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s. R. EMBAIXADA DE PORTUGAL BRASILIA Brasilia, ;J.. de Maio de 2001 Exm°Dr Jorge Ulisses Jacoby Fernandes Procurador do Minist6rio Publico junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal BRASiLIA - DF Em referencia ao offcio nO 103/01, de 14 de Maio de 2001, tenho a honra de junto enviar a V. Exa. c6pia da Lei nO 28/82, publicada no Diario da Republica de 15 de Novembro de 1982. Com os melhores cumprimentos. ------------- FRANCISCO KNOPFLI Embaixador de Portugal

R. EMBAIXADA DE PORTUGAL BRASILIA - jacoby.pro.br · 1-Os 'boletins de voto contem, por ordem alfa betica, os nomes de todos os candidatos, com identi ficayao dos que sao juizes dos

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s R EMBAIXADA DE PORTUGAL BRASILIA

Brasilia J~ de Maio de 2001

ExmdegDr Jorge Ulisses Jacoby Fernandes Procurador do Minist6rio Publico junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal BRASiLIA - DF

Em referencia ao offcio nO 10301 de 14 de Maio de 2001 tenho a honra de junto enviar a V Exa c6pia da Lei nO 2882 publicada no Diario da Republica de 15 de Novembro de 1982

Com os melhores cumprimentos

~--E------------- shyFRANCISCO KNOPFLI Embaixador de Portugal

Seg~nda-feira 15 de Novembro de 1982 I Serie - NumBr~ 264 ~ ~

DIARIO DA REPU UllCA PREQO OESTE NOMERO - 32$00

Toda a correspond_ia quer olicial quer I8lativa a anuncios a a assinaturas do Oiirio daRapliblicu a do cOilirio da Assembleia da Rapliblicu deVIl SIr dirishylida II Administra~ da Imprensa Nashytional-easa da MOIda Rua de O Francisco Manual da Malo 5 shy 1092 Usbaa Codex

Assinaturas I Anual I Semestral

i Assinamiddot iComio Assinal Correio _______ tura 1 tura

Ii S so05oo1 t 700$00 3000500 8S0$00 22005001 t 000500 1200500 500$00 22005001 I 000500 1200500 500500

220050011 000$00 1200500 500500 1380050011 300500 2100500 650500

Completa bullbullbull 1- serle H ~ 2 serie bull 3 serie bull Duas series dlfcrentes Ap6ndices bullbullbullbullbullbullbull 11 5OOSOO 1 200$00 - -

o plllljO dos ancincios dI 341 bull linba dependando a sua publi~ do pashygamanto antacipado 8 atilc1uar na 1mshyprensa Nacional-Casa da Moeda quando sa trate de andda particular

IMPRENSA NADtONAL-CASA DA MDEDA

Aviso

Par ordem superior e para constar comunica-se

que nao serao aceites quaisquer originals destishy

nados ao Dlario da Republica- desde que nao tramiddot

gam aposta a competente ordem de publica(80

asslnada e autentlcada com selo branco ou ns sua

falta a assinatura reconhecida na qualidade de

responsavel salvo quando se trate de textos djmiddot

manados de cart6rios notanais

bullbullbull r I _ I bullbull

SUMARIO

Assembleia til Rapdblica lei n 2882

Organizmao funcionamento e processo do Tribunal Constitucional

PresidoDcia do Cnnselbo de MiDistros Resolu~iD n 20382

Autoriza 0 prosseguimento do proccsso de extradilao reo lativo ao subdito Ingles Colin Victor Littlechild

DeclaraQao

De tcr sido rectificado 0 Decreto Regulamentar Regional nmiddot 2282M publicado no Didrio da Republica t semiddot ric nmiddot 238 de 14 de Outubro de 1982

Ministerio da Administra~o Intema OespaChD NormativD n 24682

Esclarece duvidas sobre a interpretacao do nmiddot 2 do armiddot tigo 54middot do Decreto Regulamentar n 6880 de 4 de Novembro (regulamenta os sistemas de recrutamento concursos e provimento para 0 pessoal da administrayio local)

MiDisterio des Neg6cios Estrangeiras Portaria n 106682

Aprova 0 mapa do pessoal assalariado da Embaixada de PortUgal em Otava

Miaisdrio da Agricultun Comerdo bull PtscaS Despecho Nonndvo n 24182

ProrlOga 0 prazo estabelecido na alinea b) do n 1 do migo 3 do Decreto Regulamentar n 4981 de 15 de Outubro (comercializavao des avos)

ASSEMBlEIA DA REPllBlICA

Lei nQ 2882 de 15 de Novembro

Organiza~o funcionamento bull processo do TribunaJ Constitucional

A Assembleia da Republica decreta nos tennos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

TfTULO I

Disposicoes gerais

Artigo JO

(Jurisdlcao e sede)

o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdiltao no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern sede em Lisboa

Artigo 2deg

(Decisoes)

As decisoes do Tribunal Constitucional sao obrigashyt6rias para todas as entidades publicas e privadas e prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

Artigo 3deg

(Publicacao das decis6esJ

1 - Sao publicadas na I serie do Diorio da Repushyblica as decisoes do Tribunal Constitucional que teshynham por objecto

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegalishydade de quaisquer nonnas

3808

b) Verificar a existencia de inconstitucionalidade t bull por omissao

c) Verificar a morte a impossibilidade fisica pershymanente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presishydente da Republica para 0 exercicio das suas funltoes ou a cessacao desse impedishymento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exerdcio da funltao presidencial de qualshyquer candidato a Presidente da Republica

f) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resshypectiva extincao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a niveY local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Diario da Reshypublica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynal salvo as de natureza meramente interloout6ria

Artigo 4deg

(CoadJuvacao de outros tribunais e autoridadesl

No exercfcio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuvacao dos restantes tnshybunais e das outras autoridades

Artigo 5deg

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de orcamento proprio msshycrito nos encargos gerais da Nacao do Orltamento de) Estado

TITULO II

Competencia organizalfao e funcionamento

CAP1TULO I

Competencia

Artigo 6deg

(Apreciacao da inconstitucionalidade e da ilegaUdadeJ

Compete ao Tribunal Constitucional apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao enos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relativa ao Presidente da Republica)

Compete ao Tribunal ConstitucionaI a) Verificar a morte e declarar a impossibiIidade

ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercfcio das suas funcentes

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no nO 3 do artigo 1320 e no no 3 do arrigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8deg

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercfcio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no nO 3 do artigo 127deg da Constituicao

c) Julgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclamaC6es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das elei~es do Presidente da Republica

d) Tulgar os recursos em materia de contencioso de apresenta~ao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Arrigo 90

(Competencia relativa a partidos politicos coligacoes e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e sImbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins eleitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshyIhanlta com as de outros partidos coIigacentes ou frentes

c) Proceder as anotac6es referentes a partidos polfticos coJigac6es ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Competencia relativa a organizacoes que pemlhem a ideologia fascis~aJ

Compete ao Tribunal Constitucional decIarar nos termos e para os efeitos da Lei nO 6418 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfiIha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo 11deg

(Competencia relativa a consultas directas a nivel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nivel local previstas nO no 3 do artigo 2410 da Constituicao

1

f SERlE N 264 - 15-11-1982 3809

CAPITULO II Artigo 16gt

Organiza9io (Vota~ao)

SEqAO I

Composiy80 II constituilf80 do Tribunal

Artigo 120

(Composc50J

I - 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 juizes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos juizes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes coopt ados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo ngt

[Requisitos de elegibilidadeJ

1 Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portugueses no pleno gazo dos seus direitos civis e politicos que sejam doutorados ou liccnciados em Direito ou jUlzes dos restantes trishybunais

2 - Para efeho do numero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as licenciaturas por escola portuguesa Oll oficialmente reconhecidos em Portugal

Arrigo 14

(Candidaturas)

I - As candidaturas devidamente instruidas com os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas dedaralaquooes de aceitalaquoao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e urn maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniiio marshycad a para a eleiyao

2 Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas em numero pelo menos igual ao de vagas a preencher e fixado novo prazo de 3 dias para apresentayao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas em numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plenario da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Relacao nominal dos candidaos)

Ate 2 dias antes da reuniao marcada para a eIeishy(fao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a rela~iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

1-Os boletins de voto contem por ordem alfashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyficayao dos que sao juizes dos restantes tribunais

2- A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destin ado a ser assinalado com a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de Iugares a estes reservada sob pena de inutiliza~ao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eteitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois teryos dos deputados presentes desde que superior it maioria absoluta dos deputados em efectividade de fun~oes

5 - Se apas vota~iio em numero igual ao das vagas a preencher e nunca inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova retayiio nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshynores enos n 1 a 4 do presente artigo

6 - A eIeiyao de cada candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas too as as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na la serie do Diario da Repllblica sob a forma de resotu~iio da Asshyscmbleia da Republica

Artigo 170

(Reuniiio para cooptacao)

I - Ocorrendo vagas de jufzes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica em reuniiio a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao rna is novo servir de secreuirio

3 - Ocorrendo vagas de juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas em primeiro lugar

Artigo 18

(Relacao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica em boletim que inshytrOOuz na urna urn juiz dos restantes tribunais devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutinio organizar a rela~ao nominal dos indigitados

2 - A relayao deve conter nomes em numero pelo menOS igual ao das vagas a preencher repetindo-se a operayao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo 190

(Votacao e designacao)

1 - A cad a juiz cooptante edistribuido urn boletim de voto do qual constem por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3810 I SERlE - No 264 -15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos indigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inuti1iza~ao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver urn minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designa~ao

5 - Se ap6s 5 votacentes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova rela~ao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior e nos nOS 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a vota~ao 0 presidente da reuniao cornushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de votos previstos no no 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designa~ao

7 - Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos anteriores

8 - A coopta~ao de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A Iista dos cooptados e publicada na 13 serle do Diario da Republica sob a forma de declara~o assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 200

(Posse e juramento)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publica~ao da respectiva eJei~ao ou coopta~ao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoJuro por minha honra cumprir a Constitui~ao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshy~6es em que fico investidoraquo

Artigo 210

(Periodo de exercicio)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional sao desigshynados por urn periodo de 6 anos contados da data da posse e cess am fun~6es com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - as juizes dos restantes tribunais design ados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funrOes ate ao termo do sexenio

SECCAO II

Estatuto dos ju(zes

Artigo 220

(lndependencia e inamovibilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas func6es cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 230

(Cessa9ao de fun90es)

1 - As fun~6es dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacentes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceita~ao de lugar ou pnitica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas fun~6es

d) Demissao ou aposenta~ao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar ou crishyminal

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceita~ao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situa~6es previstas nas allneas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade fisica permanente ser previamente comprovada por 2 peritos medicos designados tambern pelo Tribunal

4 - A cessa~ao de fun~6es em virtude do disposto no nO 1 e objecto de declara~ao que 0 presidente do Tribunal fani publicar na 1 serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(lrresponsabilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados pelas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os juizes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercicio do poder disciplinar sobre uS seus juizes ainda que a ac~ao disciplinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo discipiinar nomear 0 respectivo instrutor de entie os seus membros deliberar sobre a eventual suspenshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores aplimiddot ca-se aos juizes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 260

(Responsabilidade civil e criminal)

Sao aplicaveis aos juizes do Tribunal ConstitucionaI com as necessarias adapta~oes as normas que reguIam a efectiva~ao da responsabilidade civil e criminal dos juizes do Supremo Tribunal de Justi~a bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 270

(lncompatibilidades)

1 - ~ incompativel com 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshy~oes em 6rgaos de soberania dRS regioes autonomas

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

Seg~nda-feira 15 de Novembro de 1982 I Serie - NumBr~ 264 ~ ~

DIARIO DA REPU UllCA PREQO OESTE NOMERO - 32$00

Toda a correspond_ia quer olicial quer I8lativa a anuncios a a assinaturas do Oiirio daRapliblicu a do cOilirio da Assembleia da Rapliblicu deVIl SIr dirishylida II Administra~ da Imprensa Nashytional-easa da MOIda Rua de O Francisco Manual da Malo 5 shy 1092 Usbaa Codex

Assinaturas I Anual I Semestral

i Assinamiddot iComio Assinal Correio _______ tura 1 tura

Ii S so05oo1 t 700$00 3000500 8S0$00 22005001 t 000500 1200500 500$00 22005001 I 000500 1200500 500500

220050011 000$00 1200500 500500 1380050011 300500 2100500 650500

Completa bullbullbull 1- serle H ~ 2 serie bull 3 serie bull Duas series dlfcrentes Ap6ndices bullbullbullbullbullbullbull 11 5OOSOO 1 200$00 - -

o plllljO dos ancincios dI 341 bull linba dependando a sua publi~ do pashygamanto antacipado 8 atilc1uar na 1mshyprensa Nacional-Casa da Moeda quando sa trate de andda particular

IMPRENSA NADtONAL-CASA DA MDEDA

Aviso

Par ordem superior e para constar comunica-se

que nao serao aceites quaisquer originals destishy

nados ao Dlario da Republica- desde que nao tramiddot

gam aposta a competente ordem de publica(80

asslnada e autentlcada com selo branco ou ns sua

falta a assinatura reconhecida na qualidade de

responsavel salvo quando se trate de textos djmiddot

manados de cart6rios notanais

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SUMARIO

Assembleia til Rapdblica lei n 2882

Organizmao funcionamento e processo do Tribunal Constitucional

PresidoDcia do Cnnselbo de MiDistros Resolu~iD n 20382

Autoriza 0 prosseguimento do proccsso de extradilao reo lativo ao subdito Ingles Colin Victor Littlechild

DeclaraQao

De tcr sido rectificado 0 Decreto Regulamentar Regional nmiddot 2282M publicado no Didrio da Republica t semiddot ric nmiddot 238 de 14 de Outubro de 1982

Ministerio da Administra~o Intema OespaChD NormativD n 24682

Esclarece duvidas sobre a interpretacao do nmiddot 2 do armiddot tigo 54middot do Decreto Regulamentar n 6880 de 4 de Novembro (regulamenta os sistemas de recrutamento concursos e provimento para 0 pessoal da administrayio local)

MiDisterio des Neg6cios Estrangeiras Portaria n 106682

Aprova 0 mapa do pessoal assalariado da Embaixada de PortUgal em Otava

Miaisdrio da Agricultun Comerdo bull PtscaS Despecho Nonndvo n 24182

ProrlOga 0 prazo estabelecido na alinea b) do n 1 do migo 3 do Decreto Regulamentar n 4981 de 15 de Outubro (comercializavao des avos)

ASSEMBlEIA DA REPllBlICA

Lei nQ 2882 de 15 de Novembro

Organiza~o funcionamento bull processo do TribunaJ Constitucional

A Assembleia da Republica decreta nos tennos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

TfTULO I

Disposicoes gerais

Artigo JO

(Jurisdlcao e sede)

o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdiltao no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern sede em Lisboa

Artigo 2deg

(Decisoes)

As decisoes do Tribunal Constitucional sao obrigashyt6rias para todas as entidades publicas e privadas e prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

Artigo 3deg

(Publicacao das decis6esJ

1 - Sao publicadas na I serie do Diorio da Repushyblica as decisoes do Tribunal Constitucional que teshynham por objecto

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegalishydade de quaisquer nonnas

3808

b) Verificar a existencia de inconstitucionalidade t bull por omissao

c) Verificar a morte a impossibilidade fisica pershymanente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presishydente da Republica para 0 exercicio das suas funltoes ou a cessacao desse impedishymento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exerdcio da funltao presidencial de qualshyquer candidato a Presidente da Republica

f) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resshypectiva extincao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a niveY local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Diario da Reshypublica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynal salvo as de natureza meramente interloout6ria

Artigo 4deg

(CoadJuvacao de outros tribunais e autoridadesl

No exercfcio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuvacao dos restantes tnshybunais e das outras autoridades

Artigo 5deg

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de orcamento proprio msshycrito nos encargos gerais da Nacao do Orltamento de) Estado

TITULO II

Competencia organizalfao e funcionamento

CAP1TULO I

Competencia

Artigo 6deg

(Apreciacao da inconstitucionalidade e da ilegaUdadeJ

Compete ao Tribunal Constitucional apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao enos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relativa ao Presidente da Republica)

Compete ao Tribunal ConstitucionaI a) Verificar a morte e declarar a impossibiIidade

ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercfcio das suas funcentes

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no nO 3 do artigo 1320 e no no 3 do arrigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8deg

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercfcio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no nO 3 do artigo 127deg da Constituicao

c) Julgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclamaC6es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das elei~es do Presidente da Republica

d) Tulgar os recursos em materia de contencioso de apresenta~ao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Arrigo 90

(Competencia relativa a partidos politicos coligacoes e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e sImbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins eleitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshyIhanlta com as de outros partidos coIigacentes ou frentes

c) Proceder as anotac6es referentes a partidos polfticos coJigac6es ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Competencia relativa a organizacoes que pemlhem a ideologia fascis~aJ

Compete ao Tribunal Constitucional decIarar nos termos e para os efeitos da Lei nO 6418 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfiIha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo 11deg

(Competencia relativa a consultas directas a nivel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nivel local previstas nO no 3 do artigo 2410 da Constituicao

1

f SERlE N 264 - 15-11-1982 3809

CAPITULO II Artigo 16gt

Organiza9io (Vota~ao)

SEqAO I

Composiy80 II constituilf80 do Tribunal

Artigo 120

(Composc50J

I - 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 juizes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos juizes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes coopt ados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo ngt

[Requisitos de elegibilidadeJ

1 Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portugueses no pleno gazo dos seus direitos civis e politicos que sejam doutorados ou liccnciados em Direito ou jUlzes dos restantes trishybunais

2 - Para efeho do numero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as licenciaturas por escola portuguesa Oll oficialmente reconhecidos em Portugal

Arrigo 14

(Candidaturas)

I - As candidaturas devidamente instruidas com os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas dedaralaquooes de aceitalaquoao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e urn maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniiio marshycad a para a eleiyao

2 Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas em numero pelo menos igual ao de vagas a preencher e fixado novo prazo de 3 dias para apresentayao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas em numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plenario da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Relacao nominal dos candidaos)

Ate 2 dias antes da reuniao marcada para a eIeishy(fao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a rela~iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

1-Os boletins de voto contem por ordem alfashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyficayao dos que sao juizes dos restantes tribunais

2- A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destin ado a ser assinalado com a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de Iugares a estes reservada sob pena de inutiliza~ao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eteitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois teryos dos deputados presentes desde que superior it maioria absoluta dos deputados em efectividade de fun~oes

5 - Se apas vota~iio em numero igual ao das vagas a preencher e nunca inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova retayiio nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshynores enos n 1 a 4 do presente artigo

6 - A eIeiyao de cada candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas too as as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na la serie do Diario da Repllblica sob a forma de resotu~iio da Asshyscmbleia da Republica

Artigo 170

(Reuniiio para cooptacao)

I - Ocorrendo vagas de jufzes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica em reuniiio a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao rna is novo servir de secreuirio

3 - Ocorrendo vagas de juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas em primeiro lugar

Artigo 18

(Relacao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica em boletim que inshytrOOuz na urna urn juiz dos restantes tribunais devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutinio organizar a rela~ao nominal dos indigitados

2 - A relayao deve conter nomes em numero pelo menOS igual ao das vagas a preencher repetindo-se a operayao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo 190

(Votacao e designacao)

1 - A cad a juiz cooptante edistribuido urn boletim de voto do qual constem por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

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2 - A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos indigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inuti1iza~ao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver urn minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designa~ao

5 - Se ap6s 5 votacentes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova rela~ao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior e nos nOS 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a vota~ao 0 presidente da reuniao cornushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de votos previstos no no 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designa~ao

7 - Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos anteriores

8 - A coopta~ao de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A Iista dos cooptados e publicada na 13 serle do Diario da Republica sob a forma de declara~o assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 200

(Posse e juramento)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publica~ao da respectiva eJei~ao ou coopta~ao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoJuro por minha honra cumprir a Constitui~ao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshy~6es em que fico investidoraquo

Artigo 210

(Periodo de exercicio)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional sao desigshynados por urn periodo de 6 anos contados da data da posse e cess am fun~6es com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - as juizes dos restantes tribunais design ados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funrOes ate ao termo do sexenio

SECCAO II

Estatuto dos ju(zes

Artigo 220

(lndependencia e inamovibilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas func6es cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 230

(Cessa9ao de fun90es)

1 - As fun~6es dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacentes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceita~ao de lugar ou pnitica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas fun~6es

d) Demissao ou aposenta~ao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar ou crishyminal

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceita~ao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situa~6es previstas nas allneas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade fisica permanente ser previamente comprovada por 2 peritos medicos designados tambern pelo Tribunal

4 - A cessa~ao de fun~6es em virtude do disposto no nO 1 e objecto de declara~ao que 0 presidente do Tribunal fani publicar na 1 serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(lrresponsabilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados pelas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os juizes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercicio do poder disciplinar sobre uS seus juizes ainda que a ac~ao disciplinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo discipiinar nomear 0 respectivo instrutor de entie os seus membros deliberar sobre a eventual suspenshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores aplimiddot ca-se aos juizes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 260

(Responsabilidade civil e criminal)

Sao aplicaveis aos juizes do Tribunal ConstitucionaI com as necessarias adapta~oes as normas que reguIam a efectiva~ao da responsabilidade civil e criminal dos juizes do Supremo Tribunal de Justi~a bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 270

(lncompatibilidades)

1 - ~ incompativel com 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshy~oes em 6rgaos de soberania dRS regioes autonomas

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3808

b) Verificar a existencia de inconstitucionalidade t bull por omissao

c) Verificar a morte a impossibilidade fisica pershymanente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presishydente da Republica para 0 exercicio das suas funltoes ou a cessacao desse impedishymento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exerdcio da funltao presidencial de qualshyquer candidato a Presidente da Republica

f) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resshypectiva extincao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a niveY local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Diario da Reshypublica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynal salvo as de natureza meramente interloout6ria

Artigo 4deg

(CoadJuvacao de outros tribunais e autoridadesl

No exercfcio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuvacao dos restantes tnshybunais e das outras autoridades

Artigo 5deg

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de orcamento proprio msshycrito nos encargos gerais da Nacao do Orltamento de) Estado

TITULO II

Competencia organizalfao e funcionamento

CAP1TULO I

Competencia

Artigo 6deg

(Apreciacao da inconstitucionalidade e da ilegaUdadeJ

Compete ao Tribunal Constitucional apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao enos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relativa ao Presidente da Republica)

Compete ao Tribunal ConstitucionaI a) Verificar a morte e declarar a impossibiIidade

ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercfcio das suas funcentes

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no nO 3 do artigo 1320 e no no 3 do arrigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8deg

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercfcio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no nO 3 do artigo 127deg da Constituicao

c) Julgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclamaC6es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das elei~es do Presidente da Republica

d) Tulgar os recursos em materia de contencioso de apresenta~ao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Arrigo 90

(Competencia relativa a partidos politicos coligacoes e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e sImbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins eleitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshyIhanlta com as de outros partidos coIigacentes ou frentes

c) Proceder as anotac6es referentes a partidos polfticos coJigac6es ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Competencia relativa a organizacoes que pemlhem a ideologia fascis~aJ

Compete ao Tribunal Constitucional decIarar nos termos e para os efeitos da Lei nO 6418 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfiIha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo 11deg

(Competencia relativa a consultas directas a nivel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nivel local previstas nO no 3 do artigo 2410 da Constituicao

1

f SERlE N 264 - 15-11-1982 3809

CAPITULO II Artigo 16gt

Organiza9io (Vota~ao)

SEqAO I

Composiy80 II constituilf80 do Tribunal

Artigo 120

(Composc50J

I - 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 juizes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos juizes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes coopt ados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo ngt

[Requisitos de elegibilidadeJ

1 Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portugueses no pleno gazo dos seus direitos civis e politicos que sejam doutorados ou liccnciados em Direito ou jUlzes dos restantes trishybunais

2 - Para efeho do numero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as licenciaturas por escola portuguesa Oll oficialmente reconhecidos em Portugal

Arrigo 14

(Candidaturas)

I - As candidaturas devidamente instruidas com os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas dedaralaquooes de aceitalaquoao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e urn maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniiio marshycad a para a eleiyao

2 Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas em numero pelo menos igual ao de vagas a preencher e fixado novo prazo de 3 dias para apresentayao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas em numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plenario da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Relacao nominal dos candidaos)

Ate 2 dias antes da reuniao marcada para a eIeishy(fao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a rela~iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

1-Os boletins de voto contem por ordem alfashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyficayao dos que sao juizes dos restantes tribunais

2- A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destin ado a ser assinalado com a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de Iugares a estes reservada sob pena de inutiliza~ao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eteitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois teryos dos deputados presentes desde que superior it maioria absoluta dos deputados em efectividade de fun~oes

5 - Se apas vota~iio em numero igual ao das vagas a preencher e nunca inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova retayiio nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshynores enos n 1 a 4 do presente artigo

6 - A eIeiyao de cada candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas too as as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na la serie do Diario da Repllblica sob a forma de resotu~iio da Asshyscmbleia da Republica

Artigo 170

(Reuniiio para cooptacao)

I - Ocorrendo vagas de jufzes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica em reuniiio a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao rna is novo servir de secreuirio

3 - Ocorrendo vagas de juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas em primeiro lugar

Artigo 18

(Relacao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica em boletim que inshytrOOuz na urna urn juiz dos restantes tribunais devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutinio organizar a rela~ao nominal dos indigitados

2 - A relayao deve conter nomes em numero pelo menOS igual ao das vagas a preencher repetindo-se a operayao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo 190

(Votacao e designacao)

1 - A cad a juiz cooptante edistribuido urn boletim de voto do qual constem por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3810 I SERlE - No 264 -15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos indigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inuti1iza~ao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver urn minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designa~ao

5 - Se ap6s 5 votacentes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova rela~ao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior e nos nOS 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a vota~ao 0 presidente da reuniao cornushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de votos previstos no no 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designa~ao

7 - Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos anteriores

8 - A coopta~ao de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A Iista dos cooptados e publicada na 13 serle do Diario da Republica sob a forma de declara~o assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 200

(Posse e juramento)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publica~ao da respectiva eJei~ao ou coopta~ao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoJuro por minha honra cumprir a Constitui~ao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshy~6es em que fico investidoraquo

Artigo 210

(Periodo de exercicio)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional sao desigshynados por urn periodo de 6 anos contados da data da posse e cess am fun~6es com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - as juizes dos restantes tribunais design ados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funrOes ate ao termo do sexenio

SECCAO II

Estatuto dos ju(zes

Artigo 220

(lndependencia e inamovibilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas func6es cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 230

(Cessa9ao de fun90es)

1 - As fun~6es dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacentes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceita~ao de lugar ou pnitica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas fun~6es

d) Demissao ou aposenta~ao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar ou crishyminal

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceita~ao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situa~6es previstas nas allneas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade fisica permanente ser previamente comprovada por 2 peritos medicos designados tambern pelo Tribunal

4 - A cessa~ao de fun~6es em virtude do disposto no nO 1 e objecto de declara~ao que 0 presidente do Tribunal fani publicar na 1 serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(lrresponsabilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados pelas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os juizes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercicio do poder disciplinar sobre uS seus juizes ainda que a ac~ao disciplinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo discipiinar nomear 0 respectivo instrutor de entie os seus membros deliberar sobre a eventual suspenshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores aplimiddot ca-se aos juizes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 260

(Responsabilidade civil e criminal)

Sao aplicaveis aos juizes do Tribunal ConstitucionaI com as necessarias adapta~oes as normas que reguIam a efectiva~ao da responsabilidade civil e criminal dos juizes do Supremo Tribunal de Justi~a bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 270

(lncompatibilidades)

1 - ~ incompativel com 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshy~oes em 6rgaos de soberania dRS regioes autonomas

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

1

f SERlE N 264 - 15-11-1982 3809

CAPITULO II Artigo 16gt

Organiza9io (Vota~ao)

SEqAO I

Composiy80 II constituilf80 do Tribunal

Artigo 120

(Composc50J

I - 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 juizes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos juizes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes coopt ados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo ngt

[Requisitos de elegibilidadeJ

1 Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portugueses no pleno gazo dos seus direitos civis e politicos que sejam doutorados ou liccnciados em Direito ou jUlzes dos restantes trishybunais

2 - Para efeho do numero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as licenciaturas por escola portuguesa Oll oficialmente reconhecidos em Portugal

Arrigo 14

(Candidaturas)

I - As candidaturas devidamente instruidas com os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas dedaralaquooes de aceitalaquoao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e urn maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniiio marshycad a para a eleiyao

2 Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas em numero pelo menos igual ao de vagas a preencher e fixado novo prazo de 3 dias para apresentayao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas em numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plenario da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Relacao nominal dos candidaos)

Ate 2 dias antes da reuniao marcada para a eIeishy(fao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a rela~iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

1-Os boletins de voto contem por ordem alfashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyficayao dos que sao juizes dos restantes tribunais

2- A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destin ado a ser assinalado com a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de Iugares a estes reservada sob pena de inutiliza~ao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eteitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois teryos dos deputados presentes desde que superior it maioria absoluta dos deputados em efectividade de fun~oes

5 - Se apas vota~iio em numero igual ao das vagas a preencher e nunca inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova retayiio nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshynores enos n 1 a 4 do presente artigo

6 - A eIeiyao de cada candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas too as as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na la serie do Diario da Repllblica sob a forma de resotu~iio da Asshyscmbleia da Republica

Artigo 170

(Reuniiio para cooptacao)

I - Ocorrendo vagas de jufzes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica em reuniiio a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao rna is novo servir de secreuirio

3 - Ocorrendo vagas de juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas em primeiro lugar

Artigo 18

(Relacao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica em boletim que inshytrOOuz na urna urn juiz dos restantes tribunais devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutinio organizar a rela~ao nominal dos indigitados

2 - A relayao deve conter nomes em numero pelo menOS igual ao das vagas a preencher repetindo-se a operayao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo 190

(Votacao e designacao)

1 - A cad a juiz cooptante edistribuido urn boletim de voto do qual constem por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3810 I SERlE - No 264 -15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos indigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inuti1iza~ao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver urn minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designa~ao

5 - Se ap6s 5 votacentes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova rela~ao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior e nos nOS 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a vota~ao 0 presidente da reuniao cornushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de votos previstos no no 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designa~ao

7 - Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos anteriores

8 - A coopta~ao de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A Iista dos cooptados e publicada na 13 serle do Diario da Republica sob a forma de declara~o assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 200

(Posse e juramento)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publica~ao da respectiva eJei~ao ou coopta~ao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoJuro por minha honra cumprir a Constitui~ao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshy~6es em que fico investidoraquo

Artigo 210

(Periodo de exercicio)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional sao desigshynados por urn periodo de 6 anos contados da data da posse e cess am fun~6es com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - as juizes dos restantes tribunais design ados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funrOes ate ao termo do sexenio

SECCAO II

Estatuto dos ju(zes

Artigo 220

(lndependencia e inamovibilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas func6es cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 230

(Cessa9ao de fun90es)

1 - As fun~6es dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacentes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceita~ao de lugar ou pnitica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas fun~6es

d) Demissao ou aposenta~ao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar ou crishyminal

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceita~ao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situa~6es previstas nas allneas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade fisica permanente ser previamente comprovada por 2 peritos medicos designados tambern pelo Tribunal

4 - A cessa~ao de fun~6es em virtude do disposto no nO 1 e objecto de declara~ao que 0 presidente do Tribunal fani publicar na 1 serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(lrresponsabilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados pelas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os juizes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercicio do poder disciplinar sobre uS seus juizes ainda que a ac~ao disciplinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo discipiinar nomear 0 respectivo instrutor de entie os seus membros deliberar sobre a eventual suspenshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores aplimiddot ca-se aos juizes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 260

(Responsabilidade civil e criminal)

Sao aplicaveis aos juizes do Tribunal ConstitucionaI com as necessarias adapta~oes as normas que reguIam a efectiva~ao da responsabilidade civil e criminal dos juizes do Supremo Tribunal de Justi~a bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 270

(lncompatibilidades)

1 - ~ incompativel com 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshy~oes em 6rgaos de soberania dRS regioes autonomas

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3810 I SERlE - No 264 -15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura urn quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aos indigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inuti1iza~ao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver urn minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designa~ao

5 - Se ap6s 5 votacentes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova rela~ao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior e nos nOS 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a vota~ao 0 presidente da reuniao cornushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de votos previstos no no 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designa~ao

7 - Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos anteriores

8 - A coopta~ao de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A Iista dos cooptados e publicada na 13 serle do Diario da Republica sob a forma de declara~o assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 200

(Posse e juramento)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publica~ao da respectiva eJei~ao ou coopta~ao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoJuro por minha honra cumprir a Constitui~ao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshy~6es em que fico investidoraquo

Artigo 210

(Periodo de exercicio)

1 - as juizes do Tribunal Constitucional sao desigshynados por urn periodo de 6 anos contados da data da posse e cess am fun~6es com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - as juizes dos restantes tribunais design ados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funrOes ate ao termo do sexenio

SECCAO II

Estatuto dos ju(zes

Artigo 220

(lndependencia e inamovibilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas func6es cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 230

(Cessa9ao de fun90es)

1 - As fun~6es dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacentes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceita~ao de lugar ou pnitica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas fun~6es

d) Demissao ou aposenta~ao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar ou crishyminal

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceita~ao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situa~6es previstas nas allneas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade fisica permanente ser previamente comprovada por 2 peritos medicos designados tambern pelo Tribunal

4 - A cessa~ao de fun~6es em virtude do disposto no nO 1 e objecto de declara~ao que 0 presidente do Tribunal fani publicar na 1 serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(lrresponsabilidade)

as juizes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados pelas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os juizes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercicio do poder disciplinar sobre uS seus juizes ainda que a ac~ao disciplinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo discipiinar nomear 0 respectivo instrutor de entie os seus membros deliberar sobre a eventual suspenshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores aplimiddot ca-se aos juizes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 260

(Responsabilidade civil e criminal)

Sao aplicaveis aos juizes do Tribunal ConstitucionaI com as necessarias adapta~oes as normas que reguIam a efectiva~ao da responsabilidade civil e criminal dos juizes do Supremo Tribunal de Justi~a bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 270

(lncompatibilidades)

1 - ~ incompativel com 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshy~oes em 6rgaos de soberania dRS regioes autonomas

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3811 I SERlE - No 264 -15-11-1982

ou do poderlocal bern como 0 exercicio de qualqu~r outro cargo ou funltao de natureza publica ou orishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercicio nao remunerado de funltoes docentes ou de investigaltao cientifica de natureza jurfdica

Artigo 280

(Proibicao de actividades politicas)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funltoes em argaos de partidos de associaltoes poifticas ou de fundaltoes com eles conexas nem desenvolver actividades politico-partidashyrias de caracter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filialtao em partidos ou associaltoes poifticas

Artigo 290

(IrnJedinentos e suspeicoes)

1 - e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushycional 0 regime de impedimentos e suspeiltoes dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A filialtao em partido ou associaltao politica nao constitui fundamenro de suspeiltao

3 - A verificaltao do impedimento e a aprecialtao da suspeiltao competem ao Tribunal

Artigo 300

(Direitos catecorias vencimentos e regalias)

Os jufzes do Tribunal Constitucional tern honras direitos categorias traramento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Tustilta

Artigo 310

(Abonos com~lementares)

1 - 0 presidentc do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a tftulo de despesas de representaltao e ao uso Je viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no no 1 do artigo seguinte tera ainda direito ao subspounddio atribufdo aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 320

(AJudas de custo)

1 - Os jufzes residentes fora dos concelhos de Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessiio do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terlto da ajuda de custo af referida

Artigo 330

(Passaporgte)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes juizes a passaporte especial nos termos da respectiva legisshylalt80

Artigo 340

(Dstribuicao de publicacoes oficlais)

1- Os juizes do Tribunal Constitucional tern dishyreito a distribuiltao gratuita da la serie do Diario da Republica do Diorio da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Oficia de Macau bern como do Boletim do Ministerio da justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaltoes oficiais que consimiddot derem necessarias ao exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justilta dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 350

(Estabilidade de emprego)

1 - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranlta social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funltoes

2 - Os juizes que cessem funltoes no Tribunal Constitucional retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos Iushygares de origem ser entretanto providos a titulo inrl rino

3 - Durante 0 exercicio das suas funltoes os juf zes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promosoes a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No caso de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funltao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de servilto 0 exercicio de funltoes no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 360

(Competencla Interna)

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orltamento anual do

Tribunal d) Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sessoes ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3812 I SERlE - NltJ 264 - 15-11-1982

Artigo 370

(Eleilao do presidente e do vice-presidente)

Os juizes do Tribunal Constitucional elegem de entre si a presidente e 0 vice-presidente do Tnmiddot bunal Constitucional

2 A eieiyao do presidente e do vice-presidente s6 pede realizar-se estando preenchidos tados os Iugares de juiz do Tribunal

3 - A eleiao do presidente precede a do vicshy-presidente quando os 2 Iugares se encontrem vagos

4 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 38

(Forma de eJeilao)

o presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussiio ou debate previos tm sessao presidida na falta do presidente ou do vice-presidente pelo Jufz mais idoso e secreranada pelo rnais novo

2 - Cada juiz assinala a nome par si escolhido num bolttim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mcsma votatrao obtiver 0 minima de 9 votos set apos 4 yota~aes nenhum juiz tiver reunido este ntimero de votos sao admitidos as votarraes ulterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquelc ntimero de votos considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver 8 votos na mesma vorayao

4 - As voracoes sao realizadas sem interrupyao da scssao

5 - Considera-se eleito vice-presidente a jUlZ que obtiver 0 minimo de 8 Yotos ap6s as yotac6es necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros antedores

6 - A elehao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e publicada na 1a serie do Ditirio da Repiiblica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniiio

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

I - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar a Tribunal e assegurar as suas relaoes com os demais orgaos e autorishydades publicas

b) Receber as candidaturas e as decIara~s de desistencia de candidatos a Presidente da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da elcicao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirigir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votac5es f) Convocar sess6es extraordimirias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

a expediente e ordenar a passagem de cershytid6es

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para juIgamento em cada sessao

i) Distribuir as ferias dos jufzes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracaa do Tribunal bem como na secretaria enos servicas de apoio

l) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sabre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faItas e impedimentos

3 - Nas sess6es presididas pelo vice-presidente nao poderao ser apreciados processos de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SECCXO I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sessoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional funciona em sesshysaes plemirias e por seccOcs

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reline extraordinashyriamente sempre que 0 presidente a convocar por iniciativa pr6pria ou a requerimento da maioria dos juizes em efectividade de func6es

Artigo 410

(Seccoes)

1 - Havera 2 seccOes nao especializadas cad a uma delas constituida peIo presidente do Tribunal e por mais 6 juizes

2 - A distribuicao dos juizes pelas secc6es e feita peIo proprio Tribunal no inicio de cad a ana judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberacoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenario ou em seccao s6 pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de func6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberac6es sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz disp6e de 1 voto e 0 presidente au 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 43

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sabre ferias judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3813 I SERLE - N 264 -15-11-1982

tituciQnalidade e legalidade de nonnas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamente aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As fSrias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do qu6rum de funshycionamento do Tribunal

4 - Na secreta ria nao ha ferias judiciais

Artigo 44

(Representaqao do MinistElrlo Publico)

o Ministerio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional pelo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas fun90es no viceshy-procurador-geral ou ~urn procurador-geral-adjunto

SECIAO 11

Secretaria e servi~os de apoio

Artigo 45

(Organizaltao)

o Tribunal Constitucional tern uma secretaria e servi90S de apoio cuja organiza9ao composi9ao e funcionamento sao regulados por decreta-lei

Artigo 46

(Secreta ria)

1 - A secretaria e dirigida por urn secretario sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secretario tem categoria identica a do seshycredrio do Supremo Tribunal de Justi9a

3 - 0 pessoal da secreta ria tern os direitos ereshygalias e esta sujeito aos deveres e incompatibilidades do pessoal da secretaria do Supremo Tribunal de fusti9a

Artigo 470

(Provirnento)

o provimento do pessoal da secreta ria e dos sershyvi90S de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Artigo 48

(Legislaltao aplicavel)

A distribui9ao de processos sao aplicaveis as norshymas do C6digo de Processo Civil que regulam a disshytribui9ao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 490

(Especies)

Para efeitos de distribui9ao h8 as seguintes espeshycies de processos

la Processos de fiscaliza9ao preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaiiza9ao abstracta da constitucionalidade ou legalidade

3a Recursos 4a Reclama90es 5a Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

I - Para efeitos de distribui9ao e substitui9ao de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessio do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionaIidade e da legaIidade

SUBCAPfTULO I

Proeessos de fiscaliza~o abstrata

SEClaquoAO I

Oisposi~oes comuns

Artigo 510

(Recebirnento e adrnissao)

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das nonnas juridicas referidas nos artigos 2780 e 281deg da Constitui9ao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das norm as cuja aprecia9ao se requer as normas ou os principios consthucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejuizo dos numeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indica90es a que se refere 0 nc t o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apas 0 que os autos the serao novashymente conc1usos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeitli-Io

5 - 0 Tribunal s6 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a ilegalidade de nonnas cuja aprecialtao tenha side requerida mas pode faze-Io com fundashymenta9iio na vioIa9ao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja viola~ao foi inshyvocada

Artigo 520

(Nao adrnissao do pedido)

t - 0 pedido nao deve ser admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar DaO tiverem

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

middot 3814 I SERIE-N 264-15-11-1982

sido supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - 5e 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar c6pias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias au tratando-se de fiscalizayao prevenriva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notmshycada a enridade requerente

Artigo 53

(Desistencia do pedido)

56 e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaIizayao preventiva da constitucionaIidade

Artigo 54

(Audhao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que river emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sabre ele no prazo de 30 dias ou tratando-se de fisca1iza~ao preventiva de 3 dlas

Artigo 55

(Notificatoes)

1 - As notificayOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal telegrafica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notificay6es sao acompanhadas conforme os casas de c6pia do despacho ou da decisao com os respectivos fundamentos ou da petiyao apresenshytada

3 - Tratando-se de 6rglio colegial ou seus titulashyres as notificayOes sao feitas na pessoa do respectivo presidente ou de quem 0 substitua

Artigo 56

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas secy6es seguintes e apIicavel 0 disposto no arshytigo 144deg do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dilacrao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizacao preventiva de 2 dias quando os actos respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECcXO II

Processos de fiscalizaljao prevent iva

Artigo 57

(Prazos para apresentatao e receblmento)

1 - Os pedidos de apreciacyao preventiva da constishytucionalidade a que se referem os nOS 1 e 2 do arshydgo 278deg da Constituicao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepcrao do diploma pelo Presidente da Republica ou pelo ministro da Republica

2 -pound de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51deg ou submeter OS autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Artigo 58

(Distribuitao)

1 - A distribuiyao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente concluso ao relashytor a fim de elaborar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicarmiddotlhe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues capias do pedido a todos os juizes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acardao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59deg

(Formaao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da c6pia do proshyjecto de acardao e-Ihe concIuso 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dias sabre a entrega das capias do projecto de acardao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

as prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que the e conferida pelo no 4 do artigo 278 da Constituiyao

Artigo 61

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionaIidade em processo de fiscalizacrao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279 da Constituicao

SECcAO III

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

(Prazo para admissilo do pedldo)

1 - as pedidos de apreciacrao da inconstitucionashylidade au da iIegaJidade a que se referem as alineas a) a c) do no 1 do artigo 2810 da Constituicrao podem ser apresentados a todo 0 tempo

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

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rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3815 I SERlE - No 264 15-11-1982 2 ~ pound de 2 dial 0 prazo para a secretaria autuar

e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no nO 3 do artigo 51deg e no nO 2 do artigo 52deg

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 630

(Distribuiqao e poderes do relator)

I - Junta a resposta do argao de que emanou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja side recebida e 0 processo distribufdo na 1a sessiio ordinaria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da resposta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos ou entidades os elementos que julgue necessarios ou cooshyvenientes para a elabora~ao do projecto de ac6rdao

Artigo 64deg

(Pedidos com objecto identico)

I - Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao inccrporados no processo respeitante ao prishymelro

2 0 argao de que emanou a norma e notificado da apresentalt50 dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator podem dispensar a sua audiltiio sobre os mesmos sempre que a julguem desshyn~cessaria

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiltao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado p~r 8 dias 0 prazo inicialmiddot se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiltao consishydra-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere o nO 1 do artigo 650

Artigo 650

(Decisao)

I - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiltiio apas 0 que a secretaria distribui copia do mesmo por todos os juizes

2 - Com a entrega da c6pia que se the destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das copia referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz5es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efeitos da declaracao)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de ilegalishydade com forlta obrigatoria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282deg da Constituiltiio

SEC9AO IV

Processos de fiscalizalfao da inconstitucionalidade por omissao

Artigo 670

(Remissao)

Ao processo de aprecia~ao do nao cumprimento Ia Constituiltao por omissao das medidas legislativ8s necessarias para tornar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicaveI 0 regime estabe1ecido na secshy~ao anterior salvo quanto aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verificacao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional verishyfique a existencia de inconstitucionalidade por omlSshysao tern 0 efeHo previsto no nO 2 do artigo 283deg ua Constituisao

SUBCAPTULO II

Processos de fiscalizacio concma

Artigo 690

(Legislacao aplicavel)

A tramitacrao dos recursos para 0 Tribunal ConsshytitucionaI sao subsidiariamente aplicaveis as normas do C6digo de Processo Civil em especial as respeishytantes ao recurso de apeiarao

Artigo 700

(Decisoes de que pode recorrermiddotse)

I Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em seccrao das decisoes dos tribunais

a) Que recusem a aplicacrao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apiquem norma cuja inconstitucionalishydade haja sido suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicacrao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua iIegalidade por violarao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que recusem a apIicarao de norma emanada de urn 6rgiio de soberania com fundashymento na sua iIegalidade por violaltao do estatuto de uma regiao autonoma

e) Que apliquem norma cuja iIegalidade haja sido suscitada durante 0 processo com qualshyquer dos fundamentos referidos nas alishyneas c) e d)

f) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional ou Hegal pelo proprio Trishybunal Constitucional

g) Que apiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucional pela Comissao ConstitucioshynaI nos precisos termos em que seja reshyquerida a sua aprecialtao ao Tribunal Consshyti tuciona

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3816 I SERlE - N) 264 - 15-11-1982

2middot- Oi recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisOes que nao admitam recurso ordimirio por a lei 0 nao prever ou por jli haverem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisOes sujeitas a recurso ordinario obrigatorio nos termos da respect iva lei processual

4 - Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposicao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interp6-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Arrigo 710

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos a questiio da inconstitushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 720

(legltlmldade para recorrerl

1 - Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio PUblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham legitimidade para dela interpor recurso

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do nO t do artigo 70deg so podem ser interpostos pels parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigat6rio para 0 Ministerio Ptlshyblico quando a norma cuja aplicacao haja sido reshycusada por inconstitucionalidade ou ilegalidade conste de convencao intemacional acto legislativ~ ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas alineas f) e g do n 1 do artigo 70deg

Artigo 73deg

(lrrenunciabilldade do direito ao recurso)

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciaveI

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

o recurso interposto pelo Ministerio Ptlblico aproveita a todos os que tiverem legitimidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado nus casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do nO 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do ngt t do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver side proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 750

(Prazo)

1 - A interposiciio de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysicao de outros que porventura eaibam da decisao os quais so podem ser interpostos depois de cessada a interrupcao

2-Interposto recurso ordinario que nao seja admitido eom fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucionar conta-se do momento em que se tome defishynitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 760

(Decisao sobre a admissibilidade)

I - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisao recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de reeurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja sido interposto fora do prazo quando 0 requerente careca de tegitimidade ou ainda no caso dos recurshysos previstos nas alineas b) e e) do nO 1 do artigo 70deg quando forem manifestamente infundados

3 - A decisao que admita 0 recurso ou lhe detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes s6 podem impugna-Ia nas suas alegaltoes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposicao do recurso cabe reclamaltao para 0 Trishybunal Constitucional

Artigo 77deg

(Reclamalao do despacho que indefira a admissao de recurso)

1 - 0 julgamento de redamacao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em sectao

2 - 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias pura 0 Ministerio Publico e para os resshytantes julzes

3 - A decbiio nilo pode ser impugnada e se reshyvogar 0 despacho de indeferimento faz easo julgado quanto a admissibilidade do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subidaJ

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita ~Utro por razOes de valor ou alcada tem os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alcada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos e 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no ntlmero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3817 I SERlE - Nu 264 -15-11-1982

Artigo 790

(Aegaltoes)

As alegayoes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisao)

1 - A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou iJegaJidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento 80 recurso ainda que s6 parcialmente os autos baishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 juIgamento sabre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sobre a norma que a decisao recorrida tiver oplicodo ou 0 que tiver recusado aplicaytio 51 fundar em detenninada interpretayao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretayao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 recurso ou Ihe negue provimento transita tambern a decisao recorrida se estiverem esgotados as rccursos ordinnrios ou comcgum Ll correr os pro zas para estes recursos no caso contrario

Artigo 81deg

(Registo de decisoes)

De todas as decisoes do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a iIeshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livre proprio e guard ada c6pia autenticada pelo secretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repetiltao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver sido julgada inshyconstitucional au ilegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizayao de urn processo com as c6pias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidentc seguindo-se os termos do processo de fiscaIishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilcgalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Patrocinio judichirio)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional C obrigat6ria a constituierao de advogado

2 - S6 pode advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justiya

Artigo 840

(Custas multa e indemnizaltao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamayoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemnizayao como Iitigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 850

(Assistencia judicikia)

Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes litigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPITULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processos I8lativos it mortbullbull impossibilidade ffsica permanente impedimento temporario

penis de cargo 8 destituiao do Presidente da Republica

Artigo 860

[Iniciativa dos processos

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verifica~ao c declaruyao da morte eu da lmposslbilidade fisica permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificayao e deshycIaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Republica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 132deg da Consrituiyao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de rustiera a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constituiyao

Arrigo 870

(Morte do Presidente da Republica)

1 - Ocorrenda a morte do Presidente da Republica o procuradar-geral da Republica requer imediatamente a sua verificayaa pelo Tribunal Consritucional apreshysentando prova do 6bito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plenario verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declarayao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo natificada ao Presidente da Assembleia da Republica a qual fica automaticashymente investida nas funyoes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

(Impossibilidade fisica permanente do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo impassibilidade fisica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3818 I SERlE - N 264 - 15-11-1982

rHica=aQ middotdevendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIeshymirio procede de imediato a designa9ao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemlrio no dia seshyguinte ao da apresenta980 do relat6rio

4 - pound aplicavel 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a declara~ao de vagatura do cargo pOl impossibishylidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Arrigo 890

(Impedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verifica9ao e a declara9ao do impedimento temporario do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas fun(f5es pode ser requerida por este ou peto procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja apHcavel pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procllr~cior-geral da Republica Ollve previashymente sempre que possivel 0 Presidente da Republica

3 - 0 Tribunal em plenario orden a as diligencias probat6rias que julgue necessarias ouve sempre que possfvel 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresenta9ao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessa9ao do seu impedimento temporario ao Tribunal Constitushydonal 0 qual ouvido 0 precurador-geral da RepubIic3 declara a cessa9ao do impedimento temporario do Premiddot sidente da Republica

Artigo 900

(Perda do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio naciona)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a verifishyc39ao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da Constishytui9iio

2 - 0 Tribunal reline em sessao plenana no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo se julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar nemiddot cessarias ouvido designadamente sempre que possivel o Presidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica apas 0 que decide

Artigo 91deg

(Destltulclio do cargo de Presdente da Republlcal

1 - Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justi9a condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshy90es 0 presidente do Supremo Tribunal de Justi9a envia de imediato certidio da mesma ao Tribunal Constitucional para os efeitos do nO 3 do artigo 133deg da Constituiyao

2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reune em sesshysao plenaria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal dec1ara 0 Presidente da Republica destitufdo do seu cargo

4 - A declara9ao de destitui9aO e aplicavel 0 disshyposto no artigo 870

SUBCAPfTULO II

Processos eleitorais

SEC(AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidents da Republica

SUBSEC~O t

Camfidaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sortelo)

1 - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazopara a apresentayao das candidaturas 0 presidente precede na presen9a dos candidatos ou seus mandatarios lt10

sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente afixar por edita a porta do Tribunal urna rela9ao com os nashymes dos candidatos ordenudos em conformidade com o sorteio

4 Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVlamiddot das c6pias a Comissao Nacional de Elei90es aos mishynistros da Republica e aos govemadores civis

Artigo 93

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresenta9ao das canalmiddot daturas 0 Tribunal em secyao designada por sorteio verifica a regularidade dos processos a autenticidade dos decumentos e a elegibilidade dos candidatos nos terrnos da Constituiltao e cia lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidente manda notificar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisao e proferida no prazo de 5 dias a con tar do terrno do prazo para a apresenta9ao de candidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manmiddot datarios

Artigo 940

(Recurso)

Da decisao sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de 1 dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitldas)

A relalfao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EIei(f5es 80s

ministros da Republica e aos govemadores civis no prazo de 3 dias

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3819 I SERlE _No 264 -15-11-1982

SUBsEqAO II

Desistencia mone e incapacidade de candidatos

Arrigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-la mediante declaraltao par ele escrita com a assinatura reconhecida por notano apreshysentada ao presidente do Tribunal ConstitucionaL

2 - Verificada a regularidade da declaraltao de desistencia a presidente do Tribunal imediatamente manda afixar c6pia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleilt6es os mishynjstros da Republica e os govemadores civis

Artigo 97deg

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

1 - Cabe ao procurador-ge~al da Republica prashymover a verifical(ao da morte ou a declara~ao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 127deg da Constituiltao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysen tar prova do 6bito ou requerer a designaltao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candidato fornecendo neste caso ao Tribunal todos os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidato ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a I dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relat6rio no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal ap6s o que este em pienario decide sobre a capacidade do candidato

S - Verificado 0 6bito ou decIarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente dec1ara~ao

sunCEqAo III

Apuramento gerai da elei~o e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presimiddot dente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamacoes)

1 - Da decisao sobre as rec1ama~6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoral cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixarao do edital que tome publicos os resultados do apuramento

2 - Podemmiddot recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A petiltaO deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos os meios de prova incluindo fot0c6pia da acta de apuramento gera

Artigo 100deg

(TramitaQso e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediata mente concluso ao presidente do Tribunal a fim de ser designado par sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admimiddot tidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificalao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de aOOrdao no praza de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas c6pias aos restantes juizes

4 - A sessao plena ria para julgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribui~ao das 00shypias

5 - A decisao e de imediato comunicada ao Presimiddot dente da Republica e a Comissao Nacional de Elei~6es

SUBSEltAO II

Outros processos eleitorais

Artigo 1010

(Contencioso de apresentaQilo de candidaurasl

1 - Das decisoes dos tribunais de 1 instancia em materia de contencioso de apresentalao de c~ndimiddot daturas relativamente as eleic6es para a Assembleia da Republica assemblehis regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytarao de candidaturas e regulado peIas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribufdas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relarao previstas no no 1 do artigo 32deg no no 2 do artigo 340 e no armiddot tigo 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 320 e nos artigos 340 e 350 do Decreta-Lei no 26780 de 8 de Agosto no no 1 do artigo 260 e nos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 25deg e 280 do DecretashymiddotLei no 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decisOes sobre reclama~6es ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votacentes enos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleilOes para a Assembleia da Republica assembleias regionais ou orgaos do pader local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regulado pelas leis eleitorais

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3820 I SERlE -N 264 -15-11-1982

3 ~De acordo com 0 disposto nos mlmeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da rela930 previstas no no 1 do artigo 118deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no nO 1 do artigo 118deg do Decreto-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no nO 1 do artigo 111deg do Decretoshy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg hem como no no 2 do artigo 83deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSE~AO III

Processos relativos a partidos poifticos coliga=oes e frentes

Artigo 103deg

(Registo e contencioso relativos a partidos coligacoes e frentesl

t - Os processos respeitantes ao registo e ao 000shytencioso relativos a partidos politicos e coliga~oes ou frentes de partidos ainda que constitufdas para fins meramente eleitorais regem-se pela legislagoo aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secyo a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Jllstila prevista no no 6 do artigo 5deg do Dccrcto-Lci no 59574 de 7 de Novembro na reda~iio que lhe roi dada pelo Decreto-Lei nO 12675 de 13 de Ma~o

3 - De acordo com 0 dispoSto no no 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Tustiya previstas no Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Eleicoes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 220 do Decretoshy-Lei nO 26780 de 8 de Agosto no no 2 do artigo 120 do Decreto-Lei nO 31B-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdiyao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei nO 59574 de 7 de Novembro

SEC~O IV

Processos relativos a organiza=Des que perfilhem a idegia fascista

Artigo 104deg

(Declaracao)

1 - Os processos relativos adeclaracao de que urns qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e l sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial apIicavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior sao atribufdas ao Tribunal ConstitucionaI em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Tusti~a previstas no artigo 60

no nO 2 do artigo 10 e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SECcAO v

Processos relativos a verificacao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aos eleitores

Artigo 105

(Remissao)

o processo de verificaciio da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 241 da Consshytituiciio da RepUblica e regulado pela lei al prevista

TiTULO IV

Disposi~oes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Processos pendentes no Conselho da RevoIUlao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnlstratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynarncnto do Tribunal estejnm pendentes nn Comissao Constituciona ou que para eIa hajam sido interpostos transitarn para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus termos na rase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quanta a distribuirao e vistos

2 - Os pedidos de apreciayao e declara9ao de inshyconstitucionalidade pendentes no ConseIho da RevoshyIUyao ou na Comissao Constitucional adata da entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional onde sao processados como pedidos de dec1aracao de inconstitucionalidade nos tennos da presente lei

3 - Transitam aiuda para 0 Tribunal Constitucional nos termos do nO 2 os pedidos de declaraciio de HeshygaIidade fonnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data da entrada em vigor da Lei Constitucional no 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Registo de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de lustica transita para 0 Tribunal ConstitucionaJ

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate a entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se em funroes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiciio nos tennos e para 05 efeitos do disposto nos n 3 e 4 do arshytigo 246deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sendo aplicavel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9 too 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

bullbullbull

I SERlE[ - No 264 -15-11-1982 3821 --------------------------------------------------------Artigo 109deg Artigo 114deg

(Primeira designacao dos juizes) (Providencias orcamentais)

1 -- A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e aplicavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera~i5es

a) 0 prazo a que se refere 0 nO 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da pubHca~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 no 4 do mesmo ar tigo e de 1 dia

c) A votacao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg diaposterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes e1eitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei~ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a coopta~ao dos restantes juizes

2 -- Os 10 juizes eleitos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 juizes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servi~ a qualshyquer titulo na secretaria e no nucleo de apoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enmiddot trada em vigor cia presente lei transita a iguaI titulo e com categoria correspondente para os quadros da secretaria e dos serviltros de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominariva e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashyltao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

(Biblioteca e arquivo da Comissao Constitucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 112

(Publicacao oficial de ac6rdaos)

1 -- Sem prejuizo do disposto no artigo 57 sao publicados no Boletim do Ministerio da Justifa todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a seleccao ao presidente

2 -- 0 Tribunal Constitucional promove a publicashyltrao dos seus acordaos com interesse doutrinario em colectanea anuaI

3 -- 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a pubIicacao dos acordaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113

(Funcionamento durante 0 ano de 1982)

o runcionamento do Tribunal Constitucional easseshygurado durante 0 ana de 1982 peJa verba inscrita no Orltamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual sc necessario sera para 0 efeito reforltrada

o Ministro de Estado e das Finan~as e do Plano proshypora ao Govemo as providencias o~amentais necesshysarias a execu9ao da presente lei

Arrigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publica~ao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108deg

2 - A allnea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10deg 101deg 102deg 103deg e 107deg entram em vigor 60 dias ap6s a posse dos primeiras juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovada em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANTONIO RAMALHO EANES

PRESID~NCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Gabinete do Primeiro-Ministro

Resolu~ao n 20382

o Conselho de Ministros reunido em 14 de Outushybra de 1982 deliberou nos termos dos artigos 10 e 2deg no I do Tratado de Extradi~ao entre a Gra-Breshytanha e Portugal de 17 de Outubro de 1982 autorizar o prosseguimento do processo de extradi~o relativo ao subdito ingIes Colin Victor Littlechild acusado da pratica de urn crime de homicidio voluntario

Presidencia do Conselho de Ministros 14 de Outushybra de 1982 - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

Secretaria-Geral

Declara9io

Para os devidos efeitos se declara que a numera~ao do decreto regulamentar regional publicado no Diashyrio da Republica La serie nO 238 de 14 de Outubro de 1982 cnjo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral saiu com a seguinte inexactidao que assim se rectifica

Onde se Ie laquoDecreto Regulamentar Regional nO 2282Araquo deve lerose laquoDecreto Regulamenshytar Regional nO 2282Mraquo

Secretaria-Geral da Presidencia do Conselho de Mishynistros 27 de Outubro de 1982 -- 0 Secretario-Geral Franfa Martins

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

~J

iagunda-fBiral5 dB NOVBmbro dB 1982 I Serie - Numero 264 ~

DIARIO DA REPU HllCA PRE90 DESTE NUMERO - 32$00

Anual Semestral Toda a correspondilncia quer oficial Assina turas

Assina- Assinashy 0 p~ dos anlincios Ii dB 34S a quer relativa a antincios e a assinaturas Correia Correiatura lura linha dependendo a sua publicalio do pa-do IDioirio da Republicu e do cDiario da - shy - shy - shy --

Assembleia da Republica dave ser diri- Completa bullbull 5500$00 1700$00 3000S00 850$00 gamento antecipado a efectuar na 1mshygida 11 Administra~o da Imprensa Nashy 1- serle 2200$00 1oooSoo 12ooSoo 5OOS00 prensa Nacional-Casa da Moeda quando cional-Casa da Maeda Rua de D Francisco 2- serie bullbull 2200S00 1000S00 12OOS00 5OOSoo

3- sene 12200S00 1 OOOSOO 1200500 500S00 se trate de entidade particular Manuel da Melo 5 shy 1092 Lisboa Codel Duas series diferentes bull 3 800S001 300S00 2100500 650SOO

Apendices bullbullbull 1 500S00 2ooSoo -

SUPLEMENTO

SUMARIO

Assembleia da Republica

Lei n 2882

Organiza~iio funcionamento e processo do Tribunal Constitucional - Repete a publicasiio inserindo agora a referenda ministerial

ASS8MBlpoundJA DA RlEPOBUCA Artigo 2deg

(Decisoes)Lei nO 2882 de 15 de Novembro

As decis6es do Tribunal Constitucional sao obrigashyOrganiza~o funcionamento 8 processo t6rias para todas as entidades publicas e privadas e

do Tribunal Constitucional prevalecem sobre as dos restantes tribunais e de quaisshyquer outras autoridades

A Assembleia da Republica decreta nos termos do artigo 244deg da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro 0 seguinte

Artigo 3deg

TiTULO I (Publicaltao das decisoes)

Disposicoes gerais 1 - Sao publicadas na la serie do Diario da RepushyArtigo 10 blica as decis6es do Tribunal Constitucional que teshy

nham por objecto (Jurisdicao e sede)

a) Declarar a inconstitucionalidade ou a ilegaJishydade de quaisquer normas o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdivao

no ambito de toda a ordem juridica portuguesa e tern b) Verificar a existencia de inconstituciCnalidalt1e sede em Lisboa par omissao

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3822-(2) I SERIE-No 264-15-11-1982

~) Verificar a morte a impossibilidade fisica permiddot manente ou a perda do cargo de Presidente da Republica

d) Verificar 0 impedimento temporario do Presimiddot dente da Republica para 0 exerdcio das suas fun~oes ou a cessacao desse impedi mento

e) Verificar a morte ou a incapacidade para 0

exercicio da fun~ao presidencial de qual quer candidato a Presidente da Republica

I) Declarar que uma qualquer organizacao pershyfilha a ideologia fascista e decretar a resmiddot pectiva extin~ao

g) Verificar a constitucionalidade e a legalidade das consultas directas aos eleitores a nivel local

2 - Sao publicadas na 2a serie do Didrio da Reshypliblica as demais decisoes do Tribunal Constitucioshynat salvo as de natureza meramente interlocut6ria

Artigo 4

(Coadjuvaltao de outros tribunais e autoridades)

No exercicio das suas funcoes 0 Tribunal Constishytucional tern direito a coadjuva~ao dos restantes trshybunais e dos outras autoridades

Artigo 5

(Regime administrativo e financeiro)

o Tribunal Constitucional e dotado de autonvmia administrativa e dispoe de or~amento proprio msshycrito nos encargos gerais da Na9ao do Or9amento du Estado

TITULO II

Competencia organizacao e funcionamento

CAPITULO I

Competencia

Artigo 6

(Aprecialtao da inconstitucionalidade e da ilegalidade)

Compete ao Tribunal Constituclonal apreciar a inshyconstitucionalidade e a ilegalidade nos termos dos artigos 277deg e seguintes da Constituicao e nos da presente lei

Artigo 7deg

(Competencia relatlva ao Presldente da Republica)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Verificar a morte e declarar a impossibilidade ffsica permanente do Presidente da Repushyblica bem como verificar os impedimentos temporarios do exercicio das suas func5es

b) Verificar a perda do cargo de Presidente da Republica nos casos previstos no no 3 do artigo l320 e no nO 3 do artigo 133deg da Constitui~ao

Artigo 8

(Competencia relativa a processos eleitorais)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Receber e admitir as candidaturas para Preshysidente da Republica

b) Verificar a morte e declarar a incapacidade para 0 exercicio da funcao presidencial de qualquer candidato a Presidente da Repushyblica para 0 efeito do disposto no no 3 do artigo 1270 da Constituicao

c) JuIgar os recursos interpostos de decisoes sobre reclama90es e protestos apresentados no acto de apuramento geral das eleicoes do Presidenre da Republica

d) fulgar os recursos em materia de contencioso de apresentacao de candidaturas e de conshytencioso eleitoral relativamente as eleicoes para a Assembleia da Republica assemshybleias regionais e 6rgaos do poder local

Artigo 91gt

(Conpetencia relatiJ a partidos politicos coligalt5es e frentes)

Compete ao Tribunal Constitucional

a) Aceitar a inscricao de partidos politicos em registo proprio existente no Tribunal

b) Apreciar a legalidade das denominacoes siglas e simbolos dos partidos politicos e das colishygaltoes e frentes de partidos ainda que constitufdas apenas para fins e1eitorais bern como apreciar a sua identidade ou semeshylhan~a com as de outros partidos coligacOes ou frentes

c) Proceder as anotacoes referentes a partidos politicos coligaoes ou frentes de partidos exigidas por lei

Artigo 10deg

(Coinpetencia reativa a organizar6es que perfilhem a ideoogia fasci$~a)

Compete ao Tribunal Constitucional declarar nos termos e para os efeitos da Lei no 6478 de 6 de Outubro que uma qualquer organizacao perfilha a ideologia fascista e decretar a respectiva extincao

Artigo t 10

(Competencia relativa a consultas directas a nrvel local)

Compete ao Tribunal Constitucional verificar preshyviamente a constitucionalidade e a legalidade das conshysultas directas aos eleitores a nfve1 local previstas no nO 3 do artigo 241deg da Constituiltao

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

I SERlE NV 264 -15-11-1982 3822-(3)

CAPlTULO II

Organiza9ao

SECCAO I

Compositao e constituitao do Tribunal

Artigo 120

(CompoSlfao)

I 0 Tribunal Constitucional e composto por 13 jUlzes sendo 10 designados pela Assembleia da Republica e 3 cooptados por estes

2 - 3 dos jufzes designados pela Assembleia da Republica e os 3 juizes cooptados sao obrigatoriashymente escolhidos de entre juizes dos restantes tribushynais e os demais de entre juristas

Artigo 13

(Requisitos de elegibiJidadeJ

I - Podem ser eleitos juizes do Tribunal Constishytucional os cidadaos portu8Oeses no pleno gozo dos seus direitos civis e polfticos que sejam doutorados ou licenciados em Direito ou juizes dos restantes trishybunais

2 - Para efeito do mlmero anterior s6 sao consishyderados os doutoramentos e as Iicenciaturas por escola pottu8Oesa ou oficialmente reconhecidos ern Portugal

Artigo 14

(Candidaturas)

1 - As candidaturas devidamente instruidas corn os elementos de prova da elegibilidade dos candidatos e respectivas declara90es de aceita9ao de candidatura sao apresentadas por urn minimo de 25 e um maximo de 50 deputados perante 0 Presidente da Assemshybleia da Republica ate 5 dias antes da reuniao marshycada para a elei9aO

2 - Se nao tiverem sido apresentadas candidaturas ern numero pelo menos i80al ao de vagas a preencher e fix ado novo prazo de 3 dias para apresenta9ao de outras candidaturas

3 - Nenhum deputado pode subscrever candidashyturas ern numero global superior ao das vagas a preencher

4 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica verificar os requisitos de elegibilidade dos candidatos e demais requisitos de admissibilidade das candidaturas devendo notificar em caso de obscurishydade ou irregularidade 0 primeiro subscritor para no prazo de 2 dias esclarecer as duvidas ou suprir as deficiencias

5 - Da decisao do Presidente cabe recurso para o Plemirio da Assembleia da Republica

Artigo 150

(Rela9ao nominal dog candidatosl

Ate 2 dias antes da reunUio marcada para a eleishy9ao 0 Presidente da Assembleia da Republica orgashyniza a relu9iio nominal dos candidatos a qual e pushyblicada no Diario da Assembleia da Republica

Artigo 16

(Votaltao)

1 - Os boletins de voto contem por ordem a1poundashybetica os nomes de todos os candidatos com identishyfica9ao dos que sao jufzes dos restantes tribunais

2 - A frente de cada nome fi80ra urn quadrado ern branco destinado a ser assinalado corn a escolha do eleitor

3 - Cada deputado assinala corn uma cruz os quashydrados correspondentes aos candidatos em que vota nao podendo votar num numero de candidatos superior ao das vagas a preencher nem num numero de candishydatos que nao sejam juizes dos restantes tribunais que afecte a quota de lugares a estes reservada sob pena de inutilizarao do respectivo boletim

4 - Consideram-se eleitos os candidatos que obtishyverem 0 voto de dois ter90s dos deputados presentes desde que superior a maioria absoluta dos deputados ern efectividade de funr6es

5 - Se ap6s votarao em numero i80al ao das vagas a preencher e nunea inferior a 3 nao tiverem sido preenchidas todas as vagas organiza-se nova relarao nominal observando-se 0 disposto nos artigos anteshyriores enos n)S 1 a 4 do presente artigo

6 - A elei9iio de cad a candidato s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

7 - A ista dos eleitos e publicada na 1a serie do Diario da Republica sob a forma de resolU9aO da Asshysembleia da Republica

Artigo 17

(Reuniao para Coopta9ao)

Ocorrendo vagas de juizes cooptados sao as mesmas preenchidas pelos juizes eleitos pela Assemshybleia da Republica ern reuniao a realizar no prazo de 10 dias

2 - Cabe ao juiz mais idoso marcar 0 dia hora e local da reuniiio e dirigir os trabalhos e ao mais novo servir de secretario

3 - Ocorrendo vagas de jUlzes deitos pela Assemshybleia da Republica e de juizes cooptados sao aquelas preenchidas ern primeiro lugar

Artigo 180

(Refalfao nominal dos indigitados)

1 - Ap6s discussao previa cada juiz eleito pela Assembleia da Republica indica ern boletim que inshytroduz na uma urn juiz dos restantes tribunalS devendo 0 presidente da reuniao findo 0 escrutlnio organizar a rela9iio nominal dos indigitados

2 - A relaciio deve conter nomes ern numero pelo menos i80al ao das vagas a preencher repetindo-se a opera9ao referida no numero anterior as vezes neshycessarias para 0 efeito

Artigo J9

(Votacao e designacaol

1 - A cad a juiz cooptante e distribuido urn boletim de voto do qual cons tern por ordem alfabetica os nomes de todos os indigitados

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3822-(4) I SERIE-NG 264-15-11-1982

2 - A frente de cada nome figura um quadrado em branco destinado a ser assinalado com a escolha do cooptante

3 - Cada cooptante assinala com uma cruz os quashydrados correspondentes aosindigitados em que vota nao podendo votar num numero de indigitados superior ao das vagas a preencher sob pena de inutilizayao do respectivo boletim

4 - Considera-se designado 0 indigitado que obtiver um minimo de 7 votos na mesma vota~ao e que aceitar a designacyao

5 - Se apas 5 votacyoes nao tiverem sido preenchishydas todas as vagas organiza-se nova relayao nominal para preenchimento das restantes observando-se 0

disposto no artigo anterior enos nO$ 1 a 4 do presente artigo

6 - Feita a votayiio 0 presidente da reunilio comushynica aos juizes que tiverem obtido 0 numero de vows previstos no n 4 para que declarem por escrito no prazo de 5 dias se aceitam a designayao

7 Em caso de recusa repete-se para preenchishymento da respectiva vaga 0 processo previsto nos nushymeros e artigos antedores

8 - A cooptayaO de cada indigitado s6 se considera definitiva depois de preenchidas todas as vagas

9 - A lista dos cooptados e publicada na I serie do Diario da Republica sob a forma de decIaracylio assinada pelo juiz que tiver dirigido a reunHio

Artigo 200

(Posse e juramenta)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tomam posse perante 0 Presidente da Republica no prazo de 10 dias a con tar da data da publicacyao da respectiva eieiyao ou cooptacyao

2 - No acto de posse prestam 0 seguinte juramento laquoruro por minha honra cumprir a Constituiyao da Republica Portuguesa e desempenhar fielmente as funshyyoes em que fico investidoraquo)

Artigo 21deg

(Perioda de exercicio)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional slio desigshynados por urn perfodo de 6 anos contados da data da posse e cessam funcyoes com a posse do juiz desigshynado para ocupar 0 respectivo lugar

2 - Os jufzes dos restantes tribunais designados para 0 Tribunal Constitucional que durante 0 periodo de exercfcio completem 70 anos mantem-se em funcyoes ate ao termo do sexenio

SECtAO II

Estatuto dos ju fzes

Artigo 220

(Independencia e inamavibilidade)

Os juizes do Tribunal Constitucional sao indepenshydentes e inamoviveis nao podendo as suas funyoes cessar antes do termo do sexenio por que foram desigshynados salvo nos casos previstos no artigo seguinte

Artigo 23

(Cessa9aa de fun90es)

1 - As funcyoes dos juizes do Tribunal Constitushycional cessam antes do termo do sexenio quando se verifique qualquer das situacyoes seguintes

a) Morte ou impossibilidade fisica permanente b) Renuncia c) Aceitacyao de lugar ou pratica de acto legalshy

mente incompativel com 0 exercfcio das suas funcyoes

d) Demissao ou aposentayao compulsiva em conshysequencia de processo disciplinar au crishyminaL

2 - A renuncia e declarada por escrito ao presishydente do Tribunal nao dependendo de aceitayao

3 - Compete ao Tribunal verificar a ocorrencia de qualquer das situacyoes previstas nas alineas a) c) e d) do nO 1 devendo a impossibilidade Hsica permanente ser previamente comprovada par 2 peritos medicos designudos tambem pelo TribunaL

4 - A cessacyao de funcyoes em virtude do disposto no no 1 e objecto de declaracyao que 0 presidente do Tribunal fara publicar na 1a serie do Diario da Repushyblica

Artigo 240

(l rresponsabilidade )

Os jufzes do Tribunal Constitucional nao podem ser responsabilizados peJas suas decisoes salvo nos termos e limites em que 0 sao os jufzes dos tribunais judiciais

Artigo 25

(Regime disciplinar)

1 - Compete exclusivamente ao Tribunal Constishytucional 0 exercfcio do poder disciplinar sobre os seus juizes ainda que a accyao discipIinar respeite a actos praticados no exercicio de outras funcyoes pershytencendo-Ihe designadamente instaurar 0 processo disciplinar nomear 0 respectivo instrutor de entre os seus membros deliberar sobre a eventual sus penshysao preventiva e julgar definitivamente

2 - Das decisoes do Tribunal Constitucional em materia disciplinar cabe recurso para 0 proprio Trishybunal

3 - Salvo 0 disposto nos numeros anteriores apIishyca-se aos jufzes do Tribunal Constitucional 0 regime disciplinar estabelecido na lei para os magistrados judiciais

Artigo 26

(Responsabilidade civil e criminal)

SaO aplicaveis aos jUlzes do Tribunal Constitucional corn as necessarias adaptaltroes as normas que regulam a efectivayao da responsabilidade civil e criminal dos iufzes do Supremo Tribunal de Justicya bern como as normas relativas a respectiva prisao preventiva

Artigo 27

(lncompatibilidades)

1 - t incompativel corn 0 desempenho do cargo de juiz do Tribunal Constitucional 0 exercfcio de funshyltroes ern orgaos de soberania das regioes autonomas

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

I SERlE - Na 264 - 15-11-1982 3822-(5)

Oll do poder local bern como 0 exercfcio de qualquer outro cargo ou funrao de natureza publica ou prishyvada

2 - Exceptua-se do disposto na parte final do nushymere anterior 0 exercfcio nao remunerado de funr6es docentes ou de investigarao cientffica de natureza jurfdica

Artigo 28

(Proibilaquoao de actividades poiticas)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional nao poshydem exercer quaisquer funr5es em 6rgaos de partidos de associac5es politicas ou de fundar5es com eles conexas nem desenvolver actividades poUnco-partidashyrias de cameter publico

2 - Durante 0 periodo de desempenho do cargo fica suspenso 0 estatuto decorrente da filiacao em partidos ou associar5es poHticas

Artigo 29

(Imedimen~os e suspeicoesJ

e aplicavel aos juizes do Tribunal Constitushydonal 0 regime de impedimentos e suspeir6es dos juizes dos tribunais judiciais

2 - A liliarao em partido ou associarao poiltica nao constitui fundamento de suspeirao

3 - A verificarao do impedimento e a apreciarao da suspeirao competem ao TribunaL

Artigo 300

(Direitos categorias vencimentos e regaJiasJ

Os juizes do Tribunal Constitucional tern honras direitos eategorias tratamento vencimentos e regashylias iguais aos dos juizes do Supremo Tribunal de Justira

Artigo 310

(Abonos complementares)

1 - 0 presidente do Tribunal Constitucional tern direito a urn subsidio de 20 do vencimento a titulo de despesas de representarao e ao usoJe viatura oficia

2 - No caso de 0 presidente nao residir habitualshymente em qualquer dos concelhos referidos no n I do artigo seguinte ten ainda direito ao subsidio atribuido aos ministros em iguais circunstancias

Artigo 32

(Ajudas de custo)

I - Os jufzes residentes fora dos eoncelhos rle Lisboa Oeiras Cascais Loures Sintra Vila Franca de Xira Almada Seixal Barreiro e Amadora tern direito a ajuda de custo fixada para a categoria A do funcionalismo publico abonada por cada dia de sessao do Tribunal em que participem

2 - Os juizes residentes nos concelhos indicados no numero anterior tern direito nos mesmos termos a urn terro da ajuda de custo ai referida

Artigo 33

(Passaporre)

o presidente do Tribunal Constitucional tern dishyreito a passaporte diplomatico e os restantes iuizes a passaporte especial nos tennos da respectiva legisshylarao

Artigo 34

(Dlstribuilaquoso de publicalaquooes oficiais)

I - Os juizes do Tribunal Constitucional tem dishyreito a distribuirao gratuita da 1 serie do Diario da Republica do Diario da Assembleia da Republica dos jornais oficiais das regi5es aut6nomas e do Boshyletim Olicial de Macau bern como do Boletim do Ministerio da Justifa podendo ainda requerer atrashyyeS do presidente as publicaroes oficiais que consishyderem necessarias ao exercicio das suas funC6es

2 - Os juizes do Tribunal Constitucional tern livre acesso as bibliotecas do Ministerio da Justira dos tribunais superiores e da Procuradoria-Geral da Repushyblica

Artigo 35

(Estabilidade de emprego)

1 - Os jufzes do Tribunal Constitucional nao poshydem ser prejudicados na estabilidade do seu emprego na sua carreira e no regime de seguranra social de que beneficiem por causa do exercicio das suas funr6es

2 - Os juizes que cessem funr6es no Tribunal ConstitucionaI retomam automaticamente as que exershyciam a data da posse sO podendo os respectivos lushygares de origem ser entretanto providos a titulo inttshyrino

3 - Durante 0 exercicio das suas funr6es os JUIshyzes nao perdem a antiguidade nos seus empregos nem podem ser prejudicados nas promor6es a que entretanto tenham adquirido direito

4 - No easo de os juizes se encontrarem a data da posse investidos em funrao publica temporaria por virtude de lei acto ou contrato ou em comissao de serviro 0 exercfeio de func6es no Tribunal Consshytitucional suspende 0 respectivo prazo

SEC~AO III

Organiza~ao interna

Artigo 36

(Competencia internal

Compete ainda ao Tribunal Constitucional

a) Eleger 0 presidente e 0 vice-presidente b) Elaborar os regulamentos internos necessarios

ao seu born funcionamento c) Aprovar a proposta do orramento anual do

Tribunal d Fixar no inicio de cada ana judicial os dias

e horas em que se realizam as sess6es ordishynarias

c) Exercar as demais competencias atribuidas por lei

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

3822~6) I SERIE-No 264- 15-11-1982

(

Artigo 370

(Elei(f80 do presidente e do vice-presidente)

1 - Os jufzes do Tribunal ConstitucionaJ elegem de entre si 0 presidente e 0 vice-presidente do Tri bunal Constitucional

2 - A eleicao do presidente e do vice-presidente s6 pode realizar-se estando preenchidos todos os lugares de juiz do Tribunal

3 - A eleicao do presidente precede a do vic~shy-presidente quando os 2 lugares se encontrem vagos

4 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por 2 anos judiciais e podem ser reconduzidos

Artigo 380

(Forma de eJeiltao)

1 - 0 presidente e 0 vice-presidente sao eleitos por voto secreto sem discussao ou debate previos em sessao presidida na falta do presidente ou do vice-pres idente pelo juiz mais idoso e secretarlada pelo mais novo

2 - Cada juiz assinala 0 nome por si escolhido num boletim que introduz na urna

3 - Considera-se eleito presidente 0 juiz que na mesma votacao obtiver 0 minimo de 9 votos se apos 4 votac6es nenhum juiz tiver reunido este numero de votos sao admitidos as votacoes uIterioshyres somente os 2 nomes mais votados na quarta votashyltao se ao fim de mais 4 votac6es nenhum dos 2 tiver obtido aquele numero de votos considera-se eleito o juiz quo primeiro obtiver 8 votos na mesma votacao

4 As votacoes sao reaIizadas sem interrupcao da sessao

5 - Considera-se eleito vice-presidente 0 juiz que obtiver 0 mlnimo de 8 votos apos as votacoes necesshysarias efectuadas nos termos dos numeros anteriores

6 - A eleiltao do presidente e do vice-presidente do Tribunal Constitucional e public ada na la serie do Diario da Republica sob a forma de declaracao assinada pelo juiz que tiver dirigido a reuniao

Artigo 390

(Compeencia do presidente e do vice-presidente)

1 - Compete ao presidente do Tribunal Constishytucional

a) Representar 0 Tribunal e assegurar as suas relac6es com os demais 6rgaos e autonshydades pubHcas

b) Receber as candidaturas e as declarac5es de desistencia de candidatos a Presidente- da Republica

c) Presidir a assembleia de apuramento geral da eleiltao do Presidente da Republica

d) Presidir as sessoes do Tribunal e dirlgir os trabalhos

e) Apurar 0 resultado das votacoes j) Convocar sessees extraordimhias g) Presidir a distribuicao dos processos assinar

o expediente e ordenar a passagem de cershytidees

h) Mandar organizar e afixar a tabela dos reshycursos e demais processos preparados para julgamento em cad a sessao

i) Distribuir as ferias dos juizes ouvidos estes em conferencia

j) Superintender na gestao e administracao do Tribunal bem como na secretaria enos servi~s de apoio

1) Dar posse ao pessoal do Tribunal e exercer sobre ele 0 poder disciplinar com recurso para 0 proprio Tribunal

m) Exercer outras competencias atribuidas por lei

2 - Compete ao vice-presidente substituir 0 presishydente nas suas faltas e impedimentos

3 - Nas sessOes presididas pelo vice-presidente nao podedio ser apreciados processes de que ele seja relator

CAPITULO III

Funcionamento

SBC~O I

Funcionamento do Tribunal

Artigo 400

(Sesoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional fun cion a em sesshysoes plemirias e por seccoes

2 - 0 Tribunal Constitucional reune pelo menos uma vez por semana em sessao ordinaria

3 - 0 Tribunal Constitucional reune extraordinashyriamente sernpre que 0 presidente 0 convocar por iniciativa propria ou a requerimento da maioria dos jUlzes em efectividade de fun~6es

Artigo 41deg

(Secqoes)

1 - Havera 2 secc6es nao especializadas cada uma delas constituida pelo presidente do Tribunal e por mais 6 jufzes

2 - A distribui~ao dos juizes pelas sec~6es e feita pelo pr6prio Tribunal no inicio de cada ano judicial

Artigo 420

(Quorum e deliberaqoes)

1 - 0 Tribunal Constitucional em plenarlo ou em sec~ao so pode funcionar estando presente a maioria dos respectivos membros em efectividade de fun~6es incluindo 0 presidente ou 0 vice-presidente

2 - As deliberacees sao tomadas a pluralidade de votos dos membros presentes

3 - Cada juiz dis poe de 1 voto e 0 presidente ou 0 vice-presidente quando 0 substitua disp6e de voto de qualidade

4 - Os jufzes do Tribunal Constitucional tem 0

direito de fazer lavrar voto de vencido

Artigo 430

(Ferias)

1 - Aplica-se ao Tribunal Constitucional 0 regime geral sobre f6rlas judiciais relativamente aos processhysos de fiscalizacao abstracta nao preventiva da consshy

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

I SpoundRIE - Nltl 264 - 15-11-1982 3822-(7)

titucionalidade e legalidade de normas juridicas e aos recursos de decis6es judiciais

2 - Relativamentlt aos restantes processos nao ha ferias judiciais

3 - As ferias dos juizes sao fixadas de modo a assegurar a permanente existencia do quorum de fun~ cionamento do Tribunal

4 - Na secretaria nao hii ferias judiciais

Artigo 44

(l1opresontaQoo Co MinistCrio Publico)

o Ministlrio Publico e representado junto do Trishybunal Constitucional peIo procurador-geral da Repushyblica que podera delegar as suas funyoes no viceshy-procurador-geral ou num procurador-geral-adjunto

SEC~O 11

Secretaria e servilos de apoio

Artigo 45

(Organizaliao)

o Tribunal Constitucional tem uma secretaria e servhos de apoio cuja organizaQiio composifao e funcionamento sao regulados por decret~lei

Artigo 46

(Secretarial

t - A secretaria c dirigida por urn secretiirio sob a superintendencia do presidente do Tribunal

2 - 0 secrebirio tern categoria identica a do seshycretario do Supremo Tribunal de Justiya

3 - 0 pessoal da secretaria tern os direitos e reshygalins e esta sujcito aOS deveres e incompatibilidades do pessoal da secrelaria do Supremo Tribunal de Justiya

Artigo 470

(Provimento)

o provimento do pessoal da secretaria e dos sershyviyos de apoio do Tribunal Constitucional compete ao presidente do Tribunal

TITULO III

Processo

CAPfTULO I

Distribui9io

Artigo 480

(Legisaliao aplicavel1

A distribuiyao de processos sao aplic8veis as norshymas do Codigo de Processo Civil que regulam a di~ tribuifao nos tribunais superiores em tudo 0 que nao se achar especialmente regulado nesta lei

Artigo 49ltgt

(Especies)

Para efeitos de distribui~ao ba as seguintes espeshycies de processos

I Processos de fiscaIiza980 preventiva da consshytitucionalidade

2a Outros processos de fiscaIiza930 abstracta da constitucionalidade ou IegaUdade

3 Recursos 4 Reclamayoes 5 Outros processos

Artigo 500

(Relatores)

1 - Para efeitos de distribuiyao e substitui9aO de relatores a ordem dos juizes e sorteada anualshymente na 1a sessao do ano judicial

2 - Ao presidente nao sao distribuidos processos para relato

CAPfTULO II

Processos de fiscaliza9io da constitucionalidade e da legalidade

SUBCAPfTULO I

Processos de fiscalizalia abstrata

SEqAO I

Oisposj~6es comuns

Artigo 510

(Recebimento e admissaol

1 - 0 pedido de aprecia9ao da constitucionalidade ou da legalidade das normas jurfdicas referidas nos artigos 2780 e 2810 da ConstituiQao e dirigido ao presidente do Tribunal Constitucional e deve especishyficar alem das normas cuja aprecia~iio se requer as normas ou os principios constitucionais violados

2 - Autuado pela secretaria e registado no comshypetente livro e 0 requerimento concluso ao presidente do Tribunal que decide sobre a sua admissao sem prejulzo dos mimeros e do artigo seguintes

3 - No caso de falta insuficiencia ou manifesta obscuridade das indicacOes a que se refere 0 no 1 o presidente notifica 0 autor do pedido para suprir as deficiencias apes 0 que os autos the serao novashymente conclusos para 0 efeito do numero anterior

4 - A decisao do presidente que admite 0 pedido nao faz precludir a possibilidade de 0 Tribunal vir em definitivo a rejeita-l0

5 - 0 Tribunal 56 pode declarar a inconstitucioshynalidade ou a iIegalidade de normas cuja aprecia(fao tenha sido requerida mas pode faze-Io com fundashymentayao na violaCao de normas ou principios consshytitucionais diversos daqueles cuja violacao roi inshyvocada

Arrigo 520

(Nao admissao do pedido)

1 - 0 pedido nao deve sel admitido quando forshymulado por pessoa ou entidade sem legitimidade quando as deficiencias que apresentar nao tiverem

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

--------------------------------3822-(8) 1 SERlE - No 264 - 15-11-1902

sido- supridas ou quando river sido apresentado fora de prazo

2 - Se 0 presidente entender que 0 pedido nao deve ser admitido submete os autos a conferencia mandando simultaneamente entregar cOpias do requeshyrimento aos restantes juizes

3 - 0 Tribunal decide no prazo de 8 dias ou tratando-se de fiscaIiza9ao preventiva de 2 dias

4 - A decisao que nao admita 0 pedido e notifishycada a entidade requerente

Artigo 530

(DesistEincia do pedido)

So e admitida a desistencia do pedido nos processhysos de fiscaliza9ao preventiva da constitucionalidade

Artigo 540

(Audiltao do orgao autor da norma)

Admitido 0 pedido 0 presidente notifica 0 6rgao de que tiver emanado a norma impugnada para queshyrendo se pronunciar sobre ele no prazo de 30 dias QU tratando-se de fiscalizayiio preventiva de 3 dias

Artigo 55deg

(NotlficaGoes)

1 - As notificaltOes referidas nos artigos anteriores sao efectuadas mediante protocolo ou por via postal felegratica ou telex consoante as circunstancias

2 - As notifica90es sao acompanhadas con forme os casos de c6pia do despacho ou da decisao com as respectivos fundamentos ou da peti9ao apresenshytada

3 - Tratando-se de orgao colegial ou seus titulashyres as notificay6es sao feitas na pessoa do respectivo presidentc ou de quem 0 substitua

Artigo 560

(Prazos)

1 - Aos prazos referidos nos artigos anteriores e nas sec90es seguintes e aplicavel 0 disposto no arshytigo 1440 do C6digo de Processo Civil

2 - Aos mesmos prazos acresce a dila9ao de 10 dias ou tratando-se de fiscalizaltao preventiva de 2 dias quando os aetas respeitem a 6rgao ou entishydade sediados fora do continente da Republica

SECCAO II

Processos de fiscaliza~ao preventiva

Artigo 57deg

(Prazos para apresentatao e recebimento)

1 - Os pedidos de apreciayao preventiva da constishytucionalidademiddota que se referem os nOS 1 e 2 do arshytigo 278deg da Constituilao devem ser apresentados no prazo de 5 dias a contar da recepltao do diploma pelo Presidente da Republica ou peto ministro da Republica

2 - e de 1 dia 0 prazo para 0 presidente do Trishybunal Constitucional admitir 0 pedido usar da faculshydade prevista no nO 3 do artigo 51 ou submeter os autos a conferencia para os efeitos do nO 2 do artigo 520

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 2 dias

Arrigo 58

(Distribuiqao)

1 - A distribui9ao e feita no prazo de 1 dia contado do dia da entrada do pedido no Tribunal

2 - 0 processo e imediatamente conciuso ao relashytor a fim de elahorar 0 projecto de acardao no prazo de 8 dias cabendo it secretaria comunicar-Ihe a resposta do 6rgao de que emanou 0 diploma logo que recebida

3 - Distribuido 0 processo sao entregues copias do pedido a todos os jutzes do mesmo modo se proceshydendo com a resposta e 0 projecto de acordao logo que recebidos pela secretaria

Artigo 59

(Formaqao da decsao)

1 - Com a entrega ao presidente da copia do proshyjecto de ac6rdao e-Ihe conc usa 0 respectivo processo para 0 inscrever na ordem do dia da sessao plenaria a realizar no prazo de 17 dias a contar do recebimento do pedido

2 - A decisao nao deve ser proferida antes de decorshyridos 2 dia~ sobre a entrega das capias do projecto de acordao a todos os juizes

Artigo 600

(Processo de urgencia)

Os prazos referidos nos artigos anteriores sao encurshytados pelo presidente do Tribunal quando 0 Presimiddot dente da Republica haja usado a faculdade que Ihe e conferida pdo nO 4 do artigo 278deg da ConstituiCao

Artigo 61deg

(Efeitos da decisao)

A decisao em que 0 Tribunal Constitucional se pronuncie pela inconstitucionalidade em processo de fiscaIiza~ao preventiva tern os efeitos previstos no artigo 279deg da Constituiyao

SECCAO lU

Processos de fiscaliza~ao sucessiva

Artigo 620

Prazo para admissao do pedido

1 - Os pedidos de aprecialtao cia inconstitucionashylidade ou da iIcgaJidade a que se referem as aneas a) a c) do nO 1 do arligo 2810 da Constitui9ao podem ser apresentados a todo 0 tempo

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

I SERlE - N 264-15-11-1982 3822-(9)

2-t ae 2 dias 0 prazo para a secretaria autuar e apresentar 0 pedido ao presidente do Tribunal e de 5 dias 0 prazo para este decidir da sua admissao ou fazer uso das faculdades previstas no n 3 do artigo 51deg e no n 2 do artigo 52

3 - 0 prazo para 0 autor do pedido suprir defishyciencias e de 8 dias

Artigo 63

(Distribuiqao e poderes do relator)

1 - Junta a resposta do 6rgao de que emailou a norma ou decorrido 0 prazo fixado para 0 efeito sem que haja sido recebida e 0 processo distribufdo na 18 sessao ordimiria posterior sendo os autos conshyclusos de imediato ao relator e entregues c6pias do pedido e da res posta aos restantes juizes

2 - 0 relator pode solicitar a quaisquer 6rgaos au entidades os elementos que ju[gue necessarios ou conshyvenientes para a e1aborayao do projecto de ac6rdao

Artigo 64

(Pedidos com objecto identicol

1 Admitido urn pedido quaisquer outros com objecto identico que venham a ser igualmente admishytidos sao incorporados no proccsso respeitante pound10 primiddot meiro

2 - 0 urgiio tit yue emauou a norma e l1otificado da apresentaltao dos pedidos subsequentes mas 0 presishydente do Tribunal ou 0 relator pod em dispensar a sua audiltlio sobre os mesmos sempre que a julguem desshynecessarie

3 - Entendendo-se que nao deve ser dispensada nova audiyao e concedido para 0 efeito 0 prazo de 10 dias ou prorrogado por 8 dias 0 prazo inicial se ainda nao estiver esgotado

4 - No caso de ja ter havido distribuiyao con~ishydera-se prorrogado por 10 dias 0 prazo a que se refere on 1 do artigo 65

Artigo 65

(Decisao)

1 - 0 relator elabora 0 projecto de ac6rdao no prazo de 40 dias a con tar da distribuiylio ap6s 0 que a secretaria distribui c6pia do mesmo por todos os julzes

2 - Com a entrega da c6pia que se lhe destina e 0 processo concluso ao presidente para 0 inscrever na ordem do dia da sessao ordinaria que se realize decorridos pelo menos 10 dias ap6s a entrega das c6pial referidas no numero anterior

3 - Quando ponderosas raz6es 0 Justifiquem pode o presidente ouvido 0 Tribunal encurtar os prazos fixados nos numeros anteriores ate respectivamente 20 dias e 5 dias

Artigo 660

(Efei~os da declaracilo)

A declaraltao de inconstitucionalidade ou de iIegalishydade com forya obrigat6ria geral tern os efeitos preshyvistos no artigo 282 da Constituiltao

SEC~O IV

Processos de fiscaliza~iio da inconstitucionalidade por omissao

Arrigo 67

(Remissao)

Ao processo de apreciayao do nao cumprimento Ja Constituiyao por omissao das medidas legislativas necessarias para tomar exequiveis as normas consshytitucionais e aplicavel 0 regime estabelecido na secshy~ao anterior salvo quanta aos efeitos

Artigo 680

(Efeitos da verific8(fao)

A decisao em que 0 Tribunal ConstitucionaI verishy6que a existencia de inconstitucionalidade por omlsshysao tern 0 efeito previsto no n 2 do artigo 283deg da Consti tuiyao

SUBCAPlTULO II

Processos d fiscalizaliio concreta

Artigo 69

(Legislsql1o aplicavel)

A tramita~ao dos recursos para 0 Tribunal Congshytitucional sao subsidiariamente aplicaveis as nOrmas do C6digo de Processo Civil em especial as resoeishytantes ao recurso de apelayao

Artigo 70

(Decisoes de que pode recorrer-sel

I - Cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional em secltao das deds6es dos tribunais

a) Que recusem a aplicayao de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade

b) Que apliquem norma cuja inconstitucionalishydade haja side suscitada durante 0 proshycesso

c) Que recusem a aplicayao de norma constante de diploma regional com fundamento na sua ilegalidade por violayao do estatuto da regiao aut6noma ou de lei geral da Repushyblica

d) Que reeusem a aplica~ao de norma emanada de urn 6rgao de soberania com fundashymento na sua ilegalidade por violayao do estatuto de uma regiiio aut6noma

e) Que apliquem norma cuja ilegalidade haja side suscitada durante 0 processo com quaIshyquer dos fundamentos referidos nas allshyneas c) e d)

f) Que apIiquem norma ja anteriormente julgada inconstitucionaI ou ilegal pelo pr6prio Trishybunal Constitucional

g) Que apliquem norma ja anteriormente julgada inconstitudonal peIa Comissao Constitucioshynal nos precisos termos em que seja reshyquerida a sqa apreciayao ao Tribunal Consshytitucional

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

middot 2 Os recursos previstos nas alineas b) e e) do numero anterior apenas cabem de decisoes que nao admitam recurso ordinario por a lei 0 nao prever ou por ja have rem sido esgotados todos os que no caso cabiam

3 - Nao e admitido recurso para 0 Tribunal Consshytitucional de decisoes sujeitas a recurso ordim1rO obrigatorio nos termos da respectiva lei processua

4 Se a decisao admitir recurso ordinario a nao interposi9ao de recurso para 0 Tribunal Constitushycional nao faz precludir 0 direito de interpo-lo de ulterior decisao que confirme a primeira

Artigo 7tltgt

(Ambito do recurso)

Os recursos de decisoes judiciais para 0 Tribunal Constitucional sao restritos it questao da inconstltushycionalidade ou da ilegalidade suscitada

Arrigo 72

(Legitimidade para recorrerj

1- Podem recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal

a) 0 Ministerio Ptlblico b) As pessoas que de acordo com a lei regulashy

dora do processo em que a decisao foi proferida tenham leghimidade para dela interpor recuno

2 - Os recursos previstos nas alineas b) e e) do n 1 do artigo 70 so podem ser interpostos pela parte que haja suscitado a questao da inconstitucioshynalidade ou da ilegalidade

3 - 0 recurso e obrigatorio para 0 Ministerio PUshyblico quando a norma cuja apJicaltao haja side reshycusada por inconstitucionalidade ou iIegalidade conste de convenCao intemacional acto legislativo ou deshycreto regulamentar ou quando se verifiquem os casos previstos nas aUneas f) e g) do nO I do arrigo 700

Artigo 73

(lrrenunciabllldace do direito ao recursoJ

o direito de recorrer para 0 Tribunal Constitucioshynal e irrenunciavel

Arrigo 74

(Extensao do recurso)

1 - 0 recurso interposto peIo Ministerio Publico aproveita a todos os que tiverem legitirnidade para recorrer

2 - 0 recurso interposto por urn interessado ngts casos previstos nas alineas a) c) d) f) e g) do n 1 do artigo 700 aproveita aos restantes interessados

3 - 0 recurso interposto por urn interessado nos casos previstos nas aline as b) e e) do nO 1 do arshytigo 700 aproveita aos restantes nos termos e limites estabelecidos na lei reguladora do processo em que a decisao tiver sido proferida

4 - Nao pode haver recurso subordinado nem adeshysao ao recurso para 0 Tribunal Constitucional

SERIB - No 264 -15-11-1982

Artigo 75ltgt

(Prazo)

1 - A interposiltao de recurso para 0 Tribunal Constitucional interrompe os prazos para a interposhysiltao de outros que porventura caibam da decisao os quais s6 podem ser interpostos depois de cessada a interrupltiio

2 - Interposto recurso ordinario que nao seja admitido com fundamento em irrecorribilidade da decisao 0 prazo para recorrer para 0 Tribunal Consshytitucional conta-se do momenta em que se tome defi- nitiva a decisao que nao admita 0 recurso

Artigo 76

(Decisao sobre a admissibilidade)

1 - Compete ao tribunal que tiver proferido a deshycisElo recorrida apreciar a admissao do respectivo recurso

2 - 0 requerimento de recurso deve ser indefeshyrido quando a decisao 0 nao admita quando haja side interposto fora do prazo quando 0 requerente carelta de legitimidade ou ainda no eatiO dos recurshysos previstos nas alfneas b) e e) do n 1 do artigo 70 quando forem manifestamente infundados

) - A decisao que admita 0 recurso ou the detershymine 0 efeito nao vincula 0 Tribunal Constitucional e as partes so pOdem impugmi-la nas suas alegayOes

4 - Do despacho que indefira 0 requerimento de interposiltao do rccurso cabe reclamaltao para 0 Trimiddot bunal Constitucionai

Artigo 77

(ReclamaGao do despacho que indefjra a admissiio de recurso)

1 - 0 julgamento de reclamaltao de despacho que indefira 0 requerimento de recurso compete ao Trishybunal Constitucional em secLao

2 0 prazo de vista e de 5 dias para 0 relator c de 2 dias para 0 Ministerio Publico e para os resshytantes juizes

3 - A decisao nao pode ser impugnada e se remiddot vogar 0 despacho de indeferimento faz caso julgado quanto 11 admissibilidadc do recurso

Artigo 780

(Efeitos e regime de subida)

1 - 0 recurso interposto de decisao que nao adshymita outro por razoes de valor ou ahrada tern os efeitos e 0 regime de subida do recurso que no caso caberia se 0 valor ou a alltada 0 permitissem

2 - 0 recurso interposto de decisao da qual coushybesse recurso ordinario nao interposto ou declarado extinto tern os efeitos e 0 regime de subida deste recurso

3 - 0 recurso interposto de decisao proferida ja em fase de recurso mantem os efeitos c 0 regime de subida do recurso anterior salvo no caso de ser aplicavel 0 disposto no numero anterior

4 - Nos restantes casos 0 recurso tern efeito susshypensivo e sobe nos proprios autos

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

1 SERIE-No 264-15-11-1982 3822-(11 )

Artigo 790

(A~egacoes)

As alegacOes de recurso sao sempre produzidas no Tribunal Constitucional

Artigo 800

(Efetos da decisiioj

A decisao do recurso faz caso julgado no proshycesso quanto a questao da inconstitucionalidade ou ilegalidade suscitada

2 - Se 0 Tribunal Constitucional der provimento ao recurso ainda que s6 parcialmente os autos Jgtaishyxam ao tribunal de onde provieram a fun de que este consoante for 0 caso reforme a decisao ou a mande reformar em conformidade com 0 julgamento sobre a questao da inconstitucionalidade ou da iIegashylidade

3 - No caso de 0 juizo de constitucionalidade ou de legalidade sabre a norma que a decisao recorrida tiver aplicado ou a que tiver recusado aplicacao se fundar em determinada interpreta(jao da mesma norma esta deve ser aplicada com tal interpretarao no processo em causa

4 - Transitada em julgado a decisao que nao adshymita 0 reCllTlt() nu lhe negue provimento transita tambem a decisao recorrida se estiverem esgotados os recursos ordimirios ou comecam a correr os prashyzos para estes rccursos no caso cClI1tnirio

Artigo 81

(Registo de decisoes)

De todas as decis6es do Tribunal Constitucional em que se declare a inconstitucionalidade ou a ileshygalidade de uma norma e Iavrado registo em livro proprio e guardada capia autenticada pelo seCretashyrio no arquivo do Tribunal

Artigo 820

(Processo aplicavel a repeticao do julgado)

Sempre que a mesma norma tiver side julgada inshyconstitucional ou iIegal em 3 casos concretos pode o Tribunal Constitucional por iniciativa de qualquer dos seus juizes ou do Ministerio Publico promover a organizacao de urn processo com as copias das correspondentes decisoes 0 qual e concluso ao preshysidente seguindo-se os termos do processo de fiscalishyzacao abstracta sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade previstos na presente lei

Artigo 830

(Parocinio judiciario)

1 - Nos recursos para 0 Tribunal Constitucional e obrigataria a constituicao de advogado

2 S6 parle advogar perante 0 Tribunal Constjshytucional quem 0 puder fazer junto do Supremo Trishybunal de Justica

Artigo 840

(Custas multa e indemnizacao)

1 - Os recursos para 0 Tribunal Constitucional sao isentos de custas

2 - As reclamacoes para 0 Tribunal Constitucioshynal estao todavia sujeitas a custas em termos a definir por decreto-Iei

3 - 0 Tribunal Constitucional pode sendo caso disso condenar qualquer das partes em multa e inshydemniza9ao como litigante de rna fe nos termos da lei de processo

Arrigo 85

(Assistencia judiciaria)

NOs recursos para 0 Tribunal Constitucional poshydem as partes Iitigar com 0 beneficio da assistencia judiciaria nos termos da lei

CAPnULO III

Outros processos

SUBCAPfTULO I

Processus relativos it morto impossibilidade flsica permanente impedimento temporario

pent de cargo e destitui~o do Presidente da Republica

Arrigo 860

(lniciativa dos processos)

1 - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover junto do Tribunal Constitucional a verificacrao e dcclaracuo da morte ou da impossibilidnde ffita permanente do Presidente da Republica

2 - A iniciativa do processo de verificacrao e deshyclaracao do impedimento temporario do Presidente da Republica quando nao desencadeada por este cabe ao procurador-geral da Repttblica

3 - Cabe ao Presidente da Assembleia da Republica promover junto do Tribunal Constitucional 0 processo relativo a perda do cargo de Presidente da Republica no caso do nO 3 do artigo 1320 da Constituiltao

4 - Cabe ao presidente do Supremo Tribunal de Jusdca a iniciativa do processo de destituicao do Presidente da Republica no caso do nO 3 do arshytigo 1330 da Constitui9ao

Artigo 870

(More do Presidente da Republica)

1 - Ocorrendo a morte do Presidente da Republica o procurador-geral da Republica requer imediatamente a sua verificacao pelo Tribunal Constitucional apreshysentando prova do abito

2 - 0 Tribunal Constitucional em plemirio verishyfica de imediato a morte e declara a vagatura do cargo de Presidente da Republica

3 - A declaracao de vagatura por morte do Preshysidente da Republica e logo notificada ao Presidente da Assembleia da Republica 0 qual fica automaticashymente investido nas fun(joes de Presidente da Republica interino

Artigo 880

Ompossibilidade ffsica permanente do Presidente da Republica)

1- Ocorrendo impossibiIidade ffsica permanente do Presidente da Republica 0 procurador-geral da Reshypublica requer ao Tribunal Constitucional a sua veshy

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

I SERlE - No 264 - 15-11-1982

rificaltao devendo logo apresentar todos os elementos de prova de que disponha

2 - Recebido 0 requerimento 0 Tribunal em pIe mirio procede de imediato a designatao de 3 peritos medicos os quais devem apresentar urn relat6rio no prazo de 2 dias

3 - 0 Tribunal ouvido sempre que possivel 0 Preshysidente da Republica decide em plemirio no dia se guinte ao da apresentatao do relat6rio

4 - e aplicave1 0 disposto no no 3 do artigo anteshyrior a decaratao de vagatura do cargo por impossibishyIidade ffsica permanente do Presidente da Republica

Artigo 890

(lmpedimento temporario do Presidente da Republica)

1 - A verificatao e a declaralaquoao do impedimento tempornrio do Presidente da Republica para 0 exershycicio das suas funlaquo5es pode ser requerida por este ou pelo procurador-geral da Republica e rege-se em tudo quanto seja aplicave pelo disposto no artigo anterior

2 - 0 procurador-geral da Republica ouve previashymente sempre que possive 0 Presidente da Republica

3- 0 Tribunal em plemirio orden a as diligencias probatorias que julgue necessarias ouve sempre que possive 0 Presidente da Republica e decide no prazo de 5 dias a con tar da apresentalaquoao do requerimento

4 - 0 Presidente da Republica comunica a cessacao do seu impedimento temponirio ao Tribunal Constitushyciona 0 qual ouvido 0 procurador-geral da Republic] declara a cessaltao do impedimento temporario do Preshysidente da Republica

Artigo 900

(Perea do cargo de Presidente da Republica par ausencia do territorio nacional)

1 - Compete ao Presidente da Assembleia da Reshypublica requerer ao Tribunal Constitucional a veritishycmao da perda do cargo de Presidente da Republica no caso previsto no no 3 do artigo 132deg da ConstishytuiCiio

2 - 0 Tribunal reune em sessao plenaria no prazo de 2 dias e declara verificada a perda do cargo e julgar provada a ocorrencia do respectivo pressuposto ou ordena as diligencias probat6rias que julgar neshycessirias ouvido designadamente sempre que possivel o Prcsidente da Republica e 0 Presidente da Assembleia da Republica ap6s deg que decide

Artigo 910

(Destituicao do cargo de Presidente da Republical

1- Transitada em julgado decisao do Supremo Trishybunal de Justilta condenat6ria do Presidente da Reshypublica por crime praticado no exercicio das suas funshycoes 0 presidente do Supremo Tribuna de Justi~a envia de imediato certidao da mesma ao Tribunal Constitucional para os efcitos do nO 3 do artigo 1330

da Constituicao 2 - Recebida a certidao 0 Tribunal reline em sesshy

sao plena ria no dia seguinte

3 - Verificada a autenticidade da certidao 0 Trishybunal declara 0 Presidente da Republica destituido do seu cargo

4 - A declaracao de destituicao e aplicavel 0 disshyposto no artigo 87

SUBCAPfTULO II

Processus eleitorais

SEC9AO I

Processo relativo a elei~ao do Presidente da Republica

SUBSECCAO t

Canditdaturas

Artigo 920

(Apresentacao e sorteiol

I - As candidaturas sao recebidas pelo presidente do Tribunal

2 - No dia seguinte ao termo do prazo para a apresentacao das candidaturas 0 presidente procede na presenca dos candidatos ou seus mandatarios ao sorteio do numero de ordem a atribuir as candidatushyras nos boletins de voto

3 - 0 presidente manda imediatamente atixar por edital a porta do Tribunal uma relayao com os noshymes dos candidatos ordendos em conformidade com o sorteio

4 - Do sorteio e lavrado auto do qual sao enVIashydas c6pias a Comissao Nacional de Eleic6es aos mishynistros da Republica e aos governadores civis

Artigo 930

(Admissao)

I - Findo 0 prazo para a apresentacao das canolshydaturas 0 Tribunal em secltao designada por sorteio verilica a regularidade dos processos a autentkidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nus termos da Constituiltao e da lei

2 - Verificando-se irregularidades processuais 0

presidcnte manda notifkar imediatamente 0 mandashytario para as suprir no prazo de 1 dia

3 - A decisiio e proferida no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para a apresentacao de cundidaturas abrange conjuntamente as candidaturas apresentadas e e imediatamente notificada aos manshydatarios

Artigo 940

(Aecurso)

Da decisiio sobre a admissao de candidaturas cabe recurso para 0 plenario do Tribunal no prazo de I dia devendo 0 recurso ser decidido em igual prazo

Artigo 950

(Comunicacao das candidaturas admitidasl

A relalaquoao das candidaturas definitivamente admitishydas e enviada a Comissao Nacional de EleilaquoOes aos ministros da Republica e aos governadores civis no prazo de 3 dias

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

J SERlE -- NQ 264 -15-11-1982 3822-(1

SUBsECCAO II

Desisteneia marte e incapacidade de candldatos

Artigo 960

(Desistencia de candidatura)

1 - Qualquer candidato que pretenda desistir da candidatura deve faze-Io mediante declaracao por ele escrita com a assinatura reconhecida por notario apreshysentada ao presidente do Tribunal Constituciona1

2 - Verificada a regularidade da declaracao de desistencia 0 presidente do Tribunal imediatamente manda afixar capia a porta do edificio do Tribunal e notifica a Comissao Nacional de Eleic6es os mishynistros da Republica e os govern adores civis

Artigo 970

(Morte ou incapacidade permanente de candidato)

I - Cabe ao procurador-geral da Republica proshymover a veriticacao da morte au a declarayao de incapacidade de qualquer candidato a Presidente da Republica para os efeitos do nO 3 do artigo 1270 da Constituiyao

2 - 0 procurador-geral da Republica deve apreshysentar prova do abito ou requerer a designacao de 3 peritos medicos para verificarem a incapacidade do candida to fomecendo neste caso ao TriLullal LutIus os elementos de prova de que disponha

3 - 0 Tribunal em plenario verifica a morte do candidate ou designa os peritos em prazo nao supeshyrior a 1 dia

4 - Os peritos apresentam 0 seu relatario no prazo de 1 dia se outro nao for fixado pelo Tribunal apes o que este em plemirio decide sobre a capacidade do candidato

5 - Verificado 0 abito ou declarada a incapacishydade do candidato 0 presidente do Tribunal comushynica imediatamente ao Presidente da Republica a corshyrespondente declaracao

SUBSECltAO III

Apuramento geral da eleilao e respectivo contencioso

Artigo 980

(Assembleia de apuramento geral)

o presidente do Tribunal Constitucional preside a assembleia de apuramento geral da e[eiltao do Presishydente da Republica a qual reune na sede daquele Tribunal

Artigo 99deg

(Reclamac6esl

1 - Da decisao sobre as reclamac6es ou protestos apresentados no acto de apuramento geral nos termos da lei eleitoraI cabe recurso contencioso para 0 Trishybunal Constitucional a interpor no dia seguinte ao da afixaltao do edital que torne publicos os resultados do apuramento

2 - Podem recorrer apenas os candidatos definitishyvamente admitidos ou seus mandatarios

3 - A peticao deve especificar os fundamentos de facto e de direito do recurso e ser instruida com todos Os meios de prova incluindo fotoc6pia da acta de apuramento gerai

Artigo 1000

(Tramitayao e julgamento)

1 - Apresentado 0 recurso 0 processo e imediatashymente concluso ao presidente do Tribunal a tim de ser designado por sorteio urn relator

2 - Os demais candidatos definitivamente admishytidos sao imediatamente notificados para responderem no dia seguinte ao da notificacao

3 - 0 relator elabora 0 projecto de acordao no prazo de 1 dia a contar do termo do prazo para as respostas dos candidatos dele sendo imediatamente distribuidas capias aos restantes julzes

4 - A sessao plemlria para juJgamento do recurso tern lugar no dia seguinte ao da distribuicao das cOshypias

S - A decisao e de imediato comunicada ao Presishydente da Republica e a Comissao Nacional de Eleicoes

SURSEltAO II

Dutros processos eleitorais

Artigo 10 lO

(Contencoso de apresentacao de candidauras)

1 - Das decisoes dos tribunais de La insnincia em materia de contencioso de apresentaciio de candishydaturas relativamente as eIeiyoes para a Assembeia da Republica assembleias regionais e 6rgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso de apresenshytacao de candidaturas e regulado pelas leis eleitorais

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relaltao previstas no nO I do artigo 32deg no no 2 do artigo 34 e no arshyfiga 35deg da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 32deg e nos artigos 340 e 350 do Decreto-lei no 26780 de 8 de Agosto no no I do artigo 260

enos artigos 280 e 290 do Decreta-Lei nO 318-E76 de 30 de Abril e nos artigos 250 e 280 do Decretoshy-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

Artigo 102deg

(Contencioso eleitoral)

1 - Das decis6es sobre reclamacoes ou protestos relativos a irregularidades ocorridas no decurso das votalt6es e nos apuramentos parciais ou gerais respeishytantes a eleiyOes para a AssembIeia da Republica assembleias regionais ou orgaos do poder local cabe recurso para 0 Tribunal Constitucional que decide em plenario

2 - 0 processo relativo ao contencioso eleitoral e regula do pel as leis eIeitorais

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

bull t3822(14) I SERlE NQ 264 -15-11-1982

3 - De acordo com 0 disposto nos numeros anteshyriores sao atribuidas ao Tribunal Constitucional as competencias dos tribunais da relayao previstas no no 1 do artigo 11B0 da Lei nO 1479 de 16 de Maio no no 1 do artigo 11BO do Decreta-Lei no 267BO de B de Agosto no no 1 do artigo 111deg do Decretashy-Lei nO 31B-E76 de 30 de Abril e no no 1 do artigo 104deg bern como no no 2 do artigo 830

do Decreto-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

SUBSEltAO 111

Processos relativos a partidos polmcos coliga~iies e frentes

Artigo 103deg

(Aegisto e contencioso relativos a partldos coligaoes e frentesl

1 - Os processos respeitantes ao registo e ao conshytencioso relativos a partidos politicos e coliga~Oes ou frentes de partidos ainda que constituidas para fins meramente eleitorais r~g~m-se pela legislagiio aplishycavel

2 - De acordo com 0 disposto no numero anterior e atribuida ao Tribunal Constitucional em secgio a competencia do presidente do Supremo Tribunal de Justilta previstB no nO 6 do artlgo ~5D do D~crelo-Lei n 59574 de 7 de Novembro na rcdn~ilo que lhe foi dada pel0 Decreta-Lei n 12675 de 13 de Margo

3 - De acordo corn 0 disposto no n 1 sao atribuishydas ao Tribunal Constitucional em plenario as comshypetencias

a) Do Supremo Tribunal de Justiga previstas no Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

b) Da Comissao Nacional de Elei~oes previstas no nO 1 do artigo 22deg da Lei no 1479 de 16 de Maio no artigo 22deg do Decretashy-Lei n 267BO de 8 de Agosto no n 2 do artigo 12 do Decreta-Lei nO 318-E 76 de 30 de Abril e no no 2 do artigo 16deg do Decreta-Lei nO 701-B76 de 29 de Setembro

c) Dos tribunais comuns de jurisdisao ordinaria previstas no artigo 21deg do Decreto-Lei no 59574 de 7 de Novembro

SEC~AO IV

Processos relativos a organiza~iies que pemlhem a ideologia fascista

Artigo 104deg

(DecJaralaquoao)

1 - Os processos relativos adeclaragao de que uma qualquer organiza~1io perfilha a ideologia fascista e ~ sua consequente extincao regem-se pela legislacao esshypecial aplic3vel

2 - De acordo com 0 disposto no niimero anterior sao atribuidas ao Tribunal Constitucional em plenashyrio as competencias do Supremo Tribunal de Justica previstas no artigo 60

no no 2 do artigo 7deg e no artigo 8deg da Lei nO 6478 de 6 de Outubro

SEC~O V

Processos relativos a verifica~ao da constitucionalidade e da legalidade de consultas directas aDs eleitores

Artigo 1050

(Aemissao)

o processo de verificaCao da constitucionalidade e da legalidade das consultas directas aos eleitores a nishyvel local referidas no n 3 do artigo 2410 da Consshytitui~ao da Republica e regulado pela lei a prevista

TfTULO IV

Disposi4foes finais e transit6rias

Artigo 106deg

(Pcesso3 pcndcntes no Conselho de Aevolucao na Comissao Constitucional

e no Supremo Tribunal Admlnistratlvo)

1 - Os recursos que a data da entrada em funcioshynamento do Tribunal estejam pendentes na Comissao Constitucional ou que pllrR eln hajam sido interpostos transitam para 0 Tribunal Constitucional prosseguindo os seus terrnos na fase em que se encontrem salvo 0 disposto nesta lei quantoa distribuig30 e vistos

2 - Os pedidos de aprecia~iio e declaraCao de inshyconstitucionalidade pendentes no Conselho da RevashyJwiio ou na Comissao Constitucional adata dB entrada em vigor dB Lei Constitucional nO 182 de 30 de Se-middot tembro transitam igualmente para 0 Tribunal Consshytitucional on de sao processados como pedidos de declara~ao de inconstitucionalidade nos terrnos da presente lei

3 - Transitam ainda para 0 Tribunal Constitucional nos terrnos do nO 2 os pedidos de dec1araltiio de Heshygalidade forrnulados ao abrigo do disposto na Lei nO 1579 de 19 de Maio que a data dB entrada em vigor da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Seshytembro se encontrem pendentes no Supremo Tribunal Administrativo

Artigo 107deg

(Aegisto de partidos)

o registo de partidos existente no Supremo Tribunal de Justilta transita para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1080

(Comissao Constitucional)

Ate it entrada em funcionamento do Tribunal Consshytitucional mantem-se ern fun~oes a Comissao Constitushycional com a sua actual composiltao nos terrnos e para os efeitos do disposto nos nos 3 e 4 do arshytigo 2460 da Lei Constitucional nO 182 de 30 de Setembro sen do aplic3vel aos respectivos membros o disposto nos artigos 9deg 10deg 11deg 120 e 15deg do Decreto-Lei nO 503-F76 de 30 de Junho

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica

ISERlE No 264 -15-11-1982 3822-(15)

Artigo 109

(Prmeira designacao dos juizes)

1 - A primeira designa~ao de juizes do Tribunal Constitucional e apHcavel 0 disposto na presente lei com as seguintes altera90es

a) 0 prazo a que se refere 0 no 1 do artigo 14deg e de 2 dias contados da publica~ao da preshysente lei

b) 0 prazo a que se refere 0 nO 4 do mesmo at tigo e de 1 dia

c) A vota~ao a que se refere 0 artigo 16deg efecshytua-se no 5deg dia posterior ao da publica~ao da presente lei

d) Os juizes eleitos pela Assembleia da Republica reunem as 15 horas do 2deg dia posterior ao da sua elei9ao definitiva no edificio desshytinado ao funcionamento do Tribunal Consshytitucional para efeito de procederem a cooptacao dos restantes julzes

2 - Os 10 juizes elehos pela Assembleia da Reshypublica e os 3 jufzes cooptados tomam posse simulshytaneamente

Artigo 110deg

(Pessoal da Comissao Constitucional)

o pessoal que se encontre a prestar servico a qualshyquer titulo na secretaria e no nueleo de spoio doshycumental da Comissao Constitucional a data da enshytrada em vigor da presente lei transita a igual titulo e com categoria correspondentt para os quadros da secretaria e dos servi90s de apoio do Tribunal Constishytucional mediante lista nominativa e independenteshymente de quaisquer outras formalidades salvo anotashycao pelo Tribunal de Contas

Artigo 111deg

[Biblioteca e arquivo da Comissao Constilucional)

A biblioteca e 0 arquivo da Comissao Constitucional transitam para 0 Tribunal Constitucional

Artigo 1120

(Publicacao ofical de ac6rdaosl

1 - Sem prejuizo do disposto no artigo 57deg sao publicados no Boletim do MinisMrio da Justi~a todos os ac6rdaos do Tribunal Constitucional salvo os de

natureza processual que nao tenham interesse doutrishymirio cabendo a selec~ao ao presidente

2 - 0 Tribunal Constitucional promove a publicashy~ao dos seus ac6rdaos com interesse doutrinario em colectanea anual

3 - 0 Tribunal Constitucional promove ainda que se complete a publicaCao dos ac6rdaos e pareceres da Comissao Constitucional nas formas por que a mesma vern sendo feita

Artigo 113deg

(Funcionamento durante 0 ana de 1962)

o funcionamento do Tribunal Constitucional easse gurado durante 0 ano de 1982 pela verba inscrita no Orcamento do Estado para a Comissao Constitucional a qual se necessario sera para 0 efeito refor~ada

Artigo 114deg

(Providencias orcamentaisl

o Ministro de Estado e das Financas e do Plano proshypora ao Govemo as providencias orcamentais necesshysarias a execucao da presente lei

Artigo 115deg

(Entrada em vigor)

1 - A presente lei entra em vigor na data da sua publicacao salvo 0 disposto no numero seguinte e sem prejuizo do preceituado no artigo 108

2 - A alinea d) do artigo 8deg e os artigos 9 10 101 102deg 1030 e 1070 en tram em vigor 60 dias apas a posse dos primeiros juizes do Tribunal Consshytitucional

Aprovado em 28 de Outubro de 1982

o Presidente da Assembleia da Republica Francisco Manuel Lopes Vieira de Oliveira Dias

Promulgada em 3 de Novembro de 1982

Publique-se

o Presidente da Republica ANT6NIO RAMALHO EANES - 0 Primeiro-Ministro Francisco Jose Pereira Pinto Balsemiio

  • Embaixada
  • Diaacuterio da Repuacuteblica