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004G Redação Técnica

5E

RedaçãoTécnica

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FICHA TÉCNICA

Desenvolvimento de conteúdoEquipe Técnico-Pedagógica, Mediação e Design Gráfico do Instituto Monitor

Editora Katya Maia Motta

Coordenadora de Edição Mariângela Nunes

Layout e DiagramaçãoKleber Cavalcante

Colaborador Katya Maia Motta

Monitor Editorial Ltda. Av. Rangel Pestana,1105 – BrásSão Paulo/SP – CEP 03001-000Tel.: (11) 3555-1000 / Fax: (11) 3555-1020www.institutomonitor.com.br

Impressão Parque Gráfico do Instituto Monitor: I.C.E. MonitorAv. Rangel Pestana, 1113 – BrásSão Paulo/SP – CEP 03001-000Tel./Fax: (11) 3555-1023

Em caso de dúvidas referente ao conteúdo, consulte o professor desta disciplina no Portal do Aluno: www.institutomonitor.com.br/alunos

Todos os direitos reservadosLei nº 9.610 de 19/02/98Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas gráficos, reprográficos, fotográficos etc., bem como a memorização e/ou recuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho em qualquer sistema ou arquivo de processamento de dados, sem prévia autorização escrita da editora. Os infratores estão sujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela produção de cópias.

5ª Edição - abril/2013

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índice

004G/5Redação Técnica

Apresentação ........................................................................... 9

Lição 1 – Redação Literária e Redação TécnicaIntrodução ................................................................................. 111. A Teoria da Comunicação ....................................................... 112. Modalidades de Redação ....................................................... 173. Estrutura de Texto .................................................................. 184. Qualidades do Texto ............................................................... 195. Domínio da Informação ......................................................... 226. Ferramentas do Redator ........................................................ 227. Como Organizar as Ideias ..................................................... 24Exercícios Propostos ................................................................. 25

Lição 2 – Estilo e EstéticaIntrodução ................................................................................. 27 1. Estilo ..................................................................................... 272. Estética ................................................................................. 323. Normas Gerais para Redação ............................................... 444. Digitação ............................................................................... 445. Glossário de Termos e Estética Relacionada .......................... 45 5.1 À atenção de - Aos cuidados de - Em mãos .................. 45 5.2 Algarismos ........................................................................ 46 5.3 Anexos ............................................................................. 47 5.4 Aspas ............................................................................... 47 5.5 Aposto ............................................................................. 47 5.6 Assinatura ........................................................................ 47 5.7 Assunto ou Referência ...................................................... 48 5.8 Cabeçalho ........................................................................ 48 5.9 Caixa Postal ..................................................................... 48 5.10 Código de Endereçamento Postal (CEP) ......................... 48 5.11 Continuação ................................................................... 48 5.12 Corpo da Carta .............................................................. 49 5.13 Cópias ............................................................................ 49

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Redação Técnica6/004G

5.14 Correção de Erros .......................................................... 49 5.15 Data ............................................................................... 49 5.16 Despedida ou Fecho ...................................................... 49 5.17 Destinatário .................................................................... 49 5.18 Grampeamento .............................................................. 50 5.19 Valores ........................................................................... 50 5.20 Itens ............................................................................... 50 5.21 Maiúscula, Itálico, Sublinhado ......................................... 50 5.22 Pessoas Físicas ou Jurídicas .......................................... 50 5.23 Pontuação ...................................................................... 51 5.24 Signatário ....................................................................... 51 5.25 Telefone .......................................................................... 51 5.26 Vocativo .......................................................................... 51 6. E-mail .................................................................................... 51Exercícios Propostos .................................................................. 53

Lição 3 – Redação Oficial e Redação EmpresarialIntrodução .................................................................................. 55 1. Redação Oficial ...................................................................... 56 2. Documentos Oficiais ............................................................... 58 2.1 Padrão Ofício .................................................................... 58 2.2 Mensagem ....................................................................... 60 2.3 Memorando ...................................................................... 60 2.4 Fax ................................................................................... 61 2.5 E-mail ............................................................................... 61 2.6 Outros Documentos Considerados Oficiais ....................... 62 3. Redação Empresarial .............................................................. 70 4. Documentos Empresariais ...................................................... 70 4.1 Ata ................................................................................... 70 4.2 Carta ................................................................................ 71 4.3 Circular ............................................................................. 72 4.4 Comunicação Interna (CI) ................................................. 72 4.5 E-Mail ............................................................................... 72 4.6 Recibo .............................................................................. 72 4.7 Contrato ........................................................................... 73 4.8 Informação ....................................................................... 75 4.9 Ordem de Serviço ............................................................. 77 4.10 Procuração ..................................................................... 78 5. Exemplos de Documentos Oficiais e Empresariais ................. 79 Exercícios Propostos .................................................................. 85

Lição 4 – Gramática AplicadaIntrodução .................................................................................. 89 1. Importância do Conhecimento Gramatical .............................. 89 2. Um Breve Resumo da Gramática Normativa ........................... 90 3. Tópicos Importantes para Escrever Corretamente .................. 91 3.1 Acentuação Gráfica .......................................................... 91 3.2 Algumas Palavras de Grafia Duvidosa ............................... 94

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004G/7Redação Técnica

3.3 Crase ............................................................................... 96 3.4 Colocação Pronominal ...................................................... 97 3.5 Concordância Verbal e Nominal ........................................ 99 3.6 Emprego de Algumas Classes de Palavras ..................... 103 3.7 Flexão do Infinitivo .......................................................... 106 3.8 Formas de Tratamento e sua Concordância.................... 108 3.9 Numerais ........................................................................ 111 3.10 Pontuação .................................................................... 112 3.11 Regência Verbal e Nominal ........................................... 116 3.12 Separação Silábica ....................................................... 121 3.13 Abreviações .................................................................. 122 3.14 Símbolos das Unidades de Medida .............................. 122 3.15 Denotação e Conotação ............................................... 124 3.16 Formas Variantes .......................................................... 124 4. Nova Ortografia ................................................................... 125 4.1 Alfabeto .......................................................................... 125 4.2 Trema ............................................................................. 125 4.3 Acentuação .................................................................... 126 4.4 Emprego do Hífen .......................................................... 128Exercícios Propostos ................................................................ 132

Respostas dos Exercícios Propostos ............................... 135 Referências Bibliográficas ................................................. 139

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apresentação

004G/9Redação Técnica

Todo profissional que busca sucesso na carreira deve estar cons-ciente da importância de um preparo cuidadoso e abrangente. Uma das grandes causas do desemprego atual não decorre apenas dos problemas estruturais da economia mundial, mas também da falta de qualificação técnica dos candidatos. Uma das áreas em que se pode verificar esta deficiência é no que diz respeito a comunicação e expressão. As pessoas não só se comunicam insatisfatoriamente no dia a dia, como apresentam tremendas dificuldades na expres-são escrita, tanto na correção gramatical das palavras, quanto na incapacidade de elaborar textos mais específicos.

Visando melhorar este quadro, esta disciplina busca, com concei-tos, definições e exemplos práticos, oferecer a ajuda necessária a quem deseja aprimorar-se na redação empresarial.

A partir desta introdução, na qual já são apresentados conceitos in-dispensáveis sobre a Comunicação, percorremos um caminho cujo objetivo é adquirir conhecimentos que ajudem a redigir melhor. A lição 1 traça um paralelo entre a Redação Literária e a Redação Téc-nica, discutindo as qualidades que se deve buscar e as ferramentas necessárias para os dois tipos. A lição 2 traz dois elementos impor-tantes para a escrita de documentos: o estilo linguístico e a estéti-ca dos textos, procurando oferecer exemplos concretos tirados da bibliografia disponível. A lição 3, por sua vez, procura apresentar diferenças entre a Redação Oficial e a Redação Empresarial, com relevância na finalidade e formato dos documentos. Finalmente, a lição 4 serve de apoio gramatical para o redator, ferramenta esta que ele deve sempre ter à mão.

Bom Estudo!

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lição 1004G/11Redação

Técnica

lição 1004G/11Redação

Técnica

Uma leitura rápida destas defi nições já indica o caminho que nos espera: uma preparação gradual que leve à capacidade de “redigir corretamente” e “escrever com ordem e método”. Comecemos por conhecer um pouco mais do processo de comunicação humana.

Ao término desta lição, você será capaz de:

w identifi car a Função de Linguagem mais apropriada para cada pro-cesso de comunicação;

w conhecer os elementos de um processo de comunicação;w compreender a importância de se melhorar a produção textual;w reconhecer a signifi cação das palavras;w diferenciar as modalidades de redação;w perceber as qualidades do texto;w buscar ferramentas de auxílio apropriadas para a produção textual.

1. A Teoria da Comunicação

A comunicação é um processo contínuo em nossa vida. Começamos a nos comunicar com a nossa mãe já no útero e, a partir de então, passa-mos por um treinamento contínuo para sermos entendidos e entender o mundo a nossa volta. Veja:

Antonio Houaiss

Redação Literária eRedação Técnica

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RedaçãoTécnica12/004G

Capitão ao Sargento Ajudante:- Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol, deter-mino que a companhia esteja formada, com uniforme de campanha, no campo de exercício, onde darei explicações em torno do raro fenômeno que não acontece todos os dias. Se por acaso chover, nada se poderá ver e, neste caso, fi ca a companhia dentro do quartel.

Sargento Ajudante ao Sargento de Dia:- Sargento! De ordem do meu capitão, amanhã ha-verá um eclipse do sol, em uniforme de campanha. Toda a companhia terá de estar formada no campo de exercício, onde seu capitão dará as explicações necessárias, o que não acontece todos os dias. Se chover, o fenômeno será mesmo dentro do quartel.

Sargento de Dia ao Cabo:- Cabo! O nosso capitão fará amanhã um eclipse do sol no campo de exercício. Se chover, o que não acontece todos os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de campanha o capitão dará a explicação necessária, dentro do quartel.

Cabo aos Soldados:- Soldados! Amanhã, para receber o eclipse que dará uma explicação sobre o nosso capitão, o fenômeno será em uniforme de exercício. Isto, se chover dentro do quartel, o que não acontece todos os dias.

A situação apresentada mostra deformações na comunicação e nos leva à conclusão de que ela não correspondeu à verdade. Poderíamos di-zer que a culpa foi das pessoas envolvidas, porque não reproduziram o conteúdo da mensagem na sua totalidade, deformando-o de tal manei-ra que a mensagem fi nal nem de longe se parece com a inicial.

Uma das razões para essa diferenciação é o acréscimo pessoal de cada um dos envolvidos. Contudo, se a mensagem tivesse sido transmitida

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004G/13Redação Técnica

por escrito, o risco de má interpretação te-ria sido bem menor, mas mesmo assim exis-tiria.

Essa é a razão fundamental do nosso curso: não só proporcionar uma comunicação oral mais rica, mas principalmente desenvolver habilidades para uma comunicação escrita correta e eficaz.

Para que a comunicação aconteça, são neces-sários os seguintes elementos:

EMISSOR RECEPTOR

REFERENTE

Canal de Comunicação

Mensagem

Código

O emissor, destinador ou remetente, que é a pessoa ou grupo de pessoas que produzem a mensagem.

a

O receptor ou destinatário, que é a pessoa ou grupo de pessoas que recebem a mensagem.

b

A mensagem propriamente dita, que contém as informações transmitidas.

c

O canal de comunicação ou de contato, que é o meio usado para a transmissão da mensagem.

d

O código, que, no caso de uma mensagem escrita, é a língua. Além da língua, outros códigos poderão ser usados, tais como cores, formas, sinais etc. Para que a comunicação se estabeleça com eficiência, o emissor e o receptor devem utilizar o mesmo código.

e

O contexto ou referente, que é a situação ou objeto a que a mensagem se refere.

f

Quando se escreve ou se lê um texto, é pre-ciso ter consciência do nosso papel na co-municação. Se fizermos o papel do emissor, é preciso que a nossa mensagem seja a mais clara e correta possível; neste caso, devere-mos considerar quais as características so-ciais e psicológicas do nosso receptor, para que a mensagem alcance o resultado dese-jado. O sucesso da sua comunicação estará garantido se você usar adequadamente o

código e as informações de que você dispõe sobre o referente, usar apropriadamente o canal de comunicação, além de ser capaz de produzir uma mensagem que satisfaça às expectativas de quem vai ser o seu receptor.

Se, por outro lado, somos os receptores de uma mensagem, devemos ser capazes de captar qual foi a intenção do emissor (que poderia ser um jornalista, um escritor, um publicitário, um parente, um amigo, o chefe etc.): informar, entreter, vender etc.; é pre-ciso levar em conta toda a trama comunica-tiva para que a nossa leitura se torne mais consciente e mais crítica.

1.1 Linguagem

Qualquer processo de comunicação: a mí-mica, que os surdos-mudos utilizam, ou a chamada linguagem dos sinais; os sinais de trânsito, com suas significações; a transmis-são de dados, seja por sinais ou por códigos: tudo isso está caracterizado como Lingua-gem. No entanto, queremos neste curso to-mar como base a linguagem que se expressa pela palavra humana, fruto de atividades elaboradas mentalmente.

A fala e a escrita são dois tipos de expressão linguística. Na comunicação escrita, os sons da fala (que é essencialmente a linguagem humana) são expressos por meio dos símbo-los gráficos; rigorosamente, ela procura ex-primir o mais fielmente possível os sons, o ritmo, as entonações, os timbres, e até mes-mo supõe gestos e jogos fisionômicos da fala.

1.2 As Funções da Linguagem

Conforme o objetivo que o emissor tem em mente, ele utiliza a linguagem orientando-a para certas funções:

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RedaçãoTécnica14/004G

a) Função referencial ou denotativa: quando o comunicador deseja apenas comunicar algo, dar uma notícia, descrever um objeto, rela-tar ou explicar uma experiência científi ca. Para tal, utiliza-se uma linguagem clara e objetiva, cuidando para que os vocábulos denotem sua real signifi cação.

Exemplos:

Textos científi cos, jornalísticos, técnicos, didáticos etc.

Um indivíduo só pode dizer-se inteiramente livre, no âmbito da comunicação linguística, quando conhece todas as modalidades da língua a seu dispor e escolhe aquela que melhor convém ao momento do discurso. É pouco, portanto, conhecer apenas uma língua funcional ou a sua variante sociolinguística. O ideal é que o indivíduo seja um poliglota dentro da sua própria língua.Conhecer a norma culta, assim, de certa forma, é sentir-se mais livre para comunicar-se. Norma culta, ou seja, a língua utilizada segundo os pad rões e s t a b e l e c i d o s p e l o s clássicos, pode comparar-se à etiqueta social: não é preciso usá-la para viver, mas é absolutamente indispensável conhecê-la para conviver.( Sacconi, L.A – Não Erre Mais! São Paulo, Atual Editora Ltda., 1990. p. 5)

Saiba Mais “Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera fi car horas sentada fumando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer de amor pungente e coração enfraquecido.”

Clarice Lispector

c) Função apelativa ou conotativa: quando o comunicador busca in-fl uenciar o modo de pensar ou agir do receptor, tomando como base um texto, um fato, antigo ou não.

Exemplos:

Textos publicitários, discursos políticos etc.

d) Função fática ou de contato: quando o comunicador, através de me-canismos adequados tenta, apesar dos ruídos e obstáculos, manter o receptor em contato, de modo que ele receba a mensagem.

Exemplos: Alô, quem fala? Alô, você está me ouvindo?Bom dia, tudo bem ?Hum... hum...Hã, o quê?

b) Função emotiva ou expressiva: quando o comunicador, além de rela-tar algo, o faz acrescentando sua própria impressão pessoal, de modo a causar no destinatário esta mesma emoção, sensibilizando-o.

Exemplos:

Poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

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004G/15Redação Técnica

e) Função metalinguística: quando o comunicador usa o texto para ex-plicar, definir, analisar, criticar, traduzir ou trocar termos e expres-sões da própria linguagem.

Exemplos:

Dicionários e textos que visem à tradução do código ou à elaboração do discurso.

“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.”

Carlos Drummond de Andrade

f) Função poética: quando o comunicador procura realçar os aspectos formais da mensagem; para isso, ele pode lançar mão de recursos especiais como ritmo, rimas, versos: é uma linguagem rica, original e criativa.

Exemplos:

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explicaQue só se vai ao ver outro nascerE o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes

1.3 A Escolha da Função Linguística

Para que a redação seja um ato efetivo de comunicação, o autor deve levar em conta diversos fatores determinantes do tipo de texto a ser produzido. Assim, se a redação for literária, a escolha da função que a linguagem exercerá será diferente daquela encontrada na redação técnica. Vamos conhecer um pouco do texto literário e do texto técnico:

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Redação Técnica16/004G

Texto Literário Texto Técnico

Função emotiva ou expressiva Função referencial ou denotativa

Função apelativa ou conotativa Função metalinguísticaFunção fática ou de contato -

Função poética -

1.4 Justificativas para Melhorar a Redação

O conhecimento das regras gramaticais serve de apoio para uma boa co-municação escrita.

As justificativas fundamentais para a aprimorarmos cada vez mais são:

a) O ato de escrever é um processo contínuo, que estamos sempre apri-morando.

b) O ato de escrever é vivencial, ou seja, está baseado na experiência de vida e no modo como assimilamos as informações que recebemos continuamente.

c) O ato de escrever é social; ninguém escreve só para si mesmo, mas para os outros, de modo a divulgar, discutir, criticar, enriquecer. Este é um processo de mão dupla, uma vez que todos são escritores e leitores ao mesmo tempo.

d) O ato de escrever é profissional. Devemos preocupar-nos em ser ca-pazes de redigir não apenas por prazer, mas prin cipalmente, e é isso que importa aqui, para nos sairmos bem em situações de trabalho.

1.5 Significação das Palavras

Antes de entrarmos no estudo dos tipos de redação, é importante saber que as palavras podem ter seu significado alterado, de acordo com a in-tenção com que são utilizadas.

Quanto a sua significação, as palavras podem ser agrupadas assim:

w Sinônimas: são as palavras que, embora diferentes na forma, são se-melhantes ou iguais no conteúdo.

Exemplos: O céu está nublado.O firmamento está estrelado.

w Antônimas: são as palavras diferentes na forma e opostas no signi-ficado.

Exemplos: A claridade aumenta.A obscuridade diminui.

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004G/17Redação Técnica

w Homônimas: são as palavras que, embora escritas de modo parecido, são diferentes no significado. As homônimas podem ser:

a) Homônimas Homógrafas: são semelhan-tes na grafia, mas diferentes na pronún-cia (timbre fechado e aberto) e no signi-ficado.

Exemplos:A cor do sapato.Aprendi a oração de cor.

b) Homônimas Homófonas: semelhantes na pronúncia, mas diferentes na grafia e no significado.

Exemplos: Lenço de seda.Espero que a febre ceda.

c) Homônimas Perfeitas: iguais na forma (grafia e pronúncia), mas diferentes no significado.

Exemplos: são (verbo); são (sadio); são (santo).

w Parônimas: são as palavras semelhantes na forma (quase a mesma grafia e quase a mesma pronúncia), mas de significados diferentes.

Exemplos: docente = o que ensinadiscente = o que aprende

w De sentido figurado: são as palavras que, além do seu conteúdo denotativo (normal), assumem um conteúdo conotativo (diferente, expressivo).

Exemplos: O doente morreu (sentido denotativo). A tarde morreu (conteúdo conotativo).

2. Modalidades de Redação

Como ponto de partida, vale notar que as cartas e os relatórios são, na maioria das ve-

zes, peças narrativo-descritivas. Iniciemos então por entender o que se espera de nós quando nos sentamos para redigir no local de trabalho. Para facilitar, vamos falar, pri-meiramente, da redação literária, para de-pois nos determos na redação técnica.

2.1 Descrição

Fazer uma descrição é retratar, verbalmente ou através da palavra, alguém, um lugar ou alguma coisa, usando meios adequados para produzir na imaginação do outro uma impressão – a mais semelhante possível – da-quilo que foi descrito. De certa maneira, é fazer com que o outro “veja” ou reconsti-tua mentalmente o que está sendo retratado pela linguagem. As condições para uma boa descrição devem levar em conta as mesmas qualidades de uma pintura: relevo, luz, tex-tura, sombra, perspectiva, cor etc.

Se a descrição for literária, busca-se pro-duzir a emoção estética pela forma com que o objeto ou ser é descrito. Se for uma descrição técnica ou científica, ela retrata uma pessoa, lugar ou objeto, destacando objetivamente seus pormenores com deta-lhes precisos. Seu estilo é conciso, rápido, vivo. Pode-se ainda distinguir as descrições estáticas das animadas, em que o ser ou ob-jeto descrito está, ou não, em movimento.

2.2 Narrativa

A narrativa acontece quando representa-mos, por meio da palavra, um acontecimen-to ou uma série de acontecimentos, fictícios ou reais.

Os elementos centrais de uma narrativa são três: os personagens, as ações e as ideias; esses elementos estão estreitamente interli-gados e são inseparáveis. Os dois primeiros formam a matéria da narrativa e as ideias formam o seu significado; quanto à impor-tância, os personagens se destacam porque são eles que vivem o enredo.

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Redação Técnica18/004G

Silogismo - dedução formal em que, postas duas proposições, as premissas, dela se tira uma terceira, a conclusão.

A narrativa é muito importante porque é impossível viver sem ela, uma vez que no nosso dia a dia estamos sempre narrando algo, um fato que nos aconteceu, um sonho, uma viagem... Não há povo sem narrativa, ou seja, sem história.

Podemos encontrar dois tipos de narrativa: a de ficção e a real. A narrativa de ficção busca, ao relatar os acontecimentos, re-produzir a vida para que ela seja sentida através de termos afetivos ou psicológicos. A linguagem torna-se pessoal, subjetiva, capaz de criar uma nova realidade a partir dos dados intuitivos do artista. A narrativa real (ou técnica) relata o mais objetivamen-te possível os fatos. É o caso da História, da Ciência, e sua finalidade principal é infor-mar, instruir, utilizando o recurso de uma linguagem mais impessoal.

2.3 Dissertação

Quanto à dissertação, convém logo distin-guir seus dois tipos: a dissertação objetiva e a subjetiva. Na primeira busca-se expor, oralmente ou por escrito, um ponto básico. A dissertação objetiva supõe o exame crítico de uma questão, e sua finalidade principal é instruir e convencer, transmitindo co-nhecimentos dos mais variados campos da Cultura: Arte, Ciência, Filosofia etc. Para a estruturação de uma dissertação objetiva, geralmente, parte-se da organização das ideias, formando um raciocínio, na maior parte das vezes, do geral para o particular, dedutivamente, é o chamado silogismo.

tuitiva do autor, que ele apresenta de modo criativo. Essa modalidade de dissertação tem caráter literário e só pode ser classi-ficada como dissertação se nela estiverem constituídos argumentos lógicos e ordena-ção intencional das ideias de modo a levar a uma conclusão. Sem essas características, o texto torna-se apenas uma simples descri-ção com impressões pessoais.

Encontramos dissertações na vida profis-sional, na propaganda, nos pareceres de avaliação pessoal, nas cartas reivindica-tórias etc. Não pense, porém, que os gêne-ros narrativo, descritivo e dissertativo são sempre encontrados isoladamente. Os três podem estar presentes em um só documento de forma a um completar o sentido do outro, embora sempre haja a predominância de um deles.

3. Estrutura de Texto

Antes de falarmos na estrutura do texto, va-mos analisar a estrutura frasal, porque um texto compõe-se de frases, obviamente. As pessoas, quando escrevem, costumam usar mais ou menos as mesmas palavras. Não se deve esquecer, entretanto, que o valor ex-pressivo das palavras pode variar de pessoa para pessoa e que, dependendo do contexto em que se insere a frase, a mesma palavra pode ter sentidos variados.

Na estrutura da frase, encontramos vocá-bulos que são básicos para o seu sentido, denominados palavras reais. São eles: verbo, substantivo, adjetivo e pronome. As demais palavras são elementos de ligação, sendo chamadas de instrumentos gramaticais. São eles: artigos, preposições e conjunções.

Exemplo:

O chefe criticou a secretária do diretor.

Palavras reais: chefe, criticou, secretá-ria, diretor

Instrumentos gramaticais: o, a, do

A dissertação subjetiva é a exposição de uma visão pessoal do autor, na qual ele ma-nifesta sua opinião e suas impressões, com a finalidade de sensibilizar e conquistar o leitor. É subjetiva porque, ao lado dos argu-mentos e do raciocínio, surgem elementos de ordem psicológica baseados na vivência in-

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004G/19RedaçãoTécnica

Quanto mais técnico for o texto, mais usa-rá palavras como verbos, substantivos, ao passo que adjetivos e advérbios são mais adequados para textos literários. É por isso que se diz que quanto maior o número de substantivos, maior a informação.

Quando se produz um texto, utiliza-se uma seleção de material linguístico adequado, a saber: escolhem-se as palavras, as frases, a função linguística e a modalidade de orga-nização do discurso, ou seja, se vai ser uma narração, descrição ou uma dissertação.

Três fatores são fundamentais para a obten-ção de um texto bem estruturado:

UNIDADE COERÊNCIA ÊNFASE

Além da estética. Esses três primeiros fato-res (e outros) serão estudados mais detalha-damente a seguir, quando trataremos das qualidades do bom texto, ao passo que a estética será discutida na lição 2, em Estilo e Estética.

4. Qualidades do Texto

Um texto de qualidade é aquele bem estru-turado. Com relação aos detalhes, quando se fala em qualidades do texto, são neces-sárias: clareza, concisão e coerência. Mas será que todos os textos bons são claros, concisos e coerentes? Dois textos, um literá-rio e outro técnico, podem ser considerados ótimos, sem contudo haver qualquer ponto em comum entre eles. Então, é preciso alar-gar o leque das qualidades textuais para chegarmos às características universais da boa redação. Os requisitos mencionados a seguir foram tirados de vários autores, pro-curando dar uma ideia bastante ampla do que se espera de um texto de qualidade.

4.1 Unidade

Do ponto de vista da unidade, o texto deve apresentar uma ideia e um objetivo único a alcançar. Ela pode ser desenvolvida através

de defi nições, apresentação de exemplos, pormenores, comparações e contrastes, provas, ou pela apresentação de causas e consequências.

4.2 Adequação

Para alguns autores, a adequação é a regra primordial a ser buscada pelo redator. É ela que vai orientar quando utilizar as outras qualidades do texto, de modo a atingir os objetivos que a mensagem propõe. Se, por exemplo, você vai tratar de um assunto de-sagradável com um cliente, a escolha de ex-pressões que suavizem o signifi cado do que é preciso informar será melhor aceita que uma frase “nua e crua”.

4.3 Concisão

Dizemos que um texto é conciso quando ele é breve, resumido, sucinto. Entre um texto longo e cheio de detalhes e outro conciso, destinatários com pouco tempo disponí-vel preferirão os últimos, obviamente. Em vista disso, sempre que for possível, é me-lhor ir direto ao assunto e não fi car dando voltas intermináveis para dizer o que real-mente importa.

Alguns conselhos para um texto conciso:

Contenha-se para não redigir um texto excessivamente detalhado.

Vá direto ao assunto e evite preâmbulos desnecessários.

Atenha-se ao assunto e não acrescente informações irrelevantes.

Ao mesmo tempo em que você deve evi-tar períodos muito longos, pois difi cul-tam a compreensão, é necessário tomar cuidado com o excesso de frases curtas, pois muitas frases curtas produzem um texto fi nal mais longo.

Procure conhecer a medida de concisão, ou seja, de quanto espaço você dispõe (ou prefere) para o seu texto. Artigos científi cos ou jornalísticos, relatórios ou despesas de correio podem limitar o

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RedaçãoTécnica20/004G

tamanho da redação (uma folha a mais numa carta que vai ser enviada para muitas pessoas faz a maior diferença no preço total da remessa).

4.4 Clareza

No mundo repleto de informações em que vivemos, nem sempre é fácil apresentar nossos argumentos de forma clara. Antes de mais nada, é preciso estar consciente de que nem sempre o que é claro para você será claro para o seu destinatário, porque as pessoas não encaram as situações pelo mesmo ângulo. Da mesma forma que a con-cisão, a clareza é antes de tudo uma ques-tão de atitude. É preciso querer ser claro. É preciso “entrar na pele” do outro, sentir como ele sente, ver como ele vê. Se formos capazes disso, con seguiremos uma comuni-cação efi caz.

O segredo é raciocinar como o destinatário: se ele for uma criança, raciocine como uma criança; se ele for um adolescente, a mesma coisa. Se ele for um cliente, ponha-se no lu-gar dele!

Sempre é bom observar algumas regras práticas:

Escolha bem as palavras. Evite demons-trar erudição, utilizando termos tirados direto do dicionário. Além disso, convém afastar-se dos estrangeirismos, das pa-lavras de sentido ambíguo, vago e dos termos técnicos fora do conhecimento do seu leitor.

sos é preferível abrir mão da concisão em benefício da clareza para atingir o objetivo desejado.

Ligue adequadamente as ideias para não correr o risco de apresentar as informa-ções como peças independentes. As pa-lavras de ligação (conjunções, advérbios) são instrumentos efi cazes para isso.

Opte pela linguagem acessível para a maioria dos leitores. O redator habili-doso é aquele capaz de dizer coisas pro-fundas de modo fácil, e não coisas fáceis e simples de modo complicado.

4.5 Coerência

Quando se diz que uma pessoa é incoerente, quer dizer que ela fala uma coisa e faz ou-tra. Este é o exemplo mais comum. No tex-to escrito, incoerência consiste em um texto confuso, contraditório ou sem um sequen-ciamento apropriado de ideias. Há vários pontos em que o texto precisa apresentar coerência:

Coerência interna do texto, o mesmo de evitar contradições fl agrantes, como é o caso do funcionário que diz que não está buscando outro emprego, mas se aparecer uma oferta vantajosa... O certo seria dizer que, no caso de aparecer uma oferta vantajosa, ele pensaria em mudar de emprego.

Coerência com a realidade, de modo a transmitir a informação que realmente conta. É como o caso da pequena empre-sa que divulga entre seus clientes uma capacidade de produção que ela não está aparelhada para suportar. Coitados daqueles que acreditarem e coitados da-queles que mentirem...

Ligação de ideias. Esta é uma recomenda-ção parecida com o tópico sobre clareza. Um texto uniforme e coerente precisa apresentar as ideias e fatos relacionados de modo que facilite ao leitor acompa-nhar o raciocínio apresentado.

Erudição - instrução vasta e variada, adquirida sobre tudo pela leitura.

Evite o uso de adjetivos e advérbios (quando usados com valor qualifi cati-vos), termos que afetam a precisão da frase, já que podem refl etir um julgamen-to pessoal a respeito dos fatos, objetos ou pessoas.

Utilize o método de desenvolver passo a passo o seu raciocínio para que o leitor possa assimilar cada etapa. Nestes ca-

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004G/21RedaçãoTécnica

Uniformidade de tratamento. A credibili-dade do redator será afetada se ele se propõe a falar, por exemplo, das regiões do Brasil e só trata de algumas delas. É preciso dar pesos iguais aos fatos de igual relevância. Por outro lado, se o leitor se propõe a tratar de um assunto polêmico, ele deve apresentar os prós e os contras, aju dando o leitor a formar o seu próprio jul gamento sobre a questão.

Relevância das informações. Tudo que está no texto é pertinente? As informa-ções estão efetivamente relacionadas com os argumentos, com a narrativa, com a descrição que se está fazendo? Todos os dados relevantes estão presentes? A resposta a estas perguntas é muito im-portante para que o autor escreva com coerência e clareza, evitando que o autor tenha a impressão de descuido, desinfor-mação ou má-fé, o que é pior.

Fundamento das conclusões. Se você apresenta uma conclusão, em que se baseia? Em dados concretos ou na sua própria impressão pessoal? Não é coeren-te formular conclusões baseando-se em premissas não apresentadas ou falsas, e em informações que o leitor desconhece.

Fatos e opiniões. Apresentar um fato é informar sobre algo que realmente acon-teceu, cuja descrição esteja coerente com a realidade. Apresentar uma opinião é interpretar os fatos da nossa maneira, segundo as nossas impressões. Misturar as duas coisas pode levar o leitor a uma impressão ambígua quanto ao que é fato e ao que é opinião. Podemos apresentar nossas opiniões sem, contudo, deixar de apresentar os fatos. O segredo é informar o leitor qual é o fato (acontecimento) e qual é a nossa opinião sobre ele.

4.6 Ênfase e Vigor

Por ênfase entende-se a capacidade que um tópico textual tem de sobressair-se entre vá-rios, de for ma a atingir os objetivos do re-dator. Vigor é a capacidade do texto de atrair

e captar a atenção do leitor, provocar nele o que se pretende. Vejamos algumas regras práticas para prender a atenção do leitor:

Escolher o ângulo certo. Um assunto to-mado pelo ângulo errado desinteressa o leitor. Se você vai escrever uma biografi a, busque os pontos capazes de emocio-nar, de prender a atenção de quem lê. Se você vai escrever uma apostila sobre matemática e mostra a importância dela na vida das pessoas citando exemplos interessantes, é possível interessar até mesmo aquele estudante que a detesta. Qualquer assunto deixa de ser chato se for apresentado por um redator habilido-so. É possível escrever sobre astronomia de modo cativante para quem nunca fez mais do que olhar para o céu procurando sinais de chuva.

Direcionar o assunto ao interesse do leitor. Como todos os seres humanos são dotados de necessidades e desejos bási-cos – afeto, segurança, bem-estar físico etc., – um bom texto é aquele capaz de associar o assunto a um destes interesses do leitor, aumentando muito a probabi-lidade de envolvê-lo.

Dialogar com o leitor. Não é muito mais envolvente ler um texto que parece ter sido escrito para nós? Se o leitor se sente parte do texto, sentirá também neces-sidade de reagir a isso, respondendo, opinando, refl etindo.

Usar ilustrações. Um texto se torna mais enfático se utilizamos exemplos, fatos, histórias, casos, analogias, descrições de cenários. Esses recursos são úteis por-que levam o leitor a imaginar com mais nitidez a situação e a envolver-se com ela, tornando-se ansioso para concluir a leitura do texto.

4.7 Elegância

Um texto elegante não é aquele construído com palavras difíceis ou lances geniais de criatividade. Um texto elegante é o que não

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Redação Técnica22/004G

Um conselho bastante útil é registrar em fi-chas tudo o que for considerado relevante em termos de informação. Ao ler um livro, anote frases significativas, ou registre coi-sas interessantes ditas por pessoas em even-tos, entrevistas, reportagens. Nunca tenha preguiça de buscar as informações, seja em qualquer área, porque elas se complemen-tam e nos dão um conhecimento variado, que aprofundaremos quando precisarmos de um tópico mais técnico e específico.

Ainda no que diz respeito à leitura, Richard Steele, um grande escritor irlandês, disse que ela “é para a mente o que o exercício é para o corpo”.

6. Ferramentas do Redator

Redigir se aprende... redigindo!

Ninguém pode afirmar que já está pron-to para fazer uma boa redação se apenas acumulou conhecimentos teóricos, regras, dicas ou orientações, porque, na verdade, é

é desagradável. Evite o sensacionalismo, as piadas de mau gosto, o sarcasmo, o trata-mento desrespeitoso contra membros de um grupo social qualquer, estereótipos precon-ceituosos etc. Fuja das gírias, dos trocadi-lhos pobres e das conclusões óbvias. Repare se a sequência das palavras utilizadas não produz aquele som desagradável, chamado de cacófato, tais como: a boca dela, a fé de Paulo, eu vi ela etc., ou ecos, tais como: Meu patrão ganha um dinheirão vendendo sabão.

4.8 Objetividade

Como o nosso interesse é tratar de técnicas redacionais voltadas para a produção de documentos empresariais, essas qualidade é particularmente exigida em textos técni-cos, jornalísticos, científicos, nos relatórios, ou em quaisquer outros, em que o redator deva expressar-se sem projetar suas opini-ões pessoais.

Você já deve estar sentindo falta de uma qua-lidade fundamental, não é? É isso mesmo, a tão indispensável correção gramatical. Sem ela qualquer texto estaria comprometido, descartado. É por isso que vamos dedicar toda a lição 4 aos pontos gramaticais mais necessários para a prática da redação, seja ela literária ou técnica.

Concluindo o nosso estudo sobre as qua-lidades do texto, uma certeza deve ficar: texto de qualidade é aquele que cumpre bem a sua missão. Trocando em miúdos, o des-tinatário é quem vai dar a palavra final: o texto convence ou não convence, e isso é o que importa.

5. Domínio da Informação

Todo bom redator é aquele que tem o que dizer quando escreve. Não há como re-digir sobre um determinado assunto sem conhecê-lo, senão o texto resultante será fraco e superficial. As melhores fontes de informação são: leitura constante e varia-da, conversas com pessoas bem informadas,

participação em eventos culturais, pesqui-sa etc. Se você não faz isso ainda, comece já. Quanto mais o fizer, mais o seu leque de interesses será ampliado, facilitando muito na elaboração de textos.

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004G/23Redação Técnica

6.2 Dicionários

Alguma vez você já ouviu alguém dizer que o dicionário é o “pai dos burros”? Muito pelo contrário, ele é o pai dos inteligentes, da-queles que não querem errar. No dicionário você encontra o sinônimo mais adequado, a grafia correta das palavras, a regência dos verbos. Lá está a classe gramatical a que a palavra pertence, se é substantivo, adjetivo ou advérbio, além de exemplos de emprego das palavras em frases ilustrativas.

6.3 Livros de Redação e Estilo

Como já foi dito, ninguém é capaz de guar-dar tudo na memória para sempre. Mesmo que você tenha feito um bom curso na área de redação, tenha sempre à mão livros so-bre o assunto, porque no futuro será preciso relembrar uma orientação importante, mas que já foi esquecida por falta de uso.

6.4 Textos de Consulta da Área

Um redator cuidadoso sempre procura consultar livros específicos da área em que atua. Procure sempre os melhores autores, aqueles mais reconhecidos, cujas obras se-jam marcantes e que tenham mais abran-gência quanto aos assuntos e à bibliografia.

6.5 Livros de Consulta Rápida (do tipo “Tira-Dúvidas”)

Estes livros são bons porque foram feitos como um “pronto socorro” da Gramática, listando os assuntos por ordem alfabética ou por assunto.

impossível guardar tudo na memória para usar quando preciso. Além do estudo teóri-co sobre a redação, o redator deve ter outros trunfos, que são as suas ferramentas, um outro arsenal de informações de que ele vai lançar mão à medida que vai necessitando.

Por isso é bom levantar quais são as maio-res dificuldades que o redator encontra na hora de fazer uma redação. Veja esta lista:

w domínio superficial do assunto que vai tratar;

w falta de organização do raciocínio;

w desconhecimento da gramática;

w falta de leitura;

w pontuação inadequada;

w falta de ideias para enriquecer o texto.

Onde buscar o que falta? Vamos discutir a seguir cada uma das ferramentas que você deve ter sempre à mão para um bom texto. Procure nas Referências Bibliográficas as obras que foram fundamentais para a con-fecção deste módulo; certamente elas serão ótimas ferramentas para a redação.

6.1 Gramáticas

Estudar gramática aleatoriamente é cansa-tivo. Experimente consultá-la com uma dú-vida específica a partir de uma necessidade. O estudo vai ter outro sabor, será muito mais proveitoso. Quem de nós já não teve dúvida sobre o uso da crase, colocação pro-nominal, flexão do infinitivo? É nesta hora que a gramática vem em socorro da nossa falta de conhecimento.

Não é necessário ser um profundo conhece-dor da gramática para se tornar um bom re-dator. O que é preciso é saber onde procurar o quê. Para isso deve-se estar familiarizado com a sua estrutura para facilitar a consul-ta. É claro que quanto mais adquirirmos o hábito de folhear a gramática, mais estare-mos aprendendo sobre a língua portuguesa.

Sugestão: 1001 Dúvidas de Português – José de Nicola e Ernani Terra – Editora Saraiva.

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RedaçãoTécnica24/004G

6.6 Periódicos e Internet

A leitura e consulta a bons jornais, revistas e sites pode ser útil porque ajudam o redator a manter-se atualizado com o estilo, os gostos e as formas de expressão de seu tempo. São também ótima fonte de ensina-mento que propiciam uma expressão mais rica e interessante.

6.7 Hemeroteca

Uma hemeroteca é um arquivo de periódicos e artigos. O redator cui-dadoso não deve desprezar informações pertinentes aos seus interesses, organizando um arquivo de notícias e artigos.

7. Como Organizar as Ideias

É frequente as pessoas comentarem que não sabem como começar a redi-gir um texto. Sentam-se com o papel e o lápis, ou em frente ao computa-dor e fi cam longo tempo sem que uma simples ideia ocorra. De início você precisa de um tema - depois é que vai decidir o que escrever sobre ele. Antes de começar, você deve pesquisar o assunto sobre o qual vai es-crever para ter elementos capazes de convencer pelo texto. A primeira regra da boa redação é ter o que dizer sobre o tema. O resto do trabalho fi ca por conta das regras que vamos estudar a seguir. Seguem alguns conselhos práticos:

Planeje o que você vai escrever. Medite sobre o que vai escrever e re-fl ita sobre como vai fazê-lo. Faça um roteiro, escrevendo os assuntos que pretende comentar de maneira ordenada. Deixe um espaço em branco entre os assuntos para poder intercalar um outro tópico que porventura apareça ou para ligar os assuntos entre si. Evite emba-ralhar os assuntos, deixando um sem concluir e depois voltando a ele. Isso, além de tornar confusa a redação, mostra desorganização mental da parte do redator.

Considere o receptor. Ele é um dos componentes fundamentais da comunicação. Podemos chamá-lo de “audiência”, de “destinatário”, de “cliente”, e é ele que vai nortear as suas decisões, o tipo de carta ou relatório, a escolha das palavras etc.

Busque sempre a clareza. Se você escreve para alguém, quer fazer-se compreender, não é? Lembre-se de todas as orientações sobre as qualidades do texto.

Releia, corrija, reescreva, aperfeiçoe. Nunca acredite que um texto preparado já esteja perfeito de primeira. Releia o seu texto verifi can-do se não precisa trocar palavras repetidas ou buscar aquele termo mais exato. Olhe sempre com desconfi ança para o que escreveu. Os bons redatores nunca deixam de revisar seus textos.

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Exercícios Propostos

004G/25Redação Técnica

1 - Para que a redação seja um ato efetivo de comunicação, o autor deve levar em conta diversos fatores determinantes do tipo de texto a ser produzido. Assim, a escolha das funções mais apropriadas para a redação técnica é:( ) a) emotiva, referencial e poética.( ) b) apelativa, referencial e metalinguística.( ) c) poética, referencial e metalinguística.( ) d) referencial e metalinguística.( ) e) fática e referencial.

Leia atentamente o texto e assinale a alternativa correta.

ELE FAZ A CABEÇA DELAS“O cabeleireiro e maquiador Mauro Freire afia a língua e as tesouras para cuidar do visual de Carolina Ferraz, Cláudia Liz, Xuxa, Malu Mader, Zizi Possi e outras estrelas.”

Reportagem de capa da Veja São Paulo, semana de 8 a 14 de fevereiro de 1999

2 - Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta os sinônimos para cuidar e visual:( ) a) tratar e vestir( ) b) tomar conta e tartar( ) c) zelar e vestir( ) d) tratar e aparência física( ) e) tomar conta e clientes.

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Redação Técnica26/004G

3 - Relacione as duas colunas: (1) Adequação(2) Concisão(3) Clareza(4) Coerência(5) Ênfase(6) Elegância(7) Objetividade

( ) a) Ligação de ideias. Fundamento das conclusões.( ) b) Ir direto ao assunto e não ficar dando voltas intermináveis para dizer o que realmente

importa.( ) c) É a capacidade que um tópico textual tem de sobressair sobre vários.( ) d) Não usar gírias, trocadilhos pobres, conclusões óbvias.( ) e) Qualidade é exigida em textos técnicos, jornalísticos.( ) f) Orientar quando utilizar outras qualidades do texto.( ) g) Escolha bem as palavras. Opte pela linguagem acessível.

4 - Assinale a alternativa que apresenta a função de linguagem predominante no verso a seguir:

Ah! Meu amor, não vá emboraVê a vida como chora, vê que triste esta canção.Não, eu te peço, não te ausentesPois a dor que agora sentesSó se esquece no perdão...

( ) a) Emotiva( ) b) Fática( ) c) Referencial( ) d) Metalinguística( ) e) Apelativa

5 - Assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso):

( ) a) O primeiro passo para uma boa produção textual é estabelecer o tema e depois deci-dir o que se vai escrever sobre ele.

( ) b) É o receptor que irá nortear a produção textual, tais como o tipo de carta ou relató-rio, a escolha das palavras etc.

( ) c) Para ser elegante, o texto deve ser rebuscado e contar um vocabulário que exija um alto nível cultural.

( ) d) Estrangeirismos, palavras de sentido ambíguo e termos técnicos são competências de um bom redator.

( ) e) Um texto conciso deve ser breve, resumido e sucinto.

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lição 2004G/27Redação

Técnica

Quando se estuda Linguagem, encontra-se sempre referência aos termos Fala, Discurso, Estilo e Níveis de Fala. Vejamos o que signifi ca cada um desses termos.

Cada indivíduo, culto ou não, quando se utiliza dos recursos linguísticos, o faz particularmente, de acordo com seu temperamento, seu jeito. Assim, Fala (ou Discurso) é o uso da língua comum em uma comunidade linguística. Uma pessoa, ao fazer uso desse código, ou é extravagante, verbalista, rica de imagens, ou é sóbria, econômica, preferindo a simplicidade do vocabulário comum. Aí está o Estilo de cada um, que se manifesta nas escolhas dos recursos linguísticos que o indivíduo faz. Surgem então os Níveis de Fala, que são os variados modos de usar a língua: há o nível comum ou literário, coloquial ou formal, popular ou erudito etc. Desse modo, mesmo se prestando à mul tiplicidade dos estilos, a língua não se desfi gura; ao contrário, torna-se única e íntegra na multiplicidade e na variedade, preservando o seu gênio, a sua índole, submetendo todas as particularizações.

Ao término dessa lição, você será capaz de:

w Compreender os diferentes tipos de estilo de aplicá-los apropriadamente;

w Reconhecer os principais Vícios de Línguagem;w Conhecer e aplicar os tipos de Estética mais utilizados;w Respeitar as Normas Gerais para redação.

1. Estilo

1.1 Defi nição

Estilo: sm. ... 1. Fig. Modo de exprimir-se falando ou escrevendo. Estilística: s2gf. 1. Pessoa que escreve com estilo apurado, elegante. sf. Disciplina que estuda a expressividade duma língua, i.e., sua capacidade de emocionar mediante o estilo.

(Aurélio Buarque de Holanda

Ferreira, O Dicionário da

Língua Portuguesa, Curitiba,

Editora Positivo, 2008).

Estilo e Estética

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Redação Técnica28/004G

Você já deve ter percebido que estilo não é sempre uma ferramenta favorável ao ato de falar ou escrever. É preciso então buscar o domínio dos estilos que são úteis e conhecer os que devem ser evitados para não com-prometer a eficácia redacional.

Para uma pessoa comum, estilo é a maneira própria de expressar seus sentimentos ou os acontecimentos presenciados. Para o redator, estilo deve ser um trunfo, que deve variar de acordo com a circunstância e o receptor. É a capacidade de dizer a mesma frase de modo diferente, é a habilidade de tornar novo o que antes estava desgastado.

1.2 Estilística e Eficácia Redacional

Você já ouviu falar de eficiência e eficácia? Eficiência é realizar a tarefa corretamente, e eficácia é a capacidade de alcançar o obje-tivo, realizando a tarefa certa no momento certo. Neste contexto podemos aplicar os conceitos de estilística e eficácia redacional. Redigir com eficiência pressupõe que você saiba utilizar aqueles recursos e ferramentas já discutidos na lição 1, porque a eficácia da mensagem vai depender da sua criatividade, da escolha de um estilo capaz de produzir no leitor a resposta que você espera.

A esta altura você já deve estar se pergun-tando: o que mais é preciso para um bom texto empresarial? Acredite, você já tem praticamente em mãos tudo para fazer ex-celentes redações. Você já sabe que precisa escolher qual o tipo de texto mais adequa-do ao seu leitor, que esse texto deverá ter qualidades (concisão, clareza, correção, objetividade), que você precisa dominar a informação e as ferramentas necessárias etc. O que lhe falta agora é conhecer os vários estilos de redação, cuja utilização criativa favorece muito a eficácia do seu texto.

1.3 Estilística Fraseológica

Este tópico foi chamado de “estilística fra-seológica” porque os vários estilos que serão

apresentados a seguir estão relacionados com a estrutura da frase.

a) Estilo monótono: é aquele em que o reda-tor demonstra imaturidade na expressão escrita, fazendo uso exagerado das pala-vras e, mas, aí, então. Neste estilo os fatos são apresentados em ordem cronológica, denunciando ausência de esforço na ela-boração da frase.

Exemplo: Estivemos na reunião ontem e não ficamos até o fim, mas achamos que foi boa, só que muito longa e muito cansativa.

b) Estilo lacônico: é o texto parecido com um telegrama, de frases curtas e rápidas. Não há uso de orações subordinadas, porque as frases são breves e bem marcadas por vírgulas e pontos finais. Este modo de escrever pode facilitar a compreensão do texto, porque as ideias ficam mais claras e inteligíveis.

Exemplo: Embarcamos ontem a mercadoria soli-citada. Favor acusar o recebimento.

c) Estilo ladainha: é um modo de expressão que lembra os textos da Bíblia. Há frases encadeadas pela conjunção coordena-tiva e, tornando a linguagem um tanto familiar, facilitando a compreensão das ideias.

Exemplo: Nossos clientes aceitaram os preços e condições e prometeram uma resposta o mais breve possível...

d) Estilo complexo e obscuro: é o preferi-do das pessoas prolixas, retóricas, que gostam de impressionar pelo excesso de pormenores, de adjetivos, de advérbios, de frases longas, nas quais há excesso de quês e porquês.

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004G/29Redação Técnica

Exemplo: Dirijo-me a V.Sa. porque nossa última reunião não foi satisfatoriamente conclusiva, visto que nem todos os assuntos foram a contento discutidos, fato que desagrada a nossa humilde empresa e desagradará também, tenho certeza, a empresas do tipo da sua.

e) Estilo truncado: é aquele em que o redator opta por separar orações subordinadas entre si através de pontos finais. Este é um estilo mais de acordo com a linguagem popular, em que a utilização das conjunções subordinativas se torna inviável. Compare as frases do exemplo.

Exemplo: Não vá à reunião, se não tem nada a acrescentar. (oração subordi-nada)

Não tem nada a acrescentar? Não vá à reunião!

f) Estilo desdobrado: é a característica de autores que iniciam uma frase mas não sabem como terminá-la. Tornam-se escravos de explicações sem fim, em que sempre há motivo para outras frases adicionais, excesso de vírgulas, parênteses, travessões.

Exemplo: O diretor pensa em tirar férias no próximo mês (ele tentou tirar no mês passado, isto é, novembro, mas não conseguiu), já que está cansado (também precisa cuidar da saúde) e não quer deixar que suas férias se acumulem, então pediu que lhe comunicasse sua decisão.

g) Estilo dinâmico: neste estilo, o redator utiliza frases curtas, incisivas e agradáveis, em que muitas vezes o verbo é dispensado. É um estilo cuja estrutura da frase aproxima-se das máximas e provérbios.

Exemplo: Cada um na sua.

Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.

1.4 Recursos Estilísticos Favoráveis e Desfavoráveis

Como mostra o tópico anterior, estilo é o que não falta. Contudo, a utilização de um ou outro requer bom senso e conhecimento do desti-natário. Nas relações comerciais e empresariais devem ser evitados os estilos monótono, complexo, obscuro e desdobrado, porque prejudicam a compreensão do texto. Os outros estilos podem ser utilizados, tendo-se o cuidado de observar o seguinte:

O estilo lacônico pode ser útil porque é dinâmico, e em virtude de sua brevidade torna mais fácil a compreensão do texto. Este recurso é satisfatório para redatores e empresários cuja prioridade é apro-

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Redação Técnica30/004G

veitar bem o tempo, sem se perder com redações e leituras longas e complicadas. No entanto, se o destinatário for exigente em matéria de linguagem, esse estilo pode se revelar inadequado.

O estilo ladainha, como favorece a com preen são pela linguagem familiar, pode apresentar resultados positivos se o redator demons-trar habilidade na sua utilização; caso contrário, o uso excessivo da conjun ção e pode ser prejudicial à eficácia do texto por torná-lo cansativo.

O estilo truncado pode trazer criatividade à linguagem, tornando eficaz a mensagem. Utilizado como recurso estilístico, dá ênfase à frase, tornando o período mais solto, mais rico e expressivo.

O estilo dinâmico confere beleza e agilidade à frase. Este recurso, porém, só será adequado quando não trouxer ambiguidade pela au-sência do verbo.

1.5 Outras Recomendações

Chamamos sua atenção para três outros fatores que podem prejudicar a eficácia da sua redação: a utilização de expressões triviais e clichês, da linguagem figurada, e de certas palavras e verbos. É claro que escrever bem e com estilo depende de treino e persistência. Mas o estilo que já é seu pode ser melhorado com alguns hábitos cuja aquisição deve ser priorizada, como: conhecimento do vocabulário, estudo da gramática, análise literária, leitura constante e refletida. Vejamos os fatores con-traproducentes mencionados:

a) Uso de expressões triviais e clichês. Quem, por preguiça ou igno-rância, lança mão de frases feitas e gastas, palavras cujo significado não domina completamente, termos supérfluos, arrisca seriamente a eficácia da sua mensagem. Procure sempre revisar o seu texto, tornando-o limpo, livre de palavras repetidas e de ideias secundárias e enfraquecedoras que podem tirar a força da ideia principal.

b) Uso de linguagem figurada. O uso da linguagem figurada requer ha-bilidade e domínio no manejo da língua, sendo adequado para quem pretende demonstrar suas qualidades de redator literário. Deve ser evitada na linguagem empresarial , pois aí não é a imaginação que deve ter papel relevante, mas a informação. Ao usar a linguagem figurada, você corre o risco de ser mal interpretado.

c) Palavras e verbos que se devem evitar. Existem palavras e verbos que nada acrescentam ao texto. São as chamadas palavras “parasitas da prosa”, que nada acrescentam, ou são as de sentido amplo, incapazes de dar ao texto empresarial precisão e clareza necessárias. Veja uma lista delas:

w Verbos: ser, ter, haver, estar, permanecer.

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004G/31Redação Técnica

Incorreto Corretorúbrica rubrica

excessão exceção

abóboda abóbadacidadões cidadãos

Exemplos: Estava com receio de lhe falar.

Receava falar-lhe.

A empresa tinha-lhe proporcionado bons salários.

A empresa proporcionara-lhe bons salários.

w Palavras “parasitas da prosa”: efetivamente, certamente, além disso, tanto mais, por outro lado, definitivamente, a dizer a verdade, por sua parte, por seu lado, na verdade.

w Palavras de sentido amplo: bom, capital, conjuntural, desejável, estrutural, feliz, lucrativo, notadamente, rápido, sobremodo, so-bretudo, útil, rico, pobre.

1.6 Vícios de Linguagem

Como o próprio nome já diz, vício de linguagem é uma agressão ao idioma pela utilização errônea de palavras e expressões.

Os vícios de linguagem devem ser conhecidos para que seu uso seja evitado. São eles:

a) Barbarismo - são palavras empregadas com erro na sua grafia, pronúncia ou forma.

Exemplos:

Também constituem barbarismos a troca de parônimos (eminente por iminente, diferir por deferir etc.), o emprego de estrangeirismos desnecessários (menu em vez cardápio), ou expressões viciadas por outros idiomas (todos os dois em vez de ambos os dois: influência do francês).

b) Solecismo - é o erro no uso da sintaxe, isto é, da concordância, da colocação ou da regência.

Exemplos: Errado a Houveram muitos problemas.Certo a Houve muitos problemas.Errado a Ele visava uma posição melhor.Certo a Ele visava a uma posição melhor.Errado a Esta carta é para mim ler.Certo a Esta carta é para eu ler.

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Redação Técnica32/004G

c) Arcaísmo - é o erro ao usar palavras ou expressões que já caíram em desuso.

Exemplos: Vossa Mercê em vez de VocêBoticário em vez de farmacêutico.

d) Plebeísmo - é o uso inadequado de pa-lavras ou expressões triviais ou de gíria.

Exemplos: Este cara é muito competente...

Esta secretária é um troço.

e) Pleonasmo vicioso - é a repetição de palavras e expressões, tornando a ideia redundante.

Exemplos: Entrou para dentro.Encarou de frente a questão.

f) Ambiguidade - é a construção sem cui-dado que permite ao leitor duas inter-pretações.

Exemplos: O diretor repreendeu a secretária em sua sala. (na sala de quem?)

Venceu o São Paulo o Vasco. (quem venceu?)

g) Hiato - é a utilização de várias vogais causando um som desagradável.

Exemplos: Sou eu ou ainda é o outro?

Já há alguns anos...

h) Cacófato - é o som desagradável produ-zido pela junção de palavras, produzindo palavra ridícula ou até obscena.

Exemplos: Ela ganha até quatro mil por cada tra-balho.

Você reparou na boca dela?

i) Colisão - é a sequência das mesmas consoantes numa frase.

Exemplos: O rato roeu a roupa da rainha.

Eram sociedades viciadas em ganhos fáceis.

j) Eco - é o uso de palavras que rimam numa frase, sem que haja intenção para isso.

Exemplos: Tenho a impressão de que a ocasião é propícia para a promoção.

Meu superior não me dá valor.

Na lição 4 damos uma lista de palavras de grafia duvidosa, que ajudarão na escolha correta quanto ao significado. Nessa mesma lição, você verá também o emprego de algu-mas classes de palavras, onde estão listadas as expressões de utilização mais comum e seu significado.

2. Estética

2.1 Definição

Quando se trata de documentos técnicos, é a estética que vai dispor os vários elementos ao longo do papel, transformando a peça escrita em algo agradável de se ler.

A estética vai além da mera distribuição dos parágrafos em uma folha de papel: é a escolha do espaçamento entre parágrafos, o tamanho das margens, onde colocar data, assinatura, número de referência...; é preciso levar em conta, além disso, que alguns tipos de documentos têm sua própria estética. Na lição 3 serão apresentados vários modelos e será possível observar a estética apropriada para cada um.

Quem dispõe de computador não fica isento do cuidado com a estética. Este equipamento fa-cilita muito o trabalho porque a tela já mostra como o documento vai sendo criado até estar

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004G/33Redação Técnica

b Distribua o documento na página de modo que o texto fique harmoniosamente espaçado; se a parte escrita é pequena, não amontoe tudo na parte de cima da página. Por outro lado, preste atenção para não deixar só a assinatura ou uma frase final para a segunda página.

Estabeleça uma estética padrão a ser seguida para os vários tipos de documentos, cuidando para que outras pessoas que trabalham com você conheçam este padrão. Isso facilita o trabalho de quem precisar substituí-la, evitando a confecção de um documento totalmente estranho aos seus.

c

Observe também a estética própria para os envelopes. Os serviços de correios costumam orientar quanto à melhor maneira de dispor o texto no corpo do envelope, para permitir a leitura das máquinas de triagem de correspondência. Procure seguir fielmente estas indicações que evita rão extravio ou devolução de corres pondências. Na lição 3, quando estivermos apresentando modelos de documentos, mostraremos também um envelope devidamente pronto para ser entregue aos Correios.

d

a Use sempre (quando houver) o papel timbrado da sua empresa, evitando amassá-lo ou vincá-lo enquanto o manuseia.

pronto para ser impresso em sua forma final. E antes da impressão final é o momento em que as devidas correções ou melhoria de distribuição de texto precisam ser feitas, para que se obtenha um documento perfeito. Se o documento for impresso antes disso, algo pode estar errado e o resultado será um desperdício de tempo, papel e tinta de impressão.

Um documento bem elaborado e com estética impecável representa a empresa e as pessoas que o redigiram e assinaram. Observe estas dicas:

2.2 Tipos de Estética (Estilos) Utilizados

Quando se fala em estética também se fala em estilo. Neste caso, estilo estético é o formato da correspondência, a distribuição do texto pelo papel e as margens e espaçamentos adotados. Então, quando falarmos em estilo bloco, ou semibloco, estamos nos referindo à estética, e não à linguagem.

2.2.1 Correspondência Oficial

A correspondência oficial costuma ter seus próprios padrões estéticos, definidos em documentos especificamente publicados para orientar não apenas nesse aspecto, mas em outros, tais como a finalidade, a forma e a estrutura dos documentos, a sua origem e destinação.

Dentre os documentos oficiais mais conhecidos destaca-se o ofício, cujo padrão estético apresenta normas rígidas em sua forma e em sua estrutura. Apenas para ilustrar (porque a correspondência oficial vai ser apresentada com maiores detalhes na lição 3), apresentaremos nas páginas seguintes os estilos estéticos do ofício, do memorando e do fax.

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Redação Técnica34/004G

(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 42).

Esta é a folha nº 1 do ofício (observe como a estética do documento oficial é detalhada); sua continuação está na página seguinte.

Brasília, 27 de fevereiro de 1991.Ofício nº 524/SG-PR

Senhor Deputado,

Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão am-paradas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).

2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressaltava a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características socioeconômicas regionais.

3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, §1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.

4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão enca- minhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da so-ciedade civil.

A Sua Excelência o SenhorDeputado (Nome)Câmara dos Deputados70.160 – Brasília – DF

5,5 cm

Exemplo de ofício

6,5 cm

10 cm

1,5 cm5 cm

2 cm

1,5 cm2,5 cm

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004G/35Redação Técnica

(Fls. 2 do Ofício nº 524/SG – PR, de 27.2.91).

5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas.

6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome e cargo do signatário)

1 cm

2,5 cm

2,5 cm

1 cm

(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 43).

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Redação Técnica36/004G

Exemplo de memorando

Memorando nº 19/DJ Em XX de XXXX de XXXX.

Ao Sr. Chefe do Departamento de AdministraçãoAssunto: Administração, Instalação de microcomputadores

Nos termos do “Plano Geral de Informatização”, solicito a Vossa Se-nhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.

2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de “disco rígido” e de monitor padrão “EGA”. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um “processador de textos”, e outro “gerenciador de banco de dados”.

3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.

4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará uma mais racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome e cargo do signatário)

4 cm

1 cm

4 cm

A seguir apresentamos o modelo estético de memorando segundo as normas da redação oficial. Na redação empresarial a estética do memo-rando é bem mais flexível.

(Fonte: Manual da Presidência da República, p. 54).

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004G/37Redação Técnica

IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO EXPEDIDOR(Nº DE FAX)

(ENDEREÇO E TELEFONES)

DESTINATÁRIO: _______________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Nº DE FAX: ______________________________________ DATA: ______/ _______/ _______

Nº DE PÁGINAS: ESTA + ___________________ Nº DOCUMENTO: ___________

MENSAGEM

(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 58).

Abaixo damos um modelo de formulário para fax, de acordo com as regras dos documentos oficiais. Este formato também pode ser apro-veitado para a correspondência empresarial.

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Redação Técnica38/004G

2.2.2 Outros Documentos Considerados Oficiais

Como será explicado na lição 3, existe uma série de documentos cuja classificação como oficial ou empresarial é polêmica. Dada sua fina-lidade, optamos por chamá-los de “outros documentos considerados oficiais”, porque são documentos cuja origem ou destino é um órgão público. Por exemplo, se você precisa de um atestado, dependendo do tipo, ele vai ser fornecido (ou solicitado) por órgão público: segurança pública, escola pública, área da saúde pública. Da mesma forma, outros documentos, como o requerimento ou a declaração, podem ou não ser considerados documentos oficiais. Veja um modelo de atestado.

...........................................................................................................................................(Órgão)

...........................................................................................................................................(Unidade)

ATESTADO

........................... Atesto, para fins de prova junto à ......................................., que o Sr. ............................................., ocupante do cargo .................................., para o qual foi nomeado por Decreto de ..................................................., não responde a processo

administrativo.

Brasília, ....... de ...................... de ..............

(assinatura)

3 espaços

11 espaços

2 espaços

3 espaços

12 esp.

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 105)

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004G/39Redação Técnica

Timbre

Declaramos, sob as penas da lei, que ......................................................,

sociedade constituída de acordo com as leis de New York, Estados Unidos da América do

Norte, com sede em ................................... continua proprietária de .......................... ações

nominativas, representando R$ ........................................ do capital social dessa sociedade.

Estas ações estão representadas pelas seguintes características:

Nº de Ações Ordinárias Numeração das Ações Valor das Ações

Nº de Ações Preferenciais Numeração das Ações Valor das Ações

São Paulo, XX de XXXXX de XXXX.

(assinatura do representante legal)

(assinatura do contador – CRC nº)

11 esp.

(por extenso)

(por extenso)

3 espaços

3 espaços

2 espaços

DECLARAÇÃO

Veja agora um modelo de estética própria da declaração.

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 107)

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Redação Técnica40/004G

2.2.3 Correspondência Empresarial

Os tipos estéticos mais utilizados são aqueles que facilitam o trabalho: sem entrada de parágrafos, sem divisão silábica no fim da linha, com todas as frases alinhadas na margem esquerda. Os outros tipos devem ser mostrados porque as pessoas podem preferi-los e porque nas corres-pondências oficiais ainda se usa o parágrafo recuado e outros detalhes específicos. Na lição 3, quando mostrarmos os vários modelos de docu-mentos, deixaremos clara a visualização da sua estética.

O requerimento também é um documento cuja estética é bem definida. Observe o modelo:

Fórmula de encerramento

Data

Assinatura

Invocação

____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

7 esp.

11 esp.

12 esp. 3 esp.

Fórmula de encerramento

Data

Assinatura

2 esp.

2 esp.

3 esp.

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 120)

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004G/41Redação Técnica

_________________________________ 1

___________________ 2 3 ________________

___________________ 4

___________________ 5

______________________6

_________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________ 8

parágrafo com entrada de 5 toques

7

___________________ 9

mar

gem

dire

ita rí

gida

15 a 20 esp. 5 a 10esp.

Veja a seguir três tipos de estilo estético, utilizados para as cartas.

a) Estilo Endentado ou Semibloco

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa G. Neiva e José A. Rosa, Editora STS, p. 141)

Este estilo apresenta data alinhada à direita, parágrafo com entrada de 15 a 20 toques (ou espaços), margem alinhada à direita e assinatura do signatário à direita, mas sem alinhamento com a margem.

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Redação Técnica42/004G

b) Estilo Bloco

No estilo bloco, não há preocupação com a margem direita alinhada, nem o parágrafo apresenta entrada. A data continua alinhada à direita e o signatário está posicionado no mesmo lugar que no estilo endentado ou semibloco.

___________ 2 3 _________________

_______________ 4

___________________ 5

___________________ 6

___________________________________________

_________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

__________________________________________

_________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

7

___________________ 8

5 a 10esp.

15 a 20 esp.

_________________________________________ 1

margem direita solta

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa G. Neiva e José A. Rosa, Editora STS, p. 142)

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004G/43Redação Técnica

___________________ 2

________________________ 3

___________________ 4

________________ 5

___________________ 6

___________________________________________

_________________________________________

___________________________________________

___________________________________________ 2

___________________________________________

___________________________________________

________________________________________

7

_______________ 8

___________________ 9

15 a 20 esp.

__________________________________1

5 a 10esp.

margem direita solta

sem cortes nas palavras

(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa G. Neiva e José A. Rosa, Editora STS, p. 143)

c) Tipo Bloco Compacto

Este é, sem dúvida, o estilo mais prático e vem sendo largamente uti-lizado na correspondência empresarial. Pode ser adotado para cartas, memorandos, comunicações internas, relatórios etc.

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Redação Técnica44/004G

2.2.4 Correspondências Particulares

Não precisa necessariamente obedecer a qualquer padrão, porque o que vale é a in-formalidade, a liberdade de expressão. Se as pessoas que se correspondem são íntimas, a carta pode ser manuscrita. Se for social ou cerimoniosa, deve ser digitada. Este último tipo engloba as cartas de apresentação, as de candidatos a emprego e as de demissão. Neles encaixam-se perfeitamente a carta-bilhete, o cartão postal, os cartões comemorativos de datas, os bilhetes.

2.2.5 Relatórios

Os relatórios têm sua estética semelhante a dos textos longos, seguindo as margens de 3 cm acima e à esquerda e de 2 cm abaixo e à direita. Os parágrafos são separados por espaços duplos e iniciam na margem esquerda, sem recuo. Pode-se optar ou não por uma margem alinhada à direita. O título principal deve vir centralizado no topo da página e com letras maiúsculas. Os demais títulos e subtítulos podem ser numerados, seguindo uma hierarquia para facilitar a montagem do índice. No final, o relatório deve ser datado e assinado pela pessoa que o redigiu. Embaixo e à esquerda, por último, colocam-se as iniciais de quem o redigiu, em letras maiúsculas, seguidas de barra, e as iniciais de quem o digitou, em letras minúsculas.

3. Normas Gerais para Redação

Depois de tudo o que foi falado sobre o ato de redigir, os estilos, o que é favorável e o que não é para a redação, a estética a ser adotada, achamos útil estabelecer passos para o mo-mento em que você se prepara para escrever o seu documento. Esteja sempre certo de que:

w Sabe qual é o objetivo do documento;

w Sabe que tipo de documento deve utilizar;

w Colocou-se no lugar do destinatário para sentir-se como ele;

w Dispõe de informações precisas sobre o fato que motiva á redação;

w Domina todas as palavras necessárias e já escolheu o vocabulário adequado;

w Tem em mente as respostas às perguntas que o destinatário fez em sua correspondência anterior;

w Calculou o tamanho do texto para saber como distribuir na folha de papel;

w Sabe como iniciar, desenvolver e concluir a correspondência.

4. Digitação

A redação de documentos e textos em geral tem utilizado os processadores de texto que são, sem dúvida, uma ferramenta que facilita e agiliza a escrita devido aos diversos recur-sos de que dispõe.

O trabalho de editar e formatar textos no computador torna-se extremamente simples após certo treino, pois os programas são ca-pazes de interagir com o usuário facilitando o trabalho.

Documentos inteiros são gravados em CDs, Pendrives, ou até mesmo enviados por e-mail para serem entregues às editoras quando se trata da publicação de livros. O editor de texto permite que o trabalho seja modificado à vontade antes da gravação e da impressão final. Veja algumas das facilidades disponí-veis nos editores de texto:

w apagamento automático de letras, pa-lavras, linhas, parágrafos ou capítulos inteiros;

w facilidade de disposição dos títulos ou parágrafos à esquerda, centro ou direita da página;

w facilidade de alinhamento de margens;

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004G/45Redação Técnica

w formatação automática de letras com um simples comando (negrito, sublinhado ou itálico);

w inúmeras formas de letras (fontes) disponíveis;

w localização rápida de palavras e substituição com um simples comando;

w possibilidade de mudar de lugar qualquer texto de qualquer tamanho;

w possibilidade de inserção de desenhos ou figuras onde se queira;

w paginação automática;

w inserção automática de números ou letras sequenciais quando se digita os primeiros;

w possibilidade de visualização da distribuição do texto;

w cabeçalhos e notas de rodapé automaticamente inseridos mediante comando;

w possibilidade de correção ortográfica;

w facilidade de gravação e recuperação de textos na memória do com-putador, em CDs, Pendrives, HDs externos ou memórias virtuais.

Há inúmeras outras facilidades, só a utilização contínua e sistemática vai permitir o conhecimento do potencial que um editor de textos pode oferecer.

5. Glossário de Termos e Estética Relacionada

5.1 À atenção de - Aos cuidados de - Em mãos

Indica a quem a correspondência se dirige ou a pessoa que deve ser informada sobre o conteúdo da carta. Esta expressão será impressa no envelope e no corpo da carta.

No envelope:

Metalúgica Rouxinol S.A.At.: Sr. Renato AlmeidaCaixa Postal 5387São Paulo, SP

-

Selo

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RedaçãoTécnica46/004G

No corpo da carta:

A expressão Aos cuidados de _ ou A/C, ou a/c _ é empregada quando a correspondência for entregue por pessoa referida nominalmente.

Se a carta for entregue através de offi ce-boy ou outra pessoa, escreve-se Em Mãos ou E/M no envelope.

5.2 Algarismos

Servem para numerar uma sequência. A estética manda que não sejam usados hífen, traço ou parênteses depois dos números cardinais quando se tratar de títulos e subtítulos, e sim ponto (veja o exemplo a seguir):

REDAÇÃO LITERÁRIA E REDAÇÃO TÉCNICA

1. DEFINIÇÕES2. LINGUAGEM2.1. Signifi cação das Palavras2.2. ...............

Para os algarismos ordinais, não se usa qualquer sinal depois do ordinal:

1o ---------------2o ---------------3o ---------------

Num texto mais longo, caso seja necessária a utilização de números e letras, é sempre conveniente uniformizar o seu uso:

São Paulo, XX de XXXX de XXXX.

Metalúgica Rouxinol S.A.À atenção de Renato AlmeidaCaixa Postal 5387011661-000 - São Paulo, SP

1.2.3.

a. b.c.

1º2º3º

I.II.

III.ou ou ou

Recomendamos que nos documentos pequenos você evite misturar nú-meros e letras. Dê preferência, então, aos algarismos cardinais. Se for

Saiba MaisNote que no caso do algarismo romano, a estética manda que se faça o alinhamento à direita.

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004G/47Redação Técnica

as aspas no início do primeiro e após o ponto final do último.

Para citar ou ressaltar uma palavra ou expressão dentro de uma citação, usa-se o apóstrofo, também chamado de aspas simples.

Exemplo: O diretor afirmou: “Só os ‘melhores’ serão promovidos.”

5.5 Aposto

Aposto é o nome que qualifica outro nome. Assim, quando você coloca o cargo ou função que a pessoa que assina a carta exerce na empresa, você está fazendo uso de um aposto.

Exemplo: Roberto de Souza, Diretor.

Note que há uma vírgula separando o nome da pessoa do seu cargo. Note também que não é polido escrever esses nomes em mai-úsculas, que aparecem apenas nas iniciais das palavras.

5.6 Assinatura

É feita logo acima do nome da pessoa e do seu cargo ou função (ver aposto). Não se usa fazer traço para a assinatura. Se a secretária for assinar a carta no lugar do executivo, deverá fazer isso de modo a tornar legível o seu próprio nome, devendo ainda colocar p/ antes do nome do executivo, significando que ela está assinando por ele.

Ana Paula Cardoso,Chefe do Departamento de Projetos.

É extremamente descortês colocar o título na frente do nome do signatário. Se você deseja informar ao leitor a sua profissão, apenas coloque o registro (CREA, OAB etc).

necessário dividir um tópico em mais vezes, aí justifica-se o uso de letras, números ordi-nais e algarismos romanos.

5.3 Anexos

São os documentos que acompanham as correspondências. Se for um só documento, escreva abaixo da assinatura: Anexo único. Se forem vários, escreva: Anexos: 6 (por exemplo). Nos anexos propriamente ditos, escreve-se: no primeiro, Anexo 1; no segun-do, Anexo 2 e assim por diante.

Na redação oficial existem regras próprias para a numeração de Anexos. Veja na lição 3.

Você pode, também, já adiantar quais são os anexos que acompanham a correspon-dência, nomeando-os. Faça a concordância que a gramática exige: Anexas: Duplicatas; Anexos: Cheque e Procuração. Nunca use a expressão “em anexo”, pois trata-se de um vício de linguagem.

5.4 Aspas

Se as aspas abrangem apenas parte de um período, os sinais de pontuação ficam depois delas:

Exemplo:

O diretor afirmou em seu pronuncia-mento que “só os melhores serão recom-pensados”.

Se as aspas abrangem citações integrais, os sinais de pontuação ficam antes delas:

Exemplo: O diretor afirmou: “Só os melhores serão recompensados.”

Se as aspas indicam a transcrição de um parágrafo, mas com a supressão de algumas palavras, usa-se o sinal (...) onde isso ocorre; se as aspas indicam a transcrição de mais de um parágrafo, é suficiente que se coloquem

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RedaçãoTécnica48/004G

Não use: Engo Antonio Cardoso Filho, Chefe do Departamento de Projetos.

Prefi ra: Antonio Cardoso Filho, Chefe do Departamento de Projetos. CREA nº ...........................

5.7 Assunto ou Referência

Pode-se usar Assunto ou Referência antes do vocativo. Serve para resumir o conteúdo da carta e não deve vir sublinhado:

Assunto: Programação de férias.

5.8 Cabeçalho

São os dizeres impressos no início de uma correspondência. Desse conjunto de infor-mações fazem parte o timbre da empresa, o local e a data, o endereçamento e a invocação ou saudação.

5.9 Caixa Postal

Se você vai endereçar uma correspondência para uma caixa postal, não coloque o nome da rua, o número, nem o bairro, apenas o nome da cidade. Não coloque vírgula antes do número nem ponto para separar números superiores a 1.000.

Exemplo:

Metalúrgica Rouxinol S.A. Caixa Postal 5387011661-000 - São Paulo, SP

Preste atenção ao Código de Endereçamento Postal (CEP) que costuma ser específi co para caixa postal.

5.10 Código de Endereçamento Postal (CEP)

O número do código de endereçamento postal é padronizado para todo o país. Ele é composto de cinco dígitos + hífen + três dígitos. Seus números não devem ser lidos por inteiro, motivo pelo qual não se deve

colocar ponto separando milhares (caso haja qualquer ponto, ou vírgula, ou outro sinal, a leitora óptica dos Correios rejeitará a leitura). A maioria das grandes cidades já está codifi cada por ruas. Na cidade de São Paulo você pode encontrar CEPs inclusive para alguns prédios. Quando a sua carta for endereçada para caixa postal, procure o CEP correspondente (lembre-se de que você não colocará o endereço: rua, número e bairro).

Não escreva a palavra “CEP” em frente ao número. Veja a seguir duas opções aceitas pelos Correios:

Exemplo: Mário Henrique SouzaRua Avanhandava, 835 - Bela Vista01306-001 - São Paulo, SP

ou

Mário Henrique SouzaRua Avanhandava, 835 - Bela VistaSão Paulo, SP01306-001

Se você preferir, pode escrever à mão os números do CEP nos quadradinhos cor-respondentes impressos no envelope, mas nunca use tinta de tonalidade aver melhada. Estas mesmas orientações são válidas para o número do CEP no verso do envelope.

5.11 Continuação

Quando você estiver digitando uma carta de duas folhas ou mais, é conveniente colocar, perto do índice, o número da folha e a tota-lidade de páginas, o editor de textos tem um recurso que faz isso automaticamente.

Exemplo: DRH-821/99 fl . 3/5

O seu leitor saberá que está lendo a folha 3 de um total de 5. Não escreva “continuação” na folha seguinte. A correspondência ofi cial tem regras específi cas para continuação.

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004G/49RedaçãoTécnica

5.12 Corpo da Carta

É o assunto da carta, que deve ser apresen-tado em parágrafos e de forma clara, concisa e objetiva. Em média, uma carta tem três parágrafos:

a) informação inicial (apresentação do tema);

b) desenvolvimento do tema;

c) conclusão.

O corpo da carta fi ca entre o vocativo e a despedida ou fecho.

5.13 Cópias

Se for necessário que outras pessoas rece-bam cópia de um documento, isto deve ser indicado no fi nal dele, depois dos Anexos e antes das Iniciais. Mencione assim:

c.: Paulo RibeiroAmélia Cardoso Faria

5.14 Correção de Erros

Embora os editores de texto costumem acu-sar erros, não se deve descuidar, pois há casos que eles aceitam. Portanto, sempre revise o texto antes de impri-lo.

5.15 Data

A data de uma correspondência é muito im-portante, pois pode servir de referência para o seu leitor. Normalmente ela vem separada por vírgula do nome da cidade.

Exemplo: São Paulo, 11 de fevereiro de 2013.

Nunca abrevie o nome da cidade. Se você escreve “S. J. dos Campos”, estará correndo o risco de ser interpretada como “São João dos Campos”, quando quer dizer “São José dos Campos”.

No casos em que o endereço da empresa já aparece no timbre, pode-se suprimir o nome da cidade; mas se a empresa tem fi liais em vários locais, aí é interessante identifi car de onde vem a correspondência.

5.16 Despedida ou Fecho

Atualmente a tendência é simplifi car ao má-ximo os dizeres do fecho de uma carta. Basta que você coloque:

Atenciosamente,ou

Cordialmente,

Se, porém, houver necessidade de enfatizar algo já dito no decorrer da carta, o fecho poderá ser um pouco mais elaborado:

Estamos à disposição de V.Sas. para maiores informações.

Atenciosamente,

Pedro Alencar,Chefe do Departamento de Vendas.

ou

Certos de suas providências, subscre-vemo-nos, atenciosamente.

Pedro Alencar,Chefe do Departamento de Vendas.

5.17 Destinatário

A correspondência não existiria sem um destinatário, não é mesmo? Por isso ele deve ser tratado com toda atenção. Nunca escre-

Não estranhe estarmos chamando de folha o que muita gente chamaria de página. Uma folha é composta de duas páginas: uma ímpar e uma par. Quando falamos em página, precisamos contar a frente e o verso do papel, e não se faz isso em correspondência.

Atenção

Não estranhe estarmos chamando de folha o que muita Não estranhe estarmos chamando de folha o que muita

AtençãoAtenção

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Redação Técnica50/004G

va o nome do destinatário se você não tiver certeza do nome correto. Há pessoas que se ofendem se o seu nome está escrito incor-retamente. Certifique-se também do cargo que a pessoa ocupa, para não correr o risco de errar.

5.18 Grampeamento

Quando a correspondência for remetida pelos Correios, não use grampos ou clipes dentro dos envelopes. Junte cuidadosamente as folhas e dobre-as. Se a correspondência for entregue de outra forma ou for interna, o grampo deve vir no ângulo superior es-querdo, em diagonal. Isto facilita folhear o documento.

5.20 Itens

Em uma divisão ou subdivisão de um texto, cada item recebe uma letra ou um número em sequência. Neste caso permite-se que a letra ou número possa vir acompanhado de parênteses, traço ou ponto:

Exemplo: Deve-se evitar:a) rasuras;b) ambiguidades;c) .....

Obs.: O editor de textos possui um recurso que faz isso automaticamente.

5.21 Maiúscula, Itálico, Sublinhado

As letras maiúsculas prestam-se ao desta-que das palavras, porém, seu uso abusivo sobrecarrega o texto onde aparecem. Evite usar maiúsculas na invocação e no fecho das cartas.

Podemos enfatizar as ideias usando as pala-vras em itálico ou sublinhadas.

Exemplo: As palavras sublinhadas estão em destaque.

5.22 Pessoas Físicas ou Jurídicas

Você pode redigir uma correspondência e dirigi-la a uma pessoa física ou jurídica (em-presa). No caso de pessoa física, você já sabe como endereçar. Para pessoa jurídica, faça o endereçamento da seguinte forma:

Metalúrgica Rouxinol S.A.Caixa Postal 5387011661-000 - São Paulo, SP

No vocativo, escreva simplesmente: Preza-dos Senhores. No resto da correspondência, mantenha o plural nas formas de tratamento para acompanhar a flexão do vocativo.

grampo

Exemplo:

5.19 Valores

Observe as seguintes regras para a escrita de valores:

a) Se o número não couber na linha, usa-se as reticências:

Exemplo: Recebeu um cheque no valor de R$...200,00, referentes ao pagamento de...;

b) É importante, nos documentos, escrever os valores por extenso, entre parênteses:

Exemplo: R$ 200,00 (duzentos reais)

c) Quantias extensas podem ter sua grafia feita no processo misto:

Exemplo: 200 milhões (em vez de 200.000.000).

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004G/51Redação Técnica

de quem vai usar. Então, colocam-se dois xx entre o zero e o código do DDD.

5.26 Vocativo

Também chamado de invocação, o vocativo vem logo após o endereçamento e, se houver, após o assunto ou referência. É a saudação que dirigimos à pessoa ou às pessoas para quem a carta foi escrita:

Exemplo: Prezado Senhor: Prezados Senhores: Prezado Cliente: Senhor Presidente: Senhor Diretor:

Se a carta é dirigida a pessoa jurídica, o vocativo adequado é Senhores, ou Prezados Senhores. Não são mais utilizadas expressões como caríssimo, prezadíssimo, muito digno e outras.

Há quem prefira colocar uma vírgula após o vocativo, ao invés dos dois pontos. Do ponto de vista da sintaxe, ambos estão corretos.

6. E-mail

(Extraído de http://www.eletrica.ufpr.br/graduacao/noturno/docs/te219/TE219-Aula_3_

Email.pdf. Adaptado.)

6.1 Características Gerais

w Facilidade de envio;

w Padronização mundial;

w O destinatário não precisa estar conectado no momento do envio;

w Possibilidade de envio da mesma mensagem a múltiplos destinatários;

w Facilidade de contato com pessoas distantes;

w Possibilidade de anexar arquivos para o envio.

5.23 Pontuação

O uso dos sinais de pontuação está explicado na lição 4. Vamos lembrar agora apenas os dois pontos e a vírgula, em situações espe-cíficas.

Usa-se a vírgula:

a) Exclusivamente para separar a parte inteira da decimal nos números: 2,3; 10,4%; 10,5 cm.

b)Nunca na determinação de hora: 2,30 min.

Usam-se os dois pontos:

1) Na determinação de hora: 23:00 ou 23:30.

2) Nos vocativos de correspondência: Prezado Senhor: Cliente Amigo: Senhor Diretor:

Na lição 4 explicamos outro modo de escre-ver as horas.

5.24 Signatário

É como se chama a pessoa que vai assinar a carta. Não sendo, necessariamente, quem a redigiu.

5.25 Telefone

Ao escrever números telefônicos, atente para os seguintes detalhes: coloque o número do DDD entre parênteses e um hífen separando o prefixo do resto do número:

Exemplo: (0xx11) 5721-3499

Lembre-se de que o número da operadora pode variar entre as várias regiões do Brasil, além de ser também uma questão de escolha

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RedaçãoTécnica52/004G

6.2 Recomendações Gerais para Redigir E-mail

w Trate os outros como gostaria de ser tratado;w Evite o uso das letras MAIÚSCULAS, pois os usuários entendem isso

como “gritos”;w Não utilize linguagem inadequada ou ofensiva;

w Não envie ou reencaminhe mensagens publicitárias;

w Não se envolva em discussões prolongadas e pessoais;

w Antes de reencaminhar pedidos de ajuda, verifi que sua veracidade.

6.3 Cuidados no Uso de E-mail na Empresa

w Tenha muita atenção com mensagens copiadas e a opção responder para todos: a mensagem pode ser inadvertidamente enviada para quem não pode (ou não deve) lê-la!;

w Nunca mande e-mail para alguém de dentro da empresa com cópia para um cliente: o cliente não precisa saber dos procedimentos internos da empresa;

w Responda o mais rápido possível às mensagens recebidas de clientes ou pessoas de fora da empresa. Se o assunto depender de outra pessoa na empresa, responda que encaminhou o assunto e acompanhe o andamento;

w Não use o e-mail da empresa para enviar piadas, mensagens de boas festas etc. Muitas empresas monitoram as mensagens enviadas pelos funcionários.

Cada empresa adota uma Netiqueta própria, que é um Código de Ética para uso da internet – e-mails e comunicadores instantâneos. Consulte sempre o regimento interno da empresa na qual trabalha.

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Exercícios Propostos

004G/53Redação Técnica

1 - Assinale a alternativa que contribui para a complexidade e obscuridade do texto.( ) a) A linguagem técnica.( ) b) O excesso de pormenores, adjetivos e advérbios.( ) c) A ordem indireta.( ) d) A ordem direta.( ) e) A linguagem denotativa.

2 - No estilo dinâmico as frases são:( ) a) curtas, incisivas, agradáveis.( ) b) longas, prolixas, desagradáveis.( ) c) complexas, técnicas, formais.( ) d) curtas, complexas, prolixas.( ) e) longas, complexas, agradáveis.

3 - Indique a frase que contenha vício de linguagem.( ) a) Os cidadãos estavam irritados com a atitude do político.( ) b) Comprei remédio na farmácia da esquina.( ) c) Meu chefe é um homem muito esperto.( ) d) O gerente financeiro mandou subir todos os comprovantes de pagamento.( ) e) Fazem proximamente cinco anos que ele se demitiu.

4 - Assinale a alternativa que melhor apresenta o papel da estética na redação de documentos.( ) a) o estudo do belo, do caráter estético.( ) b) permite flexibilidade ao texto.( ) c) o estilo bloco do texto no papel.( ) d) a organização do texto no papel de forma harmoniosa.( ) e) o formato do documento.

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Redação Técnica54/004G

5 - Assinale a alternativa que mostra a forma correta de indicar na carta que se está enviando duas cópias de recibo anexas.( ) a) Anexando duas cópias de recibo.( ) b) Em anexo: duas cópias de recibo.( ) c) Anexas: duas cópias de recibo.( ) d) Duas cópias de recibo em anexo.( ) e) Anexo: duas cópias de recibo.

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lição 3004G/55Redação

Técnica

Nesta lição, vamos estudar a redação ofi cial e a redação empresarial. Para sermos mais específi cos, vamos tratar da documentação que é gerada nos órgãos públicos e nas empresas privadas.

Ao término dessa lição, você será capaz de:

w Compreender o que se entende por correspondência;w Reconhecer as características da Redação Ofi cical e da Redação

Empresarial;w Conhecer os documentos mais importantes da Redação Ofi cial e

Empresarial.

Com a preocupação de evitar ambiguidades (incertezas, mais de um sentido), achamos importante fazer um comentário sobre as termino-logias utilizadas neste módulo. Como vamos colocar a nossa atenção principalmente na redação da correspondência, é importante ressaltar que ao consultar vários autores que tratavam da elaboração deste tipo de documento, percebia-se diferentes distinções entre o que se entende por correspondência ofi cial e empresarial. Alguns só tratam da cor-res pondência como sendo a comercial, outros dividem a correspondên-cia entre particular e ofi cial. Em geral, na particular relacionam-se cartas, cartões, bilhetes, convites, manuscritos ou não. Como corres -pondência ofi cial entendem-se a profi ssional, que são aquelas trocadas entre empresas, indústrias, bancos, órgãos ofi ciais, e são dirigidas a várias autoridades, tais como diretores, chefes, gerentes, reitores, pro-fessores, engenheiros etc.

Ao passo em que há autores que preferem dividir a correspondência entre ofi cial e comercial. Optamos por esta divisão porque percebe-mos diferenças marcantes entre os dois tipos, dadas as suas naturezas e exigências. De cidimos, no entanto, não utilizar o nome “co mercial” e sim “empresarial”, visto que o primeiro pode restringir a ideia, fa-zendo crer que estamos falando apenas das empresas que produzem

Redação Ofi cial eRedação Empresarial

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RedaçãoTécnica56/004G

e/ou comercializam bens. O termo empresarial é mais abrangente, porque as empresas podem ser bancárias, industriais, comerciais, prestadoras de serviços, de pesquisa científi ca nos vários campos do conhecimento, de ensino etc.

Antes de falar sobre a correspondência ofi cial e empresarial, achamos oportuno defi nir o que é “correspondência”.

Correspondência é um meio de comunicação escrita entre pessoas. É o ato ou estado de corresponder, adaptar, relatar ou o acordo de uma pessoa com outra. É uma comunicação efetiva através de papéis, cartas ou documentos. Por ampliação de sentido, passou a designar todo o conjunto de instrumentos de comunicação escrita: bilhetes, cartas, cir-culares, memorandos, ofícios, requerimentos, telegramas e e-mails.

1. Redação Ofi cial

1.1 Conceito

O conceito de texto ofi cial refere-se aos documentos gerados em órgãos públicos e à correspondência que é trocada entre esses órgãos e pessoas ou empresas e vice-versa. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, “redação ofi cial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações”.

Por essa defi nição, vê-se que a redação ofi cial não trata só de corres-pondências, que chamam de “comunicações”, mas também de outros documentos que são chamados de “atos normativos”.

Dentre os documentos classifi cados como “comunicações” estão:

o padrão ofício, que se divide entre: exposição de mo-tivos, aviso e ofício;

a mensagem; o memorando; o fax; o e-mail.

Dentre os chamados de “atos nor mativos” destacam-se:

as Leis Ordinárias; as Leis Complementares; as Medidas Provisórias; os Decretos; as Medidas Provisórias; as Portarias; etc.

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004G/57Redação Técnica

O Manual de Redação da Presidência da República, que serviu de base para esta con-sulta, vê a redação oficial apenas do ponto de vista do poder executivo. Entretanto, nas outras obras que consultamos, percebemos que os autores tratavam como correspondên-cia oficial outros tipos de documentos, como atestados, declarações, certificados, acordos, diplomas, procurações e uma infinidade de outros documentos. Concluímos então que é uma questão de ponto de vista dos autores: o documento é público se é emitido ou exigido por órgão público, não necessariamente o poder executivo, mas também escolas, dele-gacias, órgãos setoriais da Receita Federal, coletorias etc.

Nesta lição, queremos que você conheça apenas os documentos mais importantes, sem entrar em classificações rígidas.

1.2 Aspectos Gerais

Os documentos oficiais caracterizam-se pela impessoalidade, pelo uso do padrão culto de linguagem e também pela clareza, con-cisão, formalidade e uniformidade. Como a administração pública tem como princípios fundamentais a publicidade e a impessoali-dade, também a elaboração de atos e comu-nicações oficiais devem ser norteados por esses princípios.

Os atos normativos de qualquer natureza devem ser prontamente entendidos pelos cidadãos, como é de direito e, em vista dessa publicidade, não se concebe que um documento oficial seja redigido de forma obscura.

1.3 Características Específicas

Além das características gerais definidas no item 2, cada tipo de documento oficial tem suas características específicas, que serão apresentadas na sequência. Estas caracte-rísticas prendem-se a sua finalidade, forma e estrutura.

Além disso, não se pode deixar de observar que as comunicações oficiais exigem obser-vância do uso dos pronomes de tra tamento, na maneira de fazer os fechos para as co-municações e na identificação do signatário.

1.3.1 Pronomes de Tratamento

A utilização dos pronomes de tratamento encontra, na redação oficial, seu uso mais próprio e tradicional. Desde o século XVI, este modo de tratamento indireto (ver lição 4) já era utilizado também para os ocupan-tes de determinados cargos públicos. Com a evolução de alguns pronomes de tratamento e a queda de uso de outros, as formas de tratamento chegaram aos dias de hoje e são, na redação oficial, o modo mais adequado de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.

1.3.2 Fechos para Comunicações Oficiais

Nas comunicações oficiais, o fecho tem dupla finalidade: concluir o texto e saudar o destinatário. O Manual de Redação da Presidência da República estabelece o em-prego de somente dois fechos para todo tipo de documento da redação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

1.3.3 Identificação do Signatário

Todas as demais comunicações oficiais, exceto a assinada pelo Presidente da Re-pública, devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, impressos abaixo

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Redação Técnica58/004G

do local da assinatura. A finalidade é identificar rapidamente a origem das comunicações.

(espaço para assinatura)NOME (em maiúsculas)Secretário-Geral daPresidência da República

Evite isolar a assinatura em folha de continuação. Se o espaço for insu-ficiente para a assinatura, passe para a folha de continuação ao menos a última frase anterior do fecho (na redação empresarial a estética manda que as duas últimas linhas sejam deixadas para a folha de continuação).

2. Documentos Oficiais

Os documentos discutidos a seguir são alguns daqueles constantes do Manual de Redação da Presidência da República. Não vamos apresen-tar todos, apenas os mais comuns, já que certos documentos são de uso exclusivo de autoridades do alto poder público.

2.1 Padrão Ofício

O termo “padrão” é utilizado aqui porque três documentos diferentes na sua finalidade seguem um mesmo formato. São eles: a exposição de motivos, o aviso e o ofício. Estes três tipos de documentos têm a mesma estrutura.

Vejamos suas partes:

a) Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão:

EM nº 145/MEFPAviso nº 145/SGOfício nº 145/DP

b) Local e data em que foi redigido, digitado com alinhamento à direita:

Rio de Janeiro, em 22 de setembro de XXXX.

c) Vocativo, seguido de vírgula:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Senhora Ministra,

Senhor Secretário,

d) Texto. Quando o documento não servir meramente para enca-minhar outros, o expediente apresentará a seguinte estrutura:

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004G/59Redação Técnica

w introdução, que serve como parágra-fo de abertura. Empregue sempre a ordem direta: “Informo Vossa Ex-celência que”, “Encaminho a Vossa Senhoria”, “Submeto à apreciação de Vossa Excelência”;

w desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado. Se o texto apresentar mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser expostas em pará-grafos distintos, para maior clareza;

w conclusão, em que é reapresentada ou simplesmente reafirmada a po-sição recomendada para o assunto.

No desenvolvimento do texto, à exceção do primeiro e do fecho, todos os demais pará-grafos devem ser numerados a fim de facilitar a referência.

e) Fecho (ver item 1.3.2 desta lição).

f) Assinatura do autor da comunicação.

g) Identificação do signatário (ver item 1.3.3 desta lição).

Os documentos padrão ofício, quando tiverem mais de uma folha ou anexos, devem trazer, a partir da segunda folha, e em todas as folhas dos anexos, o seguinte cabeçalho:

Fl. (indicar nº) da EM nº 145/MEFP, de 22.09.XX.

ou

Fl. (indicar nº) do Anexo à EM nº 145/MEFP, de 22.09.XX.

Este texto deve estar a pelo menos 1 cm (centímetro) da borda superior da folha; nas folhas em que já constam outro cabeçalho, ele deve iniciar-se a 2,5 cm dele.

Observe as medidas em centímetros para a estética do padrão ofício:

w margem esquerda: 2,5 cm;w margem direita: 1,5 cm;

w tipo e número do documento: horizontal-mente, a 2,5 cm da borda esquerda do papel e verticalmente a 5,5 cm da borda superior;

w local e data: horizontalmente, alinhados à direita, a 6,5 cm da borda superior;

w vocativo: a 10 cm da borda superior do papel; horizontalmente, com avanço de parágrafo;

w avanço de parágrafos do texto: 2,5 cm; o texto deve ser iniciado a 1,5 cm ou a três espaços simples do vocativo;

w espaço entre parágrafos do texto: 1 cm;

w fecho: centralizado, a 1 cm do final do texto;

w identificação do signatário: 2,5 cm do fecho.

Além destes detalhes, o Aviso e o Ofício trazem o destinatário ao pé da folha com alinhamento à esquerda, a 2 cm da borda inferior.

Veja na lição 2, item 2.2, a estética própria dos documentos oficiais distribuída ao longo da folha.

Falávamos no início deste tópico que os do-cumentos do padrão ofício têm finalidades diferentes:

a) A Exposição de Motivos é o documento dirigido ao Presidente da República por um Ministro de Estado ou um Secretário da Presidência para informá-lo de deter-minado assunto, propor alguma medida ou submeter a sua consideração determi-nado projeto de ato normativo.

b) O Aviso e o Ofício são praticamente idên-ticos; a diferença entre eles é a origem. O Aviso é expedido exclusivamente por Mi-nistros de Estado, Secretário-Geral da Pre-sidência da República, Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Mi-litar da Presidência da República e pelos Secretários da Presidência da República e

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Redação Técnica60/004G

para autoridades de mesma hierarquia. O Ofício é expedido para e pelas demais au-toridades. A finalidade de ambos é tratar de assuntos oficiais entre os órgãos da Ad-ministração Pública e, no caso do ofício, também com particulares.

2.2 Mensagem

Não vamos entrar em detalhes a respeito deste documento, dada a sua utilização restrita aos Chefes dos Poderes Públicos. Se você precisar saber mais, pode buscar a informação no Manual de Redação da Presidência da República (ver referências bibliograficas).

2.3 Memorando

Por ter caráter meramente administrativo, o memorando tanto pode ser utilizado interna-mente nos órgãos oficiais quanto nas empre-sas, entre setores de mesmo ou de diferentes níveis hierárquicos. Sua finalidade é expor projetos, ideias, diretrizes, comunicar fatos e sua característica fundamental é a agilidade. Nos órgãos públicos recomenda-se que os des-pachos sejam dados no pró prio memorando ou em folha de con tinuação, simplificando o procedimento burocrático.

As regras para a forma e a estrutura do me-morando apresentadas a seguir são nortea-das pela redação oficial.

a) Número do documento e sigla de iden-tificação (estas informações devem ficar na margem esquerda superior do expediente):

Memorando nº 25/DJ (nº do documento: 25; órgão de origem: Departamento Jurídico);

b) Data (deve aparecer na mesma linha do número e da identificação, alinhado com a margem direita):

(1) (2)

(1) Memorando nº 25/DJ

(2) Em 23 de agosto de XXXX.

c) Destinatário do memorando: menciona-se o cargo ocupado pelo destinatário, ao alto do documento, depois dos itens a e b:

Ao Sr. Chefe do Departamento de Pessoal Civil

d) Assunto: resumo do conteúdo do do-cumento, digitado em espaço simples quando se estender por mais de uma linha:

Assunto: Programação de férias. Pagamento de pessoal.

e) Texto: desenvolvimento do corpo da comu-nicação. Deve iniciar-se 4 cm verticais a partir do item assunto. Os parágrafos começam na margem esquerda do texto, exceto o primeiro e o fecho.

f) Fecho: Atenciosamente ou Respeitosa-mente, conforme o caso (ver item 1.3.2).

g) Nome e cargo do signatário da comuni-cação: 4 cm verticais após o fecho.

Quanto à estética, veja um exemplo de me-morando na lição 2, logo após o exemplo de ofício.

Na redação empresarial, os memorandos são redigidos seguindo regras bem mais flexí-veis. Algumas empresas optam por utilizar

A ideia de memorando também está ligada ao registro de fatos e lembretes. Na terminologia jurídica, memorando significa nota diplomática enviada de um país para outro, sobre determinada questão.

Saiba Mais

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004G/61Redação Técnica

um formulário próprio, que pode ser digitado ou escrito à mão. Veja o modelo apresentado no fim desta lição.

2.4 Fax

O fax serve principalmente para transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, que depois são remetidos pelas vias normais.

Pode-se optar pelo uso ou não de formulário para a sua transmissão. A boa estética manda que ele seja simples, devendo constar sempre os dados essenciais (data, número de ordem, para quem e de quem, assun-to, texto e assinatura). O tipo de letra a ser usado deve ser adequado levando-se em conta possíveis problemas de transmissão, evitando que o destinatário tenha dificuldades para ler o texto escrito.

No final desta lição, você poderá encontrar um fax elaborado para a redação empresarial.

2.5 E-mail

Atualmente, quase todo tipo de comunicação é feita por e-mail. Ele permite uma comunicação rápida e encaminhamento de documentos escaneados como anexos. Algumas regras para seu uso merecem ser observadas:

2.5.1 Regras Específicas para E-mail Empresarial

No corpo do texto, utilize o sistema bloco, sem parágrafos avançados;

Não perca tempo tentando dar muita estética ao texto, pois nem sempre o receptor o receberá da mesma maneira;

Redija mensagens breves;

Não redija relatórios no corpo do e-mail. Envie-os como arquivos anexos;

Ao enviar anexos, certifique-se que quem o receba possui o programa adequado para abri-lo;

Não use expressões como :-) ;-):-| vc. kd. tc. – isso só pode ser usado em bate-papo ou em e-mails informais;

Não utilize imagens de fundo ou outras decorações no seu e-mail, pois além de aumentarem o tamanho da mensagem, podem impedir a visualização no programa usado pelo destinatário.

(Extraído de http://www.eletrica.ufpr.br/graduacao/noturno/

docs/te219/TE219-Aula_3_Email.pdf.

Adaptado)

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RedaçãoTécnica62/004G

2.6 Outros Documentos Considerados Ofi ciais

2.6.1 Atestado

Você já precisou de um “Atestado de Bons Antecedentes”? Quem o fornecia era a De-legacia de Polícia, um órgão da segurança pública. Esse é o motivo por que alguns au-tores consideram o atestado um documento ofi cial. Nada impede, porém, que o atestado seja fornecido por entidades particulares e até por pessoas físicas. Dividimos os atesta-dos em dois tipos:

- os pessoais: que podem ser emitidos por qualquer pessoa que conheça o interes-sado. Nesse caso, a redação é feita na primeira pessoa:

Atesto para os devidos fi ns, que .........

- os funcionais ou profi ssionais: fornecidos por empresas, médicos, dentistas, secre-tários etc.

Fulano de tal, diretor do ........ atesta que o Sr. Pedro Raimundo Souza .......

- os padronizados: são aqueles que seguem um formato preestabelecido pela adminis-tração: Atestado de Frequência, Atestado de Saúde etc.

2.6.2 Declaração

Este documento é semelhante ao atestado, a diferença está apenas na finalidade. O atestado é expedido em relação a alguém, enquanto que a declaração é sempre feita em relação a alguém quanto a um fato ou direito. Na declaração pode-se prestar um depoimento, dar uma explicação em que se mani festam conceito, opinião, resolução ou

ob servação. Veja um modelo de declaração na lição 2.

As declarações podem ser de dois tipos:

- pessoal: é o pronunciamento de alguém sobre algo que lhe foi proposto (declara-ção de dependente, por exemplo);

- administrativa: quando pedida pelo inte-ressado e fornecida por autoridade com-petente (declaração de rendimentos, por exemplo).

A declaração tem um formato bem defi nido e sua estrutura apresenta:

Timbre.

Texto - nele devem constar o nome do declarante (sua identifi cação pessoal ou profi ssional, ou ambas) e sua resi-dência, domicílio, fi nalidade:

“Declaro” ou “Declaramos” + exposição do assunto.

Local e data.

Assinatura (com emitente e cargo descrito). Em alguns casos, assinatura e identifi cação das testemunhas.

2.6.3 Requerimento

O termo “requerimento” signifi ca “petição”, pedido. Este documento pode ser feito por pessoa jurídica ou física, solicitando a uma autoridade pública um direito de concessão de algo sob o amparo da lei.A estrutura do requerimento é a seguinte:

Vocativo - cargo da autoridade a que se dirige (não é preciso colocar seu nome):

- Ilustríssimo Senhor... (quando o trata-mento for Vossa Senhoria)

- Excelentíssimo Senhor... (quando o tra-tamento for Vossa Excelência)

Obs.: Hoje já se admite abreviar o vocativo.

Saiba MaisVeja na lição 2 um modelo de atestado que segue as normas dos documentos considerados ofi ciais.

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004G/63Redação Técnica

Texto - o texto do requerimento deve conter as seguintes partes:

- preâmbulo, no qual consta a identificação do requerente, com nome, nacionalidade, filiação, estado civil, idade, residência, profissão, car-teira de identidade (CPF, em alguns casos). No caso de o requerente ser pessoa jurídica, qualifica-se o seu representante legal;

- teor, em que se apresenta a solicitação em si mesma. O teor também se refere ao dispositivo legal em que o pedido está baseado (se ne-cessário, apresentar documentação compro batória).

Fecho

- Nestes termos, pede deferimento.- Termos em que pede deferimento.

Local e data.

Assinatura - aqui dispensa-se digitar o nome do requerente, que já está identificado no preâmbulo.

Cuidados a serem observados na redação do requerimento:

w utilize sempre a terceira pessoa do verbo;w redija de forma clara, concisa, simples;w só coloque, no fecho, inicial maiúscula na primeira palavra;w se o requerente for funcionário público, mencione apenas seu nome,

cargo ou repartição onde trabalha;w se o requerente é aluno, mencione nome, série e turma;w o requerimento dispensa qualquer fórmula de saudação.

Veja um modelo de requerimento no final desta lição.

2.6.4 Abaixo-assinado

Abaixo-assinado é um pedido coletivo, por escrito, em que não se co-locam, no início, os nomes dos requerentes, mas apenas uma referência para identificá-los.

Modelo

Os abaixo-assinados, moradores na Rua Monte Alegre, no Bairro das Perdizes, vêm solicitar ao Excelentíssimo Senhor Prefeito desta cidade a instalação de um semáforo na esquina desta rua com a Rua Cardoso de Almeida, visto ser este um local onde ocorrem acidentes constantes.

São Paulo, XX de XXXX de XXXX.

Nome R.G. assinaturaPedro Silva x.xxx.xxx João Moreira x.xxx.xxxLuís Antônio Petrini xx.xxx.xxxetc.

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Redação Técnica64/004G

2.6.5 Apostila

(Extraído da apostila sobre Redação Oficial da Profª Edméa Garcia Neiva, para o trei-namento ministrado na Federação das Indústrias do Estado do Tocantins - FIETO)

“Em sentido oficial, esta expressão é utilizada para indicar uma nota ou se acrescer algum dado à margem de um documento, ou papel público, com a finalidade de ilustrar, completar, comentar ou interpretar este texto. Pode expressar, também, um ato pelo qual o documento é anotado, após ser registrado ou averbado. Apostila-se, portanto, um diploma ou título de nomeação, a fim de que o indivíduo diplomado ou nomeado venha a exercer sua profissão ou cargo.

O apostilamento pode se dar, por exemplo, em registro e alterações na vida funcional de um servidor (promoções, lotação em outro setor, aposentadoria etc. Se por falta de espaço, o apostilamento não puder ser feito no verso do documento, utiliza-se uma folha separada com o timbre oficial e anexada ao documento a que se refere.”

Modelo

APOSTILA

A licença especial a que se refere a presente Portaria fica retificada no período do decênio, que é: 1-3-2002 a 28-2-2012, e não como constou.

Porto Alegre,......de........................de...........

Vice-Reitor

2.6.6 Curriculum Vitae

Curriculum Vitae é o documento que fornece uma visão geral com rela-ção à formação e à experiência profissional de alguém que se candidata a um cargo, curso etc.

Ele pode ser encaminhado por meio de um ofício ou de uma carta de apresentação. Pode ainda ser introduzido por uma resposta de anúncio.

Modelo de resposta a anúncio

São Paulo, 22 de novembro de XXXX.

Senhor Diretor,

Em resposta ao anúncio publicado em O Estado de S.Paulo de 18 de novembro, venho solicitar a inclusão de meu nome entre os candidatos à vaga de..............na sua empresa (estabelecimento de ensino, banco etc.).

Segue anexo meu Curriculum Vitae.

Nome

(Dos arquivos da UFRGS - extraído do livro Redação

Oficial de A.Kaspary)

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004G/65RedaçãoTécnica

Modelo de carta de apresentação

São Paulo, novembro de XXXX.

Prezados Senhores,

Busco perspectivas de realização profi ssional e, por isso, envio-lhes meu currículo para sua apreciação.

Tenho vasta experiência na área de... .

Coloco-me à disposição dos senhores para entrevista pessoal, ocasião em que poderei revelar mais informações sobre meu perfi l e sobre como poderei ser útil a sua empresa.

Atenciosamente,

Nome

Modelo de Currículo: existem muitos modelos de currículos que você pode usar na internet. Veja um deles:

2008 - 2012

2008

(2000)

Nunca envie um Curriculum Vitae pelo corpo do e-mail, faça-o como anexo.

Atenção

Obs.: O modelo dado é apenas uma sugestão. Cada um irá fazer as adaptações

que julgar necessárias a sua realidade.

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Redação Técnica66/004G

2.6.7 Memorial

Memorial é uma forma de comunicação que, de certo modo, abrange o relatório, a exposição de motivos e o abaixo-assinado. Sua caracterís-tica específica é que esse documento parte do funcionário, através dos canais competentes para seus superiores. Nele, o funcionário serve de porta-voz de um grupo.

Quanto ao assunto, o memorial é o instrumento que se destina a solicitar algo à autoridade competente.

Distingue-se do ofício, porque traz o destinatário antes do vocativo.

Modelo

ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO VILA X

Nº 15/XX São Paulo, XX de XXXX de XXXX.

AoDr. Fulano de TalDD. Prefeito MunicipalSão Paulo – SP

Senhor Prefeito,

A Associação do Bairro Vila X vem expor a V. Ex.ª as dificul-dades que este bairro vem enfrentando.

1. Em primeiro lugar, há o problema da falta de calçamento das ruas L, M e N.

2. Em segundo lugar, as ruas X, Y e Z estão às escuras.

3. Por último, tendo em vista a morosidade dos ônibus que servem o bairro, solicitamos a V. Ex.a que coloque a nossa disposição mais uma linha de transporte coletivo.

Estamos certos da compreensão de V. Ex.a

Respeitosamente,

BeltranoPRESIDENTE

EF/GH

2.6.8 Monografia

Monografia é o trabalho cuidadoso e exaustivo a respeito de determinado assunto, seja teórico, científico ou filosófico.

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004G/67Redação Técnica

Atualmente, não só nas dissertações de mestrado e teses de doutorado se cumpre a exigência da aprendizagem de forma metódica e científica, mas também nos cursos de graduação.

w Tipos de Monografia

A pesquisa monográfica pode ser:

Experimental: os fatos são controlados e interpretados; é um trabalho inventivo que pede o máximo rigor na experimentação. Aqui a fórmula é controlar todas as variáveis menos uma. Exemplo: examinar a dife-rença entre a capacidade de interpretar textos em turmas de alunos do sexo masculino, com a mesma idade, da mesma cidade, mesma série, porém com situação econômica dife rente. Os dados devem ser trabalhados es ta tisticamente.

Descritiva: aplicada por meio de enquetes e questionários.

Histórica: fatos relatados e interpretados imparcialmente.

Filosófica: questionamento de uma realidade.Quando o pesquisador conta com informantes, o número não deve ser inferior a trinta para que o resultado seja o mais fiel possível.

Quanto ao método adotado, ele pode ser indutivo (do particular para o geral, dos fatos para a teoria) ou dedutivo (do geral para o particular, da teoria para ao fatos).

w Passos para Elaboração de uma Monografia:

Eleição do assunto; Tópicos abordados; Projeto de trabalho;

Eleição de uma bibliografia possível (leitura extensiva);Coleta de dados e fichamento das leituras com a referência completa;

Revisão do sumário;Revisão da bibliografia (leitura aproveitável);

Redação provisória; Redação final.

Eleição do Assunto: é importantíssima a escolha do assunto. Essa seleção se faz de acordo com as inclinações e possibilidades reais de cada aluno, respeitando sua individualidade e preferências. Não será a atualidade ou projeção do tema eleito o fator de sucesso no trabalho monográfico, nem a sua simplicidade, mas a maneira segura e coerente de tratá-lo.

Tópicos Abordados: é muito importante que o assunto seja bem deli-mitado, tendo em vista ser a monografia um estudo exaustivo de um só aspecto do tema.

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Redação Técnica68/004G

Título: deve ser bem específico e correspon-der inteiramente ao conteúdo do trabalho. Títulos gerais não nos dizem nada e são pretensiosos, já que o autor não conse-guirá se aprofundar sobre assuntos muito abrangentes.

Projeto de Trabalho: toda monografia, antes de elaborada, deve ser esquematizada por meio de projeto de pesquisa que indique as etapas hierarquizadas do desenvolvimento. Ressalvando a flexibilidade que deve exis-tir no corpo da monografia, esse esquema poderá ser alterado à medida que o trabalho se desenvolva:

Título geral Justificativa Delimitação do problema Tipo de pesquisa Objetivos

- Objetivos gerais - Objetivos específicos

Método - Fonte - Instrumento - Procedimentos metodológicos - Organização dos resultados

Cronograma Custos Referências bibliográficas

Eleição de Bibliografia Possível (Leitura Ex-tensiva): em complementação à bibliografia propriamente dita, uma série de informações, documentos, dados, artigos, textos serão cuidadosamente coletados e reunidos para um posterior critério seletivo.

Coleta de Dados e Fichamento das Leituras com a Referência Completa: realizada a coleta de dados e seleção da bibliografia, todas as informações e material obtidos devem ser cuidadosamente examinados e fichados. Como parte integrante desse fichamento, as referências completas devem constar nas fichas, para facilitar o trabalho e situar o estudioso.

Revisão do Sumário: face à flexibilidade do roteiro preestabelecido, o sumário pode ser alterado, aumentado ou reduzido em alguns tópicos. Isso se explica, porque, à medida que o estudioso vai se aprofundando, muitas vezes vislumbra uma nova linha de trabalho.

Revisão da Bibliografia (Leitura Aprovei-tável): identificado com o assunto, o autor do trabalho monográfico deve fazer uma tri- agem na bibliografia, reservando-se o direito de excluir ou acrescentar o que for neces-sário. Uma observação importante a fazer aqui é que somente a leitura aproveitável (e citada no corpo de trabalho) deve constar na bibliografia final. A leitura extensiva não deve ser referenciada.

Redação Provisória: a redação, em caráter provisório, se faz necessária uma vez que o trabalho, muitas vezes, pode ser alterado por sugestão do professor/orientador.

Redação Final: a redação final pressupõe um estilo claro, objetivo, conciso, livre de hermetismos e excessos verbais. Às vezes, as repetições e as figuras de um assunto podem anular o valor de um trabalho científico: nunca é demais alertar que o que aparece em um capítulo não deve aparecer em outro, a não ser sob novo enfoque.

w Estrutura do Trabalho Monográfico:

Capa Folha de rosto Prefácio Sumário Lista de abreviaturas, sinais conven-

cionados, ilustrações, tabelas (se uti-lizadas no corpo do trabalho)

Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências Bibliográficas Anexos

Capa: deve conter nome do autor, título do trabalho, unidade de ensino e ano.

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004G/69RedaçãoTécnica

Folha de rosto: deve repetir os dados existentes na capa.

Prefácio: nele colocam-se os dados que não são científi cos, como agra-decimentos, justifi cativa da escolha do trabalho etc. O prefácio não deve ultrapassar uma página.

Sumário: traz os títulos dos capítulos, subtítulos e seções. Observe o modelo a seguir, que é uma parte de sumário:

Sumário

I. COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO

1. CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO ......................................... 231.1 Justifi cativa .................................................................... 231.2 O que é comunicação? ................................................... 231.3 Processo da comunicação ............................................. 231.4 Elementos essenciais ..................................................... 24

1.4.1 Fonte .................................................................... 241.4.2 Emissor ................................................................ 241.4.3 Mensagem ............................................................ 241.4.4 Receptor ............................................................... 241.4.5 Canal .................................................................... 251.4.6 Código .................................................................. 25

1.5 Ruído - Entropia - Redundância ................................. 261.6 Importância da comunicação ....................................... 271.7 A comunicação na publicidade .................................... 27

Listas (de abreviaturas, sinais convencionados, ilustrações, tabelas): quando tais recursos forem utilizados, será necessária uma lista, que deve aparecer antes da introdução.

Introdução: deve ser concisa e mostrar as diretrizes do trabalho (ob-jetivos, metodologia). Na introdução, o autor propõe a problemática e as hipóteses, fazendo também uma pequena síntese do trabalho a ser desenvolvido. A introdução deve ser breve. Caso haja necessidade de estendê-la, faça através de um capítulo introdutório.

Desenvolvimento: é o corpo do trabalho propriamente dito. Nele, o autor prova sua argumentação de maneira direta (demonstrando como verdadeiras suas hipóteses) ou de maneira indireta (comprovando como falsas as opiniões contrárias).

Conclusão: é a síntese do trabalho mo-nográfi co. Assim, ela deve estar contida no desenvolvimento do corpo do traba-lho e não pode contrariar a introdução. É por isso que é aconselhável fazer a introdução junto com a conclusão, no fi nal do trabalho.

A redação da introdução deve ser confrontada com a da conclusão para evitar incompatibilidade de raciocínio.

Atenção

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Redação Técnica70/004G

Referências Bibliográficas: além de ser refe-renciada cientificamente, deve corresponder aos autores citados no corpo do trabalho. Assim, não podem aparecer livros que, apesar de lidos, não foram aproveitados na elaboração. Do mesmo modo que a bibliogra-fia não pode deixar de fazer referência aos livros que aparecem no corpo do trabalho.

Anexos: sendo necessária a inserção de anexos, eles devem vir após as Referências Bibliograficas.

3. Redação Empresarial

3.1 Conceito

Redação empresarial é todo e qualquer ato de redigir dentro da empresa, destinando-se a documentar situações das empresas privadas, a estabelecer relações entre elas e pessoas e a promover sua imagem. Trata das transações comerciais e industriais no seu âmbito geral, passando pela publicida-de, propaganda, relações públicas, relações humanas etc.

3.2 Aspectos Gerais

A redação empresarial é bem mais flexível nas suas formas e estruturas que a redação oficial. Ao redigir um texto na empresa, você não é obrigado a seguir fielmente nenhum modelo estipulado, a não ser aquelas reco-mendações sobre eficácia redacional, estilo e estética, que o ajuda a confeccionar um documento de qualidade.

Segundo Teobaldo de Andrade, em seu livro “Para entender relações públicas”, muito embora qualquer forma de correspondência possa ser redigida com cuidado e ser refeita, ela não possui a flexibilidade de uma conver-sação pessoal ou telefônica, principalmente se lembrarmos que muita gente não escreve tão bem quanto fala. A correspondência bem escrita exige esforço e sério treinamento, e pouca gente está disposta a aprender essa difícil arte.

A redação empresarial não visa apenas atender aos objetivos comerciais de uma empresa, mas deve tornar-se um instru-mento poderoso nas suas relações públicas. Cabe a ela projetar externamente a imagem empresarial, contribuindo para a formação de um conceito favorável junto ao público a quem se dirige.

3.3 Características Específicas

Ao contrário da redação oficial, a redação empresarial dispõe de relativa liberdade quanto ao texto e à estética. Dizemos re-lativa porque ela também pode optar por seguir padrões determinados, de re conhecida consagração e eficácia. Mais adiante, no item 5 desta lição, apresentaremos modelos de documentos empresariais, logo em seguida aos modelos de documentos oficiais.

4. Documentos Empresariais

Há uma grande variedade de documentos empresariais, nós optamos por selecionar os mais importantes para que você possa estudá-los com detalhes.

4.1 Ata

Há uma ligeira confusão entre os autores sobre como classificar a ata, se documento oficial ou documento empresarial. Decidi-mos situá-la dentro da redação empresarial, porque na bibliografia consultada não se fala em ata nas comunicações oficiais (nos órgãos públicos). Tomando como base a ideia de que uma ata é um documento de valor jurídico, entendemos a confusão gerada em torno da sua classificação.

A ata é um documento cuja finalidade é registrar o que se passou numa reunião, as-sembleia ou convenção. A convocação para tal evento pode vir a ser divulgada por órgão da imprensa oficial do Estado e em jornais de grande circulação. Normalmente, a ata

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004G/71RedaçãoTécnica

só é válida se for assinada por todos os par-ticipantes da reunião (conforme estatuto da empresa), mas em alguns casos bastam as assinaturas do secretário e do presidente.

Para a confecção de uma ata (chama-se “lavratura”), é preciso observar os seguintes pontos:

• Registra-se a ata em livro próprio, de acordo com a lei. Na primeira página do livro deve constar o Termo de Abertura, autorizado por órgão competente, e ao fi nal faz-se o Termo de Encerramento, datado e assinado por pessoa autorizada. A ata pode também ser feita em folhas soltas, tamanho ofício, para publicação no Diário Ofi cial do Estado;

• Deve ser redigida sem espaços, de modo a evitar introdução de modifi cações (fraudes);

• O texto deve ser conciso e claro;

• Devem-se evitar rasuras, emendas ou en-trelinhas no texto;

• A redação deve produzir um texto com-pacto, evitando-se entrada de parágra-fos. Se forem utilizados, os parágrafos devem ser numerados;

• As retifi cações, se houverem, serão feitas em ata seguinte;

• No momento da redação, quando ma-nuscrita, constatado um erro, usa-se a expressão corretiva “digo”. Se a incorre-ção foi notada após a redação de toda a ata, recorre-se à expressão “em tempo”, que é colocada no fi nal, seguida do texto emendado.

Exemplo:

Em tempo: na linha onde se lê “17h30”, leia-se “18h30”;

• Os números são escritos por extenso;

• Quando a ata se refere a procedimentos rotineiros, pode-se utilizar um formato

padronizado, com o preenchimento de formulário próprio.

Basicamente, uma ata é constituída por:

a) Título: número de ordem da ata e identi-fi cação da reunião.

b) Texto: abertura - dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso); local da reunião; relação e identifi cação das pessoas pre-sentes; declaração do presidente e secre-tário; ordem do dia.

c) Fecho: encerramento - é quase sempre padronizado:

“Nada mais havendo a tratar, o presidente declarou encerrada a reunião, da qual eu .... lavrei a presente ata, que depois de lida e aprovada vai assinada pelo ......, e por todos os presentes.”

Outro exemplo para fechamento de ata:

“Nada mais havendo a tratar, foi a sessão suspensa pelo tempo necessário à lavratu-ra desta ata, no livro próprio e, reaberta a sessão, foi a mesma lida e aprovada, e vai ser assinada pelos acionistas presentes. Dela se extraem 6 (seis) cópias para fi ns legais.”

Veja o modelo de uma pequena ata no fi nal desta lição.

4.2 Carta

É o documento empresarial que serve não somente ao relacionamento empresarial, mas também para projetar a imagem da empresa. Além do conteúdo, sua boa apresentação é fundamental (redação, estética, papel) para causar no primeiro contato uma impressão de ordem, competência, organização.

A estrutura da carta compõe-se de:

Timbre e endereço Número de Ordem ou de Controle

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RedaçãoTécnica72/004G

Data Destinatário Vocativo ou invocação Assunto ou Referência Corpo da Carta Despedida ou Fecho Assinatura do Responsável Iniciais Cópias Anexos

retirados de um cadastro e utilizados para propaganda, principalmente.

Uma circular informando mudança de número de telefone está disponível no fi nal desta lição.

4.4 Comunicação Interna (CI)

Como já foi dito quando estudamos o me-morando, em algumas empresas este docu-mento é uma comunicação interna (CI). Em outras, porém, os dois tipos de documento são utilizados distintamente: no memoran-do, a forma e a estrutura são mais parecidas com as da carta; a CI é uma comunicação rápida e informal, na maior parte das vezes servindo para encaminhar outros documen-tos. Algumas empresas somente adotam a CI que, por sua vez, toma a forma e a estrutura de uma carta. Veja no fi nal desta lição um modelo de CI utilizando um impresso simples e prático.

4.5 E-Mail

O e-mail é, atualmente, a maneira mais fácil e rápida de se comunicar. A própria empresa confi gura o e-mail de seus fun-cionários, que deve seguir um padrão de fundo, cabeçalho e assinatura.

O item 6 da lição 6 explana de maneira bastante clara as vantagens e as regras do seu uso.

4.6 Recibo

É o documento em que se declara ou se con-fessa o recebimento de alguma coisa. Normal-mente faz parte da escrita particular, mas, em empresas de pequeno porte, o recibo integra a documentação corriqueira, havendo necessi-dade de ser redigido toda vez que transações isoladas são feitas com fi rmas prestadoras de serviços ou com pessoas físicas.

Para redigir um recibo não é necessário ob-servar regras muito rígidas. Observe o recibo ilustrado no fi nal desta lição.

Saiba Mais

Os itens: Número de Ordem ou de Controle, Assunto ou Referência, Cópias e Anexos não são obrigatórios, mas os demais devem constar em sua carta. Imagine alguém receber uma correspondência sem data, ou sem destinatário, ou ainda sem assinatura.

4.3 Circular

É a correspondência adequada para tratar de assunto de interesse geral e, por isso mesmo, é dirigida a vários destinatários ao mesmo tempo. A circular pode ser interna ou externa e é utilizada para:

lançamento de produtos; mudança de endereço ou telefone; aumento de preços; abertura/fechamento de agências ou

fi liais; decisões da direção para conhecimento

de todos; etc.

A circular deve ser redigida de maneira tal que o destinatário sinta que foi escrita para ele. Deve ser assinada uma por uma e o nome do destinatário, se individualizada, deve constar do seu endereçamento.

Um bom exemplo de circular são as cartas que recebemos utilizando os recursos de mala direta, quando nossos endereços são

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004G/73Redação Técnica

4.7 Contrato

Contrato é um acordo entre duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) para estabelecer, modificar ou anular uma relação de direito. O assunto pode ser o mais variado possível: compra, venda, prestação de serviços etc. Um contrato de maior seriedade e com implicações jurídicas deve ser feito por um advogado.

Modelo de Contrato Simples

Por este instrumento particular, Paulo Sousa, brasileiro, casado, co-merciário, residente e domiciliado na rua X, 12 - ap.1, nesta Capital, e João de Alencar, brasileiro, solteiro, pintor, residente e domiciliado na rua Y, 23, também nesta Capital, contratam a pintura da residência do primeiro contratante, conforme orçamento e condições apresentadas.

O preço total combinado (incluído o material) é R$ 10.000,00 (dez mil reais), pagos proporcionalmente à execução do serviço. O prazo máximo previsto para a entrega da referida pintura é dia 30 de novembro de XXXX.

Porto Alegre, 01 de outubro de XXXX.

Paulo Sousa João de Alencar

Assinatura das testemunhas:

Modelo de Contrato Social

Fulano de Tal, brasileiro, casado, ator, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua ........................... nº ........, inscrito no CPF sob nº............ e Fulana de Tal, brasileira, solteira, maior, atriz, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua ............................ nº ........, inscrita no CPF sob nº ..................., resolvem, pela melhor forma de direito, e através do presente instrumento de contrato social, constituir uma sociedade civil sob as cláusulas que se seguem:

- I - O tipo jurídico da sociedade é o de cotas de responsabilidade limitada, responsabilizando cada sócio até o valor total do capital.

- II - O objetivo da sociedade é a produção e apresentação de peças tea-trais, inclusive organizar, reorganizar, executar quaisquer serviços afins da sociedade.

- III - A sociedade terá sua sede nessa Capital, na Rua ................................................................. nº..............

(modelo apud Dileta Silveira Martins e Lúbia Scliar Zilberknop,Português Instrumental, p. 151)

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Redação Técnica74/004G

- IV - A sociedade girará sob a denominação social do OÁSIS – Produções Artísticas.

- V - A administração e uso da denominação social será exercida por ambos os sócios, inclusive a documentação relacionada com movimentação bancá-ria, contratos com terceiros, procurações, vendas ou aquisição de imóveis. Também serão necessárias assinaturas conjuntas dos sócios.

- VI - O capital social é de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) divididos em cem cotas de R$ 10.000,00 (dez mil reais) cada uma, totalmente integra-lizado neste ato em moeda corrente nacional e tendo sua distribuição na forma que abaixo se discrimina:

Sócio Cota ValorFulano de Tal.................... 50 cotas............ R$ 500.000,00Fulana de Tal.................... 50 cotas............ R$ 500.000,00

- VII - A sociedade é por prazo indeterminado, sendo seu início de ativi-dade contado da data de assinatura do presente contrato.

- VIII - O balanço geral obrigatório será levantado anualmente a 30 de junho, e os resultados serão divididos proporcionalmente à participação no capital de cada sócio, tendo a destinação que for dada aos mesmos.

- IX - O pró-labore por efetivo exercício de atividade será estabelecido em comum acordo pelos sócios.

- X - Nenhum sócio poderá alienar suas cotas sem permissão escrita do outro, que exercerá sobre terceiros o direito de preferência na aquisição, proporcionalmente à participação de cada um no capital social.

- XI - O cotista que desejar retirar-se da sociedade deverá apresentar aviso prévio, por escrito, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, e, nesse ínterim, serão levantados o inventário e o balanço geral, para apuração dos haveres ou obrigações que lhe tocarem proporcionalmente, devendo, em qualquer caso, proceder-se à liquidação dos débitos ou créditos em 12 (doze) prestações mensais, iguais e sucessivas contadas da data de assinatura do distrato ou alteração social.

- XII - A sociedade se dissolverá nos casos legalmente previstos.

- XIII - E, por acharem plenamente de acordo com o que acima consensual-mente estabelecem, assinam, na presença de duas testemunhas, o presente instrumento de contrato social, emitido em 4 (quatro) vias de igual teor e forma.

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004G/75Redação Técnica

Porto Alegre, 30 de agosto de XXXX.

Fulano de Tal Fulana de Tal

TESTEMUNHAS:(assinatura)(assinatura)

(modelo apud Dileta Silveira Martins e Lúbia Scliar Zilberknop, Português Instrumental, p. 153)

Modelo de Termo de Rescisão de Contrato de Direitos Autorais

EDITORA LETRABELA LTDA., firma jurídica desta Capital, aqui representada por seus sócios, Fulano de Tal e Beltrano de Tal, brasileiros, casados, residentes e domiciliados em Porto Alegre, respectivamente na Rua A, 5 e na Rua B, 3, juntamente com Sicrano de Tal, brasileiro, viúvo, resi-dente e domiciliado em Novo Hamburgo, na Rua X, 7, acordam o seguinte para todos os efeitos de DIREITO: A rescisão amigável do contrato de direitos autorais, assinado entre as partes, em 30 de setembro de XXXX, em todas as cláusulas e condições, não gerando, absolutamente, a partir de agora, nenhum direito ou obriga-ção sobre os mesmos, com a total liberação de todo e qualquer vínculo. O contrato que se rescinde versava sobre a edição do livro VIVER MELHOR, da autoria do segundo contratante.

E por estarem assim justos e acertados, assinam o presente documento em 3 (três) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas.

Porto Alegre, 15 de janeiro de XXXX.

Assinaturas

(modelo apud Dileta Silveira Martins e Lúbia Scliar Zilberknop, Português Instrumental, p. 153)

4.8 Informação

Informação é um esclarecimento prestado por determinado servidor, no exercício de sua função, a respeito de situações reais ou dispositivos legais contidos em um processo. As informações devem ser apresenta-das em itens numerados (algarismos arábicos), desdobrados em alíneas (letras). Se for necessário, pode-se desdobrá-las em capítulos numerados (algarismos romanos).

Após a conclusão e antes da data, pode ser empregada a expressão “À consideração de Vossa Senhoria” ou outra similar.

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Redação Técnica76/004G

4.8.1 Características

A informação é elaborada, respondendo à uma solicitação, e deve conter:

ementa (resumo do assunto)

introduçãocontexto esclarecimentos conclusão

denominação do órgão ou sua abreviatura datafecho

assinatura nome do servidor, cargo ou função

Modelo

Fls. ....CarimboRubrica

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA1ª DIRETORIA DE ENSINO

Processo: 38765/XXREQUERENTE: Fulano de TalAssunto: solicitação de retificação de tempo de serviço

INFORMAÇÃO Nº ......

Considerando que esta D. E. tomou as providências necessárias a fim de que seja retificado o tempo de serviço do Professor Fulano de Tal, encaminhamos o processo à 2ª Área Educacional, para fineza de dar conhecimento à mesma, colhendo seu ciente e assinatura.

À 2ª Área Educacional

Porto Alegre, 16/09/XXXX.

Fulana de TalINFORMANTE

De acordo: EQUIPE DE PESSOAL (Cópia autêntica)

(modelo apud Dileta Silveira Martins e Lúbia

Scliar Zilberknop,Português Instrumental,

p. 167)

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004G/77Redação Técnica

4.9 Ordem de Serviço

Ordem de serviço é o ato através do qual são expedidas determinações a serem executadas por órgãos subordinados ou por servidores desses órgãos. É uma correspondência oficial interna ou interdepartamental, com numeração própria e apresentando, algumas vezes, características de circular, quando é expedida a diversos departamentos situados em locais diferentes.

Modelo

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURASUPERVISÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO

ORDEM DE SERVIÇO No 5/75/SUA

O SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, no uso de suas atribuições, Considerando o fiel cumprimento da Lei nº 1860, de 4 de outu-bro de 1952, que regula os prazos e o andamento dos expedientes administrativos.Considerando que, para apreciação de qualquer tipo de requerimen-to ou petição, deve o mesmo estar acompanhado de todos os dados imprescindíveis a sua análise.Considerando que, em número substancial, há necessidade de se co-municar com o signatário da petição inicial, não só em seu interesse, como no da Administração.

DETERMINA:

1o - Todos os órgãos desta Secretaria, antes de darem andamento a qualquer expediente, deverão verificar se nele constam os elementos informativos e se a documentação exigida para a sua apreciação foi devidamente anexada.2o - Obrigatoriamente deverá ser anotado, em todos os formulá-rios, modelos, requerimentos, petições, solicitações, o endereço do peticionário.

Porto Alegre, 8 de outubro de XXXX.

Fulano de TalSUPERVISOR ADMINISTRATIVO

(Cópia autêntica)

(modelo apud Dileta Silveira Martins e Lúcia Scliar Zilberknop, Português Instrumental, p. 183)

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RedaçãoTécnica78/004G

4.10 Procuração

Juridicamente, procuração signifi ca “instrumento de mandato”; ou seja, é um documento através do qual um indivíduo (mandante, constituinte ou outorgante) confere a outra pessoa (mandatário, procurador ou ou-torgado) poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta.

Saiba Mais

“A procuração pode ser pública, se lavrada em cartório, ou particular, se passada de próprio punho pela pessoa que dá. Quem passa a procuração é mandante, constituinte ou outorgante; e quem recebe o mandato é mandatário, procurador ou outorgado. A procuração particular deve ter a fi rma do outorgante reconhecida.”

(Apud Odacyr Beltrão, Correspondência)

4.10.1 Estrutura

a) Título: Procuração.

b) Qualifi cação: nome, nacionalidade, estado civil, profi ssão, CPF e residência do outorgante (constituinte ou mandante) e também do outorgado (procurador ou mandatário).

c) Finalidade e poderes: parte em que o outorgante declara a fi nalidade da procuração, bem como autoriza o outorgado a praticar os atos para os quais é nomeado.

d) Local e data.

e) Assinatura do outorgante.

f) Assinatura das testemunhas, se houver. Essas assinaturas costumam fi car abaixo da assinatura do outorgante, à esquerda.

Modelo

PROCURAÇÃO

Pelo presente instrumento particular de procuração, João Pedro Tavares, brasileiro, casado, professor, residente na Rua Flor, 88, São Paulo, SP, portador da Cédula de Identidade nº 3.887.802-5, expedida em 29/4/1958, pela SSP, e do CPF nº 053.560.288-66, nomeia e cons-titui seu bastante procurador o Sr. Joaquim José Souza Rocha, resi-dente em São Paulo, SP, Rua Céu, 1362, ap. 42, portador da Cédula de Identidade nº 4.876.987, expedida em 15/6/1960, pela SSP, e do CPF nº 011.322.222-24, para, em seu nome, efetuar as transações ligadas à venda de um imóvel, localizado na Rua dos Trilhos, 33, Vila dos Ope-

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004G/79Redação Técnica

rários, nesta capital, podendo o outorgado assinar todos os atos que se tornarem necessários ao bom e fiel cumprimento do presente mandato.

São Paulo, 3 de março de XXXX. (assinatura) João Pedro Tavares

5. Exemplos de Documentos Oficiais e Empresariais

Tudo o que foi dito a respeito da redação oficial e da redação empresarial ficará mais claro com a visualização dos documentos em seus modelos prontos. Apresentando estes exemplos, procuramos não só reforçar as orientações sobre o conteúdo e estética deles, mas também tirar possíveis dúvidas que ainda restam.

Nem todos os documentos mencionados no decorrer desta lição estão exemplificados aqui. Para aqueles que não constam deste trabalho, recorra às Referências Bibliograficas apresentada, não só para conhecer esses documentos, mas também para aprofundar os assuntos que neste módulo não puderam ser exaustivamente estudados.

Algumas recomendações úteis quanto ao envelope a ser usado para a remessa de correspondência:

Estrela Indústria e Comércio S.A.At. Sr. Flávio RodriguesRua dos Tibiriçás, 95 - Alto da PenhaSão Paulo - SP

0 1 3 02 04 0

RPC

SELO

1. O envelope acima (tam. 23 x 11,4 cm) é o mais adequado para remes-sas de correspondências de até duas folhas. Dobre as folhas apenas duas vezes, evitando deixar o destinatário na parte interna das dobras. A carta dobrada deve ser colocada no envelope com a frente voltada para o verso (do envelope).

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RedaçãoTécnica80/004G

2. Coloque no verso do envelope o endereço completo do remetente.

3. Se a sua empresa tem papel timbrado para cartas, use igualmente envelopes timbrados.

4. Os envelopes com tarja verde e amarela são próprios para remessas de cartas para o exterior.

5. Há vários tamanhos de envelopes pardos para correspondências com volume maior. Para endereçar, se possível, use etiquetas adesivas.

ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas

Para: Engo Flávio Porfírio, DPV No: 153/XX De: Manoel Sampaio, DPT Data: XX-XX-XX

Assunto: Novos modelos de produtos.

Estão em processo de conclusão dois novos modelos de liquidifi ca-dor. Planejamos marcar uma reunião com todo o nosso pessoal para detalhamento das funções de operação e das vantagens destes lança-mentos. Peço sugerir datas prováveis.

Atenciosamente,

(a) Manoel Sampaio

Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas

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004G/81RedaçãoTécnica

ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas

FAX

Nº: 255/XX Data: XX/XX/XX Para: José Ronaldo De: Mário RodriguesEmpresa: Benfi ca Peças Automotivas Ltda. Fax: (011) 6592-8800Fax: (0XX) XXXX-XXXX

Nº de páginas, incluindo esta: 01

Assunto: Cadastro.

Estamos procedendo a reorganização de nosso cadastro de revendedores.

Para cadastrar sua empresa em nosso quadro de revendedores, basta que nosenviem, o mais breve possível, a documentação necessária já solicitada por meio de contato telefônico.

Estamos à disposição para as informações necessárias. Falar com NeivaSouza, na seção de Cadastros.

Atenciosamente,

(a) Fabiana MoreiraSecretária do Departamento de Vendas

Rua dos Tibiriçás, 95 - Alto da Penha Tel.: (011) XXXX-XXXX 01324-000 - São Paulo, SP Fax: (011) XXXX-XXXX e-mail: [email protected]

Fabiana Moreira

Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas

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RedaçãoTécnica82/004G

Observações:

1. Como o papel é timbrado, basta apenas referir-se ao setor em que o funcionário trabalha.

2. O texto poderia ser escrito de outra forma: José Pedro Gomes, chefe do Departamento de Pessoal, atesta que o Sr...... No fi nal só a assinatura da pessoa.

3. O conteúdo do texto pode variar; se conveniente, pode-se acrescentar outros dados do atestante.

ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas

Rua dos Tibiriçás, 95 - Alto da Penha Tel.: (011) XXXX-XXXX 01324-000 - São Paulo, SP Fax: (011) XXXX-XXXX e-mail: [email protected]

ATESTADO

Atesto, para fi ns de prova junto ao Setor de Financiamento do Banco Boaventura, que o Sr. Juscelino de Almeida Santos, ocupante do cargo de auxiliar de produção, é funcionário desta empresa desde 12 de fevereiro de XXXX, com salário bruto de R$ 1650,00 (um mil, seiscentos e cinquenta reais) mensais.

Campinas, XX de XXXX de XXXX.

José Pedro GomesChefe do Departamento de Pessoal

Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas

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004G/83RedaçãoTécnica

ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas

Rua dos Tibiriçás, 95 - Alto da Penha Tel.: (011) XXXX-XXXX 01324-000 - São Paulo, SP Fax: (011) XXXX-XXXXe-mail: [email protected]

DECLARAÇÃO

Declaro, para os devidos fi ns, que deixou de ser funcionário desta empresa, na função de operador de máquinas, o Sr. João Batista Mamede, brasileiro, solteiro, RG nº 20.999.000, emitida pela SSP/SP, e Carteira Profi ssional nº 95.882, emitida em 12-02-81, fi lho de José Carlos Mamede e Rosalina Fernandes Cardoso Mamede, residente na Rua Re-nato Russo, 98, não nos responsabilizando, assim, por atividades que o referido senhor venha a exercer em nome da Estrela Indústria e Comércio de Peças Automotivas S.A., a partir desta data.

São Paulo, XX de XXXX de XXXX.

José Pedro Gomes,Chefe do Departamento de Pessoal.

JPG/mat

Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. ESTRELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas Indústria e Comércio de Peças Automotivas

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Redação Técnica84/004G

Observações:

1. Como foi digitado, não é possível observar com rigor a entrada de parágrafos e o espaçamento entre linhas. O importante é dar uma estética semelhante.

2. Deve-se prestar atenção às expressões residente e domiciliado. Resi-dência é onde a pessoa mora (rua, nº); domicílio é centro ou sede de suas atividades.

Ilmo. Sr. Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Antônio Gama

Cláudio Fernando Camargo, brasileiro, casado, vendedor autônomo, residente na Rua das Palmeiras, 820, nesta cidade, vem res-peitosamente requerer de V.Sa. a autorização para sua matrícula no Curso de Economia para o ano letivo de XXXX.

Anexa, documentação exigida para a matrícula.

Nestes termos, pede deferimento.

São Bernardo do Campo, XX de XXXX de XXXX.

Claudio Fernando Camargo

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Exercícios Propostos

004G/85Redação Técnica

1 - É o documento empresarial mais conhecido e um dos mais usados, que serve não somente ao relacionamento empresarial, mas também para projetar a imagem da empresa:( ) a) Ata.( ) b) Circular.( ) c) Contrato.( ) d) Carta.( ) e) Comunicação Interna.

2 - Como você redigiria o vocativo para um ofício ao governador do Estado segundo as regras do padrão ofício?( ) a) Sr. Governador.( ) b) Exmo. Governador.( ) c) Exmo. Sr. Governador.( ) d) Ilmo. Governador.( ) e) Ilmo. Sr. Governador.

3 - São três os tipos de documentos empresariais:( ) a) Carta, Comunicação Interna e Ata.( ) b) Ata, E-mail e Monografia.( ) c) Monografia, E-mail e Comunicação Interna.( ) d) Carta Pessoal, Monografia e Ata.( ) e) Recibo, Contrato e Monografia.

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Redação Técnica86/004G

4 - Redija uma circular comunicando aos revendedores o aumento de 10% no preço dos produtos fabricados por sua empresa.

Para redigir esta circular, será necessário obedecer aos parâmetros propostos no exer-cício, seguindo o modelo mostrado na lição. Veja que existem várias possibilidades de redação do corpo da circular. O importante é elaborar um texto preciso e apresentar, com clareza, os motivos da empresa para a divulgação desse comunicado.

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004G/87Redação Técnica

5 - Escreva uma comunicação interna (ou memorando, se preferir) para o Chefe do Almoxari-fado, solicitando o fornecimento de cinco pacotes de papel para copiadora (desenhe do seu jeito um formulário que você considere prático).

Neste exercício, você também deve seguir o modelo apresentado na lição para elaborar a comunicação interna ou memorando, que levam em conta as informações definidas na proposta.

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lição 4004G/89Redação

Técnica

Uma das funções da Gramática é preocupar-se com o estudo científi co dos mecanismos de funcionamento de uma determinada língua, sem discriminar formas corretas e incorretas do emprego do idioma: é a chamada Gramática Descritiva. Há ainda a nossa velha conhecida Gramática Normativa, que se encarrega de fi xar normas para o uso da língua, estabelecendo os conceitos de certo e errado. Várias são as procedências dos critérios de correção gramatical: a partir do uso pelos clássicos, resultantes de pesquisas sobre a história da língua, ou de considerações lógicas que supostamente organizariam o funcionamento do idioma. Assim, cria-se uma norma que é aceita e prestigiada e passa a ser ensinada nas escolas, a norma culta.

Ao término desta lição, você será capaz de:

Identifi car as divisões de um livro de gramática; Aplicar as regras mais importantes de acentuação; Adotar corretamente as regras de uso da crase; Reconhecer a aplicação correta da colocação pronominal; Fazer a concordância correta dos verbos e nomes estudados; Aplicar as regras de transitividade verbal dos verbos estudados; Utilizar as formas apropriadas dos Pronomes de Tratamento; Empregar os numerais corretamente; Aplicar as regras de pontuação na produção textual.

1. Importância do Conhecimento Gramatical

É através do estudo da Gramática que se extrai as normas para escrever e falar corretamente. A Gramática Normativa é a fonte para conhecimento das regras para escrita e fala corretas, trata-se de uma disciplina didá-tica por excelência, que tem por fi nalidade codifi car o “uso idiomático”, dele induzindo, por classifi cação e sistematização, as normas que, em determinada época, representam o ideal da expressão escrita.

“Gramática é a descri-ção do sistema de uma língua, ou descrição da língua como sistema de meios de expressão. Como esse sistema é trí-plice - fônico (de sons), mórfi co (de formas), sin-tático (de frases) - a gra-mática, normalmente, divide-se em fo nologia, morfologia e sintaxe.”(Luís Agostinho Cadore, Curso Prático de Portu-guês, Ática, p. 11)

Defi nição:

Gramática Aplicada

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Redação Técnica90/004G

2. Um Breve Resumo da Gramática Normativa

Quando estudamos as ferramentas do redator (lição 1), falamos da impor-tância de buscar nas gramáticas os pontos duvidosos para uma redação de qualidade. Falamos ainda que é necessário conhecer bem as partes em que se estrutura a gramática, para que a consulta seja facilitada.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira, que define a gramática e suas divisões, é apresentad a na Portaria nº 36, de 28/01/1951. No livro Re-digir & Convencer, de Edméa Neiva e José Antônio Rosa (p. 53), há um resumo dessa portaria. Veja o que ele contém:

Parte I

w Fonética: descritiva, histórica, sintática.• Classificação dos fonemas: vogais e consoantes, semivogais.• Encontros vocálicos: ditongos, tritongos, hiatos.• Encontros consonantais: dígrafos.• Sílaba.• Tonicidade: acento, sílabas, a cento tônico, rizotônico, arrizo-

tônico, or toépia, prosódia.

Parte II

w Morfologia: trata das palavras.a. quanto a sua estrutura e formação;b. quanto as suas flexões ec. quanto a sua classificação.

• Estrutura das palavras: raiz, radical, tema, afixo, desinência.

• Formação das palavras: derivação/composição, hibridismo.

• Flexão das palavras: variáveis, invariáveis.

• Classificação das palavras: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição.

Parte III

w Sintaxe• Divisão da sintaxe- de concordância: nominal/verbal; - de regência: nominal/verbal;- de colocação.

• Análise sintática da oraçãoa. termos essenciais da oração (sujeito/predicado/predi cativo/

pre dicação verbal)b. termos integrantes da oração (complemento nominal/com-

plemento verbal/agente da passiva)

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004G/91Redação Técnica

c. termos acessórios da oração (adjunto adnominal/adjunto adverbial/aposto)

d. vocativo• Análise sintática do períodoa. tipos de período (simples/com posto)b. composição (coordenação/subordinação)c. classificação das orações etc.

Parte IV

w Apêndice

•Figuras de sintaxe

•Gramática histórica

•Ortografia

•Pontuação

•Significação das palavras

•Vícios de linguagem

3. Tópicos Importantes para Escrever Corretamente

Não é o propósito deste módulo de Redação Técnica apresentar um cur-so de gramática completo, mesmo porque não haveria espaço para isso (lembra-se da concisão e da objetividade?). O que se pretende é apresen-tar aqueles pontos que normalmente geram dúvidas. Se deixarmos de lado algum ponto que você considera importante, exercite, crie o hábito de buscar informação: vá a sua gramática preferida! Nas Referências Bibliográficas (no fim do módulo), você encontrará uma lista de todo material utilizado neste trabalho.

3.1 Acentuação Gráfica

Acentuação é a maneira de proferir (pronunciar em voz alta e clara) um vocábulo, quando destacamos dentre seus sons ou grupo de sons aquele mais relevante. Esse relevo chama-se acento. No caso da Língua Portu-guesa, diz-se que este é um acento de intensidade (de força, dinâmico), e se manifesta no vocábulo considerado isoladamente (acento vocabular) ou ligado na enunciação da frase (acento frásico).

Numa palavra, nem todas as sílabas são pronunciadas com a mesma intensidade: há sempre uma que se sobressai às demais, sendo por isso chamada de sílaba tônica. Escolha algumas palavras aleatoriamente: uma, maligna, influência, ação. Pronunciando-as, você observa que em cada uma delas a sílaba mais forte eleva-se acima das outras, as cha-madas sílabas átonas.

Quanto à posição do acento tônico, os vocábulos de duas ou mais sílabas podem ser:

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Redação Técnica92/004G

a) Oxítonos: a sílaba tônica é a última sílaba.

Exemplos: comercial, material.

b) Paroxítonos: a sílaba tônica é a penúltima sílaba.

Exemplos: generoso, carro.

c) Proparoxítonos: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.

Exemplos: efêmero, lâmpada.

Agora olhe atentamente para as seguintes palavras: ação, complacência, influência, é, está, água, fácil, trás. O que elas têm em comum? São acen-tuadas, você responderia. Este acento, que é um sinal gráfico, é colocado na parte em que a palavra soa mais forte (sílaba tônica), ou seja, serve para marcar o relevo dado a um elemento fonético dentro do vocábulo.

Os sinais gráficos usados para acentuar são: acentos agudo ( ´ ), grave ( ` ), circunflexo ( ^ ) e til ( ~ ).

Vejamos a seguir as regras mais importantes para a acentuação das palavras.

3.1.1 Monossílabos

• Tônicos: acentuam-se os terminados em a, e e o, seguidos ou não de s.

Exemplos: má - más; pé - pés; pó - pós.

• Átonos: nunca são acentuados.

3.1.2 Polissílabos

• Oxítonos: são acentuados se terminarem em a, e, o, seguidos ou não de s.

Exemplos: Ceará, Guaporé, revés, jilós.

E os terminados em em, ens.

Exemplos: armazém, reféns.

• Paroxítonos: são acentuados se terminados em R, I, N, L,U, X (o i e o u podem vir seguidos de s).

Exemplos: aljôfar (pedra preciosa), cáqui, cútis, hífen, fácil, bônus, tórax.

Terminados em om - ons; um – uns.

Exemplos: rádom, íons; álbum, álbuns.

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004G/93Redação Técnica

Terminados em ã - ãs; ão - ãos.

Exemplos: órfã, órfãs; acórdão, sótãos.

Terminados em ps.

Exemplo: bíceps.

• Ditongo oral: (seguido ou não de s).Exemplos: área, sócios, tênue, desperdício, jóquei, pônei.

Exceção - Hiato

2a vogal do hiato (i, u tônico), não seguida de nh.

Exemplo: ra-i-nha; ta-i-nha.

• Proparoxítonos: todos são acentuados.

Exemplos: retórica, genética, exército, América.

3.1.3 Casos Especiais

• Levam acento agudo os ditongos abertos éi(s), éu(s) e ói(s), quando tônicos nas palavras oxítonas e nos monossílabos tônicos.

Exemplos: anéis, chapéu, céu, herói, constrói.

• Hiatos: o i e o u tônicos dos hiatos são acentuados quando for-marem sílabas sozinhos ou quando vierem seguidos de s.

Exemplo: raízes, baú, egoísta.

3.1.4 Curiosidades

O til, que indica nasalização, vale como acento se não houver outro acento na palavra.

Exemplos: afã, oração, corações, põem.

Se o til cai em uma sílaba que não é a tônica, acentua-se a sílaba que é.

Exemplos: órgão, bênção.

3.1.5 Formas Verbais

• Forma verbal com ênclise ou mesóclise: aplica-se a respectiva regra a cada elemento independentemente.

Exemplos: amá-la-ás, vendê-los-emos, pô-lo-emos.

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Redação Técnica94/004G

• Verbos ter e vir - presente do indi cativos.

Exemplos: ele tem - eles têm; ele vem - eles vêm.

• Verbos derivados.

Exemplos: ele retém - eles retêm; ele intervém - eles intervêm.

• Verbos crer, dar, ler e ver (e seus derivados).

Exemplos:Singular: crê dê lê vêPlural: creem deem leem veem

3.1.6 Acentos Diferenciais

As palavras seguintes continuam sendo acentuadas (acento diferencial), porque elas têm suas homógrafas átonas correspondentes:

• Pôde (pret. perf. do verbo poder) pa ra diferenciar de pode (terc. pes. sing. pres. indicativo)

• Ás (substantivo) para diferenciar de as (preposição)

• Pôr (verbo) para diferenciar de por (preposição)

• Porquê (substantivo) para diferenciar de porque (conjunção)

• Quê (subst., interj., pronome em) pa ra diferenciar de que (pronome, advérbio, conjunção ou final de frase) partícula ex pletiva)

3.2 Algumas Palavras de Grafia Duvidosa

Esta não pretende ser uma lista final. À medida que necessitar, você pode ir acrescentando novas palavras, sem esquecer de colocar na frente delas o seu significado.

Palavra/significado Diferente de:

Acender (pôr fogo) Ascender (subir)

Afim (afinidade, semelhança) A fim de (finalidade)

Apreçar (perguntar o preço de) Apressar (tornar rápido)

À medida que à medida em que

Censo (recenseamento) Senso (juízo)

Cheque (ordem de pagamento) Xeque (chefe árabe, lance de xadrez, perigo)

Comprido (longo) Cumprido (executado)

Conserto (ato de reparar, remendar) Concerto (musical)

Caçar (perseguir animais) Cassar (tornar nulo, sem efeito)

Coser (costurar) Cozer (cozinhar)

Deferimento (aprovação) Diferimento (adiamento)

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004G/95Redação Técnica

Palavra / significado Diferente de:

Delatar (denunciar) Dilatar (retardar, aumentar o prazo)

Descrição (narração, enumeração) Discrição (sensatez, modéstia, reserva)

Descriminar (inocentar) Discriminar (distinguir, diferenciar indevi-damente)

Emergir (ir à tona ) Imergir (mergulhar)

Espirar (soprar) Expirar (morrer)

Esterno (osso do peito) Externo (o que está fora)

Espectador (o que assiste) Expectador (o que espera)

Eminente (célebre, ilustre) Iminente (prestes a acontecer, próximo, imediato)

Estadia (para navios e seres inanima-dos)

Estada (para pessoas)

Experto (aquele que tem experiência) Esperto (inteligente)

Expiar (pagar pena) Espiar (espreitar)

Fragrante (perfumado, aromático) Flagrante (na hora, manifesto, momento, evidente)

Há (verbo haver, passado: Há cinco anos que não o vejo)

A (futuro: Estarei aí daqui a quatro horas)

Infringir (transgredir) Infligir (aplicar pena, castigo)

Imigrante (o que entra em um país) Emigrante (o que sai de um país para outro)

Insipiente (ignorante) Incipiente (que está no começo, principi-ante)

Mau/bom: adjetivos. Exemplo: Você é mau

Mal/bem: advérbios. Exemplo: Não faça mal ao menino

Mandado (ato de mandar, ordem escrita que emana da autoridade)

Mandato (autorização que se concede a outrem; delegação)

Paço (palácio episcopal ou real, sede de governo)

Passo (marcha, ato de andar)

Prescrever (determinar) Proscrever (proibir)

Ratificar (confirmar) Retificar (corrigir)

Seção (departamento) Sessão (= reunião) Secção (= ato de cor-tar) Cessão (= ato de ceder, doação)

Sortir (abastecer) Surtir (originar)

Subtendida (estendida por baixo) Subentendida (o que está na mente e não foi expresso)

Sucinta (resumida) Suscitar (causar, provocar)

Tráfego (circulação de veículos) Tráfico (comércio ilícito)

Viagem (substantivo) A viagem foi maravilhosa.

Viajem (verbo) Que eles viajem mais”

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Redação Técnica96/004G

Você percebeu que nesta lista as palavras estão ao lado de outras um tanto parecidas, mas cujo significado é totalmente diferente? É aqui que se aplica o estudo da significação das palavras, que vimos na lição 1. Mais precisamente, estas são palavras homônimas ou parônimas, cuja utilização correta depende do conhecimento do seu significado.

3.3 Crase

A origem da palavra crase vem do grego, krasis, e quer dizer mistura, fusão. Então, crase é a fusão ou sobreposição de duas vogais “a”, propor-cionando uma pronúncia mais harmoniosa. Em nossa língua, assinalamos a crase com o acento grave ( ` ). Em vez de dizermos “Vou a a escola”, dizemos “Vou à escola”. Tecnicamente falando, crase é, especificamente:

A contração da preposição a com: w o artigo definido a; w e o pronome demonstrativo a;w o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo;w o a inicial dos pronomes relativo a qual.

Seguem as regras para seu uso:

1ª regra: verificar se é possível substituir o a em questão por para a(s), pela(s), na(s) e da(s).

Exemplos:Vou à cidade. Vou para a cidade. Voltarei à tardinha. Voltarei pela tardinha.

2ª regra: substituir o nome feminino por um masculino correlato. Se aparecer ao (preposição a + artigo o), então ocorre a + a diante da palavra feminina, ocorrendo a cra se.

Exemplos:Referiu-se à instrutora. Referiu-se ao instrutor.Voltei à terra natal. Voltei ao país natal.

• Contração da preposição a com o pronome demonstrativo a(s)

Exemplo:Sua maneira de pensar é igual à de seu irmão.

• Contração da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo

Exemplos:Favor dirigir-se àquele salão.A polícia continua atenta àquela questão.Não quis me referir àquilo.

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004G/97Redação Técnica

A crase acontece também com as locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas por palavras femininas e iniciadas por a/as:

NUNCA use a crase:

a) antes de nomes masculinos: promovido a capitão;b) antes de verbos no infinitivo: taxas a pagar;c) antes de pronomes de tratamento: dirijo-me a V.Exa.;d) antes de esta, essa, toda, cada, cuja, mim, ninguém, quem e ti:

Refiro-me a esta questão;e) antes de palavras femininas no plural: vendas a prestações;f) depois das preposições após, contra, entre, perante e sob: Espero-o

entre as 19 e 21 horas;g) em locuções adverbiais com nomes femininos repetidos: O boato

corria de boca a boca.

• à direita

• à esquerda

• à força (de)

• à parte

• à toa

• à laia de

• à solta

• à vontade

• à farta

• à proporção que

• à guisa de

• à semelhança que

• à procura de

• à surdina

• à medida que

• à mão

• à exceção de

• à frente de

• às claras

• às escuras

• às cegas

• às avessas

• às ordens

• etc.

3.4 Colocação Pronominal

Quando falamos de colocação pronominal, preocupamo-nos com a posi-ção que os pronomes oblíquos átonos (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco) ocupam em relação ao verbo: é a ocasião para tratar de próclise, mesóclise e ênclise.

Se estiverem presentes na frase, os pronomes oblíquos átonos podem ocupar três posições em relação ao verbo: antes dele (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

3.4.1 Próclise

Usa-se a próclise quando o verbo vier antecipado de palavras que exer-çam atração sobre o pronome. São elas:

w Palavras negativas:

Exemplo: Não me diga que não te avisei.

w Advérbio:

Exemplo: Sempre te respeitei.

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RedaçãoTécnica98/004G

Saiba Mais

w Com o verbo no imperativo:

Exemplo: Meninos, aproximem-se da mesa.

w Com o verbo no gerúndio sem a preposição:

Exemplo: Saí do trabalho, ausentando-me um pouco.

Obs. 1: Há casos em que os pronomes oblíquos combinam entre si (lhe + o = lho; me + o = mo; te + o = to; etc.). Exemplo: Pegue o livro na estante e traga-mo (= traga-me o livro).

Obs. 2: Se houver duas partículas atrain-do o pronome oblíquo, ele pode vir entre elas. Exemplo: Há problemas que se não resolvem de uma hora para outra.

3.4.4 Casos Especiais

Vejamos a seguir dois casos em que o pro-nome oblíquo vem acompanhado de locução verbal:

Quando o verbo principal da locução estiver no infinitivo ou no gerúndio, o pronome oblíquo pode ser colocado depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:

Exemplo:Quero-lhe dizer algo. Quero dizer-lhe algo.

Obs.: Havendo partícula atrativa, o pro-nome virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Exemplo: Não lhe quero dever ajuda. Não quero dever-lhe ajuda.

Quando o verbo principal da locução verbal estiver no particípio, o pronome será colocado depois do verbo auxiliar:

Exemplo:Tinha-me exposto suas dúvidas.

Quando o advérbio e o verbo estiverem separados por vírgula, aconselha-se o uso da ênclise, para um melhor resultado fonético:

Exemplo: Aqui, come-se bem.

w Pronome relativo:

Exemplo: Há indivíduos que se acham o máximo.

w Pronome indefi nido:

Exemplo: Tudo se acalmará.

w Conjunção subordinativa:

Exemplo: Quando o viram, ele vinha acompanhado da amiga.

w Pronome demonstrativo:

Exemplo: Isso me parece mentira.

3.4.2 Mesóclise

É utilizada apenas em dois tempos verbais. São eles:

w Futuro do presente:

Exemplo: Far-te-ei acreditar em mim.

w Futuro do pretérito:

Exemplo: Dir-lhe-ia tudo, se soubesse.

Obs.: havendo partícula atrativa, utiliza-se a próclise. Assim:

Não o saberia dizer. Não lhe negarei qualquer ajuda.

3.4.3 Ênclise

w Quando o verbo vier no início da frase:

Exemplo: Quero-lhe muito.

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004G/99Redação Técnica

Obs.: Havendo partícula atrativa, o pro-nome oblíquo deve vir antes do verbo auxiliar.

Exemplo:Não me tinha exposto suas dúvidas.

3.5 Concordância Verbal e Nominal

As palavras relacionam-se umas com as outras na elaboração das frases e, ao se re-lacionarem, obedecem alguns princípios: um deles é o da concordância.

O estudo da concordância é uma poderosa ferramenta para quem precisa interpretar e produzir textos conforme os padrões da língua culta. Seja qual for o texto, a con-cordância verbal e nominal correta pode ser explorada como recurso expressivo; uma concordância defeituosa, porém, pode levar a interpretações distorcidas. O que está em jogo não é somente o texto, mas também a credibilidade do redator.

Dizemos que há concordância entre os termos de uma frase quando há harmonia entre eles, quando estão perfeitamente adaptados quan-to ao gênero, número, grau, pessoa...

Concordância verbal é a adaptação em nú-mero e pessoa que se estabelece entre o verbo e o seu sujeito.

Como podemos ver nos exemplos, os verbos das duas orações concordam com seus sujei-tos em pessoa e número. Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que há uma concor-dância entre eles.

No geral, não há dúvida em como fazer a concordância dos verbos com seus sujeitos. Mas, na nossa língua, há os casos de concor-dância anômala, isto é, que se faz de maneira ideológica, afetiva ou atrativa, casos esses que fogem completamente à regra normal, exigindo observação e treino.

3.5.1 A Partícula SE

Usada como índice de indetermina ção do sujeito.

Exemplos:Não se pode confiar em ninguém mais. Precisa-se de passadeiras com prática.

Quem é que não pode confiar em ninguém? Quem precisa de passadeiras?

Sempre que o se indicar inde terminação do sujeito, o verbo estará, invariavelmente, na terceira pessoa do singular.

Partícula apassivadora.

Exemplos:Compram-se carros usados.Faz-se limpeza de terreno.

Nestes exemplos, “carros usados” e “limpeza de terreno” são sujeitos de suas frases. Convertendo estas frases da voz passiva sintética para a voz passiva analítica, elas ficam assim:

Carros usados são comprados. Limpeza de terreno é feita.

Fica claro perceber que toda vez que puder-mos transformar a oração em voz passiva ana-lítica, o se é partícula apassivadora, e o verbo concordará em número com seus sujeitos.

a

b

Exemplos:

sujeito: 3a pessoado plural (=elas)

verbo: 3a pessoado plural

As toras de madeira descem o rio.

sujeito: 3a pessoa do singular

verbo: 3a pessoa do singular

A pedra rola ladeira abaixo.

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Redação Técnica100/004G

3.5.2 Verbos HAVER, FAZER e SER

Verbo haver

Quando tem sentido de “existir” ou de “indicar tempo decorrido”, permanece no singular.

Exemplos:Há duas atitudes a tomar.Havia anos que não se viam.

O verbo haver transmite esta im pessoa-lidade aos verbos que com ele formam locução.

Exemplo:Pode haver duas atitudes a tomar.

Observação Importante:

O verbo haver funciona também como pessoal, com o significado de “ajustar contas”, sendo conjugado em todas as pessoas e números

Exemplos:

Vocês haverão de prestar contas à justiça.

Verbo fazer

Quando indica tempo decorrido ou fe-nômeno meteorológico, este verbo per-manece invariável na terceira pessoa do singular.

Exemplos:Faz vinte anos que ela o deixou. Faz dias lindíssimos nesta época do ano.

O verbo fazer transmite sua impessoalida-de aos verbos que com ele formam locução.

Exemplo:Deve fazer dois anos que o acidente aconteceu.

Verbo ser

Se o verbo ser indica hora ou distância e não tem sujeito, concorda com a expres-são numérica (isto é, o predicativo).

Exemplos:São dez horas da noite.Daqui ao trabalho serão dois quilômetros.

No caso de locução verbal, a concordân-cia será feita pelo verbo auxiliar de ser.

Exemplos:Devem ser dez horas da noite.Daqui ao trabalho deverão ser dois qui-lômetros.

Havendo sujeito na frase, o verbo concor-dará com ele ou com o predicativo.

Exemplos:Pedro era atencioso. O responsável sois vós. Nem tudo são flores. Nem tudo é flores.

No caso do predicativo ser representa-do por um substantivo comum, o verbo concordará com o elemento que se deseja realçar.

Exemplos:Meus quadros são a minha vida. Minha vida é os quadros.

Nas expressões indicativas de quantida-de (medida, peso, preço, valor) o verbo ser é invariável.

Exemplos:Dois quilos é pouco para o bolo. Mil reais é pouco para a reforma.

Mas:

Hoje é vinte de outubro (dia vinte de outubro).

3.5.3 Casos Especiais de Concordância Verbal

Sujeito composto posposto ao verbo: o verbo pode ir ao plural (concordância gramatical) ou concordar com o elemento mais próximo (concordância atrativa).

b

a

ca

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004G/101Redação Técnica

Sujeito formado pela expressão mais de um: o verbo vai ao plural se houver ideia de reciprocidade; caso contrário, fica no singular.

Exemplos:Mais de um político se destacaram (uns aos outros).

Mais de um professor foi exonerado.

Sujeito formado pela expressão um dos que (ou outra equivalente): o verbo pode ir para o plural (mais comum) ou ficar no singular (mais raro).

Exemplos:Sou um dos que optaram pelo adiamento da prova.

Ela é uma das candidatas que marcou entrevista para hoje.

Sujeito representado pelo pronome de-monstrativo que: o verbo concorda com o termo antecedente.

Exemplo:São fatos que já foram esquecidos.

Sujeito representado pelo pronome rela-tivo quem: o verbo fica na terceira pessoa do singular ou concorda com o termo antecedente.

Exemplos:Fostes vós quem falou.

Fostes vós quem falastes.

Sujeito representado por pronome in-terrogativo ou indefinido no singular, seguido de nós ou vós: o verbo vai para a terceira pessoa do singular.

Exemplo:Qual de nós falará ao presidente?

Sujeito representado por pronome inter-rogativo ou indefinido no plural, seguido de nós ou vós: o verbo concordará com estes últimos ou ficará na terceira pessoa do plural.

Exemplos:Passarão o céu e a terra. Passará o céu e a terra.

Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes: neste caso, o verbo concordará com a pessoa que tiver prioridade (a pri-meira pessoa sobre a segunda, a segunda sobre a terceira etc.).

Exemplos:Ela e eu preparamos o jantar.Tu e ela passeais no jardim.

Sujeito composto de núcleos sinônimos ou de sentido aproximado: faz-se a con-cordância com o núcleo mais próximo (no singular) ou com todos (no plural).

Exemplo:A incerteza e a instabilidade confundiu-o (ou confundiram-no).

Sujeito composto de núcleos de gradação ascendente ou descendente: o verbo con-corda com o mais próximo (no singular) ou com todos (no plural).

Exemplo:Um olhar, um aceno, uma palavra bastava (ou bastavam).

Sujeito formado por expressão par titiva (a maioria de, grande parte de, a meta-de de etc.), seguida de um substantivo no plural: o verbo pode permanecer no singular, concordando com a expressão, ou no plural, concordando com o subs-tantivo.

Exemplo:A maioria das pessoas concorda com a mudança (ou concordam) .

Sujeito formado por expressões afirma-tivas seguidas de elementos numéricos: o verbo concorda com o numeral.

Exemplo:Cerca de vinte mil estudantes vão fazer vestibular.

k

l

d

b

c

f

h

g

e

i

j

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Redação Técnica102/004G

Exemplos:Quais de nós falaremos ao presidente?

Quais de nós cumprirão o acordo?

Sujeito representado por nomes próprios de lugar e títulos de obras: se precedidos de artigo no plural, o verbo irá para o plural. Se não houver artigo no plural, o verbo permanecerá no singular.

Exemplos:Estados Unidos enfrenta problemas.

Os Estados Unidos enfrentam problemas.

Sujeito representado pelas expressões um ou outro e nem um nem outro: o verbo, obrigatoriamente, permanecerá no sin-gular.

Exemplos:Um ou outro escreverá a carta.

Nem um nem outro escreverá a carta.

Sujeito composto ligado pela conjunção ou: o verbo fica no singular, se houver ideia de exclusão; caso contrário, vai para o plural.

Exemplos:Uma bênção ou uma maldição cairá sobre ele (há ideia de exclusão).

O chefe ou o diretor gostarão de saber da novidade (não há ideia de exclusão).

3.5.4 Concordância Nominal

Concordância nominal é a adaptação, ou seja, a flexão sofrida pelo nome para se ade-quar àquele a que se refere. Vejamos alguns casos:

Concordância do adjetivo com o subs-tantivo: o adjetivo ou adjunto adno minal concorda com o substantivo ou pronome a que se refere em gênero e número.

Exemplo:Povo educado, cidade limpa.

Concordância do adjetivo com dois ou mais substantivos: quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo, é preciso levar em conta a sua posição.

antes dos substantivos: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Exemplo:Ele não tinha a necessária ousadia e coragem.

Obs.: se o adjetivo anteceder a dois ou mais substantivos próprios, ele vai ao plural.

Exemplo: O país homenageia os corajosos Duque de Caxias e Tiradentes.

depois dos substantivos: neste caso, o adjetivo vai para o plural (se os gêne-ros dos substantivos forem diferentes, prevalece o masculino) ou concorda com o substantivo mais próximo.

Exemplos:Estava com o plano e a estratégia definidos.

Estava com o plano e a estratégia definida.

Obs.: se dois ou mais adjetivos se referem a substantivo no plural que, por assim dizer, podem se desdobrar, os adjetivos permanecem no singular.

Exemplo: As literaturas francesa e americana (desdobrando, teremos literatura francesa e literatura americana).

Concordância do adjetivo com o predica-tivo de sujeito composto:

se o adjetivo (com função de predica-tivo de sujeito composto) vem depois dos substantivos, vai para o plural.

a

m

n

o

c

b

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004G/103Redação Técnica

Exemplo:A professora e o aluno são dedicados.

se o adjetivo vem antes dos substan-tivos há duas possibilidades de con-cordância: ou vai para o plural, ou concordará com o mais próximo.

Exemplos:São dedicados a professora e o aluno.É dedicada a professora e o aluno.

Casos particulares: dentre os inúmeros casos, vale a pena destacar dois.

quando temos uma palavra composta por um adjetivo e um substantivo, ambos variam.

Exemplos:alto-relevo / altos-relevosalto-vácuo / altos-vácuosalto-mar / altos-maresbaixo-relevo / baixos-relevos

quando temos uma palavra composta por um advérbio e um adjetivo, só este varia (lembre-se de que os advérbios são palavras invariáveis).

Exemplos:alto-falante / alto-falantesbem-comportado / bem-comportadosbem-falante / bem-falantes

3.6 Emprego de Algumas Classes de Palavras

Existem alguns erros no emprego de determi-nadas classes de palavras que se repetem sis-tematicamente: problemas orto gráficos, confusão entre palavras (homônimas, homó-grafas e homófonas, parônimas), acentuação, concordância etc. Apresentamos a seguir o uso correto de algumas classes de palavras.

à medida que: à proporção que, ao mesmo tempo que, conforme.

Exemplo:À medida que caminhávamos, não o avistávamos mais.

na medida em que: tendo em vista que.

Exemplo:É preciso proteger-se do sol na medida em que pode causar doenças na pele.

Obs.: podendo substituir por se, uma vez que, porque, desde que; é preferível.

a menos de: distância, quantidade.

Exemplo:Estamos a menos de seis meses do casa-mento.

há menos de: ideia de passado.

Exemplo:A festa aconteceu há menos de um ano.

a tempo: com tempo.

Exemplo:Chegou a tempo de despedir-se de mim.

há tempo: faz, existe.

Exemplo:Ele chegou há tempo.

ao encontro de: indicando situação favorável.

Exemplo:Um aumento expressivo de salários vem ao encontro das expectativas dos vendedores.

de encontro a: indicando oposição, choque.

Exemplo:O baixo aumento salarial vem de encontro às expectativas dos funcionários.

ao invés de: situação contrária, oposição.

Exemplo:Ao invés de reclamar, busque a solução.

d

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Redação Técnica104/004G

em vez de: em lugar de, ou situação con-trária.

Exemplo:Em vez de reclamar, Laura resolveu o problema.

maior + substantivo: indica intensificação.

Exemplo:A patroa espera maior empenho da empregada.

mais + substantivo: indica quantidade.

Exemplo:A população pede mais escolas na região.

mais bem; mais mal: usado antes de par-ticípio.

Exemplo:Aquelas crianças são as mais bem (mal) educadas do colégio.

mais: adição.

Exemplo:Quero mais flores.

mas: porém.

Exemplo:Quero partir, mas não posso.

más: adjetivo feminino plural.

Exemplo:Aquelas mulheres são más.

mal: contrário de “bem”.

Exemplo:Ela fala mal a língua inglesa.

mal: com sentido de “nem bem”.

Exemplo:Mal chegou, já arrumou confusão.

mau: contrário de “bom”.

Exemplo:Ele é um mau aluno.

o moral: estado de espírito.

Exemplo:O moral dos jogadores está baixo.

a moral: ética, norma de conduta, mora-lidade, lição.

Exemplos:A moral cristã. A moral da história.

para mim: complementa uma oração, voz passiva.

Exemplos:Leia este romance para mim.Este livro é para mim.

para eu: sujeito da oração, voz ativa.

Exemplo:Este livro é para eu ler.

por hora: equivale a tempo.

Exemplo:Dirigiu aquele carro a cem quilômetros por hora.

por ora: por enquanto.

Exemplo:Por ora, não o incomodarei mais.

porque: equivale a pois, porquanto, uma vez que, pelo fato, motivo. Usado também em orações interroga tivas em que a possí-vel resposta faz parte da pergunta.

Exemplos:Não compro o carro azul porque prefiro o vermelho.Você não compra o carro azul porque prefere o vermelho?

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004G/105Redação Técnica

Exemplo:Tenho de partir.

ter que: quando antes do que ficar suben-tendida a palavra algo, coisa(s).

Exemplo:Tenho muito que dizer-lhe.

ah!: interjeição.

Exemplo:Ah! Que belos olhos!

Obs.: toda vez que vier encerrando uma oração, recebe o acento circunflexo.

Exemplo:Não compro o carro azul porquê... por-que prefiro o vermelho.

porquê: usado como substantivo “que”. Substitui as palavras: motivo, causa, razão.

Exemplo:O porquê de tanta aflição, ninguém sabe.

por que: Em perguntas no início das orações.

Exemplo:Por que você quer partir?

Quando puder ser substituído por: para que, pelo, pela, pelos, pelas, qual, quais.

Exemplo:Este é o caminho por que passei.

Quando estiver expressa ou subentendida a palavra razão, motivo.

Exemplo:Soube por que você desistiu do campeo-nato.

por quê: em perguntas, quando encerra a oração.

Exemplo:Você sempre está sozinho, por quê?

tão pouco: indica pequeno ou pouca coisa.

Exemplo:Ela tem tão poucos amigos!

tampouco: equivale a “também não”.

Exemplo:Não saiu, tampouco conseguiu dormir.

ter de: indica obrigação, necessidade, de-sejo.

há: verbo haver (existir, ter).

Exemplo:Não há como negar que neste país há belíssimas praias.

Indicando passado, pode ser substituída por faz.

Exemplo:Saíram há pouco tempo.Saíram faz pouco tempo.

a(s): artigo feminino.

Exemplo:A menina brincava.

a: distância ou tempo futuro.

Exemplos:Bia estava a cinco metros de sua casa.

Chegará daqui a cinco minutos.

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RedaçãoTécnica106/004G

etc.: esta abreviatura signifi ca “e outras coisas mais”. Portanto, não se aconselha o uso para pessoas.

Exemplos:Saíram Pedro, Paulo, etc. (DESACONSELHÁVEL)

Saíram Pedro, Paulo e outros. (ACONSELHÁVEL)

Compraram peras, uvas etc. (CERTO).

inclusive: usa-se somente com o signifi ca-do contrário de exclusive.

Exemplo:Li até a página oito, inclusive.

o(s), a(s), mesmo(s), mesma(s): não deve substituir expressões como ele(s), ela(s), dele(s), dela(s), para ele(s), para ela(s), com ele(s) e com ela(s).

Exemplos:Vou me encontrar com Ana. Falarei com a mesma sobre você. (ERRADO)

Vou me encontrar com Ana. Falarei com ela sobre você. (CERTO).

ter lugar: expressão que deve ser subs-tituída por ser, dar-se, realizar-se, efetuar-se etc.

Exemplos:O discurso terá lugar na praça. (ERRADO)

O discurso será na praça. (CERTO).

grosso modo: signifi ca por alto, resumida-mente, de modo geral.

Exemplo:Nesta situação, grosso modo eu diria que é melhor desistir.

Obs.: Não é correto utilizar a expressão “a grosso modo”. Pois essa ex pres são não existe.

Saiba Mais

Algumas expressões apresentam um segundo termo que é redundante, portanto, desnecessário. É preciso atenção para não cometer os erros que veremos a seguir:

• continuar ainda• consenso geral• criar novos• “hábitat” natural• ganhar grátis• encarar de frente• todos foram unânimes• surpresa inesperada• ambos os dois

3.7 Flexão do Infi nitivo

Este é um assunto que gera bastante polê-mica entre os estudiosos da língua. Algumas gramáticas nem tratam do assunto, porque os seus autores consideram que a fl exão do infi nitivo está mais para a área da estilísti-ca do que da gramática. Contudo, achamos importante que você conheça este assunto, porque inúmeras vezes vai deparar com um verbo no infi nitivo e não vai saber o que fazer com ele.

Antes de mais nada, é bom relembrar o que é fl exionar um verbo. É fazer com que ele varie

onde: signifi ca “lugar em que”.

Exemplo:Ele não diz onde comprou o carro.

aonde: indica movimento de afastamento. É formada de a (para) + onde.

Exemplo:Aonde você pensa que vai?

donde: indica movimento de aproximação. É formado por de + onde.

Exemplo:Donde vocês vieram?

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004G/107Redação Técnica

quando os sujeitos do verbo principal e do infinitivo forem diferentes.

Exemplo:Recomendei-lhes chegarem cedo (eu/eles).

Aconselhou-nos termos cuidado com o chefe (ele/nós).

Nestes casos, é possível transformar a oração reduzida em oração desdobrada.

Exemplos:Recomendei-lhes que chegassem cedo. Aconselhou-nos que tivéssemos cuidado.

quando se quer enfatizar o sujeito do in-finitivo.

Exemplo:É bom fazermos o que ele pede (nós fa-zermos).

Não se flexiona o infinitivo:

quando o infinitivo é impessoal, ou seja, não se refere a nenhum sujeito.

Exemplo:Saber ouvir é uma virtude.

quando o sujeito é o mesmo do verbo principal.

Exemplo:As forças políticas sempre buscaram seus interesses e não vão desistir disso agora.

quando o infinitivo faz parte de uma lo-cução verbal.

Exemplo:Vamos fazer uma festa de aniversário.

quando o infinitivo é complemento de verbo, substantivo ou adjetivo e vem an-tecedido de preposição.

b

a

sua forma para concordar com a pessoa, o número, o modo, o tempo e a voz. E o que é o verbo no infinitivo? É a forma verbal em seu estado nominal, aquela forma pela qual você o encontra no dicionário: falar, correr, partir.

Quando se trata do emprego do infinitivo, fazemos distinção entre duas formas: o in-finitivo impessoal e o in finitivo pessoal. É deste último que estamos tratando; ele é cha-mado de pessoal porque tem sujeito próprio, podendo ou não ser flexionado.

Seguem algumas regras que orientam sobre quando flexionar ou não o infini tivo, lembran-do que na maioria das vezes o uso do infinitivo flexionado (ou não) é influenciado mais por motivos estilísticos, para dar ênfase, ritmo, expressar clareza no enunciado.

A regra principal para flexão do infinitivo prende-se ao fato de o sujeito deste verbo ser próprio, distinto do sujeito do verbo da oração principal (dito isto, as regras dadas parecerão redundantes, mas a maioria das gramáticas vão apresentá-las distintamente).

Flexiona-se o infinitivo:

quando ele tem sujeito claramente ex-presso.

Exemplo:É hora de tu pensares no futuro.

quando se referir a um sujeito oculto que se quer explicitar pela terminação verbal.

Exemplo:Meus amigos, é para resolvermos o problema que estamos aqui reunidos.

quando na 3a pessoa do plural, indicar a indeterminação do sujeito.

Exemplos:Caminhava distraído pela calçada, quan-do ouvi chamarem-me pelo nome.

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Redação Técnica108/004G

Exemplos:Aconselho os alunos a estudar mais. Esta lição é fácil de guardar. Chefe e secretária passaram pela experiência de subir juntos na carreira.

quando o infinitivo aparecer depois dos verbos deixar, fazer, mandar, olhar, ouvir, sentir e ver.

Exemplos:Deixe-me sonhar acordado. Faça-os comer direito. Mandei meus filhos ouvir música com a porta fechada. Senti-as aproximar-se silenciosamente.

Obs. 1: no último caso mencionado, o infinitivo pode tomar a for-ma flexionada, se o sujeito se encontrar entre o verbo auxiliar e o substantivo.

Exemplo:Faça as crianças comerem direito.

Obs. 2: com a preposição PARA pode-se usar uma ou outra forma, mas é preferível usar a forma flexionada se a preposição e o infinitivo vierem antes do verbo principal.

Exemplo:Para aprendermos, precisamos estudar com dedicação.

3.8 Formas de Tratamento e sua Concordância

Dentro da classe dos pronomes, encontramos os pronomes pessoais (eu, tu, ele/a, nós, vós, eles/as), e os chamados pronomes de tratamento (Você, Senhor, Vossa Alteza, Vossa Excelência, etc.). São também chamados de “segunda pessoa indireta” porque, apesar de indicarem nosso inter-locutor, trazem o verbo na terceira pessoa: são uma forma indireta de nos dirigirmos a alguém. Assim, quando tratamos com um deputado, referimo-nos à excelência que esse deputado tem supostamente para ocupar o cargo. Os pronomes de tratamento indicam respeito, cortesia, cerimônia, e seu conhecimento é in dispensável para a redação empre-sarial.

Para facilitar a consulta, achamos conveniente oferecer aqui uma lista mais completa, fruto de pesquisas em várias fontes.

VOSSA SENHORIA é usado para pessoas civis e particulares em geral.

SENHOR é a forma de tratamento mais empregada e aconselhável quando não se conhece a posição hierárquica da pessoa.

VOSSA EXCELÊNCIA aplica-se às seguintes autoridades:

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004G/109Redação Técnica

PronomeAbreviatura

EmpregoSingular Plural

Senhor/Senhora Sr./Sr.ª Srs./Sras. tratamento respeitoso em geral

Senhorita Sr.ta Sr.tas moças solteiras

Você v. tratamento familiar

Vossa Alteza V.A. VV.AA. príncipes, princesas, duques

Vossa Eminência V. Em.ª V. Emas. cardeais

Vossa Excelência V. Ex.ª V. Exas. altas autoridades

Vossa Magnificência V. Mag.ª V. Magas. reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. VV. MM. reis, imperadores

Vossa Meretíssima usado por extenso juízes de direito

Vossa Reverendíssima V. Rev.a ou V. Rev.ma

V. Rev.mas sacerdotes

Vossa Senhoria V. S.ª V.Sas. altas autoridades (é bastante fre quente também na correspondência comercial)

Vossa Santidade V. S. Papa

Poder Executivo:

• Presidente da República (neste caso não se admite a forma abreviada, nem o emprego dos possessivos seu, sua, ou dos oblíquos lhe e o);

• Vice-Presidente da República;• Ministros de Estado;• Secretário-Geral da Presidência da República;• Consultor-Geral da República;• Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;• Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;• Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República;• Secretários da Presidência da República;• Procurador-Geral da República;• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito

Federal;• Chefes de Estado-Maior das Três Armas;• Oficiais-Generais das Forças Armadas;• Embaixadores;• Secretário Executivo e Secretário Nacional de Ministérios;• Secretários de Estado dos Governos Estaduais;• Prefeitos Municipais.

Poder Legislativo:

• Presidente, Vice-Presidente e Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;

• Presidente e Membros do Tribunal de Contas da União;• Presidente e Membros dos Tribunais de Contas Estaduais;

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Redação Técnica110/004G

b

a

c

• Presidentes e Membros das Assembleias Legislativas Estaduais;

• Presidentes das Câmaras Municipais.

Poder Judiciário:

• Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal;

• Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça;

• Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar;

• Presidente e Membros do Tribunal Superior Eleitoral;

• Presidente e Membros do Tribunal Superior do Trabalho;

• Presidente e Membros dos Tribunais de Justiça;

• Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais;

• Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais;

• Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho;

• Juízes e Desembargadores;• Auditores da Justiça Militar.

VOSSA MAGNIFICÊNCIA é usado para Reitores de Universidades. Hoje em dia, porém, Vossa Excelência vem sendo largamente usado neste caso.

VOSSA EMINÊNCIA (ou VOSSA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA) para Cardeais.

VOSSA EXCELÊNCIA REVEREN-DÍSSIMA para Arcebispos e Bispos.

VOSSA REVERENDÍSSIMA (ou VOS-SA SENHORIA REVERENDÍSSIMA) para Monsenhores, Cônegos e superio-res religiosos.

VOSSA REVERÊNCIA para Sacerdotes, clérigos e religiosos.

O endereçamento e o invocativo interno (no corpo da correspondência) devem cor-

responder ao tratamento devido a cada um. Assim, usa-se:

• Excelentíssimo ou Digníssimo Senhor, para o Presidente da Repú blica, e Exmo. Sr., para as demais au toridades.

• Magnífico Reitor, para o reitor de universidade.

• Meritíssimo Juiz, para um juiz.• E m i n e n t í s s i m o S e n h o r ( o u

Reverendíssimo Senhor) , para cardeais.

• Egrégio Tribunal, para um tribunal.• Ilustríssimo ou Mui Digno, para

funcionários públicos, pessoas de cerimônia, clientes de uma empresa.

Deve-se empregar com atenção a forma de tratamento adequada a fim de manter a uni-formidade e evitar misturas de tratamento no decorrer da redação empresarial.

Acompanhe ainda outras orientações para o uso correto das formas de tratamento, no que diz respeito à concordância nominal e verbal.

As formas de tratamento Sua referem-se à pessoa de quem se fala.

Exemplo:Prepare o carro de Sua Santidade.

As formas de tratamento com o pronome Vossa referem-se à pessoa com a qual se fala.

Exemplo:Vossa Excelência está muito bem, parece um menino!

A concordância nominal depende do sexo da pessoa a quem a forma de tratamento se refere.

Exemplos:Suas Senhorias foram autuadas em flagrante (mulheres).Vossa Alteza é o nosso grande benfeitor (homem).

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004G/111Redação Técnica

b

c

d

e

A concordância verbal com as formas de tratamento é sempre feita na terceira pessoa (singular ou plural).

Exemplos:V.Exa. conquistou a afeição dos eleitores.Vossas Senhorias (ou V.Sas.) propõem uma boa parceria.

O tratamento vós é apropriado quando o referente é coletivo, e somente neste caso se pode utilizar o possessivo vosso. Se a forma de reverência incluir Vossa, o pos-sessivo será seu, sua.

Exemplos:Restituo-vos o vosso requerimento.Restituo a V.Sa. o seu requerimento.

Obs. 1: no plural das abreviaturas, flexio-na-se apenas o segundo elemento: V.Exas. / V.Sas. / S.Emas. / S. Revmas. Não se usa o plural para V. (Você) e para V.S. (Vossa Santidade,) por razões óbvias. Obs. 2: alguns tratamentos extremamen-te formais admitem letras duplas para o plural: VV.AA. (Vossas Altezas); VV.MM. (Vossas Majestades).

3.9 Numerais

Ao ler o Caderno de Economia de qualquer jornal você deve tropeçar numa montanha de números representados de várias manei-ras. Às vezes fica até difícil entender o que está escrito, não é mesmo? Principalmente nos assuntos referentes a bancos, dívidas públicas, pagamento de altos salários... É até preciso respirar para pronunciar núme-ros tão expressivos, não é? Isto é assunto re-lacionado com o que vamos estudar agora: a classe de palavras que trata dos numerais.

Numeral, então, é a palavra que representa quantidade determinada de seres, ou um ser em determinada ordem ou, ainda, fração ou múltiplo.

3.9.1 Classificação

Os numerais dividem-se em:

w Cardinais: expressam a quantidade: um, dois, três, vinte etc.

w Ordinais: indicam a ordem em que o ser se encontra numa série: primeiro, segundo, décimo etc.

w Multiplicativos: indicam a ideia de que um número é múltiplo de outro: duplo, triplo etc.

w Fracionários: expressam a ideia de que um número representa a fração de outro: meio, terço, quarto etc.

w Coletivos: indicam conjuntos de seres ou coisas: dezena, dúzia, cento, milhar etc.

Sintaticamente, os numerais podem reali-zar as funções típicas do substantivo ou do adjetivo. No primeiro caso, será chamado de numeral substantivo e, se vier acompa-nhando um substantivo, será chamado de numeral adjetivo.

3.9.2 Emprego dos Numerais

Os ordinais são empregados para desig-nar séculos, reis, papas, capítulos, arti-gos e volumes, até dez. A partir de onze utilizamos os cardinais.

Exemplos:João Paulo II (segundo)Pio XI (onze)Século IV (quarto)Século XXI (vinte e um) Volume III (terceiro)Luís XIV (catorze)

Os ordinais são, também, empregados para designar leis, decretos e portarias, até nove. A partir de dez utilizamos os cardinais.

Exemplos:Artigo 2º (segundo)Artigo 10 (dez)

Os ordinais são ainda utilizados quando o substantivo vier depois do numeral.

a

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RedaçãoTécnica112/004G

Exemplos:décima partesegundo volumetrigésimo lugardécimo oitavo capítulo

Empregamos os car dinais para de sig nar dias do mês, ex ceto na indicação do pri-meiro dia, que tradicionalmente é feita pelo ordinal.

Exemplos:Vamos viajar dia 5 do mês de setembro.Hoje é primeiro de dezembro.

Empregamos os cardinais (com a palavra número subentendida) na numeração de casas, páginas, folhas.

Exemplos:Ela parou de ler o livro na página 20.Moro na casa 25 (número vinte e cinco).

Ambos/ambas são considerados nume-rais. Signifi cam um e outro, os dois (ou uma e outra, as duas) e são usados para retomar pares de seres anteriormente citados.

Exemplos: Meu pai e minha mãe estão casados há muito tempo. Ambos vão comemorar bodas de ouro.

A leitura e a escrita por extenso dos cardi-nais compostos devem ser feitas da seguinte maneira:

Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.

Exemplos:67: sessenta e sete136: cento e trinta e seis

f

e

d

Saiba Mais1. Expressamos 12 horas e 30 minutos

dizendo: meio-dia e meia (hora).2. Na linguagem figurada, os números

perdem seu valor exato:

Sei de cor mil piadas. Diga-lhe que enviei um milhão de beijos.

As horas são escritas e lidas da seguinte forma: 14h23m09s: quatorze horas, vinte e três minutos e nove segundos. Outro modo é: 14:23:09.

Saiba Mais

Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o milhar e a centena.

Exemplo:5.359: cinco mil trezentos e cinquenta e nove

Exceções: quando a centena começar por zero ou terminar por dois zeros intercala-se a conjunção e.

Exemplos:7.036: sete mil e trinta e seis8.100: oito mil e cem

Se o número for muito grande, deve-se empregar a conjunção e entre os membros da mesma ordem de unidade, e substituí-lo por vírgula quando se passa de uma ordem para outra.

Exemplo:8.972.739.158: oito bilhões, novecentos e setenta e dois milhões, setecentos e trinta e nove mil, cento e cinquenta e oito

3.10 Pontuação

Outro assunto bastante importante para quem deseja escrever corretamente é a pontuação.

Noventa e cinco centímetros

Cento e vinte e dois centímetros

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004G/113Redação Técnica

a

b

c

Pontuar é lançar mão de pausas rítmicas, as-sinaladas na pronúncia por entoações carac-terísticas e na linguagem escrita por sinais especiais. Essas pausas são de três espécies:

Não quebram a continuidade do discurso, indicando que a frase ainda não se con-cluiu. São sinais delas:

• a vírgula: ( , )• o travessão: ( – )• os parênteses: ( )• o ponto e vírgula: ( ; )• os dois pontos: ( : )

Indicam o término do discurso ou de parte dele. Assinalam-nas:

• o ponto simples• o ponto parágrafo• o ponto-final

Frisam uma intenção ou estado emocio-nal. Mostram-nas:

• o ponto de interrogação: ( ? )• o ponto de exclamação: ( ! )• as reticências: ( ... )

Alguns gramáticos dividem os sinais de pontuação em dois grandes grupos: o pri-meiro compreende os sinais que se destinam fundamentalmente a marcar as pausas (a vírgula, o ponto e o ponto-e-vírgula), e o segundo grupo compreende aqueles sinais essenciais para marcar a melodia, a entoa-ção (os dois pontos, o ponto de interrogação, o ponto de exclamação, as reticências, as aspas, os parênteses, os colchetes, o tra-vessão).

É importante ter em mente que esta divisão não é rigorosa porque, em geral, os sinais devem indicar, ao mesmo tempo, a pausa e a melodia, e acrescentam outros sinais cujo valor não pode ser desprezado: o hífen, o parágrafo, o emprego das letras maiúsculas e o uso de diversos tipos de cores e dos carac-teres de imprensa, como o itálico, o negrito, o sublinhado etc.

Vejamos então os sinais de pontuação e o seu emprego.

3.10.1 Vírgula

Usamos a vírgula entre os termos da oração:

a) Em caso de aposto.

Exemplo:Tiradentes, o herói da Inconfidência, é um dos nossos ídolos.

b) Em caso de vocativo.

Exemplo:Um momento, garota, que eu já vou aí.

c) Em caso de enumeração.

Exemplo:As flores, as folhas, a grama, tudo parecia novo outra vez.

d) Em datas.

Exemplo:São Paulo, 10 de outubro de 2050.

e) Entre o nome da rua e o número do imóvel.

Exemplo:Rua Quinze de Novembro, 245.

f) Com palavras de significado expli-cativo, conclusivo, retificativas ou enfáticas, do tipo pois, outrossim, por exemplo, com efeito, porém etc.

Exemplos:Com efeito, valeu o dinheiro que foi pago.Todos aplaudiram, ou melhor, quase todos.

g) Em caso de supressão do verbo (zeug ma).

Exemplo:Mário gosta de cinema; Regina, de teatro.

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Redação Técnica114/004G

h) Com adjuntos adverbiais, principal-mente se deslocados de sua posição normal na frase.

Exemplo:No banco da frente, o homem cochilava.

Obs.: se o adjunto adverbial é curto, não há necessidade da vírgula, a não ser que haja uma sequência de adjun-tos adverbiais.

Exemplos:Meu pai regressa hoje. Hoje meu pai regressa.

Hoje, agorinha mesmo, inesperada-mente, meu pai regressou.

i) Em caso de adjunto adverbial que mo-difica a oração inteira.

Exemplo:Lamentavelmente, a cirurgia não foi um sucesso.

j) Em caso de complemento repetido (pleonasmo).

Exemplo:A hipocrisia, sempre a detestei.

k) Em caso de transposição de elementos.

Exemplo:Vitorioso e ovacionado, o técnico entrou no campo.

l) Em caso de gradação. Observe no exemplo que se não houvesse a vírgula, o pronome se teria de vir antes do ver-bo, atraído pelos adjuntos adverbiais aqui, ali, acolá.

Exemplo:Aqui, dança-se; ali, bebe-se; acolá, canta-se.

Casos em que não se usa a vírgula:

a) Entre o verbo e seu complemento (em qualquer ordem).

Exemplo:Ofereci uma bebida à visitante. Ao amigo ofereci ajuda.

b) Entre o verbo e seu sujeito, por mais extenso que seja.

Exemplos:A chuva forte causou estragos. A importação indiscriminada de pro-dutos alimentícios tornou-se inviável.

c) Entre o nome e seu complemento ou adjunto.

Exemplo:Todos temos necessidade de respeito mútuo.

d) Entre o aposto e a palavra fundamen-tal, se ele for colocado antes.

Exemplo:O orador romano Cícero era senador.

e) Entre o verbo e o último termo de um sujeito composto.

Exemplo:O mar, a terra, o céu são obras das mãos de Deus.

Emprego da vírgula entre orações:

a) Para separar orações coordenadas as-sindéticas.

Exemplo:Ele entra, sai, entra de novo, sai outra vez...

b) Para separar orações coordenadas sin-déticas, exceto as que se iniciam pela conjunção e.

Exemplos:Saiu, mas voltou logo.Você vai à escola, faz as tarefas e ainda não aprendeu isto?

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004G/115Redação Técnica

f) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo:O transatlântico, que era imenso, singrava os mares.

g) Para separar orações aditivas nega-tivas, iniciadas pela conjunção nem.

Exemplo:Nem partia, nem ficava, nem dava explicações.

h) Para separar orações subordinadas reduzidas de infinitivo, de particípio e gerúndio.

Exemplos:Ao terminar a prova, passaram a discuti-la.Terminada a prova, passaram a dis-cuti-la. Ela entrou, distribuindo sorrisos.

3.10.2 Ponto e Vírgula

Na maior parte dos casos, o ponto e vírgula serve para separar orações que exprimem pensamentos antagônicos ou concepções opostas.

Exemplo:“Se deres um peixe a um homem, matarás sua fome de um dia; se o ensinares a pescar, matarás a sua fome por toda a vida.”

(provérbio chinês)

O ponto e vírgula também é muito emprega-do para separar considerandos ou itens de uma lei, decreto ou requerimento.

3.10.3 Ponto Final

O ponto final serve para indicar o término de uma oração.

Exemplo:Rafael entrou, abriu a geladeira para ver se havia algo para comer, mas nada o agradou.

Obs.: no caso das orações iniciadas pela conjunção e, vale a pena ressaltar que são isoladas por vírgula em três situações:

1a) Em caso de sujeitos diferentes.

Exemplo: Ela terminou a palestra, e nós saímos.

2a) Em caso da conjunção e ser repetida por motivos enfáticos.

Exemplo: Ele chegou irritado, e praguejou, e ouviu as explicações, e ficou para almoçar.

3a) A oração tem valor adversativo.

Exemplo: Tem tudo o que o dinheiro pode comprar, e falta-lhe amor.

c) Para isolar orações intercaladas.

Exemplo:Fechem as portas, aconselhou o poli-cial, porque o ladrão está à solta.

d) Para separar partes de um provérbio.

Exemplo:Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

e) Para separar orações subordinadas adverbiais.

Exemplo:Começavam a discutir, mal se encon-travam.

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Redação Técnica116/004G

O ponto final é ainda usado nas abrevia-tura comuns, mas deve-se ter o cuidado de só empregá-lo após a última consoante de determinado grupo consonantal: subst., adj.

3.10.4 Reticências

Usamos as reticências na interrupção inten-cional ou na suspensão do sentido de uma frase.

Exemplo:Se ela soubesse o que me vai no peito...

3.10.5 Dois-Pontos

Usamos os dois-pontos na enumeração, cita-ção ou fala, explicação ou complementação.

Exemplo:Ele falou com ar maroto: vou-lhes contar uma estória daquelas!

3.10.6 Ponto de Interrogação

É usado para indicar o fim de uma oração interrogativa direta. Uma pergunta.

Exemplo:Quem aqui gosta de futebol?

3.10.7 Ponto de Exclamação

Usamos o ponto de exclamação depois de uma interjeição ou no final de uma frase exclamativa.

Exemplo:Ah! Como você é engraçado!

3.10.8 Travessão

É usado nos diálogos, quando queremos indi-car a fala de cada personagem ou a mudança de interlocutor. Em outros casos, é usado para realçar palavras ou expressões no meio de um período.

Exemplos:– Para qual time você torce?– Para o São Paulo – aquele que ainda está invicto!

3.10.9 Aspas

As aspas são empregadas para indicar ci-tações e transcrições, ou para realçar uma palavra.

Exemplos:Como disse Marcel Proust: “A verdadeira viagem consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter novos olhos.”

Mesmo “arrebentado”, decidiu continuar jogando.

3.10.10 Parênteses

São empregados para destacar palavras, frases explicativas, reflexões, pensamentos subentendidos etc.

Exemplos:Compramos muitos presentes e fomos até o orfanato, mas (é duro lembrar) ele tinha sido fechado por falta de suporte financeiro.

Ela explicou (com ar sério) por que se atrasara daquele jeito.

3.10.11 Colchetes

Em muitas gramáticas não se faz referência ao uso dos colchetes, mas não é raro encon-trá-los em citações bibliográficas, em trans-crições fonéticas, ou para isolar uma frase onde já tenham sido usados os parênteses.

3.11 Regência Verbal e Nominal

O estudo da regência verbal e nominal é ex-tremamente útil para a análise das relações entre as palavras de um texto, ou seja, entre o verbo e seus complementos e entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio e

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004G/117Redação Técnica

• Abandonar• Abençoar• Abençoar• Aborrecer• Abraçar • Conhecer• Conservar• Convidar• Eleger

• Proteger• Respeitar• Prejudicar• Prezar• Ver• Visitar• Socorrer• Suportar

seus complementos; conforme a regência, muda-se completamente o significado. Outro motivo importante é a diferença a ser consi-derada existente entre a linguagem coloquial e a linguagem formal.

3.11.1 Regência Verbal

Quando se estuda a Sintaxe, em que uma das divisões é o estudo dos períodos compostos, não há como negar a existência daqueles verbos cujo sentido precisa de termos que os com plementem, tais como os objetos diretos e indiretos, ou, ainda, de termos que os carac-terizem, como os adjuntos adverbiais. A esta relação se dá o nome de regência verbal, na qual o verbo é o termo regente e o comple-mento o termo regido. O estudo da regência verbal dedica-se a entender como se dá esta relação, se através ou não de preposição ou até mesmo de conjunção; além disso, como se dão certas variações de sentido, que alteram o significado.

Para o estudo da regência verbal, é necessário separar os verbos de acordo com a sua tran-sitividade, lembrando mais uma vez que isto não é um fato absoluto, tendo em vista que um verbo pode variar, dependendo da frase.

Verbos intransitivos são aqueles que não precisam de complementos. Contudo, alguns verbos podem vir acompanhados de adjuntos adverbiais, tais como os verbos chegar e ir que, casualmente, podem estar ao lado de adjuntos adverbiais de lugar.

Exemplos:Meu chefe reclama muito.

Chegamos a São Paulo em setembro.

Fui ao teatro no domingo.

Fui para casa.

Cheguei num carro velho.

Os verbos transitivos diretos são comple-mentados por objetos diretos, quer dizer, não existe exigência de preposição para que se faça a relação entre o termo regente e o

termo regido. Os pronomes pessoais oblíquos que atuam como objeto direto são o, a, os, as (também lo, la, los, las ou no, na, nos, nas, quando for o caso). Os pronomes lhe, lhes não devem ser usados como complemento dos verbos transitivos diretos.

Exemplo:Detesto pimenta na comida! (detestar re-quer complemento = pimenta na comida)

Os verbos transitivos diretos são os seguintes:

Na língua culta, utiliza-se o verbo amar como modelo para o funcionamento destes verbos.

Exemplos:Amo aquela mulher. Amo-a.

Amam aquele livro. Amam-no.

Ele vai amar aquela mulher. Ele vai amá-la.

Os pronomes lhe, lhes, só acompanham esses verbos para indicar posse (quando atuam como adjuntos adnominais).

Exemplo:Quero conhecer-lhe as ideias. (Quero conhecer suas ideias)

Os verbos transitivos indiretos são comple-mentados por objetos indiretos e isso signi-fica que precisam de uma preposição para ligá-los a esses complementos. Os pronomes oblíquos que atuam como objeto indireto são: lhe, lhes, não sendo correto utilizar os pro-nomes oblíquos o, a, os, as. Objetos indiretos que não são indicativos de pessoa são repre-

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Redação Técnica118/004G

• Abdicar (de)• Acreditar (em)• Almejar (por)• Ansiar (por)• Anteceder (a) • Desdenhar (de)• Atender (a)• Atentar (em, para)• Cogitar (de, em)

• Consentir (em)• Deparar (com)• Satisfazer (a)• Gozar (de)• Necessitar (de)• Preceder (a)• Presidir (a)• Renunciar (a)• Versar (sobre)

sentados pelos pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa em lugar dos átonos lhe, lhes. É importante relembrar aqui que os verbos transitivos indiretos não permitem formar a voz passiva, a não ser poucas exceções, que serão mencionadas oportunamente.

Vejamos alguns verbos transitivos indiretos:

• Antipatizar e simpatizar, cujo comple-mento é introduzido pela preposição com.

Exemplo:Antipatizo com aquela moça.Simpatizo com sua irmã.

Obs.: estes verbos não são pronominais, não sendo portanto correto dizer “sim-patizei-me com alguém”.

• Consistir, cujo complemento é introduzido pela preposição em.

Exemplo:Sucesso na vida consiste em fazer escolhas adequadas.

• Obedecer e desobedecer, cujo comple-mento é introduzido pela preposição a.

Exemplo:Obedeço aos mandamentos. Não desobedeço aos superiores.

Obs. 1: estes verbos são exceção quanto à voz passiva, permitindo formar a voz passiva analítica.

Exemplo:Regras de convivência devem ser obedecidas.

Obs. 2: é conveniente observar que “obe-decer-lhe” significa obedecer a alguém, e “obedecer a ele” ou “obedecer a ela” significa também obedecer a algo.

• Responder, cujo complemento é introdu-zido pela preposição a.

Exemplo:Responda a todos os questionários.

Obs.: este verbo também admite a voz passiva analítica, desde que o sujeito seja aquilo a que se responde.

Exemplo:Todas as questões foram respondidas a contento.

Há verbos que são usados indiferentemente como transitivos diretos ou indiretos, sem que haja alteração do seu significado. Veja-mos alguns:

Os verbos lembrar e esquecer são também usados como transitivos diretos ou indire-tos, porém com uma peculiaridade: quando transitivos indiretos, eles são também pro-nominais. Os exemplos a seguir esclarecem.

Exemplos:

Não lembrei o compromisso. Não me lembrei do compromisso.

Esqueci a data certa. Esqueci-me da data certa.

Outro detalhe a respeito do verbo lembrar: no sentido de advertir, notar, fazer recordar, usa-se com objeto indireto de pessoa e objeto direto que indica a coisa a ser lembrada.

Exemplo:Lembrei ao meu irmão que tinha uma consulta marcada às quatro.

Os verbos seguintes são simultaneamente transitivos diretos e indiretos, quer dizer, podem ter os dois complementos.

• Agradecer, perdoar e pagar. Estes verbos

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004G/119Redação Técnica

apresentam objeto direto de coisa e indi-reto de pessoa.

Exemplos:Agradeça o presente ao seu pai. Não perdoo ao meu colega a ofensa que me fez.Pagarei as dívidas ao cobrador.

Recomenda-se bastante cuidado no uso dos pronomes oblíquos átonos.

Exemplos:Agradeci o presente. Agradeci-o. Agradeci ao amigo. Agradeci-lhe.Perdoe a ofensa. Perdoe-a.Perdoe o amigo. Perdoe-lhe.Pague a dívida. Pague-a.Pague ao cobrador. Pague-lhe.

• Informar, que apresenta objeto direto de coisa e indireto de pessoa, ou vice-versa.

Exemplos:Informe as novas datas aos candidatos. Informe os candidatos das novas regras.

Quando pronomes forem utilizados como complementos, as seguintes construções poderão ser obtidas:

Informe-as aos candidatos. Informe-lhes as novas regras.Informe-os das novas regras. Informe-os delas (ou sobre elas).

• Preferir. Na norma culta, deve ter objeto indireto introduzido pela preposição a.

Exemplos:Prefiro comer verduras a massas. Preferimos respeito a privilégios.

Um último grupo de verbos precisa ser es-tudado, o grupo dos verbos que, ao mudar a sua transitividade, mudam também de significado. Os principais são:

• Abdicar

Usado no sentido de “renunciar volunta-riamente”, “desistir de”, pode ser:

- intransitivo: O imperador D. Pedro ab-dicou duas vezes.

- transitivo direto: O imperador D. Pedro abdicou o império.

- transitivo indireto: O imperador D. Pedro abdicou do império.

• Agradar

- transitivo direto (= “fazer carinho”, “acariciar”): Agradou a esposa com afeto.

- transitivo indireto (“causar agrado a”, “satisfazer a”, “ser agradável a”): A eleição do novo secretariado não agradou aos participantes. A eleição do novo secretariado não lhes agradou.

• Ansiar

- transitivo direto (=“angustiar, causar mal-estar”): Ansiava-a a espera do filho.

- transit ivo indireto (= “desejar ardentemente, almejar”): Anseio por tempos melhores.

• Aspirar

- transitivo direto (= “sorver, inspirar, inalar”): Tenho aspirado a poeira desse chão desde que aqui cheguei. Venho as-pirando-a desde que aqui cheguei.

- transitivo indireto (= “desejar, almejar, pretender”): Trabalho porque aspiro a novas promoções. Há anos venho aspi-rando a elas. (Não cabe o uso do lhe ou lhes como complemento deste verbo.)

• Assistir

- intransitivo (= “morar, residir”): Assisto em São José há trinta anos.

- transitivo direto (= “prestar assistência, socorrer”): O bombeiro assistiu os acidentados.

- transitivo indireto (= “ver, presenciar”; “favorecer, pertencer”): Não gosto de assistir a novelas. Este é um direito que lhes assiste.

• Custar- intransitivo (= “ter valor de”): Este carro custou caro.

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Redação Técnica120/004G

- transitivo indireto (= “ser custoso, ser difícil”). Neste sentido determina-se o sujeito da oração respondendo “o que é difícil?” e o objeto indireto é “a quem custa?”: Custou-me pegar o táxi. Se o sujeito for uma oração reduzida de infinitivo, pode vir com a preposição a: Custou-me a pegar o táxi.

- transit ivo direto e indireto (= “acarretar”): O gênio ruim custou-lhe inimizades.

• Implicar

- transitivo direto (= “acarretar, envolver”): As promoções implicam responsabilidades.

- transitivo indireto (= “ter implicância, mostrar má disposição”): Não é bom implicar com o chefe.

- t r a n s i t i v o d i r e t o o u i n d i r e t o (“comprometer-se, envolver-se”): Ele implicou-se com negociatas.

• Querer

- transitivo direto (= “desejar”): Desejo o teu sucesso, meu filho.

- transitivo indireto (= “amar alguém, ter-lhe amizade”): Quero muito aos meus netos.

• Visar

- transitivo direto (=“apontar, mirar”; “pôr o visto”): A artilharia visava de pósito bélico. O gerente visou a correspondência.

- transitivo indireto (= “desejar, pretender”): As novas leis visam ao bem comum.

3.11.2 Regência Nominal

Da mesma forma que os verbos transitivos, que necessitam de complementos, existem na nossa língua os nomes de sentido incompleto. Estes nomes podem ser substantivos, adjeti-vos e advérbios, e assim como os verbos, pre-cisam ser completados com um complemento nominal. As palavras paixão, alusivo, longe,

por si só, não têm sentido: paixão por quem?, alusivo a quê?, longe de quê?, longe de onde? As respostas a essas perguntas são sempre termos precedidos por preposições (algumas vezes um substantivo ou adjetivo pode exigir complementos regidos por uma, duas, três e até quatro preposições diferentes, sem que isto lhe altere o sentido).

a) Substantivos• Acesso (a): Este trecho é o acesso à

cidade.• Amor (a, de, para com, por): Amor à

família dignifica o homem.• Capacidade (de, para): Temos capaci-

dade de tocar esta obra.• Paixão (de, por): Ela tem paixão pela

música.• Zelo (a, de, por): Eles se consomem de

zelo pela administração da fazenda.

b) Adjetivos• Acessível (a, para): A saúde deve ser

acessível a todos.

• Assíduo (a, em): Ele é assíduo ao treino.

• Capaz (de, para): Era capaz de largar tudo.

• Escasso (de): Esta é uma cidade escassa de lazer.

• Fanático (por): Somos fanáticos por pizza.

• Hábil (em): A deputada é hábil em negociações.

• Imune (a, de): Esta comunidade está imune de influências destrutivas.

• Liberal (com): Era demasiado liberal com os filhos.

• Nocivo (a): O cigarro é nocivo à saúde.

• Passível (de): Este contrato é passível de mudanças.

• Relacionado (com): O roubo estava relacionado com drogas.

• Satisfeito (com, de, em, por): Estou satisfeito com este salário.

• Vazio (de): Seu discurso é vazio de conteúdo.

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004G/121RedaçãoTécnica

c) Advérbios• Longe (de): Minha terra fi ca longe desta.• Perto (de): Seu colégio fi ca perto de sua casa.• Proximamente (a, de): O aniversário será comemorado proxima-

mente à Páscoa.

3.12 Separação Silábica

a) Os ditongos e os tritongos fazem parte de uma mesma sílaba.

Exemplos:Eu-ro-paso-cie-da-detrei-noU-ru-guaii-guais

b) Os hiatos fazem parte de sílabas diferentes.

Exemplos:sa-í-ramo-e-da

c) Os dígrafos ch, lh, gu e qu fazem parte de uma mesma sílaba.

Exemplos:ma-chote-lhaá-guaa-que-le

d) Os dígrafos formados pelas letras rr, ss, sc, sç, xs e xc fazem parte de sílabas diferentes.

Exemplos:car-roses-sãocres-cer

nas-çoex-sudarex-ceto

Saiba Mais

Todos os advérbios terminados em mente têm a regência dos adjetivos dos quais derivam. Exemplos:semelhança a semelhantemente arelativo a a relativamente a

e) Os encontros consonantais no meio das palavras fazem parte de sí-labas diferentes, a não ser quando a segunda consoante for l ou r. Os que iniciam as palavras fazem parte de uma mesma sílaba:

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Redação Técnica122/004G

Exemplos:ap-toob-tu-sore-pli-cara-brirpneu-má-ti-co

3.13 Abreviações

Abreviação é um conceito genérico que abrange a abreviatura, a sigla e o símbolo.

Exemplos:Av. a AvenidaR. a RuaAp. a ApartamentoDec. a DecretoSr. a Senhor

Obs.: as abreviaturas de pesos, medidas e horas são grafadas sem ponto e, quando no plural, sem s.

Exemplos:2 horas = 2 h30 quilos = 30 kg

3.14 Símbolos das Unidades de Medida

3.14.1 Medidas de Comprimento

Milímetro a mmCentímetro a cmMetro a mQuilômetro a kmetc.

3.14.2 Medidas de Área

Metro a mMetro quadrado a m2

Hectare a háetc.

3.14.3 Medidas de Volume

Litro a lCentímetro cúbico a cm3

etc.

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004G/123Redação Técnica

3.14.4 Medidas de Massa

Metro cúbico a m3

Grama a gQuilograma a kgtonelada a tetc.

3.14.5 Medidas de Tempo

Segundo a sMinuto a minHora a hDia a detc.

3.14.6 Medidas de Potência

Watt a WCavalo Vapor a cvetc.

3.14.7 Medidas de Ângulo

Grau a o

Minuto a ’etc.

3.14.8 Outras Medidas

Frequência: Hertz a Hz

Velocidade: metro por segundo a m/s

Vazão: metro cúbico por segundo a m3/s

Fluxo (massa): quilograma por segundo a kg/s

Força: Newton a N

Temperatura: Celsius a oC

Energia: Joule a J

Nível de Potência: bel a B

Intensidade de Corrente: Ampère a A

Quantidade de Eletricidade: Coulomb a C

Tensão Elétrica: Volt a V

Fluxo Magnético: Weber a Wb

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Redação Técnica124/004G

3.15 Denotação e Conotação

Na linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia a dia, usamos as palavras conforme as situações que nos são apresentadas. Por exem-plo, quando alguém diz a frase “Isso é um castelo de areia”, pode estar atribuindo a ela sentido denotativo ou conotativo. Denotativamente, significa “construção feita na areia da praia em forma de castelo”; co-notativamente, “ocorrência incerta, sem solidez”.

Denotação: É o uso da palavra em seu sentido real. Conotação: É o uso da palavra em sentido figurado, simbólico.

3.16 Formas Variantes

Em português, existem inúmeras palavras que apresentam dupla gra-fia. Nesse caso, qualquer uma delas é considerada correta. Eis algumas destas palavras:

• Abdômen ou abdome • Empanturrar ou empaturrar

• Afeminado ou efeminado • Entoação ou entonação

• Aluguel ou aluguer • Estralar ou estalar

• Amídala ou amígdala • Flauta ou frauta

• Aritmética ou arimética • Flecha ou frecha

• Arrebentar ou rebentar • Fleuma ou flegma

• Abdômen ou abdome • Geringonça ou gerigonça

• Afeminado ou efeminado • Hem? ou hein?

• Aluguel ou aluguer • Hemorróida ou hemorróide

• Amídala ou amígdala • Hidrelétrico ou hidroelétrico

• Aritmética ou arimética • Imundície ou imundícia

• Arrebentar ou rebentar • Infarto ou enfarte

• Arrebitar ou rebitar • Laje ou lajem

• Assoalho ou soalho • Loiro ou louro

• Assobiar ou assoviar • Maquiagem ou maquilagem

• Assoprar ou soprar • Marimbondo ou maribondo

• Bêbado ou bêbedo • Nenê ou neném

• Biscoito ou biscouto • Parêntese ou parêntesis

• Cãibra ou câimbra • Laje ou lajem

• Catorze ou quatorze • Loiro ou louro

• Chipanzé ou chimpanzé • Maquiagem ou maquilagem

• Cociente ou quociente • Marimbondo ou maribondo

• Cumular ou acumular • Nenê ou neném

• Debulhar ou desbulhar • Parêntese ou parêntesis

• Degelar ou desgelar • Percentagem ou porcentagem

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004G/125Redação Técnica

• Dependurar ou pendurar • Projétil ou projetil

• Empanturrar ou empaturrar • Radioatividade ou radiatividade

• Entoação ou entonação • Surrupiar ou surripiar

• Cumular ou acumular • Tesoura ou tesoira

• Debulhar ou desbulhar • Toicinho ou toucinho

• Degelar ou desgelar • Tramela ou taramela

• Dependurar ou pendurar • Trilhão ou trilião

4. Nova Ortografia(http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/. Adaptado)

O Novo Acordo Ortográfico tem por objetivo unificar a grafia da Língua Portuguesa nos países que a tem com língua oficial, que são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Principe e Timor Leste, quer por sua vez compõem a CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa). Ele entrou em vigor em 1º de Janeiro de 2009 e conta com um período adaptação até 31 de Dezembro de 2015.

Acesse o link da ABL (Academia Brasileira de Letras) www.academia.org.br para se obter mais informações sobre o Acordo.

Para Pesquisar

A seguir, daremos um pequeno resumo sobre as principais mudanças:

4.1 Alfabeto

O alfabeto agora é formado por 26 letras.

Regra antiga

O “k”, “w” e “y” não eram consideradas letras do nosso alfabeto.

Nova regra

Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.

4.2 Trema

Não existe mais o trema em língua portuguesa, porém a pronúncia é a mesma. Permanece apenas em casos de nomes próprios e seus deriva-dos, por exemplo: Müller, mülleriano etc.

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Redação Técnica126/004G

Regra antiga

Exemplos: agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça.

Nova regra

Exemplos: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

4.3 Acentuação

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxí-tonas.

Regra antiga

Exemplos: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico.

Nova regra

Exemplos: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico.

Obs.1: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas, o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

Obs.2: o acento no ditongo aberto “eu” continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados.

Regra antiga

Exemplos: enjôo, vôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, descrêem, relêem, revêem.

Nova regra

Exemplos: enjoo, voo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, descreem, releem, reveem.

Não existe mais o acento diferencial em palavras (pronúncias iguais, grafias diferentes).

Regra antiga

pára (verbo), péia (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo).

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004G/127Redação Técnica

4.3.1 Acento Diferencial

O acento diferencial é utilizado para auxi-liar na identificação de palavras homófonas (que possuem a mesma pronúncia). Com o Novo Acordo Ortográfico, ele deixou de existir nos seguintes casos: pára/para, pé-la(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Observe:

Nova regra

para (verbo), peia (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo).

Obs.: o acento diferencial permanece no verbo “poder” (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo - “pôde”) e no verbo “pôr para diferenciar da preposição “por”.

Não se acentua mais a letra “u” nas formas verbais rizotônicas (acento tônico do verbo cai no radical, raiz), quando precedido de “g” ou “q” e antes de “e” ou “i” (gue, que, gui, qui).

Regra antiga

Exemplos: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe.

Nova regra

Exemplos: argui, apazigue, averigue, enxague, enxaguemos, oblique.

Não se acentuam mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo.

Regra antiga

Exemplos: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme.

Nova regra

Exemplos: baiuca, boiuna, feiura, feiume.

Antes Com o novo acordopára para

péla(s) pela(s)

pêlo(s) pelo(s)

pólo(s) polo(s)

pêra pera

Antes Com o novo acordo

abençôo abençoo

côo (coar) coo

corôo (coroar) coroo

dôo (doar) doo

môo (moer) moo

perdôo (perdoar) perdoo

vôos (plural de voo) voos

zôo (zoar) zoo

Atenção: existem duas palavras que conti-nuarão recebendo acento diferencial:

• Pôr (verbo) – mantém o acento para não ser confundido com a preposição por.

• Pôde (verbo poder conjugado no pas-sado) – mantém o acento para não ser confundido com pode (o mesmo verbo conjugado no presente).

Agora, o uso é facultativo nos seguintes ca-sos:

Dêmos (do verbo no subjuntivo que nós dêmos) para se diferenciar de demos (do passado nós demos);

Fôrma (substantivo) para se diferenciar de forma (verbo).

4.3.2 Acento circunflexo

O acento circunflexo deixou de ser utilizado nos seguintes casos:

a) Em palavras com terminação ôo.

Exemplos:

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Redação Técnica128/004G

Regra antiga Nova regra

ante-sala, antessala

ante-sacristia, antessacristia

auto-retrato, autorretrato

anti-social, antissocial

anti-rugas, antirrugas

arqui-romântico, arquirromântico

arqui-rivalidade, arquirrivalidade

auto-regulamentação, autorregulamentação

auto-sugestão, autossugestão

contra-senso, contrassenso

anti-pedagógico, antipedagógico

auto-peça, autopeça

ultra-moderno, ultramoderno

semi-círculo semicírculo

Regra antiga Nova regra

auto-afirmação autoafirmação

auto-ajuda autoajuda

4.4 Emprego do Hífen

Ao escrevermos, muitas vezes temos dúvidas sobre usar ou não o traço de união entre palavras e expressões. Por que algumas palavras têm e outras não têm o hífen? Se elas são formadas do mesmo modo, por deri-vação prefixal, por que não usam igualmente o hífen para separar seus elementos? Para resolver este dilema, vamos dar algumas orientações.

4.4.1 Hífen

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por “r” ou “s”, sendo que essas devem ser dobradas. Também não se utiliza o hífen quando o prefixo termina em vogal + segundo elemento iniciado por consoante diferente de “r” ou “s”.

Obs.: em prefixos terminados em “r”, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super--racional, super-realista, super-resistente. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavras iniciadas por “r”: sub-região, sub-raça etc.

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou fal-sos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal:

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004G/129Redação Técnica

auto-aprendizagem autoaprendizagem

auto-escola autoescola

auto-estrada autoestrada

auto-instrução autoinstrução

contra-exemplo contraexemplo

contra-indicação contraindicação

contra-ordem contraordem

extra-escolar extraescolar

extra-oficial extraoficial

infra-estrutura infraestrutura

intra-ocular intraocular

intra-uterino intrauterino

neo-expressionista neoexpressionista

neo-imperalista neoimperalista

semi-aberto semiaberto

semi-árido semiárido

semi-automático semiautomático

semi-embriagado semiembriagado

semi-obscuridade semiobscuridade

supra-ocular supraocular

ultra-elevado ultraelevado

Obs.1: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

Obs.2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por “h”: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Obs.3: quando o prefixo terminar por consoante, não se usa hífen se a segunda palavra começar por vogal: interestadual, hiperacidez, hiperativo, interescolar.

Utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

Regra antiga Nova regra

antiibérico anti-ibérico

antiinflamatório anti-inflamatório

antiinflacionário anti-inflacionário

antiimperalista anti-imperalista

arquiinimigo arqui-inimigo

arquiirmandade arqui-irmandade

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Redação Técnica130/004G

Regra antiga Nova regra

manda-chuva mandachuva

pára-quedas paraquedas

pára-quedista paraquedista

pára-lama paralama

pára-brisa parabrisa

pára-choque parachoque

pára-vento paravento

Obs.1: não se utiliza o hífen quando o prefixo termina em vogal di-ferente da vogal com que se inicia a segunda palavra: aeroespacial, agroindustria, antieducativo, autoaprendizagem, autoescolar.

Obs.2: uma exceção é o prefixo “co”. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal “o”, não se utiliza hífen.

Não se usa mais hífen em compostos que, pelo uso, perderam a noção de composição.

microondas micro-ondas

microônibus micro-ônibus

microorgânico. micro-orgânico.

Obs.: o uso do hífen pemanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

O uso do hífen permanece:

• Em palavras formadas por prefixos “ex”, “vice”, “soto”: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre.

• Em palavras formadas por prefixos “circum” e “pan” + palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação.

• Em palavras formadas com pref ixos “pré”, “pr ó” e “pós” + palavras que têm significado próprio: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação.

• Em palavras formadas pelas palavras “além”, “aquém”, “recém”, “sem”: além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto.

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004G/131Redação Técnica

água-de-colôniaarco-da-velhacor-de-rosamais-que-perfeito

pé-de-meiaao-deus-daráà queima-roupa

Não existe mais hífen:

Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho etc.

Exceções:

anotações / dicas

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Exercícios Propostos

Redação Técnica132/004G

1) Classifique as palavras quanto à posição da sílaba tônica:

a) Maligna: _______________________________________________________________

b) Esgota: ________________________________________________________________

c) Entorpecer: ____________________________________________________________

d) Capacidades: __________________________________________________________

e) Refém: _________________________________________________________________

f) Reação: ________________________________________________________________

g) Mental: ________________________________________________________________

h) Sintoma: ______________________________________________________________

i) É: _____________________________________________________________________

j) Satisfação: _____________________________________________________________

k) Elas: __________________________________________________________________

l) Coisas: _________________________________________________________________

m) Ser: ___________________________________________________________________

n) Pessoas: _______________________________________________________________

o) Trás: ___________________________________________________________________

2) Acentue, quando necessário:

Palido, cutis, o pais, chineses, epopeias, feliz, frances, Bras, miosotis, ponei, aceitavel,

erroneo, aderencia, tatus, especie, bilis, açucar, altruismo, feroz, carrega-lo, apos, decalogo,

crisantemo, efigie, cafeina, plebeu, Caxambu, rainha, orfão, paxa, raposa, esse, alfinete,

Genesio, urubu, gratuito, tapete, mare, mosca, melancia, reptil, chacal, alvara, carretel.

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004G/133Redação Técnica

3) Substitua nas linhas as palavras corretas, que são sinônimos das que estão entre parênteses:a) A justiça ___________________ a pena merecida aos traficantes que haviam a lei. (aplicar;

transgredir)

b) O juiz somente _____________ requerimentos cujas petições são justas. (aprovar)

c) O comerciante foi preso em ____________________ ao __________________o cliente por causa da cor. (na hora; diferenciar indevidamente)

d) Muitos judeus ______________ depois da Segunda Guerra e ________________ para ou tras terras, onde vivem e trabalham. (sair; entrar)

e) O flautista mandou fazer um __________________ em seu instrumento. (ato de reparar)

4) Utilize a crase, se ocorrer:

a) Já conheço a fazenda, por isso preferi ir a cidade conhecer as praças.

b) Prefiro teatro a cinema.

c) Minha amiga Regina voltou a Inglaterra.

d) Nunca assisti a tanta miséria.

e) Estou mais inclinado a ouvir do que a falar.

f) Entreguei a correspondência a gerência.

g) Dois a dois, foi a contagem.

h) Nós a vimos a colher flores no jardim.

i) Não vou a qualquer parte.

j) Ao retornar a consulta, traga o exame.

k) Os turistas desceram a terra para conhecer o porto.

l) Ele prefere o churrasco a gaúcha.

m) O diretor vai atender os visitantes as 16:00.

n) Vamos nos encontrar a saída da firma.

o) O diretor viajou as próprias expensas.

p) Nunca fui a gafieiras.

q) As promissórias já foram devolvidas a gerência.

r) O faxineiro limpa tudo as pressas.

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Redação Técnica134/004G

5) Cada par de frases contém uma correta e uma incorreta quanto à colocação pronominal. Indique as frases corretas:a) ( ) Depois daquele verão, nunca mais a encontrei.b) ( ) Depois daquele verão, nunca mais encontrei-a.c) ( ) Aproximou-se do animal para melhor o observar.d) ( ) Aproximou-se do animal para melhor observá-lo.e) ( ) Não tinha-me falado sobre a sua saída. f) ( ) Não me tinha falado sobre a sua saída.

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Respostas dosExercícios Propostos

004G/135Redação Técnica

Lição 1

1) D

2) D

3) a) ( 4 ) b) ( 2 ) c) ( 5 ) d) ( 6 ) e) ( 7 ) f) ( 1 ) g) ( 3 )

4) A

5) a) V b) V c) F d) F e) V

Lição 2

1) A

2) A

3) E

4) D

5) C

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Redação Técnica136/004G

Lição 3

1) D

2) C

3) A

4) Para redigir esta circular, será necessário obedecer aos parâmetros propostos no exercício, seguindo o modelo mostrado na lição. Veja que existem várias possibilidades de redação do corpo da circular. O importante é elaborar um texto preciso e apresentar com clareza os mo-tivos da empresa para a divulgação desse comunicado. Segue uma possibilidade de resposta:

São Paulo, 23 de outubro de 2XXX.

Aos revendedores:José Carlos Santana,Antônia Maria de Souza,Virgílio Muniz,Cássio Martins Rodrigues.

Prezados Senhores:

Comunicamos que a partir do dia 3 de novembro próximo, os preços de nossos produtos sofrerão aumento de 10%. Tal reajuste se faz necessário devido ao crescente aumento nos preços da matéria-prima utilizada na fabricação de nossos produtos. Ainda assim, definimos um índice abaixo da taxa de inflação anual, pois o compromisso com a qualidade e o melhor preço mantém-se como prioridade de nossa empresa.

Atenciosamente,

Flávio Rodrigues

Flávio Rodrigues,Diretor-Presidente.

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004G/137Redação Técnica

5)

COMUNICAÇÃO INTERNADATA:

NÚMERO: -

ASSUNTO:

PARA: DE:DEPTO./SETOR: DEPTO./SETOR:

23 de outubro de XXXX

Sr. Mário SérgioAlmoxarifado Recepção

Solicito o fornecimento de cinco pacotes de papel para copiadora XEROX. Este material será necessário para ama-nhã, 24/10/XXXX.

Solicitação de papel

Lição 4

1) a)maligna: paroxítonab) esgota: paroxítonac) entorpecer: oxítonad) capacidades: paroxítonae) refém: oxítonaf) reação: oxítonag) mental: oxítonah) sintoma: paroxítona

i) é: oxítonaj) satisfação: oxítonak) elas: paroxítonal) coisas: paroxítonam) ser: oxítonan) pessoas: paroxítonao) trás: oxítona

2) Pálido, cútis, o país, chineses, epopéias, feliz, francês, Brás, miosótis, pônei, aceitável, errôneo, aderência, tatus, espécie, bílis, açúcar, altruísmo, feroz, carregá-lo, após, decálogo, crisântemo, efígie, cafeína, plebeu, Caxambu, rainha, órfão, paxá, raposa, esse, alfinete, Genésio, urubu, gratuito, tapete, maré, mosca, melancia, réptil, chacal, alvará, carretel.

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Redação Técnica138/004G

3)a) infligiu – infringidob) deferiuc) flagrante – discriminard) emigraram – imigrarame) conserto

4)a) Já conheço a fazenda, por isso preferi ir à cidade conhecer as praças.b) Prefiro teatro a cinema.c) Minha amiga Regina voltou à Inglaterra.d) Nunca assisti a tanta miséria.e) Estou mais inclinado a ouvir do que a falar.f) Entreguei a correspondência à gerência.g) Dois a dois, foi a contagem.h) Nós a vimos a colher flores no jardim.i) Não vou a qualquer parte.j) Ao retornar à consulta, traga o exame.k) Os turistas desceram a terra para conhecer o porto.l) Ele prefere o churrasco à gaúcha.m) O diretor vai atender os visitantes às 16h00.n) Vamos nos encontar a saída da firma.o) O diretor viajou as próprias expensas.p) Nunca fui a gafieiras.q) As promissórias já foram devolvidas à gerência.r) O faxineiro limpa tudo às pressas.

5) ( a ), ( c ) e ( f )

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Redação Técnica139/004G

Referências Bibliográficas

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BARBOSA, Maria H. Reciclagem gramatical da língua portuguesa. São José dos Campos: INPE, 1999.

BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 1999.

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BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (F.H. Cardoso), 1995. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Presidência da República, Câmara da Reforma do Estado. Minis-tério da Administração Federal e Reforma do Estado.

CADORE, Luiz Agostinho. Curso prático de português. 7. ed. São Paulo: Ática, 1995.

CARMO, Maria Lígia M.; BARBOSA, Maria H. Reciclagem gramatical da língua portuguesa. São José dos Campos: INPE, 1998.

CESCA, Cleuza G. Gimenes. Comunicação dirigida escrita na empresa. São Paulo: Summus Editorial, 1995.

CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. 8. ed. Rio de Janeiro: Padrão, 1980.

KRAUSE, Gustavo; et alii. Laboratório de redação. Rio de Janeiro: MEC/FENAME, 1982.

KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

MEDEIROS, João Bosco. Redação empresarial. São Paulo: Atlas, 1989.

MEDEIROS, João Bosco; HERNANDES, Sonia. Manual da secretária. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

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Redação Técnica140/004G

NEIVA, Edméa Garcia; ROSA, José Antônio. Redigir & convencer. São Paulo: STS, 1995.

PERROTTI, Edna Maria Barian; MONTANARI, Marilena Esberard de Lauro. S.O.S. língua por-tuguesa: apoio gramatical. 1. ed. São Paulo: Assahi, 1997.

SOARES, Maria do Carmo S. Atualização da comunicação escrita: Redação oficial. São José dos Campos: INPE, 1982.

Webgrafia

http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/. Acesso em 29.10.2012.

http://www.eletrica.ufpr.br/graduacao/noturno/docs/te219/TE219-Aula_3_Email.pdf). Acesso em 29.10.2012.

http://jus.com.br/revista/texto/853/consolidacao-e-redacao-das-leis-lei-complementar-95-98-e-decreto-2954-99. Acesso em 29.10.2012.

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004G - Redação Técnica5E

1 – Assinale a alternativa que se completa com a primeira palavra dos parênteses.( ) a) A explosão da bomba era............... (eminente / iminente)( ) b) Ele quer........... socialmente. (acender / ascender)( ) c) Vamos .......... o arroz. (cozer / coser)( ) d) O ........... deste ano trouxe muitas surpresas. (senso / censo).( ) e) Errei, preciso ........ minhas palavras. (ratificar / retificar)

2 – Na frase “Você usou palavras amargas”, o elemento destacado é exemplo de:( ) a) Paronímia( ) b) Homonímia( ) c) Denotação( ) d) Conotação( ) e) Antonímia

SimuladoParabéns!

Agora que você concluiu seus estudos nesta disciplina, é chegada a hora de fazer os exercícios do Simulado. É muito importante que você o responda, pois ele foi especialmente elaborado para que você se prepare melhor para a sua avaliação. Observe que, para as questões de múltipla escolha, existe apenas uma alternativa correta. Depois de pronto, envie-o para o endereço indicado abaixo ou entregue pessoalmente na Secretaria Escolar de sua Unidade.

INSTRUÇÕES

Para os alunos matriculados em:

•Cursosoficiais (técnicos):a resoluçãodoSimuladoéopcional.Casodeseje,osprofessoresdeplantão farãoacorreção e a devolverão pelo correio.

•Cursos livres (não-oficiais): a resolução do Simulado terá o valor de prova realizada a distância e deve,OBRIGATORIAMENTE,serrespondidoàcaneta(azuloupreta)eenviadoparaacorreção,sendoquesuaaprovaçãolheconferiráoCertificadodeConclusão.

CaixaPostal1220 Av.RangelPestana,1105-Brás01031-970-SãoPaulo-SP ou 03001-000-SãoPaulo-SPA/CDepartamentoPedagógico A/CDepartamentoPedagógico

1

Nome (campo não obrigatório):.............................................................................................................

Nº de Matrícula (campo obrigatório): ................................................. Nota: ..................................

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3 - Classifique as palavras quanto à significação de acordo com a legenda:(S) Sinônimas (A) Antônimas (HG) Homônimas Homógrafas (HF) Homônimas Homófonas( ) a) As pessoas estavam impacientes / A multidão estava impaciente.( ) b) O evento foi agendado para dezembro/03 / O evento foi cancelado.( ) c) A cor ideal para a mobília é marfim / Ele sabe o discurso de cor.( ) d) O cinto de segurança deve ser usado / Sinto muito, ele não está aqui.( ) e) Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa.

4 – Assinale a alternativa que substitua as palavras grifadas abaixo por um sinônimo adequado.A atuação das secretárias vem crescendo a partir da conquista por seu espaço, logica-mente que dependendo da oportunidade que cada uma tem. As Empresas mais conser-vadoras são as que menos chances dão para o crescimento e aproveitamento intelectual destas profissionais, motivo que as leva de maneira geral buscar novos desafios.

( ) a) Trabalho, atualizadas.( ) b) Dia a dia, experientes.( ) c) Tarefa, ricas.( ) d) Trabalho, avançadas.( ) e) Desempenho, tradicionais.

5 – Na frase “Deviam haver mais oportunidades”, temos um vício de linguagem conhecido como:( ) a) Barbarismo( ) b) Solecismo( ) c) Cacofonia( ) d) Redundância( ) e) Repetição.

6 – Marque a alternativa em que todas as palavras estão com as sílabas corretamente separadas.( ) a) His-tó-ria, i-gua-is, pa-ul.( ) b) Ad-vo-ca-ci-a, fel-ds-pa-to, ca-no-a.( ) c) Tran-sal-pi-no, cor-ri-da, cha-vei-ro.( ) d) Ób-vio, ru-a, a-má-vei-is.( ) e) Pla-te-ia, gno-mo.

7 – Indique o erro de acentuação.( ) a) Neném( ) b) Através( ) c) Pajé( ) d) Apos( ) e) cipó

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8 - Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):É proibido o uso de crase:( ) a) diante de palavras masculinas.( ) b) depois das preposições após, contra, entre, perante e sob.( ) c) diante de locuções adverbiais femininas.( ) d) diante de palavras femininas.( ) e) diante de pronomes de tratamento em geral (ex.: V.Exa.).

9 – Há erro de crase na opção:( ) a) Mandaremos um cartão às pessoas ausentes.( ) b) Era imensa sua dedicação à pátria.( ) c) Graças à enfermeira, ele não morreu.( ) d) Explique à esta funcionária o problema.( ) e) Se você for à Romênia, visite meus avós.

10 – Assinale a alternativa errada. ( ) a) Houve muitos problemas técnicos quando da instalação da nova máquina.( ) b) A rúbrica em todas as folhas do Contrato faz-se necessária.( ) c) Esta carta é para eu ler antes da reunião com a Diretoria.( ) d) Os cidadãos presentes durante a solenidade iniciaram um protesto.( ) e) Este presente foi enviado para mim.

11 - Assinale a alternativa errada:a) ( ) Há dois pontos fundamentais.

( ) Haviam 8 cadeiras na sala para 10 participantes da reunião.b) ( ) Vocês haverão de trazer bons resultados de vendas.

( ) Houveram alguns contatos comerciais em vão.c) ( ) Faz 2 anos que a Empresa se instalou no Brasil.

( ) Fazem 8 anos que estão estudando o mercado para lançamento do produto.d) ( ) Dois quilos é pouco para a massa.

( ) Mil reais são para a pintura.e) ( ) Há dois anos atrás foram recrutados seis funcionários.

( ) Há dois anos foram recrutados seis funcionários.

12 – Assinale o erro de regência verbal.( ) a) Ele assistia com carinho os enfermos daquele hospital.( ) b) Não quero assistir esse espetáculo.( ) c) Carlos sempre assistiu em Belo Horizonte.( ) d) Não deixe de assistir àquele jogo.( ) e) Assisti à cerimônia.

3

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13 – Complete as frases seguintes e anote a opção correspondente.Fiz tudo ............................................ não lhe faltasse incentivo.Fale baixo, ................................. vai acordar o neném.Ignoro ........................................ solicitaram revisão.

( ) a) por que, por que, por que( ) b) porque, porque, porque( ) c) por que, porque, por que( ) d) porque, porque, por que( ) e) por quê, porque, por que

14 – Marque a palavra que não tem prefixo.( ) a) Disforme( ) b) Preexistir( ) c) Reler( ) d) Real( ) e) Desanimar

15 – Assinale o erro no emprego do hífen.( ) a) Suprarrenal( ) b) Pseudo-cientista( ) c) Proto-história( ) d) Infraestrutura( ) e) autorretrato

16 – Assinale o erro de pontuação.( ) a) O mundo só conheceu alguém com a total sabedoria: Jesus.( ) b) Paulo, que é português, não gostou da brincadeira; Celso, brasileiro, ficou calado.( ) c) Todos esperavam que, com as novas medidas da diretoria tudo fosse acertado.( ) d) Disse o filósofo: “O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício, e

a necessidade”.( ) e) Os trabalhadores, nervosos, pediram ajuda.

17 – Assinale o erro de pontuação.( ) a) Depois de amanhã, irei à sua casa, mas não levarei os manuscritos.( ) b) Embora tenha pesquisado muito, nada encontrei que, com certeza, provasse

minha tese.( ) c) Fiz tudo para, com a ajuda de todos, completar a minha tarefa.( ) d) Todas as pessoas ilustres e cultas daquele condomínio, aceitaram as nossas pro-

postas.( ) e) Um momento, garota, que eu já vou aí.

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18 – Assinale a frase em que o termo destacado é objeto direto.( ) a) O gato que correu tem fome.( ) b) O jornal que lemos sumiu.( ) c) A carta a que respondi me alegrou.( ) d) A chuva que caiu ontem alagou a cidade.( ) e) Eis o caderno de que preciso.

19 – “O acordo não ______ as reivindicações, a não ser que ______ os nossos direitos e _____ da luta.”

( ) a) substitui – abdicamos – desistimos( ) b) substitue – abdicamos – desistimos( ) c) substitui – abdiquemos – desistamos( ) d) substitui – abidiquemos – desistimos( ) e) substitue – abdiquemos – desistamos

20 – Proposta de produção de textoRedija um comunicado aos clientes da empresa X para informar a mudança de número telefônico. Observar todos os elementos constantes desse tipo de texto, cuidar da estéti-ca, do estilo e da mensagem.

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Pesquisa de SatisfaçãoCaro Aluno:

Para que possamos aprimorar cada vez mais os nossos serviços, oferecendo um material didático de qualidade e eficiente, é muito importante a sua opinião sobre este fascículo que você acaba de estudar.

Sua identificação não é obrigatória. Responda as perguntas a seguir assinalando a alternativa que melhor corresponda a sua opinião (assinale apenas UMA alternativa). Você também pode fazer sugestões e comentários por escrito no verso desta folha.

Na próxima correspondência que enviar à escola, lembre-se de juntar sua(s) pesquisa(s) respondida(s), ou entregá-la(s) na Secretaria Escolar de sua Unidade Educacional.

O Instituto Monitor agradece sua colaboração.

Secretaria Escolar

Nome (campo não obrigatório):.............................................................................................................

Nº de Matrícula (campo obrigatório): .................................................

004G - Redação Técnica5E

Curso Técnico em:

q Eletrônica q Secretaria Escolar q Secretariadoq Transações Imobiliárias q Informática q Administraçãoq Contabilidade q Logística QUANTO AO CONTEÚDO

1) A linguagem dos textos é:q a) sempre clara e precisa, facilitando muito a compreensão da matéria estudada.q b) na maioria das vezes clara e precisa, ajudando na compreensão da matéria estudada.q c) razoavelmente clara e precisa, ajudando, embora nem sempre, na compreensão da matéria

estudada.q d) um pouco difícil, tornando trabalhosa a compreensão da matéria estudada.q e) muito difícil, impossibilitando a compreensão da matéria estudada.

2) Os temas abordados nas lições são:q a) em sua totalidade, atuais e importantes para a formação do profissional.q b) em sua maioria, atuais e importantes para a formação do profissional.q c) razoavelmente atuais e importantes para a formação do profissional.q d) atuais, mas sua importância nem sempre fica clara para o profissional.q e) ultrapassados e sem nenhuma importância para o profissional.

3) As lições são:q a) muito bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade.q b) bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade.q c) razoavelmente bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com

facilidade.q d) muito extensas, dificultando a compreensão do conteúdo.q e) muito curtas e pouco aprofundadas.

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Sugestões e comentários

QUANTO AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

4) Os exercícios propostos são:q a) muito bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.q b) bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.q c) muito simples, exigindo apenas que se decore o conteúdo.q d) um pouco difíceis, mas abordando o que se viu na lição.q e) muito difíceis, uma vez que não abordam o que foi visto na lição.

5) A linguagem dos exercícios propostos é:q a) sempre clara e objetiva.q b) em sua maioria, clara e objetiva.q c) algumas vezes um pouco complexa, dificultando a resolução do problema proposto.q d) mal-elaborada, tornando mais difícil compreender a pergunta que respondê-la.q e) muito complexa, impossibilitando a resolução dos exercícios.

QUANTO À APRESENTAÇÃO GRÁFICA

6) O material é:q a) muito bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo

bastante agradável.q b) em sua maior parte, bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando

o estudo bastante agradável.q c) bem cuidado, mas nem sempre o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização.q d) razoavelmente bem cuidado, mas a disposição das imagens e do texto dificulta a compreensão do

mesmo.q e) confuso e mal distribuído, as informações não seguem uma sequência lógica.

7) As ilustrações são:q a) sempre bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.q b) na maioria das vezes, bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.q c) bonitas, mas sem nenhuma utilidade para a compreensão do texto.q d) malfeitas, mas necessárias para a compreensão e fixação do texto.q e) malfeitas e totalmente inúteis.

Lembre-se: você pode fazer seus comentários e sugestões, bem como apontar algum problema específico encontrado no fascículo. Sinta-se à vontade!