82
 Neoliberalismo e Globalização  Evolução do capitalismo Durante o período final da Guerra Fria o capitalismo passou por um de seus períodos econômicos de maior crescimento. Esse processo já havia começado nos últimos lustros do século XIX e, desde a I Guerra Mundial, já se pode observar que os Estados Unidos da América estavam se transformando numa grande potência, graças ao seu crescente poderio econômico-militar. Diversas mudanças, em escala mundial, permitiram que a hegemonia norte-americana fosse se consolidando após a II Guerra Mundial, senão vejamos:   _ Conferência de Bretton Woods  em 1944, na qual ficou estabelecido que o dólar passaria a ser a principal moeda de reserva mundial, abandonando-se o padrão-ouro.  _ Crescente participação das trans nacionais norte-americanas no e xterior, em especial na Europa e em alguns países subdesenvolvidos como o Brasil, o México, etc.   _ Expansão dos banco s norte-americanos e sua transnacionalização.  _ Descolonização da frica e da sia que, criando dificuldad es econômicas aos país es europeus, abriu oportunidades para os Estados Unidos da América.  Bretton Woods Durante três semanas de julho de 1944, do dia 1º ao dia 22, 730 delegados de 44 países do mundo então em guerra, reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton W oods, New Hampshire, nos Estados Unidos, para definirem uma Nova Ordem Econômica Mundial. Foi uma espécie de antecipação da ONU (fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. A reunião centrou-

Realidade Brasileira e Mundialv

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    1/82

    Neoliberalismo e Globalizao

    Evoluo do capitalismo

    Durante o perodo final da Guerra Fria o capitalismo passou por um de seus perodos econmicos deaior crescimento. Esse processo j havia comeado nos ltimos lustros do sculo XIX e, desde a I Guerraundial, j se pode observar que os Estados Unidos da Amrica estavam se transformando numa grandetncia, graas ao seu crescente poderio econmico-militar.

    Diversas mudanas, em escala mundial, permitiram que a hegemonia norte-americana fosse se

    nsolidando aps a II Guerra Mundial, seno vejamos:

    Conferncia de Bretton Woodsem 1944, na qual ficou estabelecido que o dlar passaria a ser a principaloeda de reserva mundial, abandonando-se o padro-ouro.

    Crescente participao das transnacionais norte-americanas no exterior, em especial na Europa e emguns pases subdesenvolvidos como o Brasil, o Mxico, etc.

    Expanso dos bancos norte-americanos e sua transnacionalizao.

    Descolonizao da frica e da sia que, criando dificuldades econmicas aos pases europeus, abriu

    portunidades para os Estados Unidos da Amrica.

    Bretton Woods

    Durante trs semanas de julho de 1944, do dia 1 ao dia 22, 730 delegados de 44 pases do mundoto em guerra, reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados

    nidos, para definirem uma Nova Ordem Econmica Mundial. Foi uma espcie de antecipao da ONUundada em So Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. A reunio centrou-

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    2/82

    ao redor de duas figuras chaves: Harry Dexter White, Secretrio-Assistente do Departamento do Tesouros Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando os interesses da Gr-etanha, que juntos formavam o eixo do poder econmico da terra inteira.

    Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que

    rgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dartabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsvel pelo

    nanciamento da reconstruo dos pases atingidos pela destruio e pela ocupao: o FMIundo Monetrio Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstruo e oesenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados ento de os Pilaresa Paz.

    Os investimentos internacionais cresceram em volume, pois, alm dos Estados Unidos, as

    ntigas potncias europias, que estavam se recuperando da crise criada pelos desastres dauerra, tambm comeavam a se expandir.

    O domnio mundial estadunidense evidenciado pelo seu controle de mais da metade dos investimentosernacionais e pelo elevado nmero de filiais das transnacionais, a tendncia de monopolizao dopitalismo foi acelerada, fato que tambm pode ser observado nos programas de privatizao que seensificaram na dcada de 1980, envolvendo mais de 100 pases do mundo e movimentando trilhes delares.

    Ao produzir em locais onde a mo-de-obra mais barata (tanto seu preo por hora quanto os encargosciais) ou onde os custos de proteo ambientais so nulos ou muito baixos, as transnacionais reduzem osus custos de produo, barateando as mercadorias. Dessa forma, podem vender seus produtos mais

    arato (quebrando a concorrncia), aumentar suas taxas de lucro ou obter uma combinao de ambos.

    Aps a II Guerra Mundial, iniciou-se o mais longo perodo de crescimento contnuo do capitalismo,balado apenas pela crise do petrleo, em fins de 1973. Durante os ltimos 30 anos, o valor da produoonmica quadruplicou e as exportaes quase sextuplicaram nos pases desenvolvidos. Uma dasncipais causas desse crescimento do capitalismo foi a expanso de um grupo bem definido de grandes

    mpresas, das quais cerca de 500 atingem dimenses gigantescas.

    Essas empresas, passaram a ser denominadas multinacionais, a partir de 1960, massa expresso se popularizou aps 1973, quando a revista Business Weekpublicou artigos elatrios sobre elas. Segundo as Naes Unidas, as empresas multinacionais so sociedade

    ue possuem ou controlam meios de produo ou servio fora do pas onde esto

    tabelecidas. Hoje, no entanto, toma-se conscincia de que aalavra transnacionalexpressa melhor a idia de que essas empresas no pertencem a vrias

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    3/82

    aes (multinacionais), mas sim que atuam alm das fronteiras de seus pases de origem.

    No fim da Ordem da Guerra Fria (1989), segundo relatrio da ONU, existiam mais de 30

    il empresas transnacionais, que tinham espalhadas pelo mundo cerca de 150 mil filiais. Em970 elas eram apenas 7.125 empresas e tinham pouco mais de 20 mil subsidirias.

    As transnacionais foram, durante o perodo da Guerra Fria, a maior fonte de capitalxterno para os pases subdesenvolvidos pois controlavam a maior parte do fluxo de capitais noundo (exceto nos anos do Plano Marshall). No fim dessa ordem internacional, empresriostadunidenses controlavam mais de 35% das empresas transnacionais do mundo.

    Nas ltimas dcadas, a globalizao da economia tornou cada vez mais importantesistema financeiro internacional. Ele formado por um conjunto de normas, prticas estituies (que fazem ou recebem pagamentos das transaes realizadas fora das fronteirasacionais). Dessa forma, o sistema envolve as relaes de dezenas de moedas do mundo,ndo vital para o fechamento das balanas comerciais e de pagamento dos pases do mundo.

    m sntese, so trs as funes do sistema monetrio internacional: proviso de moedaternacional, as chamadasreservas; financiamento dos desequilbrios formados pelochamento dos desequilbrios formados pelo fechamento dos pagamentos entre os pases; e

    uste das taxas cambiais.

    Sua organizao moderna teve incio em julho de 1944, em um hotel chamado Brettonoods, localizado na cidade norte-americana de Littleton(New Hampshire), onde 44 pases

    ssinaram um acordo para organizar o sistema monetrio internacional.

    Procurava-se tambm resolver os problemas mais imediatos do ps-guerra, para permitir a

    construo das economias europias e japonesa, mas o acordo acabou se transformando emm reflexo do poder poltico e financeiro dos Estados Unidos. Nessa reunio tambm foramiados o Fundo Monetrio Internacional (FMI), e o Banco Internacional para Reconstruo doesenvolvimento (Bird), hoje conhecido como Banco Mundial.

    A conferncia estabeleceu uma paridade fixa entre as moedas do mundo e o dlar, queoderia ser convertido em ouro pelo Banco Central estadunidense a qualquer instante. Todos osases participantes fixaram o valor de sua moeda em relao ao ouro, criando uma paridade

    ternacional fixa. Todas as grandes naes da poca, exceto a Unio Sovitica, evidentemente,ncordaram em criar um Banco Mundial, com a funo de realizar emprstimos de longo

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    4/82

    azo para a reconstruo e o desenvolvimento dos pases membros; e o FMI, para realizarditos de curto prazo e estabilizar moedas em casos de emergncia. Isso garantiu umatabilidade monetria razovel durante 25 anos.

    medida que as economias da Europa e do Japo foram se recuperando dos desastrososeitos da II Guerra Mundial e que os pases subdesenvolvidos se emanciparam de suasotncias imperialistas, passando a agir como entidades econmicas independentes, uma sriee deficincias do acordo de Bretton Woodsforam ficando claras, gerando crises que sempliaram desde o fim da dcada de 1960. O acordo deixou de vigorar a partir de 1971, quandopresidente norte-americano, Richard Nixon, abandonou o padro-ouro, ou seja, no permitiuais a converso de dlares em ouro automaticamente. Com isso o sistema de cmbioesmoronou.

    O que define a economia dominante que a sua moeda se torna uma moeda internacional,rvindo de parmetro ou de reserva financeira para outros pases. Quando, em 1971, os

    stados Unidos quebraram a converso automtica do dlar em ouro, eles obrigaram os pasesue tinham dlares acumulados a guard-los (j que no poderiam mais ser convertidos emuro) ou vend-los no mercado livre (em geral com prejuzo). Em maro de 1973 praticamentedos os pases tinham desistido de fixar o valor de suas moedas em ouro e a flutuao cambialnha se firmado como padro mundial.

    A crise do petrleo em 1973 gerou condies definitivamente diferentes das existentesnteriormente e obrigou o conjunto de naes a tomar uma srie de medidas a respeito doapel do ouro nas relaes monetrias internacionais. Aps 1973, as taxas de cmbio de cadaas passaram a flutuar e seu valor passou a ser determinado dia a dia.

    A acelerao do crescimento das transaes comerciais e o impressionante aumento do fluxoe turistas no mundo determinaram uma intensificao das trocas de uma moeda por outra

    mbio), criando uma maior interdependncia entre os pases. Dessa forma, a recessoconmica ou a crise financeira de um pas pode afetar muito rapidamente outras naes o quexplica a necessidade de um sistema monetrio internacional, para servir como um amortecedoros impactos dessas transformaes, melhorando e facilitando as relaes entre naes toterdependentes na atualidade.

    O Neoliberalismo e A Nova Ordem Mundial

    Neoliberalismo

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    5/82

    O que se convencionou chamar de Neoliberalismo uma prtica poltico-econmica baseada nasias dos pensadores monetaristas (representados principalmente por Milton Friedman, dos EUA, e Friedrichugust Von Hayek, da Gr Bretanha). Aps a crise do petrleo de 1973, eles comearam a defender a idia

    e que o governo j no podia mais manter os pesados investimentos que haviam realizado aps a II Guerraundial, pois agora tinham dficits pblicos, balanas comerciais negativas e inflao. Defendiam, portanto,ma reduo da ao do Estado na economia. Essas teorias ganharam fora depois que os conservadoresram vitoriosos nas eleies de 1979 no Reino Unido (ungindo Margareth Thatcher como primeira ministra)de 19880, nos Estados Unidos (eleio de Ronald Reagan para a presidncia daquele pas). Desde entoEstado passou apenas a preservar a ordem poltica e econmica, deixando as empresas privadas livresara investirem como quisessem. Alm disso, os Estados passaram a desregulamentar e a privatizarmeras atividades econmicas antes controladas por eles.

    A Nova Ordem Mundial

    O que uma ordem (geopoltica) mundial? Existe atualmente uma nova ordem ou, como sugeremguns, uma desordem? Quais so os traos marcantes nesta nova (des)ordem internacional?

    Utilizamos como marco inicial para a assim chamada Nova Ordem Mundial (ou Novardem Internacional) a queda do Muro de Berlim, com tudo o que simbolizou em termosolticos, econmicos e ideolgicos. Evidentemente, muitos aspectos anteriores j indicavamma nova era econmica em formao.

    O Muro de Berlim no apenas separava uma cidade e um povo. Ele simbolizava o mundovidido pelos sistemas capitalista e socialista. A sua destruio, iniciada pelo povo de Berlim, naoite de 9 de novembro de 1989, ps abaixo no apenas o muro material; mais do que isso,mpeu com o mais significativo smbolo da Guerra Fria: a bipolaridade.

    Como foi possvel a queda do Muro de Berlim, em plena Guerra Fria, num pas sob forteegemonia da Unio Sovitica?

    Estas coisas no acontecem, por assim dizer, como um raio em cu azul. Uma srie detores a tanto conduzem, liderados pela Corrida Armamentista. Paralelamente ao abandono do

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    6/82

    stado capitalista com gastos sociais, seguindo a orientao neoliberal, este passou a investirda vez mais pesadamente em armamentos de ponta, mandando a conta da defesa do mundo

    vre para os pases subdesenvolvidos. A Unio Sovitica e seus aliados, sem terem satlitesu pases a utilizar como fonte de recursos para esta finalidade que contraria o princpiosico do socialismo, a Paz passou a defender-se como pode. De todo o modo, se o blocopitalista, dispondo de seu potencial de explorao de praticamente todo o mundobdesenvolvido e do aparato de propaganda que a isto se segue, criou armas cada vez maisfisticadas e inacreditveis. Em fins da dcada de 80 falava-se no desenvolvimento, pornglomerados anglo-estadunidenses, de um projeto de Guerra Nas Estrelas, uma espcie dealha de satlites voltada a destruir armamento inimigo em terra com canhes laser!speculava-se ainda acerca de uma arma (que, se efetivada jamais foi utilizada na prtica, que saiba, at os dias de hoje) chamada de Bomba de Nutrons, capaz de destruirmpletamente a vida sem afetar o patrimnio, um verdadeiro emblema do ideal capitalista...eslocando recursos da produo de alimentos, medicamentos, educao e salrios para aefesa, as naes socialistas foram levadas a um crise econmica sem precedentes histricos,

    te o cerne do problema.

    Em 1985, a eleio de Mikhail Gorbatchov para a liderana da Unio Sovitica tinha pornalidade encontrar formas pacficas de sobrevivncia democrtica entre regimes econmicosntagnicos. Se os socialistas reafirmavam a necessidade da interveno estatal na economia,ncontravam, na outra ponta a competitividade mercantil daqueles que se nutriam da morte ea destruio, numa palavra: da competitividade. Abandonaram-se as metas cooperativistas eassou-se a pautar-se pela mais rapinante competitividade.

    Reconhecendo que falta de transparncia e democracia na revelao dos fatos constitua umntrave ao desenvolvimento do socialismo, Gorbatchov publicou seu clssico Perestroika,ovas idias para o meu pas e o mundoque, contudo, foi mais utilizado pelos adversrioso que pelos amigos do social. Era sem dvida a expresso de uma crise.

    Gorbatchov tentou ainda acordos com o ultradireitista Ronald Reagan, administrando mesmofinal do Tratado de Varsvia e assinando com o presidente estadunidense o famoso acordoTART (Strategic Arms Reduction Treaty), atravs do qual a OTAN e outras organizaes filo-scistides dos Estados Unidos e aliados comprometiam-se a diminuir seus arsenais eterromper a corrida armamentista. Na prtica, pouco foi feito a este respeito e corretoirmar que as naes do Oeste (Estados Unidos e Inglaterra frente) venceram a Guerra Friantra o socialismo.

    Naturalmente, a ltima palavra a este respeito ainda no est dada. Outrora um dos maiores

    oblemas de distribuio na URSS era representado pela filas: todos tinham dinheiro paramprar os bens necessrios, particularmente numa nao que foi capaz de manter o preo do

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    7/82

    o em trs copeques durante mais de setenta anos! Mas formavam-se filas imensas paraperar que produtos raros do ocidente chegassem s prateleiras dos supermercados, delas

    esaparecendo rapidamente. Hoje, em Moscou, o que se v , alm do retorno da prostituio,a misria, da mendicncia e da violncia, levando uma nao que j foi uma superpotncia avalizar com pases subdesenvolvidos neste quesito, supermercados e lojas de conveninciabarrotadas de bens para os quais ningum mais tem dinheiro para comprar... O russo mdio pergunta se teria feito um bom negcio ao sair do socialismo para o capetalismo...

    O que Globalizao?

    Haver muitos chapus e poucas cabeas

    Antnio Conselheiro

    Haver muitos globalizados e poucos globalizadores

    Vamireh Chacon

    Do ponto de vista do globalizador pode ser definida como o processo de internacionalizao dasticas capitalistas, com forte tendncia diminuio ou mesmo desaparecimento das barreirasandegrias; liberdade total para o fluxo de Capital no mundo.

    Os primeiros povos de quem se tem notcia a dividir o mundo entre ns = civilizados eutros = brbaros foram os gregos e hebreus. Tambm os romanos assim dividiam os povos

    o mundo.

    Sim, o planeta Terra, particularmente na regio de hegemonia ocidental, ou seja, dos povosiundos das cercanias do Mar Mediterrneo, j sofreu a globalizao egpcia, a globalizaoeco-macednica, a globalizao romana, a globalizao muulmana, a globalizao ibrica, aobalizao britnica, a globalizao nazi-fascista e, desde o trmino da Primeira Guerraundial, agudizando-se ainda mais aps o trmino da segunda, estamos sofrendo a globalizaotadunidense.

    Aprofundemos o paralelo. A seita judaica (que assim era vista) chamada de crist erasta como brbara e contrria aos deuses romanos. Os judeus foram globalizados fora,ssim como os cartagineses e outros povos mais. quele tempo, somente os latinos e

    acednicos foram globalizados pacificamente.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    8/82

    Mais recentemente, pelos nazistas, em funo de uma srie de peculiaridades, poucasgies foram globalizadas pacificamente, como os Sudetos e a ustria.

    Na atual globalizao estadunidense, a Argentina, o Mxico e o Brasil constituem asincipais demonstraes de globalizao pacfica. Aqueles que no concordam com oocesso de globalizao, so globalizados fora, constituindo os principais exemplos os pasesmicos, particularmente devido ao poderoso lobbie judaico no governo da nica superpotncia

    o planeta nos dias autais.

    Ns, chicanos, cucarachas, globalizados pacificamente, estamos falidos, endividados,esempregados, famintos e governados por gente subserviente aos estadunidenses. de seensar se nossos governantes aceitam essa globalizao pacfica para evitar derramamento dengue pois, como vimos, quem os estadunidenses no conseguem globalizar por bem, soobalizados mo armada, revelia da ONU, que vai, aos poucos, deixando de ter ognificado e o poder que tinha.

    Basta lembrar que a ONU nasceu ainda durante os julgamentos de Nuremberg, com o fitoincipal de evitar que povos do mundo, em nome de uma pretensa superioridade (racial,ltural ou qualquer outra), destrussem civilizaes por eles consideradas brbaras ou

    ncivilizadas. Em 1991 George Bush (o pai) bateu o primeiro prego no caixo da ONU quandonseguiu forar a aprovao de uma interveno militar sobre o Iraque (alis, fracassada). Dali

    ara c, uma srie de ocorrncias vm em sucessivas vagas e ainda h quem se surpreenda aoer representaes da ONU ser percebida pelas vtimas da globalizao como representao dosUA. Desde 1991 praticamente desde o final da polarizao capitalismo versus socialismo aNU deixou de ser um organismo representativo da autonomia dos povos do mundo e passou a

    r, na prtica, um organismo homologador das decises estadunidenses. O escndalo em tornoesta subservincia foi tamanho que, recentemente, os estadunidenses no obtiveram o aval daNU enquanto no produzissem provas de que o Iraque constitua uma ameaa estabilidadeas civilizaes judaico-crists ocidentais. Desprezando solenemente a ONU, estadunidenses eus cmplices britnicos massacraram uma das naes mais miserveis do mundo que, paraa desgraa, constituem-se no segundo maior produtor de petrleo do mundo.

    Enfim, globalizao tem um significado para os globalizadores e outro para osobalizados, desde sempre, alis. E desde sempre, parodiando o Conselheiro, h poucosobalizadores e muitos globalizados. Pior: reiterando: quem no se deixa globalizar por bem

    mo o Brasil, a Argentina e o Mxico (que esto na misria que esto) globalizado a bala,mo o Afeganisto e o Iraque...

    Transformaes no Mapa Mundi, os Novos Blocos Econmicos, o Neonacionalismo e oTerrorismo como conseqncia do fim do socialismo no Leste Europeu

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    9/82

    Sem a coeso ideolgica do socialismo as quinze repbicas que outrora compunham a URSSagmentaram-se, o mesmo ocorrendo com a Iugoslvia e com a Tchecoslovquia. Somente a Alemanha seunificou neste processo, ampliando, com isso, enormemente, a xenofobia e o racismo. Composta por

    upos culturais excepcionalmente diferentes como Srvios, Croatas, Bsnios, Macednios e Albaneses entretros, professando diferentes religies, como o Catolicismo Ortodoxo, o Catolicismo Romano, o Islamismo eJudasmo a ex-Iugoslvia foi o ncleo central de uma guerra chamada de "limpeza tnica" cujos dirigentesnda hoje respondem ao Tribunal Internacional de Justia. J se disse que o Sculo XX "comea e terminam Sarajevo". Pura verdade...

    A Europa aps a II Guerra Mundial

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    10/82

    A Europa Hoje

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    11/82

    Detalhe da ex-URSS fragmentada

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    12/82

    Com o final definitivo da bipolarizao entre EUA e URSS, temos um mundo capitaneado pelos EUA,ado o seu poderio blico e econmico. Em seu ufanismo afirmam mesmo ser a nica Superpotnciaanetria. Em menor escala, mas disputando sua chegada a uma posio de hegemonia, o Japo, que tem oxtremo Oriente como sua rea de influncia preferencial e a Europa, que encontra na frica a sua rea deluncia preferencial.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    13/82

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    14/82

    O MUNDO PS-GUERRA FRIANa poca da Guerra Fria, o poder das armas valia mais que o poder dodinheiro. O cenrio mundial estruturava-se em torno das grandes potnciastermonucleares. O ocidente - essa expresso geopoltica que abarca osEstados de economia de mercado, tanto ocidentais como orientais -organizava-se em torno da hegemonia dos Estados Unidos, cuja lideranamilitar formava par com o seu incontrastvel poderio econmico.

    O fim da Guerra Friaembaralhou as cartas do jogo planetrio. A dissoluo dobloco sovitico, uma aparente vitria da superpotncia da Amrica do Norte,descortinou realidades novas, que prefiguram o prximo sculo. O podermundial tende a se concentrar em macroreas do hemisfrio norte queaglutinam a riqueza e a capacidade de inovao tecnolgica. A economiamundial globalizava-se e, simultaneamente, fragmentava-se em blocos

    regionais. A partilha do mercado mundial envolve as estratgias das grandescorporaes econmicas e as polticas externas dos Estados.

    A geometria de poder mundial em rearranjo faz emergirem megablocoseconmicos regionais, como a Unio Europia, o Nafta e a Bacia do Pacfico.Esse movimento de integrao e abertura de mercados repercute sobre reasdo mundo subdesenvolvido, assumindo formas e expresses variadas. OMxico integra-se ao bloco comercial liderado pelos EUA; os novos pasesindustrializados do leste asitico estreitam seus laos com o Japo; os antigossatlites da ex-Unio Sovitica no leste europeu reestruturam as suaseconomias sombra da Alemanha unificada.

    2. ORDEM MUNDIAL DA GUERRA FRIA

    2.1 - Quadro Resumo

    Marco Inicial (1947) Doutrina Truman

    Marco Final (1989) Queda do Muro de Berlim

    Geopoltica Bipolar

    Poder Poltico Militar

    Potncias EUA x URSS

    Oposio Capitalismo (pases ocidentais ou do leste) x Socialismo (pasesorientais ou do oeste)

    Corrida Armamentista

    Cenrio Principal Europa

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    15/82

    Pas sntese Alemanha

    Cidade sntese Berlim

    Construo do Muro de Berlim evitar a passagem de mo-de-obra de Berlim

    oriental socialista para Berlim ocidental capitalista

    Criao de Planos Econmicos pelos EUA: PlanoMarshall (Europa Ocidental)e Colombo (sia principalmente para o Japo) recuperao econ6omicapara conter o avano do socialismo

    Bipartio do espao europeu: Europa ocidental capitalista x Europa orientalsocialista

    "Cortina de Ferro" Fronteira entre capitalismo x socialismo na Europa

    Descolonizao afro-asitica a Europa perde as suas colnias

    Nacionalismo Emancipador as colnias passa a ser naes

    Aumento da situao de subdesenvolvimento

    Conferncia de Bandung reunio das ex-colnias africanas e asiticas.Movimento dos pases no alinhados 3 mundo eqidistncia das grandespotncias (EUA e URSS)

    Neocolonialismo: dominao econmica, financeira e tecnolgica

    Criao de organizaes econmicas: MCE (Mercado Comum Europeu) ouCEE (Comunidade Econmica Europia) x COMECON

    Criao de organizaes poltico militares: OTAN x PACTO DE VARSVIA

    2.2 A Crise Sovitica

    A URSS era um pas socialista localizado na Europa e na sia, que eraconstitudo por 15 repblicas, onde a maior e mais importante era a Rssia(onde fica a capital do pas a cidade de Moscou)

    A crise da URSS assinalou a crise no socialismo, a queda do Muro de Berlim, ofim da Guerra e conseqentemente a passagem de um mundo bipolar paramultipolar (ps Guerra Fria).

    Em 1985, Mikhail Gorbatchev assume o governo sovitico e estabelecemudanas, como a Glasnost (abertura poltica) e a Perestroika (reestruturaoeconmica), porm no teve sucesso devido a diversidade tnica e a oposiodos burocratas.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    16/82

    A crise sovitica provocou grande crise no socialismo do leste europeu, o queacabou causando a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria.

    2.2.1 Fragmentao da URSS

    Esta comea em Setembro de 1991 com a independncia das RepblicasBlticas (Litunia, Letnia e Estnia). Aps este acontecimento a URSS passoua ser formada por 12 repblicas. Em 08 de Dezembro de 1991, foi assinado oAcordo de Minsk por Rssia, Ucrnia e Bielorssia (Bielorus) formado a CEI(Comunidade dos Estados Independentes).Em 14 de Dezembro de 1991teve a adeso de 8 pases.

    A CEI no funciona como pas, pois formada por pases - membros, que tmleis e nacionalidade prprias.

    2.3 Queda do Muro de Berlim e Reunificao Alem

    No ps 2 guerra, o territrio da Alemanha foi dividido em 2 partes: Alemanhaocidental ocupada por EUA, Frana e Gr Bretanha (Capitalista) e Alemanhaoriental ocupada por URSS (Socialista).

    A queda do Muro de Berlim (Novembro/89) foi o marco inicial da reunificaoalem, em Outubro de 1990. Agora, temos um pas capitalista, cuja capital Berlim.

    A queda do Muro de Berlim estabelece o fim da Guerra (fim do mundo bipolar),abrindo espao para o incio do mundo multipolar, com a formao de blocoseconmicos.

    3. ORDEM MUNDIAL PS-GUERRA FRIA

    3.1 Quadro Resumo: Geopoltica da Multipolaridade

    Forma de Poder: Econmico Tecnolgico Comercial

    Oposio: Pases do Norte Ricos x Pases do Sul Pobres

    Potncias: EUA, Japo e Alemanha

    Formao dos Megablocos econmicos: Unio Europia, Nafta e BlocoOriental

    Revigoramento: Neoliberalismo e do Neocolonialismo (separatista)

    Tendncias no Mercado: Regionalizao e Globalizao (mundializao)

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    17/82

    Problemas: Xenofobia e racismo, fundamentalismo, questo ecolgica,monoplio tecnolgico com instrumento de dominao dos pases do norte,narcotrfico e fome

    3.2 Multipolaridade

    A nova ordem mundial marcada no mais pelo poder das armas, mas pelopoder do dinheiro, as relaes econmicas esto mais intensas e no estomias apoiadas em dois plos, mas sobre os megablocos econmicos egeopolticos.

    Sero citadas algumas mudanas com o aparecimento dessa ordem multipolar:

    Neoliberalismo

    Surgiu como doutrina econmica sistematizada no final da dcada de 1930.

    Os princpios defendidos por seus tericos so basicamente os mesmos doliberalismo, diferindo apenas naquilo que a nova realidade do capitalismoimpe. A supresso de livre concorrncia, determinada pela formao dosmonoplios, oligoplios, trustes, etc. trouxe baila a necessidade deinterveno do Estado na economia. Para os neoliberais, portanto, osmecanismos de mercado so capazes de organizar a vida econmica, polticae social, desde de que sob a ao disciplinadora do Estado.

    Na prtica do Estado neoliberal h uma reduo dos gastos pblicos emeducao, sade e habitao, enfim, seguridade social.

    Globalizao

    a mundializao do capitalismo, onde a competio e a competitividade entreas empresas tornaram-se questes de sobrevivncia.

    A globalizao pode ser resumida em duas caractersticas: internacionalizaoda produo e das finanas e o Estado passa de protetor de economiasnacionais provedor do bem-estar social, a adaptar-se economia mundial ous transformaes do mundo que ela prpria e a exaltao do livre mercadoprovocam.

    Regionalizao

    Na poca da Guerra Fria tudo girava entre dois plos, ou duas potncias, EUAe URSS, com a nova ordem internacional o eixo econmico passou a ser

    outros pases que se estruturaram em megablocos, a economia ficou emregies, em blocos.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    18/82

    UNIO EUROPIA Europa NAFTA (Acordo de livre comrcio da Amrica do Norte) Amrica do

    Norte + Mxico BLOCO ORIENTAL MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) Amrica do Sul ALCA (rea de livre comrcio das Amricas) Amrica (Todas) APEC (sia Pacfico)

    Tigres Asiticos

    Os Tigres Asiticos so formados por 3 pases (Coria do Sul, Formosa ouTaiwan e Singapura) e uma ex-possesso britnica (Hong Kong: devolvidaem 1997 para China Popular)

    China Popular

    Teve abertura econmica (capitalismo), mas no poltica. Assim poder ser apotncia das prximas dcadas.

    Xenofobia

    Quando a economia dos pases desenvolvidos estava em expanso, apresena da mo-de-obra do imigrante era bem vinda. Porm, diante da

    recente recesso, os trabalhadores imigrantes passaram a concorrer pelomercado de trabalho com os trabalhadores locais, o que provocou uma aversoao estrangeiro (xenofobia).

    Neo-Nacionalismo: Separatista

    Com todo esse avano h povos que querem se separa de seus pases dentrealguns temos:

    Quebec Canad Pas Basco Espanha / Frana Caxemira ndia / Paquisto Tchetchnia Rssia Kosovo Iugoslvia Tibete China Popular Curdos Turquia, Iraque, Ir, Sria e outros Daguesto Rssia

    Pases Emergentes

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    19/82

    Grupo de pas subdesenvolvidos favorveis aos investimentos estrangeiros.Ex.: Brasil, Mxico, Argentina, China e frica do Sul.

    Fundamentalismo

    Ato de seguir fielmente as diretrizes impostas pelas potncias; utilizando aquino sentido de fazer poltica usando a religio como instrumento. Ex.: gruposislmicos extremistas, principalmente no Oriente Mdio e na Arglia (GIA Grupo Islmico Armado).

    A Terceira Revoluo Industrial ou Revoluo Tcnico-Cientfica

    A cincia, no estgio atual da terceira revoluo industrial, est estreitamente

    ligada atividade industrial e s outras atividades econmicas: agricultura,pecuria, servios. um componente fundamental, pois, para as empresas, odesenvolvimento cientfico e tecnolgico revertido em novos produtos e emreduo de custos. Permitindo a elas maior capacidade de competio nummercado cada vez mais disputado.

    A microeletrnica, o microcomputador, o software, a telemtica, a robtica, aengenharia gentica e os semicondutores so alguns smbolos dessa novaetapa.

    A Revoluo tcnico-cientfica, movida pela produtividade, ao mesmo, tempo

    em que pode gerar mais riquezas e ampliar as taxas de lucros, tambmresponsvel pelo emprego de centenas de milhares de pessoas em todo omundo.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    20/82

    A GLOBALIZAO E OS BLOCOS ECONMICOS

    Na entrada ao terceiro milnio, o mundo est vivendo uma verdadeirarevoluo financeira e industrial.

    Para empresas, bancos e homens de negcios, os continentes

    tornaram-se um s. As fronteiras, apesar de ainda constarem nos Atlas, esto

    sendo cada vez menos sentidas no mapa-mndi dessa nova realidade

    empresarial.

    Empresas e mercadorias deixaram de ter sede ou ptria.Bem no meio dessa revoluo, que alterou radicalmente as tcnicas de

    produo e a relao do homem com o trabalho, est o Brasil, pas

    contraditrio, onde setores arcaicos, como o txtil e o caladista, convivem com

    indstrias de tecnologia de ponta e robs.

    a essa revoluo que se d o nome de globalizao.

    um fenmeno irreversvel, implacvel, que veio para ficar e contra o

    qual no adianta lutar. Seus efeitos imediatos so predatrios. Mas, ao mesmo

    tempo, a globalizao capaz de levar aos pases e s pessoas benefcios

    ainda no totalmente dimensionados, como o acesso a uma mirade de

    informaes e a produtos das regies mais distantes da Terra.

    No processo de globalizao, os pases comearam a perceber que as

    negociaes comerciais se tornariam mais eficientes se houvesse uma

    aproximao setorial de suas economias. Dessa forma, iniciou-se a formao

    de grupos de pases, no princpio regionais (devido proximidade de suas

    fronteiras), originando-se, assim, os atuais blocos econmicos mundiais.

    A grande tendncia atual da globalizao da economia reflete-se,

    principalmente, numa tentativa de liberalizao de barreiras alfandegrias e

    fiscais ao comrcio internacional.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    21/82

    No final dos anos 80 e incio dos 90, assiste-se a um grande processo

    de liberalizao comercial, especialmente dos pases em desenvolvimento,

    com o crescimento dos acordos e dos mecanismos de integrao regional,

    tendo como principais exemplos o fortalecimento da Comunidade EconmicaEuropia, a criao do NAFTA na Amrica do Norte, a rea de Livre Comrcio

    Asitica e o Mercosul. Essa liberalizao surge em funo do prprio

    acirramento da concorrncia internacional.

    Estes acordos regionais so formalizados pela necessidade de

    ampliao do espao econmico das empresas a fim de viabilizar a operao e

    a continuidade das inovaes, constituindo-se em um processo intermedirio

    dentro da tendncia de globalizao.

    Os blocos no so unidades fechadas e interagem entre si mantendo

    relaes comerciais interblocos, como no acordo comercial entre Mercosul e

    Unio Europia.

    2.1.1 Blocos Econmicos nas Amricas

    NAFTA- North American Free Trade Agreement

    ALADI- Associao Latino-Americana de Integrao

    MERCOSUL- Mercado Comum do Sul

    CAN- Comunidade Andina (Antigo Pacto Andino)

    CARICOM- Comunidade e Mercado Comum do Caribe

    MCCA- Mercado Comum Centro Americano

    ALCA- Associao de Livre Comrcio das Amricas

    2.1.2. Bloco Econmico da Europa

    UE- Unio Europia

    2.1.3. Blocos Econmicos Asiticos

    ASEAN- Associao das Naes do Sudeste Asitico

    APEC- Associao de Cooperao Econmica da sia e do PacficoCEI- Comunidade dos Estados Independentes

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    22/82

    Tigres Asiticos

    2.1.4. Bloco Econmico da frica

    SADC- Southern African Development Community

    NAFTA - NORTH AMERICAN FREE TRADE AGREEMENT

    Como os Estados Unidos no tinham mais concorrncia com a Unio

    Sovitica e com o objetivo de desenvolverem suas empresas para que

    sobrevivessem, nasceu, em 1992, o NAFTA - North American Free Trade

    Agreement (Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte), reunindo os

    Estados Unidos, Canad e Mxico para consolidar um comrcio regional j

    intenso. Com isso, este se tornou o segundo maior bloco econmico do mundo,

    tanto em termos populacionais (391 milhes de habitantes que compreendem

    consumidores de poder aquisitivo elevado), quanto em relao ao Produto

    Interno Bruto (PIB) total (US$ 7,5 trilhes), perdendo apenas para a

    Cooperao Econmica da sia e do Pacfico (APEC).

    Prev-se, como objetivo, que daqui a quinze anos (a partir de 1995)

    sero eliminadas, gradativamente, todas as barreiras tarifrias e alfandegrias

    existentes entre esses trs pases, fazendo com que dinheiro e mercadorias

    circulem livremente em toda esta rea de acordo.

    O NAFTA prev uma conciliao visando a formao de uma zona de

    livre comrcio para a atuao e proliferao das empresas em um espao

    protegido. Contudo, no cria, at o presente momento, uma zona de livrecirculao de mercadorias. Ele um mercado desigual, pois o Mxico, ao

    contrrio dos Estados Unidos e do Canad, apresenta um grande desnvel

    social. Porm, as indstrias norte-americanas tm investido no pas em busca

    da mo-de-obra mexicana, mais barata, e de incentivos fiscais dados pelo

    governo.

    ALADI - ASSOCIAO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAO

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    23/82

    Seguindo a tendncia global de economia de bloco, lastreada no

    crescimento industrial ocorrido aps a Segunda Guerra Mundial, foi formada,

    em fevereiro de 1960, a Associao Latino-Americana de Livre Comrcio -

    ALALC. A ALALC nasceu do Tratado de Montevidu, o qual foi assinados porBrasil, Argentina, Chile, Uruguai, Mxico, Paraguai e Peru. A ele aderiram,

    posteriormente, Colmbia, Equador, Bolvia e Venezuela.

    A ALALC objetivava a eliminao, at 1980, do maior nmero possvel

    de restries comerciais existentes entre os pases membros.

    Vencido o prazo estimado, esta foi secundada pela Associao Latino-

    Americana de Integrao - ALADI, criada pelo Tratado de Montevidu, em 12

    de agosto de 1980.

    Este ltimo tratado, que permanece inalterado at hoje, e em vigor, une

    a Amrica Latina, inclusive o Mxico, no desejo comum de promover um

    processo convergente, que conduza a um mercado comum regional. Porm,

    com a formao do MERCOSUL, perdeu sua fora expressiva.

    O Brasil encerrou os acordos com a ALADI em junho de 1999.

    MERCOSUL - MERCADO COMUM DO SUL

    1. FORMAO DO MERCOSUL

    As relaes comerciais entre Brasil e Argentina j vinham desde a

    dcada de 70. Em julho de 1986, em Buenos Aires, foi firmada a ata para a

    integrao argentina-brasileira que instituiu o Programa de Integrao e

    Cooperao Econmica - PICE. O objetivo do programa era o de proporcionar

    um espao econmico comum, com a abertura seletiva dos respectivos

    mercados e o estmulo complementao econmica de setores especficosdos dois pases.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    24/82

    Os resultados promissores das medidas ento tomadas levaram celebrao,

    em 1988, do Tratado de Integrao, Cooperao e Desenvolvimento, pelo qual

    os pases expressaram o desejo de constituir, no prazo mximo de 10 anos,

    um espao econmico comum, por meio da liberalizao integral dointercmbio recproco, para o qual se celebraram 24 protocolos especficos, em

    reas como bens de capital, produtos alimentcios e industrializados.

    Um novo e decisivo impulso foi dado com a assinatura, em 6 de julho de

    1990, pelos presidentes Collor e Menem, da ata de Buenos Aires, que fixou a

    data de 31 de dezembro de 1994 para a formao definitiva de um mercado

    comum entre os dois pases. Em agosto do mesmo ano, como era de se

    esperar, Paraguai e Uruguai aderiram ao processo em curso, o que culminou

    na assinatura do Tratado de Assuno, em 26 de maro de 1991, para a

    constituio do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL.

    Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em 17 de dezembro de

    1994, o MERCOSUL ganhou personalidade jurdica de direito internacional: o

    protocolo reconhece ao bloco competncia para negociar, em nome prprio,

    acordos com terceiros pases, grupos de pases e organismos internacionais.

    O acordo firmado estipulava que, a partir de janeiro de 1995, todas as

    mercadorias e servios teriam livre acesso comercial entre os pases

    participantes, com ressalvas a alguns itens e posterior harmonizao at o final

    do ano de 2005, quando toda economia da regio ser integrada.

    O acordo tem trs fases:a. maro/91 a dezembro/94: perodo de transio - programa de

    liberao comercial;

    b. janeiro/95 a dezembro/99: caracteriza-se pela unio aduaneira -

    estabelece-se a TEC (Tarifa Externa Comum);

    c. janeiro/2000 a dezembro/2004:integrao de fato - mercado comum.

    Pelo tratado, ficaram estabelecidas as seguintes regras:

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    25/82

    - a livre circulao de bens, servios e fatores de produo entre os

    pases, eliminando-se os direitos alfandegrios e tarifas (alquota do imposto de

    importao = zero);

    - estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), que significaconstituir impostos de importao comuns entre os pases signatrios para

    aplicao a produtos de outros pases;

    - coordenao de poltica macroeconmica e setorial;

    - compromisso dos estados membros de harmonizar suas legislaes,

    nas reas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integrao.

    Para viabilizar a implementao de um programa de liberao de

    comrcio desta magnitude e assegurar as condies de concorrncia, os

    pases membros do MERCOSUL, pelos termos do Tratado de Assuno,

    comprometeram-se a coordenar, conjuntamente, a adoo de polticas

    macroeconmicas e setoriais, envolvendo as de comrcio exterior (agrcola,

    industrial, fiscal, monetria e cambial) e de capitais (de servios alfandegrios,

    transportes e comunicaes).

    2. NOVOS PARCEIROS DO MERCOSUL: CHILE E BOLVIA

    A adeso desses pases no MERCOSUL foi formalizada em 25 de junho

    de 1996, em encontro realizado na cidade de San Lus, Argentina.

    Chile e Bolvia no tm, ainda, os mesmos direitos que os scios iniciais,

    ou seja, o acordo total de integrao, acertado no Tratado de Assuno.

    O Chile, na primeira fase, ajustou negociao de alguns produtos que

    tem livre comrcio com os demais membros do MERCOSUL, com reduo de

    impostos at dezembro de 2004. Assim, os impostos para uma relao de

    produtos negociados nesse acordo comercial sero, gradativamente, reduzidos

    at atingirem zero.

    A Bolvia estipulou um perodo de 15 anos (incio 1998), oferecendoreduo imediata de impostos no montante de 80%.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    26/82

    CAN - COMUNIDADE ANDINA (ANTIGO PACTO ANDINO)

    O Pacto Andino foi estabelecido em 1969, tornando-se a ComunidadeAndina em 1996.

    Compreende os pases Bolvia, Colmbia, Equador, Peru e Venezuela,

    com uma populao de 101 milhes de habitantes e um PNB de 260 milhes

    de dlares.

    Formou uma regio de mercado comum e, a partir de 1995 (com a

    exceo do Peru), adotou uma TEC (Tarifa Externa Comum).

    Em 1997, constituiu um acordo comercial com o MERCOSUL. Desse

    modo, prev-se a unio deste bloco com o MERCOSUL, devido fora

    expressiva deste ltimo, a fim de fortalecer a Amrica Latina nas discusses da

    ALCA.

    CARICOM - COMUNIDADE E MERCADO COMUM DO CARIBE

    Criada em 1973, a CARICOM um bloco de cooperao econmica e

    coordenao poltica externa, relaes industriais, visando o desenvolvimento

    regional. Abrange uma populao de 5,8 milhes de pessoas e um PIB de

    cerca de 16 milhes de dlares.

    Os pases participantes so: Antgua e Barbuda, Bahamas, Barbados,Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Montserrat, So Cristvo e

    Nvis, Santa Lcia, So Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago.

    A sede da CARICOM em Georgetown, Guiana.

    MCCA - MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    27/82

    O MCCA foi criado em 1960 e implementado em 1963, com os pases

    Guatemala, El Salvador, Honduras, Costa Rica e Nicargua. Eles adotaram

    uma TEC (Tarifa Externa Comum) e atualmente participam ativamente no

    processo de implementao da ALCA

    ALCA - ASSOCIAO DE LIVRE COMRCIO DAS AMRICAS

    Prev a integrao total das Amricas desde o Alasca (Estados Unidos)

    at a Patagnia (Argentina).

    Dever ser uma zona de livre comrcio e um mercado de US$ 8 trilhes,

    com 814 milhes de consumidores, envolvendo 34 pases (exceto Cuba). Est

    previsto para ser iniciado a partir do ano 2005

    UE - UNIO EUROPIA

    Nascida por volta dos anos 50 como Comunidade Econmica Europia

    (CEE), essa organizao passou formalmente a se chamar Unio Europia

    (UE) em 1993, quando o Tratado de Maastricht entrou em vigor.

    Foi uma associao pioneira. Com o exemplo desta unio que se

    originaram outros mercados econmicos internacionais.

    A Comunidade Europia foi constituda, em seu incio, por doze pases:

    Alemanha, Frana, Espanha, Itlia, Blgica, Portugal, Grcia, Luxemburgo,Pases Baixos, Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. Em 1995 foram aceitos a

    ustria, a Finlndia e a Sucia, ampliando o antigo nmero, agora, para quinze.

    1. ANTECEDENTES

    Aps a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Europa deixou de ser o

    principal plo econmico do mundo. Os Estados Unidos consolidaram-se comoa grande potncia capitalista que financiou a reconstruo europia por meio

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    28/82

    do Plano Marshall. Diante desse quadro, os pases europeus resolveram unir-

    se em organizaes econmicas para ampliar seus mercados consumidores e

    competir com os Estados Unidos e a Unio Sovitica.

    Assim, em 1957, Frana, Itlia, Repblica Federal da Alemanha e os

    pases do Benelux (Blgica, Holanda e Luxemburgo) assinaram o Tratado de

    Roma, formando o Mercado Comum Europeu (MCE) ou a Comunidade

    Econmica Europia (CEE).

    2. TRATADO DE MAASTRICHT

    Assinado em dezembro de 1991, em Maastricht (Holanda), esse tratado

    dividido em dois outros: o da Unio Poltica e o da Unio Monetria e

    Econmica que, juntos, formam o Tratado da Unio Europia, mais conhecido

    como Tratado de Maastricht. Entrou em vigor em novembro de 1993, prevendo

    um mercado interno nico e um sistema financeiro e bancrio comum, com

    moeda prpria (o Euro), que entrou em circulao em janeiro de 1999.

    Tambm ficou garantida a cidadania nica aos habitantes dos pases do bloco.

    O acordo lanou, ainda, as bases de uma poltica externa e de defesa

    europia. Na questo social, ficaram definidos quatro direitos bsicos dos

    cidados da Unio Europia: livre-circulao, igualdade entre homens e

    mulheres, assistncia previdenciria e melhores condies de trabalho. Alm

    disso, esto sendo unificadas as leis trabalhistas, criminais, de imigrao e as

    polticas externas dos pases membros. Atravs do Acordo de Schengen, est

    previsto o final dos controles de fronteira entre os seus signatrios.

    O caminho para a unificao, no entanto, est cheio de obstculos. A

    Unio Europia enfrenta a oposio dos "eurocticos", principalmente do Reino

    Unido, que assinou o Tratado de Maastricht com as ressalvas de no ter de

    adotar a poltica social comum e de poder optar se vai ou no aderir ao banco

    central e moeda nica. A principal crtica a transferncia de poder dos

    governos nacionais burocracia de Bruxelas. Outras dificuldades so as

    exigncias que o tratado faz para a unificao econmica: dficit pblicocontrolado (at o mximo de 3% do PIB), inflao baixa e cmbio estvel (a

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    29/82

    Unio Europia tem um sistema de flutuao mnima e mxima das moedas de

    seus pases).

    3. ORGANIZAO

    Os principais organismos da Unio Europia so a Comisso Europia,

    o Conselho de Ministros e o Parlamento Europeu. A Comisso Europia o

    rgo executivo responsvel pelo cumprimento dos tratados firmados pelos

    membros. Composta por dezesseis comissrios e chefiada por uma espcie de

    primeiro-ministro, a comisso opina sobre os acordos e implementa as

    decises do Conselho de Ministros. O Conselho o rgo legislativo da

    organizao e coordena as polticas econmicas gerais das naes

    participantes. formado pelos chanceleres desses pases, que, a cada seis

    meses, revezam-se em sua presidncia. O Parlamento Europeu consultado

    sobre todas as decises a serem tomadas pela Unio Europia e fiscaliza a

    sua execuo oramentria.

    4. OBJETIVOS

    Os principais objetivos da Unio Europia para os prximos anos

    inscrevem-se nos seguintes domnios:

    a. execuo das disposies do Tratado de Amsterd;

    b. alargamento da unio aos pases da Europa Central e Oriental;

    c. implementao do Euro (moeda nica).

    A adoo do Euro como moeda comum compreende trs fases. Aprimeira, encerrada em 31 de dezembro de 1998, preparou os mercados e

    agentes operadores dos onze pases que optaram por compor a "Zona Euro"

    (Dinamarca, Reino Unido e Sucia escolheram no participar, por enquanto, e

    a Grcia no cumpriu com os requisitos bsicos). A segunda fase teve incio

    em primeiro de janeiro de 1999, quando o Euro foi adotado como moeda nica

    apenas em transaes bancrias e em bolsas de valores. A terceira fase ter

    incio em primeiro de janeiro de 2002, quando moedas e notas de Euro deveropassar a circular nos onze Estados que compe a Zona Euro.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    30/82

    ASEAN - ASSOCIAO DAS NAES DO SUDESTE ASITICO

    A ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) tem sede emJacarta, Indonsia. Surgiu em 8 de agosto 1967 (em Bangkok, Tailndia) com o

    objetivo de acelerar o progresso econmico e aumentar a estabilidade regional.

    Em 1988 foi criado o fundo ASEAN, com capital de US$ 150 milhes,

    para financiar a indstria da regio. A organizao incentiva produo de

    bens complementares, como o de autopeas. Os compradores preferenciais

    so os pases membros.

    Em 1992, foi assinado um acordo para acabar, em 2008, com as

    barreiras econmicas e alfandegrias entre os pases membros. A ASEAN

    tambm prev a cooperao nas reas de transporte, comunicao,

    segurana, relaes externas, indstria, finanas, agricultura, energia,

    transporte, tecnologia, educao, turismo e cultura.

    Membros: Brunei, Myanma (antiga Birmnia), Indonsia, Laos, Malsia,

    Filipinas, Cingapura, Tailndia e Vietn.

    APEC - ASSOCIAO DE COOPERAO ECONMICA DA SIA E

    DO PACFICO

    A regio formada pela sia e Oceania passou por um desenvolvimento

    econmico muito intenso, principalmente nas ltimas duas dcadas, tendo um

    grande impacto na economia mundial.

    A Cooperao Econmica da sia e do Pacfico (APEC) foi criada em

    1989, na Austrlia, como um frum de conversaes informais entre os pases

    membros da Associao das Naes do Sudeste Asitico (ASEAN) e seis

    parceiros econmicos da regio do Pacfico, entre eles os Estados Unidos e o

    Japo. Quatro anos depois, na Conferncia de Seattle, nos Estados Unidos,

    adquiriu caractersticas de bloco econmico. Em 1994, os pases membros

    comprometeram-se a transformar o Pacfico em uma rea de livre-comrcio. Oforte protecionismo econmico, no entanto, fez adiar para o ano 2000 a

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    31/82

    eliminao das barreiras comerciais na regio. Prev-se que esta ocorrer

    gradativamente: at 2010 para os pases desenvolvidos e 2020 nas naes em

    desenvolvimento.

    Com sede em Cingapura, as naes da APEC respondem hoje por 46%

    das exportaes mundiais. Um aspecto estratgico dessa aliana o fato de

    aproximar a economia norte-americana dos demais pases do Pacfico,

    contrabalanando o peso do Japo e da China, as duas grandes potncias da

    regio.

    Membros: Austrlia, Brunei, Canad, Indonsia, Japo, Malsia, Nova

    Zelndia, Filipinas, Cingapura, Coria do Sul, Tailndia, Estados Unidos,

    China, Hong Kong, Taiwan, Mxico, Papua - Nova Guin e Chile.

    CEI - COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES

    A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) nasceu do fim da

    Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URSS), em dezembro de 1991,

    com o objetivo de manter a associao entre as ex-repblicas e integr-las

    nova ordem mundial. Sediada em Minsk, em Belarus, a CEI organiza-se em

    uma confederao de Estados, com vnculos entre si, mas que preserva a

    soberania de cada uma das naes. No possui governo central, mas

    Conselhos de Chefes de Estado, que se renem duas vezes ao ano, e de

    Governo, que se encontram de trs em trs meses.

    A comunidade prev a centralizao das Foras Armadas e uma moedacomum: o rublo. Na prtica, contudo, as repblicas no tm conseguido a

    unidade. Rssia e Belarus saram frente e assinaram um acordo em 1996,

    estabelecendo a formao de uma moeda nica para 1997, alm de uma

    poltica externa e de defesa em comum. Tenses separatistas so constantes

    em grande parte das repblicas da CEI e h disputas pelo controle do

    poderoso arsenal nuclear da ex-URSS.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    32/82

    Membros: Federao Russa, Cazaquisto, Ucrnia, Belarus,

    Tadjiquisto, Turcomnia, Gergia, Quirguzia, Armnia, Uzbequisto,

    Azerbaijo e Moldvia.

    TIGRES ASITICOS

    Dos Tigres Asiticos fazem parte Japo, China, Formosa, Cingapura,

    Hong Kong e Coria do Sul, tendo um PIB de 4,25 trilhes de dlares e um

    mercado consumidor de 1,295 bilho de pessoas.

    Na Bacia do Pacfico, quem predomina sobre os outros componentes o

    Japo, com uma economia super competitiva que est enfrentando a Unio

    Europia e os Estados Unidos. Destina volumosos investimentos aos Drages

    Asiticos (Coria do Sul, Formosa, Cingapura e Hong Kong), que so os

    pases que mais crescem industrialmente naquela regio e precisam de apoio

    financeiro, o qual o Japo est promovendo para a atuao de um mercado

    competitivo no cenrio mundial da economia. E aos pases de industrializao

    mais recente (Indonsia, Tailndia e Malsia, alm das zonas exportadoras do

    litoral da China), o Japo tambm est colaborando para o desenvolvimento

    dos mesmos neste setor.

    Esse bloco asitico, movido pelo potente Japo, est tentando erguer os

    outros pases para que se torne uma massa que tenha competio na

    economia mundial e que ocupe parte dela.

    A partir da dcada de 1970, o direcionamento da indstria eletrnica

    para a exportao de produtos baratos trouxe prosperidade econmica

    crescente e rpida para alguns pases da sia. Coria do Sul, Formosa

    (Taiwan), Hong Kong e Cingapura foram os primeiros destaques. Dez anos

    depois, Malsia, Tailndia e Indonsia integraram o grupo de pases chamados

    Tigres Asiticos. Apesar da recesso mundial dos anos 80, apresentaram uma

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    33/82

    taxa de crescimento mdio anual de 5%, graas base industrial voltada para

    os mercados externos da sia, Europa e Amrica do Norte.

    As indstrias e exportaes concentram-se em produtos txteis eeletrnicos. Os Tigres beneficiam-se da transferncia de tecnologia obtida

    atravs de investimentos estrangeiros associados a grupos nacionais. Os

    Estados Unidos e o Japo so os principais parceiros econmicos e

    investidores. Com exceo de Cingapura, a economia dos Tigres Asiticos

    dispe de mo-de-obra barata: as organizaes sindicais so incipientes e as

    legislaes trabalhistas foram a submisso dos trabalhadores. Tal situao s

    possvel porque sustentada por uma cultura conformista, que valoriza a

    disciplina e a ordem, e admite a interveno do Estado em diversos setores

    econmicos. O planejamento estatal posto em prtica em larga escala,

    seguindo de perto o modelo japons.

    SADC - SOUTHERN AFRICAN DEVELOPMENT COMMUNITY

    A SADC (Comunidade da frica Austral) teve incio em agosto de 1992.

    Apresenta uma populao total de 137 milhes de habitantes e um PIB total de

    US$ 146 milhes.

    Atualmente, discute-se a cooperao econmica, sendo estes os pases

    participantes: Angola, Repblica Democrtica do Congo, Malawi, Moambique,

    Seychelles, Swaziland, Zimbabwe, Botswana, Lesotho, Mauritus, Nambia,

    frica do Sul e Tanznia.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    34/82

    PROCESSOS DE INTEGRAO REGIONAL AFRO-ASITICOS:

    SAARC, ASEAN, SACU e SADC*

    Nos continentes da frica e da sia, tm se desenvolvido processos de integraoregionais menos conhecidos e impressionantes que os da Europa e das Amricas, comoa Associao Sul-Asitica para Cooperao Regional (em ingls, South AsianAssociation for Regional Cooperation SAARC), a Associao das Naes do SudesteAsitico (em ingls, Association of Southeast Asian Nations ASEAN), a UnioAduaneira da frica Austral (em ingls, Southern African Customs Union SACU) e aComunidade para o Desenvolvimento da frica Austral (em ingls, Southern AfricaDevelopment Community SADC). Contudo, esses processos tm apresentado umnotvel avano desde o fim da Guerra Fria, em virtude de processos deredemocratizao, resoluo de conflitos, reformas e abertura econmicas. Maisespecificamente, pode-se destacar o acelerado crescimento econmico da ndia (no caso

    da SAARC); a ampliao do conjunto do sudeste asitico (no caso da ASEAN); e o fimdo regime do apartheid, com a implantao de um governo democrtico de maiorianegra, e a integrao da frica do Sul com seus vizinhos (nos casos da SACU e daSADC).

    A SAARC

    A regio da sia Meridional, mais precisamente a bacia do Oceano ndico, embora srecentemente esteja se associando ao movimento de crescimento econmico emanadodo leste asitico, possui processos de integrao regional. A SAARC foi estabelecidaformalmente pelos chefes de Estado ou de governo de Bangladesh, Buto, ndia,

    Maldivas, Nepal, Paquisto e Sri Lanka no dia 8 de dezembro de 1985, apesar darivalidade histria existente entre os dois membros mais importantes, a ndia e oPaquisto. O secretariado da SAARC encontra-se em Catmandu (capital do Nepal),coordenando e monitorando a implementao de atividades e servios de comunicaesentre os membros da associao e outras associaes regionais.

    Quais so os fundamentos para a integrao desta regio marcada pela fragmentao,rivalidades e conflitos internos?

    Em primeiro lugar, necessrio levar em conta que a regio herdeira do espaogeogrfico e econmico da antiga ndia Britnica, menos Mianmar (ex-Birmnia), pas

    que hoje integra a ASEAN. Assim, fluxos e infra-estruturas pertencem a um espaocomum. Alm disso, conforme argumenta G. Krishan (1996:15-16), proximidade econtigidade geogrfica, sistemas polticos e jurdicos comuns, herdados do reinadobritnico, e o carter transfronteirio das religies e das lnguas so igualmenteelementos que impedem de considerar os pases da sia do Sul isoladamente uns dosoutros.

    Em segundo lugar, pode-se observar que o fim da Guerra Fria teve um impactoprofundo e positivo para a integrao regional, uma vez que a ingerncia dassuperpotncias foi substancialmente reduzida. A ndia tornou-se a grande potncia doOceano ndico e goza, desde ento, de uma autoconfiana, decorrente tanto do seu

    crescimento econmico quanto do realinhamento das suas alianas internacionais. Aperda do apoio sovitico (em virtude do desaparecimento da URSS) e a necessidade de

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    35/82

    contrabalanar a ascenso da China permitiram o estabelecimento de uma nova parceriacom os Estados Unidos. Nesta relao, a ndia possui ampla margem de manobra,graas ao interesse de Washington na construo de um novo equilbrio regional e nocombate ao terrorismo.Em terceiro lugar, a abertura econmica indiana propiciou um novo clima para a

    cooperao regional, tanto pelo impulso intrnseco prpria globalizao como peladificuldade do Paquisto em manter sua anterior estratgia de confrontao com a ndia.Como lembra Jrome Grimaud (1998:231),(...) para um Estado, a adeso a um agrupamento regional representa, em efeito, oacesso a um mercado ampliado de consumidores, a um volume de investimentos mais

    importantes, mas tambm a produtos de importao menos caros, no quadro deconcesses tarifrias. Mais ainda, a participao em uma organizao regional podeoferecer um poder de negociao ampliado nas tratativas internacionais, notadamenteno seio da Organizao Mundial do Comercio (OMC).Em quarto lugar, o movimento de democratizao poltica nos pases da regio criou umclima favorvel ao processo de integrao, uma vez que implicava na busca de novosmecanismos coletivos para garantir a estabilidade e a coeso nacionais.Por ltimo, no mesmo sentido, a estratgia diplomtica indiana deLook East (voltandoo pas para o leste e sudeste asiticos) e a doutrina Gujral de boa vizinhana (agostode 1996) consolidaram esta dimenso, no mbito da poltica externa. Isso porque, nasia, o fim da Guerra Fria representou a queda de diversos muros quecompartimentavam a regio em espaos mutuamente conflitantes.A cooperao na SAARC baseada no respeito pelos princpios da soberaniaigualitria, na integridade territorial, na independncia poltica, na no-interferncia nosassuntos internos de cada Estado-membro e no benefcio mtuo, na tradio dos cinco

    princpios da coexistncia pacfica, formulados na Conferncia de Bandung, aquicitados anteriormente. A SAARC prov os Estados e as sociedades sul-asiticos de umaplataforma para que trabalhem integradamente em um contexto de paz, confiana ecompreenso recprocas, melhorando a qualidade de vida por meio do crescimentoeconmico acelerado, do progresso social e do desenvolvimento cultural da regio,segundo consta em sua Carta de princpios.Um acordo denominado Acordo da SAARC de Arranjo Comercial Preferencial(SAPTA) foi assinado em 1993 e quatro rodadas de negociaes comerciais j foramconcludas. A iniciativa da rea de Livre Comrcio Sul-Asitica (SAFTA), por sua vez,criou o marco institucional para o avano da Unio Econmica Sul-Asitica (SAEU).As reas de cooperao em que a SAARC atua so as seguintes: agricultura e

    desenvolvimento rural; sade e atividades da populao; cuidados da mulher, da crianae do adolescente; meio ambiente e preservao florestal; cincia, tecnologia emeteorologia; desenvolvimento dos recursos humanos e transportes. Atualmente, outrasreas comearam a ser trabalhadas, como biotecnologia, turismo e energia.

    A SAARC possui um produto interno bruto (PIB) de mais de 700 bilhes de dlares euma populao de aproximadamente 1,3 bilhes de habitantes, a mesma da China. Suataxa de exportao corresponde a 1% do total mundial e a de importao a 1,3%. Suaextenso de mais ou menos 4,4 milhes de quilmetros quadrados, sendo as Maldivasa menor rea (apenas 300 quilmetros quadrados) e a ndia a maior (enormes 3,2milhes de quilmetros quadrados). As reformas liberalizantes, desde o fim dos anos

    1980, fizeram da ndia uma economia em rpido crescimento em reas modernas, comoa informtica, tornando a regio um plo dinmico de desenvolvimento e contribuindo

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    36/82

    para a melhoria das relaes diplomticas entre os membros da SAARC.Contudo, da mesma forma que na frica Austral ou na Amrica do Sul, o gigantismo deum nico membro, que supera o conjunto dos demais, representa um fator que torna aintegrao um processo complexo e politicamente delicado. Apesar de todos os esforosindianos em suscitar confiana, a sua enorme dimenso, a busca de um assento

    permanente no Conselho de Segurana da ONU e a aliana com os Estados Unidos,bem como seu bvio objetivo de liderar a regio, geram certo temor nos vizinhosmenores. Alm disso, a regio ainda carece da infra-estrutura bsica para estender odesenvolvimento econmico da ndia aos vizinhos e, assim, acelerar o processointegrativo.

    A ASEAN

    J o caso da ASEAN bastante diferente do da SAARC, pois, inicialmente, a ASEANrepresentava uma aliana pr-norte-americana que buscava estabilidade durante aGuerra da Indochina e, encerrada esta, voltou-se contra os pases socialistas ento

    estabelecidos: Vietn, Camboja e Laos. Econmica e politicamente, no possui umapotncia hegemnica. Embora em termos de peso econmico, territorial e demogrficoa Indonsia e a Tailndia estejam frente da cidade-Estado de Cingapura e da Malsia,estas representam os centros dinmicos em termos industriais, financeiros e de servios,sendo a primeira plenamente industrializada, representando o hub do sudeste asitico.

    Formada a partir de 1967, com a declarao de Bangkok, pelos ministros das RelaesExteriores da Indonsia, Malsia, Filipinas, Cingapura e Tailndia, a ASEAN destacou-se como um bloco de extrema importncia para a geopoltica e diplomacia asiticas.Posteriormente, o minsculo e riqussimo sultanato de Brunei, grande exportador de

    petrleo, aderiu ao bloco. Um secretariado foi estabelecido em Cingapura e a associaopassou a perseguir o objetivo de estabelecer um bloco econmico-comercial,especialmente na medida em que os antigos adversrios da Indochina passaram aintegrar o bloco, juntamente com Mianmar.Inicialmente, a ASEAN buscava equacionar um conjunto de graves problemas legadospor uma acidentada descolonizao, marcada por conflitos armados e tensesdiplomticas, territoriais e comunitrias entre alguns de seus membros: Malsia xCingapura, Malsia x Indonsia, Indonsia x Filipinas e Malsia x Filipinas.Posteriormente, era necessrio controlar as tendncias desestabilizadoras emanadas doconflito indochins e da ao dos movimentos armados de libertao nacional, noquadro de uma forte presena militar norte-americana nas Filipinas e na Tailndia.

    Ainda assim, os princpios de soberania, no-ingerncia nos assuntos internos entre seusmembros e no-interveno externa consagraram, igualmente, o iderio dos cincoprincpios da coexistncia pacfica de Bandung.Poltica e economicamente, o bloco comeou a desenvolver um papel regional distintocom o fim da guerra do Vietn em 1975 e do conflito cambojano em 1992 (para cujasoluo a mediao da ASEAN foi decisiva), adquirindo crescente importncia para osistema mundial na fase da globalizao. Uma das razes disso foi a busca doestabelecimento de um plo de equilbrio entre os gigantes chins e indiano, uma vezque se tratava de pases menores e menos desenvolvidos que estes. Nos anos 1990,Vietn, Laos, Mianmar e Camboja ingressaram na ASEAN, que passou a contar comdez membros, tendo ainda como observadores, e possveis novos membros, Papua-Nova

    Guin e Timor Leste, tendo ainda a China e a Rssia como observadores especiais.O bloco, que passou a se vincular dinmica desenvolvimentista do Japo, dos Tigres

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    37/82

    Asiticos (Cingapura um deles) e, posteriormente, do drago chins, tem demonstrado

    uma importante taxa de crescimento e tambm um dinamismo poltico gerador deestabilidade. Assim, a ASEAN tem por objetivos principais assegurar a estabilidadepoltica e acelerar o processo de desenvolvimento na regio. A crise asitica de 1997,

    todavia, repercutiu fortemente na regio, atingindo especialmente a Tailndia e aIndonsia, pases que se encontravam em fase de industrializao e cujas moedassofreram hiperdesvalorizao. Contudo, um Estado que logrou bloquear o alastramentoda crise, introduzindo mecanismos de controle sobre os fluxos de capital, foi a Malsia,pas que passou a exercer certa liderana poltica, em tom crtico aos EUA e em defesado asiatismo, inclusive buscando revitalizar o Movimento dos Pases No-Alinhados.Na Indonsia, o regime autoritrio do general Suharto chegou ao fim, enquanto aeconomia do pas sofria forte recesso, processo que culminou com a crise do Timor,que passou aos cuidados da ONU e se tornou um pas independente (e instvel). Oenfraquecimento da Indonsia, nao de maior populao muulmana do mundo, veiogerar um problema adicional aps os atentados de 11 de setembro de 2001, pois, quandoos EUA intervieram na sia Central, diversas redes terroristas deslocaram-se para aregio e passaram a atuar em seu territrio. Alis, o islamismo poltico, em um quadrode crise social e crescente desemprego, tem conhecido avanos significativos no pasaps o fim do regime militar indonsio, que era autoritrio, mas desenvolvimentista.Tambm se pode destacar a necessidade de segurana militar e o bem-estar financeirocomo objetivos a ser conquistados pelo bloco. Avesso a ingerncias externas nosproblemas da regio, o bloco tem conseguido solucionar crises como a do Camboja eadministrar situaes sensveis como a relao entre a junta militar de Mianmar, por umlado, e a oposio e a comunidade internacional, de outro. Ao mesmo tempo, criou umfrum de interlocuo com a Unio Europia desde 1996, por meio da ASEAN-Europe

    Meeting (ASEM), que busca compensar o peso individual da China e da ndia. Um dosproblemas de mais destaque que a ASEAN enfrentou foi a busca de um balano contraas crescentes influncias japonesa e chinesa na sua economia, envolvendo assim forasexternas, como a Unio Europia e os Estados Unidos, na sua diplomacia regional.

    A regio, alm de constituir um imenso mercado consumidor e deter uma capacidadeprodutiva em expanso (com Tigres de terceira gerao), possui imensos recursosnaturais, como petrleo, gs natural, minrios, madeira, borracha, biodiversidade,riquezas ocenicas e agropecuria. Algumas destas riquezas, como gs e petrleo, estoassociadas a contenciosos complexos, como o do mar da China meridional, entre pasesda regio e entre estes e a China, que no faz parte do bloco. Os desastres naturais,

    como vulces, terremotos e tsunamis, por outro lado, tm ensejado uma maiorcoordenao entre os pases-membros.O bloco representa hoje um mercado de 520 milhes de pessoas e com um PIB de maisde meio bilho de dlares, que desenvolve programas de cooperao nas reas detransporte, comunicao, segurana, relaes externas, indstria, finanas, agricultura,energia, tecnologia, educao, turismo e cultura regional. Est em discusso aassociao do Japo, da China e da Coria do Sul ao bloco, alm de estar em processode implantao a ASEAN Free Trade Area (AFTA), pois desde 1993 a ASEAN inicioua construo de uma zona de livre comrcio na regio. O bloco tem como parceiros dedilogo, alem da Unio Europia, a ndia, a Rssia, a China, a Coria do Sul, o Japo, aAustrlia, a Nova Zelndia, o Canad e os Estados Unidos, alm da atuao em fruns

    multilaterais como a Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) e outras organizaesda sia-Pacfico, o que evidencia sua crescente projeo global (Joyaux, 1997:87).

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    38/82

    A SADC e a SACU

    A origem da SADC remonta ao bloco poltico de luta contra os pases de regimesracistas da regio (frica do Sul e Rodsia), denominado Pases da Linha de Frente, e

    ao bloco econmico equivalente, Conferncia de Coordenao do Desenvolvimento dafrica Austral (em ingls, Southern Africa Development Coordination Conference SADCC), fundados em 1980. Os blocos no lograram avanar muito em virtude daguerra persistente e da ausncia da maior economia da regio, a da frica do Sul. Como fim do regime do apartheid no incio dos anos 1990, a situao mudoucompletamente. A independncia da Nambia, a ascenso de um governo de maioria

    negra em Pretria e a negociao da paz em Angola e Moambique permitiram oavano da integrao regional.Os pases da frica Austral Angola, Botsuana, Lesoto, Malawi, Moambique,Nambia, Suazilndia, Tanznia, Zmbia e Zimbbue reuniram seus ministros deRelaes Exteriores a fim de discutir um programa regional de desenvolvimentoafricano. No entanto, foi em 17 de julho de 1992, na capital da Nambia, que o Tratadode Windhoek concretizou a fundao da SADC, qual a nova frica do Sul aderiuquando da ascenso do Congresso Nacional Africano (CNA) ao poder em 1994.O fim da confrontao com os vizinhos, que marcou o perodo de 1975 a 1990,propiciou uma arrancada em termos de cooperao, em virtude da complementaridadeeconmica, da existncia de conexes de infra-estrutura de energia e transportes, daretomada de vnculos que existiam na poca colonial e das novas afinidades ideolgicasentre o CNA e os governos dos demais pases. Todavia, foroso reconhecer que anova cooperao herdou as deformaes assimtricas do passado, ainda que com

    expressivas correes de rumo e uma nova vontade poltica.Segundo James Hentz (2005), a cooperao/integrao da frica Austral possui trsvias possveis: a desenvolvimentista, a de mercado e a ad hoc ou funcionalista. Adesenvolvimentista busca uma interdependncia regional eqitativa para odesenvolvimento, que implica dirigismo econmico e uma forte presena do Estadocomo protagonista, sendo o melhor exemplo a SADC. A cooperao via mercado buscareduzir tarifas alfandegrias e remover barreiras atividade econmica entre os Estadosda regio. Trata-se de uma verso apoiada por agentes externos como a UnioEuropia e as grandes agncias financeiras internacionais , que acaba por manter eaprofundar as desigualdades regionais. A SACU, agrupando frica do Sul, Nambia,Botsuana, Lesoto e Suazilndia, representa esta modalidade. Por fim, a cooperao

    econmica regional de tipo ad hoc, ou cooperao por projetos ou funcional, baseia-seem acordos bilaterais e projetos especficos que fluem quase naturalmente da relaoespontnea entre uma economia central e outras perifricas, aprofundando asassimetrias existentes. A extinta Constellation of Nations of the States of Southern

    Africa, que o apartheid tentou estabelecer com os vizinhos da frica do Sul, constitui omodelo deste tipo de cooperao.A cooperao desenvolvimentista defendida pelos sindicatos de trabalhadores dafrica do Sul e pelo pequeno e mdio empresariado afrikaner, como defesa do setorindustrial baseado em trabalho intensivo, que se sente ameaado pela mo-de-obrabarata dos vizinhos. Por suprema ironia, o CNA, no poder, e o antigo Partido Nacional,

    racista, mantm posio convergente em defesa deste modelo. A cooperao viamercado defendida pela burocracia da SACU e pelas grandes corporaes industriais

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    39/82

    sul-africanas baseadas em capital intensivo. O problema que, para os pases menosdesenvolvidos da regio, as tarifas alfandegrias so indispensveis para ofuncionamento dos respectivos Estados.Finalmente, as mesmas grandes corporaes defendem a cooperao ad hoc, pois nonecessitam muito de apoio. O resultado so formas mistas que associam as diferentes

    vias nos projetos atualmente em vigor na regio. Assim, a integrao da frica Austral marcada pela tenso entre uma postura poltico-econmica benevolente e a realidade dehegemonia regional que, em sntese, expressa a contradio entre o CNA e o grandecapital sul-africano, ainda controlado pelos beneficirios do apartheid. Trata-se de umaclivagem interna que demonstra o frgil equilbrio existente e se estende relao comos vizinhos.Em termos concretos, os principais objetivos da SADC baseiam-se em protocolos dedesenvolvimento e crescimento econmico, para aliviar o sofrimento de uma populaoconhecida por sua pobreza e baixa qualidade de vida. Tambm tem como meta defendera paz e a segurana da regio, e criar empregos incentivando a utilizao de produtosnacionais. A proteo da cultura e dos recursos ambientais da regio tambm consta do

    protocolo da SADC. Certos princpios so fundamentais Comunidade, como benefciomtuo, direitos humanos, democracia, paz e segurana, solidariedade e igualdade paratodos os Estados-membros.

    So membros da SADC atualmente os seguintes pases, cada qual com as seguintesfunes: frica do Sul, finanas e investimentos; Angola, energia; Botsuana, produoanimal e agrria; Lesoto, conservao da gua e do solo e turismo; Malau, preservaodas florestas e fauna; Maurcio (sem funo especfica); Moambique, transportes,cultura e comunicaes; Nambia, pesca; Suazilndia, recursos humanos; Zmbia,minas; Zimbbue, segurana alimentar. A Tanznia, a Repblica Democrtica do Congo

    e as ilhas Seichelles aderiram posteriormente ao bloco.A SADC possui atualmente um PIB de mais de 200 bilhes de dlares e tambm umapopulao total de 205 milhes de pessoas. Em suas exportaes, obtm um total de 55bilhes de dlares e gasta em mdia 53 bilhes de dlares em importaes. Assimsendo, considerada o maior bloco de toda a regio africana, englobando quase toda aparte do continente ao sul do Equador. A frica do Sul, Nambia, Botsuana, Lesoto eSuazilndia formam o ncleo central da SADC, pois constituem a SACU, uma zona delivre comrcio j consolidada, que existe desde o incio do sculo XX e representavauma forma de a frica do Sul, regida pela minoria branca, utilizar os pases vizinhoscomo satlites. Atualmente, so definidos mecanismos para compensar os pasesmenores pelas perdas sofridas em virtude do gigantismo da economia sul-africana.

    Apesar de os Estados-membros da SADC possurem muitos problemas evulnerabilidades, como o conflito do Congo (cuja soluo est sendo negociada), aregio possui um enorme potencial de crescimento e a melhor infra-estrutura docontinente. Iniciativas como a Nova Parceria para o Desenvolvimento da frica(NEPAD), o dinamismo da frica do Sul e sua cooperao com o Mercosul e a criaodo frum IBAS (ndia, Brasil e frica do Sul), ou G-3, do ao processo de integraoafricano-meridional boas perspectivas.

    A ascenso da China e a geopoltica mundial

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    40/82

    O ano passado confirmou, uma vez mais, que os ventos que movem odesenvolvimento desigual das naes continua soprando a favor da China, cujo

    PIB cresceu nada menos que 8,7% em 2009, superando as mais otimistasexpectativas. A taxa, exuberante e compreensivelmente surpreendente numa pocacastigada pela crise mundial do capitalismo, contrasta com o desempenhodeprimente das maiores potncias capitalistas.

    EUA, Japo e Alemanha ainda esto amargando a pior recesso desde a 2 GuerraMundial. A produo industrial chinesa cresceu 18% no quarto e ltimo trimestre doano.

    O desenvolvimento desigual no sinalizado pelo indicador de um nico ano. Verifica-se ao longo de dcadas. Desde 1978, a economia chinesa avana num ritmo mdio

    superior a 9% ao ano. Anteriormente crescia cerca de 6%, o que no pouco. Nomesmo perodo, o PIB dos EUA evoluiu a passos de tartaruga: pouco mais de 2% aoano. A performance das potncias europias e do Japo (que caiu no pntano daestagnao nos anos 1990 e dele ainda no saiu) foi igualmente sofrvel.

    Maior credor

    Ao longo do tempo, o crescimento vertiginoso e desigual transformou a China nasegunda maior economia do mundo, sob o critrio do PIB medido pela Paridade dePoder de Compra (PPC). Em 2009, o pas se transformou na maior potncia comercial,

    superando a Alemanha e os EUA no ranking das exportaes mundiais. Possui asmaiores reservas em divisas fortes (2,3 trilhes de dlares no final do ano passado) e omaior credor dos EUA.

    A economia chinesa j , hoje, a mais dinmica do globo. Seu desempenho favorece odesenvolvimento de outros pases no s da sia, mas na Amrica Latina, na frica eem outras regies, amenizando sensivelmente os impactos da crise exportada pelosnorte-americanos. Foi tambm em 2009 que o gigante asitico tornou-se o maiorparceiro comercial do Brasil, deslocando os EUA.

    Tempo de transio

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    41/82

    A mudana em curso nas economias repercute no plano poltico e tende a alterar abalana do poder mundial e o cenrio geopoltico, colocando o planeta numa rota detransio. A vigorosa ascenso da China coloca na ordem do dia da histria anecessidade de uma nova ordem mundial. Destaca-se neste sentido a demanda por umnovo Sistema Monetrio Internacional (SMI), com a substituio do dlar como

    unidade de referncia internacional para preos e contratos.

    O futuro parece reservar China o papel de locomotiva da economia mundial, que osEstados Unidos, vergados pela dvida e em franca decadncia, j no esto emcondies de exercer. O padro de acumulao ancorado nos desequilbrios comerciaise financeiros da maior economia capitalista do mundo, que segundo o economistaStephen Roach constituem a raiz da crise internacional, revelou-se insustentvel e, maiscedo ou mais tarde, ter de ser substitudo.

    Os idelogos neoliberais e mesmo analistas de esquerda interpretam a prosperidade daChina como uma consagrao do capitalismo. O tema controverso, mas no possvelnegar que a nova realidade promovida pelo desenvolvimento desigual , em grandemedida, resultado da revoluo de 1949, dirigido pelo Partido Comunista, que resgatoua dignidade da grande nao asitica, subtraindo-a do jugo das potncias imperialistas eabrindo caminho para o desenvolvimento soberano e robusto. Gloriosa revoluo que,ao contrrio do que ocorreu na Unio Sovitica e em todo o leste europeu, no foirenegada pelo governo, que define o sistema produtivo como uma economia socialistade mercado.

    AFINAL, O QUE PRIMAVERA ARABE?

    Pises que fazem parte da Primavera Arabe

    O que ?Os protestos no mundo rabe em 2010-2011, tambm conhecido como aPrimaverarabe, uma onda revolucionria de manifestaes e protestos que vm ocorrendo

    no Oriente Mdio e no Norte da frica desde 18 de dezembro de 2010. At a data,tem havido revolues na Tunsia e no Egito, uma guerra civil na Lbia; grandes

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    42/82

    protestos na Arglia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordnia, Sria, Om e Imen eprotestos menores no Kuwait, Lbano, Mauritnia, Marrocos, Arbia Saudita,Sudo e Saara Ocidental. Os protestos tm compartilhado tcnicas de resistnciacivil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestaes, passeatas e

    comcios, bem como o uso das mdias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube,para organizar, comunicar e sensibilizar a populao e a comunidade internacionalem face de tentativas de represso e censura na Internet por partes dos Estados.

    Evoluo

    A Primavera rabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de vrias naes

    afetadas no serem parte do "Mundo rabe", foi provocado pelos primeirosprotestos que ocorreram na Tunsia em 18 de Dezembro de 2010, aps a auto-imolao de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupopolicial e maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunsia, uma onda deinstabilidade atingiu a Arglia, Jordnia, Egito e o Imen, com os maiores, maisorganizadas manifestaes que ocorrem em um "dia de fria". Os protestostambm tm provocado distrbios semelhantes fora da regio.

    At data, as manifestaes resultaram na derrubada de trs chefes de Estado: opresidente da Tunsia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arbia Saudita em 14de janeiro, na sequncia dos protestos da Revoluo de Jasmim; no Egito, opresidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, aps 18 dias deprotestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Lbia, o presidenteMuammar al-Gaddafi, morto em tiroteio aps ser capturado no dia 20 de outubroe torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em pblico, morrendo comum tiro na cabea. Durante este perodo de instabilidade regional, vrios lderesanunciaram sua inteno de renunciar: o presidente do Imen, Ali Abdullah Saleh,anunciou que no iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35anos. O presidente do Sudo, Omar al-Bashir tambm anunciou que no iria tentar

    a reeleio em 2015, assim como o premi iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandatotermina em 2014, embora tenha havido manifestaes cada vez mais violentasexigindo a sua demisso imediata. Protestos na Jordnia tambm causaram arenncia do governo, resultando na indicao do ex-primeiro-ministro eembaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo reiAbdullah.

    A volatilidade dos protestos e as suas implicaes geopolticas tm chamado aateno global com a possibilidade de que alguns manifestantes possam sernomeados para o Prmio Nobel da Paz de 2011.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    43/82

    SITUAO POR PAIS

    RevoluoMudanas no governoConflito armadoGrandes protestosPequenos protestos

    A MORTE DE KADAFI

    Oito meses de luta na Lbia deram a falsa impresso de que a Primavera rabeestagnara. Mas o fim de Muamar Kadafi, dia 20, e as bem-sucedidas eleies naTunsia, dia 23, alm de outros desdobramentos, mostram a fora dos movimentosem favor da liberdade e da democracia na regio.

    Kadafi - Rebeldes anti-Kadafi - ObamaA Primavera rabe comeou na Tunsia em janeiro, e o pas foi o primeiro arealizar eleies democrticas: seus cidados j determinam o futuro. Um

    importante sinal de que a Lbia afinal ser dos lbios foi a deciso do Conselho deSegurana da ONU de encerrar no dia 31 a misso da Otan no pas. No Egito, que

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    44/82

    se livrou em fevereiro de 30 anos da ditadura de Mubarak, aps 18 dias deprotestos populares, o governo provisrio tem diante de si a tarefa de realizar, emnovembro, eleies para a Cmara Baixa do Parlamento.Agora que esses pases comeam a andar com as prprias pernas, para onde devem

    ir? Uma das grandes preocupaes que o Isl, por muitos anos reprimido porditaduras laicas, irrompa agora em sua forma radical, cobrindo essas sociedadescom um espesso manto de conservadorismo que, em algumas situaes, contrariadireitos humanos fundamentais.Mas h sinais animadores de que o Isl, fora religiosa e cultural bsica em pasesmuulmanos, possa conviver moderadamente com os novos rumos polticos. NaTunsia, por exemplo, o partido islamista moderado Ennahda (Renascena) foi ogrande vitorioso das eleies, mas seus dirigentes tm dado declaraestranquilizadoras. Alm disso, os partidos seculares Congresso para a Repblica(segundo mais votado) e Ettakatol almejam juntar-se aos islamitas numa coalizo

    nacional.Na Lbia, o governo provisrio (CNT) antecipou que a sharia (lei islmica) ser suafonte de inspirao legal. A declarao repercutiu e levou o presidente do CNT,Mustafa Abdel Jalil, a negar que o pas v se transformar num regime radical.Seria muito frustrante, aps a longa luta para livrar a Lbia de uma ditadura laica,v-la cair em outra, de cunho religioso. A tendncia no Oriente Mdio, felizmente,parece ser diversos pases terem no Isl a religio oficial e na sharia, a base da lei,mas com cdigos civis e penais baseados em modelos europeus.

    fora Mubarak! (o povo venceu)No Egito, o fato de a Irmandade Muulmana aparecer como o grupo maisorganizado e favorito para as eleies tambm inquieta muitos, que gostariam de

    ver o maior pas rabe como uma democracia do tipo ocidental. Mas a Irmandade

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    45/82

    d sinais de fragmentao e de ter-se distanciado do radicalismo de dcadasanteriores. Oxal isso se confirme.

    Pases que no esto no epicentro da Primavera rabe, como a Jordnia,

    procuram antecipar reformas. O rei Abdullah assegurou que, a partir de 2012,dividir com o Parlamento a tarefa de escolher o primeiro-ministro e o Gabinete. Oobjetivo final, segundo o rei, um governo parlamentarista.

    H pases em pleno processo de transio - violenta - para a abertura, como Sria eImen. E tradicionais baluartes do conservadorismo islmico - a monarquiawahabita da Arbia Saudita e a teocracia xiita radical do Ir. Todos, de uma formaou de outra, j esto sendo ou sero alcanados pelos ventos que sopram de Tnis,do Cairo e de Trpoli.

    ******** x x x x x ***********

    Ban Ki-moon diz que primavera rabe revoluo da esperana

    O secretrio-geral das Naes Unidas, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira emSydney que a "revoluo da esperana" no norte da frica e na Costa do Marfim uma mensagem para os outros pases sobre o imperativo democrtico e a vontade

    popular.

    "Uma revoluo da esperana se elevou na frica do Norte e alm", declarou BanKi-moon em um discurso na Universidade de Sydney, no qual mencionou Lbia,Sria e Costa do Marfim. "A Lbia um exemplo da capacidade do mundo dechegar a um entendimento para proteger um povo quando seus prprios dirigentesno podem ou no querem faz-lo".

    "Os lbios e os outros assumiram muitos riscos para defender as liberdadesfundamentais e os direitos humanos. Agora precisam de nossa ajuda para apoiar astransies democrticas", disse.

    "Do mesmo modo, quando o presidente da Costa do Marfim (Laurent Gbagbo)tentou roubar uma eleio com um banho de sangue este ano, a ONU atuou eimpediu", recordou Ban.

    "Com esta interveno, enviamos uma mensagem clara aos pases da regio, a deque a democracia e a vontade popular devem ser respeitadas", concluiu.

    NOBEL DA PAZ 2011

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    46/82

    Iemenita Tawakkul Karman, ativista da chamada Primavera rabe,a presidenteliberiana, Ellen Johnson Sirleaf e sua compatriota e militante pela paz LeymahGbowee (Foto: AFP)

    OSLO, Noruega, 7 Out 2011 (AFP) - O Prmio Nobel da Paz foi concedido nestasexta-feira a trs mulheres: a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, suacompatriota e militante pela paz Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman,ativista da chamada Primavera rabe.

    A iemenita Tawakkul Karman, "tanto antes como durante a Primavera rabe,teve um papel preponderante na luta a favor dos direitos das mulheres, dademocracia e da paz no Imen", afirmou.

    Karman, a primeira mulher rabe que recebe o Prmio Nobel da Paz, numa primeira

    reao, declarou-se honrada e surpresa e dedicou seu prmio "Primavera rabe".

    "Trata-se de uma honra para todos os rabes, muulmanos e mulheres. Eu dedicoeste prmio a todos os ativistas da Primavera rabe", declarou ao canal de televisorabe Al-Arabiya.

    Primavera rabe deu aos pases prejuzo de US$ 55 bi, diz consultoria

    Lbia e Sria tiveram maiores perdas financeiras, segundo dados do FMI.Por outro lado, pases produtores de petrleo tiveram crescimento do PIB.

  • 7/23/2019 Realidade Brasileira e Mundialv.

    47/82

    As rebelies polticas que varreram o Oriente Mdio e o Norte da frica neste ano custaram mais

    de US$ 55 bilhes aos pases envolvidos, segundo um novo relatrio, mas o aumento no preodo petrleo -uma das consequncias dos movimentos da chamada Primavera rabe- acabou

    b