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ESCOBAR, Carlos Henrique Ramom, o filoteto americano Drama histórico/1 ato/36 cenas/25 personagens/19 masc. 6 fem./Coro de soldados e mineiros/Soldados, mestiços e velhas/Sec. XVIII/América Latina SINOPSE A ação de Ramom, o filoteto americano, se desenvolve no Alto Peru, sob a dominação espanhola, antes da fundação da Bolívia. Ramom Ianaiá, mestiço, filho de mãe espanhola e pai da tribo aimará, que outrora lutara no lado dos espanhóis destruindo centenas de tribos indígenas, no início da peça se encontra escondido no fundo de uma mina, de onde se recusa a sair, pois agora se dedica a tecer um grande tapete, símbolo da sua libertação e a de seu povo. O Vice-Rei do Alto Peru recebe uma carta do Rei de Espanha, onde ele se revela preocupado com os destinos da América, pois grandes porções de terra foram roubadas por aventureiros estrangeiros e um tal de Bolívar procurava armar um golpe para retirar dos espanhóis o poder sobre a colônia. O Vice-Rei e o General resolvem trazer de volta Ramom Ianaiá. Somente com ele à frente das tropas espanholas será possível vencer os revoltosos. A partir daí, tentam, de várias formas, retirá-lo da mina sem sucesso, pois, além de não mais combater contra seu povo, Ramom está no estágio terminal da sua doença, a lepra. O capitão Hernandez, que lutara ao lado de Ramom, desce à mina e, apesar dos esforços, não consegue persuadí-lo. Ao mesmo tempo uma representação comandada por um Anão se desenvolve na porta da mina, promovendo a imagem de Ramom e os ideais libertários. Desesperados, O Vice-Rei e o General resolvem enviar ao fundo da mina, a Noiva, única mulher branca que se deitara com Ramom. Chegando lá, a Noiva tenta convencê-lo a sair, pois do contrário, todos morrerão, brancos, índios e mestiços. Ramom se recusa, mas deixa que ela adormeça na mina. Ramom se distrai e ela consegue roubar o par de lanças com o qual Ramom lutara e agora tece seu tapete. Novas lanças são prontamente fundidas pelos mineiros mestiços e índios. O capitão Hernandez tenta usar as lanças de Ramom, que são consideradas mágicas, mas não consegue, pois lhe parecem muito

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ESCOBAR, Carlos Henrique

Ramom, o filoteto americano

Drama histórico/1 ato/36 cenas/25 personagens/19 masc. 6 fem./Coro de soldados e mineiros/Soldados, mestiços e velhas/Sec. XVIII/América Latina

SINOPSE

A ação de Ramom, o filoteto americano, se desenvolve no Alto Peru, sob a dominação espanhola, antes da fundação da Bolívia.

Ramom Ianaiá, mestiço, filho de mãe espanhola e pai da tribo aimará, que outrora lutara no lado dos espanhóis destruindo centenas de tribos indígenas, no início da peça se encontra escondido no fundo de uma mina, de onde se recusa a sair, pois agora se dedica a tecer um grande tapete, símbolo da sua libertação e a de seu povo.

O Vice-Rei do Alto Peru recebe uma carta do Rei de Espanha, onde ele se revela preocupado com os destinos da América, pois grandes porções de terra foram roubadas por aventureiros estrangeiros e um tal de Bolívar procurava armar um golpe para retirar dos espanhóis o poder sobre a colônia. O Vice-Rei e o General resolvem trazer de volta Ramom Ianaiá. Somente com ele à frente das tropas espanholas será possível vencer os revoltosos. A partir daí, tentam, de várias formas, retirá-lo da mina sem sucesso, pois, além de não mais combater contra seu povo, Ramom está no estágio terminal da sua doença, a lepra.

O capitão Hernandez, que lutara ao lado de Ramom, desce à mina e, apesar dos esforços, não consegue persuadí-lo. Ao mesmo tempo uma representação comandada por um Anão se desenvolve na porta da mina, promovendo a imagem de Ramom e os ideais libertários.

Desesperados, O Vice-Rei e o General resolvem enviar ao fundo da mina, a Noiva, única mulher branca que se deitara com Ramom. Chegando lá, a Noiva tenta convencê-lo a sair, pois do contrário, todos morrerão, brancos, índios e mestiços. Ramom se recusa, mas deixa que ela adormeça na mina. Ramom se distrai e ela consegue roubar o par de lanças com o qual Ramom lutara e agora tece seu tapete. Novas lanças são prontamente fundidas pelos mineiros mestiços e índios.

O capitão Hernandez tenta usar as lanças de Ramom, que são consideradas mágicas, mas não consegue, pois lhe parecem muito pesadas. Diz que não são as verdadeiras lanças e a Noiva é acusada de traição.

Na mina, Ramom recebe as notícias das mortes do seu amigo Velho Índio, que lhe fornecia os fios, da Noiva, e do seu meio-irmão, um menino de doze anos, todos eles executados pelos espanhóis. Seus corpos lhe são mostrados pelos mineiros, e Ramom, tomado pelo ódio resolve lutar ao lado dos índios e mestiços contra os espanhóis. É carregado pelos mineiros e comanda a

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batalha final que se segue, da qual, históricamente, sabemos quem sairá vencedor.