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Tratar quimicamente um solo significa in- terferir em sua composição química sem, efetivamente, adicionar carga significati- va. Isto se faz com o grouting, através da injeção de polímeros orgânicos e inorgâ- nicos líquidos com ultra baixa viscosida- de. Grouting é uma técnica de melhora- mento do solo para consolidação ou para impermeabilização, bastante utilizada na Alemanha, França e EUA. O grouting teve origem na França, em 1802, com o engenheiro Charles Berigny, ao usar uma suspensão de cimento pozolânico em água para consolidar fundações de ca- RECUPERAÇÃO DO SOLO O tratamento convencional de solos através de terra armada, drenos verticais, substituição do solo, geogrelhas etc, prende-se a aspectos essencialmente físicos. Conheça o grouting, terapia 100% química para o solo, através da injeção de polímeros. Carlos Carvalho Rocha GLOSSÁRIO Ácido húmico – qualquer dos vários ácidos orgâ- nicos complexos em estado coloidal obtidos a partir do húmus (matéria orgânica preta decomposta). Solos contendo mais de 2% de material orgânico são, usualmente, considerados inadequados para injeção apenas de cimento. Da mesma forma, so- los com pH menores que 5. Uretano – resina produzida pela reação de um diisocianato com uma substância contendo pelo me- nos dois átomos de hidrogênio ativos, como um diol. Centipoise (cps) – unidade de viscosidade. Ge- ralmente compara-se em relação à viscosidade da água, que é 1cps. Polímero – macromolécula constituída pela repe- tição de uma umidade molecular pequena denomi- nada monômero. sas. Em 1821 o grouting, com a invenção do cimento portland, tomava impulso pelo fato de as bombas de injeção, até então de madeira, passarem a ser de aço. Ex- pressões como controle de pressão, fase de preenchimento e de saturação, testes de pressão d’água para investigar a per- meabilidade dos solos e rochas e, princi- palmente, viscosidade já se faziam notar a partir daí. Desde então, percebeu-se a dificuldade de se injetar as super visco- sas caldas de cimento, com viscosidades superiores a 3000cps, através de solos e rochas. Limitações à vista. Figura 1 - Grouting na ensecadeira junto a eclusa da barragem de Jupiá. Repare a linha de tubos de injeção posicionados, a partir da esquerda, na qual foi executado grouting para interromper forte fluxo d’água do rio Paraná em direção à eclusa. GROUTING A MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMA DE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO GROUTING A MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMA DE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO GROUTING A MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMA DE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2004 4

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Tratar quimicamente um solo significa in-terferir em sua composição química sem,efetivamente, adicionar carga significati-va. Isto se faz com o grouting, através dainjeção de polímeros orgânicos e inorgâ-nicos líquidos com ultra baixa viscosida-de. Grouting é uma técnica de melhora-mento do solo para consolidação ou paraimpermeabilização, bastante utilizada naAlemanha, França e EUA. O groutingteve origem na França, em 1802, com oengenheiro Charles Berigny, ao usar umasuspensão de cimento pozolânico emágua para consolidar fundações de ca-

RECUPERAÇÃO DO SOLO

O tratamento convencional de solos através de terra armada, drenosverticais, substituição do solo, geogrelhas etc, prende-se a aspectosessencialmente físicos. Conheça o grouting, terapia 100% química para osolo, através da injeção de polímeros.

Carlos Carvalho Rocha

GLOSSÁRIO

Ácido húmico – qualquer dos vários ácidos orgâ-nicos complexos em estado coloidal obtidos a partirdo húmus (matéria orgânica preta decomposta).Solos contendo mais de 2% de material orgânicosão, usualmente, considerados inadequados parainjeção apenas de cimento. Da mesma forma, so-los com pH menores que 5.Uretano – resina produzida pela reação de umdiisocianato com uma substância contendo pelo me-nos dois átomos de hidrogênio ativos, como umdiol.Centipoise (cps) – unidade de viscosidade. Ge-ralmente compara-se em relação à viscosidade daágua, que é 1cps.Polímero – macromolécula constituída pela repe-tição de uma umidade molecular pequena denomi-nada monômero.

sas. Em 1821 o grouting, com a invençãodo cimento portland, tomava impulso pelofato de as bombas de injeção, até entãode madeira, passarem a ser de aço. Ex-pressões como controle de pressão, fasede preenchimento e de saturação, testesde pressão d’água para investigar a per-meabilidade dos solos e rochas e, princi-palmente, viscosidade já se faziam notara partir daí. Desde então, percebeu-se adificuldade de se injetar as super visco-sas caldas de cimento, com viscosidadessuperiores a 3000cps, através de solos erochas. Limitações à vista.

Figura 1 - Grouting na ensecadeira junto aeclusa da barragem de Jupiá. Repare a linhade tubos de injeção posicionados, a partir daesquerda, na qual foi executado groutingpara interromper forte fluxo d’água do rioParaná em direção à eclusa.

GROUTINGA MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMADE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO

GROUTINGA MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMADE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO

GROUTINGA MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO SOLO COMO FORMADE ESTABILIZAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO

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As cidades não têm limites.mais

Além das cidades, existem muitas possibilidades.Sabe aquelas áreas pantanosas que, a princípio, pareciamimpraticáveis para uma estrada ou uma comunidade,acredite, a preços baixos, podemos torná-las viáveis.

Pense em SOLOMAX. Turfas, argilas moles, areiasfofas ou orgânicas podem ser modificadas para ter resistênciasadequadas à sua obra: problemas em estradas, taludes oufundações, remanejamento de solo ruim, estaqueamentoprofundo, estacas de areia... Para nós não existemimpossibilidades, carestia, limites...

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Alguns anos mais tarde, o holandez H. Joos-ten inventou o uso de polímeros aglome-rantes e modificadores químicos injetando,ao invés da calda de cimento, suspensões,soluções e emulsões, com viscosidades pró-xima à da água, nos vazios de solos argilo-sos e arenosos para incrementar suas carac-terísticas geotécnicas. Nascia o GROUTING.

Como é o Grouting?

O leque das opções de materiais aglome-rantes poliméricos e modificadores quími-cos, sejam na forma de soluções, suspen-sões ou emulsões de origem inorgânica or-gânica ou mista é grande. A química dospolímeros se expande a cada dia, possibili-tando a introdução, em solos e rochas, deaglomerantes mais eficientes que o velhocimento portland, além de modificadoresquímicos tão fluidos quanto a água. Comosão compatíveis com a própria água do solo

causam a diminuição da permeabilidade e/ou o aumento da resistência do solo/rocha.A regra básica e mágica do sucesso do grou-ting recai nas seguintes asserções:• A química dos polímeros orgânicos e inor-

gânicos possui ultra-baixa viscosidade,menor que 10cps.

• Modificam a química do solo.• São totalmente atóxicos ao solo ou à

água freática.• Utiliza bombas e misturadores simples, já

que é fácil injetar, nos solos, emulsõesou soluções com viscosidade próxima ada água.

• Proximidade de preços com as tradicio-nais e baratas caldas de cimento, cuja vis-cosidade característica é superior a3000cps.

A primeira das asserções, sem dúvida, é aprincipal característica para o tratamentode solos, principalmente os argilosos ousiltosos. Só para se ter uma idéia, compare

Conheça mais sobre o groutingExiste uma infinidade de livros alemães e americanos sobre grouting. Entre eles sugerimos:

Nesta ensecadeira, na barragem de JUPIÁ, situa-da no rio Paraná, em São Paulo, havia grandesinfiltrações através do maciço. A utilização do grou-ting com a injeção de resina de poliuretano hi-droexpansivo, própria para solos, interrompeuimediatamente o processo infiltrante ao mesmotempo que estruturou a argila. Nos locais ondehavia grande fluxo d’água, tanto no maciço quan-to no encontro como o basalto, constatou-se apresença do grouting.

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Figura 3 – Atuação (penetração) das caldas de cimento e dos polímeros frente à granulometria do solo,segundo a ASCE.

Figura 4 – A zona do grouting e o raio de atuação de cada furo. De acordocom o tipo de serviço e solo a ser tratado, seja para uma consolidação ouexecução de uma barragem impermeabilizante subterrânea para conteruma contaminação química, traça-se uma malha de furos juntamente comuma taxa de injeção por metro, que caracteriza e limita cada furo,estabelecendo-se o raio de atuação e, conseqüentemente, um volume desolo tratado por furo. O índice de vazios do solo é peça chave.

as limitações que a granulometria dos so-los oferece para caldas e polímeros, noquadro da ASCE (American Society of Ci-vil Engineers).

A teoria do grouting

O Grouting nasceu da prática e não da teo-ria. Exatamente pela facilidade e diversida-de com que novos polímeros, que cada vezmais se inserem no mercado, interferem naquímica de areias, siltes e argilas. A moedade troca, claro, é o fácil preenchimento dosvazios do solo com posterior endurecimen-to, passando a não mais existir aquela fasefluida inicial que acarretava características

geotécnicas inde-sejáveis. Algocomo a interligaçãodos vazios do solocom o conseqüen-te deslocamentodo ar e parte daágua intersticialpara outras regiõesfora da zona doGrouting. As di-mensões da zonado grouting sãoformadas pelo di-mensionamentodo seu raio de atu-ação, a partir dotubo de injeçãocom a utilizaçãoprévia de uma taxade injeção, tipo 100litros por metro decravação, obten-do-se um volumede solo tratado porfuro. A pressão deinjeção é semprebaixa, ou seja, va-ria de 0,1 a 1MPa,exatamente pelo

Montagem do corpo de prova para o ensaio triaxial.

Cravação do tubo de injeção ao mesmo tempo emque é injetado o polímero.

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O grouting de poliuretanoestrutural que em 6 minutosadiciona em rochas instáveis,

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fato de se trabalhar com resinas de viscosi-dade próxima a da água, ou seja, próxima a1 centipoise (cps). O que ocorre, em maiorgrau, ao se injetar uma suspensão ou solu-ção química resinosa é o deslocamento daágua intersticial. Em menor grau, ocorre amistura da resina com a água do solo e am-bas envolvem seus grãos, completando otratamento. As resinas poliméricas normal-mente utilizadas são:• Solução aquosa sílico-uretano (SOLO-

MAX).• Solução aquosa de acrilamidas (WATER-

CRIL).• Solução hidroexpansiva de uretano (PH

SOLO).• MICROCIMENTO.Dependendo da malha de furos e da taxa deinjeção aplicada, poder-se-á ter incremen-tos na resistência à compressão do solo quevariam de 10 a 100 toneladas/m2. O esque-ma de tratamento do solo poderá ser feitoem uma ou duas etapas, dependendo daestratégia a ser adotada.

Conhecendo o solo

O grouting exige o conhecimento do soloatravés de sua sondagem e, naturalmente,o motivo do tratamento, seja consolidaçãode uma fundação, estabilização de uma en-costa ou um tratamento de solo contamina-do, sujeito ao fluxo do lençol freático. Deacordo com as camadas de solo apresenta-

Figura 5 – Seqüência típica de tratamento emsolo com 2 estágios, em um furo (cravação eretirada do tubo de injeção), com a injeção deum polímero de dois componentes.

GLOSSÁRIO

Suspensão – sistema, em geral, instável de par-tículas mais ou menos grosseiras de uma fase emoutra fase. Sistema heterogêneo. Se as partículasforem suficientemente pequenas passam a cha-mar-se suspensão coloidal. Em geral distingue-se asuspensão da emulsão, sendo a primeira instável egrosseira, enquanto a segunda é mais fina e maisestável.Emulsão – Sistema coloidal constituído de umafase líquida dispersa em outra líquida. A emulsãomais comum é o leite, sendo a fase dispersa a gor-dura, o dispergente a água. As emulsões têm gran-de importância na técnica, pois grande número deóleos são usados com mais proveito em emulsãocom a água e assim como grande número de poli-merizações são efetuadas nestas condições. A tec-nologia das tintas está sendo profundamente trans-formada pelo emprego de veículos plásticos emulsi-onados no lugar clássico do óleo com secativo.Solução – mistura muito íntima, em escala mole-cular ou atômica, de composição variável que duasou mais substâncias, capaz de ser resolvida (sepa-rada em seus constituintes) por processos físicos.As soluções podem apresentar-se em qualquer umdos três estados físicos (sólido, líquido ou gasoso).Reações químicas de dupla troca – são rea-ções onde duas substâncias compostas reagem tro-cando um dos seus elementos e produzindo duasnovas substâncias compostas.

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das na sondagem estima-se seu índice devazios que, no final das contas, irá ditar ovolume de resina a ser injetado. A profun-didade do solo a ser tratado, logicamentetem a ver com o motivo do tratamento. Porexemplo, para um conjunto de sapatas a ser

• Penetrar facilmente no solo e rocha.• Ter grande raio de atuação com baixa pressão.• Preencher facilmente vazios de todos os tipos

de tamanhos.• Promover mudanças químicas ou, simplesmen-

te, o encapsulamento dos grãos, seguido doendurecimento.

• Ser extremamente solúvel em contato com aparte líquida do solo, de modo a modificar suamatriz.

O material do grouting tem que:• Penetrar facilmente no solo e rocha.• Ter grande raio de atuação com baixa pressão.• Preencher facilmente vazios de todos os tipos

de tamanhos.• Promover mudanças químicas ou, simplesmen-

te, o encapsulamento dos grãos, seguido doendurecimento.

• Ser extremamente solúvel em contato com aparte líquida do solo, de modo a modificar suamatriz.

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O que é o grouting?No contexto da estabilização de solos, GROUTING significa injetar líquidos quimicamente ativos e suspensões aquosas de sólidos através detubos introduzidos no solo, promovendo o deslocamento parcial dos fluídos presentes em seus vazios, além da mistura, havendo, em seguida,a solidificação do conjunto. O resultado é a modificação das propriedades químicas do solo. As propriedades de um solo submetido a umGROUTING têm semelhança com aqueles materiais de granulometria fina e grossa submetidos a um cimento aglomerante. O contexto do solotratado passa a comportar-se como uma rocha, onde impera a mistura por cizalhamento, dependente dos componentes coesão (devido ao poderaglomerante das resinas) e do atrito interno (devido ao confinamento das cargas), tudo inserido nos gráficos do círculo de MOHR. Após oGROUTING, o ângulo de atrito do solo natural é totalmente alterado, fazendo com que sua estrutura, como um todo, torne-se rígida, consoantecom o tipo de trabalho realizado. O solo tratado passa a ter alta resistência à compressão e melhoria significativa em sua resistência à tração.Ora, a resistência de maciços rochosos alterados ou não dependem exclusivamente da resistência do componente mineral principal e da formacomo está unido, seja por cimentação ou interlocking. Por outro lado, o estado de rutura de maciços rochosos é por cizalhamento, já que testesde compressão em corpos de prova não confinados, produzem rutura cizalhante oblíqua. É sabido também que, a resistência à compressão damaioria das rochas é bem superior às tensões impostas pelas construções, traduzida por uma resistência à compressão não confinada (RCNC)normalmente variando de 3 a 40MPa. A resistência à tração é raramente medida ou diretamente aplicada, possuindo valores variando de RCNC/8 a RCNC/20.A comprovação da resistência de solos tratados com grouting insere-se no contexto dos testes para rochas, aos quais atribui-se uma margem deerro de 20% devido à heterogeneidade dos maciços. Os métodos triviais de avaliação são os testes de compressão não confinado, teste triaxial,teste de carga distribuída e o teste de cizalhamento com anel.

Figura 7 – Resistência a compressão de solospredominantemente arenosos estabilizados.

Figura 8 - Grouting sendo feito com argila mole orgânica em um poço deacesso a uma galeria de esgotos, para permitir a continuidade da escavação.Os furos foram feitos radialmente e no fundo do poço.

Figura 9 - Grouting impermeabilizante com polímero hidrófilo acrílico nainterface concreto/rocha. A rocha é uma perigosa pirita com grande presençad’água.

influência ou bulbo de pressões no solo.Com isto, e a interação resina/solo, poderáestimar resistências à compressão e ciza-lhamento a serem introduzidas no solo.A malha de furos, quer dizer, a quantidadede furos e a distância entre eles é função dasondagem e do motivo do tratamento. A par-tir daí, estabelece-se o raio de atuação decada furo. O índice de vazios, novamente, éo fator condicionador. A presença do nívelfreático ou de solos saturados, como nasargilas moles, não tem interferência no grou-ting, já que as resinas utilizadas possuempropriedades reológicas e viscosidades se-melhantes às da água, além de habilidade emanha para deslocá-las quimicamente de-vido a presença de surfactantes. Por outro

Figura 6 – Grouting com utiliza-ção de percurssor pneumático:penetração e injeção simultânea.

estabilizado necessitar-se-á conhecer suasdimensões, de modo a avaliar sua zona de

lado, a mistura com a água, em concentra-ções pré-determinadas, confere às partícu-

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Figura 10 - Seqüência de fotos do grouting em uma turfa para correção do greide de acesso a uma ponte recém construída em Sergipe. Os 4mde aterro para corrigir o greide de acesso à ponte causariam grandes tensões nos dois tubulões no término da ponte.

A situação dos 2 tubulões e o pântano turfoso no limite da ponte.Vista em corte do solo e a situação dos dois tubulões extremos.

O grouting em andamento com o misturador alimentando a bomba:diminutos equipamentos.

Solo estabilizado com o grouting e os 4m de aterro sobre a turfamodificada.

Detalhe da primeira “laje” com cerca de 20cm seguida de camada deturfa modificada e, a seguir, nova laje sob a lata de referência.

Situação final após o grouting: o serviço custou a metade da soluçãoconvencional.

A situação de dois tubulões com camada de 5m de turfa amorfa envolvendo-os preocupava os projetistas, já que deveria haver uma camada deaterro futura com 4m de altura sobre a turfa. A solução foi a execução de uma malha de furos em torno dos dois tubulões e a execução dogrouting. O resultado foi a formação de “lajes e paredes de concreto” com a injeção de SOLOMAX e calda de cimento bem fluida, em 2 estágios.

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Figura 11 – A “concretagem” em torno do tubo deinjeção.

Figura 12 – Consolidação subaquática do solo em torno das estacas de uma ponte, com utilizaçãode microcimento e tempo de pega extremamente curto.

las propriedades aglomerantes, promoven-do a modificação química do solo. Estas úl-timas características relacionam-se direta-mente com o aumento substancial da coe-são do solo.

Um caso típico:Argilas moles versus SOLOMAX

Freqüentemente estabilizamos argilas mo-les ou turfas com SOLOMAX e calda decimento. O resultado é a formação de uma

rede de “lajes de concreto interligadas”, emfunção da malha de furos executada, con-ferindo ao solo resistências superiores a100 toneladas/m2.

quema:• Injeção de SOLOMAX no 1º estágio (cra-

vação do tubo)Com viscosidade semelhante à da água,SOLOMAX penetra no solo, abrindo-o ecapturando todas as substâncias cálci-cas existentes. Sua alta concentração deaglomerantes à base de sódio, no entan-to, deixa-o em compasso de espessura

Figura 10 – Checando o grouting com a interposiçãode um furo central na malha executada.

... - raio de ação teórico.A – furos do grouting executado.B – furo para constatação da modificação do solo.

cálcicas. A estratégia de tratamento colo-cou em prática, então, SOLOMAX com avelha calda de cimento, rica em substânci-as cálcicas, de acordo com o seguinte es-

O tratamento

SOLOMAX é uma resina essencialmenteinorgânica, embora contenha cadeias orgâ-nicas à base de uretano, cuja função princi-pal é promover reações químicas de sim-ples e dupla troca, oferecendo átomos desódio (Na) e recebendo, em troca, átomosde cálcio (Ca), para a formação de rígidossilicatos de cálcio, semelhantes ao cimentoportland. Como em todos os solos há pre-sença de cálcio, em maior ou menor grau,sugere-se quase sempre a utilização doSOLOMAX. A presença de argilas molesou turfas, no entanto, implica quase sem-pre em baixa concentração de substâncias

Modelo geométrico padrão dogrouting em argilas moles.

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ávido por maiores concentrações de subs-tâncias cálcicas, para promover reaçõesquímicas de simples e dupla troca.

• Injeção de calda de cimento no 2º estágio(retirada do tubo)A injeção de calda de cimento, com rela-ção A/C em torno de 1, é tremendamentefacilitada pelo aumento dos capilares einterstícios do solo pela injeção de SO-LOMAX no 1º estágio do tratamento. Ocontato da calda de cimento com o ambi-ente rico em SOLOMAX desenvolve, emalguns minutos, uma rápida reação quí-mica aglomerante, envolvendo as partí-culas do solo. O resultado é a formaçãode uma rede de “lajes de concreto”, tam-bém chamada de “esqueleto de concre-to”, totalmente interligada, que forneceexcelente resistência à compressão e ci-zalhamento.

Alguns outros aspectos desta estratégiatornam-se interessantes de relatar. A rápidareação de pega da matriz cimentícia com oSOLOMAX:1º) Neutraliza a ação do ácido húmico, pre-

judicial à química da hidratação do ci-mento portland, garantindo a completaefetivação da pega e do endurecimen-to.

2º) A injeção posterior da calda de cimen-to viabiliza economicamente o serviço,já que o litro injetado da calda é trêsvezes menor que o do SOLOMAX.

3º) A Injeção tanto do SOLOMAX quantoda calda de cimento é feita com o mes-mo equipamento, ou seja, uma bombasimples de parafuso/rotor e um mistu-rador.

4º) A presença da fase inorgânica do ure-tano no SOLOMAX confere capacida-de aglomerante adicional ao solo.

Linha de tubulações, apoiadas em pipe-racks, e pavimento em paralelepípedossubmetidos a recalques sobre argila mole.

Misturador e bomba de parafuso helicoidal:o equipamento do grouting.

Figura 14 - As sapatas deste pipe-rack (veja fotos) foram estabilizadas com grouting.

À esquerda o grouting em andamento. Àdireita, o início dos serviços.

Detalhe do tubo de injeção posicionado para otratamento do pavimento de paralelepípedos.

O grouting em andamento.

REFERÊNCIAS

• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil,especialista em serviços de recuperação.

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Para ter maisinformações sobreGrouting.

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ANÁLISE

Indiscutivelmente teremos, no futuro pró-ximo, um concreto básico feito de cimento,agregado e água. Entretanto, suas armadu-ras ou cabos de protensão que, efetivamen-te, seguram a barra das tensões de traçãodo compósito concreto armado-protendi-do serão outra. Breve, breve teremos:• A era ou domínio do metal reativo aço,

paulatinamente substituído. Em seu lu-gar teremos armaduras e cabos de pro-tensão de polímeros à base de fibra decarbono e vidro, mais resistentes que oaço. O diferencial de preços praticamen-te não existirá. Claro, o problema da cor-rosão nas armaduras, cabos ou cordoa-lhas serão mera lembrança. O aço da cons-trução continuará, porém bem menos pro-blemático com relação à corrosão em ra-ção de novos métodos de elaboração eproteção.

Joaquim Rodrigues

Conheça o futuro do concreto, armado ouprotendido, além das novas tendências para osserviços de recuperação.

• Novos aditivos surgirão, conferindo aoconcreto comportamentos diferenciados,principalmente no estado endurecido.

• As dosagens serão menos vulneráveis ebem específicas à demanda do mercado.

Naturalmente, já se vislumbram concretosbem mais duráveis, pois serão especifica-dos de acordo com o ambiente imposto e, oque já é uma realidade, o nível da resistên-cia à compressão será bem mais elevado.A indústria da recuperação será mais atu-ante, motivada pelos novos conhecimen-tos de patologias e estratégias de tratamen-to.Com o nível de percepção de antigas pato-logias dentro do domínio do entendimentoe compreensão da maioria dos técnicos en-volvidos, programar-se-ão obras de recu-peração bem mais duráveis e com garantias

GLOSSÁRIO

Compósito – é, basicamente, qualquer materialconstituído por dois ou mais componentes, comcomposição, estrutura e propriedades distintas.Estão separadas por uma interface. O concreto,por exemplo, é um compósito.Polímero – substância com altíssimo peso mole-cular formada a partir de diminutas moléculas uni-das por ligações covalentes. Podem ser formadaspor um único tipo de molécula ou por uma varieda-de. Cadeia ou rede de unidades. combinadas qui-micamente, formadas a partir de monômeros pelapolimerização. Por exemplo, o acetato de polivinila(PVA) é um polímero formado pela união de inú-meras unidades de acetato de vinila, sendo esteum monômero.

mais reais. O chamado “vício da constru-ção” praticamente será eliminado ou trata-do na época ou imediatamente após a exe-cução. Quer dizer, o conceito de monitora-mento e manutenção efetivamente surgirá

Sintomas como estesdeixarão de existir, já queas armaduras à base defibra de carbono ou vidronão corroem. Osmateriais já existem. Empouco tempo tornar-se-ão viáveis esubstituirão o aço.

Todas as pesquisas confirmam a suprema-cia das fibras poliméricas em relação aoaço. Durabilidade a toda prova.

Todas as pesquisas confirmam a suprema-cia das fibras poliméricas em relação aoaço. Durabilidade a toda prova.

Todas as pesquisas confirmam a suprema-cia das fibras poliméricas em relação aoaço. Durabilidade a toda prova.

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REFORÇO MFCTele-atendimento(0XX21) 2493-6862fax (0XX21) [email protected] consulta nº 11

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já nas primeiras idades da construção comprogramas realmente inteligentes.

Rumo à recuperação inteligente

Evidentemente, o que vimos, vemos e ve-remos em ternos de monitoramento – ma-nutenção – recuperação (MMR) continua-rá a depender da cabeça e do bolso de cadaproprietário (timescale), cujo gatilho só édisparado quando em seqüência ocorre:• Aparência inaceitável.• Segurança estrutural.• Mudança de uso.

Cada um destes fatores, por si só, já justifi-ca o MMR. A maioria dois clientes, senãotodos, acha que o MMR é pura forçação debarra, o que não é verdade. O que deve serenfatizado é que o concreto armado-pro-tendido é um material extremamente resis-tente e durável e, assim como nosso corpo,que também tem as mesmas qualidades,necessita de cuidados constantes. A dete-rioração precoce do concreto armado-pro-tendido com cinco, dez ou vinte anos é in-justificável e até mesmo imperdoável seentendermos que cada ambiente estabele-ce condições particulares de comportamen-to. Se compreendermos que todo concretoé susceptível ao ambiente que o cerca, ab-

tanto, será responsável por uma quantida-de crescente destes serviços, cada vez maissofisticado. Nestes últimos 10 anos, só parailustrar, acompanhamos significativas mu-danças nos métodos de recuperação. In-troduzidas exclusivamente pela revista RE-CUPERAR. Senão, vejamos:

• Na impermeabilização– A injeção de resinas hidroativadas e ex-

pansivas, com células fechadas, no tra-tamento de fluxos d’água de barragens,reservatórios, metrôs, túneis, subsolosetc.

– A injeção de géis, de baixa e ultrabaixaviscosidade, para o tratamento de umi-dades (ausência de fluxo ativo).

• Estrutural– Reforço com manta, barra e fita de car-

bono.– Reforço com manta da fibra de aço.– Monolitização sem a necessidade de

sorvendo, acumulando e trocando figuri-nhas (reações químicas) com gases ou lí-quidos que lhe fazem contato, veremos quesuas armaduras ou cabos de protensão tam-bém estarão numa furada. É por aí.São perfeitamente conhecidos os danos quecada ambiente promove no concreto, sejao industrial, o marinho e o das grandes ci-dades. A necessidade do início do MMRdeverá ser deflagrada logo ao término daconstrução. Dúvidas? Provavelmente. Mas,estruturas situadas em ambientes hostiscomo o marinho e o industrial jamais pode-rão se dar ao luxo de não tê-la desde o iní-cio. Realmente, é loucura a ordem de preju-ízos que se sucedem, tanto para o bolso docliente quanto para a própria estrutura. Éinquestionável a comparação de custos come sem MMR.

O futuro darecuperação estrutural

A elaboração de projetos mais conscien-tes, a surgência de novos materiais de cons-trução-recuperação e a otimização de es-tratégias de construção mais adequadas,associadas à conscientização da manuten-ção preventiva diminuirão o número de re-cuperações em futuras construções. O enor-me número de estruturas existentes, no en-

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injeção utilizando-se adesivos estrutu-rais como METACRILATO.

• Corrosão– A utilização de semipilhas para a inves-

tigação dos processos de corrosão.– O emprego de proteção catódica para a

interrogação da corrosão em armadurase cabos de proteção de estruturas deedificações, enterrados e submersos.

– Tratamento da superfície do concretoaparente com hidrofugante silano con-comitante com inibidores da corrosão,substituindo o tradicional verniz.

• Umidade em pisos– Com o levantamento da umidade dinâ-

mica com o TVA-OK estabeleceram-sevalores qualitativos e quantitativos, eli-minando antigos problemas de desco-lamento de pisos epóxicos e vinílicos.

• Reatividade álcali-agregado– Estas metodologias, além de inovado-

ras, acarretam maior tempo de vida paraos serviços. Como se vê, a tecnologianão pára.

REFERÊNCIAS• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, mem-

bro de diversos institutos nos EUA, em assun-tos de patologia da construção. É editor e dire-tor da RECUPERAR, além de consultor técni-co de diversas empresas.

• CIB (1998) Standardisation and Preassembly.Construction Industry Board, London.

• Concrete Society Design guidance for high-strength concrete. Concrete Society Techni-

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cal Report No. 49, Concrete Society, Slough.• Friend, C. and Sheehan, T. Refurbishment of

UK civil infrastructure: the benefits of an in-telligent approach. In: Proceeding of the ThirdInternational Symposioum on Itelligent Re-newal of Civil Infrastructure Systems. WorldScientific, Capri.

• HMSO The Construction (Design and Mana-gement) Regulations. HMSO, London.

• HMSO Sustainable Development – The UKStrategy. HMSO, London.

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Você não os vê, mas eles estão por toda a superfície a serpintada. Problemas à vista.

Os sais solúveis invisíveisOs sais solúveis invisíveisVocê não os vê, mas eles estão por toda a superfície a serpintada. Problemas à vista.

Joaquim Rodrigues

Pouco tempo após ter aplicado uma tintade proteção sobre uma estrutura metálica,surgem problemas. Costumamos questio-nar o “será que” da seguinte maneira:• A tinta era de boa qualidade?Aí, pensamos um pouquinho mais, comconsciência, e questionamos:• Será que a preparação da superfície não

foi boa?Nossas especificações, inclusive as mais

CORROSÃO

Você não os vê, mas eles estão por toda a superfície a serpintada. Problemas à vista.

Os sais solúveis invisíveis

rigorosas, chamam a atenção para as se-guintes questões:• Classificam o ambiente corrosivo.• Descrevem como se desenvolve o fil-

me da pintura.• Cita os mecanismos de proteção do fil-

me da pintura.• Cita os tipos de limpeza mecânica.• Faz um estudo suscinto das tintas de

proteção e da necessária seleção es-pecífica ao ambiente e ao tipo de su-perfície a ser protegida e, finalmente,chama a atenção para...

• Os defeitos que ocorrem nas pinturas.

É interessante ressaltar que, neste últi-mo item, nossas especificações mais re-presentativas alertam que “são defeitosrelacionados com a película, devido a fa-tores ligados à qualidade da tinta, à lim-peza da superfície e às condições clima-téricas por ocasião da aplicação”.Neste mesmo item, cita que a patologiapor descascamento da película “pode ser

ocasionada pela contaminação da superfí-cie. Mas a limpeza foi feita e, aparentemen-te, checou-se a ausência de óleo, graxa,detritos, poeira, ferrugem, antigas pelícu-las, óxidos e outros produtos da corrosão”,conforme especificam as normas. Novamen-te entra em ação a velha química para nosalertar que nossas especificações são ce-gas para contaminantes não visíveis. Defato, resultados e mais resultados mostramque, mesmo o jateamento ao metal brancopode não ser suficiente para a remoção decontaminantes químicos chamados SAISÁGUA-SOLÚVEIS.

O que são sais solúveis?

A NACE, National Association of Corrosi-on Engineers, cita que qualquer substân-cia iônica condutiva, solúvel em água, éconsiderada um sal. A Society for Protecti-ve Coatings, SSPC, define sal solúvel como“uma substância química, iônica que dis-solve-se em água para formar uma solução

i ura - este tanque metálico foto maior e menor de uma ET , foi feito um idrojateamentocom areia se uido da neutrali ação dos sais contaminantes existentes nas paredes e fundo. p s ac eca em da exist ncia de sais na superf cie, fe -se a aplicação do primer a base de poliuréiaincolor e a aplicação do acabamento também com poliuréia foto .

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de íons positivos e negativos. De todos ossais normalmente presentes em uma super-fície metálica, seja próxima ao mar ou numambiente industrial, cloretos, sulfatos e ni-tratos são considerados os atores princi-pais que representam, detonando prematu-ramente películas e tintas, em temporadasde apenas algumas semanas. Tudo bem,mas qual a quantidade limite de sais quepoderá estar presente na superfície, sem que

haja comprometimento da (melhor) pintu-ra? Para encurtar a conversa, vamos falarapenas da principal. A NASA, através desua norma KSC-STD-001-D, identifica saiscloretos como os bandidos mais procura-dos pelos estragos que causam junto a su-perfícies metálicas e limita um máximo de5µg (microgramas) por centímetro quadra-do para que não causem problemas com pe-lículas de tintas. A Marinha dos EUA, por

GLOSSÁRIO

Osmose – passagem do solvente puro de umasolução diluída, através de uma película semiper-meável para o outro lado. O sistema constituído

pelo solvente, pela película semipermeável entreele e a solução não está em equilíbrio termodinâmi-co pois, em geral, o potencial químico do solventepuro é maior do que o de sua solução. Através dapelícula ocorre, então, a passagem expontânea dosolvente puro. Quando a película é permeável tam-bém ao soluto da solução, o fenômeno chama-sedifusão. A pressão osmótica dependerá da concen-tração da solução e das propriedades do solvente.Sal – substância iônica, ou seja, formada por par-tículas com cargas positivas e negativas, na formasólida, líquida ou intermediária. São sensíveis avariações de calor, luz, pressão e corrente elétrica.Eletrólito – a) substância formada por sais, áci-dos ou bases, em estado líquido ou meio sólido,meio líquido, em que os figurantes são íons e secomportam como partículas livres seguindo movi-mento independente, conforme a direção/sentidoda corrente elétrica que passam a conduzir ou car-regar. b) solução de íons. c) um condutor iônico.

i ura - otos tiradas da superf cie de um aço ao microsc pio eletr nico de varredura. - specto da superf cie do aço e seus produtos de corrosão quando contaminada por sais cloretos. - Outra superf cie de um aço situado à beira mar, contaminado naturalmente com sais cloretos,

durante um ano. ote a semel ança dos produtos da corrosão. - isão eral do mapeamento, feito por raios , da presença de sais cloretos na superf cie da

amostra .

i ura - otos tiradas de superf cies de um aço ao microsc pio eletr nico de varredura. - specto da superf cie do aço e seus produtos de corrosão quando contaminado com cloretos

corte . - Outra superf cie de aço contaminada por sais cloretos, durante um ano, à beira mar corte . ote,

com o aumento da ima em, a situação em corte do filme de sais sol veis apreciado ao lon e na foto lin a branca menor .

- isão eral do mapeamento, feito por raios , da presença de sais cloretos na superf cie daamostra .

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sua vez, limita um máximo de 5µg/cm2 paraserviços sem imersão e 3µg/cm2 para servi-ços com imersão.

Porque brigam sais solúveis epelículas de tinta?

A performance de uma película de tinta so-bre uma superfície metálica ou de concretoé extremamente afetada pela presença dossais solúveis. O efeito principal é a forma-ção de bolhas na película de proteção. Estefenômeno, também chamado de empola-mento e descascamento é, quase sempreerroneamente associado a “condições cli-máticas inadequadas quando da aplicaçãoda tinta” ou a “formulações inadequadas”.

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GLOSSÁRIO

Pilha osmótica – tipo de pilha que ocorre entreduas regiões parcialmente isoladas, devido a exis-tência de concentrações desiguais de sais. A águafluirá da região com menor concentração salina,através da película de tinta, para a área de maiorconcentração, ocasionando, neste lado, uma pres-são adicional na película.Concentração – quantidade em peso, moles ouequivalente de uma substância contida em umaunidade de volume.Solvente – substância que dissolve o soluto.Soluto – substância que se dissolve em um sol-vente.Ácido clorídrico (HCl) – solução de gás clorí-drico em água.

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i ura - a pintura de proteção feita em plataformas deve-se neutrali ar as superf cies, ap s oidrojateamento de areia, com E O- O . Torna-se obri at ria, também, a c eca em final da

presença de contaminantes, antes da pintura. ualquer situação diferente desta torna a pintura deproteção um caro circuito vicioso.

A velha química nos mostra que os sais sãosubstâncias higroscópicas por natureza,quer dizer, absorvem a umidade do ar. Umexemplo são os grãos de arroz que coloca-mos no saleiro para absorver umidade eimpedir a formação de bolas de sal. Os sais

cloretos, sulfatos e nitratos têm esta ten-dência quando depositados em uma super-fície metálica, tornando um excelente meiocondutor de eletricidade ou eletrólito, ge-ralmente com características ácidas, desen-cadeando um prato cheio de problemas:

pilhas osmóticas e pilhas de corrosão nasuperfície do aço.O cenário é similar para superfícies de con-creto. Sais presentes em sua superfície ab-sorvem umidade através da película de pro-teção, produzindo ácidos fracos, como o

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clorídrico (muriático) e o sulfúrico, que ata-cam a superfície do aço, corroendo-a. Nocaso das superfícies de concreto há a de-sintegração de uma diminuta espessura,suficiente para comprometer a adesão datinta. Estes mesmos ácidos atuando em su-perfícies de concreto imersas ou sujeitas agrande umidade causam pilhas osmóticas.Razão pela qual joga-se roleta russa ao sefazer ataque ácido sobre o concreto para“limpeza”.O fenômeno da pilha osmótica, também cha-mado de empolamento osmótico, produzsob a película de tinta/revestimento pres-

Cloretos, sulfatos, nitratos, nitritos, amô-nia e também os íons ferrosos são os ban-didos mais procurados, pois promovemgratuitamente a corrosão no aço.Estes íons negativos reagem como aço (ferro) e formam sais iôni-cos do tipo cloreto ferroso, sulfa-to ferroso etc.As principais fontes de sais clore-tos são o ambiente marinho, otratamento da água e as indústri-as que fazem o branqueamento do

Da onde vêm os cloretos, sulfatos e os nitratos?papel. Claro que existem outras. Os sais

sulfatos são produzidos por fontes na-turais, pelos gases de chaminés e por

motores a diesel. Os nitratos tambémsão remanescentes da fuligem dosmotores a diesel, devido ao dióxidode enxofre, das emissões de moto-res a gasolina, devido a oxidaçãodo óxido nitroso e do uso de tonela-

das de fertilizantes nitrogenados, osquais são oxidados como nitratos e

amônia.

Só para se ter uma idéia, sais cloretos comoo popular cloreto férrico, FeCl3, presençaconstante e aos milhares em qualquer pilhade corrosão no aço (1mg de FeCl3 =3.686.600.000.000.000 moléculas), logo, altopoder higroscópico na parada. Tais clore-tos sulfatos e nitratos, uma vez presentes

sões de centenas de MPaS , suficientes paradescolar qualquer revestimento sobre cha-pas de aço, por mais nobre ou “caro” queseja. Claro, porque os sais presentes na su-perfície metálica confinada formam uma so-lução altamente concentrada, ao passo quea água ou umidade atuante no lado externoda película apresenta concentração muitobaixa. Esta água ou umidade é, então, “con-vidada a passar pela película” (com poucaou muita velocidade dependendo do ambi-ente, da espessura e do tipo de tinta) pro-vocando pilhas osmóticas e de corrosão nasuperfície do aço.

i ura - Esquema do desenvolvimento de umapil a osm tica teoria e e prática .

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i ura - presença de sais contaminantes emtanques metálicos, sob a pintura de proteção,tanto no interior como externamente, é catastr fica.

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na superfície metálica, promovem um tra-balho de aderência, com altos níveis deenergia, quebrando as pernas das ligaçõeseletroquímicas, de modo a removê-las. Estaenergia, obrigatoriamente, terá de ser na for-ma mecânica e química, e não apenas nabase da primeira como é de praxe. A verda-de é que a maioria dos técnicos e projetis-tas desconhece os requisitos químicos paraa remoção daqueles penetras. Quer ver?Para uma limpeza supereficiente torna-senecessário:• O pH da superfície metálica deve ser dimi-

nuído abaixo de 7, de modo a facilitar aquebra das ligações químicas.

• A limpeza química deve ser feita com pro-dutos passíveis de serem diluídos em águada torneira que, por si só, contém cerca de600ppm de cloretos, neutralizando-os decara.

• Não pode ficar qualquer resíduo que in-terfira com a adesão das tintas/revestimen-tos.

O ideal é, após o hidrojateamento com areia,fazer outro hidrojateamento, com produtoquímico removedor de sais específico, uti-lizando energia mecânica superior a 20MPa

Existem dois caminhos para descobri-los:O primeiro, chamado “obtenção do íon específico”, identifica o tipo e a quan-tidade do sal aqua-solúvel existente na superfície do aço. O segundo cami-nho, chamado de “condutividade” é qualitativo e identifica apenas se há saissolúveis na superfície do aço. Para a obtenção do íon específico basta utilizar kits específicosidentificadores. Por outro lado, sais aqua-solúveis incrementam muito a condutividade elé-trica da água pura. Quer dizer, água salgada conduz eletricidade muito melhor que águadestilada (quimicamente pura). Logo, se molharmos a superfície do aço com água destiladae verificarmos que sua condutividade elétrica aumentou, certamente há presença de saisaqua-solúveis contaminantes. Repare que esta técnica não identifica que tipo de sal há nasuperfície. Existem três tipos de análise para a obtenção do íon específico:

Como verificar a contaminação por sais solúveis?

Para se analisar a condutividade basta colocar uma amostra de água destilada sobre a super-fície e medir sua condutividade com medidores de condutividade portáteis. Poder-se-á utilizaros métodos de colete discriminados na tabela acima para coletar amostras para análise dacondutividade. O Instituto de Patologias da Construção fornece, gratuitamente (por e-mail),apostila dos métodos acima empregados.

Em lon arinas metálicas de pontes ou tubula-ç es para l quidos corrosivos, a exi ncia é quese verifique a presença de sais contaminantes,antes da pintura de proteção.

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da superfície

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i ura - ainéis de aço contaminados com sais. Da esquerda para direita, o rau de preparação - ateamento de areia. - ateamento de areia á ua. - ateamento de areia á ua se uido do idrojateamento com removedor de sais.

REFERÊNCIAS• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil,

membro de diversos institutos nos EUA, emassuntos de patologia da construção. É editore diretor da RECUPERAR, além de consultortécnico de diversas empresas.

• ASTM D 4940 Test Method forConductimetric Analysis of Water SolubleIonic Contamination of Blasting Abrasives.

• SSPC-SP 12 Surface Praparation and Cleaningof Steel and Other Hard Materials by High-and Ultrahigh-Pressure Water Jetting Priorto Recoating (NACE No. 5).

• Generic Coating Types, L. Smith, Ed.,Technology Publishing Company, Pittsburgh.

• “Minimum Film Thickness for Protection ofHot-Rolled Steel: Results after 23 Years ofExposure at Kure Beach, Northe Carolina,”M. Morcillo, New Concepts for CoatingProtection of Steel Structures, ASTM STP841, D.M. Berger and R.F. Wint, Eds.,American Society for Testing and Materials.

• Corrosion Prevention by ProtectiveCoatings, G.G. Munger, NACE.

• Chapter 24 of Protective Coatings,Fundamentals of Chemistry andComposition, Clive H. Hare, SSPC 94-17,Technology Publishing Company, Pittsburgh,PA.

• C.H. Hare, Trouble With Paint, Adhesion I,JPCL.

• Conventional and Underwater Constructionand Repair Techniques, NAVFAC P-990,Naval Facilities Engineering Command,Alexandria, VA.

(3000psi) de modo a penetrar profundamen-te nos vales e cumes (visão ao microscó-pio) existentes na superfície do aço. Estaestratégia combina energia mecânica e quí-mica. Claro que a água e a areia utilizadasna primeira limpeza deverão ser checadascontra a presença de cloretos.O Instituto de Patologias da Construçãofornece cópias gratuitas, por e-mail, danorma “Métodos para análise e tratamen-to dos sais solúveis em substratos”,

SSPC-U4, da The Society for ProtectionCoatings (em inglês).

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Nestes últimos trinta anos temos acom-panhado o desenvolvimento de revesti-mentos poliméricos com grande espectrode módulos, resistência química e térmi-ca elevada, pot-life variável e com cadavez menos solventes. Entre eles encon-tra-se o poliuretano (PU) e, mais recente-mente, a poliuréia. Sem dúvida, o que maisalavancou o sucesso da poliuréia foi aexagerada quantidade de característicasbenéficas, aliada a diversidade de equi-

pamentos de alta e baixa pressão criadapara sua aplicação.

O que é poliuréia

Trata-se de um revestimento ou coating,lançado em 1990; com dois componentes:um isocianato quase prepolímero e uma mis-tura de resinas. O primeiro componente éuma combinação de cadeias terminadas emaminas, sem qualquer presença de um po-

ANÁLISE

Michelle Batista

GLOSSÁRIO

Poliuretano – resina termoestável usada parafabricar espuma. Tanto rígida como flexível. Famí-lia de resinas produzidas reagindo diisocianato comsubstâncias orgânicas contendo dois ou mais hidro-g nios para formar polímeros com grupos de isoci-anato livres. Estes grupos, sob a influ ncia do calorou de certos catalizadores, reagirão entre si ou coma água, glicols, etc... para formar um outro materi-al termoestável.Módulo – relação entre tensão e deformação.Pot-life – tempo durante o qual uma tinta ourevestimento pode ser aplicado, após ser prepara-do. epende da temperatura e da umidade.

Este é um revestimento que chegou e está marcando forte presença porsua versatilidade e resistência físico-química.

Figura 1 - Seqüência de fotos evidenci-ando a ampla gama de aplicação dasinúmeras variedades de poliuréiasexistentes no mercado.

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...ou com minibombapneumática de duplo

cartucho...

Com bomba de 2 componentes,elétrica, sem necessidade decalor e alta pressão...

Para proteger superfícies de concreto ou metálicas, utilizando spray, in-

forme-se sobre estes dois novos equipamentos. Também para calafetar

juntas de dilatação ou de controle ou para preencher micro-fissuras ape-

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GLOSSÁRIO

Prepolímero – pol ímero com grau depolimerização entre o monômero ou monômerosintroduzidos na formulação e o polímero final.Monômero – um líquido orgânico de pesomolecular relativamente baixo que forma umpolímero sólido pela reação com ele mesmo ou comoutras substâncias de baixo peso molecular, ouambos.Isocianato – é uma resina geralmente associadaa um poliol formando, invariavelmente, durante areação, um encadeamento de uretano. Este lugarcomum é conhecido como a química dos uretanos.Uretano – resina sintética similar ao poliuretano,muito usada para fazer espumas, elastômeros efilmes rígidos.Polialcool – substância com mais de hidroxilasna molécula.Poliéster – poliuretano feito através da reaçãode um poliácido com um polialcool.Polímero – são formados por monômeros que,quimicamente, formam cadeias ou unidadesrepetidas (polimerização).

lialcool. A mistura dos dois produtos pro-move a surgência da uréia.Para quem lida com poliuretanos (PU) juraque não há diferença em relação a poliuréia,já que as resinas à base de aminas poliéter(componente da poliuréia) ou à base de hi-droxilas poliéster/poliéter (componente doPU) são identificadas com poliuretano. Mashá quem brigue pela diferença. Tudo bem.

As necessidades do mercado

Qualquer engenheiro ou técnico que traba-lhe na área de manutenção/recuperação in-dustrial sonha em ter revestimentos ou co-atings insensíveis à umidade ou a água, curarápida, características físicas marcantes,excelente adesão, grande resistência à tra-ção e, claro, também química. O sonho vi-rou realidade. É a poliuréia.Seu tempo de reação é extremamente rápi-

do, algo entre 5 e 15 segundos, o que aimpede de reagir com a umidade, na formade minúsculas gotinhas d’água presentesnas superfícies do concreto ou aço. Real-mente, é uma tremenda vantagem já queninguém quer perder tempo dentro de umaindústria. O mesmo não se pode dizer paraepóxis e PUS que, geralmente, necessitamde, pelo menos, 24 a 48 horas para seremliberados. Provavelmente, o maior mercadoda poliuréia seja a da proteção àquelas tu-bulações que são enterradas, imediatamen-te após a pintura. Mas vamos falar de suascaracterísticas, que é o que interessa, não

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esquecendo que para regiões externas de-ver-se-á exigir poliuréia à base de isociana-to alifático para resistir bem ao tranco dotempo e permanecer estável à degradaçãoda radiação ultravioleta.

Insensibilidade à umidade

Definitivamente, poliuréias são insensíveisà umidade. Engraçado, pois o PU conven-cional, por outro lado, tem pavor da umida-de, seja na superfície a ser protegida, sejano próprio ar atmosférico carregado. PUs,nesta situação, reagem com a umidade do

Figura 2 - Até entãoequipamentos sofistica-dos e caros limitavam autilização da poliuréia.

Equipamentos comoeste, com baixa pressão,

ausência de aquecimentoe muita simplicidade,

tanto para spray quantopara calafetamento

viabilizam a poliuréia.

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substrato ou com o excesso de umidade doar e produzem o gás dióxido de carbono,CO2, provocando leve presença de espumaou muitos furos na película. Com a poliuréiaocorre que a reação do componente A como B é tão rápida que a umidade não entra.Muito bom pra gente, pois naqueles mesescom excesso de umidade no ar as superfíci-es ficam comprometidas, obrigando o usode resinas insensíveis à umidade. Claro quesuperfícies com excesso de umidade não ébom para a adesão da poliuréia que, devido

a rapidez de sua polimerização, limita a “mo-lhagem” da superfície e consequente pe-netração para promover uma boa ancora-gem do filme. Razão pela qual dever-se-áfazer testes de arrancamento da película.

Adesão

Nem todos os engenheiros e técnicos sa-bem que o segredo de uma boa adesão estána correta preparação da superfície. Assimsendo, dever-se-á buscar informações arespeito da preparação mais adequada, con-soante com a superfície, seja ela concretoou aço. Para o concreto dever-se-á exigir aremoção da nata superficial. Para o aço, umhidrojateamento de areia, de modo a se es-

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Com viscosidade igual a da água, o METACRILATO preenche e monolitiza qualquer trinca oufissura, de até 0,05mm de abertura, em pisos, apenas vertendo-se o produto. Em apenas meia hora,com o METACRILATO também se monolitiza trincas e fissuras em vigas e pilares, de maneirafácil e rápida. Basta fazer um pequeno furo na parte superior da peça e verter o produto com a ajudade um pequeno funil. Não fique perdido no tempo das injeções.

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Figura 3 - Mais simplificação ainda para aplicação da poliuréia. Com esta pistola pneumática de duplocartucho, alimentada por qualquer compressorzinho, você pode aplicar muitos tipos de poliuréia.

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tabelecer um perfil superficial adequado aorevestimento a ser aplicado.

Resistência à tração

Já existem no mercado poliuréias com alto ebaixo módulo, quer dizer, o filme poderá serrígido ou elastomérico. Como em qualquerserviço a impermeabilização exige revesti-mentos com baixo módulo e com alto poderde alongamento. As poliuréias adequam-setranqüilamente a este perfil possuindo, adi-

cionalmente, excelente resistência à pun-ção, ao rasgo e, mais importante ainda, pre-enchem profundamente trincas e fissuras,aceitando tranqüilamente o jogo de dilata-ção/contração imposto, particularmentepela temperatura.

Outras características

As poliuréias também são fornecidas em du-plos cartuchos para preenchimento de trin-cas (como o METACRILATO) e de juntasde controle (serradas) em pisos industriais.Até pouco tempo atrás trabalhar com po-liuréia exigia sofisticados equipamentos deaplicação por spray à base de dois compo-nentes, aquecimento na bomba e alta pres-

são. Hoje já existem formulações de poliuréi-as aplicáveis com bombas de dois compo-nentes de baixa pressão, sem necessidadede aquecimento. O aquecimento de cadacomponente visa reduzir a viscosidade, o queotimiza a mistura, o fluxo na bomba e o binô-mio aplicação/assentamento da película.É interessante relatar que já existem associ-ações da poliuréia com outras resinas no-bres como o epóxi e o silicone, obtendo-se

A área industrial é a maior beneficiada pelapoliuréia.

A poliuréia poliaspártica éuma excelente opção paraa proteção de peçaspesadas expostas aotempo. Com um mínimo depelícula, até 150micrômetros, obtem-sedurabilidades superioes a15 anos.

A poliuréia também tem excelentes selantes ouelastômeros para juntas de dilatação. Aderemtenazmente nas bordas do concreto (juntas) epossuem alongamento superior a 600%. Após 30minutos o piso pode ser liberado.

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REFERÊNCIAS

• Michelle Batista é química.• Lambourne, R. Paint and surface coatings

theory and practice.• Pavel, Swaraj. Surface coatings science and

technologies.• Solomon, D.H. The chemistry of organic filme

formers.• S. Lutra, T.D. Wayt, P.E. Yeske. Aplications

of polyaspartic esters in polyurea coatings.

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formulações ainda mais específicas. Maisainda, já existem fundações em que mistu-ram-se os dois. De qualquer maneira, ter-se-á fundações com três características bá-sicas: aromáticas, alifáticas e poliaspárticas.A aplicação destes produtos por spray exi-ge o uso de máscaras específicas e óculosadequados, além de boa ventilação, sem oque haverá alterações no pâncreas, fígado,na tireóide e nos olhos. Há constatação detumores em ratos, exatamente naqueles ór-gãos citados. Portanto, o produto é bom,mas tome cuidado.

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Para ter maisinformações sobreAnálise.

GLOSSÁRIO

Poliaspártico – formulação baseada na reaçãode substâncias éster poliaspárticas. Trata-se de umaamina alifática secundária com poliisocianato alifá-tico, que não amarela ao tempo, tem excelentedurabilidade e longo pot-life.Aromático – caracterizado pela presença de anéisbenz nicos, com bastante odor. Sistemas aromáti-cos não podem ser aplicados externamente.Amina – um tipo de resina termorrígida proveni-ente da reação de um formaldeído e um álcool,comumente chamada de melamina ou resina dauréia, extremamente resistente.

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A poliuréia, hoje, é umadas grandes opçõespara a proteção depisos comerciais eindustriais.