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Realce as cores do seu mundo com o Desenvolvimento Natural da Igreja

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Realce as cores dos seus dons com o Desenvolvimento Natural da Igreja - Christian A. Schwarz Experimentando tudo o que Deus planejou para sua vida Este livro colorido mostra como os princípios do Desenvolvimento Natural da Igreja, baseados na Bíblia, também podem ser uma bênção para o desenvolvimento espiritual do crente individual.

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planejou para sua vida

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Realce as cores do seu mundo com o Desenvolvimento Natural da IgrejaConvite para um movimento mundial .......................................... 5

Capítulo 1: Do que se trata

Seu sonho de igreja ...................................................................... 10Números impressionantes de 70 países ......................................... 12A história do DNI .......................................................................... 14“Eu já fi z o DNI” .... ....... ................................................................ 17Qual foi a linha de pensamento que o condicionou? ..................... 19Desenvolvimento Natural da Igreja e unidade espiritual ................ 23A perspectiva da qualidade – muito criticada, pouco compreendida 25Porque devemos aprender de outras culturas? .............................. 28DNI na era do barulho da mídia ................................................... 33Quem é seu modelo: Davi ou Golias? ........................................... 36Porque devemos avaliar nossos “óculos espirituais”? ..................... 39Informação, aplicação, transformação – o que é mais necessário? . 41

Capítulo 2: A bússola trinitária

Minha própria “viagem trinitária” ................................................. 46O centro da teologia ..................................................................... 48Nós podemos refl etir a luz de Deus ................................................ 49Como Deus se comunica conosco ................................................ 51O objetivo: equilíbrio espiritual ..................................................... 54Como a Nova Jerusalém desce sobre a Terra ................................. 56Porque o cristianismo tem tão pouca força .................................... 58O que podemos aprender de igrejas verdes .................................. 60O que podemos aprender de igrejas vermelhas ............................ 62O que podemos aprender de igrejas azuis ..................................... 64As cinco regras da bússola trinitária .............................................. 66A bússola trinitária e o ensino sobre a trindade ............................. 69O perfi l das cores do DNI ............................................................... 72Sua estrada espiritual .................................................................... 77

Capítulo 3: Os princípios

“Princípios” – um conceito infl acionado ....................................... 82O que é o “crescimento espontâneo”? ......................................... 84Dois tipos diferentes de princípios ................................................. 87Seis forças de crescimento ............................................................ 89Força nº 1: Interdependência ........................................................ 92Força nº 2: Multiplicação .............................................................. 94Força nº 3: Transformação de energia ........................................... 96Força nº 4: Sustentabilidade .......................................................... 98

ÍndiceRealce as cores do seu mundo com o Desenvolvimento Natural da Igreja é baseado em seu predecessor Desenvolvimento Natural da Igreja, que apresentou os resultados do projeto de pesquisa inicial.

Trabalho de pesquisa na área de Teologia e Prática do desenvolvi-mento natural da Igreja, disponível em aproximadamente 40 idio-mas. Títulos e endereços relacionados em todas as línguas disponí-veis até agora, podem ser acessados na Internet em: www.ncd-international.orgwww.dni-brasil.org

Christian A. SchwarzO DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA3ª edição – 2010, revista e atualizadaCapa dura, 128 páginas, todo ilustrado em 4 cores, com aproximadamente 100 fotos e gráfi cos coloridos.ISBN 978-85-7839-024-2

Christian A. Schwarz

Guia prático paracristãos e igrejas quese decepcionaram comreceitas mirabolantesde crescimento

O desenvolvimento natural da Igreja

EditoraEvangélica Esperança

O projeto de pesquisa

1.000 igrejas, 32 países,

cinco continentes

Leitores registrados deste livro recebem acesso sem custo ao site: www.ncd-international.org/community. Ali você encontra: • Seis mini-seminários do autor para cada capítulo deste livro • Informações de base mais profundas para cada capítulo • Os gráfi cos do livro para uso em suas próprias apresentaçõesSeu código de acesso você encontra na página 162.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Schwarz, Christian A.Realce as cores do seu mundo com o desenvolvimento natural da Igreja : experimentando tudo o que Deus planejou para você / Christian A. Schwarz ; [tradutor Werner Kroker]. -- Curitiba, PR : Editora Evangélica Esperança, 2009. -- (Série recursos práticos do DNI)Título original: Color Your World with Natural Church Development.1. Doutrina cristã 2. Igreja – Crescimento 3. Novas igrejas - Desenvolvimento 4. Presença de Deus 5. Teologia 6. Vida cristã I. Título. II. Série.09-00704 CDD-262.001

Índices para catálogo sistemático: 1. Igreja : Desenvolvimento natural : Cristianismo 262.001

© 2005 por Christian A. Schwarz, NCD Media© 2010 Editora Evangélica EsperançaLayout e Gráfi cos: Christian A. SchwarzSupervisão editorial: Walter FeckinghausTradução: Werner KrokerRevisão: Doris Körber e Josiane Zanon MoreschiImpressão e acabamento: Mohndruck-Gmbh, Gütersloh, AlemanhaProibida a reprodução do livro ou partes dele.ISBN: 978-85-7839-012-9

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Este movimento não atrai associados nem busca sustento através de contribuições. É um movimento sem comitês nem gurus carismáticos. Também não tem um relações públicas, nem um departamento de

levantamento de fundos. Sua base consiste exclusivamente de princípios bíblicos, resultados de pesquisas e relacionamentos pessoais. Não soa exa-tamente como uma história de sucesso, soa?

Este movimento, contudo, está se espalhando muito rapida-mente. Nos últimos sete anos lançou raízes em mais de 50.000 igrejas. Até hoje 70 países decidiram instalar ramifi cações locais deste movimento. E milhões de cristãos experimentaram o que este movimento pretende: ajudar pessoas a terem um encontro pessoal com o triuno Deus, liberar o potencial que Deus já colo-cou nelas e observar com admiração como a própria igreja cresce como resultado natural decorrente deste processo.

A Comunidade DNIO nome deste movimento quase não é mencionado, mas mesmo assim tem um nome inconfundível. É a Comunidade DNI (NCD Community). DNI é a sigla de acesso para a prática de vida e igreja que relaciona princípios bíblicos fundamentais com conhe-cimento. DNI é a sigla para o mais abrangente projeto de pes-quisa já elaborado na área de crescimento da igreja.

A Comunidade DNI é um movimento internacional – não é do oriente nem do ocidente, nem típico do hemisfério norte ou do hemisfério sul do nosso planeta. É uma experiência de aprendi-zado transcultural. Do mesmo modo, ela é supradenominacional: não é pro-testante nem católica romana; não é batista nem pentecostal; não é luterana nem presbiteriana; não é ligada ao estado nem à igreja livre – ou melhor, ela é tudo isso ao mesmo tempo. Inúmeros cristãos destas igrejas e de muitas outras aplicaram os princípios do desenvolvimento natural da igreja em sua própria tradição teológica e espiritual. Eles podem testemunhar resultados muito animadores a respeito destes princípios.

Como se tornar parte do movimentoDesde o início deste livro quero que a minha intenção fi que bem clara. Eu gostaria que você fi zesse parte deste movimento, se é que você já não sente que faz parte dele. Como você pode ingressar? Sem proposta de admissão, sem inscrição, sem taxas. Você se torna parte deste movimento quando começa a compartilhar os seus princípios. E você não compartilha seus prin-cípios através de uma confi rmação verbal, mas ao aplicá-los em sua própria vida e na vida de sua igreja.

Neste momento preciso fazer-lhe uma advertência: não vai ser fácil deixar de fazer parte desta comunidade depois que você se tornou parte dela. Isso signifi caria deixar de aplicar os princípios que levaram sua própria vida e a vida de sua igreja a experimentar um novo nível de efi ciência. Ao longo deste livro você vai descobrir porque esses princípios funcionam tão bem: eles não foram criados por nós, humanos, mas pelo próprio Deus.

Convite para um movimento mundial Introdução

Convite para um movimento mundial

Os princípios do DNI são as cores, as ferramentas do DNI são o pincel. Este livro é um con-vite: pegue o pincel e comece a pintar.

Força nº 5: Simbiose ..................................................................... 100Força nº 6: Produtividade ............................................................. 102Oito marcas de qualidade ............................................................. 104Marca nº 1: Liderança capacitadora .............................................. 106Marca nº 2: Ministérios orientados pelos dons .............................. 108Marca nº 3: Espiritualidade contagiante ........................................ 110Marca nº 4: Estruturas efi cazes ...................................................... 112Marca nº 5: Culto inspirador ......................................................... 114Marca nº 6: Grupos pequenos integrais ........................................ 116Marca nº 7: Evangelização orientada para as necessidades ............ 118Marca nº 8: Relacionamentos marcados pelo amor fraternal ......... 120Como aplicar estes princípios ........................................................ 122

Capítulo 4: O fator mínimo

Onde o fator mínimo vale – e onde não ........................................ 126O que podemos aprender de uma planta de vaso ......................... 128A imagem do barril mínimo .......................................................... 130Aplicação 1: Marcas de qualidade ................................................. 132Aplicação 2: Bússola trinitária ........................................................ 135O fator mínimo dentro de um fator mínimo ................................. 138Fatores mínimos de denominações ............................................... 140Fatores mínimos de culturas inteiras ............................................. 142Porque gosto de frustrar expectativas ........................................... 144

Capítulo 5: As ferramentas

“Nós realmente precisamos dessas ferramentas?” ......................... 148Os livros básicos do DNI ............................................................... 150O Perfi l da Igreja ........................................................................... 152A série: “Desenvolvendo Naturalmente a Igreja” ........................... 155Parceiros nacionais do DNI ........................................................... 158DNI Internacional ......................................................................... 160Websites do DNI ........................................................................... 162A Campanha DNI ........................................................................ 164

Capítulo 6: Seu ponto de partida

Descubra seu ponto de partida ..................................................... 168Trazendo equilíbrio para a vida pessoal ......................................... 173Invista em uma igreja mais equilibrada ......................................... 176Seu próximo passo ....................................................................... 182Apêndice:Sugestões para estudo deste livro em uma Campanha DNI .......... 184

Índice

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Introdução

O que são princípios universais?No decorrer dos últimos anos tenho enfrentado repetidas vezes um sério problema de comunicação. A expressão “princípios universais” é um con-ceito carregado de sentimentos positivos. Inúmeras imagens de encontros com cristãos maravilhosos nos cinco continentes vêm à minha mente. Assim

que ouço este conceito vejo seus rostos, lembro-me de suas his-tórias, do sucesso, das difi culdades que experimentamos juntos.

Quando, contudo, uso este conceito em minhas palestras, poucos, para não dizer ninguém, fi cam animados comigo. Para a maioria das pessoas este conceito não passa de um conceito abstrato: sem cor, científi co, seco, um pouco elevado. Ninguém o liga com imagens internas, rostos, histórias.

O segundo capítulo de DNIQuando o livro inicial O Desenvolvimento Natural da Igreja foi publicado em dezembro de 1996, nada podia ser dito sobre a Comunidade DNI. O movimento mundial DNI ainda não existia naquele tempo. O livro apresentava tão somente os resultados das pesquisas iniciais em forma de princípios aplicáveis.

Com o passar do tempo a situação mudou. A abstração de princí-pios universais transformou-se, pela graça de Deus, em um movi-mento mundial de vida muito intensa. As consequências são de longo alcance: projetos de pesquisa lidam com coefi cientes de correlação; movimentos lidam com pessoas. Projetos de pesquisa apresentam números; em um movimento nós vemos rostos. Pro-jetos de pesquisa validam ou não hipóteses; em um movimento contamos histórias. Chamamos esta mudança de o “segundo capítulo do DNI”.

O que é novo?Realce as cores do seu mundo com o Desenvolvimento Natural da Igreja trata do mesmo assunto do livro inicial. As marcas novas mais importantes que você tem em suas mãos agora são:

• O desenvolvimento natural da igreja é tratado primeiramente da perspectiva do cristão individual, em vez de tratar do tema através da lente do pastor.

• O signifi cado dos princípios do DNI é trazido para a vida pes-soal, em vez de aplicar os princípios exclusivamente a igrejas ou grupos cristãos.

• Este livro coloca a “bússola trinitária”, que se tornou a ferramenta mais importante para aplicação prática do desenvolvimento natural da igreja, no centro de cada capítulo.

• Este livro descreve de forma abrangente o benefício da abordagem transcultural. Esta abordagem, talvez mais do que qualquer outra, tor-nou-se uma marca registrada do desenvolvimento natural da igreja nos últimos anos.

Convite para um movimento mundial

Os princípios valem para sua vida pes-

soal, em sua área de infl uência, em seu

mundo. Neste livro novo eu gostaria de compartilhar com você o máximo possível daquilo que aprendi nestes últimos nove anos. Espero poder compartilhar um pouco da indescritível alegria que experimentei ao trabalhar com tantos cristãos diferentes em meio à Comunidade DNI.

Comece a pintarEscolhi Realce as cores do seu mundo com o desenvolvimento natural da igreja como título deste livro. Vamos tratar muito de cores neste livro, tanto no sentido literal como também no sen-tido fi gurado. Imagine que os princípios do desenvolvimento natural da igreja são as tintas, e as ferramentas do DNI (como este livro, por exemplo) são o pincel. Tendo agora tinta e pincel à disposição, gostaria de convidá-lo a descobrir quais as cores mais necessárias ao seu redor. Quero desafi á-lo a pegar o pincel e começar a pintar.

Este livro trata da sua vida. Os princípios do DNI foram origi-nalmente formulados com base na busca de princípios univer-sais para o desenvolvimento da igreja. Contudo, seria enganoso aplicar estes princípios somente no âmbito da igreja. Estes princípios valem ao mesmo tempo para a vida de cada cristão. Valem para sua vida pessoal, para sua área de infl uência, para o seu mundo. E se a sua área de infl uência é um grupo pequeno, uma denominação ou a vida política de um país inteiro, então é exatamente neste contexto que esses princípios deveriam ser aplicados.

O que é igreja? Igreja é composta de pessoas. O que determina a qualidade da igreja? A qualidade que se mostra nas cabeças, nas mãos, nos corações das pessoas. Como podemos aumentar esta qualidade? Ao aumentarmos a qualidade de nossas cabeças, mãos e corações. O resultado disso? Igrejas que crescem, que desenvolvem sua individualidade, que cumprem a missão que receberam de Deus, que marcam e transformam a sociedade. Gostaria muito de vê-lo como participante deste movimento.

Juntos a Seu serviço.

Christian A. Schwarz

Minhas experiências:Ao ler este livro você encontrará este título repetidas vezes. Nestes lugares vou compartilhar experi-ências que tive em meu ministé-rio, especialmente em conferên-cias do DNI. Muitas destas expe-riências parecerão sem valor fora do contexto do capítulo deste livro, mas seu propósito aqui é ilustrar os princípios aplicados no texto principal. Estas experiências devem deixar claro que DNI não foi concebido diante da tela de um computador, mas em meio a contatos reais com cristãos das mais diferentes culturas.

Mais na Internet:Sempre que você vir esse título, encontrará questões adicio-nais que não são tratadas neste livro. Com seu código de acesso (fornecido na página 162) você poderá acessar o site www.ncd-international.org/community para encontrar res-postas a essas questões. Além disso, o site contém informa-ções adicionais relacionadas aos temas tratados neste livro.

Desenvolvimento natural da igreja signifi ca que pessoas se encontram, apren-dem juntas, oram umas pelas outras: líderes de todos os cinco continentes no NCD World Summit em Pretória na África do Sul.

Ao fi nal de cada assunto você encon-

trará nesta caixa de texto amarela

uma pergunta para refl exão pessoal.

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Do que se trata

Na primeira fase do DNI nos concentramos em descobrir princípios universais válidos para o desenvolvimento da igreja. Alguns deixaram de perceber para que serve essa expressão um tanto abstrata: princípios de vida que valem igualmente para cristãos na África e na Ásia, na Austrália e na Europa, na América Latina e na América do Norte. Valem independentemente de sua orienta-ção teológica ou de seu modelo preferido de igreja. Valem para sua vida pessoal como também para a vida da sua igreja. E valem mesmo quando você decide não aplicá-los.

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Do que se trata

Se eu estivesse sentado ao seu lado agora não levaria muito tempo para descobrir o que você entende sobre conceitos como “cresci-mento de igreja” ou “desenvolvimento de igreja”. Mesmo que você

não expressasse seus sentimentos em palavras poderia percebê-los olhando nos seus olhos, vendo seus gestos, ouvindo o tom de sua voz. Este tipo de informação seria muito importante para mim tendo em vista o tema deste

livro.Sentimentos divididosSinceramente, quais são seus sentimentos? Se você se sente como a maioria dos outros cristãos que tenho encontrado ulti-mamente, creio que o tema do “Desenvolvimento de igreja” não provoca em você uma grande onda de fascinação. É até provável que você apresente o mesmo ceticismo que encontro quando falo sobre este tema com muitas outras pessoas. Muitos têm uma leve suspeita de tratar-se de uma estratégia de marketing, ou de métodos opressores e manipuladores... ou ainda, uma concen-tração na quantidade da igreja... ou imitar uma bem sucedida igreja modelo..., ou importar uma abordagem que nada tem a ver com a nossa cultura...., ideias preferidas de alguns pastores famosos, que pouco tem a ver com a realidade de nossa igreja. Se estes são os seus sentimentos posso assegurar-lhe que estou 100% do seu lado. Realmente existem abordagens como as mencionadas, e os meus sentimentos em relação a elas não são nada diferentes dos seus.Imagine...Gostaria de convidá-lo a um pequeno exercício mental. Ima-gine que exista uma perspectiva de edifi cação da igreja que não ensina os mais novos truques de marketing, mas está baseada em um saudável fundamento teológico, com o qual você pode se identifi car total e completamente, e que esta bússola teoló-gica trabalha as questões mais práticas da vida da igreja. Imagine que esta perspectiva não enfatize a quantidade (mais pessoas, maiores números), mas coloca a qualidade da vida da igreja no centro de toda a refl exão.Imagine um caminho para edifi cação da igreja que não imite a receita de sucesso de uma igreja modelo, mas que tenha como alvo desenvolver a individualidade de sua igreja e incentivar a criatividade que Deus lhe deu. Imagine que esta perspectiva não exporta as características de uma determinada cultura, mas se preocupa com experiências de aprendizado transcultural, nas quais todas as culturas igualmente dão e recebem.Imagine uma abordagem de edifi cação da igreja que não é sim-plesmente a propagação das ideias preferidas de alguns pastores bem sucedidos, mas uma abordagem baseada em uma ampla pesquisa em milhares de igrejas ao redor de todo o mundo, que ensina princípios realmente universais, que o ajuda a realizar o

Capítulo 1Seu sonho de igreja

Seu sonho de igreja

A maioria das pes-soas não tem uma imagem de como deveria ser uma igreja saudável.

seu próprio sonho de igreja. Uma abordagem da qual simplesmente é gos-toso participar. Você não estaria curioso para saber mais a respeito?A essência do DNIAs palavras-chave que mencionei descrevem a essência daquilo que nós cha-mamos de desenvolvimento natural da igreja. É uma honra poder convidá-lo a iniciar uma viagem que milhões de cristãos em 70 países começaram e experimentam resultados altamente promissores.No trabalho com tantas igrejas em situações tão diferentes aprendi que não há pré-requisitos a serem cumpridos por cristãos ou igrejas para iniciarem esta viagem. Seja você um cristão maduro ou ainda novo na fé; esteja você defendendo uma teologia “digna de confi ança” ou sua teologia possa se enquadrar mais no outro lado do leque teológico; seja você participante de uma igreja que cresce muito rapidamente, ou seja você membro de uma igreja que está encolhendo há décadas; seja você representante de uma famosa igreja modelo ou tenha difi culdades com esses modelos de igreja tão populares: os princípios descritos neste livro irão ajudá-lo a fazer progressos, tanto na sua vida pessoal como também na vida de sua igreja.Será que não há mesmo pré-requisitos? Há sim, uma condição. Deve haver em seu coração um anseio por querer experimentar mais daquilo que Deus tem para você e para sua igreja. Se não houver esse anseio, este livro não falará ao seu coração. Se você sente esse anseio, então você tem tudo para iniciar esta viagem, que poderá se tornar a maior aventura de sua vida. Vamos dar as mãos e começar a viagem juntos.

Minhas experiênciasNo início das conferências do DNI gosto de convidar os participan-tes a fecharem seus olhos e lem-brarem-se de algum momento em que se sentiram muito felizes e sem qualquer tensão. Quando recebo o retorno ouço que mais de 80% tiveram imagens como: uma caminhada na praia, uma noite agradável com amigos num churrasquinho, um jantar festivo com o cônjuge num lindo restau-rante. Então peço aos participan-tes que fechem seus olhos nova-mente e pensem em que imagens lhes vêm à memória quando pensam em uma “igreja saudá-vel”. O resultado? A maioria não tem qualquer imagem interna para este conceito. Pelo que vemos, a maioria de nós nada tem guardado em sua memória quanto a este tema.

Qual é a sua imagem ideal de uma igreja sadia? Quais seriam alguns

detalhes impor-tantes para você?

Não importa quão desanimadora seja a situação de sua igreja – cada igreja pode contar com sig-nifi cativo crescimento qualitativo e quanti-tativo. Para dar início a um processo desses só há uma condi-ção: o anseio de ver Deus agindo mais fortemente do que até então na vida da igreja.

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Do que se trata

Neste momento, no momento em que escrevo estas linhas, 50.000 igrejas ingressaram, em diferentes níveis, neste processo do DNI. Cada uma destas igrejas fez o levantamento de pelo menos um perfi l

de sua igreja (isso signifi ca que 30 membros da igreja preencheram um exaustivo questionário). Temos, portanto, os dados da maioria destas igrejas em nosso computador. Com base nisto temos condições de avaliar os ver-dadeiros resultados, tanto do ponto de vista qualitativo quanto quantitativo.Aumento da taxa de crescimento em 51%Recentemente analisamos as igrejas que tinham realizado pelo menos três

perfi s da igreja e comparamos os dados do início (o primeiro perfi l) com os dados mais recentes (o terceiro perfi l, levantado em média 31 meses depois do primeiro). O terceiro perfi l mostrou que a qualidade das igrejas cresceu 6 pontos. Mais adiante ainda vou explicar o que signifi cam estes pontos. Aqui é importante apenas saber que há sinais de mais amor, mais perdão, mais res-postas de orações, mais sabedoria, mais poder espiritual e inúme-ros outros fatores de qualidade presentes nestas igrejas. Incrível!E o que aconteceu com o crescimento quantitativo? Será que a concentração em fatores de qualidade da igreja realmente leva ao crescimento numérico? Eis aí os resultados: no terceiro Perfi l da Igreja a taxa de crescimento das igrejas participantes aumentou em média 51%. Isso quer dizer que se uma igreja aumentava umas 10 pessoas por ano antes de entrar no processo do DNI, após os 31 meses ela passou a ter 15 pessoas ganhas por ano. Se 200 pessoas novas eram acrescentadas à igreja a cada ano até então, esse número passou agora para 302. Estes resultados são demonstrados no gráfi co da página 13. A parte de cima da coluna da direita mostra o crescimento adicional que as igrejas experimentaram por entrarem no processo do DNI. O que me chama a atenção nesta janela de tempo é que o percentual do “crescimento de transferências” (acréscimo por entrada de mem-bros de outras igrejas) diminuiu, enquanto que o “crescimento por conversões” aumentou. Quantas pessoas?Ao olhar para o gráfi co o tema todo pode parecer ainda um tanto abstrato. Contudo você não deve esquecer que as colunas deste diagrama representam indivíduos, pessoas que em sua maioria não conheciam a Cristo e pela primeira vez iniciaram um rela-cionamento pessoal com Ele. Segundo nossos cálculos podemos constatar que até hoje aproximadamente 1,6 milhões de pessoas

foram acrescentadas a estas igrejas como consequência direta da entrada no processo do DNI. Um olhar mais exato sobre esses 1,6 milhões de pessoas pode nos mostrar algo muito interessante, pois são pessoas muito especiais, que atendem aos três critérios a seguir:1. O número “1,6 milhões” não representa o crescimento total das igrejas

participantes no processo do DNI (este número é signifi cativamente

Capítulo 1Números impressionantes de 70 países

Números impressionantes de 70 países

Depois de 8 anos de DNI podemos ver

um crescimento sig-nifi cativo nas igre-jas participantes.

maior). É efetivamente o crescimento adicional, que ocorreu depois que as igrejas iniciaram a aplicação consciente dos princípios do desenvolvi-mento natural da igreja.

2. Já que a qualidade das igrejas cresceu neste mesmo período, vemos que estas pessoas são membros de igrejas com alta qualidade. É possível demonstrar que membros de igrejas com um alto índice de qualidade levam uma vida bem dife-rente de membros de igrejas com qualidade inferior.

3. Todos estes 1,6 milhões de pessoas foram integrados em uma igreja. Segundo as pesquisas sérias sobre ações evan-gelísticas que vi até hoje, pode-se constatar que dos que tomam uma decisão por Cristo em uma ação evangelística, 0,3% (caso mais pessimista) a 15% (no caso mais otimista) são efetivamente integrados a uma igreja após um ano. No DNI contamos exclusivamente aqueles que foram acrescentados como membros de uma igreja. Só pra comparar: para ganhar 1,6 milhões de pessoas através dos “métodos clássicos” seriam necessários 10,5 milhões de decisões pessoais (no caso mais otimista) a até 533 milhões (no caso mais pessimista).

Para que servem os númerosNúmeros, números, números. Talvez eu devesse parar neste ponto. Muito mais interessante que estudar os números em si é ver como eles se consti-tuíram. O crescimento numérico é um resultado adicional de uma busca do crescimento qualitativo. Esse crescimento qualitativo desencadeia uma força quase magnética de atração. Estas igrejas experimentam o que Paulo nos diz em 1Coríntios 3.6: nós plantamos, nós regamos. Deus dá o crescimento.

Mais na Internet:Na Internet (veja página 162) você encontra respostas às seguintes perguntas:• Quanto do crescimento medido é decorrente de conver-sões e quanto de transferências?• Como foi medido o aumento do crescimento de 51%?

A taxa média de crescimento de todas as igrejas que fi ze-ram um terceiro perfi l cresceu em 51%. Até junho de 2005 isso levou 1,6 milhões de pessoas a se fi liarem às igrejas participan-tes como consequên-cia direta do ingresso no processo do DNI.

Qual estratégia sua igreja adota para ganhar pes-soas para Cristo?

Quais são os resultados encon-trados até aqui?

Taxa de crescimento médio ini-cial (Pri-

meiro perfi l)

Taxa de crescimento médio após 31 meses (Terceiro

perfi l)

Minhas experiências:Para mim não há nada mais empolgante do que estudar os dados que colhemos nestes últi-mos anos. Eles nos mostram como desenvolvimento de igreja acontece de forma mensurável – independentemente de nossas teorias. Com base nas respostas individuais a 168 milhões de per-guntas em igrejas de diferentes culturas, denominações e dire-ções teológicas, podemos fazer afi rmações bem fundamentadas.

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14 15Do que se trata

A história do desenvolvimento natural da igreja é uma história da graça de Deus. Aqueles de nós que são vistos como atores principais deste movimento muitas vezes sentiram-se mais como espectadores

daquilo que Deus fez diante de nossos olhos do que participantes ativos. Como tudo começouQuando penso em nosso primeiro projeto internacional de pes-quisa, na participação das 1000 igrejas nos 32 países, lembro-me muito bem que muito poucos realmente acreditavam que aquilo que tínhamos como alvo teria algum valor espiritual ou estraté-gico. Quando compartilhava sobre o projeto com companheiros de fé, a reação mais comum deles era de sarcasmo, para usar uma expressão conservadora. De qualquer forma eu não estava preparado a aceitar que depois de 2000 anos de história da igreja e depois da publicação de centenas de livros sobre crescimento da igreja, ninguém tivesse feito um projeto de pesquisa realmente internacional. Este projeto poderia servir de ajuda para comprovar se aquilo que tantos livros chamavam claramente de “princípios” realmente tinha validade universal. Primeiros resultadosEste tempo não está tão distante assim, mas para mim é como se décadas já tivessem passado desde então. Quando publicamos os resultados no fi nal de 1996 a situação mudou radicalmente. Muitos cristãos sentiram que DNI não propagava apenas mais um “modelo”, mas que se baseava em princípios universalmente válidos. Eles compreenderam que não se tratava de um produto de exportação “ocidental”, mas que era algo baseado em experi-ências transculturais de aprendizado. Dentro de poucos anos 70 países tomaram a decisão de abrir seu ministério nacional de DNI. Uma redeDecidimos criar a infra-estrutura do DNI em forma de rede. Nada de comissões, nenhuma hierarquia, nada de setores. Meu escri-tório encontra-se na parte de cima de um celeiro em uma antiga fazenda próxima à fronteira com a Dinamarca. Sempre que rece-bemos visitantes ofi ciais que querem conhecer o “quartel general internacional do DNI” tenho o orgulho de poder apresentar-lhes tudo que temos aqui: escrivaninha, computador, telefone, muitas Bíblias, eletricidade, uma cama para hóspedes, uma família mara-

vilhosa, e uma grande visão – mesmo que ainda não concretizada. Para mim está claro que a maioria dos nossos visitantes fi ca decepcionada com a nossa “infra-estrutura carente”. Provavelmente eles esperavam um edifício de vários andares, com salas e ante-salas, com secretárias em cada piso, e acima de tudo um chefe, sentado atrás de uma mesa de carvalho enorme em um escritório de aparência nobre. Por que estou orgulhoso justamente da infra-estrutura que temos? Porque estou absolutamente convencido – e nestas palavras não há nem um pingo

Capítulo 1A história do DNI

A história do DNI

A história do DNI é uma história da

graça de Deus.

de ironia – que a nossa infra-estrutura é mais moderna, profi ssional e efe-tiva do que muitas das “estruturas de mesa de carvalho”, das quais nosso mundo está cheio. Sentimo-nos perfeitamente estruturados para o ministé-rio para o qual Deus nos chamou. Por quê? Porque a nossa infra-estrutura, propriamente dita, consiste de pessoas.Uma história de pessoasA verdadeira história do DNI trata de pessoas. Pessoas como meu colega e amigo Christoph Schalk, psicólogo e cientista social, que tomou a decisão de investir o resto de sua vida e todo seu conhecimento científi co na cons-trução da Rede DNI.Ou pessoas como Paul Jeong, que teve a coragem de desafi ar pastores core-anos com uma abordagem de edifi cação de igreja totalmente diferente de tudo que se conhecia até então na Coreia. Ele implantou um próspero Ministério DNI na Coreia.Ou ainda, pessoas como Ian Campbell e Adam Johnstone, da Austrália, que desde o início relutaram em simplesmente utili-zar as ferramentas de outros, e que se dedicaram a desenvolver muitos recursos de ajuda inovadores, com os quais não ajudaram somente as igrejas australianas, mas também muitas outras igre-jas em outros países.Ou pessoas como Juan Galdamez, de El Salvador, que deixou sua posição de docente na universidade, para, a partir de então, trabalhar na coordenação para a América Latina, e assim atender todos os parceiros DNI desta região. Ou pessoas como Henrik Andersen, que iniciou um processo de dois anos com representantes de quase todas as denominações na Dinamarca, expe-rimentando um signifi cativo crescimento da qualidade nas igrejas sob sua

Minhas experiências:Já ouvi vários palestrantes con-tarem que quem mais aprendeu nos eventos foram eles mesmos. Em muitos casos isso talvez seja um jeito de agradar os partici-pantes. Mas quando eu faço esta afi rmação, ela pouco tem a ver com gentileza. Encontros com pessoas no âmbito das ativida-des do DNI são para mim a fonte mais importante de aprendizado. Nos últimos anos tive a oportuni-dade de realizar conferências em 42 países. Como cheguei às con-clusões que você encontra neste livro? Em primeiro lugar, através de meus encontros e da interação com pessoas nas minhas viagens.

Mais na Internet:Na Internet (veja na página 162) você encontra respostas às seguintes perguntas:• Qual a relação que DNI tem com o movimento de crescimento de igrejas?• O que veio primeiro: a teoria ou a pesquisa?

Em todos os países marcados em verde neste mapa existe um ministério DNI já estabelecido ou em fase de implantação. Os outros países, em laranja, ainda não tinham um parceiro nacional do DNI até o momento da publi-cação deste livro. Você encontrará informações atuali-zadas com regulari-dade no site: www.ncd-international.org.

Canadá

E.U.A.

México

El SalvadorCosta Rica

Colômbia

Equador

Perú

Bolívia

Argentina

Brasil

Venezuela

Caribe

Rep. Domin.

Noruega

SuéciaDinamarca

Holanda

IslândiaGrã Bretanha

Irlanda

BélgicaFrança

Espanha

Suíça

AlemanhaItália Áustria

AlbâniaGrécia

CroáciaRomênia

UcrâniaHungria

Rep. TchecaPolônia

EstôniaLetônia

Finlândia

Costa do Marfi m

Nigéria

Congo

Botsuana

África do Sul

Lesoto

Tanzânia

Quênia Egito

Índia

Tailândia

Cingapura

Indonésia

Austrália

Nova Zelândia

Malásia

Filipinas

Japão

Coreia

China

Rússia

Bangladesh

Ilhas do Pacífi co Sul

Gana

Cazaquistão

Eslováquia

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Do que se trata

Capítulo 1“Eu já fi z o DNI”

“Eu já fi z o DNI”

Quando as pessoas me procuram para conversar nos Congressos DNI, geralmente começam com a frase: “Eu também já fi z o DNI.”. Sempre que ouço esta frase tenho certeza de que as letras DNI

não são Desenvolvimento Natural da Igreja, mas mais provavelmente uma ferramenta especial que desenvolvemos, isto é, o Perfi l da Igreja.Quando irmãos ou irmãs dizem esta frase, não estão querendo dizer que assimilaram o paradigma do DNI, ou que aplicaram os princípios do DNI na vida diária de suas igrejas. Querem, sim, afi r-mar que utilizaram uma das nossas ferramentas de diagnóstico. Esta ferramenta de ajuda fi cou tão visivelmente identifi cada com a essência do DNI que os dois conceitos tornaram-se sinônimos. DNI não é uma caixa de ferramentasPara que não haja mal entendidos: realmente recomendo a rea-lização do Perfi l da Igreja, pois os resultados são muito esclarece-dores. Contudo, gostaria de alertar para o perigo de confundir a utilização desta ferramenta com a aplicação prática do DNI como um todo. O Perfi l da Igreja pode ser comparado ao termô-metro para medir a febre. Pode mostrar-nos se estamos doentes ou não. Contudo, assim como o uso de um termômetro ainda não contribui para um estilo de vida saudável, o levantamento de um Perfi l da Igreja não tem muito a ver com a aplicação dos princípios do DNI.Muitas pessoas compreendem o desenvolvimento natural da igreja apenas como uma caixa de ferramentas e não veem que se trata de um sistema. Uma caixa de ferramentas é uma coletânea de instrumentos isolados, que não estão ligados uns aos outros e que funcionam independentemente. É só escolher a ferramenta necessária para uma determinada situação. Também é possível usar as ferramentas do DNI desta forma. Quem, contudo, decide fazer isso, nunca vai descobrir de que realmente trata o desen-volvimento natural da igreja: membros da igreja aproximam-se de Deus, começam a refl etir as diferentes facetas da luz de Deus, exercem uma força de atração sobre pessoas que ainda não tive-ram um encontro com Cristo e experimentam que o crescimento quantitativo da igreja acontece literalmente “por si mesmo”. Princípios de um estilo de vida saudávelImagine que você faça uso do termômetro de febre regular-mente, mas não respeite os princípios de um estilo de vida saudá-vel (p.ex. alimentação equilibrada e prática regular de esportes). Neste caso você não pode esperar que o uso do termômetro, mesmo sendo um bom instrumento, tenha qualquer efeito posi-tivo sobre sua saúde. O mesmo aplica-se em relação ao uso do Perfi l da Igreja – e vale também para qualquer outro instrumento do DNI. É normal que pessoas entrem em contato com o DNI conhecendo um ele-mento específi co do sistema: um livro, um dos princípios do DNI, o Perfi l da Igreja. Neste contexto as pessoas podem até pensar que este elemento

O amor ao pró-ximo é uma “ação DNI” típica. Digitar teclas do computa-dor não.

área de infl uência. Ainda antes de terminar este processo, Henrik mudou-se para a Letônia, onde começou um processo nos mesmos moldes, e com resultados semelhantes – não é de admirar!Ou pessoas como Dave Wetzler, dos E.U.A., cujo Ministério DNI – como a maioria deles – começou muito pequeno e despercebido, mas conquistou a confi ança de muitos dirigentes de igrejas, construindo assim, passo a passo, o maior Ministério DNI nacional neste planeta, com milhares de treinadores DNI. Ou pessoas como Medhat Aziz, do Egito, cuja iniciativa e esforço sacrifi cial abriu as portas do DNI para as igrejas do mundo árabe. Ou pessoas como Silvia Handoko, da Indonésia, que experimenta um avi-vamento de dimensões neotestamentárias, ajudando igrejas em meio a este avivamento a aplicar os princípios de desenvolvimento natural da igreja de forma consequente. Ela tem muito a ensinar ao resto do mundo sobre o que é um verdadeiro avivamento – em contraste com o clichê de avivamento tão difundido no mundo ocidental – e como ele funciona em nosso tempo.A verdadeira História será escrita no futuroA princípio não gosto muito de contar a história do DNI usando verbos no passado. É uma história da igreja do futuro. É a história escrita por aqueles que aplicam os princípios do desenvolvimento natural da igreja na prática. Só Deus sabe quem serão os atores principais desta história do futuro. Pode até ser que Ele já tenha decidido que um destes atores será você.

Até que ponto cada um dos valores abaixo descreve

seu próprio sistema de valores?

Valores de DNI InternacionalNo trabalho do DNI Internacional procuramos nos guiar pelos mesmos princípios que compartilhamos com as igrejas. Estamos convencidos de que viver os valores nos quais nós cremos tem uma infl uência mais duradoura do que simplesmente falar deles em eventos públicos.Estes são nossos valores, que permeiam todas as áreas do DNI Internacional:• Criatividade: Cremos que Deus dotou todas as pes-soas com criatividade. Esta criatividade capacita-as a encontrar suas próprias soluções e a desenvolver seu estilo próprio.• Diversidade: Entendemos que a multiplicidade de abordagens (na forma de culturas, denominações, métodos) é superior a todo tipo de uniformidade. • Qualidade: Vemos a qualidade do serviço como raiz para o fruto quantitativo. Todas as nossas atividades estão voltadas para elevar a qualidade da vida cristã.• Processo: Estamos convencidos de que somente um processo permanente e de longo prazo leva ao sucesso e que mesmo o menor dos passos na direção certa é um verdadeiro progresso.• Equilíbrio: Em todas as esferas da vida da igreja procuramos alcançar um equilíbrio bíblico para as diferentes perspectivas ministeriais que Deus gostaria de ter em sua igreja.• Foco: Diante de tantas coisas a serem feitas, procuramos concentrar-nos naquele ponto que tenha o maior potencial de trazer progresso espiritual.

Minhas experiências:Pessoas que confundem o Perfi l da Igreja do DNI com o desen-volvimento natural da igreja em si têm a tendência de ver uma ligação entre o DNI e o mundo dos computadores (já que o Perfi l da Igreja está baseado em tec-nologia digital). DNI, contudo, nada tem a ver com o mundo dos computadores. Encontrar Deus na oração (marca de qua-lidade número 3), ou amar seu próximo e seu inimigo (marca de qualidade número 8), ou com-partilhar o evangelho com outras pessoas (marca 7) – todas estas são ações DNI típicas. Digitar um teclado de computador nada tem a ver com isso.

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Do que se trata

Capítulo 1Qual foi a linha de pensa-mento que o condicionou?

Qual foi a linha de pensamento que o condicionou?

Enquanto não compreendermos realmente o que signifi ca um “modelo orientado por princípios”, teremos difi culdades em entender o desen-volvimento natural da igreja. Já que o conceito “princípio” não tem

proteção legal, e já que diferentes grupos o interpretam de formas tão dife-rentes, gostaria de esclarecer o que nós entendemos por “princí-pio” no desenvolvimento natural da igreja.Quatro critérios de um modelo por princípiosUm modelo orientado por princípios para o desenvolvimento natural da igreja preenche os quatro critérios a seguir:1. Princípios têm validade universal. Não valem apenas em

situações específi cas ou em determinados contextos. São válidos para todas as denominações, para todos os modelos de igreja, para todas as linhas de espiritualidade e para todas as culturas.

2. Princípios podem ser provados. Não deveríamos falar de um princípio enquanto não houver uma prova empírica para um conceito, por mais interessante que seja e por mais que possamos aprender dele. Só tem uma maneira de descobrir se determinada ideia é um princípio universal ou não: pes-quisa sobre bases universais (isto é, bases globais).

3. Princípios sempre têm a ver com o que é essencial, e não com aspectos secundários da vida cristã. Por isso podemos esperar que os princípios que marcam nossas igrejas estejam descritos na Bíblia – mesmo que não necessariamente na mesma conceituação.

4. Princípios sempre precisam ser individualizados. Eles não dizem exa-tamente o que devemos fazer. Mais do que isso, princípios nos dão critérios que nos capacitam a descobrir o que deveria ser feito em deter-minada situação.

A maioria das contribuições para a discussão sobre crescimento de igreja não está baseada em uma abordagem orientada por princípios. Nos últimos anos encontrei quatro linhas de pensamento que em algumas partes se sobrepõem à abordagem orientada por princípios. Chamo-as de “Linha da Fidelidade”, “Linha da Superação”, “Linha do Modelo” e “Linha do Geren-ciamento”. A Linha da FidelidadeA linha de pensamento da fi delidade concentra-se em um aspecto muito importante da vida cristã. Os defensores desta linha enfatizam, com toda a razão, que precisamos nos preocupar com a “fi delidade bíblica” e que precisamos ser “fi éis mordomos” dos dons que Deus nos concedeu. “Não importa o quanto um método seja ‘bem sucedido’, se ele não tiver base nas Escrituras Sagradas, não tem valor para nós”. E esta é a posição que o DNI defende.Os que defendem a “Linha da Fidelidade”, contudo, dão um passo a mais. A tendência deles é reduzir tudo à fi delidade. Quando se trata do desenvolvi-mento da igreja seu lema é: “Tudo que temos a fazer é assumir determinada teologia (ou seja, uma norma moral, um estilo específi co de culto, uma posi-

Com quais das cinco partes do

DNI (veja tabela acima) você mais

se identifi ca?

As cinco partes que compõem o DNI8 marcas de qualidade

Os “músculos” do DNI

A parte visí-vel do corpo. Vê-se na hora se os músculos estão treinados. Alguns múscu-los estão mais

preparados que outros.

Páginas 104-123

6 forças de crescimentoO “sangue” do

DNIO desenvol-vimento de

cada músculo depende da circulação

sanguínea. O sangue contém

os nutrientes necessários para

os músculos.Páginas 80-103

Bússola trinitária

O “coração” do DNI

Tarefa do cora-ção é bombear o sangue até os músculos.

Quando o coração pára

de bater, morre todo o orga-

nismo.

Páginas 44-70

Fator mínimo

Os “olhos” do DNI

Os olhos per-mitem a con-centração em

detalhes impor-tantes. Nunca

veem a realidade completa, mas

uma parte espe-cífi ca, de forma

consciente.Páginas 124-145

Meios de ajuda DNI

As “mãos” do DNI

De grande ajuda, mas não neces-

sários para a sobrevivência.

Em casos extre-mos o organismo

pode também funcionar sem as mãos, mas não sem o coração.

Páginas 146-165

Nesta tabela vemos uma comparação

entre as cinco partes que compõem o DNI

e cinco diferentes partes do corpo

humano.

específi co seja de grande ajuda. Em muitos casos é o começo de um pro-cesso em que se desenvolve um contato mais profundo com o paradigma do DNI. E onde isso não acontece também não podemos esperar os frutos que o paradigma completo do DNI desenvolve de forma natural.Na tabela acima agrupei e descrevi as cinco partes mais importantes que compõem o desenvolvimento natural da igreja. Vemos também como se relacionam entre si. Se algum destes conceitos ainda lhe é incompreensível não se preocupe. Este livro irá levá-lo passo a passo por cada um destas cinco áreas. No fi nal do livro você saberá como aplicar estes conceitos em seu próprio contexto.Ferramentas não devem ser confundidas com princípiosAntes de nos aprofundarmos no mundo do desenvolvimento natural da igreja, eu gostaria de ter certeza de que não há mal entendidos. A aplicação daquilo que chamamos de princípios do DNI é importante para cada cristão; nesse ponto nem mesmo temos muita opção, já que a Bíblia coloca estes princípios como base para nós. A implementação das ferramentas do DNI, por mais úteis que possam ser, contudo, não entra nesta mesma categoria. Você pode abrir mão do uso das ferramentas, mas não da implementa-ção dos princípios. Se você não gosta das ferramentas, então simplesmente ignore-as. Mas, por favor, nunca ignore os princípios aos quais estas ferra-mentas servem.

O modelo orien-tado por princí-pios pressupõe que toda igreja tem uma individualidade dada por Deus.

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