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1 88 Janeiro, 2021 LEGISLAÇÃO JURISPRUDÊNCIA DIREITO PREVIDENCIÁRIO COMENTADO ←→ ↑ voltar ao início Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website. STF examinará constitucionalidade do FAP; Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros; Pauta Previdenciária do STF Constitucionalidade Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa; Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19; Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF; ↑ voltar ao início O boletim eletrônico PrevNotícias é desenvolvido pelos profissionais que integram a área Previdenciária de Pinheiro Neto Advogados. PERIODICIDADE Mensal SÓCIO RESPONSÁVEL Cristiane Ianagui Matsumoto Gago COLABORADORES Lucas Barbosa Oliveira | Mariana Monte Alegre de Paiva | Henrique Wagner de Lima Dias | Nayanni Enelly Vieira Jorge | Jéssica Min Kyong Chung | Naomi Sylvia Levy Goldenberg CONTATO pinheironeto.com.br Pinheiro Neto LEGISLAÇÃO (FOTO: SERGIO LIMA, FLICKR) Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), mediante atendimento às orientações contidas no Manual da GFIP/SEFIP. Ademais, foi revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.922, de 4 de fevereiro de 2020, que aprovou o Manual da GFIP/SEFIP e a versão 8.4 do SEFIP. Em 24.12.2020, a Receita Federal do Brasil publicou a Instrução Normativa nº 1.999/2020, dispondo sobre o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). Referida IN estabelece que a GFIP deverá ser preenchida por meio do Sistema

Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da ......da Economia (ME) nº 410/2020, que atribui a súmulas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) efeito

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nº 88Janeiro, 2021

LEGISLAÇÃO JURISPRUDÊNCIADIREITO PREVIDENCIÁRIO COMENTADO

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Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website.

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade ▪ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;←→

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O boletim eletrônico PrevNotícias é desenvolvido pelos profissionais que integram a área Previdenciária de Pinheiro Neto Advogados.

PERIODICIDADE

Mensal

SÓCIO RESPONSÁVEL

Cristiane Ianagui Matsumoto Gago

COLABORADORES

Lucas Barbosa Oliveira | Mariana Monte Alegre de Paiva | Henrique Wagner de Lima Dias | Nayanni Enelly Vieira Jorge | Jéssica Min Kyong Chung | Naomi Sylvia Levy Goldenberg

CONTATO

pinheironeto.com.brPinheiro Neto

LEGISLAÇÃO

(FOTO: SERGIO LIMA, FLICKR)

Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa

Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), mediante atendimento às orientações contidas no Manual da GFIP/SEFIP. Ademais, foi revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.922, de 4 de fevereiro de 2020, que aprovou o Manual da GFIP/SEFIP e a versão 8.4 do SEFIP.

Em 24.12.2020, a Receita Federal do Brasil publicou a Instrução Normativa nº 1.999/2020, dispondo sobre o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). Referida IN estabelece que a GFIP deverá ser preenchida por meio do Sistema

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JURISPRUDÊNCIADIREITO PREVIDENCIÁRIO COMENTADO nº 88

Janeiro, 2021 ▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▪ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▪ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

as mencionadas deduções só podem ocorrer nos casos em que forem concedidos benefício de auxílio-doença, o que implica dizer que o benefício fiscal é limitado somente aos trabalhadores que forem afastados por mais de 15 dias. Isto é: se o empregado tiver contraído COVID-19 mas ficar afastado por um período inferior a 15 dias, a empresa não terá direito ao benefício previsto no artigo 5º da Lei nº 13.982/2020.

Portanto, as empresas deverão ficar atentas aos afastamentos inferiores ou iguais a 15 dias, pois ainda que os empregados tenham contraído a mencionada enfermidade, a Receita Federal do Brasil poderá questionar a validade das deduções das contribuições previdenciárias sobre tais valores.

Em 28.12.2020, foi publicada a Solução de Consulta COSIT nº 148/2020 que limita a dedução das contribuições previdenciárias aos empregados que contraírem COVID-19 apenas aos casos em que forem concedidos o benefício previdenciário auxílio-doença.

Vale lembrar que a possibilidade de dedução das contribuições previdenciárias a pagar, até o limite máximo do salário de contribuição ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), em relação ao valor devido ao empregado cuja incapacidade temporária para o trabalho seja comprovadamente decorrente de sua contaminação pela COVID-19, é conferida pelo artigo 5º da Lei nº 13.982/2020.

Nesse contexto, a Receita Federal impôs que

Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 Dedução dos 15 dias – COVID-19

Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF

Em 18.12.2020, foi publicada a Portaria do Ministério da Economia (ME) nº 410/2020, que atribui a súmulas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) efeito vinculante em relação à Administração Tributária Federal.

No que concerne ao tema das Contribuições Previdenciárias, foram editadas as súmulas nº 148, 149, 150 e 152 que tratam, respectivamente, sobre a contagem da decadência em caso de multa por obrigação acessória, tributação previdenciária sobre bolsa de estudos, sub-rogação da pessoa jurídica nas obrigações do produtor rural pessoa física e compensação entre créditos e débitos reconhecidos por sentença judicial transitada em julgado: » Súmula CARF nº 148: No caso de multa por descumprimento de obrigação acessória previdenciária, a aferição da decadência tem sempre como base o art. 173, I, do CTN, ainda que se verifique pagamento antecipado da obrigação principal correlata ou

(FOTO: GETTY IMAGES)

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Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ Constitucionalidade ▪ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

esta tenha sido fulminada pela decadência com base no art. 150, § 4º, do CTN.

» Súmula CARF nº 149: Não integra o salário de contribuição a bolsa de estudos de graduação ou de pós-graduação concedida aos empregados, em período anterior à vigência da Lei nº 12.513, de 2011, nos casos em que o lançamento aponta como único motivo para exigir a contribuição previdenciária o fato de esse auxílio se referir à educação de ensino superior.

» Súmula CARF nº 150: A inconstitucionalidade declarada por meio do RE 363.852/MG não alcança os lançamentos de sub-rogação da pessoa jurídica nas obrigações do produtor rural pessoa física que tenham como fundamento a Lei nº 10.256, de 2001.

» Súmula CARF nº 152: Os créditos relativos a tributos administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB), reconhecidos por sentença judicial transitada em julgado que tenha permitido apenas a compensação com débitos de tributos da mesma espécie, podem ser compensados com débitos próprios relativos a quaisquer tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, observada a legislação vigente por ocasião de sua realização.

Portanto, caso as empresas tenham discussões envolvendo tais matérias, deverão estar atentas às novas Súmulas editadas, pois vinculam a Administração Tributária Federal.

STF examinará a constitucionalidade do FAP em Julho de 2021

JURISPRUDÊNCIA

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Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ Constitucionalidade ▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▪ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

as alterações promovidas em seu texto pelos arts. 1º e 3º do Decreto-Lei n. 2.318/1986.”

A matéria será examinada nos autos dos Recursos Especiais nº 189.853-2/CE e 190.587-0/PR, ambos sob a relatoria da Ministra Regina Helena. Ainda não há previsão para julgamento do repetitivo.

(FOTO: GETTY IMAGES)

Comércio de Bens, Serviços e Turismo, para questionar a validade constitucional do art. 10 da Lei nº 10.666/2003, que instituiu a possibilidade de modulação, por regulamento, das alíquotas da contribuição para o SAT com base em indicador de desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, aferido pelo FAP. A ADI 4397 está sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli e também será julgada na sessão do dia 17.06.2021.

Pedido de Ingresso de Amicus Curiae movimenta repetivivo sobre limitação da base de cálculo de TerceirosA ABRASP - Associação Brasileira dos Produtores de Soluções Parenterais - formalizou pedido para atuar como amicus curiae no julgamento do Tema Repetitivo 1079 (limitação da base de cálculo em 20 salários). A associação ainda não apresentou suas razões de mérito, limitando-se a indicar as razões que fundamentam sua legitimidade ativa. Esse é o primeiro pedido de ingresso como amicus curiae formalizado nos autos do leading case.

O Tema nº 1079 foi afetado como repetitivo no último dia útil antes do início do recesso judicial, para definir “se o limite de 20 (vinte) salários mínimos é aplicável à apuração da base de cálculo de ‘contribuições parafiscais arrecadadas por conta de terceiros’, nos termos do art. 4º da Lei n. 6.950/1981, com

O Ministro Presidente Luiz Fux incluiu para julgamento na pauta da sessão presencial do Plenário do STF o RE 677.725 (Tema 554 da Repercussão Geral, de sua relatoria), que discute a constitucionalidade da fixação de alíquotas da contribuição ao SAT a partir de parâmetros estabelecidos por regulamentação do Conselho Nacional de Previdência Social.

A perspectiva é que, na ocasião, a Corte examine a constitucionalidade do art. 10 da Lei nº 10.666/2003 e do art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999, com a redação dada pelo Decreto nº 6.957/2009, relativamente à metodologia de cálculo do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) aplicada ao SAT (atual RAT), contribuição prevista no art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

O Recurso Extraordinário foi interposto por contribuinte contra acórdão proferido pelo TRF-4ª Região, que entendeu ser constitucional a contribuição previdenciária destinada ao custeio do SAT, a que se referem os artigos 10 da Lei nº 10.666/03, 202-A do Decreto nº 3.048/99 e as Resoluções nº 1.308/2009 e 1.309/2009 do Conselho Nacional da Previdência Social.

A Confederação Nacional do Sistema Financeiro (CONSIF), a Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins (ABISA) e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) foram admitidos como amici curiae.

A matéria também é objeto da ADI 4397, ajuizada pela Confederação Nacional do

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Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ Constitucionalidade ▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▪ Pauta Previdenciária do STF

Pauta Previdenciária do STF (primeiro semestre de 2021)

Julgamento Processo Tema

Sessão Virtual - 18.12.2020 a 5.2.2021

RE 1171152 (Tema 1066)Possibilidade de o Poder Judiciário (i) estabelecer prazo para o INSS realizar perícia médica nos segurados da Previdência Social e (ii) determinar a implantação do benefício previdenciário postulado, caso o exame não ocorra no prazo.

EDcl na ADI 4480Constitucionalidade de dispositivos da Lei nº 12.101/09, que dispõe sobre o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) e regulação dos  procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social.

ADI 4560Constitucionalidade de dispositivos da Lei 7.599/2000, do Estado da Bahia, que, a partir de financiamento com recursos do Fundese, concedeu tratamento diferenciado do ICMS à importação de produtos destinados à comercialização e industrialização promovidas por novas indústrias instaladas no estado.

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Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade

FEVEREIRO

ADI 1945Inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Estadual 7.098/1998 de Mato Grosso, que consolida normas referentes ao ICMS, por bitributação e invasão da competência municipal.

ADI 5659Inconstitucionalidade do Decreto Estadual 46.877/2015 de Minas Gerais e de  outros diplomas legais que excluem das hipóteses de incidência do ICMS as operações com programas de computados (software).

ADI 5469Inconstitucionalidade das cláusulas do Convênio ICMS 93/2015 do Confaz, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.

RE 1287019Necessidade de edição de Lei Complementar visando à cobrança da Diferença de Alíquotas do ICMS (DIFAL) nas operações interestaduais envolvendo consumidores finais não contribuintes do imposto, nos termos da Emenda Constitucional nº 87/2015.

AR 2297Ação Rescisória em que se busca desconstituir o acórdão proferido no julgamento do RE 350.446, no qual se decidiu pela possibilidade de compensação de créditos de IPI relativos à aquisição de matéria-prima não tributada ou sujeita à alíquota zero.

MARÇO RE 611510Incidência de IOF sobre aplicações financeiras de curto prazo de partidos políticos, entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos beneficiários de imunidade tributária.

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▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade

ABRIL

ADI 5439Inconstitucionalidade da segunda cláusula do Convênio ICMS n° 93/2015, firmado no CONFAZ, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.

ADI 4858Inconstitucionalidade da Resolução nº 13/2012, do Senado Federal, que reduz alíquotas de ICMS nas operações interestaduais com mercadorias e bens importados .

RE 659412 (Tema 684) Incidência do PIS e da COFINS sobre a receita advinda da locação de bens móveis.

ADI 4785Inconstitucionalidade da Lei estadual nº 19.976/11-MG, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários - TFRM - e o Cadastro Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (CERM ).

ADI 4787 Inconstitucionalidade da Lei 1.613/2011, do Estado do Amapá, que institui a TRFM e o CERM.

ADIs 4787 e 5374Inconstitucionalidade da Lei estadual n° 8.091/2014-PA, que institui a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e Aproveitamento de Recursos Hídricos  (TFRH).

ADI 5489Inconstitucionalidade da Lei estadual nº 7.184/2015-RJ, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização Ambiental das Atividades de Geração, Transmissão e ou Distribuição de Energia Elétrica de Origem Hidráulica, Térmica e Termonuclear(TFGE).

RE 599658 (Tema 630)Inclusão da receita decorrente da locação de bens imóveis na base de cálculo da Contribuição ao PIS, tanto para as empresas que tenham por atividade econômica preponderante esse tipo de operação, como para as empresas em que a locação é eventual e subsidiária ao objeto social principal. Discute-se, ainda, a possibilidade de extensão do entendimento para a Cofins.

ADI 4395Inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540/92, com redação atualizada até a Lei 11.718/2008, que passou a exigir do empregador rural pessoa física o pagamento da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta proveniente do resultado da comercialização de seus produtos.

ADI 2779Inconstitucionalidade de dispositivo da Lei Complementar nº 87/96, que fixa as regras para instituição do ICMS pelos estados e DF, prevendo que o imposto incida sobre prestação de serviços de transporte estadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

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▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade

MAIO

ACO 3274 Suspensão do repasse, por parte da União, de verbas federais relativas à CIDE-Combustível.

RE 816830 (Tema 801)Constitucionalidade da incidência da contribuição destinada ao SENAR sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, nos termos do art. 2º da Lei 8.540/1992.

ADI 5688Inconstitucionalidade de dispositivos da Lei estadual nº 8.071/2006-PB, que alteram valores das custas judiciais e taxas judiciárias devidas ao Estado da Paraíba.

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JURISPRUDÊNCIADIREITO PREVIDENCIÁRIO COMENTADO nº 88

Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade

JUNHO

ADI 3973Inconstitucionalidade do Convênio ICMS nº 60/2007, editado pelo CONFAZ, pelo qual são autorizados os Estados da Bahia e de Rondônia a conceder isenção do ICMS relativo à parcela de subvenção da tarifa de energia elétrica estabelecida pela Lei 10.604/2002.

ADI 6055Inconstitucionalidade de dispositivo da Lei Federal nº 13.043/14, que disciplina o procedimento de devolução dos resíduos tributários que remanescem na cadeia de produção de bens exportados.

ADI 4397Inconstitucionalidade de dispositivo da Lei nº 10.666/2003, que instituiu a possibilidade de modulação, por regulamento, das alíquotas da contribuição para o SAT com base em indicador de desempenho da empresa, aferido pelo FAP.

RE 677725 (Tema 554)Fixação de alíquota da contribuição ao SAT a partir de parâmetros estabelecidos por regulamentação do Conselho Nacional de Previdência Social.

RE 1018911 (Tema 988)Possibilidade de desoneração do estrangeiro com residência permanente no Brasil em relação às taxas cobradas para o processo de regularização migratória.

ADI 5228Inconstitucionalidade de dispositivos da Lei 13.616/2005 e do Decreto 27.902/2005 do Estado do Ceará, que regulamentam o programa de incentivo à industrialização de produtos para exportação no estado (PROINEX).

RE 928943 (Tema 914) Constitucionalidade da CIDE sobre remessas ao exterior, instituída pela Lei 10.168/2000, posteriormente alterada pela Lei 10.332/2001.

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Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▪ Constitucionalidade

Tributação Previdenciária dos Planos de Saúde

Em decisão1 publicada em 14 de janeiro de 2021, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) reconheceu que não é necessário que o Plano de Saúde disponibilizado aos empregados e ao dirigente da empresa seja o mesmo (identidade vs. diferenciação de coberturas) para que o benefício seja isento de Contribuições Previdenciárias.

A decisão, proferida por unanimidade de votos, reconheceu que - antes da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) - o único requisito existente na legislação (art. 28, § 9º, alínea “q” da Lei 8.212/19912) para a não incidência das Contribuições Previdenciárias era, simplesmente, a existência de cobertura que abrangesse todos os empregados e dirigentes. Os Conselheiros

DIREITO COMENTADO

[1] Acórdão nº 2301-008.485 – 2ª Seção de Julgamento / 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária

(FOTO: GETTY IMAGES)

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JURISPRUDÊNCIADIREITO PREVIDENCIÁRIO COMENTADO nº 88

Janeiro, 2021 ▫ Receita Federal do Brasil dispõe sobre o preenchimento da GFIP mediante publicação de Instrução Normativa;

▫ Solução de Consulta Cosit nº 148, de 21 de dezembro de 2020 – Dedução dos 15 dias – COVID-19;

▫ Ministério da Economia edita novas súmulas do CARF;

▫ STF examinará constitucionalidade do FAP; ▫ Pedido de ingresso de Amicus Curiae movimenta repetitivo sobre limitação da base de cálculo de Terceiros;

▫ Pauta Previdenciária do STF

▫ Constitucionalidade

acertadamente reconheceram que “exigir que haja cobertura a todos os empregados e dirigentes da empresa é diferente de exigir que haja a mesma cobertura a todos estes funcionários, como entendeu o acórdão recorrido”. A decisão é importante e merece ser comemorada. Explica-se.

Antes da reforma trabalhista, questão recorrente era saber se os valores vertidos aos planos de saúde deveriam estar sujeitos à incidência das Contribuições Previdenciárias quando a empresa oferecia planos distintos a seus empregados e dirigentes. Isso porque a legislação previdenciária estabelecia como único requisito para a isenção a extensão da cobertura a todos os colaboradores da empresa, restando silente com relação à questão dos planos diferenciados.

Diante desse cenário legislativo, o CARF já se manifestou no sentido de que a concessão de diferentes planos é uma forma de discriminação dos empregados e, portanto, macula o requisito legal (de extensão a todos) que permite a isenção3.

A fundamentação para tal interpretação desfavorável aos contribuintes é a de que, em se tratando de uma isenção tributária, deve-se aplicar o disposto no artigo 111 do Código Tributário Nacional (CTN), segundo o qual se interpreta literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga de isenção.

É bastante claro que a total abrangência da cobertura não significa identidade da cobertura. Uma coisa é dizer que a lei exige que a empresa disponibilize um plano de saúde a todos os seus empregados (como o fez), outra é dizer que o plano deve ser idêntico para todos.

Vale lembrar que, com a reforma trabalhista, cujo texto passou a valer a

partir da segunda quinzena de novembro de 2017, a redação do artigo 28, parágrafo 9º da Lei n° 8.212/19914, foi alterada, e o requisito (da extensão a todos) para gozar da isenção de contribuições previdenciárias foi suprimido.

Assim, nos termos da legislação previdenciária atual, não resta dúvida de que os valores pagos pela empresa a seus empregados a título de assistência médica e odontológica são isentos do recolhimento da contribuição previdenciária, independentemente do fato de o benefício ser extensível a todos.

Na mesma linha segue a legislação trabalhista (artigo 458, § 2º, inciso IV, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), estipulando que a “assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde” não integra a remuneração de seus empregados.

Soma-se a isso o fato de que, com a reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), foi inserido o § 5º do artigo 458 da CLT5, dispondo expressamente que esses valores não deverão ser tratados como remuneração – inclusive para fins previdenciários – ainda que os planos sejam diferenciados.

Assim, atualmente a legislação determina expressamente que os valores pagos pela empresa a seus empregados a título de assistência médica e odontológica serão isentos do recolhimento da contribuição previdenciária, ainda que os planos sejam concedidos em mais de uma modalidade e independentemente do fato de o benefí cio ser extensível a todos.

Por Cristiane I. Matsumoto e Lucas Barbosa Oliveira, sócia e associado da Área contenciosa de Pinheiro Neto Advogados

[2] q) ovalorrelativoàassistênciaprestadaporserviçomédicoouodontológico,própriodaempresaouporelaconveniado,inclusiveoreembolsodedespesascommedicamentos,óculos,aparelhosortopédicos,despesasmédico-hospitalareseoutrassimilares,desdequeacoberturaabranjaatotalidadedosempregadosedirigentesdaempresa.

[3] Nessesentido,confira-seoAcórdãonº9202-003.846,2ªTurma,CSRF,Sessãode9.3.2016,Publicadoem13.4.2016eoAcórdãonº9202005.255,2ªTurma,CâmaraSuperiordeRecursosFiscais,Sessãode28.3.2017,Publicadoem11.10.2017.[4] Art.28.Entende-seporsaláriodecontribuição:(...)

§ 9º NãointegramosaláriodecontribuiçãoparaosfinsdestaLei,exclusivamente: (...)e)asimportâncias:(...) q)ovalorrelativoàassistênciaprestadaporserviçomédicoouodontológico,própriodaempresaouporelaconveniado,inclusiveoreembolsodedespesascommedicamentos,óculos,aparelhosortopédicos,próteses,órteses,despesasmédico-hospitalareseoutrassimilares;”

[5] §5º o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.