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Avaliação de extratos de Artemisia annua como candidatos a fitoterápicos antiparasitários Amanda Becker PIBIC/FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA MOLENTO, M.B., SPRENGER, L.K.,SOARES, H. B., KLOSTER, F. S. Referências Rodrigues, R. A. F., et al. Otimização do processo de extração e isolamento do antimalárico artemisinina a partir de Artemisia annua L. Química Nova,29 (2), 368-372. Introdução A fitoterapia vem sendo frequentemente utilizada no controle das parasitoses de diversas espécies animais. Muitas plantas tem demonstrado potencial antiparasitário satisfatório. O foco deste trabalho foi avaliar a planta Artemisia annua, tendo como objetivo a caracterização fitoquímica, verificar a toxicidade frente a Artemia salina e analisar a atividade antioxidante dos extratos obtidos, para estabelecer se a mesma é uma candidata a ser um fitoterápico anti-helmíntico eficaz. Método Depois de coletadas e processadas, foram produzidos três tipos diferentes de extratos: Aquoso (Aq.), Hidroalcoólico de 7 dias (H.7) e Hidroalcoólico de 30 dias (H.30). Estes foram submetidos a: marcha fitoquímica; dosagem de artemisinina em HPLC; dosagem de fenóis totais; ensaios de atividade antioxidante pelos métodos do DPPH, poder redutor e captação do radical NO e ensaio de toxicidade frente a Artemia salina. Resultados e Discussão Foram encontrados diversos metabólitos com potencial ação antiparasitária nos textratos, dentre eles taninos e flavonóides. Estes dois quando encontrados em quantidade representativa em uma planta, fazem com que a mesma seja uma excelente candidata a possuir boas propriedades antiparasitárias. A maior concentração de artemisinina foi encontrada, em ordem decrescente, no H.7 (59.409±1.472), H.30 (50.378±0.880) e Aq. (35.529±1.849). No teste toxicológico, os valores de CL50 encontrados para os extratos H.7, H.30, Aq. e sulfato de quinidina (controle positivo) foram de 3827 μg/mL, 3325 μg/mL, 2673 μg/mL e 104 μg/mL, respectivamente. Todos os extratos demonstraram ter baixa toxicidade (CL50 > 1000 ppm). Quanto a quantificação dos fenóis totais (FT), o menor teor foi registrado no Aq; (142,7 ± 0,874); Ao passo que o maior teor foi encontrado no H.7 (203,0±0,569), sendo este valor estatisticamente igual (P < 0,05) ao observado no H.30 (197,3 ± 0,656). Em todos os testes antioxidantes, os melhores resultados foram encontrados no H.7>H.30 >Aq. Conclusão Diversos compostos com propriedades antiparasitárias foram encontrados nos testes. Logo, se concluí que os extratos obtidos de Artemisia annua, são possíveis candidatos a serem fitoterápicos eficazes frente a diversas doenças parasitárias. Contudo, testes frente a parasitas são necessários para elucidar a real atividade antiparasitária destes extratos.

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Avaliação de extratos de Artemisia annua como candidatos a fitoterápicos antiparasitários Amanda Becker PIBIC/FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA MOLENTO, M.B., SPRENGER, L.K.,SOARES, H. B., KLOSTER, F. S. Introdução - PowerPoint PPT Presentation

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Avaliação de extratos de Artemisia annua como candidatos a fitoterápicos antiparasitáriosAmanda BeckerPIBIC/FUNDAÇÃO ARAUCÁRIAMOLENTO, M.B., SPRENGER, L.K.,SOARES, H. B., KLOSTER, F. S.

Referências Rodrigues, R. A. F., et al. Otimização do processo de extração e isolamento do antimalárico artemisinina a partir de Artemisia annua L. Química Nova,29 (2), 368-372.

IntroduçãoA fitoterapia vem sendo frequentemente utilizada no controle das parasitoses de diversas espécies animais. Muitas plantas tem demonstrado potencial antiparasitário satisfatório. O foco deste trabalho foi avaliar a planta Artemisia annua, tendo como objetivo a caracterização fitoquímica, verificar a toxicidade frente a Artemia salina e analisar a atividade antioxidante dos extratos obtidos, para estabelecer se a mesma é uma candidata a ser um fitoterápico anti-helmíntico eficaz.

MétodoDepois de coletadas e processadas, foram produzidos três tipos diferentes de extratos: Aquoso (Aq.), Hidroalcoólico de 7 dias (H.7) e Hidroalcoólico de 30 dias (H.30). Estes foram submetidos a: marcha fitoquímica; dosagem de artemisinina em HPLC; dosagem de fenóis totais; ensaios de atividade antioxidante pelos métodos do DPPH, poder redutor e captação do radical NO e ensaio de toxicidade frente a Artemia salina.

Resultados e DiscussãoForam encontrados diversos metabólitos com potencial ação antiparasitária nos textratos, dentre eles taninos e flavonóides. Estes dois quando encontrados em quantidade representativa em uma planta, fazem com que a mesma seja uma excelente candidata a possuir boas propriedades antiparasitárias. A maior concentração de artemisinina foi encontrada, em ordem decrescente, no H.7 (59.409±1.472), H.30 (50.378±0.880) e Aq. (35.529±1.849). No teste toxicológico, os valores de CL50 encontrados para os extratos H.7, H.30, Aq. e sulfato de quinidina (controle positivo) foram de 3827 μg/mL, 3325 μg/mL, 2673 μg/mL e 104 μg/mL, respectivamente. Todos os extratos demonstraram ter baixa toxicidade (CL50 > 1000 ppm). Quanto a quantificação dos fenóis totais (FT), o menor teor foi registrado no Aq; (142,7 ± 0,874); Ao passo que o maior teor foi encontrado no H.7 (203,0±0,569), sendo este valor estatisticamente igual (P < 0,05) ao observado no H.30 (197,3 ± 0,656). Em todos os testes antioxidantes, os melhores resultados foram encontrados no H.7>H.30 >Aq. ConclusãoDiversos compostos com propriedades antiparasitárias foram encontrados nos testes. Logo, se concluí que os extratos obtidos de Artemisia annua, são possíveis candidatos a serem fitoterápicos eficazes frente a diversas doenças parasitárias. Contudo, testes frente a parasitas são necessários para elucidar a real atividade antiparasitária destes extratos.