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nº 1590 – 23 jan. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Referência de Qualidade em Extensão Rural - SumárioInformativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 4, 23 jan. 2020 PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/01/2020 Nos

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nº 1590 – 23 jan. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 2, 23 jan. 2020

Palavra da Casa

Tempo de cores e sabores nas vindimas por todo Estado

Muito além da produção, produtividade e renda gerada pelas videiras em todo o Estado, a

uva e a diversidade de derivados movimentam o Turismo Rural em época de férias de verão no Rio

Grande do Sul.

A colheita da fruta, com todas as suas festividades e possibilidades de experiências, acontece

no período de janeiro a março, sendo que fevereiro é seu ponto alto.

Estamos em plena vindima, que engloba o período entre a colheita da uva e o início da

produção de vinhos. E apesar do registro de perdas de produtividade na cultura devido à estiagem, já

estancadas graças às chuvas da última semana, são inúmeras as opções turísticas para quem quer

fazer uma programação cultural, festiva e logisticamente diferente da tradicional ida à praia nos

meses mais quentes do ano.

As festividades, que tiveram início na segunda quinzena de janeiro, concentram-se na região

da Serra gaúcha, mas também se espalham para o Sul e Norte do Estado, como Camaquã e Erechim.

Na programação dos eventos destacam-se atividades como colheita e pisa das uvas, cursos

de degustação de vinhos e espumantes, visita às vinícolas e aos parreirais, passeios de carretão,

jantares harmonizados com farta gastronomia, festas típicas nas comunidades locais,

comercialização de uvas, vinhos, sucos, geleias, cucas e até mesmo produtos estéticos feitos à base

da fruta. Isso tudo é realizado em vinícolas, restaurantes, hotéis, pousadas e demais

empreendimentos do setor turístico.

As atrações de Bento Gonçalves, por exemplo, valorizam a cultura e a tradição italiana.

Durante esse período, a cidade celebra a colheita da fruta, que dá origem ao principal produto

turístico do município, o vinho.

Já em Erechim nesta sexta-feira (24/01) acontece a abertura oficial da Festa Di Bacco, com

desfile de carros alegóricos e shows. A programação festiva prossegue no sábado (25/01), com

oficinas e apresentações culturais. No domingo (26/01), o 1º Concurso Gastronômico envolverá

agroindústrias familiares, cantinas e panifícios regulamentados e autorizados para a produção e

comercialização de alimentos. O evento termina só no outro final de semana, dia 02 de fevereiro.

Também nesta sexta será realizada a 1ª Mostra de Viticultura de Camaquã, onde o público

visitante poderá conhecer e provar diferentes tipos de uva e ainda levar para casa fruta, sucos,

geleias e cucas. O objetivo é promover a viticultura e mostrar a possibilidade da diversificação da

cultura.

Destaca-se que a Emater/RS-Ascar está diretamente ligada a todas as fases da cadeia

produtiva da cultura, seja na Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) para a produção,

colheita, agroindustrialização, comercialização, geração de renda, sucessão familiar e auxílio da

gestão da propriedade, até mesmo como empreendimento turístico rural.

Vindimas, uma ótima oportunidade para divulgarmos nosso trabalho e a diversidade da

cultura gaúcha e todos seus sabores e saberes. Participe e prestigie nossa cultura!

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES

Estado já colheu 22% das lavouras de milho.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 3, 23 jan. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 16 A 22/01/2020

A última semana apresentou totais elevados de chuva em grande parte do RS. Entre a

quinta (16) e a sexta-feira (17), a propagação de uma frente fria gerou áreas de instabilidade

que provocaram chuva e trovoadas, com altos volumes acumulados em algumas regiões. No

sábado (18), o ingresso de ar seco afastou a nebulosidade e manteve o tempo firme, com

temperaturas amenas em todo Estado. No domingo (19) e segunda-feira (20), o tempo

permaneceu firme, e o ingresso de ar quente favoreceu a elevação das temperaturas, com

valores acima de 33°C em grande parte dos municípios. Na terça (21) e quarta-feira (22),

áreas de instabilidade associadas ao forte calor provocaram pancadas isoladas de chuva,

típicas de verão, na maioria das regiões, com registro de altos volumes em algumas

localidades.

Os totais de precipitação registrados no período amenizaram a condição de estiagem

sobre boa parte do RS, no entanto ainda é necessária a ocorrência de chuvas mais regulares

para reverter a situação. Na última semana, os volumes variaram entre 35 e 60 mm na

maioria das regiões. Na Fronteira Oeste, Missões, na região Central, no Vale do Taquari e no

Planalto, os valores oscilaram entre 65 e 80 mm e superaram 100 mm em alguns municípios.

Os valores de chuva mais expressivos registrados na rede INMET/SEAPDR ocorreram em

Teutônia (80 mm), Santa Rosa (84 mm), Passo Fundo (86 mm), Bagé (97 mm), Caçapava do

Sul (98 mm), Santa Maria (118 mm), Uruguaiana (128 mm) e São Luiz Gonzaga (136 mm).

A temperatura mínima ocorreu em 17/01 em São José dos Ausentes (8,1°C) e a

máxima foi observada em Uruguaiana (36,3°C) em 19/01.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 22/01/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 4, 23 jan. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/01/2020

Nos próximos sete dias novamente poderão ocorrer chuvas expressivas em várias

regiões do RS. Na quinta-feira (23), a nebulosidade vai persistir e ainda ocorrerão pancadas

isoladas de chuva na Metade Norte, com possibilidade de temporais isolados em áreas mais

próximas à Santa Catarina. Na sexta-feira (24), o ingresso de umidade do mar manterá a

condição de chuva fraca entre a Serra de Nordeste e o Litoral Norte, com tempo firme e

temperaturas amenas no restante do Estado. No sábado (25), o tempo seco e com grande

amplitude térmica predominará em todas as regiões; somente no Extremo Sul a passagem

de uma frente fria no Oceano poderá provocar pancadas de chuva no fim do dia e durante a

noite. No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a elevação das

temperaturas, e poderão ocorrer pancadas de chuva de verão em áreas isoladas. Entre a

segunda (27) e a terça-feira (28), a condição não muda, e o forte calor manterá a

possibilidade de chuva de verão, com temperaturas próximas a 35°C na maior parte do

Estado. Na quarta-feira (29), a propagação de uma área de baixa pressão provocará chuva

em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados.

A previsão numérica indica que os totais mais elevados de chuva deverão ficar

concentrados sobre a Metade Sul e no Oeste do Rio Grande do Sul. Os valores deverão

oscilar entre 20 e 35 mm em grande dos municípios e poderão superar 50 mm em alguns

municípios da Campanha. No Alto Vale do Uruguai, na região Central, no Vale do Taquari e

no Vale do Rio Pardo os totais esperados deverão variar entre 10 e 20 mm.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 5, 23 jan. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

CULTURAS DE VERÃO

Soja

O cultivo da soja no RS alcançou tecnicamente a totalidade da área prevista para a

safra de 5.956.504 hectares. Das lavouras implantadas, 48% se encontram na fase de

desenvolvimento vegetativo, 39% em floração e 13% na fase de enchimento de grãos.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/01 Em 16/01 Em 23/01 Em 23/01

Plantio 100% 99% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 48% 56% 32% 36%

Floração 39% 34% 47% 46%

Enchimento de grãos 13% 10% 21% 18%

Maduro e por colher 0% 0% 0% 0%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a implantação da

cultura está praticamente concluída, que corresponde a 11,8% da área de soja no Estado. O

que falta ser implantado corresponde ao plantio do tarde (safrinha), que irá ocupar áreas de

milho-safra em colheita e de soja com plantios precoces. Os estádios fenológicos da cultura

são os seguintes: 57% em desenvolvimento vegetativo, 36% em florescimento e 7% em

enchimento de grãos. O desenvolvimento das lavouras ainda é satisfatório, mesmo com as

condições de falta de umidade e de altas temperaturas nas últimas duas semanas. As chuvas

ocorridas recuperaram parcialmente as lavouras, apesar de já haver perdas, sobretudo nas

Missões. As temperaturas elevadas no início da semana, associadas à menor quantidade de

água no solo, favoreceram o murchamento da parte aérea das plantas, principalmente nos

plantios em áreas de coxilha, onde a ação do vento é maior. Após a chuva, houve

recuperação da turgidez das plantas e incremento de folhas e ramos em todas as lavouras da

região; os produtores intensificaram as atividades de pulverização de fungicidas preventivos

e inseticidas para controle de tripes e ácaros.

Na regional de Ijuí, 48% das áreas encontram-se na fase de desenvolvimento

vegetativo, 41% em floração e 11% em enchimento de grãos. A cultura evoluiu rapidamente

para o estádio reprodutivo; com o retorno da umidade no solo, houve melhora no

desenvolvimento. Nos plantios com variedades de hábito indeterminado, o retorno das

chuvas influenciou a emissão de folhas novas, de ramos laterais e o aumento da floração. Em

geral, as plantas apresentam tamanho menor que o ideal, com índice foliar abaixo do

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 6, 23 jan. 2020

esperado e potencial produtivo comprometido devido à estiagem. Os índices de redução do

potencial produtivo são diferentes conforme a localização das lavouras na região, o período

de semeadura e o ciclo das cultivares. As lavouras implantadas no final de outubro são as

mais prejudicadas, e no Corede Alto Jacuí é onde se identificam as maiores reduções de

produtividade. Em relação ao estado fitossanitário das plantas, foi constatada a presença das

estruturas reprodutivas de fungo (uredósporos) nas unidades de coleta de esporos da

ferrugem da soja de Ibirubá e Cruz Alta. Os produtores intensificam a aplicação de fungicidas

nas lavouras. Até o momento, há baixa incidência de pragas.

Na de Soledade, as condições do tempo no período encaminham para a finalização

dos plantios; 70% das lavouras se apresentam na fase de desenvolvimento vegetativo, 27%

em florescimento e 3% em enchimento de grãos. Na quarta-feira (15), choveu em toda a

região com volumes que variaram de 20 a 65 milímetros, e a cultura vem recuperando o

crescimento e o desenvolvimento. A maior parte da área cultivada na região foi semeada em

novembro; essas lavouras estão fechando as entrelinhas e iniciando o florescimento. Em

geral, a altura de plantas está abaixo do normal para essa época. Em avaliações realizadas

nas grandes áreas de produção em Pantano Grande, Rio Pardo e Encruzilhada do Sul, notam-

se expressivas áreas com falhas de plantas, decorrentes da semeadura em solo com

umidade insuficiente para viabilizar as etapas de germinação, emergência e

desenvolvimento vegetativo inicial da cultura. No entanto, as plantas que superaram esse

momento crítico têm desenvolvimento normal após as chuvas; isso poderá compensar em

parte as falhas com a emissão potencial de maior número de ramificações. O

monitoramento fitossanitário registrou baixa incidência de pragas, com alguns focos de

ácaros. Já para as doenças, são realizadas aplicações preventivas para a ferrugem asiática,

especialmente após as chuvas ocorridas.

Na de Erechim, as lavouras estão nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e

enchimento de grãos. As chuvas ocorridas na semana regularizaram a disponibilidade hídrica

para a cultura; as lavouras reagiram, apresentando bom aspecto e poucos sintomas de

ataque de insetos ou doenças.

Na de Lajeado, a cultura apresenta-se nas fases de desenvolvimento vegetativo e

inicia o estádio reprodutivo, estimulado pelas chuvas que ocorreram na primeira quinzena

de janeiro. O excesso de precipitações de setembro a outubro não permitiu que alguns

produtores conseguissem implantar milho nas áreas de várzea do rio Taquari, e optaram por

implantar soja. Com a estiagem, a cultura se ressentiu, mas a partir das últimas chuvas,

houve melhora do quadro. A manutenção do regime de chuvas poderá minimizar as perdas

que já são evidentes. Em Colinas, onde foram semeados 3.600 hectares de soja, maior área

de cultivo no Vale do Taquari, as lavouras estão 100% implantadas, e encontram-se na fase

de desenvolvimento vegetativo. As implantadas no período em que houve estiagem

sofreram com a falta de umidade no solo, mas se beneficiaram com o retorno da chuva,

visto que a cultura está na fase inicial de implantação e desenvolvimento vegetativo. Caso

persista a situação, poderá haver agravamento de perdas. Já em Cruzeiro do Sul, segunda

maior área de cultivo com 2.700 hectares semeados, houve uma diminuição de 10% da área

plantada em virtude das condições adversas no momento de plantio (excesso de chuvas em

outubro-novembro), seguidas de estiagem pós-implantação (dezembro-janeiro). As últimas

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 7, 23 jan. 2020

chuvas ocorridas (dias 10 e 15) revigoraram as lavouras e permitiram que alguns produtores

realizassem o plantio da safrinha. Em Vespasiano Corrêa, terceiro maior produtor do Vale do

Taquari, com 2.150 hectares, foi concluída a semeadura na área inicialmente prevista; as

fases atuais da lavoura são as seguintes: 45% em desenvolvimento vegetativo, 40% em

florescimento/formação de vagens e 15% em enchimento de grãos. Evidencia-se redução do

rendimento esperado devido à estiagem.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 40% das lavouras se

encontram em desenvolvimento vegetativo, 30% em floração, 25% em enchimento de grãos

e 5% já entraram na fase de maturação. As últimas chuvas favoreceram as plantas, que já

apresentam redução no potencial produtivo, principalmente em áreas com dificuldade de

reter a umidade no solo. O retorno da umidade também favoreceu a realização de tratos

culturais pelos produtores.

Na de Passo Fundo, 69% da cultura encontra-se na fase de desenvolvimento

vegetativo, 25% em florescimento e 6% em enchimento de grãos. Os produtores monitoram

pragas e doenças e, nos casos identificados, são realizados tratamentos. Após as chuvas, as

plantas responderam positivamente, retomando o ciclo de desenvolvimento.

Na região de Bagé, em Dom Pedrito, o plantio alternou excesso e falta de umidade

no solo. Os produtores conseguiram plantar 120 mil hectares. A partir de 10 de janeiro, as

precipitações abrangentes e com volumes significativos beneficiaram as lavouras,

principalmente as que se encontram na fase de florescimento (20%). O estado fitossanitário

é bom. Os produtores realizam tratos culturais de controle de invasoras nas lavouras mais

novas e controle de pragas. Em Manoel Viana, as lavouras em florescimento e enchimento

de grãos foram as mais prejudicadas pela falta de chuva e por temperaturas muito altas; em

particular, nas áreas com solos arenosos onde houve inclusive mortalidade de plantas. As

lavouras estão em recuperação após as chuvas. Os produtores realizam a aplicação de

fungicidas e inseticidas. Já em São Borja, deverá haver redução na produtividade nas

cultivares precoces em floração, enquanto que nas tardias, há possibilidades de

recuperação. As precipitações no final de semana foram importantes para a retomada do

desenvolvimento vegetativo da cultura. Os produtores de soja monitoram a incidência de

ácaros e tripes.

Na região de Pelotas, a cultura da soja encontra-se predominantemente na fase de

emergência e desenvolvimento vegetativo (60%); as outras fases são florescimento (30%) e

enchimento de grãos (10%). As chuvas ocorridas com regularidade, embora não sejam

suficientes, têm possibilitado baixo índice de perdas até o momento.

Na regional de Porto Alegre, as últimas chuvas ocorridas em 10, 11 e 15 de janeiro

atenuaram os efeitos da estiagem, e as lavouras dão sinais de recuperação. A umidade

possibilitou que os produtores retomassem os tratamentos fitossanitários. As perdas no

potencial produtivo relacionam-se com o início da implantação, quando a estiagem causou

problemas na germinação, originando lavouras desuniformes, com falhas e baixo estande, o

que permitiu concorrência com plantas daninhas. Na sequência, o plantio foi paralisado em

função da estiagem. Esses fatores foram responsáveis pela diminuição da área de cultivo.

Alguns produtores que estavam com solo preparado para o plantio optaram pelo cultivo de

milho safrinha ou de pastagens.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 8, 23 jan. 2020

Na de Caxias do Sul, a soja é a cultura menos afetada dela deficiência hídrica. As

chuvas periódicas, associadas à redução da temperatura e da alta intensidade da insolação,

têm permitido recuperar as lavouras, principalmente as que estão no estádio de

florescimento e início de enchimento de grãos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o plantio está

finalizado, de acordo com o final do período recomendado pelo zoneamento agrícola de

risco climático. As lavouras estão nas seguintes fases: 75% em desenvolvimento vegetativo,

15% em floração e 10% em enchimento de grãos. Foi realizado replantio em muitas lavouras

com problemas de germinação e/ou morte de plântulas. Há áreas com desuniformidade e

baixo estande de plantas, o que acarreta em perdas na produtividade. O déficit hídrico

afetou principalmente as lavouras que se encontravam nas fases de floração e enchimento

de grãos no período da segunda quinzena de novembro e durante dezembro. A magnitude

das perdas no potencial produtivo da cultura dependerá do comportamento do tempo até o

encerramento do ciclo.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja

comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 78,19/sc., com aumento de 0,24% em

relação à semana anterior.

Nas regiões de Passo Fundo e Santa Maria, a oleaginosa é comercializada a R$ 77,00;

de Erechim, a R$ 80,00; de Santa Rosa, a R$ 74,50; de Caxias do Sul, R$ 79,00. Na região de

Bagé, oscilou entre R$ 71,00 e R$ 80,00. Na de Ijuí, os preços praticados estão entre R$

74,50 e R$ 77,50/sc. O produto disponível em Cruz Alta é comercializado a R$ 85,50. Em

Soledade, os preços variaram entre R$ 77,00 e R$ 80,50; em Porto Alegre, entre R$ 78,00 e

R$ 87,00; na região de Frederico Westphalen, a cotação oscilou entre R$ 77,00 e R$ 78,00; e

na de Pelotas, entre R$ 79,50 e R$ 88,50/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2111, de 23 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho

As chuvas ocorridas no período atenuaram parcialmente a situação de déficit hídrico

que a cultura enfrenta no Estado.

As fases da lavoura são as seguintes: 15% em germinação e desenvolvimento

vegetativo, 12% em floração, 25% em enchimento de grãos, 26% maduro e 22% do total já

foram colhidos.

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00

80,00

82,00

84,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

78,19 78,0078,77

73,26

82,2082,66

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,24

-0,74

6,73

-4,88-5,41

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 78,19/saca de 60 kg)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 9, 23 jan. 2020

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/01 Em 16/01 Em 23/01 Em 23/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 15% 20% 15% 20%

Floração 12% 13% 13% 13%

Enchimento de grãos 25% 28% 33% 31%

Maduro e por colher 26% 26% 22% 19%

Colhido 22% 13% 17% 17%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que corresponde a 10% da

área cultivada no Estado, a cultura tem evoluindo rapidamente para as fases de maturação e

colheita. Ainda que a umidade no solo tenha retornado, não foi possível a recuperação das

lavouras que já estão em estágio fisiológico avançado de final de ciclo. À medida que a

colheita avança, a produtividade das lavouras tem sido menor, em consequência da falta de

água nos estágios críticos. A produtividade é variável; a região que teve maior perda é a do

Corede Alto Jacuí. Em geral, o produto colhido tem apresentado boa qualidade.

Na de Santa Rosa, da área implantada, 60% está colhida, demais áreas estão

principalmente em fase de maturação. A produtividade teve pequena queda em função da

baixa umidade do solo, que atingiu lavouras em plena floração e formação inicial do grão.

Com a melhora das condições de umidade do solo, foi iniciada a semeadura para o cultivo da

segunda safra (milho safrinha) nas áreas colhidas. As chuvas da semana frearam as

atividades da colheita do produto, e os produtores buscam a retirada do produto da forma

mais célere possível, para liberar as áreas também para a semeadura da soja safrinha. As

unidades das cooperativas e cerealistas mantêm as atividades de limpeza e secagem de

forma permanente, objetivando manter a qualidade do produto para posterior

comercialização. São poucas as comunicações de Proagro até o momento, a maioria delas

como recurso preliminar e de forma pontual. A boa produtividade obtida e os preços com

tendência de elevação devem possibilitar boa rentabilidade da cultura nesta safra.

Na de Frederico Westphalen, com 11,9% da área destinada à cultura no Rio Grande

do Sul, as lavouras com híbridos mais precoces e que foram semeadas até a primeira

quinzena de setembro apresentam bom potencial produtivo, variando entre 130 a 160 sacos

por hectare, potencial 10% abaixo da expectativa inicial. Já as perdas provocadas pela

estiagem são maiores nas lavouras semeadas a partir de meados de setembro. Apesar dessa

situação, o produto colhido tem apresentado boa qualidade de grãos. Os produtores

atingidos pela estiagem continuam solicitando cobertura de Proagro.

Na regional de Caxias do Sul, as chuvas do meio da semana trouxeram mais umidade

e temperaturas menos elevadas, favorecendo a cultura, principalmente as lavouras do tarde.

Nas lavouras do cedo, houve poucas mudanças no aspecto geral e nenhuma alteração no

potencial produtivo, pois a cultura já ultrapassou o estádio fenológico crítico do

florescimento. As lavouras afetadas apresentam-se com porte reduzido, folhas queimadas,

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 10, 23 jan. 2020

pendão preso no cartucho e ausência de formação de espigas ou com espigas diminutas e

sem formação de grãos.

A regional de Soledade representa 9% da área de milho do Estado. Com a melhoria

das condições do tempo e o aumento da umidade do solo, a área de implantação da cultura

chegou a 93% dos 69.396 hectares previstos na intenção de plantio; 36% dos cultivos estão

na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo, 5% em floração, 29% em enchimento

de grãos e 30% em maturação. A ocorrência de bom volume de chuvas generalizadas na

região favoreceu a semeadura, germinação e a emergência de lavouras tardias, na maior

parte em áreas de pós-tabaco. O quadro geral da cultura na região é de perdas,

principalmente nas lavouras do cedo. Essas lavouras tinham potencial de rendimento inicial

superior a 150 sacos por hectare, mas em função da estiagem, as produtividades ficarão

aquém. Na região, a metade da área com milho é cultivada em restevas de lavouras de

tabaco. A maior parte dessa área está sendo semeada e já se encontra em início de

desenvolvimento. As consequências da estiagem na produção total de milho serão

relativizadas com a volta da chuva, diminuindo o impacto de perdas. Porém, para que isso se

consolide, é necessário que haja continuidade das chuvas. Mesmo com as precipitações

ocorridas dia 10 em toda a região, a semeadura pouco avançou, pois os produtores foram

cautelosos na semeadura do milho em baixas altitudes em função de as temperaturas

continuarem altas e pelo fato de permanecer baixa a umidade relativa do ar.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, onde há 8,2% da área do Estado

com a cultura, as lavouras estão principalmente em floração e enchimento de grãos,

havendo lavouras em início da fase de maturação. A redução no volume de precipitações

nos meses anteriores associada à má distribuição de chuvas tem repercutido negativamente

na expectativa de rendimento da cultura, tanto para colheita do milho destinado à produção

de grãos quanto nas áreas destinadas à produção de silagem.

Na de Erechim, com 5,7% da área do Estado, o principal estágio é o de enchimento

de grãos; 15% da área já foi colhida, com redução na produtividade. Alguns produtores que

tiveram perdas significativas estão acionando o Proagro.

Na de Bagé, a umidade do solo voltou com a ocorrência das chuvas no período, e as

plantas reagiram ao quadro de déficit hídrico provocado pela estiagem. Os produtores

aproveitaram o momento para realizar os tratos culturais de aplicação de herbicida,

adubação de cobertura e controles fitossanitários. Nos municípios em que a umidade dos

solos foi reestabelecida, o plantio de milho safrinha será realizado até o final do mês.

Na regional de Pelotas, a semeadura da cultura é realizada em um período extenso,

de outubro até janeiro, na maioria dos municípios da região. A partir de dezembro, quando

diminuíram as chuvas, o plantio foi reduzido, e uma parcela ainda será semeada. A região

contabiliza perdas na cultura, considerando as lavouras para grãos e silagem, sem considerar

as perdas pelas áreas plantadas fora do período recomendado. A fase é de desenvolvimento

vegetativo em 50% da área com a cultura, 35% em floração e 15% em granação.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 10% das lavouras da primeira safra

estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% em floração, 55% em enchimento de

grão, 10% em maturação e 10% colhido. Com a volta das chuvas, foi retomado o plantio do

milho da segunda safra, sendo que na maioria dos municípios da região o período

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 11, 23 jan. 2020

recomendado estende-se até 31 de janeiro. As lavouras da primeira safra apresentam

perdas elevadas, chegando em alguns casos à totalidade da produção; essas áreas estão

sendo destinadas à alimentação animal e possivelmente será realizado o replantio. As

perdas na região deverão ser expressivas.

Na de Porto Alegre, as chuvas atenuaram os efeitos da estiagem para o milho que

estava na fase de desenvolvimento vegetativo. Porém, as lavouras em floração e

enchimento de grãos tiveram perdas maiores, e em alguns casos pontuais há perda total. Na

microrregião Centro-Sul, as chuvas das duas últimas semanas animaram os agricultores para

o plantio do milho safrinha (pós-fumo), ocorrendo uma maior procura por sementes junto

ao comércio local. Algumas áreas inicialmente previstas para o plantio destinado a grãos

foram direcionadas à produção de silagem, como forma de diminuir as perdas. As lavouras

com produtividade comprometida estão sendo utilizadas para pastejo animal, para um

melhor aproveitamento e devido à carência de pastagens para os animais.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio

ficou em R$ 40,94/sc., com aumento de 2,35% em relação à semana anterior.

Na regional de Santa Rosa, o preço médio teve aumento, sendo cotado a R$

42,00/sc.; em Frederico Westphalen e Bagé, o cereal ficou cotado a R$ 40,00/sc.; em

Pelotas, ficou em R$ 40,00/sc.; em Ijuí, em R$ 40,55/sc.; em Caxias do Sul, o preço chegou a

R$ 42,00/sc.; em Erechim, a R$ 43,00/sc.; em Santa Maria aumentou para R$ 40,41/sc. e em

Porto Alegre, o preço teve ligeira alta, sendo comercializado ao preço médio de R$ 43,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2111, de 23 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho silagem

Na região de Erechim, 75% das lavouras de milho destinadas à produção de silagem

foram colhidas e 25% estão em fase de formação de grãos. Há perdas na produtividade das

lavouras e também na qualidade do produto ensilado.

Na de Soledade, as lavouras de milho em fase de formação do grão vêm sendo

ensiladas antecipadamente a fim de aproveitar o volumoso; porém, a qualidade está

comprometida. As semeaduras de milho em áreas de restevas, onde já foram colhidos o

milho para silagem e o tabaco, apresentam falhas na germinação e emergência devido à

baixa umidade do solo que se seguiu após a semeadura. A sequência de chuvas nas duas

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

38,00

39,00

40,00

41,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média mês

40,94

40,00

37,31

34,85

36,8336,31

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

2,35

9,73

17,47

11,1612,75

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 40,94/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 12, 23 jan. 2020

últimas semanas encorajou os agricultores para intensificar a operação de semeadura de

milho nas restevas de milho, fumo e feijão.

Na de Pelotas, em parte das lavouras destinadas à silagem, a semeadura ainda não foi

concluída, em função da falta de umidade nos solos; assim, deverão ser semeadas fora do

período recomendado. Muitas lavouras que seriam destinadas para grãos foram utilizadas

para silagem, que terá qualidade muito baixa devido ao desenvolvimento prejudicado pela

estiagem; além disso, a redução na qualidade da silagem vai interferir negativamente na

produção leiteira e de carne no outono e inverno.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, ocorreram perdas

significativas na produtividade e qualidade do milho para silagem devido à estiagem, com

redução da produção do volumoso.

Arroz

As fases da cultura no Estado são as seguintes: 62% das lavouras em fase de

germinação/desenvolvimento vegetativo, 26% em floração, 11% em enchimento de grãos e

1% em maturação. Em geral, a lavoura mantém bom desenvolvimento.

Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 23/01 Em 16/01 Em 23/01 Em 23/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 62% 71% 43% 57%

Floração 26% 22% 38% 29%

Enchimento de grãos 11% 7% 18% 13%

Maduro e por colher 1% 0% 1% 1%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras encontram-se nas fases de

germinação/desenvolvimento vegetativo, floração e em enchimento de grãos, mantendo

adequado estado de desenvolvimento. Em Uruguaiana, 90% das lavouras encontram-se em

estágio de florescimento. As chuvas ocorridas na semana (50 mm) auxiliaram no manejo da

água nas lavouras e na reposição dos mananciais. Em Quaraí, as lavouras de arroz

apresentam bom estande de plantas, sem incidência de problemas de pragas e doenças. Os

produtores têm realizado ajustes sistemáticos na irrigação, de modo a assegurar água para

todo o ciclo.

Com as condições do tempo favorecendo o bom desenvolvimento da cultura na

regional de Pelotas, 75% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo e 25%

em floração. Os produtores realizam manejo de água e aplicação de adubo nitrogenado.

Na regional de Soledade, 75% das lavouras de arroz estão no estágio de

desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 5% em enchimento de grãos. As lavouras

apresentam bom desenvolvimento e bom estande de plantas. As chuvas ocorridas na

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 13, 23 jan. 2020

semana ainda não são suficientes para repor os volumes dos mananciais. As lavouras mais

adiantadas no ciclo da cultura seguem recebendo tratos culturais. Já nas áreas semeadas

com restrição de umidade do solo, há falhas devido à germinação desuniforme. Em geral, as

lavouras se mantêm com bom estado fitossanitário.

Na de Santa Maria, 85% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo e

15% em floração. As chuvas das últimas semanas amenizaram a preocupação relativa à água

disponível nos mananciais para irrigação, que apresentaram boa recuperação. Os produtores

que contam com reservas de água não sofreram os efeitos da estiagem, prevendo inclusive

superior qualidade de grãos. Já aqueles que tiveram problemas, atrasaram o plantio em

função das chuvas ocorridas na primavera; foi o que ocorreu em Cacequi, onde 30% dos 11

mil hectares do município foram semeados após o período recomendado. Tal medida fará

com que a fase de floração ocorra entre fevereiro e março, quando há menor insolação e

maior risco de temperaturas noturnas baixas, condições que podem vir a comprometer a

produtividade e a qualidade dos grãos a serem colhidos.

Na de Porto Alegre, a área prevista para a safra está implantada. As lavouras estão

nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e em enchimento de grãos. As áreas com

a cultura têm apresentado bom estande de plantas e adequado estado fitossanitário. No

período, a atenção dos produtores é direcionada à doença fúngica brusone. Após as últimas

chuvas, os níveis de água nos mananciais tiveram reposição parcial.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a cultura está em floração e

enchimento de grãos. As condições de temperatura têm favorecido as fases de

desenvolvimento da cultura. Os produtores de Garruchos e Santo Antônio das Missões

preocupam-se com a recorrência de chuvas de alta intensidade, já que podem diminuir a

polinização das plantas e acarretar perdas.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação no RS

alcançou preço médio de R$ 46,74/sc., aumento de 0,49% em relação à semana anterior. Na

regional de Bagé, o preço tem variado entre R$ 44,00 e R$ 49,00; na de Soledade, entre R$

45,00 e R$ 47,00; e na de Pelotas, entre R$ 46,00 e R$ 52,50. Na região de Santa Rosa, o

preço do produto estabilizou cotado a R$ 47,00. Na região de Porto Alegre, o arroz foi

comercializado entre R$ 45,00 e R$ 53,50; e em Santa Maria, entre R$ 44,50 e R$ 48,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2111, de 23 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

46,74 46,51 45,7441,87

49,4751,65

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,492,19

11,63

-5,52

-9,51

-15

-10

-5

0

5

10

15

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 46,74/saca de 50 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 14, 23 jan. 2020

Feijão 1ª safra

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura está na fase final de colheita, com

produtividade média de 25 sacos por hectare. As últimas lavouras colhidas apresentaram

redução de produtividade, mas ainda boa qualidade dos grãos.

Na de Santa Rosa, 95% da área já está colhida, e a produtividade média é de 1.200

quilos por hectare. Os produtores aguardam até o final de janeiro para o plantio da segunda

safra (safrinha); dessa forma, o ciclo da cultura atingirá as fases de floração e enchimento de

grãos em março, quando a tendência é de temperaturas amenas e de regime regular de

precipitações.

Na região de Frederico Westphalen, 10% das lavouras estão na fase de enchimento

de grãos e 90% já foram colhidas. Os grãos colhidos apresentam boa qualidade. A

produtividade média tem se mantido em 1.800 quilos por hectare.

Na de Pelotas, as lavouras estão nas fases de enchimento de grãos, maturação e

colheita. Atualmente, 60% das áreas já foram colhidas. A cultura foi bastante prejudicada em

dois momentos: o primeiro, na semeadura, quando ocorreu excesso de umidade e baixa

taxa de insolação, acarretando diminuição no desenvolvimento das plantas; o segundo

ocorreu nas fases de floração e enchimento de grãos, com a estiagem.

Na região de Soledade, 5% da cultura de feijão está na fase de floração, 20% em

enchimento de grãos, 10% em maturação e 65% já foi colhida. As chuvas ocorridas nas duas

últimas semanas têm favorecido a recuperação das lavouras, principalmente as implantadas

no tarde. As perdas devidas à estiagem provocaram a queda das flores geradas na primeira

camada, o que diminuiu o potencial produtivo da cultura na safra. Por outro lado, o tempo

seco tem ajudado na diminuição da incidência de pragas e doenças.

Na de Santa Maria, 30% das lavouras estão na fase de maturação e 70% já foram

colhidas. As chuvas das últimas semanas, com bons volumes e de ocorrência mais regular,

amenizaram a situação da estiagem; porém as perdas na cultura já estão consolidadas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as lavouras se encontram nas fases

de enchimento de grãos, em maturação e já colhidas. As lavouras de feijão estão com

rendimento dentro da normalidade na microrregião do Litoral. Nos plantios realizados mais

cedo, os efeitos danosos da estiagem e das altas temperaturas foram menores. Na

microrregião Centro-Sul, as perdas deveram-se à estiagem e às altas temperaturas ocorridas

nas fases de floração e enchimento de grãos, afetando drasticamente a produtividade por

terem acarretado queda de vagens e deformidades nos grãos. A produtividade média da

região está em 900 quilos por hectare.

Na de Erechim, 15% das lavouras estão na fase de maturação e 85% já foram

colhidas. A produtividade alcançada é de 1.842 quilos por hectare.

Feijão 2ª safra

Nas de Santa Maria e Ijuí, o plantio do feijão segunda safra iniciou após as chuvas da

semana. A intenção de plantio na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria

é de 1.053 hectares e poderá ser alterada em função da falta de precipitações. Já na de Ijuí,

a previsão de plantio é de 3.868 hectares.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 15, 23 jan. 2020

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do feijão no Estado foi cotado em R$ 140,63/sc., com aumento de

0,45% em relação à semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço vem se mantendo no

patamar de R$ 120,00; na de Soledade, em R$ 163,33; na de Ijuí, em R$ 133,75; na de

Pelotas, entre R$ 180,00 e R$ 210,00; na de Santa Maria, o valor oscilou entre R$ 130,00 e

R$ 150,00. Na região de Porto Alegre, o preço variou entre R$ 180,00 e R$ 450,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2111, de 23 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na regional de Santa Rosa, o retorno da chuva beneficiou as culturas. As espécies

folhosas como alface, rúcula, couve, salsa e cebolinha estão sendo cultivadas em sistemas

protegidos, uma vez que a alta radiação e as temperaturas altas prejudicam a produção de

olerícolas a céu aberto. Assim, se observa uma diminuição dos cultivos nas hortas

domésticas. Segue a colheita de abóboras e morangas, assim como a de tomate, com

demanda maior que a oferta. Comparada aos anos anteriores, a produção de tomate sofreu

redução; há ataque de ácaros.

Na regional de Ijuí, a diminuição da temperatura associada à maior umidade do solo

contribuiu para o melhor desenvolvimento das olerícolas, para a intensificação dos tratos

culturais e para o aumento da semeadura e transplantio das culturas. Produtores ampliam a

utilização de malhas de sombreamento para minimizar os impactos das altas temperaturas e

suprir as necessidades do mercado local. Nos cultivos em estufas, continua alta a incidência

de pragas como ácaros, tripes e mosca-branca, necessitando monitoramento constante e

controle periódico. Batata-doce e mandioca retomaram crescimento, mas ainda apresentam

pouco desenvolvimento de raízes tuberosas. A cultura do tomate apresenta boa

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

140,63 140,00 140,63153,80

202,28 203,15

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,45 0,00

-8,56

-30,48 -30,78-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 140,63/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 16, 23 jan. 2020

produtividade, mas aumentou a incidência de doenças. Abóboras, vagens e pepino, com boa

produção e sanidade regular. Os preços na semana que passou foram os seguintes: alface a

R$ 1,80/cab., beterraba a R$ 3,40/kg, brócolis a R$ 3,75/kg, cenoura a R$ 3,50/kg, couve-flor

e pepino a R$ 4,50, mandioca com casca R$ 1,78 e descascada a R$ 4,33/kg, repolho a R$

2,80/kg, rúcula a R$ 2,00/maço e tomate a R$ 4,16/kg.

Na regional de Santa Maria, o retorno das chuvas e as temperaturas mais amenas

dão condições para a normalidade de produção. Porém, ocorreu redução do potencial

produtivo das hortaliças em geral. Os reservatórios de água recuperaram parte de seu

volume, melhorando a situação. O tomate apresentou perda no pegamento e

aproveitamento dos frutos em Santiago. O preço das olerícolas em Santa Maria são os

seguintes: alface de R$ 12,00/dz., rúcula a R$ 2,50/saquinho, brócolis a R$ 3,00/unid.,

repolho a R$ 1,00/unid., tomate a R$ 55,00/cx. de 24 quilos; a caixa de 20 quilos de batata-

doce foi comercializada a R$ 20,00 e a de mandioca a R$ 18,00.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, o cenário da olericultura

mudou com o retorno de condições normais de chuvas regulares, com boa radiação solar,

ainda que com temperaturas bastante elevadas. Com o retorno das chuvas, iniciou o

processo de recuperação das culturas a campo que não contam com sistemas de irrigação.

Melancia, abóbora, moranga, batata-doce, mandioca e milho verde são os principais

cultivos, a maioria sem irrigação; em muitas lavouras, as perdas são irreversíveis,

principalmente nas de milho verde e melancia. Já as de batata-doce e mandioca plantadas

mais cedo apresentam perdas menores; porém, em decorrência da estiagem, há falhas e

atraso no crescimento e no desenvolvimento em muitas lavouras. Folhosas cultivadas com

sistemas telados de proteção seguem com boa qualidade. Cultivos em estufa de espécies

como tomate, pepino e pimentão encontram dificuldade em função das altas temperaturas

no interior desses ambientes e devido à alta taxa de evapotranspiração, causando

abortamento de flores. Produtores utilizam telados internos na estufa a fim de amenizar os

efeitos do calor; porém, esse manejo deve ser conduzido de forma a não reduzir a radiação

solar, que causa estiolamento. Olericultores voltam a fazer o preparo do solo para plantios.

Na de Porto Alegre, com o retorno das chuvas e das temperaturas mais amenas da

última semana, as plantas apresentaram melhor desenvolvimento e produtos com melhor

qualidade. Os reservatórios de água recuperaram parte do volume com as últimas chuvas,

mas ainda preocupam produtores de olerícolas que manejam a irrigação. No Litoral Norte, o

tomate longa vida está sendo comercializado a preços de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg, o pimentão

colorido a R$ 6,00/kg e o verde a R$ 2,50/kg.

Na regional de Bagé, a oferta de olerícolas é baixa e pouco diversificada em razão

das condições climáticas (altas temperatura, insolação e evapotranspiração) que dificultam

muito o manejo. Para amenizar os efeitos de altas radiação solar e temperaturas, foram

intensificados o uso de telas de sombreamento e o de irrigação. Estão em colheita tomate

de estufas, repolho, mandioca, batata-doce e abóbora.

Na regional de Passo Fundo, as atividades hortícolas têm exigido maior atenção

entre os produtores que cultivam sistemas a céu aberto, em virtude das altas temperaturas

e da redução das precipitações. Nos sistemas protegidos, os produtores mantêm o manejo

da água, a fertirrigação e o controle das temperaturas. As atividades hortícolas têm exigido

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 17, 23 jan. 2020

maior atenção de produtores que cultivam a céu aberto. Nos sistemas protegidos, os

produtores mantêm o manejo de água e fertirrigação e o controle das temperaturas.

Preços na feira do produtor de Passo Fundo Produto Unidade Preço (R$)

Aipim pac. 1 kg descascada 4,50

Alface lisa, crespa e americana pé 2,00

Alface produzida estufa pé 2,50

Almeirão pé 2,50

Batata-doce kg 3,00

Beterraba molho 2,50

Brócolis cab. 4,00

Cenoura kg 2,00

Chicória pé 3,00

Couve-flor cab. 4,00

Couve folha molho 2,50

Milho verde pac. 5 espigas 7,00

Moranga Cabotiá kg 2,50

Pepino conserva kg 5,50

Pepino Japonês kg 3,00

Rabanete molho 3,00

Repolho roxo kg 3,00

Repolho verde kg 2,50

Rúcula pé 2,50

Tempero verde molho 2,50

Tomate Gaúcho/paulista kg 4,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Passo Fundo.

Cebola

Na regional de Passo Fundo, o produto colhido é de excelente qualidade. A cotação

em Ibiraiaras permaneceu em R$ 0,60/kg, com pouca comercialização.

Na regional de Pelotas, o clima seco de dezembro e janeiro favoreceu a colheita e a

cura da cultura, resultando em produto com ótima casca e cor, qualidades distintivas para a

comercialização do produto. A colheita foi praticamente concluída, e a comercialização da

cebola está bastante lenta, principalmente pelo preço baixo ofertado ao produtor.

Batata

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, 25% da área

implantada de 10.300 hectares está colhida ou pronta para colheita; o restante da área se

divide em estádio reprodutivo e crescimento vegetativo. Há perdas na produção devido ao

déficit hídrico, ao estresse térmico e à forte insolação, refletindo-se naturalmente no

tamanho das batatas e na desvalorização do produto. Para tubérculos de primeira, sem

lavagem e vendidos na propriedade, o preço médio é de R$ 1,50/kg; os de menor calibre, R$

0,50; em média o valor fica de R$ 1,00 a 1,10/kg.

Na regional de Passo Fundo, segue a colheita, com boa qualidade. O preço

permanece estável a R$ 60,00/sc. de 50 quilos da batata rosa e a R$ 40,00/sc. da branca.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 18, 23 jan. 2020

Alho

Na regional de Passo Fundo, a colheita foi concluída. Em Ibiraiaras, o produto está

sem cotação, sendo comercializado em outros mercados.

Mandioca/aipim

Na regional de Santa Rosa, a área implantada com a cultura é de 7.540 hectares,

destinada principalmente para autoconsumo das famílias e alimentação animal, além da

produção de polvilho e comercialização do produto descascado e embalado por

agroindústrias. A cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo; produtores realizam o

controle de invasoras. Nos municípios de produção comercial, seguem a colheita e a

comercialização da safra 2018-2019, chegando a R$ 22,00/cx. de 25 quilos em Nova

Candelária, devido à escassez do produto. Está previsto nessa semana o início da colheita do

aipim novo, porém sem expectativa de preço.

No Vale do Caí, a cultura sofreu com os efeitos do clima, com retardo no

desenvolvimento. As vendas estão baixas; o preço médio está em R$ 18,00/cx. de 22 quilos.

No Vale do Taquari, as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. A expectativa é de

boa produtividade, estimada em 15 toneladas por hectare. Porém, o excesso de chuvas no

início do desenvolvimento vegetativo causou falhas de plantas em algumas áreas,

principalmente por bacteriose. O desenvolvimento das raízes está atrasado em virtude da

estiagem, mas a cultura resistiu bem ao estresse. A área comercial plantada em Cruzeiro do

Sul diminuiu em relação ao ano anterior, ficando em aproximadamente 320 hectares.

Brássicas

Na regional de Lajeado, no Vale do Caí, estão sendo preparadas as áreas para

implantação de couve-flor, que ocorre a partir de fevereiro. Neste período poucas áreas

encontram-se em fase de produção. O preço médio é de R$ 18,00/dz. no mercado local. A

couve folha é comercializada a R$ 10,00/dz. As áreas destinadas à cultura do brócolis

encontram-se em rotação e preparo para implantação de novos cultivos a partir da segunda

quinzena de fevereiro. Nas áreas em produção, a qualidade ficou comprometida devido ao

sol forte e à falta de água. O brócolis está sendo comercializado em média a R$ 15,00/dz. no

mercado local. O repolho encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo e colheita,

sem maiores problemas fitossanitários, afora a falta de melhor disponibilidade hídrica. O

repolho verde é comercializado ao preço médio de R$ 1,50/unid., e o roxo a R$ 21,00/dz. no

comércio local.

Tomate

Na regional de Lajeado, no Vale do Caí, o tomate-cereja é cultivado em ambiente

protegido praticamente o ano todo. A safra encontra-se em plena fase de produção;

produtores já encomendam as mudas para a próxima safra. Os cultivos estão com boa

sanidade, mas é necessária atenção com a mosca-branca. O quilo do tomate-cereja a granel

está sendo comercializado a valores entre R$ 6,00 e R$ 7,00.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 19, 23 jan. 2020

Pepino

Na regional de Lajeado, no Vale do Caí, a cultura em ambiente protegido está em

plena produção e colheita. Nessa safra, a mosca-branca constitui-se na principal praga da

cultura. A ocorrência de doenças foliares apresenta baixa intensidade, desfavorecida pelo

clima. Em São José do Hortêncio, as áreas de pepino salada cultivadas em campo aberto

foram praticamente dizimadas; as cultivadas em estufa sofreram pouco os efeitos da

estiagem. Em Feliz, há sinalização de aumento no plantio em ambiente protegido, tanto do

pepino conserva quanto do salada. A procura pelo pepino salada está baixa, com preço de

R$ 30,00/cx. de 20 quilos. O preço do pepino indústria fica entre R$ 50,00 e R$ 60,00/cx. de

20 quilos.

Folhosas

Os cultivos de rúcula no Vale do Caí em ambiente protegido ocorrem o ano inteiro.

Como os ciclos de cultivo são sucessivos, a safra encontra-se em distintas fases de produção.

Os preços estão estabilizados entre R$ 0,80 e R$ 1,00/molho. Em São José do Hortêncio, a

cultura da alface apresenta perdas, mínimas se considerarmos que grande parte da área

cultivada conta com irrigação e sombrite. A cotação média da alface aumentou em relação à

do mês anterior; na Ceasa variou de R$ 15,00 a R$ 20,00/dz.

Milho verde

No Vale do Taquari, a qualidade do milho verde está abaixo do normal. Muitos

produtores plantam de forma escalonada, sendo que o plantio do cedo teve produtividade

normal. Já as áreas em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos estão

muito prejudicadas. Algumas lavouras que estavam em pendoamento na época da estiagem

tiveram perda total. O preço recebido pelos produtores é de R$ 0,20/espiga.

FRUTÍCOLAS

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a colheita de uva se

encaminha para o final; houve redução na qualidade das bagas comparativamente às

colhidas no início da safra, em razão do ataque de vespas, abelhas e de outros insetos que

prejudicam a apresentação. Nos próximos dias, produtores iniciarão aplicações de calda

bordalesa para controle das doenças foliares e manutenção das folhas nas parreiras. As

frutas estão muito doces; alguns produtores fazem vinho, suco e geleia. Produtores também

colhem manga, abacaxi, figo e maçã para autoconsumo. Em Porto Vera Cruz, ainda há

propriedades em colheita de laranjas. A de morango em sistema semi-hidropônico está em

fase final. Produtores encomendam mudas importadas para a próxima safra. Os citros

apresentam menor carga de frutos em decorrência da boa produção do ano anterior. Segue

a colheita de melancia, e embora os frutos apresentem boa qualidade, é necessário cobri-los

com jornal ou palha seca para proteger contra o sol. Algumas lavouras comerciais de melão

estão em plena colheita e comercialização.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 20, 23 jan. 2020

Na regional de Ijuí, a comercialização de uva foi intensificada no período. O produto

é de boa qualidade, com elevado grau brix. Há aumento gradual da incidência de podridão

nas bagas, mas sem impacto no resultado da cultura; boa sanidade da parte vegetativa.

Cultura do melão com excelente produtividade e bom escoamento da produção; produtores

satisfeitos com preço de venda. Melancia com colheita atrasada, mas com frutos grandes e

de boa qualidade; sanidade das plantas superior em relação ao ano anterior. Ocorre intensa

comercialização nas vias de deslocamento da região e no comércio local. Cultura do pêssego

em final de colheita. As frutas foram comercializadas com os seguintes preços por quilo:

melancia a R$ 1,33, melão a R$ 2,45, pêssego a R$ 3,75, uva a R$ 4,25, laranja a R$ 1,20 e

bergamota a R$ 1,50/kg.

Na regional de Santa Maria, o crescimento das frutíferas melhorou com a condição

favorável de luz e mais umidade do solo. Em São João do Polêsine, continua a colheita da

uva e do pêssego. Os pomares de caqui estão em fase de crescimento dos frutos, e o figo

encontra-se no estágio de maturação. A cultura da banana apresenta problema na emissão

de cachos em virtude do déficit hídrico do final do ano. A cultura está em fase de raleio nas

touceiras e de adubação. A qualidade do produto está boa, e o preço praticado é de R$ 2,50

a R$ 3,50/kg, com grande procura. Em Agudo, a cultura do morango está em plena

produção, e o preço médio é de R$ 15,00/kg.

Na regional de Bagé, produtores comerciais monitoram os pomares quanto ao

ataque de pragas e à necessidade de tratamentos fitossanitários. Citros, oliveiras e noz pecã

encontram-se em desenvolvimento dos frutos. Segue a colheita de pêssego, figo, melão e

melancia; morango em final de colheita. Iniciou a de uva; plantas com excelente carga e boa

expectativa de produção. Produtores realizam tratamentos fitossanitários para controle de

pragas.

Pêssego

Na regional de Pelotas, foi encerrada a colheita do pêssego destinado à indústria,

restando pequenas áreas cuja produção é destinada ao mercado in natura. A produção foi

bastante prejudicada por falta de insolação, pela alta umidade no período da floração e

ainda pela estiagem ocorrida no final do ciclo, durante a fase de enchimento do fruto. O

preço oferecido pela indústria para a fruta tipo I (calibres maiores que 57 mm) é de R$

1,30/kg e para o tipo II (calibres entre 53 e 57 mm) R$ 1,05/kg. Esses valores estão abaixo da

expectativa dos produtores, que era de R$ 1,60/kg e R$ 1,30/kg, respectivamente.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, segue a colheita das

variedades intermediárias e semitardias, antecipada pelo déficit hídrico ocorrido na fase

final de formação do fruto; houve redução do tamanho.

Na regional de Erechim, segue a colheita do pêssego, com frutos de boa qualidade,

mas com redução da produtividade devido à redução no tamanho. Os preços ao produtor

seguem entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg.

Na de Passo Fundo, segue a colheita da fruta, comercializada de R$ 3,00 a R$ 5,00/kg

nos mercados locais.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 21, 23 jan. 2020

Uva

Na regional de Caxias do Sul, estão em plena colheita as variedades superprecoces

como Chardonay, Riesling, Pinot Noir, Concord, Isabel precoce e inicia a das variedades de

ciclo precoce, como Niágara e Bordô. A maioria dessas variedades apresenta cacho de

tamanho bem menor que o tradicional, bagas mais finas e cachos ralos. As duas primeiras

características derivam da deficiência hídrica e forte radiação solar, e a última é

consequência do excesso de chuvas e da baixa radiação solar em outubro e novembro,

período do estádio de florescimento. São fatos positivos tanto a excelente sanidade das

bagas quanto o bom grau de açúcar. As chuvas das últimas semanas estancaram o avanço de

murchamento de brotos e bagas, o secamento e a perda de folhas e brotos. As cultivares de

ciclo médio e tardio apresentam maturação forçada e bastante adiantada; mas mesmo com

o retorno das chuvas, não haverá tempo para recuperação do calibre das bagas. Principal

uva de mesa da região, a Niágara rosada vem sendo fortemente ofertada pelos viticultores,

mesmo com baixa qualidade, a fim de reduzir perdas e aliviar as plantas. Tal fato derrubou a

precificação da fruta. Os preços médios na propriedade para as uvas de mesa são os

seguintes: americanas sem proteção a R$ 2,00/kg, Niágara protegida a R$ 5,00 e uvas finas a

R$ 10,00/kg.

Na regional de Erechim, com 560 hectares de plantios comerciais, segue a colheita

com boa qualidade. Os preços pagos para o produtor ficaram estáveis. Na de Passo Fundo, a

variedade Niágara está em colheita. O preço recebido é de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg nos

mercados locais.

Na regional de Frederico Westphalen, onde a cultura está implantada em 1.176

hectares, o rendimento está bom, dentro da média da região, entre 12 e 15 toneladas por

hectare, com boa qualidade. A colheita segue em Sarandi e está sendo finalizada em

Planalto, Alpestre e Ametista.

Ameixa

Na regional de Soledade, produtores de Passa Sete estão finalizando a colheita da

ameixa variedade Italiana. Houve redução expressiva da produtividade, em função de fatores

climáticos, como a falta de acúmulo de horas de frio no inverno, o excesso de chuva na

floração e a estiagem no período da formação do fruto. O preço pago ao produtor é de R$

2,80/kg.

Morango

Na região do Vale do Caí, na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, apesar do

clima fora do padrão para a cultura, com temperaturas médias diárias acima de 28°C, ainda é

muito significativa a produção de morangos em substrato, mesmo com as altas

temperaturas. Há ocorrência de oídio e ácaros. As áreas cultivadas no solo não produzem

mais neste período; produtores se organizam para implantar novas áreas a partir do final de

fevereiro e março. A cumbuca de 250 gramas está sendo comercializada entre R$ 2,50 e R$

3,00. A comercialização é menor neste período em função da entrada de outras frutas da

estação, como uva e melancia. No Vale do Taquari, a produção está encerrada na maior

parte das áreas mais baixas. As unidades de cultivo em ambiente protegido localizadas em

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 22, 23 jan. 2020

áreas onde a altitude é um pouco maior ainda conseguem obter produção significativa; o

preço médio recebido é de R$ 15,00/kg. Produtores praticamente finalizaram a encomenda

de mudas para o próximo ciclo, havendo indicativos de estabilidade nas áreas de plantio.

Na regional de Pelotas, onde são cultivados 50 hectares, segue a colheita do

morango cultivado em canteiros e no solo. Os frutos apresentam tamanho menor devido ao

calor e à radiação solar intensa. A colheita das cultivares de dias curtos foi encerrada.

Produtores intensificam os manejos de limpeza das plantas e iniciam o preparo das áreas

para plantio das mudas para o novo ciclo, que deverá ser implantado com mudas importadas

da Espanha. Em Turuçu, houve redução no tamanho das frutas, mas aumentou o grau de

açúcar; o preço pago ao produtor é de R$ 5,00/kg; na venda direta ao consumidor, R$

8,00/kg.

Melancia

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura encontra-se com bom

desenvolvimento, e a colheita iniciou na semana anterior. As lavouras de melancia não

sentiram efeitos negativos da estiagem, pois muitos produtores dispõem de recursos para o

molhamento nas lavouras.

Na regional de Porto Alegre, a cultura foi afetada pela estiagem e pelas altas

temperaturas, que reduziram o desenvolvimento das frutas; além disso, o peso ficou abaixo

do normal e há marcas de queimaduras provocadas pelo sol, comprometendo a qualidade e

o valor de mercado. Triunfo, maior produtor da região, foi um dos municípios mais afetados.

A safra da melancia encaminha-se para o final, acelerada pelas condições climáticas adversas

na região. O preço médio recebido pelos produtores é de R$ 0,40/kg a R$ 0,50/kg.

Banana

No Litoral Norte, que integra a regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, segue

a colheita de banana. O preço praticado no mercado local para a Prata de primeira

permaneceu em R$ 40,00/cx. de 20 quilos e em R$ 20,00/cx. para a banana de segunda. Já o

preço da Caturra caiu, ficando em R$ 16,00/cx. de 20 quilos de banana de primeira e em R$

8,00/cx. para banana de segunda qualidade.

Citros

Na regional de Soledade, a cultura encontra-se na fase de formação de frutos; em

geral, pomares seguem com boa sanidade. Tem continuidade o manejo fitossanitário para o

cancro cítrico. Com o retorno de chuvas regulares, vem ocorrendo o distúrbio de excesso de

turgescência nos frutos, ou seja, a rachadura do fruto, ocasionada pelo crescimento superior

da polpa em relação à casca.

Na regional de Caxias do Sul, os pomares apresentam boas condições fitossanitárias

e estão na fase de crescimento inicial de frutas; inicia a prática cultural do raleio de frutas

nas bergamoteiras. Embora se tenha contado com as boas chuvas das últimas semanas e

com a amenização das temperaturas, muitos pomares apresentam queimadura em frutas

mais expostas e amarelecimento, murchamento e queda de folhas nas plantas com maior

carga de frutas. O calibre final dessas frutas pode ter sido afetado pelos efeitos da estiagem.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 23, 23 jan. 2020

Alguns pomares apresentam ataque da larva minadora, exigindo controle em pomares

novos. Com o retorno da umidade do solo, ervas espontâneas crescem aceleradamente,

requerendo controle por meio de roçadas.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 15 produtos ficaram estáveis em preços, seis tiveram alta e em 14 ocorreu baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Dois produtos destacaram-

se em alta e dois em baixa.

Produtos em alta

Mandioca – de R$ 1,40 para R$ 1,75/kg (+25,00%)

A procura pela mandioca da safra nova já repercute nos preços praticados. Esta

sensível elevação nos preços é de ocorrência tradicional nesta época do ano, visto que a

qualidade superior do produto é reconhecida pelos consumidores e varejistas. Acessaram ao

mercado nesta terça-feira 9.010 quilos, enquanto que o volume médio por dia forte para

janeiro do último triênio foi 18.550 quilos.

Morango – de R$ 8,00 para R$ 10,00/kg (+25,00%)

Principalmente as altas temperaturas ocorridas nas últimas semanas aceleraram a

produção do morango e, em consequência, aumentaram os volumes ofertados,

repercutindo em baixa nos preços praticados. Neste momento, após escoada boa parte

desses volumes, o mercado volta ao equilíbrio da oferta e procura, retornando ao preço

anterior de R$ 10,00/kg. Entraram nesta terça-feira 24.867 quilos de morango, volume

muito próximo da média por dia forte no mês de janeiro do último triênio, que foi 24.700

quilos.

Produtos em baixa

Repolho verde – de R$ 1,50/kg para R$ 1,11/kg (-26,00%)

Como já divulgado recentemente, o excesso de chuvas em novembro e o calor

intenso em dezembro ocasionaram grandes perdas nas lavouras, tanto pelo apodrecimento

das plantas como pela escaldadura e queima das folhas devido ao forte calor e à intensidade

da radiação solar. Com a oferta reduzida, o preço praticado elevou-se, conforme a lei da

oferta e da procura. A sensação de que o preço estava muito acima daquele que era

comumente praticado levou o consumidor a reduzir a procura, forçando para baixo os

preços praticados. Entraram para o abastecimento nesta terça-feira 135.507 quilos de

repolho, volume superior à entrada na terça-feira da semana passada, que foi 107.222

quilos.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 24, 23 jan. 2020

Tomate-caqui longa vida – de R$ 3,06 para R$ 1,50/kg (-50,98%)

Embora as lavouras de tomate também tenham sido afetadas pela falta de chuvas e

pelo calor intenso, até o momento estas condições ainda não foram suficientes para

interferir nos volumes e na qualidade do produto que está sendo colhido. A plena safra

gaúcha que abastece o mercado força os preços para baixo. Nesta terça-feira o preço

praticado para o tomate de boa qualidade foi R$ 1,50/kg, valor inferior à média por dia forte

do triênio 2017-2019, que foi R$ 2,09/kg.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 14/01/2020

(R$)

20/01/2020

(R$)

Aumento (%)

Chuchu kg 2,22 2,25 +1,35

Laranja suco kg 1,56 1,66 +6,41

Mandioca (aipim) kg 1,40 1,75 +25,00

Morango kg 8,00 10,00 +25,00

Ovo branco dz. 2,83 3,17 +12,01

Vagem kg 7,00 7,50 +7,14

Produtos em baixa Unidade 14/01/2020

(R$)

20/01/2020

(R$)

Redução

(%)

Alface pé 0,83 0,67 -19,28

Banana Caturra kg 2,00 1,75 -12,50

Banana Prata kg 3,00 2,75 -8,33

Batata-doce kg 1,75 1,50 -14,29

Beterraba kg 1,78 1,75 -1,69

Cebola nacional kg 1,10 1,00 -9,09

Cenoura kg 1,94 1,75 -9,79

Limão Taiti kg 2,22 1,94 -12,61

Maçã Red Delicious kg 5,00 4,72 -5,60

Mamão Formosa kg 3,00 2,50 -16,67

Manga kg 3,06 2,66 -13,07

Milho verde bdj. 2,50 2,00 -20,00

Repolho verde kg 1,50 1,11 -26,00

Tomate-caqui longa vida kg 3,06 1,50 -50,98

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Erva-mate

Na regional de Erechim, segue a colheita, com produtividade média de 600 arrobas

por hectare. O preço por arroba varia de R$ 8,00 a R$ 15,00; há redução se comparado ao

final do ano passado, quando estava entre R$ 10,00 e R$ 17,00. Em alguns municípios da

região, a cultura é importante opção de diversificação nas propriedades.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 25, 23 jan. 2020

Na regional de Soledade, a estiagem atrasou o crescimento da erva-mate, mas os

ervais iniciaram a recuperação com a volta de chuvas regulares. No entanto, o maior

problema está nos plantios e replantios realizados em função da morte de mudas; em alguns

locais, chegou a mais de 50% delas. O preço pago ao produtor varia de R$ 12,00 a R$

15,00/arroba, não incluso o preço do serviço de colheita do tarefeiro, que fica em torno de

R$ 3,00/arroba.

Na regional de Passo Fundo, a área implantada com a cultura é de 1.110 hectares,

com produção anual de em torno de 11.700 toneladas de folha verde. Os principais

municípios produtores são Nova Alvorada, Machadinho e Capão Bonito do Sul. Agricultores

realizam monitoramento e controle de pragas, manejo da cobertura de solo e adubação. A

colheita ocorre normalmente. No entanto, neste período os ervais estão em brotação,

reduzindo o processo de industrialização, que passará a normalizar a partir de março.

Na produção de mudas, é realizado o monitoramento da formação e maturação dos

frutos para obtenção de sementes, iniciando a coleta das sementes no final do mês. A

produção de mudas está em desenvolvimento em ambiente controlado, para,

posteriormente, ser iniciado o processo de rustificação – adaptação das mudas às oscilações

da radiação solar – em ambiente aberto, para fins de plantio previsto entre final de março e

início de abril. O preço pago ao produtor pela erva-mate entregue na indústria é de R$

13,00/arroba; para a cultivar Cambona 4, é de R$ 15,00/arroba. O preço da muda de erva-

mate é de R$ 1,50/unid.

Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

Com a continuidade das chuvas ocorridas na semana, os campos nativos e as

pastagens cultivadas retomaram seu desenvolvimento, propiciando melhores condições de

pastejo para os animais.

As pastagens cultivadas perenes se recuperam e aumentam a produção de massa

verde mais rapidamente do que os pastos nativos.

As áreas destinadas à fenação têm apresentado um bom rendimento.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 26, 23 jan. 2020

BOVINOCULTURA DE CORTE

Na maior parte das regiões do Estado, o gado bovino de corte encontra-se em bom

estado e em boas condições sanitárias.

Os rebanhos que estão em áreas onde houve maior incidência de chuvas retomaram

o ganho de peso mais rapidamente e estão em melhores condições corporais.

Mesmo mantendo uma boa condição nutricional geral, os animais que estavam em

áreas que sofreram mais com a estiagem tiveram uma pequena perda de peso, que está

sendo recuperada.

Em função do período de cobertura que está em andamento, há necessidade de uma

especial atenção para manter ou recuperar o peso ideal das matrizes e reprodutores a fim

de garantir um bom índice de fertilização.

Comercialização

Durante a semana, o preço do boi para abate no RS registrou mais uma queda,

enquanto o da vaca ficou estável. O do boi caiu 0,14%, passando de R$ 6,93 para R$ 6,92/kg

vivo; o da vaca permaneceu em R$ 6,00/kg vivo.

Esses valores ainda mantêm uma considerável diferença em comparação aos preços

registrados há um ano. O preço atual do quilo vivo do boi para abate teve um acréscimo de

27,44% e o da vaca está 30,15% maior que em 24 de janeiro de 2019.

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca

Boi gordo (kg) 7,00 6,23 6,80 6,90

Vaca gorda (kg) 5,80 5,70 6,00 6,15

Vaca de invernar (kg) 5,20 - 5,80 5,50

Vaca solteira (cab.) - 1.525,00 - -

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.000,00 - 2.900,00

Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,80 6,50

Terneiro (kg) 7,50 7,40 7,00 6,90

Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.475,00 6,45 6,40

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2111, de 23 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

6,92 6,93 7,10

5,43

6,13 6,39

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

-0,14

-2,54

27,44

12,89

8,29

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 6,92/kg vivo)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 27, 23 jan. 2020

BOVINOCULTURA DE LEITE

No geral, os rebanhos bovinos de leite do RS apresentam boa condição corporal e

sanitária.

O período prolongado de estiagem ocorrido em dezembro e início de janeiro

provocou uma queda na produção leiteira maior do que a que costuma ocorrer nesses

meses, em comparação com o pico de produção sazonal de outubro e novembro.

Em muitos casos, além da queda do volume, foi observada a diminuição da qualidade

do leite. Com isso, além do aumento do custo de produção resultante da necessidade de

maior suplementação alimentar, o período de estiagem também provocou queda no valor

obtido pelo leite.

Os criadores têm a expectativa de que a retomada do crescimento das pastagens seja

mantida para se obter a recuperação de níveis normais de produção, com menores custos.

Na maior parte das regiões, as áreas de milho destinadas à silagem plantadas mais

cedo sofreram prejuízos irreparáveis, mas aquelas com plantio mais tardio ainda podem

atingir uma boa produção, desde que ocorram chuvas com mais regularidade.

OVINOCULTURA

Os rebanhos ovinos gaúchos mantêm bom escore corporal e boa sanidade.

Continua o período de banhos obrigatórios para controle de piolhos e sarna. Também

estão na pauta do manejo sanitário o controle estratégico de verminoses e o combate às

ectoparasitoses causadas por larvas de moscas.

Em várias propriedades nas diversas regiões, é temporada de encarneiramento até o

final de fevereiro, enquanto em outras o manejo envolve o preparo de ventres e carneiros

para a realização de cobertura em março e abril.

Comercialização

Nesta semana, o preço médio do cordeiro para abate no RS teve mais uma queda,

agora de 0,13%, passando de R$ 7,49 para R$ 7,48/kg vivo. No entanto, esse valor ainda é

10,49% maior que o registrado há um ano.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os preços do

quilo dos principais tipos de lã na última semana foram os seguintes: Merina – de R$ 19,00 a

R$ 20,00; Ideal – de R$ 17,00 a R$ 19,00; Corriedale – de R$ 8,50 a R$ 9,50; Romney Marsh –

R$ 4,50; raças de carne – R$ 3,50. Os preços de comercialização de ovinos na região tiveram

as seguintes médias: ovelha de cria – R$ 300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab.,

capão – R$ 5,00/kg, cordeiro – R$ 7,50/kg.

Na região de Pelotas, os preços do quilo dos principais tipos de lã foram os seguintes:

Merina – de R$ 14,29 a R$ 23,00; Ideal (Prima A) – de R$ 9,82 a R$ 17,00; Corriedale (Cruzas

1 e 2) – de R$ 3,50 a R$ 9,00. Os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes:

ovelha – de R$ 5,30 a R$ 8,00/kg vivo, capão – de R$ 5,50 a R$ 8,00/kg vivo, cordeiro – de R$

7,00 a R$ 8,50/kg vivo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 28, 23 jan. 2020

APICULTURA

Nas diversas regiões do RS, as condições gerais dos apiários são boas, e os enxames

desenvolvem boa atividade.

A safra de primavera está em andamento, com resultados diferenciados nas regiões.

Os melhores resultados em produtividade do mel vêm ocorrendo nas regiões

administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Santa Maria, Frederico Westphalen,

Erechim e Caxias do Sul.

Nas regiões de Bagé, Pelotas e Soledade, o início de safra foi mais dificultoso, e a

produtividade ainda é baixa.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 5,00 20,00

Caxias do Sul 7,00 25,00

Erechim 8,00 20,00

Ijuí - 21,50

Pelotas 4,00 a 15,00 15,00 a 20,00

Porto Alegre - 15,00 a 25,00

Santa Maria 5,00 15,00 a 22,00

Santa Rosa 5,00 a 10,00 15,00 a 18,00

Soledade 6,00 15,00 a 20,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

PISCICULTURA

No geral, o volume de água dos açudes é satisfatório, mas ocorrem alguns casos de

deficiente oxigenação da água, em consequência das altas temperaturas.

O desenvolvimento dos peixes é bom, e as despescas realizadas têm bons resultados.

Vários açudes ainda estão sendo povoados para a produção de peixes destinados à

comercialização da Semana Santa.

Comercialização

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, o preço do quilo vivo

da Tilápia inteira vendida na propriedade ficou em R$ 5,50 e o do filé de Tilápia vendido

pelas agroindústrias familiares ficou em R$ 25,00/kg.

Na região de Erechim, durante a semana, os preços do quilo vivo de peixe inteiro

criado em cativeiro foram os seguintes: Carpa – de R$ 10,00 a R$ 13,00; Jundiá – R$ 18,00,

Pacu – R$ 15,00; Traíra – R$ 13,00. O filé de Tilápia ficou entre R$ 22,00 e R$ 28,00/kg.

Na de Santa Rosa, os preços do quilo vivo dos peixes vendidos na propriedade foram

os seguintes: Tilápia – de R$ 5,50 a R$ 6,50; Carpa – de R$ 6,00 a R$ 8,00.

Na região de Ijuí, os preços do quilo vivo de peixe na propriedade foram os

seguintes: Carpa – de R$ 10,50 a R$ 13,50; Tilápia – de R$ 5,00 a R$ 5,50. O filé de Tilápia

ficou em R$ 30,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 29, 23 jan. 2020

PESCA ARTESANAL

A pesca de Camarão está ocorrendo normalmente e com boa produtividade na Lagoa

do Peixe, que tem parte de seu estuário na região administrativa da Emater/RS-Ascar de

Porto Alegre e parte na de Pelotas.

Em alguns dias da semana, os ventos fortes ocorridos no litoral dificultaram a prática

da pesca artesanal marinha.

Comercialização

O camarão capturado na Lagoa do Peixe está sendo comercializado a R$ 15,00/kg

com casca e entre R$ 45,00 e R$ 60,00/kg descascado.

Na regional de Porto Alegre, as espécies de pescado artesanal marinho mais

capturadas e vendidas foram Papa-terra e Pescada, a preços em torno de R$ 10,00/kg.

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 30, 23 jan. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2111, 23 jan. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

23/01/2020 16/01/2020 26/12/2019 24/01/2019 GERAL JANEIRO

Arroz 50 kg 46,74 46,51 45,74 41,87 49,47 51,65

Boi kg vivo 6,92 6,93 7,10 5,43 6,13 6,39

Cordeiro kg vivo 7,48 7,49 7,43 6,77 6,91 6,89

Feijão 60 kg 140,63 140,00 140,63 153,80 202,28 203,15

Milho 60 kg 40,94 40,00 37,31 34,85 36,83 36,31

Soja 60 kg 78,19 78,00 78,77 73,26 82,20 82,66

Sorgo 60 kg 30,17 29,37 28,43 28,73 30,28 30,56

Suíno kg vivo 4,05 4,11 3,94 3,30 4,30 4,49

Trigo 60 kg 40,84 40,17 40,17 42,64 41,20 39,15

Vaca kg vivo 6,00 6,00 6,19 4,61 5,38 5,64

20-24/01 13-17/01 23-27/12 21-25/01

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2111 (23 jan. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

Mapa negocia R$ 1,5 bilhão para apoiar contratação do seguro rural em 2021

Orçamento será articulado entre o Mapa e a área econômica com o objetivo de impulsionar

o seguro rural como principal instrumento mitigador de riscos climáticos na agricultura

Desde o dia 2 de janeiro, os produtores podem procurar os corretores, instituições

financeiras, cooperativas e revendas para contratar as apólices de seguro no âmbito do

Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). São 14 companhias seguradoras

credenciadas no programa operando em todas as regiões do país e ofertando seguros rurais

para mais de 60 culturas e atividades. Para 2020, está previsto R$ 1 bilhão para o programa,

maior valor para subvenção desde sua criação.

Com o objetivo de dar continuidade à promoção do seguro rural como principal

instrumento mitigador de riscos climáticos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa) irá debater com a área econômica do governo federal a meta de

ampliar o orçamento do programa para R$ 1,5 bilhão no exercício de 2021.

Page 31: Referência de Qualidade em Extensão Rural - SumárioInformativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 4, 23 jan. 2020 PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/01/2020 Nos

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 31, 23 jan. 2020

Regras em 2020

Novas regras de subvenção entram em vigor este ano, o que irá permitir que mais

produtores tenham acesso à subvenção (veja tabela). A estimativa é apoiar a contratação de

aproximadamente 250 mil apólices, possibilitando a cobertura de 18 milhões de hectares e

um valor segurado de R$ 50 bilhões. A projeção considera o comportamento de

contratações em anos anteriores e pode variar dependendo do perfil de contratação de

seguro rural por atividade e tamanho de produtor.

A partir dos ajustes feitos nas regras, a expectativa é que 17% a mais de produtores

sejam contemplados com seguro rural no PSR, quando comparado com a regra anterior.

Para as culturas de frutas, olerícolas, cana-de-açúcar, pecuária, aquícola e florestas, a

subvenção ao prêmio do seguro aumentou de 35% para 40%. Além disso, produtores de

culturas de inverno, como trigo e milho de segunda safra, terão subvenção de 40% no tipo

de cobertura de multirrisco, que antes estava em 35%.

Para grãos de verão, como soja e milho, e para o café, a subvenção pode variar entre

20% e 30%, a depender do tipo de cobertura e de produto contratado. As mudanças

também foram realizadas no limite financeiro anual por beneficiário na modalidade agrícola,

que passou de R$ 72 mil para R$ 48 mil, considerando que um pequeno número de apólices

era beneficiada com os limites maiores e a redistribuição desses valores possibilitará que

mais agricultores tenham acesso à subvenção.

O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, ressaltou

que a simplificação nas regras foi aprovada pelo Comitê Gestor Interministerial do Seguro

Rural no ano passado. "Essas mudanças atendem demandas do setor para tornar o seguro

mais acessível”, disse.

Além disso, o Mapa está com projetos para melhorar os produtos e serviços

entregues pelas seguradoras habilitadas. “Estamos criando um monitor do seguro rural em

que as entidades poderão, com auxílio do Mapa, formalizar para o mercado segurador

demandas fundamentadas visando aperfeiçoar ou desenvolver novos produtos de seguro

rural".

Outro objetivo do Mapa é elevar o patamar de qualidade dos serviços entregues

pelas seguradoras aos produtores. “Vamos cobrar melhorias nas coberturas e

produtividades estipuladas, bem como dos serviços dos corretores e de peritos agrícolas.

Esses últimos terão que fazer parte de um cadastro nacional e serão submetidos a cursos de

capacitação e de certificação até 2022. Todas essas ações fazem parte do Programa AGIR –

Agro Gestão Integrada de Riscos no âmbito do projeto de Promoção do Seguro Rural”,

finalizou.

Page 32: Referência de Qualidade em Extensão Rural - SumárioInformativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 4, 23 jan. 2020 PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/01/2020 Nos

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1590, p. 32, 23 jan. 2020

Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) – 2020

Modalidades de Seguro

Grupos de Atividades

Tipo de Cobertura

Tipo de Produto Percentual Subvenção

Limite Anual (R$)

Agrícola

Grãos de Verão e café*

Riscos Nomeados

Custeio/Produtividade 20%

48.000

Multirrisco Custeio/Produtividade 25%

Receita 30%

Grãos de Inverno**

Riscos Nomeados

Custeio/Produtividade 35%

Multirrisco Custeio/Produtividade/Receita 40%

Frutas, Olerícolas e

Cana-de-Açúcar

- - 40%

Florestas Silvicultura (florestas

plantadas)

- - 40%

24.000

Pecuário

Aves, bovino, bubalinos, caprinos, equinos, ovinos e suínos

24.000

Aquícola Carcinicultura, maricultura e piscicultura

24.000

Valor Máximo Subvencionável (CPF/ano) 120.000 Fonte: Resolução nº 68, de 08 de agosto de 2019

*Grãos de Verão: algodão, amendoim, arroz, café, fava, feijão, girassol, milho 1ª safra e soja.

**Grãos de Inverno: aveia, canola, cevada, centeio, milho 2ª safra, sorgo, trigo e triticale.

O que é o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural?

O produtor rural adquire uma apólice de seguro para a lavoura/atividade com o auxílio

financeiro do governo federal. Em caso de quebra da safra por causa de evento climático

adverso (seca ou excesso de chuvas, por exemplo) ou variação de preços, as obrigações

financeiras do produtor serão pagas pela seguradora.

Com esse mecanismo, o produtor consegue taxas de juros mais baixas, já que o risco de ficar

inadimplente cai. O seguro minimiza ainda as chances de um possível socorro financeiro

governamental e renegociação de dívidas após a safra.

Fonte: Mapa (publicado em 20/01/2020).