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Radar 6

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Caros Leitores,

Nesta edição da RADAR muita coisa nova há para ver. Algumas das rúbricas habituais deram lugar a outras, como é o caso da Radar Spots onde pretendemos dar-vos a conhecer inúmeros locais que devem, com toda a certeza, visitar. A Boutique Boneca é certamente um deles e por isso mesmo é o local escolhido desta edição.Quisemos ainda dar a conhecer melhor o jovem fotógrafo brasileiro Marcos Rezende que amavelmente colaborou com a RADAR na edição passada. E por falar em colab-orações, este mês, fruto do trabalho daqueles que a nós se juntaram temos não um, mas sim três editoriais de moda para partilhar com vocês, bem como um novo espaço de receitas e um artigo sobre o fantástico projecto português De Alma e Coração.E se pensam que termina por aqui estão redondamente enganados. São inúmeros os talentos espalhados pelo nosso país e existem sempre novos nomes para partilhar. Na moda temos SayMyName, a marca criada pela talentosa Catarina Sequeira que a define como vanguardista e com uma relação qualidade-preço bastante apelativa. Já na ilustração, Sofia Azevedo é a protagonista. Na música, falamos de Erica Buetner, a americana que se apaixonou por Portugal. E para terminar em grande, a RADAR partilha convosco a sua passagem pela mais recente edição do Portugal Fashion Week.

Tudo isto e muito mais nesta edição da RADAR.

Boa Leitura!

x Daniela Salsa

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EditoraDaniela Salsa

Paginação

Daniela Salsa

RedactoresDaniela Salsa

Pedro Henrique RibeiroRaúl RodriguesSansão Gomes

Rui Veloso

ColaboradoresAna Mestre

Ana Rita PatinhaMafalda Maçaroco

Vânia SilvaPatrícia Silvério

[email protected]

Facebookfacebook.com/magazineradar

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12 // IN SECRET WE MET 18 // ERICA BuETTNER

84 // DE ALMA E CoRAção

100 // AuThENTIC WEAR

118 // BouTIQuE BoNECA

108 // SoFIA AzEvEDo

52 // SAY MY NAME 68 // MARCoS REzENDE

6 // LAST MINuTE DREAMS

SUmário

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+ E mAiS

26 // EDitorial: rEbEl angEl

36 // SongS that inSpirE ME

42 // Walking arounD portugal faShion

62 // EDitorial raDar: MiniMal girl

74 // albuM rEviEW: Jack bugg

76 // raDar tEch

80 // cantigaS DE EScárnio E Mal DizEr

82 // trEtaS para ESquEcEr

92 // EDitorial: EtErnity

114 // filME rEviEW: brokEn city

122 // rEcEitaS raDar

126 //SugEStõES raDar

128 // EM cartaz

132 // no raDar

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Tem 22 anos, mora em Lisboa, é licen-ciada em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa - onde também fez cadeiras de comu-nicação - e é uma das bloggers portu-guesas mais conceituadas do momento. Fiquem a conhecer a jovem por detrás do blog Last minute Dreams.

Ao ler o seu blog, é possível perceber que

Carolina Flores não é uma blogger banal. É

notório o seu talento e a sua queda para as

artes. Fascinada pela web e pelo webde-

sign, encontra-se a tirar o curso de Digital Art

Director, ao mesmo tempo que estagia na

área de design digital.

o Last Minute Dreams nasceu em Julho de

2009 por mera curiosidade e vontade de

partilhar o que até si chegava. o nome foi

o primeiro que lhe surgiu e assim ficou, e na

sua opinião, reflecte bem aquilo que vai

postando, coisas do dia-a-dia, de “última

hora”.

Apesar de o seu blog ser reconhecido como

um fashion blog, a verdade é que os seus

conteúdos não se focam somente na moda.

Aliás, este tipo de posts são cada vez mais

raros.

“o Last minute Dreams não é, de todo, um fashion blog mas sim um espaço onde par-tilho o meu dia-a-dia e o que está à minha volta. Não gosto muito de dar grandes

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BLOGGER

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definições ao LmD pois está em constante mudança mas diria, neste momento, que é um blog de lifestyle.”

No entanto, questionada sobre o que a

inspira na hora de criar um outfit, afirma que

tudo depende do seu “mood”. “Num dia posso sair mais produzida e no outro meto uns ténis e uma camisola larga e let’s go!”

Fazendo um retrospectiva relativamente ao

LMD, considera que o melhor que o blog lhe

trouxe foi a oportunidade de desenvolver

mais projectos.

Falando um pouco dos blogs em Portugal

e daquilo que é necessário um blog ter

para ter sucesso, Carolina Flores afirma que

existem bons blogs portugueses, e esses têm

merecido o mérito que lhes é dado, e que

para um blog ter sucesso necessita possuir

personalidade e originalidade, salientando

que é importante o blogger não querer

agradar a gregos e troianos.

Amante nítida do mundo musical, a RADAR quis

saber o que poderia neste momento encontrar

no seu MP3, pergunta à qual respondeu com

alguns exemplos: Kendick Lamar, A$AP Rocky,

Quadron, Local Natives, Pink Floyd, Tyler, Frank

ocean, Tame Impala...

“Tenho um gosto muito variado” - acrescentou.

Quem segue o seu blog, sabe que Carolina

possui também um outro blog, o “Blended by

Carolina”, onde partilha algumas das suas cola-

gens e trabalhos. Questionada sobre o que a

inspira na hora de criar, refere que criar uma

colagem é um processo bastante natural e

que é constantemente inspirada por tudo o

que a rodeia.

“Vou juntando imagens até conseguir dizer: sim, é isto, está feito!”

Ainda relativamente à sua veia artística,

quisemos saber mais sobre a sua recente

colaboração com o Cão Azul, para a qual

criou algumas t-shirts com as suas colagens.

Sobre esta experiência, Carolina afirmou

que já há muito pensava em ter uma linha

de t-shirts e por isso mesmo quando o Cão

Azul lhe fez a proposta não podia ter ficado

mais contente.

“Está a ser muito giro ver quem está a adquirir as t-shirts e qual é aquela com que cada pessoa se identifica mais!” Para as adquirir basta aceder ao site do Cão

Azul (caoazul.pt) e seleccionar o separador

artistas. As t-shirts custam 15,95€ e estão dis-

poníveis em dois modelos.

Sendo uma jovem de 22 anos e com uma

licenciatura acaba de fazer, perguntamos-

lhe como encara a crise. Apesar de con-

fessar que a crise também a afecta, tenta

ser positiva, produtiva e pensar num dia de

cada vez. “Não gosto de pensar a longo prazo porque é impossível saber como vamos estar num futuro próximo.”

No final, ainda houve tempo para uma men-

sagem para os leitores:

“Well…aproveitem as pequenas coisas da vida!”

BLOGGER

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LOJA ONLINE

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Num mundo cada vez mais global,

em que se torna urgente valori-

zar o ‘diferente’ e fugir da cópia,

surge um novo conceito de bijutar-

ia: ISWM. A marca, gerida por uma

pequena equipa sob a direcção

artística de Cremilde Bispo, nasceu

da necessidade de unir os atributos

da joalharia à bijuteria, tirando par-

tido das características de ambas.

Criadas de forma artesanal, as

peças In Secret We Met adquirem

um carácter bastante próprio, uma

vez que a grande maioria dos arti-

gos é exclusiva. Fiquem a conhecer

melhor este projecto português que

tem revolucionado o mundo dos

acessórios.

IN SECRET WE MET

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In Secret We Met surgiu da evolução natural de

um primeiro projecto dedicado exclusivamente

à bijuteria, que teve a duração de três anos. No

entanto, apesar de muito terem aprendido ao

longo desse tempo, começaram a deparar-se

com um mercado cada vez mais saturado e

competitivo. Após criarem uma colecção com

novos materiais - que acabou por mudar a sua

perspectiva - consideraram ser a altura ideal

para dar um salto para um projeto mais maduro.

“Sentimos uma grande necessidade de criar peças com mais qualidade e longevidade, sem que se tornassem extremamente caras. Um meio termo entre a bijuteria e a Joalharia. A partir desse momento, sentimos que o que estávamos a criar fazia sentido.”

Todas as peças ISWM têm algo especial. São

bonitas, sim, mas acima de tudo cada um dos

artigos possui uma harmonia muitas vezes difícil

de explicar. Quisemos saber no que se inspira-

vam na hora de criar, talvez assim fosse mais

simples compreender esse fenómeno.

“A inspiração provém acima de tudo do contac-to com os materiais. Fazemos muitas experiên-cias, desde o desenho da peça até à sua cria-ção. Durante o processo, uma peça pode ser alterada várias vezes até considerarmos que está perfeita”, responderam. E foi aqui que tudo

fez sentido.

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LOJA ONLINE

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LOJA ONLINE

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Questionados sobre a escolha do nome, afirmaram ser uma

equipa de românticos e por isso inspiraram-se num dos seus

poemas favoritos de Lord Byron, “When we two parted” para

batizar o projecto.

“Gostamos do misticismo que a frase acarreta...deixa-nos com vontade de descobrir do que se trata.”Como qualquer novo projecto, a fase inicial tem sempre

alguns obstáculos. Neste caso, a equipa ISWM considerou que

nos primeiros dois meses foi complicado darem-se a conhecer

à blogosfera visto o projecto estar a ser criado do zero e ser

exclusivamente para venda online.

“Como o público português ainda sente uma grande relutân-cia em relação às online shops, demorámos algum tempo a ganhar credibilidade no meio.”No entanto, esse obstáculo parece ter sido ultrapassado já

que a adesão do público tem sido muito positiva.

“recebemos cada vez mais pedidos e elogios da parte dos nossos clientes e seguidores, o que é extremamente gratifi-cante.Na última edição da Feira das Almas, tivemos o prazer de falar com seguidores que confessaram sermos o único Site online de acessórios em que confiavam, o que nos deixou extasiados de emoção!É muito bom saber que temos clientes fiéis a seguir o nosso trabalho.”

No final, e tendo em conta a situação atual do país, pedimos

que deixassem alguns conselhos aos jovens empreendedores:

“Acima de tudo, não desistam ao primeiro contratempo. É preciso acreditar verdadeiramente no que se está a criar, e saber que por vezes é necessários ter muita paciência até se ver resultados positivos”.

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oNDE ENCoNTrAr:

FACEBook.Com/iNSECrETWEmETiNSECrETWEmET.Com

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MúsIcA

Erica Buettner nasceu nos Estados unidos,

mudou-se para Paris, até que se apaixonou

por Portugal e principalmente por Coimbra,

onde vive actualmente. Em 2011, lançou o

seu álbum de estreia, True Love and Water,

um disco único e incrivelmente inspirador que

revela ainda a admiração da artista ameri-

cana por nomes como Judy Collins e Joni

Mitchell.

Em conversa com a Radar, revelou-nos as

razões que a levaram a trocar a sua terra

natal pelo jardim à beira mar plantado e os

seus planos para o futuro, sem deixar de nos

dar a conhecer melhor o seu álbum, bem

como aquilo que a inspira e motiva.

Erica BuettnerEntrevista: Daniela Salsa // Tradução: Rita Teixeira // Fotografias: Fábio Teixeira

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1. Em primeiro lugar, quem é a Erica?Signo do sol: Caranguejo Animal do zodía-co chinês: Rato Tipo de Personalidade myers-Briggs: INFP (Introverted iNtuitive

Feeling Perceiving) Número da Sorte: 5 Passatempos preferidos: Música, ler,

cozinhar, viajar e a mitologia. Citação Preferida: “Simplify Simplify Simplify!”–

henry David Thoreau, Walden

2. Naceste nos EUA, foste para Paris e agora vives em Coimbra. Como explicas todas estas mudanças?Cresci em Connecticut, um pequeno

estado na costa Este dos EuA, onde vivi

até aos 19 anos. Na faculdade, estu-

dei francês e literatura e fui para Paris

para passar um ano no estrangeiro.

Enquanto estudei na “Sorbonne and

Nanterre university” (Paris) fazia trabal-

hos ocasionais que me permitiram ficar

ais tempo do que o planeado inicial-

mente. Trouxe a minha guitarra comigo

para Paris e comecei a dar concertos

em cafés, clubes e teatros. Depois con-

heci o meu produtor, Pierre Faa, e juntos

começamos a gravar o True Love and

Water. Estar neste meio (música) eventu-

almente deu-me a oportunidade de via-

jar muito. Primeiro, viajei para Portugal

para dar concertos. Senti uma ligação

instantânea com o país e senti-me pre-

parada para uma mudança depois de

muitos anos numa cidade muito fria

e grade. Também desenvolvi algumas

amizades fortes que tornaram a minha

mudança para Portugal mais fácil. viver

em 3 culturas diferentes fez-me sentir um

bocado como uma forasteira. Contudo,

isso expandiu e enriqueceu o meu con-

ceito de “lar”.

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3. Na tua opinião, Portugal é um bom país para se viver? Como é viver num país tão pequeno?

o que mais aprecio em Portugal é o facto

de este proporcionar todas as condições

que tornam o dia-a-dia bastante pleno:

boa comida e ingredientes frescos, um

clima fantástico, paisagens espectacu-

lares e pessoas bastante calorosas com

grande sentido de humor e uma cultura

amistosa. É claro que reconheço que os

tempos estão difíceis e as oportunidades

são cada vez menos. Tento focar-me

nos aspectos positivos que, por sorte, são

abundantes.

4. Tencionas ficar no nosso país futura-mente?Não sou de fazer planos muito concre-

tos. As minhas experiências de vida sur-

preendem-me muitas vezes, e eu gosto

que assim seja. Contudo, hoje em dia

sinto uma maior necessidade de me

integrar, por isso vamos ver.

5. Falando da tua carreira: em que momento da tua vida começaste a fazer música?Comecei a escrever canções com 16

anos, assim que peguei na guitarra e

aprendi dois acordes.

Alguma coisa em mim fez “clique” e

comecei a escrever canções de segui-

da. Ainda me lembro do que foi sentir ser

uma escritora de canções que foi de

alguma forma “activada” por segurar

uma guitarra nos meu braços e dedel-

har uma sequência de acordes. Aprendi

uma serie de canções de artistas que

gostava mas foi sempre um claro objec-

tivo escrever as minhas próprias músicas.

6. Em que momento sentiste que fazia todo o sentido dedicares-te a uma car-reiira nesta área?Começou a fazer sentido quando morei

em Paris. Desde que comecei a mudar-

me, ser cantautora tornou-se um fator

consistente na minha vida e a minha

principal ocupação. Não tinha um plano

alternativo pois a música era a única

coisa que me podia levar a qualquer

lado. Precisava disso. É uma carreira mas

é também algo muito ligado à minha

forma de ser, à minha identidade.

MúsIcA

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7. Em 2011, lançaste o teu disco de estreia, “True Love and Water”. Era um sonho antigo ou algo que aconteceu naturalmente?“True Love and Water” evoluiu à sua própria

maneira que foi muito específica para o ambi-

ente e humor em que foi criado. havia facto-

res positivos a ajudar: ser produção única de

Pierre Faa, um estúdio caseiro em Montmartre

que nos permitiu trabalhar de uma forma

relaxada e ainda a participação de grandes

músicos de toda a Europa. Até para mim há

algo de místico nele.

8. o que nos podes dizer sobre este álbum?Quando o fizemos, não tinha ideia de que

iríamos trabalhar de forma pouco convencio-

nal pois o processo era todo novo para mim.

Não tínhamos ninguém a controlar-nos e não

nos sentíamos ligados a nada além da música

que gostavamos.

Eu e o Pierre trabalhamos nele durante

um período mais longo do que o habitual.

Investimos muito carinho em cada detalhe

e o resultado é um grande álbum e nota-se

uma evolução na escrita e nos arranjos que

temos vindo a fazer.

9.Na hora de compor, o que te inspira?Claro que atribuímos o nosso próprio significa-

do às nossas experiências, mas de vez em

quando também somos capazes de articular

algo com o qual muita gente se consegue

identificar. Estamos em crise e as pessoas

estão a lutar - a lutar com a sua situação

financeira, com o seu senso pessoal de que é

importante e com a responsabilidade peran-

te os seus entes queridos.

Não posso criar músicas que escapem a isso

(não tinha lógica), portanto tento criar “snap-

shots” deste tempo complexo. No entanto,

não acho que a arte é um lugar para se ser

didático. Deixo a linguagem e a musicalidade

das palavras serem o meu guia e levarem-me

a lugares abstratos. Depois mudo de farda e

torno-me uma editora exigente. Cada linha

conta. É muito importante para mim dizer

algo sobre o qual tenho pensado, que signifi-

ca algo real e que não seja feito de rabiscos

ou “palha”.

10. Existem planos para um novo álbum num futuro próximo?Em Maio sairá um álbum feito em colabora-

ção com a Dana Boulé, sob o nosso apelido

“The Resident Cards”. o próximo álbum espe-

ro vir logo a seguir.

11. Estás em Portugal há algum tempo: o que achas da música feita por cá? Considero que existe muito boa música em

Portugal: Sérgio Godinho, António variações,

José Afonso (obviamente!). Existem inúmeros

jovens artistas fantásticos de quem me tornei

amiga. Com a banda portuguesa “Beautify

Junkyards” cantei um cover de uma das músi-

cas da Bridget St. John - eles estão a fazer

covers de músicas folk com um toque ele-

trónico que eu realmente aprecio.

MúsIcA

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12. Como tem reagido o público ao teu trab-alho e durante os teus espectáculos?o público português tem-me apoiado imen-

so. As pessoas falam sempre comigo, reagem

às minhas histórias e fazem perguntas sobre

as letras das minhas canções. É sempre um

enorme prazer fazer espectáculos aqui.

13. Como é que os nossos leitores podem comprar o teu álbum?A melhor forma de o fazer é virem a um espe-

ctáculo e comprá-lo directamente. online

podem encontrá-lo à venda em EricaBuettner.

bandcamp.com, bem como em todas as

plataformas digitais. É possível ouvi-lo online

de forma gratuita porque quero que a minha

música seja acessível e esteja disponível.

Quero que os meus fãs se envolvam - se

eles gostarem da minha música e decidirem

comprá-la, sabem que estão a desempenhar

um papel importante, ajundando-me a trazer-

-lhes novas músicas.

14. Para terminar, uma mensagem que quei-ras deixar aos nossos leitores.As mensagens são um assunto sério, portanto

consultei o I-Ching para os leitores da Radar:

“Não devemos preocupar-nos e procurar

moldar o futuro, interferindo nas coisas antes

do momento apropriado. Devemos tranquila-

mente fortalecer o corpo com comida e

bebida e a mente com alegria e boa dis-

posição. o destino vem quando quer, e nessa

altura cá estaremos!”

oNDE A ENCoNTrAr

FACEBooK.CoM/

ERICABuETTNERMuSIC

MúsIcA

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Fotografia: Bruno Jóia assistido por Rui BanhaStyling e Produção: Mafalda MaçarocoHair and makeup: Mariana Gonçalves

modelo: Rita Stone

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ENTREVIsTA

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Pedro Amorim é um jovem de 26 anos viciado em música. Em 2011, criou um projecto - juntamente com uma amiga - ao qual deu o nome “Songs That inspire me”, uma página no facebook que rapida-mente deixou de ser apenas um local onde partil-hava músicas e passou a ser uma comunidade de inspiração.

por Daniela Salsa

1. Em primeiro lugar, fala-nos um pouco sobre ti.Chamo-me Pedro, tenho 26 anos, nasci no Porto a 15 de

Fevereiro e sou Licenciado em Publicidade. Actualmente

encontro-me a tirar o mestrado e a trabalhar, ainda, como

freelancer na área de Design. Aos fins-de-semana inverto os

papéis e sou professor de Surf.

Comecei a aprender piano aos 10 anos, um incentivo por

parte da minha avó com quem costumava passar os finais

de tarde a ouvir música clássica assim que saía da escola.

Isso foi sem dúvida um dos pontos de partida que levou

a despertar o meu interesse pela música (pelo som das

teclas), e que fez com que começasse a vivê-la da forma

intensa com que vivo hoje. Não consigo estar um dia sem

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ouvir música, sou completamente viciado

e normalmente quando gosto ouço até

enjoar, depois tenho que estar uns tempos

sem ouvir.

Tenho 4 irmãos maravilhosos e uma mãe da

qual me orgulho por ter sido inteiramente

responsável da pessoa que sou hoje. Tenho

ainda um conjunto de pessoas especiais

com quem tenho laços muito fortes e que

despertam o melhor que eu posso ser.

Preservo muito o valor da amizade, da

amizade genuína, aquela que sabemos

com o que podemos contar se precisarmos

de algo, nem que seja para nos fazer sorrir

quando mais precisamos.

2. o Songs That inspire me é uma página no facebook onde partilhas músicas que te inspiram mas que também inspiram out-ras pessoas. No entanto, não é tão linear quanto isso. Fala-nos um pouco sobre este teu projecto e do que te levou a criá-lo.Sem dúvida que a STIM é o reflexo da pes-

soa que me tornei, é o reflexo daquilo que

realmente gosto e daquilo que me inspira.

Como já muita gente sabe, este projecto

surgiu em parceria com uma grande amiga

(Filipa Pontinha) que pertence à conhecida

página Inspire Me, daí o nome terminar em

Inspire Me, apesar de que, agora haver

centenas de páginas com essa sigla, virou

moda…

Entretanto a Filipa acabou por se dedicar

só à Inspire Me juntamente com outros pro-

jectos logo no início, ficando a STIM inteira-

mente à minha responsabilidade.

Com o avançar do tempo, a página pas-

sou a ser um local partilhado e visitado por

muitas pessoas, passou de um espaço pes-

soal onde partilhava músicas que gostava

e que despertavam em mim uma varie-

dade de sentimentos, para um espaço

aberto a toda a comunidade que livre-

mente começou a partilhar e inspirar os

outros. Mais do que uma simples página, a

STIM é uma comunidade de inspiração.

3. A tua página conta já com mais de 30

PhoTo BY: WWW.LAuRAALICEWATT.CoM

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mil likes. Qual é a sensação de ter um pro-jecto tão inspirador e grandioso?Por vezes páro e penso, e se eu não tivesse

saído da minha concha e tivesse guardado

toda esta minha adoração pela música

só para mim? uma questão engraçada

e interessante, mas sem sentido devido à

pessoa que sou. Nunca poderia deixar de

partilhar com as pessoas esses meus gostos!

Gosto de partilhar, gosto de me sentir útil

e de levar as pessoas a sorrir, a sonhar, a

viajar por momentos passados, presentes e

até mesmo a imaginar o futuro com uma

simples música.

Contudo nunca pensei ter 1000 likes, quan-

to mais 30.000. As pessoas que me acom-

panharam desde o início sabem que nesse

período agradecia quase a cada 5.000.

Isso foi um processo que foi acontecendo

natural e gradualmente. Atualmente, não

posso dizer que não esboço um sorriso

quando recebo uma mensagem quer no

tumblr quer na página ou quando me vem

dizer que ouviram falar da minha página

num jantar de amigos ou até no metro. É

bom ouvir e guardar as palavras calorosas

das pessoas que reconhecem o meu trab-

alho e o valorizar. Palavras, essas, que me

levam a concluir que o meu trabalho atin-

giu objectivos superiores ao que esperava.

4. Como qualquer projecto, é necessário trabalho, e trabalho exige tempo. Diz--nos, quanto tempo dedicas ao STim?Dedico algum tempo à STIM, não muito, na

minha opinião dedico o essencial.

Tenho vida própria, família, amigos, trab-

alho, estudo e a página nunca foi a minha

prioridade. É algo que uso para descontrair

e para me expressar, não para impressionar.

Claro que existe uma grande dedicação,

os posts não caem “do céu”, são escolhidos

minuciosamente a “dedo”, daí também a

razão de não postar centenas de coisas

por dia. Deixo também a “porta” aberta

para as pessoas fazerem as suas próprias

partilhas na página, passarem aquilo que

as inspira e faço sempre questão de deixar

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o meu comentário.

5. És nitidamente um jovem de ideias e acções. Existe algum projecto em mente além deste? Se sim, o que nos podes adi-antar para já?Comecei desde cedo a ter ideias e a por

essas ideias em prática. Sou uma pessoa

muito determinada e dificilmente desisto

daquilo que realmente quero. Tenho vári-

os projectos em mente relacionados com

a página ligados ao mundo da música,

mas esses projectos vão surgir naturalmente

quando for o momento certo. A minha prio-

ridade é sem dúvida terminar o mestrado

daqui a 1 ano e continuar a poder trabal-

har naquilo que realmente gosto e que me

faz sair da cama todos os dias com um sor-

riso nos lábios.

ultimamente a vida tem-me ensinado que

não vale a pena tentarmos projectar o

futuro, o que tiver que acontecer acontece

de forma natural, devemos sim viver cada

dia da melhor forma possível.

6. Enquanto jovem português que és, como encaras a situação do país? Confesso que até á bem pouco tempo

interessava-me imenso pelas notícias, pelo

que se passava no nosso país e tentava

acompanhar tudo. Mas na minha opinião,

o país está demasiado fragilizado para, por

vezes, fazerem o tipo de notícias que fazem

em que só assustam as pessoas. Por essa

razão, deixei de ver telejornais, e optei por

seleccionar as notícias que realmente me

interessam através dos temas que têm rele-

vância para mim. há notícias fantásticas

sobre o nosso país que, infelizmente, nunca

recebem a relevância que merecem.

Que o País está mal já todos nós sabemos

e o mais triste é que está a arruinar muitas

famílias, mas para melhorar depende sem

dúvida de muito esforço da nossa parte,

de novas ideias, de pensamentos positivos,

de acreditarmos e de sermos empreend-

edores naquilo que somos bons.

Apesar do poder de compra ter descido

de uma forma abismal, sou da opinião que

devemos ajudar o comércio de rua, as

grandes superfícies não sentem as dificul-

dades como sente esse comércio tradicio-

nal, por isso faço tudo para ajudar no que

posso, porque já é um princípio se pen-

sarmos assim e se nos ajudarmos uns aos

outros. Nunca se esqueçam que todos pre-

cisamos uns dos outros e que um pequeno

gesto pode fazer uma grande diferença.

7. Assim de repente, enuncia 5 músicas que devem estar obrigatoriamente numa play-

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list de sonho.Jeff Buckley – Everybody here Wants You,

Sia – Breath Me, Evi vine – In This Moment,

Bon Iver – Perth e Cinematic orchestra – To

Build a home.

8. o que podemos encontrar neste momen-to no teu mp3?Podem encontrar 120GB de todo o tipo de

música. Desde Rock a música clássica..

Radiohead, Pearl Jam, Daughter, Bom Iver,

Benjamin Francis Leftwich, XX, Twin Shadow,

The Cure, Frank Sinatra, Nina Simone e mui-

tos, muitos outros …

9. Por último, uma mensagem que queiras deixar aos nossos leitoresAos vossos leitores quero apenas deix-

ar a mensagem que admiro projectos

empreendedores como o vosso. Que

admiro as pessoas que se mexem por fazer

algo diferente, nem que seja de forma não

remunerada que é certamente o vosso

caso. Nada se faz sem trabalho, e costumo

dizer que para colher frutos um dia é pre-

ciso semear muito.

Desejo-vos muito sucesso e que continuem

com essa atitude.

oNDE ENCoNTrAr

FACEBooK.CoM/SoNGSThATINSPIREME

SoNGSThATINSPIREME.TuMBLR.CoM

ENTREVIsTA

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WALKINGAROUND

PorTUGALFASHioN

FoToGRAFIA: mArCo CLAro

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TENDÊNcIAs

2343

kATTY XiomArA

uma interpretação das novas formas de arte urbana aliada aos conceitos de decora-

ção do património urbano. Assim é apresentada a colecção de Katty Xiomara que uti-

liza o azulejo português como tela e joga com formas geométricas. A paleta de cores

vais desde as cores base (falso branco, preto e cinza glaciar) aos laranjas queimados,

sem esquecer o toque das linhas contrastantes em preto e azul-cobalto, cor tradicio-

nalmente utilizada nos azulejos. o resultado é uma colecção urbana e feminina que

incute a máxima “viver um dia de cada vez com a melhor das vibrações”.

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JÚLio TorCATo

A colecção de Júlio Torcato para o Inverno 2013/2014 intitula-se “Porto” e destina-se a

um público masculino elegante, urbano e de forte personalidade. o ponto de partida

da colecção foram as varandas de ferro forjado sobre o rio Douro. A mistura de mate-

riais de alta qualidade aliada a paleta de cores escolhida marcam toda a diferença.

TENDÊNcIAs

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ANABELA BALDAQUE

Looks de festa usados durante o dia, assumidamente. Nesta colecção, a mulher volta

a ser a diva sedutora, descontraída e romântica mas desta vez mais pop. Mulheres

trendy e urbanas com uma atitude irreverente, num jogo de cores e texturas divertidas

que contrapõe looks de lisos integrais mais suaves com o xadrez e os quadriculados

que criam atmosferas dos anos 60/70.

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TErESA mArTiNS

Padrões, bordados e texturas que interagem numa paleta outonal. Assim é a col-

ecção “origens”, uma colecção feminina, bela e harmoniosa. versátil e intemporal,

é uma colecção híbrida onde cada peça é um elemento singular de um universo rico

em cores, texturas e padrões.

TENDÊNcIAs

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DioGo mirANDA

A coleção de outono/inverno 2013/14 inspira-se em dois polos distintos: o lado sofisti-

cado, sóbrio e elegante do universo feminino e ladylike, em contraste com a influência

do masculino, transmitido pelas formas oversized, pelo conforto e pela atitude mais

descontraída e cool.

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riCArDo PrEToo futuro e o vibrante mundo atual proporcionam a inspiração desta coleção. o

reflexo da alma de uma época, em que a mulher evoca a sua feminilidade e inde-

pendência absoluta. Silhueta esguia, volumes a contrapor com peças colantes e a

procura de uma nova forma de estar. uma mulher moderna e culta, saudável e atenta

aos desafios da sociedade atual, com a ambição ultra feminina de inspirar o amor e

admiração.

TENDÊNcIAs

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LUÍS BUCHiNHoA coleção Luis Buchinho Knitwear para o inverno 2013/14 tem como grande influência

o design industrial dos anos 70, traduzido numa linha de peças de uso diário, com uma

vertente urbana muito marcada.Grafismos simples e eficazes, com combinações de

cores inusitadas, onde as barras e os blocos de cor são evidentes em todas as silhuetas.

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miGUEL ViEirA

Esta colecção de Miguel vieira é inspirada na mulher forte,

bela, sedutora, delicada, confiante, objectiva, valiosa, ele-

gante, racional, entre tantos outros adjectivos que tão bem

caracterizam a mulher moderna e luxuosa. A paleta escol-

hida incluiu o branco nuvem, o angorá, o champanhe, ouro

novo, castanho licor, antracite e o preto noite. A silhueta

escolhida alterna entre a ampulheta e a rectangular, a curta

e a longa, combinadas com casacos ligeiramente oversized

e calças largas. Já as saias e os vestidos são mini ou pela

altura do joelho.

Relativamente à escolha de materiais, Miguel vieira apostou

nas lantejoulas em base de seda, nos tecidos e fazendas lisas,

bem como nas malhas, fazendas com lantejoulas e tecidos

jacquard com motivos florais e animais. uma colecção com

inúmeros detalhes e repleta de glamour que festeja os seus

25 anos de carreira.

TENDÊNcIAs

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

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SAYMYNAMEPoR DANIELA SALSA // FoToGRAFIA: WWW.SAYMYNAME.PT

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

Catarina Sequeira tem 38 anos, é natural de Leiria e em 1995

formou-se na escola de Moda Gudi-Porto. Desde muito cedo

- por volta dos 8 anos de idade - começou a fazer roupa para

as suas bonecas, utilizando retalhos de uma loja de cortinados

que existia perto de sua casa. Aos 13 anos, a mãe ofereceu-lhe

uma máquina de costura.

“Comecei logo a ganhar dinheiro a fazer roupa para as amigas ,nem sempre a vestir bem mas o mais importante era a exclu-sividade” - afirma Catarina.

Apesar de nunca ter tido a pretensão de criar uma marca de

autor e dar-se a conhecer, em 2002, juntamente com umas

amigas, teve a ideia de criar uma marca em que cada uma

criaria a sua linha. Contudo, a sua vontade de passar da ideia

à acção sobrepôs-se à delas, ficando a desenvolver o projecto

sozinha.

“Nunca tive a pretensão de criar uma marca de autor e dar-me a conhecer, para mim o mais importante é a roupa falar por si, e as marcas permitem-nos isso mesmo, o anonimato.”

Na hora de escolher o nome que a identificaria daí em diante,

Catarina Sequeira afirma que este surgiu de forma quase ines-

perada.

“Na altura estava a ouvir a música das Destiny Child e de algum modo eu fiz a seguinte junção: compra, usa a minha marca, diz o meu nome”

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

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Questionada sobre os obstáculos e buro-

cracias com que teve de lidar, Catarina

Sequeira afirma que, tendo já alguma

experiência na área quer a nível buro-

crático quer a nível de logística e gestão

de marca, foi para si mais simples lidar

com esta fase. No entanto, salienta que

o mais complicado foi mesmo destacar-

se num mercado com pouca cultura de

moda e que se encontra saturado de

marcas.

Talvez por essa mesma razão é que a

SayMyName possui uma relação com

a Ásia, local onde conseguiu alguns

pontos de venda na fase inicial do

projecto. Catarina chegou mesmo a

afirmar em algumas entrevistas que o

seu público-alvo se encontra mais nesse

continente, explicando-nos que a Ásia

e os seus países emergentes têm uma

maior abertura para marcas europeias

e para tudo o que é novo.

“Com a crise a aproximar-se da Europa e Estados Unidos, automaticamente concentrei-me em trabalhar este mer-cado.”No entanto, apesar de o mercado por-

tuguês ser um pouco fechado, a ver-

dade é que a marca cresceu bastante

no mercado nacional “e isso deixa-me bastante feliz pois começo a perceber que há maior abertura para o design Português mas não é suficiente para

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manter uma marca.”

Ao analisar as colecções SayMyName,

é possível perceber que as peças são

bastante cuidadas e funcionais. Existe

uma forte preocupação com o design

e com os detalhes, e os artigos são

maioritariamente em malha, indo de

encontro à personalidade da marca:

prática, confortável e direccionada

a um grupo informado e destemido,

que se distingue das restantes marcas

nacionais - que em geral são bastante

conservadoras e entediantes, segundo

Catarina - por ser vanguardista e com

uma relação qualidade-preço bas-

tante apelativa.

Incidindo nas colecções suas co-

lecções mais recentes (verão/Inverno

2013), é possível perceber que surgi-

ram de inspirações distintas.

“A colecção de verão 2013 foi inspirada na ciência ,numa imagem mais clínica com algumas inspirações nas imagens das moléculas vistas ao microscópico. Já a colecção de inverno tem uma vertente mais espiritual e sofisticada. isso deve-se também ao meu cresci-mento como pessoa e ao modo como tenho evoluído a nível criativo, mas há algo que as liga como os blocos de cor, as formas minimalistas e os cortes geométricos.”

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Numa altura em que Portugal atraves-

sa uma crise económica e, conse-

quentemente, a cultura e as artes são

cada vez mais postas de parte no que

diz respeito a apoios, a Radar desafiou

Catarina Sequeira a dar alguns consel-

hos a todos aqueles que pretendem

lançar-se numa aventura semelhante

à sua, de perseguir um sonho e criar

algo próprio e diferente.

“o conselho que dou é após acabar o curso ir trabalhar numa empresa e aprender o mais possível para adquirir experiência ,isto porque os apoios são muitos escassos e os que existem mui-tas das vezes não são acertados.”

Quisemos saber o que pretende alca-

nçar no futuro e o que podemos espe-

rar da SayMyName, mas Catarina

Sequeira prefere manter os pés bem

assentes na terra e não fazer grandes

planos.

“Prefiro pensar num futuro próximo e pretendo aumentar os pontos de venda e o nº de pessoas que trabalha comigo.”No final, deixou ainda uma mensagem

para todos os leitores da Radar:

“Comprem com qualidade e não em quantidade.”

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MINIMALGIRL

EDITORIAL RADAR

FoToGrAFiA: MARCo CLARomAkEUP: GABRIELA AzEvEDo

STYLiNG: PATRíCIA SILvÉRIo E GABRIELA AzEvEDomoDELo: INêS LouRENço

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FOTOGRAFIA

MARCoSREZENDE

Marcos Rezende é um jovem de 25 anos e um auto-didáta da fotografia. Natural do Brasil, vive atualmente em Lisboa e começou ao contrário do habitual, a paixão por esta arte surgiu apenas há um ano e meio atrás. Com um portefólio repleto de imagens cativantes, Marcos é a prova viva de que a fotografia é um talento possível de alcançar e que em nada está ligado ao material, mas sim à visão do mundo e de experiências.

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Quem olhar para o portefólio de Marcos Rezende, ficará deli-

ciado com a história que cada sessão tem para contar. Existem

diversos elementos que prendem a nossa atenção, desde as

cores aos cenários, passando pelas expressões por si capta-

das. Talvez por isso seja um pouco estranho ficar a saber que

somente há um ano e meio atrás é que a fotografia começou

a fazer parte da sua vida.

“Nunca tive dentro desse mundo. Sempre fui muito aventu-reiro, sempre gostei de experimentar e de aprender coisas novas. No entanto surgiu a Fotografia. Confesso que no início ainda estava um pouco indeciso e perdido, mas com a prática e com o tempo, fui me apercebendo o quanto me identifico com esta arte.”

Durante a sua fase de descoberta, Marcos considerou perti-

nente adquirir alguns conhecimentos e ganhar bases, daí ter

frequentado dois workshops básicos no Instituto Português de

Fotografia. No entanto, confessa que 99% do que hoje em dia

sabe, aprendeu com a prática.

“os Workshops foram apenas uma luz no fundo do buraco. Desde o início que me foquei e procurei sempre a melhor forma para aprender a trabalhar com luzes naturais, enquadramen-tos e pós-produções. Nunca fui muito da parte teórica. muita prática, muito treino, muita foto queimada, muito lixo.” - afirma.

Como acontece com qualquer artista, existe um elemento que

se destaca nas suas imagens e com o qual Marcos Rezende

gosta de trabalhar: o elemento feminino. Questionado sobre

esta tendência, o jovem artista afirma que tal se deve ao facto

de ter começado a experimentar e treinar com algumas ami-

gas e que, com o passar do tempo, se identificou com este

elemento. Contudo, sempre fotografou um pouco de tudo, pois

gosta da fotografia em geral e considera que qualquer artista

deve abrir portas e não se limitar a um estilo específico.

FOTOGRAFIA

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Questionado sobre como prepara

as suas sessões fotográficas, Marcos

afirma que, numa primeira instân-

cia, tenta focar-se na ideia e pos-

teriormente procura absorvê-la e

senti-la ao máximo para que o resul-

tado seja o esperado.

Enquanto artista, Marcos é obrigado

a inovar, a aprender sempre mais e

a alargar os seus horizontes com o

intuito de surpreender aqueles que

seguem o seu trabalho mas tam-

bém com a finalidade de evoluir.

Procuramos saber se considera que

evoluiu desde que começou a foto-

grafar e em que aspectos tenciona

melhorar.

“Acho que de há uns meses para cá tenho evoluído bastante na forma como tento transmitir aquilo que sinto mas pretendo evoluir ainda mais, no geral. Tanto na prática como na pós-produção. Fotografia é um vício, é um mundo sem fim.”Para que as suas fotografias passem

da mente para algo real, Marcos

recorre à sua Canon 500D, a uma

lente de 50mm fixa 1.8 e a uma boa

luz natural. “Nunca usei refletores e

acessórios”.

Posteriormente, recorre à pós-

edição, utilizando o Photoshop e o

Camera Raw.

“Sou a favor da pós-edição, mas nada exagerado. Procuro sempre tentar transmitir da melhor maneira e mais natural possível aquilo que sinto. Faço limpeza de pele, ajustes de cor, sombras e realces. Não sou muito a favor de retirar/acrescentar coisas a uma foto.”Já no final, quisemos saber o que

lhe reserva - e o que espera - do

futuro. Afirmou que pretende con-

tinuar a seguir o seu caminho, pro-

curando sempre alcançar os seus

objectivos e concretizar os seus son-

hos. No entanto, esse futuro ao que

tudo indica não será no nosso país:

“Tenho planos para um futuro próx-imo, Brasil.”Em jeito de despedida, Marcos

Rezende fez questão de deixar uma

mensagem para todos os leitores

da Radar:

Acho que a fotografia é você, é quem faz, e não o material. Não é uma coisa falsa, forçada; é uma coisa que vem de dentro. Basta sentir o seu coração, o momento e

se deixar levar.Nunca desista.

oNDE o ENCoNTrArMARCoS-REzENDE.CoM

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J A K E B U G G

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por Pedro Henrique ribeiro

ALBuM REVIEw

Fugindo um pouco às lides mais

agressivas da música, desta vez vou

falar de Jake Bugg, adolescente e

nova sensação do rock ligeiro.

Com tanta coisa pop pré-fabricada

que constantemente poluem as nos-

sas rádios e tv’s nos dias de hoje, o

que há para não gostar sobre um

rapaz de 19 anos, músico e composi-

tor, que tem coisas sérias para dizer,

e que com uma voz caracteristica-

mente nasalada, nos faz lembrar um

ressurgido Bob Dylan?

As letras de Bugg são maduras

para alguém da sua idade e a maio-

ria das músicas do seu álbum auto-

intitulado de estreia, não fogem de

uma média de três minutos. Ele man-

tém tudo curto e directo. Em can-

ções como “Lightning Bolt” e “Taste

It”, Bugg soa como Dylan quando

este apareceu pela primeira vez na

sua longa carreira musical. Ele é

brincalhão, mordaz e um estudante

assíduo de artistas que vieram antes

dele. outras vezes, Bugg desliza para

um modo “contador de histórias”.

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“Eu bebo para lembrar, eu fumo

para esquecer”, anuncia ele em

“Two Fingers”, que empresta tanto

do Britpop dos anos 90 como do

folk-rock dos anos 60. E sobre o tom

acústico curto e doce de “Country

Song”, ele traça um esboço cinzento

de melancolia num dia chuvoso.

há momentos em que Bugg conseg-

ue ser bastante cliché, tanto na sua

música como nas suas letras, mas

para a estreia de um adolescente,

Jake Bugg mostra ser um artista já

totalmente formado, entrando numa

longa viagem que deverá valer a

pena seguir atentamente.

De notar que os Alice in Chains irão

lançar um álbum durante o mês

de Maio, de seu nome “The Devil

Put Dinosaurs here”. Três músicas já

podem ser ouvidas e do que já

verifiquei, provavelmente a próxima

review está reservada.

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TEcNOLOGIA

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Ubuntu 13.04 raring ringtailA Canonical, a empresa responsável pelo

sistema operativo open-source ubuntu,

lançou durante o mês de abril a nova

versão deste sistema. o ubuntu 13.04

Raring Ringtail já se encontra disponível

para download e espera-se que o número

de downloads do mesmo seja muito alto,

pois a versão beta do sistema operativo

foi um sucesso, e a maioria dos utilizadores

indica que foram resolvidos os problemas

de performance que afetaram algumas

das últimas versões deste sistema opera-

tivo. A Canonical preocupou-se em melhor

o user interface unity, sendo que o mesmo

se encontra agora muito mais polido e

mais rápido. outras das novidades nesta

nova versão do ubuntu são a inclusão de

uma nova versão do Kernel, melhor inte-

gração com placas gráficas da AMD, a

não presença do Wubi, melhoramentos no

ubuntu one, entre outras.

Facebook Homeo Facebook home já se encontra dis-

ponível para download na loja Android.

Esta aplicação consiste num launcher para

dispositivos Android que altera bastante

o interface. Em vez de ser dada atenção

às aplicações, como no caso da maioria

dos launchers para Android, aqui é dada

atenção aos contactos. Basicamente este

launcher centra o nosso smartphone na

rede social Facebook. Com esta aplica-

ção temos acesso imediato a novas men-

sagens na nossa conta do Facebook, fotos

postadas pelos amigos, murais e permite

também a atualização de estados entre

muito outras funcionalidades. o único

problema é que para já esta aplicação

está apenas disponível para quatro smart-

phones, sendo eles o hTC one X, hTC one

X+, Samsung Galaxy S3 e Samsung Galaxy

Note 2.

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TEcNOLOGIA

Caixa Directa APPA Caixa Geral de Depósitos, tinha já lan-

çado uma aplicação para o Windows 8

à alguns meses, mas ainda não existiam

versões para plataformas móveis. Durante

o último mês este problema foi resolvido

e foi lançada uma aplicação móvel da

Caixa Directa para ioS e Android. Esta

aplicação irá permitir usufruir das funcio-

nalidades da Caixa Directa online através

do telemóvel, sendo que se poderá agen-

dar e efetuar transferências bancárias,

consultar saldos e movimentos de conta,

contactar o gestor de conta, consultar

diversos dados da conta entre outras fun-

cionalidades. No site da Caixa Geral de

Depósitos poderão ser consultadas todas

as funcionalidades desta nova aplicação.

Western DigitalA Western Digital apresentou recente-

mente o seu novo disco de 2,5 polega-

das com 5 mm de espessura. Estes discos

estão disponíveis num formato híbrido que

possui a tradicional tecnologia dos discos

mecânicos com a tecnologia de discos

SSD. Entre as principais novidades deste

disco, de destacar o sua grande portabili-

dade sendo que poderá ser instalado em

espaços bastante mais reduzidos. Destaca-

se também o baixo ruído que estes discos

emitem, maior resistência ao choque e o

novo conector SATA SFF-8784. Este novo

tipo de discos trará certamente algumas

novidades ao mercado dos computadores

pois permitirá por exemplo criar portáteis

mais finos pois o espaço ocupado no chas-

si do portátil será quase metade do ocu-

pado até agora. Para já o primeiro disco

da Western Digital terá uma capacidade

de 500 Gb e terá um custo de cerca de 89

dólares sendo que no mercado europeu

deverá apresentar um custo um pouco

mais alto, não sendo conhecido para já

valores.

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Samsung Galaxy megaA Samsung apresentou o seu novo smart-

phone, o Galaxy Mega. Este smartphone

irá estar disponível em duas versões, uma

de 6,3’’ e outra de 5,8’’. Relativamente

ao modelo de 6,3’’, entre as suas carac-

terísticas ele irá contar com um ecrã hD,

um processador dual-core de 1,7 Ghz e

câmara fotográfica de 8 Mp, sendo que o

armazenamento vai variar havendo uma

versão com 8 Gb e outra com 16 Gb.

Relativamente à versão do Galaxy Mega

de 5,8’’, ela irá ter um processador de

menor capacidade com 1,4 Ghz, um ecrã

com menor resolução, sendo que a câma-

ra será igual e quanto ao armazenamen-

to apenas existirá uma versão de 8 Gb.

Ainda não foram adiantados preços nem

novas características deste novo modelo,

pelo que se espera que em breve saiam

mais informações. Com estes tamanhos

de ecrã é caso para questionar se estare-

mos perante um Mega-smartphone ou um

Micro-tablet.

25 de Abril – revolução DigitalComemorou-se no passado mês uma das mais importantes datas na história deste país, o 25

de Abril. Na data em que se comemorou a revolução Portuguesa, também houve uma rev-

olução digital, sendo que durante todo o dia inúmeros sites foram alvos de ataques. Entre os

sites atacados destacam-se o site do governo, GNR, PSP e o site de alguns partidos como o

PS, PSD e CDS. Esta iniciativa denominada opApagaoNacional (National Blackout Portugal)

foi reivindicada por diversas equipas pertencentes ao movimento Anonymous Portugal.

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Cantigas de Escárnioe mal DizerPoR SANSão GoMES

5 rappers portugueses que os leitores da radar deviam conhecer

Quem tem acompanhado esta crónica apercebeu-se certamente que eu sou um aficionado da música rap. No outro dia, vi um artigo online sobre 20 rappers britâni-cos, aconselhados pela Pigeons and Planes (http://pigeonsandplanes.com/2012/11/20-british-rappers-you-should-know/) e decidi copiar (Quem acompanha a crónica não há-de estranhar, também já percebeu que não sei ser original). Ainda assim, como sou preguiçoso (mais uma vez,os atentos não estranharão), vou só apresentar-vos 5 rap-pers portugueses que podem ser do vosso agrado. Caso não gostem de algum deles, sintam-se à vontade para me enviar um email a reclamar, embora eu só dê resposta aos das leitoras femininas que anexarem uma foto em bikini à reclamação.

BernaSeguindo a tradição hiphopiana de auto-proclamação, Berna intitulou-se a ele próprio do “cientista da rima.” Pese o exagero, em boa hora o fez. Da escola do Porto, rima como se fosse uma metralhadora, dispa-rando sempre em várias direcções críticas mordazes (“Enquanto o Diabo esfrega um olho, o Sócrates cega--nos os dois” ou “Abre os olhos, se quiseres damos-te uma ajuda, isto já não vai com Deus, pede à música que acuda”). Não se deixem enganar pelo ar de guna, este rapaz tem tudo para brilhar.músicas recomendadas: Porquê;, 2000 Anos, hip hop Luso.

DeauMais um produto da grande escola de rap portuense, mas sem o ar de guna. Deau é um jovem humilde que apostou nos estudos e na música para se “safar” na vida. Depois de ter um grande buzz nas redes sociais, lançou o seu primeiro álbum (RetiEssências) onde assume uma postura autobiográfica.

[email protected]

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-capitalista a tónica das suas músicas é nas injustiças sociais deste mundo. Já agora, é a única pessoa de raça negra que eu con-heço que não gosta do obamamúsicas recomendadas: obama, MPLA, Pseudo-Americanos

Jimmy PCom uma infância entre Portugal e Lisboa, anteriormente conhecido como Supremo G, Jimmy P é outra das promessas nacio-nais. Com uma voz mais melódica do que o habitual no hip hop, pode causar uma primeira impressão 50centiana mas o seu ritmo e rimas de duplo sentido não enga-nam ninguém. Dedicou versos a dois par-ticipantes da Casa dos Segredos: Fanny e hélio Imaginário: “há muita cena funny, tanta cabeça oca, manos estão como a Fanny, só querem vida loka” “o falhanço é uma cena que a mim não me assiste, aprende: a vida é ingrata, cuidado com o que pedes; eu vim em alta rotação, sai da frente Guedes!”músicas recomendadas: Natty Dread, Warrior, Celebration Sound

HalloweenSerá o nome menos consensual da música rap portuguesa. A voz arrastada, os instru-mentais psicadélicos e as músicas a falarem de drogas dividem os ouvintes: para uns é só um frito, para outros é um frito genial. “A minha dama é marijuana, eu sei que ela me engana quando diz que me ama, o nosso amor tem asas mas estão enter-radas na lama” é uma das pérolas que halloween oferece. Desde instrumentais da Rammstein, a scratches intermináveis, tudo o que daqui vem é fora do comum: ou se ama ou se odeia músicas recomendadas: o Convite, Debaixo da Ponte, Dia de um Dread de 16 Anos

“Filho da Puta”, “Menino dos Subúrbios”, “D.E.A.u” ou o irmão da “Teresinha”, não tem medo de dizer “Se algum dia alguém per-guntar quem eu era, peguem no meu CD e ponham-no a ouvir esta merda!”músicas recomendadas: Reprograma a Acção, A Última, Longa vida ao Rei.

Bob da rage SenseBob de Bob Marley, Rage de Rage Against the Machine e Sense de Common Sense. Isto ou podia dar num grande músico, ou numa grande salgalhada. Felizmente a segunda opção não se concretizou e a voz deste rap-per nascido em Angola é uma das mais res-peitadas no universo do hip hop nacional. um flow fora do normal e rimas revolucionárias são o seu cartão de visita. Anti-imperalista e anti- FoToS: FACEBook DoS ArTiSTAS

OpINIãO

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OpINIãO

Terminado o mês de abril e sendo eu

um “filho” da Maria da Fonte achei

interessante escrever um pouco sobre

Revolução, ou em muitos casos de

Evolução. Ao longo da história da

humanidade a ocorrência de rev-

oluções de uma forma isolada ou glob-

al foi uma constante, as sociedades

sentem uma necessidade de alterar

o status quo em que vivem, no âmbi-

to de tentarem alcançarem melhores

padrões de qualidade vida para a

maioria dos seus indivíduos. Este pro-

cesso na sua generalidade não é fácil

e gera sempre resistência da classe(s)

dominadora, que tem sempre do seu

lado o facto de a maioria ter aversão

a mudança ou sentir que a Revolução,

ou neste caso a Evolução, levaria a

uma sociedade pior que a atual. Mas

se pensarmos bem, o estado atual

poderá levar ao declínio da sociedade

em questão, sendo necessário pensar

REVOLUÇÃO OU EVOLUÇÃO?

iLUSTrAção: João BRANDão

Por RAÚL RoDRIGuES

em novos paradigmas, por forma a

alcançar a harmonia entre todos indi-

víduos. Quando a maior parte dos indi-

víduos pensarem da mesma forma ou

acreditarem em algo em comum, com

certeza que a ( R) evolução levará a

algo melhor do que o estado atual.

Toda está temática de Revolução,

Evolução pode ser aplicado isolada-

mente a cada um de nós. Nós também

temos a necessidade de Revolucionar

algo na nossa vida de forma a Evoluir o

nosso ser, e da mesma forma que uma

sociedade tem enumeras barreiras para

se Revolucionar, também nós temos

vários obstáculos, sendo claramente o

maior nós próprios.

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DEALmA E

CorAção

De Alma e Coração é como tudo começa: uma comemoração especial, a família e os amigos reunidos, música a tocar, danças até cansarem os pés, risos e alegria que perduram, uma memória para sempre. Esta é a ideia de um grupo de amigos que se juntaram com o intuito de organizar e registar o momento mais feliz de alguém e, por um momento que fosse, fazer parte da sua história. Todas as ocasiões são boas para festejar. Sem regras, sem constrangimentos, mas plenos de recordações felizes.Conheça um novo projecto português que promete oferecer momen-tos únicos De Alma e Coração.

por ANA mESTrE // Fotografia: DE ALmA E CorAção

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1. Como e porquê surgiu o De Alma e Coração?o De Alma e Coração é um projecto que

nasceu da junção de vários amigos de diferen-

tes áreas - design, vídeo e fotografia. Queríamos

criar algo diferente, reformular a forma como

se comemoram dias especiais e que nem sem-

pre têm uma causa grandiosa. São apenas

dias em que o objectivo comum é festejar.

2. Como pensam cada projecto? De onde vem a inspiração?Cada projecto é um projecto e isso é uma

certeza. É como criar uma imagem gráfica do

zero, uma nova história, e isso é que é estimu-

lante. A inspiração vem de várias formas e

feitios mas a mais importante são as pessoas

que nos contactam. A história é delas e torna-

se nossa.

3. o que significa oferecerem momentos espe-ciais que vão ser parte da história de alguém?Significa querer fazer parte desses momen-

tos. Já houve casamentos em que acabá-

mos a dançar com os amigos e noivos e isso

é este projecto na sua plenitude: é ajudar a

criar o momento, registá-lo e fazer parte dele.

o momento, seja qual o motivo de quem

comemora, deve ser a cara de quem festeja e

é isso que tentamos sempre. Felizmente, temos

cada vez mais pessoas que nos procuram e

estão completamente em sintonia connosco.

Querem criar momentos especiais que sejam a

sua cara, sem serem formatados às normas, e

isso é muito interessante. Trabalhar num espa-

ço que não está preparado para tal, que se

vai transformando com o tempo e, que no fim,

está pronto a ser vivido.

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4. Qual o evento que se revelou mais desafiante e porquê?Até hoje, talvez um dos nossos casamen-

tos. Isto porque foi num espaço que não

estava preparado, com um casal que

tinha tudo a ver connosco e que não

pensaram casar com a regra de casar,

petiscar, jantar, cortar bolo, dar lembran-

ça e ir embora. Simplesmente seguiram

aquilo que queriam e que pensaram,

rodeados de alguma família e muitos

amigos e isso é o que, no fundo, é impor-

tante. Nem tudo será perfeito porque

não há perfeição mas para quem vive

o momento a beleza está no todo e até

as imperfeições se tornam perfeitas e

desejáveis para que seja um dia real e

não obsessivo. o que fica são os risos,

os olhares, as dores nas pernas de tanto

dançar daí para nós ser tão importante

o registo daquilo que fazemos porque

sem isso a história não estaria completa.

Trabalhamos sobre um projecto para o

decorar e lhe dar vida e depois o regis-

tar para ser recordado e perdurar a sua

existência. Todos somos formados em

áreas diferentes mas todos intervimos nas

diversas sendo que, cada um de nós, tem

as suas funções e cada um dá ao pro-

jecto aquilo que melhor sabe fazer.

5. De certeza que têm histórias caricatas. Contem-nos uma.hummmm... Sim temos... Fazer o casa-

mento do Circo foi muito caricato. Teve

uma data de espectáculos e um deles

era uma banda, com a qual só contacta-

mos por telefone. Estava quase a chegar

a hora e a banda tinha o telemóvel des-

ligado... Nada de banda! Já estávamos

a pensar fazer varias peripécias com

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os malabaristas presentes quando, meia

hora antes de tocar, a banda chega

com a total descontracção - que deveria

ser vivida naquele casamento - e correu

tudo lindamente. Foi um momento cari-

cato porque tudo parecia realmente um

circo ambulante nesse casamento e foi

uma verdadeira festa!

6. A 27 de Abril organizam o evento da kinfolk em Portugal. Como e porquê começou esta parceria?A Kinfolk é um projecto muito interessante

e nós adoramos tudo o que se relaciona

com “estar à mesa”. houve a hipótese

de sermos um host em Portugal e, em

conjunto com a Little upside Down Cake,

assim foi, metemos-nos nesta aventura!

Gostamos que seja um evento Kinfolk mas

o principal é o fazer mais um momento

com pessoas diferentes que provavel-

mente não se conhecem e com as mes-

mas desfrutar de uma tarde/noite bem

passada.

7. o que é que os participantes vão poder experienciar?vão poder conviver com pessoas que

não conhecem, estar rodeado de flores,

de uma boa ementa e de produtos

biológicos da Quinta do Arneiro, cozinha-

dos pelo Sebastião. Acho que a “Prima”

vera se vai sentir orgulhosa de um jantar

assim em que o motivo de comemora-

ção é a sua chegada.

8. Quais as três regras básicas para fazer um evento De Alma e Coração?A primeira de todas é não ter regras, prin-

cipalmente as formatadas. A segunda é

não ser muito nervoso. Gostamos de pes-

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91 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

soas a sorrir e, felizmente, isso tem acon-

tecido. A terceira é muito importante: ser

De Alma e Coração para quem o vive e

quem o recorda.

9. Qual o balanço que fazem destes dois anos?Só me vem uma “expressão”: ohhh

YEAhhh venham mais! Agora estamos

todos em sintonia. Cada vez mais gos-

tamos daquilo que fazemos e somos nós

mesmos e isso é o mais importante. Acho

que quando fazes aquilo em que acredi-

tas o resto vem por consequência.

10. Projectos e desejos para o futuro?

Muitos! uns sabemos que são certos out-

ros são momentâneos, mas tudo gira em

torno do mesmo: criar, viver e recordar

novas histórias. os melhores projectos são

sempre os que vêm com a bagagem dos

que foram e com muita Alma e Coração.

10. Projectos e desejos para o futuro?Muitos! uns sabemos que são certos out-

ros são momentâneos, mas tudo gira em

torno do mesmo: criar, viver e recordar

novas histórias. os melhores projectos são

sempre os que vêm com a bagagem dos

que foram e com muita Alma e Coração.

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Photography and Post Production Ana Rita Patinha Model Joana Costa (Face Models) Make up and Hair Vanessa Vilar Styling Ana Rita Patinha & Vanessa Vilar

Eternity

EDITORIAL

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A AuThENTIC WEAR é uma marca

de roupa e acessórios unisexo,

com uma cultura e estilo urbano

que procura criar peças únicas de

autor e contrariar a compra mas-

siva. Esta acaba de lançar uma

pré-colecção limitada que é fiél ao

slogan da marca:

BE AuThENTIC!

A RADAR dá-te a conhecer a

marca que promete lançar uma

nova tendência em Portugal!

fotografias: aW e Mafalda nunes

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

WW

W.N

EvER

-STo

P-D

REA

MIN

G.C

oM

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

Rita Reis é uma miúda de 25 anos com

uma paixão incontornável pela moda

que trabalhou nas áreas de marketing

e assessoria de imprensa e escreve no

seu blog www.insidefashionproject.com.

vasco vairinhos é um rapaz de 26 anos

com formação nas áreas de gestão

e do marketing e apaixonado pelo

mundo da música e do digital.

Conheceram-se enquanto estuda-

vam no mesmo curso (Marketing Digital)

no ISCTE. Após muitos trabalhos de

grupo, perceberam que funcionavam

bem em conjunto e que ambos tinham

a ambição de ter um negócio próprio

com o qual se identificassem. Possuíam

todas as ferramentas e alguns conhe-

cimentos na área, pelo que decidiram

passar das ideias à prática em apenas

alguns meses.

Da ideia de criar uma marca

própria onde pudessem usar todo o

mundo online em seu favor, surgiu a

Authentic Wear. A escolha do nome,

não foi pêra doce, mas lá acabaram

por chegar a um concenso.

Na mente, possuíam um aglomerado

de ideias para criar uma colecção dife-

rente e original para o mercado. o

orçamento reduzido fez com decidis-

sem concentrar-se apenas em mod-

elos de t-shirts e uma canvas-bag de

colecção limitada, e somente depois

avançar para outro tipo de peças. No

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entanto, garante que a nova colecção

será uma surpresa para quem os segue.

Na apresentação da marca, afir-

mam querer contrariar a compra mas-

siva. Contudo, apesar de não a encara-

rem como um problema actual, afir-

mam que enquanto espectadores da

sociedade tudo lhes parece igual e que

muitos são aqueles que preferem peças

originais e criativas, mesmo que tenham

de pagar por isso.

“Nós oferecemos essa diferença. Algo único, nacional e actual.” - garantem.

Não é complicado perceber o

porquê do nome da marca, no entan-

to, consideramos pertinente saber o

porquê da logomarca ser um diamante.

Rita e vasco afirmam que esta se deve

ao facto de o diamante ser algo autên-

tico e de valor, corroborando que essa

é a nova promessa nos produtos que

comercializam.

Através do feedback recebido até

ao momento dos seus clientes, afirmam

que aquilo que os distingue das restant-

es marcas é o facto de a qualidade das

suas t-shirts ser acima da média, bem

como a originalidade dos temas a que

se propuseram nesta colecção.

“o que nos diferencia é a originalidade e a assinatura AW. optámos pelo verde menta para a logomarca procura temos uma perspectiva verde e ecológica.”

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WW

W.N

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P-D

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Sempre atentos às tendências, gostam de

estar actualizados no que respeita a temas

que influenciam a vida das pessoas e, na

hora de criar, essa é sua primeira selecção

no que toca a ideias. Depois disso, elaboram

peças com as quais sentem ligação e que

gostariam de usar no seu dia-a-dia. É o que

acontece com os seis modelos existentes na

pré-colecção limitada.

“Temos modelos favoritos claro e vestimos aquilo que vendemos.”Enquanto jovens artistas e empreendedores,

Rita e vasco consideram que, num projecto,

a parte financeira é sempre a mais difícil. No

entanto, têm trabalhado imenso e obtido

resultados positivos.

“Já enviámos t-shirts para todo o país e con-seguimos duas parcerias com lojas que con-sideramos essencial para a nossa estratégia de comunicação.” E apesar de não ser fácil

ser--se tudo isto em Portugal, afirma que

“vale a pena arriscar”.

pROJEcTO EMpREENDEDOR

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Ainda na condição de jovens artistas empreendedores,

deixaram alguns conselhos a todos os portugueses que pos-

suam uma ideia e pretendam investir nela:

“informem-se de todas as ajudas que os jovens empreend-edores podem ter. Lutem pela ideia em que acreditam e façam magia.”

Quando iniciaram este projecto, o objectivo era simples e

claro: conseguir chegar às pessoas, e apesar de já estar

alcançado, consideram que podem chegar ainda mais

longe neste objectivo. No futuro, esperam ser reconhecidos

pela diferença e autenticidade da marca.

No final, deixaram uma mensagem a todos os leitores:

“Este Verão vamos ter novidades, uma nova colecção cheia de cor e com um toque hipster. Façam-se fãs da nossa página de facebook e acompanhem todas as novi-dades, passatempos e muito mais!!”

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pROJEcTO EMpREENDEDOR

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Chama-se Sofia Azevedo, tem 23 anos e nasceu na Covilhã, local onde ainda permanece. Licenciada na área de design, começou recentemente a dar os pri-meiros passos na ilustração e a rADAr quis conhecer

melhor o seu trabalho.

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ILuSTRAção

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ILuSTRAção

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1. Quando percebeste que a ilustração era uma parte fundamental na tua vida? E quando é que percebeste que querias ser ilustrador e seguir uma carreira nesta área?Não sei se alguma vez realmente me aper-

cebi. Eu sempre desenhei. Bastava ter um

papel que lá ia riscar. Sempre fez parte da

minha vida.

Em criança já elogiavam os meus desenhos,

mas nunca senti que esta área me fosse

proporcionar uma vida de sucesso. Sempre

tive a percepção que teria de fazer algo

mais, tirar um curso, licenciar-me, talvez até

num curso que nada tivesse a ver com arte.

Só agora, depois de me ter licenciado,

comecei a interiorizar que talvez a pouco

e pouco conseguisse trazer algo de bom

desta área, algo que me dê realmente

gosto e prazer de fazer. Mesmo que não

venha a ter sucesso, ao menos não posso

dizer que não tentei.

2. Fala-nos da tua formação.os meus anos de secundária foram passa-

dos na Escola Secundária Campos Melo, no

curso de Artes visuais.

Em seguida, passei pela universidade da

Beira Interior onde me licenciei em Design

Multimédia.

3. Ao olhar para o teu portefólio, é precep-tivel que a figura feminina é predominante. Existe alguma razão para esta tua tendên-cia?A figura feminina é sedutora, charmosa,

insinuante...Algo nela me cativa. É algo

quase instantâneo. Muitas vezes quando

dou por mim, já tenho as primeiras linhas

feitas. Não sei. Talvez seja também por ser

mulher, são traços que me são familiares.

4. relativamente a técnicas, tens alguma preferida ou acabas por recorrer a várias para elaborar os teus trabalhos?Neste momento recorro sempre primeira-

mente ao lápis ou caneta sobre papel e

depois edito digitalmente.

Gosto bastante do desenho digital, e esse

é outro componente da minha vida, mas a

destreza e a textura que o lápis e o papel

me dá é essencial para o registo que faço.

Gosto também de outras técnicas como

o óleo, acrílico, etc. mas não tenho muito

espaço, então torna-se difícil estar sempre

a recorrer a esse tipo de técnica.

5. Na hora de criar, o que mais te inspira?Bem, como é óbvio, primeiro que tudo, a

mulher. o dia-a-dia, as emoções dos que

me rodeiam e o que sinto num determina-

do momento. Algumas vezes são momen-

tos específicos, outras são apenas imagens

desconstruídas que me vêm à cabeça.

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6. Na tua opinião, o que te distingue enquan-to artista?É um pouco difícil responder a isso. Talvez um

pouco pelo traço, a junção do lápis com o

digital, a técnica de edição e as cores que

utilizo predominantemente.

7. Consideras que o nosso país é um bom local para um artista viver? Sim ou não e porquê?Sinceramente acho que o nosso país ainda

está muito pouco desenvolvido nesta área.

Não só por apoios como pela sociedade

em si.

Existe a ideia que ser artista é muito fácil.

Basta ter jeito. Quando na realidade nada é

assim tão relativo. Requer bastante trabalho

e muitas das vezes não é bem quantificado.

o esforço que se faz não é proporcional ao

que a sociedade está disposta a dar.

8. E planos para o futuro?Tenho série de ilustrações novas para fazer.

Talvez com umas surpresas pelo meio! Estou

também em conjunto com outras pessoas,

a criar um jogo, “Kieran’s Journey”, que vai

estar disponível na internet brevemente.

Ganhámos recentemente o 1º lugar na cat-

egoria de Jogos no Imagine Cup Portugal e

vamos ver onde nos leva a seguir.

9. Por último, uma mensagem que queiras deixar aos nossos leitores.Espero que tenham gostado de saber um

pouco mais sobre mim. visitem a minha

página se quiserem saber algo mais. um

beijinho e obrigado!

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ILuSTRAção

por Pedro henrique Ribeiro

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Quando um actor ou realizador se pre-

para para fazer o tipo de filme do seu

início de carreira, correm sempre o risco

de parecer um fraco imitador. Isto certa-

mente aplica-se a este filme, protagoniza-

do por Mark Wahlberg. Solidamente feito

e interpretado, peca pela ineficácia de

conseguir pensar além homenagem, aos

filmes do género.

Wahlberg é Billy Taggart, um polícia de

Nova York que se torna detective particu-

lar, com mau humor, uma história “bem

regada” e uma conta bancária vazia.

É contratado pelo Presidente hostetler

(Russell Crowe) para provar que a sua

esposa e Primeira-dama (Catherine zeta-

Jones) lhe é infiel. Com uma eleição

e um negócio imobiliário grande para

assegurar, Crowe também quer esmagar

o seu opositor liberal Jack valliant (Barry

Pepper).

film review

BrokENCiTY

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FILM REVIEw

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FILM REVIEw

Billy é pago para seguir a esposa do Presidente e

identificar quem está a ter um romance com a sua

esposa, pois ele pensa que pode tirar partido deste

caso politicamente. Claro, se acreditar que este

Presidente não iria perguntar simplesmente à polícia,

detalhes de segurança da sua esposa. É obviamente

um esquema e é com pouca surpresa quando o

suposto amante (Kyle Chandler) - que não passa

do gestor de campanha de Jack valliant - aparece

assassinado. há muita volta e reviravolta de onde

este assassinato vem, além de um passado dúbio,

que para Billy, começa a não fazer sentido.

Sete anos volvidos, o nosso herói foi forçado a deixar

a polícia, depois de ter disparado fatalmente num

violador/assassino que à altura do seu julgamento,

ficou em liberdade por um erro jurídico.

Mas o próprio Billy escapou a uma pena, pois o

Presidente e o comissário de polícia (Jeffrey Wright)

conspiraram para ocultar as provas existentes contra

Billy. Billy é também um alcoólico em recuperação,

que está num relacionamento desgastado com uma

actriz (Natalie Martinez), que por acaso é a irmã

de uma das vítimas do violador/assassino que Billy

matou… (ufff…).

Para colocar o filme de forma tão positiva quanto

possível, nunca há um momento de tédio nesta

película - e isso é algo que não se pode ter como

garantido nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, rara-

mente há um momento credível no argumento, feito

pelo caloiro Brian Tucker. De certa forma, é pena que

um filme com um elenco deste nível, não consiga ser

nada mais que um filme “porreirito”.

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por patrícia Silvériowww.pumps-fashion.com

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RADAR spOTs

Gabriela de Azevedo realizou um sonho que já ambicionava à muito tempo: Abrir uma loja em Braga que reunir-se moda com imagem. A Boneca é um espaço que não deixa ninguém indiferente aos seus encan-tos.

A Boneca é um espaço de sonho que está situado junto à Sé de Braga. o mundo de “Alice no País das Maravilhas “ é o mais real exemplo para caracterizar o mundo encan-tado da Boneca. As peças que habi-tam na Boneca fazem dela um conto de fadas: a Manoush é uma das mar-cas que marcam o conceito ideal-izado por Gabriela de Azevedo: uma verdadeira Boneca. Detalhes como dourado, rendas, pedraria, o cor-de-rosa, os bordados, tules e as dife-rentes texturas, são os apontamentos característica da marca, que fazem dela peças intemporais, únicas e fora do comum. outras marcas francesas como a Gat Rimon, American vintage, Yves Salomon e a Repetto fazem a delícia da casa. Contudo, Gabriela

de Azevedo, abriu portas à indústria

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Portuguesa, pontificando também, as marcas Mimous, Sho, Xperimental Shoes, Only2Me, Goldmud e os desejados colares da artista Portuguesa Amélia Antunes.Gabriela de Azevedo, Consultora de Imagem, no piso superior do espaço Boneca, trata da sua Imagem e outros serviços associados à consul-toria de Imagem. Neste espaço também se orga-nizam workshops sobre Auto- Maquilhagem, Estilo e Guarda Roupa.Na Boneca respira-se Moda. A Radar recomenda este espaço como uma referência.

Onde: Rua D. Gonçalo Pereira , Nº21, 4700-032 Braga.Site: bonecaboutique.com gabrieladeazevedo.comFacebook: facebook.com/Bonecaboutique.

RADAR spOTs

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receitasradarPoR vâNIA SILvA

A minha paixão pela cozinha já existe desde sem-

pre. Sou “um bom prato” como se costuma dizer.

Lembro-me de ser miúda e de, ao almoço, pergun-

tar à minha mãe o que ia fazer para jantar.

hoje em dia, existe mais que um apetite, existe uma

paixão pelos ingredientes e uma vontade viciante

de experimentar novos sabores, inventar novos pra-

tos.

Adoro partilhar todas estas experiências com os que

vivem com a mesma paixão. Tento que as receitas

sejam o mais simples possível, para que todo as pos-

sam executar sem dificuldades.

Para esta edição da Radar, e para começar em

grande esta minha colaboração, decidi partilhar

com vocês um prato principal, ideal para esta altura

do ano, e uma deliciosa sobrema muito simples de

confeccionar.

Espero que gostem!

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REcEITAs

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GRATINADO DE CAMARÃO

IngREdIEntES

Receita para 2 pessoas– 3 batatas aos cubos– paprica em pó q.b– alho em pó q.b– óleo para fritar– 10 camarões já cozidos– 1 dente de alho– um fio de azeite– coentros picados q.b

Para o béchamel– 200 ml de leite– 3 colheres de sopa de farinha– 1 colher de sopa de manteiga– sal, pimenta e noz moscada q.b

Corte as batatas aos cubos e leve-as as frit-

ar. Durante a fritura, polvilhe-as com paprica

e alho em pó. Coloque sobre papel absor-

vente e reserve. Descasque os camarões e

leve a saltear num fio de azeite, juntamente

com um alho e os coentros picados. Retire e

reserve. Faça o béchamel, colocando todos

os ingredientes num tacho ao lume brando e

mexendo até engrossar. Para a montagem,

coloque em refratários individuais ou num

maior. Comece por colocar a batata frita, os

camarões e regue com o béchamel. Leve a

gratinar no forno a 180ºC até ficar dourado.

Sirva com salada.

MOdO dE PREPaRaÇÃO

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TIRAMISÚ

IngREdIEntES

Receita para 6 doses– 3 ovos– meio pacote de queijo mascarpone (125 gr)– 1 chávena de café– palitos de champanhe q.b– 3 colheres de sopa de açúcar– chocolate em pó para polvilhar– 2 colheres de sopa de licor Beirão

uma cópia da vulgar sobremesa, com um

toque especial, o licor usado. o resultado

não podia ter sido melhor!

Separe as gemas das claras. Junte o açúcar

às gemas, o mascarpone e misture bem.

Bata as claras em castelo. Acrescente as

claras em castelo e envolva.

Junte o licor ao café, mergulhe os biscoitos

e escorra-os. Disponha no fundo da taça e

por esta ordem, o biscoito, uma camada de

creme, biscoito, e termine com o creme.

Finalize polvilhando com chocolate em pó.

Leve ao frio.

MOdO dE PREPaRaÇÃO

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LoJA oNLiNEMade in paper

A Made in Paper é o projecto de Rita Rodrigues que reúne duas das suas grandes paixões, o design e os artigos de papelaria.Nesta loja é possível encontrar agendas e cadernos de todos os tamanhos e feitios, mas com algo em comum: a originalidade!Etiquetas, autocolantes, carimbos, fita-cola de papel e tecido e até mesmo postais são apenas alguns dos artigos que poderão encontrar nesta loja portuguesa.

Site: madeinpaper.com

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TrOuble Will Find MeThe National

Com data de lançamento prevista para 20 de Maio, a banda norte-americana afirmou recente-mente que as novas canções deverão ser mais instantâneas e instintivas. As músicas deste novo disco refletem a complexi-dade da banda mas ao mesmo tempo dá a conhecer o seu lado mais simples e humano.Relembramos que o último disco lançado pelo grupo foi “high violet”, em 2010.

SinopSES

Wook.pt / Fnac.pt

mÚSiCA

a CauSa daS COiSaSmiguel Esteves Cardoso

«há uma instituição portuguesa que é única no mundo inteiro. É o já agora. Noutras culturas, tratar-se-ia de um pleonasmo. Na nossa, faz parte do pasmo.o já agora, e a variante popular “Já que estás com a mão na massa...”, significam a forma particularmente portuguesa do dese-jo. os portugueses não gostam de dizer que querem as coisas. Entre nós, querer é con-siderado uma violência. Por isso, quando se chega a um café, diz-se que se queria uma bica e nunca que se quer uma bica. Se alguém oferece, também, uma aguardente, diz-se: “Já agora...”. Tudo se passa no preté-rito, no condicional, na coincidência.»

LiTErATUrA

suGEsTÕEs

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A rESSACA - PArTE iiiComÉDiA - 30 mAio

Desta vez, não há casamento, logo também não haverá nen-huma despedida de solteiro.Mas então o que pode correr mal, certo? uma coisa é certa, quando a Matilha se reúne, nin-guém está a salvo. A Ressaca – Parte III volta a reunir Bradley Cooper, Ed helms, zach Galifianakis e Justin Bartha como Phil, Stu, Alan e Doug. Também de regresso ao elen-co estão Ken Jeong como Mr. Chow, heather Graham como Jade, e Jeffrey Tambor como o pai de Alan, Sid. Neste filme, jun-ta-se também ao elenco John Goodman. um filme que nin-guém deve perder!

o GrANDE GATSBYDrAmA - 16 mAio

A história do aspirante a escri-tor, Nick Carraway, que deixa o oeste para ir para Nova Iorque na primavera de 1922. Perseguindo o Sonho Americano, Nick instala-se perto da casa do misterioso milionário Jay Gatsby e também da casa da sua prima Daisy e o seu mulherengo marido, Tom Buchanan. É assim que Nick é atraído para o cativante mundo dos super-ricos, das suas ilusões, dos seus amores e deceções. Nick assiste, dentro e fora do mundo em que habita, à história de um amor impossível, sonhos incorruptíveis e amargas tragé-dias, levando-nos até às nossas lutas do mundo atual.

cINEMA

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ASSALTo à CASA BrANCAACção, AVENTUrA - 09 mAio

Através de um ataque à Casa Branca, um pequeno grupo de extremistas fortemente armados e meticulosa-mente treinados consegue apoderar-se do edifício e prender o Presidente Benjamin Asher e a sua equipa, dentro de um bunker subterrâneo impen-etrável. Durante a invasão, Mike Banning, um ex-agente dos serviços secretos da guarda do Presidente decide juntar-se à batalha e fazer o trabalho para o qual treinou durante toda a sua vida: proteger o presidente a todo custo, tornando-se nos olhos e ouvidos da equipa de segurança nacional, chefiada por Allan Trumbull (Morgan Freeman), no interior da Casa Branca. A equipa de segurança nacional não tem assim outra opção se não depositar as suas esperanças em Banning para cumprir a missão de resgatar o Presidente antes dos terroristas levarem a cabo o seu ater-rorizante plano.

PHoToDrAmA - 09 mAio

A mãe acaba de morrer. o pai não é aquele que ela julgava. Elisa sente-se perdida entre um pas-sado incerto e um futuro fechado pela perspectiva do casamento. A sua busca de um pai improvável, que é também uma fuga ao pre-sente, condu-la de Paris a Lisboa, do fantasma dos anos 70 do sécu-lo passado aos primeiros anos de um novo século fantasmático. Este itinerário leva-a a cruzar mortos que falam, memórias que vacilam, torcionários reformados e revo-lucionários arrependidos. No fim do percurso, uma verdade dúbia aberta para um novo mistério, como uma história de que se não conhece a última palavra.

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VELoCiDADE FUrioSA 6ACção, AVENTUrA - 23 mAio

Desde que Dom e Brian fizeram o golpe no Rio de Janeiro, o grupo espalhou-se pelo globo. Mas a impossibilidade de voltarem a casa e estarem sempre em fuga deixou-lhes uma vida incompleta. Entretanto, hobbs tem perseguido uma organização de letais condu-tores mercenários, cujo líder conta com um violento braço direito que se descobre ser o amor que Dom pensou que tinha morrido, Letty. A única forma de parar esta máqui-na criminosa é vencê-los nas ruas, por isso hobbs pede a Dom para reunir a sua equipa de elite em Londres. o pagamento? Perdão total para todos, para que possam voltar a casa e juntar a família.

ALÉm DE TiDrAmA - 09 mAio

Tomás e Sofia são casados há cinco anos. Ele é cartoonista no jornal local e tem o sonho de ser artista plástico, mas falta-lhe a força inte-rior para sê-lo. Ela trabalha num hotel. Raul, o seu melhor amigo, insiste na qualidade das suas pin-turas. Mas quando tudo parece renascer, Tomás entra numa crise emocional que o afasta de Sofia, a ponto de ela não o reconhecer. Sofia começa a perder a sua luci-dez, vive num isolamento que não quer. No seu estado de dormente, ela começa a sentir-se mal com aquilo que descobre dentro de si... algo que sente cada vez mais próximo. Sofia percebe que a sua vida se tornou em algo que agora não consegue controlar.

SinopSES

cinema Sapo

cINEMA

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No RADAR

oS ESPECTÁCuLoS QuE Não vAIS

QuERER PERDER

1. GoGoL BorDELLo 10 DE MAIo, PRAçA DA CANção

(CoIMBRA)

2. DEoLiNDA

18 DE MAIo, 22h30, CASINo DE TRóIA

(GRâNDoLA)

3. BLUr31 DE MAIo, FESTIvAL PRIMAvERA

SouND (PARQuE DA CIDADE, PoRTo)

4. THE XX5 DE MAIo, 18h00, JARDIM DA ToRRE

DE BELÉM (LISBoA)

5. riHANNA28 DE MAIo, 19h30, PAvILhão ATLâN-

TICo (LISBoA)

6. DEErHUNTEr30 DE MAIo, FESTIvAL PRIMAvERA

SouND (PARQuE DA CIDADE, PoRTo)

132

133 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

GABriEL o PENSADor7 DE MAIo, 21h30, TEATRo TIvoLI

(LISBoA)

NATirUTS14 DE MAIo, 21h00, ESTÁDIo

MuNICIPAL (BRAGA)

DAViD FoNSECA & orQUESTrA DE JAzz DE LEiriA21 DE MAIo, 21h30, TEATRo

JoSÉ LÚCIo DA SILvA (LEIRIA)

DEAD CAN DANCE28 DE MAIo, 20h30, CoLISEuS

DoS RECREIoS (LISBoA)

E AINDA...