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Ideia de Comunismo III – Jacques Rancière “No princípio é a igualdade...” Germano Nogueira Prado (CEII) 0. Jacques Rancière e a conferência “Comunistas sem comunismo?” 1. Um fato a ter em conta: as múltilplas conotações de “comunismo” 1.1. Famosos movimentos do passado – nome a recuperar 1.2. Infames poderes estatais do passado – nome amaldiçoado 1.3. Nome do partido que presentemente comanda: a) a nação mais populosa b) um dos mais prósperos países capitalistas. 1.3.1. Comunismo, capitalismo, dominação estatal absoluta 2. “A hipótese comunista é a hipótese da emancipação.” (Alain Badiou) 2.1. Práticas de emancipação e sua forma de universalidade (o comunismo) 2.2. A sociedade pedagogizada e o princípio da desigualdade 2.2.1. O Velho e o Moço 2.3. Jacotot e o princípio da igualdade (das inteligências) 2.3.1. A igualdade é um ponto de partida, uma opinião, uma pressuposição 2.3.2. Como tal, ela abre o campo de uma possível verificação 2.3.3. A inteligência não é dividida, mas una, isto é, de qualquer um. 2.4. Emancipação, primeira definição: “[é] a apropriação dessa inteligência que é una, e a verificação do potencial da igualdade da inteligência” (p. 168) 3. A distribuição social dos lugares 3.1. Platão e a lógica da distribuição de lugares na comunidades a) o trabalho não espera; b) o deus deu uma atividade específica a cada um. 3.2. A emancipação e a quebra da distribuição (social) de lugares a) o trabalho pode esperar; b) não há atividade específica. 3.3. Emancipação, segunda definição: “o comunismo da inteligência, decretado na demonstração da capacidade do “incapaz”: a capacidade do ignorante de aprender por si mesmo, diz Jacotot.” (p. 168) 4. Emancipação e coletividade (1): o problema 4.1. A tese do comunismo da inteligência e a coletivização desta 4.2. Para além da dictomia espontaneidade X organização: disciplina da emancipação 5. Emancipação e coletividade (2): as “soluções” 5.1. Cabet e o fracasso da privatização da capacidade comunista 5.2. Marx, o Partido e a espera (de um milagre) da história 5.2.1. A forma da universalidade já presente: é preciso “apenas” reapropriá-la 5.2.2. As duas premissas que sustentam o “apenas”: a) a dinâmica intrínseca às forças produtivas (“os capitalistas são seus próprios coveiros”) ; b) o despedaçamento dos laços sociais (“tudo que é sólido se desmancha no ar”) 5.3. Cabet, Marx: no fundo, Platão – trabalhadores X comunistas 1

Ranciére - Comunistas sem comunismo? (Hand-out Do Curso Sobre Rancière)

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Ranciére - Comunistas sem comunismo? (Hand-out Do Curso Sobre Rancière)

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Ideia de Comunismo III – Jacques Rancière “No princípio é a igualdade...”

Germano Nogueira Prado (CEII)

0. Jacques Rancière e a conferência “Comunistas sem comunismo?”

1. Um fato a ter em conta: as múltilplas conotações de “comunismo”

1.1. Famosos movimentos do passado – nome a recuperar1.2. Infames poderes estatais do passado – nome amaldiçoado 1.3. Nome do partido que presentemente comanda: a) a nação mais populosa b) um dos mais

prósperos países capitalistas.1.3.1. Comunismo, capitalismo, dominação estatal absoluta

2. “A hipótese comunista é a hipótese da emancipação.” (Alain Badiou)

2.1. Práticas de emancipação e sua forma de universalidade (o comunismo)2.2. A sociedade pedagogizada e o princípio da desigualdade

2.2.1. O Velho e o Moço2.3. Jacotot e o princípio da igualdade (das inteligências)

2.3.1. A igualdade é um ponto de partida, uma opinião, uma pressuposição2.3.2. Como tal, ela abre o campo de uma possível verificação2.3.3. A inteligência não é dividida, mas una, isto é, de qualquer um.

2.4. Emancipação, primeira definição: “[é] a apropriação dessa inteligência que é una, e averificação do potencial da igualdade da inteligência” (p. 168)

3. A distribuição social dos lugares

3.1. Platão e a lógica da distribuição de lugares na comunidadesa) o trabalho não espera;b) o deus deu uma atividade específica a cada um.

3.2. A emancipação e a quebra da distribuição (social) de lugaresa) o trabalho pode esperar;b) não há atividade específica.

3.3. Emancipação, segunda definição: “o comunismo da inteligência, decretado na demonstraçãoda capacidade do “incapaz”: a capacidade do ignorante de aprender por si mesmo, diz Jacotot.” (p. 168)

4. Emancipação e coletividade (1): o problema

4.1. A tese do comunismo da inteligência e a coletivização desta4.2. Para além da dictomia espontaneidade X organização: disciplina da emancipação

5. Emancipação e coletividade (2): as “soluções”

5.1. Cabet e o fracasso da privatização da capacidade comunista5.2. Marx, o Partido e a espera (de um milagre) da história

5.2.1. A forma da universalidade já presente: é preciso “apenas” reapropriá-la5.2.2. As duas premissas que sustentam o “apenas”: a) a dinâmica intrínseca às forças

produtivas (“os capitalistas são seus próprios coveiros”) ; b) o despedaçamento dos laços sociais (“tudoque é sólido se desmancha no ar”) 5.3. Cabet, Marx: no fundo, Platão – trabalhadores X comunistas

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6. Emancipação e coletividade (3): desencontros entre emancipação e comunismo

6.1. A potência da inteligência e a dupla impotência pressuposta no comunismo de Marx:a) o ser forçado do proletário pela históriab) a ilusão ideológica do proletário (a demanda da vanguarda)c) o princípio da desigualdade

6.2. Comunismo como coletivização do poder de qualquer um X movimento comunista6.3. Comunistas de ouro:

a) O anarquista indiviualista ansiosob) O sábio militante

6.3.' Os trabalhadores de ferro:a)' o egosísta voltado para o interesse econômico imediatob)' o especialista na insubstituível experiência no chão da fábrica

6.4. Hipótese da confiança x cultura da suspeita

7 A temporalidade da emancipação

7.1. Pontos evanescentes, momentum e a reconfiguração do possível e do horizonte do comum7.2. Os bloqueios ao problema da temporalidade da emancipação

7.2.1. O comunismo como necessidade históricaa) Comunismo como consequência do capitalismo em Marx: a) a dinâmica

intrínseca às forças produtivas (“os capitalistas são seus próprios coveiros”) ; b) o despedaçamento doslaços sociais (“tudo que é sólido se desmancha no ar”).

b) Comunismo e trabalho imaterial: entre o comunismo do Capital e o damultidão (Negri)

7.2.2. O comunismo como “passo de volta”a) “Último homem” e pequena-burguesia planetáriab) Democracia como forma de vida no capitalismo: consumismo, “capital-

parlamentarismo” (Badiou)7.3. A temporalidade própria à emancipação

a) Ausência de necessidade histórica: por outras formas de análise e de mapeamento dopossível b) Heterogeneidade (extemporaneidade) com relação ao tempo da dominação

8. Democracia e comunismo

8.1. Os múltilplos sentidos de democraciaa) Organização estatal da dominação burguesab) Mundo da vida enquadrado pela mercadoriac) “(...) espaço do comum criado pela livre associação de homens e mulheres que

implementam o princípio igualitário” (p. 176)8.2. Os múltilplos sentidos de comunismo

a) conjunção entre fé na necessidade histórica e cultura da suspeita, “comunismo comoapropriação das forças produtivas pelo poder estatal e sua gestão por uma elite 'comunista' ”(p. 176)

b) “(...) espaço do comum criado pela livre associação de homens e mulheres queimplementam o princípio igualitário” (p. 176)

8.3. Que nome – comunismo ou democracia? Porque comunismo:a) ênfase no princípio da unidade e igualdade da inteligênciab) ênfase no aspecto afirmativo do processo de coletivização desse princípio; c) ênfase na capacidade de auto-superação do processo, seu caráter ilimitado, que implica

na sua habilidade de inventar futuros que não são imagináveis ainda.

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