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RASCUNHOS DE SENTIMENTOS Sonetos LUIZ PEREIRA DA COSTA

RASCUNHOS DE SENTIMENTOS Sonetos - PerSe - Publique … · 2012-03-29 · Nem ficar mais tempo sem o teu doce beijo que tanto adoro Tu te tornaste a razão porque às vezes choro

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RASCUNHOS DE

SENTIMENTOS

Sonetos

LUIZ PEREIRA DA COSTA

RASCUNHOS DE

SENTIMENTOS

Sonetos

Editora

2006 by Luiz Pereira da Costa, 1959

Direitos em língua Portuguesa reservados ao autor pela

Gráfica e Editora RHS – Gurupi – TO

Capa: Capim Dourado – Rio dos Bois –TO

Foto: Luis Balla.

Arte Final: Luiz Pereira

Revisão ortográfica: Antônio Lopes Gomes Filho

Prefácio: Antônio Jorge Guimarães Neves

Escritor e Critico Literário Goiano

Pedidos dessa obra podem ser feitos diretamente ao

autor no seguinte endereço.

Luiz Pereira da Costa

[email protected]

Fones: (61) 9266-6275

FICHA CATALOGRÁFICA

_________________________________________

COSTA. Luiz Pereira da. 1959

ASDlui

100 pg.

Conteúdo.

1. Rascunhos de Sentimentos.

2 Literatura Brasileira.

CDD – B869.800

CDU – 869.0(81)-9

Gráfica e Editora RHS – Gurupi – TO

___________________________________________Di

reitos reservados exclusivamente ao autor. Os

infratores estarão sujeitos às penalidades previstas na

Lei Nº 9.609/98 (Lei de Direitos Autorais).

LEMBRETE

É mais do que correto afirmar,

Que nem tudo em que acreditamos pode ser

verdadeiro,

Nem tudo o que queremos podemos obter;

Nem todos os amigos que conquistamos

vão durar para sempre...

Assim como nem todos os caminhos que seguimos,

Poderão nos levar onde desejamos chegar.

Com o passar do tempo,

Vemos que nem todas as amizades duram pra sempre,

Nem todas as promessas que nos fazem,

Poderão ser cumpridas,

Bem como nem todos os nossos sonhos,

Assim como projetos por melhor que eles sejam...

Vão ser realizados.

As coisas mudaram,

A vida passa, envelhecemos,

aprendemos coisas novas...

Esquecemos detalhes as vezes até importantes,

Pois o dia de hoje, quando chega o dia de amanhã

ficam os pra trás.

Seguir em frente é uma necessidade,

Não apenas uma questão de escolha.

Luiz Pereira

AGRADECIMENTOS A Deus em primeiro lugar, por ter me dada sabedoria, coragem e disposição para escrever e persistir, ser paciente e ter sempre o bom senso de nunca ultrapassar os meus limites, para conseguir aquilo que desejo. Ao meu Pai que me ensinou a ter pelos amigos sempre consideração, dar mais de mim do que querer receber em troca e amar ao meu próximo como a mim mesmo. A todos os amigos que conquistei pelo mundo, nestes meus 52 anos de vida. Aos meus netos, em especial a Jonas Jesaias,

que chegou à minha vida quando tudo parecia perdido e ao André, que me fez olhar pra Deus com a visão de

que somente ele é único e digno de toda a minha adoração e fé. A minha amiga, companheira, amante e amada, Alméria da Costa Montezuma, que mesmo não

compreendendo minhas palavras, me apoia, e está sempre do meu lado. Os verdadeiros amigos são aqueles que com paciência procuram nos ouvir, com sabedoria, procuram nos compreender e nos aconselhar e com a bondade de seus corações, ainda que pareça impossível, nos perdoar.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho literário a todos os meus amigos, os que compreenderam as minhas lutas em busca dessas conquistas, dando a mim apoio, força e coragem para nunca desistir. Em especial a todos aqueles que como eu, faz da leitura uma forma de viajar pelos horizontes de formas e cores somente imaginados por nós.

SONETO PARA ALMÉRIA

Há minha amada Alméria não sei mais viver longe de ti que

tanto amo

Nem ficar mais tempo sem o teu doce beijo que tanto adoro

Tu te tornaste a razão porque às vezes choro

E o nome Santo, tão Santo que ainda chamo

Só tu sabes dar a mim o amor que eu venero

E quando nos beijamos perco os sentidos

Voou pelo infinito dos meus sonhos despercebido

Desfrutando desse prazer que tanto quero

Fascino-me com teus olhos de céu e mar

E dentro deles adquiro minha confiança

Já plantei em meu coração um pé de esperança

De que nunca mais tu pensarás em me deixar

Amo-te...Amo-te...Amo-te com muita paixão

Pois te tornastes o único alimento do meu coração

E a razão mor que tenho pra viver

Minha vida vive em torno dos teus passos

É para mim impossível viver sem os teus abraços

Está fonte imensurável de prazer

Sinto que a felicidade vive a alguns instantes de mim

Mas se eu ficar sem teu amor encontrarei meu fim

Porque a morte para mim é simplesmente te perder

SONETO PARA MINHA VIDA

Há minha vida!

Esse teu jeito de me dizer do teu querer

De se envolver em mim com teu sorriso lindo

E quando vês que já estou bem envolvido

Brincar diante dos meus olhos para o teu prazer

Teus olhos (...) possuem a hipnose que me atraí

Deixa-me como inseto numa teia de aranha

E quando tu me abraças fico tão cheio de manha

Perdido no tempo que pra longe vai

Há minha menina como eu te quero

Como me faz bem sentir que muito te amo

Que esse teu jeitinho me acende o candeeiro

E me inflama a carne quando o teu nome chamo

Há minha menina como eu te quero

O quanto me sinto bem ao teu lado e o quanto espero

Que esse nosso amor sejas eterno

Continuar na tua boca

Falando alto como uma flauta rouca

Serenamente como numa tarde de inverno

Nascer na semente do nosso desejo

Naufragando impiedosamente num sereno beijo

Com a confiança de um colo materno

LEMBRANÇAS

Tu te lembras meu amor (...) eu sei que sim

Foi numa tarde linda no fim da primavera

Onde tu com esses teus olhos de pantera

Despertou uma ardente paixão em mim

Tentei me conter, mas quem disse que dei conta

Um fogo tão quente tomou meu coração

Fiquei alucinado como uma barata tonta

Quando ingere uma forte doce de alcatrão

Fervia meu sangue de tanta ansiedade

Tremiam minhas mãos como jamais supus

E em minha mente pensamentos nus

Fervilhavam procurando a tua liberdade

Não pude fugir aquele teu enlace

A paixão pegou meu coração precoce

E tomou todos os seus espaços

Entranhou-se nele como um perfume

Sem sequer ouvir nenhum dos seus queixumes

Trancando-me dentro dos seus braços

Quando procurei fugir não dei mais conta

E como uma barata tonta

Entreguei-me ficando preso no teu laço

DONA

Há meu dengo tantas foram as nossas aventuras

Quantas noites de paixão e gracejos

Quantas horas de intensos beijos

Sentimentos sem sentido quase uma loucura

Tu entravas e saia de dentro do meu coração

Como um filete de sangue correndo nas minhas veias

Entregavas-te sublime a nossa paixão

Como uma faísca de fogo que a palha seca incendeia

Vivíamos o momento sem querer mais nada

Caminhando juntos nossos sentimentos

Apenas o que nos importava era o momento

E o prazer que dava a nossa vida

Mas o tempo cercou nossos caminhos

Destruiu por completo nosso ninho

Colocando alguns quilômetros entre nós dois

Hoje de tudo o que restou foi a saudade

Que com uma lamina afiada sem piedade

Não consegue deixar nada para depois

Minha vida num caos se transformou

Porque aquilo que era doce se acabou

Restando do nosso banquete apenas feijão com arroz

COMPLACÊNCIA

Há minha amiga e amada lua cor de prata

Quanta noite me deixou entregue nas mãos da solidão

Corroído e cercado pela amarga escuridão

Maldizendo a ausência daquela ingrata

Quanta vez olhou o céu vazio de vista a se perder

Apenas a escuridão e nada mais

Parece-me que ate os sete pontos cardeais

Dependem de ti para no céu aparecer

Oh minha amada lua estou como um cometa errante

Perdido no infinitivo dessa louca solidão

Alguém que tanto amei rasgou meu coração

Quando me deixou indo embora para bem distante

Tu te lembras sei que lembras minha amada lua

Quantas noites de amor eu e ela passamos na rua

Enquanto com teu brilho éramos embalados em nossos

desejos

E tu te derramavas suave e serena

Em gotas de orvalhos tão pequenas

Comendo do nosso amor os sobejos

Agora a mim te negas a iluminar

Enquanto na escuridão vivo chorar

E nem mesmo o teu brilho nos olhos dela vejo

ESCRAVO

A minha vida eu estou entregando em tuas mãos

Pois viver para mim é simplesmente te pertencer

Ser amado por ti e ter-te como meu bem querer

A única em minha vida e incontestável dona do meu coração

Tudo o que tenho de agora em diante te pertence

Faça de mim o que quiseres fazer

Mas nunca me deixes sem a tua quimera de mulher

Porque isso para mim é pior do que morrer

Tu não sabes o que é amar alguém como te amo

Cegamente sem nenhuma discussão

Entregar o corpo a alma e o coração

Da forma que esse amor eu proclamo

Respirar o mesmo ar que tu respiras

Aceitar todas as tuas juras e ate mentiras

Pelo prazer de ficar sempre ao teu lado

Nascer em cada um dos teus sorrisos

Acreditar que só existe o paraíso

Se for sobre os teus cuidados

Atender todos os teus apelos

Mesmo que em meus sonhos se transforme em pesadelos

Na ilusão de um dia ser por ti também amado

DESENGANO

Há minha vida!

Existe tanta... Mais tanta tristeza em meu ser

E um infinito desejo em mi’alma

Um sonho que não quer se convencer

Que por teu amor perdi minha calma

Estou sofrendo amargamente uma solidão sem fim

E quando estou sentado e sozinho

Sinto-me como um pobre e perdido passarinho

Com as asas quebradas no meio de um jardim

É tão amarga...Mais tão amarga essa minha dor

Que o pulsar se tornou angustiado no meu coração

Porque meu sonho tão bonito murchou se esfacelou

Quando dei de cara outra vez com a solidão

Agora estou me sentindo tão perdido

Com o coração pobre e entorpecido

Pelo amargo fel do desengano

Esperando a hora de a morte me levar

Para que essa dor possa aliviar

No peito desse pobre ser humano

Que por teu amor pouco a pouco se atormenta

Ardendo em minha garganta como molho de pimenta

Uma barquinha de papel perdida num imenso oceano

TUA BOCA

Quanto desejo eu sinto meu amor, em olhar essa tua boca.

Essas tuas mãos pequenas parecidas mãos de fada

De fazer no teu corpo minha morada

E te amar com o cio de uma fera louca

Sepultar nela um beijo bem ardente

Sem deixar de explorar um centímetro desse teu corpo

salgado de mar

Perder-me de olhos fechados mas dentro dela me encontrar

Renascer nela como na terra nasce uma pequenina semente

Passar por esses teus lábios de avelã

Que mais parece um fruto pomposo e maduro

Fazer de ti um pedaço do meu futuro

Esfregando-me no teu cheiro de hortelã

Senti escorregar por ela ainda entre aberta

E quando chegar a hora certa

Num suspiro meio espremido

Deixa o prazer bater na porta

Porque nesse momento pouco importa

Se forem baixos ou altos os teus gemidos

Mas sim que o sabor gostoso da tua boca

Adentra minha garganta deixando minha voz rouca

Para que eu te peça mais amor num último pedido.

MEU PEDIDO

Essa noite eu vi no céu uma estrela tão brilhante

Que corria silenciosa na direção do mar

A sua beleza brilhante me faz desejar

Tê-la junto a mim ao menos por alguns instantes

Há estrelinha que corre pelo infinito

Já que tu não podes ser a minha amada

Faça com que aquela mulher ingrata

Descubras o quanto sem ela vivo aflito

Que é tão solitária agora a minha estrada

Tão solitária que me perco sem saber a onde ir

E está solidão me deixou como uma criança

Que por alguma razão perdeu a alegria de sorrir

Quando ela foi embora pra não mais voltar

Deixou meu coração tristonho a soluçar

Sem uma grama se quer de liberdade

Agora meu coração vive querendo vingança

Pois ao perder a esperança

Está se corroendo de saudade

Há minha estrela que vai à direção do mar

Por favor, devolva o meu direito de sonhar

Pois não suporto mais está tal infelicidade

INFINITISMO