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DFG-267/06ILMO SENHOR PRESIDENTE DA COMiSsAo PERMANENTE DE LICI-
TA~Ao DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DETRANSPORTES DIRETORIA - DNIT
~.: CONCORRENCIA ~.o 135/2006
CETEST BRAsiLIA CORDICIOB:AMEBTO DE ARL TDA., participante do certame licitarorio em referencia, inconformada,data venia, com a decisao desse ilustre Colegiado, vem, respeitosamente,a presen~a de Vossa Senhoria, atraves de sell representante legal in fiDeassinado, com fulcro no art. 109, inc. I, letra "b" da Lei n.D 8.666/93, in-
terpor 0 presente
RECURSO
contra a decisa.o que HABILITOU as empresas POLO ENGEN HARIA L TDA
e TERM OESTE S/A, em face das razOes e argumentos de fato e de direito
alinhadas no decorrer deste documento.
~CE7'EnllAsiLM CDNDICIDNAMENTD DE AI L7M.
Matrlz - Brasilia (OF) - SCRN 708/9 - BI. G, Lj. 10 - CEP 70740-780 - Tel.: (061) 274-5429 - Fax: (061) 274-1165Filial- Rio de Janeiro (RJ) - Rua Navarro, 39, Catumbi - CEP 20251:-190 - PABX FAX: (021) 502-4422/502-1335
Esc. Manaus (AM) - Telefax: (092) 232-8920
DFG-267/06
ApOs analise dog documentos das empresas recorridas,entendeu esse Colegiado em habilitil-las para a segunda rase do certame.
0 presente levante recursal foca-se justamente no ropi-co da habilitac;ao das recorridas, que, vale dizer, nao apresentaram os
documentos exigidos pela carta convocaroria, senao vejamos.
01. DO O&1ETO DA UCITAcAO
Antes mesmo de adentrar no contexto de fundo, 0 qual
ancora a razoes da presente insurgencia, se faz mister t1'a~ar 0 perfil da
concorrencia em comento, especialmente no tocante ao seu objeto.
Pois bern, 0 Departamento Nacional de Infra-Estruturade Transportes - DNIT, atraves da Comissao de Licitacao deflagrou 0 pre-
lio licitat6rio na modalidade de Concorrencia sob 0 n° 135/2006, objeti-vando a contratat;ao de empresa especializada para a execut;ao, sob
0 regime de empreitada a pret;os unitcirios, dos servit;os de enge-
nharia referentes a assistencia tecnica, operat;ao, implantat;ao,remanejamento, manutent;ao preventiva e correttva das tnstala.
~oes, dos equipamentos e redes do sistema de Ar Condicionado,
Ventila~ao e Exaustcio. Com fornecimento de toda a mcio-de..obra
especializada, todos os materiais e ferramentas necessarias paraexecut;cio dos servit;os propostos, no EdiJicio Sede do DNIT em Bra-
siliafDF, conforme discriminado neste edital e seu(sJ anexo(sJ.
A despeito da acuidade empreendida pOT essa compe-tente Comissflo, care ressaltar que a analise dog documentos afeitos a
rase de habilita<;ao, data maxima vema, merecem exame mais detido,isto porque houve equivoco na decisflo de habilita<;ao das licitantes recor-
ridas, vez que e patente que as mesmas nao atendem aos termos do edi-
tal de convocac;ao, assim como da Lei n° 8.666/93, como sera demons-
trado. <t-
DFG-2671O6 3
02. DAB EXlG.t~IAB EDITALlCIAB HAD ATE.NDIDAB
Nada obstante a respeitabilidade de que goza 0 posicio-namento dessa laboriosa Comissao, a recorrente deparou-se com subs-tantivos vicios na documentacao das licitantes ora recorridas, os quais,postos em linha de reavaliacao a luz dos parametros editalicios n8.0 con-duzinlo senao as suas derrocadas inabilitarorias.
De portico, e de seT veT que 0 item 13.4 do EditaI deConvoca<;ao restou violado, na medida em que as recorridas nao prima-ram pelos requisitos essenciais da exigencia inserta no item Tetro, queassim dispoe:
13.4 Todos os volumes deverao ~ apr~tados em formato
A4, preferencja]mente em espiral continua, com folhas ru-
bricadas e numeradas, em ordem crescente, nas quais deve-
ra constar ainda no canto superior direito 0 N.o do Processo
Admini~tivo desta licita<;i.o, apr~ntando ao finaI um
termo de encerramento, declarando obrigatoriamente 0 n.o
de folhas que 0 compOem, devendo conter na capa a tituIa-
<;;8.0 do conteudo, 0 nome do licitante, 0 ntimero do Edital e 0
objeto da licitac;ao.
MaIgrado 0 edital dispor de fonna clara que todos os vo-
lumes referente a documentac;ao sejam numerados, rubricados e com 0
numero do Processo Administrativa assinalado, hem como a obri&atorie-dade de um termo de encerramento, tais exigencias foram descumpridas
pelas recorridas.
De igual forma, depreende-se que a recorrida POLO naocumpriu com 0 estatuido no subitem 14.5.8 do EditaI, que assim pontua:
<f- Q~~~J;~~!
DFG-267/O6 4
.4.5.8 - 0 licitante devera comprovar, no dia da apresenta.
c;ao da(s) proposta (s), possuir capital social integratizado
minima de valor igual ou superior a R$ 49.336,80 (quarenta
e nove mil trezentos e trinta e seis reis e oitenta centavos)
correspondentes a 10% (dez por cento) do valor estimado pa-
ra 0 servi~o. Para fins de comprovaf;8.0, 0 licitante devera
apresentar copia autenticada da ultima ata de altera~o
do capital devidamente registrada na Junta Comercial.
A despeito da clarobselVa-se que a Iicitante POLO naomoides estabelecidos POT tal injun~ac6pia autenticada da ultima ata degistrado na Junta Comercial. Logo,equihorio e igualdade do certame.
Ademais, DUma analise mais detida a sua documenta-<;ao, observa-se que a mesma olvidou-se de apresentar as declara<;Oes e-xigidas pelo Edital, tais como: (Disponibilidade, Qualidade das Pe<;as, A-tendimento as norm as da ABNT e de Compromisso), omissa.o essa queevidencia 0 descumprimento a exigencia encartada no subitem 14.6.2 doEdital de Convoca<;ao.
Diante desse contexto, e con-etor inferir a recorrida PO-LO descumpriu com as exigencies editalicias, na medida em que deixoude apresentar documentos na forma exigida pelo instrumento de chama-mento, raza.o pela qual deve ser inabilitada, sob pella dessa d. Comissaoestar endossando 0 passaporte para a quebra da legalidade.
Par sell turno, a empresa Termoeste Sj A enveredou-se
par caminhos na contramao da legalidade, vez que nao atendeu 0 item4.2.1 do Projeto Basico (Anexo I), hem como 0 item 13.4, do instrumento
convocarorio. No primeiro caso, a licitante Te rm oeste, como, alias em
f' 'CETEST8R~Sjll~
eza da injunc;ao editalicia, vez mais,apresentou a sua documentac;ao nos0, na medida em que nao apresentoualterac;ao do capital devidamente re-malferiu 0 regimento de unificac;ao,
5DFG-267/06
consonancia com 0 que fez a Polo, esquivou-se de apresentar 0 crODO-
gram- de manutenl;ao preventiva para tod- - rede e equipamentos
im plantados
No segundo, a recorrida Tennoeste deixou de cumpriras mesmas exigencias ja apontadas no caso da empresa Polo. Logo, asofensas ao edital, hem como aos principios que norteiam a licitac;ao res-sentem-se do mesmo peso e medida. Destarte as questOes juridicas ex-pendidas abaixo afetam igualmente as duas recorridas.
umm-trigante -
tado pelasbulla!
~
Tri-
duvida acercarecorri-
apresentemdivergencia
0 mes-pode dispor de
no atestadode Ulna empresa ou no da outra. Ou, ainda: pode ter capacidade diferen-te das informadas, pelo que nao podem ser aceitos.
da
das,urn
em
Finalmente, obselVa-se que a recorrida TERM OESTE aoapresentar sua documentacao habilitatOria, ora 0 faz em relacao a suamatriz, ora com sua fIlial.
No caso, ha que se ponderar que a empresa que parti-cipa da presente licita«;fio e a que consta com 0 CNPJ n°
02.216.521/0004-59, confonne consulta SICAF. Diante
:t-
DFG-267/06 6
certo e que toda a sua documentac;ao relacionada a sua habilitacao juri-dica, regularidade fiscal, qualificacao recnica e econ6mica-financeira, de-verla ser aCeta a esse CNPJ, primeiro, porque se tratam de pessoas juridi-cas distintas; segundo, porque e a sua filial e quem executara a obra; ter-ceiro, porque os (rnicos documentos que poderiam ser exigiveis da matrizserla a certidao de falencia e concordata e a documentac;ao relativa a re-gularidade fiscal.
0 certo, no entanto, e que jamais se poderia pennitir
isono-
tais do-
no ambito
- locali-
possuindonao cabe a
(matriz
essa
mia, ja quecumentos,do Distritozada emtoda alicitante
Iou
a recorrente escora
cuja inobservancia ocasiona, inelutavelmente, a quebra da isonomia docertame.
Para estreaT 0 presente t6pico, no que diz respeito ao
descumprimento dos requisitos editalicios referentes a qualificacao tecni-
ca, Dada melhor do que perlustrar 0 entendimento do Tribunal Regional
da primeira Regiao 1, verbis:
1 Apud FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Vade-Mecum de Licita~s e Contratos.2. ed. Forum. P. 642. "'C£T£ST+- ~.R~S;LI~
DFG-267/O6 7
1. Havendo. J)Or robusta documentaeu acostada aos au-
tos. fortes indicios de descum)!rimeoto de exi2enciBS do
edital que rea:e Concorreocia PUbUca, principalmeote
~r Be tratar de n8.0 com)!rova~u de gua1ifica~ tecni-
ca, resta caracterizado ofumus bon! luris.
2. 0 periculum in mora Testa configurado a partir do mo-
mento em que a Administra<;ao estaria. aiD sO ferido 0
)!rinci)!io da isooomia. ~~im como ~dera estar adgui-
rindo um )!roduto gue nu Be amolda is SUBS necessida-
Art. 3°. A licita~o destina-se a garantir a observancia do
principia constitucional da isonomia e a selecionar a pro-
posta mms vantajosa para a Administra~o e sera processa-
da e julgada em estrita conformidade com os principios ba-
sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
~a1dade. da publicidade, da probidade administrativa, da
viDcw-1l~~~ so iDStrumeato CODvocatOrio. do julgamento
objetivo e dos que !he 88.0 correlatos.
c!f- "'CET~ST~8 R A S I l I A
8DFG-267/06
Art. 4°. Todos quantos participem de licita~ao promovida
pelos orgaos ou entidades a que se refere 0 artigo 10 rem di-
reito publico subjetivo a fiel observancia do pertinente pro-
cedimento estabelecido nesta Lei, podendo qualquer cidadao
acompanhar 0 seu desenvolvimento, desde que nao interfira
de modo a perturbar ou impedir a realiza~o dog traballios.
Paragraro ilnico. 0 procedimento licitarorio previsto nesta
Lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado
==-expoSl-
c;ao,
julgada com obser-
de-. com osCrltenos de avaliacao coDStaDtes do edital (des-
tacou-se);
Em verdade, 0 instrumento convocat6rio e pec;a formale publica que faz lei entre os licitantes e, entre estes e a Administrac;aoPUblica. Em sell conteudo, verificam-se parametros objetivos que seIViraode medida para a aferi<;c).o dos requisitos necessarlos ao txito formal e
material, qualitativo e quantitativo no certame.
cf--~
DFG-267/06 9
A estrita obediencia a tais parametros e revelada peloreferido principio da vincula<;ao ao edital. Mencionada diretriz de vincula-c;ao tern eficacia duplice, atando tanto os administrados, quanto a propriaadministra<;ao publica aos tennos do editaJ, que, com efeito, faz lei noambito do certame, fIXando previamente, em nome da seguran<;a e igual-dade, as normas a serem cumpridas.
Dessarte, por conta desta objetividade pre- flXada e dademonstrada previsao legal, e de perceber-se as correla~oes que saltamem tom de ila~ao, no sentido de tal principio estar visceralmente ligadoaos principios da legalidade e da isonomia.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro?, com limpidez peculiar,
pontific a, ad litteram:
Trata-~ de principio essencial cuja inob~rvancia en~-
ja nulidade do procedimento. AIem de mencionado no artigo 3° da
Lei n° 8.666/93, ainda rem seu sentido explicitado no artigo 41,
segundo 0 q1ial"a Administrac;ao nao pode descumprir as normas
e condic;Oes do edital, ao qual se acha estritamente vinculada". E 0
artigo 43, inciso V, ainda exige que 0 julgamento e a classifica~ao
das propostas se fa~ de acordo com os criterios de avalia~ao
constantes no edital. 0 principio dirige-se tanto a Administrar;a.o,
como se verifica pelos artigos citados, como aos licitantes, pais es-
tes nao podem demar de atender aos requisitos do instrumento
convocatorio (edital ou carta-convite); se deixar em de apresentar a
documenta~o exigida serao considerados inabilitados e receberao
de volta, fechado, 0 envelope-proposta (art. 43, II); se deixarem de
atender as exigencias concementes a proposta, sera.o desclassifi-
cados (art. 48, inciso I).
2 Direito Adminisb"Utivo. Editora Atlas, 88 edic;ao, pag. 249
10DFG-267/06
0 enquadramento doutrinario do tema, quanta a noci-vidade reflexa, prejudicial ao restante dog principios licitat6rios que, ine-vitavelmente, interpermeiam-se, como ja acenado, revela-se de modo ful-gurante no autorizado direr de Mar<;ai Justen Filho3, verbis:
Conjugando a regra do art. 41 com aquela do art.
4°, parle-Be afinnar a estrita. vinculac;ao da Administra~ao ao
edital, seja quanta as regras de fundo quanta aquelas de
procedimento. Sob urn certo angulo, 0 edital e 0 fundamento
naa-
e os atos
peJa invali-
do
razao de
atividade
a iso-
do edital devera
venia, foi utili-
medidas", lima vez
concorrer em pe de
igualdade, atendendo objetivamente oscomando do edital.
Ora, se a recorrente esmerou-se em cumprir os lindesdo instrumento convocat6rio, 0 que justificaria a habilita<;ao de quem nao
0 fez? Apenas a viola<;ao do tratamento isonomico selia causa plausivel,frustrando reflexamente todo camter competitivo da licita<;ao em tela.
Nem se diga que M razoabilidade na habilita~ao das
J Comentarios a Lei das Licita~s e Contmtos Administmtivos, editora AIDE, 1995, pag." C E T~ S T<t- ~8RAS'l'A
DFG-267/06 It
recorridas, porquanto qualquer habilita<;ao neste sentido restou preclusa
a partir do momento em que a mesma deixou de impugnar 0 edital de
convoca<;ao, aceitando, portanto, sellS regramentos, correndo, assim, 0
risco de sua inabilita<;ao.
0 C. STJ comunga de tese simile, veja-se:
Origem: STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI<;A
CJasse: ROMS - RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE
- citacao. determiDa 0 sea obieto. discrimina as 2araDtiase os deveres de amb- as oartes. rea:ulando todo 0 cer-
tame 2ublico.
U - Be 0 Recorrente. ciente das norm- editalici_. nio
aoresentoa em eooca ooonana aaalaaer imoa2Da~io. ao
deixar de atende-las
incorrea no risco e na DOSSibllidade de sua desclassitica-
~. como de fato acontecea.
III - Recurs<> desprovido (gn).
rf-
12DFG-267/06
Acerca da importancia da vinculacao ao instrumentoconvocatOrio, a meIhor jurisprudencia patria nao vacila em abra~ar 0
mesmo entendimento:
1. Os requisitos estabelecldos no edital de 1icita~i.o, 'lei
interna da concortencla', devem ser cumpridos fielmen-
te, sob Dena de iDabmtacao do CODcorrente».
Fonte: STJ. 2a Turma. RESP n° 253.008jSP. Registro n°
200000283223. DJ 11 novo 2002. p. 00174.
.- COKVOCAT6R10.
1. 0 edltal e a lei da Hci~ e se nele estava previsto que
0 prazo de validade da farinha deveria ser de 150 dias con-
tados da data da entrega do produto na CONAB, tal deter-
mina<;ao cleve seT cumprida pelo licitante vencedor, sob pe-
na de viola<;ao ao principia da vincula<;ao ao instrumento
convocatorio.
2. Nega-se provimento ao agravo de instrumento.
~
13DFG-267/06
MANDADO DE SEGURANCA - CONCURSO p(JBLICO - E-
DrrAL - REMOCAo - LEI N° 8.935/94 - PRINCIPIO DA
VINCULACAO AO EDrrAL - OBSERVANcIA - SEGURANCA
DENEGADA - UNANIME - 0 2riDcioio d. viDculacao so
edital. ata 0 candidato is DOrmas oreviameDte estabele-
cidas oar. . reallzacao do concurso. seDdo aue. tanto a
.dlDiDistracao. auaato so candid.to e vedado 0 descum-
2rimeDto do orevisto DO iDstrumeDto CODVOC.tOrio. DOis
coDSOante . melhor doutriDa oatria e . Lei d. CODcor-- ReI. Des.
AO
ABavante. aue nao a de desclassificar a ABavada. pro-
vocaria a comuleta iDversao dos vaIore.. desaftaudo-se a
todos os demais uriDciuios norteadores da AdmiDistra-
~ PUblica. Agravo provido. Liminar nao referendada. rrRF
28 R. - AI 97.02.43008-9 - RJ - 28 T. - ReI. Des. Fed. Sergio
Feitrin Correa - DJU 23.01.2001- p. 49) (gn).
14DFG-267/06
competitivo, lima vez tal corte apenas refletiria 0 prestigio da necessidadede se demonstrar aptidao tecnica para a rea1iza<;f1o do objeto licitado, tu-
do em nome do interesse publico.
Vez outra, com a palavra, 0 corojurisprudencial:
A exi2:encia. no editaL de comDrovacao de capaci-
ta~i.o tecDlco-oDeracional. nao fere 0 carater de comDe-ti~ do certame Hcitat6rio. (STJ. 1 a Turma. RESP n°
1999. p.
Publico
de
de ar condi-
(fRF - 1-
n° 01000569604/BA.
OJ 22 out. 2001. p. 791)
(grifos nossos).
Desta fortna, nao ha como subsistir a habilita<;ao daslicitantes POLO e TERMOESTE, ora recorridas, uma vez que, acordecumpridamente relatado, deixaram de atender a inumeras injun<;6es doedital, alem de terem apresentado documenta<;ao conOitante, no que se
refere ao atestado fornecido pelo ST J .
~
15DFG-267/06
POT derradeiro, oem se queira opor a tal argumenta<;ao0 principio da razoabilidade, haja vista tal diretriz seT supletiva e naoprevalecer quando em confronto com os principios titulares da Licita<;ao,alem de seT inevitavel sell fenecimento ao importar lesa.o a direito de ter-ceiros interessados, representada, in rosu, pelo suporte de uma disputa
desigual.
Realmente, a isonomia que deve entremear a rase dejulgamento e uma diretriz .. . isto e, nao se trata de orienta-~ao . entendi-
menta
queaAdminis-. . desde
do contrato, a segu-
a regularidade do
outro interesse
no s arts. 27 a 33
da Lei 8.666, de 1993. (Rely Lopes Meirelles, Licita~o e
Coatrato AdmiDistrativo. 138 ed. MaJheiros. 2002. p. 30)
- Tem sido muito comum. no curso dog Drocedimentos Jici-
tat6rios. a invocacao. Delos Jicitantes do DrinciDio da razoa-
biJidade como instrumento Dara auebrar 0 formalismo ine-
rente ao orocedimento da Jicitacao. Invoca-se tambem 0
Erinci!>io se2Undo 0 QUal 8nao ha nuJidade gem Dreiuizo.
(vas de nullitee sans Qrie/1
t-
16DFG-267/06
Nao ~ node deixar de ob~rvar. contudo. Que e~s princi-
piGs. se oodem aiudar na intemretacao da lei aos casos
concretos. naG oodem colocar-~ acima dos principios ine-
rentes a Iicitacao. exoressos no art. 3° da Lei n. 8.666. den-
tre os Quais os da le2:a1idade (imnosto tambem oelo art. 37
da Constituicao\. 0 da isonomia. entre os Iicitantes. 0 da vin-
culacao ao instrumento convocat6rio. (Temas Potemieos
Sobre Licita9Oes e CoDtratos, Maria Sylvia Zanella Di Pie-
tro e outros. sa ed. Mallieiros. 2001, p. 39.) (grifos naG cons-
se-
nao
SEGURAN<;A -NA ENfREGA
- ALEGADA IN-
- SUPOS-
DO
DIRErrO LiQUIDO E. . da razoabilidade
e
:""\,'\',,,'S°. C8Dut. mc. m. 2 - mextstencia de direito liquido e certo
a amparar a pretensao da recorrente. 3 - Recurso ordinaria
improvido. (STJ - RO-MS 10404 - RS - 18 T. - ReI. Min. Jose
Delgado - DJU 01.07.1999 - p. 120) (d. n.)
A Corte Politica M{J..xima brasileira congrega similar en-
tendimento, litteris:
t-
DFG-267/06 17
MANDADO DE SEGURAN<;A - LICn'A<;Ao PARA VENDA
DE EMPRESA ESTATAL - UfILIZACAO DE TtruLOS DA
DtvIDA P(JBLICA - INCrntNCIA DA MEDIDA PROVISORIA
1.197, DE 24.11.1995 - PROGRAMA NACIONAL DE DE-
SESTATIZA<;Ao - POSSffilLIDADE DE 0 PRESIDENfE DA
REP(JBLICA ESTABELECER LIMrrES PARA A ACEn'A<;Ao
DE MOEDAS CONVERTIDAS EM Ttruws DA DtvIDA PU-
BLICA COMO MEIO DE PAGAMENfO - SEU RECEBIMEN-
TO EM TRANSA<;Ao REALIZADA ENTRE A UNIAo FEDE-
P(JBLI-
- APLI-
LICn'AN-
FEDE-- 1. Dis-
por
pa-
nacional
ser utilizados
de empresas esta-
. na especie, do
de 1990, com a no-
Medida ProvisOria n°
2. A outorga delegada"' '1'\'\ "'1""""\\1'\"\""'"CCo,.. ,"',1,1' ""aoChefe do Poder EXecurlvopara estimar os volumes, entre
titulos e moeda corrente nacional na composic;ao na aliena-
~ao de hens estatais, tem 0 sentido de lhe conferir, para ca-
da especie em venda, 0 exame da dimensao do interesse da
clientela e as caracteristicas de valorizac;ao mercadolOgica
do negocio. 3. Nao ocorre ato juridico perfeito e acabado re-
sultante de transa~ao, se ao tempo de sua homologac;ao, a-
inda que perante 0 Supremo Tnbunal Federal, ja vigia lei
que nao 0 assegurava. 4. Se do ato transacional constou
clausula condicionante submetendo uma
t--
DFG-267/06 18
cumprimento da legis1a~ao vjgente, cleve essa ser prevalente,
nao se revestindo os titulos recebidos in solutum como mo-
edas de valor absoluto para comporem oferta em leilao de
venda de estatais. 5.Nao podem a lei, 0 decreto, os atos re-
gimentais ou instruc;Oes normativas, e muito menos acordo
firmado entre partes, superpor-se a preceito constitucional,
instituindo privilegios para uns em detrimento de outros,
posto que alem de odiosos e iniquos, atentam contra os
principios reger
6. 0 ar-
, caput). (STF - MS-' Correa - DJU
focalizan-
instrumentoconvocat6rio e ja, a inabilita~ao das re-
corridas POLO e TERMOESTE.
04. co~LusAo
Na enseada que foi exposto, pede a Recorrente, em face
dog argumentos acima expendidos, a refonna da v. decisao para inabilitar
a Empresa Polo Engenharia Ltda, hem como a Empresa Termoeste
81 A, impedindo que as mesmas participem das rases seguintes do certa-
f-
DFG-267/06 19
me, por afrontar 0 instrumento convocat6rio e os principios que 0 nortei-
am, pelo que se ram JUSTIC;A !
Caso entenda esse Colegiado de modo diverso, requer
que 0 presente recurso seja instruido e encaminhado a Autoridade Supe-
rior, para melhor apreciac;ao na forma da Lei.
Nestes termos,
E. deferimento.