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FCM/UNL Medicina I (Prof Maria Joo Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco)
Raquialgias
Paula Arajo
Raquialgias- Definio -
Dores localizadas ao raquis cervical, dorsal ou lombar com ou sem irradiao aos membros.
Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Raquialgias- Epidemiologia 1 Queixa mais comum na espcie humana Um dos mais frequentes motivos de consulta mdica, pedidos de exames complementares e tratamentos Importante factor de absentismo prolongado e de incapacidade permanente (1% da populao nos EUA)
Uma das patologias mais dispendiosas para os sistemas de sade e de segurana socialReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Raquialgias- Epidemiologia 2 ~ 100% da populao em geral sofrer alguma vez na vida de uma raquialgia Por ano, 15 a 20% da populao em geral ter uma lombalgia Nas lombalgias, 95% dos episdios resolver no final de 6 semanas caindo por isso na classificao das lombalgias agudas comuns sem causa facilmente detectvelReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Raquialgias- Sinais de Alerta/ Etiologias Perante uma raquialgia qual a atitude? 1 Tentar identificar sinais de alerta
Vermelhos para cancro ou infecesAmarelos para cronicidade e incapacidade
2 Descortinar a causa Mecnica, inflamatria, metablica, neoplsica, infecciosa, extra-vertebralReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Raquialgias- Sinais de Alerta Sinais de Alerta vermelhos = factores de risco fsico
Interveno Mdica
Sinais de Alerta amarelos = factores de risco psicolgico para
dor crnica, baixa produtividadeAbordagem comportamental e cognitivaReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Alertas vermelhos na histria clnicaIdade < 18 anosEspondilolise, Discite Espondilolistese,Tumor
Idade > 50 anosTrauma, uso crnico de esterides Histria de neoplasia Febre, Suores, Perda de peso Uso de drogas e.v., Imunossupresso Resistncia tratamento conservador Aumento intensidade da dor Dor nocturna Incontinncia, Anestesia em sela do perneo, Dficit neurolgico bilateral ou unilateral Sncopes/ Hipotenso(4 semanas)
Neoplasias, Fracturas, Aneurisma articoFractura Neoplasia (metstases) Neoplasia, Infeco Infeco Neoplasia, Infeco Neoplasia, Infeco, EA Sndroma da Cauda Equina Aneurisma articoReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Alertas amarelos na histria clnica (1) > 3 sinais de Waddell (dor palpao superficial,reaces exageradas, observao no coerente com as queixas)
Depresso Alcoolismo
Insatisfao no trabalho Famlias hiperprotectoras ou falta de apoio familiar Factores de risco psicolgico:- Crena de que a dor ela prpria lesiva- Comportamentos de evico por medo a baixos nveis de actividade - Esperana de que tratamentos que no impliquem a participao do prprio sejam mais eficazes que os activos/ participativosReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Alertas amarelos na histria clnica (2)Perguntas teis na deteco de pessoas em risco de cronicidade duma lombalgia J esteve de baixa por dores na coluna?
Percebe qual a causa da sua dor?O que que pensa/ espera que o v ajudar a melhorar? Como que o seu chefe/ patro est a encarar as suas queixas? E os seus colegas? E a sua famlia? O que que faz para melhorar a sua dor? Pensa voltar a trabalhar? E quando?Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Fluxograma diagnstico das Raquialgiasnicio clnico Apresentao clnica Sinais de Alerta vermelhos? No Aconselhar do doente a manter-se activo Sim Investigar e referenciar ao especialista
1 a 4 semanas depois
Educar e reassegurar a benignidade clnica Fazer um plano teraputico Pesquisar presena de alertas amarelos Melhoria dos sintomas No Sim
4 a 8 semanas depois
Reavaliar a presena de Sinais de Alerta vermelhos ou amarelos? SimInvestigar e referenciar ao especialistaReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Lombalgias
Lombalgias Agudas: < 6 semanas de evoluo Lombalgias Crnicas: > 6 semanas de durao (associado aos alertas Amarelos Barreiras psicolgicas recuperao)
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Lombalgias- Causas -
1- Lombalgia Mecnica2- Lombalgia Inflamatria 3- Lombalgia Neoplsica
4- Lombalgia Metablica5- Lombalgia Infecciosa 6- Lombalgia Extra-vertebral(dor referida de orgo)
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1- Lombalgia Mecnica- Definio Relacionadas com a actividade e esforos fsicos Melhoria com o repouso Sem compromisso do estado geral de sade orgnica
- Epidemiologia 90% das lombalgias so de causa mecnica
- Causas a) Doena articular degenerativa(Discartrose, Artrose IAP) Lombalgia comum
b) Estenose do canal lombar c) Espondilolistese d) Sndromes Miofasciais e) Sndroma de Baastrup f) Malformaes da charneira lombo-sagrada
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a) Doena articular degenerativa- Artrose articulaes interapofisrias posteriores
Clnica: Lombalgia localizada s IAP ou + abaixo agravada pela hiperextenso do tronco ou inclinao lateralExame objectivo: Obesidade, hiperlordose Palpao dolorosa paravertebral Mobilizao dolorosa da ap. espinhosa Pinc-roul positivaReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Doena articular degenerativa- Alteraes degenerativas discais 1 fase degenerescncia discalFisiopatologia: fissura das fibras mais internas do anel fibroso Clnica: - Lumbago (lombalgia aguda- zona da charneira lombo-sagrada) - Postura antlgica (flexo anterior tronco, extenso impossvel) - Rigidez - Limitao da mobilidade/ dificuldade na marcha
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a) Doena articular degenerativa- Alteraes degenerativas discais 2 fase degenerescncia discalFisiopatologia: Hrnia discal (fissura completa do anel fibroso,migrao do ncleo pulposo para trs) Ciatalgia- 2rio compresso radicular L5 ou S1 Cruralgia- 2rio compresso radicular L2, L3 ou L4 (12 Kg) com flexo anterior e rotao do tronco (construo civil, utilizadores de martelos, serradores, lenhadores, domsticas, estivadores, enfermeiros) b) Exposio a vibraes na actividade profissional (motoristas de pesados)2- Sedentarismo 3- Tabagismo 4- Baixo nvel socio-econmico
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a) Doena articular degenerativa- Alteraes degenerativas discais 3 fase degenerescncia discal
Clnica:- Lombalgia de incio insidioso, tipo moinha - Crnica, entrecortada por agudizaes - Ritmo mecnico - Sem limitao da mobilidade
Fisiopatologia: procidncia discal difusa por discartrose Radiologia:- Diminuio da entrelinha articular - Esclerose do osso subcondral - Osteofitose marginalReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Doena articular degenerativa- Origem da lombalgia comum 1- Alteraes estruturas vertebrais e paravertebrais(Compresso do ligamento vertebral comum posterior/ Leses ligamentares, sinovite das IAP, espasmos reflexo, fracturas traumticas)
2- Compresso directa ou irritao dos nervos raquidianos (1%) ou seus ramos(Sndromes de Compresso Radicular: Leso radicular, mieloptica ou sndroma da cauda equina)Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Lombalgia Mecnica
- Tratamento da lombalgia mecnica comum 1- Desdramatizar a situao/ reassegurar a sua benignidade 2- Repouso de curta durao, 2 dias, se necessrio 3- Analgsicos e/ou AINEs 4- Relaxantes musculares 5- Antidepressivos, Neurolpticos 6- Infiltraes (Esterides) 7- Colete 8- Rpido regresso actividade/ trabalho (com modificaes se necessrio) 9- Promoo do exerccio fsico/ MFR 10- Aconselhar a perda de peso, se adequado 11- Abordagem comportamental e cognitiva se sinais amarelosRepouso prolongado e os opiides esto contra-indicados.Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Analgsicos- Paracetamol Dose: 1000 mg cada 4 horas (mximo 4000 mg em 24 h) Vantagens: ausncia de tolerncia/ no causa dependncia no causa leses gastro-intestinais/ rara alergia Importante: Vigilncia heptica
- Tramadol Vantagens: No causa tolerncia/ baixo incidncia de dependncia Dose: 50 a 100 mg 4/4 ou 6/6 h Efeitos 2rios: tonturas, nuseas e vmitos
Nota: A associao AINEs + paracetamol mais eficaz
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AINEs
O tipo e a dose de AINE depende:- diagnstico do doente - intensidade da dor - factores de risco individuais - experincia passada do doente c/ AINES
Situaes clnicas que requerem cuidados especiais:- Patologia tiroideia, Diabetes - Patologia cardaca / HTA - Alergia aspirina ou outros AINEs - Gravidez, amamentao - Consumo > 3 bebidas alcolicas /dia - Cirurgia
Tipo de AINEs: AINEs clssicos (Ibuprofeno, Naproxeno): efeito 2rio GI efeito antiagregante efeito de antihipertensores e diurticos Inibidores selectivos COX 2: menos efeitos 2rios GI no interfere com a coagulao risco cardiovascular (AVC,EAM)
O uso contnuo do AINE mais eficaz do que o seu uso SOS.Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Relaxantes musculares
Mecanismo de aco: efeito central (SNC) sedativo Indicao: raquialgias com contracturas musculares
Cyclobenzaprina (Flexiban).Tempo de prescrio: prolongada
Dose mxima recomendada: 10 mg 6/6 h (espasmos) 10 mg ao deitar (alteraes do sono) Evitar: patologia prosttica (risco de reteno urinria)
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Antidepressivos
Mecanismo de aco no alvio da dor desconhecido Lombalgias crnicas causam depresso. Devem-se tratar simultaneamente. Tipos de antidepressivos: Amitriptilina (ex. Tryptizol, ADT) Dose: 10 a 25 mg Tempo de administrao: prolongado Vantagens: no causa dependncia, nem altera ciclos de sono Efeitos 2rios: sonolncia matinal, resolve com a toma Fluoxetina (inibidor selectivo da recaptao da serotonina) (ex.Zoloft , Prozac )Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Neurolpticos
Dor neuroptica Gabapentina (ex. Neurontin): Dose recomendada: 300 - 400mg 3x / dia Seguro (bem tolerado, no causa dependncia) Efeitos 2rios: fadiga, tonturas, ou naseas
Infiltraes- Epidural
Indicao: casos muito dolorosos e c/ falncia tratamento conservador(ex. estenose canal lombar, hrnia discal, discartrose)
Tcnica: injeco de esteroides em torno da dura(saco em torno das razes nervosas que contem lquido cefaloraquidiano)
limite de 3 injeces /ano
Contraindicaes: Neoplasias, Infeces
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Colete
Indicaes:- Fracturas - Fuses vertebrais lombares ps-operatrias - Trabalhadores que levantam cargas pesadas (>12 Kg)
Objectivo: acelera a cura e alivia a lombalgia Existem 2 tipos de coletes: - Coletes rgidos - Coletes elsticosReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
MFR/ Exerccio
Indicao: Lombalgia > 2 a 6 semanas ou recorrentes Objectivo: Efeito antlgico, melhoria da funo, preveno das crises
Tipos de modalidades: 1 Modalidades Passivas
Alternncia frio/ calor TENS (estimulao elctrica transcutnea) Iontoforese Ultrasons
2 Modalidades Activas (individualizado) (Hamstring)Lombalgias 2rias retraces musculares da face posterior coxa e limitao mobilidade da pelvis
- Exerccios de estiramento dos msculos coluna e face posterior da coxa
- Exerccios para tonificar os msculos para-vertebrais (15- 20 dias alternados) (McKenzie)Hrnia discal/ discartrose
- Exerccios aerbicos de baixo impacto(40 3x semana) (Andar, bicicleta, natao ou hidroginstica)
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Resumo das abordagens teraputicas/ Evidncia clnicaEvidncia clnica de melhoriaSem evidncia clnica de melhoria
Manter-se activo Paracetamol e AINES Manipulao (4-6 semanas)TENS Traco, exerccios especficos para a coluna Massagem, Acumpuntura Cirurgia (excepto se descompresso do disco) Narcticos, diazepan Repouso >2 dias Manipulao sob anestesia geral Infiltraes epidurais Coletes Agentes fsicos (calor, frio, ultrasons)Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Evidncia de agravamento clnico Evidncia insuficiente
b) Estenose do Canal Lombar Central
Causas:- Congnitas (idioptica, acondroplasia) - Adquiridas (Espondilartrose, hrnia discal, iatrognica, - Mistaps-traumtica, espondilolistese, Paget, tumor) (combino das anteriores)
Clnica:- Lombalgia crnica - Claudicao intermitente neurognica dos MI - Radiculalgia (por vezes bilateral ou basculante,consoante as razes afectadas)
- Sndrome da cauda equina: Radiculalgias mltiplas Hipostesia/anestesia em sela Diminuioda fora dos MI Incontinncia dos esfncteres Impotncia sexualReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
c) EspondilolisteseEspondilolistese(deslizamento de uma vrtebra sobre a outra)
2ariamente
Discartrose, artrose das IAP, radiculalgia, estenose do canal lombarCausas: 1- Lise stmica Vrtebra fica dividida entre segmento anterior(corpo, pedculos, ap. transversas e sup. art. inferiores)
e um segmento posterior(ap. espinhosas, lminas e sup. art. superiores)
2- Artroses das IAP
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d) Sndroma de BaastrupHiperlordoses acentuadas Atrito das apfises espinhosas contguas Lombalgia expontnea e presso ap. espinhosas
e) Malformaes da charneira lombo-sagrada
Marformaes da charneira (vrtebras de transio): lombarizao de S1 sacralizao de L5 Mega-apfises transversas de L5
f) Distrbio inter-vertebral minor (DIM)Hrnias, artroses IAP Irritao do ramo posterior n. raquidiano DIM
Clnica: Dor, alt. sensibilidade cutnea (celulalgia) Cordes milgicos
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2- Lombalgia Inflamatria- Definio Alvio com a actividade, agravamento com o repouso Rigidez matinal prolongada Melhoria significativa com os AINEs Jovens (18 - 40 anos) O grupo das espondilartropatias sero-negativas so a principal causa de lombalgia inflamatriaEspondilite Anquilosante
E. Anquilosante Juvenil
Artrite Psorisica
SacroleiteDoena Inflamatria Intestinal
Artrite Reactiva S. Reiter
ESPONDILARTROPATIAS
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a) Espondilite Anquilosante
Clnica: - Dorso-lombalgia e/ou dor glteaRitmo inflamatrio > 3 meses
- Ciatalgia basculante atpica(nunca abaixo do joelho e sem trajecto radicular definido)
- Sintomas acompanhantes: Rigidez matinal > 30, Artrite perifrica, olho vermelho, talalgia
Exame Objectivo:- Limitao mobilidade c. lombar (teste de Schber) e cervical - Limitao da expanso torcica - Artrite assimrica - Tendinite Aquiliana, - Dactilite, uvete, sopro artico sistlico
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Sacro-ilete
Sindesmfitos
Sinal de Romanus Osteopnia Eroses sseas nas entesis
SquaringSinfisite pbica
Coluna em bambReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Diagnstico diferencial Diferentes tipos de EspondilartropatiasE.Anquilo. Sacro-leite Sindesmofitos Envol IAP, ossificao para vertebral difusa Envolvimento vertebral Squaring Ostete pbica Bilateral Finos e simtricos APsorisica AReactiva Unilateral Unilateral DIIntestinal Bilateral
Grosseiros e Grosseiros e Finos e assimtricos assimtricos simtricos
+++
+
+Varivel
+++Ascendente
Ascendente Varivel
+++ +++
+ +
+ +
+++ +++Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Diagnstico diferencialRaquialgia Mecnica/ Raquialgia InflamatriaMecnica Histria familiar Incio agudo Inflamatria + insidioso
Idade (anos)Ritmo doloroso Parestesias/fora Manifestaes sistmicas Escoliose Compromisso mobilidade Hipersensibilidade Espasmo muscular Lasgue Dficit neurolgico
15-90mecnico + + assimtrico local + + +
< 40inflamatrio + simtrico difusa Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
3- Lombalgia Neoplsica-Definio Dor lombar em crescendo, contnuo Sem posio de alvio, nocturno No cede aos AINEs ou analgsicos (necessidade de opiceos) Compromisso geral (astenia, emagrecimento) e/ou de rgo(ex. queixas digestivas, ndulo mamrio ou tiroideo, alteraes da mico)
S. compresso da cauda equina, radiculopatias, paraplegia (se compresso neurolgica) > 60 anos
- Causas a) Metstases vertebrais: prstata, mama, pulmo, tiride, rim, clon, colo do tero, bexiga b) Neoplasias primitivas: Mieloma mltiplo, osteoma osteideReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Metstases sseas vertebrais- Epidemiologia
25 x mais frequente que os tumores 1rios do rquis ~ 70% da neoplasias metastizam na coluna dorso-lombar Envolvimento: 1 ou poucas vrtebras
- Tipo de metstases
Osteolticas (rim e tiride) (vrtebra cega) Osteoblsticas (clon) (vrtebra de marfim)
Misto Osteolticas e Osteoblsticas(prstata, mama, pulmo, bexiga)
Laboratrio: VS , anemia, FA Cintigrafia OA: positivo em >85% TAC e RMN: avalia extenso tumoral Teraputica: Alvio da dor, correco hipercalcmia, quimio. e radioterapiaReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
Vrtebra Cega
Vrtebra em Marfim
b) Neoplasias primitivas:Mieloma mltiplo- Clnica Lombalgia difusa (por x dorsalgias) queixa inicial em 35% Envolvimento extenso (mltiplas vrtebras)
- Radiologia Leses osteolticas numerosas difusas Osteopnia difusa Fracturas patolgicas
Laboratrio: VS , anemia, hipercalcmia, hipercalciria, picos monoclonaisna electroforese, proteinria de Bence-Jones, cadeia pesada (83%) ou leve (8%) na imunoelectroforese.
Cintigrafia OA: negativo Mielograma/ bipsia ssea: cl. plasmocitrias atpicas + 10% plasmcitosou 30% plasmcitos
Teraputica: Alvio da dor, correco hipercalcmia, quimio./ radioterapia
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4- Lombalgia Metablica
Doenas sseas Metablicas causadoras de lombalgias a) Osteoporose b) Doena ssea de Paget c) Osteomalcea d) Hiperparatiroidismo
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a) Osteoporose-DefinioDoena caracterizada por reduo da massa ssea e deteriorao da micro-arquitectura do tecido sseo que leva a uma maior fragilidade ssea e, ao consequente aumento do risco de fractura. Organizao Mundial de Sade (OMS), 1993
Osso Normal
Osteoporose
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a) Osteoporose- Dimenso do Problema
Elevada prevalncia - afecta 75 milhes de pessoas em todo o mundo1 1/3 das mulheres tm idades compreendidas 60- 70 anos 2/3 das mulheres > 80 anos
20-25% mulheres > 50 anos sofrem 1 ou + fracturas vertebrais2Estados Unidos: 25%3 Europa Ocidental: 19%51. Am J Med 1991;90:107-10 2. Melton LJ 3rd et al. Spine 1997;22:2S-11S 3. Ettinger B et al., J Bone Miner Res 1992;7:449-56
Austrlia: 20%4 Escandinvia: 26%5
4. Jones G et al., Osteoporos Int 1996;6:233-9 5. O'Neill et al., J Bone Miner Res 1996;11:1010-8
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a)Osteoporose- Factores de Risco Genticos Histria familiar
Endcrinos< 45 anos e Andropausa prolongada
Menopausa Amenorreia
(# colo femur me) Raa branca Sexo feminino Idade > 65 anos
Hiperparatiroidismo
Hbitos MedicamentososCorticosterides
(> 3 meses)
Baixo Peso (IMC< 19Kg/m2)
Hormona tiroideia ( doses)Heparina, Antiepilpticos, Imunossupressores B-bloqueantes, sedativos, ansiolticos
Hbitos de Vida
Dieta pobre em Ca++ Etanolismo Cafena Tabagismo Sedentarismo
Risco de Quedas (Incidncia anual:Hipotenso postural
25% - 70 anos / 35% - 75 anos)
Doenas
predisponentes (A. R).Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Osteoporose1- Longo perodo de latncia (assintomtico) 2- Dorso-lombalgias de 2 tipos: - Dor intensa, por surtos agudos, ritmo mecnico com intervalos inter-crticos assintomticos - Dor de intensidade moderada(Durao varivel - colpso vertebral 4-12 semanas)
- Clnica da fractura-compresso do corpo vertebral
3- Diminuio da altura corporal, Sndroma trofosttico de Sze
Coluna saudvelSintomas vasomotores Maior risco de fracturas vertebrais
Cifose50 Menopausa 55+ Ps-menopausa 75+ Cifose dorsalMaior risco de fractura do colo do fmur Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Osteoporose- Radiologia (Alteraes tardias, surgem quando existe 30% perda de massa ssea): - Osteopnia (reforo do contorno do corpo vertebral)
- Vrtebra em escova (predomnio da trabculao vertical) - Fractura vertebral (vrtebras biconcavas, em cunha, colapsadas)
- DEXA O nmero de Dp abaixo do pico de massa ssea do adulto jovem, dado pelo T- score: Valores normais > -1 dp em relao ao pico MO Osteopnia < -1> -2,5 Reumatologia Osteoporose < -2,5 FCM / UNL | HEM,SA
b) Doena ssea de Paget- Clnica Pode se iniciar por lombalgia isolada (doena monosttica do corpo vertebral ou poliosttica limitada coluna)
- Laboratrio Aumento FA , hidroxiprolinria, NTX.
- Radiologia - Osteoporose circunscrita osteocondensao irregular (aspecto algodonoso) - Alterao da forma e dimenses sseas Aumento das dimenses dos corpos vertebrais Encurvamento tbias, fmures Aumento volume craneana
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5- Lombalgia Infeciosa- Definio Raras
Dor em crescendo, persistente, nocturna Durao prolongada (>1 ms) Sem posio de alvio Ritmo misto (tambm agrava com mobilidade) Necessidade de opiceos Epidemiologia e factores de risco Febre (50%)- Agentes etiolgicos a) Bacilo de Kch idosos, imunodeprimidos b) Brucella veterinrios c) Agentes Piognicos: Staphilococus aureus (60%)Gram negativos (E. coli, Pseudomonas aeruginosa) - idosos e toxicodependentes S. epidermidis - cirrgia, trauma d) Fungos - idosos, imunodeprimidos
e) Espiroquetas/ Parasitas
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5- Lombalgia Infeciosa
- Tipo de infeces vertebrais Espondilodiscite infeciosa (disco pratos vertebrais)Discite (disco) / Osteomielite (corpo vertebral) Abcesso peri-vertebral (trajecto psoas-ilaco)
- Radiologia Espondilodiscite: - Discite (estreitamento do disco) - Osteomielite (eroses dos pratos vertebraisleses destrutivas dos corpos vertebrais)
- Fuso dos corpos vertebrais
- Laboratrio Ex. histolgico e bacteriolgico, directo ou cultural (hemoculturas, mieloculturas, material de puno bipsia do disco, vrtebra)Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
a) Espondilidiscite Tuberculosa ou Mal de Pott- Epidemiologia Antecedentes de tuberculose noutra localizao (pode estar ausente)
- Clnica Febre baixa (37,2 - 37,8C), vespertina- Laboratrio Exame histolgico e bacteriolgico directo e cultural em meio de Lowenstein VS pouco elevada Radiologia
Abcessos peri-vertebrais
- Tratamento pelo menos 3 agentes: isoniazida + rifampicina + pirazinamida Durao: 12- 18 meses
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b) Espondilodiscite Bruclica- Epidemiologia Hbitos de ingesto lacticnios no pasteurizados - Clnica Febre ondulante (intervalos apirexia)+ hipersudurese nocturna - Laboratrio Reaces de Huddleson/ Wright ou Rosa de Bengala positivasVS moderadamente elevada/ alterao das provas de funo heptica Isolamento da Brucella em hemocultura, mielocultura, material do disco
- Radiologia Sinal de Pedro Pons (discite+ eroso ngulo antero-superior do corpo vertebral) - Tratamento 2 agentes: doxiciclina + rifampicina (1200 mg/dia) (1 ms) doxiciclina (2 e 3 meses) Reumatologia Durao: 3 meses FCM / UNL | HEM,SA
c) Piognicos- Epidemiologia Hbitos toxicodependente alcolicos e imunodeprimidos - Clnica Febre alta, calafrios, nuseas e vmitos - Laboratrio Isolamento do agente (hemoculturas, material de puno-bipsia do disco) - Radiologia Evoluo radiolgica mais rpida - Tratamento De acordo com o antibiograma (grupo das penicilina + aminoglicosido) Durao mnima: 6 semanas ReumatologiaFCM / UNL | HEM,SA
6- Lombalgias Extra-vertebrais(Dor referida de orgo)- Definio
Sem relao com esforo ou repouso Movimentos livres da coluna Dermtomo correspondente ao rgo Se dor referida ao ap. Digestivo (ritmo digestivo das lombalgias) Se dor referida ao ap. Urogenital (relao com alteraes a este nvel)
- Causas de lombalgias de origem extra-vertebral Renais (pielonefrite, litase renal, tumor renal, hidronefrose) Prostticas (adenocarcinoma, hipertrofia benina, prostatite crnica) Ginecolgicas (fibromioma, retroverso tero, quistos ovricos, infeces) Gastro-intestinais (lceras gstricas ou duodenais com perfurao posterior) Aorta Abdominal (aneurismas e falsos aneurismas da aorta abdominal)
Raquialgias- Exames complementares de diagnstico Lombalgias com durao < 4-6 semanas no requerem investigao , excepto se houver alertas vermelhos.Perante uma suspeita fundamentada de leso neoplsica, infecciosa, metablica ou inflamatria e aps exame fsico rigoroso:
1- Solicitam-se os exames adequados suspeita:- Exames laboratoriaisHematologia, bioqumica Serologia infecciosa ou tumoral Bacteriologia
- Exames imagiolgicos (Radiologia convencional ou RMN) 2- Envio a especialista ambulatrio ou hospitalarReumatologia FCM / UNL | HEM,SA
DorsalgiasCausas: 1- Origem visceral: - pleuropulmonar - cardiovascular - esofgica, hepatobiliar
2- Origem intra-raquidiana (patologia neurolgica intra-raquidiana)
3- Origem raquiadiana (estruturas discovertebrais ou musculoligamentares) infecciosas/ inflamatrias/ tumorais/ metablicas/ benignas ou comuns
Cervicalgia- Causas 1- Cervicalgia de ritmo mecnicoa) Cervicalgia sem irradiao b) Cervicalgia irradiada ao crnio c) Cervicalgia irradiada ao membro superior d) Cervicalgia de origem mielo-vascular
2- Cervicalgia de ritmo inflamatrioa) Doenas reumticas inflamatrias (AR, EA) b) Artrites microcristalinas c) Artrites infecciosas d) Tumores Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA e) Ps-traumtica
Cervicalgias- Factores de Risco paracervicalgias mecnicas Leso traumtica prvia prxima ou longnqua Posio de sentado mais de 95% do tempo de trabalho Posturas corporais em rotao Posio de trabalho em flexo cervical de 20 Necessidade de levantar, empurrar e alcanar nas actividades profissionais (enfermeiros)Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
1- Cervicalgia de ritmo mecnico
a) Cervicalgia sem irradiao
Espondilartrose cervical (Cervicalgia difusa, vespertina, ritmomecnico, diminuio da flexo lateral e rotao)
S. miofascial do elevador da omoplata (ex. escrita em teclado)
Torticolo espasmdico(movimentos permanentes ou tnico)
Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
b) Cervicalgia irradiada ao crnio
Compresso das razes de C1 e C2(cervicalgia + cefaleia occipital e temporal)
Compresso do Nervo de Arnold (cervicalgia+cefaleia occipital)
S. miofasciais do trapzio e esternocleidomastoideu(Cervicalgias+ cefaleia temporal/ occipital, dorsalgia e omalgia)
Artrose da charneira cervico-occipital(Cervicalgias irradia ombro e retroauricular)
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c) Cervicalgia irradiada ao membro superior
Compresso de razes cervicais (hrnia discal, osteofitose)- Incio agudo - Trajecto bem delimitado pelos dermtomos
Sndroma do estreito superior do trax(compresso feixe vsculo-nervoso- plexo braquial e vasos subclvios)
- Cervicalgia e/ou omalgia, alt. cor pele mos e dedos, parestesias bordo interno do brao)
Manobra de Adson
Sndroma miofascial dos escalenos(Cervicalgia + dorsalgia + braquialgia + dor na mo)
Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
d) Cervicalgia de origem mielo-vascular
Mielopatia espondiltica cervical (grave- osteofito/ estenose)paraparsia espstica MI alt. sensibilidade profunda hiperreflexia sinais piramidais (Babinski) paraparsia flcida MS dficit motor (atrofia muscular) sinal de Lhermite
Distribuio poliradicular bilateral
Insuficincia vertebro-basilarosteofitose aterosclerose HTAAlt. hemodinmicas das artrias vertebrais vertigem rotatria, Cefaleias, alt. visuais, alt. auditivas, drop attacks
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2- Cervicalgia de ritmo inflamatrioa) Doenas reumticas inflamatrias(Artrite Reumatide, Espondilite Anquilosante)
Subluxao ou luxao atlanto-odontoideia Luxao vertical ascendente da odontoide Artrite das IAP Sindesmofitose/ ossificao LVCA (EA)
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d) TumoresMetstases de neoplasias da nasofaringe, tiride, pulmo, mama, rim e prstata
e) Ps-traumticaLeses em chicote dos acidentes de viao
(flexo/ extenso brusca da coluna)
NOTA: Cervicalgias de causa extra-cervical:. Pulmo (tumor de Pancoast) . Corao (doena coronria) . Vesicula biliar (colecistite)Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA