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ANO1 | N.º4 | TRIMESTRAL | ABRIL•MAIO•JUNHO 2005

SOCIEDADE PONTO VERDE

1€

PRO EUROPE

OPINIÃO ANGELA EMONS, SECRETÁRIA GERAL DA PRO EUROPE

26 PAÍSES JÁ TÊM PONTO VERDE

ENTREVISTAHumberto Delgado RosaSecretário de Estado do Ambiente

MARGARIDA PINTO CORREIAA cara

do «Jornal Verde»

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Fernando Santos Jorge

Director do Departamento da SPV de Controlo de Gestão

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Em qualquer empresa, a eficiência dos processos é essencial para osucesso da gestão. Em qualquer acto de gestão, a medição dosimpactos das nossas decisões, a definição de objectivos e de

referenciais que nos guiem é indispensável e requer uma atitude deautocrítica permanente de que, ao longo do caminho, nos podemosesquecer.

Quando nos transportamos para o universo do SIGRE, este desafioassume uma dimensão relevante: imagine toda a cadeia de valor dareciclagem de embalagens que congrega, de montante a jusante,milhares de parceiros com visões próprias e interesses tantas vezesdivergentes, enquadrados num mercado com acentuada regulação emetas cada vez mais exigentes. Como actuar?

Ao nível do consumidor apostamos numa estratégia de comunicaçãoclara, em I&D fomentamos a pesquisa de soluções inovadoras e ao níveldos processos, o que fazer? Como integrar estas visões numa plataformaque permita decidir em colaboração?

Apesar de consensual, esta necessidade de gerar simbioses é difícil deaceitar quando chega a hora de implementar, porque as agendas dosparceiros são diversas e as fontes de informação diferentes, masessencialmente porque implica concessões.

Quanto às fontes, não restam dúvidas (apesar das armadilhas quecoloca a quem o vê como solução de todos os males) – o benchmarkingde modelos (externos à organização) de excelência ou só diferentes,permite fundamentar melhor as decisões. No caso do SIGRE, permiteintervir positivamente a diversos níveis na cadeia de valor, sendo a suamaior virtude a de proporcionar trocas de experiências com os maisdesenvolvidos ou com aqueles que sintam as mesmas dificuldades,derivando para uma situação em que, aliadas, várias entidadesencontram soluções em que todas acreditam.

Daí a preocupação em buscar conhecimento aos congénereseuropeus, intervindo em fóruns de debate e influência e trazendo paraPortugal desde soluções tecnológicas até modelos de gestãoimplementáveis.

Diz o velho método científico que é desnecessário fazer com mais oque podemos fazer com menos e que não devemos multiplicar oessencial sem necessidade. É este o nosso desafio, é esta a nossaoportunidade de fazermos cada vez mais com cada vez menos.

EDITOR

IALFazer cada vez maiscom cada vez menos

Quando nostransportamos

para o universo doSIGRE, este desafio

assume umadimensão

relevante: imaginetoda a cadeia de

valor dareciclagem de

embalagens quecongrega, de

montante ajusante, milharesde parceiros comvisões próprias einteresses tantasvezes divergentes,enquadrados num

mercado comacentuada

regulação e metascada vez mais

exigentes. Comoactuar?

PROPRIEDADESociedade Ponto Verde,S.A.Edifício Infante D.HenriqueRua João Chagas,n.º53,1.º Dtº1495-764 Cruz-QuebradaDafundo • PortugalTelef.: (+351) 21 010 24 00Fax:(+351) 21 010 24 99N.º de Atendimento ao Cliente Verdoreca:808 10 20 21Atendimento ao Cliente:Embalador:21 010 24 90Fax emb/Verde;21 010 24 [email protected]

DIRECTORHenrique Agostinho

DIRECTORA ADJUNTATeresa Cortes

EDIÇÃO, REDACÇÃO, DESIGN E PUBLICIDADEXMP - Gestão de Meios de Comunicação, LDAAv. de Roma, 16-5.º Esq.1000-265 LisboaTelef.: (+351) 21 845 91 00Fax: (+351) 21 845 91 [email protected]

ESTUDO GRÁFICOCarlos Jorge

IMPRESSÃOHeska Portuguesa, S.A.

TIRAGEM20.000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL215010/04

ICS124501

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ReciclacontémHOTÉIS E RESTAURANTES

ADEREM À RECICLAGEMIncrementar a participação dos hotéis,

restaurantes e similares na reciclagem é oprincipal objectivo da campanha de

adesão ao VERDORECA, subsistema do"Ponto Verde" para este tipo de

estabelecimentos.Esta acção da Sociedade Ponto Verde tem

como incentivo sorteios a realizar entreos aderentes. PÁGINA 14

▼EMBALAGENS: RECICLAGEMSEMPRE A SUBIR

Mais de 145 mil toneladas deembalagens usadas foram

enviadas para reciclagem, noprimeiro trimestre deste ano, o

que corresponde a uma subida de15,5 por cento face ao período

homólogo de 2004, anunciourecentemente a Sociedade Ponto

Verde. PÁGINA 19

VISÃO,ANTENA 3 E CANAL 2:COM PÚBLICOS MAIS SENSÍVEIS

À RECICLAGEM E AMBIENTEVisão,Antena 3 e Canal 2: da RTP são

os meios com os públicos maisesclarecidos e consciencializados para

a reciclagem nos respectivossegmentos – imprensa, rádio e

televisão. PÁGINA 21

MUNDO EM PONTO VERDECoordenar a recolha, a separação e a reciclagem dasembalagens usadas nos vários países, de acordo comos princípios definidos pela legislação comunitária enacional sobre embalagens, é a tarefa da Pro Europe(Packaging Recovery Organization Europe),organização que gere os direitos de utilização dosímbolo Ponto Verde. PÁGINA 6

RECICLAGEM DOMÉSTICAPODE SUBIR 25%Se todas as embalagens dequem já separa foremaproveitadas, a reciclagemdoméstica pode crescer cercade 25 por cento. Esta é umadas conclusões de um estudode observação que aSociedade Ponto Verde (SPV)encomendou à MetrisGfK.PÁGINA 20

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APRESENTADOS POR MARGARIDA PINTO CORREIA

SPV LANÇA DOIS NOVOSPROGRAMAS DE TELEVISÃO

Dando continuidade à sua aposta na TVpara apelar à reciclagem, a Sociedade Ponto

Verde iniciou em Maio a emissão de doisnovos programas de televisão, o "Jornal

Verde" e "Ponto Verde", apresentados porMargarida Pinto Correia no canal 1 da RTP e

na 2:, respectivamente.O novíssimo "Jornal Verde" é um magazineinformativo que vai todas as semanas daraos espectadores notícias da actualidade,

em matéria de reciclagem. PÁGINA 24

▼SÍMBOLOS E EMBALAGENSSão inúmeros os símbolos ecológicos

presentes nas embalagens que comsignificados e importância variável,contribuem mais ou menos para o

esclarecimento do consumidor.Neles pode encontrar-se informaçãosobre a concepção das embalagens e

dos produtos, identificar normasambientais cumpridas pelo

fabricante, encontrar uma garantiade respeito pela natureza ou ainda a

indicação do local onde devemosdepositar a embalagem depois de

consumido o produto. PÁGINA 22

SITE MAIS SIMPLES E ACESSÍVEL

Melhorar a funcionalidade daconsulta e simplificar a

informação foram os principaisobjectivos da reformulação do

site www.pontoverde.pt daSociedade Ponto Verde.

PÁGINA 26

APLICAÇÃO DE RECICLADOSMuitas vezes, as pessoasdesconhecem o que acontece àsembalagens depois de seremcolocadas no ecoponto. Existem, defacto, uma infinidade de aplicaçõespossíveis para cada material.Atravésda reciclagem, e consequentereaproveitamento dos materiais, énão só possível evitar a acumulaçãode resíduos, como também pouparmatérias-primas na produção denovos objectos que iremos utilizar nodia a dia. PÁGINA 28

Diz o velho método científico que é desnecessário fazer com mais o que podemos fazer com menos e que não devemos multiplicar o essencialsem necessidade. É este o nosso desafio, é esta a nossa oportunidade de fazermos cada vez mais com cada vez menos.

ENTREVISTA AO SECRETÁRIO DE ESTADO DO AMBIENTETÊM DE IR MENOS COISAS PARA OS ATERROS..."Têm de ir menos coisas para os aterros, dando-lhes um destinomais nobre, como a Reciclagem. Convertendo o constrangimento deter aterros quase cheios numa oportunidade para tomar novasmedidas e criar novas soluções, com aposta na tecnologia eoptimização das infra-estruturas".Ideias defendidas por Humberto Delgado Rosa, Secretário de Estadodo Ambiente, em conversa com a RECICLA. PÁGINA 16

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Coordenar a recolha, a separação ea reciclagem das embalagensusadas nos vários países, de acordocom os princípios definidos pelalegislação comunitária e nacionalsobre embalagens, é a tarefa da ProEurope (Packaging RecoveryOrganization Europe), organizaçãoque gere os direitos de utilizaçãodo símbolo Ponto Verde.Em 1995, a Duales SystemDeutschland AG decidiu transferir odireito de uso da marca “PontoVerde” para o território Europeu efê-lo sob a forma de uma licençageral atribuída a uma organizaçãoeuropeia. Nascia, assim, aPackaging Recovery OrganizationEurope s.p.r.l. Pro Europe.Em Dezembro do ano seguinte, aorganização iniciou os seustrabalhos em Bruxelas. A sua funçãoé, com base em regras e

regulamentos uniformes, atribuir amarca Ponto Verde a sistemasnacionais de recolha e recuperaçãode embalagens. Presente em 26 países*, o “PontoVerde” apresenta-se como uma boasolução para a reciclagem deembalagens, em conformidade coma legislação europeia. A presençadesta marca numa embalagem indicaque foi paga uma contribuiçãofinanceira para a recolha, separaçãoe recuperação ou reciclagem dosresíduos de embalagem.Actualmente, mais de 460 biliões deembalagens ostentam este símbolo.Nos países associados à ProEurope, mais de 12 milhões detoneladas de resíduos deembalagens foram já valorizadas emais de um milhão de toneladas deplástico foram recicladas, com oSistema Ponto Verde.

CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS SISTEMAS

NACIONAISA par do que

sucede com aSociedadePonto Verde,detentora dosdireitos deutilização do

símbolo PontoVerde para

Portugal, ossistemas congéneres

têm em comum o factode as comunidadesempresarias e industriais,obrigadas a cumprir certasnormas relativas à legislaçãoda embalagem, se terem unidoe criado uma soluçãoempresarial privada para aqual pudessem transferir essas

obrigações.Os diversos sistemas nacionaiscelebram contratos com operadoresde recolha municipais ou privadose com empresas, que depoisrecuperam e reciclam os resíduosde embalagens. Estas organizaçõeslevam em linha de conta osinteresses de todos os participantes,no intuito de completar este cicloda melhor forma, a níveleconómico e ecológico, para todosos intervenientes. Tratam-se deorganizações não lucrativas, queutilizam o Ponto Verde comosímbolo comum. ■

*Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,Canadá, Chipre, Eslováquia, Eslovénia,Espanha, Estónia, França, Grécia,Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia,Luxemburgo, Malta, Noruega, Polónia,Portugal, Reino Unido, RepúblicaCheca, Roménia, Suécia, Turquia.

pro europePresente em 26 países*, o “Ponto Verde” apresenta-se como uma boa solução para a reciclagem de embalagens.

Presente em 26países*, o “Ponto

Verde” apresenta-secomo uma boa

solução para areciclagem de

embalagens, emconformidade com alegislação europeia.

A presença destamarca numa

embalagem indica quefoi paga umacontribuição

financeira para arecolha, separação e

recuperação oureciclagem dos

resíduos deembalagem.

Mundo em Ponto Verde

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“Uniformidade na Diversidade” éo lema dos países que integram,como associados ou parceiros decooperação, a Pro Europe erecorrem à filosofia da organizaçãopara gerir os seus resíduos deembalagens. Isto significa que todos os sistemas“Ponto Verde” têm a mesmaorientação e objectivos gerais, masao mesmo tempo diferemsignificativamente no que respeita aconceitos logísticos e

financiamento, em linha com asdiferentes estruturas sócio-económicas e tradições deconsumo nos vários países. Porexemplo, alguns sistemas sãoapenas responsáveis pela recolhade embalagens de origemdoméstica, enquanto outrosabrangem tanto os consumidoresdomésticos como o comércio eindústria. Em comum, os sistemas PontoVerde têm a defesa daimplementação daresponsabilidade dos produtores eda cooperação com todos osparticipantes no sistema (comércio,indústria, entidades gestoras deresíduos e autoridades locais).Esta uniformidade revela-setambém nos grandes objectivos:prevenção, reciclagem ourecuperação de embalagens econservação de recursos. ■

Em comum, os sistemas Ponto Verde têm a defesa da implementação da responsabilidade dos produtores e da cooperação com todos os participantes no sistema (comércio, indústria, entidadesgestoras de resíduos e autoridadeslocais).

todos os sistemas “Ponto Verde” têm a mesma orientação e objectivos gerais.

Uniformidadena Diversidade

pro europe

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pro europe

ARA System / Austriawww.ara.at

Em 1993, a indústria austríacafundou a Altstoff Recycling AustriaAG (ARA) que, em conjunto comempresas de oito ramos dereciclagem, forma o Sistema ARA.Este sistema é responsável pelaimplementação a nível nacional daRegulamentação EmbalagemAustríaca. Ao contrário do quesucede nos sistemas da maior partedos outros países europeus, oSistema ARA recolhe tanto asembalagens domésticas, como asda indústria e comércio. A recolha,separação e recuperação das oitofracções de materiais deembalagem são financiadas pelastaxas de licença pagas pelasempresas austríacas à ARA. Aomesmo tempo, aplica-se oprincípio da inexistência de lucro:qualquer excedente que haja éusado pelo Sistema ARA parabaixar as taxas do respectivomaterial de embalagem.

ÇEVCO/ Turquiawww.cevko.org.tr

Em Janeiro de 2003, com aadopção do “Ponto Verde” comomarca financiadora da reciclagemde embalagens, a indústria turcaoptou por uma economia de ciclofechado para conservação derecursos baseada nos padrõesEuropeus. Esta decisão foicertamente incitada pelo facto de ocrescente poder económico daTurquia, um potencial EstadoMembro da UE, estar associado aum aumento do consumo deprodutos e de embalagens. Daqui anecessidade de criar estruturaseficazes de gestão de resíduos.Fundada em 1991 como umainiciativa de 14 empresas daindústria de embalagens, bebidas edetergentes, a ÇEVKO já introduziua recolha selectiva de recicláveisem mais de 60 distritos do país.Contudo, o sistema ainda não estáa funcionar numa base nacional.

Der Grüne Punkt – Duales System Deutchland AG / Alemanhawww.gruener-punkt.de

Na Alemanha, a recolha, separaçãoe reciclagem de embalagens usadascom o símbolo Ponto Verde é desde1990 organizada pelo DualesSystem Deutschland AG e pelosseus parceiros de gestão deresíduos. O sistema é largamenteaceite pela população alemã:aproximadamente 77 por centoacredita que a recolha e areciclagem são o melhor conceitode gestão de resíduos, porquereciclar conserva os recursosnaturais. O trabalho do SistemaDual é financiado pelas taxas delicença pagas pela utilização damarca comercial Ponto Verde. Aomarcar a sua embalagem e ao pagaruma taxa de licença Ponto Verde, osfabricantes e os distribuidores ficamisentos da obrigação de retomar assuas embalagens. Estas taxas delicença correspondem aos custosreais de recuperação.

Associadosda PRO EUROPE

A EcoembalajesEspaña S.A., ouEcoembes, foi

fundada em 1996para implementar aRegulamentação de

EmbalagemEspanhola, melhorara gestão de resíduose reduzir os efeitos

nocivos destes noambiente. A lei

obriga osfabricantes e

distribuidores deembalagens

domésticas aparticipar ou numsistema de gestão

integrada deresíduos ou num

sistema de depósitoe retoma. Esta

regulamentação nãocobre as embalagens

provenientes docomércio eindústria.

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Ecoembalajes Espana, S.A./ Espanhawww.ecoembes.com

A Ecoembalajes España S.A., ouEcoembes, foi fundada em 1996para implementar aRegulamentação de EmbalagemEspanhola, melhorar a gestão deresíduos e reduzir os efeitosnocivos destes no ambiente. Alei obriga os fabricantes edistribuidores de embalagensdomésticas a participar ou numsistema de gestão integrada deresíduos ou num sistema dedepósito e retoma. Estaregulamentação não cobre asembalagens provenientes docomércio e indústria. EmEspanha, as autoridades locais eregionais são responsáveis pelarecolha selectiva e recuperaçãode resíduos de embalagens. Em nome dos seus membros, a Ecoembes paga uma taxa aosresponsáveis locais pela recolhaselectiva das embalagensusadas. Mais de 17,000empresas já foram licenciadaspela Ecoembes.

Eco-Emballages S.A. /Françawww.ecoemballages.fr

Como precaução contra otransbordo dos aterros, a Françafoi o segundo país europeu

depois da Alemanha aintroduzir umaRegulamentação Embalagem. Isto, contudo, sóestabelece objectivosconjuntos de reciclagem paraembaladores e importadores. A Eco-Emballages S.A. foifundada em 1992 paraimplementar as metas dereciclagem. Dá apoiofinanceiro e aconselha asentidades locais quanto àinstalação de sistemas derecolha selectiva deembalagens ligeiras. Hoje, as entidades locaispodem optar por um sistemade recolha porta-a-porta, porum sistema de ecocentros eecopontos, por umacombinação de ambos ossistemas. O trabalho da Eco-Emballages é financiadopelas taxas de licença damarca comercial “PontoVerde”, que pode actualmente ser encontradaem 95 por cento dasembalagens domésticas, emFrança.

EcoPack Bulgária Jsc /Bulgáriawww.ecopack.bg

A EcoPack Bulgária Jsc foi a primeira empresa deseparação de resíduos dopaís. A organização foifundada pelos principaisprodutores e importadores domercado búlgaro. Registadaem 2004, aguardaactualmente por uma licença do Ministério deAmbiente.

Ser membro da EcoPackBulgária oferece váriasvantagens. As empresas podem transferiras suas obrigações dereciclagem para a organização, o que lhes permite realizar"economias de escala" epromover uma salutar trocade experiências. Além disto,as empresas membro têm agarantia de que não terão depagar qualquer taxa deprodução ao Estado, o quesucederia em caso deincumprimento das metas dereciclagem.

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pro europe

ECO-ROM Ambalaje S.A. /Roméniawww.ecoromambalaje.ro

A ECO-ROM Ambalaje S.A. foifundada em 2003 e começou aoperar em Abril de 2004. Osdoze accionistas da sociedadeincluem líderes de mercadointernacionais e romenos, comoé o caso da Coca-Cola HBC. Nofinal de 2004, entraram para osistema, como clientes, 40 novasempresas, correspondentes a 35por cento do volume total deembalagens no mercadoromeno. O objectivo deste ano éaumentar o número de clientespara 150.

EKO-KOM, a.s. / RepúblicaChecawww.ekokom.cz

Desde 1997, a Lei de ResíduosCheca obriga as empresas arecolher e recuperar asembalagens que puseram acircular no mercado. De modo aatingir esse fim, a indústria dopaís fundou nesse ano asociedade sem fins lucrativos EKO-KOM, a.s. O seu trabalho éfinanciado pelas taxas pagas porfabricantes e embaladores. Em Setembro de 2000, a EKO-KOM adquiriu o direito deusar o símbolo Ponto Verde. Osparceiros de contrato não sãoobrigados a marcar os seusprodutos com este logótipo, massão cada vez mais aqueles quecomeçam fazer o uso da imagempositiva oferecida pela marcacomercial. Este ano, de acordo

com a Lei Embalagem, de 1 deJaneiro de 2002, o sistema, emcooperação com os seusparceiros, terá de atingir umameta de recuperação de 52 porcento.

ENVI-PAK, a.s. /Eslováquiawww.envipak.sk

ENVI-PAK, a.s. é uma sociedadesem fins lucrativos fundada emAbril de 2003 para controlar eorganizar a recolha de resíduosde embalagens na Eslováquia. Esta empresa é responsável pelaretoma das embalagens usadas,pelo atingimento das metas dereciclagem estatutárias e peloregisto das pessoas ou entidadesque colocam as embalagens nomercado. Além disto, a ENVI-PAK, a.s. actua como ummediador para fornecedores deserviços e como um consultorpara os municípios em questõesrelativas à gestão de resíduos.

Estonian RecoveryOrganization (ERO) /Estóniawww.eto.ee

A ERO | EestiTaaskasutusorganisatsioon MTÜfoi fundada em Junho de 2004para coincidir com a entrada emvigor de uma RegulamentaçãoEmbalagem, no país. Entre osseus membros estão a UnileverEesti OÜ, Tetra Pak Estonia AS,Procter & Gamble and GreinerPackaging Estonia. O volumetotal de embalagens existenteactualmente na Estónia é de

aproximadamente 120,000toneladas. Para a ERO, aprioridade é aumentar o seunúmero de membros, emparticular no sector doComércio, e desenvolver umacampanha de informação a nívelnacional.

asbl FOST Plus vzw/Bélgicawww.fostplus.be

Alguém que coloque umproduto no mercado belga, querseja fabricante, importador oudistribuidor, deve cumprir asmetas de recuperação ereciclagem de resíduos deembalagem em vigor e sustentaros custos incorridos com estafinalidade. No entanto, atravésdo pagamento de uma taxaanual, as empresas podemtransferir contratualmente estaobrigação para firmasacreditadas. Em troca pelopagamento dessa taxa, aempresa acreditada compromete-se a cumprir asregulamentações legais emnome dos seus membros. Umadessas empresas acreditadas é aasbl FOST Plus vzw. Fundadaem 1994, é responsável portodas as embalagens domésticas não-reutilizáveis. A FOST Plus,que tem operado como umasociedade sem fins lucrativosdesde 1996, usa o Ponto Verdecomo marca de financiamento.

Green Dot (Cyprus) PublicCo. Ltd. / Chiprewww.ccci.org.cy

O Chipre introduziu o PontoVerde em Novembro de 2003,seis meses antes de se ter juntadoà União Europeia. A terceiramaior ilha do Mediterrâneo foi o20º país a usar o Ponto Verdecomo símbolo de financiamentode um sistema de recolha,

separação e a recuperação deembalagens usadas. A adopçãodas políticas ambientaiseuropeias é uma condição préviaà adesão na UE: Todos os estadosdevem ir de encontro às mesmasregulamentações de recuperaçãode embalagens para garantir altospadrões ambientais e simplificaro livre-trânsito de mercadorias noespaço europeu. A Green DotCyprus Public Co. Ltd. tem opapel de organizar a recuperaçãoe reciclagem dos resíduos deembalagem descartados porcerca de 700,000 habitantes epelas aproximadamente 2.5milhões de pessoas que visitameste destino de férias todos osanos.

GreenPak Ltd. / Maltawww.ais.com.mt/environmental

Desde a assinatura do contratocom a PRO EUROPE, no final deMaio de 2004, a GreenPak Ltd.,com o seu accionista principal, ogrupo AIS Environmental Ltd., éresponsável pelo uso da marcacomercial Ponto Verde em Malta.A organização sem finslucrativos, financia as suasactividades através das taxas delicença pagas pelos seusmembros: os fabricantes, osimportadores, os embaladores eoutras empresas fazempagamentos anuais à GreenPakem função do montante deembalagem que introduzem nomercado maltês. Essas taxas sãodeterminadas para os diferentesmateriais e são baseadas noscustos reais de recolha,separação e reciclagem.

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HE.R.R.Co. /Gréciawww.herrco.gr

A Hellenic Recovery andRecycling CorporationHE.R.R.Co é responsável porimplementar a RegulamentaçãoEmbalagem Grega que entrouem vigor em Agosto de 2001. AHE.R.R.Co. foi fundada comouma companhia sem finslucrativos em 1993. Qualquerempresa cuja embalagemcumpra as cláusulas estatutáriasnacionais, idênticas àsexigências básicas da DirectivaEmbalagem europeia, pode sertitular de uma licença do sistemaHE.R.R.Co. Estas entidades ficamobrigadas a imprimir o PontoVerde na embalagem.

Latvijas Zalais Punkts,NPO, Ltd. / Letóniawww.zalaispunkts.lv

Em Maio de 2000, seiscompanhias do ramo dasembalagens introduziram oPonto Verde na Letónia: LatvijasZalais Punkts. O objectivo é criaruma economia que conservarecursos, o que inclui a recolha ea reciclagem de embalagens.Previa-se que no final do anopassado já metade da populaçãofosse servida pelo sistema derecolha selectiva. Uma dastarefas principais da LatvijasZalais Punkts, NPO, Ltd., é fazera indústria e os consumidoresentenderem a importância defechar o ciclo dos materiais. NaLetónia, o sistema Ponto Verde éresponsável por todas as

embalagens de transporte e devenda feitas de vidro,papel/cartão, plásticos depolímero, PET, lata e materiaiscompostos. Ele também cobretodas os locais onde os resíduosde embalagens são gerados:lares, comércio e indústria.

Materialretur AS /Noruegawww.materialretur.no

Em 1994, o Comércio e aIndústria fundaram o seupróprio sistema de recuperaçãoe recolha, um passo seguidopela criação da organizaçãoMaterialretur AS, dois anosdepois. Sob a gestão daMaterialretur, seis “fiadores”são responsáveis pelareciclagem de caixas de bebidae das embalagens feitas depapel/cartão, vidro, metal eplástico. Essas organizaçõesasseguram-se de que osobjectivos de recuperação sãorespeitados. Desde 1999, asmetas determinadas são de 80por cento para plásticos e 60por cento para caixas debebidas, cartão, alumínio elata. Na Noruega, os lares e aindústria pagam uma taxa fixaàs autoridades ou empresas degestão de resíduos locais. Aspartes responsáveis porproduzir os resíduos financiamassim a sua recolha.

ÖKO-Pannon p.b.c. /Hungriawww.okopannon.hu

Em 2000 aproximadamente800,000 toneladas de resíduosde embalagens foram geradaspela indústria e pelos lares naHungria. Trinta por cento destetotal foi expedido pararecuperação e reciclagem. Noentanto, de acordo com a Lei

pro europe

TRANSPORTES DE CARGA DE COURA, LDA.Especializado no serviço da Galiza

Carga Geral e Basculantes

TRANSPORTE DE RESÍDUOS

Filiais:Santiago de Compostela

VigoPortoLisboa

Ferreira4940-259 PAREDES DE COURA

Telf. – 251780780Web – www.transcoura.com

E-mail – [email protected]

de Resíduos Húngara, a partirde Julho deste ano terá de seratingida a meta dos 50 porcento. A recolha, separação e arecuperação das embalagenscomerciais usadas é organizadaa nível nacional pela Öko-Pannon p.b.c, fundada em 1996pela indústria húngara. Em Abrilde 2001, a Öko-Pannon obteveo direito de usar o símboloPonto Verde. Isto significa queos membros do sistema húngaropodem imprimir agora a marcacomercial na sua embalagempor uma taxa de licençacorrespondente.

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Rekopol – OrganizacjaOdzysku S.A. / Polóniawww.rekopol.pl

A Lei Embalagem Polaca entrouem vigor a 1 de Janeiro de2002. Baseada na DirectivaEmbalagem Europeia,estabelece objectivosespecíficos de recuperação demateriais que aumentarão demodo sucessivo até ao ano2007. Na Polónia, o PontoVerde é concedido pelaREKOPOL – OrganizacjaOdzysku S.A., uma organizaçãofundada por 16 empresas efinanciada por embaladores eimportadores. Taxas de licençadiferentes são cobradas para osdiferentes materiais, com baseno peso em quilos da respectivaquantidade de embalagens. Osistema reúne todas as espéciesde resíduos de embalagensprovenientes dos lares, docomércio e da indústria,inclusive as embalagenssecundárias e de transporte.

REPA – Reparegistret AB /Suéciawww.repa.se

A Regulamentação EmbalagemSueca, que foi estabelecida em1996, obriga fabricantes,embaladores e distribuidores aretomar e recuperar asembalagens usadas. Desde1994, esta tarefa tem sidoexecutada por cincocompanhias de recuperação demateriais a nível nacional –para plástico, cartão ondulado,

metal papel/cartão e vidro –que operam sob a supervisãoda REPA – Reparegistret AB. Asempresas que se juntam aoREPA ficam isentas da suaobrigação de recuperação, umavez que os fabricantes têmacesso garantido ao sistemacriado pelas companhias derecuperação de materiais epodem, deste modo, cumprirfacilmente com a suaresponsabilidade de produtor.

Repak Ltd / Irlanda www.repak.ie

Em 1997, a Irlanda transpôs aDirectiva Embalagem europeiapara a lei nacional através daRegulamentação EmbalagemIrlandesa. Desde então, pelomenos 25 por cento do pesode todas as embalagens usadastiveram de ser recuperados. Ataxa de recuperação deveráeste ano ser superior a 50 porcento. Desde 1997, aorganização privada sem finslucrativos Repak Ltd., umempreendimento conjunto daindústria e do governo, éresponsável pela recolha,separação e a recuperação dasembalagens usadas, menos deum quarto da quais comorigem doméstica. Desde Janeiro de 2000, oRepak está autorizado alicenciar o Ponto Verde aosseus membros. O seu primeiroobjectivo é desenvolverprogramas de prevenção deresíduos eficazes.

Slopak d.o.o. / Eslovéniawww.slopak.sl

A organização Slopak d.o.o. éresponsável por implementar aobrigação de retoma deembalagens. Os seus deveresincluem a organização darecolha, separação e

recuperação das embalagensusadas, a verificação documprimento das metas dereciclagem estatutárias e oregisto das pessoas ouentidades que colocam asembalagens no mercado. EmJulho de 2003, o Ministério deAmbiente esloveno autorizou aSlopak, d.o.o. para fazerfuncionar um sistema degestão de recolha de resíduosde embalagem a nívelnacional onde participam 30empresas.

Sociedade Ponto Verde,S.A. / Portugalwww.pontoverde.pt

Sociedade Ponto Verde S.A. éuma entidade privada, semfins lucrativos, constituída emDezembro de 1996, com amissão de promover a recolhaselectiva, a retoma e areciclagem de resíduos deembalagens, a nível nacional.De acordo com a legislaçãocomunitária e suatransposição para oordenamento jurídiconacional, a responsabilidadepela gestão e destino final dosresíduos de embalagens cabeaos operadores económicosque colocam embalagens nomercado. Contudo, essaresponsabilidade pode, nostermos da lei, ser transferidapara uma entidadedevidamente licenciada parao efeito. Assim foi criada aSPV, que reúne váriosaccionistas

(Embaladores/Importadores,Distribuidores, Autarquias,Fabricantes de Embalagens ede Materiais de Embalagem)apostados em cumprir as suasobrigações ambientais elegais, através do denominadoSistema Integrado de Gestãode Resíduos de Embalagens(SIGRE).

VALORLUX asbl /Luxemburgowww.ais.valorlux.lu

Hoje em dia, depois daintrodução do sistema uniformede recolha e triagem, separar osresíduos é a coisa mais naturaldo mundo para os habitantesdo Luxemburgo. Estes levam ovidro e o papel/cartão àsestações de recolhaapropriadas. As garrafasplásticas, as latas metálicas e ascaixas de bebida reunidas sãorecolhidas nas habitações deforma regular. Fundada em1995, a VALORLUX asbl éresponsável pela coordenaçãoe pelo apoio financeiro àrecolha selectiva, separação ereciclagem de embalagensusadas de proveniênciadoméstica. Desde 1997, oVALORLUX tem-seconcentrado nas embalagensligeiras.

Zaliasis taskas / Lituâniawww.zaliasistaskas.lt

A Lituânia foi a 17ª naçãoeuropeia a adoptar o PontoVerde. A organização de

pro europe

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Ponto Verde lituana _aliasista_kas foi fundada emSetembro de 2002 com oobjectivo de criar umeficiente sistema nacionalde eliminação de resíduosde embalagens. NaLituânia, "a Lei daEliminação de Embalagense Resíduos de Embalagens","a Lei do Imposto dePoluição Ambiental", maisas "Regulamentações sobrea Eliminação deEmbalagens e Resíduos deEmbalagens" entraram emvigor a 1 de Janeiro de2003. Estas introduziram nopaís o princípio daresponsabilidade dosprodutores e importadores,e estabeleceram quotas dereciclagem. As empresaspodem atingir essas quotassozinhas ou através de umaorganização derecuperação especializada,fundada pela comunidadede negócios. Em caso deincumprimento, asempresas têm de pagar umimposto de poluiçãoambiental que financia umprograma especial deeliminação de resíduos deprodutos e de embalagens.

PARCEIROS DE COOPERAÇÃO

CSR / Canadawww.csr.org

A PRO-EUROPE,proprietário e concessorgeral da marca comercialPonto Verde, concedeu àCSR: CorporationsSupporting Recycling umalicença para administrar ouso da marca no Canadá,no final de 2001. A licençafoi concedida à CSR "paraproteger a integridade damarca comercial PontoVerde como um símbolointernacional docompromisso de umaempresa à protecção doambiente." A CSR é uma

organização nacional daindústria que inclui muitosdos maiores fabricantes deprodutos de consumo edistribuidores do Canadá.Entretanto, a CSR criou aGreen Dot Canada, umadivisão para supervisionar otrabalho dos utilizadores dalicença Ponto Verde. Estaentidade é responsável porassegurar que ascompanhias que vendemou distribuem produtos noCanadá que transportam oPonto Verde estãoautorizadas a usar essamarca comercial no país.

Valpak Ltd / ReinoUnidowww.green-dot.org.uk

Em contraste com asituação existente em todosoutros estados membros deUnião Europeia, no ReinoUnido, as empresas podemintegrar diferentes sistemasde recolha e recuperaçãode um único tipo deembalagem. Assim, o usoda marca comercial dePonto Verde indica apenasque uma contribuiçãofinanceira foi paga a umaorganização privada derecolha, separação ereciclagem de embalagens,não tendo correspondênciaem termos de filosofia. Nofuturo, apenas às empresasdevidamente autorizadas,será possível colocarembalagens com a marcaPonto Verde no mercado.Com esta finalidade, a PRO EUROPE, aorganização quesupervisiona todos ossistemas Ponto Verde naEuropa, e a VALPAK U.K.,uma subsidiária da maiororganização de reciclagemde embalagens britânica (aValpak), estabeleceram umacordo de cooperação. As empresas que desejamusar o Ponto Verde noReino Unido podemactualmente realizaracordos de licença com aVALPAK.

pro europe

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verdoreca

Incrementar a participação doshotéis, restaurantes e similares nareciclagem é o principal objectivoda campanha de adesão aoVERDORECA, subsistema do"Ponto Verde" para este tipo deestabelecimentos.Esta acção da Sociedade PontoVerde tem como incentivo premiaros novos aderentes, através de umsorteio. Após a realização do primeirosorteio, cujo vencedor foi o Bar dosBombeiros de S. Miguel, emCaldas de Vizela, registou-se umacréscimo de 3000 adesões a estesubsistema. Ao proprietário, BentoJesus (na foto), foi atribuído um

Hotéis e Restaurantesaderem à Reciclagem

SPV PROMOVE VERDORECA

O VERDORECA é osubsistema do PontoVerde que promove o

encaminhamentopara reciclagem de

embalagens debebidas e outros

produtosconsumidos nos

estabelecimentos dehotelaria,

restauração esimilares, conhecido

como canal HORECA

LICENÇA RENEGOCIADA

A Sociedade Ponto Verde e o INR(Instituto dos Resíduos) iniciaram emMaio a renegociação da licença doVERDORECA, que termina emSetembro, seis anos depois do inícioda concessão.A SPV vai entregar, no 2.º semestre de2005, ao Instituto dos Resíduos umcaderno de encargos que introduzimportantes melhorias para que maisestabelecimentos possam optar peloVERDORECA, separando edepositando selectivamente osresíduos de embalagens queproduzem.

ESTUDO ENCOMENDADONeste sentido, a Sociedade gestorados resíduos de embalagensencomendou à Hidroprojecto umestudo para avaliar os resultados deum projecto-piloto de recolha porta--a-porta de resíduos de embalagensjunto do canal HORECA. O trabalhono terreno, que ficou concluído nofinal de Maio, foi realizado emparceria com duas empresas privadasde gestão de resíduos em duas zonasda Margem Sul do Tejo.O estudo vai permitir colherensinamentos que serão úteis para apróxima licença.

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verdoreca

fim-de-semana para duas pessoasna ilha da Madeira.No 2º sorteio VERDORECA foiatribuído um prémio idêntico ao Sr.Vítor Garcia, proprietário doSnack-bar Restaurante O Garciada Serra, no Cadaval. Entretanto,realizou-se no dia 1 de Julho oterceiro sorteio.Esta aposta da SPV nos hotéis,restaurantes e similares tem emconta o facto de estesrepresentarem, em termos dequantitativos de resíduos deembalagens, um papel importanteno atingimento das metas da UniãoEuropeia fixadas para 2011.

Até esse ano, Portugal tem dereciclar um mínimo de 55% do pesototal dos resíduos de embalagenscolocados anualmente no mercadonacional, de acordo com a Directiva94/62 da UE. Em 2004, mais de 270mil toneladas de embalagens usadasforam recicladas, um crescimento naordem dos 23,5 por cento, face aoano anterior.O VERDORECA é o subsistema doPonto Verde que promove oencaminhamento para reciclagemde embalagens de bebidas e outrosprodutos consumidos nosestabelecimentos de hotelaria,restauração e similares, conhecido

como canal HORECA, e permite acomercialização, por parte destassuperfícies, de águas, cervejas erefrigerantes para consumoimediato, em embalagens de taraperdida, conforme a Portaria nº29-B/98 de 15 de Janeiro.

ATINGIR 25.000 ADERENTES EM 2005Nos próximos três anos, a SPVpretende duplicar o actual númerode aderentes do VERDORECA, eestima terminar já o ano de 2005com mais de 25 mil.Licenciado desde Setembro de1999, o VERDORECA, sistema deadesão voluntária, contaactualmente com mais de 17.000hotéis, restaurantes, cafés esimilares que cumprem a leiatravés deste subsistema. Estenúmero representa uma adesão decerca de 25% dosestabelecimentos elegíveis. ■

EVOLUÇÃO DA ADESÃO AO VERDORECA

2000 2001 2002 2003 2004Nº. de estabelecimentos aderentes ao Verdoreca 483 1490 6888 9498 14870

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humberto delgado rosa, secretário de estado do ambiente

O Ambiente é um constrangimentoou uma oportunidade?Nós encontramos algunsconstrangimentos dentro da políticade ambiente, mas a nossa esperançaé que se convertam numaoportunidade. Por exemplo, existemvários aterros de resíduos sólidosurbanos a encher depressa de mais,havendo alguns até já muito cheios. Eporquê? Por um lado, estão a receber,por vezes, aquilo que não foi previstoque estivesse a ir para lá: por

exemplo, resíduos industriais banais.Mas, também, porque a redução doque vai para aterro, por via dareciclagem, e não só da reciclagem,não está suficientemente montada. A política que queremos definir não écertamente uma politica de "encheaterro, faz novo aterro"; nem isso estáno espírito do que é a Europa, nemno espírito do que é uma boa políticaterritorial. Ou seja, o que esperamos éque este constrangimento, de haverpouco espaço em aterro, possa ser

usado como um sinal muito claro deque está na altura de passar amedidas mais de software ehardware, no sentido de os materiaisque fazemos fluir pela nossaeconomia terem um destino maisnobre do que voltarem simplesmenteà natureza em más condições paraque ela os absorva.Quando refere esse destino maisnobre, está também a pensar nareciclagem…Um dos objectivos dasustentabilidade, tal como a concebo,é, por um lado, termos menosmaterial – e, consequentemente,menos energia – a ser consumidos e,por outro, usá-los mais eficazmente.Sobretudo devolver menos à natureza,mantendo os materiais mais tempo

"Têm de ir menos coisas para os aterros, dando-lhes um destino mais nobre,como a Reciclagem. Convertendo o constrangimento de ter aterros quase cheios numa oportunidade para tomar novas medidas e criar novas soluções,com aposta na tecnologia e optimização das infra-estruturas". Ideias defendidas por Humberto Delgado Rosa, Secretário de Estado do Ambiente,em conversa com a RECICLA.

Têm de ir menos coisas para os aterros...

entrevista

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para aqueles resíduos que não tem melhor solução, a solução que está mais que demonstrada como adequada é a co-incineração. entrevista

em uso, pelo que a reutilização seriauma opção importante e a reciclagemuma forma de, também, manter osmateriais mais tempo na economia.Existem metas europeias dereciclagem a cumprir. Na actualsituação, nomeadamente com asactuais infra-estruturas e com aactual sensibilidade dos portuguesespara estas questões, considera serpossível apostar mais na redução doque na reciclagem, para atingir essasmetas, uma vez que ambos oscaminhos são possíveis?Acho que devemos apostar nas duasfrentes porque não creio que elasconflituem, pois são duas frentes detrabalho que, embora conexas, sãoum pouco distintas. Com facilidade podemos encontrarnos nossos supermercados excesso deembalagens, já houve mais nopassado, é verdade, mas ainda háexcesso, duplicação e triplicação deembalagens. Essa é uma vertenteprópria que não se pretende substituirà reciclagem. Haverá sempreprodução de resíduos de embalagense, em certo sentido, até é importanteque haja uma certa quantidade dessesresíduos para viabilizar fileiras, umavez que se houver uma recuperaçãode materiais abaixo de um certo nívelisso dificulta o processo dereciclagem.Quanto aos Resíduos SólidosUrbanos, o programa de Governorefere que será adoptado um planode emergência para recuperar oatraso no cumprimento das metaseuropeias de reciclagem evalorização. Em que consiste esseplano de emergência?Em termos gerais, temos a percepçãoclara de que, primeiro, as metas doPlano Estratégico de Resíduos SólidosUrbanos [PERSU] e, segundo, aprópria situação no terreno da gestãode alguns sistemas, de alguns aterros,não são animadoras, como sãoexemplo aqueles casos de autarquiascom a tremenda dificuldade de ter oaterro cheio e que estão a gastarimenso dinheiro em transporte parase desembaraçarem desses resíduos.Isso é muito preocupante.Tivemos um impulso inicial muitoimportante, com o então Ministro

José Sócrates, que deu um rumo aessa primeira geração de solução quefoi o aterro. Mas agora, estando essasolução a dar sinais de exaustão,vemo-nos obrigados a perceberexactamente o que se passa e a terum diagnóstico mais claro. Estamos atrabalhar nisso com o Instituto deResíduos para podermos definircomo podemos corrigir o rumo, semque a solução passe por fazer umanova geração de aterros. Temos dereflectir que existe um problema pararesolver e que vamos resolver, talvezprecisemos de outros aterros,acredito, mas essa solução, por si,não dá resposta às metas europeiasnem à lógica da sustentabilidadenesta matéria.Que pistas é que podemos ter pararesolver isso, em alternativa aosaterros?Lembro-me de uma vez ter visitadoum sistema de gestão resíduossólidos urbanos na Suécia, ondehavia um aterro antigo,consideravelmente cheio, onde omunicípio, ou o equivalente, disseao "sistema" que teriam de continuara gerir apenas naquele espaço. Oconceito passava, em sentidofigurado, por "reciclar" o aterro jácom algumas dezenas de anos e,assim, começaram a desenterrar oaterro, com reaproveitamento demateriais. Isto para dizer que eu nãovejo o aterro como um ponto mortono mapa, o aterro está lá e, se

calhar, existem materiais no aterroque podem voltar um dia ao nossosistema económico. Acredito queainda não é este o caminhopossível, mas temos aterros cheiosou a encher e a mensagem é muitoclara: têm de ir menos coisas para oaterro para que aquilo que não vaipara lá, vá para um destino maisnobre, nomeadamente a reciclagem.Uma matéria que tem gerado intensapolémica é a questão dos ResíduosIndustriais Perigosos (RIP). Por umlado, existe a necessidade deprevenção/aproveitamento e poroutro, a questão dos resíduos que nãopodem ser aproveitados e queprecisam de uma outra solução quenão a exportação. Que medidas vãoser tomadas quanto à reciclagem dosRIP?A pergunta permite clarificar o temaapresentado, um dos maispolémicos dentro da política deresíduos. Basicamente, pôs-se emtodo este atraso que temos emtermos de política de resíduos, alógica de que haveria um governo, odo Eng. António Guterres, que o quequeria era co-incinerar, que o grandedestino para os Resíduos IndustriaisPerigosos era a co-incineração. Isto éfalso, desde o primeiro momento,porque sempre foi dito, e eu na alturaera assessor do Primeiro-Ministropara o Ambiente, que aquilo que nãotivesse melhor destino iria para co-incineração, mas que a prioridadenessa altura já era a prevenção. Este governo mantém basicamente amesma politica, ou seja, para aquelesresíduos que não têm melhorsolução, a solução que está mais quedemonstrada como adequada é a co-incineração. Assim, temos em primeiro lugar aobrigação de tratar todos os nossosresíduos, e os Centros Integrados deRecuperação, Valorização eEliminação de Resíduos Perigosos[CIRVER] são precisamente umaoportunidade para dar melhordestino ao que possa ter melhordestino, dar tratamento prévio ao quedele carece, reciclar ou recuperarpara reciclagem. O CIRVER é, então,uma peça quase complementar paraaquela parte de resíduos que

A política quequeremos definir nãoé certamente umapolitica de "encheaterro, faz novoaterro"; nem isso estáno espírito do que é aEuropa, nem noespírito do que é umaboa políticaterritorial. Ou seja, oque esperamos é queeste constrangimento,de haver pouco espaçoem aterro, possa serusado como um sinalmuito claro de queestá na altura depassar a medidas maisde software ehardware, no sentidode os materiais quefazemos fluir pelanossa economia teremum destino maisnobre do quevoltaremsimplesmente ànatureza em máscondições para queela os absorva.

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entrevista

PERFIL

Humberto Delgado Rosa é doutorado em Biologia Evolutiva, professoruniversitário e investigador do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi, entre 1995 e 2002, assessor do Primeiro-Ministro para os assuntos de Ambiente e Ciência.

Qual é a origem desta sua paixão peloAmbiente?É inata, a verdadeira resposta é esta: éinata, é uma coisa que radica numaorigem muito precoce. Lembro-me que,por volta dos meus dez anos, na décadade 70, já havia uns programas sobreambiente e poluição e que isso já meatraía nessa altura. Podia-se pensar quepor ter ido estudar ciências naturais,biologia é que passei a gostar doambiente, mas não, não foi assim.Portanto, já gostava de Ambientequando foi estudar Biologia, depoishouve uma sinergia entre a paixão e oestudo e isso desenvolveu-se…Sim, de algum modo juntou-se, emborana Biologia, o que fiz, nem sempre teveuma ligação directa com o Ambiente,sempre houve esta atenção ao Ambientecomo área prioritária da construção dassociedades, estava ali em paralelo com aBiologia, a emergir.É por aí que chega a uma acçãopolítica? De facto, é por via do Ambiente que láchego. Por um lado, pela minha áreaprópria, actividade profissional eacadémica, por outro, por actividadesassociativas, não necessariamente nasassociações de defesa do ambiente, masque tinham que ver com o ambiente.

A certa altura, passei a fazercomentários, na TSF, sobre Ambiente elembro-me de o então deputado e agoraPrimeiro-Ministro José Sócrates me tercontactado, solicitando-me queintegrasse um fórum de Ambiente do PS,o que aceitei. Depois, as coisas seguiramnaturalmente, a minha área politica jáera de há muito a área do PS, portantofoi fácil colaborar com o partido.Acha que a herança do seu avô, oGeneral Humberto Delgado, foiimportante para virar essapreocupação ambiental para umaexpressão politica?Sim. Directamente, não direi, mas claroque numa família em que havia essapercepção – e eu tinha-a desde tenraidade – de que havia ali um problemapolítico de que resultou eu perder umavô, a pessoa fica com uma certapercepção adicional. Por exemplo, eudevia ter, talvez, 9 anos quando Salazarmorreu e lembro-me. E se me lembro foiporque em minha casa se falou… O 25de Abril foi um dia de festa em minhacasa, por razões que remontam, dealgum modo, ao posicionamento do meuavô. Isso talvez pré-disponibilize para apolítica como área nobre de intervençãosocial. Em todo o caso, não era um planofeito.

infelizmente não têm melhor destinoque a co-incineração.A montante disto tudo está averdadeira prioridade – e o actualMinistro do Ambiente já o tornouclaro quando homologou o concursodos CIRVER – que é a prevenção daprodução de resíduos. Os planosespecíficos que o Instituto dosResíduos tem entre mãos para esseefeito vão ser reestimulados epriorizados em relação a tudo oresto. Sem o prejuízo de termos detratar, já, do passivo que por aí anda.Como avalia a actual capacidadetecnológica em matéria detratamento de resíduos?A ideia que tenho é que nós temosbons sistemas instalados, muitos delesfazendo passos notáveis em termos detriagem, de compostagem, etc. Emtermos de tecnologia, temos ummercado consideravelmenteinternacional, há muitas empresas quenos contactam e divulgam as suastecnologias. Eu não tenhobasicamente razão nenhuma para crerque não esteja ao nosso alcance ter asmelhores tecnologias disponíveisimplantadas ao nível dos resíduos.Existem, isso sim, algumas tecnologiasbastante caras, como é o caso dealgumas modalidades de valorizaçãoenergética com muito poucasemissões que ainda não dão umaresposta economicamente sustentável,e aí podemos ter uma. Temos, noentanto um governo que tornou muitoclaro que o Plano Tecnológico é a sualinha de rumo.Ora, Emprego, Economia,Crescimento e Plano Tecnológicoligam muito bem com Ambiente naárea de resíduos, onde há muito parafazer de inovação tecnológica, muitoemprego para criar, muita economiapara estimular. Portanto, se olharmospara os resíduos, vemos que estamoshoje talvez onde eventualmenteestaríamos em política da água, háuns dez anos atrás. Esta ainda é umaárea que está em implantação e queé por isso muito promissora.Outro ponto importante doprograma do Governo para a área doambiente é a sensibilização doscidadãos e dos diversos agentessociais. Como vai ser feita a

sensibilização para Reciclagem? É aescola um alvo preferencial?O Instituto do Ambiente temcompetências sobre a educaçãoambiental, portanto é a nossa casamãe para essa vertente. A escola ésempre um destino, mas a minhapercepção é que, apesar de tudo, aescola já fez um grande percurso. Ouseja, o público-alvo mais carente desensibilização neste momento não é,do meu ponto de vista, a populaçãoescolar, onde se tem de manter oesforço montado, evidentemente. Emmuitos casos que conheço, é mesmoa população escolar que em casa vaiincentivar a família a separar. Existem aqui dois problemas. Oproblema do adulto que começou aseparar em casa mas se convenceu, acerta altura, que o material do

ecoponto vai todo para o aterro e,portanto, não colabora mais para essepeditório. Por outro lado, existeaquele adulto que está teoricamentedisponível para o efeito, mas oecoponto está a 500 e não a 100metros, ou que entende que sãonecessários 5 caixotes de lixo e temuma cozinha pequena. Temos demudar esta visão, mostrar que isto ésério e que aquilo que a SociedadePonto Verde recupera, com asautarquias, tem um destinoadequado. É preciso desmontar estesmitos. Primeiro, dizendo ao cidadãoque ele tem mesmo aresponsabilidade de ir ao ecoponto,mesmo se estiver longe, e dizer quenão é tão complicado como isso ter omínimo de imaginação e empenhopara em casa fazer a separação. ■

A escola é sempre umdestino, mas a minha

percepção é que,apesar de tudo, aescola já fez um

grande percurso. Ouseja, o público-alvo

mais carente desensibilização neste

momento não é, domeu ponto de vista, a

população escolar,onde se tem de manter

o esforço montado,evidentemente. Emmuitos casos que

conheço, é mesmo apopulação escolar

que em casa vaiincentivar a família a

separar.

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resultados

Mais de 145 mil toneladas deembalagens usadas foramenviadas para reciclagem, noprimeiro trimestre deste ano, oque corresponde a uma subidade 15,5 por cento face aoperíodo homólogo de 2004,anunciou recentemente aSociedade Ponto Verde.De acordo com HenriqueAgostinho, Director deComunicação da entidadegestora do Sistema Integrado deGestão de Resíduos deEmbalagens (SIGRE), “Asretomas continuam a subir evamos fazê-las crescer aindamais. Com a simplificação dasregras de deposição e a retomadas embalagens de óleosalimentares, estamos confiantesque o 2º semestre irá superar asnossas expectativas”.O material mais encaminhadopara reciclagem no primeirosemestre deste ano foi oPapel/Cartão, com 46,5 porcento do total das retomasregistadas. Deste material, foramretomadas e encaminhadas parareciclagem perto de 68 miltoneladas, o que representa umacréscimo de 23,4 por centoface a igual período de 2004.Nos restantes materiais, o Vidrofoi o segundo maisencaminhado para reciclagemcom mais de 54 mil toneladasde embalagens retomadas, quetraduzem um aumento de 10,3

por cento. Em relação aoPlástico, a Sociedade PontoVerde recuperou perto de13.600 toneladas. Quanto àsretomas de Madeira e de Metal,estas atingiram respectivamente2.229 e 7.224 toneladas.Se forem apenas consideradas asretomas de embalagensprovenientes dos lares, observa--se que, apesar dos hábitos dereciclagem estarem cada vezmais incrementados juntos dosportugueses, o Vidro continua aser o material mais colocado nosecopontos, seguido doPapel/Cartão. Existe no entanto oproblema das embalagens com

Embalagens: Reciclagemsempre a subir

MAIS DE 145 MIL TONELADAS RETOMADAS, NO 1.º SEMESTRE

Total Operadores de Recolha TOTAL (t)Vidro P/C Plástico Total Metais Madeira TOTAL

Sistemas 54857,3 26.171,2 6.598,9 7.141,3 450,0 95.219,0Comércio e Serviços 66,0 41.615,0 6.679,4 82,7 1.779,1 50.222,2Industriais 0,0 62,2 324,4 0,0 0,0 386,5TOTAL 54.923,3 67.848,4 13.602,7 7.224,0 2.229,1 145.827,7

Variação (em relação a período homólogo anterior) 10,3 % 23,4 % 12,8 % -2,9 % 7,9% 15,5 %

SPV ADOPTA INDICAÇÕES DE DEPOSIÇÃO MAIS SIMPLIFICADAS

A Sociedade Ponto Verde, noseguimento da sua política deoptimização dos processos deseparação, recolha e reciclagem deembalagens usadas, recomendourecentemente novas regras dedeposição, mais simplificadas, como objectivo de facilitar a vida aosconsumidores.

Regras de Separação “simplificadas”:• Colocar no Ecoponto:Contentor Azul – Papel =Embalagens de papel, cartão, papel

de impressão, jornais e revistas.Contentor Verde – Vidro =Embalagens de vidro (garrafas,frascos e boiões)Contentor Amarelo – Plástico eMetal = Embalagens de plástico oumetal (garrafas, esferovite, sacos elatas)• Não colocar no Ecoponto apenasas embalagens com restos decomida, orgânicos e perigosos.• Em caso de dúvida, se forembalagem, colocar no Ecoponto.• Escorrer e espalmar sempre quepossível.

grande potencial parareciclagem que continuam a sercolocadas no lixoindiferenciado, nomeadamenteas de plástico e de metal. ■

RETOMAS DE JANEIRO A JUNHO DE 2005

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estudo metrisDe acordo com a sociedade gestora de resíduos de embalagens, é possível alcançar um crescimento de 25 por cento

Reciclagem domésticapode subir 25%

O estudo daMetris Gfk

destaca o factode ser ainda

possível aumentarde modo

significativo aquantidade nopapel/cartãoenviado parareciclagem,

apesar de ser osegundo material

mais separadonos lares

portugueses. Istoporque, existem

ainda muitosprodutos e

embalagens quenão são bem

aproveitados,como os pacotes

de leite, as caixasde gelatina, de

pudim ou debolachas ou

ainda os rolos depapel higiénicos.

Se todas as embalagens de quemjá separa forem aproveitadas, areciclagem doméstica podecrescer cerca de 25 por cento. Estaé uma das conclusões de umestudo de observação que aSociedade Ponto Verde (SPV)encomendou à MetrisGfK.Embora os portugueses tenhamcada vez mais o hábito de separaros resíduos, há ainda muitasembalagens usadas que poderiamser encaminhadas para reciclagemmas que, no entanto, continuam aser colocadas no lixoindiferenciado. Pela primeira vez foi efectuado umestudo para observar como osportugueses separam asembalagens em casa. Osresultados deste trabalho tiverampor base três visitas, na mesmasemana, a cada lar do universo daamostra."Este estudo de observaçãopermite-nos ter uma percepçãofidedigna do comportamento dosportugueses. Já sabíamos que 49por cento da populaçãoafirmavam fazer separação emcasa mas, no terreno, verificamosque, na realidade, são 41 porcento", refere Henrique Agostinho,director de comunicação da SPV.De acordo com a sociedadegestora de resíduos deembalagens, é possível alcançarum crescimento de 25 por centose todos os portugueses que jáseparam colocarem correctamentetodas as embalagens nosecopontos. Efectivamente, observou-se que 74por cento dos lares que separamtêm embalagens de plásticomisturadas com lixoindiferenciado, 61 por cento têmembalagens de papel/cartão, 23por cento de metal e 10 por centode vidro. Do universo deembalagens existentes em casados inquiridos, o estudo verificouque o metal e o plástico são osmateriais menos separados,registando por isso um potencialde separação menos explorado. No caso do plástico, muitas

embalagens são deitadas para olixo indiferenciado de formadescuidada, por exemplo:champôs, amaciadores, sacos deplástico, iogurtes líquidos e sumos. Relativamente ao metal, osportugueses precisam de fomentaro hábito de enviar para reciclagema maioria das latas que têm emcasa, como é o caso das latas decogumelos, atum, fruta em calda,feijão, ervilhas, comida paraanimais, refeições pré-cozinhadasou embalagens da espuma debarbear. O estudo da Metris Gfk destaca ofacto de ser ainda possívelaumentar de modo significativo aquantidade no papel/cartãoenviado para reciclagem, apesarde ser o segundo material mais

separado nos lares portugueses.Isto porque, existem ainda muitosprodutos e embalagens que nãosão bem aproveitados, como ospacotes de leite, as caixas degelatina, de pudim ou de bolachasou ainda os rolos de papelhigiénico.Além de avaliar o modo como osportugueses fazem a gestão do lixoque produzem em casa, esteestudo pretendeu também definiro perfil dos que separam. Assim,concluiu que os "recicladores"residem principalmente no NorteLitoral, pertencem a agregadosfamiliares de 3 a 4 pessoas, têmecopontos a menos de 200 metrosdas suas casas, são de um estratosocial elevado e têm entre 30 e 49anos. ■

ESTUDO ENCOMENDADO PELA SPV REVELA

Page 22: recicla - Ponto Verde · 2014. 8. 19. · recicla 3 E m qualquer empresa, a eficiência dos processos é essencial para o sucesso da gestão. Em qualquer acto de gestão, a medição

comparaçãoA SPV considera que estes dados vão permitir fazer uma comunicação cada vez mais direccionada à população a atingir.

Visão, Antena 3 e Canal 2: com públicosmais sensíveis à Reciclagem e Ambiente

NOS RESPECTIVOS SEGMENTOSVisão, Antena 3 e Canal 2: da RTPsão os meios com os públicos maisesclarecidos e consciencializadosnos respectivos segmentos –imprensa, rádio e televisão –quanto à importância dos hábitosde reciclagem de embalagensusadas e à preservação ambiental. Esta foi uma das conclusões doestudo de observação que aSociedade Ponto Verde (SPV)encomendou à MetrisGfK.A partir destes dados é possívelconcluir que todos estes meios têmuma audiência mais esclarecida econsciente relativamente àimportância da reciclagem para ofuturo de todos.A pesquisa desenvolvida indicaque dos telespectadores do Canal2: da RTP, 54 por cento separaembalagens; dos ouvintes daAntena 3, 63 por cento é"separador"; dos leitores da Visão,

63 por cento separa; do Jornal deNotícias, 61 por cento; dosemanário Expresso, 57 por cento;e do Público, 55 por cento. A SPV considera que estes dadosvão permitir fazer umacomunicação cada vez maisdireccionada à população aatingir. Pode assim definir-seestratégias específicas para osmomentos em que se quer chegar,por um lado, aos que ainda nãofazem separação e, por outro, aosque já separam mas que aindadesperdiçam embalagens". ■

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símbolos

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Símbolos de embalagensSão inúmeros os símbolos ecológicos presentes nas embalagens que comsignificados e importância variável, contribuem mais ou menos para oesclarecimento do consumidor. Neles pode encontrar-se informação sobre aconcepção das embalagens e dos produtos, identificar normas ambientaiscumpridas pelo fabricante, encontrar uma garantia de respeito pela natureza ouainda a indicação do local onde devemos depositar a embalagem depois deconsumido o produto. Dada a diversidade destes símbolos e o nem sempre clarosignificado dos mesmos, a Recicla resolveu, nesta edição, apresentá-los.

O símbolo da reciclagem surge com várias formas e pode significar que a embalagem é "reciclável" ou é "reciclada"

PONTO VERDEIndica que o embalador pagou àSociedade Ponto Verde umacontribuição financeira para arecolha selectiva, valorização ereciclagem daquela embalagem.Ao contrário do que muitas vezesse pensa não é um símboloecológico.

COLOCAR NO LIXOEste símbolo indica que se devepôr no lixo (por oposição a deitarpara o chão). No caso dasembalagens que são recicláveis,alguns embaladores jásubstituíram este símbolo pelossímbolos do ecoponto. Não existenenhuma entidade que regule econtrole o uso deste símbolo.

SEM CFCSímbolo que indica a inexistênciade clorofluorocarbonos ou CFC

nos produtos. Neste momento é um símbolo que não tem razão de existir dado que autilização de CFC está proibidadesde 1987.

100% NATURALO símbolo indica que a fibrautilizada no produto é 100%natural.

PROTECÇÃO AMBIENTALSímbolo de um fabricante quequer indicar o seu empenho norespeito pelo ambiente, mas quenão resulta de qualquercertificação.

PRODUTO BIODEGRADÁVELFrase inscrita de modo voluntáriopelos fabricantes para aferir dabiodegradabilidade dasembalagens.

SÍMBOLO DA RECICLAGEMO símbolo da reciclagem surgecom várias formas e podesignificar que a embalagem é"reciclável" ou é "reciclada" (já foireciclada). Por vezes este símboloé acompanhado pela palavra"reciclável" ou "reciclado". Nãoexiste nenhuma entidade queregule e controle o uso destesímbolo.

ECOPONTO AMARELOEste símbolo significa que aembalagem, depois de usada,deve ser depositada no contentoramarelo do ecoponto.

ECOPONTO VERDEEste símbolo significa que aembalagem, depois de usada,deve ser depositada no contentorverde do ecoponto.

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símbolosDada a diversidade destes símbolos, a Recicla resolveu, nesta edição, apresentá-los.

ECOPONTO AZULEste símbolo significa que aembalagem, depois de usada,deve ser depositada nocontentor azul do ecoponto.

DEPOSITE NO VIDRÃOEste símbolo significa que aembalagem, depois de usada,deve ser depositada no antigovidrão, hoje substituido pelocontentor verde. Não existenenhuma entidade que regulee controle o uso deste símbolo.

ESPALME A EMBALAGEM VAZIAEste símbolo significa que aembalagem, depois de usada,deve ser espalmada paraocupar menos espaço noecoponto. Não existenenhuma entidade que regulee controle o uso destesímbolo.

SÍMBOLOS DE IDENTIFICAÇÃODO PLÁSTICOEstes símbolos aparecem nasembalagens de plástico eidentificam o tipo de plásticode que são feitas. Por vezesapenas aparece um triângulocom um algarismo lá dentro,sem o nome do respectivo tipode plástico.

IDENTIFICAÇÃO DO MATERIALSímbolos que indicam omaterial de que é feita aembalagem. Visam facilitar aseparação das diferentesembalagens nas centrais detriagem de resíduos sólidosurbanos.

NÃO COLOCAR NO CAIXOTE DO LIXOA legislação aplicável àspilhas, baterias e resíduos deequipamentos eléctrico eelectrónico obriga osfabricantes destes produtos acolocar este símbolo nasembalagens. Significa que setrata de um resíduo perigosopara o ambiente e para asaúde e, como tal, deve sercolocado num ponto derecolha selectiva, como é ocaso do pilhão.

RÓTULO ECOLÓGICOEUROPEUSímbolo ecológico, comvalidade a nível europeu,baseado na directivaembalagem de 1992. Para oostentar nas suas embalagens,o fabricante tem de cumpriruma série de requisitosambientais e demonstrar que,em comparação com produtosidênticos, o produto para oqual solicita este símbolo temum impacto mínimo sobre oambiente ao longo do seuciclo de vida.

95% RECICLADONormalmente utilizado emembalagens de papel ou decartão, significa que 95% daembalagem é feita commaterial reciclado.

NÃO TESTADO EM ANIMAISSímbolo muito explícito cadavez mais comum, sobretudonos produtos de higienepessoal. Não existe qualquerlegislação sobre esta matéria,sendo portanto umainformação voluntária dosfabricantes.

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Dando continuidade à sua apostana TV para apelar à reciclagem, aSociedade Ponto Verde (SPV) iniciouem Maio a emissão de dois novosprogramas de televisão, o "JornalVerde" e "Ponto Verde",apresentados por Margarida PintoCorreia no canal 1 da RTP e na 2:,respectivamente. O novíssimo "Jornal Verde" é ummagazine informativo que vai todasas semanas dar aos espectadores

notícias da actualidade, em matériade reciclagem. O programa éexibido no canal 1 da RTP, todas asquintas-feiras às 18h30, comreposição nas manhãs de sexta. Depois do sucesso da primeira série,exibida no ano passado, o "PontoVerde" iniciou uma segundatemporada. O programa étransmitido diariamente no canal a2:, sempre às 19h25, com repetiçãoem horário late-night e num

compacto semanal.Cada "Ponto Verde" apresenta duasreportagens diferentes, notícias,entrevistas, entre outras rubricas.Aos domingos, às 13h, vai para o arum compacto de 25 minutos comos melhores momentos da semana eque conta com a participação deum convidado, que revela as suasideias, pontos de vista e hábitosdiários quanto aos temas deambiente e reciclagem abordadosnas reportagens."Já tínhamos encontrado na 2: umveículo de transmissão adequadopara passar as nossas mensagens,tendo em conta que é um canalmais vocacionado para o serviçopúblico. Agora com o "Jornal Verde"no canal 1 da RTP, vamos chegar amais telespectadores e assimsensibilizar ainda mais pessoas paraas questões relacionadas com areciclagem de embalagens usadas eseu impacto na preservação doAmbiente", explica Joana Santos, dodepartamento de comunicação daSPV. O "Jornal Verde" e o "PontoVerde" são produzidos pelaMandala e vão estar no ar durante18 e 13 semanas, respectivamente. ■

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programas tv

SPV lança dois novosprogramas de televisão

Cada "Ponto Verde"apresenta duas

reportagensdiferentes, notícias,

entrevistas, entreoutras rubricas.Aos domingos, às13h, vai para o ar

um compacto de 25minutos com os

melhores momentosda semana e que

conta com aparticipação de um

convidado, querevela as suas

ideias, pontos devista e hábitos

diários quanto aostemas de ambiente e

reciclagemabordados nas

reportagens.

APRESENTADOS POR MARGARIDA PINTO CORREIA

PROGRAMAS DA SPV EM TRANSPORTES PÚBLICOS E HOSPITAIS

Os programas Ponto Verde e Ponto por Ponto,exibidos o ano passado na 2: e na TVI, vão serincluídos nos conteúdos dos canais internosproduzidos pela BusTV (canal corporativo detelevisão privada instalado nos autocarros daVimeca e da Lisboa Transportes) e pela CareTV (responsável pelo projecto do sistematelevisivo delineado para emitir conteúdos eminstituições de saúde).Recorde-se, que pela primeira vez na televisãoportuguesa foram emitidos ao longo dediversas semanas dois programasinteiramente dedicados ao ambiente: o Ponto

Verde contou no ano passado com 114programas e o Ponto por Ponto com 54, tendoestes sido reemitidos.A relevância e qualidade da informaçãotransmitida nos referidos programas levou asdirecções da BusTv e da Care TV a inclui-los nasua programação, dado que os temasabordados são transversais a toda a sociedade.A inclusão do Ponto Verde e do Ponto porPonto nestes canais irá promover a temáticada separação e reciclagem de embalagensjunto dos milhares de pessoas que contactamdiariamente com estes meios.

ACÇÕES DE SOFT-SPONSORINGCONTINUAM EM 2005Depois de em 2004 ter iniciado a suapresença em diversos programastelevisivos, a Sociedade Ponto Verdevolta este ano a apostar na realizaçãode acções de Soft-Sponsoring.Estas acções permitem retratar aseparação de embalagens usadascomo uma actividade realizada edefendida por figuras públicas, aomesmo tempo que enquadra estaacção na vida quotidiana.Nos últimos anos, a SPV já estevepresente em 8 produções, todas elasda TVI, nomeadamente: InspectorMax,Ana e os Sete, Morangos comAçúcar, Baía das Mulheres, QueridasFeras, Ninguém como Tu, Big Brother ePrograma Lux.No total serão 80 as presençastelevisivas da SPV, com o objectivo demostrar aos espectadores que aseparação de embalagens usadas parareciclagem é simples e extremamenteimportante.

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edisoftEstas soluções surgiram a pensar nas necessidades de criação de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.

Esta proposta daEDISOFT pararacionalizar eoptimizar a gestãode resíduospermite saber acada momentopreciso ("realtime") onde estádeterminadoveículo, que rotatem feito, o que fazou tem estado afazer a equipa derecolha, além demonitorizar rotase alarmes eplanear/optimizaros percursos derecolha.

Tecnologias «real time»apoiam Gestão de Resíduos

INOVAÇÃO

Uma proposta tecnológica capazde revolucionar a gestão de resíduossólidos urbanos, totalmenteinovadora e de concepçãointeiramente nacional, foi agoraapresentada pela EDISOFT, empresatecnológica pioneira da indústriaespacial e a mais internacionalizadadas empresas portuguesas de Defesae Segurança."Se nós podemos conceber e criartodo o sistema de gestão do espaçoaéreo nacional ou um sistema degestão de mísseis das fragatas Meko,também podemos aplicar estastecnologias neste tipo de projectos",explicou à Recicla um responsávelda empresa.Esta proposta da EDISOFT pararacionalizar e optimizar a gestão deresíduos permite saber a cadamomento preciso ("real time") ondeestá determinado veículo, que rotatem feito, o que faz ou tem estado afazer a equipa de recolha, além demonitorizar rotas e alarmes eplanear/optimizar os percursos de

recolha. Para concretizar esteprojecto, a empresa portuguesa desoftware para especialistas recorreuàs mais avançadas tecnologias de"sistemas críticos" e "real time",algumas das quais com origem nouniverso de soluções militares,sector em que a EDISOFT é umadas mais avançadas empresasmundiais. Desenvolver um conjunto deferramentas e serviços à medida, noâmbito do Planeamento,Monitorização, Mobilidade eValidação de Sistemas Integrados deGestão de Resíduos SólidosUrbanos, com o objectivo de darresposta às necessidades deadopção e consolidação de umaPolitica de Gestão de Resíduos, foi odesafio que a EDISOFT se propôsresolver. Estas soluções surgiram a pensar nasnecessidades de criação de umSistema Integrado de Gestão deResíduos Sólidos Urbanos "noâmbito da execução de uma

politica nacional em matéria deresíduos sólidos urbanos e com oobjectivo de apoiar as entidadescompetentes na implementação doplano estratégico de RSU, sejamelas municipais ou multi-municipais, em todas as áreasde gestão dos sistemas e dosresíduos", segundo o dirigente desta"tecnológica".Na Gestão dos Resíduos SólidosUrbanos, a EDISOFT actua emdiversas áreas, quer no domínio doplaneamento, quer no domínio damonitorização e controlo das frotasde recolha de resíduos.No que se refere ao planeamento, "aoptimização dos percursos derecolha de RSU, previsão deprodução de resíduos a partir daanálise de histórico de recolhas,análise operacional e estatística decenários e desempenhos,calendarização de rotas e avaliaçãoda qualidade das soluções de apoioà decisão com implementação demedidas correctivas", fazem partedo leque de soluções desenvolvidas,afirma fonte da empresa.Por outro lado, no domínio damonitorização e controlo das frotasde recolha de resíduos, por meio decomunicação remota GPRS eaplicações desenvolvidas no âmbitoda manutenção de cadastro, aEDISOFT criou funcionalidades,como: a validação dedesconformidades, envio de rotasde trabalho, recepção deinformação de cargas recolhidas ourespostas em tempo real aimpossibilidades de cumprimentode trabalho planeado. "A visão da EDISOFT é a de que aadopção de um Sistema Integradode Gestão de Resíduos SólidosUrbanos pode considerar-se umprojecto inovador de politica degestão de resíduos que permite, emtempo útil, conhecer a condição(análise comportamental ehistóricos) e localização de veículose equipas (motoristas e cantoneiros),monitorizar rotas e alarmes eplanear e optimizar os percursos derecolha dos RSU", conclui oresponsável da EDISOFT. ■

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novo siteO site apresenta agora um layout renovado e uma nova estrutura de acesso à informação.

Melhorar a funcionalidade daconsulta e simplificar ainformação foram os principaisobjectivos da reformulação do sitewww.pontoverde.pt da SociedadePonto Verde (SPV). O siteapresenta agora um layoutrenovado e uma nova estrutura deacesso à informação, de modo aresponder facilmente àsnecessidades dos seus públicos.Mais do que uma ferramenta paradivulgar as iniciativas da SPV, onovo site é também umaplataforma de controlo que permitea gestão eficiente dos contactoscom os consumidores, as empresas

embaladoras, o canal Horeca e osoperadores de recolha.De acordo com Susana Palma, dodepartamento de comunicaçãoda SPV "esta mudança serve parainformar o consumidor de ummodo simples e acessível. Asnossas mensagens são destinadasnão só às pessoas que separamcomo também a quem vaicomeçar a separar os materiaisagora. Para ambos temos dicas econselhos úteis que poderãofacilitar o processo diário daseparação doméstica. ASociedade Ponto Verde temtambém públicos empresariais

com necessidades específicas.Assim pretendemos facilitar oprocesso de adesão para asempresas, SistemasMultimunicipais, canal Horeca eoperadores".A reformulação do site permitetambém um mais fácil acesso aoutros públicos da SPV. Destemodo, com um conteúdoorientado para ocliente/utilizador, o site apresentauma estrutura funcional divididaem diversas áreas: "SociedadePonto Verde", "Sala de Imprensa","Consumidores", "Empresas" e"Operadores de Recolha". ■

A reformulação dosite permite também

um mais fácil acessoa outros públicos

da SPV. Deste modo,com um conteúdoorientado para o

cliente/utilizador,o site apresenta umaestrutura funcionaldividida em diversas

áreas: "SociedadePonto Verde", "Sala

de Imprensa","Consumidores",

"Empresas" e"Operadores de

Recolha"

Site mais simples e acessível

SPV

ÁREAS DO NOVO SITE

• Sociedade Ponto Verde – Apresentação doPonto Verde. Contém outras informaçõescomo a cobertura territorial e quantidadesrecicladas.• Sala de Imprensa – encontram-sedisponíveis informações para a imprensa eum banco de imagens.• Consumidores – área onde se encontraminformações sobre todo o percurso dareciclagem, desde a separação doméstica atéà produção de novos objectos queincorporam materiais reciclados. Encontram-se ainda disponíveis dicas interessantes paraajudar no processo da separação dosmateriais.• Empresas – Este é o espaço dedicado àsempresas embaladoras onde sãodisponibilizadas todas as informaçõesnecessárias ao seu processo de adesão nosistema integrado do Ponto Verde.• Verdoreca – área que apresenta asinformações necessárias para as empresas docanal Horeca que pretendam aderir a estesubsistema da actividade da SPV. Legislação,vantagens e como aderir são alguns dospontos em destaque.• Operadores de recolha – Indicação deâmbito de actuação, valores de contrapartidae contractos com a SPV. Estas e outrasinformações que dizem respeito aorelacionamento entre os SistemasMunicipais e Autarquias ou EmpresasConcessionárias e a SPV estãodisponibilizadas neste local.

EMBALAGENS DE ÓLEOS ALIMENTARES JÁ PODEM SER RECICLADAS Reciclar as embalagens de plástico que contiveram óleos alimentares já é possível, anunciou recentemente aSociedade Ponto Verde. Esta medida, que exigiu adaptações por parte da Unidade que recicla as embalagensde plástico de PET (tipo de plástico utilizado para produzir garrafas de água, óleo, refrigerantes, etc.), vaipermitir também incrementar as taxas de retoma. Com a retoma das embalagens de óleos alimentares areciclagem urbana do plástico pode crescer 7%.Até então, as embalagens de plástico que tivessem contido óleos no seu interior não podiam ser recicladas emPortugal. No entanto, para proteger o ambiente e com o objectivo de aumentar o número de embalagensrecicladas, a Selenis, empresa que fornece matéria-prima de PET às indústrias de embalagens e à indústriatêxtil através de fibras, efectuou investigações para tornar possível a reciclagem destas embalagens.A Selenis, por via da Selenis Ambiente, uma moderna unidade industrial criada para absorver todo o PETseparado pelos consumidores, está agora habilitada a reciclar os resíduos de embalagem de óleos alimentares.

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o meu ecopontoAtravés do site www.omeuecoponto.pt, procura-se envolver os cidadãos na qualidade do serviço de recolha selectiva de embalagens.

Este projecto vai também promover a correcta utilização dos cerca de 20mil ecopontos existentes no país e assim potenciar o aumento daquantidade e qualidade, no que respeita à deposição de resíduos deembalagens, o que permitirá retirar estes resíduos do circuito que levaao aterro ou à incineração e possibilitará a instalação de uma rede maisdensa de ecopontos, nomeadamente nas localidades mais necessitadas.

Encontrar «O Meu Ecoponto»

SITE SOBRE LOCALIZAÇÃO DE ECOPONTOS

Permitir que os cidadãosencontrem os ecopontos maispróximos de suas casas e dêem asua opinião sobre o estado demanutenção dos mesmos é oobjectivo do projecto "O MeuEcoponto". Através do sitewww.omeuecoponto.pt, que serálançado depois do Verão, procura-se envolver os cidadãosna qualidade do serviço derecolha selectiva de embalagensefectuado através do sistemaecoponto, aumentando a suaeficácia, e assim potenciar oaumento da taxa de reciclagem,para que Portugal atinja as metasdefinidas pela União Europeia.Isto porque, apesar das retomasde embalagens usadas estarem acrescer de forma sustentada, háainda um longo caminho apercorrer até ao alcançar dasnovas metas impostas porBruxelas, para 2011.Este projecto vai tambémpromover a correcta utilização

dos cerca de 20 mil ecopontosexistentes no país e assimpotenciar o aumento daquantidade e qualidade, no querespeita à deposição de resíduosde embalagens, o que permitiráretirar estes resíduos do circuitoque leva ao aterro ou àincineração e possibilitará ainstalação de uma rede maisdensa de ecopontos,nomeadamente nas localidadesmais necessitadas, explicam aSPV e o GEOTA. "O Meu Ecoponto" é umainiciativa que congrega grande

parte das entidades do sector daReciclagem. Além da SociedadePonto Verde e da associaçãoGEOTA, responsável pela logísticado projecto, estão envolvidasainda outras Organizações NãoGovernamentais de Ambiente(ONGA’s) e diversos SistemasMunicipais. Este projecto, desenvolvido pelaSPV em parceria com o GEOTA,pretende ser uma ferramenta aoserviço do cidadão, gerando umamaior ligação deste com atemática da separação de resíduose com a reciclagem. ■

DESIGN DA SERIES SELECCIONADO

A Sociedade Ponto Verde (SPV)seleccionou a agência criativa SERIES paradesenvolver o design dos suportes decomunicação para o projecto ambiental"O meu Ecoponto".A proposta desta empresa venceu aconsulta promovida pela SPV junto detrês agências criativas, que se traduz,

numa primeira fase, no design do sitewww.omeuecoponto.pt.O trabalho criativo da SERIES deverádepois estender-se a outros suportes, quefazem parte da campanha desensibilização para a separação deembalagens usadas promovida peloGEOTA.

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aplicaçãoA reciclagem de 1 tonelada de resíduos de embalagens de madeira corresponde a 35-40 árvores que não são cortadas.

PLÁSTICOSO que separar: garrafas deágua, sumos e refrigerantes,vinagre, detergentes, produtosde higiene, sacos de plástico,esferovite limpaO que obtemos: vasos,cabides, tubos desaneamento, brinquedos,enchimento de edredões,peças de vestuário, sacos deplástico, bancos de jardim,relógios, canetas, peças devestuário, solas de sapatos,pavimentos plásticos.Curiosidade: Bastam apenasduas garrafas de água paraobter fibra suficiente paraproduzir um gorro oucachecol.

VIDROO que separar: Garrafas,frascos, boiõesO que obtemos: novasgarrafas Curiosidade: Por cadatonelada de vidro recicladoincluída no fabrico de vidropoupam-se 1,2 toneladas dematérias-primas originais.

PAPEL/CARTÃOO que separar: jornais, papelde escrita, papel de embrulho,revistas, caixas de cartão,embalagens de cartão parabebidas.O que obtemos: livros,jornais, papel de escrita,cartão liso ou canelado dequalidade, papel higiénico,sacos de papel.Curiosidades: …O papelhigiénico e os lenços de papelcontêm entre 60 a 70% depapel reciclado e os jornaispodem usar até 100%.

METALO que separar: latas debebidas; latas de conserva,tabuleiros de alumínio,aerossóis vaziosO que obtemos: peças deautomóveis, novas latas,trotinetes, peças de bicicleta,lingotes de metal de altaqualidade, peças paraelectrodomésticos de usocomum (como esquentadores,fogões, ferro de passar),Curiosidade: O alumínioobtido a partir de embalagensusadas consome apenas 5%da energia necessária naprodução de alumínio a partirde matérias-primas minerais.

MADEIRAO que separar: caixas,paletes, e barris de madeiraO que obtemos: produção deaglomerados de madeira,utilizados no fabrico depainéis para as mais diversasaplicações na construção civile na indústria de mobiliário,paletes de transporte,revestimentos e placas paraconstrução civil e bricolageCuriosidade: A reciclagem de1 tonelada de resíduos deembalagens de madeiracorresponde a 35-40 árvoresque não são cortadas. ■

Aplicação de recicladosMuitas vezes, as pessoasdesconhecem o que acontece àsembalagens depois de seremcolocadas no ecoponto, existem,de facto, uma infinidade deaplicações possíveis para cadamaterial. Através da reciclagem,e consequente reaproveitamentodos materiais, é não só possívelevitar a acumulação de resíduos,como também poupar matérias-primas na produção de novosobjectos que iremos utilizar diaa dia.

o que separar o que obtemos

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Projectar

Um projecto inovador derecolha selectiva de resíduosorgânicos, que abrange cercade 230 compartimentos deresíduos, num total de 5.000fogos e 17.000 habitantes,arrancou, no dia 24 de Maio,no município da Maia. A iniciativa passou pelareestruturação de todos oscompartimentos mediante aintrodução de contentorespara a recolha do vidro e pelacolocação de contentorescastanhos para a deposição

dos resíduos orgânicos. Alémdos contentores de médiacapacidade (140 L, 360 L, 800 L) colocados noscompartimentos foramtambém disponibilizados,para os domicílios,contentores castanhos de 10litros para aumentar aeficiência deste projecto. Umavasta campanha desensibilização, denominada"Separação dos resíduosdentro de portas", foidesenvolvida especificamente

para esta iniciativa.No Porto, arrancou, tambémdurante o mês de Maio, um outroprojecto de recolha selectiva deresíduos orgânicos que envolveuo MAP – Mercado Abastecedordo Porto. Nesta acção participamcerca de 250 operadoresdistribuídos por diferentespavilhões de comercialização.Para a deposição adequada dosresíduos orgânicos foramdistribuídos contentorescastanhos e foi feita uma acçãode sensibilização. ■

Maia e Porto com novos projectosde recolha selectiva de orgânicos

TRATOLIXO COLOCA CONTENTOR AMARELO EM OEIRAS

Com o objectivo deuniformizar os esquemas dedeposição e recolha dosquatros Concelhos queformam a área de intervençãoda Tratolixo, esta entidadeprocedeu à reformulação dosistema de deposição erecolha do município deOeiras. Assim, todo o Concelhopassou a estar dotado de

equipamentos para deposição de embalagens de plástico e metal (contentor amarelo), uma vezque até à altura apenasexistiam papelões e vidrões.De acordo com a empresa detratamento de resíduossólidos urbanos, foramcolocados cerca de 150ecopontos.

VALORCAR ALARGA REDE DE RECEPÇÃO/TRATAMENTO

A Valorcar, Sociedade deGestão de Veículos em Fim de Vida ampliourecentemente a sua rede decentros de recepção etratamento de veículos em fimde vida (VFV), através daassinatura de um contratocom mais quatro empresas,uma no distrito do Porto,outra em Aveiro e duas emSetúbal. Actualmente estãoem análise mais cinco

candidaturas.Constantino FernandesOliveira & Filhos, Riometais,Ambitrena e Ecometais são asnovas empresas a funcionarcomo centros derecepção/tratamento deveículos em fim de vida.Com estas entradas, a redeValorcar aumentou a suacapacidade anual dedesmantelamento para 46 milviaturas.

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opinião

Angela EmonsSecretária Geral

da Pro Europe

A Europa está a unir-se – tambémem termos da protecção ambiental.Neste contexto, a responsabilidadedos produtores tornou-se parteintegrante da política ambiental daEuropa. O Ponto Verdedesempenhou um papelfundamental neste sector. Em termosinternacionais, passou a seradoptado como a solução modelopara o cumprimento da DirectivaEuropeia sobre Embalagens deforma ecológica e económica.Todas as Sociedades Ponto Verdetrabalham em conjunto ao abrigo daPackaging Recovery Organisations.p.r.l. (PRO EUROPE), com sede emBruxelas. Estes esquemas de conformidade dosector privado encontram-seactualmente implementados emvinte estados membros da UE, asaber: Áustria, Bélgica, Chipre,República Checa, Estónia, França,Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda,Letónia, Lituânia, Luxemburgo,Malta, Polónia, Portugal, Eslováquia,Eslovénia, Espanha e Suécia, bemcomo outros países, como aNoruega (como membro do EspaçoEconómico Europeu), Bulgária,Roménia e Turquia. Além disso, aPRO EUROPE estabeleceu acordosde cooperação com sistemassemelhantes no Reino Unido(VALPAK) e no Canadá (CSR). Estesfazem parte da rede comum e estãoa implementar o Ponto Verde noReino Unido e na região NAFTA(North American Free TradeAgreement), a fim de garantir quetodos os detentores de licenças doPonto Verde poderão utilizarembalagens rotuladas semproblemas em todo o mundo. Actualmente, mais de 100.000detentores de licenças em 24 paísesutilizam a marca comercial "Ponto

Verde" e mais de 460 biliões deembalagens individuais estão jámarcadas com este símbolo definanciamento.A PRO EUROPE é a entidadelicenciadora geral da marca "PontoVerde". O seu objectivo consiste emharmonizar os serviços nacionaisprestados pelos sistemas a níveleuropeu e promover o alargamentodo âmbito da reciclagem deembalagens. Esta instituição actuaigualmente como autoridade eplataforma de política comum,representando os interesses de todosos esquemas membros. Apesar dassuas diferenças, todos os sistemastêm os mesmos objectivos: aprevenção, reciclagem ouvalorização de embalagens e aconservação dos recursos. Osmembros da PRO EUROPEpretendem demonstrar que areciclagem de embalagens usadas éum passo importante rumo aodesenvolvimento sustentável,necessário para preservar o nossoplaneta para as gerações futuras.

A prevenção da produção de resíduosrequer uma abordagem integralEm todos os países em que o PontoVerde foi implementado, a indústriautiliza agora menos material deembalagem e os resíduos dessesmateriais são reutilizados,valorizados ou reciclados. Destaforma, os sistemas Ponto Verde dãoum contributo substancial para aprevenção da produção de resíduose para a conservação dos recursos.Ao todo, foram valorizados ereciclados pelo Ponto Verde mais de12,4 milhões de toneladas deembalagens usadas na Europa,durante o ano de 2003. Comoresultado da valorização ereciclagem, foi poupada uma grande

quantidade de energia primária eevitadas muitas emissões de gáscom efeito de estufa.

Desacoplamento do GDP e consumode embalagensActualmente, a prevenção e reduçãodos efeitos ambientais dasembalagens tornou-se numcomponente integrante dodesenvolvimento de produtos eembalagens, ainda que odesenvolvimento de hábitos deconsumo e as alterações sócio-demográficas exijam maisprodutos embalados.

Prevenção da produção e reciclagemde resíduos através da educaçãoambientalA introdução do Ponto Verde veiodespertar uma nova atenção para oproblema dos resíduos, não apenasno sector comercial e industrial, mastambém na própria população.Através de campanhas decomunicação exaustivas acerca dosbenefícios ambientais da reciclagemde embalagens, a PRO EUROPE e osseus esquemas membrossensibilizaram as populações etornaram-nas mais conscientes dasituação. A educação ambiental dapopulação oferece um enormepotencial em termos da prevençãoda produção de resíduos.O modelo de financiamento doPonto Verde e as actividadesextensivas que foram levadas a cabopara aumentar a consciencializaçãoda população alteraramsignificativamente o mercado detratamento de resíduos da Europa. AsSociedades Ponto Verde têm comolema a eficiência das organizaçõesde ajuda mútua criadas pela indústriapara a implementação bem sucedidada responsabilidade dos produtores.

Implementar com êxitoresponsabilidade dos produtores

A PRO EUROPE é aentidade licenciadora

geral da marca"Ponto Verde". O seu

objectivo consiste emharmonizar os

serviços nacionaisprestados pelossistemas a nível

europeu e promover oalargamento do

âmbito da reciclagemde embalagens. Esta

instituição actuaigualmente como

autoridade eplataforma de políticacomum, representando

os interesses detodos os esquemas

membros.

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