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claudinei-de-almeida
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REALIZAÇÃO DE ENTREVISTAS EFICAZES1 ENTREVISTA - Dados
- Tipos - Estrutura - Posições Teóricas
- Entrevista com Grupos Focais
2 FAZER BOAS PERGUNTAS - Tipos de Perguntas- Boas Perguntas- Perguntas a se evitar
“ESTRATÉGIAS” - Inquéritos- Guia de Entrevista
3 COMO INICIAR A ENTREVISTA
4 INTERAÇÕES ENTREVISTADOR E RESPONDENTE
5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOS
1 DADOS DA ENTREVISTA1.1 Dados- História, meios comunicação, pesquisa social: entrevista como coleta de dados- Entrevistador faz um engajamento com participante: uma pessoa induz a
informação à outra- Observar o que não se consegue:
- sentimento, pensamento, intenções, como pessoas organizam mundo e o significado elas ligam dele;
- situações que impedem presença de observador;- comportamento anterior no tempo;- Situações difíceis de serem replicados: ataque, desastre,
catástrofe;- estudo intensivo de indivíduos selecionados. - Propósito entrevista: entrar na perspectiva da outra pessoa. - Coletar dados em ampla variedade.- Decisão “se usar entrevista é melhor”: depende forma de coletar dados baseada
na informação e se entrevista é melhor forma de obtê-los.- Apud Dexter (1970) tática preferida quando obtido mais e melhores dados com
menor custo que outras técnicas.- As vezes é a única forma.
1 DADOS DA ENTREVISTA1.2 Tipos de entrevista- Diversas formas de classificar. Discutidos aqui: pela Estrutura e pela Posições Teóricas.- Pela Estrutura: Altamente Estruturada (padronizadas), Semiestruturada (orientada por questionários
não estruturados) e Não estruturada/informal (Abertas/Formato de Conversação).- Altamente Estruturadas (padronizadas):
- Problema de aderir rigidamente às perguntas é não acessar perspectiva e entendimento mundo do participante, e sim reações e noções pré-concebidas do entrevistador;
- Baseia-se pressuposto que respondentes interpretam questões mesma maneira que todos;
- Usa mais para coleta de dados sócio-demográficos- Obter confirmação particular para definir conceitos e termos
- Semiestruturadas (orientada por questionários não estruturados)- Meio termo (mistura) entre (questões) altamente estruturada e não estruturada- A mais utilizada das três estruturas- Respondentes definem visão de mundo de forma única, por isso requer questões abertas- Assim, estruturam questões mais específicas- Mas, série de perguntas ou problemas a serem explorados- Nem exata redação, nem ordem de questões determinadas um tempo antes.- Permite pesquisador em surgimento de visão do respondente, levante novas ideias.
- Não estruturada (Abertas/Formato de Conversação).- Útil quando pesquisador não sabe sobre o fenômeno suficientemente questões relevantes;- Não há conjunto de perguntas, ou seja, entrevista essencialmente exploratória;- Um dos objetivos: aprender sobre a situação para formular questões subsequentes;- Utilizada em conjunto com observação participante em inicios de pesquisa qualitativa;- É preciso pesquisador habilidoso para lidar com flexibilidade na entrevista não estruturada:
insights podem surgir, mas entrevistador pode se sentir perdido em opiniões divergentes- Raramente coletam dados, na maioria combinam os três tipos de estrutura
Tabela 5.1 - CONTINUUM DE ESTRUTURA DE ENTREVISTAAltamente Estruturada / Padronizada Semiestruturada Não estruturada/Informal
* Formulação de perguntas é predeterminada
* Guia de entrevista inclui uma mistura de perguntas de entrevista mais ou menos estruturadas
* Perguntas abertas
* Ordem de perguntas é predeterminada
* Todas as questões se utilizam de flexibilidade * Flexível, exploratória
* Entrevista é a forma oral de um questionário escrito
* Normalmente dados específicos são requiridos de todos os respondentes
* Mais como uma conversação
* Em estudos qualitativos, geralmente usado para obter dados demográficos (idade, sexo, etnia, educação, etc.)
* A maior parte da entrevista é guiada pela lista de dúvidas ou problemas a serem explorados
* Usado quando o pesquisador não sabe o suficiente sobre o fenômeno de fazer perguntas relevantes
* Exemplos: Questionário do Departamento de Censo dos Estados Unidos, Pesquisa de Mercado
* Sem escrita ou ordem pré-determinada
* Objetivo é aprender com esta entrevista para formular perguntas para entrevistas posteriores* Usado principalmente na etnografia, na observação participante e no estudo de caso
1 DADOS DA ENTREVISTA1.2 Tipos de entrevista- Pela Orientação Teórica
- Orientação Filosófica- Surgem na metade do século XX, principalmente da Sociologia.- Exemplos: entrevistas feministas, entrevistas pós-modernistas; e “cruzamento-cultural”, - Divida e seis tipos, sejam:
- Neo-Positivistas: habilidade em fazer boas perguntas, que minimizem o viés pela sua instância neutra e gerando dados qualitativos e achados válidos.
- Concepções Românticas: na qual o pesquisador não “reivindica” ser objetivo e empenha-se em uma “conversa íntima e reveladora” (fenomenologia, psicanálise, etc;
- Construtivista: em que dados da entrevista recebem atenção por ferramentas como Análise do Discurso, Análise Narrativa e Análise da Conversação.
- Pós-Moderna: é congruente com a teoria (pós-moderna), objetivo é não trazer somente percepção do eu, vez que não existe eu essencial, e sim variedade de eus;
- Transformativa: nesta, o pesquisador “intencionalmente objetiva desafiar e mudar o entendimento dos participantes”.
- Decolonizadora: preocupa-se com a justiça reconstitutiva de povos indígenas, que envolve o processo de decolonização, transformação, mobilização e cura.
- Na Transformativa e de colonizadora: dividem orientação crítica para teoria filosófica em que questões de poder, privilégio e opressão são feitos invisíveis.
- Orientação Disciplinar- Etnográfica – dados sobre uma cultura de grupo tais como ritos e rituais, mitos,
hierarquias, Fenomenológica –em que o pesquisar atenta descobrir a essência da experiência individual, profundos significados de eventos vividos por indivíduos, que orientam ações e interações.
1 DADOS DA ENTREVISTA1.3 Grupos FocaisENTREVISTA SOBRE UM TÓPICO COM GRUPO DE PESSOAS QUE TEM CONHECIMENTO SOBRE ELE.
- Construído pela interação do grupo- Oportunidade de ouvir, e diferentemente das demais, fazer comentários adicionais.- O que tem a dizer ouviram ou pensam a respeito- Objetiva a qualidade por considerar pontos de vista no contexto do de outras
pessoas.- Depende de um tópico a ser discutido.- Igualmente a entrevista individual, tem amostra proposital de pessoas que sabem
mais sobre o tópico.- Embora não haja regras rígidas sobre quantos integram o grupo, sugere-se entre 6 a
10, pessoas estranhas entre si- Recomenda-se que moderador seja familiarizado com processos de grupo e papéis
de moderador.- Ideal é uma conversa que se tivesse com outros como vida cotidiana- Escolha de temas deve cuidar com tópicos sensíveis,altamente pessoais,
culturalmente inapropriados
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.1 Tipos de Perguntas- REQUER PRÁTICA (Detecta-se rapidamente perguntas confusas, precisam ser
reescritas, que rendem dados inúteis, quais em primeiro lugar).
- DIFERENTES QUESTÕES RECEBEM DIFERENTES INFORMAÇÕES. DEPENDEM DO FOCO
- A FORMA COM AS PERGUNTAS SÃO REDIGIDAS É UMA CONSIDERAÇÃO CRUCIAL NA EXTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO DESEJADA
- QUESTÕES PRECISAM SER ENTENDIDAS EM UMA LINGUAGEM FAMILIAR. ASSIM AUMENTA A QUALIDADE DOS DADOS OBTIDOS
- SEM SENSBILIDADE PARA O IMPACTO, AS RESPOSTAS PODEM NÃO FAZER SENTIDO GERAL OU NÃO HAVER RESPOSTA.
- EVITAR JARGÕES TÉCNICOS, TERMOS E CONCEITOS A PARTIR DE ORIENTAÇÃO PARTICULAR É UM BOM COMEÇO.
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.1 Tipos de Perguntas- Patton (2002) sugere seis tipos de questões:1 Perguntas de Experiência e de Comportamento – tipo de questão que leva a coisas que a pessoa faz ou fez, os seus comportamentos, ações e atividades.
2 Perguntas de Opiniões e Valores – aqui o pesquisador está interessado nas crenças ou opiniões de uma pessoa, o que ele ou ela pensa sobre alguma coisa.
3 Perguntas de Sentimentos – estas perguntas “toca na dimensão afetiva da vida humana”. Em perguntas de sentimentos – “como você se sente sobre isto?” – o entrevistador está procurando por respostas adjetivas: ansioso, feliz, com medo, acovardado, confiante e assim por diante.
4 Perguntas de conhecimento – estas questões invocam o conhecimento do participante sobre uma situação/fato real.
5 Perguntas Sensoriais – estas são similares a perguntas de experiência e de comportamento mas tentam extrair mais dados específicos sobre o que é ou foi visto, ouvido, tocado, e assim por diante.
6 Perguntas de Contexto / Demográficas – todas as entrevistas contém perguntas que referem-se a particular dados demográficos (idade, renda, educação, número de anos no emprego, etc) da pessoa entrevistada relevante para o estudo de pesquisa.
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.2 Boas PerguntasOutra tipologia de perguntas úteis na extração de informações, em especial de entrevistas reticentes, é a de Strauss, Schatzman, Bucher, e Sashin (1981):
1 “perguntas hipotéticas” - especulam como alguma coisa poderia ser feita de que forma ou o que alguém poderia fazer em uma situação particular. Perguntas hipotéticas começam com “e se” ou “supomos”. Respostas são geralmente descrições de experiências reais das pessoas.
2 “Perguntas advogado do diabo” - são particularmente boas para usar quando o tópico é controverso e você quer opiniões e sentimentos dos respondentes. Este tipo de questão também evita embaraçar ou antagonizar respondentes se acontece de eles estarem sensitivos sobre uma situação. A redação inicia com “algumas pessoas poderiam dizer,” a qual em efeito despersonificante da questão. A resposta, porém, é quase sempre a opinião pessoal ou sentimento do respondente sobre a importância.
3 “Perguntas de posição ideal” - exploram ambas informações e opiniões; esta podem ser usadas praticamente em qualquer fenômeno de estudo. São boas de usar em estudos de avaliação porque elas revelam ambas positivas e negativas ou deficiências do programa. Perguntando qual é o programa de treinamento ideal
4 “Perguntas interpretativas” - fornecem uma verificação sobre o que você pensa, se você está entendendo, bem como oferecem uma oportunidade para ainda mais informações, opiniões, e sentimentos serem revelados. No exemplo JTPA, a pergunta interpretativa, Você diria que voltar a escola como um adulto é diferente do que você esperava?
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.2 Boas PerguntasE ainda... boas perguntas, são quando....
- Abertas e produzem dados descritivos... até mesmo estórias sobre o fenomeno.
- Quanto mais detalhado e descritivo, melhor.
- Exemplos...
Diga-me sobre um tempo em que...Dê-me um exemplo de...Conte-me mais sobre isto...Como foi para você quando...
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.3 Perguntas a se evitar- EVITAR PERGUNTAS “PORQUE” - por causa que elas tendem a levar para a
especulação sobre relacionamentos causais e eles podem levar a respostas “beco sem saída”
- TAMBÉM EVITAR MÚLTIPLAS QUESTÕES – nem uma pergunta que é na realidade uma múltipla questão ou uma série de questões individuais não permite ao respondente responder uma a uma. (o respondente provavelmente pedirá para você repetir a(s) pergunta(s), pedirá para esclarecer, ou dará uma resposta cobrindo somente uma parte da questão)
- PERGUNTAS “CAPICIOSAS” TAMBÉM DEVEM SER EVITADAS - revelam um viés ou assumem que o que pesquisador está fazendo, não pode ser feito pelo participante. Estes definem que o entrevistado aceite o ponto de vista do pesquisador. A questão, Que problemas emocionais você tem tido desde que perdeu seu emprego?
- E, SE PREVENIR DAS PERGUNAS SIM-OU-NÃO - pode ser de fato respondida apenas desta forma. Quase não dão informações a você. Para o tímido entrevistado, o relutante, ou menos verbal, podem também encerrar, ou ao menos ir devagar ao fluxo da informação.
2 FAZER BOAS PERGUNTASIDEAL É...
+ REVISAR PERGUNTAS, ELIMINANDO AS “POBRES” ANTES DE REALIZAR A ENTREVISTA;
VALIDAR COM ALGUM CATEDRÁTICO?
+ FAZER AS PERGUNTAS A SI MESMO, DESAFIANDO-SE A RESPONDER “O MÍNIMO POSSÍVEL”...
+ TAMBÉM ANOTAR SE SENTIR DESCONFORTÁVEL EM RESPONDER ALGUMA QUESTÃO;
+ REVISÃO, SEGUIDA DE ENTREVISTA PILOTO, AO LONGO DO CAMINHO ENCAMINHA BOAS PERGUNTAS.
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.4 Inquérito SÃO PERGUNTAS OU COMENTÁRIOS QUE SEGUEM ALGO QUE FOI PERGUNTADO.
- IMPOSSÍVEL ESPECIFICAR EM TEMPO ANTERIOR, PORQUE SE DEPENDE DO QUE RESPONDER;
- A DEPENDÊNCIA DA RESPOSTA É INSTRUMENTO PRINCIPAL. POIS, SE QUESTÕES SENSÍVEIS, NECESSITA-SE DE AJUSTES AO LONGO... PERCEBERÁ ALGO SIGNIFICATIVO OU A SER APRENDIDO.
- INQUERIR PODE VIR NA FORMA DE PEDIR MAIS DETALHES, ESCLARECIMENTOS, EXEMPLOS.
- GLESNE E PESHKIN (1992), SALIENTA QUE HÁ INÚMERAS FORMAS:VARIAM DO SILÊNCIO, SONS, ÚNICA PALAVRA, COMPLETAR FRASES...
- VARIAR É ÚTIL, AFINAL O PARTICIPANTES ESTÁ SENDO ENTREVISTADO E NÃO INTERROGADO.
...- A MELHOR DE AUMENTAR A HABILIDADE É A PRÁTICA...
2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.5 Guia de EntrevistaLISTA DE PERGUNTAS QUE SE PRETENDE FAZER.
- Em uma ordem particular (estruturada) ou poucos tópicos sem em ordem (não estruturada) ou entre as duas situações;
- Novo pesquisador, se sente mais confiante com um formato estruturado. A partir do roteiro, ganha-se experiência; alguns são extremamente dependentes... (nesse ponto, verificar se área ou temas estão cobertos, é necessário)
- Novos pesquisadores estão preocupados no que vem antes ou depois, depende-se do objeto
- Geralmente, perguntar de modo neutro é boa ideia.
- Quanto menos perguntas ampla, mais se desvincula do guia de entrevista.
3 INICIANDO A ENTREVISTAENVOLVE ANTES DE TUDO, DETERMINAR QUEM SE ENTREVISTAR. DEPENDE DO QUE INVESTIGAR, INFORMAÇÃO DESEJADA.
SELECIONAR RESPONDENTES NO QUE PODEM CONTRIBUIR PARA ENTENDER O FENOMENO, ENGAJAR ESTUDO EM AMOSTRAGEM INICIAL E TEÓRICA
DIFERENTEMENTE DA INVESTIGAÇÃO, O ESTUDO DE CASO QUALITATIVO, A REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA É UMAS PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES. CRUCIAL NÃO É NÚMERO DE REPRESENTANTES, MAS O POTENCIAL DE CONTRIBUIÇÃO DO PARTICIPANTE.
COMO IDENTIFICAR AS PESSOAS?1) OBSERVAR O PROGRAMA, ATIVIDADE, FENOMENO;2) COMEÇAR COM UMA PESSOA CONHECEDORA E ESSA INDICAR OUTROS3) POR CONTATOS PESSOAIS, COMUNIDADE, ORGANIZAÇÕES PRIVADAS, QUADRO AVISOS,
INTERNET,
EM ALGUNS ESTUDOS, NECESSÁRIO DETERMINAR CRITÉRIO PARA PARTICIPANTES .
3 INICIANDO A ENTREVISTATAYLOR E BOGDAN (1984) LISTARAM 5 QUESTÕES ABORDADAS EM INICIOS DE ENTREVISTA:
1) O os motivos do investigador, as intenções e propósitos investigativos.2) A proteção dos respondentes através do uso de pseudônimos3) Decidir quem tem a palavra final sobre o conteúdo do estudo4) Pagamento (caso exista)5) Logística com relação ao tempo, lugar e número de entrevista a ser agendada.
Cuidado com palavras e questões, linguagem clara para o entrevistado
Postura do entrevistador, de que o entrevistado tem algo a contribuir, experiência que vale a pena falar, opinião tem interesse para o pesquisador. Isso fará que o entrevistado esteja confortável e próximo com o que oferecer.
Assumir neutralidade em relação ao entrevistado. Independente de antítese, evitar argumentar, debater. Ter Rapport vis-à-vis com o conteúdo que o outro diz.
A entrevista “partida-lenta”, a construção da história, pode ser aumentada por narrativas escritas, documentos pessoais ou registros diários que informantes são convidados a apresentar um tempo antes.
4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADO
DA PERSPECTIVA DAS PARTES OU DA PRÓPRIA INTERAÇÃO EM SI.
ENTREVISTADORES HABILITADOS PODEM TRAZER MUITO: SENDO RESPEITOSOS, NÃO JULGADORES E NÃO AMEAÇADORES, É UM COMEÇO.
PRÁTICA COMBINADA COM FEEDBACK MELHORA O DESEMPENHO.
• ROLEPLAYING
• CRITICANDO PARES
• FILMAGEM
• OBSERVANDO ENTREVISTADORES EXPERIENTES
SÃO FORMAS DE MELHORAR O DESEMPENHO
4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADOO QUE FAZ UM BOM ENTREVISTADO?
ANTROPÓLOGOS E SOCIÓLOGOS FALAM QUE QUANDO É INFORMANTE: ENTENDE A CULTURA, MAS É CAPAZ DE REFLETIR, ARTICULAR O QUE ACONTECE.
INFORMANTES-CHAVE ADOTAM POSTURA DO PESQUISADOR: “GUIA EM TERRITÓRIO DESCONHECIDO”. NEM TODOS CONSIDERADOS COMO O TERMO DOS ANTROPÓLOGOS.
BONS ENTREVISTADOS: AQUELES QUE EXPRESSAM PENSAMENTOS, SENTIMENTOS, OPINIÕES – OFERECEM PERSPECTIVA SOBRE O TEMA A SER ESTUDADO. GOSTAM DE COMPARTILHAR CONHECIMENTO, COM INTERESSE E OUVINTE SIMPÁTICO.
VARIÁVEIS QUE DETERMINAM A NATUREZA DA INTERAÇÃO, SEGUNDO DEXTER (1970):1) PERSONALIDADE E HABILIDADE DO ENTREVISTADOR2) ATITUDES DE UMA ORIENTAÇÃO DO ENTREVISTADO3) DEFINIÇÃO DE AMBOS (MUITAS VEZES POR OUTROS SIGNIFICATIVOS)
FATORES ACIMA DETERMINAM TAMBÉM O TIPO DE INFORMAÇÃO OBTIDAS.
4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADOMUITA LITERATURAS RECENTES PARA O SUBJETIVO E COMPLEXIDADE DO “ENCONTRO ENTREVISTA” (TEORIA CRÍTICA, TEORIA FEMINISTA, TEORIA, RACIAL CRÍTICA, TEORIA QUEER, PÓS-MODERNISMO) DESAFIAM A PENSAR O QUE ESTAMOS ENTREVISTANDO: PREOCUPAÇÃO COM AS VOZES DOS PARTICIPANTES E AS DINÂMICAS DE PODER INERENTES A ENTREVISTA, CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PARA OUTROS PÚBLICOS.
PARTE DA DISCUSSÃO: STATUS INTERNO/EXTERNO, IDENTIDADES SOCIAIS VISIVEIS (GERERO, RAÇA, IDADE, CLASSE SOCIAL...). SEIDMAN (1991): NOSSA EXPERIÊNCIA COM ESTAS QUESTÕES, INTERAGIR COM SENSAÇÃO DE PODER EM SUAS VIDAS, RELAÇÕES REPLETAS DE QUESTÕES DE PODER.
FOSTER (1994) EXPLORA AMBIGUIDADES E COMPLEXIDADES NA RELAÇÃO ENTREVISTADO E ENTREVISTADOR, ANALISA POSIÇÃO DE INTERAÇÕES HOMEM/MULHER, GERAÇÕES VELHAS/JOVENS, CLASSE MÉDIA/TRABALHADORA
SERÁ QUE ENTREVISTADOR DEVE SER UM MEMBRO DO GRUPO INVESTIGADO PARA SE FAZER UM ESTUDO CRÍVEL? NÃO HÁ RESPOSTAS CERTAS, PRÓS E CONTRAS, NESTES ESTUDOS. SEIDMAN (1991) SUGERE DISTÂNCIA SUFICIENTE PARA CAPACITAR O ENTREVISTADOR PARA PERGUNTAS PARA EXPLORAR E NÃO COMPARTILHAR POSIÇÕES.
INTERAÇÃO É UM FENÔMENO COMPLEXO, TRAZEM VIEZES, PREDISPOSIÇÕES , ATITUDES E CARACTERÍSTICAS QUE AFETAM DADOS EVOCADOS. O HÁBIL ENTREVISTADOR CONTA COM ISSO PARA SER IMPARCIAL, SENSÍVEL, E RESPEITOSO COM ENTREVISTADO, MAS E PONTO DE PARTIDA.
5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOSTRÊS MANEIRAS BÁSICAS:- GRAVAR EM ÁUDIO
- PRESERVA PARA ANÁLISE- INTREVISTADOR PODE OUVIR MANEIRAS DE MELHORAR TÉCNICA- MAL FUNCIONAMENTO E MAL ESTAR DO ENTREVISTADO SÃO DESVANTAGENS- A MAIORIA PESQUISADORES ENCONTRAM NO ENTREVISTADO DESCONFIANÇA- GRAVAÇÃO EM VÍDEO PERMITE ANALISAR COMPORTAMENTO NÃO-VERBAL, PORÉM
MAIS INTRUSIVO
- TOMAR NOTAS- TUDO QUE É DITO, PODE SER ESCRITO (?)- UMA VEZ NO INICIO DA ENTREVISTA, DADO NÃO INTERESSANTE... (DEPOIS... ?)- RECOMENDADO QUANDO A GRAVAÇÃO MECÂNICA NÃO É VIÁVEL- PESQUISADORES GOSTAM DE TOMAR NOTA APESAR DE GRAVAR AUDIO, COMO
REAÇÕES, SINALIZAR IMPORTANCIA DO QUE ESTÁ SENDO DITO OU ANDAR DA ENTREVISTA
- ESCREVER TANTO QUANTO POSSÍVEL APÓS A ENTREVISTA- PORQUE GRAVAR AUDIO OU TOMAR NOTAS SÃO INTRUSIVO (PACIENTES TERMINAIS)- EM TODOS OS CASOS É IMPORTANTE INVESTIGADORES ESCREVERM REFLEXÕES APÓS- REFLEXÕES QUE PODEM CONTER IDEIAS SUGERIDAS, COMPORTAMENTOS VERBAIS E
NÃO VERBAIS, PENSAMENTOS “ENTRE PARENTESES” DO PESQUISADOR
5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOSTRANSCREVER TUDO FORNECE O MELHOR BANCO DE DADOS PARA ANÁLISE
É TEDIOSO E DEMORADO.
POSSÍVEL SE CONTRATAR ALGUÉM PARA TRANSCREVER AUDIOS, MAS É CARO, TEM QUESTÕES DE COMPROMISSO, E NEM SEMPRE TRANSCRITOR ESTÁ FAMILIZARIZADO COM AS TERMINOLOGIAS.
RECOMENDA-SE QUE PESQUISADORES TRANSCREVAM PELO MENOS AS PRIMEIRAS ENTREVISTAS, SE POSSÍVEL.
O FORMATO DEVE PERMITIR ANÁLISE – TOPO: INFORMAÇÕES DE QUANDO, ONDE, COM QUEM. CRUCIAL NÚMERAR LINHA À ESQUERDA E PARA BAIXO. OUTRA CONSIDERAÇÃO É USAR ESPAÇAMENTO SIMPLES, MAS NO ESPAÇO DUPLO PERMITE INCLUSÃO DAS PERGUNTAS, ALÉM QUE PERMITE LEITURA MAIS FÁCIL. MARGEM AO LADO DA MÃO DIREITA AJUDA A ADICIONAR NOTAS OU CÓDIGOS PARA A ANÁLISE DA TRANSCRIÇÃO.
ALÉM DE TUDO, ANALISAR DA MELHOR MANEIRA A QUALIDADE DOS DADOS.
DIVERSOS FATORES INFLUEM, DESDE A SAÚDE DO ENTREVISTADO, O ESTADO DE ESPÍRITO, ASSIM COMO SEGUNDAS INTENÇÕES, ACIMA DE TUDO, O QUE SE GANHA SIMPLESMENTE É A PERCEPÇÃO DO ENTREVISTADO. ACIMA DE TUDO, CADA ENTREVISTA É SEMPRE ÚNICA E IMPORTANTE SE CONSIDERADA À LUZ DE OUTRAS ENTREVISTAS, E OUTRAS FONTES COMO OBSERVAÇÕES E DOCUMENTOS.