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RECUPERAÇÃO PARALELA ORIENTAÇÃO TÉCNICA – março 2010 (PCOPs Dalmacia e Denise)
Acolhimento Vídeo “Sonhar mais um sonho” Maria Bethania Fundamentos teóricos e metodológicos para o trabalho com
conhecimentos linguísticos com alunos em processo de recuperação paralela.
• Oficina 1 – Análise do texto “Insônia”
- Objetivo: promover reflexão sobre os diferentes conhecimentos linguísticos e as diferentes formas de tratamento dado no ensino.
Café Apresentação do Material de Apoio ( + Língua Portuguesa, Ler e Escrever e
Práticas de Leitura e Escrita. Oficina – análise de produção de alunos
- Objetivo: favorecer a prática de análise e planejamento de atividades envolvendo a exploração de conhecimentos linguísticos necessários à reescrita de textos.
Ficha de acompanhamento . Avaliação do encontro / Encerramento
Vídeo
“Sonhar mais um sonho”
Maria Bethania
“Não há nada mais inútil do que
fazer as coisas
sempre do mesmo jeito,
esperando resultado diferente”.
(Einstein)
Fundamentos teóricos e metodológicos para o trabalho
com conhecimentos linguísticos com alunos em
processo de recuperação paralela
Adaptação Palestra Jaqueline Peixoto Barbosa – PUC/SP Encontro Serra Negra janeiro/2010
O ensino de gramática ao longo dos tempos
Sempre esteve ligado ao ler e escrever bem;
• O que mudou (ou não) é o que se entende por ler e
escrever bem:
- Perspectiva tradicional: aparece mais relacionada à:
“norma culta”: para poder compreender e apreciar os
grandes escritores e
“norma padrão”: expressar-se corretamente, de
acordo com as regras do bem dizer.
Com o desenvolvimento dos estudos pragmáticos, enunciativos, discursivos e sociolinguísticos,
-“ler bem” aparece associado a perceber implícitos, intenções, ações, posicionamentos, efeitos de sentido etc. nos vários textos em circulação social e
ser capaz de produzir apreciações e réplicas aos textos lidos e
-“escrever bem” é associado a se adequar a diferentes objetivos e situações.
A norma culta passa a ser uma das variedades a ser ensinada e não a única a ser considerada.
MOTORES DA MUDANÇA
O desenvolvimento dos estudos pragmáticos mostrou que o ensino
centrado na gramática e na norma padrão, ênfase comum até então,
não estava se revertendo para os processos de compreensão e
produção de textos dos alunos.
Dados das avaliações de sistema e de aprendizagem dos alunos da
escola básica sinalizavam para o fracasso da escola com relação ao
desenvolvimento das competências leitoras e escritoras dos alunos.
A idéia de que o conhecimento das estruturas da língua por si só
melhoraria o desempenho dos seus usuários mostrou-se equivocada.
Mudar-se o foco do ensino de língua tornou-se então um imperativo
pedagógico.
Da gramática à análise
linguística
Reorganização do currículo de língua materna: o trabalho com as práticas de linguagem
• Por que práticas de linguagem?
• Práticas: atividades tipicamente humanas que, perpassam, engendram, asseguram, regulam a vida social.
• De uma concepção centrada na língua como sistema, passa-se a consideração da linguagem em uso nas várias práticas sociais.
Movimento metodológico
Uso
Práticas de
leitura, escuta
e produção de
textos orais e
escritos
Reflexão
Práticas de
análise
linguística
Uso
Práticas de
leitura,escuta e
produção de
textos orais e
escritos
Análise linguística (Geraldi, 1991)
“(...) refere-se a este conjunto de atividades que
tomam uma das características da linguagem como
seu objeto : o fato de ela poder remeter a si própria,
ou seja, com a linguagem não só falamos sobre o
mundo ou sobre nossa relação com as coisas, mas
também falamos sobre como falamos”.
Análise linguística
Atividades epilinguísticas
dizem respeito a um
reflexão sobre a
linguagem, orientada
para o uso de recursos
expressivos em função
de uma dada situação de
comunicação
Atividades metalinguísticas
dizem respeito a uma reflexão
sobre os recursos expressivos,
tendo em vista a construção de
noções e/ou conceitos, com os
quais se torna possível classificar
esses recursos.
(Supõem se a construção de uma metalinguagem
que possibilitaria falar sobre o funcionamento da
linguagem, os gêneros do discurso, as configurações
textuais, as estruturas morfossintáticas etc.)
• Trata-se de selecionar conteúdos (gramaticais e outros)
em função das necessidades apresentadas pelos alunos
nas atividades de produção e compreensão de textos.
• O trabalho deixa de ser baseado em classificações
(taxonomia) descontextualizadas e se volta para a
exploração de recursos linguísticos colocados à disposição
dos sujeitos para a construção de sentidos, seja em
atividades de compreensão ou produção de textos orais e
escritos.
Ensino de gramática
Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável.
Fragmentação entre os eixos de ensino: as aulas de gramática não se relacionam necessariamente com as de leitura e de produção de textos
Metodologia transmissiva, baseada na exposição dedutiva (do geral para o particular, isto é, das regras para o exemplo) + treinamento.
Prática de análise linguística (AL)
Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes.
Integração entre os eixos de ensino: a AL é ferramenta para a leitura e a produção de textos.
Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação de casos particulares para a conclusão das regularidades/regras
Ensino de gramática
Privilégio das habilidades metalinguísticas
Ênfase nos conteúdos gramaticais como objeto de ensino, abordados isoladamente e em sequência mais ou menos fixa.
Centralidade da norma-padrão.
Prática de análise linguística (AL)
Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas
Ênfase nos usos como objetos de ensino ( habilidades de leitura e escrita), que remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais,textuais, discursivas, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário.
Centralidade dos efeitos de sentido.
Ensino de gramática
Ausência de relação com as especificidade dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho estrutural e, quando normativa , desconsidera o funcionamento desses gêneros nos contextos de interação verbal.
Unidades privilegiadas: a palavra, a frase e o período.
Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção
Prática de análise linguística (AL)
Fusão com o trabalho com gêneros, na medida em que contempla justamente a intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas.
Unidade privilegiada: o texto.
Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
Oficina Trabalhando com conhecimentos
linguísticos
Recuperação Paralela
2010
Material de Apoio
Língua Portuguesa
• Parte I - Orientações Gerais para o uso do material
• Parte II – Atividades e orientações de Língua Portuguesa
• Parte III – Atividades e orientações de Matemática
ALFABETIZAÇÃO
A organização do material didático destinado aos alunos que não adquiriam a hipótese de escrita alfabética.
Rotina
Projetos didáticos Jogos (pág. 26 Material do Prof.)
Sequência Didática Leitura de poemas (pág. 22 Mat. Prof. )
Atividades Permanentes
Roda de leitura / rodízio (pág. 20)
Roda de jornal / rodízio (pág. 28)
Roda de curiosidades / rodízio(pág. 24)
Atividades de leitura e escrita pelo
aluno – aquisição do sistema de
escrita. (todas as aulas) págs. 16 a 25
Ensino
Fundamental
Ensino Médio
Material de apoio
Prática de Leitura e Escrita
• Nas sendas do haicai
• Oficina Zine
• Oficina de Fotonovela
• Por entre versos
• Nas asas do pavão: o tema do cordel(oficinas elaboradas por Eduardo de Moura Almeida, Jacqueline Barbosa, Laura Breda de
Figueiredo, Shirley Goulart de O. G. Jurado e Marisa Baltasar Soares)
QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSTAS DE TRABALHO + Língua Portuguesa
Proposta de Trabalho Noções e conceitos Habilidades
Projetos leitura e escritaClube de leituraHistória que a família conta MedicamentosErvas medicinais
Elementos constitutivos da organização interna dos gêneros, intencencionalidade e contexto de produção.
de leitura e escrita de textos narrativos, instrucionais e persuasivos
Projetos Leitura e escrita:CorrespondênciaJornal Jornal Mural
Elementos constitutivos da organização interna dos gêneros, intencencionalidade e contexto de produção.
leitura, produção (oral e escrita) de textos informativos, argumentativos e narrativos
análise lingüística
Projetos Leitura e Escrita:PoesiaOficina de sonhosJogo de aventura
Elementos constitutivos da organização interna dos gêneros, intencencionalidade e contexto de produção.
recursos de estilo.
leitura, produção, análise e discussão de textos poéticos e narrativos uso do dicionário criação de personagens desenvolvimento de narrativas
Projetos Leitura e Escrita:TeatroHistória em quadrinhosO mundo do trabalho
• Elementos constitutivos da organização interna dos gêneros, intencencionalidade e contexto de produção.
recursos específicos do texto dramático:rubrica, indicação de cenário, marcação do tempo recursos visuais e textuais das histórias
em quadrinhos recursos específicos do texto legal .
leitura, produção, análise e discussão de textos narrativos (teatro e história em quadrinhos), informativos e instrucionais coleta de informações,
anotação e resumo (entrevista , pesquisa (bibliográfica) revisão e reescrita de texto
Oficina
Trabalhando com produções escritas de
alunos – propostas de ações.
Socialização – painel
Sugestões – Trabalho com Leitura
• Seleção de textos• Acervo da escola (Tecendo Leituras, Hora da Leitura,
Apoio ao Saber)• Resgatar o “ler para alguém”, “contar histórias”• Socializar com os colegas as leituras realizada
• Conta-contos (com preparação prévia)• Hora das curiosidades científicas• Hora das notícias• Roda de biblioteca ou de leitores• Leitura diária feita pelo professor• Pasta de textos etc.
Produção de texto
• Fornecer orientações que deixem clara a proposta
• Propostas de produção contextualizadas, funcionais, significativas
• Organizar atividades de modo a garantir o ouvir, o falar, o escrever de memória, o criar, o reescrever, o revisar
• Ensinar a organizar o texto e observar como é possível escrever as mesmas coisas de maneira diferente
• Incentivar a elaboração de rascunhos/projetos
Algumas sugestões de atividades de produção de texto
• Reescrever ou parafrasear textos lidos;
• Escrever uma notícia policial, a partir da leitura
de um conto de mistério;
• Produzir carta, bilhete ou email que um
personagem de uma crônica teria escrito a
outro;
• Produzir trecho do diário de um personagem;
• Revisar e reescrever textos em parceria com os
colegas.
• Produzir uma reportagem sobre o desfecho de
um conto;
• Transformar a trama original de um conto, a
partir de um ponto de vista diferente;
• Elaboração e gravação de um CD com contação
de lendas urbanas pesquisadas pelos alunos;
elaboração e publicação de uma coletânea de
contos de fadas modificados para o momento
histórico-cultural da atualidade.
Algumas sugestões de atividades de produção de texto
Referências bibliográficas• Gêneros orais e escritos na escola / tradução e
organização Roxane Rojo e Glais Sales Cordeiro – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.
• SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. – São Paulo: SEE, 2008.
• SEE-SP (CENP), Letra e Vida – Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: Coletânea de textos, Módulo 2 – M2UET2 2003 p. 1 a 23.
• Processos de Recuperação Caminhos e desafios – Palestra em Serra Negra Profs. Jacqueline Barbosa e Shirley Jurado.
Avaliação do encontro
Encerramento