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POTENCIAL ESPELEOLÓGICO Allan Calux Redespeleo Brasil BRASÍLIA – Dezembro de 2012

REDESPELEO Comitê Técnico Consultivo IN - Potencial ... · OLIVEIRA, F. A. R. 2001. Detecção de depressões cársticas a partir de classificação espectral e morfológica de

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POTENCIAL ESPELEOLÓGICO

Allan CaluxRedespeleo Brasil

BRASÍLIA – Dezembro de 2012

INTRODUÇÃOParte I

Decreto Federal 99.556/90

Art. 3º - É obrigatória a elaboração de estudo de impacto ambiental para asações ou os empreendimentos de qualquer natureza, ativos ou não,temporários ou permanentes, previstos em áreas de ocorrência de cavidadesnaturais subterrâneas ou de potencial espeleológico, os quais, de mododireto ou indireto, possam ser lesivos a essas cavidades, ficando suarealização, instalação e funcionamento condicionados à aprovação, peloórgão ambiental competente, do respectivo relatório de impacto ambiental.

• Inerente a praxis espeleológica

• Pesquisas autônomas (grupos de espeleologia)

• Autofinanciamento

• Racionalização dos esforços

• Economia de recursos

Potencial espeleológico e a espeleologia “amadora”

• Identificação remota de geoformascársticas/pseudocársticas

• “Assinaturas” paisagísticas

• Análises espaciais

• Ferramentas de sensoriamento remoto

• Classificações automáticas/semi-automáticas

Potencial espeleológico e as iniciativas acadêmicas

Exemplos

Dell Antonio (1997)

Cavernas em arenito – Serra do Itaqueri/SP• Mapa de lineamentos

• Fotointerpretação

• Mapa de declividade (>45°)

Oliveira (2001)

Detecção automática de dolinas (Vazante)• Análise morfográfica

• Sensoriamento remoto

• Modelo Digital de Terreno (MDT)

• Tratamento estatístico

• Padrão de classificação espectral

Fonte: Oliveira (2001)

• Zoneamento ambiental

• Gestão e controle do patrimônio

• Ordenamento territorial

Potencial espeleológico e as iniciativas institucionais

Exemplo

Berbert-Born (1994)

Projeto Vida – APA Carste de Lagoa Santa• Foto interpretação

• Mapa de vegetação (geobotânica)

• Ocorrências de cavernas conhecidas

• Informações espeleológicas (espeleometria, lito-estruturas, sedimentação e hidrogeologia)

Exemplo

Jansen (2011) - CECAV

Potencialidade para ocorrência decavidades naturais subterrâneas

• Classificação litológica

• Escala regional (Brasil)

• Planejamento de curto, médio e longo prazo

• Gestão estratégica

• Gerenciamento de risco

• Identificação de oportunidades de compensação espeleológica

Potencial espeleológico e as iniciativas privadas

BASES CONCEITUAISParte II

Objetivo Escala Tempo

Planejamento < detalhe < t (gabinete)

Empreendimento > detalhe > t (gabinete)

Objetivo

EscalaTempo

Objetivo x Escala x Tempo

Ajuste entre os objetivos,

a escala e o tempo

QUALIDADE

Atributos do Modelo

• Geologia (litoestruturas e estratigrafia)

• Geomorfologia (declividade, hipsometria,macrofeições, etc.)

• Hidrogeologia (tipo de aquífero)

• Hidrografia (recarga/descarga)

• Pedologia

• Cobertura vegetal

• ...

Técnicas

• Análises “manuais”

• Álgebra de mapas (operadores booleanos)

• Análise multicritério (pesos e notas)

• Aplicações da lógica fuzzy (modelagem de“incertezas”)

AnálisesManuais

Operadores booleanos

Lógica FuzzyAnálise multicritério

Classes:

Graus de Potencial

Muito altoAltoMédioBaixoOcorrência improvável

AltoMédioBaixo

ProvávelPossívelImprovável

EXEMPLOS DE APLICAÇÃOParte III

Modelo regional

Calux (2011)

Potencial Espeleológico cavernas ferríferas

Serra dos Carajás e Quadrilátero Ferrífero

• Variáveis: classificação litológica, lineamentos estruturais, hipsometria (tendência de concentração), declividade.

• Bases de dados públicas

• Escala regional: 1:500.000

• Estatística descritiva

• Análise multicritério

Localidades

Quadrilátero Ferrífero (MG)

• Análise de distribuição:

– Amostra = 589 cavernas

• Litologia => 16 litotipos

• Densidade de lineamentos => 0 a 67o

• Hipsometria => 787 a 1625 m

• Declividade => 2 a 34o

• Drenagens => 5 a 1400 m

Geologia

Geologia

37%

15%14%

08%

08%

06%

03% 03% 02%

02%

01%

01%

01%

00%

00%

00%

Frequência de cavernas por litotipo

Itabirito

Aglomerado, Areia, Argila, Laterita

Areia, Sedimento el·vio-coluvionar

Dolomito, Itabirito

Dolomito

Filito

Areia, Argila, Cascalho, Laterita

Metapelito

Metaconglomerado

Densidade de lineamentos estruturais

Densidade de lineamentos estruturais

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1 a 5km/km²

5 a 10km/km²

10 a 15km/km²

15 a 20km/km²

20 a 25km/km²

25 a 30km/km²

30 a 35km/km²

35 a 40km/km²

> 40km/km²

Freq

ênci

a d

e ca

vern

as

Densidade de estruturas

Frequência de cavernas por densidade de estruturas na área de ocorrência

Hipsometria

Hipsometria

0

10

20

30

40

50

60

70

800m

850m

900m

950m

1000m

1050m

1100m

1150m

1200m

1250m

1300m

1350m

1400m

1450m

1500m

1550m

1600m

Freq

uên

cia

de

cave

rnas

Classe hipsométrica

Frequência de cavernas por intervalo hipsométrico

Declividade

Declividade

0

50

100

150

200

250

1 a

5 a

10

°

10

a 1

15

a 2

20

a 2

25

a 3

> 3

Freq

uên

cia

de

cave

rnas

Classe de declividade

Frequência de cavernas por classe de declividade

Potencial Espeleológico

Distância caverna x drenagem Freq. Peso

0 a 250 m 116 5

250 a 500 m 153 5

500 a 750 m 115 4

750 a 1000 m 131 4

1000 a 1250 m 64 3

1250 a 1500 m 9 2

> 1500 1

Classe hipsométrica Freq. Peso

750 a 850 m 12 1

850 a 950 m 60 3

950 a 1050 m 116 4

1050 a 1150 m 40 3

1150 a 1250 m 27 2

1250 a 1350 m 59 3

1350 a 1450 m 145 5

1450 a 1550 m 111 4

> 1550 19 1

Declividade Freq. Peso

1 a 5° 16 2

5 a 10° 83 3

10 a 15° 147 4

15 a 20° 202 5

20 a 25° 100 3

25 a 30° 33 2

> 30° 8 1

Densidade de estruturas Freq. Peso

1 a 5 km/km² 103 4

5 a 10 km/km² 31 2

10 a 15 km/km² 75 3

15 a 20 km/km² 80 3

20 a 25 km/km² 150 5

25 a 30 km/km² 60 3

30 a 35 km/km² 34 2

35 a 40 km/km² 52 3

> 40 km/km² 4 1

Potencial Espeleológico

Modelos em escala local

Calux (2011)

Potencial Espeleológico em cavernas ferríferasde Corumbá• Variáveis: classificação litológica, lineamentos estruturais,

hipsometria (tendência de concentração), declividade.

• Estatística descritiva

• Análise multicritério

Carumbá (MS)

• Análise de distribuição:

– Amostra = não há caverna cadastrada

• Litologia => 11 litotipos

• Densidade de lineamentos => 0 a 26o

• Hipsometria => 45 a 275 m

• Declividade => 1 a 67o

Localidades

Geologia

Densidade de lineamentos estruturais

Hipsometria

Declividade

Potencial Espeleológico

Distância caverna x drenagem Peso

0 a 250 m 5

250 a 500 m 5

500 a 750 m 4

750 a 1000 m 4

1000 a 1250 m 3

1250 a 1500 m 2

> 1500 1

Classe hipsométrica Peso

45 a 50 m 1

50 a 100 m 2

100 a 150 m 3

150 a 200 m 5

200 a 250 m 4

250 a 300 m 3

Declividade Peso

1 a 5° 2

5 a 10° 3

10 a 15° 4

15 a 20° 5

20 a 25° 3

25 a 30° 2

> 30° 1

Densidade de estruturas Peso

1 a 5 km/km² 5

5 a 10 km/km² 4

10 a 15 km/km² 3

15 a 20 km/km² 3

20 a 25 km/km² 3

25 a 30 km/km² 3

30 a 35 km/km² 2

35 a 40 km/km² 1

> 40 km/km² 1

Potencial Espeleológico

Referências

ANTONIO, Rogério Dell. Método de identificação de áreas potenciais ao desenvolvimento de cavernas na Serra de Itaqueri - SP, utilizando SIG. 1997.

BERBERT-BORN, M. 1994. Informações básicas para a Gestão Territorial: espeleologia -inventário de cavidades naturais Região de Matozinhos-Mocambeiro. Belo Horizonte: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

CALUX, A. S. 2011. Potencialidade para ocorrência de cavernas em rochas ferríferas na Serra de Carajás (PA), Quadrilátero Ferrífero (MG) e Corumbá (MS). In: 1º Simpósio Mineiro do Carste, 2011, Belo Horizonte. 1º Simpósio Mineiro do Carste: Anais do Evento. Saint- Martin-aux-Buneaux: Centre Normand d'Etude du Karst et des Cavitésdu Sous-sol, 2011. p. 48-48.

OLIVEIRA, F. A. R. 2001. Detecção de depressões cársticas a partir de classificação espectral e morfológica de imagens de sensoriamento remoto na região do Alto rio Paracatu (MG). Monografia de conclusão de curso de especialização em geoprocessamento.