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1|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
Mestrado em Engenharia Civil
2011 / 2012
1/602011/2012
José Sena Cruz
Reabilitação e Reforço de EstruturasAula 17: Projecto de Reforço com FRP.
2|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
FRP – Conceito
� FRP (fiber reinforced polymer) são sistemas compósitos
reforçados com fibras.
� Atualmente os FRP têm larga aplicação em Engenharia Civil,
devido fundamentalmente às seguintes propriedades:
• Leveza;
2/602011/2012
• Leveza;
• Boas propriedades mecânicas (resistência e rigidez);
• Resistência à corrosão;
• Bom comportamento à fadiga;
• Fácil aplicação;
• Disponibilidade quase ilimitada em termos de geometria.
3|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
FRP – Exemplos de aplicação
3/602011/2012
Diversas aplicações em Engenharia Civil
4|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
FRP – Exemplos de aplicação
4/602011/2012
5|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
FRP – Características e constituição
Do ponto de vista da macroescala, os materiais comp ósitos são
constituídos por duas ou mais fases (materiais), cu ja performance é
projetada de modo a que o conjunto seja superior às partes
individuais.
5/602011/2012
Fases que constituem o compósito:
� Reforço (fibras)
� Matriz
� Interface (ou interfase)
REFORÇO (DISPERSO)MATRIZ (CONTÍNUA)
INTERFACE
6|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
FIBRAS PARA COMPÓSITOS
As fibras mais usadas no fabrico dos compósitos são:
1. Vidro
2. Carbono
3. Aramida
6/602011/2012
4. Basalto
As fibras são feitas de filamentos contínuos extrem amente finos, cuja manipulação individual é muito difícil. Por esse mo tivo, as fibras são comercializadas em diferentes formatos.
7|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
SISTEMAS FRP – PROPRIEDADES
Nos FRP as fibras são responsáveis pela capacidade de carga e
rigidez do compósito, enquanto que a matriz garante a transferência
de tensões entre fibras, bem como a sua proteção ao meio ambiente.
FIBRAFibra
7/602011/2012
MATRIZ
Fibra
8|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
SISTEMAS DE FRP – Tipos
Fiber Reinforced Polymer (FRP)
Glass (G)Carbon (C)
GFRPCFRP
Aramida (A)
AFRP
8/602011/2012
GFRPCFRP
Tecidos/Mantas- Unidirecional- Multidirecional- Manta- Prepreg- Strands
Barras- Laminado- Varão- Grelha- Perfil- etc.
AFRP
Pré-fabricadosCurados in-situ
9|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Técnicas de reforço
9/602011/2012
EBR: Externally bonded reinforcement techniqueNSM: Near-surface mounted techniqueMF-FRP: Mechanically fastened FRP techniqueMF-EBR: Mechanically fastened and externally bonded reinforcement technique
10|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Técnica EBR
10/602011/2012
11|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Técnica NSM
11/602011/2012
12|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Técnica MF-FRP
12/602011/2012
13|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Técnica MF-EBR
13/602011/2012
14|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Vantagens da técnica NSM :
1. Redução do tempo de aplicação do reforço
2. Menor suscetibilidade ao destacamento
3. Maior facilidade de se ancorar a elementos adjacent es
4. Níveis mais elevados de eficácia
14/602011/2012
5. O FRP encontra-se mais protegido contra ações de impacto, ações mecânicas, fogo e atos de vandalismo
6. Nalguns casos a capacidade última do FRP pode ser atingida
7. A estrutura reforçada fica virtualmente intacta
15|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Vantagens da técnica MF-FRP :
1. Fácil aplicação sem requerer técnicos especializados
2. Não requer o tratamento da superfície
3. A estrutura reforçada fica apta a ser utilizada imediatamente após a aplicação do reforço
15/602011/2012
imediatamente após a aplicação do reforço
16|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� Comportamento à flexão de diferentes técnicas
90
120
150
[kN
]EBR
NSM
16/602011/2012
0 5 10 15 20 25 300
30
60
90
REF EBR MF-EBR NSM
For
ce [k
N]
Displacement at mid-span [mm]
MF-EBR
17|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
TÉCNICAS DE REFORÇO
� “Guidelines”
17/602011/2012
18|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
CONTRIBUIÇÃO DA UM
� Estudo das técnicas EBR, NSM , MF-FRP e MF-EBR ao nível:
• Caracterização da aderência
• Comportamento à flexão e ao corte
• Comportamento a ações cíclicas
• Comportamento a longo prazo e de durabilidade
18/602011/2012
Experimental
Numérico
Analítico
19|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
CONTRIBUIÇÃO DA UM
� RILEM TC 234-DUC
O principal objetivo é esclarecer os problemas gera is e questões
críticas com base nos dados experimentais existente s, detetar
discrepâncias nos códigos existentes, lacunas no co nhecimento e,
sobre estas questões identificadas, apresentar nova s propostas.
19/602011/2012
20|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PROJETO DE REFORÇO – CNR-DT 200/2004
20/602011/2012
21|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
GENERALIDADES
A aplicação de reforços com recurso a FRP baseia-se no facto de:
1. A solução adotada é feita por um ENGENHEIRO qualifi cado e com experiência;
2. O reforço deverá ser aplicado por empresas qualific adas e com experiência no ramo;
21/602011/2012
3. Durante a aplicação deve haver fiscalização e contr olo de qualidade.
4. O sistema de reforço dimensionado deve apresentar características adequadas de resistência, serviço e durabilidade.
5. Os sistemas de FRP devem apenas ser usados no refor ço a zonas onde existam tensões de tração.
22|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REQUISITOS BÁSICOS
O dimensionamento de sistema de FRP deve ser basead o nos
seguintes princípios:
1. O risco da estrutura deve ser identificado, e remov ido ou atenuado;
2. Em caso de uma solicitação severa, o reforço deverá resistir com
22/602011/2012
2. Em caso de uma solicitação severa, o reforço deverá resistir com danos localizados aceitáveis;
3. O “colapso” do sistema de reforço deverá ser dúctil .
23|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REQUISITOS BÁSICOS
Assim, no projeto de reforço deve-se:
1. Efetuar uma escolha adequada dos materiais;
2. O reforço é adequado com uma escolha criteriosa dos processos construtivos;
3. Procedimentos de controlo de qualidade devem ser ad otados
23/602011/2012
3. Procedimentos de controlo de qualidade devem ser ad otados quer na fase do projeto quer na fase da execução do reforço.
24|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REQUISITOS DE DURABILIDADE
O projeto de reforço tem de efetuado atendendo a re quisitos de
durabilidade. Para tal haverá que atender a:
1. Tipo de uso da estrutura reforçada;
2. Avaliação das condições ambientais;
3. Composição, propriedades e performance dos materiai s
24/602011/2012
3. Composição, propriedades e performance dos materiai s existentes e novos;
4. Escolha adequada da solução de reforço;
5. Qualidade da mão-de-obra e nível de controlo;
6. Adoção de medidas protetoras (e.g., fogo, impacto);
7. Plano de manutenção.
25|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� O projeto de reforço tem de efetuado de modo a cump rir
requisitos em termos de Estados Limite de Serviço e Últimos.
� De uma forma geral, na verificação aos Estado Limit e Últimos,
tem de ser cumprida a seguinte condição:
25/602011/2012
d dE R≤
tem de ser cumprida a seguinte condição:
26|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� O dimensionamento da estrutura deve ser efetuado co m base no método dos coeficientes parciais de segurança.
� Coeficientes parciais para as ações :
� Consultar Eurocódigos (EC0 e EC1)
� Coeficientes parciais para os materiais :
26/602011/2012
� Coeficientes parciais para os materiais :
� A avaliação correta das propriedades das estruturas existentes deverá ser efetuada com regulamentação a dequada
� No caso do betão, aço, mistas, madeira, alumínio e alvenaria os Eurocódigo específicos apresentam valores para estruturas novas.
27|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� Coeficientes parciais para os FRP :
� De uma forma geral todas as propriedades devem ser avaliadas
com base no seu valor característico à exceção do m ódulo de
Young, que deve ser usado o valor médio.
� No caso de sistemas curados in-situ, os valores de αααα αααα não
27/602011/2012
kd
m
XX η
γ= ⋅
� No caso de sistemas curados in-situ, os valores de ααααfE ααααff não
devem ser superiores a 0.90.
� Assim, para uma propriedade genérica (e.g. tensão d e rotura à
tração uniaxial), o valor de cálculo será dado por:
28|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� Coeficientes parciais para os FRP (Cont.) :
Xk = valor característico da propriedade
γγγγm = fator parcial dependente do modo de rotura/tipo d e aplicação
ηηηη = fator de conversão para situações especiais
28/602011/2012
Notas:(1) Sistemas de reforço certificadosde acordo com o Capítulo 2 da CNR-DT 200/2004(2) Sistemas de reforço não certificados acordo com o Capítulo 2 da CNR-DT 200/2004(3) Para verificação aos Estados Limite de Serviço, γγγγm = γγγγf = 1.0
29|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� O fator de conversão ambiental , ηηηηa, atende de:
1. Efeitos de ambientes alcalinos
2. Efeito da humidade
3. Efeitos de temperaturas extremas e ciclos de temper atura
29/602011/2012
4. Efeitos dos ciclos secagem/molhagem
5. Efeitos dos ultravioletas
30|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� O fator de conversão ambiental , ηηηηa
30/602011/2012
31|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
{ }d d,i d,i1
;R R X aγ
= ⋅
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� Coeficientes parciais para a capacidade resistente
A capacidade resistente, Rd, deve ser calculada da seguinte
forma:
31/602011/2012
{ }d d,i d,iRdγ
em que:
R{⋅⋅⋅⋅} = função modelo mecânico considerado adequado àanálise (e.g., flexão, corte, confinamento)
Xd,u = Valores de cálculo relativos aos materiais
ad,i = Valores nominais dos parâmetros geométricos
32|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� Vandalismo
� Os sistemas FRP são particularmente vulneráveis a c ortes e
incisões por intermédio de elementos cortantes.
� Assim, sugere -se que nas situações suscetíveis de atos de
32/602011/2012
� Assim, sugere -se que nas situações suscetíveis de atos de
vandalismos (zonas públicas) sejam adotados revesti mentos
adequados de modo a evitar as consequências destes
fenómenos.
33|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO DE REFORÇO
� Fogo
� Os sistemas FRP são particularmente sensíveis a tem peraturas
elevadas.
� O estado do conhecimento atual no que respeita ao
33/602011/2012
comportamento de resinas de revestimentos sob a açã o do fogo
é ainda escasso.
� Por isso, sugere-se que quando esta ação é consider ada
importante, se deva considerar que o FRP contribui de forma
diminuta para a capacidade resistente ao fogo.
34|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Modos de rotura
Quando se utiliza a técnica EBR com FRP no reforço de estruturas
existentes podem acontecer os seguintes modos de ro tura:
I. Rotura do FRP;
II. Destacamento do sistema de reforço.
34/602011/2012
Betão
Adesivo
FRP
Destacamento do FRP
Destacamento do Adesivo
Destacamento na interfaceadesivo-betão
Desintegração do betãode recobrimento
II. Destacamento do sistema de reforço.
35|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Modos de rotura
No caso de estruturas reforçadas à flexão com lamin ados ou mantas,
pode obter-se um dos seguintes modos de rotura:
� Modo 1 (Destacamento no final do laminado/manta)
� Modo 2 (Destacamento intermédio devido a fendas de flexão)
35/602011/2012
� Modo 2 (Destacamento intermédio devido a fendas de flexão)
� Modo 3 (Destacamento devido a fendas de corte)
� Modo 4 (Destacamento devido a irregularidades e/ou rugosidade do betão)
36|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Modos de rotura
36/602011/2012
37|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Ensaios de arranque – Configurações de ensaios
37/602011/2012
38|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Ensaios de arranque – Exemplo
38/602011/2012
39|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb120_M B2_fcm40_Lb120_M B3_fcm40_Lb120_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb60_M B2_fcm40_Lb60_M B3_fcm40_Lb60_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb90_M B2_fcm40_Lb90_M B3_fcm40_Lb90_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Ensaios de arranque – Resultados
39/602011/2012
0 1 2 3 4 50
Free end slip sf [mm]
0 1 2 3 4 50
Free end slip sf [mm]
0 1 2 3 4 50
Free end slip sf [mm]
0 1 2 3 4 50
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb120_M B2_fcm40_Lb120_M B3_fcm40_Lb120_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
Loaded end slip sl [mm]
0 1 2 3 4 50
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb60_M B2_fcm40_Lb60_M B3_fcm40_Lb60_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
Loaded end slip sl [mm]
0 1 2 3 4 50
6
12
18
24
30
B1_fcm40_Lb90_M B2_fcm40_Lb90_M B3_fcm40_Lb90_M
Pul
lout
forc
e F
l [kN
]
Loaded end slip sl [mm]
40|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Leis de comportamento
40/602011/2012
41|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Comprimento de amarração
O comprimento ótimo de ancoragem, le, é definido como sendo o
comprimento a partir do qual a força transferida en tre o FRP e o betão não aumenta.
41/602011/2012
f f
ctm2eE t
f⋅=
⋅l
em que:
Ef = Módulo de Young do FRP
tf = Espessura do FRP
fctm = Valor médio da resistência à tração do betão
42|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
Fk ck ctm0.03 bk f fΓ = ⋅ ⋅ ⋅f2
1
bbk
−= ≥
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Energia de fratura
A energia de fratura, ΓΓΓΓFK, expressa em [N/mm] da interface FRP-betão é dada pela seguinte expressão (unidades: N, mm):
42/602011/2012
f1
1400
bbkb
= ≥+
em que:
fck = Valor característico da resistência do betão
fctm = Valor médio da resistência à tração do betão
se bf/b<0.33 adotar bf/b=0.33
43|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Resistência ao destacamento – Modo 1
No caso da ocorrência de destacamento do laminado ( ou manta) no final da zona de ancoragem (modo 1), cujo o comprim ento de amarração é igual ou superior ao ótimo, o valor de cálculo de resistência ao destacamento é dada por (unidades: N , mm):
43/602011/2012
f Fkfdd
ff,d c
21 Ef
tΓ
γ γ⋅ ⋅= ⋅
⋅
b bfdd,rib fdd
e e
2l l
f fl l
= ⋅ ⋅ −
Para comprimentos inferiores ao ótimo, lb, a resistência deverá ser
corrigida da seguinte forma
44|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
cr f Fkfdd,2 cr fdd
2k Ef k f
tΓ
γ γ⋅ ⋅= ⋅ = ⋅
⋅
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Resistência ao destacamento – Modo 2
O valor de cálculo de resistência máxima ao destacamento em Modo2 é dada por (unidades: N, mm):
44/602011/2012
fdd,2 cr fddff,d c
f k ftγ γ
= ⋅ = ⋅⋅
fdd,2 fdd,2 ff Eε =
em que:
kcr = 3.0 na ausência de informação mais fidedigna
A correspondente extensão no laminado (ou manta) é dada por:
45|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
cr f Fkfdd,2 cr fdd
2k Ef k f
tΓ
γ γ⋅ ⋅= ⋅ = ⋅
⋅
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Resistência ao destacamento – Modo 2
O valor de cálculo de resistência máxima ao destacamento em Modo2 é dada por (unidades: N, mm):
45/602011/2012
fdd,2 cr fddff,d c
f k ftγ γ
= ⋅ = ⋅⋅
fdd,2 fdd,2 ff Eε =
em que:
kcr = 3.0 na ausência de informação mais fidedigna
A correspondente extensão no laminado (ou manta) é dada por:
46|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
MECANISMOS DE ADERÊNCIA
� Exemplo
Considere que uma viga de BA (0.20 m ×××× 0.50 m) será reforçada com laminados de CFRP ( Ef = 210 GPa; tf = 1.4 mm; bf = 60 mm; ff = 3200 MPa).
1. Determine a evolução da força máxima com o comprime nto de
46/602011/2012
1. Determine a evolução da força máxima com o comprime nto de ancoragem em Modo 1. Para efeitos de resolução dest a alínea considere que o betão é da classe C20/25.
2. Determine a evolução da extensão no laminado com a classe de resistência do betão em Modo 2.
47|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REFORÇO À FLEXÃO
� Hipóteses de cálculo
A análise ao Estado Limite Último de flexão baseia- se nas seguintes
hipóteses de cálculo:
1. As secções mantêm -se planas e perpendiculares ao eixo da viga antes e após a deformação
47/602011/2012
viga antes e após a deformação
2. Aderência perfeita betão/aço e FRP/betão
3. O betão não resiste à tracção
4. As leis tensões-extensões do aço e do betão são as existentes no EC2
5. O FRP tem comportamento elástico linear até à rotur a
48|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REFORÇO À FLEXÃO
� Generalidades
O reforço à flexão com FRP só é efetivo nos casos em que existempequenas percentagens de armadura longitudinal.
Considera-se que a rotura à flexão ocorre quando um dos seguintescasos se verifica :
48/602011/2012
fkfd fdd
f
min ,aεε η εγ
= ⋅
casos se verifica :
1. A extensão máxima de compressão no betão é alcançada ( εεεεcu2);
2. A extensão máxima de tração no FRP é alcançada ( εεεεfd);
3. Verificam -se simultaneamente a condição 1 e 2.
49|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REFORÇO À FLEXÃO
� Generalidades
Terá de ser assegurada a capacidade resistente do e lemento reforçado ao corte.
É admitido o comportamento linear elástico dos mate riais para a determinação dos esforços.
49/602011/2012
determinação dos esforços.
O estado de tensão/deformação existente no elemento antes do reforço terá de ser tido em conta no dimensionament o da solução de reforço com recurso a FRP. Assim, as extensões de c ompressão ( εεεεc0) e tração ( εεεε0) iniciais são usadas no cálculo orgânico da secção transversal.
50|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REFORÇO À FLEXÃO
� Capacidade resistente à flexão
A determinação da capacidade resistente à flexão do element oreforçado deverá ser realizada para o cenário mais desfavor ável:
1. Extensão máxima no FRP (Região 1);
2. Extensão máxima de compressão no betão (Região 2).
50/602011/2012
2. Extensão máxima de compressão no betão (Região 2).
51|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
f fdε ε=
REFORÇO À FLEXÃO
� Capacidade resistente à flexão - Região 1: rotura do sistema FRP
A configuração de extensões deverá ser de acordo com :
• FRP:
51/602011/2012
( ) ( )c fd 0 cu2x
h xε ε ε ε= + ⋅ ≤
−
( ) ( )2
s2 fd 0x dh x
ε ε ε −= + ⋅−
( ) ( )s1 fd 0d xh x
ε ε ε −= + ⋅−
• Betão:
• Aço à compressão:
• Aço à tração:
52|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
REFORÇO À FLEXÃO
� Capacidade resistente à flexão - Região 1: rotura do sistema FRP
52/602011/2012
53|Projeto de Reforço com FRP J. Sena CruzReabilitação e Reforço de Estruturas
( )cu2f 0 fdh x
xεε ε ε= ⋅ − − ≤
REFORÇO À FLEXÃO
� Capacidade resistente à flexão - Região 2: rotura do betão
A configuração de extensões deverá ser de acordo com :
• FRP:
53/602011/2012
c cu2ε ε=
2s2 cu
x dx
ε ε −= ⋅
s1 cud x
xε ε −= ⋅
• Betão:
• Aço à compressão:
• Aço à tração:
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REFORÇO À FLEXÃO
� Dispensa do sistema FRP
A dispensa do sistema FRP poderá ser realizada adot ando metodologia idêntica à usada no betão armado.
Devem adotar-se comprimentos de amarração iguais ou superiores ao ótimo. Caso contrário a tensão de aderência deve rá ser corrigida.
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( )1 0.9 1 cota d α= ⋅ ⋅ −
ao ótimo. Caso contrário a tensão de aderência deve rá ser corrigida.
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REFORÇO À FLEXÃO
� Verificações aos Estados Limite de Utilização
Devem ser verificados os seguintes Estados Limite:
1. Limitação das tensões;
2. Controlo das flechas (deformação);
3. Controlo da largura de fendas (fendilhação ).
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3. Controlo da largura de fendas (fendilhação ).
Assim, pretende-se:
• Evitar que para condições de serviço a armadura plastifique e evitar ofenómeno de fluência excessiva no betão e FRP;
• Evitar deformações excessivas de modo a evitar danos em elem entos nãoestruturais;
• Evitar fendilhação excessiva que reduza a durabilidade da es trutura, o seufuncionamento, aspeto e performance da ligação betão/FRP.
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REFORÇO À FLEXÃO
� Verificações aos Estados Limite de Utilização
As hipóteses de cálculo a adotar devem ser as seguintes:
1. Consideração do betão fendilhado e não fendilhado;
2. Comportamento elástico linear dos materiais;
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3. Hipótese das secções planas;
4. Aderência perfeita FRP/betão e aço/betão.
Assim:
1. Consideração de coeficientes de homogeneização (tendo em conta otempo de permanência das cargas): nf=Ef/Ec e ns=Es/Ec;
2. Deve ser tida em conta a fendilhação antes da aplicação do r eforço.
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fkf fσ η≤ ⋅
REFORÇO À FLEXÃO
� Limitação das tensões
� A limitação das tensões deve ser verificada para a combinaçã ode ações quase permanente;
� Os FRP devem satisfazer a condição:
� As tensões no betão, aço e FRP devem ser avaliadas através
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� As tensões no betão, aço e FRP devem ser avaliadas atravésdas seguintes expressões:
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REFORÇO À FLEXÃO
� Limitação das tensões
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REFORÇO À FLEXÃO
� Controlo das deformações
� No controlo das deformações podem ser adoptadosprocedimentos idênticos aos usados nas estruturas de betãoarmado
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� Controlo da fendilhação
� Esta verificação ainda carece de consenso a nível científic o,sendo por isso sugerido que sejam usados modelospropostos na bibliografia
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REFORÇO À FLEXÃO
� Exemplo
Recorrendo a laminados de CFRP, dimensione à flexão uma vigasimplesmente apoiada com 6.0 m de vão, atendendo aos seguintesdados:
� Secção transversal: 0.20 m ×××× 0.50 m (d = 0.45 m)
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� Armadura de flexão (momentos positivos): 4Ø16
� Betão C20/25; Aço A400 NR
� Cargas permanentes, gk = 40 kN/m
� Sobrecarga, qk = 10 kN/m
� Admita que aquando da execução do reforço, as cargas atuante ssão iguais às cargas permanentes.