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ÁGUA E RECURSOS HÍDRICOS ASPECTOS CONCEITUAIS Flávio Terra Barth

Recursos_Hidricos

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Recursos Hidricos

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  • GUA E RECURSOS HDRICOSASPECTOS CONCEITUAISFlvio Terra Barth

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSA gua um mineral presente em toda a Natureza, nos estados slido, lquido e gasoso.

    um recurso natural peculiar, pois se renova pelos processos fsicos do ciclo hidrolgico

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSA Terra se comporta como um gigantesco destilador, pela ao do calor do Sol e das foras da gravidade.

    , ainda, parte integrante dos seres vivos, e essencial vida.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSAlm disso, recebe, dilui e transporta esgotos domsticos, efluentes industriais e resduos das atividades rurais e urbanas.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOS Na maioria das vezes consegue assimilar esses despejos, regenerando-se pelo emprego de processos fsicos, qumicos e biolgicos.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSNo entanto, e com muita freqncia, verifica-se a concentrao de populaes humanas, de indstrias, de atividades agrcolas e socioeconmicas fazendo uso excessivo da capacidade hdrica das bacias, de regies hidrogrficas e dos aqferos subterrneos.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSSob essas condies, a gua passa a ser escassa, o que leva gerao de conflitos entre seus diversos tipos de usos e usurios.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSNas regies semi-ridas a escassez resulta das baixas disponibilidades hdricas e das irregularidades climticas.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSGUA E RECURSOS HDRICOSJ nas regies midas, e devido sua contaminao, a gua se torna indisponvel para os usos mais exigentes quanto aos padres de qualidade, dando origem tambm escassez.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    Outro aspecto fundamental da gua o desequilbrio provocado pelos eventos hidrolgicos extremos, como as secas e as inundaes.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    As secas trazem enormes problemas imensa populao brasileira das regies semi-ridas, causam pobreza, desnutrio e xodo para as grandes cidades.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    As enchentes, agravadas pelo desmatamento e pela impermeabilizao do solo urbano, so responsveis por prejuzos econmicos e sociais incalculveis e pelos riscos sade e qualidade de vida dos habitantes das reas assoladas.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    A poluio e a contaminao da gua so as principais causas da incidncia de enfermidades, em especial nas populaes de baixa renda no atendidas pelos sistemas de abastecimento de gua potvel e de coleta e disposio de esgotos sanitrios.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    As doenas de veiculao hdrica causam o maior nmero de internaes hospitalares e nomeiam grande parte dos ndices de mortalidade infantil.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    A poluio e a contaminao da gua so as principais causas da incidncia de enfermidades, em especial nas populaes de baixa renda no atendidas pelos sistemas de abastecimento de gua potvel e de coleta e disposio de esgotos sanitrios.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    As doenas de veiculao hdrica causam o maior nmero de internaes hospitalares e nomeiam grande parte dos ndices de mortalidade infantil.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    CONCLUSOA utilizao econmica fez com que a gua passasse a ser reconhecida como um recurso hdrico, semelhante aos recursos minerais quando utilizados economicamente.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOS

    CONCLUSOPor outro lado, a escassez da gua est fazendo com que se torne no mais um bem livre, abundante e disponvel a todos, mas um recurso parco, cuja utilizao deve ser objeto de pagamento pelos usurios.

  • USINA DE ITAIP

  • PERCENTUAIS DE USOS DE RECURSOS HDRICOS NO BRASIL

  • ECOSSISTEMAS AQUTICOS

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSOs conflitos de utilizao da gua tm aspectos econmicos, sociais e ambientais que no podem ser resolvidos unicamente pelos tcnicos de formao em cincias exatas.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSNovas categorias de profissionais, formados em cincias humanas precisam participar das solues dos conflitos, nos processos de negociao entre o poder pbico e a sociedade.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSCom isto os engenheiros, gelogos, agrnomos, tecnlogos e economistas precisam conviver, interagir, e atuar em sinergia com socilogos, advogados, cientistas sociais e comunicadores, formando equipes multidisciplinares de recursos hdricos.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSEssas equipes tero de ir a campo para interagir com os usurios das guas, com as comunidades urbanas e rurais, com os industriais, agricultores e ambientalistas a fim de encontrar, em processo de negociao complexo e difcil, as solues de consenso para os conflitos de uso dos recursos hdricos.

    Este o grande desafio que o Estado de So Paulo e o Brasil esto enfrentando no momento a partir da moderna legislao de recursos hdricos promulgada em So Paulo, em 1991, e no mbito nacional em 1997.

  • CONCEITOS BSICOS E FUNDAMENTOSEste o grande desafio que o Estado de So Paulo e o Brasil esto enfrentando no momento a partir da moderna legislao de recursos hdricos promulgada em So Paulo, em 1991, e no mbito nacional em 1997.

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992A escassez e o desperdcio da gua doce representam sria e crescente ameaa ao desenvolvimento sustentvel e proteo do meio ambiente.

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992A sade e o bem-estar do homem, a garantia de alimentos, o desenvolvimento industrial e o equilbrio dos ecossistemas estaro sob risco se a gesto da gua e do solo no se tornar realidade, na presente dcada, de forma bem mais efetiva do que tem sido no passado.

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992Princpios mais importantes da Declarao de Dublin:1. A gua doce um recurso finito e vulnervel, essencial para a conservao da vida, a manuteno do desenvolvimento e do meio ambiente.

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992Princpios mais importantes da Declarao de Dublin:2. O desenvolvimento e a gesto da gua devem ser baseados em participao dos usurios, dos planejadores e dos decisores polticos, em todos os nveis.

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992Princpios mais importantes da Declarao de Dublin:3. As mulheres devem assumir papel essencial na conservao e gesto da gua.

    ?????

  • A DECLARAO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS HDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992Princpios mais importantes da Declarao de Dublin:4. A gua tem valor econmico em todos os seus usos competitivos; deve-se promover sua conservao e proteo.

  • A CINCIA DA HIDROLOGIAHidrologia a cincia que trata da gua da Terra, sua ocorrncia, circulao e distribuio, suas propriedades fsicas e qumicas, e suas reaes com o meio ambiente, incluindo suas relaes com a vida. (Definio recomendada pela United States Federal Council of Sciencie and Technology, Comittee for Scientific Hidrology 1962.)

  • A CINCIA DA HIDROLOGIAA Hidrologia, de incio apenas Quantitativa, cedeu espao de modo progressivo Hidrologia Ambiental, para permitir o enfoque integrado dos aspectos de quantidade e de qualidade da gua.

  • A CINCIA DA HIDROLOGIAInclui tambm a Hidrologia das guas Subterrneas, com o fim de valorizar os enormes volumes de gua acumulados no subsolo e a Hidrologia Urbana frente aos complexos problemas de inter-relao entre o uso do solo urbano e as enchentes.

  • A CINCIA DA HIDROLOGIATodas essas especialidades esto se integrando com o suporte de mtodos de anlises de sistemas, no campo da Engenharia de Recursos Hdricos, em que os aspectos econmicos, sociais e ambientais so evidenciados nos estudos que consideram mltiplos objetivos.

  • A CINCIA DA HIDROLOGIAA integrao da Hidrologia com outras cincias, exatas e humanas, est sujeita constituio de equipes multidisciplinares nas quais participem engenheiros, gelogos, agrnomos, tecnlogos, economistas, advogados, socilogos, cientistas sociais e comunicadores.

  • A CINCIA DA HIDROLOGIAA formao e a integrao desses profissionais pode depender de treinamento especializado e de cursos de ps-graduao que permitam uniformizar conceitos e transmitir experincias interdisciplinares.

  • BACIA HIDROGRFICABacia hidrogrfica em uma determinada seo hidrulica de um curso dgua a rea de drenagem contida pelo divisor de guas definido pela topografia da regio, sendo essa seo a nica sada da gua da chuva que escoando pela superfcie do solo contribui para sua vazo.

  • BACIA HIDROGRFICANa bacia hidrogrfica desenvolvem-se atividades humanas que utilizam a gua para mltiplas finalidades, inclusive de recepo, diluio e assimilao de esgotos urbanos, de efluentes industriais e de rejeitos agrcolas.

  • BACIA HIDROGRFICAOs usos da gua so consuntivos - abastecimento urbano, industrial e irrigao - que registram perdas por evaporao, infiltrao no solo, evapotranspirao, absoro pelas plantas e incorporao a produtos industriais, e no consuntivos - gerao hidreltrica e navegao fluvial - que no afetam a quantidade da gua disponvel.

  • BACIA HIDROGRFICAO balano entre a disponibilidade e a demanda de gua para diversos fins, indica a situao hdrica de escassez ou de abundncia da bacia hidrogrfica.

  • BACIA HIDROGRFICAPode-se estabelecer o balano hdrico de uma bacia hidrogrfica medindo-se as chuvas nos postos pluviomtricos locais ou vizinhos e as vazes escoadas na seo fluviomtrica.

  • BACIA HIDROGRFICA DO ALTO TIET E BACIAS VIZINHAS

  • AQFEROS SUBTERRNEOSHidrologia das guas Subterrneas a cincia que estuda a ocorrncia, a movimentao e a distribuio da gua na parte subterrnea da Terra.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSH vinte anos essa definio seria adequada maioria dos estudos hidrolgicos; mas hoje em dia deve-se amplia-la para incluir o aspecto qualidade da gua subterrnea, objeto de redobrada ateno nos pases em ritmo acelerado de industrializao.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSDe modo geral, a gua subterrnea tem origem na superfcie terrestre e est estreitamente ligada gua superficial.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSPorm, devido s diferenas entre esses ambientes e tambm tendncia natural dos seres humanos de compartimentar sistemas complexos, tanto a hidrologia da gua superficial como a da gua subterrnea so estudadas de forma isolada, com pouca considerao complexa interligao hidrolgica entre elas.

  • AQFEROS SUBTERRNEOS preciso, porm, que os estudos de recursos hdricos de escala regional considerem que a gua pode movimentar-se vrias vezes entre os aqferos, os rios e a atmosfera ao longo do caminho para o mar.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSUm aqfero uma formao geolgica com suficiente permeabilidade e porosidade interconectadas para armazenar e transmitir quantidades significativas de gua sob gradientes hidrulicos naturais.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSA expresso quantidades significativas refere-se utilizao que se pretenda dar gua subterrnea, isto , s vazes que possam ser explotadas. As formaes geolgicas de baixa permeabilidade que armazenam gua, mas no permitem extrao econmica, chamam-se aquitardes.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSOs aqferos podem ser no confinados, freticos ou livres quando sua superfcie superior est submetida presso atmosfrica.

    Os aqferos artesianos ou confinados so formaes permeveis intercaladas por camadas impermeveis sob presso maior que a atmosfrica.

  • AQFEROS SUBTERRNEOSDependendo da situao e das caractersticas locais, os poos perfurados nesses aqferos podem ser jorrantes.

  • AQFERO SUBTERRNEO

  • AQFERO GUARANIrea de 1,2 milhes de km2, compreendendo:

    Regies Centro Oeste, Sudeste e Sul do Brasil com 839.800 km2

    Regio Leste do Paraguai, com 71.700 km2

    Regio Noroeste da Argentina, com 71.700 km2

    Regio Centro Oeste do Uruguai, com 58.500 km2

    8.bin

  • AQFERO GUARANIPopulao de 15 milhes de habitantes na sua rea de influncia

    Volume de gua doce da ordem de 40.000 km3.

    Explotao sustentvel capaz de atender demanda de 360 milhes de habitantes com cota per capita de 300 l/dia/habitante.

    9.bin

  • AQFERO GUARANIPoos profundos com capacidade de extrao de at 1.000.000 l/hora

    10.bin

  • CICLO HIDROLGICO

  • HIDROMETRIAHidrometria a cincia que trata da medida e da anlise das caractersticas fsicas e qumicas da gua, inclusive dos mtodos, tcnicas e instrumentao utilizados pela Hidrologia.

  • HIDROMETRIAA gua existe em praticamente todo o Planeta - na atmosfera, na superfcie dos continentes, nos mares e oceanos e no subsolo - e encontra-se em permanente circulao, ao que se convencionou chamar de ciclo hidrolgico.

  • HIDROMETRIAFace sua complexidade, o estudo do ciclo hidrolgico foi compartimentado. Hoje objeto de anlise por especialidades como meteorologia, hidrogeologia, oceanografia, limnonologia e ecologia.

  • HIDROMETRIAA Hidrologia passou ento a ter campo mais restrito, preocupando-se basicamente com os aspectos quantitativos da fase terrestre do ciclo hidrolgico e suas interfaces imediatas.

  • HIDROMETRIAA Hidrometria, em correspondncia, dedicou-se a estudar e a medir as chuvas, as vazes dos cursos dgua, a evaporao e a infiltrao, isto , as variveis hidrolgicas e hidrometeorolgicas que permitem a caracterizao hidrolgica das bacias hidrogrficas.

  • HIDROMETRIAPara isso so instaladas e operadas redes de observao de postos pluviomtricos, fluviomtricos e hidrometeorolgicos.

  • HIDROMETRIAAs chuvas so medidas por pluvimetros e pluvigrafos que coletam e registram a altura da gua precipitada em milmetros, o que pode ser convertido em volume por unidade de rea ou vazo da gua, neste caso se tambm for medido o tempo em que ocorreu a precipitao.

  • HIDROMETRIAAs vazes so estimadas com base na medio das velocidades observadas em uma seo hidrulica do curso dgua.

    Estabelece-se uma curva de cotas do nvel de gua, as vazes correspondentes e as medies sistemticas passam a ser a das cotas com as quais se estimam as vazes.

  • HIDROMETRIANos postos hidrometeorolgicos so medidas grandezas como temperatura, umidade do ar, radiao, insolao, velocidade do vento e evaporao potencial, a partir de tanques de evaporao.

    Essas medies permitem estimar a evapotranspirao observada na Natureza.

  • HIDROMETRIAOs investimentos nas redes de observao so vultosos e os resultados obtidos so utilizados somente a mdio e longo prazos; freqentemente hidrlogos e hidrometristas vivem mngua, disputando os escassos recursos dos oramentos pblicos.

  • HIDROMETRIADo mesmo modo que a Hidrologia alargou suas fronteiras para estudar a qualidade das guas, os nveis e os volumes das guas subterrneas, a Hidrometria tambm precisou ampliar a gama de dados observados, como, por exemplo, os parmetros de qualidade fsicos, qumicos e biolgicos, as descargas de slidos em suspenso, os nveis piezomtricos e outros.

  • HIDROMETRIAAmpliaram-se os custos e os recursos escassos ficaram ainda mais difceis.

  • HIDROMETRIA de data recente uma revoluo nos recursos tecnolgicos disposio da Hidrometria, como a informtica, para armazenamento, anlise e recuperao de dados, a eletrnica, com sensores para medir nveis ou volumes de gua, os meios de comunicao e de transmisso de dados, a interpretao de imagens de satlites etc.

  • HIDROMETRIANem sempre a sofisticao dos meios significa menores custos ou melhor qualidade dos dados, nada substituindo o hidrlogo experiente como supervisor de todo o processo de coleta e anlise.

  • HIDROMETRIAA escassez de gua implica novos desafios. A coleta de dados para caracterizao das bacias no suficiente, sendo necessrio instalar redes de monitoramento de quantidade e de qualidade para adquirir e analisar os dados a tempo de permitir aes e intervenes corretivas dos conflitos de uso ou de poluio das guas.

  • HIDROMETRIAEm particular, os eventos crticos, como as enchentes, exigem a instalao de redes telemtricas, de alerta aos operadores de obras hidrulicas, Defesa Civil e s populaes moradoras em reas de risco de inundaes.

  • REDE HDROMETEOROLGICA NACIONAL

    Tabela 3.3 Nmero de estaes da rede hidrometeorolgica da ANEEL (Ibiapina, 1999)

    Tipos de estaes

    Equipamentos

    Bacia

    P

    F

    FD

    E

    S

    Q

    Total

    PR

    FR

    T

    total

    Amaznia

    352

    53

    190

    6

    57

    57

    715

    59

    6

    41

    106

    Tocantins

    182

    14

    80

    7

    16

    16

    315

    30

    2

    15

    47

    Atl. Norte/ Nordeste

    234

    11

    182

    1

    40

    40

    508

    26

    40

    5

    71

    S.Francisco

    220

    6

    163

    8

    32

    32

    461

    73

    73

    10

    156

    Atl. Leste

    392

    5

    312

    4

    71

    71

    855

    64

    47

    26

    137

    Paran

    572

    7

    340

    31

    116

    116

    1182

    79

    30

    46

    155

    Uruguai

    116

    1

    83

    4

    47

    47

    298

    38

    4

    10

    52

    Atl. Sudeste

    169

    12

    108

    5

    44

    44

    382

    36

    20

    17

    73

    Totais

    2237

    109

    1458

    66

    423

    423

    4716

    405

    222

    170

    797

    P Estao pluviomtrica; F estao fluviomtrica; S estao sedimentomtrica;

    PR pluviogrfica; FR fluviogrfica; FD com medio de vazo; E evaporimtrica;

    Q qualidade da gua; T telemtrica

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSA gua uma soluo diluda de inmeros elementos compostos, slidos, lquidos e gasosos, em propores diversas, procedentes do ar, j durante o processo de condensao e precipitao pluviomtrica, e tambm do solo e das rochas sobre as quais circula ou armazenada e, finalmente, do contato com as atividades humanas

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSEsse conjunto de elementos em soluo e suspenso responsvel pelas caractersticas que a gua apresenta, seja do ponto de vista fsico, qumico ou organolptico.

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSComumente so considerados os aspectos estticos (cor, turbidez, odor e sabor), fisiolgicos (toxicidade, patogenecidade e salinidade) e ecolgicos (pH, oxignio dissolvido e produtividade) como propriedades representativas de parmetros de qualidade.

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSOs aspectos estticos afetam quase que exclusivamente os usos humanos da gua, embora possam ser indicadores da presena de substncias nocivas.

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSOs aspectos fisiolgicos da gua atingem especialmente o ser humano que a ingere. A gua considerada potvel quando isenta de microrganismos patognicos transmissores de doenas e de substncias txicas que afetam a sade.

  • QUALIDADE DAS GUAS EM RIOS E RESERVATRIOSA existncia na gua de microrganismos patognicos est associada ao lanamento de esgotos sanitrios, e de substncias txicas, em razo dos despejos industriais ou agrcolas, como metais pesados, biocidas ou fertilizantes.

  • QUALIDADE DAS GUASOs parmetros ecolgicos visam a proteger a vida e a reproduo dos organismos aquticos.

    A concentrao de oxignio dissolvido em teores adequados reflete a sade do corpo dgua, no sentido de comportar formas superiores de vida animal como os peixes.

  • QUALIDADE DAS GUASA produtividade do corpo dgua mede sua capacidade de conter biomassa.

    A poluio e a contaminao ocorrem quando a gua assume caractersticas que podem afetar seu uso.

  • QUALIDADE DAS GUASA contaminao acarreta prejuzo sade humana ou aos animais que ingerem a gua, que passa a desempenhar papel de veculo transmissor do agente contaminante, provocando doenas de veiculao hdrica como a hepatite e as gastroenterites.

  • QUALIDADE DAS GUASA poluio caracteriza-se pelos efeitos ecolgicos em que a gua passa a ser um ambiente imprprio ao desenvolvimento das comunidades aquticas. Entretanto, muito comum a contaminao e a poluio da gua simultaneamente e com a mesma origem, como o caso, por exemplo, do lanamento de esgotos sanitrios.

  • QUALIDADE DAS GUASOs corpos dgua tm a capacidade de diluir, transportar e, em determinadas situaes, assimilar esgotos e resduos lquidos urbanos, industriais e agrcolas, recuperando sua qualidade natural.

  • QUALIDADE DAS GUASA propriedade de regenerao da gua permite que nas bacias hidrogrficas de concentraes urbanas e industriais ainda seja possvel obt-la em padres aceitveis, at mesmo para o suprimento pblico de gua potvel. No entanto, essa capacidade limitada, e a gua pode tornar-se imprpria para os usos pretendidos.

  • QUALIDADE DAS GUASA qualidade das guas dos reservatrios depende de processos muito diferentes dos que acontecem nos cursos dgua, em decorrncia das velocidades envolvidas, que afetam de modo substancial a intensidade e as caractersticas dos fenmenos fsicos, qumicos e biolgicos.

  • QUALIDADE DAS GUASComo nas ltimas dcadas tm sido implantadas centenas de usinas hidreltricas, est sendo mudado o regime de escoamento dos corpos dgua de grandes velocidades (lticos) para baixas velocidades (lnticos).

  • QUALIDADE DAS GUASIsso afeta a fauna e a flora aqutica e os processos de diluio e de assimilao das substncias poluentes.

  • QUALIDADE DAS GUASH necessidade premente de se conhecer melhor esses efeitos, pois a qualidade das guas dos principais cursos depender de decises para as quais no existem dados adequados nem se conhecem ainda os complexos processos envolvidos.

  • QUALIDADE DAS GUASA definio dos parmetros limites aceitveis para as vrias classes de uso preponderante, o enquadramento dos diversos trechos dos corpos d gua em cada classe, o licenciamento e o controle das fontes potenciais de poluio da gua formam um processo complexo, baseado em leis e regulamentos, que depende de estudos tcnicos complicados e de estrutura administrativa capacitada a promover sua fiscalizao e controle.

  • Recursos Hdricos no Brasil

  • GRANDES BACIAS HIDROGRFICAS BRASILEIRASDe acordo com a classificao do Departamento Nacional de guas e Energia Eltrica - DNAEE (recentemente transformado em Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL) reproduzida no Anurio Estatstico do IBGE, so oito as grandes bacias hidrogrficas brasileiras:

  • GRANDES BACIAS HIDROGRFICAS BRASILEIRASGrandes bacias hidrogrficas brasileiras:

    Amazonas, Tocantins e Araguaia, Atlntico Sul trechos Norte e Nordeste, So Francisco, Atlntico Sul trechos Leste, Paran e Paraguai,

    Uruguai Atlntico Sul trecho Sudeste.

  • Balano hdrico das grandes bacias hidrogrficas brasileiras.

  • Disponibilidade hdrica per capita nas grandes bacias brasileiras.

  • rea: 4.002.976 km2Populao: (1996) 6.700.000 habitantesDensidade demogrfica: 1,7 habitantes/km2Disponibilidade hdrica: 129.000 m3/sDisponibilidade hdrica per capita: 607.000 m3/ano/habitanteDemanda hdrica per capita: 979 m3/ano/habitanteDemanda/disponibilidade 0,16 %

  • Caractersticas bsicas das macro-regies hidrogrficas brasileiras.

  • Caractersticas bsicas das macro-regies hidrogrficas brasileiras.

  • Caractersticas bsicas das macro-regies hidrogrficas brasileiras.

  • Caractersticas bsicas das macro-regies hidrogrficas brasileiras.

  • Disponibilidade hdrica na bacia amaznica.

  • Disponibilidade hdrica das bacias hidrogrficas do semi-rido brasileiro.

  • Quadro comparativo da situao hdrica de pases europeus e dos Estados brasileiros.

  • BACIAS HIDROGRFICAS DO ESTADO DE SO PAULO

    *

  • Valores Caractersticos das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hdricos do Estado de So Paulo.

  • Disponibilidades hdricas das unidades hidrogrficas do Estado de So Paulo.

  • Estimativa das demandas urbanas no Estado de So Paulo (1990).

  • Demanda industrial no Estado de So Paulo (1990)

  • Distribuio da demanda industrial por atividade no Estado de So Paulo (1990).

  • Evoluo da rea irrigada e consumo de gua para irrigao no Estado de So Paulo (1990).

  • Disponibilidades e demandas hdricas no Estado de So Paulo

  • QUALIDADE E POLUIO DAS GUAS ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOSA Lei 997, de 31 de maio de 1976, instituiu o sistema de preveno e controle de poluio do meio ambiente, nele includos alm das guas, o solo e o ar. O Decreto 8.468, de 8 de setembro do mesmo ano, regulamentou a Lei 997 e estabeleceu a classificao das guas segundo seus usos preponderantes, fixou os padres de qualidade de cada classe e os padres de emisso dos efluentes a serem lanados nas guas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrneas. O Decreto 10.755, de 22 de novembro de 1977, efetuou o enquadramento dos corpos dgua receptores de efluentes na classificao estabelecida pela Lei 997/76 e discriminou os trechos dos cursos dgua enquadrados nas Classes 1, 3 e 4, ficando os demais enquadrados na Classe 2.

    importante salientar que a aprovao da proposta de enquadramento dos corpos d gua passou a ser atribuio dos Comits de Bacias Hidrogrficas, isto porque essa proposta integra o plano de bacia hidrogrfica a ser aprovado pelo Comit, conforme determina a Lei 7.663 de 30 de dezembro de 1991.

  • PROCEDIMENTOS ATUAIS DE ENQUADRAMENTOOs atuais processos de enquadramento dos corpos dgua em classes de uso preponderante tiveram incio em So Paulo e no presente so disciplinados pela Resoluo CONAMA nmero 20, de 18 de junho de 1986, que adota as seguintes definies:

    Classificao: qualificao das guas doces, salobras e salinas com base nos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade).

    Enquadramento: estabelecimento do nvel de qualidade (classe) a ser alcanado e/ou mantido em um segmento de corpo dgua ao longo do tempo.

    Condio: qualificao do nvel de qualidade apresentado por um segmento de corpo d'gua, num determinado momento, em termos dos usos possveis com segurana adequada.

    Efetivao do enquadramento: conjunto de medidas necessrias para colocar e/ou manter a condio de um segmento de corpo d'gua em correspondncia com a sua classe.

    Dessa forma, o enquadramento pode ser visto como meta a ser alcanada com o passar do tempo, mediante um conjunto de medidas necessrias, dentre as quais, por exemplo, programas de investimentos em tratamento de esgotos urbanos. Observe-se que so expresses contidas da Resoluo CONAMA: alcanado ou mantido e colocar ou manter.

  • ENQUADRAMENTO Todavia a aplicao do enquadramento invariavelmente ocorre como se a classe do corpo dgua estivesse na condio da classe em que foi enquadrado e assim devesse permanecer. Isso tem implicado no seguinte: uma estao de tratamento de esgotos urbanos no pode ser licenciada, no obstante a evidente melhoria que proporcionaria aos corpos dgua receptores, porque os efluentes lanados no podem conferir ao corpo de gua receptor caractersticas em desacordo com o enquadramento do mesmo ( 1, do artigo 18, do Decreto 8.468 de 8/9/76 do Estado de So Paulo). Os efeitos desse procedimento so agravados pela adoo da vazo Q 7,10 para os clculos de potencial de assimilao pelos corpos dgua, valor hoje considerado muito pessimista pelos hidrlogos.

    Alm da atualizao do enquadramento dos corpos dgua, seria indispensvel que se retomasse seu conceito como meta a ser alcanada ao longo do tempo e no para efetivao imediata.

    Os quadros a seguir caracterizam as classes de qualidade estabelecidas pela Resoluo 20/86 do CONAMA, as limitaes de cada classe para o lanamento de efluentes e as condies de balneabilidade.

  • QUALIDADE DAS GUAS NA BACIA DO RIO PIRACICABA

  • Classes de usos preponderantes das guas doces, salobras e salinas do territrio nacional. RESOLUO CONAMA 20/86

  • Limites e condies das classes de uso preponderante RESOLUO CONAMA 20/86

  • Limites e condies das classes de uso preponderanteRESOLUO CONAMA 20/86

  • RESOLUO CONAMA NMERO 20, DE 18 DE JUNHO DE 1986Limites e condies para os efluentes de qualquer fonte poluidora

  • Teores mximos admissveis de substncias

  • Condies de balneabilidade RESOLUO CONAMA 20/86 (artigo 26)

  • Teores mximos admissveis de substncias

  • Condies de balneabilidade RESOLUO CONAMA 20/86 (artigo 26)

  • QUALIDADE DAS GUAS SUPERFICIAISA Rede de Monitoramento da Qualidade das guas Interiores do Estado de So Paulo, mantida pela CETESB, tem 124 pontos de amostragem de onde a cada dois meses so retiradas amostras para anlise em laboratrio, sendo determinados 33 parmetros fsicos, qumicos e microbiolgicos de qualidade. Desses parmetros, nove compem o ndice da Qualidade das guas (IQA): Oxignio Dissolvido (OD), Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), coliformes fecais, temperatura da gua, pH, nitrognio total, fsforo total, slidos totais e turbidez.

    O Quadro 17 mostra os nveis de qualidade registrados, em cuja interpretao deve-se considerar que a qualidade das guas muda durante o ano em funo de fatores meteorolgicos, da sazonalidade de lanamentos poluidores e das vazes. O Quadro 18 apresenta para cada uma das bacias as mdias da porcentagem do tempo em que as guas se encontravam nos nveis de qualidade estabelecidos pelo IQA.

    As situaes mais crticas ocorrem na Regio Metropolitana de So Paulo (Alto Tiet) e em trechos dos rios Tiet Mdio Superior, Jundia, Capivari, Sorocaba e Piracicaba que recebem cargas muito significativas de esgotos domsticos.

    No Quadro 20 observa-se que no ano de 1989 a taxa mdia de reduo da carga orgnica, lanada aos rios pelas indstrias e pelos municpios do interior do Estado, manteve-se em torno de 93%, exceo feita Regio Metropolitana de So Paulo (57%) e s bacias do litoral paulista (46%).

  • Reduo da carga orgnica total biodegradvel e o equivalente populacional nas bacias hidrogrficas do Estado de So Paulo.

  • GUAS SUBTERRNEAS As guas subterrneas do Estado de So Paulo apresentam, em geral, boa qualidade qumica natural; mas h indcios generalizados e disseminados de contaminao bacteriolgica tanto em poos rasos como tubulares, neste caso resultante da m construo, falta de cimentao e de laje de boca e de permetro de proteo sanitria.

    Os maiores riscos de poluio das guas subterrneas esto associados aos impactos da produo industrial e da agroindstria e carecem, ainda, de avaliao cuidadosa.

    Embora as guas subterrneas sejam naturalmente melhor protegidas dos agentes contaminantes do que os rios, os processos de poluio dos aqferos so lentos (as velocidades de fluxo nos aqferos variam geralmente de poucos centmetros a alguns metros por dia), podendo levar alguns anos para que seus efeitos sejam notados.

    Os aqferos sedimentares na sua maior rea de exposio so mais vulnerveis poluio, embora o processo de transferncia de poluentes infiltrados seja lento. Os aqferos fissurados cristalinos so mais protegidos, pois sua exposio muito limitada pela cobertura do manto de intemperismo (regolito). Entretanto, nas zonas de falha ou de fraturamento intenso, a estrutura constitui-se numa verdadeira porta ao ingresso dos poluentes de superfcie e com tempos de trnsito relativamente reduzidos.

  • GUAS SUBTERRNEASA suscetibilidade poluio da bacia de So Paulo gerada pela grande oferta de poluentes das atividades urbana e industrial e a existncia de estruturas geomorfolgicas vulnerveis, quer no pacote sedimentar, quer nas rochas cristalinas do assoalho e bordas pr-cambrianas.

    Na bacia de Taubat, no Vale do Paraba, vrios desses poos, inclusive alguns com vazes de explotao ultrapassando 150 m3/h, foram construdos geralmente por indstrias em zonas de recarga natural na formao Caapava, muito vulnervel poluio. Acresce-se a esta explotao, por vezes predatria, a infiltrao de efluentes perigosos e a localizao de aterros sanitrios e industriais.

    No aqfero litorneo, de modo geral, a gua apresenta teores excessivos de ferro e est sujeita salinizao. Sua vulnerabilidade extrema, em especial devido ao risco de quebra do equilbrio da interface gua doce-gua salgada, devendo ser mantido um controle das vazes dos poos a fim de evitar a subida dessa interface.

    No aqfero Bauru-Caiu a degradao pelas atividades agrcolas tem sido notria nos ltimos dez anos, atravs dos teores excessivos de nitratos e da presena de produtos qumicos advindos da utilizao crescente dos agrotxicos. Em determinadas reas o cultivo da cana-de-acar tem contribudo com cargas excessivas de vinhaa infiltrada no subsolo.

    O aqfero Serra Geral localizadamente muito vulnervel (fraturamentos, disjunes colunares, horizontes vesiculares, zonas tectonizadas) onde a velocidade de percolao dos poluentes pode atingir dezenas de centmetros por dia.

  • CONFLITOS DE USOOs principais conflitos de uso dos recursos hdricos no Estado de So Paulo acontecem nas bacias industrializadas situadas a Leste, em especial as do Alto Tiet, do Piracicaba-Capivari-Jundia, do Sorocaba, do Paraba do Sul e do Mogi-Guau.

    O fator fundamental da gerao de conflito a poluio das guas que passam a ter padres inadequados para os usos mais exigentes.

    Nas bacias com grandes demandas de gua para a agroindstria e a irrigao ocorrem ao mesmo tempo conflitos quantitativos e qualitativos entre irrigantes, e entre a irrigao e os sistemas de abastecimento pblico.

    Os exemplos mais expressivos so as bacias do Baixo Pardo (municpio de Guara e adjacentes), do Piracicaba (municpio de Atibaia e outros prximos), do rio Sorocaba (municpios de Ibina e Piedade), do Sorocaba, e do Alto Paranapanema (municpios de Itu, Tatu e Itapetininga).

  • CONFLITOS DE USOAs grandes reverses de guas entre bacias como a do sistema Pinheiros-Billings-Cubato, atravs do qual as guas do Alto Tiet so revertidas para a Baixada Santista, e a do sistema Cantareira, que importa guas das cabeceiras do rio Piracicaba para abastecimento da Regio Metropolitana da Grande So Paulo, so exemplos de conflitos inter-regionais. De fato, este um dos maiores casos de conflitos do mundo. A Figura 18 apresenta esse conjunto de bacias em perspectiva.

    O reservatrio Billings foi concebido como depsito de regularizao das guas do Alto Tiet para gerao de energia eltrica nas Usinas Henry Borden, construdas pela empresa canadense Ligth, que integram atualmente o patrimnio da Empresa Metropolitana de gua e Energia-EMAE do Governo do Estado de So Paulo. Ao longo do tempo esse reservatrio assumiu outras funes como abastecer de gua o ABC, a partir da captao no brao do rio Grande prximo via Anchieta, e controlar as enchentes no canal do rio Pinheiros mediante as usinas reversveis de Pedreira e de Traio. Com a reverso das guas a jusante das descargas das usinas no rio Cubato, foram implantados os sistemas de abastecimento das cidades de Santos e de So Vicente, das indstrias do plo petroqumico de Cubato, e da COSIPA.

    Quando foi includo na Constituio do Estado de So Paulo de 1989 o dispositivo que restringia os bombeamentos das guas do canal do Pinheiros para a Billings, os usos precedentes e os decorrentes, como gerao hidreltrica e abastecimento de gua industrial de Cubato, deram lugar recuperao do reservatrio Billings e ao abastecimento da Regio Metropolitana de So Paulo que, entretanto, precisam conciliar-se com o controle de cheias do rio Pinheiros.

  • CONFLITOS DE USOPor outro lado, a reverso de guas da bacia do rio Piracicaba para o Alto Tiet traz benefcios considerveis como a garantia de 33 m/s de gua de excelente qualidade para o abastecimento de mais de 10 milhes de habitantes da Regio Metropolitana de So Paulo. Isso, porm, implica na diminuio da gua na bacia doadora, cuja comunidade se v no direito de reivindicar retribuio financeira pelo seu fornecimento.

    Esses conflitos podem ser objeto de estudos de engenharia e de modelos matemticos para orientar e balizar decises. Mas sero insuficientes se no considerarem os componentes e os fatores sociais, econmicos e ambientais que no podem ser quantificados como o valor da energia eltrica gerada.

    Um dos grandes desafios dos profissionais de recursos hdricos , com certeza, como enfrentar esses conflitos e viabilizar as solues encontradas.

  • SISTEMAS DE REVERSO DE GUASCANTAREIRA - ALTO TIET - BILLINGS

  • CONTROLE DE CHEIAS E PREVENO DE INUNDAESUm dos problemas mais srios que o Estado de So Paulo vem enfrentando nos ltimos anos a ocorrncia de enchentes em reas urbanas, especialmente na Regio Metropolitana da Grande So Paulo.

    Entretanto as enchentes so fenmenos naturais: os rios enchem durante as chuvas e vazam depois que elas cessam. No perodo das chuvas, com muita freqncia, os rios extravasam do seu leito menor, ocupando suas reas marginais e o seu leito maior. As vrzeas so formadas nesse processo geomorfolgico de contnuo transbordamento dos cursos dgua e de sedimentao dos slidos carreados pelas correntezas.

    Em grande parte, as inundaes decorrem da atitude imprudente do homem, que ocupa as vrzeas de forma indevida. Durante dcadas as vrzeas do Tiet e do Tamanduate somente foram usadas como campos de futebol. O nico prejuzo causado pelas cheias era o adiamento das rodadas dos campeonatos. Com a construo de avenidas marginais, as inundaes vm provocando terrveis congestionamentos e ainda pem em risco a segurana e a vida das pessoas.

    Outro fator que contribui para as inundaes a impermeabilizao do solo que faz com que as cheias se tornem mais rpidas e mais elevadas. A canalizao de crregos elimina os extravasamentos marginais, mas aumenta a velocidade do escoamento e propicia tambm mais rapidez e elevao dos picos de enchentes.

  • SOLUO ADEQUADA DE CONTROLE DE CHEIAS

  • ENCHENTES E INUNDAESAps dcadas de investimentos em obras de combate s enchentes descobriu-se que os prejuzos se tornavam cada vez maiores: o controle das cheias mais freqentes causava uma falsa sensao de segurana, ocupavam-se as reas de risco e quando ocorriam as chuvas os prejuzos eram mais vultosos.

    Atualmente h novas diretrizes para a preveno de inundaes consubstanciadas no seguinte conjunto de recomendaes:

    Estudar a bacia inteira em planos de macrodrenagem, evitando que solues locais sejam adotadas em detrimento de outras reas.No adotar mais para os projetos de cursos dgua canais retilneos de grande declividade e baixa rugosidade, mas procurar mant-los prximos das condies naturais, assegurando a manuteno de reas de extravasamento e de armazenagem de enchentes.Ocupar as reas marginais e as vrzeas dos rios somente com usos e atividades compatveis com as inundaes peridicas.Compatibilizar as posturas municipais referentes a loteamentos, sistemas de servios de utilidade pblica, construes, pontes e travessias com as novas formas de projetar as obras de controle de cheias.Adotar medidas no-estruturais de preveno como: incentivo manuteno de reas permeveis; construo de pavimentos permeveis em grandes reas de estacionamentos e semelhantes; solues locais de controle como comportas, sistemas de alerta e seguro inundao

  • DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL NO ESTADO DE SO PAULOPor iniciativa do Professor Lucas Nogueira Garcez, atravs da criao do Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE, pela Lei 1.350 de 12 de dezembro de 1950, procurou-se trazer para o Estado de So Paulo o modelo da Tennesse Valey Authority - TVA, autarquia pblica federal criada nos Estados Unidos. A finalidade era implantar planos de aproveitamento integrado dos recursos hdricos similares ao realizado naquela bacia interestadual americana.

    No Vale do Paraba o plano foi elaborado tendo como propsitos a gerao de energia eltrica, o controle de cheias e o aproveitamento hidroagrcola. No Vale do Tiet eram prioritrias a gerao de energia eltrica, a navegao fluvial e a irrigao. O DAAE foi ento organizado na forma de Servios Regionais: do Vale do Tiet, do Vale do Paraba e do Vale do Ribeira.

    Entretanto, como a grande prioridade da poca era a gerao hidreltrica, foram criadas empresas mistas que implantaram as primeiras usinas nos rios Pardo e Tiet. A Companhia Energtica de So Paulo-CESP, sucedeu s empresas de energia eltrica e construiu depois tambm as usinas projetadas no Vale do Paraba. Os outros propsitos dos planos de bacias foram postergados, como a navegao fluvial ao longo do rio Tiet, que s recebeu ateno em data recente a partir da dcada de 1980. As obras hidroagrcolas da bacia do Paraba, basicamente constitudas por plderes e sistemas de irrigao e drenagem em cerca de 40 mil hectares de vrzeas, foram implantadas em apenas dez por cento da rea planejada.

    Como os outros usos da gua ainda tinham pouca expresso e no havia at ento conflitos importantes, as atribuies do DAEE de aplicao do Cdigo de guas e, em particular, a outorga de direitos de uso da gua, tiveram pequena prioridade at o incio da dcada de 1970.

    Decreto Lei Federal 24.643, de 10 de julho de 1934.

  • O MODELO PAULISTA DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HDRICOS De acordo com a Lei 7.663, de 30 de dezembro de 1991, o modelo paulista baseia-se em trs princpios bsicos: descentralizado, integrado e participativo; adota a bacia hidrogrfica como unidade de planejamento e gerenciamento de recursos hdricos; e, ao reconhecer o valor econmico da gua, implanta a sua cobrana, isto , adota o princpio usurio pagador.

    So ainda partes do modelo os planos de recursos hdricos, tanto no mbito estadual como no mbito de cada bacia hidrogrfica, o sistema institucional de gerenciamento, mediante colegiados deliberativos, centrais e descentralizados, e o Fundo Estadual de Recursos Hdricos - FEHIDRO.

    A Figura 21 mostra como essas partes funcionam integradamente, ou melhor, o Plano define o que fazer e quanto custa; no mbito do Sistema so tomadas as decises, e o FEHIDRO d apoio financeiro ao funcionamento do Sistema e realizao do Plano.

    Em particular esse modelo se aplica a cada bacia hidrogrfica, como ilustra a mesma figura, com a analogia entre a bacia hidrogrfica e um condomnio de um prdio de apartamentos.

  • MODELO PAULISTAEm particular esse modelo se aplica a cada bacia hidrogrfica, como ilustra a mesma figura, com a analogia entre a bacia hidrogrfica e um condomnio de um prdio de apartamentos.

    De fato, existem no prdio de apartamentos as unidades autnomas, de propriedade de cada condmino, e as reas, bens e equipamentos comuns (elevadores, instalaes eltricas e hidrulicas, piscinas, reas de circulao e de recreao e jardins). Na bacia hidrogrfica o bem comum de todos, cidades, indstrias e propriedades rurais, a gua.

    No condomnio, as assemblias de condminos decidem sobre os oramentos a serem aplicados no custeio e em melhorias do prdio e, portanto, sobre as taxas de condomnio. Nas bacias hidrogrficas os usurios da gua reunidos em Comits de Bacias Hidrogrficas decidiro sobre as metas de quantidade e qualidade dos recursos hdricos, o respectivo programa de investimentos a ser realizado e, como conseqncia, os valores a serem aplicados na cobrana pelo uso da gua.

  • ANALOGIA ENTRE BACIA E PRDIO DE CONDOMNIOS

  • COMITS DE BACIAS HIDROGRFICAS

  • COMIT DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAICMARAS TCNICASGRUPOS TCNICOSSECRETARIA EXECUTIVACOMISSO TRI PARTITE PARA IMPLANTAO DA FUNDAO AGNCIA DE BACIAOutorgas e Licenas - CT - OLConservao e Proteo de Recursos Naturais - CT - RNSaneamento - CT - SAPlanejamento - GT - PLMonitoramento Hidrolgico - GT - MHIntegrao e Difuso de Pesquisas e Tecnologias - GT - IDRepresentantes do Estado: 16 votosSecretarias de Estado: Recursos Hdricos, Saneamento e Obras; Meio Ambiente, Economia e Planejamento, Agricultura e Abastecimento; Sade, Transporte, Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento Econmico, Fazenda e Esportes e Turismo.Autarquias, fundaes e empresas pblicasDepartamento de guas e Energia Eltrica.Companhia de Tecnologia de Saneamento AmbientaFundao Florestal.Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So PauloCompanhia de Desenvolvimento da Agricultura do Estado de So Paulo.Companhia Paulista de Fora e Luz

    Companhia Energtica do Estado de So PauloRepresentantes dos Municpios: 16 votosguas de So Pedro, Americana, Amparo, Anaindia, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdes, Bragana Paulista, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Charqueada, Cordeirpolis, Corumbata, Cosmpolis, Elias Fausto, Holambra, 5Hortoindia, lndaiatuba, lpena, lracempolis, ltatiba, ltupeva, Jaquarina, Jarinu, Joanpolis, Jundia, Limeira, Louveira, Mombuca, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nazar Paulista, Nova Odessa, Paulnia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Salto, Saltinho, Santa Brbara d'Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, Santo Antnio de Posse, So Pedro, Sumar, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Vrzea Paulista, VinhedoRepresentantes da sociedade: 16 votosIndstria:Centro das Indstrias de Americana, Rio Claro e PiracicabaAgricultoresSindicatos Rurais e Limeira, Campinas e JundiaiServios de saneamentoAssociao dos Servios Municipais de guas e Esgotos - ASSEMAEConsrcio Intermunicipal das Bacias dos rios Piracicaba e CapivariUniversidades e institutos de ensino e pesquisaUniversidade Estadual Paulista - UNESP.Associao Limeirense de Educao Associaes tcnico profissionaisAssociao dos Engenheiros de JundiaAssociaes dos Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos de LimeiraOrganizaes ambientalistas e comunitriasInstituto Phoenix de CampinasForum das Entidades CivisPreservao, de LimeiraGrupo Eco, de Bragana PaulistaPLENRIAEstado:Municpios:Sociedade:Estado:Municpios:Sociedade:

  • PROGRAMA DE INVESTIMENTOS NA BACIA DO RIO PIRACICABA

  • COMIT DA BACIA HIDROGRFICA DO ALTO TIETCMARAS TCNICASSECRETARIA EXECUTIVADrenagem e Controle de InundaesQualidade e Proteo de MananciaisQuantidade e Racionalizao do Uso das guasPlanejamentoSaneamentoRepresentantes do Estado: 16 votosSecretarias de Estado: Recursos Hdricos, Saneamento e Obras; Meio Ambiente, Economia e Planejamento, Agricultura e Abastecimento; Sade, Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento Econmico, Habitao e Esportes e Turismo.Autarquias, fundaes e empresas pblicasDepartamento de guas e Energia Eltrica.Companhia de Tecnologia de Saneamento AmbientaFundao Florestal.Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So PauloELETROPAULO - Eletricidade de So PauloEmpresa Metropolitana de PlanejamentoInstituto de Pesquisas TecnolgicasRepresentantes dos Municpios: 16 votosAruj, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuiba, Cotia, Embu, Embu Guau, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Itapevi, Itapecerica da Serra, Jandira, Mairipor, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Po, Salespolis, Santana do Parnaba, So Paulo, Suzano, Taboo da SerraRepresentantes da sociedade: 16 votosIndstria:Federao das Indstrias de So PauloPensamento Nacional Bases EmpresariaisAgricultoresSindicatos Rurais de Mogi das Cruzes e So PauloAssociaes tcnico - profissionaisAssociaes Brasileiras de Engenharia Sanitria e de guas Subterrneas, de Recursos Hdricos e de Irrigao e DrenagemInstituto de Engenharia e Associao de Geologia de EngenhariaSociedade Brasileira para o Progresso da CinciaInstituto de Arquitetos do BrasilOrganizaes ambientalistas e comunitriasgua e Vida/ AM Parque PetrpolisCCS - Franco da Rocha/ SAB Totozinho CardosoSPAGETSMSOS Mata AtlnticaGENT/VITAE CIVILISMDV/IPEHABPOLARPLENRIARepresentantes nos Sub ComitsEstado:Municpios:Sociedade:SUB COMITJUQUERICANTAREIRASUB COMITPINHEIROSPIRAPORASUB COMITCOTIAGUARAPIRANGASUB COMITALTO TIETCABECEIRASSUB COMITBILLINGSTAMADUATEIDiademaMauRibeiro PiresRio Grande da SerraSanto AndrSo Bernardo do CampoSo Caetano do SulSo PauloArujBiritiba MirimFerraz de VasconcelosGuarulhosItaquaquecetubaMogi das CruzesPoSalespolisSo PauloSuzanoCaieirasCajamarFrancisco MoratoFranco da RochaMairiporSo PauloBarueriCarapicuibaItapeviJandiraOsascoPirapora do Bom JesusSantana do ParnabaSo PauloCotiaEmbuEmbu GuauItapecerica da SerraSo PauloTaboo da Serra

  • NECESSIDADE DE ARTICULAO COM A UNIO E COM OS ESTADOS VIZINHOSComo visto, o Estado de So Paulo compartilha bacias hidrogrficas com os Estados de Minas Gerais (bacias do rio Grande, Mogi Guau, Pardo, Sapuca Mirim e Piracicaba) Paran (bacias dos rios Paranapanema e Ribeira de Iguape) e Rio de Janeiro (bacia do rio Paraba do Sul que tambm contm reas no territrio do Estado de Minas Gerais).

    H nessas bacias, portanto, cursos dgua superficiais de domnio da Unio (rios de divisa ou que percorrem mais de um Estado), do Estado de So Paulo (rios que nascem e morrem no territrio paulista, como o Turvo, afluente do rio Grande) e dos outros Estados mencionados. As guas subterrneas so de domnio do Estado em que esto subjacentes.

    A Lei 9.443, de 8 de janeiro de 1997, aprovou a Poltica e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos com princpios e diretrizes muito semelhantes lei paulista e s leis de dezesseis Estados aprovadas a partir de 1991. Assim, o Estado de So Paulo, embora seja uma unidade federativa autnoma, no pode decidir sobre todos os recursos hdricos do seu territrio sem articular-se com a Unio e os Estados vizinhos.

  • BACIA DO RIO PARABA DO SUL

  • ESQUEMA DA BACIA DO RIO PARABA DO SUL

  • COMIT DAS BACIAS DO PARABA DO SUL E MANTIQUEIRA CMARAS TCNICASSECRETARIA EXECUTIVAAssuntos InstitucionaisEstudos de Cobrana da guaPlanejamentoSaneamentoRepresentantes do Estado 10 votosSecretarias de Estado: Meio Ambiente, Economia e Planejamento, Agricultura e Abastecimento; Sade e Esportes e Turismo.Autarquias, fundaes e empresas pblicasDepartamento de guas e Energia Eltrica.Companhia de Tecnologia de Saneamento AmbientalFundao Florestal.Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So PauloCompanhia Energtica de So PauloRepresentantes dos Municpios: 10 votosSanta Branca/Jacare, Paraibuna/Monteiro Lobato, Caapava/Jambeiro, Taubat/So Luiz do Paraitinga. Pindamonhangaba.Tremeb, Guaratinguet/Potim, Piquete/Canas, Queluz/Cruzeiro, So Jos do Barreiro/Bananal, Campos do Jordo/Santo Antnio do Pinhal. Representantes da sociedade: 10 votosIndstria:Centro das Indstrias de So PauloPensamento Nacional Bases EmpresariaisAgricultoresSindicatos Rurais de Monteiro Lobato e JacareiFEMANT/SA - PiqueteSaneamentoSAEEG - AparecidaAssociaes tcnico - profissionaisAssociao Brasileira de Engenharia Sanitria e AmbientalOrdem dos Advogados de So PauloSindicato dos Trabalhadores em gua e EsgotosUniversidades e institutos de ensino e pesquisaFAEQUIL/UNESPOrganizaes ambientalistas e comunitriasFVVP/URBAN - So Jos dos CamposAEA/AGEPLENRIARepresentantesEstado:Municpios:Sociedade:

  • ARTICULAO ENTRE O COMIT DE BACIA DE RIO DE DOMNIO FEDERAL E OS COMITS DE BACIAS DE RIOS DE DOMNIO ESTADUALO CASO DA BACIA DO RIO PARABA DO SULCOMIT PARA INTEGRAO DA BACIA DO RIO PARABA DO SULCEIVAPCOMIT DAS BACIAS DO RIO PARABA DO SUL E MANTIQUEIRACBH - PSMCOMITS DA PARTE MINEIRA DA BACIA DO RIO PARABA DO SULCOMITS DA PARTE FLUMINENSE DA BACIA DO RIO PARABA DO SULORGANIZAO CONFORME LEI DO ESTADO DE SO PAULO (7.663, DE 30/12/91), CRIADO PELA LEI 9.034, DE 27/12/94 E IMPLANTADO EM 25/11/94 A SER ORGANIZADO CONFORME LEI DO ESTADO DE MINAS GERAIS (13.199 DE 29/1/99)A SER ORGANIZADO CONFORME LEI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (3.239 DE 2/8/99)Trs representantes do governo federal:Ministrio do Meio Ambiente, Recursos Hdricos e Amaznia Legal, de Minas e Energia e de Planejamento e Oramento

    Doze representantes de cada EstadoMunicpios e entidades da sociedade civil organizadaUsurios de recursos hdricos, com no mnimo 50% dos votos

    Presidente eleito pelos representantes dos EstadosDecises por, no mnimo, 2/3 dos representantes estaduaisDECRETO FEDERAL1.842, DE 22/3/96Os Comits de Bacia Hidrogrfica sero compostos por:

    I representantes do poder pblico, de forma paritria entre o Estado e os municpios que integram a bacia hidrogrfica;

    II representantes de usurios e de entidades da sociedade civil ligadas aos recursos hdricos, com sede ou representao na bacia hidrogrfica, de forma paritria com o poder pblico.

    O Comit de Bacia Hidrogrfica (CBH) ser constitudo, na forma do Regulamento desta Lei, por representantes de:

    I - os usurios da gua e da populao interessada, atravs de entidades legalmente constitudas e com representatividade comprovada;

    II - as entidades da sociedade civil organizada, com atuao relacionada com recursos hdricos e meio ambiente;

    III - os poderes pblicos dos Municpios situados, no todo ou em parte, na bacia, e dos organismos federais e estaduais atuantes na regio e que estejam relacionados com os recursos hdricos.Os Comits de Bacias Hidrogrficas, assegurada a participao paritria dos Municpios em relao ao Estado sero compostos por:

    I - representantes de rgos e entidades da administrao estadual;

    II - representantes dos municpios;

    III - representantes de entidades da sociedade civil, sediadas na bacia hidrogrfica, respeitado o limite mximo de um tero do nmero total de votos.

  • MODELO BRASILEIRO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HDRICOSOs princpios, diretrizes e instrumentos da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, conforme a Lei 9.433/97, constam da Figura 24, na qual se pode verificar que so semelhantes aos dispositivos da lei paulista.

    A Figura seguinte apresenta o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos segundo a Lei 9.433/97 e a maioria das leis estaduais anlogas. Todavia h peculiaridades das bacias hidrogrficas e dos Estados das vrias regies polticas do Pas que devem ser consideradas na implantao do modelo brasileiro de recursos hdricos, conforme retratado no organograma.

    No caso da bacia do rio Paraba do Sul, por exemplo, uma das mais complexas em termos institucionais e polticos em razo de sua importncia para o abastecimento de Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, foi criado o Comit de Integrao da Bacia do Rio Paraba do Sul (Figura 26).

    Segundo essa concepo, os Estados deveriam integrar-se quanto poltica de recursos hdricos e implantao de planos de bacias hidrogrficas, com objetivos e metas aprovados consensualmente nos Comits de Integrao, intervindo a Unio apenas para conciliar ou arbitrar conflitos.

  • CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HDRICOSCOMITS DE BACIAS HIDROGRFICAS DE RIOS DE DOMNIO FEDERALSECRETARIA DE RECURSOS HDRICOSCONSELHOS ESTADUAIS DE RECURSOS HDRICOSCOMITS DE BACIAS HIDROGRFICAS DE RIOS DE DOMNIO ESTADUALRGO GESTOR ESTADUALAGNCIA DE GUASAGNCIA DE BACIAESTRUTURA FEDERAL CONFORME LEI 9.433, DE 8/1/97ESTRUTURA DE BACIA CONFORME LEI 9.433, DE 8/1/97

    REPRESENTAOMTUA COOPERAO OU DELEGAO SOBRE OUTORGA E COBRANANORMAS DE VINCULAO DE DECISES NO CASO DE AFLUENTES DE RIOS DE DOMNIO FEDERALUNIFICAO, DESCENTRALIZAO OU COOPERAO NO CASO DE AFLUENTES DE RIOS DE DOMNIO FEDERALSISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HDRICOSESTRUTURAS ESTADUAIS, VARIVEIS CONFORME LEIS ESTADUAISAGNCIA NACIONAL DE GUAS - ANAPROJETO DE LEI 1.617/99 EM TRAMITAO NO CONGRESSO NACIONAL

  • PROGUA NACIONAL

  • ESQUEMA DE ACESSO AO PROGUA NACIONAL

    *