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REALIZAÇÃO DE ENTREVISTAS EFICAZES 1 ENTREVISTA - Dados - Tipos - Estrutura - Posições Teóricas - Entrevista com Grupos Focais 2 FAZER BOAS PERGUNTAS - Tipos de Perguntas - Boas Perguntas - Perguntas a se evitar “ESTRATÉGIAS” - Inquéritos - Guia de Entrevista 3 COMO INICIAR A ENTREVISTA 4 INTERAÇÕES ENTREVISTADOR E RESPONDENTE 5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOS

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REALIZAÇÃO DE ENTREVISTAS EFICAZES1 ENTREVISTA - Dados

- Tipos - Estrutura - Posições Teóricas

- Entrevista com Grupos Focais

2 FAZER BOAS PERGUNTAS - Tipos de Perguntas- Boas Perguntas- Perguntas a se evitar

“ESTRATÉGIAS” - Inquéritos- Guia de Entrevista

3 COMO INICIAR A ENTREVISTA

4 INTERAÇÕES ENTREVISTADOR E RESPONDENTE

5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOS

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1 DADOS DA ENTREVISTA1.1 Dados- História, meios comunicação, pesquisa social: entrevista como coleta de dados- Entrevistador faz um engajamento com participante: uma pessoa induz a

informação à outra- Observar o que não se consegue:

- sentimento, pensamento, intenções, como pessoas organizam mundo e o significado elas ligam dele;

- situações que impedem presença de observador;- comportamento anterior no tempo;- Situações difíceis de serem replicados: ataque, desastre,

catástrofe;- estudo intensivo de indivíduos selecionados. - Propósito entrevista: entrar na perspectiva da outra pessoa. - Coletar dados em ampla variedade.- Decisão “se usar entrevista é melhor”: depende forma de coletar dados baseada

na informação e se entrevista é melhor forma de obtê-los.- Apud Dexter (1970) tática preferida quando obtido mais e melhores dados com

menor custo que outras técnicas.- As vezes é a única forma.

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1 DADOS DA ENTREVISTA1.2 Tipos de entrevista- Diversas formas de classificar. Discutidos aqui: pela Estrutura e pela Posições Teóricas.- Pela Estrutura: Altamente Estruturada (padronizadas), Semiestruturada (orientada por questionários

não estruturados) e Não estruturada/informal (Abertas/Formato de Conversação).- Altamente Estruturadas (padronizadas):

- Problema de aderir rigidamente às perguntas é não acessar perspectiva e entendimento mundo do participante, e sim reações e noções pré-concebidas do entrevistador;

- Baseia-se pressuposto que respondentes interpretam questões mesma maneira que todos;

- Usa mais para coleta de dados sócio-demográficos- Obter confirmação particular para definir conceitos e termos

- Semiestruturadas (orientada por questionários não estruturados)- Meio termo (mistura) entre (questões) altamente estruturada e não estruturada- A mais utilizada das três estruturas- Respondentes definem visão de mundo de forma única, por isso requer questões abertas- Assim, estruturam questões mais específicas- Mas, série de perguntas ou problemas a serem explorados- Nem exata redação, nem ordem de questões determinadas um tempo antes.- Permite pesquisador em surgimento de visão do respondente, levante novas ideias.

- Não estruturada (Abertas/Formato de Conversação).- Útil quando pesquisador não sabe sobre o fenômeno suficientemente questões relevantes;- Não há conjunto de perguntas, ou seja, entrevista essencialmente exploratória;- Um dos objetivos: aprender sobre a situação para formular questões subsequentes;- Utilizada em conjunto com observação participante em inicios de pesquisa qualitativa;- É preciso pesquisador habilidoso para lidar com flexibilidade na entrevista não estruturada:

insights podem surgir, mas entrevistador pode se sentir perdido em opiniões divergentes- Raramente coletam dados, na maioria combinam os três tipos de estrutura

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Tabela 5.1 - CONTINUUM DE ESTRUTURA DE ENTREVISTAAltamente Estruturada / Padronizada Semiestruturada Não estruturada/Informal

* Formulação de perguntas é predeterminada

* Guia de entrevista inclui uma mistura de perguntas de entrevista mais ou menos estruturadas

* Perguntas abertas

* Ordem de perguntas é predeterminada

* Todas as questões se utilizam de flexibilidade * Flexível, exploratória

* Entrevista é a forma oral de um questionário escrito

* Normalmente dados específicos são requiridos de todos os respondentes

* Mais como uma conversação

* Em estudos qualitativos, geralmente usado para obter dados demográficos (idade, sexo, etnia, educação, etc.)

* A maior parte da entrevista é guiada pela lista de dúvidas ou problemas a serem explorados

* Usado quando o pesquisador não sabe o suficiente sobre o fenômeno de fazer perguntas relevantes

* Exemplos: Questionário do Departamento de Censo dos Estados Unidos, Pesquisa de Mercado

* Sem escrita ou ordem pré-determinada

* Objetivo é aprender com esta entrevista para formular perguntas para entrevistas posteriores* Usado principalmente na etnografia, na observação participante e no estudo de caso

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1 DADOS DA ENTREVISTA1.2 Tipos de entrevista- Pela Orientação Teórica

- Orientação Filosófica- Surgem na metade do século XX, principalmente da Sociologia.- Exemplos: entrevistas feministas, entrevistas pós-modernistas; e “cruzamento-cultural”, - Divida e seis tipos, sejam:

- Neo-Positivistas: habilidade em fazer boas perguntas, que minimizem o viés pela sua instância neutra e gerando dados qualitativos e achados válidos.

- Concepções Românticas: na qual o pesquisador não “reivindica” ser objetivo e empenha-se em uma “conversa íntima e reveladora” (fenomenologia, psicanálise, etc;

- Construtivista: em que dados da entrevista recebem atenção por ferramentas como Análise do Discurso, Análise Narrativa e Análise da Conversação.

- Pós-Moderna: é congruente com a teoria (pós-moderna), objetivo é não trazer somente percepção do eu, vez que não existe eu essencial, e sim variedade de eus;

- Transformativa: nesta, o pesquisador “intencionalmente objetiva desafiar e mudar o entendimento dos participantes”.

- Decolonizadora: preocupa-se com a justiça reconstitutiva de povos indígenas, que envolve o processo de decolonização, transformação, mobilização e cura.

- Na Transformativa e de colonizadora: dividem orientação crítica para teoria filosófica em que questões de poder, privilégio e opressão são feitos invisíveis.

- Orientação Disciplinar- Etnográfica – dados sobre uma cultura de grupo tais como ritos e rituais, mitos,

hierarquias, Fenomenológica –em que o pesquisar atenta descobrir a essência da experiência individual, profundos significados de eventos vividos por indivíduos, que orientam ações e interações.

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1 DADOS DA ENTREVISTA1.3 Grupos FocaisENTREVISTA SOBRE UM TÓPICO COM GRUPO DE PESSOAS QUE TEM CONHECIMENTO SOBRE ELE.

- Construído pela interação do grupo- Oportunidade de ouvir, e diferentemente das demais, fazer comentários adicionais.- O que tem a dizer ouviram ou pensam a respeito- Objetiva a qualidade por considerar pontos de vista no contexto do de outras

pessoas.- Depende de um tópico a ser discutido.- Igualmente a entrevista individual, tem amostra proposital de pessoas que sabem

mais sobre o tópico.- Embora não haja regras rígidas sobre quantos integram o grupo, sugere-se entre 6 a

10, pessoas estranhas entre si- Recomenda-se que moderador seja familiarizado com processos de grupo e papéis

de moderador.- Ideal é uma conversa que se tivesse com outros como vida cotidiana- Escolha de temas deve cuidar com tópicos sensíveis,altamente pessoais,

culturalmente inapropriados

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.1 Tipos de Perguntas- REQUER PRÁTICA (Detecta-se rapidamente perguntas confusas, precisam ser

reescritas, que rendem dados inúteis, quais em primeiro lugar).

- DIFERENTES QUESTÕES RECEBEM DIFERENTES INFORMAÇÕES. DEPENDEM DO FOCO

- A FORMA COM AS PERGUNTAS SÃO REDIGIDAS É UMA CONSIDERAÇÃO CRUCIAL NA EXTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO DESEJADA

- QUESTÕES PRECISAM SER ENTENDIDAS EM UMA LINGUAGEM FAMILIAR. ASSIM AUMENTA A QUALIDADE DOS DADOS OBTIDOS

- SEM SENSBILIDADE PARA O IMPACTO, AS RESPOSTAS PODEM NÃO FAZER SENTIDO GERAL OU NÃO HAVER RESPOSTA.

- EVITAR JARGÕES TÉCNICOS, TERMOS E CONCEITOS A PARTIR DE ORIENTAÇÃO PARTICULAR É UM BOM COMEÇO.

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.1 Tipos de Perguntas- Patton (2002) sugere seis tipos de questões:1 Perguntas de Experiência e de Comportamento – tipo de questão que leva a coisas que a pessoa faz ou fez, os seus comportamentos, ações e atividades.

2 Perguntas de Opiniões e Valores – aqui o pesquisador está interessado nas crenças ou opiniões de uma pessoa, o que ele ou ela pensa sobre alguma coisa.

3 Perguntas de Sentimentos – estas perguntas “toca na dimensão afetiva da vida humana”. Em perguntas de sentimentos – “como você se sente sobre isto?” – o entrevistador está procurando por respostas adjetivas: ansioso, feliz, com medo, acovardado, confiante e assim por diante.

4 Perguntas de conhecimento – estas questões invocam o conhecimento do participante sobre uma situação/fato real.

5 Perguntas Sensoriais – estas são similares a perguntas de experiência e de comportamento mas tentam extrair mais dados específicos sobre o que é ou foi visto, ouvido, tocado, e assim por diante.

6 Perguntas de Contexto / Demográficas – todas as entrevistas contém perguntas que referem-se a particular dados demográficos (idade, renda, educação, número de anos no emprego, etc) da pessoa entrevistada relevante para o estudo de pesquisa.

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.2 Boas PerguntasOutra tipologia de perguntas úteis na extração de informações, em especial de entrevistas reticentes, é a de Strauss, Schatzman, Bucher, e Sashin (1981):

1 “perguntas hipotéticas” - especulam como alguma coisa poderia ser feita de que forma ou o que alguém poderia fazer em uma situação particular. Perguntas hipotéticas começam com “e se” ou “supomos”. Respostas são geralmente descrições de experiências reais das pessoas.

2 “Perguntas advogado do diabo” - são particularmente boas para usar quando o tópico é controverso e você quer opiniões e sentimentos dos respondentes. Este tipo de questão também evita embaraçar ou antagonizar respondentes se acontece de eles estarem sensitivos sobre uma situação. A redação inicia com “algumas pessoas poderiam dizer,” a qual em efeito despersonificante da questão. A resposta, porém, é quase sempre a opinião pessoal ou sentimento do respondente sobre a importância.

3 “Perguntas de posição ideal” - exploram ambas informações e opiniões; esta podem ser usadas praticamente em qualquer fenômeno de estudo. São boas de usar em estudos de avaliação porque elas revelam ambas positivas e negativas ou deficiências do programa. Perguntando qual é o programa de treinamento ideal

4 “Perguntas interpretativas” - fornecem uma verificação sobre o que você pensa, se você está entendendo, bem como oferecem uma oportunidade para ainda mais informações, opiniões, e sentimentos serem revelados. No exemplo JTPA, a pergunta interpretativa, Você diria que voltar a escola como um adulto é diferente do que você esperava?

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.2 Boas PerguntasE ainda... boas perguntas, são quando....

- Abertas e produzem dados descritivos... até mesmo estórias sobre o fenomeno.

- Quanto mais detalhado e descritivo, melhor.

- Exemplos...

Diga-me sobre um tempo em que...Dê-me um exemplo de...Conte-me mais sobre isto...Como foi para você quando...

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.3 Perguntas a se evitar- EVITAR PERGUNTAS “PORQUE” - por causa que elas tendem a levar para a

especulação sobre relacionamentos causais e eles podem levar a respostas “beco sem saída”

- TAMBÉM EVITAR MÚLTIPLAS QUESTÕES – nem uma pergunta que é na realidade uma múltipla questão ou uma série de questões individuais não permite ao respondente responder uma a uma. (o respondente provavelmente pedirá para você repetir a(s) pergunta(s), pedirá para esclarecer, ou dará uma resposta cobrindo somente uma parte da questão)

- PERGUNTAS “CAPICIOSAS” TAMBÉM DEVEM SER EVITADAS - revelam um viés ou assumem que o que pesquisador está fazendo, não pode ser feito pelo participante. Estes definem que o entrevistado aceite o ponto de vista do pesquisador. A questão, Que problemas emocionais você tem tido desde que perdeu seu emprego?

- E, SE PREVENIR DAS PERGUNAS SIM-OU-NÃO - pode ser de fato respondida apenas desta forma. Quase não dão informações a você. Para o tímido entrevistado, o relutante, ou menos verbal, podem também encerrar, ou ao menos ir devagar ao fluxo da informação.

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2 FAZER BOAS PERGUNTASIDEAL É...

+ REVISAR PERGUNTAS, ELIMINANDO AS “POBRES” ANTES DE REALIZAR A ENTREVISTA;

VALIDAR COM ALGUM CATEDRÁTICO?

+ FAZER AS PERGUNTAS A SI MESMO, DESAFIANDO-SE A RESPONDER “O MÍNIMO POSSÍVEL”...

+ TAMBÉM ANOTAR SE SENTIR DESCONFORTÁVEL EM RESPONDER ALGUMA QUESTÃO;

+ REVISÃO, SEGUIDA DE ENTREVISTA PILOTO, AO LONGO DO CAMINHO ENCAMINHA BOAS PERGUNTAS.

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.4 Inquérito SÃO PERGUNTAS OU COMENTÁRIOS QUE SEGUEM ALGO QUE FOI PERGUNTADO.

- IMPOSSÍVEL ESPECIFICAR EM TEMPO ANTERIOR, PORQUE SE DEPENDE DO QUE RESPONDER;

- A DEPENDÊNCIA DA RESPOSTA É INSTRUMENTO PRINCIPAL. POIS, SE QUESTÕES SENSÍVEIS, NECESSITA-SE DE AJUSTES AO LONGO... PERCEBERÁ ALGO SIGNIFICATIVO OU A SER APRENDIDO.

- INQUERIR PODE VIR NA FORMA DE PEDIR MAIS DETALHES, ESCLARECIMENTOS, EXEMPLOS.

- GLESNE E PESHKIN (1992), SALIENTA QUE HÁ INÚMERAS FORMAS:VARIAM DO SILÊNCIO, SONS, ÚNICA PALAVRA, COMPLETAR FRASES...

- VARIAR É ÚTIL, AFINAL O PARTICIPANTES ESTÁ SENDO ENTREVISTADO E NÃO INTERROGADO.

...- A MELHOR DE AUMENTAR A HABILIDADE É A PRÁTICA...

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2 FAZER BOAS PERGUNTAS2.5 Guia de EntrevistaLISTA DE PERGUNTAS QUE SE PRETENDE FAZER.

- Em uma ordem particular (estruturada) ou poucos tópicos sem em ordem (não estruturada) ou entre as duas situações;

- Novo pesquisador, se sente mais confiante com um formato estruturado. A partir do roteiro, ganha-se experiência; alguns são extremamente dependentes... (nesse ponto, verificar se área ou temas estão cobertos, é necessário)

- Novos pesquisadores estão preocupados no que vem antes ou depois, depende-se do objeto

- Geralmente, perguntar de modo neutro é boa ideia.

- Quanto menos perguntas ampla, mais se desvincula do guia de entrevista.

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3 INICIANDO A ENTREVISTAENVOLVE ANTES DE TUDO, DETERMINAR QUEM SE ENTREVISTAR. DEPENDE DO QUE INVESTIGAR, INFORMAÇÃO DESEJADA.

SELECIONAR RESPONDENTES NO QUE PODEM CONTRIBUIR PARA ENTENDER O FENOMENO, ENGAJAR ESTUDO EM AMOSTRAGEM INICIAL E TEÓRICA

DIFERENTEMENTE DA INVESTIGAÇÃO, O ESTUDO DE CASO QUALITATIVO, A REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA É UMAS PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES. CRUCIAL NÃO É NÚMERO DE REPRESENTANTES, MAS O POTENCIAL DE CONTRIBUIÇÃO DO PARTICIPANTE.

COMO IDENTIFICAR AS PESSOAS?1) OBSERVAR O PROGRAMA, ATIVIDADE, FENOMENO;2) COMEÇAR COM UMA PESSOA CONHECEDORA E ESSA INDICAR OUTROS3) POR CONTATOS PESSOAIS, COMUNIDADE, ORGANIZAÇÕES PRIVADAS, QUADRO AVISOS,

INTERNET,

EM ALGUNS ESTUDOS, NECESSÁRIO DETERMINAR CRITÉRIO PARA PARTICIPANTES .

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3 INICIANDO A ENTREVISTATAYLOR E BOGDAN (1984) LISTARAM 5 QUESTÕES ABORDADAS EM INICIOS DE ENTREVISTA:

1) O os motivos do investigador, as intenções e propósitos investigativos.2) A proteção dos respondentes através do uso de pseudônimos3) Decidir quem tem a palavra final sobre o conteúdo do estudo4) Pagamento (caso exista)5) Logística com relação ao tempo, lugar e número de entrevista a ser agendada.

Cuidado com palavras e questões, linguagem clara para o entrevistado

Postura do entrevistador, de que o entrevistado tem algo a contribuir, experiência que vale a pena falar, opinião tem interesse para o pesquisador. Isso fará que o entrevistado esteja confortável e próximo com o que oferecer.

Assumir neutralidade em relação ao entrevistado. Independente de antítese, evitar argumentar, debater. Ter Rapport vis-à-vis com o conteúdo que o outro diz.

A entrevista “partida-lenta”, a construção da história, pode ser aumentada por narrativas escritas, documentos pessoais ou registros diários que informantes são convidados a apresentar um tempo antes.

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4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADO

DA PERSPECTIVA DAS PARTES OU DA PRÓPRIA INTERAÇÃO EM SI.

ENTREVISTADORES HABILITADOS PODEM TRAZER MUITO: SENDO RESPEITOSOS, NÃO JULGADORES E NÃO AMEAÇADORES, É UM COMEÇO.

PRÁTICA COMBINADA COM FEEDBACK MELHORA O DESEMPENHO.

• ROLEPLAYING

• CRITICANDO PARES

• FILMAGEM

• OBSERVANDO ENTREVISTADORES EXPERIENTES

SÃO FORMAS DE MELHORAR O DESEMPENHO

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4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADOO QUE FAZ UM BOM ENTREVISTADO?

ANTROPÓLOGOS E SOCIÓLOGOS FALAM QUE QUANDO É INFORMANTE: ENTENDE A CULTURA, MAS É CAPAZ DE REFLETIR, ARTICULAR O QUE ACONTECE.

INFORMANTES-CHAVE ADOTAM POSTURA DO PESQUISADOR: “GUIA EM TERRITÓRIO DESCONHECIDO”. NEM TODOS CONSIDERADOS COMO O TERMO DOS ANTROPÓLOGOS.

BONS ENTREVISTADOS: AQUELES QUE EXPRESSAM PENSAMENTOS, SENTIMENTOS, OPINIÕES – OFERECEM PERSPECTIVA SOBRE O TEMA A SER ESTUDADO. GOSTAM DE COMPARTILHAR CONHECIMENTO, COM INTERESSE E OUVINTE SIMPÁTICO.

VARIÁVEIS QUE DETERMINAM A NATUREZA DA INTERAÇÃO, SEGUNDO DEXTER (1970):1) PERSONALIDADE E HABILIDADE DO ENTREVISTADOR2) ATITUDES DE UMA ORIENTAÇÃO DO ENTREVISTADO3) DEFINIÇÃO DE AMBOS (MUITAS VEZES POR OUTROS SIGNIFICATIVOS)

FATORES ACIMA DETERMINAM TAMBÉM O TIPO DE INFORMAÇÃO OBTIDAS.

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4 INTERAÇÃO ENTREVISTADOR X ENTREVISTADOMUITA LITERATURAS RECENTES PARA O SUBJETIVO E COMPLEXIDADE DO “ENCONTRO ENTREVISTA” (TEORIA CRÍTICA, TEORIA FEMINISTA, TEORIA, RACIAL CRÍTICA, TEORIA QUEER, PÓS-MODERNISMO) DESAFIAM A PENSAR O QUE ESTAMOS ENTREVISTANDO: PREOCUPAÇÃO COM AS VOZES DOS PARTICIPANTES E AS DINÂMICAS DE PODER INERENTES A ENTREVISTA, CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PARA OUTROS PÚBLICOS.

PARTE DA DISCUSSÃO: STATUS INTERNO/EXTERNO, IDENTIDADES SOCIAIS VISIVEIS (GERERO, RAÇA, IDADE, CLASSE SOCIAL...). SEIDMAN (1991): NOSSA EXPERIÊNCIA COM ESTAS QUESTÕES, INTERAGIR COM SENSAÇÃO DE PODER EM SUAS VIDAS, RELAÇÕES REPLETAS DE QUESTÕES DE PODER.

FOSTER (1994) EXPLORA AMBIGUIDADES E COMPLEXIDADES NA RELAÇÃO ENTREVISTADO E ENTREVISTADOR, ANALISA POSIÇÃO DE INTERAÇÕES HOMEM/MULHER, GERAÇÕES VELHAS/JOVENS, CLASSE MÉDIA/TRABALHADORA

SERÁ QUE ENTREVISTADOR DEVE SER UM MEMBRO DO GRUPO INVESTIGADO PARA SE FAZER UM ESTUDO CRÍVEL? NÃO HÁ RESPOSTAS CERTAS, PRÓS E CONTRAS, NESTES ESTUDOS. SEIDMAN (1991) SUGERE DISTÂNCIA SUFICIENTE PARA CAPACITAR O ENTREVISTADOR PARA PERGUNTAS PARA EXPLORAR E NÃO COMPARTILHAR POSIÇÕES.

INTERAÇÃO É UM FENÔMENO COMPLEXO, TRAZEM VIEZES, PREDISPOSIÇÕES , ATITUDES E CARACTERÍSTICAS QUE AFETAM DADOS EVOCADOS. O HÁBIL ENTREVISTADOR CONTA COM ISSO PARA SER IMPARCIAL, SENSÍVEL, E RESPEITOSO COM ENTREVISTADO, MAS E PONTO DE PARTIDA.

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5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOSTRÊS MANEIRAS BÁSICAS:- GRAVAR EM ÁUDIO

- PRESERVA PARA ANÁLISE- INTREVISTADOR PODE OUVIR MANEIRAS DE MELHORAR TÉCNICA- MAL FUNCIONAMENTO E MAL ESTAR DO ENTREVISTADO SÃO DESVANTAGENS- A MAIORIA PESQUISADORES ENCONTRAM NO ENTREVISTADO DESCONFIANÇA- GRAVAÇÃO EM VÍDEO PERMITE ANALISAR COMPORTAMENTO NÃO-VERBAL, PORÉM

MAIS INTRUSIVO

- TOMAR NOTAS- TUDO QUE É DITO, PODE SER ESCRITO (?)- UMA VEZ NO INICIO DA ENTREVISTA, DADO NÃO INTERESSANTE... (DEPOIS... ?)- RECOMENDADO QUANDO A GRAVAÇÃO MECÂNICA NÃO É VIÁVEL- PESQUISADORES GOSTAM DE TOMAR NOTA APESAR DE GRAVAR AUDIO, COMO

REAÇÕES, SINALIZAR IMPORTANCIA DO QUE ESTÁ SENDO DITO OU ANDAR DA ENTREVISTA

- ESCREVER TANTO QUANTO POSSÍVEL APÓS A ENTREVISTA- PORQUE GRAVAR AUDIO OU TOMAR NOTAS SÃO INTRUSIVO (PACIENTES TERMINAIS)- EM TODOS OS CASOS É IMPORTANTE INVESTIGADORES ESCREVERM REFLEXÕES APÓS- REFLEXÕES QUE PODEM CONTER IDEIAS SUGERIDAS, COMPORTAMENTOS VERBAIS E

NÃO VERBAIS, PENSAMENTOS “ENTRE PARENTESES” DO PESQUISADOR

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5 GRAVANDO E TRANSCREVENDO DADOSTRANSCREVER TUDO FORNECE O MELHOR BANCO DE DADOS PARA ANÁLISE

É TEDIOSO E DEMORADO.

POSSÍVEL SE CONTRATAR ALGUÉM PARA TRANSCREVER AUDIOS, MAS É CARO, TEM QUESTÕES DE COMPROMISSO, E NEM SEMPRE TRANSCRITOR ESTÁ FAMILIZARIZADO COM AS TERMINOLOGIAS.

RECOMENDA-SE QUE PESQUISADORES TRANSCREVAM PELO MENOS AS PRIMEIRAS ENTREVISTAS, SE POSSÍVEL.

O FORMATO DEVE PERMITIR ANÁLISE – TOPO: INFORMAÇÕES DE QUANDO, ONDE, COM QUEM. CRUCIAL NÚMERAR LINHA À ESQUERDA E PARA BAIXO. OUTRA CONSIDERAÇÃO É USAR ESPAÇAMENTO SIMPLES, MAS NO ESPAÇO DUPLO PERMITE INCLUSÃO DAS PERGUNTAS, ALÉM QUE PERMITE LEITURA MAIS FÁCIL. MARGEM AO LADO DA MÃO DIREITA AJUDA A ADICIONAR NOTAS OU CÓDIGOS PARA A ANÁLISE DA TRANSCRIÇÃO.

ALÉM DE TUDO, ANALISAR DA MELHOR MANEIRA A QUALIDADE DOS DADOS.

DIVERSOS FATORES INFLUEM, DESDE A SAÚDE DO ENTREVISTADO, O ESTADO DE ESPÍRITO, ASSIM COMO SEGUNDAS INTENÇÕES, ACIMA DE TUDO, O QUE SE GANHA SIMPLESMENTE É A PERCEPÇÃO DO ENTREVISTADO. ACIMA DE TUDO, CADA ENTREVISTA É SEMPRE ÚNICA E IMPORTANTE SE CONSIDERADA À LUZ DE OUTRAS ENTREVISTAS, E OUTRAS FONTES COMO OBSERVAÇÕES E DOCUMENTOS.