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Recortes #1

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Produção Cultural Coletiva

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Page 1: Recortes #1
Page 2: Recortes #1

QUEM? _______________________________________________________________ [01]

CAPAdaCAPA EDIÇÃO

Mgmt - Oracular Spetacular .

Revista Recortes– Produção Coletiva Cultural.

Janeiro de 2013

COLABORADORES

Page 3: Recortes #1

não sei de nada

não consigo ver

talvez seja o escuro, ou você

você que embaralha tudo

e me faz perder o sono

e o chão

e me deixa perdida

sem saída

no meio de uma confusão tão minha

eu queria poder compartilhar todas as coisas que sinto com você

eu sinto muito por você

e você nem sabe

é uma pena

um dia, se der

você vai me conhecer de verdade

e tudo vai valer a pena

-GABRIELLA AIRES, SEU.

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Clipes de Papel

Bat For Lashes— A Wall.

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-Quem é você? (perguntou o sujeito)

-Sou o que faço.

-E o que você faz?

-Faço o que sou.

-Então o que devo fazer?

-Quem você quiser ser.

-E se eu quiser ser tudo?

-Ora, ser tudo é impossível. Que audácia!

-Mas e se for o que quero? Então já não sou nada. Posso ser nada?

-(revirando os olhos) Alguém sempre é alguma coisa.

-Então não posso ser o que quero ser! Já são duas opções que me tiram!

-(olhando para o relógio) Primeiro você precisa saber o que você quer,

para depois fazer algo e daí ser algo.

-E o que quero?

-Isso é você quem sabe.

-Então eu defino meu próprio ser? Ou já é cravado em mim?

(longos 5 segundos se passam)

-É o que você quiser que seja.

-Quero ser tudo, oras! Quem desconfiará?

-Você desconfiará. E todos que estão em você desconfiarão.

- Alane Pinheiro.

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.

Saudade de um abraço singelo, entrelaçado abraço é ferro forjado. É bem nostálgico, não nego.

As coisas são assim, nada perfeito, sem meio, com fim. Um constrangido jeito aqui, outro ali.

Um embaraço, um laço de cadarço. Memórias à tona sem ter como explicar. Tem jeito, ou não?

Opôs-se o adeus, nem sei se jeito dá. Desejo nessa fixação, doce saliva, agre desejo. Mesmo

amargo o adeus, não esqueço o teu beijo. Coisa que sempre quis, sabor forte, marcante como anis.

Estrelado esteve, agora está e sempre estará esse aroma, outro no mundo não há. É especiaria

somente sua. Só sei sentindo, explicando não dá.

Mas dentro de mim vai sempre morar, e nesse cantinho tem um pomar. Levo eu, só coisas boas pra lá.

Me deixaste um sorriso, que me serve de abrigo. Soluço lembranças, a paz de tu ires ainda em mim

não branda. Tenho como companhia um nó na garganta. Somente após será somente nós, porém não sei se sós.

Labirinto esse, você lá e eu cá, somente nós, o que nos separa são paredes de lençóis.

Se me iludi, não sei dizer. Se foi, valeu, ao menos o rosto teu. Destino junta, embolando tudo de repente.

Danado faceiro, ele juntou a gente.

Saudade de um abraço singelo, entrelaçado abraço é ferro forjado.

É bem nostálgico, não nego. As coisas são assim, nada perfeito, sem meio, com fim. Um constrangido jeito aqui, outro ali.

Um embaraço, um laço de cadarço. Memórias à tona sem ter como explicar.

Tem jeito, ou não? Opôs-se o adeus, nem sei se jeito dá. Desejo nessa fixação, doce saliva, agre desejo. Mesmo

amargo o adeus, não esqueço o teu beijo.

Coisa que sempre quis, sabor forte, marcante como anis. Estrelado esteve, agora está e sempre estará esse aroma, outro no mundo não há. É especiaria

somente sua. Só sei sentindo, explicando não dá.

Mas dentro de mim vai sempre morar, e nesse cantinho tem um pomar. Levo eu, só coisas boas pra lá.

Me deixaste um sorriso, que me serve de abrigo. Soluço lembranças, a paz de tu ires ainda em mim

não branda. Tenho como companhia um nó na garganta. Somente após será somente nós, porém não sei se sós.

Labirinto esse, você lá e eu cá, somente nós, o que nos separa são paredes de lençóis.

Se me iludi, não sei dizer. Se foi, valeu, ao menos o rosto teu. Destino junta, embolando tudo de repente. Danado faceiro, ele juntou a gente.

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Saudade de um abraço singelo, entrelaçado abraço é ferro forjado. É bem nostálgico, não nego.

As coisas são assim, nada perfeito, sem meio, com fim. Um constrangido jeito aqui, outro ali.

Um embaraço, um laço de cadarço. Memórias à tona sem ter como explicar. Tem jeito, ou não?

Opôs-se o adeus, nem sei se jeito dá. Desejo nessa fixação, doce saliva, agre desejo. Mesmo

amargo o adeus, não esqueço o teu beijo. Coisa que sempre quis, sabor forte, marcante como anis.

Estrelado esteve, agora está e sempre estará esse aroma, outro no mundo não há. É especiaria

somente sua. Só sei sentindo, explicando não dá.

Mas dentro de mim vai sempre morar, e nesse cantinho tem um pomar. Levo eu, só coisas boas pra lá.

Me deixaste um sorriso, que me serve de abrigo. Soluço lembranças, a paz de tu ires ainda em mim

não branda. Tenho como companhia um nó na garganta. Somente após será somente nós, porém não sei se sós.

Labirinto esse, você lá e eu cá, somente nós, o que nos separa são paredes de lençóis.

Se me iludi, não sei dizer. Se foi, valeu, ao menos o rosto teu. Destino junta, embolando tudo de repente.

Danado faceiro, ele juntou a gente.

Saudade de um abraço singelo, entrelaçado abraço é ferro forjado.

É bem nostálgico, não nego. As coisas são assim, nada perfeito, sem meio, com fim. Um constrangido jeito aqui, outro ali.

Um embaraço, um laço de cadarço. Memórias à tona sem ter como explicar.

Tem jeito, ou não? Opôs-se o adeus, nem sei se jeito dá. Desejo nessa fixação, doce saliva, agre desejo. Mesmo

amargo o adeus, não esqueço o teu beijo.

Coisa que sempre quis, sabor forte, marcante como anis. Estrelado esteve, agora está e sempre estará esse aroma, outro no mundo não há. É especiaria

somente sua. Só sei sentindo, explicando não dá.

Mas dentro de mim vai sempre morar, e nesse cantinho tem um pomar. Levo eu, só coisas boas pra lá.

Me deixaste um sorriso, que me serve de abrigo. Soluço lembranças, a paz de tu ires ainda em mim

não branda. Tenho como companhia um nó na garganta. Somente após será somente nós, porém não sei se sós.

Labirinto esse, você lá e eu cá, somente nós, o que nos separa são paredes de lençóis.

Se me iludi, não sei dizer. Se foi, valeu, ao menos o rosto teu. Destino junta, embolando tudo de repente. Danado faceiro, ele juntou a gente.

-Dani Almeida, Pomar.

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-.

Fim do mundo todo dia,

agonia,

alegria?

Hoje eu quero passear,

viajando, viajando,

voar daqui,

sair daqui;

vou sair daqui.

- Camila Santiago, ia ia ô.

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-.

Talvez a chapeuzinho novinha como é

É quem queira comer o lobo mau.

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Ultimamente, muitos escritores tem colocado à tona, um fato um tanto inte-

ressante. O fato do lado ocultista dos nazistas ter sido posto no canto. Ora, é

sabido envolvimento de oficiais alemães e até mesmo do próprio Führer com

o ocultismo e outras práticas. O livro “ A fórmula da eterna juventude e outros

experimentos nazistas ” do argentino Carlos De Nápoli revela alguns dos lou-

cos e desumanos experimentos praticados pelos nazistas.

“O percurso do autor começa com a descoberta de uma tumba no Cemitério

Britânico de Chacarita, em Buenos Aires; continua com visitas aos distintos do-

micílios do médico nazista Joseph Mengele na Argentina e no Chile, a consulta

de suas bibliotecas, as marcas do Anjo da Morte nesses livros, com sua s fór-

mulas e seus estudos. Nos documentos de Mengele, De Nápoli descobre ante-

cedentes de experimentos nazistas, chegando a expor uma nova hipótese so-

bre a origem da Aids.”

Adolf Hitler não podia ter filhos, devido a doenças sexuais mal tratadas em sua

juventude. A fórmula da eterna juventude era uma descoberta politicamente

imprescindível para o líder sem descendentes do Reich dos Mil Anos. Aus-

chwitz serviu como uma fonte inesgotável de cobaias para as pesquisas, muitas

vezes fracassadas que tiveram o câncer como resultado em vários experimen-

tos.

"De Nápoli discorre sobre o período mais aberrante da história mundial e reve-

la tanto a fórmula nazista para alcançar o rejuvenescimento humano, como o

experimento para consegui-lo.

O relato dessa experiência, tão bem-sucedida quanto sinistra, permitirá repas-

sar cada uma das etapas do processo e seus segredos, reverso de milhares de

experimentos fracassados, exercidos sem piedade sobre os corpos dos prisio-

neiros judeus. O uso da droga talidomida, hipófises de cadáveres profanados e

o câncer como sequela dos experimentos somam-se ao arrepiante testemu-

nho de uma dinamarquesa de 70 anos que parece ter 40, para completar um

cenário incrível – mas real – de nossa história recente".

- Mario Praun

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[parágrafo] Você não vai lutar para encontrar seu amor [vírgula] vai lutar para ficar

com ele [ponto] Quando você encontrar sua alma-gêmea [vírgula] você não vai lutar so-

zinho para tê-la ao seu lado [vírgula] vocês dois vão lutar juntos contra o mundo

[vírgula] como se fossem um [vírgula] para poderem ficar lado a lado [eterno]

- Carolyne Burgos

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Nós temos uma coisa com a palavra coisa, ela coisa tão bem com qualquer coisa que coisar fica bem mais fácil.

Coloquialmente nós temos vários costumes que facilitam a nossa oralidade. Qualquer exemplo é tipo, qualquer coisa é coisa e qualquer verbo é coisar. Basta saber flexionar o verbo ir que se vai para qualquer canto. Talvez o termo correto para isso seja “auxiliar”. Ir é o to do do português, nós conjugamos o ir para não conjugar todos os outros verbos. É bem capaz de que isso seja influência dos livros ingleses que foram traduzidos para cá. Ou talvez seja tudo besteira, porque sou leiga no que estou falan-do, estou apenas pensando com vocês.

Qual o resultado disso na nossa língua? Será que perdemos algum elemento culto, ou isso nos possibilitou uma nova forma poética?

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça é ela menina, que vem e que passa no doce balanço a caminho do mar.” Já em 1962, Vinicius de Moraes usava o coisa para coisar qualquer coisa na nossa língua. Ele pode, é músico, tem licença poética. Nós também podemos, falando. Todavia é importante ter cuidado para não criar um duplo sentido indesejado. Já que coisa e coisar pode ser qualquer coisa.

E coisar realmente existe. Segundo o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa coisar está registrado para uso popular e significa “fazer reflexões”. O mesmo dicioná-rio também diz que no Brasil quer dizer “preparar ou fazer algo”.

Falando, cantando, tudo se pode. [...] Criamos, inovamos, complicamos e nos confun-

dimos. Faz parte dessa nossa arte de coisar.

- Juliana Almeida, As Coisas Coisam.

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E então ele espera, pacientemente, por

uma chance de sair de suas masmorras

outra vez. Uma nova chance para

mudar um pouco sua vida pacata e sem

graça. Uma nova chance para su-

cumbir aos prazeres e alegrias da vi-

da. Festas, conversas, amigos ou ape-

nas tudo o que há no universo. Talvez

assistir o sol se pondo outra vez e a lua

crescer ou sentir o calor e a delicadeza

das mãos de uma fêmea qualquer então

conversa com ela e a faz rir. Mas

hoje, vê a chuva caindo na janela em

sua frente, fria, mas feliz, enquanto

as muriçocas lhe fazem companhia,

chupando seu sangue através da noite

solitária.

E então ele espera, pacientemente, por

uma chance de sair de suas masmorras

outra vez. Uma nova chance para mudar

um pouco sua vida pacata e sem graça.

Uma nova chance para sucumbir aos

prazeres e alegrias da vida. Festas, con-

versas, amigos ou apenas tudo o que há

no universo. Talvez assistir o sol se pon-

do outra vez e a lua crescer ou sentir o

calor e a delicadeza das mãos de uma fê-

mea qualquer então conversa com ela e

a faz rir. Mas hoje, vê a chuva caindo na

janela em sua frente, fria, mas feliz, en-

quanto as muriçocas lhe fazem compa-

nhia, chupando seu sangue através da

noite solitária.

-Miguel Angelo.

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.

Page 17: Recortes #1

“Homem com homem, lobisomem”. Esse verso de uma poesia

feita por Rei Luís XIV, conta o que é retratado sobre uma

espécie não tão rara de ser humano. Alguns másculos, ou-

tros nem tanto, fazem parte do grupo homossexual ou bi.

Essa espécie é um pouco perigosa, o que basta apenas para

acalmar a fera é fazer todos os desejos dela, se ocorrer o

contrário sua vida ira ser amaldiçoada.

Outra coisa que ocorre muito é o que alguns pedem e não

são recompensados, e outro o contrario: é a barba. Alguns

pretos e cacheados, outros mais claros e um pouco mais li-

sos, ela serve para atrair outros indivíduos do sexo mas-

culino, o veado pede para ser a presa.

Fim(17 até 18): O Homo sapiens sapiens masculino já esta

pronto para a vida, depois de passar por todo esse teste

de ingressão a fase adulta, de fato está. Todo esse sofri-

mento já esta acabando, uns ficam muito bonitos apesar de

antes, e outros, sem ganhar recompensa de Deus, nem um

pouco.

-Lucas Borba, trecho de Puberdade Masculina.

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Vivemos nessas direções opostas, mas sei que você está pronta à qual-

quer deslize que eu cometer. Sei que vivemos tão perto, tão longe, fujo

de você e você me persegue. Fujo por saber que ao te encontrar viverei

a maior e mais intensa aventura da minha existência. Fujo por saber que

ao me entregar terei perdido toda minha essência e tomado como vida

prioritária a que podemos juntos construir. Essa fuga se manifesta de for-

ma tão sutil, tão facilmente confundida com autoproteção, que, ao me

convencer de que não sinto, me sinto mais cômodo a não sentir. Tento

cegar minha mente com todo e qualquer conhecimento, sobre toda e

qualquer coisa, pra distrair-me da dor que me causa o saber que minha

alma grita pela tua, mas não me encontro suficientemente estabilizado

para te ter, e correr o risco de te perder. Fujo, corro, grito, expresso e re-

primo em vão. Confesso que fechar-me foi a opção menos dolorosa. Es-

friar nunca foi condizente comigo, condizia muito mais com o que eu re-

pudiava, mas é, não pude evitar tal conduta. Sei tanto que me comple-

tarias, que busco a maior distância possível. Sei bem que me acomo-

daria ao teu lado por ter tudo que sempre desejei, que a

distância de ti, me faz buscar-te em tudo, todo deta-

lhe, toda letra, esquina ou noite em que a lua se mostra

clara no céu. Bem, se tornou mais fácil me trancar um leão

em meu peito do que solta-lo e vê-lo altivo. E quando me

questiono sobre o uso de tal veneno, do qual faço com-

bustível aos meus dias, tem me corroído a alma. Es-

tranho é ter a oportunidade de exorcizar meus demô-

nios, e conservá-los furiosos para poder viver. Seria im-

prudente culpar o destino por tudo, mas ele merece a

culpa de ter cruzado meu caminho com o seu.

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Cruzou de uma forma tão breve que se tornou eterna, tão doce

que se tornou ácida, que de tão pura apodreceu quando você se

fez ausente. E por fim, terei aceitado minha condição,

quando a fuga não for uma opção, quando decidir

meu unir ao sentimento que tenho me privado de

sentir. Até lá, serei enforcado pelo meu próprio la-

ço, serei vítima do meu próprio veneno e caminha-

rei em outros rumos, outras estradas que façam eu

me perder. me perder.

-Manoel Andrade, Carta ao abismo.

Page 20: Recortes #1

Não me importo, nem finjo importância

Perceber isso não é um ato de grande inteligencia

Mentiras delicadas rodeiam os dias

Chutam-se as portas, rasgam-se as folhas

Não se faça assim, dizem

Gritam

Insistem no transforme agora, amor no futuro

Meu bem, entenda

Nada vai mudar o efeito borboleta.

- Lívia Maranhão, Efeito Borboleta.

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Page 22: Recortes #1

Pressão osmótica

Acordou meio tonto e um tanto assustado

depois do pesadelo que teve numa manhã de

novembro, olhou rapidamente para o lado e

viu sua mulher com quem é casada há 20

anos. Ainda tonto, entrou no banho e se deu

conta que mora naquela casa desde que

nasceu. Se trocou e foi a cozinha e lá encon-

trou a mesma empregada desde que seu filho

tinha 5 anos, hoje com 22. Achou tudo aquilo

muito tempo, comendo o pão da padaria

mais antiga da cidade. Foi trabalhar, ainda

trabalha no seu primeiro emprego. Atura o

mesmo chefe há 25 anos. Ainda se arrepende

de não ter comido a secretária quando teve

chance, há 10 anos. O trabalho acabou, se

arruma e vai para a casa, pegando o engar-

rafamento que é a única coisa que aumenta

em sua vida. Chega em casa e nada mais

acontece, até no outro dia quando nada mais

vai acontecer e no outro também não, sem

falar que nesse dia também nada houve nem

no anterior. E assim foi se "vivendo".

- Pedro torres

Page 23: Recortes #1

Naquela noite, o

vento estava gela-

do. Poucas estrelas

e o ar pesado das

horas mortas. As

gêmeas desceram

pela varanda escu-

ra, atravessaram os

jardins e tomaram

a estradinha de ter-

ra até a porteira.

Apesar da reco-

mendação de silên-

cio absoluto, Marie

estava curiosa com

a sacola que a irmã

carregava:- O que

você tem aí?

Andou assaltando a

despensa? – O

olhar de desdém foi

a resposta.

- Márcio Tex

Page 24: Recortes #1

Tive que experimentar (e ainda

experimento) partes de mim, pra

descobrir o que eu sou (e o que se-

rei), sou pessoa de poucas certezas e

uma delas, é que eu nasci pra dar

amor, se não isso, o que mais haverá

de ser?![..]

Ainda não sei o que eu sou, devo ser

do céu, do mar, do vento e da ter-

ra. Não sei, mas sei onde quero

chegar, esse é claro: no caminho que

vai dar no sol.

- Luiza Lucena.

Page 25: Recortes #1

Que voraz segredo

Guarda esta chama infinita?

Um fogo ardente de paixão,

Vontade de tocá-lo para amar

E sentir seu calor.

Inesquecível Lembrança!

Desdobrar-se sobre os lençóis que me acomodam,

Pecar luxúrias humanas com você,

Entre abraços e carícias,

Beijos e prazeres,

Para no final apenas ver seus olhos,

Assim vagarosamente envolver-me num sorriso de ternura

Para no fim sonhar

Doces ilusões

Ah, eterna felicidade!

- Carol Van-lume, trecho de Voraz Segredo.

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Revista Recortes - Produção Coletiva Cultural.

Janeiro de 2013