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157 Marketing 2E MARKETING

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157Marketing

2E

MARKETING

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Ficha Técnica

Desenvolvimento de conteúdo, Equipe Técnico Pedagógica do Instituto Monitor Mediação Pedagógica e Design Grá%co Colaboração de: Vitor Barbosa

Monitor Editorial Ltda. Av. Rangel Pestana,1105 – Brás São Paulo/SP – CEP 03001-000 Tel.: (11) 3555-1000 / Fax: (11) 3555-1020 www.institutomonitor.com.br

Impressão Parque Grá$co do Instituto Monitor Av. Rangel Pestana,1113 – Brás São Paulo/SP – CEP 03001-000 Tel./Fax: (11) 3555-1023

Em caso de dúvidas referentes ao conteúdo, consulte o Portal do Aluno:

www.institutomonitor.com.br/alunos

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Lei nº 9.610 de 19/02/98

Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas grá%cos, reprográ%cos,

fotográ%cos, etc., bem como a memorização e/ou recuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho

em qualquer sistema ou arquivo de processamento de dados, sem prévia autorização escrita da editora. Os

infratores estão sujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela

produção de cópias.

2ª Edição - Março/2012

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Índice

157/5

Apresentação ................................................................................................... 9

Lição 1 - Conceito de Marketing

Introdução ..................................................................................................... 11

1. Departamento de Marketing .................................................................... 11

2. Conceito de Troca..................................................................................... 14

3. Os 4 P’s ....................................................................................................... 15

4. Mercado ..................................................................................................... 15

5. Mercado Consumidor ou de Bens de Consumo ...................................... 16

6. Clientes Reais e Potenciais ....................................................................... 16

7. Características Gerais do Mercado Consumidor ................................... 18

Exercícios Propostos .................................................................................... 20

Lição 2 - Fatores que Influenciam na Comercialização

Introdução ..................................................................................................... 21

1. Características dos Produtos ................................................................... 21

1.1 Marca e Logotipo .................................................................................... 21

1.2 Embalagem .............................................................................................. 21

1.3 Qualidade ................................................................................................ 22

1.4 Preço ........................................................................................................ 22

1.5 Rentabilidade .......................................................................................... 23

1.6 Comunicação Mercadológica ................................................................. 23

2. O Trabalho da Agência de Publicidade ................................................. 25

2.1 Decisões sobre Mídias ............................................................................ 26

Exercícios Propostos .................................................................................... 27

Lição 3 - Estados da Demanda e Tarefas Básicas de Marketing

Introdução ..................................................................................................... 29

1. Tarefas de Marketing ............................................................................... 29

1.1 Marketing de Conversão ........................................................................ 30

1.2 Marketing de Estímulo ........................................................................... 30

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157/6

1.3 Marketing de Desenvolvimento ............................................................. 30

1.4 Marketing de Revitalização .................................................................... 301.5 Marketing de Sincronização .................................................................. 301.6 Marketing de Manutenção ...................................................................... 311.7 Marketing de Redução ............................................................................ 311.8 Marketing de Eliminação ....................................................................... 32Exercícios Propostos .................................................................................... 33

Lição 4 - Sistema Central de Marketing

Introdução ..................................................................................................... 351. Sistema de Marketing ............................................................................... 352. Intermediários de Marketing ................................................................... 373. Fornecedores e Concorrentes ................................................................... 38Exercícios Propostos .................................................................................... 40

Lição 5 - Ciclo de Vida do ProdutoIntrodução ..................................................................................................... 411. Conceito ..................................................................................................... 412. Estágios do Ciclo de Vida do Produto ..................................................... 413. Ciclo de Vida da Classe, da Forma e da Marca do Produto .................. 424. Estágio de Introdução .............................................................................. 434.1 Estratégias no Estágio de Introdução ................................................... 435. Estágio de Crescimento ............................................................................ 435.1 Estratégias ............................................................................................... 446. Estágio de Maturidade ............................................................................. 446.1 Estratégias ............................................................................................... 447. Estágio de Declínio ................................................................................... 457.1 Estratégias ............................................................................................... 46Exercícios Propostos .................................................................................... 48

Lição 6 - Marketing EstratégicoIntrodução ..................................................................................................... 491. O Executivo de Marketing ....................................................................... 492. Conceito de Marketing Estratégico ......................................................... 493. Análise das Oportunidades ...................................................................... 503.1 Crescimento Intensivo ............................................................................ 513.2 Crescimento Integrado ........................................................................... 523.3 Crescimento Diversificado ..................................................................... 524. Objetivos da Empresa ............................................................................... 535. Desenvolvimento da Estratégia Mercadológica ..................................... 545.1 Segmentação de Mercado ....................................................................... 545.2 Posicionamento de Marketing ............................................................... 565.3 Penetração de Mercados ......................................................................... 565.4 Estratégia de Composto de Marketing .................................................. 575.5 Estratégia de Época ................................................................................ 586. Formulação de Planos .............................................................................. 59

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157/7

6.1 Metas de Vendas ...................................................................................... 596.2 Orçamento Global de Marketing ........................................................... 596.3 Alocação do Composto de Marketing .................................................... 60

6.4 Determinação do Preço ........................................................................... 60

6.5 Alocação do Orçamento de Marketing aos Produtos ........................... 60

7. Implementação e Controle ....................................................................... 60

Exercícios Propostos .................................................................................... 62

Lição 7 - Organização de um Departamento de Vendas

Introdução ..................................................................................................... 63

1. O Departamento de Vendas ..................................................................... 63

2. Recrutamento e Seleção de Vendedores ................................................. 64

3. Treinamento de Vendedores .................................................................... 64

4. Supervisão de Vendas ............................................................................... 66

5. Remuneração de Vendedores ................................................................... 66

5.1 Salário Fixo ............................................................................................. 66

5.2 Comissões ................................................................................................ 66

5.3 Sistema Misto .......................................................................................... 67

6. Avaliação do Desempenho de Vendedores ............................................. 69

6.1 Critérios para Avaliação ........................................................................ 69

Exercícios Propostos .................................................................................... 72

Lição 8 - Modelos de Formulários de Entrevistas

1. Entrevista com Clientes ........................................................................... 73

2. Questionário para Análise de Satisfação de Clientes ............................ 74

Respostas dos Exercícios Propostos ............................................................ 76

Bibliografia .................................................................................................... 77

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Apresentação

157/9

Com um certo espírito de aventura, empreendedores criam produtos

e serviços a cada momento, introduzindo-os nos mercados. São ele-

mentos que, de alguma forma, acalentam desejos, minimizam esforços,

trazem comodidade, resolvem problemas e ajudam o homem em sua

efêmera permanência no universo.

Quem abraça qualquer atividade que tenha relacionamento com

Marketing deve estar consciente de que, sem sua presença, os povos

não têm contato com estas criações, tampouco as companhias evoluem,

movidas pelo sucesso de seus produtos, graças às atividades de vendas.

A missão do homem de Marketing é ampla e deve ser reconhecida,

não pelas dificuldades do dia a dia, mas pelo importante papel que

exerce como elo entre consumidores e aqueles que vão satisfazer suas

necessidades.

O conhecimento das estratégias de Marketing é de extrema impor-

tância em qualquer atividade da vida contemporânea, possibilitando

alcançar o sucesso desejado na fabricação, comercialização ou prestação

de serviços.

Nesta disciplina, apresentamos os conceitos e tarefas básicas do

Marketing, os fatores que influenciam na comercialização de um produ-

to, o ciclo de vida de um produto, o Marketing estratégico, o Marketing

Mix (4P’s) e também como se organiza um Departamento de Vendas.

Bom estudo!

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01 Conceito de marketing

LIÇ

ÃO

Introdução

Nesta lição vamos definir o Marketing e avaliar a sua rele-vância dentro das organizações. Você conhecerá os famosos 4 P’s - Produto, Praça, Promoção e Preço, os principais questionamentos no estudo de mercado e analisará o mercado consumidor, com seus clientes reais e potenciais, para os quais serão oferecidos diferen-ciados tipos de produtos duráveis, não duráveis e serviços, os quais serão identificados através de suas características específicas.

1. Departamento de Marketing

O Departamento de Marketing de uma empresa é como uma frondosa árvore, possuin do muitas ramificações. Podemos identi-ficar vários subsistemas, como Promoção e Propaganda, Pesquisa, Distribuição e Logística, Estrutura de Preços, Análise da Concor-rência, entre outros, como galhos importantes dessa árvore. A área de Vendas é a mais importante, pois é responsável pela receita a ser otimizada.

Como compor uma árvore que forneça frutos, não priori-tariamente em quantidade, mas que sejam conhecidos pelas qua-lidades intrínsecas que cativem os clientes? Como desenvolver estratégias que permitam um crescimento sólido onde, estruturado por um tronco vigoroso, o departamento dê garantias de longevi-dade sem limites, colocando na copa dessa árvore sempre frutos que não cessem de trazer lucratividade crescente aos negócios? Que tipo de alimento as raízes dessa árvore deverão absorver, para que tudo isto passe de objetivo empresarial a resultados palpáveis?

O sucesso de um empreendimento sempre estará associado ao papel das atividades do Departamento de Marketing, que deve ter as vendas eficazes como objetivo principal. Até os dias atuais, muitos dirigentes de empresas voltam seus objetivos para o aspecto puramente quantitativo das vendas. É um grande erro.

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157/12

Empresas que hoje lideram suas respectivas áreas de atuação,

conquistaram suas posições movidas pela ameaça representada

pela concorrência, e pela busca incessante da otimização de re-

cursos em todos os níveis, inclusive no fechamento de negócios.

Mas, afinal, o que é Marketing?

Marketing (do inglês market = mercado) é o conjunto de es-

tratégias de negócios que encaminham o fluxo de mercadorias ou

serviços do produtor ao consumidor final.

Podemos confirmar este conceito ao analisarmos que, se o em-

preendedor decidir por uma estratégia específica (propaganda, por

exemplo) ou qualquer outra (política de preços, merchandising,

distribuição, incentivo aos vendedores, etc.), estará utilizando uma

estratégia de Marketing. Estas estratégias podem ser utilizadas

isoladamente ou de forma integrada.

Para leigos, quando se fala a palavra Marketing, a única coisa

que vem à mente é propaganda, pois fixou-se em muitos a ideia

de que Marketing é apenas o desenvolvimento de campanhas pu-

blicitárias. Da mesma forma, associa-se Marketing apenas com

vendas, o que consiste em outra falha de interpretação.

Vendas

Embalagem

Análise da Concorrência

Distribuição e Logística

MarketingDiretoMarca e

Patrocínio

Promoção e Propaganda

Pesquisa

Estrutura de Preços

A “árvore” do Departamento de Marketing

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157/13

Segundo estudiosos clássicos, a venda enfoca as necessidades do vendedor; o Marketing enfoca as necessidades do comprador. A

venda está preocupada com a necessidade do vendedor de converter

seu produto em dinheiro; o Marketing, com a ideia de satisfazer às

necessidades do cliente, por meio do produto e toda gama de coisas

associadas com criação, entrega ao consumo final (Theodore Levitt,

em Miopia em Marketing - Harvard Business Review).

Peter Drucker, um dos maiores estudiosos da Administração,

afirmava: “Na realidade, a venda e o Marketing são antíteses e não

sinônimos ou comple mentações. Haverá sempre, podemos admitir,

necessidade para alguma venda. Mas o objetivo do Marketing é tor-

nar a venda supérflua, é saber e compreender tão bem o clien te que

o produto ou serviço o sirva e se venda por si mesmo. Do ponto de

vista ideal, o Marketing deve resultar num cliente que está pronto

para comprar”.

Philip Kotler, conhecido como o “pai do Marketing moderno”,

em seu livro Marketing - edição compacta, de 1985, já dizia que

o conceito de mercados, no fundo, nos traz um conceito de forma

global. Marketing, segundo Kotler, significa “trabalhar com mer-

cados, os quais, por sua vez, significam a tentativa de realizar as

trocas em potencial com o objetivo de satisfazer às necessidades e

aos desejos humanos”.

Kotler afirma ainda que “...o Marketing, como um processo

social e gerencial, pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que ne-

cessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos

de valor com outros.”

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157/14

A definição baseia-se nos seguintes conceitos centrais: necessidades, desejos e demandas; produtos (bens, serviços e ideias); valor; custo e satisfação; troca e transações; rela-cionamentos e redes; mercados; e empresas e consumidores potenciais. A figura a seguir ilustra o conceito.

A Administração de Marketing é a análise, planejamento,

implementação e controle de programas destinados a realizar

as trocas desejadas nos mercados-alvo, com o propósito de

atingir as metas da organização. Isto depende principalmente

do planejamento da oferta da organização, em termos das ne-

cessidades e desejos dos mercados-alvo, usando eficazmente

o preço, a comunicação e a distribuição, a fim de informar,

motivar e servir o mercado.

Alguns autores não concordam com a ideia de que o

Marketing cria necessidades, pois para eles as necessidades

já existem. O que se faz no Marketing é estimulá-las. Mas de

uma verdade todos participam: o mercado é senhor absoluto do ambiente em que respira o Marketing. Tudo gira em torno

dele: a produção, a distribuição e o consumo.

2. Conceito de Troca

Conforme descreve no livro “Princípios de Marketing”,

Charles define troca como sendo o termo chave de Marketing,

no qual as pessoas dão algo para receber algo que elas preferem.

NECESSIDADES

DESEJOS

DEMANDAS

PRODUTOS

(BENS, SERVIÇOS

E IDEIAS)

TROCA E TRANSAÇÕES

VALOR, CUSTO E SATISFAÇÃO

MERCADOS

EMPRESAS E

CLIENTES PO-

TENCIAIS

RELACIONA-

MENTOS E

REDES

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157/15

Normalmente se pensa em dinheiro como meio de troca, pois damos dinheiro para re-ceber as mercadorias e serviços desejados. Porém, a troca não se resume somente a di-

nheiro, duas pessoas podem trocar diferentes

produtos.

São cinco as condições que devem ser

satisfeitas para que qualquer tipo de troca

ocorra:

1. Deve haver pelo menos duas partes.

2. Cada uma das partes deve possuir

algo a que a outra parte dá valor.

3. Cada parte deve ser capaz de se co-

municar com a outra e entregar as mercado-

rias ou serviços pedidos pela outra parte no

negócio.

4. Cada parte deve ser livre para aceitar

ou rejeitar a oferta da outra.

5. Cada parte deve desejar negociar com

a outra.

Todas as condições atendidas, não ga-

rantem a troca, mas a troca não acontece se

qualquer uma das condições não for aten-

dida.

Vários clientes potenciais podem ques-

tionar sobre o produto ou serviço oferecido,

você realiza o Marketing do produto/serviço

focando a sua comercialização, mas em mui-

tos casos a venda não é concretizada.

3. Os 4 P’s

Todo trabalho mercadológico está sem-

pre ligado a uma situação que pode envolver,

isoladamente, ou ainda de forma integrada,

os quatro P’s básicos do Marketing: Produto,

Praça, Promoção e Preço.

Composto de Marketing é o nome que

se dá ao conjunto de variáveis controláveis

que a empresa pode utilizar para influenciar

as respostas dos consumidores. Em seu livro

Marketing Básico, de 1960 (1ª edição), E. Jerome McCarthy já identificava que o com-

posto de Marketing tinha como elementos

básicos: Produto, Praça, Promoção e Preço.

O produto, com todas suas variáveis (qua-

lidade, garantia, estilo, assistência técnica,

embalagens, etc.); a praça (pontos de venda,

formas de distribuição, estocagem, etc.); a

promoção (propaganda, relações públicas e comunicação em geral) e o preço (níveis de preço, forma de pagamento, etc.), serão estudados com maior aprofundamento nas próximas lições.

4. Mercado

O conjunto de elementos voltados para a produção, distribuição e consumo de bens e serviços pode ser entendido como conceito de mercado.

As características dos mercados são in-finitas. Podemos sintetizar nossos estudos restringindo como áreas de importância aquelas que tenham relação direta com a Administração de Vendas.

No mercado, a função de distribuição dos bens e serviços é desenvolvida pelo co-mércio. Para que a Administração de Vendas possa desenvolver estratégias de Marketing, é fundamental o estudo do mercado perti-nente ao produto ou serviço produzido pela empresa. Quando analisado com critério, o mercado induz ao estrategista uma quanti-dade razoável de questionamentos de grande importância.

Algumas perguntas que devem ser res-pondidas são:

Qual o tamanho do mercado em que atuo/pretendo atuar?

Quanto se vendeu no último ano?

Quais as perspectivas de crescimento deste mercado?

Quanto venderam meus concorrentes?

De quanto é a participação deles?

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157/16

Quanto vende minha empresa?

De quanto é minha participação neste

mercado (share de mercado)?

O que ameaça meu negócio?

Quais as oportunidades a serem

exploradas?

Estas nove informações que precisam

ser obtidas, analisadas e direcionadas para

tomada de decisão, são apenas a parte mais

visível do trabalho de estratégia mercadoló-

gica. Existem muitas outras tarefas a serem

desenvolvidas, para que a empresa ganhe

espaço, torne-se sólida e tenha suas curvas

de vendas e lucratividade crescentes, o que

é muito difícil em mercados cada vez mais

competitivos.

A análise dos mercados é o ponto de

partida para todo o planejamento, imple-

mentação e controle de Marketing. Sob o

ponto de vista exclusivo do papel e motivos

dos compradores, e não pelas características

do produto adquirido, o mercado pode ser:

Consumidor, Produtor, Revendedor, Gover-

namental e Internacional.

5. Mercado Consumidorou de Bens de Consumo

Uma pessoa que obteve grande sucesso

na comercialização de um novo tipo de pasta

de dente seria também capaz de conseguir

êxito na produção e venda de microcomputa-

dores? Ou ainda, essa mesma pessoa conse-

guiria criar um novo produto (pasta de dente)

direcionado especificamente para pes soas

deficientes e continuar trazendo lucros para

seus negócios?

São possibilidades que dependem de

muitos fatores, pois cada mercado específico

exige práticas muito especiais e, para que

haja sucesso, o especialista de Marketing

leva tempo para dominar cada novo merca-

do. Um dos desafios é minimizar este tempo.

O profissional experiente, devidamente

treinado, aprende, com o passar do tempo,

as singularidades de cada mercado.

6. Clientes Reais e Potenciais

Uma empresa deve ter informações preci-

sas sobre quem são seus clientes reais e clien tes

potenciais.

- São os que efetivamente

consomem ou utilizam os produtos ou ser-

viços da empresa. Cabe ao administrador

de Marketing mantê-los e ampliá-los.

O que o consumidor está disposto a consumir?

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157/17

- São os que, embora ainda não consumam

ou utilizem os produtos ou serviços da empresa, têm todas as

condições para fazê-lo. A maioria destes clientes pode estar

comprando da concorrência.

Existem casos de clientes potenciais que ainda não estão con-

sumindo nem da concorrência. Estes são mais fáceis de captar.

Já os da concorrência representam um maior esforço, para que

os mesmos desistam da eventual fidelidade à outra organização.

Theodore Levitt, autor do célebre artigo Miopia em Marketing,

publicado na Universidade de Harvard (EUA), dizia que “Ma-

rketing é manter e conquistar clientes.” Esta teoria nos dá uma

lição que muitos empreendedores não apreciam, ou melhor, não

praticam com seriedade. Uma coisa é possuir bons clientes reais;

outra coisa é ignorar a saída de alguns clientes reais e trabalhar apenas na prospecção de clientes potenciais.

Todos aceitamos que é tarefa de qualquer empreendedor con-quistar novos clientes. Mas, um simples desleixo com os clientes fiéis pode ocasionar uma “migração” para a concorrência. Se a empresa não desenvolver um trabalho sério para detectar as causas da perda de clientes, o problema pode facilmente se estender para futuros clientes.

Sendo mantidos os clientes reais, fica mais fácil a continui-dade do desenvolvimento deste universo, seduzindo a clientela em potencial.

A complexidade dos mercados nos leva a desenvolver mais questionamentos. É fundamental aprender e compreender aspec-tos essenciais de um mercado. Quando estuda um novo mercado, o responsável pelo Marketing deve pesquisar seis incógnitas, que podem ser sintetizadas da seguinte forma:

Objetos de compra O que o mercado compra?

Objetivos de compra Por que compra?

Organização de compra Quem compra?

Operações da organização de compra Como compra?

Ocasiões de compra Quando compra?

Locais de compra Onde compra?

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157/18

7. Características Gerais

do Mercado Consumidor

O mercado consumidor é o mercado para produtos e serviços

que são adquiridos ou alugados pelas pessoas e famílias, para uso

pessoal (não comercial). A existência de necessidades e desejos

humanos impulsiona o aparecimento de muitos negócios.

Produto é tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo. Partin-

do deste conceito e lembrando que a sensação de desejo ativa o

indivíduo a uma busca de solução para algum estado de carência,

as empresas atuam atendendo a estas necessidades da sociedade.

O mercado consumidor é nossa maior preo cupação com relação

à sua sincronia com o Marketing Produtor.

O Brasil possui um mercado consumidor amplo e perspectivas

crescentes de oportunidades de novos negócios. Oferece aos con-

sumidores uma variedade de produtos e serviços que se amplia de

forma impressionante a cada dia. A cada semana, os fabricantes

procuram colocar de 150 a 250 novos produtos nas prateleiras dos

supermercados e outros pontos de venda, inclusive na Internet.

Como seria previsível, a busca para novas soluções de vendas

estimula o desenvolvimento de formas “inteligentes” de vendas,

que não páram de ser criadas, como teleMarketing na TV, delivery

(entrega em domicílio), e-commerce (comércio eletrônico - via

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157/19

Anotações/Dicas

Internet) e outras modalidades associadas ao uso de tecnologia.

Buscando uma forma de classificar esta infinidade de produtos, podemos identificar um ângulo de estudo: a taxa de consumo e

tangibilidade. Assim, temos:

1. Bens duráveis - Bens tangíveis que normalmente sobrevivem a

muitos usos. Exemplo: geladeiras, automóveis, roupas, móveis

e utensílios.

2. Bens não duráveis - Bens tangíveis que normalmente são con-

sumidos em um ou poucos usos. Exemplo: jornais, carne, sabão,

verduras, frutas, ovos, etc.

3. Serviços - Atividades, benefícios ou atendimentos que trazem

satisfação, e que são colocados à venda. Exemplo: eletricistas,

marceneiros, estética, profissionais liberais, serviços financeiros,

de lazer e entretenimento.

Esta identificação quanto à materialidade e taxa de uso tem

implicações nas estraté gias a serem adotadas. Produtos que são

consumidos rapidamente e com compra frequente (não duráveis

e serviços) serão vendidos em muitos locais, proporcionando uma

pequena margem e desenvolvendo uma forte lealdade de marca.

Já produtos mais duráveis precisam de mais vendas e serviços

pessoais (assistência técnica, por exemplo), proporcionando uma

margem maior e exigindo mais garantias do vendedor.

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157/20

Exercícios

Propostos

1 - O conjunto de variáveis controláveis, que a empresa pode utilizar para

influenciar as respostas dos consumidores, formado pelos 4 P’s, é também

chamado de:

( ) a) Grupo de Marketing

( ) b) Composto de Marketing

( ) c) Bateria de Marketing

( ) d) Oferta e procura

( ) e) Simplesmente Marketing

2 - __________ pode ser entendido como o conjunto de elementos voltados para

a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Assinale a alternativa

que preenche adequadamente a lacuna:

( ) a) Propaganda

( ) b) Publicidade

( ) c) Mercado

( ) d) Feira de negócios

( ) e) Marketing

3 - Também conhecido como o mix de Marketing, os 4 P’s são as variáveis

controláveis que a empresa pode utilizar para influenciar as respostas dos

consumidores:

( ) a) Prospecção, Praça, Promoção e Propaganda

( ) b) Propaganda, Produto, Preço e Perspectiva de mercado

( ) c) Produto, Preço, Praça e Promoção

( ) d) Publicidade, Propaganda, Promoção e Preço

( ) e) Pessoa, Público, Publicidade e Povo

4 - Caracterizado como um bem tangível que normalmente sobrevive a muitos

usos:

( ) a) produto acabado

( ) b) produto semiacabado

( ) c) produto em processo

( ) d) bem durável

( ) e) bem não durável

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157/21

02Fatores que in�uenciam

na comercializaçãoLIÇ

ÃO

Introdução

Nesta lição o aluno conhecerá as variáveis

que, decididamente, podem influenciar na

decisão de aquisição e, muitas vezes, na fideli-

dade que todo empresário deseja por parte de

sua clientela: marca, embalagem, qualidade,

preço, rentabilidade e comunicação são itens

fundamentais para o desenvolvimento da co-

mercialização de um produto ou serviço.

1. Características dos Produtos

Existem características de produtos ou

serviços que, por terem muita subjetividade (utilidade, benefícios para o consumidor), são

chamadas de dimensões intangíveis. Outras

características mais fáceis de serem medidas,

mensuradas, têm o nome de dimensões tangí-veis. Idalberto Chiavenato, em seu livro Ini-

ciação à Administração de Vendas, identifica as seguintes dimensões tangíveis:

1.1 Marca e Logotipo A marca é um nome, sinal ou desenho que

identifica o produto ou serviço de uma empre-sa e serve para diferenciá-la dos produtos ou serviços dos concorrentes. O nome da marca deve ter facilidade de pronúncia, de preferên-cia breve e que se instale sem dificuldades na mente dos clientes.

A marca pode também ser desenhada em um logotipo, que é um tipo de desenho utili-zado como comunicação visual em todos os impressos, materiais, placas, prédios e tudo o

mais que se refira à empresa. Um bom logoti-po deve ter o conceito em sua representação gráfica, a imagem que a empresa deseja passar para sua clientela: segurança, solidez, versati-lidade, rapidez, comodidade, etc. Nesta com-posição o traço, as cores, tudo é importante.

Observe, como exemplo, o logotipo do Banco Bradesco:

Segundo fontes do próprio banco, a ideia ficou quase um ano amadurecendo em um estúdio na Califórnia - EUA e acabou dando um ótimo resultado. É uma árvore estilizada, na qual se observa uma copa que simboliza “proteção, leque de produtos para os clientes”. Dois traços formam o tronco: “ajuda ao pe-queno e ao grande cliente”; os traços da copa da árvore indicam crescimento, agilidade e um dos traços, inclusive, é comparado à faixa com os dizeres “ordem e progresso” da bandeira brasileira. Você já tinha pensado nisto?

Algumas marcas são tão fortes que o produto passou a ser sinônimo de categoria de produto. Exemplos: Band-Aid, Bombril, Danone e Gillete.

1.2 Embalagem

A embalagem é o material que acondicio-na, protege e guarda o produto.

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No início da era industrial, a embalagem era considerada elemento que atendia apenas fun-

ções técnicas (proteção ao produto, resistência às quedas, preservação quanto à umidade, calor,

etc.) ou a funções logísticas (facilidade de empilhamento, manuseio, transporte, etc.).

Hoje, a embalagem tem, além destas funções, uma representatividade importante como

elemento de comunicação e diferenciação, mediante o qual o consumidor pode fazer, antes de

usá-lo, a sua primeira avaliação de qualidade e de utilidade do produto.

1.3 Qualidade

A qualidade do produto/serviço constitui o componente mais importante e, ao mesmo tem-

po, mais difícil de se definir, pois a percepção da qualidade pelos compradores é extremamente

variável.

Neste sentido, é importante distinguir entre qualidade intrínseca do produto (qualidade

inerente ao produto) e os aspectos extrínsecos (aqueles que cada comprador percebe subjetiva-

mente). O que leva um comprador a admitir a qualidade de um produto/serviço é a sua percep-

ção subjetiva de qualidade. A percepção subjetiva é preponderante sobre a qualidade objetiva

(intrínseca), pois se o consumidor não perceber subjetivamente as qualidades do produto, seu

interesse pelo mesmo torna-se quase nulo.

1.4 Preço

A determinação do preço do produto/

serviço envolve muitas operações. O custo

operacional, o grau de utilidade para o cliente,

a qualidade percebida, o nível de valores agre-

gados (assistência técnica, garantia, bom aten-

dimento, etc.), tudo isso influencia no preço.

Os principais aspectos analisados para

determinação do preço de um produto são:

comercialização.

(similares e competitivos).

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157/23

1.5 Rentabilidade

A rentabilidade de um produto/serviço é o lucro que ele pro-

porciona à empresa. O lucro representa as receitas totais menos as despesas totais, na fabricação e comercialização de um produto/serviço. Se a receita ultrapassa os custos de produção, existe lucro.

Cada produto ou serviço representa uma rentabilidade que compõe o retorno pelo investimento feito na sua produção e venda.

Devemos lembrar sempre que o retorno sobre o investimento só se verifica quando toda a soma dos investimentos for amortizada pelas receitas geradas pelo produto. A receita de vendas é obtida

pelo volume de vendas multiplicado pelo preço do produto.

Cada produto/serviço apresenta sua receita de vendas respec-

tiva. Corporações que possuem linhas de produtos apresentam as receitas de vendas de cada produto, em termos percentuais sobre a receita total. Isto possibilita uma análise da performance de cada produto, direcionando as decisões a serem tomadas. Exemplo:

1.6 Comunicação Mercadológica

A forma como a empresa se comunica com sua clientela é

fator decisivo, muitas vezes, para o seu sucesso e permanência

no mercado. Estamos falando aqui de técnicas e operações de

propaganda, publicidade, promoção e relações públicas, elemen-

tos fundamentais da comunicação da empresa com o mercado de

compradores ou clientes.

Estas ferramentas compõem a comunicação mercadológica,

que tem a venda como objetivo principal, envolvendo-se, cada

uma delas, com diferenciados esforços a serem desenvolvidos pela

área de Marketing: fixar uma ideia, um conceito, uma marca, etc.

O convencimento, a persuasão, a constante exaltação das qua-

lidades e propostas de soluções, que o produto ou serviço trazem

Linhas de Produtos

Produto A

Produto B

Produto C

Produco D

Produto E

Receita Total de Vendas

Receita de Vendas

R$ 388,00

R$ 458,00

R$ 679,00

R$ 456,50

R$ 651,00

R$ 2.632,00

Porcentagem

14,74%

17,40%

25,79%

17,34%

24,73%

100,00%

Receita de vendas de uma linha de produtos

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157/24

ao consumidor final, são os desafios a serem

enfrentados pela área de comunicação mer-

cadológica. Vamos conhecer estas atividades:

1.6.1 Publicidade e Propaganda

Caracteriza-se pela propagação ou di-

vulgação do produto através de espaço pago

em veículo de mídia. A publicidade

(publicidade = tornar público) também pode

ocorrer através de divulgações não pagas, tais

como notícias ou comentários públicos sobre

o produto.

Uma campanha publicitária é projeto no

qual se organizam todas as ações de propa-

ganda ou promoção do produto da empresa.

O objetivo sempre será o de criar uma ati-

tude favorável do potencial comprador em

relação ao produto ofertado pela empresa

e, ao mesmo tempo, manter a fidelidade dos

clien tes reais. Trata-se de motivar a clien-

tela a preferir o produto ou serviço, através

de informações estruturadas, de forma a

persuadi-la à ação de compra.

A efetiva ação de compra não depende

apenas da propaganda; outros atributos são

indispensáveis, como assistência técnica,

qualidade e preço atraente. A eficiência de

uma campanha publicitária é, portanto, vin-

culada a outros fatores, ligados ao produto

e à própria empresa (bom atendimento ao

clien te, etc.).

1.6.2 Promoção de Vendas

São ações que podem ser realizadas junto

ao público comprador, ou ainda em níveis

intermediários revendedores e vendedores

visando estimular as vendas.

Na promoção é fundamental como tudo

em administração um planejamento muito

bem estruturado, quanto ao período da pro-

moção, a necessidade ou não de atendimento

a dispositivos legais, fornecedores para os

brindes, etc.

Destacamos a necessidade de planeja-

mento, para que não aconteça uma situação

que implique perdas para a empresa. Observe

o exemplo que damos a seguir.

Uma loja de confecções inicia uma pro-

moção, com a redução temporária de seus

preços, para alavancar seu caixa; cumprido

o prazo previsto da promoção, concluiu que

suas vendas, durante a promoção, subiram

30%. Digamos que, após a promoção, com o

retorno aos preços normais, a empresa sofra

uma queda no faturamento, que represente

menos do que a empresa faturava antes da

promoção. Aqui houve um problema serís-

simo de falta de planejamento, pois uma

promoção precisa ter início, meio e uma fina-

lização adequada. Quando a atividade pro-

mocional acaba, os níveis de vendas devem,

no mínimo, se estabilizar aos patamares do

período anterior ao da promoção.

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157/25

Uma empresa pode decidir pela estra-

tégia de promoção para várias finalidades:

eliminar estoques, esforço para ampliar a

divulgação e, principalmente, alavancagem

de faturamento. Várias são as formas de

promoção: liquidações, ofertas, concursos,

brindes, descontos no preço, demonstrações

nos pontos de venda, feiras, programas

motiva cionais junto aos revendedores, com

premia ções, etc.

1.6.3 Venda Pessoal

Na venda pessoal ocorre a ação direta

junto ao comprador, quando as caracterís-

ticas e vantagens do produto são explicadas

pessoal mente. O resultado esperado desse

contato pessoal é a venda do produto.

2. O Trabalho da

Agência de Publicidade

A mensagem publicitária representa o

aspecto essencial da propaganda e consiste

na transmissão de uma ideia ao consumidor

do produto. A mensagem publicitária define

o que se diz ao cliente potencial, como se diz,

onde se diz e com que frequência se diz.

Estudos provam que a quantidade de

mensagens enviadas aos clientes possui limi-

te quanto à sua eficiência. A importância em

se estabelecer o que o consumidor gostaria de

ver, ouvir ou sentir em termos de mensagem,

é extremamente importante. A mensagem

publicitária pode ocasionar efeitos inversos

aos desejados: o consumidor pode irritar-se

e passar a rejeitar o produto veiculado na

propaganda.

Alguns anúncios, muito mal elaborados,

ofendem o consumidor, criando o que cha-

mamos de propaganda negativa. Por exem-

plo, em 2002, uma empresa de consórcio de

automóveis veiculou nos ônibus da cidade

de São Bernardo do Campo (SP) um cartaz

dizendo: “Por quanto tempo você vai ficar

assim? - colocaram a foto de um burro -.

Faça um consórcio de automóveis .....”.

A propaganda fixa uma ideia, uma ima-

gem, um conceito do produto ou serviço.

Desta forma, a eficácia da mensagem publi-

citária, em relação às metas de aumento de

vendas, é fortemente dependente do grau de

criatividade que a caracteriza.

A argumentação a favor do produto deve

ser, ao mesmo tempo, criativa e respeitosa

com o consumidor. A mensagem criativa

atrai a atenção do consumidor de modo com-

provadamente eficiente. A mensagem publi-

citária respeitosa é aquela que considera a

inteligência do consumidor, bem como sua

capacidade e direito de decisão. Sentindo-se

atraído e valorizado pela propaganda, o po-

tencial comprador tende a desenvolver uma

atitude simpática com relação ao produto.

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2.1 Decisões sobre Mídias

Definida a mensagem publicitária, res-

ta saber em que tipo de mídia ou veículo

de comunicação ela será transmitida. São

chamadas de mídias eletrônicas: televisão,

rádio, cinema e Internet. Já a formatação

de mídia impressa é composta pelos jornais,

revistas, outdoors, malas-diretas, catálogos,

etc. Existe ainda uma infinidade de outras

mídias alternativas: busdoor (ônibus), trens,

backlight, placas com imagens de alta defi-

nição, faixas em pequenos aviões no litoral,

banners e muitas outras.

As agências de publicidade são as ins-

tituições especialistas na elaboração de

todo projeto de comunicação, contratação

das mídias e acompanhamento da veicula-

ção. Costumamos dizer que um projeto de

comunicação bem planejado sempre será

sinônimo de investimento e não de despesa,

como acontece com projetos em que não há

preocupação com todas as variáveis aqui

apresentadas.

A título de complementação, vamos fazer

uma síntese sobre decisões de veiculação de

anúncios, que geralmente são tomadas pela

empresa, após a explanação do projeto da

agência de publicidade.

2.1.1 Alcance

Qual a quantidade de pessoas que se pre-

tende impactar com a mensagem? O alcance

pode abranger todo um país, uma região,

uma cidade, etc.

2.1.2 Frequência

Como será distribuído o período da

campanha publicitária? Pode-se pretender

divulgá-la continuamente, de hora em hora,

diariamente, etc.

2.1.3 Continuidade

Qual o timing (tempo específico) em que a

campanha estará ativa? Isso pode ser durante

uma semana, um mês, um ano, etc.

Anotações/Dicas

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Exercícios

Propostos

1 - É um nome, sinal ou desenho que identifica o produto ou serviço de uma

empresa, e serve para diferenciá-lo dos produtos ou serviços dos concorrentes.

Estamos falando de:

( ) a) Marca

( ) b) Embalagem

( ) c) Slogan

( ) d) Comercial

( ) e) Marketing

2 - As ações que podem ser realizadas junto ao público comprador, ou ainda em

níveis intermediários (revendedores e vendedores) visando estimular as vendas

são:

( ) a) promoção

( ) b) propaganda

( ) c) merchandising

( ) d) distribuição

( ) e) marketing

3 - Assinale os aspectos que podem ser analisados para a determinação do preço

de um produto:

( ) a) Custo para fabricação e comercialização.

( ) b) Valor que o cliente atribui ao produto.

( ) c) Preços fixados pela concorrência.

( ) d) Restrições legais.

( ) e) Objetivos empresariais.

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4 - Trata-se do questionamento relacionado ao número de pessoas que se pretende

impactar com a mensagem, quando é necessária a tomada de decisão sobre mídias:

( ) a) Continuidade

( ) b) Propaganda

( ) c) Publicidade

( ) d) Frequência

( ) e) Alcance

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157/29

03Estados da demanda e tarefas

básicas de marketingLIÇ

ÃO

Introdução

Nesta lição você conhecerá os vários tipos de demanda que podem atingir um determinado produto ou serviço. A partir da identificação do tipo de demanda, o Administrador de Marketing deve aplicar a estratégia mais adequada. Correlacionar diagnóstico

de demanda com a tarefa de marketing é nosso objetivo.

A Administração de Marketing deve estar sempre apta para

regular o nível, o tempo e o caráter da demanda, de tal modo que

ajude a empresa a atingir seus objetivos. Sintetiza-se estas respon-

sabilidades como uma busca constante da perfeita administração

da demanda, tema desta lição.

1. Tarefas de Marketing

Toda e qualquer empresa deve estimar o nível desejado de

transações com um determin ado mercado. Nas diferentes épocas

do ano, o nível de demanda real pode estar abaixo, igual ou aci-

ma do nível desejado de demanda. Estas diferenciadas situações,

segundo Kotler, conduzem a oito estados distintos de demanda,

para os quais existem tarefas de marketing específicas.

Para cada situação, deve-se tomar medidas adequadas para a

reversão/manutenção do nível de vendas. Vejamos estas situações:

ESTADO DA DEMANDA

Demanda Negativa

Demanda Inexistente

Demanda Latente

Demanda Declinante

Demanda Irregular

Demanda Plena

Demanda Excessiva

Demanda Indesejada

TAREFA DE MARKETING

Corrigir a demanda

Criar a demanda

Desenvolver a demanda

Revitalizar a demanda

Sincronizar a demanda

Manter a demanda

Reduzir a demanda

Destruir a demanda

NOME FORMAL

Marketing de Conversão

Marketing de Estímulo

Marketing de Desenvolvimento

Marketing de Revitalização

Marketing de Sincronização

Marketing de Manutenção

Marketing de Redução

Marketing de Eliminação

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1.1 Marketing de Conversão

Deve ser realizado quando a demanda for

negativa. Isto acontece quando a maioria dos

segmentos do mercado potencial não gosta

do produto ou dos serviços. Isto, por incrível que pareça, não é raro. Os vegetarianos, por exemplo, sentem uma demanda negativa com relação a qualquer tipo de carne. Podemos dizer o mesmo pelo segmento de turismo com relação ao Polo Norte, desertos, ou ainda o serviço militar e viagens aéreas para deter-minados grupos da sociedade. Como “con-verter” estes grupos ao consumo daquilo que se oferece é o desafio para o Administrador de Marketing.

1.2 Marketing de Estímulo

Neste caso, há um desinteresse ou indi-ferença por parte do mercado em potencial. Esta situação não apresenta nem reações positivas, nem negativas quanto ao produto ou serviço oferecido. O que acontece é um posiciona mento de neutralidade do público-alvo, não manifestando seu interesse.

Nesta categoria podemos encontrar ser-viços ou bens cujo valor é considerado nulo. Por exemplo, barcos em áreas afastadas do litoral, arame farpado velho, propaganda eleitoral após as eleições e alarmes contra ladrões onde não existe criminalidade. Estes produtos enfrentam uma situação de deman-da inexistente, porque o mercado relevante não tem interesse ou conhecimento desse objeto.

Estimular o consumo desses produtos ou serviços é a tarefa de marketing específica desta situação de mercado.

1.3 Marketing de Desenvolvimento

Esta tarefa deve ser trabalhada quando a demanda estiver latente. Este tipo de de-manda ocorre quando um número conside-rável de pessoas tem uma forte necessidade

de algo que não existe na forma de um bem ou serviço real. Trata-se de uma verdadeira oportunidade para o inovador de marketing desenvolver o produto ou serviço que as pes-soas estão desejando.

É uma excelente situação quando existe criatividade e, como não poderia deixar de ser, recursos materiais e principalmente financeiros, para que se desenvolva um pro-duto diferenciado que atenda esta demanda latente.

1.4 Marketing de Revitalização

Todo produto ou serviço nasce, desenvol-ve-se e atravessa um ciclo natural de vida. Um dia amadurece e começa a declinar. O trabalho de revitalização é utilizado exata-mente para quaisquer produtos ou serviços que estão em queda livre. É o caso da deman-da declinante, onde a procura é menor num instante do que era em períodos anteriores e, o que é pior, apresenta tendências de declí-nios posteriores.

Viagens de trem, drives-in e discos de vinil são exemplos típicos que ilustram esta tendência de decréscimo gradual na demanda. Revitalizar estes mercados é a complicada tarefa a ser desenvolvida. Assim, a melhor estratégia é criar um novo ciclo de vida para o produto ou serviço declinante. Deve-se procurar novas propostas, para que o relacionamento entre a oferta e seu merca-do potencial se restabeleça.

1.5 Marketing de Sincronização

Muitos empreendedores ficam em verda-deiro dilema ao constatarem que a demanda por seus produtos ou serviços é totalmente irregular. Isto pode acontecer sem que o produto apresente, necessariamente, alguma razão clara de sazonalidade (período em que há maior demanda por determinado produto/serviço).

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De qualquer forma, em algumas épo-

cas do ano, pode acontecer um aumento da

demanda muito maior do que a capacidade

de oferta da empresa, enquanto em outras

épocas, observa-se uma grande perda, devi-

do à procura inferior ao que a organização coloca no mercado. Esta demanda irregular é caracterizada por flutuações sazonais, que não permanecem fixas ao padrão do compor-tamento da oferta.

O setor de transportes coletivos atua com “horários de pico” na demanda. Épocas de temporada são típicas em determinadas atividades hoteleiras, bem como nos finais de semana aumenta a procura por prontos-socorros. Estes e muitos outros tipos de oferta demonstram uma situação em que a tarefa primordial de marketing é sincronizar a demanda.

Este esforço é direcionado para que as oscilações de demanda e de oferta entrem em melhor sincronização. Estas estratégias po-dem ser as mais diversificadas, dependendo do caso específico.

1.6 Marketing de Manutenção

A demanda plena é o desejo de toda or-ganização. É um estado no qual o nível e o tempo atual da demanda é igual ao nível e ao tempo desejado da demanda. Vários pro-dutos e serviços obtêm este estado de tempos em tempos. No entanto, não é uma época de “acomodar-se, pois tudo está muito certo e isento de estratégias e/ou preocupações”.

Dois fatores podem derrubar esta situ-ação: os gostos e necessidades dos consu-midores podem mudar. As preferências do mercado a qualquer momento podem mudar de forma drástica. A outra força é a concor-rência, que, se for ativa, é preocupação que não se pode deixar de lado. Nada mais co-mum do que um produto de sucesso estimular

o aparecimento de concorrentes que aplicam a estratégia do “me too”, com a intenção de atrair para si seus clientes.

A tarefa do especialista de marketing na ocorrência da demanda plena é a de manu-tenção deste estado. A eficiência de toda a equipe, até então obtida, deve ser mantida a qualquer custo, bem como uma vigilância redobrada aos ataques da concorrência. Al-gumas táticas como manter o preço certo, a equipe de vendas, revendedores motivados e controle rígido sobre os custos são perti-nentes na tarefa de manutenção da demanda plena.

1.7 Marketing de Redução

Uma eventual procura acima da possibi-lidade de oferta, ou seja, um caso isolado de demanda excessiva, é difícil de resolver de forma rápida e inteligente. Quando a procura excede o nível em que a organização se sente capaz ou motivada a estabelecer a oferta, a melhor solução é construir um cenário que possibilite a redução da demanda.

Muitos exemplos podem ser observados nesta situação, desde uma superutilização de determinado trecho de uma estrada, até os casos de superpopularidade crônica de determinado produto ou serviço.

A tarefa para reduzir a demanda ex-cessiva é conhecida como marketing de re-dução. Tenta-se desestimular os clientes em geral ou certo tipo de clientes específicos, tanto temporária como permanentemente, dependendo da singularidade do caso. É óbvio que, quando temporária, é necessário ter o cuidado para não denegrir a imagem do produto ou serviço.

Na maioria dos casos, acontece o que chamamos de marketing de inversão. Ao in-vés de estimular a clientela, há que se deses-timulá-los de forma até um quanto artística.

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157/32

Alterar a qualidade, promoção e serviços de assistência técnica,

ou ainda, os preços podem subir, criando um ambiente em que a

procura diminua.

1.8 Marketing de Eliminação

Pode-se chegar à conclusão de que determinado produto ou

serviço não deva mais ser utilizado pela clientela, caracterizando

a demanda indesejável. Esta conclusão pode ter várias conotações:

saúde do consumidor, incentivo à violência, etc.

Demanda indesejável é o estado em que qualquer demanda é

considerada como excessiva por causa das qualidades negativas

associadas à oferta. Exemplos clássicos de esforços para não ven-

der têm girado em torno de produtos que viciam e causam mal à

saúde, como álcool, entorpecentes e cigarros. Mas outros produtos

podem ser relacionados a esta tarefa: brinquedos em forma de

armas, amianto, clorofluoretocarbono (CFC - gás que destrói a

camada de ozônio da atmosfera), etc.

A tarefa de tentar destruir a demanda é chamada de

marketing de eliminação. Enquanto o marketing de redução

objetiva reduzir a demanda sem desprestigiar o produto em si,

o marketing de eliminação é uma estratégia que busca rotular o

produto como indesejável. A demanda a ser eliminada poderá ser

de um produto que a própria empresa quer excluir do mercado, de

um concorrente de seu produto ou de qualquer outro é considerado

socialmente indesejável.

Anotações/Dicas

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Exercícios

Propostos

1 - É um estilo de marketing que pode ser utilizado nos casos de demanda de-clinante, onde a procura é menor num instante do que era em períodos anteriores:

( ) a) de revitalização( ) b) de estímulo( ) c) de conversão( ) d) de desenvolvimento( ) e) de redução

2 - Quando identificada nos produtos a inexistência da demanda, porque o mer-

cado relevante não tem interesse ou conhecimento desse objeto, faz-se necessário o

uso do __________. Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna:( ) a) Marketing de revitalização( ) b) Marketing de estímulo( ) c) Marketing de conversão( ) d) Marketing de desenvolvimento( ) e) Marketing de redução

3 - Para os casos em que exista uma eventual procura acima da possibilidade de oferta, um caso isolado de demanda excessiva, a melhor estratégia é a utilização do:

( ) a) Marketing de revitalização( ) b) Marketing de estímulo( ) c) Marketing de conversão( ) d) Marketing de desenvolvimento( ) e) Marketing de redução

4 - Dois fatores podem derrubar a situação de demanda plena de um produto ou serviço:

( ) a) Alteração no gosto e necessidades dos consumidores e alterações nas pre-ferências do mercado.

( ) b) Marketing de redução e estímulo.( ) c) As preferências do mercado e o marketing de manutenção.( ) d) Asituação econômica do consumidor e o estímulo do mercado.( ) e) Alteração no gosto e necessidades dos consumidores, e mercado de abas-

tecimento.

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04Sistema central

de marketingLIÇ

ÃO

Introdução

Estudaremos aqui, de forma sintética, as principais carac-terísticas dos componentes de um sistema maior, que engloba

todas as instituições que se relacionam com o marketing de um empreen dimento.

Cada empresa tem suas peculiaridades, as quais determinam necessidades próprias, para cada tipo de produto ou serviço.

Destaca-se aí o papel dos empreendedores modernos: não é pos-

sível crescer, fazer lucrar e perpetuar um negócio, sem uma visão

ampliada para tendências mercadológicas (concorrência, forne-

cedores, governo, etc.), associada a outra visão, mais oblíqua,

identificando a capacidade da empresa em termos de recursos

e, principalmente, o fator motivacional como combustível para

movimentar o motor dos negócios.

1. Sistema de Marketing

Como todo sistema administrativo, o Sistema central de marketing integra uma rede de instituições-chave que interagem,

a fim de atender os mercados finais com bens e serviços de que

necessitam. Os dois componentes mais importantes deste sistema

são a empresa e o mercado final. Portanto, um sistema de marke-ting é um conjunto de instituições e fluxos significativos, que liga

as organizações a seus mercados.

Se houvesse um sistema simples, apenas os elementos bens e

serviços, comunicações para o mercado, dinheiro e informação

atua riam. Poderíamos imaginar um sistema simples ao analisar-

mos as atividades da Sociedade Brasileira de Câncer, por exemplo,

que desenvolve pesquisas, fornece informações e proporciona o

tratamento do câncer. Em troca, recebe donativos e tempo de

serviço voluntário por parte do público.

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Um sistema de marketing contém mais elementos do que sim-

plesmente a organização e seu importante mercado consumidor.

Esses elementos adicionais afetam o modo e o sucesso pelo qual a

organização serve seus mercados. Todos devem ser considerados

pela administração, quando esta desenvolve seus planos de

marketing. Esses elementos devem ser considerados sob três óticas:

1) Conjunto de Fornecedores: cujos inputs heterogêneos são

transformados por uma empresa e seus concorrentes em outputs

valorizados, que passam por intermediários de marketing, a fim

de alcançar o mercado final.

2) Públicos Diferenciados: que, de forma individual ou coletiva,

afetam a atuação do sistema central de marketing. Esses públicos

incluem a comunidade financeira, a imprensa, agências governa-

mentais, legisladores, grupos de interesse e o público em geral.

3) Macroambiente: formado por fatores como demografia, econo-

mia, leis, política, tecnologia e cultura, os quais exercem profunda influência no sistema central de marketing, diretamente por meio

dos vários públicos.

Comunicações

Bens

e Serviços

Dinheiro (vendas)

Informações

Empresa

Mercado

Sistema Simples de Marketing

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2. Intermediários de Marketing

Os intermediários de marketing são instituições que facilitam

o fluxo de bens e serviços entre a empresa e seus mercados finais.

Incluem revendedores (atacadistas e varejistas), agentes e corre-

tores, empresas de transporte e armazéns, empresas de crédito e

agências de propaganda.

Estas instituições apareceram para facilitar o trabalho de fecha-

mento dos negócios. Os intermediários executam pelo menos quatro

funções. Primeiramente, há o trabalho de procura de mercado. A

segunda função é a de distribuição física, tão im-

portante que, na atualidade, profissionais de logís-

tica são de extrema importância na solidificação de

bons negócios. Locais de estocagem, armazenagem

e transporte formam o trinômio que são as bases

desta importante função.

A terceira função diz respeito à comunicação.

As instituições que orientam os vendedores na

utilização eficiente dos canais de comunicação

são os institutos de pesquisa, as agências de pro-

paganda, empresas de relações públicas e de pro-

moção de venda. O aspecto físico, a embalagem e

disposição no ponto de venda também comunicam.

Para atender estas necessidades da melhor forma

existem muitas empresas trabalhando com design

de produtos e embalagens, trazendo soluções de

comunicação para diversos produtos e serviços.

Sistema Completo de Marketing

SISTEMA CENTRAL DE MARKETING

Fornecedores MercadoIntermediáriosde Marketing

Empresa

Concorrentes

PÚBLICOS

Comunidade Financeira

Grupos deInteresse

Público em Geral

Agências do Go-verno e

LegisladoresImprensa

EconomiaLeis e

PolíticaTecnologia Cultura

MACROAMBIENTE

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A quarta e última função é a negociação e a transferência de propriedade. Os intermediários, participantes do processo de ne-

gociação e transferência do produto para o consumidor, podem ser

representados por empresas que atuam na análise e fornecimento

de crédito ao consumidor, instituições públicas ou privadas que

viabilizam o fechamento de negócios (financeiras, órgãos públicos

de consulta de crédito, etc.).

3. Fornecedores e Concorrentes

Apesar do destaque para os intermediários de marketing, va-

mos fazer uma pequena exposição destes dois importantes itens.

Se, nas indústrias modernas, verdadeiras parcerias são estabele-

cidas com fornecedores, muitas vezes trazendo-os para dentro das

mesmas, a mesma intensificação de relacionamentos observa-se

em outros tipos de negócios.

Diz-se que o “oxigênio das indústrias” é seu suprimento de

matéria-prima. Em setores como o de serviços, não é diferente.

Todas as organizações só operam se, em seu ambiente, estiverem

alocados recursos suficientes para sua operacionalização. Toda

estratégia de marketing dependerá desta influência.

Se a sua empresa fechar um negócio muito significativo e não

puder cumprir devido a uma falha de fornecimento, de imediato

você estará colocando em risco toda a sua reputação, com reper-

cussões imprevisíveis em futuros negócios.

Quanto à concorrência, quanto mais evolui o mercado, mais

dificuldades terão as empresas com a competição. A Administração

de Marketing distingue concorrência em três categorias:

1) Concorrência genérica - Nela incluem-se outras categorias de

produtos, que podem satisfazer à mesma necessidade do consu-

midor. Se uma empresa fabrica motocicletas, pode-se dizer que

outras empresas que fabricam meios de transporte - automóveis,

bicicletas, etc. - são concorrentes genéricos.

2) Concorrência de forma de produto - Neste tipo de concorrên-

cia, versões específicas do produto concorrem entre si. Isto pode

acontecer quando uma empresa, por exemplo, fabricar várias

versões para uma marca de pasta de dente.

3) Concorrência empresarial - Refere-se a organizações específicas,

que são produtores concorrentes do mesmo produto ou serviço.

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Outra maneira de distinguir concorrência é a forma como ela atinge a organização. Assim, quem ameaça mais intensamente os negócios de uma organização chama-se concorrente direto e aquele que atua com menor intensidade é chamado de concor-rente indireto.

O mais importante nestes conceitos é que toda organização deve esforçar-se para compreender o que o cliente está comprando, con-frontando se o que ela oferece atende realmente sua necessidade. É o que chamamos de “foco permanente no cliente”. O cliente sempre procura utilidades específicas. Cabe à empresa ter a sensibilidade da busca constante de respostas para estas demandas.

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Exercícios

Propostos

1 - Assinale a alternativa que apresenta intermediários em marketing:

( ) a) Marca e embalagem.

( ) b) Empresas de transporte e armazéns, empresas de crédito e agências de propaganda.

( ) c) Pessoal de vendas.

( ) d) Fornecedores.

( ) e) Marca e vendedores.

2 - Pode ser entendido como um conjunto de instituições e fluxos significativos, que

liga as organizações a seus mercados:

( ) a) Marketing de redução

( ) b) Sistema de informação

( ) c) Macroambiente

( ) d) Sistema de marketing

( ) e) Microambiente

3 - Podem afetar o sistema central de marketing de forma individual ou coletiva:

( ) a) Comunicações

( ) b) Bens e serviços

( ) c) Dinheiro

( ) d) Fornecedores

( ) e) Públicos diferenciados

4 - O __________ é formado por fatores como demografia, economia, leis, política,

tecnologia e cultura, os quais exercem profunda influência no sistema central de

marketing diretamente por meio de vários públicos. Assinale a alternativa que

preenche adequadamente a lacuna:

( ) a) Macroambiente

( ) b) Fatores controláveis

( ) c) Dinheiro

( ) d) Informação

( ) e) Microambiente

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05Ciclo de vida de

um produtoLIÇ

ÃO

Introdução

Nesta lição você irá estudar um aspecto

ao mesmo tempo interessante e intrigante: o

ciclo de vida do produto. Interessante, pois

compreenderá que existem quatro fases na

vida de um produto: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Intrigante, pois, muitas

vezes, é difícil estabelecer-se adequadamente

em que estágio está o produto, tendo, con-

sequentemente, uma dificuldade maior no

estabelecimento de estratégias eficazes, para

solucionar o problema mercadológico.

1. Conceito

O ciclo de vida de um produto começa onde termina o processo de desenvolvimen-to de um novo produto. Novos produtos são lançados pelas empresas na esperança de que consigam vida longa e uma curva de vendas prolongada e lucrativa. Alguns conseguem, mas, no caminho, muitos enfrentam todos os tipos de problemas que ameaçam terminar prematuramente a carreira do produto.

Os vários estágios do ciclo de vida de um produto exigem uma reprogramação constan-te das estratégias e recursos. Examinaremos o conceito de ciclo de vida do produto e consi-deraremos as estratégias adequadas para cada um dos estágios.

“O ciclo de vida de um produto é a

distinção, que se busca reconhecer, dos

diferentes estágios de seu histórico de

vendas.”

Tanto a posição de vendas quanto a lucra-tividade de um produto mudam através do tempo. Reforçamos esta diferença: a curva de vendas deve ser destacada da curva de lucra-tividade. Pela identificação do estágio em que o produto se encontra, ou para o qual se pode estar caminhando, pode-se formular melhores planos de marketing.

2. Estágios do Ciclo de Vida do Produto

A maioria das discussões a respeito do

ciclo de vida do produto representa o histórico

de vendas de um produto típico, seguindo a

forma de uma curva de vendas em “S”. Esta

curva é tipicamente dividida em quatro está-

gios, conhecidos como Introdução, Crescimen-to, Maturidade e Declínio.

- É o período de crescimento lento nas vendas, à medida que o produto é introduzido no mercado. A curva de lucro apresenta lucros praticamente inexisten-tes neste estágio, em virtude das grandes despesas com a apresentação/colocação do produto à disposição da clientela.

- É um período caracterizado pela rápida aceitação por parte do merca-do e de melhoria substancial nos níveis de lucra tividade.

- Este período apresenta menor ritmo no crescimento das vendas, porque o produto alcançou aceitação pela maioria dos compradores em potencial. Os lucros

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atingem o pico nesse estágio e começam a declinar em função

das crescentes despesas de marketing, para manter a posição do

produto contra a concorrência.

- É a fase em que as vendas sofrem uma contínua in-clinação decrescente, e os lucros vão sendo atingidos por uma

forte erosão em direção ao ponto zero.

A determinação dos pontos onde esses estágios começam e

terminam é um tanto arbitrária. Geralmente, baseia-se no ponto

em que a taxa de crescimento ou declínio de vendas tende a se tornar acentuada. É bom lembrar que existem exceções à curva em “S”, pois alguns produtos apresentam um crescimento rápido desde o início, pulando as vendas lentas do estágio introdutório. Outros, em vez de passarem por um estágio de rápido crescimento, vão diretamente da introdução à maturidade. Existem ainda pro-dutos que, após a maturidade, apresentam um “segundo período de crescimento rápido”.

3. Ciclo de Vida da Classe, da Forma e da Marca do Produto

O conceito de ciclo de vida do produto deve ser definido levando-se em conta se o produto é ou não uma classe de produto (por exemplo, cerveja), uma forma de produto (por exemplo, em garrafa) ou uma marca (por exemplo, Kaiser). O conceito de ciclo de vida tem um grau diferente de aplicação nesses três casos, isto porque classe, forma e marca facilmente podem ter situações di-ferenciadas em suas curvas.

A análise do ciclo de vida de um produto é útil principalmen-te para desenvolver estratégias eficazes de marketing nos seus

Vendas e Lucros ($)

TempoIntrodução Crescimento Maturidade Declínio

Ciclos de Vida do Produto: Vendas e Lucros

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estágios específicos. Vejamos, sob a ótica de

produto, uma análise completa dos estágios

do ciclo de vida e medidas estratégicas ade-

quadas para cada fase do produto ou serviço.

4. Estágio de Introdução

O estágio de introdução é marcado por

um lento crescimento nas vendas. Como

exemplo deste tipo de situação, muitos pro-

dutos alimentícios beneficiados (café instan-

tâneo, pipoca de microondas, etc.) apesar da estabilidade econômica, têm demorado

algum tempo para entrarem num estágio de

rápido crescimento, se levarmos em consi-

deração o tamanho do mercado brasileiro.

4.1 Estratégias no Estágio de Introdução

Muitas são as causas das dificuldades

que geralmente ocorrem no estágio de intro-

dução: demora na expansão da capacidade

produtiva, problemas técnicos, distribuição

inadequada e convencimento do público-al-vo a mudar o padrão de consumo são fatores

que atrapalham a superação deste estágio.

Despesas de comunicação, geralmen-

te mais elevadas com relação à receita de

vendas neste período, ocorrem não apenas

porque as vendas são poucas, mas pela

necessidade de um alto nível de esforço de

propaganda para:

da existência do novo e desconhecido

produto;

venda a varejo.

As variáveis preço, propaganda, distri-

buição e qualidade devem ser analisadas,

utilizando um alto ou baixo nível para cada

uma delas. Trabalhando apenas com preço e

propaganda, as quatro estratégias apresen-

tadas, no quadro a seguir, estão à disposição

da administração. São elas:

lançar o

produto com preço alto e com alto nível

de propaganda.

lançar

o produto com um preço alto e uma

propaganda reduzida.

lançar o produto com um preço baixo e

intensa propaganda.

lançar o

produto com um preço baixo e um baixo

nível de propaganda.

5. Estágio de Crescimento

Se o novo produto for bem aceito no

mercado, as vendas começarão a subir subs-

tancialmente. Os compradores anteriores

continuarão suas compras e os compradores

novos entrarão em grande número.

O produto alcança picos de venda por

meio de comentários favoráveis, assim como

por intermédio de medidas distintas tomadas

pela empresa. Neste estágio, a concorrência

cresce, atraída pela promessa de um grande

mercado com oportunidades para a produção

e lucros em larga escala.

Neste aumento da concorrência, surge

uma luta pelos pontos de distribuição dis-

Alto

Baixo

Preço

Propaganda

ESTRATÉGIA DEPERFIL

ELEVADO

ESTRATÉGIA DEPENETRAÇÃO

SELETIVA

ESTRATÉGIA DEPENETRAÇÃOANTECIPADA

ESTRATÉGIA DEPERFIL

REDUZIDO

Quatro estratégias de marketingpara a fase de introdução

Alta Baixa

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poníveis, de preferência, com acordo de ex-clusividade. Mas os revendedores preferem uma política de marcas múltiplas.

Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade e, em alguns casos, até de cair um pouco durante este período. Os lucros começam a subir não só pelo aumento das vendas, mas também pela diminuição dos investimentos em propaganda, já que o produto começa a firmar-se na cabeça do consumidor.

5.1 Estratégias

Durante este estágio a empresa procura sustentar, o máximo possível, o rápido cres-cimento do mercado, utilizando ações como:

novos aspectos/modelos ao produto;

para entrar;

distribuição;

preço, a fim de atrair a camada seguinte de compradores sensíveis a preço, para dentro do mercado.

A empresa, perseguindo agressivamente qualquer dessas alternativas de expansão de mercado, aumentará sua posição perante a concorrência. Qualquer medida implicará custo adicional. São gastos com investimen-tos que, se bem planejados, solidificarão a empresa no mercado e possibilitarão bons retornos no futuro.

6. Estágio de Maturidade

Em algum ponto da história de todo pro-duto, seu ritmo de crescimento nas vendas diminuirá e o produto entrará num estágio de relativa maturidade. Esse estágio demora

mais tempo que os estágios precedentes e representa um dos maiores desafios para a Administração de Marketing.

A maioria dos produtos encontra-se no estágio de maturidade do ciclo de vida e, portanto, a maior parte da Administração de Marketing trata do produto maduro.

O estágio de maturidade pode ser divi-dido em três fases:

1) Maturidade de Crescimento - As vendas totais continuam a crescer lentamente, atendendo alguns compradores retarda-tários. É importante salientar que a maior parte da demanda provém de clientes habituais. O lucro ainda cresce.

2) - As vendas permanecem em um nível cons-tante, consistindo quase que inteiramente em reposição de produtos. O lucro se es-tabiliza.

3) Maturidade Decadente - Devido à mu-dança de alguns clientes para outros produtos, o nível de vendas começa a declinar. O lucro diminui.

6.1 Estratégias

A maioria dos gerentes de produto, cujos produtos ou serviços se estabeleceram no estágio de maturidade, preocupam-se sim-plesmente em defender sua posição atual. Esta atitude torna-se arriscada se o produto estiver em uma das duas últimas fases do estágio: de saturação ou decadente.

Assim, uma boa ofensiva é a melhor defesa para um maior tempo possível nessa fase do ciclo. As estratégias a serem imple-mentadas são:

Procurar oportunidades para localizar novos compradores. Isto significa procurar novos mercados e segmentos que ainda não

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experimentaram o produto.

Um exemplo clássico é o sucesso do nái-

lon, que a Du Pont desenvolveu e, através

dos anos, procurou novos tipos de clientes

para esse tipo de fibra sintética. No início,

os usuá rios finais do náilon eram militares:

pára-quedas, cordas e linhas. Depois, entrou

no ramo de malharia, especialmente meias

femininas. Atualmente, encontramos o fio de

náilon em roupas, pneus, tapetes e muitos

outros produtos, rompendo de forma limita-

da o estágio de maturidade e entrando numa

nova fase de crescimento.

Nesta estratégia, pode-se também esti-

mular o aumento do uso do produto (incluir

na embalagem receitas, indicar novas utili-

dades, etc.), ou ainda o reposicionamento do

produto a outros targets (público-alvo), como

pode ser realizado com produtos destinados

apenas a jovens ou a idosos.

Para sair de um quadro de vendas estag-

nadas, pode-se fazer mudanças calculadas

nas características do produto, que atrairão

novos usuários e/ou mais utilização por parte

dos usuários finais.

O termo comercial para esta estratégia

é relançamento do produto e pode surgir de

formas variadas:

Melhoria na qualidade: aumentar o desem-

penho funcional do produto, sua durabili-

dade, confiança, rapidez, sabor, etc.

Melhoria no aspecto: acrescentar novas

características que aumentem sua versati-

lidade, segurança ou conveniência do pro-

duto; não confundir melhoria na qualidade

com melhoria no aspecto.

Melhoria no estilo: aumentar a atração

estética do produto, em contraste com

sua atração funcional. No passado, a in-

trodução periódica de novos modelos de

carros significava mais uma concorrência

de estilo do que concorrência de qualida-

de ou aspecto. Mudança de cor, textura e

outros componentes da embalagem, atuam

como estratégia de estilo. Muitas vezes

constitui-se num risco, pois a resposta

dos consumidores poderá ser negativa à

mudança implementada.

Como recurso final da estratégia de pro-

duto maduro, o gerente de produto considera

a possibilidade de estimular as vendas por

meio da alteração de um ou mais elementos

do composto de marketing.

Uma boa opção é reduzir os preços, como

maneira de trazer novos segmentos para o

mercado, assim como atrair usuários de ou-

tras marcas. Procurar uma nova propaganda,

que consiga ganhar a atenção do consumidor,

promoções mais agressivas e criativas (des-

contos de centavos, facilidades comerciais,

etc.) podem trazer resultados.

Finalmente, considerar a alternativa de

passar a utilizar canais de distribuição de

maior volume. Ressaltamos que no estágio

de maturidade, empresas dominantes (gran-

des corporações) e empresas que não têm o

domínio de mercado (empresas pequenas)

disputam acirradas batalhas: as grandes,

com o objetivo de continuarem seu domínio

e as pequenas tentando reverter a situação.

O Gerente de Marketing deve empenhar-

se ao máximo no planejamento e execução

de operações que solucionem os eventuais

problemas deste estágio.

7. Estágio de Declínio

A maioria das formas e marcas de pro-

dutos finalmente entra num estágio de de-

clínio de vendas. O declínio pode ser lento

ou rápido.

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As vendas podem baixar a zero e o pro-

duto ser retirado do mercado, ou podem

estabilizar-se num baixo nível e continuar

nele por muitos anos. Infelizmente, a maioria

das empresas não desenvolve políticas bem

estruturadas para lidar com seus produtos

envelhecidos. A atenção administrativa sem-pre está focada para seus produtos novos e maduros.

Quando seus produtos entram no estágio de declínio, algumas empresas deixam de

produzi-los ou retiram-se do mercado, caso

não produzam outro tipo de produto. Alguns empreendedores apresentam aversão quanto à decisão de abandono do produto, por vá-

rias razões. “Levar um produto à morte, ou deixá-lo morrer é um negócio pouco atraente. É como dar o último adeus a um velho amigo. O salgadinho Pretzel foi o primeiro produto que a empresa produziu. Nossa linha jamais será a mesma sem ele.” R. S. Alexander

em A Morte e Funeral de Produtos Doentes

1964.

Entre sentimentalismos e lógica empre-sarial, a segunda opção deve falar mais alto. Em alguns casos, análises podem determinar que deve-se esperar, secretamente, que as vendas do produto comecem a melhorar, quando fatores econômicos ou de mercado

se tornarem mais favoráveis. Em outros ca-

sos, acredita-se em erros nos programas de

marketing.

A administração pode sentir que a mo-dificação no produto traga a solução. Se, nenhuma das opções discutidas resolver, um produto fraco pode ser mantido, caso sua contribuição para as vendas dos outros produtos da linha pelo menos cubra as des-pesas desembolsadas para sua manutenção no mercado.

7.1 Estratégias

Uma empresa enfrenta inúmeras tarefas

e decisões para garantir o tratamento eficaz

de seus produtos envelhecidos e obsoletos.

Estabelecer um sistema de informações

que aponte quais produtos da linha estão real mente num estágio de declínio, é tarefa

específica para empresas que possuem am-

pla linha de produtos ou serviços oferecidos

no mercado. Este sistema pode ser montado

a partir da nomeação de uma comissão (for-

mada por pessoas de marketing, fabricação

e controladoria) para revisão do produto.

Essa revisão deve ser periódica, onde a

comissão, munida de objetivos e procedi-

mentos prees tabelecidos, obtém dados sobre

cada produto.

Desta forma, informações sobre vendas

do ramo, vendas da empresa, custos unitá-

rios, preços e outros subsídios, dão forma a

uma coletânea de situações que possibilitam

um melhor diagnóstico sobre o declínio nas

vendas, tendências na margem de lucro bruto

e retorno sobre investimento.

Numa segunda etapa, a comissão emite

parecer sobre quais estratégias seriam mais

recomendadas.

7.1.2 Determinação das Estratégias de Marketing

Em face das vendas em declínio, algumas

empresas deixam o mercado mais cedo do

que outras. As empresas que permanecem

desfrutam de um aumento temporário nas

vendas, à medida que recebem os clientes

das empresas que se retiraram.

Assim, qualquer empresa específica en-

frenta o problema de permanecer ou não no

mercado até o fim. Ao decidir permanecer no

mercado, as opções de estratégias são:

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- Continuidade das estratégias utili-zadas no estágio de maturidade, atuando nos mesmos segmentos

de mercado, canais, preço, propaganda e assim por diante. O

declínio continua até que seja retirado do mercado.

- Concentrar esforços apenas nos mercados e canais de distribuição mais fortes, reduzindo seus

esforços nos outros locais.

- Redução sensível das despesas de

marketing, a fim de aumentar os lucros atuais, sabendo-se que

isso irá acelerar a taxa de declínio das vendas, até o desapare-

cimento do produto.

7.1.3 O Abandono de um Produto

Ao decidir eliminar um produto ou serviço, a empresa enfrenta

ainda outras decisões.

Primeiramente, tem a decisão de vender ou transferir o produto

ou abandoná-lo completamente. Geralmente, preferirá a primeira

possibilidade, porque isso trará algum dinheiro e minimizará as

dificuldades para os clientes e os empregados.

Em segundo plano, a empresa precisa decidir quando o pro-

duto será eliminado. Se rápida e decisivamente, para que não

haja chance de resistência de reformar ou reverter a decisão, ou

se de maneira descontinuada e gradualmente, com programação

de tempo, permitindo que os recursos se transfiram de maneira

ordenada e para que os clientes façam outros arranjos.

A administração desejará, também, providenciar um estoque

de peças de reposição e serviço, a fim de que a vida esperada das

unidades recém vendidas possa ser prolongada.

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Exercícios

Propostos

1 - A curva do ciclo de vida de um produto é dividida, respectivamente, em qua-

tro etapas:

( ) a) Objetivo, introdução, crescimento e declínio.

( ) b) Introdução, crescimento, maturidade e feedback.

( ) c) Introdução, crescimento, maturidade e declínio.

( ) d) Objetivo, informação, pesquisa e realização.

( ) e) Introdução, crescimento, pesquisa e realização.

2 - __________ é o período que apresenta menor ritmo no crescimento das vendas,

porque o produto alcançou aceitação pela maioria dos compradores em potencial.

Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna:

( ) a) Crescimento

( ) b) Introdução

( ) c) Estagnação

( ) d) Maturidade

( ) e) Objetivo

3 - A estratégia que objetiva lançar o produto com preço alto e com alto nível de

propaganda é a estratégia de:

( ) a) penetração seletiva.

( ) b) perfil elevado.

( ) c) penetração antecipada.

( ) d) perfil reduzido.

( ) e) aumento de preço.

4 - São subfases do estágio de maturidade:

( ) a) de crescimento, estável e decadente.

( ) b) de rejuvenescimento, estável e decadente.

( ) c) de crescimento, não saturação e decadente.

( ) d) crescimento, instável e decadente.

( ) e) fidelização, mapeamento e rastreamento.

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06Marketing

EstratégicoLIÇ

ÃO

Introdução

Depois de abordarmos vários conceitos

de Marketing, chegou a hora de inserirmos o

relevante Marketing Estratégico. Simples na

composição, mas muitas vezes complexo na

execução, você conhecerá aqui, passo a passo,

um planejamento de Marketing Estratégico.

1. O Executivo de Marketing

Bem antes da fabricação do produto, inicia-

se o trabalho de marketing, que continua muito

depois de sua venda. Esta atividade estuda

necessidades e desejos do consumidor, projeta

e desenvolve embalagens, analisa conceitos e

características de produtos, testa a validade desses conceitos, cria e fortalece marcas, esta-belece preços, equalizando-os ao mercado e ao

retorno sobre o investimento, e monta sistemas

de distribuição.

As responsabilidades do marketing conti-

nuam na formulação de planos de comunicação,

comprando mídias adequadas para veiculação

de anúncios, controle de vendas, e ainda na

verificação e revisão da satisfação dos consu-

midores.

Conclui-se, portanto, que o profissional de

marketing é pesquisador de mercado, psicó-

logo, sociólogo, economista, comunicador e

até advogado da empresa, reunidos num só

indivíduo.

Não se pode conceber que uma única

pessoa realize tantas atividades. É aqui que se visualiza quantas ramificações esta “árvore

de sistemas” possui. Uma boa composição,

com elementos de boa formação profissional,

constantemente treinados, gerando uma equi-

pe sincronizada com a cultura empresarial é

que vai dar o tom certo para o regente, que é

o executivo de marketing. Esta atividade tão

ampla só é viável com uma perfeita definição

de onde está a empresa, o que ela deseja e

como atingir este objetivo. Este “como” é a

formulação de estratégias.

2. Conceito de Marketing Estratégico

Entende-se por marketing estratégico o

processo de análise de oportunidades, escolha

de objetivos, desenvolvimento de estratégias,

formulação de planos e execução de imple-

mentação e controle. Esse processo, subdivi-

dido em seis etapas, pode ser esquema tizado

como mostramos a seguir:

1 Oportunidade de Mercado

2Objetivos da

Empresa

3Estratégias de

Marketing

4Plano deMarketing

5Implementação dos Planos de

Marketing

6Controle deMarketing

ANÁLISE PLANEJAMENTO CONTROLE

Etapas no Processo de Marketing Estratégico

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3. Análise das Oportunidades

Em Administração discute-se qual a pri-meira coisa a ser feita quando da elaboração de um plano estratégico de marketing: esta-

as oportunidades de mercado? Ambas são

válidas. Há pertinência em iniciar o processo

de marketing estratégico tanto localizando

oportunidades, quanto preservando objeti-

vos. O ideal é que as duas vertentes sejam

analisadas simultaneamente, sem esquecer

que os recursos disponíveis podem constituir outro fator que determina por onde começar.

Vamos iniciar nossas análises pelo con-ceito de oportunidades de mercado.

A oportunidade de marketing de uma empresa é uma área de importante ação mercadológica, em que a mesma desfruta de uma vantagem diferencial. Existem oportu-nidades que estão disponíveis em qualquer economia, desde que haja necessidades insatisfeitas. São chamadas de ambientais aquelas que dizem respeito à toda economia e empresariais aquelas que têm sinergia com o ramo de atividade específico da empresa.

A chave da oportunidade de marketing de uma empresa deve refletir o que a empresa pode fazer a mais por essa oportunidade. É a vantagem diferencial, que é obtida quando a empresa atua de forma mais eficaz do que sua concorrência potencial.

Para ilustrar, vamos citar um case. Su-ponhamos que existam condições para o desenvolvimento e comercialização de uma máquina que reproduza cópias usando, ao invés de tonner para fixação da imagem, um tipo de tinta acrílica em pó. Lembre-se que é hipotético, e que presumivelmente os custos das cópias ficariam muito reduzidos.

Imaginemos que as empresas A, B e C es-tariam analisando esta oportunidade. Agora, pergunta-se:

Boas parcerias com fornecedores do novo material, capacidade de produção em massa, capacidade de distribuição em pontos de venda adequados, confiabilidade dos compradores para a credibilidade no novo produto e, por fim, um total domínio do mercado de máquinas de reprodução. A empresa que reúne todas estas característi-cas é a empresa que possui maior diferencial para este projeto.

Quando uma empresa desenvolve con-tinuamente um conjunto bem estruturado de oportunidades, estará de alguma forma definindo suas possibilidades. O importante de toda esta explanação é que toda oportuni-dade significa possibilidade de crescimento empresarial.

As oportunidades alternativas de cres-cimento podem ser geradas pelo desmem-bramento e análise do Sistema Central de Marketing, percorrendo três níveis de aná-lise. Esta análise nos leva ao entendimento de que o crescimento pode ser intensivo, integrado ou . Vamos conhecê-los de forma mais aprofundada.

Qual empresa teria maior vantagem diferencial neste novo mercado?

Quais as exigências principais para que se logre êxito?

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3.1 Crescimento Intensivo

Esta modalidade de crescimento justifica-se quando a empresa

não explorou todas as oportunidades latentes de seus produtos

atuais e mercados atuais. Chama-se intensivo porque este cres-

cimento está ligado à exploração do que já existe em termos de

produto e mercados disponíveis.

São três os tipos de oportunidades de crescimento intensivo:

3.1.1 Penetração de Mercado

Consiste na tentativa da empresa de aumentar as vendas de

seus produtos em seus mercados atuais, por meio de um esforço

de marketing mais agressivo. Pode estimular seus clientes a au-

mentarem as unidades compradas, atrair clientes da concorrência

ou atrair quem ainda não é usuário.

3.1.2 Desenvolvimento de Mercado

Consiste na tentativa da empresa de aumentar suas vendas

introduzindo seus produtos atuais em novos mercados. A empresa

pode, nesta alternativa, expandir a distribuição (geograficamente),

atrair outros segmentos de mercado penetrando em outros canais

de distribuição, ou utilizar outras mídias para veiculação de seus

anúncios.

I - CRESCIMENTO INTENSIVO

A - Penetração de Mercado

B - Desenvolvimento de Mercado

C - Desenvolvimento do Produto

II - CRESCIMENTO INTEGRADO

A - Integração “para trás”

B - Integração “para frente”

C - Integração “horizontal”

III - CRESCIMENTO DIVERSIFICADO

Principais Classes de Oportunidades de Crescimento

MERCADOSATUAIS

NOVOSMERCADOS

PRODUTOS ATUAIS NOVOS PRODUTOS

1 - Penetraçãode Mercado

2 - Desenvolvimentode Produto

3 - Desenvolvimentode Mercado

Três oportunidadesde Crescimento Intensivo

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3.1.3 Desenvolvimento do Produto

Consiste na tentativa da empresa de au-

mentar suas vendas desenvolvendo produtos

aperfeiçoados para o seu mercado atual. Isto inclui três possibilidades:

os produtos, adaptando, modificando, minimizando, recombinando ou revertendo características já existentes;

o produto.

3.2 Crescimento Integrado

Neste tipo de oportunidade identifica-se um crescimento que se desenvolve através de uma “parceria” com outras instituições. Este tipo de iniciativa faz sentido se:

um crescimento futuro sólido; e/ou

sua lucratividade, eficiência ou controle, podendo movimentar-se para trás, para frente ou horizontalmente dentro da in-dústria.

Esta movimentação dentro da indústria pode ser explicada de três formas:

3.2.1 Integração “para trás”

Significa obter a posse ou maior controle de seus sistemas de abastecimento. Se seus fornecedores estiverem operando com muita lucratividade, cria-se um bom cenário para esta estratégia.

Quando muito dependente de seus forne-cedores, pode-se, também, desenvolver uma estratégia de rápido ou gradual domínio sobre os principais fornecedores. É recomendável quando paira alguma incerteza de abasteci-mento futuro, garantindo-se assim exclusivi-

dade, ou quando algum concorrente estiver demonstrando esta iniciativa de inte gração.

3.2.2 Integração “para frente”

Significa obter a posse ou maior controle de seus sistemas de distribuição. Se a empresa vende seus produtos a diversos atacadistas e grandes varejistas, e os mesmos estiverem em fase de grande lucratividade, esta alternativa só agregaria benefícios à empresa.

Elimina-se, por outro lado, problemas que porventura existam no relacionamento entre a empresa e seus intermediários.

3.2.3 Integração “horizontal”

Significa obter a posse ou maior contro-le de alguns de seus concorrentes. Tentar enfraquecer a concorrência por meio de aquisições, inicialmente dos mais “fracos”, não deixa de ser uma estratégia interessante. Notada mente nos dias atuais, grandes con-glomerados não se preocupam com eventuais problemas com o governo e partem para verdadeiras fusões, que acabam dando mar-gem a processos que tomam muito espaço na mídia, pois configura-se, em muitos casos, a intenção de eliminação total do livre merca-do, com tendências monopolizantes.

Se o sistema central de marketing não demonstrar muitas oportunidades adicionais de crescimento ou lucro, e as oportunidades fora do sistema central de marketing forem mais interessantes, opta-se por um cresci-mento diversificado.

Crescimento diversificado não significa que a empresa abraçará qualquer oportuni-dade não relacionada às suas características ou objetivos. Identificar campos que tenham sinergia com suas características diferen ciais é o primeiro passo para este tipo de trabalho. Três são as formas clássicas de diversificação.

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Adicionar novos produtos que tenham si-nergias tecnológicas e/ou de marketing com a linha de produtos existentes. Estes produtos atrairão novas classes de consumidores. Por exemplo, a Nestlé Brasil Ltda. sempre tem novidades em sua linha de produção de de-rivados de uma única matéria-prima, o leite.

Adicionar novos produtos que poderiam atrair seus consumidores atuais, apesar de não estarem relacionados tecnologicamente à sua linha atual de produtos. Os produtos poderiam atrair os consumidores finais ou intermediários da empresa. Por exemplo, a rádio Jovem Pan atingiu, com sucesso, seu público-alvo com produtos como: lojas, CDs, revistas, etc.

Adicionar novos produtos para novas classes de consumidores, porque:

deficiências;

ambiental, sem ter relação com a tecnologia, produtos ou mercado em que atua a empresa.

Esta última alternativa é mais complexa, mas, se a empresa acredita que pode avançar por uma nova área, por ser uma oportunidade mensurável, desde que com um bom plane-jamento, é um caminho alternativo. Como exemplo, citamos uma empresa de comuni-cação (jornal) que decida atuar no ramo de embalagens, ou ainda uma empresa da área médica (hospital) que decida fabricar marca-passos.

4. Objetivos da Empresa

O objetivo empresarial é uma espécie de determinação de rumo dos negócios. É por este motivo que conflitos com oportunidades aparecem. Um empreendedor não pode ir atrás de todas as oportunidades. Primeiro, porque algumas não são compatíveis com as outras. Em segundo lugar porque os recursos sempre serão limitados para perseguir todas as oportunidades e, finalmente, porque as oportunidades têm uma escala de importân-cia ou atração.

A oportunidade de mercado, que não se enquadra nos objetivos empresariais, na verdade não é oportunidade concreta, e sim um risco que deve ser medido com muito critério. Esta avaliação deve se estender desde a possibilidade de se repensar o obje-tivo empresarial, até o descarte integral da oportunidade.

Como é que um empresário decide quais oportunidades perseguir entre as que visua-liza? Se a empresa desenvolveu um sentido definido de seus objetivos e missão, fica muito mais fácil decidir.

O que é nosso negócio? O que deveria ser? Estamos no rumo certo? Não é incomum administradores entrarem em uma espécie de “crise de identidade”, quando deparam com grandes oportunidades.

O objetivo e a missão da empresa devem ser definidos em termos de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo. Oferecer algum tipo de produto não é objetivo, mui-to menos missão empresarial. A missão de uma empresa pode ser delineada em termos genéricos de qual necessidade ela se propõe a atender.

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Os objetivos enfocam o desempenho, especialmente o mensurável. Portanto, en-

quanto a declaração da missão incorpora a filosofia, o conceito e as ambições do negócio, os objetivos da organização tendem a ser quantitativos.

Uma vez que a empresa chegue a um só-lido sentido de sua missão corporativa e ob-jetivo empresarial, fica mais fácil analisar o

ambiente, buscando oportunidades e avaliar

a contribuição de diferentes oportunidades, para o objetivo da corporação. Ao mesmo tempo, o objetivo da corporação em si está

sujeito à revisão, com o surgimento de novas oportunidades e quando as soluções antigas não funcionarem mais.

A missão e o objetivo básicos da empresa

devem ser traduzidos em objetivos especí-ficos, a fim de para conduzir a organização para o que deve tentar realizar com várias

atividades no ambiente externo. A maioria

dos administradores subestima a importân-

cia da “administração por objetivos”.

O que sugerimos é que, quando múlti-plos, os objetivos devem ser hierarquizados,

, realistas e consistentes.

, pois sempre haverá um obje-

tivo mais importante do que outros.

, porque há a necessidade de

um número que norteie a estratégia: “obter

5% do mercado, vender R$ 1 milhão no primeiro semestre, etc.

, firmes e concretos e não frutos de desejos e pensamentos sem fundamento.

, para que não haja conflito entre um objetivo que esteja sendo per-seguido combinado com outro, ou ainda seja muito vago. Exemplo: “oferecer um produto de qualidade que maximize a satisfação, ofereça um retorno adequado e aumente a participação global de mercado da empresa”.

5. Desenvolvimento daEstratégia Mercadológica

Os objetivos são a expressão do caminho que a empresa pretende seguir. A forma como trilhar esse caminho exige uma estratégia que é projeto final para se chegar ao destino (meta). A estratégia é um plano de batalha derivado dos elementos de marketing, finan-ças e produção.

Antes de qualquer operação, como acontece com militares, é necessário rever

muitas informações, conceitos e simulações, para que, quando implementada, não surjam problemas.

Iniciamos o planejamento reconhecendo cinco importantíssimos conceitos estratégi-cos, que passaremos a analisar.

5.1 Segmentação de Mercado

Segmentação de mercado é a divisão que se observa quando um determinado produto ou serviço atende a compradores com neces-sidades específicas. Consumidores têm estilos de compra e respostas personalizadas de acordo com as variações na oferta.

O mercado apresenta características de segmentação, pois nenhuma oferta ou dire-cionamento de mercado satisfaz a todos os compradores. Cada segmento de mercado é uma oportunidade distinta. Antes de qual-quer tomada de decisão, deve-se estudar as oportunidades oferecidas, em setores dife-rentes da comercialização do produto ou serviço a ser oferecido.

As formas pelas quais o mercado pode ser segmentado são muito dinâmicas. For-mas criativas de segmentação geralmente são bem aceitas por parte dos consumidores, que se sentem prestigiados em suas indivi-dualidades.

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De forma genérica, a segmentação pode ser realizada obedecendo a alguns fatores:

A regionalização pode ser determinante de uma segmentação. Estuda-se o potencial de mercado (possibilidade de crescimento da clientela real) no local ou locais de interesse. Esta análise pode estar associada à intensifi-

cação da oferta, onde o produto é bem aceito,

ou então à busca de soluções, para as regiões

onde a penetrabilidade do produto ou serviço

for fraca. Exemplo: atuar apenas na região

Sudeste, ou na Grande São Paulo, ou ainda,

Brasil e Mercosul, etc.

5.1.2 Segmentação por Usuários Finais

Clientes podem ser diferenciados pela

análise do papel que exercem como consumi-

dores finais: como decidem a compra, como

fazem uso do produto ou serviço. Enfim, a

segmentação é realizada diretamente sobre o

usuário final e não pelos intermediários. Exem-

plos: tintas imobiliárias, tintas automo tivas

e de uso geral.

5.1.3 Segmentação por Tipo de Comprador

Segmentação realizada de acordo com o

tipo de comprador, sob o ponto de vista de

sua estrutura: pessoa física, pessoa jurídica

e governo, por exemplo.

5.1.4 Segmentação pelo Tamanho do Cliente

Decidir por uma segmentação que en-

volva apenas clientes grandes, médios ou

pequenos.

5.1.5 Segmentação por Classe de Clientes

Consumidores podem ser classificados

pelo seu motivo de compra (economia, qua-

lidade, assistência, etc.).

5.1.6 Segmentação por

Uma companhia pode segmentar o mer-

cado produzindo produtos destinados ao

atendimento de uma necessidade, mas com

diferentes modelos, direcionando seus esfor-

ços para o segmento mais lucrativo.

Estas seis formas de segmentação foram

apresentadas por serem clássicas e aceitas

por muitos escritores sobre o assunto. Mas,

precisamos ser um pouco mais objetivos:

se confrontarmos as diferentes exposições

de segmentação, concluiremos que muitas

se interligam, causando uma certa mistura

entre as mesmas.

Para facilitar nosso entendimento, va-

mos falar de realidade de mercado: a Nestlé,

por exemplo, atua em quantos segmentos

de mercado? Falando apenas de leite em pó,

quantos segmentos atinge?

Várias marcas de leite em pó são des-

tinadas a recém-nascidos. Para crianças

pequenas e adolescentes temos leites Ninho

e Ninho Crescimento. Quanto às farinhas

lácteas, várias marcas atendem a públicos

diversos: Nestogeno, Neston, Sustagen, etc.

Esta complexa indústria está no mercado

de chocolates nos mais variados segmentos:

aerado, branco, a margo, em pó, diet, com

frutas, bombons, em barra e muitos outros

segmentos.

Uma corpo-

ração com tama-

nha estrutura tem

condições de par-

ticipar de várias

fatias de merca-

do, sorvetes, leite

condensado, balas

e uma infinida-

de de mercados

estrati ficados.

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Da mesma forma, uma organização pode segmentar por idade (revistas); por perfil socioeconômico (apartamentos de luxo, flats,

casas populares), etc.

Acreditamos que sob esta ótica de ob-servação, a diversificação de produtos e ser-viços, torna mais fácil a compreensão deste

importante conceito, que é a segmentação de mercado. O importante é fixar que um empreendimento que define corretamente o segmento de mercado, que se apresentar mais sinérgico com seus recursos/potenciali-dades, tem mais probabilidade de crescer e firmar-se.

5.2 Posicionamento de Marketing

Uma empresa precisa identificar um pa-drão específico de concentração de mercado e perseguir o objetivo de liderança. Esta liderança pode estar muito longe, interme-diária ou muito próxima da situação real da organização.

Em qualquer dessas situações, é neces-sário estar constantemente planejando e agindo para atingir a liderança. O padrão de concentração de mercado selecionado pela empresa estabelece uma meta, deter-mina quais produtos serão produzidos, que consumidores atenderá e quais concorrentes terá de enfrentar.

Partindo do princípio de que é muito di-fícil estar na liderança de vários segmentos, precisa-se localizar qual parte do mercado é a mais atraente. Um mercado é muito atraen te se:

tendência de crescimento futuro;

o mercado, existindo participações

pulverizadas;

totalmente satisfeitas e a empresa tem capacidade para atender.

Finalizamos que, embora muitas compa-nhias bem estruturadas optem por uma con-centração em múltiplos segmentos, a maioria opta pela busca de uma posição de liderança em apenas um segmento de mercado. Isto é denominado de estratégia de concentração em um único segmento.

5.3 Penetração de Mercados

A empresa precisa determinar como penetrar em um segmento-alvo de mercado. Este problema pode ser resolvido de três formas:

5.3.1 Aquisição

Adquirir um produto, uma marca ou uma empresa é a forma mais rápida de penetrar em um novo mercado. Para muitos casos a economia é significativa, pois dispensa o investimento em know-how (tecnologia) e patentes, ou ainda aproveita-se a imagem e reputação (economia em comunicação mercado lógica) já existente no produto ou empresa adquirida, facilitando a entrada no mercado.

5.3.2 Desenvolvimento Interno

Desenvolvimento de pesquisas próprias, implantando laboratórios. É prática co-mum de organizações bem estruturadas a existência de divisão específica, geralmente chamada de P&D (Pesquisa e Desenvolvi-mento), com pessoal altamente qualificado trabalhando incessantemente na busca de novos produtos para serem lançados.

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5.3.3 Colaboração

Procura-se penetrar em um novo segmento de mercado através da “parceria” com outras empresas, na exploração de uma oportu-nidade de mercado.

Cada caso é um caso. Cada organização tem suas peculiarida-

des, que devem ser bem estudadas e discutidas, a fim de fornecer

subsídios para o melhor direcionamento da empresa: aquisição,

desenvolver-se internamente ou associações com outras companhias.

5.4 Estratégia de Composto de Marketing

Chegada a hora de apresentar a oferta ao segmento de mercado

definido, a empresa deve valer-se dos fundamentos do composto de

marketing.

“Composto de marketing é o conjunto de variáveis controlá-

veis que a empresa pode utilizar para influenciar as respostas dos

consumidores”.

Produto, Praça, Promoção e Preço formam a base de todas as

opções de decisões pertinentes a um produto ou serviço, quando se

está trabalhando num planejamento de marketing. Cada compo-

nente apresenta muitos itens que, devidamente trabalhados, per-

mitem ao administrador resolver muitos im passes que acontecem

no decorrer do ciclo de vida do produto.

No quadro a seguir identificamos os subitens mais visíveis dentro

do composto de marketing:

Podemos ilustrar a dinâmica do conceito estratégico do com-

posto de marketing examinando as variadas combinações que se

pode fazer com estes fatores.

PRODUTO PRAÇA

E-commerce

PROMOÇÃO PREÇO

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Hipoteticamente, uma editora de livros e revistas deseja au-mentar sua penetração no mercado destinado a um público espe-cífico, para obter a liderança deste mercado. Se optar por apenas duas variáveis do composto de marketing, qualidade e preço do produto, cada uma delas em níveis variados - alto, médio e baixo

-, poderá desenvolver nove estratégias de composto de marketing.

Observe no quadro estas nove opções:De qualquer forma, toda decisão em termos de inclusão, mo-

dificação ou até exclusão de variáveis pertinentes ao composto de

marketing, deve ser pré-testada ou, pelo menos, simulada, para

que não haja necessidade de reverter a decisão. Com certeza, é o

eixo principal de qualquer proposta mercadoló gica.

5.5 Estratégia de Época

O tempo é sempre fator que influencia, e muito, nas decisões de marketing.

O fato de uma empresa ter identificado uma excelente oportu-nidade de mercado, a mesma ter sinergia com seu objetivo e, por consequência, uma estratégia de marketing ter sido desenvolvida, não significa que deva entrar em ação imediatamente.

Uma companhia pode até perder a oportunidade, se sua mo-vimentação não acontecer no tempo certo: às vezes muito cedo, outras vezes muito tarde. No marketing isto funciona como um jogo de xadrez. É necessário antecipar qual será o passo da con-corrência, quando é a hora de atacar, quando é o momento de lançar o novo produto.

Determinados mercados, muito agressivos, são disputados

Alta

QUALIDADE DO PRODUTO

Estratégia deAlto Nível

Alto Médio Baixo

PREÇO

Média

Baixa

Estratégia dePenetração

Estratégia dePreço Alto

Estratégia“Supervantagem”

Estratégia de Estratégia de“Bom Preço”

Estratégia de“Atacar e Retirar-se”

Estratégia deProdutos

“Superavaliados”

Estratégia deProdutos Inferiores

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com a utilização de muitas “armas”. Um tipo de instrumento constantemente utilizado é

o tempo.

Exemplificando, há anos atrás, a

Glasurit, divisão de tintas da Basf, esteve às

voltas com um dilema: o lançamento de um novo produto que seguiria a linha do “pegue e faça você mesmo” direcionado não a pin-

tores, mas a pessoas que gostam de realizar

elas mesmas suas pinturas. Sua principal

concorrente no segmento, a ICI, proprietária

da empresa Tintas Coral, lançou seu produto

similar antes. A Basf perdeu espaço neste

segmento devido à sua indefinição quanto à

época do lançamento.

Casos como esse acontecem todos os dias. Não apenas em lançamentos, mas em muitas situações. Sequências e prazos corretos dos passos são importantes em qualquer estra-tégia. Há também a questão conjuntural, ou seja, a época é oportuna para o início da estratégia? O país dá sinais de que sua economia está sólida, ou caminha para uma recessão? A época é um componente que não pode ser desprezado.

6. Formulação de Planos

Todos os passos do planejamento estra-tégico de nada valem se não forem formula-dos e transcritos: deve-se colocar objetivos, orçamentos, tarefas específicas e respectivas táticas para a obtenção dos resultados de-

sejados. Estes dados estruturam um plano corpo rativo, que encaminhará o fluxo de decisões de marketing, produção, finanças e pessoal.

Todos os conceitos estudados serão utilizados na concepção de uma estrutura orçamentária para a consecução do plano.

6.1 Metas de Vendas

O plano de marketing inicia-se com o estabelecimento de metas de vendas para cada divisão e produto da empresa. A meta de vendas é definida, geralmente, a partir da análise da lucratividade das diversas estra-tégias de marketing possíveis. Jamais pode ser determinada de forma arbitrária.

A meta de vendas é alocada às unidades

produtivas da empresa: zonas de vendas,

regiões de vendas e, finalmente, aos vende-

dores. Frequentemente recebem o nome de

cotas de vendas e são baseadas no desem-

penho e no potencial estimado de cada uma

dessas unidades.

6.2 Orçamento Global de Marketing

Um orçamento global de marketing é

indispensável, para que as diversas tare-

fas mercadológicas sejam adequadamente

custeadas. Este orçamento global deve ser estipulado através de uma porcentagem pré-

fixada sobre as metas de vendas.

Empresas que estão penetrando em

novos mercados sempre se interessam pela

relação do orçamento de marketing sobre as vendas numa empresa típica do ramo, apesar de ser uma informação confidencial e de difícil acesso.

Qual será o próximo lance da concorrência?

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6.3 Alocação do Composto de Marketing

Uma empresa tem de decidir como alocar seu orçamento global, para um produto, às várias técnicas do composto de marketing:

promoção, propaganda, ponto de venda, lo-

gística, assistência técnica, etc.

A ênfase nesta ou naquela técnica deve

ser resolvida na elaboração da estratégia.

Pode ser que haja conflitos entre as diversas

partes da operação mercadológica, rela-

tivos ao montante de dinheiro necessário

ao trabalho. Cabe ao gerente de marketing

equacio nar e resolver estes conflitos entre os

setores envolvidos.

6.4 Determinação do Preço

A determinação do preço é elemento

fundamental para a viabilização econômica

do plano de marketing. A faixa de preço se-

ria analisada, anteriormente, como item da

estratégia de marketing, mas o plano exige

o estabelecimento de um nível específico de

preço, dentro daquela faixa. O preço plane-

jado, assim como uma lista de preços antes

da fixação de eventuais descontos e reduções,

devem ser determinados.

O nível de demanda, custo operacional e

a concorrência são a base para esta tomada

de decisão no planejamento do preço.

6.5 Alocação do Orçamento deMarketing aos Produtos

Empresas modernas possuem vários

produtos. Devem então decidir, a cada ano,

o montante de verba a ser distribuída a

cada um deles. A linha de produtos consiste

em um conjunto de novos produtos que são

pequenos, mas com grande futuro; produtos

importantes que estão no mercado há algum

tempo e continuam a ter grande demanda;

e outros produtos, grandes e pequenos, que

são os “cansados campeões do passado” e

que apenas se mantêm.

A empresa deve estabelecer critérios bá-

sicos sobre quais produtos requerem maiores

orçamentos, quais requerem investimento

e quais devem ter seus orçamentos de ma-rketing reduzidos. Essas decisões dos planos

- orçamentos de vendas, orçamento mer-

cadológico global, alocação do composto de

marketing, determinação de preços e alocação

de orçamento aos produtos - constituem os

componentes-chave de programação merca-

dológica.

7. Implementação e Controle

Munido do plano, que é o instrumento

que vai servir de guia para o trabalho e as

tarefas a serem desenvolvidas, o adminis-

trador deve colocá-lo em prática. Um plano

ideal contém, passo a passo, o que deve ser

conquistado em cada etapa. Assim, as metas

de vendas são estabelecidas, não só no glo-

bal e por unidades produtivas, mas também

por períodos, como meses, trimestres, etc.

Este critério é utilizado em conjunto com o

orçamento.

O monitoramento de tudo o que foi pla-

nejado é desenvolvido pelo controle. Acom-

panhar todo o processo é fundamental. Este

controle deve ser realizado sob um caráter

mais construtivista do que crítico, sempre

com o intuito de localizar o problema e

corrigi-lo prontamente.

Um gerente regional de vendas, por

exemplo, analisa vendas reais, faz contatos

constantes com seus gerentes distritais e

outros sob sua responsabilidade, não apenas

quando observar desvios, mas também para

avaliações periódicas do desempenho das

vendas.

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Este é apenas um aspecto do controle denominado de plano de controle anual. As formas de controle são amplas e irrestritas. Lucratividade, mercados, territórios e canais de distribuição e

muitos outros itens são alvo de controle.

Finalmente, realiza-se o controle estratégico, no qual os produ-

tos, recursos e objetivos da empresa são checados para se constatar

se existe adequação aos mercados certos. Em períodos de turbu-

lência, uma empresa pode concluir que existe uma inadequação às

oportunidades e as ameaças dos concorrentes aumentam. A tarefa

de um auditor de marketing avalia estes problemas vitais e emite

parecer sobre o que deve ser feito.

Anotações/Dicas

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Exercícios

Propostos

1 - O marketing estratégico pode ser dividido em três etapas:

( ) a) Objetivo, análise e controle.

( ) b) Análise, implementação e controle.

( ) c) Objetivo, análise e direção.

( ) d) Estratégico, operacional e tático.

( ) e) Venda, promoção e pesquisa

2 - __________ consiste na tentativa da empresa de aumentar as vendas de seus

produtos em seus mercados atuais, por meio de um esforço de marketing mais

agressivo. Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna:

( ) a) Objetivo, análise e controle.

( ) b) Desenvolvimento de mercado.

( ) c) Penetração de mercado.

( ) d)Crescimento intensivo.

( ) e) Marketing agressivo.

3 - É uma estratégia de obtenção de posse ou maior controle de seus sistemas de

distribuição:

( ) a) Integração para frente.

( ) b) Integração horizontal.

( ) c) Crescimento diversificado.

( ) d) Integração para trás.

( ) e) Crescimento intensivo.

4 - Conhecida como a diversificação que busca adicionar novos produtos que

poderiam atrair seus consumidores atuais, apesar de não estarem relacionados

tecnologicamente à sua linha atual de produtos. Estamos falando de:

( ) a) Diversificação integral

( ) b) Diversificação de marketing

( ) c) Diversificação estrutural

( ) d) Diversificação conglomerada

( ) e) Diversificação horizontal

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07Organização de um

departamento de vendasLIÇ

ÃO

Introdução

Nesta lição você irá conhecer os requisitos

básicos para a boa estrutura de um Departa-

mento de Vendas. Primeiramente, a determi-

nação de objetivos do departamento, para,

na sequência, fazer a composição do time,

recrutamento, seleção, treinamento e super-

visão e, por fim, as formatações mais comuns

de remuneração de vendedores.

1. O Departamento de Vendas

Um Departamento de Vendas, para ser

estruturado, deve obedecer políticas pré- determinadas, quanto ao recrutamento e se-leção de vendedores, treinamento, supervisão de vendas, remuneração de vendedores, ava-liação de desempenho e programas correlatos.

Os vendedores são, em linhas gerais, o cartão de visita da empresa, pois eles têm contato direto com os clientes, usuários e consumidores dos produtos oferecidos pela empresa. Em sua atuação sempre estarão em jogo a imagem da empresa, a performance dos negócios, por que não dizer? A sobrevivência do empreendimento.

É essencial recrutar, selecionar, treinar, supervisionar, remunerar de forma planejada e organizada, e manter o vendedor motiva-do. Organizar um departamento de vendas é buscar uma perfeita alocação de recursos materiais e humanos, com objetivos específicos e intermediários, para que se obtenha vendas eficazes.

Podemos eleger como objetivo especí-fico do departamento de vendas, as vendas propria mente ditas. Como objetivos interme-diários, a administração de marketing pode adotar alguns critérios:

benchmarking (melhorar a capacidade competitiva, através do estudo sistematizado das melhores práticas de mercado).

Aumentar a quantidade de clientes reais não significa necessariamente que você esta-rá aumentando a participação de mercado, pois, se houver aumento da clientela real e a quantidade de produtos vendidos por cliente diminuir, você não estará aumentando sua participação de mercado.

Benchmarking é muito utilizado por empresas que atuam em mercados altamente competitivos: autopeças, eletrodomésticos, automóveis, produtos de higiene.

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O objetivo principal, acompanhado dos intermediários, podem e

devem ser alcançados por um bom time de vendedores.

Vamos analisar as etapas para organização de um bom Departa-mento de Vendas.

2. Recrutamento eSeleção de Vendedores

Escolher vendedores competentes e habilitados é fundamental

para o sucesso da empresa. Identificar bons vendedores é tão relevante quanto comandá-los.

A tarefa de selecioná-los deve ser nor teada pela percepção de suas qualificações pessoais, suas características de personalidade e seu preparo profissional. Quanto melhor preparado o novo vendedor, menos dispêndio com treinamento a empresa terá.

O recrutamento é o meio pelo qual a empresa chama, atrai candi-

datos em potencial para o preenchimento de vaga disponível. Cabe ao setor de recrutamento a viabilização mais rápida e econômica de obter

um número adequado de candidatos para que sejam selecionados.

Recrutamento interno, através de quadro de avisos, banco de ta-

lentos, indicações, são sempre recomendáveis. Caso haja necessidade,

já neste caso tendo que arcar com algum custo, anúncios em jornais,

revistas, empresas especializadas e Internet são utilizados para re-

crutar candidatos.

Quanto à seleção de vendedores, o que se deve levar em conside-

ração é a necessidade da adequação do perfil da vaga em aberto ao

perfil de personalidade, qualificações e experiência do candidato. Em

vendas, este processo realiza-se através de entrevista pes soal, provas

de conhecimento ou de capacidade e, muitas vezes, simulações/dra-

matizações de vendas.

3. Treinamento de Vendedores

O treinamento é um processo no qual o indivíduo adquire habili-

dades e competências, desenvolve atitudes, contribuindo não apenas

para o progresso da empresa, mas também para a vida pessoal do

vendedor. Trata-se de um processo de cunho educacional, porque visa

formação e preparação através de aprendizagem.

Um treinamento geralmente apresenta três tipos de conteúdo: a

transmissão de informações e conhecimentos, o desenvolvimento de

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habilidades e o desenvolvimento de atitudes. A seguir demonstra-mos a operacionali zação da aplicação desses conteúdos:

Enfatizamos a importância do treinamento como instrumento

motivacional, que torna o vendedor preparado para o desempenho

de suas atividades, melhora seu relacionamento com a clientela,

trazendo resultados palpáveis para o departamento de vendas. As técnicas mais utilizadas em treinamento são aulas expositivas,

demonstrações, instruções programadas e dramatizações.

EXEMPLOS

organizacional, regras e regulamentos internos de trabalho, produtos/serviços, conhecimento sobre o mercado, preços,

de cálculos diversos, preenchimento de formulários, demonstração de produto/

Atendimento de clientes, telefone, atitudes frente aos diferentes tipos de cliente (exigentes, passivos, nervosos,

CONTEÚDO DO TREINAMENTO

TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES E

DESENVOLVIMENTO DE ATITUDES

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4. Supervisão de Vendas

O acompanhamento individual e cole-tivo da equipe é realizado pelo supervisor de vendas. Assistência total à execução das atividades operacionais do setor é responsa-bilidade deste profissional.

O supervisor de vendas atua interme-diando as determinações de seus superiores com relação àquilo que a empresa deseja em termos de objetivo de vendas, junto a seus subordinados (os vendedores). Planeja, orga-niza e controla as vendas em tempo integral.

A eficiência da supervisão de vendas de-pende de vários fatores, todos eles ligados às relações humanas que envolvem suas tarefas.

Os principais elementos a serem consi-derados são:

em todos os níveis hierárquicos.

Motivação como ponto fundamental para a satisfação dos colaboradores e obtenção de resultados qualitativos no processo de vendas.

Liderança, servindo como instrumento de conquista do respeito e credibilidade por parte dos subalternos, facilitando na coordenação das equipes e melhorando os resultados.

Desenvolvimento de recursos humanos, tomando decisões que permitam o desenvolvimento global, incluindo o aperfeiçoamento dos recursos humanos.

5. Remuneração de Vendedores

O pagamento efetuado aos vendedores, em muitas empresas, é feito de forma mista. Geralmente é um conjunto de vencimentos, que remuneram sua prestação de serviços, incluindo o salário como parte principal. O comum, no caso de vendedores, é uma com-posição que inclui salário fixo e comissões.

O trabalho do vendedor, pelas suas con-dições e características, exige um sistema de remuneração diferente daqueles que são adotados normalmente para os demais fun-cionários da empresa.

Os principais sistemas de remuneração são:

5.1 Salário Fixo

É o sistema onde o vendedor recebe uma quantia fixa de dinheiro, independentemente das vendas realizadas. É o mesmo sistema de remuneração aplicado à maioria do pessoal das empresas, sendo pago por período, como mensalista, horista, etc.

Vantagens:

vendas altas ou baixas.

os demais funcionários.

vendedores.

Desvantagens:

aumentarem as vendas.

pois tanto faz vender muito ou pouco.

outras empresas.

vendedores se eleva proporcionalmente.

5.2 Comissões

É o sistema que remunera o vendedor mediante determinada porcentagem sobre as vendas líquidas realizadas ou cobradas. Varia conforme o volume de vendas.

Pode-se optar por comissões sobre o to-tal das vendas ou comissão a partir de certo

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nível mínimo de vendas. No caso de comissão sobre o total de

vendas, aplica-se um percen tual sobre o total de vendas realiza-

das em um certo período. A empresa pode aplicar este percentual

sobre todos os produtos ou percentuais diferenciados atrelados

a produtos, clientes ou territórios. No caso de comissões a partir de um nível mínimo de vendas, aplica-se uma comissão - única ou diferenciada - mas apenas a partir de um volume de vendas previamente fixado. Este sistema força o vendedor a superar esta cota mínima.

Vantagens:

realizadas.

empresa não precisa ser rígido.

Desvantagens:

porcentagem de comissão.

financeira difícil.

5.3 Sistema Misto

É o sistema de remuneração que mescla os dois anteriores, no sentido do aproveitamento das vantagens de cada um e redução das desvantagens.

O sistema misto pode ser montado em três alternativas, a saber:

Salário + Comissão - É o sistema que concede ao vendedor um salário fixo, igual ou superior ao mínimo fixado por lei e, além disso, uma comissão pelas vendas efetuadas. A comissão pode ser única ou diferenciada.

- Concede ao vendedor, além do salário fixo, um determinado incentivo ou gratificação que lhe permita certa quantia de dinheiro, caso ultrapasse um volume de vendas previamente determinado.

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- O vendedor normalmente recebe um salário fixo, mais uma comissão (única ou diferencia-da, conforme o caso) e, além disso, um determinado incentivo ou gratificação se ultrapassar um determinado volume de vendas.

*Única e diferenciada

Sistemas de Remuneração

SalárioFixo

Comissão

Sobre ototal dasvendas*

Salário Fixo +Comissão

Misto

A partir deum nível de

vendas

Salário Fixo + Incentivo ou

Prêmio

Salário Fixo + Comissão +

Incentivo

Um sistema de remuneração é eficaz quando concilia os obje-tivos empresariais com os anseios e motivações dos vendedores. É uma tarefa difícil, pois nem sempre as questões empresariais cruzam com as necessidades dos vendedores. Antes de tudo, um sistema de remuneração deve possibilitar à empresa seis situações:

1ª) Capacidade de estimular os vendedores motivar e incenti-var os vendedores a se superarem, realizando esforços acima do normal.

2ª) Segurança garantir ao vendedor um valor mínimo de ganho, mesmo em épocas difíceis.

adaptar-se às diferentes categorias de ven-dedores, produtos e territórios. O sistema deve ser flexível às alterações repentinas que acontecem no mercado.

4ª) Coerência o sistema deve simultaneamente atender aos ob-jetivos da empresa e dos vendedores.

5ª) Facilidade de compreensão fácil assimilação e compreensão por parte dos vendedores.

6ª) Facilidade de aplicação facilidade para cálculo e pagamento.

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6. Avaliação do Desempenho de Vendedores

O desenvolvimento de sistemas de avaliação de desempenho permite à empresa tomar decisões relativas a treinamento, re-

treinamento, substituição ou outras medidas, como revisão das

rotinas de supervisão.

A avaliação do desempenho de vendedores visa alcançar os

seguintes objetivos:

melhor aproveitado, além de detectar as deficiências para

que seja realizada a devida correção através de treinamento,

aconselhamento, etc.

recompensá-lo através de remuneração, seja por prêmio ou

incentivo monetário.

6.1 Critérios para Avaliação

Distinguir o bom do mau desempenho é necessário para que

providências sejam prontamente tomadas, visando o restabeleci-

men to dos níveis desejados de resultados.

Geralmente a avaliação do desempenho dos vendedores é

realizada ao final de cada mês e ao final de cada ano. O período

mensal de avaliação é necessário para controle da produção de

cada vendedor, a fim de executar as correções necessárias em

tempo hábil.

Já o período anual corresponde à confrontação da previsão

de vendas, determinação de cotas e o total realizado pertinente a

cada vendedor. Enquanto a verificação mensal tem o objetivo de

sanar irregularidades do cotidiano, a avaliação anual é definitiva

do período e serve de parâmetro para a organização interpretar

sua situação.

Critérios de premiação podem ser desenvolvidos tanto em

situações mensais, quanto em outros períodos de tempo, como

semestre ou ano.

Os principais critérios adotados para avaliação de desempenho

de vendedores são:

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6.1.1 Volume de Vendas Realizado no Período

Representa as vendas totais que o vendedor efetuou no período

considerado pela avaliação. Compara-se com a cota de vendas de-terminada para o vendedor. Se o resultado de vendas estiver acima da cota, ótimo. Caso esteja abaixo, o supervisor deve verificar as razões do mau desempenho pela queda nas vendas.

EM MILHARES DE REAISVOLUME DE

VENDASREALIZADO

PONTOS

abaixo

0 10 20 30 40 50 60

Modelo de tabela para avaliação dedesempenho pelo volume de vendas

% DA COTAALCANÇADA

PONTOS

abaixode 90%

0

de 90a 95%

10

de 96a 100%

20

de 101a 105%

30

de 105a 110%

40

de 111a 115%

50

de 116a 120%

60

Modelo de tabela para avaliação de desempenhopelo cumprimento de cota de vendas

NÚMERO DE VISITAS

REALIZADAS

PONTOS

abaixode 10

0

de 10a 19

10

de 20a 29

20

de 30a 39

30

de 40a 49

40

de 50a 59

50

de 60a 69

60

Modelo de tabela para avaliação de desempenhopelo número de visitas realizadas

6.1.2 Cumprimento da Cota de Vendas

Representa a porcentagem da cota de vendas, fixada previamente, que

o vendedor alcançou no período. Para cada faixa de porcentagem, o vendedor

ganha pontos em sua avaliação. Cada empresa fixa seus próprios critérios.

6.1.3 Número de Visitas Realizadas

Utiliza o número de visitas que o vendedor fez à clientela durante o período

como base. Para cada faixa de número de visitas, o vendedor ganha pontos em

sua avaliação.

6.1.4 Vendas Realizadas por Visitas

Significa o volume de vendas, em média, em cada visita aos clien tes. A maio-

ria das empresas aplica uma equação que divide o total de vendas realizadas pelo número de visitas realizadas.

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157/71

Anotações/Dicas

Vendas realizadas por visita

total de vendas realizadasnúmeros de vendas realizadas

=

6.1.5 Relação Despesas/Vendas

Aborda o valor das despesas efetuadas pelo vendedor sobre o

valor das vendas realizadas. Geralmente, o valor é multiplicado

por 100 para demonstrar a porcentagem das despesas sobre as

vendas. Essa porcentagem identifica a porcentagem das vendas

que o vendedor gastou para realizá-las.

É uma medida da eficiência do vendedor: quanto menor o percentual das despesas, mais eficiente é o vendedor.

Um supervisor de vendas pode colocar num quadro, simul-taneamente, o volume de vendas, cumprimento de cotas, visitas realizadas, vendas por visita e a relação despesas/vendas e, após

a análise destas variáveis, concluir uma melhor avaliação do

vendedor.

Qualquer que seja a forma de avaliação, julgamos que deva

ser exaustivamente discutida com o próprio vendedor. O bom

entrosamento entre supervisão e vendedores, alicerçado por um

canal de comunicação franco e aberto, a respeito dos resultados

obtidos na avaliação, sempre será muito positivo para ambos. Afi-

nal, a avaliação de um vendedor permite a identificação de pontos

que devem ser retrabalhados para melhorar sua performance e,

ao mesmo tempo, localização de aspectos positivos do vendedor

que devem ser estendidos à toda equipe, na medida do possível.

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157/72

Exercícios

Propostos

1 - Conhecido como o meio pelo qual a empresa convoca e atrai candidatos em

potencial para o preenchimento da vaga disponível é:

( ) a) recrutamento

( ) b) seleção

( ) c) convocação

( ) d) separação

( ) e) planejamento

2 - A fórmula para a realização do cálculo das vendas realizadas por visitas é:

( ) a) Número total de visitas realizadas dividido pelo total de vendas realizadas.

( ) b) Total de vendas do mês dividido pela quantidade de visitas.

( ) c) Total de vendas realizadas dividido pelo número de visitas realizadas.

( ) d) Número de visitas parciais do ano dividido pelas visitas do mês.

( ) e) Total de vendas realizadas multiplicado pelo número de visitas realizadas.

3 - Sistema no qual o vendedor recebe uma quantia mensal fixa de dinheiro,

independentemente das vendas realizadas:

( ) a) Gratificação por desempenho

( ) b) Comissão de vendas

( ) c) Prêmios

( ) d) Salário fixo

( ) e) Sistema misto

4 - Conhecido como o processo pelo qual o indivíduo adquire habilidades e com-

petências, desenvolve atitudes, contribuindo não apenas para o progresso da

empresa, mas também para a sua vida pessoal. Estamos falando de:

( ) a) Recrutamento

( ) b) Avaliação

( ) c) Treinamento

( )d) Seleção

( ) e) Apresentação

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157/73

08Modelos de Formulário

de EntrevistasLIÇ

ÃO

1. Entrevista com Clientes

O quadro a seguir é uma sugestão de entrevista com clientes,

que pode ser aplicada por meio de pesquisa via postal, e-mail, telefonemas ou visitas.

Que necessidades você está atendendo ao adquirir nossos produtos/serviços?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Até que ponto atendemos essas necessidades?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Como podemos melhorar o que fazemos?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

O que gostaria que fizéssemos, que não estamos fazendo?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

O que valoriza mais em nossa empresa? E em nossos concorrentes?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Que mudança provável pode ocorrer em seus negócios, que talvez

altere profundamente o que você necessita de nós?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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157/74

2. Questionário para Análise de Satisfação de Clientes

O importante é estabelecer questões que possam reunir infor-

mações específicas e relevantes sobre o desempenho de vendas.

Lembre-se que, ao fazer perguntas de modo inadequado, estará

colocando os outros na defensiva e fechando as oportunidades de

comunicação.

1 - Em sua opinião, até que ponto nossa empresa está preocupada com a

qualidade e satisfação do cliente?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2 - Para você, o que é mais importante ao decidir de qual empresa comprar?

Preço

Qualidade

Atendimento

Entrega

Disponibilidade

Por favor, justifique sua resposta:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

3 - Como nos compararia à concorrência nessas áreas?

Com destaque

De maneira notável

Acima da média

Tão bom quanto, ou melhor

Igual no preço, mas não na qualidade

Igual

Regular

Abaixo da média

Péssimo

4 - Com que frequência alguém de nossa empresa fala com você sobre suas

necessidades?

A cada 2-3 semanas

A cada 1-2 meses

Menos de uma vez a cada dois meses

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157/75

5 - Até que ponto correspondemos às suas necessidades?________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

6 - Pense sobre o pedido mais recente que nos fez. Em uma escala de 1 (baixo)

a 5 (elevado), o quanto ficou satisfeito? _______________

7 - Como nos classificaria em relação ao cumprimento de promessas, também

em uma escala de 1 a 5? _________________

8 - Pense sobre a última vez em que teve uma queixa. A que nível pertencia a

pessoa com quem falou (representante de vendas, funcionário de atendi-

mento ao cliente, supervisor ou gerente)? ______________________________

9 - Como o problema foi resolvido?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

10 - Até que ponto ficou satisfeito?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

11 - O que fazemos que o agrada?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

12 - O que fazemos que realmente não lhe interessa?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

13 - O que não fazemos que gostaria que fizéssemos?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

14 - Onde e como poderíamos melhorar para oferecer qualidade e total

satisfação aos clientes?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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Respostas do

Exercícios Propostos

Lição 1

1 - B2 - C3 - C4 - D

Lição 2

1 - A

2 - A

3 - C

4 - E

Lição 3

1 - A2 - B3 - E4 - A

Lição 4

1 - B2 - D3 - E4 - D

Lição 5

1 - C2 - D3 - B4 - A

Lição 6

1 - B2 - D3 - B4 - A

Lição 7

1 - A2 - C3 - D4 - C

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Bibliogra�a

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São Paulo: Makron Books - 1991

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Marketing - Edição Compacta - 1ª edição

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LEVITT, Theodore

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EUA - Harvard Business Review.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI Jr., Paul H.

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São Paulo: Harbra - 1986

MERCADO GLOBAL

Superintendência Comercial da Rede Globo, várias edições.São Paulo: 1996, 1997, 1998 e 2000

VOLPI, SylviaVender no Final do SéculoSão Paulo: 1994

WILLINGHAM, RonVendas & Integridade

São Paulo: Saraiva

www.animfactory.com

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