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Recife, 2019 - Funase - PE · 2019-09-12 · 4 FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Av. Conselheiro Rosa e Silva, 773, Aflitos, Recife-PE Fone: (81) 3184.5416 E-mail: [email protected]

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CNPJ: 11.722.741/0001-00

PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA

GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO

SILENO DE SOUSA GUEDES

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CRIANÇA E JUVENTUDE

NADJA MARIA ALENCAR VIDAL PIRES

DIRETORA PRESIDENTE DA FUNASE

ÍRIS MARIA BORGES DA SILVA

SUPERINTENDENTE DA POLÍTICA ATENDIMENTO

MARIA JOSÉ GALVÃO GUEIROS

SUPERINTENDENTE GERAL DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

ANGELA MARIA TÁVORA WEBER

SUPERINTENDENTE GERAL DE GESTÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

NADJA MARIA CORREIA DE OLIVEIRA

SUPERINTENDENTE GERAL DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO

MARIA DAS NEVES DA CUNHA FIGUEIREDO

GERENTE JURÍDICA

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5

TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS 6

Capítulo I - Do Objetivo e Princípios do Atendimento Socioeducativo 6

Capítulo II - Das Medidas Socioeducativas Executadas pela Funase 8

Capítulo III - Das Unidades de Atendimento Socioeducativo 10

TÍTULO II - DOS DIREITOS, DEVERES E ESTÍMULOS 11

Capítulo I - Dos Direitos 11

Capítulo II - Dos Deveres 13

Capítulo III - Dos Estímulos 14

TÍTULO III - DA AÇÃO SOCIOEDUCATIVA 16

Capítulo I - Do Projeto Político-Pedagógico 16

Capítulo II - Da Recepção 17

Capítulo III - Da Acolhida 19

Capítulo IV - Da Inserção dos Adolescentes/Jovens 21

Capítulo V - Do Plano Individual de Atendimento - PIA 21

Capítulo VI - Da Gestão de Vagas 22

TÍTULO IV - DAS POLÍTICAS SOCIAIS 23

Capítulo I - Das Disposições Gerais 23

Capítulo II - Da Assistência Material 23

Capítulo III - Das Assistências Educacional, Profissionalizante, Cultural, Esportiva e

ao Lazer 24

Capítulo IV - Da Assistência à Saúde 25

Capítulo V - Da Assistência Social 26

Capítulo VI - Da Assistência Religiosa 27

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Capítulo VII - Da Assistência Jurídica 27

TÍTULO V - DO REGULAMENTO DISCIPLINAR 27

Capítulo I - Das Disposições Gerais 27

Capítulo II - Da Fuga 28

Capítulo III - Das Faltas Disciplinares 29

Capítulo IV - Das Sanções 35

Capítulo V - Da Aplicação 36

TÍTULO VI - DO CONSELHO DISCIPLINAR 39

Capítulo I - Das Disposições Gerais 39

Capítulo II - Do Procedimento Disciplinar 40

TÍTULO VII - DA MEDIDA DE CONVIVÊNCIA PROTETORA 43

Capítulo I - Das Disposições Gerais 43

TÍTULO VIII - DO FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES 43

TÍTULO IX - DOS DIREITOS, DEVERES E DA DISCIPLINA DOS

FUNCIONÁRIOS 44

Capítulo I - Dos Direitos dos Funcionários Lotados nas Unidades 44

Capítulo II - Dos Deveres dos Funcionários Lotados nas Unidades 45

Capítulo III - Das Proibições 48

Capítulo IV - Da Disciplina Funcional 49

Capítulo V - Das Sanções e Faltas Disciplinares 50

TÍTULO X - DA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL 50

Capítulo I - Das Disposições Gerais 50

Capítulo II - Da Estrutura Administrativa 51

Capítulo III - Dos Profissionais Técnicos 57

Capítulo IV - Das Disposições Finais 70

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APRESENTAÇÃO

A Fundação de Atendimento Socioeducativo - Funase foi reestruturada e

redenominada por meio da Lei Complementar nº 132, de 11 de dezembro de 2008, que

redefiniu suas competências e deu outras providências.

A instituição, pessoa jurídica de direito público, tem natureza de fundação, possui

patrimônio próprio e autonomia administrativa e financeira. Com sede e foro no Município e

Comarca do Recife, capital do Estado de Pernambuco, vinculada à Secretaria de

Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, tem por finalidade promover, no âmbito

estadual, a execução da política de atendimento aos adolescentes/jovens envolvidos ou

autores de ato infracional, com privação ou restrição de liberdade. Visa à sua proteção integral

e à garantia dos seus direitos fundamentais por meio de ações articuladas com outras

instituições públicas e a sociedade civil organizada, nos termos do disposto nas leis do

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Sinase e o Estatuto da Criança e do

Adolescente - ECA.

É responsável pelo atendimento a adolescentes/jovens do sexo masculino e feminino,

operacionalizando o atendimento inicial, a internação provisória e as medidas socioeducativas

de internação e semiliberdade. Desenvolve suas ações de forma descentralizada por meio de

unidades de trabalho distribuídas nas sete Regiões de Desenvolvimento do Estado de

Pernambuco: Região de Desenvolvimento Metropolitano (RDM), Mata Sul, Mata Norte,

Agreste Central, Agreste Meridional, Sertão do Moxotó e Sertão do São Francisco.

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TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Capítulo I

DO OBJETIVO E PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Art. 1º A Fundação de Atendimento Socioeducativo – Funase, através de suas unidades de

atendimento socioeducativo de internação, semiliberdade, internação provisória e atendimento

inicial, tem como finalidade executar no âmbito estadual a política de atendimento a

adolescentes/jovens envolvidos e/ou autores de atos infracionais, com privação ou restrição de

liberdade, visando à garantia dos seus direitos fundamentais por meio de ações articuladas

com outras instituições públicas e a sociedade civil organizada, em conformidade com o

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e a lei do Sistema Nacional de Atendimento

Socioeducativo – Sinase.

Art. 2º Caberá à Funase apresentar seu Projeto Político-Pedagógico, vinculado ao

Planejamento Estratégico Institucional e respaldado no Estatuto da Criança e do Adolescente -

ECA, e a lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Sinase.

Art. 3º O atendimento deverá garantir a proteção integral e os direitos dos

adolescentes/jovens, por meio de um conjunto articulado de ações governamentais e não

governamentais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Art. 4º O atendimento socioeducativo realizado pela Funase é orientado pelos seguintes

princípios e diretrizes, preceituados no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e na Lei

do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Sinase:

I - respeito aos direitos humanos;

II - responsabilidade entre a sociedade, o Estado e a família;

III - respeito à situação peculiar do adolescente como pessoa em desenvolvimento;

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IV- prioridade absoluta para o adolescente;

V - legalidade;

VI - respeito ao devido processo legal;

VII - brevidade e excepcionalidade da medida em resposta ao ato cometido visando à

responsabilização pelo ato infracional e à reinserção social do adolescente/jovem;

VIII - respeito à incolumidade, integridade física e segurança do adolescente/jovem;

IX - respeito à capacidade do adolescente/jovem em cumprir a medida socioeducativa;

X - participação ativa da família e comunidade na experiência socioeducativa;

XI - incompletude institucional;

XII - garantia de atendimento especializado ao adolescente/jovem portador de deficiência;

XIII - descentralização político-administrativa;

XIV - gestão democrática e participativa na formulação das políticas e no controle das ações;

XV - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias pessoais do

adolescente; garantindo a participação na construção de seu Plano Individual de Atendimento

- PIA;

XVI - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de nacionalidade, etnia,

identidade de gênero, orientação sexual, classe social, religião e política;

XVII - prevalência da ação socioeducativa sobre os aspectos meramente sancionatórios;

XVIII - projeto pedagógico como ordenador de ação e gestão do atendimento socioeducativo;

XIX - participação dos adolescentes/jovens na construção, monitoramento e na avaliação das

ações socioeducativas;

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XX - disciplina como meio para a realização da ação socioeducativa;

XXI - dinâmica institucional garantindo a horizontalidade na socialização das informações e

dos saberes em equipe multiprofissional;

XXII - organizações espacial e funcional das unidades de atendimento socioeducativo que

garantam possibilidades de desenvolvimento pessoal e social para o adolescente/jovem;

XXIII - formação continuada dos atores sociais.

Capítulo II

DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EXECUTADAS PELA FUNASE

Art. 5º Compete à Funase o planejamento e a execução das seguintes medidas

socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA:

I - Semiliberdade;

II - Internação.

§ 1º A semiliberdade constitui medida restritiva de liberdade, de acordo com o artigo 120 do

ECA. A escolarização e a profissionalização são obrigatórias e devem dispor dos recursos

existentes na comunidade, independente de autorização judicial.

§ 2º Os Programas de Semiliberdade são desenvolvidos nas Casem (Casas de Semiliberdade),

residências localizadas em bairros comunitários com capacidade máxima para 20

adolescentes/jovens. O atendimento dessas unidades deverá observar o disposto no Projeto

Político-Pedagógico da Funase.

§ 3º A internação é uma medida socioeducativa privativa de liberdade, prevista no artigo 121

do ECA, e sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à pessoa em

condição peculiar de desenvolvimento. A medida não comporta prazo determinado, porém

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não pode ultrapassar o tempo máximo de três anos ou a idade de 21 anos, a qual poderá ser

reavaliada a qualquer tempo.

§ 4º A medida socioeducativa de internação é desenvolvida nos Case (Centros de

Atendimento Socioeducativo) e deve garantir espaços de acolhimento inicial, de convivência

protetora e de socialização, de forma que possibilitem o desenvolvimento das fases do

atendimento de acordo com o processo da ação socioeducativa.

Art. 6º A Funase realiza o atendimento inicial ao adolescente, de acordo com o artigo 175 do

ECA, após o flagrante do ato infracional, no caso do adolescente/jovem não ser liberado de

imediato, devendo aguardar, em privação de liberdade, a sua apresentação ao representante do

Ministério Público em até 24 horas.

§ 1º Nas comarcas do Recife, Região Metropolitana e Vitória de Santo Antão, o atendimento

de que trata este artigo é realizado pela Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) e destina-se

ao acolhimento dos adolescentes/jovens de ambos os sexos, de 12 a 18 anos de idade,

excepcionalmente até 21 anos, envolvidos em atos infracionais, onde permanecem por um

período máximo de 05 (cinco) dias.

§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento inicial, a apresentação far-se-á

pela autoridade policial, conforme § 2º do art. 175 do ECA.

Art. 7º A internação provisória está fundamentada no artigo 108 do ECA, configurando-se

como uma medida de natureza cautelar imposta judicialmente aos adolescentes/jovens

envolvidos em ato infracional quando há indícios suficientes de autoria e materialidade do ato

infracional. O período máximo da internação provisória é de 45 (quarenta e cinco) dias,

enquanto se aguarda decisão judicial, e é desenvolvida nos Cenip (Centros de Internação

Provisória).

Art. 8º A internação provisória e o atendimento inicial, para os fins deste Regimento, regem-

se pelos princípios da internação.

Art. 9º As modalidades de atendimento são executadas, preferencialmente, de acordo com os

critérios do perfil etário, sexo e proximidade das famílias, excetuando-se os casos que

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envolvam risco à integridade física e/ou psicológica dos adolescentes/jovens, conforme

estabelecem as portarias da Funase.

Capítulo III

DAS UNIDADES DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Art. 10 A estrutura de atendimento da Funase desenvolve os seguintes programas:

I - 01 (um) Programa de Atendimento Inicial – Uniai, na capital;

II - 02 (dois) Programas de Internação Provisória na capital, sendo um destinado a

adolescentes/jovens do sexo masculino e um para o sexo feminino;

III - 04 (quatro) Programas de Internação Provisória no interior do Estado, seguindo os

princípios da Regionalização do Atendimento, nos municípios de Caruaru, Garanhuns,

Arcoverde e Petrolina;

IV - 05 (cinco) Programas de Internação na capital e RDM, sendo quatro masculinos e um

feminino;

V - 06 (seis) Programas de Internação no interior do Estado, seguindo os princípios da

Regionalização do Atendimento, nos municípios de Timbaúba, Vitória de Santo Antão,

Caruaru, Garanhuns, Arcoverde e Petrolina;

VI - 08 (oito) Programas de Semiliberdade seguindo modelo residencial, sendo cinco na

capital e RDM, dos quais quatro masculinos e um feminino, e três no interior do Estado,

obedecendo ao princípio da Regionalização do Atendimento, nos municípios de Caruaru,

Garanhuns e Petrolina.

Art. 11 As unidades de atendimento terão sua capacidade e características definidas em

portaria, que especificará a medida socioeducativa executada no local e delimitará o perfil dos

adolescentes/jovens atendidos.

Art. 12 As unidades de atendimento de internação provisória, internação e semiliberdade

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constituirão equipes de referência para atendimento aos adolescentes/jovens, que serão

responsáveis, na internação provisória, pela elaboração do Diagnóstico Polidimensional, e nas

medidas de internação e semiliberdade, pela elaboração e execução do Plano Individual de

Atendimento ao Adolescente e relatórios técnicos em todas as modalidades de atendimento,

bem como outras atribuições definidas neste Regimento.

§ 1º A composição da equipe técnica deverá ser multidisciplinar, compreendendo

profissionais das áreas de pedagogia, serviço social, psicologia e jurídica, para atender

necessidades específicas do programa, de acordo com as normas de referência.

§ 2º Todos os funcionários na unidade deverão ter conhecimento dos integrantes das equipes

técnicas de referência.

§ 3º O adolescente/jovem e sua família deverão ser apresentados aos coordenadores gerais das

unidades, bem como à equipe de referência que o acompanhará.

§ 4º Cabe a cada unidade de atendimento revisar e atualizar anualmente o Plano Operativo,

em consonância com o Projeto Político-Pedagógico, devendo englobar todos os aspectos do

trabalho a ser desenvolvido na execução da medida socioeducativa, a partir do levantamento

das necessidades de toda comunidade socioeducativa, das especificidades regionais e das

características do próprio programa, garantindo-se condições para as atividades específicas

que decorrem dos planos individuais dos adolescentes/jovens.

TÍTULO II

DOS DIREITOS, DEVERES E ESTÍMULOS

Capítulo I

DOS DIREITOS

Art. 13 Ao adolescente/jovem são assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença

ou pela lei, sem distinção racial, social, religiosa, política ou de gênero.

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Art. 14 São direitos do(a) adolescente/jovem:

I - entrevistar-se, reservadamente, com representante do Ministério Público, do Poder

Judiciário, da Defensoria Pública ou com seu(s) advogado(s);

II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;

III - obter informação sobre sua situação processual;

IV - receber tratamento com respeito e dignidade, assegurando-se o chamamento pelo nome, a

proteção contra qualquer forma de sensacionalismo e o sigilo das informações;

V - ter acesso às políticas sociais, prestadas por meio de assistências básicas e especializadas,

promovidas, direta ou indiretamente, pela unidade;

VI - receber visitas semanalmente;

VII - corresponder-se com seus familiares e demais pessoas devidamente autorizadas por sua

equipe técnica de referência e coordenações da unidade;

VIII - manter a posse de objetos pessoais, desde que não proibidos pelas normas disciplinares

institucionais previstas neste Regimento;

IX - receber, quando de seu desligamento, os documentos pessoais indispensáveis à vida em

sociedade, bem como os pertences entregues por ocasião do seu ingresso;

X - solicitar Medida de Convivência Protetora, assegurando-se espaço físico apropriado,

quando estiver em situação de risco;

XI - receber orientação das regras da rotina da unidade e das normas deste Regimento

Interno das unidades, bem como das previsões de natureza disciplinar;

XII - receber, periodicamente, informações sobre a evolução do seu Plano Individual de

Atendimento - PIA;

XIII - participar de avaliação diagnóstica polidimensional, que deve incluir também sua

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família, no momento de seu ingresso nos Centros de Internação Provisória;

XIV - receber material de higiene pessoal, roupas de cama e banho ou qualquer outro

material e/ou vestuário que faça parte dos procedimentos e regras da unidade;

XV - ser acompanhado por seus pais ou responsáveis e por defensor público ou advogado, em

qualquer fase do procedimento administrativo ou judicial;

XVI - ser respeitado em sua personalidade, intimidade, liberdade de pensamento e religião e

em todos os direitos não expressamente limitados na sentença;

XVII - participar da avaliação inicial e continuada pela equipe de referência.

Capítulo II

DOS DEVERES

Art. 15 Cumpre ao adolescente/jovem submeter-se às normas de execução das medidas

socioeducativas de internação e de semiliberdade, bem como às normas atinentes à internação

provisória e ao atendimento inicial, ao Projeto Político-Pedagógico da Funase, ao

Procedimento Operacional de Segurança Socioeducativa – POSS, ao Plano Individual de

Atendimento - PIA e a este Regimento, em especial:

I - tratar com educação, cordialidade e respeito as autoridades, funcionários, visitantes e os

demais adolescentes;

II - ter conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fugas ou de transgressão

da ordem ou disciplina;

III - seguir as orientações dos funcionários da unidade, no desempenho de suas atribuições;

IV - participar das atividades pedagógicas, previstas no Plano Individual de Atendimento -

PIA;

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V - cumprir, quando imposta, a sanção disciplinar;

VI - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhes forem destinados, direta ou

indiretamente;

VII - manter a higiene pessoal;

VIII - realizar e manter a limpeza dos seus alojamentos;

IX - permitir a revista pessoal, de seu alojamento e pertences, sempre que necessário e a

critério da unidade;

X - permitir a revista e controle, pela área competente, de seus bens, pertences e valores,

quando da entrada na unidade;

XI - atender à ordem de contagem e conferência nominal dos adolescentes/jovens,

respondendo ao sinal da autoridade competente, para o controle da segurança e disciplina;

XII - encaminhar ao setor competente os objetos ou valores, cuja entrada não seja permitida

na unidade;

XIII - devolver ao setor competente os objetos fornecidos pela unidade e destinados ao uso

próprio, quando de seu desligamento.

Capítulo III

DOS ESTÍMULOS

Art. 16 Os estímulos têm por objetivo reconhecer as mudanças comportamentais do

adolescente/jovem, bem como seu interesse e dedicação nas atividades pedagógicas no

cumprimento da medida socioeducativa, devendo ser registrado em seu prontuário e Relatório

de Acompanhamento.

Art. 17 São estímulos:

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I - o elogio, por escrito em sua pasta de execução de medida;

II - a recompensa.

§ 1° A recompensa será atribuída ao adolescente/jovem que, além de demonstrar interesse e

dedicação nas atividades pedagógicas no cumprimento da medida socioeducativa, atingir as

metas fixadas no Plano Individual de Atendimento – PIA.

§ 2º Compete ao coordenador geral, ouvida a equipe técnica de referência, conceder,

suspender ou restringir o elogio ou recompensa.

Art. 18 Constituem recompensas que podem ser concedidas ao adolescente/jovem,

ressalvadas as restrições impostas em sentença:

I - assistir a sessões de cinema, teatro, shows, jogos esportivos, dentro ou fora da unidade, e a

outras atividades socioculturais ou de lazer, em épocas especiais ou fora do horário de

atendimento;

II - participar de atividades coletivas, em horário diferenciado, definido pela coordenação da

unidade, diverso da escola e de cursos profissionalizantes;

III - concorrer em festivais ou campeonatos esportivos.

Parágrafo único. A recompensa poderá ser concedida individual ou coletivamente dentre as

hipóteses previstas neste artigo.

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TÍTULO III

DA AÇÃO SOCIOEDUCATIVA

Capítulo I

DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Art. 19 O Projeto Político-Pedagógico visa a subsidiar e nortear a elaboração dos Planos

Operativos das modalidades de atendimento e de cada unidade, bem como a execução, o

monitoramento e a avaliação das ações desenvolvidas.

Art. 20 Os parâmetros da ação socioeducativa adotados pela Funase são estruturados por 08

(oito) Eixos Estratégicos, pautados pelo que preconiza o Sinase.

Art. 21 São modalidades de Eixos Estratégicos:

I - suporte institucional e pedagógico;

II - diversidade étnico-racial, gênero e orientação sexual;

III - educação;

IV - esporte, cultura e lazer;

V - saúde;

VI - abordagem familiar e comunitária;

VII - profissionalização, trabalho e previdência;

VIII - segurança.

Art. 22 O Projeto Político-Pedagógico abordará os fundamentos teórico-metodológicos, que

têm por escopo o caráter formativo pautado nos valores que orientam os adolescentes/jovens,

preparando-os para o convívio social.

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Art. 23 São diretrizes da ação socioeducativa, constantes no Projeto Político-Pedagógico:

I - educação para valores;

II - protagonismo juvenil;

III - cultura da trabalhabilidade; e

IV - cultura de paz.

Capítulo II

DA RECEPÇÃO

Art. 24 A recepção é o procedimento que dá início ao processo socioeducativo, momento em

que é realizada a identificação e o ingresso do adolescente/jovem, prosseguindo-se com a

acolhida que lhe oportuniza conhecer o ambiente e a rotina institucional.

Art. 25 Na chegada do adolescente/jovem à unidade, o funcionário responsável pelo acesso

deve identificar os seus condutores e comunicar à equipe de recepção que vai proceder à

acolhida do adolescente/jovem.

Art. 26 Na hipótese do atendimento inicial, sobretudo quando tratar-se de adolescente/jovem

apreendido em virtude de flagrante infracional, a equipe de recepção realizará a admissão do

adolescente/jovem, mediante auto de apreensão em flagrante de ato infracional, expedido pela

autoridade policial.

Art. 27 Na hipótese de internação provisória, a equipe de recepção realizará a admissão do

adolescente/jovem, mediante Guia de Internação Provisória ou Mandado de Busca e

Apreensão.

Parágrafo único. A Guia de Internação Provisória será instruída, obrigatoriamente, com os

seguintes documentos, além de outros considerados pertinentes pela autoridade judicial:

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I - documentos de caráter pessoal do adolescente/jovem existentes no processo de

conhecimento, especialmente os que comprovem sua idade;

II - cópia da representação e/ou do pedido de internação provisória;

III - cópia da certidão de antecedentes;

IV - cópia da decisão que determinou a internação.

Art. 28 Ao ser realizado o ingresso do adolescente/jovem, a equipe de recepção inicial deve:

I - realizar a identificação do adolescente/jovem;

II - conferir a documentação exigida pela legislação em vigor;

III - executar revista minuciosa no adolescente/jovem e nos seus pertences;

IV - catalogar os pertences pessoais dos adolescentes/jovens, sendo os autorizados,

devolvidos ao socioeducando, e os não autorizados, registrados em livro de ocorrência e

encaminhados à Coordenação Geral da unidade;

V - observar se existe no adolescente/jovem marca de ferimento ou qualquer sinal de

violência física, devendo ser exigido o laudo do IML ou o ofício da delegacia de polícia,

encaminhando o adolescente/jovem para o IML, com o carimbo do recebimento;

VI - entregar ao condutor o termo de recebimento com ressalvas que discriminem a condição

física do adolescente/jovem, com a assinatura deste e do condutor, quando constatada a

existência de marca de ferimento ou qualquer sinal de violência física recente;

VII - lançar em livro próprio a entrada do adolescente/jovem, anotando data, hora, local,

nome e matrícula do funcionário que o recepcionou, bem como as condições apresentadas;

VIII - assinar o documento recebendo o adolescente/jovem e devolver uma via aos

condutores do adolescente/jovem, anotando data, hora, local, nome e matrícula do funcionário

que o recepcionou;

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IX - possibilitar a higiene pessoal do adolescente/jovem;

X - proceder à condução do adolescente/jovem aos setores competentes, bem como

encaminhar a documentação de acompanhamento para a Coordenação Geral da unidade;

XI - identificar os bens de valor, como dinheiro, correntes, adornos e eletrônicos, guardando-

os em local de acesso restrito, sendo entregues à família e/ou responsáveis, o mais breve

possível;

XII - comunicar à Coordenação Geral, caso durante a revista forem encontrados quaisquer

substâncias ou objetos ilícitos, determinando o encaminhamento à autoridade policial, para

registro, acompanhado de uma testemunha e do material recolhido;

XIII - encaminhar o adolescente/jovem para emergência médica, quando necessário;

XIV - liberar os condutores do adolescente/jovem somente após a assinatura do termo de

recebimento emitido pela equipe de recepção da unidade.

Capítulo III

DA ACOLHIDA

Art. 29 Ultrapassada a fase de recepção do adolescente/jovem, o mesmo deve ser acolhido

pela Coordenação Geral e/ou Coordenação Técnica e, posteriormente, designada a equipe

técnica de referência.

§ 1º No caso de entrada noturna, o adolescente/jovem ficará no espaço destinado ao

acolhimento inicial, devendo ser providenciado no primeiro dia útil seguinte:

I - o acolhimento inicial do adolescente/jovem, que compreende o atendimento pela equipe

técnica e posterior encaminhamento aos demais serviços;

II - o contato e a orientação dos familiares ou responsáveis legais do adolescente/jovem

quanto às normas da unidade e da instituição;

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III - o cadastramento, inclusive com a identificação fotográfica, e/ou a atualização dos dados

do adolescente/jovem no Sistema de Informação para Infância e Juventude/Sipia/Sinase;

IV - o coordenador, geral ou técnico, deverá designar a equipe técnica de referência do

adolescente/jovem.

§ 2º O atendimento técnico inicial, a orientação aos familiares ou responsáveis legais, bem

como o cadastro no Sipia, devem ser feitos em horário de expediente;

§ 3° Caso o adolescente/jovem esteja utilizando algum tipo de medicamento, essa informação

deve ser repassada, imediatamente, ao setor de saúde ou, na ausência de funcionários desta

equipe, à Coordenação Geral e/ou Técnica, para que não haja interrupção no tratamento;

§ 4º Os pertences que não puderem ficar com o adolescente/jovem devem ser entregues pelo

setor competente à família do mesmo ou ao seu responsável, mediante assinatura do termo de

entrega de pertences;

§ 5º Caso não seja possível realizar a entrega dos pertences à família do adolescente/jovem,

estes deverão ser identificados e acondicionados em local apropriado.

Art. 30 Se a unidade for desprovida de serviço de saúde, o mesmo deve ser buscado junto aos

recursos existentes na comunidade.

Art. 31 Ao adolescente/jovem, desde a recepção/acolhida, deverá ser oportunizada a

realização de atividades ao ar livre, lúdicas, de leitura e visita por familiares, além de outros

direitos garantidos em legislação específica, em especial, nas Leis Federais n°. 8.069/1990 e

12.594/2012.

Art. 32 Deve ser realizado, com a maior brevidade possível, o estudo de caso do

adolescente/jovem, com a finalidade de se discutirem os encaminhamentos a serem adotados,

bem como subsidiar a produção de relatórios, diagnóstico polidimensional e Plano Individual

de Atendimento - PIA.

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Capítulo IV

DA INSERÇÃO DOS ADOLESCENTES/JOVENS

Art. 33 A inserção deverá ocorrer, de forma gradual, nas atividades socioeducativas,

devendo-se considerar os seguintes aspectos:

I - idade;

II - compleição física;

III - histórico e complexidade do ato infracional;

IV - nível de escolaridade;

V - existência de rivalidades e/ou desafetos.

§ 1º A equipe de referência deverá orientar o adolescente/jovem quanto às atividades

socioeducativas das quais irá participar;

§ 2º No caso da identificação de existência de rivalidades e/ou desafetos, a equipe de

referência, em conjunto com a Coordenação Geral e/ou Técnica da unidade, deverá avaliar os

encaminhamentos mais adequados, frente à situação.

Capítulo V

DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO - PIA

Art. 34 O Plano Individual de Atendimento - PIA é um instrumento metodológico de

previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente/jovem.

Art. 35 O PIA será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica de referência da

unidade na qual o adolescente/jovem esteja inserido, com a participação efetiva deste e de sua

família, representada por seus pais ou responsáveis.

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§ 1º O PIA deverá contemplar as necessidades, desejos e expectativas do adolescente/jovem,

tendo como referência o contexto sociofamiliar, cultural, educacional e de saúde,

transformando-os em metas a serem alcançadas durante o cumprimento da medida

socioeducativa.

§ 2º O PIA integrará, obrigatoriamente, o prontuário de acompanhamento do

adolescente/jovem.

Art. 36 O Plano Individual de Atendimento estabelecerá progressividade durante o

cumprimento da medida socioeducativa, condicionada ao desempenho e mérito do

adolescente/jovem, visando à inserção em atividades que exijam maior responsabilidade,

inclusive em ambiente externo, assim como a liberação gradativa, salvo se não houver

determinação judicial em contrário.

Art. 37 A equipe de referência, juntamente com o adolescente/jovem e seus familiares,

poderá, sempre que necessário, reavaliar as metas fixadas no Plano Individual de

Atendimento, de acordo com o desenvolvimento demonstrado pelo adolescente/jovem.

Capítulo VI

DA GESTÃO DE VAGAS

Art. 38 A Gestão de Vagas será disciplinada em instrumento próprio e funcionará vinculada

à Superintendência da Política de Atendimento – Supat, centralizando, fiscalizando e gerindo

todas as informações relacionadas às vagas disponíveis nas unidades da Funase, bem como os

critérios para transferências dos adolescentes/jovens.

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TÍTULO IV

DAS POLÍTICAS SOCIAIS

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 39 Ao adolescente/jovem, é garantido o acesso às políticas sociais básicas,

providenciadas pela unidade, através de integração com os equipamentos públicos próximos

ao local de atendimento e com a comunidade.

Art. 40 São assistências básicas ao(à) adolescente/jovem:

I - material;

II - educacional, profissionalizante, cultural, esportiva e ao lazer;

III – de saúde;

IV - social;

V - religiosa;

VI - jurídica.

Parágrafo único. Os procedimentos para garantir o acesso às políticas sociais, através das

assistências básicas ao adolescente/jovem, serão definidos nos Planos Operativos elaborados

pelas coordenações técnicas e equipes e no Plano Individual de Atendimento.

Capítulo II

DA ASSISTÊNCIA MATERIAL

Art. 41 A assistência material será padronizada e deverá assegurar:

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I - alimentação balanceada e suficiente;

II - vestuário;

III - guarnição de cama e banho;

IV - acesso a produtos básicos e objetos de higiene e asseio pessoal;

V - acolhimento em alojamento, em condições adequadas de habitabilidade, higiene,

salubridade e segurança.

Capítulo III

DAS ASSISTÊNCIAS EDUCACIONAL, PROFISSIONALIZANTE, CULTURAL,

ESPORTIVA E AO LAZER

Art. 42 As assistências educacional, profissionalizante, cultural, esportiva e ao lazer

proporcionarão a inclusão escolar do(a) adolescente/jovem, garantindo, ainda:

I - acesso ao Ensino Fundamental e Médio, obrigatório e gratuito, em horários alternados e

compatíveis, sem distinção racial ou de gênero, de deficiências intelectuais ou físicas e com

estrita observância aos princípios tratados neste Regimento;

II - acesso a outros níveis de ensino, de acordo com a capacidade de cada adolescente/jovem;

III - acesso à educação profissional, obrigatória e gratuita, considerando a demanda dos

adolescentes/jovens e do mercado de trabalho, de acordo com a legislação vigente;

IV - acesso a espaços internos que proporcionem contato e uso dos recursos didáticos e

pedagógicos;

V - espaços adequados, visando ao pleno desenvolvimento das ações educacionais, compostos

por salas de leitura, oficinas culturais e profissionalizantes;

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VI - acesso às fontes de cultura que apoiem e estimulem as diferentes manifestações culturais

e a liberdade de criação;

VII - atividade de esporte, recreação e lazer, com fins educacionais e de desenvolvimento à

saúde, por meio de metodologia inclusiva às diversas atividades físicas, aliadas ao

conhecimento sobre o corpo e a socialização.

Capítulo IV

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 43 A assistência à saúde consiste na promoção e na atenção integral à saúde do

adolescente/jovem, por meio de ações educativas, preventivas, curativas e terapêuticas, de

forma articulada e integrada com o Sistema Único de Saúde, nas instâncias municipal,

estadual e federal, bem como através de parcerias com entidades afins, especialmente:

I - acompanhamento do desenvolvimento físico e psicossocial;

II - acompanhamento terapêutico, psicológico e psiquiátrico;

III - saúde sexual e reprodutiva;

IV - participação no Programa Nacional de Imunização;

V - saúde bucal;

VI - prevenção e controle de agravos;

VII - prevenção de violência e assistência às vítimas;

VIII - recebimento de medicamentos e insumos farmacêuticos;

IX - acesso a dietas especiais, devidamente prescritas;

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X - prevenção ao uso de álcool e outras drogas.

Art. 44 O adolescente/jovem com deficiência e a adolescente/jovem gestante serão

encaminhados a atendimento especializado.

Parágrafo único. São garantidas à adolescente/jovem gestante assistências pré-natal,

perinatal, ao parto e o direito à permanência com o recém-nascido, mesmo quando houver

restrição ao aleitamento materno, pelo prazo mínimo de 06 (seis) meses.

Capítulo V

DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 45 A assistência social garantirá o acesso e a inclusão do adolescente/jovem nos

programas, bens e serviços da rede socioassistencial, promovendo o fortalecimento da

cidadania, por meio da convivência familiar e comunitária, proporcionando, dentre outros:

I - acompanhamento sistemático e contínuo do adolescente/jovem e sua família durante o

cumprimento da medida socioeducativa;

II - orientação, encaminhamento e acompanhamento dos procedimentos oficiais para

obtenção dos documentos pessoais;

III - integração e acesso às assistências básicas e especializadas previstas neste Regimento,

por meio da rede socioassistencial;

IV - intermediação do acesso à Previdência Social e programas de transferência de renda.

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Capítulo VI

DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

Art. 46 A assistência religiosa, com liberdade de crença e participação, será oferecida ao

adolescente/jovem, permitindo-lhe o acesso aos serviços organizados na unidade, em local

apropriado para encontros e celebrações.

Parágrafo único. A assistência religiosa será organizada pela Coordenação Geral,

Coordenação Técnica e equipes de funcionários, além de membros da comunidade,

voluntários, parceiros e colaboradores.

Capítulo VII

DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA

Art. 47 Ao adolescente/jovem, será assegurada assistência jurídica gratuita, nos termos do

ECA e da Lei do Sinase.

Art. 48 Ao adolescente/jovem e sua família, serão ainda asseguradas informações sobre a

situação processual, prestadas pelos advogados lotados nas unidades.

TÍTULO V

DO REGULAMENTO DISCIPLINAR

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 49 A disciplina é instrumento norteador de viabilização do Projeto Político-Pedagógico

e do Plano Individual de Atendimento, a fim de alcançar a natureza pedagógica da medida

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socioeducativa.

Art. 50 Não será aplicada sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou

regulamentar, garantindo o devido processo administrativo e a ampla defesa.

§ 1º O adolescente/jovem não poderá ser responsabilizado mais de uma vez por um único

fato.

§ 2º São vedadas sanções que impliquem em tratamento cruel, desumano, degradante, e por

tempo indeterminado.

§ 3º É proibida qualquer sanção que importe prejuízo às atividades obrigatórias, consistentes

na educação escolar e profissional, atividades esportivas ministradas dentro do ensino formal

e nas medidas de atenção à saúde.

Art. 51 A sanção disciplinar será aplicada pelo Conselho Disciplinar e executada pelo

coordenador geral da unidade.

Capítulo II

DA FUGA

Art. 52 A fuga consiste na saída do adolescente/jovem da unidade sem prévia autorização da

Coordenação Geral e ou Coordenação Técnica.

Art. 53 Na ocorrência de fuga, ou no primeiro dia útil subsequente, a Coordenação Geral

comunicará imediatamente à autoridade judiciária, mediante ofício, sob pena das

responsabilidades legais cabíveis.

Art. 54 Será admitido o retorno espontâneo do adolescente/jovem nos programas de

Semiliberdade, em até 72 horas a partir de sua evasão, independentemente de autorização

judicial, desde que acompanhado dos pais ou responsável legal, os quais deverão assinar

Termo de Compromisso perante a unidade, conforme anexo II deste Regimento.

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Parágrafo primeiro. O disposto no caput deste artigo não será aplicado em caso do

adolescente/jovem ter recebido sanção, com a perda da liberação do final de semana através

do Conselho Disciplinar.

Parágrafo segundo. Também será admitido o retorno espontâneo do adolescente/jovem no

Programa de Semiliberdade, quando houver a comunicação dos pais ou responsável legal à

equipe técnica, Coordenação geral ou Técnica, em até 24 horas de sua evasão, desde que

devidamente justificado.

Parágrafo terceiro. Fica a gestão da unidade de semiliberdade obrigada a comunicar ao

Poder Judiciário, através de relatório circunstanciado, no caso do retorno espontâneo do

adolescente/jovem ultrapassar o número de três vezes, sem prejuízo de já ter comunicado a

fuga através de ofício.

Capítulo III

DAS FALTAS DISCIPLINARES

Art. 55 Entende-se por falta disciplinar a conduta do adolescente/jovem que coloca em risco

a sua segurança ou da unidade socioeducativa, infringindo normas, regras, assim reconhecidas

e tipificadas neste Regimento, classificadas em faltas disciplinares leves, médias e graves.

Art. 56 Após a devida apuração da falta disciplinar que resulte em aplicação da sanção, esta

deve ser registrada no Relatório de Acompanhamento e no respectivo prontuário do

adolescente/jovem.

Parágrafo único. A falta disciplinar de natureza leve será submetida a procedimento

simplificado realizado pelo coordenador geral da unidade ou por delegação deste, para

aplicação de advertência verbal, devendo ser registrada no Relatório de Acompanhamento e

no respectivo prontuário do adolescente/jovem.

Art. 57 Na forma tentada, será aplicada, com razoabilidade e proporcionalidade, até 2/3 (dois

terços) da sanção correspondente à falta disciplinar consumada.

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Art. 58 O adolescente/jovem que concorrer para o cometimento da falta disciplinar incidirá

nas mesmas sanções cominadas ao autor, na medida de sua participação.

Parágrafo único. O reiterado cometimento de faltas disciplinares poderá ensejar o pedido de

reavaliação da medida, com prévio estudo de caso a ser elaborado pela equipe que o assiste.

Art. 59 Nas faltas disciplinares que importem em crime ou ato infracional, a Coordenação

Geral da unidade deverá acionar a autoridade policial e/ou encaminhar o(s) envolvido(s) à

delegacia competente, comunicando o fato ao juiz da Comarca de origem e/ou à respectiva

Vara Regional para os fins previstos em lei.

§ 1º Caso a autoridade competente determine o retorno do adolescente/jovem à unidade,

caberá ao Conselho Disciplinar aplicar a sanção cabível.

Art. 60 Os pais ou responsáveis legais pelo adolescente/jovem ao qual se imputa prática de

falta disciplinar serão comunicados da ocorrência, mediante assinatura em termo próprio, no

primeiro dia de visita posterior ao fato.

Parágrafo único. O termo tratado no caput será juntado ao prontuário de acompanhamento

do(a) adolescente/jovem e registrado no Sipia/Sinase.

Art. 61 A atitude do adolescente/jovem, face às normas disciplinares, será avaliada

sistematicamente durante o cumprimento da medida socioeducativa, devendo constar esta

informação do relatório de acompanhamento enviado à autoridade, bem como registrado no

Sipia/Sinase, podendo ser classificada em:

I - muito boa, quando não houver cometido nenhuma falta disciplinar;

II - boa, quando a única sanção aplicada tiver sido por falta disciplinar de natureza leve;

III - regular, quando do cometimento de falta disciplinar de natureza média ou mais de uma

vez, por infração de natureza leve;

IV - ruim, quando do cometimento de falta disciplinar de natureza grave ou reincidência em

infração de natureza média;

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V - muito ruim, quando do cometimento de reiteradas faltas disciplinares de natureza grave;

SEÇÃO I

DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA LEVE

Art. 62 Considera-se falta disciplinar de natureza leve:

I - não cumprir a rotina estabelecida pela unidade;

II - transitar indevidamente pelos espaços não permitidos da unidade;

III - adentrar em alojamento alheio, sem autorização;

IV - dificultar a visibilidade do interior dos alojamentos;

V - apostar em jogos de azar de qualquer natureza;

VI - portar ou entregar ao adolescente/jovem de outro alojamento quaisquer objetos sem a

devida autorização;

VII - não colaborar com a limpeza e organização dos espaços de convivência;

VIII - desrespeitar, desacatar ou agredir verbalmente qualquer pessoa, bem como propagar

boatos, intrigas, difamações, calúnias e mentiras;

IX - recusar-se a ingerir medicamento prescrito e/ou utilizá-lo de forma inadequada;

X - desrespeitar os limites sonoros estabelecidos pela unidade;

XI - levar ao alojamento ou a outra dependência objetos utilizados no atendimento técnico,

nas atividades pedagógicas, nas oficinas e/ou salas de aula, bem como prejudicar o andamento

destas;

XII - dificultar a revista pessoal e/ou do espaço de convivência;

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XIII - comunicar-se com visitantes de outro(a) adolescente/jovem sem a devida autorização;

XIV - trazer equipamentos eletroeletrônicos, dinheiro e/ou outros objetos sem a devida

autorização;

XV - destruir objetos fornecidos pela unidade;

XVI - praticar gesto obsceno de natureza libidinosa;

XVII - retornar à unidade portando novos objetos permitidos, sem a nota fiscal ou qualquer

comprovante.

Parágrafo único. A todas as faltas disciplinares previstas neste artigo, será aplicada a sanção

de advertência, na sua forma verbal, sem prejuízo das medidas de reparação do dano,

observado o procedimento simplificado previsto no parágrafo único do art. 55.

SEÇÃO II

DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA MÉDIA

Art. 63 Considera-se falta de natureza média:

I - reiterar quaisquer das faltas disciplinares elencadas no artigo anterior;

II - consumir drogas lícitas e/ou ilícitas;

III - praticar atos de comércio;

IV - praticar pichações nos alojamentos e/ou em outros ambientes da unidade;

V - simular doença ou ingestão de medicação e/ou produtos químicos;

VI - tentar fugir;

VII - facilitar a fuga de outrem;

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VIII - Fugir e retornar, espontaneamente, no caso do adolescente/jovem em cumprimento

medida socioeducativa de semiliberdade, observado o disposto no art. 54;

IX - atrasar reiteradamente, sem justa causa, o retorno à Casa de Semiliberdade quando das

saídas autorizadas para o adolescente/jovem;

X - não retornar, sem justa causa, à Casa de Semiliberdade quando das saídas autorizadas para

o adolescente/jovem;

XI - sair sem autorização da Casa de Semiliberdade;

XII - sair para qualquer atividade externa e desviar-se de seu percurso ou separar-se sem

autorização, quando acompanhado(a) de um(a) funcionário(a) da unidade;

XIII – Não apresentar regularidade na escola e demais atividades externas, matriculadas pela

unidade;

XIV - retornar à unidade com sintomas de uso de drogas lícitas ou ilícitas;

XV - arremessar dejetos ou restos de comida em pessoas;

XVI - ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico.

SEÇÃO III

DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA GRAVE

Art. 64 Considera-se falta disciplinar de natureza grave:

I - reiterar qualquer das faltas disciplinares de natureza média;

II - incitar, liderar ou participar de tumultos ou rebeliões com vistas a subverter a ordem e a

segurança da unidade;

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III - tentativa de estupro;

IV - estupro;

V - depredar o patrimônio da unidade;

VI - atentar contra a vida dos demais adolescentes/jovens, funcionários (as) e/ou visitantes;

VII - possuir ou portar arma de fogo;

VIII - receber, fabricar e/ou portar objetos perfurocortantes (sucho, armas brancas e/ou outros

objetos), que ponham em risco à integridade física de outrem, a rotina e/ou a segurança da

unidade;

IX - subtrair, para si ou para outrem, pertences dos adolescentes/jovens, funcionários(as) e/ou

visitantes;

X - praticar agressão física ao adolescente/jovem, funcionário(a) e/ou visitantes;

XI - coagir ou induzir outro adolescente/jovem à prática de ato infracional/crime;

XII - importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,

oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a

consumo ou oferecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com

determinação legal ou regulamentar;

XIII - estabelecer relação de exploração sexual, física, psicológica ou de trabalho com outro

adolescente/jovem, mediante violência ou grave ameaça;

XIV - induzir, instigar ou auxiliar automutilação de outrem;

XV - automutilar-se com intenção de responsabilizar outrem;

XVI - fazer uso, sem autorização, ou ter consigo aparelho de telefone, de radiocomunicação

ou equivalentes;

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XVII - provocar ou tentar incêndio na unidade e/ou objetos.

Parágrafo único. Toda falta de natureza grave deverá ser comunicada imediatamente à

Coordenação Geral, que fará o encaminhamento dos envolvidos à delegacia competente,

quando a prática configurar crime ou ato infracional, para as providências cabíveis, além da

comunicação do fato ao juízo competente pelo acompanhamento da medida e/ou processos em

apuração, bem como aos responsáveis pelo(a) adolescente/jovem.

Capítulo IV

DAS SANÇÕES

Art. 65 Não haverá sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão neste Regimento,

sendo vedada a sua aplicação enquanto perdurarem dúvidas quanto à materialidade e/ou

autoria do fato.

Parágrafo único. A aplicação das sanções disciplinares não excluem as responsabilidades de

natureza cível ou penal que advenham do ato cometido.

Art. 66 Não será aplicada sanção disciplinar ao adolescente/jovem que tenha praticado a

falta:

I - em legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de um direito ou no estrito

cumprimento de um dever legal;

II - quando lhe for inexigível conduta diversa ou não houver o potencial conhecimento da

ilicitude de sua conduta.

Parágrafo único. Pune-se somente o autor da ordem, se a falta disciplinar grave for cometida

sob coação irresistível.

Art. 67 Constituem sanções disciplinares:

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I - advertência verbal;

II - reparação do dano;

III - suspensão de atividades esportivas, culturais e de lazer, sem prejuízo das atividades

obrigatórias;

IV - restrição do adolescente/jovem em seu alojamento ou espaço de convivência, sem

prejuízo das atividades obrigatórias.

§ 1º O adolescente/jovem, em todas as fases da aplicação de sanção disciplinar, deverá

receber cuidados básicos de forma integral, bem como acompanhamento da equipe

multidisciplinar, garantindo-se o acesso irrestrito aos técnicos.

Capítulo V

DA APLICAÇÃO

Art. 68 As sanções serão aplicadas observando os princípios da brevidade e da

proporcionalidade, bem como a natureza, os motivos, as circunstâncias, as consequências do

fato e a capacidade de serem cumpridas pelo adolescente/jovem.

Art. 69 As medidas previstas no artigo 67 serão preferencialmente aplicadas de forma isolada,

podendo ser cumuladas mediante justificativa.

Art. 70 As sanções disciplinares serão aplicadas observando os seguintes prazos:

I - na falta de natureza média:

a) suspensão de atividades esportivas, culturais e de lazer, de 05 (cinco) a 10 (dez) dias;

b) restrição em seu alojamento ou espaço de convivência, de 03 (três) a 07 (sete) dias.

II - na falta de natureza grave:

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a) suspensão de atividades esportivas, culturais e de lazer, de 10 (dez) a 20 (vinte) dias;

b) restrição em seu alojamento ou espaço de convivência, de 10 (dez) a 15 (quinze) dias.

Art. 71 Computa-se, em qualquer caso, para fins de cumprimento da sanção disciplinar, o

tempo de permanência na medida cautelar.

SEÇÃO I

DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

Art. 72 São circunstâncias atenuantes na aplicação das sanções:

I - primariedade em falta disciplinar;

II - histórico disciplinar favorável do adolescente/jovem na unidade;

III - perturbação mental ou psicológica, avaliada por profissional de saúde;

IV - assiduidade e bom aproveitamento nas atividades pedagógicas;

V - bom desempenho nas metas do plano individual de atendimento - PIA;

VI - ter o adolescente/jovem:

a) evitado ou minimizado espontaneamente as consequências, logo após o cometimento da

falta disciplinar;

b) cometido falta sob coação a que poderia resistir, ou em cumprimento de ordem ou sob a

influência de violenta emoção, provocada por ato injusto de outrem;

c) confessado espontaneamente, perante a autoridade apuradora, a autoria da falta disciplinar,

até então ignorada ou atribuída a outrem;

d) cometido a falta disciplinar sob a influência de tumulto, se não o provocou;

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e) desistido de prosseguir na execução da falta disciplinar;

f) cometido a falta na condição de seu estado puerperal, no caso da adolescente/jovem.

SEÇÃO II

DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

Art. 73 São circunstâncias agravantes na aplicação das sanções:

I - reincidência em falta disciplinar;

II - ter o adolescente/jovem promovido, organizado ou induzido a prática de falta disciplinar

ou, ainda, dirigido a atividade dos demais participantes, exercendo coação;

III - ter executado a falta disciplinar, ou dela participado, mediante pagamento ou promessa

de recompensa;

IV - ter o adolescente/jovem cometido a falta disciplinar:

a) por motivo fútil ou torpe;

b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem em outra

falta disciplinar;

c) à traição, de emboscada, dissimulação ou com abuso de confiança;

d) com emprego de fogo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar

perigo comum;

e) sob efeito de substâncias psicoativas;

f) em concurso de dois ou mais adolescentes/jovens.

Parágrafo único. Havendo prevalência de circunstâncias agravantes, o tempo limite da

sanção aplicada ao (a) adolescente/jovem poderá ser ampliado até o dobro.

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TÍTULO VI

DO CONSELHO DISCIPLINAR

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 74 O Conselho Disciplinar é uma instância formal por meio do qual se apura, de forma

individualizada, a ocorrência de falta disciplinar praticada por adolescente/jovem, aplicando-

se a sanção disciplinar correspondente, sendo assegurado o direito à ampla defesa e ao

contraditório, priorizando-se as práticas restaurativas no processo de responsabilização dos

adolescentes/jovens.

Art. 75 O Conselho Disciplinar será composto por três titulares e três suplentes, sendo estes:

I - um representante dos gestores;

II - um representante da equipe técnica;

III - um representante dos agentes socioeducativos.

§ 1º O advogado não poderá compor o Conselho Disciplinar.

§ 2º O(s) funcionário(s) que esteja(m) envolvido(s) no fato apurado participarão como

informante(s) para fins de prova, se assim demandado, devendo o substituto ser designado

pela Coordenação Geral.

§ 3º A formação do conselho contará com membros permanentes, sendo renovada sua

composição a cada 06 (seis) meses, e suas plenárias terão formato de audiência una, com

ouvida direta do (s) adolescente/jovem (s) envolvido (s) e da(s) vítima (s), bem como dos

funcionarios que presenciaram o evento, a partir de situações que ensejem a aplicação de

sanções disciplinares.

§ 4º Fica assegurada a defesa do (s) adolescente/jovem (s) em sede do Conselho Disciplinar

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através da Defensoria Pública ou de advogado particular, caso possua e, na impossibilidade

dos profissionais referidos, será nomeado para defesa, o advogado da unidade.

§ 5º Os membros do conselho não poderão se abster à tomada de decisões sobre as sanções

disciplinares a serem aplicadas.

§ 6º É vedada a aplicação de sanção por pessoa não constituída como membro do conselho

disciplinar.

Capítulo II

DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Art. 76 É dever do funcionário que, por qualquer meio, presenciar ou tiver conhecimento de

falta disciplinar, de qualquer natureza, comunicar por escrito e de forma legível, o fato através

de instrumento próprio, anexo I deste Regimento, à Coordenação Geral, contendo:

I - nome e a identificação do adolescente/jovem;

II - local e hora da ocorrência;

III - descrição detalhada dos fatos;

IV - rol de testemunhas;

V - identificação da(s) vítima(s).

§ 1º O comunicado tratado no caput será enviado ao Conselho Disciplinar através da

Coordenação Geral da unidade.

§ 2º A apuração da falta não impede a adoção de medidas cautelares fundamentadas na

proteção à integridade física e/ou psicológica do (s) adolescente/jovem (s) envolvido (s),

correspondentes à natureza da falta praticada.

Art. 77 Na ocorrência de faltas disciplinares médias e graves, em qualquer circunstância, o

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fato deverá ser registrado e detalhado no Livro de Ocorrência e/ou Registro Diário, e assinado

pelo responsável do plantão, que comunicará aos gestores, imediatamente, por instrumento

próprio, seguindo o modelo do anexo I.

Parágrafo único. No caso de faltas de natureza grave, o gestor deverá comunicar

imediatamente o fato à Presidência da Funase, à Superintendência da Política de Atendimento

– Supat e à Coordenadoria de Segurança – CSeg, sem prejuízo do encaminhamento do

Relatório Circunstânciado de Ocorrência à Corregedoria, quando houver envolvimento de

funcionários, nos termos da Portaria Nº 001/2019.

Art. 78 O Conselho Disciplinar procederá à imediata oitiva do(s) adolescentes/jovens e das

testemunhas indicadas, e, na sua impossibilidade, designará data com a maior brevidade

possível, observando os prazos estabelecidos no artigo 79, § 6º.

Art. 79 Encerradas as oitivas e não sendo necessária a produção de outras provas, o Conselho

Disciplinar, assegurados a ampla defesa e o contraditório, proferirá decisão indicando a

sanção a ser aplicada.

§ 1º A decisão proferida deverá ser encaminhada à equipe de referência do adolescente/jovem

e seu defensor, que procederá imediatamente à intervenção socioeducativa, executando as

devidas anotações no seu prontuário e no Sipia/Sinase.

§ 2º A Coordenação Geral deverá, obrigatoriamente, ter ciência da decisão proferida pelo

Conselho Disciplinar.

§ 3º Em se tratando de falta disciplinar de natureza grave, a coordenação geral da unidade

deverá encaminhar a referida decisão à Presidência e à Superintendência da Política de

Atendimento da Funase.

§ 4º Na ocorrência de outra falta disciplinar durante o cumprimento da sanção disciplinar

imposta, a qual resulte em aplicação de nova sanção, os procedimentos administrativos serão

unificados.

§ 5º Quando do cometimento de mais de uma falta disciplinar no mesmo evento, a falta mais

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grave absorverá a menos grave.

§ 6º O prazo para apuração do fato no Conselho Disciplinar se dará em 05 (cinco) dias úteis,

contados a partir do primeiro dia útil após o fato, notificando-se para a audiência: o(s)

adolescentes/jovem(s) acusado(s), 01 representante legal de cada se menor de 18 anos, o

advogado particular ou Defensoria Pública.

§ 7º Não será observado o prazo acima referido, caso o adolescente/jovem(s) acusado(s)

fugar logo após o fato, impossibilitando a formação/realização do Conselho Disciplinar,

somente começando a contar o novo prazo a partir do seu retorno.

§ 8º A notificação do advogado particular ou do Defensor Público será procedida através de e-

mail ou outro meio hábil; e no caso do representante legal, através de telefonema,

registrando-se o nome da pessoa que atendeu a ligação, dia, hora e número do telefone no

respectivo prontuário.

§ 8º A inobservância do prazo estabelecido no parágrafo anterior extinguirá a pretensão da

aplicação da sanção disciplinar.

Art. 80 A Coordenação Geral, após a decisão do Conselho Disciplinar, determinará,

imediatamente, as seguintes providências:

I - ciência ao adolescente/jovem, seus pais ou responsável legal, neste último caso, quando

menor de 18 anos;

II - registro em prontuário e no sistema Sipia/Sinase;

III - comunicação ao juiz competente, na ocorrência de falta disciplinar de natureza grave;

Art. 81 O adolescente/jovem, seus pais ou responsáveis, pessoalmente ou através do defensor

ou advogado, poderão postular, no ato da audiência e imediatamente após tomar ciência da

decisão, a revisão de qualquer sanção disciplinar aplicada, sob pena de preclusão.

Parágrafo único. A revisão será postulada perante o Conselho Disciplinar, o qual deverá

convocar os suplentes para proferir a decisão final, já no primeiro dia útil subsequente.

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TÍTULO VII

DA MEDIDA DE CONVIVÊNCIA PROTETORA

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 82 O adolescente/jovem poderá ser incluído em medida de convivência protetora, em

local apropriado, sem prejuízo das atividades obrigatórias, quando existir situação de risco à

sua integridade física, psicológica ou à vida que impeça a permanência com os demais

adolescentes/jovens.

§ 1º A inclusão poderá ser realizada mediante requerimento do adolescente/jovem, da

Coordenação Geral ou do seu substituto imediato, através de estudo de caso fundamentado e

elaborado pela equipe técnica, nos termos deste artigo.

§ 2º A Coordenação Geral fixará o prazo de permanência, com base no estudo de caso

fundamentado, e providenciará, em caráter de urgência, as medidas necessárias para a

proteção do adolescente/jovem, solicitando, se necessário, à Gestão de Vagas a transferência

para outra unidade.

Art. 83 A aplicação da medida prevista nesta seção decorrente de falta disciplinar não exime

os gestores da unidade de determinar a apuração do fato.

TÍTULO VIII

DO FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES

Art. 84 O funcionamento das unidades socioeducativas será estabelecido a partir de um

conjunto coordenado de medidas pedagógicas e de segurança estabelecidas em instrumentos

próprios, denominados, respectivamente, Projeto Político-Pedagógico - PPP e Procedimento

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Operacional de Segurança Socioeducativa - POSS, de observância obrigatória para todos os

adolescentes/jovens e funcionários da Funase.

Art. 85 Caberá ao PPP estruturar um conjunto de ações sociopedagógicas direcionadas à

garantia dos direitos fundamentais e à inclusão social dos adolescentes/jovens.

Art. 86 O POSS disciplinará, dentre outros procedimentos de segurança, os relativos às

visitas e a qualquer tipo de entrada e saída de pessoas nas unidades socioeducativas.

TÍTULO IX

DOS DIREITOS, DEVERES E DA DISCIPLINA DOS FUNCIONÁRIOS

Capítulo I

DOS DIREITOS DOS FUNCIONÁRIOS LOTADOS NAS UNIDADES

Art. 87 São direitos dos funcionários lotados nas unidades socioeducativas, além dos

previstos em outros estatutos:

I - ser encaminhado a atendimento especializado, ao apresentar comportamento que

comprometa o relacionamento com colegas e adolescentes/jovens;

II - ter conhecimento e consultar o Regimento Interno das unidades;

III - ser ouvido, perante qualquer situação de conflito que envolva funcionários e/ou

adolescentes/jovens;

IV - ter local adequado para a guarda de pertences, higiene pessoal e realização de refeições;

V - ser previamente comunicado, através da Superintendência Geral de Gestão do Trabalho e

Educação - Suted, quando de sua transferência para outra unidade;

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VI - participar de cursos e capacitações introdutória e continuada, reuniões de rotina,

planejamento das ações, avaliação das atividades e integração da equipe de trabalho.

Capítulo II

DOS DEVERES DOS FUNCIONÁRIOS LOTADOS NAS UNIDADES

Art. 88 São deveres dos funcionários lotados nas unidades socioeducativas, além dos

previstos em outros estatutos:

I - cumprir o Projeto Político-Pedagógico, o Procedimento Operacional de Segurança

Socioeducativa, as determinações constantes no ECA e no Sinase, neste Regimento Interno,

as normas disciplinares e as rotinas diárias das unidades;

II - registrar a frequência que comprove a jornada de trabalho;

III - agir com ética, considerando a particularidade do trabalho desempenhado, assim como as

questões inerentes aos adolescentes/jovens;

IV - usar documento de identificação oficializado pela Funase, durante todo o horário de

expediente do trabalho, devendo entregá-lo à Coordenação Geral da unidade em caso de seu

desligamento;

V - não comercializar objetos de qualquer natureza com os adolescentes/jovens;

VI - não doar, sem a prévia anuência da coordenação, nem trocar objetos de qualquer natureza

com os adolescentes/jovens;

VII - referir-se aos adolescentes/jovens e demais funcionários pelos nomes;

VIII - respeitar os demais funcionários e os adolescentes/jovens;

IX - tratar os adolescentes/jovens de acordo com o princípio da dignidade da pessoa humana,

resguardando-os contra sofrimentos físicos ou psicológicos utilizados como meios de

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intimidação ou violência de qualquer natureza;

X - tomar conhecimento e registrar ocorrências e/ou fatos expressivos de cunho funcional, por

escrito, ao final de cada plantão;

XI - participar de reunião, sempre que convocado;

XII - não se ausentar da unidade sem autorização prévia da coordenação;

XIII - usar adequadamente e zelar pelos equipamentos de proteção e segurança, no

desenvolvimento das suas funções;

XIV - usar trajes adequados, considerando a especificidade do trabalho;

XV - ser revistado ao adentrar na unidade;

XVI - executar suas tarefas, de acordo com os procedimentos operacionais;

XVII - manter sigilo absoluto sobre procedimentos de segurança da unidade, bem como o

histórico e a situação judicial dos adolescentes/jovens;

XVIII - comunicar imediatamente à coordenação qualquer irregularidade ou situação que

possam ameaçar a segurança da unidade;

XIX - prestar esclarecimentos em sindicâncias ou processos, sempre que convocado;

XX - comparecer e cumprir a jornada de trabalho ordinária e, quando convocado,

extraordinária, executando as atividades que lhe competem, assegurando os direitos previstos

em lei;

XXI - ser assíduo e realizar suas tarefas com responsabilidade e compromisso profissional;

XXII - respeitar rigorosamente os horários de comparecimento ao trabalho e intervalos

intrajornada;

XXIII - manter uma conduta adequada às normas da Funase, de modo a influenciar

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positivamente os adolescentes/jovens;

XXIV - zelar pela disciplina geral da unidade;

XXV - prestar informações à Coordenação Geral, Técnica e/ou Operacional sobre o

comportamento dos adolescentes/jovens, nas atividades em que tiver participação ou sob sua

condução;

XXVI - demonstrar respeito às diversidades étnicas, culturais, de gênero, religião e orientação

sexual dos adolescentes/jovens e demais funcionários;

XXVII - zelar pelo patrimônio da unidade e pelo uso do material;

XXVIII - cumprir as orientações e determinações relativas ao desempenho da função,

estipuladas em normas internas da Funase;

XXIX - participar de reuniões de rotina, encontros de aperfeiçoamento e formação

profissional, planejamento das ações, avaliação das atividades e integração da equipe de

trabalho, sempre que convocado;

XXX - apresentar atestados médicos no prazo previsto nos respectivos estatutos de regência,

com vistas ao abono de faltas ao trabalho;

XXXI - cumprir e fazer cumprir este Regimento.

§ 1º O funcionário fora de serviço não poderá ter acesso à unidade sem o consentimento da

Coordenação Geral ou quem a substituir;

§ 2º Não será permitida a saída de funcionário antes do término do serviço ou plantão, sem a

devida autorização da Coordenação Geral ou quem a substituir.

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Capítulo III

DAS PROIBIÇÕES

Art. 89 É vedado aos funcionários lotados nas unidades socioeducativas da Funase:

I - fazer acordos, negociações e troca de favores com adolescentes/jovens;

II - prestar informações aos adolescentes/jovens sobre a sua vida pessoal ou de outros

servidores;

III - transmitir informações aos adolescentes/jovens sobre a família e amigos deles;

IV - comentar com terceiros sobre processos, rotina, procedimentos e identidade dos

adolescentes/jovens;

V - dar para os adolescentes/jovens ou seus visitantes presentes objetos, alimentos,

correspondência ou qualquer outro material não previsto na rotina da unidade;

VI - receber presentes dos adolescentes/jovens ou dos seus visitantes;

VII - tratar algum adolescente/jovem de forma diferenciada, quanto às exigências ou

benefícios;

VIII - fumar nas áreas internas de circulação dos adolescentes/jovens;

IX - portar, fornecer ou facilitar a entrada de armas de qualquer espécie, telefones celulares,

rádios transmissores não institucionais, material pornográfico e/ou outros materiais proibidos

nas normas internas da Funase;

X - fazer pregações políticas, de cunho partidário, dentro da unidade;

XI – retirar qualquer documento da unidade sem prévia autorização por escrito da autoridade

competente;

XII - manifestar ou incentivar ideias que não coadunem com as diretrizes da unidade ou que

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incitem revoltas ou reações agressivas nos adolescentes/jovens;

XIII - ingressar na área de acesso dos adolescentes/jovens com quaisquer objetos ou

substâncias não autorizados, que ameacem a segurança e/ou possam servir como moeda de

troca para os adolescentes/jovens;

XIV - assediar ou abusar, moral ou sexualmente, de qualquer pessoa dentro da unidade;

XV - utilizar qualquer forma de agressão, seja física ou verbal;

XVI - manter envolvimento e/ou relacionamento diverso do profissional com

adolescentes/jovens;

XVII - fazer uso de álcool ou qualquer substância psicoativa, quando em serviço, ou

apresentar-se ao trabalho sob efeito destas;

XVIII - ingressar na unidade trajando camisetas, bermudas, shorts, roupas inapropriadas,

roupas com mensagens ofensivas, transparentes, decotadas e curtas, bem como chinelos.

Parágrafo único. Para efeitos deste Regimento, arma é entendida como todo instrumento de

ataque ou de defesa, ou objeto a serviço desse fim, como arma de fogo, arma branca, bastão

ou instrumentos afins.

Capítulo IV

DA DISCIPLINA FUNCIONAL

Art. 90 A disciplina consiste na observância e obediência às determinações deste Regimento

e do POSS no exercício funcional de cada profissional.

Art. 91 Os procedimentos disciplinares devem contribuir para a segurança em um ambiente

tranquilo e produtivo, imbuindo um sentimento de justiça e de respeito pelos direitos

fundamentais à dignidade de toda pessoa humana.

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Art. 92 Não será admitida, em nenhuma hipótese, a aplicação de sanções disciplinares aos

funcionários, que não sejam previstas em seus respectivos estatutos ou regulamentos.

CAPÍTULO V

DAS SANÇÕES E FALTAS PROFISSIONAIS

Art. 93 Na hipótese de descumprimento pelos profissionais às determinações contidas neste

Regimento e no POSS, haverá a devida apuração pela Corregedoria da Funase, estando os

mesmos sujeitos às penalidades legais cabíveis.

§ 1º Entende-se por falta disciplinar profissional a conduta que coloca em risco o sigilo, a

segurança, a disciplina e a ordem das unidades, reconhecidas e tipificadas nos respectivos

estatutos ou regulamentos.

Art. 94 Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-á em conta o comportamento

apresentado, a natureza e as circunstâncias do fato, bem como as suas consequências, em

estrita observância à Lei n.º 6.123/68 e suas alterações (Estatuto do Servidor Público

Estadual), Lei 14.547/2011 e suas alterações (Contratos por Tempo Determinado) e

Consolidações das Leis de Trabalho – CLT, de acordo com a natureza do vínculo profissional.

TÍTULO X

DA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 95 Todos os funcionários da Funase que desempenhem suas atribuições, direta ou

indiretamente, nas unidades socioeducativas são considerados socioeducadores, os quais

devem ter conhecimento das normas e procedimentos que regulamentam a ação

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socioeducativa.

Art. 96 Os profissionais responsáveis pelo atendimento aos adolescentes/jovens devem zelar

para que os mesmos mantenham a disciplina e demonstrem responsabilidade, durante a

permanência na unidade de atendimento.

Capítulo II

DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 97 As unidades possuem sua estrutura administrativa composta, de acordo com sua

complexidade, da seguinte forma:

I - Coordenação Geral;

II- Coordenação Técnica;

III - Coordenação Administrativa;

IV - Coordenação Operacional.

SEÇÃO I

DA COORDENAÇÃO GERAL

Art. 98 A Coordenação Geral será desempenhada por profissional de nível superior, com

experiência administrativa e conhecimento da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do

Adolescente, e da Lei 12.594/2012 – Sinase, da legislação atinente à matéria e nomeado pelo

Governador do Estado.

§ 1º Para o exercício da função de dirigente de programa de atendimento, em regime de

semiliberdade ou de internação, além do disposto no caput do art. 98, é necessário:

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I - formação de nível superior, compatível com a natureza da função;

II - comprovada experiência no trabalho com adolescentes/jovens;

III - reputação ilibada.

Art. 99 São competências da Coordenação Geral:

I - coordenar a unidade;

II - adotar as medidas previstas neste Regimento, no PPP e no POSS;

III - representar publicamente a unidade e articular-se com a comunidade local, entidades,

organizações públicas e privadas;

IV - convocar e presidir reuniões do corpo funcional;

V - delegar competências funcionais;

VI - assinar os documentos da unidade;

VII - tomar conhecimento das ocorrências envolvendo cada adolescente/jovem, repassando-as

às demais coordenações e instâncias superiores;

VIII - elaborar e enviar Relatório Circunstanciado de Ocorrência - RCO para a Corregedoria

e a Presidência da Funase, de acordo com a Portaria Normativa Conjunta SDSCJ/FUNASE

Nº 001/2019;

IX – tomar as providências de sua competência ou, impossibilitado de adotá-los, realizar a

pertinente comunicação às instâncias superiores;

X - apresentar Plano Operativo compatível com os princípios contidos no Projeto Político-

Pedagógico e no Procedimento Operacional de Segurança Socioeducativa da Funase.

XI - manter as instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene,

salubridade e segurança;

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XII - fiscalizar os contratos de prestação de serviços de preparo e distribuição de refeições das

respectivas unidades, conforme critérios estabelecidos no Procedimento Operacional

Padronizado-POP.

SEÇÃO II

DA COORDENAÇÃO TÉCNICA

Art. 100 A Coordenação Técnica será desempenhada por profissional de nível superior, com

experiência na sua área de atuação e conhecimento da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança, da

Lei 12.594/2012 – Sinase, da legislação atinente à matéria e nomeado pelo diretor-presidente

da Funase.

Parágrafo único. A Coordenação Técnica tem como função assessorar a Coordenação Geral,

supervisionar e orientar as equipes técnicas, objetivando a integração das ações.

Art. 101 São competências da Coordenação Técnica:

I - responder pelo planejamento, execução e avaliação do Plano Operativo da unidade;

II - orientar e acompanhar a emissão de relatórios técnicos, diagnósticos polidimensionais e

PIA, apresentados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público;

III - orientar e acompanhar estudo de caso junto à equipe técnica para análise do

desenvolvimento do adolescente/jovem;

IV - realizar encontros e reuniões sistemáticas com a equipe técnica, visando à melhoria e ao

aperfeiçoamento das ações, bem como à otimização do relacionamento interpessoal das

equipes;

V - tomar conhecimento das ocorrências envolvendo cada adolescente/jovem, repassando-as à

equipe técnica e, quando necessário, submetê-las ao Conselho Disciplinar;

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CNPJ: 11.722.741/0001-00

VI - assegurar a elaboração e o envio do Painel de Controle Sociojurídíco Pedagógico, da

Planilha de Monitoramento de Medidores e demais relatórios;

VII - disponibilizar suporte técnico à Coordenação Geral da unidade.

SEÇÃO III

DA COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 102 A Coordenação Administrativa será desempenhada por profissional de nível médio

ou superior, com experiência na sua área de atuação e conhecimento da Lei 8.069/90 -

Estatuto da Criança e do Adolescente, da Lei 12.594/2012 - Sinase, da legislação atinente à

matéria e nomeado pelo diretor-presidente da Funase.

Parágrafo único A Coordenação Administrativa tem como função assessorar a Coordenação

Geral, Técnica e Operacional e contribuir com o bom andamento do trabalho, no que se refere

à portaria, transportes, cozinha, manutenção e conservação do patrimônio, serviços gerais,

almoxarifado e pessoal.

Art. 103 São competências da Coordenação Administrativa:

I - organizar administrativamente a unidade;

II - controlar o envio e o recebimento das correspondências interna e externa, sob a orientação

do coordenador geral e/ou do coordenador técnico;

III - controlar e supervisionar todos os serviços mencionados no parágrafo único do artigo

anterior;

IV - elaborar escalas de saída de transportes, audiências, serviços e férias do corpo funcional;

V - responsabilizar-se pela compra e pelo controle de material, pela prestação de contas e pelo

balancete mensal, quando utilizada verba de suprimento;

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VI - acompanhar a frequência funcional.

VII – solicitar, conferir e atestar o recebimento das refeições;

VIII – supervisionar a distribuição das refeições;

IX – fiscalizar os contratos de prestação de serviços de preparo e distribuição de refeições das

respectivas unidades, conforme critérios estabelecidos no Procedimento Operacional

Padronizado-POP;

SEÇÃO IV

DA COORDENAÇÃO OPERACIONAL

Art. 104 A Coordenação Operacional será desempenhada por profissional de nível médio ou

superior, com experiência na área de segurança e conhecimento da Lei 8.069/90 - Estatuto da

Criança e do Adolescente, da Lei 12.594/2012 - Sinase, da legislação atinente à matéria e

nomeado pelo diretor-presidente da Funase.

Art. 105 Compete ao coordenador operacional da unidade de atendimento socioeducativo:

I - acompanhar e avaliar os trabalhos desenvolvidos pelos agentes socioeducativos;

II - acompanhar e desempenhar o papel de interlocutor entre as equipes e plantões de

trabalho, com o objetivo de manutenção da continuidade do atendimento socioeducativo;

III - acompanhar e executar as ações de segurança para a realização e o cumprimento das

atividades diárias destinadas aos adolescentes/jovens, delegando tarefas e observando as

condições de recursos humanos, materiais e estruturais para sua execução;

IV - acompanhar, promover e orientar as ações que facilitem o funcionamento das rotinas

administrativas, técnicas e de segurança, sempre de forma integrada;

V - atuar como apoio e suporte às Coordenações Geral e Técnica da unidade, por meio de

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planejamento e supervisão da execução das rotinas da unidade;

VI - acompanhar a elaboração e aprovar as escalas relativas à jornada de trabalho de todos os

funcionários da área de segurança da unidade, de forma a garantir a execução das atividades

socioeducativas, cabendo a ele a fiscalização do fiel cumprimento da escala;

VII - convocar e realizar reuniões com as equipes de agentes socioeducativos, com o intuito

de dar orientações gerais, bem como convidar demais funcionários, quando necessário;

VIII - registrar no livro específico da Coordenação Operacional as informações e ocorrências,

com vistas a subsidiar e assessorar a Coordenação Geral e demais setores da unidade;

IX - levantar dificuldades e sugestões das equipes de agentes socioeducativos;

X - quando necessário, estabelecer contato com fóruns, delegacias, hospitais e IML;

XI - participar da avaliação dos agentes socioeducativos;

XII - participar de reuniões multidisciplinares de planejamento e avaliação do trabalho entre

os setores da unidade;

XIII - providenciar, dando ciência ao Coordenador Geral, o encaminhamento para as

delegacias de polícia, hospitais e IML, se for o caso, de vítimas e autores de agressões,

espancamentos, danos ao patrimônio público e outros atos infracionais ou delitos, cometidos

nas dependências das unidades socioeducativas;

XIV - reportar ao coordenador geral e/ou técnico situações de conflitos e problemas no

desenvolvimento do trabalho socioeducativo;

XV - representar o coordenador geral em atividades externas, quando solicitado;

XVI - comunicar, imediatamente, à Coordenação Geral/Técnica da unidade e/ou

Coordenadoria de Segurança da Funase, qualquer irregularidade ou situação que possam

ameaçar a segurança ou o bom andamento do trabalho socioeducativo;

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XVII - observar se as condutas e os procedimentos estão em conformidade com o

estabelecido neste Regimento;

XVIII - ler, atentamente, todos os dias, os livros de ocorrências, para se inteirar se algum

incidente ocorreu ou está em andamento na unidade e atuar, imediatamente, no sentido de

coibir eventual ameaça, bem como orientar os agentes socioeducativos quanto ao registro

detalhado das ocorrências, garantindo a fidelidade dos fatos.

XIX - acompanhar, pessoalmente, as revistas e/ou intervenções realizadas pela Polícia Militar

nas dependências da unidade socioeducativa, visando sempre a resguardar a integridade física,

psíquica e moral dos adolescentes/jovens;

XX - acompanhar, pessoalmente, as revistas e/ou intervenções realizadas por agentes

socioeducativos, visando sempre a resguardar a integridade física, psíquica e moral dos

adolescentes/jovens.

Capítulo III

DOS PROFISSIONAIS TÉCNICOS

SEÇÃO I

DO PEDAGOGO

Art. 106 São requisitos para o exercício da função de pedagogo com atuação na Funase:

I - possuir curso superior em Pedagogia;

II - sensibilidade para o trabalho com adolescentes/jovens;

III - ética profissional e responsabilidade;

IV - conhecimento do ECA, do Sinase, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Projeto

Político-Pedagógico da Funase, do Regimento Interno das unidades e do Procedimento

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Operacional de Segurança Socioeducativa da Funase.

Art. 107 São competências do pedagogo:

I - planejar as atividades dos eixos de educação, profissionalização, trabalho e previdência e

esporte, cultura e lazer;

II - identificar os interesses e habilidades dos adolescentes/jovens para as atividades

desenvolvidas na unidade;

III - inserir os adolescentes/jovens nas atividades socioeducativas, segundo o interesse e

habilidades destes;

IV - diagnosticar o nível de escolaridade dos adolescentes/jovens;

V - orientar educadores e demais profissionais da unidade sobre o Projeto Político-

Pedagógico da Funase;

VI - monitorar as atividades pedagógicas sob sua responsabilidade;

VII - promover a matrícula dos adolescentes/jovens na rede pública de ensino, acompanhando

a frequência e o rendimento na aprendizagem;

VIII - participar das atividades relacionadas a reuniões, seminários, encontros, treinamentos e

capacitações promovidos e/ou encaminhados pela instituição;

IX - participar da elaboração e do acompanhamento do Plano Individual de Atendimento –

PIA e diagnóstico polidimensional;

X - participar dos processos de apoio e orientação familiar, individualmente e em grupo;

XI - participar dos processos de integração multidisciplinar na elaboração, no

acompanhamento e na avaliação dos planos de ação e atividades socioeducativas;

XII - participar da elaboração dos relatórios e dos pareceres dos adolescentes/jovens;

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XIII - orientar e supervisionar estagiários;

XIV - viabilizar o retorno, inserção e permanência dos adolescentes/jovens na escolarização,

considerando suas singularidades, metodologia e condições de atendimento no âmbito interno

ou externo da instituição, assegurando o direito à educação;

XV - realizar atendimento individual e/ou em grupo aos adolescentes/jovens, familiares,

colaterais e/ ou outras pessoas, visando a fundamentar diagnósticos, prognósticos e

orientações de tratamento aos estudos dos casos psicossociais e pedagógicos;

XVI - planejar, conjuntamente, as atividades dos eixos do Projeto Político-Pedagógico e o

Plano Operativo da unidade, identificando interesses e habilidades dos adolescentes/jovens

para as atividades desenvolvidas;

XVII – prestar os esclarecimentos necessários, quando convocado para audiências

promovidas por autoridades a interesse do sistema socioeducativo;

XVIII - realizar acompanhamentos sistemáticos das atividades pedagógicas dos

adolescentes/jovens, acordados com a Coordenação Técnica da unidade;

XIX - realizar visitas domiciliares aos familiares dos adolescentes/jovens, quando necessárias;

XX - desenvolver outras atividades correlatas, inclusive participar do Conselho Disciplinar;

XXI – providenciar a inscrição dos adolescentes/jovens nos programas de elevação de

escolaridade (Supletivo, Encceja, Enem, entre outros), destinados às Pessoas Privadas de

Liberdade – PPL;

XXII - providenciar junto à rede oficial de ensino e/ou famílias a documentação escolar dos

adolescentes/jovens;

XXIII - realizar o preenchimento dos instrumentos oficiais: Painel de Controle Sociojurídico

Pedagógico, Planilha de Medidores, entre outros, quanto às informações de sua área de

competência;

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XXIV - participar da elaboração e execução do plano operativo e de atividades da unidade;

XXV - realizar visitas sistemáticas aos espaços de convivência/alojamento dos

adolescentes/jovens e às salas de atividades pedagógicas;

XXVI - Promover e/ou estimular as práticas restaurativas difundidas pelo Núcleo de Justiça

Restaurativa da Funase.

XXVII - cumprir suas obrigações funcionais com pontualidade, assiduidade e adequação ao

serviço;

SEÇÃO II

DO ASSISTENTE SOCIAL

Art. 108 São requisitos para o exercício da função de assistente social na Funase:

I - possuir curso superior de Serviço Social;

II - registro no conselho profissional competente;

III - sensibilidade para o trabalho com adolescentes/jovens,

IV- ética profissional e responsabilidade;

V - conhecimento do ECA, do Sinase, do Projeto Político-Pedagógico da Funase, do

Regimento Interno das unidades e do Procedimento Operacional de Segurança Socioeducativa

da Funase.

Art. 109 São competências do assistente social:

I - realizar atendimento individual aos adolescentes/jovens, familiares, colaterais e/ou outras

pessoas, visando a fundamentar diagnósticos, prognósticos e orientações de tratamento aos

estudos dos casos psicossociais e pedagógicos;

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II - realizar visitas domiciliares a familiares, colaterais e/ou outras pessoas que, por suas

ligações com os adolescentes/jovens, possam fornecer subsídios para aprofundamento do

caso;

III - orientar e encaminhar familiares aos diversos recursos existentes na comunidade;

IV - providenciar a documentação civil dos adolescentes/jovens;

V - prestar os esclarecimentos necessários, quando convocado para audiências promovidas

por autoridades a interesse do sistema socioeducativo;

VI - convocar familiares ou responsáveis pelos adolescentes/jovens para comparecerem à

instituição, sempre que necessário, visando ao aprofundamento do caso;

VII - elaborar as atividades, orientar e executar o atendimento ao núcleo familiar, visando a

fortalecer os vínculos afetivos, as condições de sobrevivência e o exercício da cidadania;

VIII - realizar atendimento individual e/ou em grupo aos adolescentes/jovens e familiares,

visando à identificação de dificuldades e alternativas de soluções em um processo de

socioeducação;

IX - elaborar relatório, diagnóstico e parecer social, mediante levantamento socioeconômico e

familiar dos adolescentes/jovens;

X - participar de reuniões com as equipes técnicas e coordenações, emitindo opiniões acerca

do trabalho;

XI - participar da elaboração e acompanhamento do Plano Individual de Atendimento – PIA e

diagnóstico polidimensional;

XII - participar da elaboração e execução do plano operativo e atividades da unidade;

XIII - participar das atividades relacionadas a reuniões, seminários, encontros, treinamentos e

capacitações promovidos e/ou encaminhados pela instituição;

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XIV - identificar e articular recursos da comunidade para formação de rede de apoio, visando

à integração e assistência às necessidades dos adolescentes/jovens e familiares;

XV - orientar e supervisionar estagiários;

XVI - planejar as atividades do Projeto Político-Pedagógico da Funase, identificando

interesses e habilidades dos adolescentes/jovens para as atividades desenvolvidas;

XVII - orientar educadores e demais profissionais sobre o Projeto Político-Pedagógico da

Funase;

XVIII - participar dos processos de integração multidisciplinar na elaboração,

acompanhamento e avaliação dos planos de ação e atividades;

XIX - realizar visitas sistemáticas aos espaços de convivência/alojamento dos

adolescentes/jovens e às salas de atividades pedagógicas;

XX - executar atividades correlatas, inclusive participar do Conselho Disciplinar;

XXI - realizar articulação com a rede socioassistencial visando à inserção dos

adolescentes/jovens e/ou famílias nos programas sociais;

XXII - participar da elaboração e execução do plano operativo e atividades da unidade;

XXIII – realizar o preenchimento dos instrumentos oficiais: Painel de Controle Sociojurídico

Pedagógico, Planilha de Medidores, entre outros, quanto às informações de sua área de

competência;

XXIV - planejar as atividades do Projeto Político-Pedagógico da Funase e do Plano

Operativo, identificando interesses e habilidades dos adolescentes/jovens para as atividades

desenvolvidas;

XXV – Promover e/ou estimular as práticas restaurativas difundidas pelo Núcleo de Justiça

Restaurativa da Funase.

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XXVI - cumprir suas obrigações funcionais com pontualidade, assiduidade e adequação ao

serviço;

SEÇÃO III

DO PSICÓLOGO

Art. 110 São requisitos para o exercício da função de psicólogo na Funase:

I - possuir curso superior de psicologia;

II - registro no conselho profissional competente;

III - sensibilidade para o trabalho com adolescentes/jovens;

IV - ética profissional e responsabilidade;

V - conhecimento do ECA, do Sinase, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Projeto

Político-Pedagógico da Funase, do Regimento Interno das unidades e do Procedimento

Operacional de Segurança Socioeducativa da Funase.

Art. 111 São competências do psicólogo:

I - realizar atendimento psicológico individual e/ou em grupo aos adolescentes/jovens e

familiares;

II - elaborar psicodiagnóstico dos adolescentes/jovens;

III - participar da elaboração e acompanhamento do Plano Individual de Atendimento – PIA e

diagnóstico polidimensional;

IV - participar dos processos de integração multidisciplinar na elaboração, acompanhamento e

avaliação dos planos de ação e atividades socieducativas;

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V - realizar atendimento, na modalidade de grupo operativo, com adolescentes/jovens e

familiares;

VI - participar da elaboração dos relatórios e pareceres;

VII - Prestar os esclarecimentos necessários, quando convocado para audiências promovidas

por autoridades a interesse do sistema socioeducativo;

VIII – acompanhar, juntamente com os profissionais especializados, os adolescentes/jovens

portadores de distúrbios mentais;

IX - orientar e supervisionar estagiários;

X - realizar atendimento individual e/ou em grupo aos adolescentes/jovens, familiares,

colaterais e/ou outras pessoas, visando a fundamentar diagnósticos, prognósticos e orientações

de tratamento aos estudos de casos;

XI - planejar e executar as atividades do Projeto Político-Pedagógico da Funase, identificando

interesses e habilidades dos adolescentes para as atividades desenvolvidas;

XII - orientar educadores e demais profissionais sobre o Projeto Político-Pedagógico da

Funase;

XIII - participar dos processos de integração multidisciplinar na elaboração,

acompanhamento e avaliação dos planos de ação e atividades;

XIV - realizar visitas sistemáticas aos espaços de convivência/alojamento dos

adolescentes/jovens e às salas de atividades pedagógicas;

XV - executar atividades correlatas, inclusive participar do Conselho Disciplinar;

XVI - participar da elaboração e execução do Plano Operativo e de atividades da unidade;

XVII - promover e/ou estimular as práticas restaurativas difundidas pelo Núcleo de Justiça

Restaurativa da Funase;

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XVIII - participar das atividades relacionadas a reuniões, seminários, encontros, treinamentos

e capacitações promovidos e/ou encaminhados pela instituição;

XIX - cumprir suas obrigações funcionais com pontualidade, assiduidade e adequação ao

serviço.

SEÇÃO IV

DO ADVOGADO

Art. 112 São requisitos para o exercício da função de advogado na Funase:

I - possuir curso superior de direito;

II - registro na Ordem dos Advogados do Brasil;

III - sensibilidade para o trabalho com adolescentes/jovens;

IV - ética profissional e responsabilidade;

V - conhecimento do ECA, do Sinase, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Projeto

Político-Pedagógico da Funase, do Regimento Interno das unidades e do Procedimento

Operacional de Segurança Socioeducativa da Funase.

Art. 113 São competências do advogado que integra as equipes técnicas das unidades:

I - realizar trabalhos de caráter técnico na área jurídica;

II - utilizar de todos os meios jurídicos necessários a garantir a legalidade e finalidade no

atendimento inicial, na internação provisória e nas medidas socioeducativas de internação e de

semiliberdade dos adolescentes/jovens;

III - acompanhar a remessa da guia de execução e/ou internação provisória quando da

transferência administrativa dos adolescentes/jovens;

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IV - promover diligências relativas a alvará de desinternação e guias de execução e/ou

internação provisória junto ao juízo competente;

V - exercer, excepcionalmente, a representação jurídica dos adolescentes/jovens atendidos

pela Funase em audiências;

VI - zelar pela observância da legalidade das atividades relacionadas à execução do

atendimento inicial, da internação provisória e das medidas socioeducativas de internação e de

semiliberdade dos adolescentes/jovens;

VII - diligenciar junto às superintendências setoriais da Funase, a fim de se obter informações

e esclarecimentos solicitados pelas Varas de Conhecimento e Regionais da Infância e

Juventude;

VIII - participar de equipes de trabalho multidisciplinar, inclusive envolvendo pessoal técnico

especializado de outras unidades ou setores da Funase;

IX - prestar os subsídios jurídicos necessários à atuação pelos gestores, coordenadores e

equipes técnicas;

X - elaborar relatórios de trabalhos relacionados à sua especialidade;

XI - participar da elaboração do Plano Individual de Atendimento – PIA e elaborar os mapas

jurídicos para envio aos setores competentes no prazo previsto;

XII - prestar atendimento individual ou em grupo aos adolescentes/jovens e familiares;

XIII - patrocinar a defesa técnica dos adolescentes/jovens perante os Conselhos Disciplinares,

na impossibilidade da atuação do Defensor Público ou advogado particular;

XIV - orientar e supervisionar estagiários;

XV - participar da elaboração e execução do Plano Operativo e de atividades da unidade;

XVI – promover e/ou estimular as práticas restaurativas difundidas pelo Núcleo de Justiça

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Restaurativa da Funase;

XVII - realizar visitas sistemáticas aos espaços de convivência/alojamento dos

adolescentes/jovens e às salas de atividades pedagógicas;

XVIII - participar das atividades relacionadas a reuniões, seminários, encontros, treinamentos

e capacitações promovidos e/ou encaminhados pela instituição;

XIX – orientar educadores e demais profissionais sobre o Projeto Político-Pedagógico da

Funase;

XX - realizar o preenchimento dos instrumentos oficiais: Painel de Controle Sociojurídico

Pedagógico, Planilha de Medidores, entre outros, quanto às informações de sua área de

competência;

XXI – prestar os subsídios necessários à defesa do adolescente, quando solicitados pela

Defensoria Pública ou por advogados particulares;

XXII - cumprir suas obrigações funcionais com pontualidade, assiduidade e adequação ao

serviço;

XXIII – notificar a Defensoria Pública ou o advogado particular para exercer a defesa do

adolescente/jovem no âmbito do Conselho Disciplinar;

XXIV - desempenhar outras atividades jurídicas correlatas, quando solicitadas.

SEÇÃO V

DO AGENTE SOCIOEDUCATIVO

Art. 114 São requisitos para o exercício da função de Agente Socioeducativo - ASE:

I - possuir certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível médio e/ou

superior, fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente;

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II - sensibilidade para o trabalho com adolescentes/jovens;

III - ética profissional e responsabilidade;

IV - conhecimento do ECA e do Sinase.

Art. 115 São competências do Agente Socioeducativo - ASE:

I - recepcionar os adolescentes/jovens nas unidades de atendimento, sempre com solicitude,

orientando-se sobre seus direitos, deveres e normas disciplinares;

II - garantir a integridade física, psicológica e moral dos adolescentes/jovens;

III - acompanhar os adolescentes/jovens em consultas médicas, exames, audiências e visitas

domiciliares, conforme orientação recebida da direção da unidade de atendimento;

IV - acompanhar os adolescentes/jovens em suas atividades diárias de educação,

profissionalização, esporte e lazer, tais como aulas, cursos, recreação, além de outras, dentro e

fora das unidades de atendimento;

V - conduzir os adolescentes/jovens aos atendimentos por técnicos, por profissionais de

saúde, educação e profissionalização e por coordenações das unidades, entre outros;

VI - viabilizar a higiene pessoal dos adolescentes/jovens, assim como dos espaços por eles

utilizados;

VII - sugerir atividades de educação, esporte, cultura e lazer para os adolescentes/jovens;

VIII - zelar pela disciplina dos adolescentes/jovens, sua e de seus colegas, nas dependências

da unidade onde exercerem suas atividades laborais;

IX - efetuar custódia dos adolescentes/jovens quando solicitado pela coordenação da unidade;

X - fazer relato diário em livro de ocorrências registrando as situações vivenciadas,

providências adotadas e o comportamento dos adolescentes/jovens;

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XI – intervir nas dependências da unidade de atendimento, em situações de conflito e

eventuais tumultos, evitando violência de qualquer ordem, tais como agressões físicas,

psicológicas e/ou morais;

XII - cumprir rigorosamente as normas de segurança estabelecidas no POSS nas unidades em

que exercem suas atividades funcionais;

XIII - participar de reuniões, quando solicitado, emitindo suas opiniões, visando à interação e

à padronização de procedimentos;

XIV - prestar socorro imediato aos adolescentes/jovens, em casos de emergência,

encaminhando-os para o setor competente e/ou outros serviços de saúde;

XV - contribuir com a elaboração do PIA e do diagnóstico polidimensional, sempre que

solicitado pela equipes multidisciplinares;

XVI - realizar revistas nos alojamentos e demais dependências da unidade socioeducativa,

visando a recolher objetos ou substâncias proibidas;

XVII - participar das atividades relacionadas ao treinamento e à capacitação;

XVIII - participar do processo de integração multidisciplinar, para a elaboração e o

acompanhamento das ações;

XIX - revistar os adolescentes/jovens e os locais por eles ocupados;

XX - cumprir suas obrigações funcionais com pontualidade, assiduidade e adequação ao

serviço;

XXI - desempenhar outras atividades correlatas, quando solicitadas.

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Capítulo IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 116 Cada unidade socioeducativa deverá disponibilizar em local de fácil acesso um

exemplar deste instrumento para consulta aos interessados.

Art. 117 Eventuais dúvidas quanto à interpretação das normas deste Regimento serão

dirimidas pela Presidência em conjunto com a Superintendência da Política de Atendimento –

Supat.

Art. 118 Fica revogada a Portaria Interna n.º 001/2015, de 08 de Janeiro de 2015.

Art. 119 Publique-se e cumpra-se.

Nadja Maria Alencar Vidal Pires

Diretora Presidente da Funase