida no nuacutemero anterior pode ser renovada indefinidamente por periacuteodos iguais mediante o pa-gamento da respectiva taxa

ARTIGO 140

Cessatildeo

1 O titular da marca registada tem o direito de ceder a marca com ou sem a transferecircncia da empresa a que a marca pertence

2 A transmissatildeo do direito reconhecido nos termos do nuacutemero anterior obedece ao disposto no artigo 21

ARTIGO 141

Licenccedila de uso

l O titular do registo pode celebrar contrato de licenccedila para o uso da marca sem prejuiacutezo do seu direito de exercer o

-controlo efectivo sobre as especificaccedilotildees a natureza e a qualidade dos respectivos produtos ou serviccedilos

middot 2 O titular pode conferir ao licenciado os poderes para agir em defesa da marca sem prejuiacutezo dos seus proacuteprios direitos

3 O contrato de licenccedila deve ser averbado no IPI para que seja oponiacutevel a terceiros

SECCcedilAtildeO II

Registo regional

ARTIGO 142

Direito ao registo

O titular ou requerente de uma marca registada ou depositada no IPI pode assegurar a sua protecccedilatildeo nos Estados signataacuterios

62 28 11249 I ames on Etmiddot- 306 - 2011 Impresso en 9 2 2016 as 12 59 43

31 DE DEZEMBRO DE2015 794~ (379)Ediccedil atildeo p lp c tcoacutepica Pandorq Bar I da Todos os dirp ifos reservados

dos tratados regionais sobre a protecccedilatildeo da propriedade intelectual de que Moccedilambique seja Parteacute contratante nos termos definidos pelos respectivo~ instrumentos de implementaccedilatildeo

ARTIGO 143

1 O pedido de registo regional de marca eacute formulado em impressoproacuteprio e depositado no IPI ou nl Secretaria da autoridade regional de administraccedilatildeo da propriedade intelectual pelo respectivo requerente ou seu mandataacuterio

2 A constituiccedilatildeo de mandataacuterio eacute indispensaacutevel sempre que um requerente que natildeo tenha residecircncia habitual ou sede da empresa em Moccedilambique deposite o seu pedido no IPI

ARTIGO 144

Prioridade

O requerente de um pedido de registo demarca regional pode reivindicar a prioridade de um registo ou depoacutesito de pedido anteriores nos termos estabelecidos na Convenccedilatildeo de Paris

A RTIGO 145

DuraccedilJo e renovaccedilatildeo do pedido

1 A protecccedilatildeo demarca conferida pelo registo regional tem a duraccedilatildeo de dez anos a contar da data do depoacutesito do pedido

2 A protecccedilatildeo referida no nuacutemero anterior pode ser renovada indefinidamente por periacuteodos iguais mediante o pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 146

Designaccedilotildees subsequentes

O titular ou requerente de registo regional de marca ou quando aplicaacutevel os seus herdeiros ou sucessorespodem apresentar pedidos de designaccedilatildeo subsequente de extensatildeo do registo ou pedido a outros Estados s ignataacuterios dos referidos tratados regionais

ARTIGO 147

Averbamento cie alteraccedilotildees

1 Os pedidos de averbamentltgt de alteraccedilotildees tais como mudanccedila do sinal nome do titular domiciacutelio restriccedilatildeo de classes e da lista de produtos qu serviccedilos cancelamento voluntaacuterio do registo em determinados paiacuteies transmissatildeo e cessatildeo parcial satildeo efectuados em formulaacuterio proacuteprio acompannado do comprovativo do pagamento da respectiva taxa

2 Os pedidos de averbamento referidos no nuacutemero anterior devem conter designadamente

a) A referecircncia do nuacutemero de registo da marca a que corresponde

b) O nome e o endereccedilo do titular ou seu representante

3 Todo o pedido de averbamento que tenha por objecto a mudanccedila do titular fundada num contratodeve fazer menccedilatildeo e juntar documentos comprovativos do mesmo

ARTIGO 148

Restabelecimento do registo

I Quando uma marca houver sido declarada caduca por falta de renovaccedilatildeo e do pagamento da respectiva taxa o respectivo titular pode ser restabelecido nos seus direitos se o requerer

2 O pedido de restabelecimento de direitos deve ser apresentado no prazo de seis meses a contar da datagrave de remoccedilatildeo da marca do banco de dados da autoridade regional de administraccedilatildeo da propriedade intelectual acompanhado do pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 149

Reparticcedilatildeo designada

Nos casos em que Moccedilambique seja designado no pedido de registo regional o IPI como Reparticcedilatildeo Receptora procede agrave publicaccedilatildeo dos pedidos recebidos no Boletim da Propriedade Industrial para efeitos de oposiccedilatildeo por parte de quem a eventual concessatildeo do registo possa prejudicar

ARTIGO 150

Oposiccedilatildeo

Eacute permitida a oposiccedilatildeo ao pedido por qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela eventual concessatildeo da marca no prazo de trinta dias a contar datilde data da publicaccedilatildeo do Boletim da Propriedade Industrial em que o aviso seja inscrito mediante pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 151

Formalidades processuais

1 Aplica-se ao registo regional de marcas com as necessaacuterias adaptaccedilotildees as disposiccedilotildees aplicaacuteveis ao registo nacional

2 Os termos subsequentes do processo satildeo igualmente regulados pelas disposiccedilotildees aplicaacuteveis ao registo nacional

ARTIGO 152

Fundamentos de recusa do registo

A protecccedilatildeo em territoacuterio moccedilambicano do pedido de registo regional de marca eacute recusada sempre que se verifique qualquer fundamento de recusa previsto I~ presente Coacutedigo

A~TIGO 153

Decl1ra~io de lntenccedili o de uso

1 Aplica-se agraves marcas regionaiso disposto no artigo f38 do presente Coacutedigo sobre a mateacuteria

2 Os prazos para a apresentaccedilatildeo da declaraccedilatildeo de intenccedilatildeo de uso contam-se a partir da data de notificaccedilatildeo do pedido pelaARIPO

Registo Internacional

A RTIGO 154

Direito ao registo

1 O titular de um registo de marca de nac ionalidade moccedilambicana ou domiciliado ou estabelecido em Moccedilambique pode assegurar nos termoacutes do Acordomiddot de Madrid Relativo ao Registo Internacional de Marcas de 14 de Abril de 1891 e suas sucessivas middotrevisotildees a protecccedilatildeo da marca nos Estados que aderiram ou que vierem a aderir a esse Acordo

2 O requerente de um middot registo de marca de nacionalidade moccedilambicana ou domiciliado ou es~abelecido em Moccedilambique pode assegurar nos termos do Protocolo de Madrid de 17 de Junho de 1989 a protecccedilatildeo da sua marca nos Estados que aderiram ou vierem a aderir a esse Protocolo

ARTIGO 155

Pedido de reglsto

O pedido de registo internacional eacute formulado em impresso proacuteprio e apresentado ao IPI middot

62 28 11 24 9 I a mes on E~1- 306-2Cll Inpresso em 92 2016 as 1259 43

794-(380) SEacuteRIE-NUacuteMERO 104

ARTIG0156

Renuacutencia agrave protecccedillo

O titular de um registo internacional pode renunciar a protecccedilatildeo da sua marca total ou parcialmente numa ou vaacuterias das partes contratantes por meio da simples declaraccedilatildeomiddot entregue ao IPI para ser comunicado agrave Secretaria Internacional

ARTIGO 157

Alteraccedilatildeo do registo

1 O IPI comunica agrave Secretaria Internacional sobre todas as alteraccedilotildees sofridas pelas marcas nacionais que possam inHuir no registo internacional para os efeitos de inscriccedilatildeo no respectivo banco de dados da SecretanamiddotInternacional publicaccedilatildeo e notificaccedilatildeo agraves partes contratantes que lhes tenham concedido protecccedilatildeo

2 Natildeo eacute dado andamento a quaisquer pedidos relativos agrave transmissatildeo de marcas a favor de pessoas sem requisitos juriacutedicos para obterem um registQ internmiddotacional

ARTIGO 158

Publleaccedillo

Do pedido de protecccedilatildeo em Moccedilambique publica-st aviso ~o Boletim da Propriedade Industrial para efeito de oposiccedilatildeo de quem se julgar prejudicado pela eveacutentual concessatildeo da protecccedilatildeo

ARTIGO 159

Oposiccedilatildeo

Eacute permi$ida a oposiccedilatildeo ao pedido por qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela eventual concessatildeo da marca no prazo de trinta dias a contar da data da publicaccedilatildeo do Boletim da Propriedade Industrial em que o aviso seja inscrito mediante pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 160

1 Aplica-se aoacute registo internacional de marcas com as necessaacuterias adaptaccedilotildees as disposiccedilotildees aplic4veis ao registo nacional

2 Os termos subsmiddotequentes do processo satildeo igualmente regulados pelas disposiccedilotildees aplicaacuteveis ao registo internacional

ARTIGO 161

A protecccedilatildeo em territoacuterio moccedilambicano do pedido de registo internacional de marca eacute recusada sempre que se verifique qualquer fundamento de recusa previsto no presente Coacutedigo

ARTIGO 162

l Aplicam-se agraves marcas internacionais as disposiccedilotildees previstas no artigo 138 do presente Coacutedigo

2 Os prazos para apresentaccedilatildeo da declaraccedilatildeo de intenccedilatildeo de uso contam-se a partir da data do registo internacional

3 Para efeitfgts do disposto no nuacutemero anterior entende-se por data de registo a data de inscriccedilatildeo do pedido de registo internacional de marca pela Secretaria Internacioacutenal da Organizaccedilatildeo Mundial da Propriedade Intelectual no seu banco de dados

CAPIacuteTULO V

Denominaccedilatildeo de origem e Indicaccedilatildeo geograacutefica

SECCcedilAtildeO I

Disposiccedilotildees gerais

ARTIGO 163

Aquisiccedilatildeo do direito

l O direito de propriedade sobre uma indicaccedilatildeo geograacutefica ou

uma denominaccedilatildeo de origem adquire-se com o registo efectuadoacute

em conformidade com as disposiccedilotildees do presente Coacutedigo

2 As indicaccedilotildees g~ograacuteficas e as denominaccedilotildees de origem

registadas constituem propriedade comum dos residentes ou

estabelecidos na localidade regiatildeo ou territoacuterio de modo efectivo

c podem ser usadas indistintamente por aqueles que na respectiva

aacuterea exploram qualquer ramo de produccedilatildeo caracteriacutestica quando

autorizados pelo titular do registo

3 O exerciacutecio deste direito natildeo depende da importacircncia da

exploraccedilatildeo nem da natureza dos produtos nem da pertenccedila a

qualquer associaCcedilatildeo podendo consequentemente a indicaccedilatildeo

geograacutefica ou a denominaccedilatildeo de origem aplicar-se a quaisquer

produtos caracteriacute~ticos e originaacuterips da localidade regiatildeo ou

territoacuterio nas condiccedilotildees tradicionais e usuais ou devidamente

regulamentadas

4 A propriedade da indicaccedilatildeo geograacutefica ou da denominaccedilatildeo

de origem eacute intransmissiacutevel

ARTIGO 164

Acircmbito territorial e duraccedilatildeo

l Os direitos conferidos por uma indicaccedilatildeo geograacutefica

registada ou por uma denominaccedilatildeo de origem registada abrangem

todo o territoacuterio nacional

2 A indicaccedilatildeo geograacutefica e a denominaccedilatildeo de origem tecircm

turaccedilatildeo ilimitada

ARTIGO 165

Lista das denominaccedilotildees de origem e das Indicaccedilotildees

geograacuteficas registadas

O Instituto da Propriedade Industrial adiante designado

por IPI manteacutem um registo actualizado das indicaccedilotildees geograacuteficas

e das denominaccedilotildees de origem registadas

ARTIGO 166

Menccedilotildees e slmbolos

1 As menccedilotildees denominaccedilatildeo de origem registada ou DO

e indicaccedilatildeo geograacutefica registada ou IG devem constar da

rotulagem dos produtos originaacuterios de Moccedilamgtique que sejam

comercializados no territoacuterio nacional 01 no exterior

2 As menccedilotildees e sfmbolos associados referidos no rIacute0 1 podem

igualmente constar da rotulagem dos pr9dutos originaacuterios de

paiacuteses terceiros desde que tenham sido reconhecidos nos termos

do presente Coacutedigo

62 2811249 I ares on EM-306-2011 mpresso em 922016 as 1259 4 3

3 Os siacutembolos assoeacuteiados agraves menccedilotildees denominaccedilatildeo 4 Sempre que o pedido diga respeito a uma aacuterea geograacutefica

de origem registada ou indicaccedilatildeo geograacutefica regstada

satildeo aprovados por despacho do Ministro que superintende a aacuterea

da propriedade industrial

SECCcedilAtildeO 11

Processo de registo

~RTIGO 167

Legitimidade parl a apresentaccedilllo do pedido

I Os actos e termos do processo soacute podem ser promovidos a) Pelo agrupamento interessado ou titular do direito se

for estabelecido ou domiciliado em Moccedilambique atraveacutes do seu representante legal ou de trabalhador credenciado para o efeito

b) PorAgente Oficial da Propriedade Industrial devidamente investido pelo IPI

2 Os agrupamentos que natildeo forem estabelecidos ou domicil iados em Moccedilambique soacute podem apresentar o pedido de registo de uma denominaccedilatildeo de origem ou indicaccedilatildeo geograacutefica atraveacutes decirc um Agente Oficial da Propriedade Industrial investido pelo IPI

3 Para efei tos do presente Coacutedigo entende-se por laquoagrupamentoraquo qualquer organizaccedilatildeo indepenientemente da sua forma juriacutedica ou composiccedilatildeo de produtores ou de transformadores do mesmo produto

4 No caso de uma denominaccedilatildeo que designe uma aacuterea geograacutefica transfronteiriccedila ou de uma denominaccedilatildeo tradicional relacionada com uma aacuterea geograacutefica transfronteiriccedila vaacuterios agrupamentos podem apresentar um pedido conjunto

S Uma pessoa singular ou colectiva pode ser equiparada a um agrupamento se ficar demonstrado que as seguintes condiccedilotildees ~atildeo satisfeitas cumulativamente

a) A pessoa em causa eacute o uacutenico produtor na aacuterea geograacutefica delimitada que deseja apresentar um pedido

b) A aacuterea geograacutefica delimitada possui caracteriacutesticas substancialmente diferentes das aacutereas vizinhas ou as

caracteriacutesticas do produto diferem dos produzidos em aacutereas vizinhas

6 Os agrupamentos apenas podem apresentar pedido de registo relativo aos produtos por el~s produzidos ou obtidos

ARTIGO 168

Requisitos

1 O pedido de registo eacute feito em requerimento formulado em impresso proacuteprio acompanhado do comprovativo do pagamento da taxa correspondente

2 O requerimento referido no nuacutemero anterior eacute dirigido ao IPI devendo conter

a) O nome e o endereccedilo do agrupamento requerente b) O caderno de especificaccedilotildees c) O documento uacutenico

3 O documento uacutenico indicado na aliacutenea c) do nuacutemero anterior deve conter sucintamente

a) A denomirraccedilatildeo descriccedilatildeo do produto incluindo se necessaacuterio as regras especificas aplicaacuteveis ao seu acondicionamento e rotulagem e a descriccedilatildeo sucinta da delimitaccedilatildeo da aacuterea geograacutefica

b) A descriccedilatildeo da relaccedilatildeo do produto com o meio geograacutefico ou com a origem geograacuteficjl conforme o caso incluindo se for o caso os elementos especiacuteficos da descriccedilatildeo do produto ou do meacutetodo de produccedilatildeo que justificaacutem a relaccedilatildeo

situada num pafs tercei ro o pedido de registo observa os elementos previstos po presente artigo e pela prova de que a denominaccedilatildeo em questatildeo estaacute protegida no seu paiacutes de origem

5 O pedido deve ser redigido em liacutengua portuguesa o u se forem apresentados numa outra liacutengua devem ser acompanhados da respectiva traduccedilatildeo oficial emmiddot lfngua portuguesa

ARTCGO 169

Caderno de especificaccedilotildees

1 Para poder beneficiar dmiddote uma denominaccedilatildeo de origem ou de umaindicaccedilatildeo geograacutefica registada o produto deve obedecer a um caderno de especificaccedilotildees

20 caderno de especificaccedilotildees deve conter

a) O nome do produto incluindo a denominaccedilatildeo de origem ou a indicaccedilatildeo geograacutefica

b) A descriccedilatildeo do produto incluindo as mateacuterias-primas se for caso disso e as principais caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas microbioloacutegicas ou organol~pticas do produto

c) A delimitaccedilatildeo da aacuterea geograacutefica d) Os elementos que provam que o produto eacute originaacuterio

da aacuterea glograacutefica delimitada e) A descriccedilatildeo do meacutetodo de obtenccedilatildeo do produto e

se necessaacuterio os meacutetodos locais leais e constantes bem comoos elementos referentes ao seu acondicionamento sempre que o agrupamento requerente determine e j ustifique que o acQndicionamento deve ser realizado na aacuterea geograacutefica delimitada a fim de salvaguardar a qualidade ou ga13ntir a origem ou assegurar o controlo

3 Natildeo havendo demarcaccedilatildeo dos limites da aacuterea geograacutefica a que uma denominaccedilatildeo de origem ou indicaccedilatildeo geograacutefica respeitam satildeo tais limites declarados pela autoridade da zona reconhecida oficialmente como tal e responsaacutevel pelo local e ramo de produccedilatildeo respectivos tendo em conta os usos e costumes e ainda os superiores interesses da economia nacional ou regional

4 O caderno de especificaccedilotildees deve conter igualmente os elementos que justificam

a) A relaccedilatildeo entre a qualidade o u as caracteriacutesticas do produto e o meio geograacutefico referido para o middotcaso de uma denominaccedilatildeo de origem ou

b) A relaccedilatildeo entre uma qualidade determinada a reputaccedilatildeo ou o utra caracteriacutestica do produto e a origem geograacutefica para o caso de uma indicaccedilatildeo geograacutefica

c) O nome e o endereccedilo das autoridades ou organismos que verificam a observacircncia das disposiccedilotildees do caderno de especificaccedilotildees e as suas responsabilidades especiacuteficas

d) As eventuais regras especiacuteficas de rotulagem do produto em questatildeo

e) As eventuais exigecircncias fixadas poroutras regulamentaccedilotildees nacionais

ARTIGO 170

Verificaccedilatildeo da observacircncia do caderno de especificaccedilotildees

I No que respeita a indicaccedilotildees geograacuteficas e a denominaccedilotildees de origem rdativas a aacutereas geograacuteficas situadas em Moccedilambique a verificaccedilatildeo da observacircncia do caderno de especificaccedilotildees anterior agrave colocaccedilatildeo do produto no mercado eacute garantida por autoridades competentes a designar em legislaccedilatildeo complementar ou pelos organismos de controlo que funcionem como organismos de certificaccedilatildeo de produtos

6228 1 1 2 4 9 I ames on EM -306-2011 Ir1pr esso ebull~ 92 2016 as 12 59 4 3

2 No que respeita a den9minaccedilotildees de origem c a indicaccedilotildees geograacuteficas relativas agraves aacutereas geograacuteficas situadas fora de Moccedilambique a verificaccedilatildeo da observacircncia do caderno de especficaccedilotildees anterior agrave colocaccedilatildeo do produto no mercado eacute garantida pelas autoridades competentes designadas pelo paiacutes terceiro ou por entidades designadas par( o efeito

3 Os custos da verificaccedilatildeo da observaacutencia do caderno de especificaccedilotildees satildeo suportados pelos operadores sujeitos aos controlos em questatildeo

4 As autoridades referidas nos middotn 1 e 2 devem oferecer garantias adequadas de objectividade e de imparcialidade c ter ao seu dispor o pessoal qualificado e os recursos necessaacuterios para o desempenho das suas funccedilotildees de verificaccedilatildeo da observacircncia dos cadernos de especificaccedilotildees em causa

ARTIGO 17 1

Aprovaccedilatildeo de alteraccedilotildees ao caderno de especificaccedilotildees

1 Qualquer agrupamento que satisfaccedila as condiccedilotildees previstas e que tenha um interesse legiacutetimo pode solicitar a aprovaccedilatildeo de uma alteraccedilatildeo ao caderno de especificaccedilotildees nomeadamente para ter em conta a evoluccedilatildeo dos conhecimentos cientiacuteficos e teacutecnicos ou para rever a delimitaccedilatildeo da aacuterea geograacutefica

2 O pedido deve descrever as alteraccedilotildees propostas e apresentar a respectiva justificaccedilatildeo

3 Sempre que a alteraccedilatildeo decirc origem a uma ou vaacuterias alteraccedilotildees do documento uacutenico o pedido de aprovaccedilatildeo de uma alteraccedilatildeo fica sujeito ao procedimento previsto nos artigos 21 167 172 173 177 e 178do presente Coacutedigo

middot4 Se as alteraccedilotildees propostas forem menores o IPI decide da aprovaccedilatildeo da alteraccedilatildeo sem seguir o procedimento previsto no nuacutemero anterior

5 Considera-se menor a alteraccedilatildeo que natildeo

a) Vise as caracteriacutesticas essenciais do produto b) Altere a relaccedilatildeo c) Inclua uma a lteraccedilatildeo do nome do produto ou de uma

parte do no me do produto d) Afecte a aacuterea geograacutefica delimitada e) Corresponda a um aumento das restriccedilotildees impostas

ao comeacutercio do produto ou das suas mateacuterias-primas

6 Em caso de aprovaccedilatildeo o IPI procede agrave publicaccedilatildeo noBoletim da Propriedade Industrial do respectivo documento tinico e a referecircncia da publicaccedilatildeo do caderno de especificaccedilotildees

ARTIGO 172

Exame do Pedido

No exame do pedido o IPI verifica se o mesmo preenche os requisitos previstos nos artigos 168 e 169 do presente Coacutedigo

ARTIGO 173

Publicaccedilatildeo

Estando os requisitos preenchidos o IPI manda publicar o pedido de registo acompanhado do documento uacutenico no Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 174

Protecccedilla Provisoacuteria

1 O pedido de registo d a denominaccedilatildeo de origem ou da indicaccedilatildeo geograacutefica confere provisoriamente ao requerente a partir da respectiva publicaccedilatildeo no Boletim damiddot Propriedade Industrial protecccedilatildeo idecircntica agrave que seria atribuiacuteda pela concessatildeo do diteito para ser considerada no caacutelcufo de uma eventual indemnizaccedilatildeo

2 A protecccedilatildeo provisoacuteria a que se refere o nuacutemero anterior eacute oponiacutevel ainda antes da publicaccedilatildeo a quem tenha s ido notificado da apresentaccedilatildeo do pedido e recebido os elementos necessaacuterios constantes do processo middot

3 As sentenccedilas relativas a acccedilotildees propostas com base na protecccedilatildeo provisoacuteria natildeo podem ser proferidas antes da concessatildeo ou da recusa definitiva do registo da denominaccedilatildeo de origem ou da indicaccedilatildeo geograacutefica suspendendo-se a instacircncia finda a fase dos articulados

ARTIGO 175

l Satildeo fundamentos gerais de recusa

a) A falta de pagamento de taxas b) A natildeo apresentaccedilatildeo dos elementos necessaacuterios para uma

completa instruccedilatildeo do processo c) A inobservacircncia de formalidades ou procedimentos

imprescindiacuteveis para a concessatildeo do direito d) A natildeo comprovaccedilatildeo do uso efectivo do nome ou a

natildeo existecircncia de relaccedilatildeo entre 9 produto e a regiatildeo de origem

2 Nos casos previstos no nuacutemero anterior o requerente deve ser notificado para efeitos de regularizaccedilatildeo do pedido no prazo de trinta dias

3 omiddot registo da qenominaccedilatildeo de origem ou da indicaccedilatildeo geograacutefica eacute recusado quando

a) Seja requerido por pessoa sem legitimidade para o adquirir

h) Natildeo constitua denominaccedilatildeo de origem ou indicaccedilatildeo geograacutefica

c) Gonstitua reproduccedilatildeo ou imitaccedilatildeo de denominaccedilatildeo de origem ou delt_ indicaccedilatildeo geograacutefica anteriormente registadas

d) O nome do produto se tenha tornado geneacuterico para os produtos designados pelo mesmo

e) Tenha sido cancelado ou caiacutedo em desuso no seu paiacutes de origem middot

) Entre em conflito com o nome de uma variedade vegetal ou de uma raccedila animal

g) Seja susceptiacutevel de induzir o puacuteblico em erro nomeadamente sobre a natureza a qualidade e a proveniecircncia geograacutefica do respectivo produto

11) Seja ofensivo agrave lei agrave ordem puacuteblica ou aos bons costumes i) Possa favorecer actos de concorrecircncia desleal

4 Para efeitos do di sposto na aliacutenea d) do nuacutefnero anterior entende-se por laquonome que se tenha tornado geneacutericoraquo o notne de um produto que embora corresponda ao local ou agrave regiatildeo onde esse produto foi inicialmente produzido ou comercializado passou middota ser a denominaccedilatildeo comum desse produto em Moccedilambique

ARTIGb 176

Conflito com marcas

l Natildeo eacute registaacutevel a denominaccedilatildeo de origem ou a indicaccedilatildeo geograacutefica cuja utilizaccedilatildeo atendendo agrave rep~taccedilatildeo agrave notoriedade e agrave duraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo d~ umamiddot marca for susceptiacutevel de induzir o consumidor em erro quanto agrave verdadeira identidade do produto

2 Eacute recusado o pedido de registo de uma marca semelhante ou idecircntica agrave uma denominaccedilatildeo de origem ou uma indicaccedilatildeo geograacutefica registada ao abrigo do presente Coacutedigo ou com data de depoacutesito anterior

3 Satildeo anulaacuteveis as marcas registaoas que contrariem o disposto no nuacutemero anterior

62 2811249 ames on ll~-306 - 2011 I trpresso em 9 2 2 016 as 1259 43

AcircRTIGO 177 ARTIGO 182

Denominaccedilatildeo de origem ou Indicaccedilatildeo geograacutefica homoacuten~ma

I O registo de uma denominaccedilatildeo de origem ou de uma indicaccedilatildeo geograacutefica homoacutenima ou parcialmente homoacutenima a uma jaacute registada em conformidade com o presente Coacutedigo deve tomar em consideraccedilatildeo as praacuteticas locais e tradicionais e o risco efectivo de confusatildeo

2 A utilizaccedilatildeo de uma denominaccedilatildeo de origem ou de uma indicaccedilatildeltgt seograacutefica homoacutenima registada soacute eacute autorizada em condiccedilotildees praacuteticas que assegurem que aquela que tive sido registada posteriormente seja suficientemente diferenciada da anterior tendo em conta a necessidade de garantir um tratamento equitativo aos produtores em causa e de natildeo induzir o consumidor em erro

ARTIGO 178

Oposlccedillo

I No prazo de trinta dias a contar da data de publicaccedilatildeo do pedido no Boletim da Propriedade Industrial qualquer p~ssoa singular ou colectiva com um interesse legiacutetimo pode apresentar oposiccedilatildeo mediante requerimento dirigido ao Director-Geral mediante o pagamento da respectiva taxa

2 O IPI envia a coacutepia da oposiccedilatildeo ao requertltnte notificando-o para apresentar alegaccedilotildees no prazo de sessenta dias

3 Os prazos indicados nos n 1 e 2 do presente artigo soacute podem ser prorrogados unicamente por trinta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva tax~

4 A falta de apresentaccedilatildeo de alegaccedilotildees nos prazos fixados nos nbullbull 2 e 3 acima equivale agrave desistecircncia do pedido pelo requerente

5 Caso o requerente e o reclamante ccedilheguem a acordo no prazo de sessenta dias referido no n0 1 o IPI procede de novo ao exame se os elementos publicados tiverem sido alterados

ARTIGO 179

Exame e decisatildeo

L Se natildeo for alcanccedilado nenhum acordo ou quando se mostre finda a discussatildeo o IPI procede ao estudo do prltCesso

2 Se natildeo for dado provimento agrave oposiccedilatildeo ou se se considerar que as exigecircncias do presente Coacutedigo estatildeo satisfeitas o registo eacute coacutencedido

ARTIGO 180

Publicaccedilatildeo da decisatildeo

I A decisatildeo eacute publicada no Boletim da Propriedade Industrial conjuntamente com o documento uacutenico e a referecircncia da publicaccedilatildeo do caderno de especificaccedilotildees

2 A publicaccedilatildeo no Boletim da Propriedade Industrial produz efeitos de notificaccedilatildeo directa agraves partes e salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio marca o infcio dos prazos previstos neste Coacutedigo

ARTIGO 181

~odlflcaccedillo da decislo

L Se no prazo de sessenta dias apoacutes a publicaccedilatildeo de um despacho se reconhecer que este deve ser modificado o processo eacute submetido a despacho do DirectorGeral com informaccedilatildeo dos factos de que tenha havido conhecimento e que aconselhem a revogaccedilatildeo da decisatildeo proferida

2 As partes interessadas satildeo imediatamente notificadas do despacho referido no nuacutemero anterior

Alteraccedilatildeo ou correcccedilatildeo de elementos nlo essenciais da decisatildeo

1 Qualquer alteraccedilatildeo ou correcccedilatildeo que natildeo afecte os elementos essenciais da denominaccedilatildeo de origem ou da indicaccedilatildeo geograacutefica pode ser autorizada no mesmo processo

2 As alteraccedilotildees ou correcccedilotildees a que se refere o nbull 1 satildeo publicadas no Boletim da Propriedade Industrial para efeitos de recurso e averbadas nos respectivos processos

ARTIGO 183

Prova dos direitos

1 A prova de denominaccedilatildeo deorigem registada ou de indicaccedilatildeo geograacutefica registada faz-se por meio de certificado

2 Os modelos dos certificados de registo de denominaccedilatildeo de or~gem ou de indicaccedilatildeo geograacutefica satildeo aprovados por despacho do Ministro que superintende a aacuterea da propriedade industrial

3 Os ceTtificados de denominaccedilatildeo de origem registada ou de indicaccedilatildeo geograacutefica registada emitidos por organizaccedilotildees internacionais para produzir efeitos em Moccedilambique tecircm o valor dos certificados a que se referem os nuacutetneros anteriores

4 As partes ou quaisquer outros interessado~podem requerer junto do IPI que lhes seja passada certidatildeo do despacho final que incidiu sotildebreo pedido e respectiva fundamentaccedilatildeo mesmo antes de publicado o corre~pondente aviso no Boletim da Propriedade Industrial bull mediante o pagamento da respectiva taxa

5 Qualquer interessado pode tambeacutem requerer certidatildeo das inscriccedilotildees efectuadas e dos documentos e processos arquivados bem como dos elementos agravepresentados com os pedidos de registo de denominaccedilatildeo de origem ou de indicaccedilatildeo geograacutefica mediante Q pagamento da respectiva taxa

6 A pedido do requerell$e ou do titular do direito e mediante o pagamento da respectiva taxa satildeo passadas

a) Certidotildees de depoacutesito b) Certificados de registo de denominaccedilatildeo de origem

ou de indicaccedilatildeo geograacutefica conceltlidos pororgaryizaccedilotildees internacionais para produzir efeitos em Moccedilambique

ARTIGO 184

Averbamentos

1 Estatildeo sujeitos a averbamento no lPI

a) As acccedilotildees judiciais de nulidade ou de anulaccedilatildeo de denominaccedilatildeo de origem oude indicaccedilatildeo geograacutefica

b) Os factos ou decisotildees que modifiquem uma denominaccedilatildeo de origem ou indicaccedilatildeo geograacutefica

2 Os factos referidos no nuacutemero anterior soacute produzem efeitos erp relaccedilatildeo a terceiros depois da data do respectivo averbamento

3 Os factos sujeitos a averbamento ainda que natildeo averbados podem ser invocados entre as proacuteprias partes ou seus sucessores

4 O averbamento eacute efectuado a requerimento de qualquer dos interessados instruiacutedo com os documen~os comprovativos do facto a que respeitam

5 Os factos averbados satildeo tambeacutem inscritos no tiacutetulo quando exista ou em documento anexo ao mesmo

6 Do averbamento publica-semiddot aviso no Boletim da Propriedade lnd ustrial

ARTIGO 185

Verificaccedilatildeo de estabetecimerttos

Com vista ao esclarecimento das a legaccedilotildees produzidas no processo aplica-se com as necessaacuterias adaptaccedilotildees o disposto no artigo 13 do presente C~igo

622811249 I ames on EM-306-2011 Impresso em 92 2016 as 12 59 43

Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direitos reseVados 794-(384) SEacuteRIE- NUacuteMERO 04

ARTIGO 186 2 A disposiccedilatildeo da aliacutenea a) do nuacutemero anterior natildeo impede

Cancelamento

1 A inobservacircncia das condiccedilotildees definidas no caderno deespecificaccedilotildees de um produto que beneficie de uma denominaccedilatildeo de origem ou de indicaccedilatildeo geograacuteficamiddot regis tada acarreta o cancelamento do registo

2 Qualquer pessoa singular ou colectiva que tenha um interesse legiacutetimo pode requerer o cancelamento do registo fundamentando o seu pedido

3 Ao processo d e cancelamento do registo apl ica-se com as necessaacuterias adaptaccedilotildees o procedimento previsto nos artigos 167172173175 e 176 do presente CoacutedIacutego

CAPIacuteTULO VI

Nome comercial liacutelome de estabelecimento e lnsfgnla de estabelecimento

ARTIGO 187

Objecto do Registo

1 O nome comercial tem porobjecto a firma ou denominaccedilatildeo de uma entidade que serve para a sua designaccedilatildeo e individualidade exclusiva da mesma

2 O nome de estabelecimento tem por objecto a denominaccedilatildeo que serve para identificar o local de fabricaccedilatildeo processamento armazenagem ou comercializaccedilatildeo de produtos e de prestaccedilatildeo de serviccedilos

3 As insiacutegnias de estabelecimento tecircm por objecto os sinais graacuteficos que distinguem a fachada ~eestabelecimentos comerciais

ARTIGO 188

Direito ao nome comercial nome de estabelecimento

e illnsfgnla de estabelecimento

Tecircm direito ao nome comercial nome de estabelecimento e agrave insiacutegnia de estabelecimento todas as pessoas que tiverem legftimo interesse nomeadamente os agricultores criadores industriais comerciantes desde que domiciliadas ou estabelecidas no paiacutes

ARTIGO 189

Constltulccedillo do nome comercial e do nome do estabelecimento

Podem constituir middotnume comercial e nome de estabelecimento

a) As denominaccedilotildees de fantasi a ou especiacuteficas b) Os nomes histoacutericos salvo se do seu uso resultar ofensa

ou interpretaccedilatildeo diversa do seu verdadeiro significado c) Nome da propriedaae ou local do estabelecimento

quando e ste seja admissiacutevel ou acompanhado de um elemento distintivo

d) Nome firma o u denominaccedilatildeo social pseudoacutenimo ou alcunha do proprietaacuterio

ARTIGO 190

Exeluslo agrave protecccedilatildeo

1 Natildeo podem ser objecto ~e protecccedilatildeo como nome comercial ou nome de estabelecimento designadamente

a) O nome in di vidual firma ou denominaccedilatildeo social pertencente a terceiro salvo com consentimento do titular ou prova de legitimidade do seu uso

middotb ) Os nomes de estabelecimenta registados a favor de outrem

c) Os elementos constitutivos da marca protegidos por outrem

que duas ou ruais pessoas corn nomes iguais os incluam nos respectivos nomes comerciais contanto que sejam perfeitamente distinguacuteiacuteveis

ARTIGO 191

Constituiccedilatildeo da lnsfgnla de estabelecimento

1 A insiacutegnia de estabelecimento pode ser constituiacuteda por qualquer sinal externo composto de figuras ou desenhos simples ou combinados com nomes ou denominaccedilotildeer referidas no artigo 189 do preseJte Coacutedigo ou com outras palavras ou divisas contanto que o conjunto apresente uma forma ou configuraccedilatildeo especiacutefica como elemento distintivo e caracteriacutestico do estabelecimento

2 A ornamentaccedilatildeo de fachadas e da parte das lojas armazeacutens ou faacutebricas expostas ao puacuteblico bem como as cores de uma bandeira pode igualmente constituir insiacutegnia desde que individualize perfeitamente o respectivo estabelecimento

ARTIGO 192

Direitos conferidos pelo r_eglsto do nome comercial nome de estabelecimento e da lnsfgnla de eatabeleclmento

1 A propriedade e o uso exclusivo do nome comercial nome de estabelecimento e da insiacutegnia de estabelecimento satildeo garantidos pelo seu registo

2middot A prioridade de registo do nome comercial e do nome de estabelecimento no IPI eacute concedida agrave pessoa individual ou colectiva legalmente constituiacuteda com o mesmo nome

3 A titularidade do nome comercial do nome deestabelecimento e da insiacutegnia de estabelecimento confere igualmente o direito de impedir o seu uso ilegiacutetim~

4 Durante a vigecircncia do rcgisto o proprietaacuterio do estabelecimento ou a sociedade a que se reporta o nome comercial o nome de estabelecimento ou a insfgnia de estabelecimento tem o direito de lhe adicionar a designaccedilatildeo nome registado ou i n~iacutegnia registada ou as iniciais NRou ainda IR respectivamente

ARTIGO 193

Dever de Inalterabilidade

Durante a vigecircncia do registo e sob pena de caducidade o nome comercial o nome de estabelecimento e a insiacutegnia de estabelecimento devem conservar~se inalteraacuteveis na sua composiccedilatildeoou forma

A RTIGO 194

Pedido de registo do nome comercial nome de estabeleelmento e da lnsfgnla de estabelecimento

) O pedido do registo do nome comercial nome de es~belecimento e da insiacutegnia de estabelecimento faz-se atraveacutes de requerimento em formulaacuterio proacuteprio dirigido ao Director-Geral

2 O pedido deve conter

a ) O nome a firma ou adenominaccedilatildeo social do proprietaacuterio a sua nacionalidade o do miciacutelio e o local do estabelecimento

b) O nome comercial home de estabelecimento ou a insiacutegnia de estabelecimento que se pretende registar

c) A respectiva licenccedila para o exercfcio da actividade se o requerente for uma pessoafiacutesica que exerce qualquer actividade comercial ou industrial

d) Os respectivos estatutos sociais publicados no Boletim da Repuacuteblica ou a lcenCcedila para o exerciacutec io de actividade comercial ou industrial se o requerente for umapessoa juriacutedica

622811249 1 a mes o E~l-306 - 2011 Impresso em 9 22016 as 125943

3 DE DEZEMBRO DE 2015 Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direilos reservados 794 -(385)

3 Em relaccedilatildeo agrave insiacutegnia de estabelecimento o pedido deve conter duas representaccedilotildees graacuteficas

4 O registo de insiacutegnia de estabelecimento em que se in~luam referecircncias a quaisquer recompensas depende do preacutevio regiacutesto destas

5 Tendo o titular outros estabelecimentos pode aplicar quanto a estes o nome de estabelecimento ou a insiacutegnia de estabelecimento registados sem necessidade de qualquer outro regi~to

ARTIGO 195

Proteltccedilatildeo do nome comercial

Natildeo obstante qualquer disposiccedilatildeo legisla ti v a ou regulamentar que preveja a obrigaccedilatildeo de registar os nomes comerciais estes satildeo protegiCcedilos mesmo antes do registo contra qualquer acto iliacutecito cometido por terceiros

ARTIGO 196

Do pedido de protecccedilatildeo do nome comercial nome de estabelecimento e insiacutegnia de estabelecimento publica-se aviso no Boletim da Propriedade IndustJial para efeitos de oposiccedilatildeo porparte de quem cujo direito ou interessa a eventuai conces~o do registo seja susceptiacutevel de prejudicar

ARTIGO 197

Oposiccedilatildeo

1 Eacute permitida a oposiccedilatildeo ao pedido por qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela eventual concessatildeo do nome comercial nome de estabeleciment0 ou da insiacutegnia de estabelecimento no prazo de trinta dias a contar da data de publicaccedilatildeo do Boletim da Propriedade Industrial em que o aviso seja inserido mediante pagamento da respectiva taxa

2 O prazo referido no nuacutemero anterior pode ser prorrogado uma uacutenica vez por um periacuteodo maacuteximo de sessenta dias a pedido do interessado mediante pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 198

Aplica-se com as necessaacuterias adaptaccedilotildees o disposto no 131 do presente Coacutedigo

ARTIGO 199

Modificaccedilatildeo do nome comercial nome

de estabelecimento ou da Insiacutegnia de estabelecimento

1 O nome comercial o nome de estabelecimento ou a insiacutegnia de estabelecimento registados podem ser modificados a de pedido do interessado

2 As modificaccedilotildees introduzidas nos termos do nuacutemero anterior estatildeo sujeitas a agraveverbamento nos termos estabelecidos no presente Coacutedigo

ARTIGO 200

Duraccedilatildeo e renovaccedilatildeo da protecccedilatildeo

1 A protecccedilatildeo do nome comercial nome de estabelecimento eda insiacutegnia de est abelecimento tecircm a duraccedilatildeo de dez anos a contar da data do depoacutesito do pedido middot

2 A protecccedilatildeo referida no nuacutemero anterior pode ser renovada indefinidamente por periacuteodos i_guais mediante o pagamento da respectiva taxa

ARTIGO 201

Caducidade

Para aleacutem dos casos previstos no artigo 22 do presente Coacutedigo o registo do nome comercial nome de estabelecimento e da insiacutegnia de estabelecimento caduca

a) Por motivo de encerramento do estabelecimento respectivo

b) Por falta de uso durante trecircs anos consecutivos

ARTIGO 202

Transmissibilidade

1 O nome comercial eacute livremente transmissiacutevel por contrato inter-vivos e mortis causa

2 A transmissatildeo da propriedade do nome de estabelecimento e da insiacutegnia de estabelecimento soacute pode ocorrer em simultacircneo com a transmissatildeo do respectiv9 estabelecimento a que dizem respeito

CAPIacuteTULO VII

Logoacutetipos

ARTIG0203

Regime aplicaacutevel

Aplicam-se aos logoacutetipos as disposiccedilotildees aplicaacuteveis agraves insiacutegnias de estabelecimento com as necessaacuterias adaptaccedilotildees

ARTIG0 204

Prova de existecircncia da entidade

1 A prova de existecircncia efectiva da entidacl cujo logoacutetipo pretende fazer referecircncia e ocircem assim da justificaccedilatildeo dos elementos-constantes do logoacutetipo ou das xpressotildees que o acompanham faz-se atraveacutes ecircle qualquer documento constitutivo da existecircncia da entidad~ respectiva

2 Durante a vigecircncia do registo o seu titular pode adicionar no logoacutetipo a designaccedilatildeo Logoacutetipo Registado Log Reg ou a abreviatura LR

CAPfTULO VIII

Recompensas

SECCcedilAtildeO I

ARTIG0205

Tutela

Para que as recompensas incluiacutedas em qualquer marca nome comercial nome de estabelecimento ou insiacutegnia de estabelecimento ou aplicadas a produtos ou serviccedilos sejam tuteladas nos termos do presente Coacutedigo eacute necessaacuterio proceder ao seu registo

ARTIGO 206

Propriedade das recompensas

A propriedade de qualquer tipo de recompensas pertence agravequele a quem estas tenham sido conferidas nomeadamente aos industriais comerciantes agricultores e demais agentes econoacutemicos

ARTIGO 207

Pedido de registo

1 Osproprietaacuterios de recompensas referidos no artigo anterior ou os seus representantes podem requerer ao Director-Geral o respectivo registo

62 28 11 249 I ames on RM- 306-2011 I~presso em 92201 6 as 12 59 43

794-(386) Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direitos resetvados I SEacuteRIE-NUacuteMERO 104

2 Do requerimento referido no nuacutemero anterior devem constar os seguintes elementos

a) O nome a firma ou a denominaccedilatildeo social do prqprietaacuterio da recompensa a sua nacionalidade o domiciacutelio ou o lugar de estabelecimento

b) A indicaccedilatildeo das recompensas que constituem objecto do pedido e das entidades que as concederam

middotc) A indicaccedilatildeo dos produtos ou serviccedilos que mereceram a concessatildeo das recompensas

d) O nome comercial o produto ou os serviccedilos em cujas recompensas se pretende aplicar

SECCcedilAtildeO li

Uso e transmissatildeo

ARTIG0 208

Uso das recompensas

1 Aquele que legitimamente adquiriu uma recompensa pode fazer uso dela mesmo antes do seu registo

2 A referecircncia ou coacutepia soacute pode fazer-se acompanhar da designaccedilatildeo recompensa registada ou da abreviatura RR ou RR apoacutes oacute registo

ARTIG0209

Transmlssilo

A transmissatildeo da propriedade das recompensas soacute pode efectuar-se de harmonia com as formalidades legais exigidas para a transmissaoacute dos bens a que respeitam ou de que satildeo acessoacuterio

Extinccedilatildeo do registo

ARTIGO 210

Anulabilidade

1 Para aleacutem do disposto no artigo 22 do presente diploma o registo da recompensa eacute anulado

a) Quando for anulado ou revogado o respectivo tiacutetulo de condecoraccedilatildeo ou distinccedilatildeo

b) Se se verificar que a recompensa foi obtida por meio de um acto iliacutecito

2 Tecircm legiti midade para requerer a anulabilidade da recompensa as entidades referidas na aliacutenea r) do artigo 1 do presente Coacutedigo

ARTIGO 21 1

EfeHos da anulabilidade

A declaraccedilatildeo de aoulabilidade do registo da recompensa extingue o direito ao seu uso

TITULO III

lnfracccedil6ea

SECCcedilAtildeO I

Tipificaccedilatildeo das infracccedilotildees

ARTIG0212

Vlolaccedilio dos direitos da propriedade Industrial

Para os efeitos do presente Coacutedigo constitui violaccedilatildeo dos direitos da propriedade industrial a praacutetica dos seguintes actos

q) Concorrecircncia desleal b) Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos da patente c) Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos do desenho industrial

d) Contrafacccedilatildeo e uso iliacutecito da marca e) Invocaccedilatildeo ou uso ilegal da recompensa j) Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos do nome comercial noine

de estabelecimento e insiacutegnia de estabelecimento g) Uso ileg_al de logoacutet~po h) Invocaccedilatildeo ou uso indevido dos direitos privativos 1) Contrafacccedilatildeo imitaccedilatildeo uso ilegal e iliacutecito da denominaccedilatildeo

de origem e da iJldicaccedilatildeo geograacutefica

ARTIGO 213

Concorrecircncia desleal

1 A praacutetica de actos contraacuterios aos bons usos e costumes da actividade industrial comercial ou de serviccedilos constitui acto de concorrecircncia desleal

2 Comete infracccedilatildeo de concorrecircncia desleal aquele que nomeadamente

a) Expor vender colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo um produto declarando ser objecto de patente depositadagrave ou concedida ou de desenho industrial registado que natildeo o seja ou mencionar em anuacutencios de qualquer natureza ou em papel comercial como depositado ou patenteado ou registado sem o ser

b) Expor vender colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo um produto com uma marca um logoacutetipo um nqme comercial ou uma insiacutegnia de estabelecimento uma recompensa uma indicaccedilatildeo geograacutefica oacuteu uma denominaccedilatildeo de origem declarando ter sido registado ou depositado sem o ser ou mencionar em anuacutencios de qualquer natureza ou em papel comercial como d~positado ou reamp_stado sem o ser

c)Praticar actos susceptfveis de criar confusatildeo de qualquer modo com o ~estabelecimento produtos serviccedilos

middot ou actividades industriais ou comerciais de um concorrente

d) Invocar ou fazer referecircncia a um nome comercial nome de estabelecimento insiacutegnia de estabelecimento ou marcas alheios sem a autorizaCcedilatildeo do egftimo titular com o fim de beneficiar do creacutedito ou da reputaccedilatildeo dos mesmos middot

e) Afinniacutelr ou informar falsamente no exerciacutecio do comeacutercio de modo a fazer desacreditar o estabelecimento serviccedilo ou actividade industrial ou comercial de um concorrente

j) Induzir o puacuteblico em erro sobre a natureza a qualidade o modo de fabrico as caracteriacutesticas e a utilizaccedilatildeo dos produtos e serviccedilos no e xerciacutecio da actividade comercial

g) Utilizar directa ou indirectamente uma falsa indicaccedilatildeo relativa agrave proveniecircncia de um produto ou serviccedilo ou da iclentidade do produtor fabricante ou comerciante

h) Utilizar directa ou indirectamente uma denominacatildeo de origem falsa ou imitar uma denominaccedilatildeo de origem mesmo se a origem verdadeira do produto for indicada ou se a denominaccedilatildeo for utilizada acompanhada das expressotildees como geacutenero tipo modo imitaccedilatildeo ou similares

i) Suprimir ocultar ou alterar a denominaCcedilatildeo de origem ou a indicaccedilatildeo geograacutefica dos produtos ou da marca registada do produtor ou do fabricante em produtos destinados agrave venda e que natildeo tenham sofrido modificaccedilatildeo no seu acondicionamento

3 Comete igualmente a infracccedilatildeo de concorrecircncia desleal aquele que subtrair divulgar ou utilizar informlccedilotildees ou dados

6228 11 2 49 ames on E~l-306-2011 Impresso em 922016 as 1 2 5943

confidenciais sobre a produccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de determinados produtos ou processos ou sobre a prestaccedilatildeo de serviccedilos de um concorrente sem o consentimento do mesmo de maneira contraacuteria a praacuteticas comerciais honestas desde que tal informaccedilatildeo

a) Seja secreta no sentidp de que natildeo seja con~ecida nem facilmente acessiacutevel a pessoas de ciacuterculos que normalmente lidam com o tipo de informaccedilatildeo em questatildeo seja como um todo seja na configuragraveccedilatildeo e montagem especiacuteficas de seus componentes

b) Tenha valor comercial por ser secreta c) middotTenha sido objeckl de precauccedilotildees razoaacuteveis fas

circunstacircncias pela pessoa legalmente sob controlo da informaccedilatildeo para mantecirc-la secreta

4 As infracccedilotildees indicadas no nuacutemero anterior satildeo punidas com uma multa de cento e doze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular c duzentos e vinte e quatro salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIGO 214

Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de patente

1 Comete infracccedilatildeo de violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de patente aquele que

a) Produzir bens que sejam objecto de patente de invenccedilatildeo ou modelo de utilidade sem a autorizaccedilatildeo do seu titular

b) Usar o produto ou o processo objecto de patente sem a permissatildeo do legiacutetimo titular

c) Exportar ou importar colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo ou ocultar de maacute-feacute produtos obtidos por qualquer dos modos referidos nas aliacuteneas anteriores

d) Proceder agrave divulgJccedilatildeo da patente de invenccedilatildeo sem a permissatildeo do legiacutetimo titular

2 A infracccedilatildeo indicada no nuacutemero anterior eacute punida com uma multa de oitenta e nove salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e duzentos salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIGO 215

Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de desenho Industrial

l Comete infracccedilatildeo de violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de desenho industrial aquele que

a) Utilizar reproduzir ou imitar total ou parcialmente desenhos industriais sem a autorizaccedilatildeo do respectivo titular

b) Exportar importar colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo um desenho industrial registado sem o consentimento do respectivo titular

c) Produzir bens que incorporem um desenho industrial registado sem o consentimento do respectivo titular

d) Exportar importar colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo ou ocultar de maacute-feacute produtos que incorporem um desenho industrial registado sem o consentimento do respectivo titular

2 A infracccedilatildeo indicada no nuacutemero anterior eacute punida com uma multa de trinta e trecircs salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e cento e doze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIGO 216

Contrafacccedillio e uso lllclto de marca

l Comete infracccedilatildeo de contrafacccedilatildeo de marca todo aquele que

a) Reprodui ir to tal ou parcialmente a marca registada sem autorizaccedilatildeo do respectivo titular

b) Alterar a marca registada de outrem jaacute aposta em produto colocado no mercado

c) Usar marca contrafeita ou imitada d) Usar reproduzir ou imitar uma marca notoriamente

conhecida ou de prestiacutegio e) Utilizar a marca para identificar procircdutos ou serviccedilos

distintos dos do titular da marca registada de modo a iludir o consumidor sobre a origem dos mesmos

f) Exportar importar vender ou colocar agrave ve~a ou em circulaccedilatildeo produtos ou artigos com marca contrafeita imitada ou usada nos termos das aliacuteneas anteriores

2 Comete infracccedilatildeo de uso iliacutecito de marca todo aquele que

a) Utilizar para identificaccedilatildeo dos seus produtos ou serviccedilos uma marca natildeo autorizada ou cujo pedido de registo tenha sido indeferido pel~ IPI

b) Usar uma marca com expressotildees ou figuras contraacuterias ao presente Coacutedigo e agrave ordem puacuteblica ou ofensivas dos bons costumes

c) Exportar importar vender ou colocar agrave venda ou em circulaccedilatildeo produtos ou artigos com marca proibida

3 As infracccedilotildees indicadas nos nuacutemeros anteriores satildeo punidas com uma multa de cento c doze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e duzentos e vinte quatro salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIGO 217

Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de nome comercial nome de estabelecimento e de Insiacutegnia de estabelecimento

l Comete infracccedilatildeo de violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de nome comercial nome e insiacutegnia de estabelecimento todo aquele que

a) Usar no seu es4belecimento em anuacutencios na correspondecircncia nos produtos ou serviccedilos ou por qualquer outra forma nome comercial ou insiacutegnia de estabelecimento que constitua reproduccedilatildeo ou que seja imitaccedilatildeo de nome co~ercial ou insiacutegnia de estabelecimento jaacute registados por outrem sem a autorizaccedilatildeo do legiacutetimo titular

b) Expor vender colocar agrave venda ou deter produtos com referecircncias a um nome comercial ou insiacutegnia de estabelecimento sem a autorizaccedilatildeodltgt legiacutetimo titular

2 A infracccedilatildeo indicada no nuacutemero anterior eacute punida com uma multa de onze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e vinte e dois salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIGO 2J8

Uso Ilegal de logoacutetipo

Aquele que ilegalmente usar em impressos no seu estabelecimento em produtos ou por qualquer outra forma sinal que constitua reproduccedilatildeo ou imitaccedilatildeo de logotipo jaacute registado por outrem eacute punido com uma multa de onze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e vi~te e dois salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIG0219

lnvocaccedillo ou uso Indevido de direitos privltlvos

1 Constitui invoca)atildeO ou uso indevidq de direitos privativos

a) Apresentar-se como titular de um direito ~e industrial sem que o mesmo lhe pertenccedila tenha sido declarado nulo ou caduco ou quando o pedido de registo tiver sido indeferido

622811249 I ames o~ EM-306 - 2011 represso e m 9220 16 as 125943

b) Sendo titular deum direito de propriedade industrial utilizar os seus direitos privativos para produtos ou serviccedilos diferentes daqueles que o_registo protege

2 A infracccedilatildeo indicada no nuacutemero anterior eacute punida com uma multa de quarenta e quatro salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e oitenta e oito salaacuteriosmiddot miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico

ARTIG0220

lmltaccedililo e uso IUclto da denominaccedilatildeo de origem e da lnecircllcaccedililo geograacutefica

I Comete infracccedilatildeo de contrafacccedilatildeo imitaccedilatildeo e uso ilegal da denominaccedilatildeo de origem e da indicaccedilatildeo geograacutefica todo aquele que

middota) Reproduzir ou imitar total ou parcialmente uma denominaccedilatildeo de origem ou uma indicaccedilatildeo geograacutefica registada

b) Natildeo tendo direito a uma denominaccedilatildeo de origem ou de umamiddot indicaccedilatildeo geograacutefica utilizar nos seus produtos sinais que constituam reproduccedilatildeo imitaccedilatildeo ou traduccedilatildeo das mesmas mesmo que seja indicadamiddot a verdadeira origem dos produtos ou que a denominaccedilatildeo ou a indicaccedilatildeo seja acompanhada de expressotildees como geacutenero tipo qualidade maneira imitaccedilatildeo rival de superior agrave ou outras semelhantes

c) Fabricar importar exportar vender expor ou oferecer a venda ou armazenar produto que apre$Cnte faha indicaccedilatildeo geograacutefica e denominaccedilatildeo de origem

2 Comete infracccedilatildeo de uso iliacutecito de uma denominaccedilatildeo de origem ou de uma indicaccedilatildeo geograacutefica todo aquele que

a) Utilizar para a identificaccedilatildeo dos seus produtos ou serviccedilos uma denominaccedilatildeo middotde origem ou uma indicaccedilatildeo geograacutefica natildeo autorizada ou cujo pedido de registo tenha sido indeferido pelo IPI

b) Usar uma denominaccedilatildeo de origem ou indiCaccedilatildeo geograacutefica com expressotildees ou figuras contraacuterias ao presente Coacutedigo e agrave ordem puacuteblica ou ofensivas dos bons costumes middot

c) Exportar importar vender ou colocar agrave venda ou em circ~laccedilatildeo produtos ou artigos com uma denominaccedilatildeo de origem ou indicaccedilatildeo geograacutefica proibidas

3 As infragravecccedilotildees indicadas nos nuacutemeros anteriores satildeo punidas com uma multa de cento e doze salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa singular e duzentos e vinte quatro salaacuterios miacutenimos caso se trate de pessoa colectiva todos do sector puacuteblico~

ARTIGO 221

Reincidecircncia

l Considera-~ haver reincidecircncia quando o lampente a quem tiver sido aplicada uma sanccedilatildeo relativa agraves infracccedilotildees previstas no presente Coacutedigo comete outrl infracccedilatildeo idSntica antes de decorridos dois anos a contar da data da aplicaccedilatildeo da sanccedilatildeo

2 A reincidecircncia relativa agraves infracccedilotildees previstas no presente Coacutedigo eacute puniacutevel com a multa relativa agrave infracccedilatildeo cometida elevando-se primeiro ao dobro e depois ao triplo os seus limites miacutenimo e maacuteximo

SECCcedilAtildeO li

Fiscalizaccedilatildeo dos direitos da proprletlade industrial

ARTIG0222

competancla

l A averiguaccedilatildeo das infracccedilotildees indicadas no artigo 212 do presente Coacutedigo compete agrave Inspecccedilatildeo Nacional das Actividades Econoacutemicas adiante designada lNAE em articulaccedilatildeo com o IPI

2 Na execuccedilatildeo das tarefas indicadas no nuacutemero anterior aplicam-se as normas gerais que regulam a actividade da INAE

ARTIGO 223

Procedimentos

1 A averiguaccedilatildeo das infracccedilotildees eacute desencadeada por iniciativa da INAE do IPI ou por denuacutencia dos interessados

2 Para a realizaccedilatildeo do disposto no artigo anterior deve ser constituiacuteda uma brigada conjunta integrando elementos da INAE e do IPI

3 Uma vez constatada a infracccedilatildeo dos direitos de propriedade industrial previstos no presente Coacutedigo a brigada elabora um auto de notiacutecia a ser submetido agrave INAE e ao IPI

4 A aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste Coacutedigo compete agrave INAE ouvidomiddoto parecer do Director-Geral acirco IPI

5 As competecircncias exercidas lIO abrigo do nuacutemero anterior natildeo inclueQ1 a paralisaccedilatildeo da actividade licitamente exercida se se tratar de estabelecimentos industriais ou comerciais legalmente autorizados ou licenciados

ARTIGO 224

Recursos

1 Da medida tomada ao abrigo do n0 4 do artigo anterior cabe recurso ao Ministro de tutela da INAE a ser apresentado no prazo de trinta dias a contar da data de notificaccedilatildeo da sanccedilatildeo

2 O Ministro da Induacutestria e Comeacutercio deve pronunciar-se por meio de despacho sobre o recurso no prazo de trinta dias a contar damiddotdatll da sua apresentaccedilatildeo

AR_TIG0225

Procedimento ciacutevel

l Caso se julgue conveniente e no interesse puacuteblico ouda parte lesada a INAE em articulaccedilatildeo com o IPI pode remeter o processo ao tribunal comum

2 Sem prejuiacutezo das competecircncias especiacuteficas do tribunal por iniciativa proacutepria e com o fim de sustentar as suas alegaccedilotildees

middot a INAE pode efectuar diligecircncias complementares destinadas agrave recolha deprovas adicionais a submeter ao tribuna

ARTJG0226

Apreensilo de produtos ou mercadorias Importados ou em vias de exportaccedilatildeo

1 Os produtos ou mercadorias em vias de importa~atildeo ou deeltportaccedilatildeo que violam os direitos da propriedade industrial satildeo apreendidos

2 A apreensatildeo eacute da iniciativa das autoridades alfandegaacuterias em colaboraCcedilatildeo com a INAE

3 A apreensatildeo pode iguagravelmente ser realizada a pedido de quem nela tiver interesse

4 As autoridades alfandegaacuterias notificam de imediato o interessado para a apresentaccedilatildeo da prova de inexistecircncia da violaccedilatildeo dos direitos da propriedade industrial nos terrnos do presente Coacutedigo

5 O interessado pode solicitar agraves autoridades alfandegaacuterias a middotadopccedilatildeo das medidas julgadas convenientes para salvaguardar a integridade dos bens apreendidos

6 Eacute permitido ao interessado interpor recurso ao Tribunal Aduaneiro contra as decisotildees tomadas nos termos do presente artigo

7 O interessado pode-solicitar ao Tribunal Aduaneiro para decretar as providecircncias cautelares julgadas convenientes para salvaguardar os proacuteprios clireitos

622811249 J anes on Et~ -30 6 - 2011 Inpresso em 9 22016 as 12594 3

31 DE DEZEMBRO DE 2015 794 -(389)Frliccedilatildea plecfroacuten jca kl Pandqra Bnv I da Tocfos os dwp itos rese nractos

ARTIGO 227

Destino dos bens apreendidos

1 Os bens apreendidos nos termos do presente Coacuteiigo bem como os materiais ou instrumentos que tenham sido predominantemente utilizados para a violaccedilatildeo dos direitos da propriedade industrial satildeo declarados perdidos a favor do Estado

2 Os objectos decla~ados perdido~ a favor do Estado satildeo total ou parcialmente destruiacutedos sempre que nomeadamente natildeo seja possiacutevel eliminar a parte dos mesmos ou o sinal distintivo neles aposto que constitua violaccedilatildeo do direito da propriedade industrial

3 Tratando-se de produtos que as autoridades competentes tenham declarado nocivos ou que de qualquer modo potildeem em perigo a sauacutede puacuteblica o tribunal competente ordena a sua destruiccedilatildeo

ARTIG0228

Pagamento das multas middot

1 O prazo para o pagamento voluntaacuterio das multas previstas neste Coacutedigo eacute de quinze dias a contar da data da notificarlo

2 O pagamento eacute efectuado por meio de guia passada pela INAE a depositar na Reparticcedilatildeo de Financcedilas da aacuterea onde se situar o estabelecimento ou onde se exerccedila a actividade econoacutemica

3 Na falta de pagamento voluntaacuterio dentro do prazo referido no nuacutemero anterior o processo eacute remetido ao Tribunal competente

ARTIG0229

Afectaccedilatildeo das multas

A afectaccedilatildeo do produto das multas previstas no presente Coacutedigo eacute definida por Coacutedigo conjunto dos Ministros que superintendem as aacutereas da Induacutestria Comeacutercio e das Financcedilas

TIacuteTULOV

ARTIGo230

Contra prestaccedilatildeo

I Como contraprestaccedilatildeo da protecccedilatildeo dos direitos regulados no presente Coacutedigo satildeo devidas taxas que satildeo pagas pelo interessado no momento da solicitaccedilatildeo do acto ao IPI

2 A fixaccedilatildeo das taxas faz-se em funccedilatildeo de cada modalidade de serviccedilo solicitado ou do direito a proteger

3 O IPI define as fonnas de pagamento das taxas indicadas no nbull 1 do presente artigo

4 Nenhum pedido de registo averbamento ou outro sujeito ao pagamento de taxas pode ser concedido sem a apresentaccedilatildeo pelo requerente de comprovativo do pagamento das mesmas

ARTIGO 231

Prazos de pagamento

l As duas primeiras anuidades de patentes modelos de utilidade e desenhos industriais satildeo pagas no acto do depoacutesito do pedido

2 As anuidades subsequentes devem ser pagas durante os uacuteltimos seis meses de cada no contados a partir da data de concessatildeo do direito

3 As taxas a que se refere o nuacutemero anterior podem ainda ser pagas cm~ sobretaxa de cinquenta por cento durante o prazo maacuteximo de seis meses a contar do tenno da validade do direito sob pen_a de caducidade

4 O disposto nos nuacutemeros anteriores aplica-se aos pedidos internacionais depositados ao abrigo de qualquer Tratado

ou Acordo em vigor no paiacutes devendo o pagamento das anuidades previstas no nbull 1 do presente artigo efectuar-se na data da entrada do pedido na fase nacional middot

5 As taxas relativas agrave concessatildeo dos registos qe marcas nomes comerciais nomes de estabelecimento insiacutegnias de estabelecimento logoacutetipos recompensas denominaccedilotildees de origem e indicaccedilotildees geograacuteficas satildeo pagas no acto do depoacutesito do pedido do registo dos mesmos no IPI

6 As taxas de renovaccedilatildeo dos registos de marcas nomes comerciais nomes de estabelecimentp insiacutegnias de estabelecimento e Iogoacutetipos devem ser pagas nos uacuteltimos seis nieses da validade do registo podendo ainda ~er pagas com sobretaxa de cinquenta por cento durante um prazo maacuteximo de seis meses a contar da data do termo da validade do registo

ARTIG0232

Revalidaccedil6es

Mediante pagamento do triplo das taxas em diacutevida pode ser requerida a revalidaccedilatildeo dos tiacutetulos e certificados de registo caducosmiddotpor falta de pagamento das taxas ateacute ao periacuteodo de um ano contado a partir da data da publicaccedilatildeo do aviso de caducidade no Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 233

Reduccedilatildeo de taxas

I Os requerentes das patentes de invenccedilatildeo de moCiclos de utilidade e dos desenhos industriais que faccedilam prova de que natildeo auferem rendimentos que lhes permitam custear as despesas relativas aos pedidos middotde manutenccedilatildeo desses direitos podem beneficiar da reduccedilatildeo de oitenta por cento de todas as taxas ateacute agrave quinta anuidade se assim o r~uerem antes da apresentaccedilatildeo do respectivo pedido

2 Compete ao DirectOT-Geral a apreciaccedilatildeo da prova mencionada no nuacutemero anterior e a decisatildeo do requerimento por despacho

ARTIGO 234

lsenccedillio de taxas

l Os requerentes referidos no artigo anterior que faccedilam prova de que natildeo possuem condiccedilotildees econoacutemicas que lhes permitam custear as despesas relativas agrave manutenccedilatildeo desses direitos podem ser isentos do pagamento d~ taxas

2 Podem igualmente solicitar isenccedilatildeo do pagamento de taxas as instituiccedilotildees cientiacuteficas de pesquisa e de investigaccedilatildeo para os direitos que derivam dos trabalhos efectuldos no acircmbito das suas actividades

3 Compete ao Director-Geral a apreciaccedilatildeo da prova mencionada no nbull l do presente artigo e a decisatildeo do requerimento por despacho

ARTIG0235

Suspens~o do pagamento de taxas

l Enquanto pender acccedilatildeo em juiacutezo sobre algum direito de propriedade industrial ou natildeo for levantado o arresto ou a penhora que sobre o mesmo recai natildeo se declaragrave caduca a respectiva patente dePoacutesito ou registo ~e ma~ca por falta de pagamento de taxas perioacutedicas que se forem vencendo

2 Transitada em julgado qualquer das decisotildees referida~ no nuacutemero anteri~r do facfo -se ~ca aviso no Boletim da Propriedade Industrial

3 Publicacircdoo middotaviso 1 que se refere o nuacutemero anterior todas as taxas em diacutevida dev~m ser pagas sem qualquer sobretaxa ateacute agrave data limite aplicaacutevel middot

62 2811 249 I ames on Ett-306-2011 Impresso em 9 2 2016 as 12 5943

Ediccedilatildeo electroacutenica copy Pandora Box Lda Todos os direitos reseVados 794 -(390) I SEacuteRIE -NUacuteMERO 104

4 Decorridos os prazos aplicaacuteveis nos termos do presente Coacutedigo sem que tenham sido pagas todas as taxas em diacutevida eacute o respectivo direito de propri~ade industrial declarado caduco

ARTIG0236

Aprovaccedilatildeo e actualizaccedilatildeo dos vaiores das taxas

Os valores das taxas a aplicar satildeo aprovados e actualizados por Ufl) diploma conjunto dos Ministros que superintendem as aacutereas da Induacutestria e Comeacutercio e das Financcedilas

ARTIGO 237

Direitos pertencentes ao Estado

Os direitos de propriedade industrial pertencentes ao Estado estatildeo sujeitos agraves formalidades e encargos relativos ao pedido a concessatildeo ou registo e suas renovaccedilotildees e revalidaccedilotildees quer quando explorado$ ou usados por estes ou por empresas de qualquer natureza

ARTIGO 238

Direitos pertencentes agraves organizaccedilotildees sem fins lucrativos

I Os direitos da propriedade industrial pertencentes agraves organizaccedilotildees sem fins lucrativos estatildeo sujeitos agraves formalidades e encargos previstos no presente Coacutedigo

2 Natildeo obstante o disposto no nuacutemero anterior o Director-Gerai pode mediante requerimento fundamentado dos interessados apresentado juntamente com o pedido decidir sobre a isenccedilatildeo das organizaccedilotildees sem fins lucrativos do pagamento de taxas

TIacuteTULO V

Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 239

Eacute instituiacutedo o Boletim da P ropriedade ln dulltriaacute l que eacute publicado pelo IPI mensalmente

ARTIGO 240

Conteuacutedo do Boletim

O Boletim da Propriedade Industrial insere a publicaccedilatildeo dos vaacuterios actos juriacutedicos inerentes agrave administraccedilatildeo da propriedade industrial nomeadamente

a) Os avisos de pedidos de registo das diferentes categorias de direitos da propriedade industrial

b) As alteraccedilotildees ao pedido inicial c) Os despachos que decidem sobre os direitos

da propriedade industrial d) Os pedidos de restabelecimento de direitos e) Os pedidos de registo de contratos de transferecircncia

de tecnologia franquia e similares fJ As renovaccedilotildees e as revalidaccedilotildees g) As declaraccedilotildees de renuacutencias e desistecircncias 11) As transmissotildees concessotildees de licenccedilas de exploraccedilatildeo

e a alteraccedilatildeo de identidade de sede ou residecircncia dos titulares

i) A colocaccedilatildeo em ofertagrave de uma patente para f ins de exploraccedilatildeo

j) Os avisos de caducidade k) As decisotildees finais de processos judiciais sobre

propriedade industrial I) Os endereccedilos dos agentes oficiais da propriedade

industrial em exerciacutecio m) Os avisos e resultados dos exames de agentes oficiais

n) Outros actos e assuntos relativos agravepropriedade industrial que devem ser levados ao conhecimento do puacuteblico

ARTIGO 241

Iacutendice do Bolellm

Ao rPI compete no princiacutepio de cada ano elaborar o iacutendice de todas as mateacuterias insertas nos nuacutemeros do Bo letim da Propriedade Industrial respeitante ao ano anterior

ARTIG0 242

Distribuiccedilatildeo do Boletim

1 O Boletim da Propriedade Industrial pode ser distribuiacutedo a estab~lecimentos de ensino e a serviccedilos nacionais a que interesse agrave Organizaccedilatildeo Mundial da Propriedaee Intelectual agraves organizaccedilotildees regionais da propriedade industrial aos serviccedilos estrangeiros da propriedadeacute industrial e a outras entidades nacionais e estrangeiras a tiacutetulo de permuta

2 O Boletim da Propriedade Industrial pode tambeacutem ser adquirido por qualquer interessado mediante o pagamento da respectiva assinatura ou a preccedilo avulso nele fixado

TIacuteTULO VI

Disposiccedilotildees Finais e Transitoacuterias

ARTIGO243

Casos omissos

Os casos natildeo expressamente previstos no presente Coacutedigo satildeo regulados poranalogia e na sua falta pelas normas do direito c i vil e penal que natildeo forem contraacuterias aos princiacutepios da propriedade industiUil

ARTIGO 244

Processos Pendentes

Os processos em tramitaccedilatildeo ou que aguardam decisatildeo judicial satildeo regidos pelo Coacutedigo da Propriedade Industrial em vigor agrave data do depoacutesito do pedido

ANEXO I

Abreviaturas

AOPI Agente Oficial da Propriedade Industrial ARIPO Organizaccedilatildeo Regional Africana da Propriedade

Intelectual

BPI Boletim da Propriedadlt Industrial

CPI Coacutedigo da Propriedade Industrial

CRM Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica de Moccedilambique

CUP Convenccedilatildeo da Uniatildeo de Paris

DIU Declacircraccedilatildeo de Intenccedilatildeo de Uso DO Denominaccedilatildeo de Origem DPI Direito da Propriedade Industrial

IG Indicaccedilatildeo Geograacutefica

INAE Inspecccedilatildeo Nacional das Actividades Econoacutemicas

IPI Instituto damiddotPropriedade Industrial OMC Organizaccedilatildeo Mundial do Comeacutercio

OMPI Organizaccedilatildeo Mundial da Propriedade Intelectual

PI Propriedade IndustrialIntelectual

PCT Tratado de Cooperaccedilatildeo em mateacuteria de Patentes

TRIPS Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com Comeacutercio denominado ADPIC em Portuguecircs

6228 11 249 1 ames o- E~l - 306-2011 Impresso er1 922016 as 12 5943

Decreto ndeg 472015 de 31 de Dezembro

ARTIGO I (Aprovaccedilatildeo)

ARTIG02 (Norma revogatoacuteria)

ARTIGO 3 (Entrada em vigor)

Coacutedigo da Propriedade Industrial

TIacuteTULO I PARTE GERAL

CAPIacuteTULO I Disposiccedilotildees Gerais

SECCcedilAtildeO I Definiccedilotildees objecto e acircmbito

ARTIGO 1 Definiccedilotildees

ARTIGO 2 Objecto

ARTIGO 3 Acircmbito objectivo

SECCcedilAtildeO II Tramitaccedilatildeo administrativa

ARTIGO 5 Competecircncia administrativa

ARTIGO 6 Classificaccedilotildees e procedimentos

ARTIGO 7 Formulaacuterios

ARTIGO 8 Registo

ARTIGO 9 Efeitos do Registo

ARTIGO 10 Legitimidade para promover actos

ARTIGO 11 Verificaccedilatildeo dos pedidos

ARTIGO 12 Liacutengua do pedido

ARTIGO 13 Realizaccedillio de diligecircncias aos estabelecimentos

ARTIGO 14 Prova de direitos

ARTIGO 15 Emissatildeo de tiacutetulos e certificados

ARTIGO 16 Corfteuacutedo dos tiacutetulos e certificados

ARTIGO 17 Certidotildees

SECCcedilAtildeO III Garantias de lmpugnaccedilatildeo

ARTIGO 18 Reclamaccedilotildees

ARTIGO 19 Recurso tutelar

ARTIGO 20 Recurso contencioso

SECCcedilAtildeO IV Transmissibilidade extinccedilatildeo e restabelecimento de direitos

ARTIGO 21 Direito de transmissatildeo

ARTIGO 22 Formas de extinccedilatildeo

ARTIGO 23 Renuacutencia do titular

ARTIG0 24 Anulabilidade

ARTIGO 25 Nulldade

ARTIG026 Caducidade

ARTIGO 27 Restabelecimento de direitos

SECCcedilAtildeO V Tutela dos direitos da propriedade industrial

ARTIGO 28 Tutela legal

ARTIGO 29 Tutela jurisdictional

ARTIGO 30 Providecircncias cautelares

ARTIGO 31 Direitos reais de garantia

TIacuteTULO II Regime dos direitos da propriedade industrial

CAPIacuteTULO I Patentes de Invenccedilatildeo

SECCcedilAtildeO I Patenteabllidade

ARTIGO 32 Requisitos de patenteabllldade

ARTIGO 33 Novidade

ARTIGO 34 Estado da teacutecnica

ARTIGO 35 Actividade inventiva

ARTIGO 36 Aplicaccedilatildeo Industrial

ARTIGO 37 lnvenccedilio nio destituiacuteda de novidade

ARTIGO 38 Exclusatildeo de patenteabllldade

SECCAtildeO II Titularidade de invenccedilatildeo

ARTIGO 39 Direito agrave patente

ARTIGO 40 Co-titularidade

ARTIGO 41 Presunccedilatildeo de legitimidade

ARTIGO 42 Regra do primeiro depositante

ARTIGO 43 lnvenccedillo do trabalhador

ARTIGO 44 Conceito de trabalhador

ARTIG0 45 Remuneraccedilatildeo ao trabalhador

ARTIG0 46 Comunicaccedilatildeo da Invenccedilatildeo

ARTIGO 47 Prazo de dependencia

ARTIG0 48 Funcionaacuterios e agentes puacuteblicos

ARTIGO 49 Indisponibilidade dos direitos

ARTIG0 50 Direito de paternidade

SECCcedilAtildeO III Depoacutesito do pedido

ARTIG0 51 Autoria e local do pedido

ARTIG0 52 Instruccedilatildeo do pedido

ARTIG0 53 Menccedilotildees obrigatoacuterias do pedido

ARTIG0 54 Descriccedilatildeo da invenccedilatildeo

ARTIGO 55 Estrutura da relvlndicaccedilio

ARTIG0 56 Multiplicidade de reivindicaccedilotildees ou de pedidos

ARTIGO 57 Unidade de Invenccedilatildeo

SECCcedilAtildeO IV Reivindicaccedilatildeo de prioridade

ARTIGO 58 Benefiacutecio do prazo

ARTIGO 59 Cesslio do direito de prioridade

ARTIGO 60 Apresentaccedilatildeo de tiacutetulos de protecccedilatildeo concedidos no estrangeiro

ARTIG0 61 Data de depoacutesito

SECCcedilAtildeO V Formalidades subsequentes

ARTIGO 62 Exame formal

ARTIGO 63 Rejeiccedilatildeo por complexidade do pedido Inicial

ARTIGO 64 Modificaccedilatildeo do pedido

ARTIGO 65 Transformaccedilatildeo do pedido

ARTIGO 66 Publicaccedilatildeo

ARTIGO 67 Protecccedillo provisoacuteria

ARTIGO 68 Oposiccedilatildeo

SECCcedilAtildeO VI Estudo do pedido e decisatildeo

ARTIGO 69 Exame substantive

ARTIGO 70 Recusa provisoacuteria

ARTIGO 71 Concessatildeo ou recusa da patente

ARTIGO 72 Fundamentos de recusa

SECCcedilAtildeO VII Direitos conferidos pela patente

ARTIGO 73 VIgecircncia da patente

ARTIGO 74 Direitos do titular da patente

ARTIGO 75 Limltaccedilio dos direitos derivados da patente

ARTIGO 76 Direitos derivados de uma utlllzaccedillo anterior

ARTIGO 77 Cessatildeo da patente

ARTIG0 78 Renuacutencia da patente

SECCcedilAtildeOVlll Patente regional

ARTIGO 79 Acircmbito

ARTIGO 80 Apresentaccedilatildeo de pedido

ARTIGO 81 Reparticcedilatildeo Receptora

ARTIGO 82 Transformaccedilatildeo de pedido de patente regional

ARTIGO 83 Protecccedilatildeo provisoacuteria

SECCcedilAtildeO IX Patente internacional


ARTIGO 85 Apresentaccedilatildeo de pedidos de patente Internacional


ARTIGO 87 Reparticcedilatildeo designada ou eleita

ARTIGO 88 Efeito de pedido de patente Internacional


SECCcedilAtildeO X Exploraccedilatildeo da patente

ARTIG0 90 Obrigatorleacutedade de exploraccedilatildeo

ARTIG0 91 Licenccedila de exploraccedilatildeo

ARTIGO 92 Licenccedila obrigatoacuteria

ARTIGO 93 Oposiccedilatildeo agrave natildeo exploraccedilatildeo

ARTIG0 94 Prova de exploraccedilatildeo

ARTIGO 95 Patentes dependentes

CAPIacuteTULO II Modelos de utilidade

ARTIGO 96 Requisitos

ARTIG0 97 Actividade Inventiva

ARTIGO 98 Unidade de invenccedilatildeo


ARTIGO 100 Procedimentos

ARTIGO 101 Regime subsidiaacuterio

ARTIGO 102 Publicaccedilatildeo e Concessccedilatildeo

ARTIGO 103 Duraccedilatildeo

ARTIGO 104 Direitos conferidos pelo registo

CAPIacuteTULO III Desenhos industriais

SECCcedilAtildeO I Princiacutepios Gerais


ARTIGO 106 Titularidade dos direitos

ARTIGO 107 Criaccedillio do trabalhador

ARTIGO 108 Direito de prioridade

SECCcedilAtildeO II Pedido e seu efeito

ARTIGO 109 Pedido

ARTIGO 110 Depoacutesito e exame do pedido

ARTIGO 111 Protecccedilio provisoacuteria

ARTIGO 112 Publlcaccediliio


ARTIGO 114 Exame substantivo

ARTIGO 115 Recusa Provisoacuteria

ARTIGO 116 Concessatildeo ou recusa do pedido

ARTIGO 117 Fundamento de Recusa

SECCcedilAtildeO III Efeitos do registo



ARTIGO 120 Efeitos do registo regional

CAPIacuteTULO IV Marcas

SECCcedilAtildeO I Registo Nacional

ARTIG0 121 Requisitos

ARTIGO 122 Imitaccedilatildeo da marca

ARTIGO 123 Pedido

ARTIGO 124 Legitimidade para o registo

ARTIGO 125 lnstruccedilao do pedido

ARTIGO 126 Unicidade do registo

ARTIGO 127 Renuacutencia do pedido

ARTIGO 128 Prioridade





ARTIGO 133 Concessatildeo ou recusa da marca


ARTIGO 135 Direitos conferidos pelocirc registo

ARTIGO 136 Marca notoriamente conhecida

ARTIGO 137 Marca de prestigio

ARTIGO 138 Declaraccedilatildeo de Intenccedilatildeo de uso

ARTIGO 139 Duraccedilatildeo e renovaccedilatildeo de protecccedilatildeo

ARTIGO 140 Cessatildeo

ARTIGO 141 Licenccedila de uso

SECCcedilAtildeO II Registo regional

ARTIGO 142 Direito ao registo



ARTIGO 145 Duraccedilatildeo e renovaccedilatildeo do pedido

ARTIGO 146 Designaccedilotildees subsequentes

ARTIGO 147 Averbamento cie alteraccedilotildees

ARTIGO 148 Restabelecimento do registo

ARTIGO 149 Reparticcedilatildeo designada


ARTIGO 151 Formalidades processuais

ARTIGO 152 Fundamentos de recusa do registo

ARTIGO 153 Declaraccedilatildeo de lntenccedili o de uso

SECCcedilAtildeO III Registo Internacional


ARTIGO 155 Pedido de registo

ARTIG0 156 Renuacutencia agrave protecccedilatildeo

ARTIGO 157 Alteraccedilatildeo do registo






CAPIacuteTULO V Denominaccedilatildeo de origem e Indicaccedilatildeo geograacutefica

SECCcedilAtildeO I Disposiccedilotildees gerais

ARTIGO 163 Aquisiccedilatildeo do direito

ARTIGO 164 Acircmbito territorial e duraccedilatildeo

ARTIGO 165 Lista das denominaccedilotildees de origem e das Indicaccedilotildees geograacuteficas registadas

ARTIGO 166 Menccedilotildees e siacutembolos

SECCcedilAtildeO II Processo de registo

ARTIGO 167 Legitimidade parl a apresentaccedilatildeo do pedido


ARTCGO 169 Caderno de especificaccedilotildees

ARTIGO 170 Verificaccedilatildeo da observacircncia do caderno de especificaccedilotildees

ARTIGO 171 Aprovaccedilatildeo de alteraccedilotildees ao caderno de especificaccedilotildees

ARTIGO 172 Exame do Pedido


ARTIGO 174 Protecccedilatildeo Provisoacuteria


ARTIGO 176 Conflito com marcas

ARTIGO 177 Denominaccedilatildeo de origem ou Indicaccedilatildeo geograacutefica homoacutenima


ARTIGO 179 Exame e decisatildeo

ARTIGO 180 Publicaccedilatildeo da decisatildeo

ARTIGO 181 Modificaccedilatildeo da decislo

ARTIGO 182 Alteraccedilatildeo ou correcccedilatildeo de elementos natildeo essenciais da decisatildeo

ARTIGO 183 Prova dos direitos

ARTIGO 184 Averbamentos

ARTIGO 185 Verificaccedilatildeo de esttabetecimentos

ARTIGO 186 Cancelamento

CAPIacuteTULO VI Nome comercial Nome de estabelecimentoe Insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 187 Objecto do Registo

ARTIGO 188 Direito ao nome comercial nome de estabelecimentoe insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 189 Constltulccedilatildeo do nome comercial e do nome do estabelecimento

ARTIGO 190 Exeluccedilatildeo agrave protecccedilatildeo

ARTIGO 191Constituiccedilatildeo da Insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 192 Direitos conferidos pelo registo do nome comercial nome de estabelecimento e da insiacutegnia de eatabeleclmento

ARTIGO 193 Dever de Inalterabilidade

ARTIGO 194 Pedido de registo do nome comercial nome de estabeleelmento e da insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 195 Protecccedilatildeo do nome comercial



ARTIGO 198 Formalidades subsequentes

ARTIGO 199 Modificaccedilatildeo do nome comercial nome de estabelecimento ou da insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 200 Duraccedilatildeo e renovaccedilatildeo da protecccedilatildeo

ARTIGO 201 Caducidade

ARTIGO 202 Transmissibilidade

CAPIacuteTULO VII Logoacutetipos

ARTIG0 203 Regime aplicaacutevel

ARTIG0 204 Prova de existecircncia da entidade

CAPIacuteTULO VIII Recompensas


ARTIG0 205 Tutela

ARTIGO 206 Propriedade das recompensas


SECCcedilAtildeO II Uso e transmissatildeo

ARTIG0 208 Uso das recompensas

ARTIG0 209 Transmissatildeo

SECCcedilAtildeO III Extinccedilatildeo do registo

ARTIGO 210 Anulabilidade

ARTIGO 211 Efeitos da anulabilidade

TITULO III Infracccediloes

SECCcedilAtildeO I Tipificaccedilatildeo das infracccedilotildees

ARTIG0 212 Violaccedilatildeo dos direitos da propriedade Industrial

ARTIGO 213 Concorrecircncia desleal

ARTIGO 217 Violaccedilatildeo dos direitos exclusivos de nome comercialnome de estabelecimento e de Insiacutegnia de estabelecimento

ARTIGO 218 Uso Ilegal de logoacutetipo

ARTIG0219 lnvocaccedillo ou uso Indevido de direitos privativos

ARTIG0 220 lmitaccedilao e uso iliacutecito da denominaccedilatildeo de origeme da lnecircllcaccedililo geograacutefica

ARTIGO 221 Reincidecircncia

SECCcedilAtildeO II Fiscalizaccedilatildeo dos direitos da propriedade industrial

ARTIG0 222 Competecircncia


ARTIGO 224 Recursos

ARTIGO 225 Procedimento ciacutevel

ARTIG0 226 Apreensatildeo de produtos ou mercadorias Importadosou em vias de exportaccedilatildeo

ARTIGO 227 Destino dos bens apreendidos

ARTIG0 228 Pagamento das multas

ARTIG0 229 Afectaccedilatildeo das multas

TIacuteTULO IV Taxas

ARTIGO 230 Contra prestaccedilatildeo

ARTIGO 231 Prazos de pagamento

ARTIG0 232 Revalidaccedilotildees

ARTIGO 233 Reduccedilatildeo de taxas

ARTIGO 234 Isenccedilatildeode taxas

ARTIG0 235 Suspensatildeo do pagamento de taxas

ARTIG0 236 Aprovaccedilatildeo e actualizaccedilatildeo dos vaiores das taxas

ARTIGO 237 Direitos pertencentes ao Estado

ARTIGO 238 Direitos pertencentes agraves organizaccedilotildees sem fins lucrativos

TIacuteTULO V Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 239 Boletim da Propriedade Industrial

ARTIGO 240 Conteuacutedo do Boletim

ARTIGO 241 Iacutendice do Boletim

ARTIG0 242 Distribuiccedilatildeo do Boletim

TIacuteTULO VI Disposiccedilotildees Finais e Transitoacuterias

ARTIGO 243 Casos omissos

ARTIGO 244 Processos Pendentes

ANEXO I