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SBA: Controle & Automação, VoI. 2, N!! I, pp. 56-70, (TC)
REDES LÓCAIS INDUSTRIAIS E O PROJETO DE PADRONIZA~ÃO MAP/TOP
Prof. Dr. Manuel de Jesus Mendes Prof. Dr. Maurício Magalhães
Universidade Estadual de CampinasFaculdade de Engenharia ElétricaDeptQ de Engenharia de Computação e Automação IndustrialC.P. 6101 - CEP 13.081 - Campinas, SP
Resumo
O Projeto MAP/TOP baseado no Modelo de Referência da ISO, é aceito atualmente como padrão a ser adotado internacionalmente para a arquitetura decomunicação na automação de processos, manufatura e escritório. O objetivodo padrão MAP/TOP é o de permitir que equipamentos utilizados na automaçãoindustrial (produção, desenvolvimento e escritório) sejam integrados semproblemas, independentemente do fabricante de cada um destes equipamentos.Este trabalho descreve o estado atual do Projeto MAP/TOP, como também alguns desenvolvimentos futuros especialmente na área associada à padronização dos barramentos de campo (FIELDBUS).
Industrial Local Area Network and the MA~/TOP Project
Abstract
The MAP/TOP initiative has become almost universally accepted as thebasis for an OS1 based communications architecture for process manufacturing and office automation. A set of factory/office networking guidelines, MAP/TOP aims to let intelligent factory/office entities communicatepainlessly and with true plug-in compatibility-regardless of what companymade which piece. This paper describes the current state of MAP/TOP andindicates possible future developments, with particular focus on FIELDBUSarea.
1. INTRODUÇÃO
são inúmeros os esforços em andamento e~
tre usuários,fornecedores de equipamento, o~
ganizações nacionais (ANSI, DIN, ABNT, ... ),organizações de classe em cada país (IEEE,ElA, VDE/VCM, ECMA, .•. ) e organizações internacionais (ISO, IEC, CCITT), na direçãoda padronização da comunicação entre equipamentos computadorizados em um ambiente heterogêneo. O projeto MAP/TOP é um exemplo desse esforço, voltado para os problemas de comunicação nos setores produtivos (fábrica) eadministrativos das empresas, uma vez que seconstatam que os CUbtoS de comunicação representam 50% dos custos totais de hardware!software instalados.
O Projeto MAP ("Manufacturing AutomationProtocol") foi iniciado pela GM em 1980. Em1982 foi publicado o primeiro documento geral de redes, seguido em 1984 pela versãoMAP1.0 de especificações e em 1985, pela versãoMAP 2.0 com extensões diversas, em particular no que diz respeito aos protocolos deaplicação. Seguiu-se a versão 2.1 em fins de1985 e 2.2 em 1986 com extensões de protocolos "1nternet-File-Transfer" e estruturas
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EPA/MINI-MAP. Atualmente, foi publicada umaversão provisória MAP 3.0 com novos aspectos na camada de apresentação, em protocolosde aplicação, como o FTAM e RS-511, bem comoprotocolos de Diretórios e de Administraçãode Redes. O grupo de usuários do MAP, formado nos USA em Março de 1984, estendeu-se adiversos países da Europa, Japão e Austráliae conta com mais de 1600 companhias participantes oficiais.
Já o projeto TOP("Technical Office Protocol") destina-se às áreas técnico-administrativas da empresa e foi apoiado inicialmente pela Boeing, como resultado de uma série de encontros do NBS realizados a partirde 1983. A Boeing adotou as principais decisões do NBS e criou-se um Grupo de usuáriosTOP em Dezembro de 1985, com o lançamento daespecificação TOP 1.0. Durante o ano de 1986os dois projetos passaram a ser coordenadosconjuntamente, resultando o chamado projetoMAP/TOP. Em abril de 1987 saiu a versão TOP3.0.
O MAP destina-se à interligação dos maisdiversos dispositivos computadorizados numafábrica como, por exemplo:
• recursos computacionais ("main-frames",micro/mini/supermini-computadores, Personal Computers, etc);
• dispositivos programáveis (CNC's, CNR's,CLP's, controladores de solda, controladores de fluxo de materiais, etc);
• terminais instalados (de coleta de dados,monitores, etc);
As especificações de TOP procuram aten-der outras áreas como:
• Correio eletrônico;• Processamento de textos;
• Textos/gráficos;• Acesso a bases de dados;
Transferência de arquivos;
· CAD/CAM distribuído;
• Troca de documentos;
• Transações bancárias.Sistemas distribuídos de administraçãoda manufatura;
• Compartilhamento de recursos (memórias,impressoras, etc).
o projeto MAP/TOP relaciona-se com outros, em particular, com os trabalhos da ISO(TC184/WGl, TC87 SC6/SC21), IEC-C6SA,WG6,IEEE 802, ANSI-FDDI, ElA - Project 1393. Basicamente visa-se a criação de um ambientede rede multifornecedor com ampla interoperalidade dos equipamentos. No trabalho apresentam-se as principais tendências das novasversões MAP/TOP 3.0.
2. CONCEITOS, ESTRUTURAS, ARQUITETURAS DECOMUNICAÇÃO
O desenvolvimento acelerado da informática e a possibilidade de uso desta tecnologiaem aplicações de maior complexidade têm provocado uma evolução da comunicação de dadoS"na automação industrial, tanto nas aplicações representadas pelos processos contínuos, como naquelas classificadas como processos discretos.
2.1 Processos Contínuos
Desde a implantação dos primeiros projetos de Controle de Processos (contínuos), atransmissão à distância da informação é umdos aspectos fundamentais destes sistemas.Os instrumentos e reguladores pneumáticos,inicialmente instalados no campo, passaram aenviar dados (analógicos) para centrais decontrole, onde instrumentos suplementares decontrole e registro viabilizavam a supervisão centralizada da operação dos processos. Durante os anos 60, com a introduçãogradativa dos computadores, iniciou-se a implementação do chamado Controle DDC (DirectDigital Control) no qual as funções dos reguladores foram centralizadas em um único com=putador, permanecendo no campo unicamente ossensores e atuadores. A descentralização voltou a ocorrer durante os anos 10, devido ~
tecnologia dos microprocessadores, com a con
57
cepção dos chamados SDCDs (Sistemas Digitaisde Controle Distribuído), e que não são maisdo que sistemas de instrumentação digital deprocesso. Visando uma integração operacional,surgiram, durante os anos 80, estruturas deControle Multinível (ver fig. 1), desde o Nível Administrativo da Fábrica, passando pelõNível de Gerenciamento de Áreas ( essencialmente dedicado ao controle e planejamento dp.produção) e de Controle Supervisório TempoReal de Unidades de Produção, até se chegarao Nível Regulatório (por exemplo, hoje realizado por SDCDs) e de Processo onde se situam os sensores e atuadores.
2.2 Processos Discretos
A evolução ocorrída na automação da manufatura teve aspectos distintos dos descritoS"anteriormente.
Tecnologicamente também ocorreram, devido à revolução dos microprocessadores,alterações profundas: controle das MFs (Máquinas=Ferramenta) por computadores; soluções debaixo custo oferecidas pelos CNCs e CLPs para o controle de fluxo de materiais, utilização de robôs industriais no manuseio de p~
ças; implantação de sistemas CAD com estações distribuídas; grande diversidade de micros, minis e superminicomputadores para asmais diversas funções de monitoramento, supervisão, controle de produção, sistemas automáticos de testes e controle de qualidade.Nos anos 80 começaram a ser instalados sistemas hierárquicos (ver fig. 2), muito semelhantes funcionalmente aos apresentados nafig. 1, de tal forma a se conseguir, pelatroca constante de informação, a integraçãooperacional de vários sistemas.
2.3 Topologias
Interessam-nos, em particular, na classede comunicaçao ponto-a-ponto, as topologiasanel e,na difusão, as topologias em barramento, pelas inúmeras vantagens que apresentam.Para responder à diversidade de requisitos decomunicação nos diversos níveis da hierarquia de controle, a topologia de redes é apresentada em termos de uma hierarquia de subredes. Por exemplo, é frequente a existênciade árvores de segmentos de barramentos interligados nos níveis inferiores, com boa cobertura da superfície onde se encontram os equipamentos, em edifícios ou salas distintas~Neste nível entra o conceito de LAN. Já emníveis superiores poderão as diversas LAN'sser interligadas por um tronco ("backbone")que atingirá diversos Km's de extensão, formando-se um GWN ('tampus Wide Network"). Parainterligar CWN ou LAN' s distantes de· 5 aSOKm, propõem-se hoje estruturas em anel, resultando as chamadas MAN ("Metropolitan AreaNetworks"). Para distâncias superiores, finalmente, consideram-se as WAN ("Wide AreaNetworks") em geral já pertencentes ao domínio público (por ex. rede telefônica).
O projeto MAP/TOP procura considerar todos estes aspectos, em particular na definiçao de LAN's e CWN's. No projeto IEEE-802.6
PLANEJAMENlOGLOBAL
NíVEL 4
TEMPO GASTOO
INFERIOR( 1,2
NíVEL l'
NIVEl3
NrVEl2CONTROLE
SuPERVISóRlO
GE RENCIAMENTODE ÁREA
CONTROLEREGUlATÓRlO
FIG. I .
Estruturas hierórquicas de controle e caracterizaç60 dos
níveis na automação de processos contínuos.
PLANO 1 :
• PLANEJAMENTO
• PROJETO
• CONSTRUÇÃO
POR EX.I
PLANEJAMENTO OE PRODUÇÃO
PLANEJAMENTO OE MATJ!RIAIS
PROGRAMAS OE TURNOS MENSAIS E SEMANAiS
ADMINISTRAÇÃO OE ORDENS
PRo.JETO OE NOVOS PRODUTOS
PLANO 2'
NíVEL GfRENCIAL
(COMPUTADORES OE ÁREA)
POR EX. :
GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃo OE CARROCERIA
GERENCIAMENTO 00 SETOR DA INDÚSTRIA
GERENCIAMENTO OE MONTAGEM
GERENCIAMENTO OE. DEPÓSITO OE PEÇAS
CONTROLE I NTEGRADO OE QUALIDADE
PLANO! :
COMPUTADORES
OE SUPERVISÃO
E CONTROLE
POR EX.:
CONTROLE OE ESTOQUES INTERMEDIÁRIOS
CONTROLE OE ACESSÓRIOS
CONTROLE DE DEPÓSITOS VERTI CALIZADOS
PLANO 4 :
CONTROLE OE
EOOlPAMEN109 D PO~ EX.:
SISTEMAS DE IDENTlFICApÃO DE CARROCERIA
SI STEMAS DE TRANSPORTE
TESTES OE MOTORES
FIG. 2
PLANO 5: Estru turas hierárquicos de
PROCESSO (MÁQUINAS, ROBÔS, INSTALAÇÕES)controle no Automaçóo do
Manufatura
58
3.2 Camada de enlace
O objetivo da camada de enlace de dadosé de suportar e gerenciar a transmissão dequadros indiv:id~ais de dados. A camada deenlace pode detectar e corrigir erros ocorridos na camada física.
Este tipo de sub-rede é ideal para interligar estações de trabalho em escritórios:como PC's, outros terminais e até estaçõesde trabalho CAE mais sofisticadas. Os segmentos 10 Base 5 atingem comprimentos de ate500m, interligados por repetidores.. A escolha feita baseou-se na base já instalada deLAN's Ethernet, permitindo-se a coexistênciados dois sistemas no mesmo cabo. Como alternativas, o TOP prevê também transmissão"broadband" com cabos do tipo 10 Broad 36, edistâncias de até 3750m. A aplicação básicaprevista para 10 Broad 36 é a de tronco parainterligação de estações muito distantes oude diversos segmentos TOP 10 Base 5, principalmente quando já existe um cabo instaladopara outros fins (voz, imagens, etc.).
interferência electromagnética e da capacid~
de que oferecem para a transmissão simultânea de dados, voz e imagem. No MAP 3.0 publicou-se um manual completo sobre as especifi=cações para projeto, instalação, testes, aceitação e manutenção desses sistemas.
Já os sistemas "carrierband" destinam-seaos níveis inferiores de transmissão na fábrica, suportam um único canal bidirecional,não necessitam de modulador / remodulador("head-end") e as interfaces são passivas,mais simples, confiáveis e baratas. No máximo suporta 32 estações a distâncias inferiores a 1000m· (cabo do tipo RG-11 de 75 ohm' s) .Não existe ainda um manual de instalação.
Para redes TOP, o protocolo primário escolhido foi:
. IEEE 802.3, CSMA/CD, transmissão "baseband" usando cabo coaxial do tipo 10 Base 5 (lO Mbps).
está sendo finalizadA uma especificação paraMAN's.
2.4 Arquitetura
A arquitetura de rede escolhida no Projeto MAP/TOP foi a do Modelo de Referência051/150. Esta escolha teve fortes impactosno meio industrial uma vez que não estavaclara a influência do "overhead" do softwaredas camadas superiores de protocolos nos aspectos de tempo-real exigidos em automação.Até então as redes proprietárias existenteslimitavam-se às camadas inferiores. Em particular o projeto Proway do IEC apontou durante muitos anos nessa direção.
3. PROTOCOLOS DA "SUITE" MAP /TOP (Versões 3.0)
O estado atual do MAP é representado poruma versão provisória do MAP 3.0 que atualiza vários dos protocolos presentes nasversões anteriores. O documentoirtclui o protoco lo para a camada de apresentação, camadaesta que era totalmente vazia nas versões anteriores, assim como, os conteúdos relativosà transferência de arquivos, serviços de Diretório e gerenciamento de rede são substan=cialmente mais avançados.
Em resumo, as extensões incluídas na pr~
posta 3.0,ver fig. 3, são as seguintes:
• Serviço de rede sem conexão - ISO• camada de apresentação - ISO• gerenciamento e transferência de arquivo
ISO· interface de aplicação· serviços de Diretório (baseado em traba
lhos da ISO em andamento)· gerenciamento de rede (baseado em traba
lhos da ISO em andamento)· mensagens de manufatura (baseado no ElA
1393)
A transição da versao 2.2 para a versao3.0 tem algumas questões relacionadas com acompatibilidade. Uma seção do documento 3.0discute os problemas de compatibilidade e migração em geral e, mais especificamente, en=tre as versões 2.2 e 3.0.
A camada de ~nlace segue o modelo802 subdividindo-se né:lS subcamadas("Logical link controJ,")e MAC ("MediumControl").
IEEELLC
Access
3.1 Camada Física
No MAP foram adotados dois tipos de transmissão física das especificações IEEE 802.4"token-bus":
• Cabo coaxial, transmissão "broadband" ,taxas de 10 Mbps, modulação ASK dUQbinária, com alocação "mid-split" dos doiscanais de emissão e recepção;
• Cabo coaxial, transmissão "carrierband",.fase coerente, taxa de 5 Mbps, canal únicoo
Os sistemas "broadband" são instalados deacordo com os padrões industriais de televisão por cabo (CATV) e destinam-se à imple~
mentaçãQ do nível "backbone" da rede, em virtude da fraca atenuação do sinal, da baixã
59
Sub-camada LLC
Ela é idêntica para todas as redes definidas no IEEE e portanto a ~esma para MAP eTOP. Existem três tipos de serviços: do tipo1 sem conexão e $em reconhec!mento ("unacknowledged conneGtion-less"), do tipo 2 comconexão e do tip.p 3, sem conexão/com reconh!cimento (também chamado ultimamente de"single-frame").
Tanto MAP co~o TOP especificam serviçosdo tipo 1 uma veg que a~ ca~adas superiores,em particular a de transport~, suportam asfunções de sequençiament6, cpntrole de flux~e recuperação de erros~ Alét).). de serviços dotipo 1 foram incluídos recentemente no MAPserviços do tipo 3, dadaS as dificuldades inerentes à estrutura de b~~ramento de servi-
ISO ACSE
MAP/TOP
ISO KERN EL DE APRESENTAÇÃO.
ISO I<ERNEL DE SESSÃO
ISO TRANSPORTE CLASSE IV
I S O CLNP
IEEE 802.2 LLCI
IEEE 802.410 M8 8ROADBAND ou5 MB CARRIER BAND
D MANDATÓRIO
.O ESPERADO
~ OPCIONAL
FIG.3 - Requisitos de protocolo poro O sistema completo MAP 3-0.
60
Subnet:work Independent Convergence
Foi adotada a estrutura por sub-cAmadasdescrita no ISO/DIS 8648 (fig. 4).
Subnetwork Dependent Convergence
Protoco I ... SNDCP
ços imediatos "de carona" e à necessidade deimplementação de respostas rápidAs por partede estaçoes sem o "token". Esta situação tinha sido reconhecida no PROWAY que introduziu os serviços "Send Data with Acknowledge"(SDA) e "Request Data with Reply" (RDR), deforma a alcançar maior segurança de transmissao e permitir aos computadores a execuçãode operaçoes de varredura dos instrumentosde medição.
A especificação dos serviços de tipo 3 érecente e por isso sao mostradas na Tabelaas novas primitivas introduzidas.
Protocol SNICP
Subnetwork Access
Protocol SNAcPTABELA 1
Serviços PrimitivasFig. 4 - Estrutura da Camada de Rede
A camada de rede fornece urna transparen~
cia na transferência de dados entre usuáriosdo serviço de rede, tornando invisível a eS~
tes usuários, a forma pela qual 08 recur~os
de comunicação sao utilizados para implementação desta transferência.
L-DATA-ACK corresponde a SDA para transmissão de dados com ACK, L-REPLY a RDR e LREPLY-UPDATE para preparacão das unidades dedados, pela unidade remota, a serem eventualmente transmitidos quando de um L-REPLY- tn::dication.
Por outro lado,MAP/TOP especificam emLLC campos de endereços de 48 bits = ID...Rede+ID-Estaçào + ID-Entidade.
Sub-camada MAC
No MAP decidiu-se pelo projeto a02~4
"token..-passing", pelo seu suporte a esquema§}de prioridades e principalmªnte porque, ~at~
vo no caso de falhas-físicas, os temp9s dêentrega das mensagens de alta priorida4e saocalculáveis "a priori", ganmtindo-se assimas condições de operação "t:gmpo-real" ,
Já em TOP decidiu-se por CSMA/CD do pro""jet~ 802.3, considerado suficiente para apticaçoes em escritório e pela~ facilidadêS- d~
migraçao das redes Ethernet 2.0.
L - REPLY - UPDATE
Para atender a estes três níveis, o endereço de NSAP é dividido em três seções lógi-
O protocolo SNICP segue o ISO 8473, comexceçao das funções do subconjunto "non segmenting" que nao sao suportados em MAP/TOP. Devem ser implantadas todas as funçõesmandatórias do tipo 1, as funções de tipo 3sao opcionais e as de tipo 2 descartadas.
Roteamento e "Relaying"
O Roteamento consiste na determinação doSNPA (Sub-network Point of Attachment") , dopróximo destino (um ES ="Endsystem" ou IS ="Intermediate System") para o qual sera enviado o pacote de dados, até chegar ao NSAP("Network Service Access Point") do destinofinal. O SNPA é derivado de urna tabela "lookup" que mapeia NSAPS em SNPAS.
MAP/TOP consi~era três níveis de ratea-mento:
entre empresas diferentes;entre redes diferentes da mesma empresa(chamado em geral de roteamento IS-IS);entre um ES e outro ES/IS da mesmA rede(roteamento ES-IS).
o protocolo SNAcP fornece a interface coma camada de e~lace, implementando serviçosespecíficos da sub-rede. Em MAP nao se exigeum SNAcP discreto. Em TOr preve-se a implementação de um SNAcP segundo ISO 8208 X-25quando se considera a ligação com redes decomutação de pacotes.
O protocolo SNPCP ajusta para cima osserviços de SNAçP, neces$ªrios ao SNICP. Aespecificação prevista segue o ISO DIS/8473/DAD 1.
A estrutura anterior nao implica necessariamente numa implantação separ-a.da das trêssub-camadas, que podem, por exemplo, conviver num único protocolo. Dos dois tipos deserviço previsto$ no ISO, CLNS = "Connectionless - mode Network Services" e CONS = "Connection - mode Network Services" o MAP /TOP suporta somente o CLNS corno descrito no Is07DIS 8348/DAD 1.
RequestConfirm
RequestIndication
Confirm
RequestIndication
Confirm
rede (comum em MAP e TOr)de
L - REPLY
L - DATA - ACK
3.3 Camada
61
cas, cada uma correspondendo a um dos tiposde roteamento (fig. 5).
,.u
ID de ID de estaçõesID - Empresa Rede na rede
1AFI IDI
IDOrigem IS - IS ES - IS NSAP
de apresentação,troquem dados de forma org~
nizada e sincronizada. MAP /rop pretende ,seguir os protocolos ISO 8326/8327 na extensãonecessária ao apoio dos protocolos de aplicação. Por enquanto s6 as seguintes unidadesfuncionais foram adotadas:
• "Kernel Functional Unit", que suporta osserviços básicos de estabelecimento etérmino de conexão bem como de transferência de dados normais;
• "Duplex functional unit", para transferência de dados nas duas direções;
· "Resynchronize functional unit", com adefinição de pontos intermediirios desincronização.
Camada de Sessão
Providencia os serviços de administraçãode 'diilogo de forma a que entidades - pares
3.5 Camadas Superiores de Protocolos
As últimas três camadas, sessão, apresentação e aplicação são as que apr~sentam osmaiores pontos de indefinição nas versões3.0 do MAP e TOP. Em particular os estudosainda em curso sobre protocolos de aplicaçãovirão a ter impactos futuros nas camadas deapresentação e de sessão.
3.4 Camada de Transporte (comum em MAP e TOP)
MAP/TOP adotaram a classe 4 mais complexa de serviços e protocolos de transporte,definidos nos ISO DIS 8072 e 8073. são serviços com conexão que providenciam controlede fluxo, multiplexagem e detecção de errospara pacotes fora de sequência, perdidos oudestruídos. Desta forma a camada de transporte libera-o usuário dos seus serviços dequalquer preocupação de como as mensagens sãotrocadas entre os dispositivos, garantindoque as mensagens sejam recebidas no destinatirio sem erros e na sequência correta, semperda ou duplicação de dados.
o Protocolo "ISO ES to IS" (ISO/DP 9542)seri ~dotado como mandat6rio em virtude dosesquemas dinâmicos de roteamento que suporta. Não existem ainda protocolos IS-IS definidos, pelo que os sistemas IS deverão manter tabelas estiticas de todos os outros' IS.
Por outro lado, dada a necessidade de interligação de redes MAP/TOP com WAN's ou re=des com protocolos CONS, esti se elaborandouma nova camada com funções "internetworking".
A camada de rede esti ainda em evoluçãoe não foi congelada para efeitos de implementação.
Camada de Apresentação
Esta camada não exis:tiaainda nas versõesanteriores. Os protocolos de aplicação definem conjuntos de elementos de dados dos maisdiversos tipos, diferentes para cad~ classede aplicação. Estes dados são representadosde forma abstrata, nas chamadas sintaxes ab~
tratas (AS). Por exemplo, poderiam considerar-se elementos de cadeias de strings (AS-X),de inteiros (AS-Y), etc. Esses tipos de dados estarão representados binariamente em cada sistema, de acordo com convenções locaisde linguagens, compiladores, etc. são aschamadas sintaxes concretas (CS's).
Entre dois usuirios que se comunicam,assintaxes concretas locais podem ser distintas. Por isso torna-se necessiria a definição de sintaxes de transferência (TS's) quecodificarão os dados de forma específica para a transmissão e a ser negociada entre aspartes. Em virtude da grande diversidade dedados a 'transmitir poderão existir diversassintaxes de transferência. A camada de apresentação define os mecanismos para negociare relacionar sintaxes a partir de um conjunto conhecido por ambas as partes, sem envolvimento direto das entidades de aplicação.Para tal define-se o Contexto de apresentação que estabelece as relações entre os requisitos das sintaxes abstratas e as sintaxes de transferência. Por exemplo, para aAS-X antes indicada, suponhamos que se usemas regras de codificação ISO 646 ou EBCDIC.Existirão dois contextos X/646 e X/EBCDIC.Para a AS-Y de números inteiros consideramse as TS's BCD ou biniria (complemento de 2):existirão no caso os contextos Y/BCD e Y/BIN.
O campo de padronização de sintaxes ecomplexo uma vez que se devem conceber regras para representação de valores de qualquer tipo de dados imaginável. Números inteiros, caracteres, etc, são casos muito simples mas, em protocolos de aplicação, surgemos mais diversos tipos de "records", "records" contendo "records", listas interligadas, árvores; arquivos sequenciais indexados, etc. Um passo muito importante foi dado recentemente com a publicação da notaçãoASN.l no ISO/DIS 8824 para sintaxes abstratas e correspondentes regras de codificaçãopara sintaxes de transferência ISO/DIS 8825.
62
1 oc- I
teto I8 octetos
Fig. 5 - Mapeamento do NSAP noscampos de roteamento
As versões MAP/TOP 3.0 adotaram inicialmente a unidade funcional "Presentation Kernel" do ISO/DIS 8823 e ISO/DIT 8824 publicada no final de 1986 e prevêm a inclusão deoutras unidades no decorrer do tempo. Por enquanto, optou-se pela sintaxe de transferên=cia NBS-TS1 (corno especificado no NBS), podendo outras sintaxes serem implementadas nofuturo.
Camada de aplicação
Os processos de aplicação (AP's) solicitam serviços de comunicação às entidades deaplicação (AE's) na camada de aplicação. Urnaentidade de aplicação (que implementa determinados serviços) é composta dos chamadosASE = "Application Service Elements", queconstituem o seu mais baixo nível funcional.ASE's podem usar outros ASE's (da mesma forma que subrotinas chamam outras subrotinas).
As AE são coleções de ASE e foram classificadas inicialmente em duas famílias:
CASE "Cornrnon Application SE's";• SASE = "Specific Application SE".
Os serviços CASE foram formulados no ISO/DIT 8649 e 8640 em 1986. Hoje já Se abandonou essa designação, preferindo~se nos últimos documentos o termo ACSE .= "AssociationControl SE' s", urna vez que esses SE' s ocupa.m ~
se unicamente do estabelecimento, término ouaborto das associações a estabelecer entreos AP's pares. Urna associação de aplicação éfeita entre duas AE's pela troca adequadª deinformações e independe das conexões de nivel inferior. Em particular ocupa-se" das sintaxes abstratas usadas. ~ frequente, nestécontexto, falar-se de UE = "User Element" çg
mo aquela parte do AP que usa ASE's. Frªquentemente,considera-se o UE como pertencentetambém às AE's, individualizªndo-se assimclaramente os módulos dos processos ap1.ica~
tivos que se ocupam unicamente de tran~mi~~
são de dados, daqueles que fazem prOC@S$amento.
Os ASE's definidos corno SASE incluem serviços específicos mas muito frequentes naS'aplicações de processamento de dados comoVTS = "Virtual Terminal Service", F'rAM :;;;"File Transfer, Access and Management" eJTM = "Job Transfer and Manipulation". Abandonada a designação SASE, hoje prefere~se ide FTAM-ASE, VTS-ASE, etc.
Protocolos de aplicação em implantaçãono MAP/TOP
• Em MAP/TOP estão em definição os seguintes protocolos:
ACSE (associate, Release, Abort) segundQo ISO 8649/2 e 8650/2;FTAM-ASE segundo o ISO DIS 8571/1,2,3 e4. Especifica um conjunto de serviços pani transferência de informação entre AP'se arquivos de dados englobando trabalhosem arquivos binários ou de texto(criação, transferência, read/write,
63
mudança, destruição e localização);serviços de network-management; foi publicado em março 87 um "DRAFT" das especificações detalhadas.
· Em MAP:
Serviços de Diretórios baseados no ISO/DP 9594(1, com o objeti~o de facilitarreferências a objetos na rede. O sistema de diretórios não deverá ser urna basede dados de uso geral, pois se supõe queas consultas são muito mais frequentesque alterações. Uma entrada no diretórioformada de diversos atributos, fornece aligação entre referências e objetos.(Ex.: "COMMON-NAME" = "Robot 1" obtém osatributos PSAP = 84, SSAP = 24, TSAP = 2,NSAP = 1004); .
Padrão MMS "Manufacturing MessageStandard". Depois de inúmeros trabalhosem conjunto com a ElA WG-1393, saiu aversão 5 de um protocolo MMS chamado também de RS-511, para a comunicação entredispositivos programáveis na fábrica, como CNC's, CLP's, CNR's, etc. Este pro=tocolo deverá ter grandes impactos naautomação. A versão atual apresenta alguns problemas e outra está em desenvolvimento na ISO, devendo ser adotada porMA~, logo que pronta.
• Em TOP:
Protocolo~ vrS (Virtual Terminal) baseados nos d~ç~mentos ISO 9040/9041 (VirtualTerminal _ ~asic Class). Inicialmenteprevê-se. q seu uso no bloco "RemoteTermiI1al Açce/3s";
Protoçplgs "Network Manag"ement" e Diretóriqs (encpntram-se ainda numa fase muito prgliminar);
"Eleçt;ronic-ma:j.l", oferecendo ao usuárioas f\!uções Pélra envio e recepção de mensagens pessoais, em texto ASCII ou emqualquer outro formato TOP de troca dedadqs.
TOP é formado de vários blocos (fig. 6),superpostos nas camadas do modelo OSI. Umsistema-final TOP inclui um ou mais dos blocos que çobrem a$ c.amadas 1, 2, 3 e 4 e pelomenos um dos blocos das camadas 5,6 e 7. Desta forma existirão, no futuro, consoante asoperações a que ~edestinem, diversos tiposde usuários finais. Os blocos inumerados nafigura incluem também formatos especiais para codificação e para troca de dados:
• Dados de definição do produto ("Productdefinition Data"), que. são um subconjuntodos elementos de dados necessários para aanálise, projeto, manufatura e controle dequalidade de um produto. Na falta de um padrão definitiv~ TOP adotou a versão 3.0 deIGES ("Initi~J. Graphics Exchange Specifications") em ~lªppração no ANSI e NBS;
• Documentos de ~ªcritório, para troca de
1ComputerGrophlc.Servlc..
Grophics A~licatians
(e .g. CGM Interpreter)
Oevice -IndependentGraphics Service
c!ccmPHIGS Functlonal Speclflcatlolll
OGS-3D
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CAMADA "3
CAMADA 4
CAMADA 6
CAMADA 7
AG. 6 - TOP: subdivisão do projeto TOP nos seus diversos blocos
constituintes 1 incluindo APl s e formatq de troca de da dos
(Fonte: TOP 3.0 ABRIL 1987)
FIG,7 - .OP: interdependencia de diversos padrolS usados em
ComputaçcJo Gráfica, incluindo GKS, CGM e IGES usados em TOP
(Fonte: TOP 3D ABRIL 1987)
•
documentos eletrônicos compostos de tiposmúltiplos de dados (por ex., alfanumérico,gráficos geométricos e gráficos "Raster") ,entre sistemas de aplicação diferentes. TOPrecomenda padrões baseados no ISO 8613, 1-8("Office Document Architecture =ODA and Interchange Format");
• "ComputerGraphics Metafile" = CGM, quecontém a informação descritiva de uma imagem,representada pelas rotinas chamadas pelo programa aplicativo. O "metafile" pode sertransferido para um usuário remoto onde aimagem gráfica vai ser recriada pelo hardware e software (diferentes) locais. TOP recomenda o padrão ISO 8632, 1 a 4 ("Metafilefor the Storage and Transfer of PictureDescription Informatión").
Além destes formatos existirão também diversas "Application Program Interfaces"= APLEstas interfaces são constituídas por bibliotecas de rotinas padronizadas, chamadas pe=los programas dos usuários, e cobrindo diver
. sos tipos de aplicação. Em TOP incluíram-seas APl' s de FTAM' s (em padronização pela ISO)e GKS = "Graphical Kernel System", ISO 7942.Em MAP estão em elaboração diversas API's,em particular, no protocolo RS-511.
Na figura 7 mostra-se a interligação dediversos padrões gráficos usados em TOP.
4. ARQUITETURAS EPA/MAP, MINI-MAP E "FIELDBUS"
Nós MINI-MAP e EPA/MAP
A especificação MAP original tinha comoobjetivo permitir que os computadores utilizados na manufatura trocassem dados entre sisem levar em conta o sistema operacional ouo tipo de computador utilizado. Este sistemade comunicação aberto continua sendo o objetivo principal do MAP. Entretando, à medida que a especificação MAP foi sendo desenvolvida, usuários da área de controle de processos começaram a sentir a necessidade deum sub-conjunto de serviços MAP que, atravésdo "sacrifício" de alguma funcionalidade, deveria oferecer tempos de resposta mais rápi~
dos com relação à troca de mensagens.
Estes requisitos originaram uma arquitetura MAP modificada denominada EPA ("Enhanced Performance Architecture").
Os critérios de projeto definidos no desenvolvimento da arquitetura proposta sio basicamente os seguintes:
• suportar até 32 nós;• comprimento to tal < 1Km;· taxa de transferência de 5 Mbps;· mensagens de tamanho de 16-20 bytes.
Em função dos critérios utilizados (redepequen~, rápida velocidade de sinalização,etc.) espera-se a obtenção de tempos de ace~so de 25 ms. -
Outros critérios são também importantes
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na especificação da arquitetura MAP/EPA e merecem alguns comentários: -
· reconhecimento imediato (LLC serviço tipo 3): os nós pertencentes a redes comrestrição de tempo podem necessitar deuma resposta a uma requisição num tempomenor do que aquele correspondente à rotação do token pela rede.
Para obter esta resposta imediata um serviço de "acknowledge" é necessário. Este tipo de serviço permitirá a um nó receber um"acknowledge" ou dados enviados por um nó remoto, enquanto o nó local que originou a re=quisição ainda tiver o "token" em sua posse.
Estes serviços devem permitir, ainda, umaretransmissão imediata se o dado ou reconhecimento ("acknowledge") não forem recebidosdentro de um limite de tempo, como também, aindicação local de falha caso nada seja recebido após um número determinado de tentati=vaso
A figura 8 ilustra a arquitetura MAP/EPAdevendo-se destacar o seguinte:
· camada de aplicação: aplicações críticasno, tempo (RS-511, etc);
• camada de enlace: IEEE 802-2 tipo 3;• controle de acesso ao meio: IEEE 802-4;
entretanto, para redes com restrição detempo, as seguintes opções devem ser usadas: serviços com opção de prioridade~serviços de resposta imediata, endereçosde 48 bits:camada física: "broadband" multi-canal ou"carrier-band" (fase coerente-5 Mbps);
• gerenciamento: compatível com o gerenciamento usado para qualquer nó MAP. Os pr~tocolos de gerenciamento para as camadas1 e 2 serão baseados na especificação produzida pelo IEEE 802-1. -
Associada à arquitetura MAP/EPA existeuma arquitet~ra mais simplificada denominadade MINI-MAP~ Esta arquitetura encontra-se associada aq4~1~s dispositivos que conterão õlado EPA dª grquiteturaMAP/EPA mas não assete camadªª 4~ arquitetura MAP. Estes dispositivos ê~9 ~q~~pamentos de controle decusto baixp e q~e poderão coexistir com segmentos MAP ª~~ªy~{ de "gateway' s", no caso,representado ppr; UJIléi ,~~tação MAP /EPA.
Os serviçQê nece~s'~ios a um nó com arquitet:ura MINI~MAP ê~º oê mesmos descritos nolado EPA de um RP ~P/EP4~
Uma outra clp§se de pºs presentes na arquit:etura MINI-~P ê~º çhªmados nós passivos.Estes nós são e$t:aç6es. q~e não participam doprotocolo de pa,!:?§ªgem ~te ~'token" mas que sãocapazes de respºq4~r, ª~rªvés do mecanismode respostaime~:U,ªtª: ª poma requisição do nópossuidor do "f;ºlg~~" ~
Dispositivos de ma~§ b,aixo nível (tiposensores) podel:,ªº a.t~ª,r c@mo nós passivos jáque eles nunca tpma.rào a iniciativa de enviar uma informa,l;a9 pela rede a menos quesejam solicitados~
•
APLI CAÇÁO
.FISICA EPA
ENLACE EPA
REDE
TRANSPORTE
APRESENTAÇÃO
SESSÃO
A PLICAÇ6ES CRíTICAS NO TEMPO( RS 511. ECT)
..,APLI CA ÇAO
APRESENTAÇÃO.-
SES SAO
TRANSPORTE
REDE
ENLAC E,
FI SICA
TAREFA do,USUARIO
ENLACE DE DAOOS EPA,
FISICA EPA
li'FiQ. 8 - MAP- EPAE MI NI- MAP : arqulteturas Enhanced-
Performance" poro aplicações crítical no tlmpo.
FONTE: MAP 3.0 1987
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FIELDBUS
Uma nova iniciativa, Fig. 9,' foi lança-'daem 1985 e alocada aO grupo de trabalho doPROWAY (IEC~TC/65C/WG6), voltada para a definiçio de um barramento padrão ~e.modo apermitir a comunicação usualdigitat ' - entredispositivos montados no campo. Estes.disp'o....sitivos são aqueles acoplados. dire,tamente ao
,processo tais como sensores, : acionadores demotor, posicionadores de válvula,etc.'
Denominados de dispositivos finais, tendem cada vez mais a possuir, no futuro, 'capacidade de processamento baseada em microprocessadores de modo a permitir o tratam~n
to local do sinal. Esta inteligência viabilizoua introdução do padrão "Fieldbus" comos seguintes benefícios:
• economia de dados, terminais, etc., poisum "Fieldbus" p'ode substituir vários ramos das ligações atuais que ocorrem naforma de estrela;
• eliminação dos conversores A/D,e D/A;• aumento na flexibilidade para instalação
e consequente expansão do sistema.
o grupo de trabalho do PROWAY envolvidocom a especificação do FIELDBUS elaborou um"draft" de requisitos funcionais do qual seapresenta, a seguir, um resumo dos aspectosprincipais.
o padrão tem como objetivo básico a comunicação digital serial para/de dispositivos de campo com a possibilidade de endereçamento no barramento de vários destes dispositivos. A :fl.g. 10 ilustra um sistema envolvendo as arquiteturas MAP/PROWAY/EPA/MINIMAP/FIELDBUS.
O padrão FIELDBUS será apropriado parauso em dispositivos com resolução típica de16 b,its para os dados, dos quais alguns exempIos são citados a seguir: sensores de pro:cesso/equipamento; transmissores/transdutores de pressão, posição, temperatura, etc. ;t possível ainda suportar extensõespara'robôs simples, controladores de visão, e instrumentos multi-canal tais. como cromatógra-fos. .
A especificação do FIELDBUS seguirá aterminologia OSI na definição dos níveis físicos e de enlace. Os protocolos relativosãscamadas de aplicação e apresentação deverãoi.ncluir procedimentos que levem em conta asunidades de dados geralmente enviadas / recebidas pelos dispositivos de campo. Algunsexemplos de unidades de dados que podem serarmazenados por dispositivos de campo inteligentes e que possam ser transferidosatravés do FIELDBUS são:
• associado$ ao processo: valores de medidas, frequência de medição, níveis dealarme, status ON/OFF;
• as'sociados ã instalação: "tag" dos dispositivos de campo; informacões para operação/manutenção; características do am::biente no qual o dispositivo encontra-seinserido, etc;
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'associados ao dispositivo: "status" corrente do dispositivo (OK/falha, controleON/OFF, teste ON/OFF), número/tipo de entradas e saídas, procedimentos de testes
. disponíveis, itens de fabricação (fabricatite, modelo, n2 de série), especificações do fabricante, faixa de trabalho,faixa de segurança, restrições de temperatura, vibração, etc.).
Outros requisitos importantes associadosã especificação do FIELDBUS são discutidosna'sequência:
alimentação/isolação: opção de distribuição de alimentação para alguns ou todosos dispositivos, através do mesmo circuito utilizado pelo sinal de comunicação -;sendo que, em todos os casos, os elementos finais deverão ser galvanicamente isolados do barramento. No caso do FIELDBUS não energizado, os dispositivos deverão dispor de alimentação através deoutras fontes. Estas fontes deverão sereletricamente independentes mas poderãovir fazer a distribuição através de circuitos separados no mesmo cabo utilizadopelo circuito por onde fluem as mensagens;
• meio físico: par trançado e cabo coaxialCaracterísticas elétricas e métodos deavaliação de instalações já existentesfarão parte das especificações. O uso defibra ótica deverá ser especificado nofuturo;ambiente hostil (segurança intrínseca) :necessidade de certificação de segurançade transmissão das linhas do FIELDBUS;
• número de estações: número máximo de estações igual a 30. Como se admite a ligação de mais de um elemento final a umãestação ("cluster") limita-se a 60 o número de elementos finais em um FIELDBUS;
• endereçamento: cada elemento final teráum endereço separado no FIELDBUS;
• comprimento do barramento / nQ de mensagens: o formato das mensagens e os protocolos serão os mesmos para qualquer op::ção, entretanto, serão permitidas opçõesenvolvendo o comprimento do barramento ea taxa de transmissão de mensagens. sãosuportadas as seguintes combinações:
comprimento do barramento de até 350mcom uma taxa mínima de 150 mensagens/segundo (controle de processo) e ummáximo de 10000 mensagens/segundo (automação da manufatura); -
comprimento do barramento de até 4Om,com uma taxa mínima de 5000 mensagens/segundo (robótica) e uma taxa máxima a mais alta possível;
• tempo de resposta: 5 ms (automação da manufatura), 20ms (controle de processos);
• métodos de controle de acesso: a alocação de acesso ao meio poderá ser transferível entre estações (tipo "token") ,mas nada de explícito é dito no "draft";redundância do barramento: o padrão n~o
,'::./\
.... 0:..:.
CCITT X25
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I Redes remotasI,,,I,,
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\ \\ Field bus \
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" Telecomunicaçc5es................. .J
100M
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o 1Mte:(fi)fi)
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100
0.1 10 100 1K 10K tOO K
DIST~NCIA (metros)'
FIG. 9- FI ELDBUS ; comporoçlio de redes em relação o' distancio (m»)( Co~idade .'
. de t ransmissdo- (FONTE: : WOOD 1987)
FIELDBUS
F-0 'T
CP = controlador proQram6vel ou Controlador de processo
'1/0 = Grupo de E/S AnalóQico, OiQital
F. 's:. = Medidor de f".o, válvula, rel4f.
FIG. 10 - FIELDBUS: exemplo de um siste ma de comunicaçcio fabril envolvendo o uso
de Fieldbus's, PROWAY ,', MAP -EPA ·carrierband" e ''''ap-" broadband" .
(FONTE: IEC 1987)
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MAP/cornoParatér-
suportará estruturas redundantes no barramento, entretanto, estas poderão serincluídas corno opção.
s. ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO E DE MIGRAÇÃO
Boa parte dos protocolos usados emTOP encontram-se ainda em elaboração,foi demostrado nas seções anteriores.os usuários que não possam esperar pelomino dessas atividades MAP recomenda:
· Estabelecer um plano de migração (é apr~sentado um em MAP); .
· Instalar um cabo coaxial "broadband" para o tronco: este será o meio da redeMAP futura e poderá também ser usado para outros enlaces de comu~icàção;
· Implementar a camada física IEEE 802.4com a classe 1 de serviços LCC;
· Implementar a camada de transporte, classe 4;Implementar os protocolos restantes dealto nível, à medida que ficarem disponíveis.
As estratégias de migração na direçãodos padrões MAP/TOP devem ser planejadasdeforma muito cautelosa pela empresa levandose em consideração:
· a base de computadores já instalada;· as facilidades de comunicação já existe~
tes;· as aplicações de usuar10S existentes
(software aplicativo).
Para permitir interligar num futuro,tronco MAP,computador e redes proprietárias, MAPpropõe diversas soluções, corno as apresentadas na figura 11. O uso de "gateway" érecomendado, mas o seu custo pode ser alto ea implementação muito específica de certosequipamentos.
Mais delicado é ~ problema dos po.s{veisimpactos de migração no' software já instalado, urna vez que 'os custos de conversão ou recodificação desse software podem ser proibi=tivos. Para tal propõe-se o divórcio entreos programas do usuário e os protocolos decomunicação, através da definição de API's("Application Programm Interfaces") adequa- .das, que consistem de bibliotecas de rotinas·de serviços, fig. 12.
A importância deste assunto levou à criação em MAP de um sub-comitê de interfaces deaplicação que publicou urna metodologia paradescrição não ambígua de API's consistindode um conjunto de utilidades, de um modelode interação entre a APl e os serviços deprotocolo e a especificação de formatos gerais das chamadas. Alguns resultados já estão disponíveis para protocolos FTAM e RS-511em linguagem C.
6. CONCLUSÃO
O projeto MAP/TOP representa o maior es-69
forço em curso a nível mundial para a obtenção de um sistema aberto de comunicação paraaplicações em automação industrial. As camadas superiores de protocolos ainda estão emfase de especificação, mas desde já se visualizamresultados de grande impacto, corno oprotocolo Rs-si1. Outros projetos em evolução responderão a necessidades complementares e serão certamente enquadrados emMAP/TOP, à medida que atinjam estabilidaderazoável. Além do projeto "Fieldbus" citam-se os projetos IEEE 802-6 para MAN's eANSI/FD-DI, ambos envolvendo o uso de fibraótica e a transmissão de voz e imagem, alémdos dados. Estes projetos são ainda incompatíveis e a comunidade internacional . aguarda asua compatibilização nos próximos meses.
As atividades hoje em curso no Brasil,no setor, são escassas e no mercado nacional começam a despertar as primeiras aplicações industriais, em particular nos .setores siderúrgico e automobilístico. Finalmente cita-se a recente criação de urna Comissão de Automação Industrial da ABNT, naqual foi instalada u~a Comissão de Estudospara comunicação fabril.
7. BIBLIOGRAFIA
G.G. Wood, (987)- "Survey of LAN' s andStandards" ,Computer Standards & Interfaces, n9 6, 27-36.
G. Spur, (986) - ProduktionstechnischesKolloquium , Berlin~
IEC, (1986) - "Field Bus Standard foruse in industrial control systems,Functional Requirements", Draft fornational comment, Julho.
J.R.E. Leite, M.J.Mendes e M.F. Magalhães, (1987) - "Protocolos de aplicaçao em redes locais de computadores naautomação industrial '(MAP /TOP)", S9Simpósio de Redes de Computadores ,Abril.
MAP, (1987) - Manufacturing AutomationProtocol, versão 3.0, ImplementationRelease (sujeita a ~udanças), Abril.
M. J. Mendes et aI, (987) - "Intercone~ão de sistemas compuacionais abertos~m automação industrial", Revista daSBA: Controle e Automação, voI. 1, n91, Janeiro.
M. J. Mendes, (1986) - "Redes locais decomunicação em ambiente industrial", 6QSeminário da Sobracon.
TOP, (1987) - Technical Office Protocols.,versão 3.0, Implementation Release,Ab~il, (sujeita a mudanças).
PROGRAMA OE APLICAÇÃO
I
INTERFACE PADRONIZADA
( BIBLIOTECA Assoe IADA À INTERFACE PADRÃO PARAOS PROGRAMAS OE APL! CAÇÃO NAP/TOP
INTERFACE ESPECiFICA E NÃO EXPOSTA AOPROGRAMA DA APLI CAÇÃO
SERViÇOS DA CAMADA OEAPLlCAÇAo (CAMADA 7)
CAMADA OE APRESENTAÇÃO
CAMADA OE SESSÃO
CAMADA OE TRANSPORTE
CAMADA OE REDE
CAMADA DE ENLACE
CAMADA FíSICA
Conexão à Rede
Redepropr ietári o
RedepToprietória
~ DlSPOSI'TMlSr RCB6s~ PROGRAMAVEIS
LONGO PRAZO
CURTO PRAZO
PROCESSADORES
DE APLlCAÇlo
FIG.II ~ M1GRAçAo: exemplo de evotute\o di UIM .... MAP I
com a utilização de -caa_way" ftO iftÍcio
(PONft: MAP 1.1 1115)
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FIG. 12 - APl: Biblioteca de APl padrc10