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www.facebook.com/magazineradar
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EditorialCaros leitores,
A cada edição que criamos deparamo-nos com novos projectos e
talentos. Por vezes é frustrante não podermos incluir todos eles quando
todos eles são dignos de destaque. Mas é exatamente isso que nos dá
vontade de continuar com este projecto.
Nesta oitava edição da Radar, quisemos conhecer melhor a artista
Susana Chaby Lara, criadora do projecto “People Sleeping Project”,
repleto de boas fotografias que exploram aquela fase do dia em que
nunca tiramos fotografias: quando nos encontramos a dormir. Mas o que
torna este projecto ainda mais aliciante é o facto de esta fotografar
rostos bem conhecidos. Curiosos?
E como Setembro é sinónimo de Regresso às Aulas / trabalho, focamos a
nossa atenção nos artigos da Made In Paper. Cadernos, agendas, malas
, canetas - entre tantas outras coisas - que marcam pela diferença e
que vão transformar o estudo em algo menos enfadonho!
Para inspirar os vossos outfits para este Inverno, e para regressarem ás
aulas com muito estilo, nada melhor do que os artigos Miss Gentleman,
uma marca recente que já dá muito que falar. Mas se precisam de ver
para crer, apreciem o nosso editorial fotográfico e confiram!
Para passarem um bom serão - ou para preencher as vossas pau-
sas enquanto estudam - aconselhamos a leitura do blogue português
“Mashnotes”. Escrito por três amigas que decidiram falar dos seus inter-
esses, o “Mashnotes” é, sem dúvida, um local de visita obrigatória na
blogosfera portuguesa.
Mas não ficamos por aqui, como poderão comprovar já a seguir!
Boa Leitura!
Daniela Salsa.
3
EditoraDaniela Salsa
Paginação
Daniela Salsa
RedactoresDaniela Salsa
Pedro Henrique RibeiroRui Veloso
Patrícia SilvérioAna Mestre
Facebookfacebook.com/magazineradar
14 // MISS GENtLEMAN
44 // EdItoRIAL: AffAIR to REMEMBER
66 // vAGoS oPEN AIR
88 // RAdAR SPotS: HANdS oN EARtH
74 // MAdE IN PAPER
20 // MASHNotES
36 // Add fuEL
6 // PEoPLE SLEEPING PRojECt
Sumário
84 // RAdAR tECH
+ E AindA
32 // Cantigas de esCárnio e mal dizer:
ganCho - regula
94 // À CabeCeira
96 // em Cartaz
100 // sugestões radar
102 // no radar
fotografia
People Sleeping Project
O PROJECTO PORTUGUÊS QUE EXPLORA O SONO MAS QUE NÃO DÁ SONO, DE
TODO!
Susana Chaby Lara é uma apaixonada por fotogra-
fia. um dia, antes de adormecer, teve a brilhante
ideia de criar um projecto que unisse algumas
das suas paixões. E assim surgiu o People Sleeping
Project, onde partilha fotografias de rostos bem
conhecidos enquanto estes dormem relaxados
nos seus quartos.
joão Manzarra, Carolina torres, Inês Castelo Branco
e Rogério Samora são apenas alguns desses rostos.
A Radar quis conhecer melhor este projecto e
esteve à conversa com a artista que o criou. .s
TEXTO: DANIELA SALSA FOTIGRAFIA: SUSANA CHABY LARA
7
Susana Chaby Lara é uma apaixonada
por fotografia e a vontade de criar algo a
que pudesse chamar “seu” fê-la criar, de
forma quase instintiva, o People Sleeping
Project. Na hora de dar início a esta en-
trevista, quis imediatamente satisfazer a
minha maior curiosidade relativamente
a este projecto: Com tanta coisa para
fotografar no mundo, porquê pessoas a
dormir?
“A minha primeira paixão profissional foi Psicologia, e integrei o instituto Superior de Psicologia Aplicada (iSPA), onde me especializei em distúrbios Alimentares com foco primordial em pais com ado-lescentes que sofrem de anorexia ou bulimia. Enquanto trabalhava em psico-logia, comecei a desenvolver uma forte atração por cinema e cinematografia (a arte de pintar com a luz) e, sem qualquer hesitação, pus em questão o meu rumo na psicologia. Foi então que ingressei na Escola Superior de Teatro e Cinema onde me especializei em produção, fotografia e cinematografia.Enquanto estudante de psicologia, no passado, sempre fui extremamente fasci-nada com as diferentes fases do sono tais como o nrEm (non rapid Eye movement) e o rEm (rapid Eye movement). Como psicóloga estudei o processo do sono aprofundadamente e como estas fases afectam a nossa mente e corpo no dia-adia. uma noite, quando estava prestes a adormecer, o People Sleeping Project nasceu. A vontade de fazer algo por mim, que poderia chamar de “meu” foi o
fotografia
9
grande motivador. desta maneira, poderia juntas as minhas duas áreas favoritas e sobre as quais havia estudado anos a fio: a psicologia e a fotografia.”, explicou.
Engane-se quem pensa que na hora de fotografar basta
um clique para a magia acontecer. Não! o processo de
criação acaba por ser um ritual, algo metódico que Susana
acaba mesmo por considerar simples.
“Chegava às suas casas, de manhã, e apanhava-os ainda meio adormecidos. Pedia-lhes que voltassem para a cama, e enquanto eles se voltavam a deitar e a relaxar, eu pre-parava o material num quarto à parte. depois, calmamente, entrava nos seus quartos e começava a fotografar. Algumas pessoas adormeciam profundamente, outras não. Contudo, todas me diziam que conseguiam abstrair-se do facto de estar uma câmara no quarto. Escolhi também, delibera-damente, fotografar de uma maneira mais cinematográ-fica, pois são estas as minhas raízes. As minhas fotografias são como um plano de um filme, conseguimos facilmente imaginar um travelling ou uma panorâmica de um ponto do quarto até ao outro.”
Existe algo nas suas fotografias com o poder de captar de olhar. Não sei se são as cores, a sua subtileza ou a tranquili-dade que estas transmitem. Simplesmente não sei o que me leva a estagnar quando para elas olho, apenas sei que o que me fazem sentir é bom, incrivelmente bom.Abstraindo-me um pouco desse mesmo sentimento, foco-me, agora, num factor comum a todas as imagens, e não, não me refiro às pessoas a dormir, mas sim às personagens desta história que são, todas elas, figuras públicas.
“num primeiro momento achei (e com razão) que fotogra-far pessoas ditas conhecidas iria atrair atenção para aquilo que estava a fazer. Agora, aos poucos, já posso começar a fotografar pessoas não conhecidas” , explicou Susana.
11
foco-me, novamente, no que estas ima-
gens me transmitem. talvez a calma que
emanam resida, um pouco, nas carac-
terísticas que o filme lhe confere. Susana
acaba por concordar comigo, de certa
forma, no momento em que afirma que
“este projecto tinha de ser analógico” pois sentiu que o filme poderia trazer mais
à imagem do que o digital..
“o filme consegue dar mais “verdade” à imagem do que o digital. o grão é mágico.”, acrescentou, e eu partilho da
mesma opinião.
Ao longo de toda esta aventura, imagi-
nei que a artista portuguesa tivesse pre-
senciado alguns momentos caricatos ou,
no mínimo, diferentes e que dificilmente
esquecerá e se algum em particular se
destacava. Curiosamente, afirmou que
ao contrário do que as pessoas possam
pensar, tudo decorre com normalidade
e muita calma e que, por isso mesmo,
não possui momentos mais especiais que
outros.
“Cada vez que fotografo alguém é sem-pre especial. Se calhar, no dia em que os meus pais me deixarem fotografá-los, vai ser interessante e muito especial. mas eles não são fáceis...”
Nesta sequência, quis ainda saber quais
as principais barreiras que teve de enfren-
tar. uma vez que estamos a falar de um
projecto que lida com figuras públicas,
deve ser complicado obter respostas ou
definir horários...deduzi eu.
Contudo, Susana afirma exatamente o
contrário. Não lida com grandes dificul-
dades e, felizmente, as pessoas que con-
vida têm todas aceite o convite: “Posso ter de esperar um pouco mais por umadeterminada resposta, mas de uma maneira geral não tive barreiras a nada.”
Mas se no seu projecto tudo tem corrido
pelo melhor, quando confrontada com a
realidade do nosso país relativamente às
oportunidades para os jovens, no geral, e
mais especificamente às oportunidades
para estes no mundo das artes, nem tudo
são rosas.
“Bem... isto está péssimo e já toda a gente sabe disso. Se calhar, por isso é que decidi vir para os Estados unidos fazer uns workshops e ver o que acon-tece. o problema é que ninguém quer pagar a ninguém. Querem pessoas a trabalhar de graça - estagiários quando já deviam estar contratados. mas existe toda uma facilidade para que as coisas sejam feitas assim.”
Para não terminarmos com situações
menos felizes, mudamos imediatamente
o rumo da conversa. “Planos para o
futuro, existem?”, questionei.
E não é que existem mesmo?
fotografia
She Project é um novo projecto lançado
recentemente e que pode ser seguido
“ao vivo” no Instagram em
@sheprojectlive. Poderão também vê-lo
em www.susanachabylaraprojects.com.
Neste momento, Susana encontra-se em
Nova Iorque e pretende levar a cabo um
novo projecto que sairá a seu tempo.
Portanto, novidades não irão faltar, o que
é mais uma razão para vos convidar a
seguir o trabalho desta artista portuguesa
que já dá - e certamente continuará a
dar - muito que falar.
No final, e como já é da praxe, Susana
Chaby Lara dirigiu uma mensagem, sim-
ples mas eficaz, a todos os nossos leitores:
“durmam!!”
fotografia
12
Onde Encontrar
www. peoplesleepingproject.com
Projecto emPreendedor
3715
MISS GENtLEMAN é uma nova marca
que se dedica ao desenvolvimento de
uma PoP - uP CoLLECtIoN de kitwear,
para homem e senhora, criada de forma
a desafiar e inspirar a reconquista dos
títulos “Miss” e “Gentleman”.
A Radar foi conhecer o showroom
da MISS GENtLEMAN e conferiu uma
coleção que assume uma vertente cool
e trendy, numa linguagem atre-vida e
arrojada.
Por PAtRíCIA SILvéRIo
MissGentleman
os estampados da MISS GENtLEMAN inspiram-se nos
anos 20, 20 e 50, na Golden Age do cinema e no
imagético de Hollywood, jazz e Coco Chanel.
o conceito Classy assenta nas cores discretas que
transmitem luxo e sofisticação; assim como nas for-
mas estilizadas ou geométricas.
A MISS é a personagem principal de toda a comu-
nicação. Enquanto herdeira da educação e dos
amores que o dinheiro não é capaz de comprar,
recusa abdicar dos valores e hábitos mais nobres e
desafia-se a despontar uma forma inconvencional
de estar na sociedade contemporânea.
Miss Gentleman
Projecto emPreendedor
Projecto emPreendedor
o editorial de moda desta edição da Radar Magazine, “An Affair to Rebember” retrata toda a envolvência do conceito MISS GENtLEMAN. A ati-tude, inconvencional e sedutora Miss que a liga ao seu Gentleman!
miSS GEnTLEmAn onLinE
onde comprar?www.missgentleman.com/pt
Blogue: www.themissgentleman.blogspot.pt
Facebook:www.facebook.com/
themissgentleman
19
* WWW. MASHNOTES.PT * TEXTO: DANIELA SALSA IMAGENS: VERA MARMELO
BLogUe
uma loira, outra é morena...mas aqui há também uma ruiva. Contrariando a letra
da canção, os leitores do Mashnotes não têm dois amores, mas sim três!
Ana Cabral Martins, francisca Silva e Sousa e a Maria joão Marques são os rostos
de um dos mais conceituados - e mais recentes - blogues portugueses da atuali-
dade.
Com personalidades distintas, falam dos seus interesses e expõem as suas opiniões
de uma forma, no mínimo, diferente do habitual.
A RAdAR quis conhecer melhor as três mulheres que tanto têm dado que falar na
blogosfera portuguesa. juntem-se a nós, nesta conversa!
21
1. Em primeiro lugar,falem um pouco sobre vocês.ANA: o meu nome é Ana, tenho 27 anos,
estudo cinema, mas os meus interesses não
se resumem a isso. Sou uma inveterada
consumidora de todo o tipo de coisas rela-
cionadas com a cultura contemporânea e
gosto de pensar que esse gosto é ecléctico
o bastante.
MARIA: Bom, creio que a mini-bio que a Ana
escreveu para mim no Mashnotes, resume
bem a minha pessoa, se bem que já está um
pouco desactualizada. de momento, larguei
o direito (espero que para sempre!) e estou
a trabalhar noutro projecto online, um portal
de moda, onde sou editora de conteúdos.
Gosto muito deste mundo editorial. Aliás, a
minha vida, neste momento, gira em torno
dos “meus” 3 websites: o meu blog pessoal
onde falo sobretudo de beleza, (www.the-
beautyroutine.com), o Mashnotes.pt onde
gostaria de falar de tudo o resto (assim o
“Queríamos um sítio que fosse o
nosso outlet creativo”
BLogUe
tempo me permitisse), e o betrend.pt que é
o meu day job.
fRANCISCA: Não poderia descrever-me de
forma mais simpática, lisonjeira e colori-
da do que a minha querida Ana fez no
Mashnotes. trabalho num museu de arte
contemporânea e posso acrescentar que
adoro o meu trabalho e que (quase) todos
os dias me sinto uma privilegiada por poder
viver tão intimamente a experiência da arte.
digamos que a minha vida e a minha pro-
fissão fundem-se em diversos pontos, sempre
com vista no meu gosto pela beleza, em
variadíssimas expressões e formas.
2. Como surgiu o mashnotes?ANA: o Mashnotes surgiu porque — acho
que posso falar por todas, nesse aspecto —
queríamos um sítio que fosse o nosso outlet
creativo e nos permitisse falar daquilo que
gostamos, com toda a liberdade que isso
acarreta.
23
24
BLogUe
MARIA: Pessoalmente, sentia que - tirando o meu
blogue pessoal pelas razões óbvias - não existia
nenhum espaço online em português que me repre-
sentasse, e às minhas amigas. que focasse interesses
que partilhamos e que os abordasse de uma forma
descontraída e honesta, sem compromissos.
fRANCISCA: Confesso que não foi uma ideia formu-
lada por mim, porém tive a sorte de ser ‘recrutada’
pela Maria e pela Ana, o que desde logo me pare-
ceu uma ideia fabulosa pelo entusiasmo que acarre-
taria pessoalmente mas também pela possibilidade
de tornar públicas muitas das coisas que nós interes-
sam, que são bem diversas.
3. E já agora, porquê mashnotes?o nome propriamente dito surgiu num jantar e
totalmente por acaso. uma amiga nossa — a vera
Marmelo, que tirou as nossas fotos para o site —
estava a mostrar Lisboa a uma rapariga americana e
acabámos a falar da nossa pesquisa de um nome e
de como estava a ser difícil. Ela sugeriu “Mashnotes”
porque tanto significava “uma carta de amor a algo
que se goste” como uma “série de notas sobre coi-
sas”. Não decidimos logo, mas afeiçoámo-nos ao
nome e já não poderia ser outra coisa.
4. Para quem ainda não conhece o vosso trabalho, conseguem resumi-lo em algumas palavras?falamos de tudo aquilo de que gostamos: cinema,
arte, revistas, séries, moda, comida. tentamos ter
liberdade criativa e não nos restringir a nenhum
tópico.
“É dificil arranjar tempo para escrever sobre tudo aquilo
de que gostava, ou até com a profundidade de que gostava”
- Ana
BLogUe
27
5. o mashnotes é um blog que acaba por falar de tudo um pouco. É difícil saber sobre o que escrever quando nada acaba por ser descartado?ANA: é mais difícil arranjar tempo para escrever sobre tudo aquilo
de que gostava, ou até com a profundidade de que gostava.
tenho vários post-its e um caderno com ideias, sempre a renovar-se.
MARIA: Partilho o “problema” da Ana.
fRANCISCA: Há sempre muito sobre o que escrever, o nosso mar de
interesses é imenso, mas todas padecemos do problema de tempo.
Confesso que muitas das ideias que tenho só as revelo quando sei
que poderei concretizá-las. é uma luta difícil com o quotidiano.
6. Cada uma de vocês tem uma personalidade distinta. Consideram que isso acaba por ser uma mais valia e um dos segredos do suces-so do mashnotes?ANA: Eu espero e acho que sim. torna-o mais abrangente e mais
acerca do que se fala do que de quem fala.
MARIA: Entendemo-nos bem e os nossos gostos/interesses tocam-
-se, mesmo que não coincidam completamente - o que é bom!
Porque acabamos por retirar sempre algo dos artigos umas das ou-
tras. temos pontos de vista, vivências e backgrounds diferentes que
nos fazem interpretar uma mesma coisa de formas distintas. Acima
de tudo e falando por mim, tenho muita admiração pelas pessoas
e pelo trabalho da Ana e francisca que me faz ler os artigos delas
com tanto interesse e curiosidade como se não fizesse parte do
projecto.
fRANCISCA: A Maria descreve de forma
clara o que acontece. Há pontos de
contacto, claro, mas as preferências e,
principalmente, as referências culturais
são diferentes, o que a nosso ver só adi-
ciona mais valias aos conteúdos.
7. Todas vocês possuem blogs paralelos ao mashnotes. É difíacil conciliar tudo ou quem corre por gosto não cansa?
ANA: o meu tumblr é pouco actualizado,
e sempre foi mais um espaço de arma-
zenamento de coisas, sejam elas foto-
grafias, citações ou vídeos. o Mashnotes
permite-me falar mais, desenvolver mais
tudo. é onde está agora o meu coração,
levo-o muito a sério. o Ana goes west
é, talvez, um moodboard gigante ou
repositório de imagens.
MARIA: Eu tenho muita dificuldade em
BLogUe
29
organizar-me! Espero que as coisas
entrem nos eixos nos próximos tempos.
Gosto muito de todos os meus projectos,
revejo-me em todos e era incapaz de
desistir deles.
fRANCISCA: Infelizmente, para mim, é
impossível conciliar tudo, de momento.
Há sempre sacrificados. E no meio de
tudo, viver! Isso não se pode sacrificar.
8. resumindo a realidade dos blogs atu-almente, diria que é muito fácil ter um blog mas muito difícil mante-lo. na vossa opinião, o que é fundamental um blog ter para ser bem sucedido?
ANA: Não parar de o actualizar. Parar é
morrer. Construir o hábito e ter a vontade
de o fazer é chave
BLogUe
8. resumindo a realidade dos blogs atualmente, diria que é muito fácil ter um blog mas muito difícil mante-lo. na vossa opinião, o que é fundamental um blog ter para ser bem sucedido?ANA: Não parar de o actualizar. Parar é morrer. Construir
o hábito e ter a vontade de o fazer é chave.
MARIA: Concordo. Manter a chama. E não ter medo
de mudar, de adaptar, de actualizar e procurar ajuda,
colaborações. é importante estar atento ao que se
passa, mas manter uma voz sincera e muito nossa.
fRANCISCA: Acima de tudo, renovar. Eu sou o tipo de
leitora que se aborrece facilmente.
9. Quando não estão a “blogar” o que mais gostam de fazer?ANA: Ir ao cinema, ler, ver séries, passear, ouvir podcasts,
comer bem, estar com amigos. As coisas normais.
MARIA: Estou quase sempre ligada, quando não estou
a bloggar estou preocupada com o que hei-de blo-
ggar no dia seguinte. Mas às vezes é necessário desligar.
Nesses momentos - escassos - afasto-me do telemóvel e
leio revistas ou vejo séries de tv. Ah, e comer!
francisca: tudo! família e amigos, claro. Mas não sobre-
vivo sem boa comida, bons livros e boa música.
BLogUe
10. Por último, uma mensagem que gostariam de deixar aos nossos leitores.ANA: Espero que passem pelo Mashnotes e se afeiçoem
a ele!
MARIA: ...e bem-vindos!!
fRANCISCA: o meu conselho é: não percam muito
tempo na internet, ainda por cima agora há um site
chamado mashnotes.pt que vos mostra o melhor.
Regula voltou aos álbuns, de esti-
lo renovado, rimas mais pausadas,
beats a fazer lembrar o rap ameri-
cano e sempre com um olho nas
raparigas todas que passam à volta.
Mulheres, dinheiro e droga são os
por Sansão Gomes // fotos: facebook.com/Regulaoficial
film review
32
Cantigas deEscárnio eMal Dizer
Gancho - RegulaDom Gula, com um Gancho a roçar na grossa, a
abrir garrafas e a rimar
temas dominantes mas não chegam
a maçar.
o aviso tinha sido dado: as últimas
duas músicas de Regula (Solteiro na
mixtape de orelha Negra e Casanova
na mixtape Contracultura) punham-
oPiniÃo
oPiniÃo
-no “a roçar na grossa” e a falar de droga como
quem fala da troika. é visível a vontade de se rein-
ventar. depois de 2 álbuns e 2 mixtapes com um flow
rápido e outros temas, Regula não quis ficar quieto,
denominando-se dom Gula e com um novo ameri-
can style.
E não deixa de ser mais refrescante do que ir ao
mar dia 1 de janeiro ouvir um bom álbum a soar a
americano sem a praga do autotunes. Para quem
não sabe, o autotunes é uma espécie de bimby do
rap que transforma a voz dos rappers na do darth
vader. desde 80’s & Heartbreakers de Kanye West
que, numa espécie de seguidismo espiritual se usa e
abusa desta ferramenta que não lembraria sequer
aos Excesso.
voltando ao álbum, é bastante equilibrado e com-
posto, tal e qual as mulheres de que se fala ao longo
dele. um cd que começa às 5 da Manhã (“Aqui só
vês caras sérias como se estivéssemos todos a passar
misérias” é a primeira rima), uma faixa de 1.40, verda-
deiro cartão-de-visita a mostrar ao que vem. Berço
d’ouro é o ponto mais alto do álbum:”deus me per-
doe, eu tive que ficar mentalizado que a família só
se junta com um familiar hospitalizado. Por isso man-
tenho o meu piso alisado para que no dia em que eu
caia ele volta a ser bem pisado. Quando eu disse ao
meu pai Ainda vais ver o teu puto a brilhar, ele devia
estar a pensar olha o meu puto a brincar.”
Há espaço ainda para abrir garrafas, partilhar uma
música com Sam the Kid e fazer umas quantas hom-
enagens. Este é um Gancho que não há-de ficar
para a história como um clássico do rap português
mas que se ouve bastante bem e com pouco a
apontar.
o azulejo português no seu imac-
ulado branco e azul do mar man-
ifesta um mundo que, de tradi-
cional, apenas tem a cerâmica.
Conta a história de robots, cavei-
ras, criaturas felpudas, de um só
olho ou viscerais. difícil de acredi-
tar se ainda não se tiver cruzado
com o trabalho de Add fuel, um
dos artistas integrantes da nova
geração de criadores de arte
urbana. A manifestação de um
universo que não o limita a ser
apenas “o rapaz dos azulejos”.
Proj. Empreendedor
ADD FUEL
por AnA mESTrE
www.addfueltothefire.com
Projecto emPreendedor
2337
diogo Machado é um menino da linha e dizemos isto com
toda a ambiguidade da expressão. Geograficamente é meni-
no de Cascais. Profissionalmente trabalha com traços, linhas e
pontos para construir um universo complexamente dinâmico
que se alimenta de personagens divertidas, estranhas, fofas,
assustadoras e irónicas, elementos decorativos e um humor
transcendente a toda a composição. Parece contraditório?
No trabalho de Add fuel é harmonia.
As primeiras influências vieram do primo mais velho que lhe
mostrou revistas de graffiti, banda desenhada alternativa e
tradicional. Quando adolescente fez parte da cultura do skate
e ficou siderado nas tábuas de jim Phillips - que até hoje é
uma das suas referências - descobriu a ficção científica de Star
Wars, Metrópolis e posters antigos deste género a par dos vídeo
jogos que possuem um universo muito completo – vão desde
o Sci-fi, ao cartoon, à imagem aproximada ao real. A idade
adulta sofreu desvios mas marcou a (re)descoberta do artista
e a aposta sólida no mundo das artes. desde 2005 que existe
em part-time e, desde 2007, que se dedica em exclusivo a ser
Add fuel to the fire. Como? uma expressão americana que o
representa como um artista inquieto, interventivo e agitador do
meio que o rodeia. Significado: um artista do século XXI com
interesse genuíno na arte urbana. o que o relaciona com o
meio citadino é a intervenção que oferece aos espaços em
branco na aplicação de azulejos de estilo único.
Em 2009 surgiu a oportunidade de integrar o Cascais ArtSpace
cujo desafio era forrar a fachada de um edifício. A resposta
foi procurar nas raízes a inspiração, que chegou na forma de
azulejo. A primeira impressão foi feita em tela e serviu de plata-
Projecto emPreendedor
39
forma para uma assinatura que lhe é inegável mas, agora,
como manda a tradição. ou quase. desde então, Add fuel
reinterpreta o azulejo em respeito pelo seu passado e her-
ança cultural ao mesmo tempo que lhe oferece uma nova
imagem construída a partir do seu universo peculiar. utiliza
a base de cerâmica para ser mais fiel à tradição e aplica
a técnica do stencil para poder fazer produção numa
escala maior. A interpretação é dupla: de longe parecem
os azulejos portugueses, de elementos e padrões tradicio-
nais mas, uma aproximação, descobre os tais personagens
habitantes do Planet fire.
Actualmente, é este o género de trabalho que mais prazer
lhe dá desenvolver e oferecer às cidades a tradição revis-
itada. o meio urbano é ricamente decorado com detalhes
não intrusivos e representantes de uma nova geração de
arte urbana. Quer em pequenos detalhes, azulejos isolados
no Chiado e Bairro Alto, por exemplo, como em grande
escala. Em 2012 participou no festival de arte urbana
Walk & talk, em São Miguel, nos Açores, onde deixou o seu
trabalho patente num mural de 30 metros. Este ano cola-
borou com a Galeria de Arte urbana de Lisboa e o Centro
Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa para, com o também
artista de arte urbana Eime, decorar um mural nas traseiras
do Hospital júlio de Matos, na capital, intitulado “Mental
Idade”; deixou Coimbra com mais encanto ao conceber
um mural composto por diferentes padrões de mosaicos e
agraciou a figueira da foz, no âmbito da fuSING Culture
Experience, com um mural de passagem pedestre. Em
breve, Lagos terá a sua marca criativa. Mas os seus excên-
tricos azulejos não são exclusivos das ruas portuguesas.
Quem estiver por Paris, por exemplo, é convidado a par-
ticipar da “La plus grande exposition de street art jamais
41
Projecto emPreendedor
imaginée…”, um projecto original da Galerie
Itinerrance que consiste numa mostra colectiva dos
trabalhos de 80 artistas globais, patente num bloco
de apartamentos de 10 andares, durante apenas o
mês de outubro e que, findado estes trinta dias, os
internautas, têm de alimentar durante 10 dias, a nível
digital, até à data de demolição do edifício.
é com uma nova abordagem à cerâmica portu-
guesa que tem maior expressão no entanto, não
gosta de ser conotado como sendo só “o rapaz dos
azulejos” porque, enquanto artista, Add fuel é muito
mais. Gosta de experimentar diferentes técnicas –
serigrafia, tinta-da-china, carvão, stencil – e suportes
– papel, tela, cerâmica, madeira – para animar de
vida as suas criaturas com três olhos, ursos de dupla
face, caveiras de olhos vivos, animais de textura
cerebral, mãos estilo cartoon ou heróis de cartoon
estilo visceral. A composição peculiar é desafiada
num percurso que inclui colaborações com marcas
como a Nike, Red Bull, GAu Lisboa, fuel tv ou Mtv,
em tábuas de skate, capas de iPhone, hoodies,
t-shirts, toys e prints, mas também em exposições no
país e além-fronteiras. Na senda por não se limitar,
lançou uma apresentação interactiva das suas cria-
ções. A aplicação “Planet fire” para iPhone, iPod e
iPad foi criada por André Salino, com música de dj
Ride, e funciona como um vestiário onde se pode
criar uma personagem, baseada nos artworks de
Add fuel, para guardar como wallpaper ou partilhar
nas redes sociais.
E o que fica ainda por fazer? Apresentar todo um
vasto leque de personagens do Planet fuel que
Projecto emPreendedor
43
ainda não tiveram a oportunidade de se mostra-
rem e que prometem mais desafios quer ao artista,
quer aos espetadores. E próxima vez que se cruzar
com azulejos na rua veja mais perto. Pode estar a
olhar para a galeria urbana de Add fuel.
Em lugar da minha habitual crónica
sobre um novo álbum de uma qual-
quer banda, vou desta vez fazer a
minha crítica ao festival vagos open
Air (voA), deste ano. E como é de
bom tom iniciar seja o que for pelos
aspectos positivos, começo por
salientar a boa coordenação dos
transportes públicos para lá chegar.
Havia sincronização com autocarros,
expressos e comboios, com bilhetes a
preços acessíveis e por conseguinte,
mais gente predisposta a fazer a via-
gem dos quatro cantos de Portugal e
inclusive do estrangeiro.
rePortagem
67
Por PEdro hEnriQuE riBEiro
VagosOpen Air
Chegando ao recinto, desta vez muito perto da vila de vagos, o cenário prometia. Recinto grande, bem relvado, bem organizado, bonito, apesar da enorme fila para a compra ou levantamento do passe para os dois dias de festival, fenómeno este, nada inusitado em situações destas. Nada tendo contra o antigo recinto situado na freguesia de Calvão, acredito que esta foi uma boa decisão tomada, por parte da organização do voA.
Porém, e como nem tudo é perfeito, esta primeira impressão foi estragada com a visão do parque de campismo, que mais parecia ter saído dum cenário dantesco. Primeiro, porque se situava a uma distância que nos parecia interminável, da entrada da Quinta do Ega (local do festival). Segundo, porque se fazia sentir um calor abrasador e não havia sequer um metro quadrado de sombra, nem no parque, nem nas suas imediações, o que fazia crer que tencionavam fazer sofrer os festivaleiros. A única alternativa encontrada, era o de acampar numa mata próxima, bastante irreg-ular, desconfortável, sobrepovoada, de modo a evitar uma noite passada sob o efeito de uma valente sauna.
Relativamente ao que mais nos interessa, que se debruça sobre o festival em si, saúdo a “táctica 2-1-3” por parte da organização do voA. duas bandas portu-guesas, uma mais agressiva e três mais “consagradas”, o que permitia que, todas as pessoas que gostam de metal saíssem satisfeitas, pois não se cingia a apenas um estilo mais puro e duro ao estilo de Barroselas.
vou agora entrar no campo mais sensível: a crítica às bandas. é sempre uma opinião pessoal e tenho a per-feita noção que “o metaleiro” é um fã fiel e conhece-dor, e só por isto qualquer crítica se revela “difícil”.um primeiro dia muito frouxo, insosso, e qualquer outro
rePortagem
sinónimo que queiram adicionar. Secret Lie foi a banda que teve a honra de abrir as hostili-dades no voA, porém não foram nada hostis.
foi engraçado ver uns bons solos de guitarra, uma boa voz e um trecho do verão das Quatro Estações de vivaldi, mas os Secret Lie estavam um pouco deslocados. Sendo assim, coube aos Bizarra Locomotiva realmente abrirem as hostilidades, e caramba! Que energia, que voz, que presença, que concerto! Eu até brinquei na altura com um amigo, a comparar os Bizarra aos Rammstein, faltando apenas as famosas pirotecnias dos alemães. o que me surpreen-deu, terem sido os Bizarra Locomotiva a salva-rem o primeiro dia do festival.
de Moonsorrow não sou fã e por isso absten-ho-me de comentar, apenas referindo que a caracterização “tipo sangue” pelo corpo foi original, mas alguns admiradores referiram que fizeram um excelente concerto.
Evergrey soou um bocado a desilusão. Riffs fortes e poderosos, com uma voz a não condizer. Não é que eles estivessem mal, mas alguma coisa não correu muito bem (o vocalista até se esqueceu de uma letra, o microfone teimou em não funcionar correctamente, …); resumindo, faltou muito “sal”. Penso, honestamente falando, que os Sonata Arctica deviam ter ficado para o segundo dia do festival ou então que lessem a minha crítica: um concerto de metal não é um concerto de baladas. Muito triste! já dos Lacuna Coil, mudo um pouco o tom. os já consagrados italianos (banda que eu segui atentamente até 2000 e poucos), vieram a Portugal para uma exibição muito “standard”. A maioria das músicas que compuseram a “setlist” eram recentes, o que para minha tristeza, tirou muito do bril-hantismo que poderiam ter alcançado. de resto esti-veram bem, principalmente o vocalista Andrea ferro, que parecia o único a tentar remar contra a maré da atitude “cumprir calendário”.
Começando o 2º dia pouco depois das 7h da manhã, com dores musculares espalhadas pelo corpo, fruto de uma noite muito mal dormida causada pelas más condições do acampamento, fui experimentar a opor-tunidade mais urbana do renovado recinto do voA, e volto a dizer que foi uma aposta ganha por parte da organização. Primeiro, porque todas as pessoas eram extremamente simpáticas, desde pessoal da organiza-ção, aos seguranças e habitantes locais. é sempre bom ser-se bem recebido seja onde for, o que nem todos sabem fazer. Segundo, pela vantagem de ter a opor-tunidade de (a troco de alguns euros, obviamente) se comer bem num festival. Pode considerar-se um luxo.
Aproveitando a boleia proporcionada pela organiza-ção, lá fui dar um saltinho à Praia da vagueira, o que se revelou uma excelente decisão, pessoal e “profis-
sional”. das coisas que mais me custam num festival, é a longa espera pelo início dos concertos do dia seguinte, o que neste caso não aconteceu. Por outro lado queria deixar uma nota de agradecimento ao MARE Restaurante & Gin Bar, da Praia da vagueira, pela simpatia e disponibilidade, “salvando-me a vida” ao permitir descarregar o cartão já cheio da minha máquina fotográfica. obrigado.
de volta a vagos, todos os parques sombreados e esplanadas encontravam-se cheias de metaleiros, consequência do calor verdadeiramente tórrido que se fazia sentir, mas que os comerciantes locais certa-mente agradeceram. Existia no ar uma certa desilusão, que não seria espectável. tirando um excelente con-certo vindo dum “outsider”, havia uma sensação de faltar alguma coisa, coisa essa que felizmente veio aparecer com o início dos concertos do segundo dia.os portugueses Web e tarantula ambos estiveram muito bem, com boa música e boa comunicação com o público. os Web claramente a justificarem a sua aguardada presença por parte de muitos fãs, com um “trash” que soava muito bem. já os tarantula apresen-taram-se com uma toada mais “heavy clássico”, muita interacção com o público e com uma mensagem de apelo à continuidade deste festival. Para além deste, faço o apelo para que se continue a apostar nas ban-das portuguesas. Pelo que se viu, é sempre uma aposta ganha.
dos Rotting Christ escrevo o mesmo parágrafo que escrevi em cima sobre os Moonsorrow. Não sou fã por isso evito dizer asneiras. Achei engraçado o esforço do vocalista grego a tentar falar português, embora só se percebesse os “1, 2, 3, 4” e o clássico “obrigado”. Mesmo os outros fãs mais conhecedores, não se mani-festaram muito agradados com a prestação.
rePortagem
A melhor parte vem agora. dos Iced Earth podia resumir-se tudo numa pala-vra: fantástico. foi verdadeiramente um excelente concerto em que tudo cor-reu excepcionalmente bem. o vocalis-ta tinha a voz no tom certo, seja a cantar rasgado ou com uns fantásticos falsetes. Souberam acelerar, souberam abrandar. uma excelente interacção com o público, com este a retribuir da mesma forma. A sensação de “faltar alguma coisa” já tinha desaparecido de vez. foi o melhor concerto desta edição.de seguida vieram os substitutos de Saxon, os Gamma Ray. Continuaram a boa toada deixada pelos Iced Earth, com um “power metal” muito bem-disposto e muito bem tocado, com o vocalista a revelar-se um verdadeiro “entertainer”, com uma excelente pre-sença em palco, e é sempre bom constatar que cinquentões conseguem tocar com uma velocidade e precisão estonteantes. A boa disposição con-tinuou com um solo fantástico por parte do guitarrista, sendo este introduzido por outro momento de boa disposição: um solo da música do Inspector Gadget. foi também reconfortante ter a possibi-lidade de ouvir um dos grandes clássi-cos do “power metal”: “I Want out” dos Helloween.A terminar o festival, vinham os cabeça de cartaz e muito aguardados testament.Este foi também um excelente concer-to. Muita energia e muito poder, a dis-
farçar uma voz um tanto débil de Chuck Billy, mas toda esta excelência foi um pouco defraudada com a saída pre-matura desta grandiosa banda, pois não se compreende que, uma banda que com todos os atributos reconheci-dos e já acima referidos, a terminar um festival não faça um encore, apesar da súplica do público (“We want more”, “testament”, etc.). deixo aqui uma jus-tificação do guitarrista dos testament poucas horas depois do encerramento do festival: “obrigado Porto! Such a nice show 2 end the week on & thx 4 serenade at end. u deserved more but flights in 4 hrs, must head to airport!”. Mesmo justificando, não é de todo a atitude mais correcta nem a mais con-vincente.
Concluindo, não foi um festival perfeito, muito por culpa da fraca prestação do primeiro dia, mas globalmente, posso dizer que foi um bom fim-de-semana, com excelente música e um ambiente dificilmente comparável. Certamente irá ser para repetir.Para terminar, agradeço ao vagos open Air a oportunidade ao conceder-me um Photo Pass, o que permitiu viven-ciar tudo isto que acabei de relatar. um agradecimento também à daniela Rodrigues da Radar Magazine, ao josé Eduardo vieira e à Sara Gabriela por me terem proporcionado o “hardware” necessário para a cobertura do evento.
o meu obrigado.
rePortagemrePortagem
desde que me lembro que o papel e a caneta fazem parte da minha vida. A sensação que um caderno novinho em folha me transmite é indescritível. Cada linha representa uma opor-tunidade pois nela posso escrever um peque-no trecho da minha história, do meu dia-a-dia. talvez para outros signifique simplesmente uma forma de se organizarem, o que não lhe retira
importância. Mas, citando a jovem Anne frank “Paper is more
patience than man” .
talvez muitos não entendam esta minha paixão pelo papel, mas sei que não estou sozinha pois existe alguém que me compreende melhor do que qualquer outra pessoa. Esse alguém é a Rita
Rodrigues, da Made In Paper.
74
Made in Paper
por daniela Salsa
Loja onLine
1. Em primeiro lugar, fale-nos um pouco de ti.Sou a Rita, sou alfacinha de gema e
de coração e sou designer. trabalhei
10 anos em Publicidade, até me deci-
dir a arriscar num projecto próprio:
tenho uma loja online, aberta 24
horas por dia, 365 dias por semana e
com clientes no mundo inteiro. Não
é fácil, mas é uma coisa que me
dá muito gozo...! felizmente, ainda
arranjei tempo para ter 2 filhos e
isso... Bem, isso é o melhor de tudo!
2. o que é a made in Paper e como surgiu este projecto?Mal comecei a usar a internet de
forma mais assídua, que me lembro
de fazer compras online... Comecei
a descobrir cedo as vantagens de
ir às compras desta forma e percebi
que era uma maneira simples de
começar um negócio meu, em que
poderia fazer algumas das coisas
que mais gosto: pesquisa do original
e diferente, produção de produ-
tos personalizados, contacto com
fornecedores, clientes em todo o
mundo e flexibilidade de horários
.
3. E já agora, porquê made in Paper?
tinha pensado em qualquer coisa
que tivesse a palavra Papel, mas já
está quase tudo usado e escolhido...
Por outro lado procurava alguma
notoriedade fora de Portugal e por
isso a escolha passou rapidamente
para Paper.... uma coisa levou à
outra e agora acho que não podia
ter outro nome.
4. numa era onde a tecnologia é parte integrante (e fundamental) no nosso quotidiano, considera que o papel foi deixado de parte?Não, mas também não sou ingénua
ao ponto de pensar que vamos ter
todos daqui a uns anos saudades
do papel no seu formato actual.
Sou fã de tecnologia e nada saudo-
sista a esse respeito, mas acho que o
papel tem neste momento um papel
(grande redundância) ainda mais
importante. Por outras palavras, hoje
em dia só se fazem em papel coi-
sas realmente importantes, no meu
caso concreto, álbuns de fotogra-
fias, embrulhos especiais, agendas
cuidadas, recados importantes... E é
aqui que entra a Made in Paper!
5. Trabalhou 7 anos numa multina-cional mas trocou esse emprego por
77
Loja onLine
um negócio diferente do habitual. Valeu a pena? o que a levou a tro-car esse emprego por um negócio próprio?Claro que valeu a pena, sem esquec-
er o que deixei para trás...! Aprendi
muito nesses 7 anos e nos outros sítios
onde trabalhei, e sem essa experiên-
cia, a Made in Paper nunca seria o
que é hoje. Só tenho de agradecer
a quem perdeu tempo a ensinar-me.
6. E o feedback, como tem sido?o feedback é bom, mas não me
cabe a mim dizer isso... o melhor é
ver na página do facebook o que
dizem das nossas encomendas... : )
7. Possui uma plataforma onde vende os seus produtos. no entanto, o face-book é uma mais valia na hora de publicitar os seus produtos?Sim, o facebook e as outras redes
sociais que uso para mostrar o trab-
alho da Made in Paper. uma coisa
não substitui a outra. A loja deve
estar montada numa plataforma
própria, com sistemas seguros de
pagamento e todas as informações
ao cliente, mas depois há a “mon-
tra”.... E a “montra”, como esta não
é uma loja de rua, tem várias faces,
e aí claro, o facebook tem sido a
mais importante.
8. Quais os produtos que vende que têm mais saída?Todos os da àrea do it yourself, com um distanciamento grande para o
fio de algodão português e a fita de
papel japonesa. Cada vez mais as
pessoas querem ser elas a fazer, seja
por uma questão de custos, ou por
gosto pessoal e hobbie.
9. Sendo o seu negócio online, como organiza os seus dias?depende muito do que tenho no
mail quando acordo e da quan-
tidade de encomendas que rece-
bi durante a noite (porque as que
chegam durante o dia vou gerindo
quase sempre em tempo real...). Mas
basicamente aproveito o início da
manhã no escritório para ficar a
par do que se passa no mundo e
nos blogs que leio. depois, durante
o dia, respondo aos mails, tiro dúvi-
das, recebo encomendas, tenho
reuniões com fornecedores e par-
ceiros (a maior parte via Skype) e
ao fim do dia entro em modo ‘mãe’.
Normalmente ainda volto ao tra-
Loja onLine
79
81
balho depois de deitar os miúdos.
Não tendo horário, e tendo a loja
aberta todo o dia e toda a noite, há
sempre um mail para responder e
uma encomenda para enviar, mas
isso é a melhor parte.
10. E planos para o futuro da made in Paper?Imensos, estou sempre a achar que
ainda podia/ devia fazer isto e aqui-
lo. Para este ano de 2013 o plano
era começar a dar formação nesta
área de shopping online, de forma a
ajudar a ‘nascer’ alguns pequenos
negócios online em Portugal. Isso já
está a acontecer, por isso já ando a
pensar no que mais virá para 2014.
11. um espaço físico, faz parte des-ses planos?Não, de todo. o único espaço físico
que senti necessidade de arranjar foi
um escritório, porque já não estava
a conseguir trabalhar em casa, por
uma questão de espaço de armaze-
namento e reuniões, mas a Made in
Paper não pretende, neste modelo,
ser uma loja física e desde o início
que está a ser pensada para ser
apenas uma loja online.
Loja onLine
12. Por último, uma mensagem que queira deixar aos nossos leitores.
Gosto sempre de dizer que é possível
sairmos de uma zona de conforto
de uma determinada Profissão (com
P grande) e fazermos outras coisas,
paralelamente ou não, que nos dêm
gozo e quem sabe até dinheiro. Não
é fácil, nada, mas se fosse fácil, era
para todos!
Loja onLine
82
ONDE ENCONTRAR
Site:
www.madeinpaper.com
Facebook:
www.facebook.com/madeinpaper
por Rui Veloso
tecnoLogia
85
microsoft Compra nokiaA Microsoft anunciou recentemente a
compra da Nokia. A absorção não foi
total, pelo que apenas foram adquiri-
dos os segmentos dos móveis, serviços
e algumas das patentes. o valor de
aquisição rondou os 5,5 mil milhões
de euros. Ao nível da marca, a Nokia
continuara a pertencer à mesma, e
a utilização da marca nos dispositivos
atuais manter-se-á, mas nos futuros a
Microsoft terá que lançar os equipa-
mentos com o seu nome próprio. Será
benéfica para as duas empresas estas
compra? Só o tempo dirá, mas a partir
do primeiro trimestre de 2014, altura em
que se deverá concretizar o negócio,
devido às aprovações legais necessári-
os, iremos ver o sucesso ou não deste
investimento.
uSB 3.1A uSB 3.0 Promoter Group anunciou recente-
mente as especificações do novo standard
uSB, o 3.1. Esta nova versão adiciona signifi-
cativas melhorias ao nível da velocidade de
transmissão de dados sendo que poderá atingir
os 10 Gbps, ou seja, o dobro da versão atual
o uSB 3.0. diversas empresas manifestaram já
o seu interesse na adoção imediata do novo
standard, sendo de destacar a HP e a texas
Instruments. Aponta-se que este novo standard
estará disponível para dispositivos apenas por
finais do ano de 2014.
tecnoLogia
iPhone5S e 5CA Apple apresentou recentemente os seus
novos produtos da game iPhone falamos do
5S e 5C. Relativamente ao 5S esta versão
está ainda mais fina que os antecessores,
mas as novidades não se ficam apenas
pela estética. é o primeiro smartphone do
mercado com 64 bits. ter um processador
da gama A7 que será duas vezes mais
rápido que o modelo anterior assim como
um processador M7 que será utilizado por
aplicações que envolvam movimento como
as de fitness ou da área da saúde. terá tam-
bém um sensor biométrico com uma grande
qualidade de captura pelo que segura-
mente não se irá ter que passar o dedo mais
que uma vez para que a leitura seja feita
com sucesso. Ao nível da camara ela terá
8 Megapixéis e estará equipada com cinco
lentes, sendo que o sensor da mesma terá
uma abertura maior permitindo uma maior
qualidade de imagem. A Apple apresen-
tou também o parente do 5S, o 5C onde
se destaca logo as cores que a marca dis-
ponibilizou para este modelo. um conjunto
de cores mais clássicas deu agora origem a
um conjunto de cores garridas, sendo que
este modelo será vendido em azul, bran-
co, rosa, verde e amarelo. Por sua vez o
processador será um A6 o que fará com
que tenha uma boa performance assim
como tempos bastante interessantes ao
nível da duração da bateria. Embora
tenham circulado algumas notícias afir-
mando que este seria um smartphone
low-cost o mesmo não é verdade uma
vez que os preços apetecíveis apenas se
verificam com a assinatura de contratos
com a operadora por uma prazo de dois
anos. Mas para todos os efeitos quem não
estiver disponível para dar à volta de 700
dólares pelo 5S poderá sempre optar por
comprar o 5C que terá um custo a rondar
os 500 dólares.
Acelerar a internetum dos fatores chave para termos
internet assenta no tCP. Basicamente
ele garante que os dados enviados
por um computador chegam ao seu
destino. Investigadores do MIt afirma
que que arranjaram um sistema que
permite duplicar a eficiência do tCP,
com um transporte de maior volume
de dados e com menos atrasos. Este
sistema foi denominado de RemyCC.
A principal diferença deste sistema
para os restantes é que este foi afi-
nado com recurso a um computa-
dor e não por uma equipa de pes-
soas, sendo que futuramente estes
sistemas definirão dinamicamente o
tCP em função das necessidades do
momento, por exemplo, uma video-
nokia Lumia 625A Nokia continua a lançar os seus modelos Lumia a um ritmo bastante alto e a prova
disso é o lançamento no mercado Português do novo Lumia 625. Somos presenteados
com um ecrã 4,7 polegadas e já conta com conectividade 4G. destaca-se também
a possibilidade de suporte a cartões de memória até 64Gb. o processador será um
dual-core a 1,2Ghz, sendo que a câmara contará com 5 Megapixéis e flash.
87
chamada dar prioridade a uma ligação sem
atrasos, e uma transferência de ficheiros dará
origem a uma velocidade mais elevada à
custa de uma maior latência.
por Patrícia silvériowww.pumps-fashion.com
rAdAr SPoTS
hAndS on EArTh
uMA EXPERIÊNCIA 100% NAtuRAL
radar SPotS
A Hands on Hearth é um projeto de
agricultura biológica que se destina à
produção de ervas aromáticas, flores
e frutos com cultivo ao ar livre.
A Radar viajou até à Encosta de São
Pedro de oliveira em Braga e visitou o
local de cultivo, sítio onde se confec-
cionam com amor todos os produtos
Hands on Earth.
A Hands on Earth é um projeto de
agricultura biológica com cultivo ao
ar livre que se dedica à produção de
ervas aromáticas biológicas sem a
utilização de qualquer fertilizante ou
pesticida químico. A marca também
prepara condimentos culinários, com
ou sem sal. Confeccionam compotas
artesanais com fruta selecionada da
época, com a particularidade espe-
cial de serem cozidas “ao sol”.
A partir do momento em que entrámos
no mundo saboroso da Hands on Earth,
ficámos fascinados por toda a envol-
vencia do seu mundo. Principalmente
pelo carinho e amor que as autoras
do projeto, Glória e dalva têm aos
seus produtos o amor e dedicação
89
radar SPotS
91
que prestam à marca todos os dias, em cada col-
heita.
A Radar viajou até a Encosta de S. Pedro de oliveira,
a poucos quilómetros da cidade de Braga. visitá-mos
o local de cultivo, o sítio onde se confecciona com
amor, cada produto antes de chegar até às pratelei-
ra das melhores casas de Gourmet. E quem sabe
até a nossa casa. Registá-mos todos os processos de
preparação dos produtos Hands on Earth e ficámos
incrivelmente fascinadas com o cheirinho da fruta
fresca e das ervas aromáticas acabadas de colher.
Curiosidades sobre a marca:
- A fruta é preparada e desidratada, 100% natural,
sem corantes nem conservantes, tendo como único
componente o sumo natural de limão.
- Cultivam ainda, flores comestíveis, misturam arroz
virgem biológico com produtos do campo.
- A tisana Biológica Amália, o abacaxi desidratado
e a compota de pêssego, foram os três produtos da
Hands on Earth, distinguidos individualmente com
uma estrela de ouro no concurso internacional “Great
taste Awards 2012, que decorreu no ano passado no
mês de agosto no Reino unido.
dica:- As rodelas de laranjas das imagens estão
desidratadas. um ótimo ingrediente para
para acompanhar a sua degustação é
aplicar chocolate quente sobre a laranja
desidratada!
Podem encontrar mais dicas e receitas do
site da Hands on Earth.
onde comprar?de Norte a Sul, a Hands on Earth está pre-
sente em vários pontos do país. Contudo
também pode comprar sem sair de casa.
Confira o site onde poderá comprar, con-
sultar notícias, curiosidades, receitas, dicas
e muito mais.
Site: www.handsonearth.com.pt
Facebook: www.facebook.com/handsonearth.com.
pt
radar SPotS
93
ÀCabeceira
LiteratUra
IMAGEM IKEA
94
o homEm dE ConSTAnTinoPLAJoSÉ rodriGuES doS SAnToS
o Império otomano desmorona-se e a minoria arménia é perseguida. Apanhada na voragem dos acontec-imentos, a família Sarkisian refugia-se em Constantinopla. Apesar da tragé-dia que o rodeia, o pequeno Kaloust deixa-se encantar pela grande capital imperial e é ao atravessar o Bósforo que pela primeira vez for-mula a pergunta que havia de o perseguir a vida inteira: “o que é a beleza?” Cruzou-se com a mesma interrogação no rosto níveo da tímida Nunuphar, nos traços coloridos e vig-orosos das telas de Rembrandt e na arquitectura complexa do traiçoeiro mundo dos negócios, arrastando-o para uma busca que fez dele o maior coleccionador de arte do seu tempo. Mas Kaloust foi mais longe do que isso.
noVíSSimAS CróniCAS dA BoCA do inFErnoriCArdo ArAúJo PErEirA
é habitual um autor best-seller ganhar prémios de literatura? Pois... não é. Mas Ricardo Araújo Pereira é único.o único autor que faz rir Portugal inteiro e que transformou o humor inteligente num esmagador fenóme-no de popularidade. o único humoris-ta que é em simultâneo um grande escritor, e cujas qualidades literárias são inquestionáveis e reconhecidas por todos.depois de receber em 2012 o Grande Prémio APE de Crónica, RAP está de volta com mais um volume das suas crónicas da Boca do Inferno.
sinoPses
wook.pt
Como um TroVãodrAmA - Já noS CinEmAS
Luke ganha a vida a realizar perfor-mances de motas em feiras popu-lares, de cidade em cidade. Ao passar por Schenectady em New York, Luke tenta reaproximar-se da ex-namorada, Romina, e descobre que na sua ausência de quase um ano, ela teve um filho seu, jason. Luke resolve desistir da sua vida na estrada para sustentar a família, conseguindo um emprego como mecânico de automóveis. Ao perceber o talento e ambição de Luke, o seu novo chefe, Robin, propõe-lhe sociedade numa série de assaltos a bancos, que vai colo-car Luke na mira do novato e ambi-cioso policia Avery Cross. Avery, que trabalha num departamento local da polícia, controlado pelo cor-rupto detetive deluca, está a tentar encontrar um equilíbrio entre a sua vida profissional e a vida familiar, que inclui a sua mulher jennifer e o filho Aj. o confronto entre Avery e Luke vai trazer consequências para o futuro e são os filhos de ambos que terão de enfrentar este fatídico legado.
diAnABioGrAFiA - 26 SETEmBro
diana é um retrato emocio-nante de diana, Princesa de Gales, durante os dois últimos anos da sua vida.Interpretado por Naomi Watts e realizado por oliver Hirschbiegel, o filme é uma história de amor que relata a forma como o encontro da ver-dadeira felicidade pessoal per-mitiu a diana alcançar os seus marcantes sucessos, enquanto embaixadora de grandes cam-panhas humanitárias.
cinema
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iSTo É o FimComÉdiA - 3 ouTuBro
A história de seis amigos que ficaram presos numa casa na sequência de uma série de catastróficos e estranhos acon-tecimentos que devastaram Los Angeles. um mundo caótico no exterior, as provisões a acaba-rem e a claustrofobia ameaçam as amizades dentro da casa. Eles acabarão por ser forçados a sair da casa, a enfrentar o seu destino e a compreender o ver-dadeiro significado de amizade e redenção.
JoGo dE riSCodrAmA - 3 ouTuBro
Richie furst é um estudante da universidade de Princeton que financia as suas propinas com os ganhos que obtém a jogar poquer na internet. Percebendo que foi vigarizado, viaja até à Costa Rica para confrontar aquele que julga ser responsável pelo sucedido, Ivan Block. Ivan vê em Richie uma alma gémea e consegue aliciar o jovem a entrar na sua operação. Sem a noção do nível de ilegalidades que está a cometer, Richie vê-se entre a espada e a parede, mas pode ser tarde demais.
hAnnAh ArEndTBioGrAFiA - 3 ouTuBro
Após assistir ao julgamento do nazi Adolf Eichmann, a filósofa política Hannah Arendt atreve-se a escrever sobre o Holocausto em termos inauditos. o seu tra-balho provoca imediatamente escândalo, mas Arendt man-tém-se firme ao ser atacada tanto por inimigos, quanto por amigos.
cinema
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inSEnSíVEiSTError
Em vésperas da guerra civil espanhola, um grupo de cri-anças insensíveis à dor é inter-nada num hospital no coração dos Pirenéus. Nos dias de hoje, david Martel, neurocirurgião, tem de encontrar os seus pais biológicos para se submeter a um transplante indispensável à sua sobrevivência. Nesta pro-cura vital, vai reanimar os fan-tasmas da sua infância e con-frontar-se com o funesto destino das crianças insensíveis.
Wook.pt
Mercado 560
“Sabemos que muitos portugue-ses continuam a preferir marcas estrangeiras. Mas sabemos tam-bém que há quem queira apoiar e comprar produtos nacionais mas que, muitas vezes, desconhece a sua existência ou não sabe onde os encontrar.Assistimos ao aparecimento de várias pequenas marcas de roupa, editoras musicais e outros projetos que por vários motivos acabam por cair no esquecimento. os pro-jetos nacionais que vão surgindo pecam por falta de visibilidade, promovem-se de boca em boca e muitas vezes ficam aquém do seu potencial.foi por sabermos tudo isto, e por acreditarmos que juntos chegamos mais longe, que nasceu o Mercado 560 - uma loja online que promove um estilo de vida urbano alterna-tivo, que divulga a criação nacio-nal e que, para além de apresentar e apoiar novas marcas, pretende aproximar outras, já estabelecidas no mercado, do seu público-alvo.560 é o inicio do código de barras atribuído aos produtos fabricados em Portugal. o Mercado 560 é uma montra destes produtos, pensados e criados em português.”
SiTE: www. mercado560.com
SUgeStÕeS
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TUrBo LeNTo // LINDA MARTINI
o novo álbum da banda portuguesa, “turbo Lento”, é o primeiro a ser lançado com o selo da universal Music Portugal. Gravado nos estúdios valentim de Carvalho, o sucessor de “Casa ocupada”, de 2010, é editado no ano em que a banda de Lisboa completa 10 anos de carreira. “Ratos” é o single de avanço deste novo trabalho.
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tMN Ao vIvo, LISBoA
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CASA dA MúSICA, PoRto
5. SEu JorGE12 dE outuBRo dE 2013, 22:00
PAvILHão MuLtIuSoS, GuIMARãES
6. God iS An ASTronAuT10 dE outuBRo dE 2013, 21:00
HARd CLuB, PoRto
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EdiTorS15 dE outuBRo dE 2013 – 21:00
(tERçA)
CoLISEu, PoRto
BuddA PowEr BLuES18 dE outuBRo dE 2013 – 21:30
(SEXtA)
tHEAtRo CIRCo, BRAGA
BirdS ArE indiE25 dE outuBRo dE 2013 – 23:00
(SEXtA)
CINE-tEAtRo, EStARREjA
E AINdA...