66
FACULDADE TECSOMA Graduação em Fisioterapia Deliane Silva Barbosa REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: estudo de Caso Paracatu MG 2018

REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

  • Upload
    lemien

  • View
    228

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

FACULDADE TECSOMA

Graduação em Fisioterapia

Deliane Silva Barbosa

REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO

ANTERIOR: estudo de Caso

Paracatu – MG

2018

Page 2: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

DELIANE SILVA BARBOSA

REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO

ANTERIOR: estudo de Caso

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso || como pré-requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu – MG. Orientadora temática: Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima Orientadora metodológica: Prof.ª MSc. Cecília M. Dias.

Paracatu - MG

2018

Page 3: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

DELIANE SILVA BAROSA

REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO

ANTERIOR: estudo de Caso

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso || como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG.

Paracatu, _____, de ______________________ de 2018.

Banca Examinadora:

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima

Orientadora Temática

Faculdade Tecsoma

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Prof.ª MSc. Cecília M. Dias

Orientadora Metodológica

Faculdade Tecsoma

Paracatu - MG

2018

Page 4: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

Dedico este trabalho primeiramente а

Deus, por ser essencial em minha vida,

autor de meu destino, meu guia e socorro

presente na hora da angústia. A minha

avó Maria de Lourdes “in memoriam”, que

foi essencial na escolha da minha

profissão.

Page 5: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, por ser meu refúgio, meu

consolo, e meu abrigo durante esses anos, por todo amor que me fez chegar até

aqui, e por todas as conquistas realizadas. Gratidão por me proporcionar uma

formação superior, que me permite cuidar de vidas, com amor e dedicação.

Aos meus pais Marilza e Claudecir, obrigada por me ensinar os caminhos

corretos da vida, por me apoiarem em todas as fases da minha vida. Agradeço pelo

amor e paciência de vocês comigo, não mediram esforços para dar o melhor a mim

e meus irmãos. Essa conquista também é de vocês, obrigada por tudo.

Aos meus irmãos, que sempre esteve ao meu lado e que com palavras me

aconselharam durante minha jornada universitária, vocês são muito mais do que eu

pedi a Deus, obrigada de coração.

Aos meus familiares que direto ou indiretamente esteve presente nessa

conquista, colocando-me em suas orações, e me dando força sempre, em especial a

Dra. Shirley e meu tio Ramon, pelo apoio e incentivo a carreira, obrigada por toda

inspiração família Barbosa e Silva.

Ao meu namorado, companheiro e melhor amigo, Bruno Araújo obrigada pelo

apoio, carinho e paciência durante esses anos, agradeço a Deus por ter colocado

você em minha vida, eu te amo.

Aos meus amigos de faculdade que levarei para a vida toda Lorena, Luana,

Gisele, Camila, Thainá, João Vitor, Janara e Larissa juntos conseguimos alcançar

nossos objetivos, agradeço por todo apoio, pelos conselhos, pelas brigas que nos

levaram a ter uma amizade mais forte, nos tornando mais maduros para a vida.

Aos professores, agradeço imensamente pelo esforço de transmitir todo

ensinamento e aprendizado com muita dedicação, que Deus recompense a vida de

vocês a cada dia.

Enfim agradeço todos que participaram direto ou indiretamente nessa

conquista, afirmo com orgulho que sonhos podem se tornar realidade.

Page 6: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

“Tenha metas. Uma vida sem objetivos é

uma existência triste, pois o homem é um

ser, historicamente, movido a desafios.”

(Renato Collyer)

Page 7: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

RESUMO

A articulação do joelho é classificada como uma das mais complexas do corpo, faz parte da sua formação três ossos, que são o fêmur tíbia e patela, estes ossos são estabilizados pelos ligamentos que forma o complexo articular do joelho. O ligamento cruzado anterior, proporciona a estabilidade anterior do joelho. Lesões neste ligamento acarreta em perda da funcionalidade do complexo articular, que gera em muitos casos a necessidade de um procedimento cirúrgico. A fisioterapia é fundamental na fase de pós-operatório de ligamento cruzado anterior. Em sua reabilitação visa ganhos funcionais, por meio de técnicas fisioterapêuticas, para potencializar a força muscular, aumentar a amplitude de movimento, o equilíbrio, a propriocepção, recuperando a estabilidade do joelho. O objetivo deste estudo foi averiguar os benefícios da reabilitação fisioterapêutica, em um paciente em pós-operatório do ligamento cruzado anterior. O protocolo de reabilitação foi aplicado em um paciente do sexo masculino, com 44 anos de idade, residente do município de Paracatu/Minas Gerais. A avaliação foi realizada no primeiro dia de tratamento e ao final de trinta sessões, para assim averiguar a amplitude de movimento, perimetria, força muscular e quadro álgico. Ao final da reabilitação fisioterapêutica notou-se aumento da amplitude de movimento dos membros inferiores, da força muscular, assim como redução do quadro álgico. A fisioterapia no pós-operatório visa recuperar a funcionalidade de forma global, tornando o indivíduo apto ao retorno de suas atividades.

Palavras chaves: ligamento cruzado anterior, fisioterapia, reabilitação.

Page 8: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

ABSTRACT

The knee joint is classified as one of the most complex of the body. As part of their formation three bones, which are the femur, tibia and patella, these bones are stabilized by the ligaments that form the knee joint articular complex. The anterior cruciate ligament provides the anterior stability of the knee. Injuries to this ligament result in loss of functionality of the joint articular complex, which in many cases generates the need for a surgical procedure. Physical therapy is fundamental in the postoperative phase of anterior cruciate ligament. In its rehabilitation it aims at functional gains, through physiotherapeutic techniques, to potentiate muscular strength, increase range of motion, balance, proprioception, and consequently recovering the stability of the knee. The objective of this study was to investigate the benefits of physiotherapeutic rehabilitation in a patient in the postoperative period of the anterior cruciate ligament. The rehabilitation protocol was applied to a 44-year-old male patient living in the municipality of Paracatu / MG. The evaluation was performed on the first day of treatment and at the end of thirty sessions, in order to ascertain the range of motion, perimetry, muscle strength and pain. At the end of physiotherapeutic rehabilitation, there was an increase in range of motion of the lower members, muscle strength, as well as reduction of pain. Physical therapy in the postoperative period aims to recover functionality in a global way, making the individual able to return to his or her activities.

Keywords: anterior cruciate ligament, physiotherapy, rehabilitation.

Page 9: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Articulação do Joelho................................................................................20

Figura 2: Resultados obtidos através das avaliações pela Escala Análoga da Dor,

nas avaliações do tratamento...................................................................................41

Figura 3: Resultados obtidos através da avaliação da força muscular do MID e MIE

com base na escala de Kendall................................................................................42

Page 10: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resultados obtidos através da Goniometria de flexão e extensão

comparadas entre os dois joelhos..............................................................................39

Tabela 2: Resultados obtidos através da avaliação de perimetria do MID e MIE em

região proximal da coxa e distal perna.......................................................................40

Page 11: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADM - Amplitude de movimento

AVD - Atividade de vida diária

AVP - Atividade de vida profissional

CCA- Cadeia cinética aberta

CCF- Cadeia cinética fechada

EVA - Escala Analógica Visual da dor

LCA - Ligamento cruzado anterior

LCL - Ligamento colateral lateral

LCP - Ligamento cruzado posterior

MMII – Membros inferiores

MID – Membro inferior direito

MIE – Membro inferior esquerdo

TCC - Trabalho de conclusão de curso

Page 12: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

SUMÁRIO

1 Introdução .............................................................................................................. 14

2 Objetivos ................................................................................................................ 16

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 16

2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... .....16

3 Justificativa ............................................................................................................ 17

4 Referencial Teórico ................................................................................................ 18

4.1 Anatomia ............................................................................................................ 18

4.2 Músculos ............................................................................................................. 20

4.3 Ligamentos Articulares ........................................................................................ 21

4.4 Fisiopatologia do LCA ........................................................................................ 22

4.5 Mecanismo de Lesão do LCA ............................................................................ 22

4.5.1 Diagnóstico do LCA ......................................................................................... 23

4.6 Métodos de Avaliação ........................................................................................ 24

4.6.1 Goniometria ..................................................................................................... 24

4.6.2 Perimetria ........................................................................................................ 24

4.6.3 Teste de força muscular manual ..................................................................... 25

4.6.4 Escala visual analógica de dor (EVA) ............................................................. 25

4.7 Atuação da Fisioterapia no pós-operatório de LCA ............................................ 26

4.7.1 Tratamento Fisioterapêutico ............................................................................ 26

4.7.2 Protocolo de reabilitação pós-operatório do LCA ............................................. 28

4.7.3 Crioterapia ....................................................................................................... 29

4.7.4 Eletroterapia .................................................................................................... 30

4.7.5 Cinesioterapia ................................................................................................. 31

4.7.6 Alongamentos ................................................................................................. 32

Page 13: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

4.7.7 Mobilização Articular ....................................................................................... 33

4.7.8 Fortalecimento Muscular .................................................................................. 33

4.7.9 Propriocepção e Equilíbrio ............................................................................... 34

4.7.10 Treino da Marcha .......................................................................................... 36

5 Metodologia ............................................................................................................ 37

5.1 Paciente estudado .............................................................................................. 37

5.2 Materiais e Métodos ........................................................................................... 37

6 Resultados e Discussão ........................................................................................ 39

7 Conclusão ............................................................................................................. 44

8 Referências bibliográficas .................................................................................... 45

Apêndices ................................................................................................................. 51

Anexos ..................................................................................................................... 60

Page 14: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

14

1. INTRODUÇÃO

No decorrer dos anos a fisioterapia tem se expandido profissionalmente em

diversas áreas, principalmente na área traumato-ortopedica. Tal ocorrência seja

explicada, devido os altos índices de lesões ortopédicas, principalmente em jovens

adultos. A cirurgia é o tratamento mais indicado, quando as lesões causam danos

funcionais, limitando o indivíduo de seus afazeres. Entretanto a fisioterapia atua na

área de pós-operatório, com intuito de retornar o indivíduo ao mesmo nível anterior a

lesão. Contudo um dos principais objetivos da fisioterapia, é tratar o paciente de

forma global e com isso estabelecer uma reabilitação segura, dentro dos limites

fisiológicos do corpo humano. Portanto, atua evitando repercussões negativas,

oriundas do pós-cirúrgico, e assim proporcionando uma melhora na qualidade de

vida (O’ SULLIVAM; SCHMITZ,2004).

A articulação do joelho, é sustentada e estabilizada por músculos, ligamentos

e tendões, não possui estabilidade óssea, e muitas vezes está exposta a estresses

gerando traumas e distensões graves. Portanto não causa surpresa o fato de ser

caracterizada como uma das articulações que é lesionada com maior frequência

(LIPPERT, 2014; MONTOVANI, et al., 2007).

O joelho apresenta pouca estabilidade, devido sua forma anatômica, porém

ao mesmo tempo apresenta grande flexibilidade, sendo caracterizada como uma

articulação de grande carga, cuja função depende de músculos e ligamentos. Ao

apresentar uma lesão nessa articulação, haverá alteração na informação sensorial

mantido pelos mecanorreceptores, gerando assim uma instabilidade ligamentar,

alteração da marcha, dores na região do joelho, e consequentemente diminuição da

amplitude de movimento (ALONSO; BRECH; GREVE, 2010).

Entretanto o LCA é o meio primário que impede a anteriorização da tíbia

sobre o fêmur. Essa articulação trabalha em conjunto com o LCP, delimitando uma

rotação e um possível deslocamento entre a tíbia e o fêmur. Com isso a insuficiência

do LCA, pode produzir episódios de instabilidade, gerando assim uma alteração da

mecânica articular (JORGE, 2008).

A grande importância das instabilidades ligamentares do joelho, não está

ligada apenas na insegurança e na incapacidade funcional apresentada pelo

Page 15: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

15

paciente, mas também na degeneração secundária, e nas possíveis lesões de

diferentes estruturas dessa articulação, devido aos seus movimentos anormais, cujo

estágio final é a osteoartrose. Dá-se então a necessidade de um diagnóstico correto,

para então iniciar um tratamento adequado para essa lesão (HEBERT,2003).

Segundo Soares (2011), a reabilitação fisioterapêutica contribui na

minimização dos efeitos de imobilização. No entanto não deve haver a sobrecarga

dos tecidos na fase de cicatrização. A fisioterapia oferece uma redução no quadro

de dor, restabelecendo a amplitude de movimento, ganhando força muscular no

membro afetado, e aumentando a propriocepção e equilíbrio, bem como uma melhor

e mais adequada cicatrização do tecido. Com isso permite um adequado retorno do

indivíduo ao mesmo nível funcional anterior a lesão.

A fisioterapia tem sido de fundamental importância para a reabilitação do pós-

cirúrgico, principalmente por meio de exercícios passivos, ativos assistidos e ativos.

De imediato, faz-se necessário prevenir eventos trombóticos nos membros

inferiores, com exercícios de bombeamento de tornozelo, ganhar extensão da

articulação do joelho, minimizar o quanto antes o edema, com a crioterapia e a

eletroterapia, recuperar a amplitude de movimento completa em todas as

movimentações do joelho e retornar a força e o trofismo muscular do membro

(IOSHITAKE et al., 2016).

Page 16: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

16

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Determinar os resultados obtidos através da reabilitação fisioterapêutica em

um paciente submetido a cirurgia do ligamento cruzado anterior (LCA).

2.2 Objetivos Específicos

• Analisar o fortalecimento da musculatura por meio do grau de força muscular

manual segundo escala de Kendall.

• Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular.

• Avaliar o nível do quadro álgico através da escala análoga visual de dor.

• Realizar perimetria para mensuração de circunferência do membro com

hipotrofia ou edema no tratamento fisioterapêutico.

• Aplicar um protocolo de tratamento fisioterapêutico, para reabilitação do LCA.

Page 17: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

17

3. JUSTIFICATIVA

Justifica-se a escolha do tema devido à grande incidência de lesões

ligamentares do joelho. Estas lesões geram uma instabilidade ligamentar que afeta

de forma negativa a funcionalidade do indivíduo, levando a redução da mobilidade

articular, alteração da marcha, provocando um quadro de dor e perda da força dos

membros inferiores.

A fisioterapia é fundamental na fase de pós-operatório do LCA, tem o intuito

de melhorar a funcionalidade do paciente de forma global. A finalidade do

fisioterapeuta na reabilitação é prevenir complicações decorrentes do período pós-

operatório, tais como a artrose, necrose de pele, restrição do arco do movimento,

derrame articular prolongado, tendinite, hérnia muscular, fratura patelar e infeções. A

fisioterapia utiliza meios de tratamento como a crioterapia, eletroterapia juntamente

com cinesioterapia e as mobilizações articulares, com a finalidade de promover ao

paciente uma diminuição do quadro álgico e limitação dos sintomas, reduzindo

assim os efeitos secundários da cirurgia. Permitindo um adequado retorno nas

atividades do cotidiano e nas atividades físicas o mais rápido possível.

Page 18: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

18

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Anatomia

A articulação do joelho é caracterizada como uma das maiores e mais

complexa articulações do corpo humano. Isto do ponto de vista estrutural quanto

funcional, e se refere a uma articulação de sustentação de peso. Sendo assim alvo

de uma variedade de lesões que alteram tanto o seu desempenho quanto a sua

função (MANTOVANI et al., 2007). As estruturas ósseas que compõem a articulação

do joelho são o fêmur, a tíbia e a patela. Esses três ossos participam integralmente

da formação de duas articulações separadas são elas a articulação patelo-femoral e

a articulação tibiofemoral (MALONI et al., 2000).

A articulação tibiofemoral possui estabilidade em dois graus de liberdade de

movimento. No entanto é formada pelos dois ossos tíbia e fêmur que possui

característica de ser os mais longos do corpo humano. A congruência da articulação

é levemente aumentada pela eminencia intercondilar da tíbia, e a forma de cunha do

menisco lateral e medial, forma um anel incompleto, ou crescente em cada côndilo

tibial (HOUGLUM; BERTOTI, 2014).

A articulação patelo-femoral é composta pelas faces articular da patela e face

patelar do fêmur. Ela tem a função de proteger a face anterior da articulação do

joelho, o que favorece na melhora da mecânica do grupo muscular quadríceps

(RASCH, 1991).

Segundo Houglum e Bertoti (2014), a patela possui importantes funções no

joelho, melhora a eficiência e aumenta o torque dos extensores do joelho em toda a

sua amplitude de movimento, centraliza as forças dos quatro músculos dos quadris

em uma só força, fornece um mecanismo de deslizamento liso para os músculos do

quadril e tendões para reduzir a compressão e força de fricção durante a atividade,

como a de dobrar os joelhos. Portanto a patela contribui para a função geral do

joelho. Sendo mais palpada quando indivíduo está em decúbito dorsal com os

joelhos estendidos e relaxados.

Page 19: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

19

A patela consiste em um osso sesamoide, incluído no tendão de inserção do musculo quadríceps femoral que funciona como um obstáculo mecânico, quando a articulação do joelho é fletida. Formada, pela face anterior do fêmur e pelas faces articulares posteriores da patela (MOREIRA et al., 2004 p.114).

Teoricamente a parte superior da articulação do joelho é formada pela

extremidade inferior do fêmur, caracterizado por ser o osso mais comprido do corpo

humano. O fêmur inicia-se na articulação coxofemoral, apresentando trajeto em

sentido distal, dividindo-se em dois grandes côndilos, que se articulam com a patela,

e a tíbia. Os côndilos são revestidos por cartilagem hialina lisa, de grande

espessura, capazes de resistirem a grandes forças articulares. Próximo aos

côndilos, encontram-se os grandes epicôndilos, que são superfícies convexas

apresentando inúmeros orifícios para os vasos, sendo essas áreas ricamente

vascularizadas, devido ser os locais de inserção para as estruturas da capsula,

assim como os ligamentos e os tendões em torno do joelho (MALONI et al., 2000).

A tíbia se alonga pela extremidade proximal para então preencher o fêmur e

formar a porção distal da articulação tibiofemoral. A sua superfície articular é

significativamente menor que a do fêmur. A tíbia possui dois côndilos femorais

medial e lateral (HOUGLUM; BERTOTI, 2014).

Os meniscos fornecem a articulação do joelho importantes propriedades. Sua

fibrocartilagem é inserida na tíbia para aumentar o espaço da articulação,

melhorando a congruência da articulação. Embora o aumento da congruência

normalmente leve a redução da mobilidade, o menisco permite tanto uma maior

congruência como uma amplitude de flexão do joelho. A configuração do menisco

lateral é quase um círculo, enquanto o menisco medial é mais em forma de C

(HOUGLUM; BERTOTI, 2014).

Os meniscos melhoram a congruência entre os côndilos da tíbia e do fêmur, durante os movimentos articulares, nos quais as faces articulares dos côndilos de fêmur que se articulam com o platô tibial mudam de pequenas faces curvas, na flexão, para grandes faces planas, na extensão (DRAKE et al., 2015, p. 607).

Além de aumentarem a estabilidade da articulação os meniscos

desempenham outras funções, pois eles ajudam na transmissão de forças de

sustentação, melhoram a lubrificação e ajuda os côndilos femorais a rolar durante os

movimentos (MALONI et al., 2000).

Page 20: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

20

A inervação da articulação do joelho se dá pelo nervo femoral e isquiático. O

nervo femoral inerva o quadríceps femoral, e o nervo isquiático os músculos

posteriores da coxa (LIPPERT, 2014).

Figura 1: Vista anterior do joelho.

Fonte: Moore, 2014

4.2 MÚSCULOS

Os músculos que atuam na articulação do joelho, cruzam também o quadril.

Assim os movimentos e posições do quadril interferem na amplitude de movimento

que pode ocorrer no joelho, bem como forças que podem ser geradas (SMITH;

WEISS; LEHMKUHL, 1997).

O músculo quadríceps femoral é constituído de quatro músculos. O músculo

vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e o reto femoral. Estes músculos

formam o quadríceps femoral, e inserem-se na base da patela e na tuberosidade da

tíbia por meio do ligamento patelar. Como os quatro músculos cruzam a região

anterior da articulação do quadril, todos contribuem na extensão da perna na

articulação do joelho (LIPPERT, 2014).

Page 21: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

21

Os músculos isquiotibiais são respectivamente o semimembranoso,

semitendinoso e bíceps femoral. A ação do semimembranoso e semitendinoso é a

extensão da coxa na articulação do quadril e flexão da perna na articulação do

joelho. Entretanto o a cabeça longa do bíceps femoral realiza a extensão da coxa

na articulação do quadril e flexão da perna na articulação do joelho, sua cabeça

curta faz flexão da perna na articulação do joelho (LIPPERT, 2014). Quando o joelho

está parcialmente fletido, o bíceps femoral pode rodar lateralmente a perna na

articulação do joelho (DRAKE et al.,2015).

O musculo gastrocnêmico é musculo biarticular que cruza as articulações do

joelho e do tornozelo. Ele possui uma contribuição como flexor da perna na

articulação do joelho. Os músculos grácil, sartório e tensor da fáscia lata cruzam a

articulação do joelho posteriormente, proporcionando estabilidade posterior tanto

medialmente quanto lateralmente, e o músculo quadríceps femoral assegura

estabilidade anterior (LIPPERT, 2014).

4.3 LIGAMENTOS ARTICULARES

O LCA fornece controle e estabilidade ao joelho durante os movimentos de

flexão e extensão. Esses ligamentos encontram-se no centro da articulação, no

interior da fossa intercondilar femoral, e dentro da capsula fibrosa, no entanto estão

fora da capsula sinovial, sendo assim intracapsulares, mas classificados como extras

sinoviais. Ambos os ligamentos surgem na tíbia e se inserem na região distal do

fêmur no interior da articulação do joelho. O LCA é mais oblíquo e longo, enquanto o

LCP segue um curso mais vertical, espesso e resistente (HOUGLUM; BERTOTI,

2014).

O ligamento cruzado anterior é o principal responsável pela estabilidade

anteroposterior do joelho, juntamente com o ligamento cruzado posterior

(CARDOSO et al., 2008). De acordo com Drake e colaboradores (2015), os

ligamentos colaterais, um de cada lado da articulação estabilizam a ação em

dobradiça do joelho.

Page 22: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

22

Os ligamentos colaterais proporcionam estabilidade no plano frontal. No

entanto os ligamentos colaterais tibiais proporcionam uma estabilidade medial,

impedindo o movimento excessivo em caso de um golpe na região lateral do joelho.

O ligamento colateral fibular garante a estabilidade na região lateral do joelho

(LIPPERT, 2014).

O LCP origina-se na área intercondiliana posterior da tíbia. A translação

anterior e posterior do joelho é limitada pelo LCA e LCP, respectivamente. A ruptura

do LCA faz com que ocorra o deslocamento anterior ou deslocamento posterior da

tíbia no fêmur (HOUGLUM; BERTOTI, 2014; PALASTANGA, 2000).

4.4 FISIOPATOLOGIA DO LCA

A lesão do LCA ocorre quando o ligamento é forçado, além de sua aptidão

elástica, com isso ocasiona uma ruptura parcial ou total. A classificação das lesões

de LCA é caracterizada por graus de entorses (PINHEIRO, 2015).

• Grau I: haverá uma lesão ligamentar ligeira, seguindo de um estiramento,

porém mantem-se a estabilidade da articulação. Havendo a presença de

edema, sensibilidade local, mas não ocorre perda funcional.

• Grau II: haverá uma ruptura parcial das fibras do ligamento, dando origem a

um ligamento frouxo, no entanto não demostra perda completa da integridade

do ligamento.

• Grau III: é caracterizada pela ruptura total das fibras ligamentares, do tipo

grave, causando assim a instabilidade articular.

4.5 MECANISMO DE LESÃO DO LCA

As lesões do LCA, quase sempre estão relacionadas as lesões de meniscos,

e de ligamentos colaterais, principalmente quando há uma sobrecarga de uma

rotação e tronco, em relação aos membros inferiores (MONTEIRO, 2008).

Page 23: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

23

Entretanto podem ocorrer por mecanismos diretos ou indireto. Lesões de

LCA ocorrem como resultado de atividades no meio esportivo, em que se impõe

uma pressão significativa sobre a articulação do joelho, como uma parada repentina

ou um salto. O mais comum deles é o trauma rotacional, classificado como o

mecanismo mais frequente. Nesse caso, o corpo roda para o lado oposto ao pé de

apoio, determinando uma rotação externa do membro inferior, acompanhada de um

discreto valgismo do joelho. Esse movimento forçado, determina a lesão, outro

mecanismo relativamente frequente é a hiperextensão do joelho sem apoio,

determina então o aparecimento da lesão isolada do LCA (HEBERT et al., 2003.;

PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Por sua vez, a lesão por trauma indireto acontece perante paragem brusca e saltos sem qualquer contato físico, provocando lesões isoladas do LCA seguidas de hemartrose. A hiperflexão forçada do joelho, flexão forçada, extensão completa do joelho e hiperextensão forçada do joelho são os mecanismos mais comuns nas lesões isoladas do LCA (PINHEIRO, 2015

p.324).

4.5.1 Diagnóstico do LCA

Baseia-se na história e no exame clínico da lesão. Com isso os pacientes

que apresentam lesões deste ligamento, relatam dores, edema local, sensibilidade

na região da articulação, com isso sensações de instabilidades no caminhar, e

diminuição na amplitude de movimento, e assim incapacidade funcional (PINHEIRO,

2015).

A dor, o edema e a incapacidade funcional do joelho, estão presente nos

principais sintomas de lesão do LCA. A palpação é realizada para localizar pontos

dolorosos, detectando se a presença ou não do derrame articular. Utiliza-se exames

complementares para confirmação da lesão, como o raio x, e ressonância

magnética. Podendo ser feito a realização de testes específicos. Os principais

realizados para detectar lesões de LCA são: Teste de Lachman, teste de gaveta

anterior, teste pivot-shift. A positividade nesses testes aponta lesões de LCA

(HEBERT et al., 2009).

Page 24: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

24

A realização do teste de Lachamn é feito com o paciente em decúbito dorsal

e joelho fletido, o examinador empurra a tíbia para frente em relação ao fêmur.

Havendo anteriorização ao movimento, o sinal é positivo para lesão de LCA. No

entanto, é o teste mais principal no diagnóstico de lesão do LCA (RENSTRÖM,

2002).

O teste de pivot-shift, é iniciado com o joelho em extensão, realiza-se uma

força em valgo e rotação medial da perna, com isso a rotação é iniciada em torno de

30º a 50º, também detecta lesão ligamentar do LCA. Entretanto o teste de gaveta

anterior, é realizado para verificar integridade do LCA, sendo realizado com o

paciente em decúbito dorsal, com o joelho a 90º de flexão, assim o avaliador irá

sentar sobre os pés do paciente, e a partir desta posição o examinador puxa a tíbia

para si (HEBERT et al., 2009).

4.6 METÓDOS DE AVALIAÇÃO

4.6.1 Goniometria

Como método de avaliação, utiliza-se o goniômetro. Este recurso é

fundamental para traçar metas e objetivos em um programa de reabilitação. É

utilizado para mensuração de medidas angulares das articulações do corpo humano.

É, no entanto, composto por um corpo e dois braços, sendo um móvel e outro fixo.

Podendo ser de plástico ou metal, apresentam vantagens por ser de baixo custo, e

fácil manuseio, em que as medidas são tomadas de forma rápida (MARQUES,

2003).

4.6.2 Perimetria

A perimetria é um método que mensura a circunferências de membros que

estejam lesados ou ilesos. Com objetivos de detectar edemas, ou alterações tróficas

Page 25: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

25

musculares. Através de uma fita métrica, de fácil aplicação. O qual proporciona ao

fisioterapeuta dados em relação ao volume de massa do membro, podendo ser

realizada sempre que necessário na reabilitação. Pode-se então verificar o aumento

ou diminuição do segmento, se há presença ou não de edemas. Entretanto os

pontos iniciais de mensuração, anatômicas devem ser o mesmo em todas

avaliações, sempre mensurando o diâmetro de um segmento, e compara-lo com o

contralateral, deve-se o musculo estar relaxado, sem sobrecarga ou tensão exposta

a ele (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005; TORRES, 2013).

4.6.3 Teste de força muscular manual

O teste tem como função a determinação da força muscular do indivíduo.

Essa força tem como base uma escala que vai de 0 a 5, o qual 0 estabelece

nenhuma contração, e 5 a força normal do músculo, conseguindo assim vencer a

resistência imposta. Quando há evolução na escala, haverá indícios do aumento da

força muscular, sendo parte integrante do exame físico. Este teste fornece

informações, não obtidas por meio de outros procedimentos, que são úteis no

diagnostico diferencial, no prognóstico e no tratamento (KENDALL et al., 2007).

4.6.4 Escala visual analógica de dor (EVA)

Este meio auxilia o examinador, quando a presença de dor do indivíduo e sua

intensidade. Sendo um método indispensável no tratamento, pois este favorece a

progressão da dor do paciente, durante a reabilitação. Usado através de escala, em

que varia de 0 ausência de dor, a 10 dor máxima suportada (MALONI, 2000).

Page 26: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

26

4.7 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE LCA

4.7.1 Tratamento Fisioterapêutico

A integração cirurgião e fisioterapeuta é importantíssima no resultado do

tratamento cirúrgico, pois a interação passa pela capacidade que ambos devem ter,

em reconhecer e evitar possíveis falhas técnicas que retarde ou dificulta a volta do

paciente às suas atividades normais do dia a dia, e principalmente a sua volta aos

esportes (NUNES, 2018). A intervenção fisioterapêutica deve-se iniciar antes

mesmo do procedimento cirúrgico. Mas no âmbito dos pós cirúrgicos de LCA, a

intervenção auxilia na tentativa de minimizar a hipotrofia que ocorre devido ao

processo cirúrgico. No entanto os objetivos da fisioterapia é priorizar a redução dos

sintomas pós-cirúrgicos, assim como a prevenção da hipotrofia, especialmente da

musculatura do quadríceps femoral (SOARES et al., 2011).

A fisioterapia após uma cirurgia de LCA, é importante para aumento da

amplitude de movimento, ganho da força muscular, redução do edema local,

melhora das atividades funcionais, preservando assim o alinhamento mecânico

(DELISA et al., 2002).

Conforme Dambros e colaboradores (2012), a reabilitação é um processo

fundamental, após cirurgia do LCA, pois o tratamento visa a redução do quadro

álgico, do processo inflamatório, e edema, assim como uma melhora do controle

neuromuscular, força muscular, da marcha, equilíbrio e propriocepção. Em

concordância com o estudo de Fernandes e Macedo (2009), que afirmam que a

fisioterapia na fase de pós-operatório do LCA imediata, tem como objetivo diminuir o

edema, para evitar uma inibição reflexa do quadríceps e treino da marcha. Na fase

clínica deve-se manter a extensão completa do joelho, aumentando assim a

mobilidade patelar e força muscular (VASCONCELOS,2011).

Conforme Soares et al (2011), a reabilitação fisioterapêutica no LCA, deve

minimizar os efeitos que ocorrem devido ao período de imobilização, sem

sobrecarregar os tecidos em questão, mas permitir que o paciente torne apto a

realizar suas atividades. A fisioterapia oferece no tratamento do LCA, uma redução

Page 27: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

27

do quadro álgico, aumento do ganho de ADM, aumento da força muscular, assim

uma melhora na propriocepção e equilíbrio. Com isto haverá uma cicatrização

tecidual rápida, favorecida pela mobilização precoce.

De acordo com Lianza (2007), a fisioterapia utiliza em pós cirúrgicos de LCA a

cinesioterapia, e os alongamentos, como forma de tratamento, o qual favorece nas

atividades físicas ou movimentos, estabelecendo o retorno da função

musculoesquelética. Os exercícios terapêuticos feitos na reabilitação do LCA, são

realizados de forma harmônica, para assim produzir alterações desejadas, porém

sem lesionar a musculatura ou estruturas adjacentes. Assim a prioridade no meio da

fisioterapia é melhorar a performance muscular, estabelecendo um melhor estado

funcional do paciente. Os exercícios na bicicleta estacionária, tem mostrado uma

atividade segura durante a reabilitação do LCA, para ganho de ADM (RENSTRÖM,

2002).

Um dos objetivos da fisioterapia é o retorno da força normal da musculatura,

após a lesão do LCA, como também ganhar resistência e potência. Com a

fisioterapia os exercícios de fortalecimento contribuirão na reabilitação do LCA como

um todo, porém as cargas necessitam ser aplicadas com cuidado. O

acompanhamento de um fisioterapeuta nessa fase é imprescindível, pois precisa ser

aplicada cuidadosamente, de modo a proteger as estruturas. Na fase de

fortalecimento da reabilitação deve-se iniciar com uma progressão suave, passando

do exercício isométrico para o isotônico, e o isocinético, em seguida pliométricos, e

assim chegando ao nível de reabilitação funcional (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Segundo Soares e colaboradores (2011), a fisioterapia possui um papel

fundamental na reabilitação do joelho, isto contribui para que o indivíduo, recupere

sua funcionalidade, através da utilização de recursos como a crioterapia,

eletroterapia e cinesioterapia, favorecendo a diminuição de sequelas, e

proporcionando um aumento da capacidade funcional, nas suas AVD e AVP.

A reabilitação fisioterapêutica após uma lesão de LCA, varia muito, pois há

diferenças existentes nas literaturas. O período de tempo utilizado nos protocolos,

podem ser adaptados para situações diversas. Porém deve-se dar atenção inicial a

hemartrose do joelho e ao processo inflamatório. Instruindo o paciente, quanto a sua

reabilitação (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005).

Page 28: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

28

De acordo com Renström (2002), na fase de reabilitação após uma cirurgia de

LCA deve-se começar com exercícios precoces de ADM, em que o aspecto mais

importante da reabilitação, é evitar a inibição muscular, que é comumente causada

pela dor e pelo inchaço, isso causará um ciclo vicioso, onde o desgaste e a fraqueza

levará a maiores danos. Com isso o inchaço e a dor devem ser tratados em primeira

instancia com compressão e frio local, e a movimentação precoce auxilia na redução

do inchaço local.

4.7.2 Protocolo de reabilitação após cirurgia do LCA

A indicação do tratamento é muito variada, o fisioterapeuta estabelece

condutas dependendo de vários fatores, entre este, a profissão, prática do esporte, o

estilo de vida e a idade do paciente, pois cada um tem uma importância relativa a

ser adotada. Há vários protocolos a serem utilizados. Segundo Grinsven e

colaboradores (2010), a utilização dos protocolos acelerados para a reabilitação de

ligamentoplastia do joelho, têm sido cada vez mais usados na atualidade. O início

precoce dos exercícios em pacientes que foram submetidos a esse tipo de cirurgia

tem se mostrado bastante eficaz, e com respostas significativas no retorno de atletas

as práticas esportivas (ARAÚJO; PINHEIRO, 2015).

Na opinião de Fukuda e colaboradores (2013), a utilização destes protocolos

permitem que haja uma descarga de peso e um ganho de ADM mais rápido do que

nos demais tratamentos. Porém não se tem um padrão para esse tipo de protocolo

de reabilitação, e ainda há muitas discussões para saber quando é melhor a

utilização de exercícios de CCF ou CCA, porém o autor afirma que o exercício de

fortalecimento de quadríceps em CCA, tem mostrado uma eficácia maior, sem

nenhum efeito colateral no enxerto.

Conforme Santos (2016), nos protocolos comuns para esse tipo de cirurgia,

deve-se iniciar com uso de órteses do joelho, para mantê-lo em extensão, para que

o processo inflamatório e a cicatrização do enxerto não sejam comprometida. Após

duas semanas inicia-se o tratamento fisioterapêutico, que irá tratar o processo

inflamatório instalado, ganho da sua ADM, permitindo assim transferências e marcha

com uso de muletas. Ainda na 1º semana os objetivos são controlar o derrame

Page 29: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

29

articular, edema, controle da dor e aumento da ADM de flexão, através de exercícios

passivos e ativos de flexão e hiperextensão, mobilização de patela, ganho de força

de quadríceps com contração isométrica, exercícios de flexão e extensão de

tornozelo para ativação da musculatura do tríceps sural. O paciente neste tipo de

protocolo, irá começar a pisar no solo de forma gradativa sem forçar o joelho e

evitando assim os movimentos de flexão e valgo, para que não coloque em risco o

enxerto, em fase de remodelamento.

No 2º mês de tratamento começam os exercícios de ganho de força muscular

e controle motor, alongamentos gerais e retirada das muletas, treinamento de

marcha e cargas progressivas nos exercícios isométricos (THIELE et al., 2009).

De acordo com Fukuda e colaboradores (2013), no 3º e 4º mês a fisioterapia

tem como objetivo incentivar o ganho muscular e propriocepção, utilizando os

exercícios de CCF, mantendo os exercícios isométricos. Após o 4º mês inicia-se os

treinos de impacto também de forma gradativa, corrida em esteira ou pista. A partir

do 6º mês começam os treinos de manutenção com exercícios aeróbicos e

localizados. Os protocolos comuns têm um tempo médio de até 9 meses para que o

paciente retorne as atividades diárias ou práticas esportivas.

O principal objetivo da reabilitação é restaurar a força muscular e respostas

neuromusculares adequadas. Consequentemente, enfatizando o treinamento

intensivo de força muscular, exercícios pliométricos e exercícios neuromusculares

avançados (EITZEN et al, 2010).

4.7.3 Crioterapia

No âmbito dos recursos utilizados como tratamento, a crioterapia se faz

eficiente pois está se baseia em recursos terapêuticos aplicados com o uso do frio.

O qual este termo descreve um estado de temperatura relativo que, no entanto, é

caracterizado pela diminuição do movimento molecular e com isso ausência relativa

da dor. Os efeitos fisiológicos da crioterapia estão relacionados a redução na

velocidade do metabolismo celular. Com isso o corpo responde a perda de calor em

uma serie de resposta locais, o qual incluem a vasoconstrição, diminuição da taxa

Page 30: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

30

metabólica, diminuição da inflamação e conseguintemente a diminuição da dor

(STARKEY, 2017).

De acordo com Kinght (2000), A aplicação do gelo promove a diminuição do

metabolismo, e a permeabilidade vascular, produzindo com isso a redução dos

resíduos teciduais. Deve-se realizar o uso do gelo, com compressão e elevação do

membro afetado, pois há melhores resultados em relação a redução do edema local.

No entanto a diminuição da dor e redução do edema é uma das principais técnicas

da crioterapia.

As aplicações de compressas frias, no entanto devem durar em média 20 a

25 minutos, para melhores resultados. Podendo ser indicada em lesões agudas, pré

e pós cirúrgicos para melhores resultados em relação ao edema, embora haja uma

redução da pressão compartimental pós lesões, e acarretando em aceleração da

recuperação do paciente pós cirúrgicos (DELISA, et al., 2002).

A crioterapia leva a resposta benéficas, sobre os sistemas vascular,

musculoesqueléticos e nervoso. Em que todos estes, geram uma resposta

satisfatória, frente ao estimulo. O resfriamento local gera uma resposta metabólica,

levando a diminuição do metabolismo celular, proporcionando assim a célula um

menor consumo de oxigênio. Tornando-se menor a extensão do tecido lesado,

diminuindo assim as proteínas livres no local, e a pressão oncótica do tecido,

gerando redução do edema (GUIRRO; ABIB; MAXIMO, 1999).

O resfriamento local, proporciona diminuição do espasmo muscular, isso se

deve ao fato de haver o relaxamento muscular que é produzido pela redução da

excitação dos nervos sensoriais. Isso leva a influência direta ou indiretamente, nas

propriedades físicas das fibras musculares (MORTARI; MÂNICA; PIMENTEL, 2009).

4.7.4 Eletroterapia

Segundo Oliveira e Oliveira (2009), a estimulação elétrica vem cada vez mais

sendo usada no meio fisioterapêutico, para o fortalecimento e prevenção de atrofia,

e fraqueza muscular no pós-operatório de LCA, mostrando ser importante no

fortalecimento muscular, mesmo quando o músculo em condições consideradas

Page 31: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

31

normais não pode ser contraído, devido a inibição do musculo gerado pela dor e

edema local. Pode atuar na reabilitação em conjunto com o fortalecimento isométrico

do quadríceps. Os estimuladores elétricos são considerados transcutâneos não

invasivos. Estes conduzem uma corrente pulsada através de eletrodos de superfície

que causam a excitação de nervos periféricos (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003).

A estimulação elétrica na reabilitação do LCA, está intimamente ligada no

aumento da resposta muscular a estímulos elétricos. Tem sido utilizada para

fortalecimento em pós cirúrgicos de LCA, devido a fraqueza muscular oriunda do

tempo de imobilização, e também para minimizar a dor local. Com isso visa a

hipertrofia muscular do segmento, e redução da dor local. A eletroestimulação

principalmente no grupo muscular quadríceps femoral, baseia-se na prevenção da

hipotrofia e do quadro álgico, e assim diminuição da atividade da miofibrila, que

acompanha a imobilização (GUIRRO,1997).

4.7.5 Cinesioterapia

A cinesioterapia é bastante comum na reabilitação de pós-cirúrgico do LCA.

Os exercícios trabalhados, devem iniciar com contrações isométricas sem

resistências, assim que o quadro inflamatório permitir. Logo que possível, passar

para exercícios isométricos resistidos de membro inferior, com aumento de graus de

resistências crescente no decorrer do tratamento (HEBERT et al., 2009).

O exercício precoce não só acelera a cicatrização, como a falta dele na fase

inicial da reabilitação do LCA, pode resultar em incapacidade permanente, pois

exercícios cinesioterapeuticos durante a reabilitação do joelho resulta em ligamentos

e tendões mais fortes (KNIGHT, 2000).

Para Lianza (2007), a cinesioterapia na reabilitação do LCA, estabelece uso

de exercícios que movimente as articulações, com isso dando uma maior

lubrificação na região articular do joelho, devido aos movimentos exercidos.

Contudo, promovendo uma melhora e uma manutenção da força, envolvendo

contrações isométricas, contrações excêntricas, isocinética e concêntricas, utilizando

exercícios tais como:

Page 32: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

32

• Passivos, em que o indivíduo realiza sem auxílio.

• Ativo assistido, em que o movimento é, no entanto, realizado pelo paciente,

mas há participação do terapeuta.

• Ativo livre em que o paciente realiza voluntariamente, vencendo a força da

gravidade.

• Ativo resistido é realizado vencendo resistências imposta ao indivíduo.

4.7.6 Alongamentos

O alongamento é utilizado para aumento da flexibilidade e assim da amplitude

de movimento na região articular do joelho. É a característica do músculo em se

alongar, possibilitando que a articulação trabalhada realize um arco movimento

eficaz dentro da sua amplitude articular. Os alongamentos do membro inferior,

promovem uma leve tensão ao músculo, de forma confortável, sem presença de dor,

devendo o alongamento ser aplicado de forma externa e deve ser sustentada até o

final da ADM (BANDY; SANDERS, 2003).

No entanto o alongamento sobre o LCA, junto com a flexibilidade está

relacionado a extensibilidade das unidades musculoesqueléticas, que atravessam

essa articulação, com base em sua habilidade de relaxar e ceder a uma força ao

alongar. O alongamento além do limite normal, pode ser necessário para uma

flexibilidade maior, a praticantes de esportes. É utilizado o alongamento na

reabilitação do LCA, para ganho de mobilidade dos tecidos moles e assim atingir a

amplitude de movimento (KISNER; COLBY, 2016).

Os alongamentos realizados com âmbito na amplitude de movimento podem

começar, quando o fisioterapeuta avaliar e assim detectar a necessidade de sua

implementação na fase de reabilitação do joelho, dando ênfase na mobilidade, no

complexo articular e no movimento fisiológico normal o qual este apresenta

restrições musculoesqueléticas. Contudo implementando os alongamentos para

flexibilidade no programa de reabilitação de um pós-cirúrgico de LCA (PRENTICE;

VOIGHT, 2003).

Page 33: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

33

4.7.7 Mobilização Articular

A mobilização articular e patelar deve ser iniciada o mais rápido possível,

prevenindo as complicações oriundas do período de imobilização. A mobilização da

patela é essencial, pois este contribui para o movimento funcional do joelho sobre o

LCA, essas mobilizações devem ser feitas com deslizamentos medial, lateral,

superior e inferior. A mobilização precoce reduz a atrofia muscular, mantem a função

da articulação, pode reduzir a probabilidade de queloide, reforçando assim a

vascularização e a nutrição da cartilagem. Permitindo então a recuperação precoce,

e um conforto nas atividades funcionais (MOREIRA, 2013).

De acordo com Prentice e Voight (2003), as técnicas de mobilização articular

do joelho, são utilizadas para melhorar a mobilidade ou para diminuir a dor articular

por meio da restauração dos movimentos acessórios a essa articulação, permitindo

assim a ADM total indolor, não restrita. As técnicas de imobilização podem ser

utilizadas para alcançar uma variedade de objetivos de tratamentos, como redução

da dor, diminuição da proteção muscular, alongamento ou comprimento do tecido

circunvizinho da articulação, em especial os tecidos capsulares e ligamentares.

Efeitos que inibem ou facilitam o tônus muscular, para melhora da consciência

postural e cinética.

Segundo Andrews, Harrelson e Wilk (2005), a mobilização precoce do joelho

contribui para a prevenção de possíveis fibroses, pois fornece uma nutrição da

cartilagem articular, promove um alinhamento das fibras de colágeno, e auxilia em

uma cicatrização forte e flexível, com isso favorecendo no retorno da mecânica

normal da articulação.

4.7.8 Fortalecimento Muscular

Os problemas que acompanham o pós-operatório do joelho, incluem uma

enorme fraqueza muscular, e perda de massa nos extensores do joelho. Tais razões

esclarecidas pelo fato da imobilização, que produz uma redução da inibição

muscular. Inicialmente os exercícios de fortalecimento devem evitar estresses sobre

Page 34: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

34

os enxertos ligamentares. As series de contrações do quadríceps e os exercícios de

elevação da perna estendida, utilizando a co-contração dos músculos isquiotibiais

devem ser iniciados imediatamente, para assim evitar a inibição do quadríceps. Os

exercícios resistidos progressivos são iniciados durante a segunda semana para os

músculos isquiotibiais, adutores do quadril abdutores, e gastrocnêmios. Contudo

visando o fortalecimento desses músculos em toda reabilitação do pós-operatório,

para o aumento da força muscular (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

O programa de exercícios, para o joelho varia de acordo com as

características do tecido muscular, e com as propriedades do sistema de alavancas.

Os exercícios de fortalecimento promovem uma hipertrofia muscular, isso ocorre

devido ao aumento de miofibrilas, que acontece por meio do aumento da síntese

proteica e diminuição da degradação de proteínas, fenômenos que levam de seis a

oito semanas para acontecer (LIANZA, 2007).

Na reabilitação se faz necessário fortalecer o grupo muscular de todo o

membro, se atentando a intensidade do exercício, pois este nunca deve chegar ao

ponto de causar dor. A medida que a intensidade do exercício for aumentando, o

paciente em sua reabilitação exerce um esforço máximo ou quase máximo. Sempre

deve estabelecer manualmente o peso que será utilizado na fase de reabilitação do

LCA. Pois mudanças de pesos servem para promover aos exercícios resistidos uma

melhora da força muscular (KISNER; COLBY, 2016).

Os exercícios isométricos, são de grande valia no início da reabilitação

ligamentar, pois eles não sobrecarregam a articulação, devido não haver

movimentos, baseando- se na promoção do fortalecimento muscular, reduzindo

edemas, sendo de fácil aplicabilidade. Contudo é de grande importância na melhora

da funcionalidade articular do joelho (MALONE, 2000).

4.7.9 Propriocepção e Equilíbrio

Os exercícios de propriocepção e equilíbrio, durante a reabilitação ligamentar,

tem uma melhora da estabilização do tronco conforme as forças e treinos exercidos.

Com isto há o alinhamento biomecânico e distribuição do peso corporal, garantindo

Page 35: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

35

estabilidade oferecidos pelos tendões, músculos e ligamentos, favorecidos pela

resposta musculo-tendíneas para o equilíbrio (O’ SULLIVAM; SCHMITZ, 2004).

O desenvolvimento de um programa na reabilitação da fase de pós-operatório

do LCA, deve conter exercícios que melhoram o equilíbrio, postura e a

propriocepção, pois estes exercícios são essenciais para corrigir as deficiências

após as cirurgias do joelho. A fisioterapia trabalha em relação a todas as atividades

que contenham exercícios de cadeia cinética fechada no membro inferior. Contudo

pode-se realizar na fase avançada da reabilitação, os exercícios de cadeias abertas.

O fisioterapeuta deve fazer com que o paciente progrida para exercícios funcionais

de cadeia fechada com rapidez e segurança (PRENTICE; VOIGTH, 2003).

De acordo com Barbosa e colaboradores (2016), os treinos proprioceptivos

são eficazes na melhora da função do joelho, em suas atividades e na prevenção de

futuras lesões. Ao trabalhar essa forma de exercícios os mecanorreceptores

recebem informações que são levados para o sistema nervoso central, dando

informações sobre o posicionamento articular do joelho, seus movimentos, e

estresse o qual o joelho está sendo submetido. No entanto o sentido proprioceptivo

ao nível articular do joelho, irá desempenhar um papel importante na correção e

assim no desempenho motor, no sentido neurológico relacionado a habilidades

motoras do membro inferior.

Para Prentice e Voight (2003), a propriocepção é uma variação da

modalidade sensorial do tato. O programa de reabilitação abrange a restauração da

estabilização e a propriocepção articulares normais. No entanto uma vez

estimulados, os mecanorreceptores são capazes de se adaptar, a complexibilidade

do movimento articular, em que requer uma sinergia e sincronia dos padrões de

disparo muscular, permitindo assim estabilização articular adequada, sobretudo

durante as mudanças bruscas de posição articular, comuns nas atividades

funcionais.

Page 36: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

36

4.7.10 Treino da Marcha

A avaliação da marcha inclui uma dinâmica da função da extremidade inferior.

Inicialmente feita quando o paciente está caminhando, podendo assim detectar se

há uso de dispositivo auxiliares. Com isso estabelecer os objetivos a serem

ganhados (GOULD III, 1993).

O treino da marcha na reabilitação do LCA, contribui para que o indivíduo

volte ao padrão mais próximo da marcha normal, dentro de sua funcionalidade ao

caminhar, treinando assim correção postural e todas as fases da marcha,

estimulando a flexão do quadril, joelho e a flexão plantar na fase de apoio unilateral.

Há a realização da dissociação de cinturas escapular e pélvica e alternância de

membros superiores e inferiores, para um padrão mais normal, aumentando o

equilíbrio e autoconfiança, para então sair do uso da muleta como apoio (LIANZA,

2007).

O treino da marcha no paciente em reabilitação do LCA, deve ser orientado

mesmo quando o indivíduo apresenta a utilização de dispositivos auxiliares. A

muleta auxilia na deambulação, quando não é permitido o apoio total do corpo, pois

garantem um auxilio no equilíbrio, estabilidade e na marcha (PRENTICE; VOIGTH,

2003).

Page 37: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

37

5 METODOLOGIA

5.1 Paciente estudado

No presente estudo foi acompanhado um paciente de 41 anos de idade, do

sexo masculino, solteiro, comerciante e lutador de jiu jitsu, residente da cidade de

Paracatu no Estado de Minas Gerais. O critério de inclusão para a pesquisa foi obter

diagnóstico de lesão do ligamento cruzado anterior, está na fase de pós-operatório

do LCA. O critério de exclusão foi o paciente ter feito cirurgia de outro ligamento, não

está em fase pós-operatória, e não assinar o termo de consentimento. O paciente foi

esclarecido sobre a realização do trabalho, e que as informações e dados obtidos

através da sua reabilitação seria apenas para apresentação de trabalho de

conclusão de curso (TCC). Em seguida foi apresentado o termo de consentimento

livre e esclarecido (ANEXO A) sobre o tratamento proposto.

Toda reabilitação foi realizada na clínica de fisioterapia Vitalle, situada a rua

Rio Grande do Sul, 1217, Bairro Centro, na cidade de Paracatu- Minas Gerais.

5.2 Materiais e Métodos

O estudo se caracteriza por um trabalho quantitativo, tratando-se de estudo

de caso, que representa uma investigação empírica e compreende um método

abrangente, como a lógica de um planejamento, da coleta de dados e análise de

dados. Investiga um fenômeno contemporâneo em profundidade e em seu contexto

de vida real. Podendo incluir tanto estudo único ou múltiplo, assim como abordagens

quantitativa e qualitativas (YIN, 2010).

Foram colhidos nas avaliações dados goniométricos utilizando goniômetro

fast saúde, perimetria através da fita métrica corrente, quadro álgico pela escala

analógica visual da dor (ANEXO B), graduação de força muscular através da escala

de força muscular manual de Kendall (ANEXO C). Para realização da avaliação

foram utilizados folha A4, caneta lápis, borracha e a ficha ortopédica para o joelho

(ANEXO B). Na ficha foram preenchidos os dados do paciente, contendo diagnóstico

Page 38: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

38

médico, história clínica da lesão, queixa principal. Para as sessões utilizou-se caneta

bic, estetoscópio da marca BD modelo Duo Sonic Adulto, esfigmomanômetro da

marca Premium com fecho de metal, ultra-som sonopulse, bola feijão, bola tipo

dente de leite, faixa elástica thera-band, tornozeleira, tabua de propriocepção,

exercitador de tornozelo e bicicleta estacionária. As sessões foram realizadas três

vezes por semana, com duração de 50 minutos cada. Constando, portanto, em 2

avaliações e 30 sessões de tratamento descritas (APÊNDICE B), entre os meses de

fevereiro a abril do ano de 2018, totalizando assim 3 meses de sessões

fisioterapêuticas que foram desenvolvidos sobre orientação. Seguiu-se nessa

perspectiva o protocolo de tratamento adaptado de Jorge e Duarte (2007),

(APÊNDICE A).

Para análise de dados foram usados os programas Microsoft Office Word

2007 e Microsoft Office Excel 2007. As amostras de ganhos funcionais foram feitas

através de gráficos, e tabelas para quantificar os benefícios e os ganhos que a

fisioterapia proporcionou durante o processo de reabilitação.

Page 39: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

39

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizadas 30 sessões de fisioterapia, entre os meses de fevereiro a

abril do ano de 2018. O estudo foi composto por duas avaliações, uma inicial e outra

final, verificando a amplitude de movimento, perimetria, graduação de força muscular

e escala analógica visual da dor.

Tabela 01- Resultados obtidos através da Goniometria de flexão e extensão comparadas entre os dois joelhos.

Mobilidade dos Joelhos 1ª Avaliação 2ª Avaliação

Flexão de Joelho D 100º 138º

Flexão de Joelho E 135º 135º

Extensão de Joelho D 3º 0º

Extensão de Joelho E 0º 0º

FONTE:O autor

Conforme a tabela 1, a amplitude de movimento (ADM) do joelho direito na

avaliação inicial era 100º de flexão ativa, na avaliação final obteve-se um aumento

da ADM para 138º. Na extensão a ADM era de 3º no início do tratamento, e ao final

apresentou 0º. A fisioterapia no pós-operatório resultou um aumento no que diz

respeito a amplitude de movimento na flexão e na extensão. Tornando-se benéfico

a fisioterapia no que diz respeito a ganho de amplitude de movimento. Do mesmo

modo Jorge (2008), realizou um estudo com 22 pacientes com ruptura do LCA no

período de 18 semanas, sendo realizado a fisioterapia duas vezes por semana com

duração de 50 minutos, os pacientes apresentaram em cada sessão 90º de flexão

passiva e ativa na avaliação inicial, ao final do tratamento a ADM dos joelhos

estudados por ele em 98% foi superior a 120º de flexão tanto ativa quanto passiva.

Obtivemos os mesmos resultados em relação a ADM, porém com números de

sessões diferente, que ressalta uma eficácia no trabalho realizado.

No estudo de Ferreira e Saad (2013), em um paciente de 31 anos de idade,

realizando 48 sessões de fisioterapia duas vezes por semana, o paciente

apresentava redução da sua ADM, e ao final do tratamento apresentou ADM ativa

em flexão de joelho um aumento pra 145º. No estudo de Rocha (2007), feito com 10

Page 40: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

40

pacientes, durante 20 sessões, obteve um ganho satisfatório de 110º para 135º na

flexão do joelho, o que comprova a eficácia desse tratamento.

Em um estudo feito por Silva e colaboradores (2010), com 60 pacientes,

considera-se que a flexibilidade do joelho pode ter um aumento em qualquer tipo de

alongamento, desde que seja mantido por mais de 3 minutos, e pela realização do

alongamento em 2 séries de manutenção por 20 segundos, foi constatado melhora

progressiva na mobilidade do paciente. Com isso demostra que o tratamento

realizado foi eficaz para ganho de ADM.

As avaliações e mensurações foram feitam em ambos os membros, podendo

comparar que o membro lesado atingiu o mesmo arco de movimento do membro

não lesado.

Tabela 02- Resultados obtidos através da avaliação de perimetria do MID e MIE em região proximal da coxa e distal perna.

Perimetria dos

Membros Inferiores

(cm)

1ª Avaliação

MID MIE

2ª Avaliação

MID MIE

5 cm acima 45 48 48 48

10 cm acima 50 55 53 55

15 cm acima 58 62 62 62

5 cm abaixo 40 43 42 43

10 cm abaixo 39 41 40 41

15 cm abaixo 29 29 29 29

FONTE: O autor

Na tabela 2 mostra os dados obtidos na comparação da perimetria realizada

nos membros inferiores. O ponto de referência utilizado foi a borda superior da

patela detalhado de 5 a 15 cm, e a borda inferior da patela de 5 a 15 cm. O paciente

no primeiro dia de avaliação apresentou uma hipotrofia no MID em comparação ao

MIE, ao final dos atendimentos observou-se um aumento da massa muscular,

tornando igual ao membro inferior esquerdo. Tornando a fisioterapia eficaz para

ganho de massa muscular, durante a reabilitação na fase de pós-operatório.

No estudo realizado por Soares (2011), em um paciente de 16 anos, sendo

feito 30 sessões de fisioterapia, apresentou ao final redução do edema e aumento

da massa muscular. O que ressalta ganho satisfatório no estudo realizado.

Page 41: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

41

Em um trabalho realizado por Vieira e colaboradores (2005), utilizando a

perimetria em 10 pacientes, feitos em duas avaliações inicial e final, são mostrados

pelos autores que a formação de edema após lesão traumática constitui um

problema comum, sendo que após o período de inflamação a musculatura encontra-

se com déficit de massa muscular devido a perda de fibras, e que o ganho da massa

muscular ocorre depois da fase inflamatória devido aos treinos de fortalecimento,

como proposto pelo protocolo de tratamento utilizado no presente estudo.

Em contradição ao estudo realizado por Stefanutto (2011), com 5 pacientes

internados no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

submetidos a processo cirúrgico do complexo articular do joelho, entre os meses de

março a julho de 2008, avaliando perimetria, exame físico, escala visual analógica

da dor e goniometria, com a aplicação no tratamento de mobilização passiva,

observou que não houve redução do edema, que na pesquisa em questão foi

reduzido. Diferente do referido trabalho, pois houve aumento da massa muscular,

gerando uma hipertrofia da musculatura do quadríceps direito, que através dos

treinos de força se tornou igual ao membro esquerdo, ao final do tratamento foi

notório por meio da perimetria os ganhos obtidos.

Figura 02- Resultados obtidos através das avaliações pela Escala Analógica Visual da Dor, nas avaliações do tratamento.

FONTE: O autor

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1ªAvaliação 2ªAvaliação

Nív

el de D

or

Page 42: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

42

A figura 2 demostra o nível de dor do paciente na primeira avaliação do

tratamento, sendo classificada em nível 4, considerada uma dor moderada. Na fase

final do tratamento o paciente classificou a dor como nível 1, relatando apenas

desconforto mínimo ao realizar stress sobre o joelho. Devido as técnicas

fisioterapêuticas aplicadas na fase de reabilitação, obteve-se resultados satisfatório

no que diz respeito a redução do quadro álgico. No estudo de Lemos e

colaboradores (2013), em um paciente submetido a cirurgia do LCA, foi realizado 18

atendimentos fisioterapêuticos, no início do tratamento a dor era nível 10, e ao final

dos atendimentos caiu para 0 ausência de dor. Para redução do quadro álgico,

utilizou os alongamentos e eletroterapia, se tornando eficaz no tratamento realizado.

Este resultado pode ser comparado ao trabalho de Maciel e Câmera (2008),

que utilizou a escala analógica visual de dor em 5 pacientes, para quantificar a

evolução dos mesmos na redução do quadro álgico. Foram realizadas 15 sessões

de fisioterapia, ao início do tratamento a dor era classificada como 8 e 6, e ao final

do tratamento o nível de dor caiu para 4 e 3 nos pacientes estudados.

Para Kisner e Colby (2016), as técnicas de mobilização e flexibilidade,

reduzem o quadro álgico e tensão muscular, além de favorecer o restabelecimento

da amplitude de movimento em indivíduos com limitações. Nos estudos de Kendall e

colaboradores (2007), demostram melhora na dor do paciente, foram realizadas 25

sessões com duas avaliações, em que a dor inicial era 9 passando para 5 na

avaliação final, utilizando a escala analógica visual da dor. Essa escala é confiável e

eficiente, a maioria dos autores e pesquisadores a utilizam em seus estudos para

quantificar a dor, e assim obter dados da progressão dos tratamentos realizados

(WILK, 2000).

Page 43: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

43

Figura 03- Resultados obtidos através da avaliação da força muscular do MID e MIE com base na

escala de Kendall. FONTE: O autor

A figura 3 mostra os dados quanto a força muscular do MID e MIE, na

primeira e segunda avaliação. No início do tratamento a força muscular do MID foi

grau 3, segundo a escala de Kendall. Contudo no final dos atendimentos

fisioterapêuticos a força passou para grau 5, tornando igual ao MIE. Obteve-se

durante a reabilitação um aumento da força muscular do paciente de forma

satisfatória. Entretanto a fisioterapia é de suma importância, no que diz respeito a

aumento da força muscular, pois levou o paciente a obter o grau máximo de força no

membro que foi operado. Segundo Akbari e colaboradores (2015), citado por

Barbosa e colaboradores (2016), em que realizaram um estudo com 48 homens,

sendo 24 para grupo controle e 24 homens que realizaram a cirurgia do LCA. Com

12 sessões de fisioterapia, feitas 6 vezes por semana, observaram que após os

treinos de equilíbrio força e propriocepção as diferenças funcionais entre os

pacientes não foi significante, mostrando que paciente pós reconstrução de LCA que

realizaram os treinos obtém melhoras e podem alcançar uma capacidade de

executar funções tão adequadas quanto de indivíduos que não tiveram lesão.

No estudo feito por Soares e colaboradores (2011), em um paciente na fase

de pós-operatório do LCA, houve um aumento no grau de força muscular, passando

de grau 3 para grau 5, sendo realizado trinta atendimentos fisioterapêuticos,

trabalhando assim a potência e a força muscular. O que torna satisfatório a

0

1

2

3

4

5

6

Flexão de Joelho D Flexão de Joelho E Extensão de joelho D Extensão de Joelho E

Gra

du

ação

de

Forç

a M

usc

ula

r

1ª Avaliação 2ª Avaliação

Page 44: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

44

fisioterapia na fase de pós-operatório. Portanto, após a cirurgia do ligamento

cruzado anterior a fisioterapia é fundamental no tratamento, principalmente ao se

aplicar o programa de reabilitação funcional apropriada ao paciente, favorecendo o

retorno do indivíduo às suas atividades diárias e funcionais o mais rápido possível,

diminuindo os riscos de complicações pós cirúrgicos.

Page 45: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

45

7. CONCLUSÃO

Conclui-se que a fisioterapia é eficaz no pós-operatório do ligamento cruzado

anterior, pois houve redução do quadro álgico, aumento da amplitude de movimento

e da força muscular. Um protocolo feito de forma correta, seguindo as fases da

reabilitação leva o indivíduo um retorno das atividades de vida diárias e funcionais.

Page 46: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO A.C.; BRECH, G.C.; GREVE, J.M.D.A. Técnicas de avaliação proprioceptiva do ligamento cruzado anterior do joelho. Revista Acta Fisiátrica. 2010; 17(3): 134 – 140. 135. Disponível em:< http://www.actafisiatrica.org.br/deta lhe_artigo.asp?id=51>. Acesso em: 27 ago. 2017 ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E. Reabilitação do atleta. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Trad.: Maria da Conceição Zacharias, Edda Palmeiro, Andrea Del Carlo, 2005 ARAUJO, A.G.S.; PINHEIRO, I. Protocolos de tratamento fisioterápico nas lesões de ligamento cruzado anterior após ligamentoplastia – uma revisão. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul / Unisc. Volume 16 - Número 1 - Janeiro/Março 2015. Disponível em: <http://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/a rticle/view/5619>. Acesso em: 31 out. 2017 BANDY, W.D.; SANDERS, B. Exercício terapêutico: Técnicas para Intervenção. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. BARBOSA, C.M.S. et al. Treino de propriocepção após lesão de LCA. Revista Unilus Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 31, abr./jun. 2016. Disponível em: < http://revis ta.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/750>. Acesso em: 10 out. 2017. CARDOSO, J.R. et al. Atividade eletromiográfica dos músculos do joelho em indivíduos com reconstrução do ligamento cruzado anterior sob diferentes estímulos sensório-motores: relato de casos. Revista Fisioterapia e Pesquisa, Londrina, v. 15, n.1, p.78-85, 2008. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index. php/iccesumar/article/view/476/249>. Acesso em: 28 ago. 2017. DAMBROS, Camila et al. Efetividade da crioterapia após reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista Acta ortop. bras., São Paulo, v. 20, n. 5, 2012. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522012000 500008>. Acesso em: 01 dez. 2017. DAORTA, Silva Haron. et al. Avaliação da Fisioterapia na Luxação Traumática do Joelho: estudo de caso. Revista Pesquisa em Fisioterapia. 2014 dezembro, v. 4. n.3, p.230-236. DELISA, J.A. et al. Tratado de Medicina de Reabilitação Princípios e Prática. v.1. 3. ed. São Paulo: Malone, 2002. DRAKE, R.L. et al. Grays’s anatomia clínica para estudantes. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. EITZEN, I. et al. A Progressive 5-Week Exercise Therapy Program Leads to Significant Improvement in Knee Function Early After Anterior Cruciate Ligament Injury. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy. 2010. v. 40, n.º 11, p.

Page 47: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

47

705-721. Disponível em: < http://www.jospt.org/doi/abs/10.2519/jospt.2010.3345>. Acesso em: 02 Dez, 2017. FERREIRA, L.L; SAAD, P.C.B. Reabilitação Fisioterapêutica após reconstrução do LCA associada a técnica de plasma rico em plaquetas: Relato de caso. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. São Paulo, 2013 v. 17, n. 2, p. 171-174. Disponível em : http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/14 108/9711. Acesso em>: 02 de maio de 2018

FERNANDES, R. F.; MACEDO, C. S. G. Eficácia da fisioterapia na funcionalidade e dor de indivíduos com lesão no joelho submetidos a procedimento cirúrgico. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 13, n. 1, p. 9-13, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/viewFile/2790/2076>. Acesso em: 01 dez. 2017. FUKUDA, T. Y. et al. Open Kinetic Chain Exercises in a Restricted Range of Motion After Anterior Cruciate Ligament Reconstruction. The American Journal of Sports Medicine. 2013. v. 41, n.º 4, p. 788-794. Disponível em:<http://www.thiagofuk uda.com/wp-content/uploads/2017/01/Open-kinetic-chain-exercises-in-restricted-ROM-after-ACL-reconstruction-AJSM-2013.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2017. GOULD III, J.A. Fisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte. 2. Ed. São Paulo: Manole, 1993. GRINSVEN, S. et. Evidence-based rehabilitation following anterior cruciate ligament reconstruction. Knee Surg. Sports Traumatologic Arthrosc. 2010. v. 18, p. 1128-1144. Disponível em:< https://link.springer.com/article/10.1007/s00167-009-1027-2>. Acesso em: 02 dez de 2017. GUIRRO, R. A Atuação da Eletroterapia nas diferentes fibras musculares aplicada a fisioterapia esportiva. Revista Fisioterapia Universidade São Paulo. V.4, n.1 p.1-46, jan. /junho., 1997. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view File/75859/79337> Acesso em: 13 out. 2017. GUIRRO, R.; ABIB, C.; MAXIMO, C. Efeitos fisiológicos da crioterapia: uma revisão. Revista Fisioterapia Universidade São Paulo. V.6 n, 12. Jul/dez, 1999. Disponível em:< https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/79629>. Acesso em: 13 out. 2017. HEBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e pratica. 3ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. HEBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e pratica. 4ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. HOUGLUM, P.A.; BERTOTI, D.B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 6. Ed. São Paulo: Manole, 2014. IBGE- Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de

Page 48: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

48

2017. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=314700>. Acesso em: 10 set.2017. IOSHITAKE, F.A.C.B. et al. Reabilitação de pacientes submetidos à artroplastia total de joelho: revisão de literatura. Revista de Faculdade de Ciência Médica de Sorocaba. 2016. n.18 v.1 p.11-4. JORGE, F.S. Acompanhamento do Processo de Reabilitação Pós Reconstrução do LCA através da representação gráfica do arco do movimento ativo do joelho. Revista Perspectivas online, v.5 n.1, p. 121-125, 2008. Disponível em: <http://www .seer.perspectivasonline.com.br/index.php/revista_antiga/article/view/292/203>. Acesso em: 13 set. 2017. JORGE, M.C; DUARTE, M.S. Reabilitação funcional do joelho após ligamentoplastia do ligamento cruzado anterior. Um estudo de caso. Lisboa Portugal. 2007. Disponível em: http://fisioterapiaesaude.weebly.com/ uploads/4/3/1/3 /4313362/ artigo2020reabilitacao20lca20-20matheus.pdf. Acesso em: 13 set. 2017. KENDALL, F.P. et al. Músculos provas e funções. São Paulo: Manole, 2007. KISNER, C.; COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6.ed. são Paulo: Manole, 2016. KNIGHT, K.L. Crioterapia no tratamento das lesões esportivas. 1. ed. São Paulo: Manole, 2000. LEMOS, Nilson, et al. Intervenção Fisioterapêutica em Paciente Pós- cirúrgico de Ligamento Cruzado Anterior. Anais da Jornada de Fisioterapia da UFC, 2013, v.3, n.1. Disponível em: http://www.fisioterapiaesaudefuncional.ufc.br/index.php/jornada/ article/view/245/pdf. Acesso em: 14 abril de 2018. LIANZA, S. Medicina de reabilitação. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. LIPPERT, L. Cinesiologia Clinica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. MACIEL, A.C.C; CAMERA, S.M.A. Influência da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) associada ao alongamento muscular no ganho de flexibilidade. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2008, v.12, n.5, p.373-8. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v12n5/a 06v12n5.pdf>. Acesso em: 14 abril de 2018. MALONI, T. et al. Fisioterapia em Ortopedia e Medicina no Esporte. 3. ed. São Paulo: Santos, 2000. MANTOVANI, J. et al. Análise da prevalência de dor patelo femoral em acadêmicos do curso de educação física. Iniciação Científica Cesumar, Maringá v. 9, n.1, p. 33-38 jan./jun. 2007. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/ iccesumar/article/view/476>. Acesso em: 28 ago. 2017.

Page 49: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

49

MARQUES, A.P. Manual de Goniometria. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. MARTINI, F.P. et al. Avaliação da dor após a reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior do joelho: estudo duplo cego randomizado para Sulfato de Magnésio intra-articular. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, n.60, v.2, p. 92-96, abr.-jun. 2016. MONTEIRO, C.R. Protocolos de Reabilitação de em pós- cirúrgico de Ligamento Cruzado Anterior. 2008. 75.p. Monografia (Graduação em Fisioterapia) - Faculdade de Fisioterapia, Universidade Veiga de Almeida. Rio de Janeiro 2008. Disponível em:<https://uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/PROTOCOLOS-DE-REABILITACAO-EM-POS-CIRURGICO.pdf>. Acesso em: 10 de out. 2017. MOORE K. L.; DALLEY A. F.; AGUR A. M. R. Anatomia Orientada Para a Clínica. Tradução de Claudia Lucia Caetano de Araújo. 7º ed. Rio de Janeiro: Koogan, 2014. MOREIRA, B.S. Entorse do ligamento cruzado anterior e as fases de reabilitação. Cadernos Unisuam. Rio de Janeiro v.3,n.1, p136-153, Jun. 2013 Disponível em:< http://apl.unisuam.edu.br/revistas/index.php/cadernosunisuam/ar ticle/view/410>. Acesso em: 23 out.17. MOREIRA, D. et al., Anatomia e cinesiologia do aparelho locomotor. Brasília: Thesaurus, 2004. MORTARI, D.M.; MÂNICA, A.P.; PIMENTEL, G.L. Efeitos da crioterapia e facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre a força muscular nas musculaturas flexora e extensora de joelho. Fisioterapia e Pesquisa. São Paulo, v.16, n.4, p.329-34, out./dez. 2009 Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/12155> . Acesso em: 16 de out. 2017. NELSON, R.M.; HAYES, K.W.; CURRIER, D.P. Eletroterapia clínica. 3.ed. são Paulo: Manole, 2003. NUNES, José. Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior Fatores Técnicos que Dificultam a Reabilitação. Grupo de estudos do joelho de Campinas. Artigos médicos casos clínicos. Disponível em: https://www.grupodojoelho.com.br/img/u ploads/publicacoes/1465322389-gj-42ffdfce037e938c253bdd2a92ab78d9.pdf>. Acesso em: 30 abril de 2018 O’ SULLIVAM, S.B.; SCHMITZ, T.J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2.ed. São Paulo: Manole, 2004. OLIVEIRA, A.M.B.; OLIVEIRA, M.M. O Restabelecimento de força na musculatura da coxa no pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior: Uma revisão sistemática da literatura. 2009. 57.p. Monografia (Graduação em Fisioterapia) - Escola de educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte 2009. Disponível em: < http://150.164.124.4/eeffto/DATA/defesas/20150806164247.pdf> Acesso em: 20 de out. 2017.

Page 50: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

50

PALASTANGA, N. et al., Anatomia e Movimento Humano: Estrutura e Função. São Paulo: Manole, 2000. PINHEIRO, A. Lesão do ligamento cruzado anterior: Apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Revista Portuguesa Ortopedia e Traumatologia 23(4): p.320-329, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpot/v23n4/v23n4a05. pdf>. Acesso em: 24 set. 2017. PRENTICE, W.E.; VOIGHT, M.L. Técnicas de reabilitação musculoesquelética. Porto alegre: Artmed, 2003. RASCH, P.J. Cinesiologia e anatomia Aplicada. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1991. ROCHA, I. D. et al. Avaliação da evolução de lesões associadas a lesão do ligamento cruzado anterior. Revista Acta Ortopedia Brasileira, São Paulo, 2007; V.15 n.2 p.105-108. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/aob/v15n2/v15n2a10>. Acesso em: 23 de março de 2018. RENSTRÖM, P. Lesões do Esporte prevenção e tratamento. 3. Ed. São Paulo: Manole, 2002. SANTOS, T. H. M. Protocolos de Tratamento Fisioterapêutico no pós-operatório de reconstrução do Ligamento cruzado anterior em atletas profissional: Revisão de literatura. Revista Científica FacMais. 2016. volume. 7, número 3, p.87. Disponível em:< http://revistacientifica.facmais.com.br/wp-content/uploads/2017/01/Artigo-07-Protocolos-de-tratamento-fisioterap%C3%AAutico-no-p%C3%B3s-operat%C3%B 3rio-de-reconstru%C3%A7%C3%A3o-do-ligamento-cruzado-anterior-em-atletas-profissionais-re.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2017. SILVA, S. A; et al. O efeito do tempo de duas diferentes técnicas de alongamento na amplitude de movimento. Revista Cientifica da amarica Latina. ConScientiae Saúde, vol. 9, núm. 1, 2010, p. 71-78 Disponível em: < http://www.redalyc.org/p df/929/92915037010.pdf>. Acesso em: 10 de maio de 2018. SMITH, L.K.; WEISS, E.L.; LEHMKUHL, L.D. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5.ed. São Paulo: Manole, 1997. SOARES, M. et al. Intervenção Fisioterapêutica no Pós-Operatório de Lesões do Ligamento Cruzado Anterior. Campina Grande - v. 11, número 16 - janeiro / junho 2011. Disponível em:< http://revistatema.facisa.edu.br/index.php/revistatema /article/view/81/90>. Acesso em 05 jul. 2017. STARKEY, C. Recursos terapêuticos em fisioterapia. 4. Ed. São Paulo: Manole, 2017. STEFANUTTO, A. S. O uso da mobilização passiva contínua na reabilitação de pacientes com fraturas do complexo articular do joelho. Ensaios e Ciência. Ciências Biológicas Agrárias e da Saúde. v. 15, n. 1, São Paulo. 2011. Disponível

Page 51: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

51

em: http://www.redalyc.org/pdf/260/26019329002.pdf. Acesso em: 21 de abril de 2018. THIELE, E, et al. Protocolo de reabilitação acelerada após reconstrução de ligamento cruzado anterior - dados normativos. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 2009. v. 36, n.º 6. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttxt&pid=S0100-69912009000600008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 dez. 2017. TORRES, D.F.M. Fisioterapia: guia prático para a clínica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2013. VASCONCELOS, Wilson. et al. Influência da dor anterior nos resultados das reconstruções do ligamento cruzado anterior. Revista Brasileira de Ortopedia e traumatologia, v. 46, n. 1, p. 40-4, 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-36162011000100008&script=sci_abstrac t&tlng=pt>. Acesso em: 10 de maio de 2018. VIEIRA, L.A.M. et al. Analise epidemiológica das rupturas do ligamento cruzado anterior em pacientes atendidos no Instituto Nacional de Traumato-ortopedica. Revista Brasileira de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, v.3, n.5, p.5-9. 2005. Disponível em: http://rodrigogoes.com/analise-epidemiologica-das-rupturas-do-ligamento-cruzado-anterior-em-pacientes-atendidos-no-instituto-nacional-de-traumato-ortopedia/. Acesso em: 03 de abril de 2018. WILK, A.H. Reabilitação Física das lesões desportivas. 2º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. YIN R.K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Page 52: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

52

APÊNDICE A - PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS-

OPERATÓRIO DO LCA

1ª a 4ª Semanas Objetivos:

Reduzir edema.

Reduzir quadro álgico.

Manter ou ganhar amplitude de movimento.

Evitar aderências.

Condutas:

Crioterapia por 20 minutos.

Ultra-som pulsátil por 3 minutos.

Eletroestimulação com uso do TENS por 20 minutos.

Alongamentos passivos e mobilização patelar.

5ª e 8ª Semanas Objetivos: Reduzir quadro álgico

Manter ou ganhar amplitude de movimento.

Evitar aderências.

Fortalecer musculatura do quadríceps, isquiotibiais.

Realizar exercícios proprioceptivos e isométricos.

Condutas:

Crioterapia.

TENS.

Mobilização patelar.

Exercícios proprioceptivos sentado.

Exercícios isométricos de quadríceps.

Alongamentos passivos e ativo-assistido.

9ª a 12ª Semanas Objetivos:

Page 53: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

53

Evitar aderências.

Manter ou ganhar ADM ativa e passiva.

Realizar exercícios proprioceptivos e de equilíbrio.

Fortalecimento da musculatura dos MMII.

Treinar macha.

Condutas:

Mobilização patelar.

Alongamentos dos isquiotibiais, quadríceps adutores e abdutores de quadril.

Treinos proprioceptivos com uso do disco flexível, tabua de propriocepção.

Uso da faixa elástica como resistência nos exercícios de MMII.

Bicicleta estacionaria carga leve a moderada.

Agachamentos na barra de ling com apoio.

Treino de marcha.

Page 54: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

54

APÊNDICE B - Proposta de Tratamento Fisioterapêutico Aplicado

1ª Sessão dia 01/02/18

Foi realizado avaliação completa da ficha de avaliação ortopédica, para coleta de

dados ao início do tratamento.

P.A: 110/80 mmhg F.C: 72 bpm

2ª Sessão dia 02/02/18

Realizado uso do TENS modo convencional por 20 minutos;

Realizado aplicação do ultrassom pulsátil, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm³, com duração de

três minutos na região anterior e lateral do joelho, com o uso do gel anti-inflamatório.

Aplicado a crioterapia com bolsa térmica, por 15 minutos.

Realizado alongamento passivo de MMII, para tríceps sural, quadríceps,

isquiotibiais, inversores e eversores do pé, em duas series de vinte segundos cada,

com descanso de dez segundos.

3ª Sessão dia 05/02/18

Conduta mantida.

4ª Sessão dia 07/02/18

Aplicação de TENS convencional por 20 minutos.

Realizado aplicação do ultrassom pulsátil, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm³, com duração de

três minutos na região anterior e lateral do joelho, com o uso do gel anti-inflamatório.

Exercícios isométricos de quadríceps e isquiotibiais 3x15 com intervalos de 10s

entre as series.

Aplicação de gelo por 20 minutos.

Liberação cicatricial e mobilização patelar com cinco minutos de duração, com gel

anti-inflamatório durante cinco minutos.

5ª Sessão dia 09/02/18

Conduta mantida.

Page 55: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

55

6ª Sessão dia 12/02/18

Uso do ultrassom pulsado, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm, com duração de três minutos na

região anterior e lateral do joelho, com o uso do gel anti-inflamatório.

Aplicação de gelo por 20 minutos.

Mobilização da patela por cinco minutos.

Exercício metabólico sentado, com a realização de dorsiflexão e flexão plantar do

tornozelo sobre a tabua de propriocepção.

Contração isométrica do quadríceps e isquiotibiais 3x15 com intervalo de 10

segundos em cada serie.

Exercício sobre a bola de propriocepção sentado, realizando 3x15 repetições.

Alongamentos passivo de MMII, para tríceps sural, quadríceps, isquiotibiais,

inversores e eversores do pé, em duas series de vinte segundos cada, com

descanso de dez segundos.

7ª Sessão dia 14/02/18

Realizado aplicação do ultrassom pulsátil, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm³, com duração de

três minutos na região anterior e lateral do joelho.

Exercícios de flexão e extensão de quadril e joelho sobre a bola feijão, paciente em

decúbito ventral sobre a maca.

Uso da tornozeleira de 0,5 kg, para flexão e extensão de quadril.

Exercícios sobre a bola de propriocepção e disco flexível sentado em 3x15

repetições.

Alongamento passivo de MMII, atingindo os músculos do quadríceps, isquiotibiais,

em duas series de 20 segundos cada.

8ª Sessão dia 16/02/18

Realizado aplicação do ultrassom pulsátil, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm³, com duração de

três minutos na região anterior e lateral do joelho.

Exercício ativo-assistido de flexão e extensão de joelho, paciente em decúbito

ventral, com tornozeleira de 0,5 kg, realizado em 3x15 repetições, com intervalos de

dez segundos.

Bicicleta estacionaria por 20 minutos, carga leve.

Alongamento passivo de MMII, atingindo os músculos do quadríceps, isquiotibiais,

em duas series de 20 segundos cada.

Page 56: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

56

9ª Sessão dia 19/02/18

Conduta mantida.

10ª Sessão dia 21/02/18

Realizado alongamentos de membros inferiores, alongando assim o tríceps sural,

gastrocnêmicos, abdutores e adutores de quadril.

Realizado aplicação do ultrassom pulsátil, 16 Hz a 10%, 0,9W/cm³, com duração de

três minutos na região anterior e lateral do joelho.

Bicicleta estacionaria carga leve, por vinte minutos, com orientação quanto postura e

respiração.

Tabua de propriocepção, em 3x15 repetições, com inversão e eversão de tornozelo.

Disco flexível para realização de flexão plantar e dorso flexão, 3x15 repetições.

Alongamento passivo de MMII, atingindo os músculos do quadríceps, isquiotibiais,

em duas series de 20 segundos cada.

11ª Sessão dia 23/02/18

Conduta mantida.

12ª Sessão dia 26/02/18

Bicicleta estacionaria por 20 minutos.

Exercícios metabólicos de membros inferiores no disco flexível e tabua de

propriocepção.

Exercício de flexão e extensão de joelho sobre a bola feijão, paciente sentado.

Ganho de ADM do joelho passivamente, com paciente em decúbito ventral.

13ª Sessão dia 28/02/18

Exercícios ativos realizando contração isométrica de quadríceps e isquiotibiais, com

uso da bola tipo dente de leite, em três séries com intervalos de vinte segundos.

Exercícios ativos de dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo em três séries de vinte

repetições, com intervalos de vinte segundos.

Ganho de ADM ativa para MMII com auxílio da faixa elástica nível médio, em duas

séries de vinte segundos, com intervalos de vinte segundos.

Page 57: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

57

Exercícios ativo-assistido de flexão e extensão de MIE e ativo de MID de quadril em

3x15 repetições, com intervalos de vinte segundos.

14ª Sessão dia 02/03/18

Conduta mantida.

15ª Sessão dia 05/03/18

Treino de marcha lateralmente no corredor da clínica, com desvios de pequenos

cones para frente e para trás, atingindo assim equilíbrio e propriocepção.

Treino de marcha nas escadas da própria clínica.

Ganho de ADM ativa para MMII com auxílio da faixa elástica nível médio, em duas

séries de vinte segundos, com intervalos de vinte segundos.

Bicicleta estacionaria por 20 minutos, alterando a carga entre leve e moderada.

Alongamento ativo-assistido de MMII, do quadríceps e isquiotibiais.

16ª Sessão dia 07/03/18

Treino de propriocepção em pé com o MID sobre o disco flexível, alternando com o

membro não lesado.

Exercício com a bola comum entre os joelhos para fortalecimento realizando em

3x15 repetições com intervalo de 10 segundos entre as series.

Uso da tornozeleira de 1 kg, para flexão e extensão e abdução de quadril.

Exercícios com uso da faixa elástica nível médio, para flexão e extensão dos MMII.

Alongamento ativo-assistido de MMII, do quadríceps e isquiotibiais.

17ª Sessão dia 09/03/18

Conduta mantida.

18ª Sessão dia 12/03/18

Exercícios ativos realizando contração isométrica de quadríceps e isquiotibiais, com

uso da bola tipo dente de leite, em 3x15 repetições, com intervalos de vinte

segundos. Exercícios ativos de dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo em três

séries de vinte repetições, com intervalos de vinte segundos.

Exercício de agachamento com apoio da barra de ling, em 3x15 repetições.

Page 58: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

58

Exercícios ativo-assistido de flexão e extensão de MIE e ativo de MID de quadril em

três séries de quinze repetições, com intervalos de vinte segundos.

Bicicleta estacionaria por 20 minutos.

Alongamento ativo-assistido de MMII, do quadríceps e isquiotibiais.

19ª Sessão dia 14/03/18

Exercícios de flexão e extensão de joelho, em ortostatismo apoiando na barra de

ling, com tornozeleira de 1,5 Kg realizados em 3x15 repetições com intervalos de

vinte segundos.

Exercícios ativos de adução e abdução de quadril, com tornozeleira de 1,5 Kg em

3x15 repetições, com intervalos de vinte segundos.

Bicicleta estacionária por 20 minutos.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais.

20ª Sessão dia 16/03/18

Conduta mantida.

21ª Sessão dia 19/03/18

Bicicleta estacionária por 20 minutos.

Treino de propriocepção na cama elástica, paciente em posição ortostática sobre a

cama elástica, realizando flexão de quadril alternadamente, em 3x18 repetições.

Treino de propriocepção no disco flexível e tabua de propriocepção, entre em 3x 15

repetições, com intervalos de 10 segundos em cada serie.

Treino de marcha no corredor da clínica, com desvios de objetos, atingindo assim o

equilíbrio.

Uso da tornozeleira de 2 kg para fortalecimento, realizando flexão extensão e

abdução de quadril, em 3x15 repetições com intervalos de 10 segundos.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais, na barra de

ling.

22ª Sessão dia 21/03/18

Conduta mantida;

Page 59: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

59

23ª Sessão dia 23/03/18

Exercícios ativos de flexão e extensão de joelho, realizados em 3x15 repetições,

com tornozeleira de 2 kg, sendo os intervalos de vinte segundos.

Exercícios ativos de adução e abdução de quadril, em três séries de quinze

repetições, com tornozeleira de 2 kg, sendo os intervalos de vinte segundos.

Bicicleta estacionária por 20 minutos.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais.

24ª Sessão dia 26/03/18

Exercícios ativos realizando contração isométrica de quadríceps e isquiotibiais, em

3x18repetições, sendo os intervalos de vinte segundos.

Exercícios ativos de dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo em 3x18 repetições,

sobre a tabua de propriocepção, com intervalos de vinte segundos.

Exercícios ativo-assistido de flexão e extensão de MIE e ativo de MID de quadril em

3x18 repetições, com intervalos de vinte segundos.

Exercício de agachamento na barra de ling, em 3x18 repetições.

Treino de propriocepção na cama elástica, paciente em posição ortostática sobre a

cama elástica, realizando flexão de quadril alternadamente, em 3x18 repetições.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais, na barra de

ling.

25ª Sessão dia 28/03/18

Conduta mantida.

26ª Sessão dia 29/03/18

Realizado agachamentos, com contração isométrica em 3x15 repetições.

Fortalecimento com uso da faixa elástica com azul, paciente em ortostatismos a

faixa foi colocada em região anterior e distal da perna, em sentido contrário ao

movimento, solicitado ao paciente a realização da extensão de joelho, e 3x15

repetições.

Fortalecimento muscular dos extensores do quadril em cadeia cinética aberta

para o ganho de resistência muscular com faixa elástica azul, paciente em posição

ortostática com membros inferiores estendidos foi colocada à resistência elástica na

região posterior e distal da perna no sentido contrário ao movimento e foi solicitado a

Page 60: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

60

realização da extensão da coxofemoral em pequena amplitude, feitas 3x18

repetições.

Bicicleta estacionaria por 20 minutos com carga moderada.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais, na barra de

ling.

27ª Sessão dia 02/04/18

Conduta mantida.

28ª Sessão dia 04/04/18

Treino de propriocepção na cama elástica, paciente em posição ortostática sobre a

cama elástica, realizando flexão de quadril alternadamente, em 3x18 repetições.

Bicicleta estacionaria de carga moderada por 20 minutos,

Paciente em decúbito ventral sobre a maca, foi realizado flexão, extensão e abdução

de quadril, com uso de tornozeleira de 2 kg em 3x18 repetições.

Alongamentos ativo-assistidos de MMII, para quadríceps e isquiotibiais, na barra de

ling.

29ª Sessão dia 06/04/18

Conduta mantida.

30ª Sessão dia 09/04/18

Exercícios ativos resistidos de dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo, com auxílio

da faixa elástica nível médio, em 3x18 repetições, com intervalos de vinte segundos.

Bicicleta estacionaria de carga moderada por 20 minutos.

Treino de propriocepção na cama elástica, paciente em posição ortostática sobre a

cama elástica, realizando flexão de quadril alternadamente, em 3x18 repetições.

Paciente em decúbito ventral sobre a maca, foi realizado flexão, extensão e abdução

de quadril, com uso de tornozeleira de 2 kg em 3x18 repetições.

Realizou-se a reavaliação.

Page 61: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

61

ANEXOS

ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu,______________________________________________________,RG________

______, abaixo qualificado(a), DECLARO para fins de participação em pesquisa,

que fui devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado:

REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO

ANTERIOR: estudo de caso, desenvolvido pela aluna Deliane Silva Barbosa, do

curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos: A

lesão do ligamento cruzado anterior está ligada a prática esportiva, causada por

contato direto ou indireto na articulação do joelho. Com isso haverá perda da

estabilidade da articulação, gerando dor local, alteração da marcha, assim como a

perda da amplitude de movimento, e consequentemente diminuição da força no

membro lesado. A fisioterapia é fundamental na fase de pós-operatório, pois ela

reabilita as estruturas, com intuito de melhorar o mais rápido possível a

funcionalidade do paciente. O tratamento ocorre por meio de cinesioterapia,

eletroterapia, e crioterapia, ocasionando ganhos funcionais como um todo,

permitindo um adequado retorno nas atividades de vida diária e profissionais.

A reabilitação fisioterapêutica será realizada três vezes por semana no

período de março a maio de 2018. Os atendimentos serão realizados em uma clínica

de fisioterapia privada, com duração de cinquenta minutos a sessão. O entrevistado

tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu consentimento em

qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu

tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais

envolvidos na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão

utilizados para fins de trabalho de conclusão de curso em Fisioterapia.

DECLARO, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta

pesquisa.

Paracatu, _______de_______________________ de 2018.

Page 62: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

62

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da Pesquisa(Nome):.......................................................................................

RG:..................... .......Data de nascimento:........ / ........ / ........ Sexo: M () F ()

Endereço: ............................................ nº .........................................

Bairro:..............................Cidade:...............................Cep:.....................Tel...............

_____________________________

Assinatura do Declarante

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas

no Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária,

o consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a

realização desta pesquisa.

Paracatu, _____ de__________________de 2018

___________________________

Deliane Silva Barbosa

Assinatura do Pesquisador

Page 63: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

63

DECLARAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO

Eu,______________________________________ declaro que a aluna

___________________________ acompanhou _____sessões de atendimento da

Reabilitação no Pós-Operatório do Ligamento Cruzado anterior: estudo de caso,

entre os meses de fevereiro a abril do ano de 2018, e autorizo que os dados obtidos

com o presente trabalho sejam utilizados no TCC.

Paracatu, _____de ________________ de 2018.

______________________________________

Josiane Monteiro dos Santos

FISIOTERAPEUTA

Page 64: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

64

ANEXO B - FICHA DE AVALIAÇÃO

Identificação:

Nome: Data da Avaliação:

Endereço:

Telefone: Sexo: Idade:

Profissão: /Diagnostico: Estado Civil:

Anamnese:

História da Moléstia Atual (H.M.A):

Queixa Principal:

Medicamentos em uso:

Exames Complementares:

Exame Físico

Locomoção:

Estado Geral Saúde:

F.C.: /P.A:

Estatura: /Peso:

Testes específicos: Força Muscular: (0 a 5 Escala de Kendall) D E Flexores: Extensores: Abdutores: Adutores:

Perimetria: D E Proximal 5 cm 10 cm

Page 65: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

65

15 cm Distal 5 cm 10 cm 15 cm

Goniometria D E Joelho Flexão: (135º- 140º) Extensão: (0º) Quadril Flexão: (0º- 125º) Extensão: (10º- 15º) Abdução: (0º-45º) Adução: (0º-15º) Rot. interna (0º-45º) Rot.externa: (0º-45º)

Objetivos do Tratamento

Tratamento Proposto

Page 66: REABILITAÇÃO NO PÓS- OPERATÓRIO DO LIGAMENTO …s/2018/TCC 2 Deliane corrigido 25... · • Verificar a amplitude de movimento do joelho através da goniometria angular. • Avaliar

66

ANEXO C– ESCALA DE FORÇA MUSCULAR MANUAL

0 Sem contração muscular

1 Contração muscular sem movimento

2 Movimento ativo sem vencer a gravidade

3 Movimento ativo contra gravidade

4 Movimento ativo contra resistência parcial

5 Força muscular normal contra resistência total