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Reabilitação Fonoaudiológica na
Doença de Parkinson
Facilitadoras: Giovana Jaime Alves
Fernanda Sahium Duarte
Jaime Alves / Sahium Duarte
Jaime Alves / Sahium Duarte
A Doença de Parkinson é caracterizada por uma anormalidade neuroquímica em áreas encefálicas envolvidas no controle do movimento.
É considerada a segunda maior causa de doença degenerativa depois da Doença de Alzheimer.
A incidência na população é de 100 a 150 casos por 100 mil habitantes. A Estimativa é de que com o considerável aumento da população idosa nas próximas décadas a prevalência da Doença de Parkinson venha alcançar o dobro da atual até 2050.
O início da doença ocorre geralmente próximo aos 60 anos de idade acometendo ambos os sexos e diferentes etnias. Os casos da doença que tem início antes dos 40 anos são considerados como Doença de Parkinson de inicio precoce.
Alterações
Fonoaudiológicas
Do ponto de vista fonoaudiológico a tríade
Parkinsoniana levam as seguintes manifestações:
Alimentação: Disfagia
Comunicação: Voz - Disfonia
Fala- Disartria
Escrita: Micrografia
Expressão facial: Hipomimia
Jaime Alves / Sahium Duarte
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Deglutição (disfagia)
A dificuldade na deglutição decorre da inabilidade na
realização rápida e coordenada dos movimentos envolvidos no
ato de engolir.
A alteração deve-se à desintegração dos movimentos
automáticos e voluntários causados por acinesia, bradicinesia e
rigidez associada a Doença de Parkinson.
Em decorrência dessas alterações o paciente Parkinsoniano
pode apresentar aspiração geralmente assintomática.
Jaime Alves / Sahium Duarte
Jaime Alves / Sahium Duarte
A insuficiência respiratória decorrente da disfagia e
aspiração é considerada a principal causa de óbito.
Anteriormente à VIDEOFLUOROSCOPIA( EADIE e
TYRER, 1965), levantaram a hipótese de que os
sintomas poderiam ser decorrentes de lesão do nervo
vago e núcleos da base.
Com novos estudos (LOGEMANN) focalizaram
alterações não apenas faringoesofágicas
(hipofaríngeas), mas alterações das fases
preparatórias e orais como:
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Fase preparatória e oral
Tremores dos órgãos fonoarticulatórios;
Alterações na formação inicial do bolo alimentar;
Tempo de trânsito oral aumentado;
Limitação da excursão de língua e mandíbula
durante à mastigação
E presença de movimentos antero-posteriores de
língua para a propulsão do bolo alimentar
( “ FESTINAÇÂO DA MUSCULATURA LINGUAL”).
Fase Faríngea
Atraso do reflexo de deglutição- resultando na estase do bolo
alimentar no espaço valecular e seios piriformes com riscos de
penetração e aspiração laríngea;
Alterações da motilidade faríngea e função cricofaríngea;
* Sialorréia é devido a disfunção neuromuscular no qual o
paciente apresenta alteração do controle oral da
deglutição.
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Voz (Disfonia)
A voz nos pacientes com Doença de Parkinson
caracterizam-se tipicamente por voz:
Monótona - Alterações nas freqüências: grave-agudo
- Alterações na Intensidade: fraca- forte
Rugosa(Soprosa): deve-se a incompetência glótica
(pelo arqueamento das pregas vocais)
Rouca: devido à instabilidade vibratória das pregas vocais
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Fala (Disartria)
As alterações articulatórias na Doença de Parkinson são caracterizadas por “ consoantes imprecisas”, devido:
Alterações das funções respiratórias, função fonatória, função articulatória e de ressonância.
Estreitamento do trato vocal na produção dos fonemas;
Redução da abertura vertical da boca decorrente da musculatura elevadora da mandíbula.
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Escrita
É micrográfica devido à acinesia
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Expressão Facial
Presença de face hipomímica(diminuição da
expressividade facial).
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Reabilitação Fonoaudiológica
Atuar na área de reabilitação é deparar-se diariamente com
questionamentos sobre a Eficiência X Eficácia terapêutica.
O objetivo é a melhora da qualidade de vida do indivíduo.
Eficiência deve ser compreendida como a capacidade que
um procedimento terapêutico possui para produzir efeitos
benéficos na dinâmica da deglutição.
Eficácia é quando o paciente tem condições seguras de via
oral.
Jaime Alves / Sahium Duarte
Proposta Terapêutica na
Doença de Parkinson
OBJETIVO:
Melhorar a qualidade e intensidade vocal, articulação e
deglutição.
É importante o reconhecimento precoce das alterações,
para o início da abordagem terapêutica com maior
probabilidade de sucesso.
A terapia é dirigida à fala e a voz, consequentemente à
deglutição devido mesmo arcabouço músculo- esquelético.
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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS: T:
Método Castillo Morales:
Consiste em estimular através de contato, vibração, pressão e deslizamentos das mãos em determinados pontos faciais através de massagens.
Método Lee Silverman:
O princípio básico desta abordagem é o incremento do esforço fonatório objetivando o aumento da intensidade vocal, beneficiando a deglutição e expressão facial.
Estimulação Magnética Transcraniana:
É uma terapia através de corrente elétricas induzida por pulsos magnéticos nas áreas do cérebro diretamente ligadas aos distúrbios que serão tratados, sem uso de anestesia ou sedação.
Jaime Alves / Sahium Duarte
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Terapia com Biofeedback (EMG);
É uma terapia neuromuscular para detectar o músculo
que esta sendo estimulado durante o esforço ao
movimento.
Terapia de Estimulação Cerebral: DBS
- Eficiente- Estimula regiões específicas do cérebro
- Ajustável – Os parâmetros de estimulação podem ser
ajustados pelo médico para satisfazer necessidades
específicas
- Reversível- Diferentes de outros tratamentos cirúrgicos, a
terapia DBS,não remove nenhuma parte do cérebro. O
sistema DBS pode ser desligado ou removível.
Exercícios Articulatórios
Sobrearticulação;
Falar devagar;
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Exercícios Respiratórios
Uso do Ambú: estaqueamento
empilhamento
Clipagem
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Exercícios Vocais
Cantar
Rezar
Tubo de silicone
Trabalhar tempo máximo de fonação
Ataque vocal brusco
Vogal sustentada
Empuxo
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Deglutição
Estimulação tátil, térmico e gustativa
Manobras facilitadoras( proteção de via aérea
inferior)
Exercícios miofuncionais orofaciais
Técnica de Jaw Opening
Mudança de Consistências- Espessante
(néctar, mel e pudim)
Crioterapia
Vias alternativas de alimentação
Jaime Alves / Sahium Duarte
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BIBLIOGRAFIA
Doença de Parkinson: estratégias atuais de tratamento- coordenador: Luiz Augusto F. Andrade;editores: Egberto Reis Barbosa, Francisco Cardoso, Hélio A.G. Teive. 4
edição- São Paulo: Omnifarma, 2014.
Barichella M, Cereda E, Pezzoli G. Major nutritional issues in the managment off Parkinson’s disease patients Eur J clin nutr. 2003.
Coates C, Bakheit AM. Dysphagia in Parkinson’s disease. Parkinsonism Relat. Disord. 2005,
Disfagias nas Unidades de Terapia Intensiva- Organização Ana Maria Furkin, Kátia Alonso Rodrigues. – 1 ed- São Paulo: Roca- 2014.
Jaime Alves / Sahium Duarte
Jaime Alves / Sahium Duarte
Obrigada!