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EMPREGO FORMAL S egundo o Cadastro Geral de Empregados e De- sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis- tas no Estado de São Paulo, no 1 o trimestre de 2015, pouco variaram (geração de 5.547 postos de trabalho), resultado de 1.510.404 admissões e 1.504.947 desliga- mentos. No mesmo período, na Região Administrativa de Ribeirão Preto – que detém 3,1% do total de em- pregos formais do Estado –, houve aumento de 4.122 postos de trabalho (51.013 admissões e 46.891 desli- gamentos). Com essa movimentação, o número de empregos for- mais celetistas na região, ao final do 1 o trimestre de 2015, foi de 393.450 (Tabela 1), 1,1% superior àquele registrado no 4 o trimestre de 2014. Na comparação com o 1 o trimestre de 2014, houve redução de 2,9%, com a eliminação de 11.804 postos de trabalho. RA de Franca RA de Barretos RA de São José do Rio Preto RA de Araçatuba RA de Presidente Prudente RA de Marília RA de Bauru RA Central RA de Ribeirão Preto RA de Campinas RA de Registro RM de São Paulo RM da Baixada Santista RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte RM de Sorocaba RA de Itapeva Campinas RM de Grande ABC RA de Sorocaba Representa 3,1% do total de empregos formais no Estado. Foram gerados 4.122 postos de trabalho. Estoque de empregos formais ficou 1,1% superior ao registrado no 4 o trimestre de 2014. Na comparação com o 1 o trimestre de 2014, os empregos reduziram- se em 2,9%. RA de Ribeirão Preto 1 o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis-

tas no Estado de São Paulo, no 1o trimestre de 2015, pouco variaram (geração de 5.547 postos de trabalho), resultado de 1.510.404 admissões e 1.504.947 desliga-mentos. No mesmo período, na Região Administrativa de Ribeirão Preto – que detém 3,1% do total de em-pregos formais do Estado –, houve aumento de 4.122 postos de trabalho (51.013 admissões e 46.891 desli-gamentos).

Com essa movimentação, o número de empregos for-mais celetistas na região, ao final do 1o trimestre de 2015, foi de 393.450 (Tabela 1), 1,1% superior àquele registrado no 4o trimestre de 2014. Na comparação com o 1o trimestre de 2014, houve redução de 2,9%, com a eliminação de 11.804 postos de trabalho.

RA deFrancaRA de

Barretos

RA deSão José

do Rio Preto

RA deAraçatuba

RA dePresidente Prudente

RA deMarília

RA deBauru

RACentral

RA deRibeirão Preto

RA de Campinas

RA deRegistro

RM deSão Paulo

RM da Baixada Santista

RM do Vale do Paraíba e

Litoral Norte

RM deSorocaba

RA deItapeva

CampinasRM de

GrandeABC

RA de Sorocaba

Representa 3,1% do total de empregos formais no Estado.

Foram gerados 4.122 postos de trabalho.

Estoque de empregos formais ficou 1,1% superior ao registrado no 4o trimestre de 2014.

Na comparação com o 1o trimestre de 2014, os empregos reduziram-se em 2,9%.

RA de Ribeirão Preto1o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL: RA de Ribeirão Preto 1o trimestre de 2015SEADE

Tabela 1Número e variação do emprego formal, segundo setores de atividade econômicaRA de Ribeirão Preto – 1o trimestre de 2014-1o trimestre de 2015

Setores de atividadeEmpregos (mar. 2015) Variação absoluta Variação relativa (%)

No abs.Distribuição

(%)1o trim. 2015/ 4o trim. 2014

1o trim. 2015/ 1o trim. 2014

1o trim. 2015/ 4o trim. 2014

1o trim. 2015/ 1o trim. 2014

TOTAL (1) 393.450 100,0 4.122 -11.804 1,1 -2,9

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2) 14.511 3,7 444 -1.515 3,2 -9,5

Indústrias de transformação (3) 88.383 22,5 2.513 -8.203 2,9 -8,5

Fabricação de produtos alimentícios e de bebidas (4) 34.618 8,8 2.023 -3.150 6,2 -8,3

Indústria metal-mecânica (5) 28.518 7,2 385 -4.052 1,4 -12,4

Demais subsetores (6) 25.247 6,4 105 -1.001 0,4 -3,8

Construção (7) 27.116 6,9 506 -1.399 1,9 -4,9

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (8) 97.494 24,8 -1.355 -1.823 -1,4 -1,8

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 12.553 3,2 -12 -500 -0,1 -3,8Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas 15.942 4,1 25 78 0,2 0,5

Comércio varejista 68.999 17,5 -1.368 -1.401 -1,9 -2,0

Serviços (9) 164.336 41,8 1.925 1.310 1,2 0,8

Transporte, armazenagem e correio (10) 20.380 5,2 125 303 0,6 1,5

Informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas (11) 22.626 5,8 134 -125 0,6 -0,5Atividades administrativas e serviços complementares (12) 36.925 9,4 365 188 1,0 0,5Administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (13) 53.386 13,6 1.250 1.008 2,4 1,9Alojamento e alimentação; artes, cultura, esporte e recreação; e outras atividades de serviços (14) 29.723 7,6 7 -151 0,0 -0,5

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.(1) Inclui indústrias extrativas (Seção B da CNAE 2.0); eletricidade e gás (Seção D da CNAE 2.0); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (Seção E da CNAE 2.0). (2) Seção A da CNAE 2.0. (3) Seção C da CNAE 2.0. (4) Inclui as Divisões 10 e 11 da Seção C da CNAE 2.0. (5) Inclui as Divisões 24 a 30 e 33 da CNAE 2.0. (6) Incluem as Divisões 12 a 23 e 31 e 32 da Seção C da CNAE 2.0. (7) Seção F da CNAE 2.0. (8) Seção G da CNAE 2.0. (9) Seções H a U da CNAE 2.0. (10) Seção H da CNAE 2.0. (11) Seções J, K e M da CNAE 2.0. (12) Seção N da CNAE 2.0. (13) Seções O, P e Q da CNAE 2.0. (14) Seções I, R e S da CNAE 2.0.Nota: Não inclui as informações fora do prazo.

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EMPREGO FORMAL: RA de Ribeirão Preto 1o trimestre de 2015SEADE

Segundo setores de atividade, no trimestre em análise, a elevação no nível de emprego formal na região deveu-se ao crescimento na indústria de transformação (geração de 2.513 postos de trabalho, ou 2,9%) – com destaque para a fabricação de produtos alimentícios e de bebidas (2.023, ou 6,2%) –, nos serviços (1.925, ou 1,2%) – em especial a administração pública, defesa e seguridade social; educa-ção; e saúde humana e serviços sociais (1.250, ou 2,4%) –, na construção (506, ou 1,9%) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (444, ou 3,2%). Houve redução no comércio; reparação de veículos automotores e mo-tocicletas (eliminação de 1.355 postos de trabalho, ou -1,4%).

Na comparação com o 1o trimestre de 2014, a retração de empregos formais (-2,9%, ou eliminação de 11.804 postos de trabalho) decorreu das retrações na indústria de transformação (-8,5%, ou -8.203) – em especial na indústria metal-mecânica (-12,4%, ou -4.052) e na fabricação de produtos alimentícios e de bebidas (-8,3%, ou -3.150) –, no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,8%, ou -1.823), na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicul-tura (-9,5%, ou -1.515) e na construção (-4,9%, ou -1.399), apenas parcialmente compensadas pelo crescimento dos empregos nos serviços (0,8%, ou geração de 1.310 postos de trabalho) – com destaque para administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (1,9%, ou 1.008).

A partir da análise da movimentação de admissões e desligamentos segundo ocu-pações, podem ser obtidos importantes indicativos sobre as áreas profissionais mais dinâmicas e, eventualmente, com maiores necessidades de qualificação de pessoal.

A Tabela 2 apresenta as 20 ocupações com os maiores saldos positivos de janeiro a março de 2015, as quais representaram 36,5% do total de admissões e 29,8% dos desligamentos ocorridos na região, no período analisado.

Como características mais gerais dessas ocupações, observa-se o predomínio da-quelas com menores exigências de especialização e escolaridade, com exceção de professor de nível médio no ensino fundamental, professor de nível superior do ensino fundamental (primeira à quarta série) e técnico de enfermagem, perten-centes aos grandes grupos 2 e 3 da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO,1 que requerem nível de escolaridade superior ou médio e cursos técnicos e de es-pecialização. Destacam-se os saldos positivos para trabalhador da cultura de cana--de-açúcar, trabalhador volante da agricultura e tratorista agrícola, na agricultura, alimentador de linha de produção, servente de obras, eletricista de instalações e pedreiro, além das ocupações transversais motorista de caminhão (rotas regionais

1 Os dez grandes grupos da CBO, representados pelo primeiro algarismo do código das Tabelas 2 e 3, foram agregados por nível de competência e similaridade das atividades executadas e são os seguintes: 0- Forças Armadas, policiais e bombeiros militares; 1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes; 2- Profissionais das ciências e das artes; 3- Técnicos de nível médio; 4- Tra-balhadores de serviços administrativos; 5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados; 6- Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca; 7- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos discretos); 8- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos contínuos); e 9- Trabalhadores

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EMPREGO FORMAL: RA de Ribeirão Preto 1o trimestre de 2015SEADE

Tabela 2Ocupações com maiores saldos positivosRA de Ribeirão Preto – janeiro-março 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

6221-10 Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar 2.184 438 1.7467842-05 Alimentador de linha de produção 2.287 1.942 3459113-05 Mecânico de manutenção de máquinas, em geral 443 186 2577825-10 Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) 1.376 1.131 2453312-05 Professor de nível médio no ensino fundamental 282 53 2297170-20 Servente de obras 1.899 1.704 1952312-10 Professor de nível superior do ensino fundamental

(primeira a quarta série) 204 39 1657832-25 Ajudante de motorista 485 335 1504223-10 Operador de telemarketing ativo e receptivo 852 720 1327156-15 Eletricista de instalações 359 227 1327152-10 Pedreiro 1.213 1.083 1309922-25 Auxiliar geral de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 333 206 1277824-05 Motorista de ônibus rodoviário 223 112 1114110-05 Auxiliar de escritório, em geral 2.158 2.055 1036220-20 Trabalhador volante da agricultura 299 196 1033222-05 Técnico de enfermagem 390 288 1027166-10 Pintor de obras 417 320 975143-20 Faxineiro 2.639 2.549 907157-15 Instalador de isolantes térmicos (refrigeração e climatização) 180 95 856410-15 Tratorista agrícola 386 304 82

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

e internacionais), ajudante de motorista e motorista de ônibus rodoviário, na in-dústria de transformação, operador de telemarketing ativo e receptivo, auxiliar de escritório em geral e faxineiro, nos serviços, e auxiliar geral de conservação de vias permanentes (exceto trilhos), pertencente ao grande grupo 9, da CBO, trabalhado-res de manutenção e reparação.

As informações da Tabela 2 também evidenciam as elevadas movimentações de admissões e desligamentos, característica dos mercados de trabalho do país, bem como o fato de que nem sempre as ocupações com maiores saldos são as que apre-sentam as maiores movimentações de admissões e desligamentos.

Em contraposição, a Tabela 3 traz as 20 ocupações com os maiores saldos nega-tivos entre janeiro e março de 2015, as quais representaram 14,8% do total de admissões e 20,4% dos desligamentos na região, no mesmo período.

Com exceção das ocupações pertencentes aos grandes grupos 1 e 3 da CBO, co-merciante varejista, gerente de loja e supermercado e auxiliar de enfermagem, que

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EMPREGO FORMAL: RA de Ribeirão Preto 1o trimestre de 2015SEADE

Tabela 3Ocupações com maiores saldos negativosRA de Ribeirão Preto – janeiro-março 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

5211-10 Vendedor de comércio varejista 2.691 3.518 -8276225-05 Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas 177 433 -2564211-25 Operador de caixa 964 1.161 -1974101-05 Supervisor administrativo 199 263 -641414-10 Comerciante varejista 204 262 -588417-45 Xaropeiro 17 73 -565134-05 Garçom 237 289 -527112-30 Operador de máquina perfuratriz 48 99 -515211-25 Repositor de mercadorias 490 537 -477212-15 Operador de máquinas-ferramenta convencionais 153 200 -475134-35 Atendente de lanchonete 920 966 -461414-15 Gerente de loja e supermercado 55 97 -423222-30 Auxiliar de enfermagem 153 189 -364223-15 Operador de telemarketing receptivo 613 649 -367832-15 Carregador (veículos de transportes terrestres) 93 128 -355174-20 Vigia 177 209 -327155-25 Carpinteiro de obras 71 103 -327825-15 Motorista operacional de guincho 51 82 -315211-15 Promotor de vendas 223 253 -307244-15 Chapeador 8 38 -30

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

requerem nível de escolaridade superior ou médio, cursos técnicos, de especializa-ção e experiência, os maiores decréscimos de emprego ocorreram para vendedor de comércio varejista, operador de caixa, supervisor administrativo, garçom, repo-sitor de mercadorias, atendente de lanchonete, operador de telemarketing recepti-vo e vigia, nos serviços e no comércio, trabalhador no cultivo de árvores frutíferas, na agricultura, xaropeiro, operador de máquina perfuratriz, operador de máquinas--ferramenta convencionais e carregador (veículos de transportes terrestres), na indústria de transformação.