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Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA A SAÚDE – RIPSA COMITE TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR (CTI): SAÚDE DO IDOSO RELATÓRIO FINAL Apresentação O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas e as recomendações do Comitê Temático Interdisciplinar - Saúde do Idoso (CTI-Idoso), que foi instituído na reunião da Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da RIPSA, realizada em Brasília, dia 21/05/2004. Compõem o CTI-Idoso: Ana Amélia Camarano, Cláudia Risso, Elisa F de Assis Costa, Emilio Moriguchi, Gessyane Paulino, João Baptista Risi Junior, João Macedo Coelho Filho, Karla Giacomin, Luiz Roberto Ramos, Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa, Maria Isabel Coelho Alves Parahyba, Maria Lúcia Lebrão, Maurício Gomes Pereira, Neidil Espínola da Costa e Renato Veras. Foram realizadas cinco reuniões do comitê, nas seguintes datas: 15 de setembro e 30 de novembro de 2004, 22 de fevereiro, 11 de abril e 1 o de junho de 2005. Justificativa Considerando-se que: (1) A população idosa é o segmento que mais cresce da população brasileira; (2) Este segmento apresenta maior ocorrência de doenças e de incapacidades, levando ao aumento do uso de serviços sociais e de saúde; (3) As incapacidades resultantes de doenças ou condições crônicas são evitáveis e que a prevenção é efetiva, mesmo nas fases mais tardias da vida; (4) O rápido envelhecimento populacional observado no país gera preocupações quanto ao preparo dos sistemas de atenção à saúde para lidar com essa nova demanda. Conclui-se pela necessidade do monitoramento das condições de saúde da população idosa, e dos seus determinantes, como instrumentos importantes para orientar estratégias de prevenção e assistência à saúde, objetivando um envelhecimento ativo. O trabalho do grupo partiu da apresentação de alguns indicadores usados em outros países para o monitoramento das condições de saúde dos idosos, assim como de investigações brasileiras sobre o tema (Ver lista de Referências no final deste relatório). Constatou-se que o país possui três importantes bases de dados para a constituição de indicadores para esse monitoramento, quais sejam:

REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES ... - Secretaria da Saúde · Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA Documentos de referência 1) Brasil. Ministério da Saúde

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Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA

REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA A SAÚDE – RIPSA COMITE TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR (CTI): SAÚDE DO IDOSO

RELATÓRIO FINAL Apresentação O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas e as recomendações do Comitê Temático Interdisciplinar - Saúde do Idoso (CTI-Idoso), que foi instituído na reunião da Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da RIPSA, realizada em Brasília, dia 21/05/2004. Compõem o CTI-Idoso: Ana Amélia Camarano, Cláudia Risso, Elisa F de Assis Costa, Emilio Moriguchi, Gessyane Paulino, João Baptista Risi Junior, João Macedo Coelho Filho, Karla Giacomin, Luiz Roberto Ramos, Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa, Maria Isabel Coelho Alves Parahyba, Maria Lúcia Lebrão, Maurício Gomes Pereira, Neidil Espínola da Costa e Renato Veras. Foram realizadas cinco reuniões do comitê, nas seguintes datas: 15 de setembro e 30 de novembro de 2004, 22 de fevereiro, 11 de abril e 1o de junho de 2005. Justificativa Considerando-se que:

(1) A população idosa é o segmento que mais cresce da população brasileira; (2) Este segmento apresenta maior ocorrência de doenças e de incapacidades,

levando ao aumento do uso de serviços sociais e de saúde; (3) As incapacidades resultantes de doenças ou condições crônicas são evitáveis

e que a prevenção é efetiva, mesmo nas fases mais tardias da vida; (4) O rápido envelhecimento populacional observado no país gera preocupações

quanto ao preparo dos sistemas de atenção à saúde para lidar com essa nova demanda.

Conclui-se pela necessidade do monitoramento das condições de saúde da

população idosa, e dos seus determinantes, como instrumentos importantes para orientar estratégias de prevenção e assistência à saúde, objetivando um envelhecimento ativo.

O trabalho do grupo partiu da apresentação de alguns indicadores usados em outros países para o monitoramento das condições de saúde dos idosos, assim como de investigações brasileiras sobre o tema (Ver lista de Referências no final deste relatório).

Constatou-se que o país possui três importantes bases de dados para a

constituição de indicadores para esse monitoramento, quais sejam:

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(1) Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM-MS); (2) Sistema de Autorização de Internações Hospitalares (SIH-SUS-MS); (3) Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio / Suplemento de Saúde (PNAD-

IBGE). Indicadores recomendados Os indicadores selecionados para compor o conjunto de Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil foram baseados nas seguintes dimensões: aspectos socioeconômicos e demográficos, apoio social, condições de saúde e uso de serviços de saúde, entendendo que os primeiros são determinantes dos últimos. Entre os aspectos sócio-econômicos e demográficos, assim como de apoio social, foram selecionados os seguintes: (1) número e proporção de habitantes com 60 anos ou mais de idade; (2) esperança de vida aos 60 ou mais anos de idade; (3) índice de envelhecimento; (4) taxa de analfabetismo entre habitantes com 60 ou mais anos de idade; (5) proporção de pobres entre habitantes com 60 ou mais anos de idade; (6) proporção de habitantes com 60 ou mais anos de idade com benefício social (aposentadoria, pensões e benefício de assistência social); (7) proporção de idosos residindo em domicílios chefiados por outro parente, exceto cônjuge, ou como agregados. As fichas de qualificação incluíram somente dois indicadores, a saber: proporção de habitantes com 60 ou mais anos de idade com aposentadoria e/ou pensão; proporção de idosos na condição de outro parente do chefe do domicílio, uma vez que os demais já fazem parte da Matriz da RIPSA. Os indicadores das condições de saúde foram classificados em três grupos: (A) condições gerais de saúde e capacidade funcional; (B) mortalidade; (C) uso de serviços de saúde. Entre os primeiros, foram selecionados: (1) interrupção das atividades rotineiras por problemas de saúde em tempos recentes e (2) limitações de algumas Atividades da Vida Diária (alimentar-se, tomar banho e/ou ir ao banheiro); a ficha de qualificação incluiu ambos os indicadores, uma vez que eles não faziam parte da matriz da RIPSA. Entre os indicadores de mortalidade, foram selecionados: (1) taxa específica de mortalidade aos 60 ou mais anos de idade; (2) taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares; (3) taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio; (4) taxa de mortalidade por neoplasias malignas de pulmão, traquéia e brônquios; (5) taxa de mortalidade por neoplasia maligna da próstata; (6) taxa de mortalidade por neoplasia maligna da mama; (7) taxa de mortalidade por diabete melito; (8) taxa de mortalidade por pneumonia; (9) taxa de mortalidade por quedas e (10) taxa de mortalidade por atropelamentos. Todos esses indicadores, exceto taxa de mortalidade específica aos 60 ou mais anos de idade já compõem o conjunto de indicadores da RIPSA. Por isso a ficha de qualificação incluiu somente a última. A população idosa é grande usuária de serviços de saúde e esse uso ocupa um papel central na epidemiologia do envelhecimento. Entre os indicadores do uso de serviços de saúde, foram selecionados: (1) número de consultas médicas nos últimos

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12 meses; (2) tempo decorrido após a última visita ao dentista; (3) filiação a plano de saúde; (4) proporção de hospitalizações de idosos na rede SUS; (5) razão entre a proporção de idosos hospitalizados na rede SUS e a proporção de idosos na população brasileira; (6) tempo médio de permanência hospitalar de idosos na rede SUS. Todos foram incluídos nas fichas de qualificação, uma vez que não compunham o conjunto de indicadores gerais da RIPSA. Em resumo, os novos indicadores selecionados para compor a Matriz da RIPSA / Saúde do idoso foram os seguintes: (1) proporção de habitantes com 60 ou mais anos de idade com benefício social (aposentadoria, pensões e benefício de assistência social); (2) proporção de idosos residindo em domicílios chefiados por outro parente, exceto cônjuge, ou como agregados; (3) interrupção das atividades rotineiras por problemas de saúde em tempos recentes; (4) limitações de algumas Atividades da Vida Diária (alimentar-se, tomar banho e/ou ir ao banheiro); (5) número de consultas médicas nos últimos 12 meses; (6) tempo decorrido após a última visita ao dentista; (7) filiação a plano de saúde; (8) proporção de hospitalizações de idosos na rede SUS; (9) razão entre a proporção de idosos hospitalizados na rede SUS e a proporção de idosos na população brasileira; (10) tempo médio de permanência hospitalar de idosos na rede SUS. É necessário enfatizar a necessidade de desagregar por faixas etárias (60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos de idade) as categorias sugeridas para análise dos indicadores já existentes na referida matriz, para permitir inferências para a população idosa. Recomenda-se também a desagregação por sexo e, sempre que possível, por grandes regiões. Foram considerados indicadores básicos e centrais, sugerindo-se que venham a compor a lista mais restrita de indicadores da RIPSA:

(1) Proporção de pobres entre habitantes com 60 ou mais anos de idade; (2) Proporção de idosos residindo em domicílios chefiados por outro parente,

exceto cônjuge, ou como agregados; (3) Limitações de algumas Atividades da Vida Diária (alimentar-se, tomar

banho e/ou ir ao banheiro); (4) Razão entre a proporção de idosos hospitalizados na rede SUS e a

proporção de idosos na população brasileira. Recomendações finais A auto-avaliação da saúde é um preditor robusto e consistente da mortalidade e incapacidade física na população idosa, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. A auto-avaliação da saúde é incluída, em alguns países, como um indicador central para o monitoramento das condições de saúde dos idosos. No Brasil, os suplementos de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 1998 e 2003) incluem uma pergunta sobre a auto-avaliação da saúde. Dessa forma, a informação existe para uma amostra representativa da população idosa brasileira. Entretanto, existe um limite para o seu uso que é a alta proporção de entrevistas na PNAD respondidas por outro morador do domicílio. São necessárias investigações para um melhor entendimento do uso de outros

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respondentes na distribuição da auto-avaliação da saúde entre idosos e a sua influência sobre o risco de eventos adversos à saúde dessa população. Somente após esses esclarecimentos, será possível uma opinião definitiva sobre a pertinência do uso da auto-avaliação da saúde para compor o conjunto de indicadores das condições de saúde da população idosa brasileira. O CTI Idoso considera central o uso de indicadores de independência funcional da população idosa para o monitoramento da sua condição de saúde. As PNADS, que constituem a única fonte de informações nacionais sobre o tema, são restritas a três atividades: alimentar-se, tomar banho e ir ao banheiro. A incapacidade para realizar pelo menos uma dessas atividades sem ajuda de outra pessoa caracteriza uma dependência em estágio avançado. Este CTI considera que seria importante incluir na PNAD perguntas que caracterizassem o início da dependência funcional, tais como Atividades Instrumentais da Vida Diária. Existe, no Brasil, uma maior taxa de mortalidade codificada como sem assistência médica nas faixas etárias de 60-69, 70-79 e 80 + anos de idade, em comparação às faixas etárias mais jovens. Essas altas taxas de mortalidade são observadas mesmo após ajustamentos por outros fatores que pudessem estar influenciando esse resultado. São necessárias investigações para verificar se esse excesso é real, ou seja, se não é devido a erros no preenchimento ou codificação dos atestados de óbitos, e para entender o seu significado. Se isso for verdadeiro, a morte sem assistência médica emerge como um dos indicadores mais importantes da atenção à saúde do idoso no Brasil. Para finalizar, o CTI - Saúde do Idoso chama a atenção para a importância do suplemento de saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD), como fonte de informações sobre as condições de saúde e aspectos relacionados, tanto da população idosa, quanto de segmentos mais jovens. A manutenção da periodicidade qüinqüenal desse suplemento na PNAD é crucial para produzir indicadores impossíveis de serem obtidos nos sistemas tradicionais de informações existentes no país. Esses indicadores são essenciais para o acompanhamento e avaliação das condições de saúde da população brasileira.

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Documentos de referência

1) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis: Brasil, 15 capitais e Distrito Federal, 2002-2003. Rio de Janeiro: INCA, 2004.

2) Canada. Government of Canada. National Advisory Council on Aging. Report

Card Seniors in Canada, 2001. 50 p;

3) Centers for Disease Control and Prevention. CDC Surveillance Summaries. December 17, 1999. MMWR 1999; 48 (Ss-8),

4) Lima-Costa MF, Barreto SM & Giatti L. Condições de saúde, capacidade funcional, uso de serviços de saúde e gastos com medicamentos da população idosa brasileira: um estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD 98) Cadernos de Saúde Pública, 19: 735-743, 2003.

5) Lima-Costa MF, Peixoto SVW, Giatti L. Tendências da mortalidade entre

idosos brasileiros (1980-2000). Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 217-228, 2004.

6) Loyola Filho AI, Matos DL, Giatti L, Afradique ME, Peixoto SV, Lima-Costa MF.

Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 220-238, 2004.

7) Peixoto SV, Giatti L, Afradique ME, Lima-Costa MF. Custo das internações

hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 239-246, 2004.

8) Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Indicadores básicos de saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 299 p.

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ANEXO 1

ENDEREÇOS DOS MEMBROS DO COMITÊ TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR: SAÚDE DO IDOSO (CTI-IDOSO).

1. ANA AMÉLIA CAMARANO, IPEA/RJ;

ENDEREÇO: Avenida Antonio Carlos 51 sala 1010, CEP 20020-010, Rio de Janeiro - RJ. Tels: (21) 38048121/ Celular: (21) 93871442 /FAX: (21) 22403879 E-mail: [email protected]

2. ELISA FRANCO DE ASSIS COSTA, SBGG/UFGO; ENDEREÇO: Rua 06, nº 256 – Setor Oeste, CEP: 74115-070 - Goiânia - GO Tels: 62- 32416234 / Celular: (62) 99710173 / FAX: (62) 3236-9300 E-mail: [email protected]

3. EMILIO MORIGUCHI, PUC/RS; ENDEREÇO: Avenida Ipiranga, 6690 CEP 90610-000, Porto Alegre - RS. Tels: 51- 3336-4654 /Celular: (51) 99012422 / FAX: (51) 3315-9323 E-mail: [email protected]

4. JOÃO MACEDO COELHO FILHO; UFCE ENDEREÇO: Rua Eduardo Garcia 650 / 1400 CEP: 60.150.100 - Fortaleza, Ceará. Tels: (85) 3486-6157(Consultório) / (85) 4009-8382 (Centro de Atenção ao Idoso -

UFC) / (85) 99841892 (Celular) / FAX: (85) 3486-6157 E-mail: [email protected]

5. KARLA GIACOMIN, SMSAPBH/NESPE-FIOCRUZ/UFMG ENDEREÇO: Rua Dom Prudêncio Gomes, 475-503 Coração Eucarístico – BH / MG CEP: 30535-580. Tels: (31) 3375-8251 / 2104-7500 / 3277-9532 / Celular: (31) 9901-4785 E-mail: [email protected]

6. LUIZ ROBERTO RAMOS, UNIFESP/SP; ENDEREÇO: Rua Rego Freitas, 501 ap 92. São Paulo. Tels: (11) 5081-4669 / Celular: (11) 9907-5099 / FAX: (11) 3151-2151 E-mail: [email protected]

7. MARIA FERNANDA FURTADO DE LIMA E COSTA. NESPE-FIOCRUZ/UFMG; ENDEREÇO: Rua Augusto de Lima 1715 6º andar CEP 30190-002, Belo Horizonte - MG Tels: (31) 32953566 – Ramal 130; Fax: (31) 3295 3115 E-mail: [email protected]

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8. MARIA ISABEL COELHO ALVES PARAHYBA, IBGE – RJ; ENDEREÇO: Av. República do Chile, 500 8º andar Tels: (21) 22868436 (residência) l/ (21) 21420365 (IBGE) Celular: (21) 9164 9428 Fax: (21) 21420033 E-mail: [email protected]

9. MARIA LÚCIA LEBRÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA/USP; ENDEREÇO: Tels: (11) 3066-7724 / ramal 114 / FAX: (11) 3082-2920 E-mail: [email protected]

10. MAURÍCIO GOMES PEREIRA, UCB-DF; ENDEREÇO: Tels: /FAX:/Celular: (61) 9982-8563 E-mail: [email protected]

11. NEIDIL ESPÍNOLA DA COSTA, MS-DF; ENDEREÇO: MS, Ed. Sede sala 408 Tels (61) 315-2587 / Celular: (61) 9972-6424 / FAX: (61) 325-2081 E-mail: [email protected]

12. RENATO VERAS, UNATI/ UERJ; ENDEREÇO: Rua São Francisco Xavier, 524 10º andar. Tels: (21) 2587-7236 / Celular: (21) 9973-8676 / FAX: (21) 22640120 E-mail: [email protected]

13. GESSYANNE PAULINO, MS - DF ENDEREÇO: MS, Ed. Sede sala 610 Tels (61) 315-2859 / Celular: (61) 9952-2487 / FAX: (61) 325-2081 E-mail: [email protected]

14. CLAUDIA RISSO DE ARAÚJO, MS/ DATASUS

E-mail: [email protected]

15. JOÃO BAPTISTA RISI JUNIOR. OPAS-DF Tels: (61) 426-9541 E-mail: [email protected]

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ANEXO 2

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS1

ESPERANÇA DE VIDA AOS 60 ANOS DE IDADE (PAG 72)

1. Conceituação Número médio de anos de vida esperados para uma pessoa ao completar 60 anos de idade, mantido o padrão de mortalidade existente, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2. Interpretação

1. Expressa a probabilidade de vida a partir do momento de ingresso no grupo etário de idosos. Representa uma medida sintética da mortalidade nessa faixa de idade.

2. Taxas maiores de sobrevida da população idosa resultam em demandas adicionais para os setores de saúde, previdência e assistência social.

3. Usos

3. Analisar variações geográficas e temporais na expectativa de vida da população de idosos, por sexo, possibilitando análises comparativas da mortalidade nessa idade.

4. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas para os idosos, em especial de atenção à saúde e de assistência de seguridade social.

4. Limitações

5. Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à coleta de dados demográficos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e projeções populacionais.

6. Para o cálculo da esperança de vida, são exigidas informações confiáveis de óbitos classificados por idade. Quando a precisão dos dados de sistemas de registro contínuo não é satisfatória, o cálculo deve basear-se em procedimentos demográficos indiretos, aplicáveis a áreas geográficas.

5. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; 1 Preparado por Maria Isabel Parahyba - CTI Saúde do Idoso/RIPSA 01/06/2005

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• PNADs; • Estimativas e projeções demográficas 6. Método de cálculo A partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, toma-se o número de indivíduos de uma geração inicial de nascimentos que completou 60 anos de idade (l60). Determina-se, a seguir, o tempo cumulativo vivido por essa mesma geração, desde os 60 anos (T60) até a idade limite. A esperança de vida aos 60 anos é o quociente da divisão de T60 por l60.

7. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil • Sexo: masculino e feminino • Idade: aos 60, aos 70 e aos 80 anos 8. Dados estatísticos e comentários

Expectativa de vida aos 60 anos Brasil

1998 1999 2000 2001 2002 2003 Total 19,9 20,1 20,3 20,4 20,5 20,6 Homem 18,5 18,7 18,8 18,9 19,0 19,1 Mulher 21,3 21,5 21,7 21,8 21,9 22,2 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas (DPE), Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS).

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POPULAÇÃO DE 60 ANOS OU MAIS DE IDADE (PAG 50)

7. Conceituação Número total de pessoas de 60 anos ou mais residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado 8. Interpretação 9. Usos 10. Limitações 11. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs; • Estimativas e projeções demográficas 12. Método de cálculo Utilização direta da base de dados, expressando-se os resultados em números absolutos. 13. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, em anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60-69; 70-79;80 ou mais. • Situação de domicílio: urbano e rural 14. Dados estatísticos e comentários

População de 60 anos ou mais de idade Brasil e grandes regiões -1992, 1997, 2003

1992 1997 2003

Brasil 11.431 13.502 16.733 Norte .313 .426 .604 Nordeste 3.461 3.827 4.544 Sudeste 5.375 6.518 7.929 Sul 1.742 2.046 2.707 Centro-Oeste .516 .663 .919

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PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO (PAG 76) 1. Conceituação

• Percentual de pessoas com 60 e mais anos de idade, na população total residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

• A definição de idoso como pessoa maior de sessenta anos de idade é estabelecida na legislação brasileira

2. Interpretação

15. Indica a participação relativa de idosos na população geral. 16. Reflete o ritmo de envelhecimento da população. O crescimento da população

de idosos está associado à redução das taxas de fecundidade e de natalidade. 3. Usos

17. Analisar variações geográficas e temporais na distribuição de idosos. 18. Contribuir para o planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas

relacionadas à saúde, educação e assistência social de idosos.

4. Limitações

19. Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à coleta de dados demográficos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e projeções populacionais.

20. As migrações seletivas por idade exercem influência na composição desse grupo populacional.

5. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs; • Estimativas e projeções demográficas. 6. Método de cálculo

número de pessoas residentes de 60 e mais anos de idade

população total residente, excluída a de idade ignorada*

x 100

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* a exclusão dos óbitos de idade ignorada resulta em que o indicador seja referido ao total de óbitos com idade conhecida.

7. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, em anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60-69; 70-79; 80 ou mais • Situação de domicílio: urbano e rural 8. Dados estatísticos e comentários

Proporção de Idosos (60 anos e mais) na população residente (%), segundo sexo. Brasil e Grandes Regiões – 1992, 1996, 1999, 2003

Brasil 9,6 Falta SEXO NO 6,0 NE 9,2 SE 10,5 SU 10,4 CO 7,4

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ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (PAG 78)

1. Conceituação

Número de pessoas de 65 anos e mais de idade para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

2. Interpretação

21. Razão entre os componentes etários extremos da população, representados por idosos e jovens.

22. Valores elevados do Índice indicam que a transição demográfica encontra-se em estágio avançado.

3. Usos

23. Acompanhar a evolução do ritmo de envelhecimento da população, comparativamente entre áreas geográficas e grupos sociais.

• Contribuir para a avaliação de tendências da dinâmica demográfica. 24. Subsidiar a formulação, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de

saúde e previdência social. 4. Limitações

Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à declaração de idades nos levantamentos estatísticos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e projeções populacionais.

5. Fonte • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, em anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Situação de domicílio: urbano e rural 6. Método de cálculo

população residente de 65 e mais anos de

idade

população residente com menos de 15 anos de

idade

x 100

7. Categorias sugeridas para análise

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IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs; • Estimativas e projeções demográficas. 8. Dados estatísticos e comentários Índice de Envelhecimento. Brasil e Grandes Regiões - 1992, 1996 e 1999 Atualizar

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TAXA DE ANALFABETISMO (PAG 84)

1. Conceituação Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2. Interpretação 3. Usos 4. Limitações 5. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs. 6. Método de cálculo Número de pessoas de 60 ou mais anos de idade que não sabem ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecem, sobre a população total residente, dessa mesma faixa etária (x100). 7. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal e regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, para os anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60-69; 70-79; 80 ou mais • Situação de domicílio: urbano e rural 8. Dados estatísticos e comentários Proporção de pessoas de 60 anos ou mais sem e com menos de 1 ano de instrução segundo o sexo Brasil - PNAD 2001 Total Homens Mulheres 39,2 37,5 40,6 Falta REGIÃO Proporção de pessoas de 60 anos ou mais sem e com menos de 1 ano de instrução segundo os grupos de idade

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Brasil e grandes regiões- PNAD 1992/2001 1992 2001 Grupos de idade 60-64 65-69 70-74 75 + 60-64 65-

69 70-74 75 +

Brasil 39,9 47,4 51,9 60,1 32,0 36,4 41,4 49,8 NO 39,3 50,6 53,0 63,3 38,7 44,6 51,7 59,4 NE 61,0 64,9 71,2 78,2 53,3 56,9 62,3 70,2 SE 31,0 39,9 42,3 48,9 22,4 27,6 32,4 39,0 SU 29,7 35,8 36,1 45,8 21,4 26,8 28,4 35,1 CO 47,6 54,6 58,5 67,3 36,3 41,4 47,1 57,6

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PROPORÇÃO DE POBRES (PAG 92)

1. Conceituação Percentual de pessoas de 60 anos ou mais de idade com rendimento nominal mensal familiar per capita de até 1/2 salário mínimo, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2. Interpretação 3. Usos 4. Limitações 5. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs. 6. Método de cálculo Número de pessoas de 60 ou mais anos de idade com rendimento nominal mensal familiar per capita de até 1/2 salário mínimo, sobre a população total residente, dessa mesma faixa etária (x100). Nota: Exclusive o rendimento dos empregados domésticos ou parente de empregado doméstico; exclusive os sem rendimento e sem declaração de rendimento. 7. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal e regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, para os anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60-69; 70-79; 80 ou mais • Situação de domicílio: urbano e rural 8. Dados estatísticos e comentários Proporção de pobres Brasil e grandes regiões - 1993, 2003 1993 2003 Brasil 21,5 12,5 NO NE

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SE SU CO

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PROPORÇÃO DE IDOSOS COM APOSENTADORIA E/OU PENSÃO

1. Conceituação Percentual de pessoas de 60 anos ou mais de idade sem aposentadoria e/ou pensão, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2. Interpretação Expressa a magnitude da população idosa recebendo rendimento de aposentadoria ou pensão. 3. Usos • Analisar variações demográficas e temporais na distribuição da cobertura

previdenciária entre os idosos, identificando situações que podem demandar a realização de estudos especiais.

• Subsidiar a análise da condição social desse grupo populacional específico e a identificação de fatores contribuintes que requerem maior atenção de políticas de proteção social.

4. Limitações • A fonte usualmente utilizada para construir o indicador (PNAD) não cobre a área

rural da região Norte (exceto Tocantins) e não permite desagregações das informações por município.

5. Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs 6. Método de cálculo Número de pessoas de 60 ou mais anos de idade sem aposentadoria e/ou pensão, sobre a população total residente, dessa mesma faixa etária (x100). 7. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal e regiões

metropolitanas. Municípios das capitais, para os anos censitários. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60-69; 70-79; 80 ou mais

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• Situação de domicílio: urbano e rural 8. Dados estatísticos e comentários Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade aposentadas e/ou pensionistas

Brasil e grandes regiões - 1992, 2003

1992 2003 Brasil 68,9 78,0 Norte 63,6 72,4 Nordeste 70,6 83,1 Sudeste 68,0 75,4 Sul 70,9 81,1 Centro-Oeste 63,3 68,7

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PROPORÇÃO DE IDOSOS RESIDINDO EM DOMICÍLIOS CHEFIADOS POR

OUTRO PARENTE, EXCETO CÔNJUGE, OU COMO AGREGADO.

Conceituação E a proporção de idosos que reside na casa de filhos, genros, irmãos, sobrinhos, etc.. Interpretação Assume-se que quando o idoso está num arranjo familiar ou domicílio onde ele não é chefe nem cônjuge, pode indicar algum tipo de dependência, seja por falta de renda ou por incapacidade funcional. Usos

Analisar variações geográficas e temporais na dependência entre idosos, identificando tendências e formas de apoio.

Limitações

Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à coleta de dados demográficos ou à conceituação de domicilios. Não inclui a área rural da região Norte.

Fonte IBGE: • Censos Demográficos; • PNADs; Método de cálculo Relação entre o número de idosos que reside na casa de filhos, genros, irmãos, sobrinhos, etc e a população idosa. 9. Categorias sugeridas para análise • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal e regiões

metropolitanas. • Sexo: masculino e feminino • Idade: 60 ou mais, 60-69; 70-79; 80 ou mais

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10. Dados estatísticos e comentários CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS

1. Conceituação Proporção de idosos com incapacidade para realizar pelo menos uma entre três Atividades da Vida Diária (alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro). 2. Interpretação A capacidade funcional é um dos principais componentes da saúde do idoso e

tem sido importante para a formulação de novos conceitos de saúde, como “expectativa de vida ativa”. A capacidade funcional é geralmente mensurada

utilizando-se escalas como Atividades da Vida Diária e Atividades Instrumentais da Vida Diária. A primeira inclui atividades básicas, tais como

tomar banho e alimentar-se; a última inclui outras atividades, tais como, preparo de alimentos e ir às compras.

A incapacidade para alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro caracteriza uma grande dependência, indicando a necessidade de cuidador e/ou institucionalização. 3. Usos

Analisar variações temporais e geográficas da dependência funcional entre idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam

demandar a realização de estudos especiais. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações

As informações sobre Atividades da Vida Diária entre idosos brasileiros são obtidas no suplemento de saúde a Pesquisa Nacional por Amostras de

Domicílio (PNAD). O delineamento amostral da PNAD não contempla o interior da Região Norte e, portanto, essa região não pode ser considerada na análise

desagregada dos dados.

As informações acima mencionadas correspondem a idosos residentes na comunidade (domicílios particulares permanentes), excluindo, portanto, os

idosos institucionalizados. Isso pode levar a uma subestimativa da prevalência da dependência funcional entre idosos.

5. Fonte IBGE: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD, 1998 e 2003)

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6. Método de cálculo Número de idosos que relatam não conseguir alimentar-se, tomar banho e/ou ir ao banheiro sem

ajuda _________________________________________________________________________________

x 100 Número de idosos participantes do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de

Domicílio 7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões (exceto Região Norte) Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos Categoria a ser usada na análise: Não consegue vs. Outra (Nenhuma, alguma ou muita dificuldade) 8. Dados estatísticos e comentários Distribuição percentual do grau de dificuldades para realizar pelo menos uma entre três Atividades da

Vida Diária (tomar banho, alimentar-se e ir ao banheiro) entre idosos brasileiros

Homens Mulheres Total Grau de dificuldade 60-

69 70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total 60-69

70-79

80+ Total

Nenhuma

90,6 85,3 68,2

86,7

89,0 80,4 63,2

82,9 89,7 82,5 65,2 84,6

Pequena dificuldade

5,9 8,3 15,5

7,6 7,6 11,4 16,4

9,9 6,8 10,0 16,0 8,9

Grande dificuldade

2,8 4,1 10,4

3,9 2,7 5,9 12,4

5,0 2,7 5,1 11,6 4,5

Não consegue

0,8 2,3 6,0 1,8 0,8 2,3 7,9 2,2 0,8 2,3 7,1 2,0

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 1998 In: Cadernos de Saúde Pública, 735-743, 2003.

Em 1998, a prevalência de dependência funcional em estágio avançado era observada em 2,0% dos idosos brasileiros. Essa prevalência aumentava de

2,7% aos 60-69 anos para 2,3% aos 70-79 anos e 7,1% na faixa etária superior. De uma maneira geral, a distribuição desse indicador não diferia

substancialmente entre idosos e idosas.

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INTERRUPÇÃO DAS ATIVIDADES ROTINEIRAS POR PROBLEMAS DE SAÚDE ENTRE IDOSOS

1. Conceituação Proporção de idosos que deixaram de realizar suas atividades rotineiras nas duas semanas precedentes, devido a modificação – para pior - no seu estado de saúde. 2. Interpretação As doenças e condições crônicas aumentam com a idade, alcançando o pico entre os idosos, quando a co-morbidade assume um papel importante. Dessa forma, um indicador que expresse a condição geral de saúde (e não apenas uma ou mais doenças), e suas mudanças recentes, é muito útil para o monitoramento das condições de saúde dessa população. A interrupção das atividades rotineiras devido a mudanças recentes nas condições de saúde é uma medida das condições gerais de saúde. 3. Usos Analisar variações temporais e geográficas das condições gerais de saúde dos

idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações

As informações sobre Interrupção das Atividades Rotineiras por Motivos de Saúde entre idosos brasileiros são obtidas no suplemento de saúde a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). O delineamento amostral da PNAD não contempla o interior da Região Norte e, portanto, essa região não pode ser

considerada na análise desagregada dos dados.

As informações acima mencionadas correspondem a idosos residentes na comunidade, excluindo , portanto, os idosos institucionalizados.

5. Fonte IBGE: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD, 1998 e 2003) 6. Método de cálculo Número de idosos que relatam ter interrompido suas atividades habituais por problemas de saúde Nas duas semanas precedentes

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________________________________________________________________________________ x 100

Número de idosos participantes do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de

Domicílio 7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões (exceto Região Norte) Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos Categoria a ser usada na análise: sim e não Distribuição percentual de idosos que interromperam suas atividades habituais por problemas de saúde nas duas últimas semanas, segundo o sexo e a faixa etária

Homens Mulheres Total Interromperam 60-

69 70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

Sim 11,2 13,7 19,

3 12,7

12,9 16,2 20,3

14,9

12,1 15,1 19,9 13,9

Não 88,9 86,3 80,7

87,3

87,1 83,8 79,7

85,1

87,9 84,9 80,1 86,1

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 1998 In: Cad. Saúde Pública, 19: 735-

743, 2003. Em 1998, a prevalência de idosos que haviam interrompido as suas atividades habituais, em tempos recentes, devido a problemas de saúde era igual a 13,9%. Essa prevalência aumentou de 12,1 % aos 60-69 anos para 15,1% aos 70-79 anos e 19,9% na faixa etária superior. De uma maneira geral, a prevalência observada foi um pouco maior entre mulheres , em relação aos homens, nas três faixas etárias consideradas.

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CONSULTAS MÉDICAS ENTRE IDOSOS

1. Conceituação Proporção de idosos que consultaram médico nos últimos 12 meses. 2. Interpretação A população idosa é grande usuária de serviços de saúde e o uso desses serviços, é central para a manutenção da saúde dessa população. O número de consultas médicas, durante um período pré-determinado é um dos indicadores mais utilizados de uso de serviços de saúde. 3. Usos Analisar variações temporais e geográficas do uso de serviços médicos pelos

idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações As informações sobre o número de consultas médicas nos últimos 12 meses são obtidas pelo suplemento de saúde a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). O delineamento amostral da PNAD não contempla o interior da Região Norte e, portanto, essa região não pode ser considerada na análise desagregada dos dados. 5. Fonte IBGE: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD, 1998 e 2003) 6. Método de cálculo Número de idosos que relatam ter realizado pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses _________________________________________________________________________________

x 100 Número de idosos participantes do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio 8. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões (exceto Região Norte) Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos. Categoria a ser usada na análise: consultou ou não consultou. Distribuição percentual de idosos que consultaram um médico nos últimos 12 meses, segundo sexo e

faixa etária

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Homens Mulheres Total Número de

consultas 60-69

70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

0 36,4 32,8 29,7

34,6

22,9 21,4 22,5

22,4

29,1 26,4 25,2 27,8

1 15,2 15,1 13,8

15,0

13,3 12,5 12,4

13,0

14,2 13,6 13,0 13,9

2 13,6 13,2 14,3

13,6

14,4 14,3 14,7

14,4

14,0 13,8 14,5 14,0

3+ 34,7 38,8 42,1

36,7

49,4 51,7 50,3

50,3

42,7 46,1 47,2 44,3

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 1998 In: Cad. Saúde Pública, 19: 735-743, 2003.

Em 1998, somente 27,8% dos idosos não haviam tido nenhuma consulta médica nos últimos 12 meses, ao passo que 13,9%, 14,0% e 44,3% haviam tido uma, duas e três ou mais consultas, respectivamente. De uma maneira geral, a prevalência de consultas, assim como a sua freqüência, eram mais altas entre as idosas de todas as faixas etárias, em comparação ao observado entre os idosos.

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VISITAS AO DENTISTA ENTRE IDOSOS

1. Conceituação Proporção de idosos que relatam ter visitado o dentista por tempo decorrido desde a última visita. 2. Interpretação O uso de serviços odontológicos entre idosos é menor, comparado ao das populações mais jovens, sendo seu uso menos freqüente no Brasil, do que o observado em países desenvolvidos. O tempo decorrido após a última visita ao dentista é um indicador importante de acesso e uso de serviços odontológicos. 3. Usos Analisar variações temporais e geográficas do uso de serviços odontológicos

pelos idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações As informações sobre o tempo decorrido após a última visita ao dentista são obtidas pelo suplemento de saúde a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio. O delineamento amostral da PNAD não contempla o interior da Região Norte e, portanto, essa região não pode ser considerada na análise desagregada dos dados. 5. Fonte IBGE: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD, 1998 e 2003) 6. Método de cálculo Número de idosos que relatam ter visitado o dentista há menos de um ano, entre um e dois anos, Há mais de três anos e nunca durante a vida _________________________________________________________________________________

x 100 Número de idosos participantes do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio

7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões (exceto Região Norte) Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos Categoria a ser usada na análise: menos de um ano versus outras.

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Distribuição percentual do tempo decorrido após a última visita ao dentista entre idosos, segundo sexo e faixa etária

Homens Mulheres Total Tempo (anos) 60-

69 70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

< 1 16,6 11,2 7,1 14,0

15,4 10,4 5,8 12,5

15,9 10,7 6,3 13,2

1-2 11,8 7,7 5,5 9,9 10,9 7,6 5,2 9,1 11,3 7,7 5,3 9,5 3 + 65,3 72,2 76,

9 68,6

69,7 76,2 79,8

73,0

67,6 74,5 78,7 71,0

Nunca 6,3 8,8 10,5

7,5 4,1 5,8 9,2 5,3 5,1 7,1 9,7 6,3

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 1998 In: Cad. Saúde Pública, 19: 735-743, 2003.

Em 1998, cerca de 23 dos idosos haviam visitado o dentista pela última vez há três anos ou mais e 6,3% jamais, durante toda a sua vida, havia ido ao dentista. Somente 13,2% haviam visitado um dentista há menos de um ano e 9,5% entre um e dois anos. Observa-se, em ambos os sexos, uma redução gradual da frequência de visitas ao dentista com o aumento da idade.

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FILIAÇÃO A PLANO DE SAÚDE ENTRE IDOSOS

1. Conceituação Proporção de idosos que possuem cobertura por plano privado de saúde. 2. Interpretação Estimativa da proporção de idosos que possuem alternativas privadas de atenção à saúde. 3. Usos Analisar variações temporais e geográficas da filiação a plano de saúde entre idosos. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações As informações sobre a filiação a plano de saúde são obtidas no suplemento de saúde a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio. O delineamento amostral da PNAD não contempla o interior da Região Norte e, portanto, essa região não pode ser considerada na análise desagregada dos dados. 5. Fonte IBGE: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD, 1998 e 2003) 6. Método de cálculo Número de idosos que relatam ter cobertura por plano de saúde privado _________________________________________________________________________________

x 100 Número de idosos participantes do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio 8. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões (exceto Região Norte) Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos Categoria de análise: possui ou não possui plano privado de saúde Distribuição percentual da filiação a plano de saúde entre idosos, segundo o sexo e a faixa etária

Homens Mulheres Total Tempo (anos) 60-

69 70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

60-69

70-79

80+ Total

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Não 73,6 77,1 79,0

75,2

70,7 71,9 73,5

71,5

72,1 74,2 75,6 73,1

Sim 26,4 22,9 21,0

24,8

29,3 28,1 26,5

28,6

27,9 25,8 24,4 26,9

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 1998 In: Cad. Saúde Pública, 19: 740, 2003.

Em 1998, 26,9% dos idosos possuam cobertura plano de saúde, indicando que 2/3 dessa população dependia exclusivamente do Sistema Único de Saúde. De uma maneira geral, a cobertura por plano de saúde era maior entre as mulheres do que entre os homens, em todas as faixas etárias. A filiação a plano de saúde apresentou uma discreta tendência à redução com a idade, em ambos os sexos.

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RAZÃO ENTRE A PROPORÇÃO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS NA REDE SUS E A PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA 1. Conceituação Razão entre a proporção de hospitalizações no âmbito do SUS na faixa etária de 60 ou mais anos e o tamanho proporcional dessa faixa etária em relação ao total da população brasileira. 2. Interpretação

A população idosa apresenta altas taxas de internações hospitalares, como conseqüência de maiores prevalências e incidência de doenças e condições crônicas. Em alguns países, tem-se verificado recentemente o aumento das

taxas de hospitalizações entre idosos, ao passo que o oposto tem sido observado entre os mais jovens. A razão hospitalizações no âmbito do SUS /

tamanho da população expressa o impacto de cada faixa etária no uso desses serviços. Quanto maior essa taxa, maior o impacto para o SUS.

3. Usos Analisar variações temporais e geográficas da razão hospitalizações / tamanho

da população entre idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso. 4. Limitações As informações sobre hospitalizações são obtidas no Sistema de Autorização de Internações Hospitalares. Esse sistema contempla somente as hospitalizações ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde, permitindo inferência somente para aqueles que dependem exclusivamente do SUS. 5. Fonte Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE. 6. Método de cálculo Número de idosos hospitalizados pelo SUS / total de hospitalizações pelo SUS _________________________________________________________________ Número de idosos / total da população brasileira 7. Categorias sugeridas para análise

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Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos

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Tabela 1 – Número de habitantes idosos, número de internações hospitalares da rede SUS e razão internações / habitantes (Brasil, 2001)

Habitantes Internações Faixa etária

(anos) No. % No. % Razão

internação/ habitante 1

60-69 8.289.329 4,8 978.650 8,0 1,7 70-79 4.578.329 2,7 809.904 6,6 2,4 80 + 1.854.174 1,1 449.369 3,7 3,4 Sub-total (60 +) 14.721.832 8,5 2.237.923 18,3 2,2

1 Razão entre proporção de internações na faixa etária/tamanho proporcional da população Fontes: Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE. In: Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 229-238, 2004. Os idosos, que representavam 8,5% da população, responderam por 18,3% das hospitalizações no âmbito do SUS, correspondendo a uma razão porporção de internações/proporção de habitantes igual a 2,2. Essa razão aumentou gradualmente com a idade: de 1,7 aos 60-69 anos para 2,4 aos 70-79 e 3,4 aos 80 ou mais anos de idade.

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PROPORÇÃO DE HOSPITALIZAÇÕES DE IDOSOS NA REDE SUS

1. Conceituação Número de hospitalizações de idosos (60 ou mais anos de idade) na rede SUS, em relação ao numero total de hospitalizações (todas as faixas etárias).

2. Interpretação

Expressa o impacto da faixa etária considerada nas hospitalizações da rede SUS. Quanto maior a proporção, maior o impacto para o SUS.

3. Usos

Analisar variações temporais e geográficas da proporção de hospitalizações de idosos na rede SUS, identificando tendências e situações de desigualdade que

possam demandar a realização de estudos especiais. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso.

4. Limitações As informações sobre hospitalizações são obtidas no Sistema de Autorização de Internações Hospitalares. Esse sistema contempla somente as hospitalizações ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde, permitindo inferência somente para aqueles que dependem do SUS.

5. Fonte Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE.

6. Método de cálculo Número de internações hospitalares de idosos na rede SUS _________________________________________________________________ Número total de internações hospitalares na rede SUS

7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos

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Faixa etária (anos)

Número de Internações

% de internações (em relação a todas faixas

etárias) 60-69 70-79 80+

Todas as idades (incluindo crianças)

Fontes: Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE. In: Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 229-238, 2004. Comentários:

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TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR DE IDOSOS NA REDE SUS

1. Conceituação Duração média da internação hospitalar de idosos na rede SUS (em dias).

2. Interpretação A população idosa apresenta maior tempo de permanência hospitalar, quando

comparada aos grupos etários mais jovens. Maior permanência hospitalar implica em maior desgaste para o idoso e sua família, maior exposição a riscos

inerentes à hospitalização, maior risco de declínio funcional e em maiores custos para o sistema.

3. Usos

Analisar variações temporais e geográficas do tempo de permanência

hospitalar de idosos, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso.

4. Limitações As informações sobre hospitalizações são obtidas no Sistema de Autorização de Internações Hospitalares. Esse sistema contempla somente as hospitalizações ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde, permitindo inferência somente para aqueles que dependem exclusivamente do SUS.

5. Fonte Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE.

6. Método de cálculo Soma dos dias de hospitalização de idosos na rede SUS _______________________________________________________________ Número de total de idosos hospitalizados no período

7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões Sexo: masculino e feminino Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos

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Faixa etária (anos) Número de dias (Média) 60-69 70-79 80 + Sub-total (60 +)

1 Razão entre proporção de internações na faixa etária/tamanho proporcional da população Fontes: Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e base demográfica do IBGE. In: Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 229-238, 2004. Os idosos, que representavam 8,5% da população, responderam por 18,3% das hospitalizações no âmbito do SUS, correspondendo a uma razão proporção de internações/proporção de habitantes igual a 2,2. Essa razão aumentou gradualmente com a idade: de 1,7 aos 60-69 anos para 2,4 aos 70-79 e 3,4 aos 80 ou mais anos de idade.

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TAXAS DE MORTALIDADE ENTRE IDOSOS

1. Conceituação Número de óbitos, por cem mil, na população idosa (60 ou mais anos) residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Número de óbitos, por cem mil, por pneumonia, por atropelamentos e por quedas na população idosa (60 ou mais anos) residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2. Interpretação

Estima o risco de morte da população idosa.

Estima o risco de morte da população idosa, devido a pneumonia, atropelamento e queda.

3. Usos

Analisar variações temporais e geográficas da mortalidade entre idosos,

identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações preventivas e assistenciais relativas à saúde do idoso.

4. Limitações

As bases de dados nacionais sobre mortalidade apresentam cobertura

insatisfatória em muitos municípios do país, havendo expressiva subenumeração de óbitos nas regiões Norte e Nordeste.

Imprecisões na declaração da “causa da morte” condicionam o aumento da

proporção de causas mal definidas, comprometendo a qualidade do indicador.

5. Fonte

Ministério da Saúde. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e base demográfica do IBGE.

6. Método de cálculo

Taxa de mortalidade:

Número de óbitos na faixa de 60 ou mais anos de

idade x 100.000

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População residente, na mesma faixa etária, ajustada ao meio do ano

Taxa de mortalidade específica por causa:

Número de óbitos pela causa na faixa de 60 ou mais

anos de idade x 100.000 População residente, na mesma faixa etária, ajustada

ao meio do ano

7. Categorias sugeridas para análise Unidades geográficas: Brasil e Grandes regiões Sexo: masculino e feminino

Faixa etária: 60 ou mais, 60-69, 70-79 e 80 ou mais anos

8. Dados estatístico e comentários

Taxas de mortalidade por 100.000 entre idosos (60 ou mais anos de idade), segundo o sexo e a faixa etária (Brasil, 1980, 1991, 2000)

Faixa etária

(anos) Ano

1980 1991 2000 Homens 2675,9 2514,3 2385,6 60-69 6064,2 5387,9 4982,3 70-79 13692,5 12307,8 10946,9 80 + Mulheres 1707,4 1503,5 1439,0 60-69 4644,1 3806,5 3346,5 70-79 12089,2 10589,2 9431,9 80 + Fontes: Ministério da Saúde. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e base demográfica do IBGE In: Epidemiologia e Serviços de Saúde, 13: 217-228, 2004. . As taxas de mortalidade apresentaram um aumento acentuado com a idade, em

ambos os sexos, nos três anos estudados. Essas taxas foram consistentemente menores entre as mulheres, em todas as faixas etárias, e em

todos os anos considerados. Em ambos os sexos, as taxas de mortalidade diminuíram gradativamente, entre 1980, 1991 e 2000, tanto na faixa etária de 60-

69 quando na de 70-79 e 80 anos ou mais. As reduções nas taxas de mortalidade, entre 1980 e 2000, foram mais acentuadas nas duas faixas etárias superiores (70-79 e 80 ou mais anos de idade). As taxas de mortalidade entre

idosos vêm diminuindo no Brasil nos últimos 20 anos, indicando que o

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envelhecimento da população brasileira deve-se, em parte, à redução da mortalidade nas faixas etárias superiores.

Taxas de mortalidade por pneumonia, atropelamento e queda, por 100.000,

entre idosos (60 ou mais anos de idade), Brasil, 1996, 2000

Causas Homens Mulheres

1996 2000 1996 2000 Pneumonia 162,8 132,3 142,4 117,4 Atropelamento 28,4 18,9 10,1 6,7 Quedas 14,9 15,7 10,5 12,5

As taxas de mortalidade por pneumonia entre idosos diminuíram entre 1996 e 2000, em ambos os sexos, indicando uma redução do risco de morte por essa

causa no período considerado. Reduções substantivas foram também observadas nas taxas de mortalidade por atropelamento entre homens e mulheres. Essa redução não foi observada com referência às taxas de

mortalidade por quedas, que permaneceram estáveis entre os homens e aumentaram entre as mulheres durante o período considerado.