Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
conterrâneo, sinto esse crgu- lho, — o orgulho de viver na sua terra, como filho adoptivo, há mais de cinquenta anos, sabendo que aqui nasceu o glorioso artista. E nunca esqueci os momentos de contacto fugidio que tive com ele quando, na época dos meus devaneios teatrais, o ouvia recitar, como ninguém, o v e l h o monólogo «Rataplan».
Que s a u d a d e s . . . e que tristeza!
** *
Honrarias, p o u c a s , ou quase ne nhuma s :
Por decreto de José Luciano de Castro foi nomeado societário de L“ classe do Teatro D. Maria Ii, mas não chegou a tomar posse; mais tarde, o Presidente da República, Dr. António José de Almeida, agraciou-o com o oficialato da Ordem de Santiago.
Aqui, em Montilo, deram o seu nome à rua onde nasceu e ao Cinerna que desapareceu, e está resolvido que o Cinema a inaugurar tenha também o mesmo nome do desaparecido.
Falta cumprir, pelo menos, o sagrado dever de afixar uma lápide comemorativa na casa onde nasceu, para que os vindouros saibam onde Veio à luz do dia esse que foi um dos MAIORES do nosso t ea t r o . . . e da nossa terra. Acreditamos que, pelo menos, essa Justiça lhe será feita, em homenagem à sua memória, — como já nos prometeu o Ex.mo Presidente do Município.
O final de sua Vida foi trágico. Em 20 de Dezembro de 1917, Joaquim de Almeida foi acometido duma congestão cerebral e ficou, dias depois, quase cego! E assim viveu mais três anos e meio na escuridão do seu viver, até que faleceu em 22 de Julho de 1921.
Que e s t a insignificante homenagem de «A Província» sirva de incentivo ao acto de justiça a praticar, para honra de todos nós!
BBBflHBHBSSGSBSSBIBHnflHHMflHHMMMBHMBi
Emcontinuação:
0 General de Brigada
o i lh in ô çâ fh e tt&
(J.ttttiial l ! ___________________________________
J O A Q U I M de Almeida, — um dos m a i o r e s actores portugueses—,
nasceu em Aldeia Galega dç Ribatejo a 5 de Outubro de 1858.
Era filho de João Mota de Almeida, natural de Santarém, funcionário de Finanças dali transferido para esta vila.
Pouco tempo depois do nascimento do filho Joaquim, foi novamente transferido, desta Vez para o Barreiro.
Joaquim de Almeida passou nessa Vila grande parte da infância; mas nasceu em Aldeia Galega, na antiga rua da Graça.
A sua estreia como actor efectuou-se no Teatro das Variedades de Lisboa, em 1 de Fevereiro de 1852, segundo uns, ou em 2 de Fevereiro de 1857, segundo outros.
Foi na mágica «A lotaria do Diabo», — três actos e desanove quadros, — arranjo de Francisco Palha e de Joaquim Augusto de Oliveira
' ........? !
A
JES I iRECORDANDO
Joaquim de Almeida
Joaquim de Alm eida
(conhecido pelo «OliVeirinha das mágicas»), que de se m penhou o papel de «segundo efémero» como estreia, f igurando na distribuição com N. N..
Quando faleceu o actor Marcelino, do Teatro D. Maria II, foram buscar o nosso conterrâneo para o substituir.
A sua estreia fora retumbante, e logo se previra que Viria a ser uma das futuras glórias do teatro nacional.
Foi no drama «Pedro», de Mendes Leal, que ele se estreou no Teatro D. Maria II, onde lhe coube o papel de «Manuel Maria».
Pouco depois transitava para o Teatro da Rua dos Condes, contratado por Francisco Palha, e depois para o «Trindade», onde entrou em várias operetas.
Neste género distinguiu-se logo. principalmente no papel de «Óscar», do «Barba Azul», demonstrando assim as suas
qualidades g e n é r i c a s , — o que foi uma das facetas mais interessantes do seu feitio histriónico.
Em 1876 foi com Brasão até o Brasil.
Ambos contratados pela actriz brasileira Isménia dos Santos, realizaram em Pernambuco v á r i o s espectáculos, e daí seguiram para o Rio de Janeiro, desta vez contratados pelo actor Vale.
Os jornais dessa época assinalaram o triunfo que essas viagens trouxeram aos artistas portuguesas e à arte de Talma.
Voltando a Portugal, começou a sua Vida deambulatória. O seu feitio irrequieto, irascível, tornava-o indesejável nos teatros da capital.
Era duma independência feroz, não admitindo que o diminuíssem e m qualquer hipótese.
Bem pode dizer se que pisou todos os palcos de Lisboa, hoje no drama, am anhã na alta comédia, no outro na opereta, no outro na revista, no outro na comédia ligeira, — em todos os géneros m a n i f e s t a n d o .o seu talento exuberante!
O que ele não queria, era transigir com a hipocrisia, com a mentira, com as intrigas de bastidores, com as a c ç õ e s que procurassem amesquinhá-lo de qualquer maneira. Costumava, então, dizer; «Olhem que eu sou do Ribatejo, onde as mulheres pegam os toiros de cara, nas ruas».
Por vezes, teve que agir violentamente.
Nos Recreios Whittoyne, por exemplo, teve que chicotear uns espectadores dum camarote que troçavam do seu trabalho, até os correr para fora do teatro. Depois da sua intervenção, o espectáculo continuou sem mais interrupções, e Joaquim de Almeida foi muito cumprimentado pela sua atitude.
A esta faceta do seu génio se refere Esculápio (Eduardo Fernandes) nas suas - Memórias», a folhas 124:
— «Este artista tinha, como se sabe, um génio irascível. Fiz-lhe umas coplas para ele
cantar na sua entrada em cena (Revista «Tim-Tim»), mas ignorando que ele tinha pouca Voz e se recusava sempre a cantar. Em vez de mo ter declarado terminantemente, fez-me fazer coplas quatro vezes e só então se abriu comigo, o que determinou uma questão que tivemos e depois da qual nunca mais nos falámos. Joaquim
f* O R
? Á L V A R O V A L E N T E
1 - _______ 1 1
de Almeida fartou-se depois de entrar em peças minhas; mas, se tinha alguma observação a fazer, fazia-a sempre por intermédio de interposta pessQa, sem embargo de que toda a vida me fez justiça. Era ainda mais admirador do meu t r a b a l h o do que o Augusto (Augusto César de Almeida) do «Trindade».»
Também ele, Esculápio, lhe fez sempre justiça.
A páginas 260 do mesmo livro de «Memórias», referindo-se à zarzuela «Marcha de Cádiz», que se representou no teatro da Trindade, diz o jornalista e homem de le t r a s :
— « . . . especialmente Joaquim de Almeida, que era uma maravilha no homem do clarinete, fazendo-o melhor do que todos os artistas espanhóis que tinham Vindo a Lisboa!»
Eram assim os homens daqueles tempos. Cheios de personalidade, mas fazendo sempre justiça a quem a merecia.
E quando no seu livro teve que se referir a Joaquim de Almeida, acentuava o valor do nosso conterrâneo:
— A páginas 121: Ná peça «O Sarilho», representada em estreia no Teatro Condes em 29 de Janeiro de 1895, entrava Joaquim de Almeida que fazia primorosamente um pescador algarvio, «O tio Manuel de Olhão», com a Palmira.
— A páginas 157: Nesta mesma peça fez depois o papel de «Calino pai», num novo quadro, sobressaindo muito.
E a propósito das suas i n t e r p r e t a ç õ e s , disse na «Vanguarda»: « . . .sendo por parte de Joaquim de Almeida digno do seu grande e brilhante talento».
Para se a v a l i a r desse talento enciclopédico, citaremos algumas das peças que interpretou e que bem provam as modalidades teatrais que abo rdou :
— Os Piratas, A Ventoinha, O Comendador, Morgadinha de Valflor, A Bola de Sabão, Miguel Strogoff (.em que se deu o caso do chicote), O Marido, Mademoiselle Nitou- che, A Varina, Papá Lebon* nard, Senhora Ministra, Nini- che, Barba Azul, O Olho Vivo, Campinos, O Lenço Branco, Torre de Babel, O Sarilho, El Rei Danado, Solar dos Barrigas, Alegrias do Lar, Camões e Jau (com António Pedro), F i l h a da Noite, Na Esquadra, Os Dois N é n é s , O Desaparecido, Santo António, A’ Procura do Badalo, Pedro, Ave do Paraíso, Pérola, Fidalguinho, Glórias do Trabalho, Anjo da Meia Noite, Viagem à Suiça, etc. etc..
Ainda para se avaliar da adaptação de suais qualidades geniais, conta-se que um grande actor italiano, ao Vê-lo
% desempenhar, com intervalo de duas noites, «O Saltimbanco» e «A Bola de Sabão», não queria acreditar que era o mesmo artista. Quando se convenceu da verdade, foi ao palco, pediu para lhe ser apresentado e conservou-se de pé e de chapéu na mão enquanto o cumprimentava. Joaquim de Almeida, verdadeiramente confundido, pediu ao actor Teimo (que fora o apresentante) para dizer ao actor italiano que se sentasse e p u s e s s e o chapéu na cabeça.
O italiano, então, retorquiu :
— Perante um artista deste Valor só se deve falar de pé e descoberto !
Como se vê, todos os portugueses devem sentir orgulho com o que fica descrito, e mais ainda os seus conterrâneos.
E eu, que não sou seu
Preço 1$00 Q u in la faira , 17 da Maio de 195Ó
P r o p r i e t á r i o , A d m i n i s t r a d o r e f d i t o r
V . S . M O T T A P I N T O
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026467
------------------ I----------------------------------- M O N T I J O ------------------------------------ --------------------
COMPOSIÇÃO E IM P R E SSÃ O — T IP O G R A F IA «G R A FE X » — T E L E F . 02G 236 — M O N T IJO
Ano II N.°- 63
Í N F O R M A C A
íx
mo
. o
nr
2 A P R O V IN C IA 17-5-956
• VI DA
PROfISSIOHÀL
Médicos
D r . A v e l i n o R c c h a B a r b o s aDas 15 às 20 h.
R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 026 245 — MONTIJO
D r . t d u a r d o G o m e sC o n s u lta s to d o s o s d ia à s 17 h o r a s
R . M ach ad o S a n to s , 6 -1 .°Telef. 026038 — MONTIJO
D r . F a u s t o N e i v aLargo da Igreja, 11
Das 10 às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026256 - MONTIJO
D r- 1. 5 o u s a C o r r e i aC L IN IC A . D E N T Á R IA
D e n te s a r t i f i c ia i s e c o n s e r to s C o n s u lta s to d o s o s d ias
d as 11 às 13 e d a s 15 à s 17 h o r a s R u a R u lh ã o P a to , 5 8 — M O N T I J O
D r . M . S a n t o s C r u zIn t e r n o d o s h o s p . c iv is de L is b o a
D e e n ç a s d a b o c a e d e n te s D e n te s a r t i f i c ia i s
C o n s u lta s às 2 . as e 6/ s fe ir a s à s 14 h o r a s .
R . B u lh ã o P a to , 7 — M o n ti jo
D r / I s a b e l G o m e s P i r e sE x - E s t a g iá r ia d o In s t i tu to P o r tu g u ê s d e O n c o lo g ia .
D o e n ç a s d as S e n h o r a s C o n s u lta s à s 3 .BS e 6. as fe ir a s
R . A lm ir a n te R e is , 6 8 - 1 . ° - M o n t i jo T o d o s o s d ia s
R u a M o ra is S o a r e s , 1 1 6 -1 .°
L I S B O A T e le f . 4 Í
P arteiras
f e l i s b e i o V i c t ó r i a P i n aP a r t e ir a - E n fe r m e ir a
P a r t o s , in je c ç õ e s e tr a ta m e n to s R u a S a c a d u ra C a b r a l , n .r 50
M O N T I J O
A u g u s t a ( I l a r q . C h a r n e i r a H l o r e i r aP a r te ir a - E n f e r m e ir a
D ip lo m a d a p ela F a c u ld a d e de M e d ic in a d e C o im b ra
R u a T e n e n t e V a la d im , 2 9 -1 .°
M O N T I J O
AdvogadosD r . f i l b e r t o C a r d o s o d o V a l e
E s c r i t ó r i o : P r a ç a d a R e p ú b lic a , 4
M O N T I J O
D r . R a ú l t l i a s f l d ã oM o n t i jo — T e le f . 0 2 6 252
P r a ç a d o Q u e b e d o , 1 - r/c T e le f . 2 2 4 0 — S e tú b a l
T t a d o V , E x . " q u e e f e c t u a r S e g u r o s em q u a l q u e r r a m o n â o d e i x e d e c o n s u l t a r
Luís Moreira da SilvaR u a A l m i r a n t e R e i s , 2 7
T e l e f o n e 0 2 6 1 1 4M O N T I J O
Telefone 026 597
M O N T J OL E I T E
PA5TEUR
fj)ata h/tai Cfaloqzafiai
Fofo Montijense
É já sobejamente conhecido entre nós, o valor alimentar do leite.
No nosso país, talvez há uns vinte anos, o consumo de leite nos meios pequenos, especialmente no Sul, era bastante reduzido e apenas o consumiam em dias festivos, por doença, ou por re ceita médica, e só nos grand e s centros populacionais estava mais em uso o seu e m p r e g o na alimentação, principalmente das crianças.
Recordo-me muito bem, quando da minha infância, na minha terra natal não havia sequer uma vaca leiteira, apenas existiam por lá umas cabritas que bastavam para satisfazer os gastos de determinadas casas. Presentemente, já se vêem por lá algumas vacas turinas, talvez mais de uma dezena.
Isto prova que nos meios pequenos se vai reconhecendo que o leite constitui um alimento de primeira ordem e que substitui em muitos casos outros alimentos de menor poder nutritivo e de mais elevado custo.
Estou em crer que o uso do leite, na alimentação do nosso pov^o, t e v e larga influência durante o período da última grande guerra, por escassearem n e s s a altura muitos géneros alimentícios.
Embora se note de ano para ano um aumento gradual no consumo de leite, segundo elementos estatísticos, estamos longe, mesmo muito longe de atingirmos o consumo de certos países, como por exemplo a Holanda, França, S u i ç a , Alemanha etc., onde se encontra facilmente e a qualquer hora nos cafés, bares e outros es tabelecimentos similares, leite em garrafas que o povo consome como cá se bebe o café e o vinho.
O problema da boa qualidade do leite e sua distribuição no nosso país, tem sido assunto de aturados estudos por parte das entidades competentes, e na verdade alguma coisa se tem feito, especialmente nos laticínios; mas ainda se está longe de atingir o ponto desejado.
Por outro lado, algumas câmaras municipais e cooperativas de produtores de leite, ao abrigo do Decreto n.° 36.973, têm-se abalançado a mandar construir c e n t r a i s pasteurizadoras e , c o m o exemplo, muito recente, cito a de Evora, um belo edifício com instalações bem apetrechadas de material moderno e já em laboração experimental.
Já que falei em câmaras municipais não quero deixar
de me referir aqui à da sede do meu concelho — M o n tijo .
Dada a sua enorme população e com tendências para aumentar, em v i r t u d e do grande desenvolvimento industrial e comercial que se vem notando de ano para
Por
Horácio Pereiro Mogro
ano, bem merece um estabelecimento daquele género, para bem de todos os seus habitantes. Não sei quais as intenções da Dig.ma Edilidade Camarária a este respeito, não sei se ê assunto já estudado ; na certeza, porém, se se levar a efeito tal empreendimento oferece ao Montijo um melhoramento de grande valor social.
Estive há b e m p o u c o nessa localidade e por espírito de observação entrei no posto de verificação do leite q u e a Câmara Municipal montou na Rua José Joaquim Marques, daquela vila.
Confesso que fazia uma ideia bem diferente daquela que tinha àcerca dos trabalhos de verificação de leite no referido estabelecimento.
Verifiquei que apenas um empregado determinava a densidade do leite — «bicho papão» — , c o l h i a u m a s amostras para análise à gordura, segundo me disse o referido empregado, e outro selava as bilhas dos leiteiros e leiteiras, depois de cheias, para evitar adulterações.
Além disto, notei, q u e uma grande parte das bilhas de transporte de leite dos produtores eram de zinco e algumas em péssimas condições de limpeza, apresentando no seu interior acumulação de gorduras atrasadas.
Será possível fornecer leite de confiança naquelas condições ?
Não ! Não é possível.É de toda a conveniência
que a Câmara Municipal da
quela localidade, para bem da saúde do consumidor, mande exercer uma assídua fiscalização junto dos produtores durante as ordenhas, p r o í b a terminantemente o uso de bilhas impróprias para o transporte do leite e qne a verificação do mesmo, dentro do posto, seja mais com pleta, pelo menos proceder às provas de lactofiltração e de álcool e que seja coado por um filtro de algodão, para que o público não ande enganado.
Ainda há bem pouco tempo, Lisboa era das cidades do país que consumia leite em piores condições.
As autoridades competentes da Capital, encarando o problema do abastecimento a sério, iniciaram acerca de um ano }i «Campanha do Melhoramento do Leite» por intermédio da Direcção G eral dos Serviços Pecuários, de colaboração com a Junta Nacional dos Produtos Pecuários, que criou brigadas de instrução as quais estão actuando junto dos estábulos durante as ordenhas e colhem em todas as visitas amostras de leite para serem analisadas.
Estou convencido de que Lisboa, nesta altura, já consome melhor leite e quando a Central Pasteurizadora que a Câmara Municipal tem em construção, estiver em laboração e engarrafe o precioso líquido, pasteurizado, o público consumidor poderá contar com um bom produto. Só desta maneira se acabará com as falsificações e como jogo das escondidas entre a fiscalização e os leiteiros, que é sempre um espectáculo desagradável.
Todavia, é preciso não descurar os serviços de instrução junto dos estábulos,— eles têm de continuar; se pararem, podemos ter a certeza de que o mau leite torna a aparecer com características que levam à sua rejeição antes de ser submetido ao
SANFER, 1L.°*S E D E
L I S B O A , R u a it S. J u l i ã o , 4 1 - 1 . °
AEROM OTOR SA N FER o ciclone - FERRO S para ARCOS, etc.
CIMENTO PO RTLA ND , TR tos para gados
RICINO BELGA para adubo CARRIS, V A G O N E T A S e t<
minho de FerroARM AZÉNS D E 1
A R M A Z É N S
Í I I 0 I 1 I I J 0 , S u a d a S e l e Vist a
moinho que res is tiu ao construções, ARAMES,
ITURAÇA O de a lim en-
de batata, cebola, etc.3do o m aterial para Ca-
^ECO VAGEM
VI DA
M U N I C I P A L
E m s u a ú l t i m a r e u n i ã o , a C â m a r a M u n i c i p a l d e M o n t i jo t o m o u a s s e g u i n t e s d e l i b e r a ç õ e s :
— P o r p r o p o s t a d o S r . P r e s i d e n t e , a p r o v o u u m v o t o d e s e n t i d o p e s a r p e l o f a l e c i m e n t o d o v e r e a d o r , S r . J o s é A u g u s t o S i m õ e s d a C n n h a , p r e s t a n d o a s s i m h o m e n a g e m à s u a n o t á v e l a c ç ã o , n ã o s ó c o m o e d i l p r o b o e a c t i v o , m a s e s p e c i a l m e n t e c o m o m e s á r l o d a S a n t a C a s a d a M i s e r i c ó r d i a , o n d e d e i x o u u m a o b r a d e g r a n d e m é r i t o .
— I g u a l m e n t e p o r p r o p o s t a d o S r . P r e s i d e n t e f o i r e s o l v i d o a c t u a l i z a r a t o p o n í m i a d a s e d e e d a s p o v o a ç õ e s d o C o n c e l h o , n o m e a n d o , p a r a e s s e f i m , u m a C o m i s s ã o p r e s i d i d a p e l o S r . V i c e P r e s i d e n t e e c o m p o s t a p e l o S r . v e r e a d o r B r i t o S a n c h o , r e p r e s e n t a n t e s d o s j o r n a i s l o c a i s , e C h e f e d a S e c ç ã o T é c n i c a .
— T o m a r c o n h e c i m e n t o d o o r ç a m e n t o p r i m e i r o , s u p l e m e n t a r d o o r d i n á r i o .
— A d q u i r i r u m r e l ó g i o p a r a a T o r r e d o M e r c a d o C e n t r a l .
— A b r i r c o n c u r s o p a r a a e x e c u ç ã o d a p r i m e i r a f a s e d a c o n s t r u ç ã o d a e s t r a d a d e C a n h a á s F a i a 8.
— D a r t o d o o a p o i o à i n i c i a t i v a d a s C a s a s d o R i b a t e j o e d o A l g a r v e , n o s e n t i d o d e s e r a p r e s e n t a d a a o g o v e r n o a p e t i ç ã o r e l a t i v a a o e s t a b e l e c i m e n t o d a l i g a ç ã o d e M o n t i jo c o m L i s b o a p o r «ferry boats».
tratamento pelo calor e subsequente engarrafamento.
Sem entrar em pormenores técnicos de ordem bactereo- lógica p o r q u e , evidentemente, não sou um técnico da especialidade mas sim, apenas, um feitor agrícola diplomado, com 16 anos de prática de lacticínios, sei que o leite, pasteurizado, é o que oferece ao consumidor melhor garantia de qualidade.
O trabalho da pasteurização é feito a temperaturas variáveis entre os 60° e 70°, consoante o sistema de pasteurização adoptado, o qual, como se sabe, não é suficiente para destruir todos os seus microbianos existentes no leite, principalmente os esporulados. A pasteurização não é uma esterilização mas sim um processo de eliminação de algumas bactérias do leite, com o fim de prolongar o período de conservação deste.
Para uma quase total destruição microbiana teríamos de submeter o leite a uma esterilização; mas esta operação não convém porque, devido à alta temperatura a que o leite teria de ser submetido, perdia em parte as suas qualidades organoléti- cas e certas substâncias bastante úteis ao nosso organismo.
Por conseguinte, é a pasteurização o tratamento mais indicado para o leite; mas para que tal tratamento re sulte em bom beneficio, é preciso que o leite; Venha da origem em boas condições higiénicas e proveniente de animais sadios, caso contrário não pode de maneira alguma oferecer-nos um produto de confiança, oara spr depois Vendido e devidamente selai
I7-5-956 A P R O V IN C IA 3
AGENDA | ELEGANTE
A n i v e r s á r i o s
— D ia 6, a m e n in a M a r ia I s a b e l C a r lo ta B e a t r iz , g e n t i l f i lh a d o n osso a s s in a n te s e n h o r D o m in g o s B e a tr iz .
— D ia 8, o m e n in o A n tó n io M an uel L o u r e n ç o G o m e s , f i lh in h o do n o sso p re z a d o a s s in a n te , s r . A lfred o R o d r ig u e s G o m e s .
— Dia 9 , a s r .* D . B e a t r iz A u - 0, , - to C r u z e ir o , e sp o s a d o n o sso prezado a s s in a n te s r . M a n u e l Gonçalves C r u z e ir o .
— D ia 10 , a s e n h o r a D . O lív ia G a s p ar C a n a s tr e ir o , esp o sa d o n o sso a ss in a n te s e n h o r F r a n e is c o S o a r e s C a n a s tre iro J u n i o r .
— D ia 11 , a m e n in a A n a M a ria C ari» P e ix o to , g e n t i l f i lh in h a da n ossa d e d ica d a a s s in a n te e m C o im b ra , D . A n a M a r ia C a r ia P e ix o t o .
— D ia 1 1 , o s r . M a n u e l L u c ia n o da C r u z F e r r a , f i lh o d o n o s s o a ss in a n te , s r . J o s é N a r c is o F e r r a .
— D ia 1 3 , o n o s s o p re z a d o a s s i n a n te . « e n h o r O n o fre M a r c e l in o R o d rig u e s .
— D ia 1 4 , a s r . ’ D . O fé lia V a len te R a m o s D ia s , e s p o s a d o s r . Jo sé R a m o s D ia s e f i lh a do D ir e c tor d e ste jo r n a l , s r . A lv a r o V a len te .
— D ia 1 7 , a S r . * B a s a lis a R o d r i gu es F u tr e , e s p o s a d o n o s s o a s s in ante S r . Jo a q u im R o d r ig u e s C a r valho F u tr e , r e s id e n te s n o B r a s i l , e irm ã d o n o s s o a s s in a n te S r . A n tó n io J o s é R o d r ig u e s M a u r íc io .
— D ia 1 9 , o m e n in o V ic t o r M anuel d os S a n to s B a e ta , f i lh o d o n osso d e d ica d o a s s i n a n t e , S r . E d u ard o d o s S a n to s B a e ta .
— D ia 2 0 , o m e n in o A n tó n io Jo ã o M a n h o so d e S o u s a , f i lh o d o n osso e s t im a d o a s s in a n te s r . A n tón io S o u s a F é l i x d a P o n te e d a S r .* D . M a r ia J o s é V a la d o r P o n t e .
Mocidade Portuguesa
As comemorações de «Semana do Ultramar»
M ais u m a v ez a S o c ie d a d e d e G eo g ra fia d e L is b o a to m o u a p a tr ió t ic a id e ia d e c o m e m o r a r , d e 14 a 19 d e M a io , a « S e m a n a do U ltr a m a r » , e s te a n o e s p e c ia lm e n te co n sa g ra d a a o e s tu d o d a p r o v ín c ia de C a b o V e r d e .
A d e le g a ç ã o p r o v in c ia l d a M . P . da E s tr e m a d u r a , q u e d e sd e o in í c io tem p re s ta d o a m e lh o r c o la b o r a ç ã o às so le n e s fe s tiv id a d e s , v a i r e a liz a r , em tod os o s c e n tr o s d e fo r m a ç ã o g e ra l, se s s õ e s d e e s tu d o e de d iv u lg ação da h is tó r ia e d a v id a u l t r a m a rin a s , te n d o e m v is ta o n ív e l in te le c tu a l d e c a d a a u d itó r io , p a ra m e lh o r r e n d im e n t o e d u c a t iv o . A s c itad as r e u n iõ e s s e r ã o d ir ig id a s por p ro fe s s o r e s d o s e s t a b e le c i m en to s d e e n s in o em q u e s e v ã o e fe c tu a r .
V ai r e o j i x a r - s e • Yl C o n c u r s o
d o T r a b a l h o
L e v a a M o c id a d e P o r tu g u e s a a efeito m a is u m C o n c u r s o d o T r a b a lh o , em c o la b o r a ç ã o c o m as p r in c ip a is e m p r e s a s fa b r is d a E s tre m a d u ra . E s te a n o a d o p to u -s e e s tru tu r a d i f e r e n te , p e lo q u e se su p rim iu a fa s e r e g io n a l.
P a ra m a io r in c r e m e n to da i m p o rta n te c o m p e tiç ã o , p r e v ê e m -s e p ro v as in t e r n a s o rg a n iz a d a s p e la s e m p resa s , n a s q u a is se p r e te n d e r á aP “ r »r o m e lh o r a p re n d iz o u p r é - -o f ic ia l d e ca d a e s p e c ia l id a d e : m a d eira , e le c tr ic id a d e , m e ta l e a r t e s g rá fica s .
A fase p r o v in c ia l , q u e te r á lu g a r e m L is b o a , p o d em c o n c o r r e r to d a s as em p re sa s q u e o d e s e ja r e m , co m um m á x im o d e 2 o p e r á r io s d e ca d a P ro fissão e c la s s e . A s in s c r iç õ e s c ° n t in u a m a b e r ta s n a d e le g a ç ã o P ro v in c ia l, e fe c tu a n d o -s e as p ro v a s n o p ró x im o m ê s , em d ia s a d e s ig n a r o p o r tu n a m e n te .
M O N T J O AGENDA UTILITÁRIA
Concurso Hora Feliz
Q u in ta fe ir a p a ssa d a , p e lo m e io d ia , a b r i u - s e n o v a m e n te o r e ló g io la c ra d o e d e p o s ita d o n a n o s s a r e d a c ç ã o , e m r e fe r ê n c ia ao c o n c u r s o q u e a O u r iv e s a r ia e R e lo jo a r ia C o n tr a m e s tr e , da P r a ç a 1.® d e M a io , v em r e a liz a n d o co m o m a io r ê x i t o .
O r e ló g io p a ra r a n a s :
3 horas • 14 minutos.C o m o n ã o e s ta v a v e n d id o e s te
c u p ã o , c o u b e o p ré m io ao s r . J o s é d e S o u s a C a s ta n h e ir a , m o ra d o r n a ru a J o s é Jo a q u im M a rq u e s , p o r t a d o r d o c u p ã o c o m a h o ra m a is p r ó x im a : 3 h o r a s e 18 .
A O C O N C U R S O H O R A F E L I Z 1
« A p r o v ín c ia » — n .° 6 3 17/5/1956
Anuncio( l . a p u b lic a ç ã o )
F a z - s e p ú b lic o q u e p e lo J u íz o d e D ir e i to d e s ta c o m a r c a d e M o n t i jo e 3 .a s e c ç ã o , n o s a u to s d e e x e c u ç ã o s u m á r ia q u e l id o d e S o u s a C a i a d o , s o lte ir o , m a io r , o p e r á r io , d a R u a 2 0 d e A b r i l , 2 5 , 1 .* E s q . n o B a r r e i r o m o v e c o n t r a F r a n c i s c o In á c io , q u e ta m b é m u sa o n o m e d e F r a n c is c o d o s S a n to s S e q u e ir a , c a s a d o , o p e r á r io d a C . U . F . r e s id e n te n a R u a 3 4 , n a B a ix a d a B a n h e ir a , d e sta c o m a r c a , c o r r e m é d ito s d e v in te d ia s a c o n ta r d a s e g u n d a e ú lt im a p u b lic a ç ã o d e s te a n ú n c io , c i ta n d o o s c r e d o r e s d e s c o n h e c id o s d o e x e c u ta d o , p a ra n o p ra z o d e d e z d ia s , f in d o o d o s é d ito s , d e d u z ir e m o s se u s d ir e i to s n a m e s m a e x e c u ç ã o .
M o n t i jo , 2 7 d e A b r i l d e 1 9 5 6
O C h e fe d a 3 .* S e c ç ã o ,
A lfredo Augusto M. dos R eisV e r if iq u e i :
O J u i z d e D ir e i to ,
José M aria Pereira de Oliveira
As ligações da Capital
com a nossa margemO a s s u n to c o n t in u a n o p r im e ir o
p la n o . A g o r a n o s d iz o n o s s o c o le g a « D is t r i t o d e S e tú b a l» , em seu N . 2 5 9 , q u e a A d m in is tr a ç ã o do P o r to d e L is b o a p e r m it iu , f in a l m e n te , q u e se in ic ia s s e m as c a r r e i r a s n o s e n tid o C a c i lh a s — C a is do S o d r é , para passageiros, f ic a n d o a e x p lo r a ç ã o a c a rg o d a S o c ie d a d e M a r ít im a d e T r a n s p o r t e s L d a . d e M o n t i jo .
P a r e c e q u e e s sa s c a r r e i r a s só fu n c io n a m d e m a n h ã , d a s 7 ,2 0 às 9 ,3 0 , o q u e se ju l g a in s u f ic ie n te , n ã o o b s ta n te já se c la s s i f ic a r de « im p o r ta n te » a r e fe r id a m e d id a .
D iz -n o s a in d a a m e s m a n o tíc ia q u e v a i s e r p o s ta a fu n c io n a r a a n tig a e s ta c a d a d a A lfâ n d e g a , co m u m p o n tã o p a ra d o is b a r c o s , o n d e se n o ta a fa lta d u m a s a la d e e s p e r a o u d u m r e s g u a r d o p a ra o s p a s s a g e ir o s .
A p a r te e s ta s fa lta s , a q u e os p a s s a g e ir o s d e M o n ti jo e s tã o h á m u ito h a b itu a d o s , é c a s o p a r a p e r g u n ta r m o s p o r q u e ra z ã o n ã o sã o ta m b é m d e d e fe r ir as c a r r e i r a s X a b r e g a s — E s p ig ã o d e M o n ti jo , c o m « fe r r y -b o a ts » , c o m o h á ta n to te m p o se p ed e ?
C r e m o s q u e b a s ta n te d e s c o n g e s t io n a r ia m o m o v im e n to e f a c i l i ta r ia m o tr â n s ito m a r ít im o , n ã o só p a r a e s ta m a r g e m , c o m o ta m b é m p a ra o A le n te jo e A lg a r v e .
E s p e r a m o s q u e a m e d id a a n u n c ia d a s e ja o p r in c íp io d as r e s o lu ç õ e s p r e c o n iz a d a s , e n tr e as q u a is e s tã o e s s a s c a r r e ir a s , co m « f e r r y - -b o a t s » , d e X a b r e g a s p a ra o E s p ig ã o d e M o n t i jo .
V a m o s a v e r se a m a r g e m interdita v a i p e r d e n d o a d e s i g n a ç ã o . . .
S. F. 1.° DezembroN o p r ó x im o d o m in g o 2 0 , r e a l i
z a m -s e n o S a lã o d e F e s ta s d e sta c o le c t iv id a d e u m a g r a n d io s a « M a tin é e » e u m a « S o ir é e » d a n ç a n te , a b r i lh a n t a d a s p e lo C o n ju n t o M u s ic a l « R e is da A le g r ia » .
Outra CarlaR e c e b e m o s a s e g u in te c a r ta , a
q u e g o s to s a m e n te d a m o s p u b l ic i d ad e p o r c o r r o b o r a r o q u e te m o s d i t o :
— «H á u m a s se m a n a s a tr á s p u b l ic o u e s te jo r n a l n a su a s e c ç ã o « C o is a s q u e a c o n t e c e m .. . m a s n ã o d e v ia m a c o n te c e r » , u m a r t ig o em q u e fo c a v a o d e s e n v o lv im e n to q u e te m tid o n o s ú lt im o s a n o s a v id a d e M o n t i jo , e o fa c to d e , n a p r i n c ip a l a r t é r ia d e s ta v i la , e s t a r q u a s e im p r a t ic á v e l a p a ssa g e m s e ja d e q u e m fo r p e lo s p a s s e io s , em v ir tu d e d e ju n t o d o s m e sm o s e x i s t i r q u a s e s e m p r e , p r in c ip a lm e n t e d e p o is d as 17 h o r a s e a o s D o m in g o s , g r a n d e a g lo m e r a ç ã o d e b ic ic le t a s , c u jo s o c u p a n te s s e e n tr e té m c o n v e r s a n d o c o m a m ig o s , im p e d in d o o tr â n s ito p e lo s m e s m o s p a s s e io s , p o n d o e m p e r ig o a v id a , p o r o tr â n s ito d e v e íc u lo s * e r j á b a s ta n te g r a n d e , à q u e le s q u e tê m d e a n d a r p e lo m e io d a r u a p o r n ã o p o d e r e m fa z ê - lo p e lo s p a s s e io s . M as « A P r o v ín c ia » fa lo u e n in g u é m s e im p o rto u .
P r e s e n t e m e n te , h á a n o ta r q u e n ã o só a o s D o m in g o s m a s ta m b é m a o s d ia s d e s e m a n a , é q u a s e im p o s s ív e l o a c e s s o em d e te r m in a d o s p o n to s d a r e fe r id a ru a d as p e s so a s q u e d e s e ja m d ir ig i r - s e a su a s c a s a s , a e s ta b e le c im e n to » , a c a s a d e u m a p e s to a a m ig a , e t c . , em v ir tu d e d o ca so q u e a tr á s c i tá m o s , a in d a c o m a a g r a v a n te d e se e n c o n tr a r e m s e n ta d o s p e lo p a sse io a d ia n te in ú m e r o s sevhores c o m o se e s t iv e s sem s e n ta d o s n o ca m p o s o b r e a r e lv a , o u n a p ra ia .
C o m o s e r á p o s s iv e l a lg u é m t r a n s i ta r , e s p e c ia lm e n te s e n h o r a s , p e lo s p a s s e io s d e u m a d as ru a s d e m a io r m o v im e n to , q u e r c o m e r c ia l , q u e r d e t r â n s it o , s e n ã o a d e m a io r em M o n ti jo t* f c r á d e se s u je i t a r a o e d ir u m a in f in id a d e d e v e z es < co m
s u a l ic e n ç a » , q u e m u ita s v e zes n ã o é s a t is f e i ta , e a o u v ir g r a c e jo s , p a la v r a s p o u c o c o r r e c t a s , ou e n tã o s a lta r p o r c im a d a s p e r n a s d o s s e n h o r e s q u e s e e n c o n tr a m s e n ta d o s n o c h ã o ! N u m a te r r a c o m o M o n t i jo , q u a s e u m a c id a d e , n ã o é ju s t o q u e is to s u c e d a . J á h á te m p o «A P r o v in c ia » fa lo u n o a s s u n to , p e d in d o a in t e r fe r ê n c ia d e q u e m d e d ir e i to , m a s n ad a .
H á u n s d ia s , p a ssa n d o n a d ita r u a n o te i q u e , q u e r e n d o u m c a sa l, a c o m p a n h a d o d e u m a s v is i ta s , e n t r a r p a ra c a s a , t in h a o p a s s e io c o m p le ta m e n te v e d a d o ; d o u tr a v e z , a u m D o m in g o , u m a u to m ó v e l, c u jo s o c u p a n te s n ã o c o n h e c i ( c e r ta m e n t e e r a m fo r a s te ir o s ) , v e n d o ta m a n h a a g lo m e r a ç ã o d e p o v o , p a r o u , s im , p a ro u p o rq u e tin h a q u e p a r a r m e sm o p o is p o r m a is q u e to c a s s e n in g u é m se a fa s ta v a . P e r g u n ta r a m a a lg u é in s e t in h a h a v id o a lg u m a d e s o r d e m o u d e s a s tr e .
D is s e r a m - lh e q u e n ã o , q u e e ra m e s m o a s s im , e s o r r in d o -s e d is s e ra m , « p a r e c e m e n t ir a , i s to » . O r a is to p a ra a n o s s a te r r a , é v e r g o n h o s o . S e r á e s te u m c a s o se m s o lu ç ã o p o s s ív e l? E ’ n a tu r a l q u e co m u m b o c a d in h o d e b o a v o n ta d e , o a s s u n to s e r e s o lv e s s e . F ic a m o s , p o is , m a is u m a v ez à e s p e r a » . . .
M I S S AA fa m ília d e M a ria J o a q u in a
B r a n c o p a r t ic ip a a to d a s a s p e s s o a s a m ig a s e d e su a s re la ç õ e s q u e , n o p r ó x im o d ia 20, p e la s 18 h o r a s , s e r á c e le b r a d a m is s a d o 3 0 .° d ia n a ig r e ja p a r o q u ia l d e M o n ti jo p e lo e t e r n o d e sc a n so d a q u e la su a p a r e n t e , a g r a d e c e n d o a p r e s e n ç a d e to d o s .
PeloNOSSO HOSPITAL
N o d ia 1 0 do c o r r e n t e , fo ra m o p e r a d a s d e a p e n d ic ite n o n o s s o H o s p i t a l :
— M a ria J ú l ia P e r e i r a C r a v e ir o , c a s a d a , d e 21 a n o s d e id a d e , n a tu r a l d e M o n ti jo e a q u i r e s id e n t e ; e — M a ria E m íl ia P e r e ir a , d e 34 a n o s . c a s a d a , n a tu r a l d o R io de J a n e i r o e ta m b é m r e s id e n te em M o n t i jo .
F o i o p e r a d o r o s r . d r . E d u a r d o J ú l io M a rq u e s P e rd ig ã o , d ir e c to r c l ín ic o d o H o s p ita l, c o a d ju v a d o p e lo s h a b itu a is a ju d a n te s .
A s o p e r a d a s e n c o n t r a m -s e b e m .
« A P r o v ín c ia » — n .° 6 3 -12/ 5/1956
Anúncio( l . a p u b lic a ç ã o )
F a z - s e p ú b lic o q u e p e lo J u íz o d e D ir e i to d e s ta c o m a r c a d e M o n t i jo e 3 .* s e c ç ã o , n o s a u to s d e e x e c u ç ã o s u m á r ia q u e M a r ia d o R o s á r io , v iú v a , p r o p r ie tá r ia , re s id e n te em P a lh a is e se u s f i lh o s Jo a q u im R o d r ig u e s R a m a lh e te e V a le n tim C a s i m i r o R a m a l h e t e m o v e c o n t r a M a n u e l da C o s ta M u r ilh a s , v iu v o e se u s f i lh o s M a ria d e L o u r d e s M u r ilh a s e m a rid o J o s é R a t i n h o e A n tó n io d a C o s ta M u r ilh a s , s o l t e ir o , m a io r , d a M o ita e o p r i m e ir o d e A lh o s V e d ro s , c o r r e m é d ito s de v in te d ia s a c o n t a r d a s e g u n d a e ú lt im a p u b lic a ç ã o d e ste a n ú n c io , c i ta n d o o s c r é d o r e s d e s c o n h e c id o s d o s e x e c u ta d o s , p a ra n o p ra z o d e d ez d ia s , f in d o o d os é d ito s , d e d u z ir e m o s se u s d ir e i to s n a m e s m a e x e c u ç ã o .
M o n t i jo , 2 7 d e A b r il d e 1 9 5 6
O C h e fe da 3 .a S e c ç ã o , A lfredo Augusto M. dos R eis
V e r if iq u e i :
O J u iz d e D ir e i t o ,
José Maria Peteira de Oliveira
M usical Clube Alfredo Keil
N o p r ó x im o d ia 18 d o c o r r e n t e , p e la s 22 h o r a s , r e a liz a -s e n a sed e d a q u e le C lu b e u m S e r ã o C u ltu r a l, in t e g r a d o n a S e m a n a d o U lt r a m a r .
U ia r ã o d a p a la v r a o s s r s . Jo ã o R e ló g io d a S i lv a e R u j ' d e M e n d o n ç a , fa z e n d o o p r im e ir o u m a c o n fe r ê n c ia s u b o r d in a d a ao te m a « P a n o ra m a d a G u in é » , e o s e g u n d o u n s c o m e n tá r io s in t i tu la d o s « S u b s íd io s p a ra u m m e lh o r c o n h e c i m e n to d o U ltr a m a r P o r tu g u ê s , — S . T o m é e P r ín c ip e , e o * t e r r i t ó r io s d e S . J o ã o B a p t is ta d e A ju d á » .
A u g u r a m o s u m g r a n d e ê x i t o à p a t r ió t ic a e c u l tu r a l in ic ia t iv a , a q u a l m u ito h o n r a o C lu b e r e a l i z a d o r .
AgradecimentosE o f r a z i n a d e B a s t o s C a r t a x o
S e u f i lh o J o s é A n tó n io C a r ta x o J ú n i o r , su a n o r a , n e to s e m a is fa m íl ia , n a im p o s s ib il id a d e d e o fa z e r e m d ir e c ta m e n te a to d a s as p e s s o a i , p o r in s u f ic iê n c ia d e m o ra d a s e n o m e s , v ê m p o r e s te m e io r e c o n h e c id a m e n te a g r a d e c e r a t o d a s a s p e s so a s q u e se d ig n a r a m a c o m p a n h a r à s u a ú lt im a m o ra d a , a su a q u e r id a - e se m p r e ch o r a d a m ã e , s o g r a , a v ó e p a re n te .
Maria Joaquina BrancoA fa m ília , na im p o s s ib il id a d e de
o fa z e r d ir e c ta m e n te , v e m p o r e s te m e io a g r a d e c e r m u ito r e c o n h e c id a m e n te a to d a s as p e sso a s q u e s e d ig n a r a m a c o m p a n h a r à su a ú lt im a m o ra d a , su a c h o r a d a m ã e , a v ó , s o g r a e p a re n te .
farmácias de Serviço
5 . * - f e i r a , 17 — M o n t e p i o6. a - f e i r a , 1 8 — M o d e r n a
S á b a d o , 1 9 — D i o g o
D o m in g o , 2 0 — G i r a l d e s2.* - f e i r a , 21 — M o n t e p i o3 ." - f e i r a , 2 2 — M o d e r n a4 .* - f e i r a , 2 3 — D i o g o
Culto EvangélicoHorário dos serviços re li
giosos na Igreja Presbiteriana, Rua Santos Oliveira, 4, Montijo.
D o m in g o s — E s c o la D o m in ic a l às 10 h o r a s , c r ia n ç a s , jo v e n s e a d u lto s . C u lto d iv in o às 11 e às 2 1 ,3 0 h o r a s .
Q u a r ta s F e ir a s — C u lto a b r e v iad o c o m e n s a io d e h in o s r e l i g io s o s às 2 1 ,3 0 h o r a s .
S e x ta s F e ir a s — R e u n iã o d e O r a çã o à s 2 1 ,3 0 h o ra s .
N o s e g u n d o D o m in g o d e cad a m ê s c e le b r a ç ã o da C e ia d o S e n h o r , m a is v u lg a r m e n te c o n h e c id a p o r E u c a r is t ia ou S a g r a d a C o m u n h ã o .
EspectáculosC IN E P O P U L A R
5 .* - f e i r a , 1 7 ; u m film e M e tro «A F u g a d o F o r t B r a v o » e a R e v is ta P a r a m o u n t.
S á b a d o , 1 9 ; u m film e C o lú m b ia d e c a p a e e sp a d a «O s In im ig o s d o R e i» e o film e p o lic ia l « C a r ta A n ó n im a » .
D o m in g o , 2 0 e 2 . a- f e i r a , 2 1 ; u m a m a r a v ilh a d o W a lt t D is n e y em c in e m a s c ó p io «A D a m a e o V a g a b u n d o » .
Atenção — P a r a o e s p e c tá c u lo d e D o m in g o é p e r m it id a a e n tr a d a de c r ia n ç a s co m m a is d e 6 a n o s .
3 . “- f e ir a , 2 2 ; a c é le b r e p ro d u ç ã o e m R e p o s iç ã o « A n n a » .
C IN E M A 1.» D E Z E M B R O
S á b a d o 1 9 ; (p a ra 18 a n o s ) o g r a n d e film e c o m E d ie C o n i t a n - S in e - E l a é d e G r it o s » e o fa m o so d r a m a c o m M a r ia F é l i x e P e d r o A r m e n d a r iz « B e le z a M a ld ita » .
D o m in g o 2 0 e 2 .* - f e ir a 2 1 ; (p a r a 18 a n o s ) o super.film e h is tó r ic o q u e é a c o r o a de g ló r ia do C in e m a s c ó p io « H e le n a d e T r o ia » o ú n ic o film eque fo i e s tre a d o s im u l- tâ n e a m e n te e m 15 0 p a ís e s .
4 * - fe ir a 2 3 ; (1 8 a n o s ) R a f f V a l- lo n e e M a r t in C a r o l n o d r a m a m a is v io le n to s o b r e a h ip o c r is ia h u m a n a «A In t r u s a » e l in d o ^ « o m - p le m e n to s e jo r n a l u n iv e r s a l de a c tu a lid a d e s .
Vendem-se— 3 A R M A Z É N S , l ig a d o s , u m
d e le s v a g o e co m a á r e a d e 3 0 0 m l e so tã o , co m f r e n te p a ra 2 ru a s , ju n t o ao n o v o m e rc a d o da v ila de M o n t i jo . M o s tr a o s r . Jo a q u im C a r ia , M o n t i jo . T r a t a - s e n a A v e n id a B a r b o s a d o B o c a g e n .° 87 r/c — L is b o a - T e le f o n e 7 7 4 3 6 8
— C H A P A p a r a b a r r a c ã o , q u a lq u e r q u a n tid a d e . N e sta R e d a c ç ã o se in fo r m a .
— P R O P R I E D A D E , s i ta n a R u a Jo a q u im d e A lm e id a (e m f r e n te ao n o v o c in e m a ) .
T r a t a - s e n a A v . do P a r q u e M u n ic ip a l — V iv e n d a N a s c im e n to , 1 .° a n d a r .
Precisa-se— B A R B E I R O , ra p a z c o m p r á
tic a d e fa z e r b a r b a s . P r a ç a 5 de O u tu b r o — M o n ti jo .
Trespassa-se— D R O G A R IA , s itu a d a em b o m
lo c a l d e sta v i la , p o r m o tiv o d e n ã o se p o d e r e s t a r à te s ta do n e g ó c io .
In f o r m a -s e n e s ta re d a c ç ã o .
Aluga-se— T A B E R N A , p o r o c a s iã o d as
F e s ta s d e S . P e d r o , na A v . D . N u n o A lv a r e s P e r e ir a 5 9 — . I n fo r m a a R e d a c ç ã o d e s te jo r n a l .
4 A P R O V ÍN C IA 17-5-956
M I R A D O U R O
0 D I R E I T O S A G R A D O DE I M P O R T U N A R 0 R I C O
f l SU IN IC ULTURA
HOS t S I A DO S UNI DOS®^Tem sido graças á Zoo-
P a r e c e te r c a u s a d o v iv a s u r p re s a e , ta lv e z , d e m a s ia d o e s c â n d a lo , s o b r e tu d o n o s m e io s c a tó l ic o s , a n o t ic ia t r a n s m it id a p e la A g ê n c ia A N I, d e q u e «a I g r e ja e s tá a p r o m o v e r em E s p a n h a u m a c a m p a n h a p a ra u m a m e lh o r d is t r ib u iç ã o de r iq u e z a s e n tr e as d iv e r s a s c la s s e s d a so c ie d a d e » .
H á q u e m te n h a v is to n a c a r ta p a s to ra l d o b is p o d e M á la g a , D . A n g e le H e r r e r a , e m q u e o m esm o p ed e a o s r i c o s e a o s p o d e ro so s q u e d ê e m p ro v a s d e m e n o s e g o ís m o e d e m a is c a r id a d e c r i s t ã , u m a o u sad a in ic ia t iv a , a q u e n ã o são d e to d o e s t r a n h a s c e r t a s in f lu ê n c ia s c o m u n is ta s , p o r is s o q u e in t e ir a m e n te à m a rg e m d o E v a n g e lh o .
T o d a v ia , s e g u n d o u m b e m r e d ig id o a r t ig o d o jo r n a l « Ju v e n tu d e O p e r á r ia » , o q u e D . A n g e lo H err e r a v e m a g o r a p e d ir , é f ie l r e p e t iç ã o d o q u e o s P a p a s in s is te n te m e n te tê m p re g a d o n o M u n d o , in fe l iz m e n te se m r e s u lta d o s p a lp á v e is . v
O e s p a n to ca u sa d o p e la a t i lu d e do b is p o d e M á la g a , p e r a n te os p ro b le m a s s o c ia is d o seu te m p o , p a rte e r r a d a m e n te d o fa ls o c o n c e ito d e q u e a I g r e ja é a p e n a s u m a s o c ie d a d e d e s tin a d a , e x c lu s i v a m e n te , a t r a ta r d a a lm a d os se u s f i lh o s .
J e s u s C r is to , q u a n d o d isse aos A p ó s to lo s : « Id e p o r to d o o M u n d o ; p r e g a i o E v a n g e lh o a to d a a c r ia tu r a » , p ô s n a s m ã o s d o s se u s s e r v o s o d e v e r d e n ã o fe c h a r e m os o lh o s n e m a b o c a s o b r e as i n ju s t iç a s s o c ia is d e q u e fo sse m te s te m u n h a s .
É c e r to u m e s c r i t o r fr a n c ê s te r r f ir m a d o q u e m u ito s fu g ia m da I g r e ja p o r n ã o v e re m n ’ E la a v e r d a d e ira L u / da C a r id a d e , « n ã o q u e E la a h a ja a p a g a d o — c o m o d ed u z o e s c r i t o r p o r tu g u ê s A lb e r to N eto— m a s p o r q u e o s se u s f i lh o s L h e e s c o n d e r a m o b r i lh o , e n q u a n to se fe c h a r a m s o b r e s i m e s m o s , n u m d e s e jo m e s q u in h o e e g o ís ta de c u l t iv a r e m o s s e u s p ró p r io s j a r d in s , se m te n ta r e m s e q u e r r e p a r a r n o s in s e c to s q u e d e v a sta m as s e a r a s a lh e ia s » .
J á P io X I I , p o r é m , n a su a ú lt im a m e n s a g e m d o N a ta l, d e p o is d e te r e n a lte c id o a v e rd a d e c r i s t ã c o m o u m ta le n to q u e D e u s c o n fe r e aos s e u s s e r v id o r e s p a ra , co m o s seu s a c to s , f r u t i f ic a r em o b r a s de s a lv a ç ã o c o m u m , a d m o e s ta s e v e ra m e n te o s s a c e r d o te s e le ig o s « q u e te n h a m e n te r r a d o n o p r ó p r io c o r a ç ã o e s te e o u tro s b e n s e s p ir i tu a is , p o r in d o lê n c ia ou p o r in s e n s ib i l id a d e p e la s m is é r ia s h u m a n a s » , a c r e s c e n ta n d o « q u e s e r ia m r e s p o n s á v e is s a c e rd o te s e le ig o s se o p o v o n ão r e c e b e s s e n e m e x p e r im e n ta s s e a q u e la a ju d a a c t iv a do a m o r c r i s tã o , q u e a v o n ta d e d iv in a p re s c r e v e » .
C o n c lu i- s e , p o r t a n t o , q u e a I g r e ja te m , n a re a lid a d e , d e v e re s s o c ia is a c u m p r ir , o q u e n ã o q u e r d iz e r , n o e n ta n to , q u e a p a la v r a C a r id a d e te n h a s id o fe ita e x p r e s s a m e n te p a ra u so d e s a n to s e d e p a d re s , m a s p a ra to d o s os c r is tã o s , o u m e lh o r , p a ra to d o s os h o m e n s p e r fe ito s e d e b o a v o n ta d e , n a T e r r a .
Im p o r ta , a s s im , q u e a d o u tr in a c a tó l ic a s o b r e a r iq u e z a e se u u so , s e ja ig u a l e ju s t a m e n t e a s s im ila d a p e lo s q u e , n a v id a , g o z a m d e b e n s d e fo r tu n a b a s ta n te s .
N este c a p itu lo , s e g u n d o u m b em d e lib e r a d o p a r e c e r , e x p r e s s o n o jo r n a l «A V o z » , « te m o E s ta d o o d ir e i to d e u s a r m e s m o d e m e io s d e c o a c ç ã o p a ra p ro m o v e r q u e o s u p é r f lu o d e q u e m o p o ssu i s e ja d e s tin a d o a s u p r i r a c a r ê n c ia d a q u e le s a q u e m fa lta m o s m e io s d e v iv e r » .
C o m o d iz e r i s to , n ã o se p r e te n d e q u e o s r ic o s s e ja m d e s p o ja d o s da su a fo r tu n a , e m b e n e f íc io d a q u e le s a q u e m a v id a já m a is s o r r iu . C o m o d iz ia F r e i G i l : « O s b e n s t e r r e n o s n ã o tê m u m a d iv isão e q u ita t iv a , m a s eu n ã o c e n s u r o o s r i c o s . . . n ad a d is s o . Q u e D eu s lh e s a u m e n te a ia d a m a is a r i q u e z a ! O q u e e u lh e s p e ç o é q u e se
le m b r e m d o s q u e n ad a tê m e p o r e le s d is t r ib u a m u m p o u c o c h in h o d a su a fo r tu n a » .
N ão é p r e c is o te r a in f in i t a p ie d ad e d e J e s u s — c o m o d iz P r u - d è n c io L e a l , n u m b e lo a r t ig o de a m o r p e lo s n e c e s s ita d o s — , a f i l o s o fia de J o b o u a te r n u r a d e S ã o F r a n c is c o , p a ra d a r a q u e m p re c is a e c o n s o la r a q u e m s o fr e .
B a s ta ca d a h o m e m s e n t i r b e m fu n d o d e n tr o d e s i q u e o seu c o n -
--------- Por — -----PINTO DA COSTA
t r ib u to p ara o b e m d o s p o b r e s é tã o in d is p e n s á v e l, tão v e r d a d e ir a m e n te n e c e s s á r io , c o m o o d o se u v iz in h o d o la d o , q u a n ta s v e z e s b e m m e n o s d o ta d o c a p a z m e n te p a ra a u x i l ia r o p r ó x im o .
N o e n ta n to , d a r aos p o b r e s n ão é a p e n a s d e ix a r c a ir o d in h e ir o c o m ru íd o s o b r e a b a n d e ja ; n ã o é a p e n a s o a c to de p ô r a c a r te ir a , o s te n s iv a m e n te , à d is p o s iç ã o d os fa m in to s e d o s d e se rd a d o s da s o r te .A c a r id a d e v e r d a d e ir a e x ig e m a is d o q n e is so . P a ra e m p r e g a r a s p a la v r a s d e a lg u é m , « e x ig e tu d o , p o r q u e e x ig e q u e b r o t e do c o r a ç ã o do h o m e m p o r a m o r e n ã o p o r dó. E x ig e q u e e u , tu , n ó s e e le s n o s c o n v e n ç a m o s de q u e n ão te m o s o d ir e ito d e e s b a n ja r e e s t r a g a r , q u a n d o ta n ta g e n te m o r r e de fr io e fo m e » . E e x ig e a i n d a — a c r e s c e n ta m o s n ó s , q u e a c a r id a le n áo se p r a t iq u e a p e n a s em d e te r m in a d a s q u a d ra s fe s t iv a s do a n o , p o r q u e , in f e l iz m e n te , o s p o b r e s n ão tê m fé r ia s , c o m o d is s e a lg u é m .
« C o n h e ç o d o is in d iv íd u o s — c o n ta u m n o tá v e l p e n s a d o r p o r te g u ê s : U m re z a , c o n fe s s a s e , c o m u n g a e d is t r ib u i « c r is t ia n ls s im a m e n t e » o « te n h a p a c iê n c ia » a o s p o b re s q u e d e le se a b e ir a m ; o u t r o . ? te u , sem c r e n ç a s , e n tr o u n a I g r e ja m e n in o , p a ra o b a p tis m o , n u n c a m a is lá v o lto u e d á o q u e te m e o q u e n ão te m p a ra m e lh o r a r a v id a d o seu s e m e lh a n te . M as ta m b é m c o n h e ç o o u tr o s d o i s : O p r im e ir o p r o s tr a - s e n a s p r o c is s õ e s e s e n ta à su a m esa p o b r e s n e c e s s ita d o s e d e s p r o te g id o s ; o se g u n d o , a r a u to d a L i b e r d ad e e d a c o n c ó r d ia u n iv e r s a l , é in c a p a z d u m g e s to s im b ó lic o d e s o lid a r ie d a d e . « C o n c lu i o n o tá v e l p e n s a d o r : « N o p r im e ir o g r u p o , o p to p e lo a te u , n o s e g u n d o , p r e f ir o o c a tó l ic o » .
B e m a n a lisa d a e co m p e q n e n a s v a r ia n te s , é a s s im , r e a lm e n t e , a t r is te so c ie d a d e d o s n o s s o s d ia s , q u a n d o n ã o se a p r o x im a m e sm o m u ita s v e z e s d o e s p ir i tu o s o c h is t e p o s to em r im a p o r u m e s p a n h o l , m a s q u e o s p o r tu g u e s e s tra d u z e m d a s e g u in te m a n e ir a :
E la, piedosa, fundou lloi-pitais p a ra a pobreza, de cujos bens, por tristeza, seu m arido se apossou.E eu juro à fé de quem sou — por ti, ôcèu que nos cobres? — que não se i deacções tão nobres paralelam ente iguais, po is se ela fez hospitais, o m arido— fez os p o b r e s ..._ N ão s e d ig a q u e e x a g e r a m o s
p ro p o s ita d a m e n te . T o d a v ia , é c e r to q u e d e s e ja m o s c h o c a r a o p in iã o g e r a l d o s b e m in s ta la d o s n a v id a , m u ito s d o s q u a is tê m , a l iá s , p e r fe ita n o çã o d o s se u s d e v e r e s p a ra | c o m o s p o b r e s — is to , s e ju l g a r m o s p e la m a n e ir a c o m o fa la m e tr a ç a m o s s e u s p la n o s d e a c ç ã o . . . q u e r a r a s v e z e s e x e c u ta m .
D a r — a in d a h o je p a ra m u ito s , é u m a e s p é c ie d e « n e g ó c io » ou s im p le s a c to de p u b lic id a d e a o s p ró p r io s « d o te s d e c o r a ç ã o » . N ão fa lta m , in f e l iz m e n t e , o s q u e fazem c a r id a d e a p e n a s c o m o s e n tid o n o p e d a c in h o d e céu q u e p e n sa m v i r ' a u s u fr u ir a lg u m d ia , ta lv e z e s q u e c id o s d e q u e s e r á m a is fá c i l a u m c a m e lo e n t r a r p e l o . . . d e u m a a g u lh a .
J á V ic to r H u g o , n a im o r ta l o b i a
«O s m is e r á v e is » e p e la b o c a do s im p á tic o b is p o M y r ie l , d i z i a a c e r c a de ura c a p ita l is ta q u e s u r p r e e n d e r a d a n d o u m ú n ic o « so u » ( in d iv is ív e l c o m o o m e io to s tã o ) a q u a tr o o u c in c o p o b re s , p a ra r e p a r t ir p o r t o d o s :» —• L á e s tá a q u e le s u je i to a c o m p r a r u m «sou> de P ã ra is o !» E x a c t a m e n t e c o m o a h is tó r ia d a q u e le g r a n d e s e n h o r s o b r a ç a n d o u m g r o s s o s o b r e tu d o q u e , u m d ia d e m u ito f r io , d eu a u m p o b re e s fa rra p a d o u m b o tã o p a ra a a ji ld a d e u m c a p o t e !
V e r d a d e s e ja , p o r é m , q u e n e m tu d o é « a p a g a d a e v i l t r is te z a » à v o lta . S e é c e r t o q u e o M u n d o d e sd e h á m u ito e s tá n e c e s s ita d o d e u m a o u tr a c a r id a d e q u e n ã o é p r ò p r ia m e n te a q u e la q u e p a ra a í se p re g a e e s p a lh a a o s q u a tr o v e n to s ; s e p r o l i fe r a o n ú m e r o d a q u e le s q u e só s a b e m d a r à v is ta da m ã o e s q u e r d a , c o n t r a r ia m e n te ao q u ^ r e c o m e n d a a b o a D o u tr in a C r is tã , ta m b é m h á , fe liz m e n te , os q u e d ão p o r h u m a n id a d e e co m os o lh o s p o sto s n o s o fr im e n to a lh e io .
P e n a é q u e os b o n s e x e m p lo s d e c a r id a d e r e a l , d e sp id a d e lu x o e d e v a id a d e s , se n ã o m u lt ip l iq u e m c o m o os p ã es , le v a n d o a e s m o la n ã o só m a te r ia l , m a s e s p ir i tu a l , ao se io da d o r e da p o b r e z a , o n te m , c o m o h o je , o s d o is p io r e s m a le s da so c ie d a d e .
E , p a ra t e r m in a r , n ã o d e v e m o s e s q u e c e r q u e «a fo m e d á ao p o b r e o d ir e ito s a g r a d o d e im p o r tu n a r o r i c o » , e q u e «a fo r tu n a d e s te s , a g ló r ia d o s h e r ó is , a m a je s ta d e d os r e is , tu d o a c a b a r á p o r u m f r io — A q u i Ja z .
Pinto da Cosia
Publicações Recebidas— Recebemos o Relatório
e Contas da Companhia de S e g u r o s «Tranquilidade», com sede no Porto.
Documentado com mapas e Balanços, o r e l a t ó r i o apresenta, na conta de ganhos e perdas, o saldo de 10.269.271157, para o ano corrente As nossas felicitações.
— R e c e b e m o s também dois exemplares da palestra in ti tu lada «A Lavoura, essa arte de em p o b re ce r . . .» . que Eduardo Veiga de Araújo efectuou, em 9 de Fevereiro deste ano, na reunião do Rotary Clube de Vila Franca, de Xira. O au to r m ostra-se abertam ente contra a política dos preços actuais, que considera ruinosa, e p re coniza a jus ta compensação de que a Lavoura Nacional necessita. Por fim, foca tam bém o caso do Mouchão da Póvoa para exemplo.
Agradecemos os exemplares enviados.
José Teodósio da Silva(H e rd e ira )
Fábrica fundada em 1900 (em edi- tício próprio)
Fábrica de Gasosas, Refrigerantes, Soda wnter, Licores, Xaropes, lunípero, Cremes de todas as qualidades, etc.
Fabricos pelos sistemas mais modernos.
Rua Formosa 8 —Telef. 026204—9 M O N T I i O
tecnia aplicada no campo da produção suína que muito se tem avançado para o aperfeiçoamento e obtenção dum tipo de porco ideal que satisfaça p lenam ente as exigências de hoje.
Foi agora tornado público num jornal americano ecreio que em algum as revistas da especialidade, depois de vários anos de experiência, que os criadores do Estado de W ashington, muito têm vindo contribuindo para o aum ento da população duma nova raça de porcos. Esta raça chamada iPalouse», que parece ter grande aceitação entre todos aqueles que se dedicam à su in icu ltura naquele Estado, é tida como superior, segundo opinam as entidades competentes, sendo talvez mesmo, as suas carcassas C o n s i d e r a d a s como as « :arcassas do futuro».
O seu aparecimento teve inicio no D epartam ento de Animal H u s b a n d r y do « W a s h i n g t o n S T A T E COL LEGE» e foi o resultado do cruzamento entre a raça Landrace e a Chester W hite . O primeiro ensaio realizado com este cruzamento, fez-se em 1945 ou seja precisamente há onze anos. A té ser oficializado o novo nome da raça, os porcos eram conhecidos como os W . S. C. P ro jec tó i. Esta raça criada dentro do «tipo-carne» é mais um a experiência que se realiza com o objectivo de se produzir um porco cuja característica desejada seja a de se produzir mais carne e menos gordura, em consequência da e n o r m e competição das gorduras vegetais no mercado actual da banha.
O Dr. M. E. Ensminger, chefe do D epartam ento de Anim al H u s b a n d r y do W . S. College, afirmou ter sido aprovada e aceite como nova raça fixa pela Associação Am ericana de Registos de Gado, es ta magnífica raça,1 que é a Palouse.
O fim que levou à execução deste cruzamento, foi como se disse acima, poder oferecer-se tanto aos produtores como aos consumidores daquele E s t a d o do Noroeste do Pacífico, um porco com as características ideais den trodo «tipo-carne» a fim de que, com aquelas qualidades, as actuais c ircunstâncias em relação às gorduras de origem anim al fossem de certo modo reso lvidas. Houve também nesta experiência a preocupação de se obter um porco cuja pelagem fosse branca, dada a sua tradicional popularidade entre os criadores do Estado de W ashington.
O Dr. S tew art H. Fowler, professor encarregado das pesquizas no campo da sui* n icu ltu ra na mesma U niversidade, falando a propósito da cor da pelagem, disse ser de grande in teresse sobretudo se o porco Palouse for usado em cruzam entos com
fins comerciais. Assim no cruzamento com raças de cor, com o carácter dom inante que possui (a Palouse), o resultado da i . a geração t e r á unicamente produtos de cor branca.
O Dr. Ensm inger e o Dr. Fowler, são ambos de opinião de que a raça Palouse não é evidentem ente a m elhor entre as outras do «tipo-carne», mas contudo, podem estes anim ais considerar-se dentro dos melhores, sobretudo no que os liga à classificação de ca rcassas.
O porco «tipo-carne», pode ser definido pela sua alta percentagem em fibra m uscular nos quatro principais cortes : perna, pá* lombo e entremeada.
A a ltu ra do toucinho, que é bastante lim itada, pode varia r entre 1,3 a 1,6 uches ou seja entre 3,25 e. 4 cen tímetros respectivamén.e. A carcassa deve medir entre30 a 311/2 uches no seu comprimento — (75 a 77,5 centímetros). O Porco «tipo- -carne» é mais comprido e delgado na sua conformação em relação ao porco «tipo- -gordura».-
A média do pèso óptimo da raça Palouse para o abate é 210 libras aproxim adamente, ou sejam 95 ÍCg..
Os . p o r c o s deste tipo podem ser produzidos a part ir de qua lquer raça, cujas carac terís ticasíenha m sido estudadas e reconhecidas como óptimas, para o fim em vista.
Aléin da a lta qualidade em carne req uerida por parte dos progenitores há a considerar a sua precocidade a fim de que os anim ais a tin jam rápidamente e o mais economicamente possível o volume de carne desejado num relativo curto espaço de tempo. — A s s i m é 0 PORCO «TIPO-CA RN E», O PORCO A C TU A L DOS E. U. A..
A. Montano
Este número de «A Província» foi visado pâla
C E N S U R A
Organizações EE = Progresso
a g e n c i a p u b l i c i t á r i a
A p r e s e n ta s e m a n a lm e n te , no C lu b e R a d io fó n ic o d e P o r tu g a l , to d a s as 3 .as fe ir a s e s á b a d o s , r e s p e c t iv a m e n te às 13 e à s 2 2 e 15 h o r a s o p ro g ra m a
ra d io fó n ic o
REVISTA DESPORTIVA1 5 m in u to s e m q u e fa la do d e s p o r to e a fa v o r d o d e s p o r to . P r o d u ç ã o a s s o c ia d a d e : F e r n a n d o d e S o u s a . F e r n a n d o d e L a c e r d a e V e r ís s im o A lv e s . B r e v e m e n te n o v o s p ro g ra m a s e n o v a s r u b r ic a s . P a r a
a su a p u b lic id a d e c o n s u lte
Organizações ProgressoA v . d e R o m a , 2 0 7 , 3 . ° - K sq .°
L I S B Ó A
I7-5-956 A P R O V IN C IA 5
Sol da Vida /
11Pelo Dr. Cruz Mal pi que
Santo Agostinho, ura dos mais célebres teólogos de todos os tempos, asseverava q u e o lar sem filhos era inundo sem sol.
Este conceito, dum realismo sempre actual e escaldante, sintetiza uma verdade insofismável.
Com eteito, a alma h u mana, mensageira da centelha divina, tende fatalmente a propagar-se. A essência criadora, que nos pulula nas artérias, é alfo- bre bendito que estiola e morre ingloriamente senão for transplantado para a vida plena de continuidade da nossa própria vida. É fcgo sagrado nimiamente intenso para ser abarcado pelas comportas exíguas do nosso limitado «eu». Tende, em consequência, a propalar-se até ao infinito numa perene transm utação do e s pírito através da carne.
Confinar a vida é, pois, matar o eflúvio anímico. Os partidários deste axioma, salvo a rara excepção dos predestinados, c a n a l i z a m aquela bendita flama para egoismos estéreis e desbragados que, na maioria dos casos, descambam em sacrílegas aberrações.
Razão tinha Fialho de Almeida p a r a proclamar que «a m ulher é o vaso gestatório da vida, o divino mistério d a continuidade pelo homem, incessantemente renovado no seu ventre, como a primavera renova as flores do campo e os frutos do arvoredo».
É, consequentemente, desta maravilhosa concom itância que ressalta a obra sempre jovem e e ternam ente bela do C r iad o r— o filho.
P e r n i t a s em aranhadas nas fraldas, meneando os bracitos, um filhinho cabe todo na concha dos nossos braços. Ele é o nosso mundo— mundo incom parável de valia infinita.
Não há ven tu ra humana que supere a consolação inefável de apertar ciosamente, amorosamente, de encontro á arca do peito, aquele corpo pequenino que é o sangue do nosso sangue, o osso do nosso osso, a alma da nossa alma.
Como é divinamente en- ternecedor expiar-lhe a respiração angélica, sen tir o a r f a r daquele minúsculo peito, ver desabrochar su ces- sivamente a inteligência em botão, derram ar-lhe na alma tenra a sementeira de afectos que, mais tarde ou mais cedo, hão-de florescer e frutificar, escutar-lhe os Primeiros segredos do coração !
Haverá, porventura, delícia comparável à de reclinar c sopro divino da nossa Própria vida no regaço, cobrindo o nosso pequenino «eu» de beijos e caricias, afagando-o com o bafn Vo! lutíneo do nosso mais puro e acrisolado a m ?
Aquele liric iuiacu. ado, duma alvura c-: neve vai
crescendo à sombra do nosso coração e do nosso afecto. Ilumina o lar com as estre las cintilantes dos seus olhos puríssimos. Enche-o de alegria com o arrebol dos seus primeiros balbú- cios, com a a lvorada dos seus novéis e incertos passos.
O im ortal Camilo, ex tasiado, confessa com os olhos toldados, cegos de lágrimas, que «um filho é uma estre la que nos alinda o
-------- Por -------João Pereira Bastos
céu da terra em que vivemos. O amor do filho é o mais duradoiro e in te rm in á v e l— am or s a n t o q u e verte linimentos nas dores mais cancerosas do coração».
Na nossa paternal ansiedade, desejaríamos que os filhos fossem sempre pequeninos. Seriam mais nossos, indefenidamente n o s s o s . Os seus beijitos imaculados são volatas de sonho, quim eras adormecidas que, de mansinho, lazam doer, palp ita r docemente a alma.
É encantador, é adorável sentir em volta do pescoço o inefável jugo dos seus braços, sen tir junto dos cabelos que embranquecem o suave perlume da sua fronte angélica.
O botão de rosa da sua boca pequenina, que se e r gue para nós, de lábios e n treabertos, numa carícia d ivina, como o cálix puríssimo dum a açucena, é o milagre eterno e sempre renovado do Criador, dando à criatu ra genetriz novas forças para o trabalho, para a luta heróica de todos os dias.
Amanhã jovem, continua sendo a razão única da nossa existência. Por ele arrostam os os maiores perigos e sofremos os mais amargos reveses.
Cresce, revigora, atinge a p lenitude da vida. Vence, e a sua vitória é a nossa própria vitória. Sofre, e o seu sofrimento é o nosso próprio sofrimento.
Não obstante, seria uma blasfémia, uma profanação, um crime am arfanhar o fruto bendito do nosso amor no amplexo asfixiante do egoismo, roubar o sol da vida à maior glória daquela Pátria eterna e bem amada que nos acalentou com o seu sol incomparável, que nos alimentou com o seu trigo, que nos protegeu com a som bra das suas árvores nos dias de calor intenso, que nos alegrou com o arom a capitoso do seu v inho, que nos ministrou a água cristalina do nosso baptismo, o óleo santo do crisma, o pão ázimo da nossa comunhão, que nos abre os seus braços, no ocaso da vida, e nos aperta dè encontro ao peito na escuridão da campa, cobrin
do-nos m aternalm ente com o manto negro da sua gleba.
Parafraseando Victor H u go, dir-se-ia que o filho pertence, em primeiro lugar, ao pai que o gera, depois à mãe que o cria, depois ao m estre que o educa, depois à cidade, vila ou aldeia que o viriliza, depois á Pátria que é mãe suprem a e, finalmente, à H um anidade que é a grande avó. Cada um destes degraus, pai, mãe, mestre, cidade, v i l a ou aldeia, Fátria , H um anidade pertencem a uma escada que ascende a Deus.
Ditosos os pais que, depois duma vida estuante de agruras e canseiras, a tra vés de longa e escabrosa caminhada, ao atingirem o ácume da montanha, podem reclinar piedosamente a cabeça nos um brais da e te rnidade, com a consciência tranqu ila de que legaram aos filhos a maior riqueza e a melhor herança: — o gládio do dever e a túnica da honra.
A febre do lucro, lícito ou ilícito, isso tanto faz, atacou um a grande parte dos indivíduos.
A origem disto está no facto de cada indivíduo pensar que nasceu apenas para ser feliz, para ser dono mesmo do m undo e dos outros indivíduos.
Mas quando verifica, a certa a l tu ra da vida, que está errado, quando enfim se desilude da ilusão da felicidade, revolta-se, recrimina tudo e todos da in justiça de que é vítima, pede a plenos pulmões que lhe acudam e lhe dêm tonela das de felicidade para gozar sozinho, claro está.
Não procura modificar sua razão de ser, não tem a mais pequena sombra de tolerância, não d e s c u l p a erros. A ponta os dós outros, que castigainexorávelm ente com ares de super-homem destinado a modificar o mundo, mas esquece-se dos seus, julga-se impecável, não olha p^ra si, para a sua pobre carcassa, tão disforme como a de qualquer outro pobre diabo.
H á certam ente quem aiir- me os melhores propósitos de isenção, há sem dúvida quem proclame aos quatro ventos as mais solenes promessas de so lida riedade ; mas no fundo lá está o homem com todo o seu cortejo de egoísinos e anseios inatos de se sobrepor aos direitos que os indivíduos têm aos prazeres da vida, à regular distribuição dos gozos, que não são de ninguém e pertencem a toda a gente.
Estou convencido de que na coordenação de todos os esforços individuais, de que na a r te de compreender di-
Narcisismos da vidaCerta beldade de Milão
ordenou, em testamento, que o seu esqueleto fosse exposto na Biblioteca Ambro- siana, como remédio para curar os amores.
Não há como ver a imagem da morte para atirarmos às ortigas certos narcisismos da vida.
O duelo do ferro e da prafaFerro e prata discutiam
animadamente os seus valores. O ferro promovia a sua utilidade a centro do mundo, afirmando que, sem ele, não seria possível construir o comboio, o navio, o automóvel, a ponte pênsil, a charrua, a enxada, o machado, a bigorna, a faca, o garfo, a ferradura, a roda do carro . . . A prata retorquia que, se não tinha essa utilidade tão patente, era, no entanto, mais leve, de sonoridade mais agradável, com ela se faziam moedas e jóias do mais fino quilate e gosto. E, como se
reitos e deveres, é que r e side a disciplina das sociedades, é que está o verdadeiro equilíbrio social.
Não existe no mundo verdadeira felicidade, é certo, porque o homem, desde que nasce a té que morre, não passa de uma leve pena ao sabor de todos os maus ventos.
Deve contudo o indivíduo, pela educação da sua in te ligência, pelo aperfeiçoamento moral do seu espírito, reduzir a m ínim as proporções o sofrimento humano.
Basta para isso que, fazendo uso da vontade própria que possui ou deve possuir, domine os seus maus impulsos e saiba dom inar tam bém os que lhe venham do ex 'erior.
Sabe-se que a perda do Paraíso, — que nunca será reconquistado, se deve ao erro da nossa mãe comum : mas tam bém se pode saber, querendo, que tanto nas grandes como nas pequenas coisas, a H um anidade poderia v iver mais feliz na terra, que é de todos, se os indivíduos deixassem de ser tão egoistas, tão orgulhosos é, consequentem ente, tão absorventes.
Amaral Frazão
CANETASVendem-se na
R E P A Laos melhores preços.
G ra tu ita m e nte le r á g r a v a d o o stu n s n e ic a d q u irir a m * caneta • •
R E P A LPraça í o n e s Fre ire d t tU d ra d e , 22
MO N T I J O
tivera questão pessoal com o ferro, acusava este de ser espada que fere, faca que estripa, escopeta que assassina, punhal que perfura, canhão que escaqueira.
Digamos nós, intervindo no duelo. Nem só ferro, nem só prata. Nem só frutos, nem só flores. Nem só bife sangue, nem só chocolate lírico. Mas tudo ao mesmo tempo, e muito bem doseado. A vida não se pode voltsr só para o ferro, nem só para a prata. Há-de ser uma conciliação do útil e do belo, do fruto e da flor, dos metais úteis e dos metais nobres, dos interesses do corpo e dos interesses do espírito.
Hábito-segunda naturezaO hábito cria uma segunda
n a t u r e z a — e dificilmente desamarramos dele. Em muitos casos, aposentar alguém, da sua profissão, é passar- -Ihe pelo menos dois terços da certidão de óbito. E tal é o caso daquele homem que, aposentado c o m quarenta anos de ininterrupto serviço, foi contemplado com magnífico relógio de ouro. Sem mais nada que fazer, olhava as horas no mostrador do seu rico relógio. Mas não as olhou por muito tempo. Seis meses passados — meses vazios como < casca de ovo que foi estrelado — era conduzido para o cemitério. Faltava-lhe a amarra da se gunda natureza.
Napoleão e a alimária que o carregouRepugna-nos imaginar Na
poleão noutro transporte que não seja o cavalo. (E, cá para nós, pintamos de branco a alimária que o carregava). Mal toleramos o petit ca- poral, de berlinda. De automóvel, não o poderíamos aceitar. Nem tampouco de avião. Napoleão, sem cavalo, ficaria um sujeito aburguesado, sem romantismo, capaz de nos provocar náuseas.
PelaIMPRENSA
— O «Jornal de Santo Tirso», de que é Director Délio Santarém, completou o seu 74 .° ano de existência, no dia 4 do corrente.
— O jornal «Terra Minhota», de que é Director e proprietário João Henrique Alves, completou, com o seu N.° 149 (2/ série), sete anos de vida.
— O « Jornal da Madeira»,que se publica no Funchal e é dirigido pelo professor José Rafael Basto Machado, entrou no dia 1 do corrente no ‘25.° ano da sua publicação.
— «A Província», ainda na infância, saúda afectuosamente os seus três colegas pelos respectivos aniversários e entrega-lhes ardentes votos de longa existência e de infinitas prosperidades.
Da F e l i c i d a d e
6 A P R O V ÍN C IA 17-5.956
DESPORTOSEsclarecendo...
OLii%elia JUazjqutLfala-nos da Concentração de Coimbra
N u n c a p u se m o s n a id e ia p e r d e r te m p o c o m e s te e s ta fa d o a ss u n to do jo g o M o n t i jo - B e le n e n s e s , p o is a c o s tu m a d o s fo m o s a n ã o l ig a r im p o r tâ n c ia a im p r o p é r io s e in c o r r e c ç õ e s , p a r ta m d o n d e p a r t ir e m .
N o e n ta n to , a q u i e s ta m o s f o r ç a d o s p o r u m s o m a tó r io d e c i r c u n s tâ n c ia s , d e n tro d as q u a is d e s ta c a - m o s a s r e s p o n s a b ilid a d e s q u e c r iá m o s ao a c e i ta r c o la b o r a r n e s te jo r n a l , p o r e n te n d e r m o s q u e a s s im p r e s tá v a m o s u m b o m s e r v iç o aoC . D . M o n ti jo .
D e s d e o r e fe r id o e n c o n t r o co m a c a te g o r iz a d a tu rm a l is b o e ta , q u e te m o s s id o a lv o d e á s p e ra s c e n s u r a s p o r n ã o r e b a te r m o s o a c o n t e s t a r m o s a c a m p a n h a d e se n v o lv id a p e lo s j o r n a i s d a e s p e c ia lid a d e , m o r m e n te o « R e c o r d » , o «M u n d o D e s p o r t iv o » e p o r ú lt im o , co m um a in s o lê n c ia q u e n a d a o d ig n if ic a , o im p o r ta n t e jo r n a l « N o r te D e s p o r tiv o » ta m b é m v e io à l iç a , d an d o g u a r id a â u m a c a r ta q u e a n te v e m o s s u s p e ita e n a q u a l se fazem r e c r i m in a ç õ e s q u e o fe n d e m e m u ito d e ix a m a d e s e ja r , q u a n to a c o r r e c çã o e b o a s n o r m a s de c iv is m o . Is to p o r e s ta rm o s c e r t o s d e q u e o ig n o ra d o a u t o r d e tão in c o r r e c ta e p ís to la n ã o c o n h e c e M o n t i jo , n em as su a s g e n t e s , ju lg a n d o , ta lv e z , q u e a n o s s a te r r a f ic a n o c e n tr o da b a r b a r ia , q u a n d o , n a v e rd a d e , e s tá a u m a h o ra d e L is b o a , c a p ita l do Im p é r io P o r tu g u ê s .
C o m o a c im a d iz e m o s , t ín h a m o s f ir m e s id e ia s d e n ã o n o s r e fe r ir m o s a e s te s fa c to s , p o is , a fa z ê - lo , te r ia s id o im e d ia ta m e n te a p ó s o e n c o n tr o e p a r iH e c e r lo u v o r e s ao s b r i o so s fu te b o l is ta s m o n t i je n s e s q u e se im p u s e r a m a o s a d v e r s á r io s d e m a n e ir a s u p e r io r , c o m m a is v o n ta d e e n u n c a se in t im id a n d o , n u m jo g o e s p e c t a c u la r e p ró p r io de c a m p e o n a to , s u b j u g a n d o u m a d v e r s á r io , se m d ú v id a d e m a io r v a lo r , m a s sem g a r r a , n e m p e r s o n a lid a d e s u f ic ie n te p a r a se im p o r .
P o u c o s e sp e ra v a m o q u e se v e r i f ic o u n a q u e le s 90 m in u to s d e fu te b o l a r r a z a n te .
P o r is s o m u ito s , to d o s os da fa c ç ã o c o n tr á r ia ao M o n ti jo , p a ra d e s lu s t r a r o a s c e n d e n te q u e t ín h a m o s c o n s e g u id o m a r c a r , s e r v ir a m - -s e d e a rm a s m e n o s le a is e te ce ra m u m a te ià de in t r ig a s e m e n tir a s a tr a v é s d e c e r t o s ó r g ã o s d a im p r e n s a q u e , p o u c o e s c r u p u lo s o s e v is a n d o a p e n a s o f im c o m e r c ia l , n ã o c u r a r a m s a b e r o n d e r e s id ia a v e rd a d e .
P r o v à v e lm e n te , p a ssa d o s d ia s , v ir a m n o lo g r o em q u e c a ír a m . D iz e m o s is to p o r q u e , p ro p a la d o q u e fo i t e r s id o a e q u ip a b e le n e n s e d iz im a d a p e lo s « s e lv a g e n s » m o n t ije n s e s n a r e fr e g a q u e te v e lu g a r em M o n ti jo , s itu a d o a lg u re s n a P a ta g ó n ia , A tla s ou A m a z o n a s (? ) v e r i f i c o u - s e a l in h a r 4 d ia s d e p o is , c o m to d o s os se u s t i t u la r e s , sa lv o o g u a r d iã o J o s é P e r e i r * q u e , n a v e rd a d e fo i in f e l iz n a jo r n a d a , p o is n u m la n c e fo r tu i t o e p r ó p r io do v i r i l jo g o d e fu te b o l , sa iu fo r te m e n te c o n tu n d id o co m fr a c tu r a .
P o r é m , o c o r r e c t o jo g a d o r a z u l, s e q u i s e r s e r s in c e r o e n o r te a d o p e la s b o a s n o r m a s da ed u c a çã o d e s p o r t iv a , p o d e rá a f ir m a r -n o s a v e rd a d e , e s c la r e c e n d o q u e o a c i d e n te s o fr id o n ã o fo i r e s u lta n te do c h o q u e q u e te v e c o m J o s é P a u lo , m o t iv o q u e os d e t r a c t o r e s p r o c u r a m e x p lo r a r .
P o d e r ía m o s a q u i a r g u m e n ta r m il ra z õ e s e n e ssa a l tu r a v ir ía m o s a c a i r n o s is te m a q u e c e n s u r a m o s , o u s e ja e n u m e r a r os in c id e n te s p ro v .o ca d o s p e lo s a z ú is , a m a re lo s .
Nacional Futebol ClubeE n c o n t r a - s e d e lu to e s te s im p á
t ic o C lu b e p o p u la r p e lo f a le c i m e n to d e F r a n c is c o M a n u e l C a la d o F r a s q u i lh o , f i lh o d e B r a z M a n u e l R o s a F r a s q u i lh o , s ó c io fu n d a d o r d e s ta c o le c t iv id a d e , e de M aria M a n u e la C a lad o F r a s q u i lh o .
A o « N a c io n a l» e à fa m ília e n lu ta d a a p r e s e n ta « A P r o v ín c ia » s e n tid a s c o n d o lê n c ia s .
c a s ta n h o s , b r a n c o s , e t c . , e t c . . P r e fe r im o s fa z e r s e n t i r q u e o q u e se p a s s o u n o M o n ti jo , n a ta r d e de q u a r ta - f e ir a , d ia 2 d e M aio , n a d a m a is fo i do q u e u m a a r d e n te j o r n a d a f u te b o l ís t ic a , o n d e m ilh a r e s d e p e s so a s v ib r a r a m in te n s a m e n te , f ic a n d o a m a r c a r o p r in c ip a l a c o n te c im e n to d e s p o r t iv o da é p o c a em M o n ti jo .
O q u e se v e r if ic o u a q u i v e r i f i c a - s e to d o s o s d o m in g o s , q u a n d o u m a e q u ip a m a is f r a c a 3e c o n v e n c e d e q u e p o d e e q u e r v e n c e r o u tra c o n s id e r a d a m a is fo r te .
A d e n tro d o r e c tâ n g u lo , jo g o v i r i l , e n tu s ia s ta , d e n e r v o s , q u e r e r , e n e r g ia . E m r e d o r d o te r r e ir o d a lu ta , a n im a ç ã o , d e s p iq u e , a p la u s o s , s o fr im e n to , to d a a g a m a de s e n s a ç õ e s e m q u e as lá g r im a s do p r a z e r s e m is tu r a m co ra as da a m a r g u r a , n u m a m á lg a m a d e l i c io s o e q u e só p o d e s e r c o m p r e e n d id o p o r a q u e le s q u e v iv e m o D e s p o r t o .
I n f e l iz m e n te , em to d as a s a c t i v id a d e s h á o s c a r a c te r e s m a l fo r m a d o s e , p o r e s s e s , o s m o n t i je n s e s tão d e s g o s to s o s tê m a n d a d o co m o q u e tê m lid o e o u v id o .
N ão fa ç a m o s c a s o !P a r a « p a la v r a s lo u c a s o r e lh a s
m o u c a s » . C o n tin u e m o s a m a r c a r a n o s s a p o s iç ã o c o m o a té a q u i . E x te r io r iz e m o s o n o sso b a ir r is m o
Montijo, 33E n c o n t r o re a liz a d o n o M o n t i jo ,
n o p a ssa d o d o m in g o , d ia 13 , a c o n t a r p a ra o C a m p e o n a to N a c io n a l da 2.8 d iv is ã o .
S o b a a r b i t r a g e m d o s s r s . J o a q u im T a le t e e J ú l io T a v a r e s , as . e q u ip a s a l in h a r a m :
M O N T I J O : — (1 l a n c e l iv r e tr a n s fo rm a d o e m 6 te n ta d o s e lt> c e s ta s ) , T o m á s (1 8 ) , B a r r e ia s (8), A d e lin o (2 ) , A d r ia n o , L o p e s (2 ) , R o s a e P in to (3 ) .
T É C N I C O : — (3 3 c e s ta s e 2 la n c e s l iv r e s tr a n s fo r m a d o s em 10 te n ta d o s ) , T e o t ó n io L im a , A b r e u R o c h a (2 ) , D u a r te P im e n te l (2 4 ) , C a rd o so (2 2 ) B a t is ta (6) e S i lv a R o c h a (3 ).
Ao in t e r v a lo 2 4 -9 a fa v o r do T é c n ic o .
C o n fo r m e e s ta v a n as n o s s a s p r e v isõ e s e s te e n c o n t r o fo i ta lv e z o q u e m e lh o r B a s q u e te b o l d e m o n s tr o u a té h o je n o M o n t i jo .
A c a te g o r ia d o a d v e rs á r io n ã o sã o e s t r a n h a s e s ta s a f ir m a ç õ e s , p o iso T é c n ic o (C a m p e ã o d a l . a d iv is ã o d e L is b o a ) a lé m d e s e r u m a e q u ip a q u e p r im a p e la h o m o g e n e id a d e d os se u s c o m p o n e n t e s , c o n té m e n tr e e s te s , e le m e n to s c o m o T e o tó n io L i m a , S e le c c io n a d o r N a c io n a l , A b r e u R o c h a , t r e in a d o r d o B e n f ic a , D u a r te P im e n te l , in t e r n a c io n a l l i s b o e ta , e o u tr o s jo g a d o r e s d e e lev a d a c a p a c id a d e té c n ic a . É c o n s id e ra d a m e s m o a m e lh o r e q u ip a p o r tu g u e s a em c o n h e c im e n to s de B a s q u e te e v e m lo g o a s e g u ir ao S p o r t in g (a p e s a r d e n ã o p e r te n c e r à m e s m a d iv is ã o ) n a c a te g o r ia d e v a lo r p r á t ic o .
P o r a q u i se p o d e o b s e r v a r q u e as p o s s ib i l id a d e s d e M o n ti jo fo ra m d im in u íd a s , s e n ã o n e n h u m a s .
T u d o d o m e lh o r n o s o fe r e c e u a b e la e q u ip a d o T é c n ic o (e e s ta m o s p le n a m e n te c o n v e n c id o s d e q u e n ã o fo r ç a r a m o jo g o ) , d e sd e os m e lh o re s s is te m a s d e fe n s iv o s e a t a c a n te s , a té à té c n ic a d e p a s s a g e n s e la n ç a m e n to s . N e s t e p o r m e n o r D u a r te P im e n te l e s te v e s im p le s m e n te m a g n íf ic o , p a ssa n d o p e la s rá p id a s s o lu ç õ e s p a ra a im ó v e l «z o n a » m o n t i je n s e e p e lo ta r d io e d e s o rg a n iz a d o « h o m e m a h o m e m » .
F e r iu - n o s a a te n ç ã o n o s « fu tu r o s e n g e n h e ir o s » , a s a c tu a ç õ e s d e B a p tis ta , e x c e le n t e m a n o b r a d o r , d e
d u m a m a n e ir a m a is ú t i l , c r ia n d o u m b a lu a r t e fo r te d as n o s s a s a s p ir a ç õ e s , a u x il ia n d o p a ra o e n g r a n d e c e r — o C lu b e D e s p o r t iv o d e M o n t i jo .
A in d a a p ro p ó s ito da fa lta de c iv is m o de q u e fo m o s a p o n ta d o s , d ir ig im o - n o s a b e r ta m e n te a to d o s a q u e le s q u e se s e n t i r a m o fe n d id o s , c o n v id a n d o -o s a v is i t a r e m M o n t i jo q u a n d o d a s im p o r ta n te s fe s ta s d e S . P e d r o , em f in s d e J u n h o , p a ra a s s im p o d e re m b e m a q u ila ta r d a n o s s a h o s p ita lid a d e e q u a n to m a is n ã o s e ja p a r a m e lh o r c o n h e c e r e m a t e r r a q u e lh e s s e r v e d e P á t r ia . S im , p o r q u e M o n ti jo é P o r tu g a l 1
* * *
Aproveitam os p a r a agradecer todas as provas de sim patia e con fiança que nos têm sido dirigidas desde que tomámos este lugar no principal orgão da im prensa m ontijense.
N o e n ta n to , c o m o p r e s e n te m e n te , p o r m o tiv o s d e o rd e m p a r t ic u la r , t e m o 1! d if ic u ld a d e cm m a n te r u m a c o la b o r a ç ã o e f ic ie n te e ú t i l , p ú b l ic a m e n te n o s c o n f e s s a m o s g r a to s p e la s a te n ç õ e s r e c e b id a s e p a r t ic ip a m o s q u e s u s p e n d e m o s a n o s s a c o la b o r a ç ã o a té n o v a o p o r tu n id a d e .
- Técnico, ©8D u a rte P im e n te l , e x ím io f in ta d o r e g r a n d e m e ia d is tâ n c ia d e C a r d o so q u e m o s tr o u c o m o se d e v e jo g a r d e b a ix o d as ta b e la s , e m q u e te v e s u p r e m a c ia a b s o lu ta .
C o n fo rm e j á d is s e m o s , ao M o n t i jo e s c a s s e o u - lh e p o s s ib i l id a d e s , a ss im c o m o , e o m a is im p o r ta n te , fa c u ld a d e s e r e c u r s o s té c n ic o s p a ra se o p o r c o m ê x i t o a o a d v e r s á r io .
U m a p la u so p o i» p a ra a m a n e ira b r io s a e c o r r e c t a c o m o a e q u ip a se p o rto u e d e s e jo s d e q u e a l iç ã o q u e lh e fo i m in is t r a d a , ta m b é m p a ra n ó s e p a ra to d o s q u e a s is t i - ra m , lh e te n h a s e r v id o d e p r o v e i to .
A a r b i t a g e m . . . é m e lh o r f i c a r m o s n o a b s t r a c t o p o is q u e o S r . T a le te j á te m id ad e p a ra n ã o o u v ir c e r ta s e d e ce rm in a d a s c o is a s .
Luciano Mocho
P e l a p r i m e i r a v e z n e s t a c a m p a n h a , F r a n c i s c o J e s u s d a S i l v a v e n c e u u m a t i r a d a . C o m o v e l h o a m i g o e p o r d e v e r t i n h a i n t e r e s s e e m e s c u t á - l o p a r a « A P r o v í n c i a » .
C o m o n ã o e s t a v a e m c a s a o F r a n c i s c o , f o i o i r m â o A b í l i o , a a l m a d e s t a c o l ó n i a e s ó c i o d a m e s m a , q u e n o s r e c e b e u , e n o s d i z :
— D e s t a v e z n â o f o i n e n h u m a a v e S t a s s a r t q u e v e n c e u , c o n t r a o c o s t u m e . N ã o t e m o s tld Q t e m p o p a r a c u i d a r a s é r i o d a c o l ó n i a , m a s a i n d a e s t a é p o c a d a r e m o s u m j e i t l n h o .
— C o n t i n u a s a d a r s ó m i l h o ã c o l ó n i a ?
— S i m , s ó m i l l i o .— C o m o c o n c o r r e s ?— A o n a t u r a l .— N ã o p e n s a s n a v i u v e z ?— N ã o , n e m p e n s a r n i s s o .
N ã o v ê e m o V i c t o r V i e g a s ?
F in a lm e n t e , q u is e m o s o u v ir O l i v e ir a M a rq u e s , a g r a n d e a lm a do V e sp a C lu b e d e P o r tu g a l e p r e s i d e n te d o V e sp a C lu b e d e L is b o a .
— S a b e m o s q u e fo i d e m u ito t r a b a lh o a o rg a n iz a ç ã o e a r e a liz a ç ã o da C o n c e n tr a ç ã o d e C o im b r a e d oI C r it é r io d e R e g u la r id a d e . T e m a lg u m a s d if ic u ld a d e s a a p o n ta r ?
Do nosso enviado especial
J o s é d o s S a n t o s M a r q u e s
— A m a io r d if ic u ld a d e , e n o fu n d o a ú n ic a , fo i a tr e m e n d a s i tu a ç ã o de in c e r te z a e d e s o r ie n ta ç ã o c a u sa d a p e la c h u v a .
N ão faz id é ia d o q u e é te r p r e p a ra d o u m p r o g r a m a c o m b a s ta n te c u id a d o , te r g a r a n t id o a lo ja m e n to s p a ra m a is d e tr e z e n to s v e s p is ta s , te r u m a o r g a n iz a ç ã o c o m p le ta m e n te m o n ta d a s o b r e d e te r m in a d a s b a s e s e s e r fo r ç a d o a a l te r a r tu d o à ú lt im a h o r a , se m c a lm a e se m te m p o .
P a s s e i u m d ia in t e i r o à e s p e ra d e v e s p is ta s q u e d e v ia m c h e g a r a C o im b r a e n o f im d e sse d ia , q u a n d o to d o s j á d e v ia m e s t a r c o n v e n ie n te m e n te a lo ja d o s n o s s e u s h o té is , a in d a n ão se s a b ia ao c e r t o q u a n to s m a is h a v ia p a ra c h e g a r . F o i u m a p o u ca s o r te in c o n tr o lá v e l e q u e p r e ju d ic o u tu d o .
H o u x e a in d a o u tr a s d if ic u ld a d e s em q u e n ã o v a le a p e n a fa la r . D e s s a s , as p e s s o a s h ã o -d e i r te n d o a p o u co e p o u c o u m a c o n s c iê n c ia d e s a p a ix o n a d a e p o d e rã o p e r c e b e r q u a is fo ra m as r a z õ e s d e a lg u m a s a t itu d e s q u e tiv e ra m d e se to m a r , u m a s v e z e s co m m e n o s a c e r t o , o u tr a s c o m m a n o s v a n ta g e n s .
P o sso d iz e r - lh e q u e é m u ito d if í c i l s e r o b r ig a d o a to m a r s o b r e s i r e s p o n s a b ilid a d e s q u e n ã o se p o d e m r e p a r t ir c o m n in g u é m e d e c id ir q u a s e d i t a to r ia lm e n te , s e ja o q u e fô r , s e ja c o m o fô r , m a s in d o p a ra a f r e n te .
— C o m o v iv e u as h o r a s d e a n g ú s t ia e in c e r te z a p e n s a n d o q u e o m a u te m p o p o d e r ia p r e ju d ic a r o b o m ê x i t o da C o n c e n t r a ç ã o e do R a l i ?
Seguros de VidaS e p e n sa em fa z e r u m S e g u r o
d e V id a n ã o a d ie a su a r e a liz a ç ã o . A sa ú d e a l te r a -s e f à c i lm e n t e e de u m m o m e n to p a ra o o u tr o p o d e f i c a r im p o s s ib il i ta d o d e le v a r a e fe ito e s s e a c to d e p r e v id ê n c ia .
P e ç a g r á t i s e se m c o m p r o m is s o o fo lh e to e x p lic a t iv o , ao A g e n te d a C .a d e S e g u r o s Im p é r io - F ernando A. C. Pedroso - T e le fo n e 0 2 4 0 5 9 — Alhos Vedros.
« S ó e n v ia m o s p a ra o s c o n c e lh o s l im ítr o fe s » .
C o n c o r r e a o n a t u r a l , e t e m u m a c o l ó n i a , q u e m e t e i n v e j a a o s m e l h o r e s p o m b a i s p o r t u g u e s e s . O ê x i t o n ã o é d o m é t o d o m a s s i m d a c a t e g o r i a d a s a v e s .
C o n c o r d a m o s c o m a s s u a s p a l a v r a s e p e r g u n t a m o s : — Q u e n o s d i z e s d e n ã o i r m o s a M a d r i d ?
— F a l t a d e i n t e r e s s e d o s d i r i g e n t e s . A l g u n s s e m a v e s e s t ã o a j u l g a r q u e e s t ã o - n o s f a z e n d o a l g u m f a v o r . N ã o p o d e r e m o s c o n t i n u a r a s s i m . S e n ó s n o s s a c r i f i c a m o s u m a n o a s u s t e n t a r a s a v e s , n ã o é p a r a f i c a r e m n o s p o m b a i s q u a n d o s e r e a l i z a m a s s o l t a s i n t e r n a c i o n a i s . S e n ã o e n v i a r m o s a v e s a B u r g o s f i c a r e i m a i s a b o r r e c i d o d o q u e d e M a d r id , p o r q u e n a q u e l a p r o v a s e d i s p u t a o c a m p e o n a t o d e f u n d o e e u s o u d o s m a i s f o r t e 8 c a n d i d a t o s a o t í t u l o .
— N ão é p o s s ív e l d e s c r e v e r a n g ú s t ia s . E p o r is s o n ã o é p o s s ív e l d e s c r e v e r - lh e o q u e fo i a ta r d e de sá b a d o , p a ssa d a n a C o m is s ã o de T u r is m o em C o im b r a , s e m p r e a o lh a r p a ra o c é u e p a ra a e s tra d a à e s p e ra de q u e v ie s s e m a is u m v e s p is ta e d e q u e a c a b a s s e a c h u v a . O s q u e a l i p a ssa ra m as p r im e ir a s h o r a s da m a n h ã e se m a n t iv e r a m a té d e p o is d a m e ia n o ite , g a r a n t o - - Ih e q u e , à su a m a n e ir a , s o fr e r a m c o m o p o u co s o u tr o s te r ia m s o fr id o .
— Q u a l fo i o m o m e n to d e m a io r a le g r ia e e n tu s ia s m o q u e s e n t iu d u r a n te a C o n c e n tr a ç ã o ?
— S e m d ú v id a a q u e le e m q u e vi v e s p is ta s d e to d o s o s p o n to s do P a ís r e u n id o s p a ra o a lm o ç o ! P e la p r im e ir a vez os v i a to d o s r e u n id o s e f iq u e i s a t is fe ito d u m a m a n e ir a m u ito e s p e c ia l c o m a su a p r e s e n ç a em tã o g r a n d e n ú m e ro . F o r a m e x t r a o r d in á r io s to d o s !
— Q u a is a s su a s im p r e s s õ e s s o b r e a C o n c e n tr a ç ã o q u e é , sem d ú v id a , u m a o b ra s u a ?
— N ão se p o d e d iz e r q u e a C o n c e n tr a ç ã o s e ja u m a o b r a m in h a . D e i- lh e m u ito e s fo r ç o , é v e rd a d e , c h a m e i s o b r e m im a m a io r p a r te d o s t r a b a lh o s d e p re p a ra ç ã o , m as n ã o fu i o ú n ic o a d a r u m tr a b a lh o d e in t e r e s s e . O liv e ir a G u im a r ã e s , J o s é C a rd o so e N u n e s d e C a s tro , d o V e sp a C lu b e d e L is b o a , e C a r lo s M a n c e lo s , do V esp a C lu b e d e C o im b r a , fo ra m c o la b o r a d o r e s in c a n s á v e is . P a r a C a r lo s M a n c e lo s a c h o q u e se d e v em v ir a r as a te n ç õ e s d a s p e s so a s q u e m a is in te r e s s a d a s e s tã o n o p r o b le m a d o s V e sp a s C lu b e s n a c io n a is . É m u ito in t e l i g e n t e , v iv o , m u ito c u id a d o s o e d u m a r e s is tê n c ia p a sm o sa . C r e io q u e d u r a n te o s d o is d ia s da C o n c e n tr a ç ã o n ã o d e v e te r d o rm id o u m m in u to s e q u e r . E n o f im e s ta v a c o m a m e s m a c a r a b e m d ip o s ta , p e n sa n d o a in d a r e s o lv e r p e q u e n o s p r o b le m a s de m o m e n to e r e s o l v e n d o -o s c o m u m a c e r to ra r o . T e n h o a c e r te z a d e q u e C a r lo s M a n c e lo s h á -d e v ir a s e r u m e le m e n to d e s ta c a d o d o V e s p a C lu b e d e P o r tu g a l.
M as, e n f im , q u a n to à C o n c e n t r a ç ã o , d ig o - lh e q u e fo i u m a ó p t im a e x p e r iê n c ia p a ra fu tu r a s r e a liz a ç õ e s d o C lu b e .
A p r e n d i m u ita c o is a ! A p r e n d i, p o r e x e m p lo , q u e a c h u v a n ã o é ó b ic e p a ra v e s p is ta s . A p r e n d i q u e o s a c r i f í c io e o c a n s a ç o n ã o c h e g a m p a ra n o s d e s a n im a r . E a p re n d i, s o b r e tu d o , q u e a fo r ç a d o n o s s o C lu b e é j á m u ito m a io r d o q u e a q u ilo q u e e u p ró p r io s u p u n h a .
— Q u a is o s p r ó x im o s e m p r e e n d im e n to s d e v u lto q u e V e sp a C lu b e d e P o r tu g a l to r n a r á e m re a lid a d e ?
— A c h o m e lh o r n a d a lh e d iz e r s o b r e e s s e a s s u n to . N ão m e im p o rto n o e n ta n to d e le v a n ta r p o r in t e r m é d io d e « A P r o v ín c ia » d o is b o a to s : V a i a d ia r -s e a C o n c e n tr a ç ã o d e J u n h o . V a i h a v e r c o n v ite s p a r a a C o n c e n tr a ç ã o d e M u n iq u e .
C o n s id e r a n d o q u e o n o s s o P a ís é m o tiv o d e a p re ç o p a ra o s e s t r a n g e ir o s , q u is e m o s s a b e r se o V esp a C lu b e d e P o r tu g a l te r ia p e n sa d o j á em m a n t e r u m « D e p a r ta m e n to d e T u r is m o » e m a c tiv id a d e p e r m a n e n te , jq u e p u d e sse o r ie n ta r , e a té d e s ig n a r , a lg u é m p a ra a c o m p a n h a r n a s su a s v is ita s os v e s p is ta s e s t r a n g e ir o s q u e se d e s lo c a m ao n o s s o p a ís . S o b r e o a s s u n to d iz -n o s O l iv e ir a M a r q u e s :
— C o n fe ss o q u e n ã o t iv e te m p o p a ra p e n s a r n is s o ta l c o m o d e v ia . Há c e r c a d e u m a n o e la b o r e i o q u e s e r ia o r e g u la m e n to d e u m a secção de recepção a vespistas estrangeiros. M as d e p o is , t r a b a lh o s m ais u r g e n te s fo r a m - m e d e s v ia n d o a a te n ç ã o e a in d a n ad a e s tá fe ito . A su a p e r g u n ta le v a n to u -m e n o v a m e n te o p ro b le m a e v o u p r o c u r a r d a r - lh e u m a s o lu ç ã o c o n v e n ie n te .
ClassificaçãoF r a n c i s c o J e s u s d a S i l v a , 1 .° ,
2 .° e 1 2 .» ; C u s t ó d i o J . P e r e i r a ,3 .° V i c t o r M . M . V i e g a s , 4 .° , 5 .° , 6. ° , 7 .° , 1 1 .’ 1 5 .° e 18 .“ ; J o S o T e o d o r o d a S i l v a , 8 .° e 9 . ° ; J o s é M . B a r r o s , 1 0 . ° ; E d u a r d o S a n t o s B a e t a , 1 2 .° e 1 3 .° ; J o s é C o r r e i a L e i t e , 1 4 .” ; A l d e m i r o E . B o r g e s , 1 6 . ° ; J o r g e S o t a n o L o p e s , 1 9 .* c 2 0 .° .
Eduardo Baeta
Manuei Lino
QZaityuetebfrl
flô t (tml)tíifiLiaFrancisco Jesus da Silva
Venceu Régua - Montijo 3 0 0 K.os - Taça Jaim e Sennfel!
I7-5-956 A P R O V IN C IA 7
À Rádio e as Colónias PenaisHá muitos anos que nos
Estados Unidos da A m érica do Norte se t ran sm item programas especiais de rádio para. os presid iários. O sistema penal e u ro peu, fundado sobre bases diferentes, não permitiu até agora tal inovação, excepção feita à Suiça, que alguns anos a esta parte vem re a lizando ensaios nesse sen tido,— ensaios que foram iniciados na Colónia Penal de Lenzburgo, depois, na penal de Basileia, e iinal-
Vendas a pronto e com pagamentos suaves
UMACAN ETAPARAESCREVERM E L H O R
Vende-se em M o n tijo na REPAL, l .DA
Prnço Gomei freire de Andrade, 22T e le fo n a 0 2 6 3 7 8
mente, já em 1944, na colónia de Liestal.
A adaptação do sistema americano ao sistema penal da Suiça fez-se com os melhores resultados, não esquecendo que a realização não é dada como definitiva mas apenas como simples ensaio. Dessas emissões se tem retirado, s is tem aticamente, qualquer sentido r e creativo, limitandc-as a um carácter próprio para fortalecer a disciplina e a e du cação dos presidiários. A Direcção G eral da Rádio Suiça p u b l i c o u sobre 0 assunto um vasto e curioso relatório, documento de inegável in teresse geral, fanto pelos seus fins hum anitários como pela sua força social.
A penal de Lenzburgo, como todos os outros e s ta belecimentos similares, está dotada de uma organização in terna mui to severa. C o n tudo, entr» os benefícios gozados pelos detidos, com bom comportamento, figura a concessão d e poderem ouvir as emissões radiofó nicas — o que lhes é proibido, pelo menos, durante os três primeiros meses da reclusão. E a experiência de muitos anos tem demonstrado q ue a concessão exerce uma influência benéfica na disciplina in d iv id u a l :— é curioso no tar que, segundo afirmam os relatórios da pe nal de Lenzburgo, os detidos consideram a proibição de escu tar as emissões ra diofónicas como «uma pena muito severa».
Das reacções provocadas pelos programas de rádio evidencia-se nos presidiários uma melhor e maior disposição para 0 trabalho. É tão grande a influência da distracção facultada que quase todos os presos a
tomam como assunto p rinc i p a l na correspondência que enviam às suas famílias, participando-lhes, num en- susiasmo q u a s e infantil, tudo o que mais lhes ag radou nesses b r e v e s m a s reconfortantes m o m e n t o s para o espírito — os únicos naquele am biente pesado u triste .
Não existem para 0 efeito emissoras especiais. Por um entendim ento entre a Direcção das Colónias Penais e as emissoras procura-se que os programas próprios para aquelas audições sejam dispostos, em dias e horas, com perfeita distribuição.
Curioso, sem dúvida, a nota r as suas preferências : — a parte dos programas que obtém o interesse geral dos presos é a dos noticiários acerca do que se passa no mundo, e o que menõs ap reciam são os concertos s in fónicos.
Uma modalidade forçada- mente retirada dessas audições foram as Variedades, que talvez pela sua exteriorização demasiado popular e jocosa, os excitava ao ponto de quebrarem a ind ispensável disciplina. Sobre tais preferências e reacções que se pronunciem os c ientis tas e os psicólogos.
Resta-nos acrescentar que gostaríamos de ver a experiência nas colónias penais de Portugal —- este País que tão bem sabe a liar às suas obras hum anitárias o nobre sentimento da Caridade!
J. Ribeiro Anlunes
CamiõesO s s e g u r o s a u m e n t a r a m d e
10 a 1 0 0 S e t e m d i f i c u l d a d e e m p a g a r a a n u i d a d e , p o d e p a g a r e m 12 p r e s t a ç õ e s m e n s a i s .
A g e n t e e m M o n t i jo , F r a n c i s c o J o s é d a S i l v a - T e l e f . 0 2 6 1 5 0 .
Câmara Municipal de MontijoE D I TÁ L
Reparações de prédiosJosè da S ilva Leite, P re
sidente da Câmara M unicipal de M ontijo :
Faz público que a Câmara Municipal desté Concelho, em sua reunião de 24 de A bril corrente, deliberou, ao abrigo do art 0 9.° do Regulamento Geral de Edificações Urbanas, que duran te os meses de Maio e Junho próximos, s e j a m dev idamente reparados com obras de pequenos rebocos, caia- ções e pinturas, os prédios desta vila que de tal necessitem.
Estas ohras são isentas de licença.
Findo aquele prazo e não feitas as obras, os respecti-
Preço doSulfato de cobre
Sendo Montijo o centro duma região agrícola, de certo modo importante, n a tu ra l será que com uniquemos a todos os Srs. lav radores e vinhateiros que o sulfato de cobre não baixou de preço, — como se a n u n ciou nalguns jornais —, e também não subiu.
O preço do sulfato de cobre mantém-se como estava, isto é, a i0$50 0 quilo,— segundo comunicação da Comissão reguladora dos P rodu tos Químicos e Farmacêuticos aos Grémio da Lavoura.
Aqui fica o aviso, para evitar confusões e mal e n tendidos.
vos proprietários incorrem na penalidade legal aplicável.
Para constar se passou o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.Montijo, 26 de Abril de 1956
O Presidente da Câmara
José da S ilva Leite
A P r o v ín c ia » — N .° 6 3 - 12/5/1956
Anúncio( 2.a p u b lic a ç ã o )
P e lo Ju iz o d e D ir e i to d a c o m a r c a de M o n t i jo e 1.* S e c ç ã o , s e faz s a b e r q u e se a c h a d e s ig n a d o o d ia 2 5 d e M aio , p ró x im o , p e la s 10 h o r a s , p a ra a a r r e m a ta ç ã o , e m 1 .® p ra ç a e em h a s t a p ú b lic a , d o s b e n s a d ia n te in d ica d o s , p e n h o ra d o s n o s a u to s d e E x e c u ç ã o S u m á r ia q u e M a ria d o R o s á r io & F i lh o s , de P a lh a is , m o v e m c/ o e x e c u ta d o A N T O N IO D A C O S T A M U R IL H A S , s o l te ir o , m a io r , p r o p r ie tá r io , r e s id e n te na V ila d a M o ita , d e sta c o m a r c a .
Bens a ArrematarO D ir e ito e a c ç ã o à q u a r ta p a rte
da h e r a n ç a in d iv is a , d e ix a d a p o r S e b a s t ia n a da C r u z , r e s id e n te q u e fo i n a V ila d a M o ita , d e s ta c o m a r c a , q u e v a i à p r a ç a p e lo v a lo r d e m il e s c u d o s , a liá s d e d o ze m il e q u i n h e n to s e s c u d o s .
U m a p a r e lh o de te le fo n ia m a rc a « P h il ip s » , em b o m e sta d o de c o n s e r v a ç ã o , q u e v a i à p ra ç a p e lo v a lo r d e m il e s c u d o s .
M O N T IJO , 3 0 d e A b r i l d e 19 5 6
O C h e fe da 1.* S e c ç ã o ,
a) António Paracana
V e r if iq u e i a E x a c t id ã o ,
O J u iz de D ir e ito ,
a) José Aiaria P. de O liveira
N.° 8 Folhetim de «A Província» 17-5-956
ffíldeia do ffívessoc%c cAtvarc alente
E se a maldade queria aventurar-se, surgindo por instintos divergentes, a reprovação comum tornava-a improfícua.
Havia ralhos de senhoras vizinhas, seu mexerico sem importância, sua ■ntriguita de pequeno p ovoado ; mas nada afectava a paz modelar que a tradição ali fincara desde tempos imemoriais.
* * *
Certo dia, p o r é m. . . no tal d i a . . .• • • aparecerem no vale do poente uns homens com as tais bandeirolas e estacas, — chega para a esquerda, mais ainda, agora aí! — e de fita métrico em longas rectas, mediram, tornaram a medir, e marcaram.
Um deles, com a planta na mão, ordenava.O perímetro era enorme. A superfície, muitos hectares.Medições e mais medições.— O que será, o que não será? —A aldeia espreitava e andava inquieta.As suposições choviam, os boatas corriam de manhã à noite.Na «Vinagreira» :— Aquilo, por mais que me digam, é pocilga pra milhentos r e c o s . . .
Qtzia um.— Cal estoira! Aquilo é mas é um grande almazèm pra ensacar adu-
0s, — aventava outro.~~ Nem uma coisa nem o i t r a . . . O Manel da Justa, que traz lá um primo
a meter estacas, disse-me que se tratava duma fábrica como não há em 0rtugal.. esclareceu um terceiro.
— Mas, uma fábrica de q uê ?— Isso agora é que ele não sabe dizer.— Antes assim que nanj a . . . Venham por bem, e o mais deixa.E os comentários fervilhavam nos outros centros «culturais», com o
mesmo tom, e a aldeia continuava ao farisco do caso.Havia como que o pressentimento de que alguma coisa de mau se
aproximava. — cataclismo ou forte perturbação da paz habitual.Medições e mais m ed ições . . .O homem da planta, de taqueómetro montado em tripé, apontava, cor
rigia, dava ordens em altos b e rro s :— Torce um pouco à direita.— Alto! Marca aí mesmo.— Passa agora à esquerda.— M ais . . - ma i s . . . Alto! Crava!Depois, desapareceram.E, durante semanas, silêncio.A aldeia desceu ao vale e observou.Estacas de madeira aqui, além, mais a l é m. . .— O qúe se rá? O que não será?— Pra ser a tal fábrica . . é de «arregalar o olho», c ’os d ianhos!E a novidade passou, quase esqueceu.O Manel da Justa nunca mais viu o primo e nada mais se soube.Outro dia, por ém. . .. . . manhã cedo, ainda o sol estremunhado esfregava os olhos, apare
ceram no vale brigadas de trabalhadores com pás, enxadas e piraretas. Começaram os cavoucos, linhas traçadas, corta e cava.E pela tarde, fiadas de camionetas descanegaram no local pedra, cha
pas de zinco e madeiras.A aldeia espreitou novamente e foi-se ch eg an d o .. .Primeiro, à frente, os rapazelhos e «catraios»; mais adiante o mulherio;
por fim, os velhos sem trabalho e os calaceiros.Palavra puxa palavra, conversa pra cá e pra lá, e dentro em pouco in
timidade feita,
( C O N T I N U A )
A P R O V IN C IA 17-5-956
A C T U A L I D A D E S
00H M U N D O H
Á r l e s - G r a s s e P a r i s - S è v r e s
P A G I N A
D ELUÍ S B O N I F Á C I O
l f m M i t s
Da Origem e Declínio dosT A P f T f S F R 1 N C C S . E S
A o f ig e m d os ta p e te s fr a n c e s e s é b a s ta n te o b s c u r a , m as c h e g a -s e , g e r a lm e n te , a a c o rd o p ara lh e d e s c o b r i r u m a p r o v e n iê n c ia o r ie n ta l q u e , em F r a n ç a , r e m o n ta r ia à é p o c a d a s C ru z a d a s . A ssim se e x p lic a r ia , ig u a lm e n te , 0 te rm o « T a p e te s S a r r a c e n o s » p o r q u e era m d e s ig n a d a s as p r im e ir a s p e ça s te c id a s em F r a n ç a . H e n r iq u e IV , — o p r im e ir o a n a c io n a liz a r esta in d ú s tr ia em lf>0(>, in d ic o u P ie r r e D u p o n t p a ra fu n d a r a « M a n u fa c tu ra l íe a l d o s T a p ete s do L o u v r e » . P a ra e s s e fefeito, f o i - lh e c o n c e d id a u m a e n o r m e o f ic in a n o s b a ix o s da g r a n d e g a le r ia do P a lá c io . A lg u n s a n o s m a is t t r d e , S im o n L o u rd e t —
tip lic a v a as su a s e n c o m e n d a s p ara g u a r n e c e r os m ó v e is , ca sa s e p a lá c io s .
A c r e s c e n t e m -s e a is to o s n u m e ro so s p r e s e n te s o fe r e c id o s a o s im p e r a d o re s , a o s e m is s á r io s , aos m in is tr o s , e t c . , c o n s t i tu in d o p e ça s q u e se c o n ta m e n tr e a s o b r a s - p r i - m a s d as M a n u fa c tu ra s d o s G o b e - i in s , d e B e a u v a is e de A u b u s s o n .
N o c o m e ç o do s é c . X V I I I e s ta s o f ic in a s t r a b a lh a v a m em p le n o r e n d im e n t o ; só as e n c o m e n d a s de V e r s a il le s b a s ta v a m p a ra e n c h e r d e t r a b a lh o o s te c e lõ e s . O ta p e te q u e fo i e x e c u ta d o p a ra a C a p e la d e V e r s a il le s n ã o le v o u m e n o s de 1 0 a n o s a fa z e r !
O MUSEU DE ARLES
f r a n c o s . . . o u m e l h o r : 1 .200$00 em m o ed a p o r tu g u e s a .
A p e r fu m a r ia d e G r a s s e é a m a is c a r a , e p o r c o n s e g u in te , é u m a in d ú s tr ia b a s ta n te im p o r ta n t e d o s A lp e s M a r ítim o s d a F r a n ç a .
A c u ltu r a d e f lo r e s s u s te n ta n ú - m e ro sa s fá b r ic a s d e e s s ê n c ia s de p e r fu m a r ia s e d e / s a b õ e s f in o s q u e e x is te m n a c id a d e e n o s a r r e d o r e s . A p e r fu m a r ia d e G r a s s e re m o n ta ao s e c . X V I e é a tr ib u íd a a C a ta r in a d e M é d ic is , fu n d a d o ia d e u m a d as m a is a n tig a s fá b r ic a s d o g é n e r o . M ais ta rd e v á r io s c o m e r c ia n te s c o m e ç a r a m a e n tu s ia s m a r -s e p ela r e n d o s a in d ú s tr ia , n ão ta rd a n d o q u e se f iz e ss e a c u ltu r a d o s c r a v o s , ja s m im , ro s a s , m u r ta s , a n g é l ic a s , m im o s a s e o u tra s f lo r e s . E c la r o q u e o fa b r ic o e r a e n tã o m u ito r u d im e n t a r ; m a s d a v a r e s u lta d o , p o is o p e r fu m e e ra a d m ir á v e l, p r in c ip a lm e n te a q u e le q u e e ra e x t r a íd o d o j a s m i m — g é n e r o de p la n ta da fa m ília d a s ja s m in á c e a s , q u e d á a r b u s to s r a m o s o s , co m f lo r e s g r a n d e s , b r a n c a s , a m a r e la s e v e r m e lh a s , to d a s o d o r ífe r a s , s o l i tá r ia s ou a g r u p a d a s . C o m o r o la r d os a n o s , e ss a s fá b r ic a s fo ram se n d o a p e r fe iç o a d a s , a lé q u e n o s e c . X I X a t in g ir a m o m á x im o de a p e r fe iç o a m e n to .
A p ó s a p r im e ir a G ia n d e G u e r r a ó s g r a n d e s c o s tu r e i r o s p a r is ie n s e s r e s o lv e r a m v e n d e r , ta m b é m , n o s se u s e s t a b e le c im e n t o s , p e r fu m e s d a s m e lh o r e s e s p é c ie s .
Trabalhando cm Tapetes de « Beauvais» oa «G obelins»
F o i o m u se u d e A r ta te n o p r i m e iro d e a r te e tr a d iç õ e s p o p u la r e s da F r a n ç a e c o n t in u a a s e r u m d o s m a is im p o r ta n te s n o g é n e r o . O cu p a o e s p lê n d id o p a lá c io d e L a v a l-C a s te l la n e , c u ja p a r te m a is a n tig a d ata do s e c . X I V . M is tra l a p a ix o n a d a m e n te l ig a d o à su a r e g iã o e a tu d o q u e lh e e r a p e c u lia r , p r e s s e n tiu o e n s in a m e n to q u e se p o d e ria o b te r d a r iq u e z a d as t r a d iç õ e s e da A rte da P r o v e n ç a , e s c o lh e n d o A r ie s — a g r a n d e c id a d e ro m a n a da F r a n ç a — p a ra a sed e do r e fe r id o m u se u . A a tr ib u iç ã o d o P r é m io N o b e l em 1 9 0 4 p e r m it iu - lh e r e u n ir fu n d o s n a c e s s á r io s p a ra a a q u is iç ã o d e sse v a s to e d if íc io .
N a s ‘ |paredes"'da e sc a d a , q u e dá a c e s s o ao p r im e ir o a n d a r , v ê e m -s e p e n d u ra d o s e s ta n d a r te s r e lig io s o s e d e c o r p o r a ç õ e s , ta is c o m o o de S . P e d r o , a d v o g a d o d o s p e s ca d o r e s . A s t r ê s p r im e ir a s sa la s sã o c o n s a g ra d a s à h is tó r ia e e v o lu ç ã o do tr a jo da A r le s ia n a , d e sd e o s e c . X V I I a té às v e s te s a c tu a is . A g a le r ia do m o b il iá r io e s tá lo g o a s e g u ir e n e la se e n c o n tr a m o s g u a r d a - - lo iç a s c o m p r a te le ir a s , a p a ra d o r e s , a m a s s a d e ir a s , a r m á r io s p e n d e n te s p ara p ã o , c o n s o lo , c a ix a s p a ra o sa l e fa r in h a , ju n t o das q u a is se e n c o n t r a m , a g r u p a d o s , os u t e n s íl io s de c o z in h a e u m a e x c e - le n te c o le c ç ã o d e o b je c t o s d e v id ro e e s ta n h o . S e g u e - s e a g a le r ia d os r ito s , c o s tu m e s e le n d a s p r e e n c h i d as co m im a g e n s d e fe s ta s r e l i g io sas lo c a is , ta is c o m o a p e r e g r in a çã o d o s c ig a n o s a S a in t e s M a rie s de la M er e a fe s ta d a T a r a s c a em T a r a s c o n , s a n t in h o s e p r e s é p io s , c u ja n o m e a d a se e s te n d e a té m u ito lo n g e : d o c u m e n to s d e jo g o s e d a n ç a s e , f in a lm e n te , u m a c o m p le ta c o le c ç ã o d e o b je c t o s d e s u p e r s t iç ã o : e n tr e e le s o c o la r d e 13 n ó s c o n tr a a d if te r ia . O u tro e n c a n to p o ssu i o M u se u d e A r i e s : u m a s é r ie de f ig u ra s em ta m a n h o n o r m a l q u e r e p r e s e n ta m c e r t o s m o m e n to s da v id a da g e n te do c a m p o , n o s la re s e n a s te r r a s . N u m d e s s e s q u a d r o s v ê -s e a p a r tu r ie n te la d e a d a de v i -
A Colecção do Museu de Cerâmica de Sèvres
um d o s s e u s a p re n d iz e s — d e sp e - d iu -s e e fo i fu n d a r u m a in a n u fa c - d u ra r iv a l, e s p e ra n d o q u e u m d ia a p e r fe ita q u a lid a d e d os seu s ta p e te s lh e v a le r ia u m a c o n s a g ra ç ã o o f ic ia l.
A s o f ic in a s de L o u r d e t es ta v a m s itu a d a s no C a is d c C h a illo t , n o m e sm o lo c a l o n d e h o je se e n c o n t r a o M u se u d a s A r te s iM odernas, o n d e p r im it iv a m e n te e x is t iu u m a fá b r ic a d e s a b ã o , a té q u e u m d ia fo i c o n c e d id a a L o u r d e t q u e a li fu n d o u as m a n u fa c tu r a s . V em d aí, de r e s to , a o r ig e m da p a la v r a « s a v o n n e r ie » ( s a b o a r ia ) co m q u e c o n t in u a m a s e r d e s ig n a d a s as p e ça s te c id a s so b a d ir e c ç ã o de L o u r d e t . D u p o n m o rre u e m 16 4 0 e a d ir e c ç ã o d as o f ic in a s d o L o u v r e fo i c o n fia d a a seu f i lh o L u ís .
U m d o s p r im e ir o s ta p e te s e x e c u ta d o s p o r D u p o n é u m a d as m a is b e la s p e ça s d o s é c . X V I q u e r e p r e s e n ta L u ís X I I I e A n a de Á u str ia c o m se u s f i lh o s , n u m e n c a n ta d o r g r u p o fa m il ia r , c o m p o sto p or S im o n V e n e t , um d os m e s tre s de p in tu r a do se u te m p o .
S im o n L o u r d e t , r iv a l d e D u p o n t, m o r r e u 21 a n o s m a is la r d e , e seu f i lh o F i l ip e c o n t in u o u á su a o b ra , m as in t e r e s s o u - s e m a is p a r t ic u la r m e n te p e la m a n u fa c tu ra d o s G o - b e l in s , a ss im c o m o p e la s o f ic in a s B e a u v a is c A u b u s s o n p a ra as q u a is , de r e s to , o b te v e o a u x í l io f in a n c e ir o d e L u ís X I V . A su a c a r r e ir a fo i, p o r é m , in c o n te s ta v e l m e n te c o ro a d a d e ê x i t o p e la e x e c u ç ã o de 9 3 ta p e te s d e s tin a d o s à g r a n d e G a le r ia d o L o u v r e , ta r e fa em q u e to m a r a m p a rte , d u ra n te v in te a n o s , a lg u m a s c e n te n a s d e te c e lõ e s . O 1 5 .° d e sta s é r ie , é um su m p tu o s o ta p e te de « s a v o n n e r ie » , c o m as. tr a d ic io n a is d e c o r a ç õ e s de fo lh a s e <le in s t r u m e n t o s m u s ic a is e o s e m b le m a s d e L u ís X I V . A v o g a d o s ta p e te s in t e n s i f ic o u -s e r á p id a m e n te e a fa m íl ia re a l m u l-
z in h o s q u e tra z e m ao r e c é m - n a s - c id o o s p r e s e n te s tr a d ic io n a is e s im b ó l i c o s : p ão , o v o s , sa l , fó s fo r o s , e tc . . A o la d o o q u a r to da c r ia n ç a e, p o r f im , a sa la C a le n - d a le q u e r e p r e s e n ta a r e fe iç ã o do N a ta l.*
E m lo c a is b e m v ís iv e is v ê e m -s e
fá b r ic a s de M o u s t ie r s e de M ar» s e lh a d o s e c . X V I I I .
P o r ú lt im o , as s a la s re s e rv á d a s a C ea u e á C a m a r g a . U m e n c a n t o ! C a b a n a s de g u a r d a s , d e te lh a d o a rr e d o n d a d o , c o b e r ta s d e c a n a s de p a ú l, d o c u m e n to s e o b je c t o s r e la tiv o s aos c a v a lo s e to u ro s d á C a -
A lo iç a d e S è v r e s c o n t in u a a te r o m e sm o p r e s t íg io , o s m e sm o s c o le c io n a d o r e s , a m e sm a v e n d a e o se u m u se u , m e sm o à s p o r ta s de P a r is . O v e lh o m u se u e s tá in s ta la d o ju n t o da c é le b r e m a n u fa c tu r a n a c io n a l e é d ig n o de u m a v is ita , u m p o u co d e m o ra d a , p a ra a ss im se a c o m p a n h a r a e v o lu ç ã o da c e r â m ic a a tr a v é s d o s te m p o s e de to d a s as e s c o la s .
A s s a la s fo ra m a r r a n ja d a s p e r m itin d o d e s c o b r ir « o e s s e n c ia l da h is tó r ia da c e r â m ic a e u r o p e ia e. m u ito e s p e c ia lm e n te , d a c e r â m ic a fr a n c e s a » .
A F r a n ç a to m o u , e v id e n te m e n te , um lu g a r d e d e s ta q u e e n e n h u m m u se u p o d e o fe r e c e r u m a v isã o de c o n ju n to tã o c o m p le ta da p r o d u çã o d e c e r â m ic a f r a n c e s a , o r ig i n a lm e n te in f lu e n c ia d a p e lo s a r t i s tas ita l ia n o s .
Uma curiosa cena do Museu de Arlaten, onde figura o trajo regional e a confecção do m esm o
as d iv e rs a s fe r r a m e n ta s u sa d a s na r e g iã o P r o v e n ç a ! e , m u ito e s p e c ia lm e n te , em A r ie s . A c h a r r u a , a e n x a d a , a n c in h o s , fo ic e , g a d a n h a , g ra d e , e tc . fazem p a r te d o s m e s te re s da r e g iã o b e m c o m o os p ro d u to s d as c o r p o r a ç õ e s lo c a is , e n tr e as q u a is c i to o s tr a b a lh o s d e v im e c o m o d o s m a is in t e r e s s a n te s . A in d ú s tr ia d e o la r ia , tão im p o r ta n te em to d o o su l da F r a n ç a , e s tá r e se rv a d a u m a sa la in t e i r a , o n d e n ão fa lta m o s b a r r o s r ú s t ic o s e s p a n to so s p ela v a r ie d a d e d as fo r m as e p ela v iv a c id a d e d o s c o lo r i d o s, e t a m b é m a lg u n s b e l o s e s p é c im e s de fa ia n ç a lu x u o s a d as
m a r g a , às c o r r id a s e to u ra d a s e a o s r e b a n h o s n ó m a d a s da G r a n . A e s te re s p e ito pod e a s s in a la r -s e u m a n o ta b il ís « im a c o le c ç ã o d e o b je c t o s de m a d e ira e d e c h i f r e , e s c u lp id o s e g r a v a d o s p e lo s p a s to r e s .
A r ie s , já m u n d ia lm e n te c é le b r e p e lo seu te a tro a n t ig o , p e la s su a s . a re n a s , os se u s a ly s c a m p s e a su a c a te d r a l de S a in t - T r o p h im e , g a n h o u 11111 n o v o t í tu lo co m o seu m u se u d e A r ta te n , c r ia d o p a ra os t u r is ta s n a c io n a is e e s t r a n g e ir o s ; p a ra os e s tu d io s o s e , m a is a in d a , p a ra o s p ró p rio s c a m p o n e s e s q u e v iv e m 110 c ír c u lo d e A r ie s e em to d a a P r o v e n ç a .
N ele v i a m e ló d ic a e v o lu ç ã o d as o f ic in a s fr a n c e s a s d e s d e o fim da id ad e m é d ia a té ao s e c . X I X , e n c o n tr a n d o , n o d e c u r s o d e s ta f a s c i n a n te v is i t a , as b e la s e r a r a s p e ça s p r im it iv a s , c o m o tr a v e s s a s e b o iõ e s de fa r m á c ia , de L y o n e d e M o n tp e l- l i e r : a s p e ça s de o r n a m e n ta ç ã o p o lic r n m a d e N e v e rs , a s tr a v e s s a s d e c o r a d a s d e s a n e fa s d e c a ç a de M a r s e lh a ; da N id e r v il le r e de A p re y ; as fá b r ic a s d e « fo g o le n to » , de M a r s e lh a e o s b r i lh a n t e s fu n d o s a m a re lo s .
Cerâm ica de Sèvres: Vaso de barro cozido, m odelado por
B ernard P alissy
D iz e m o s e n te n d id o s — ■ e eu e s to u d e a c o r d o — q u e o p e r fu m e faz p a r te d o e n c a n to da m u lh e r — c o n fo r m e 0 a f ir m e i e m a r t ig o p u b lic a d o 110 e x t in t o « N o t íc ia s A g r ic o la » e m a is ta r d e t r a n s c r i t o n as « S e le c ç õ e s A g r íc o la s » d o B r a s i l . E d iz ia e u a in d a m a is : m ilh a r e s de f r a n c o s c u s ta u m f r a s q u i n h o . . . T a l c o m o o « V o e u d e N o e l» de 160 g r a m a s , q u e im p o r ta em 1 6 m il
Colheita de Jasm im para essência, em Grasse