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Reflexão crítica final

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Oficina de formação - e- Learning

A Biblioteca Escolar 2.0

Reflexão Crítica Final

Marta Cristina Teixeira Cardoso Maia Medeiros Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Real Maio de 2012

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Oficina de formação “A Biblioteca Escolar 2.0”

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Pelo sonho é que vamos

Comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,

Pelo sonho é que vamos

Basta a fé no que temos

Basta a esperança

Naquilo que talvez não temos

Basta que a alma demos,

Com a mesma alegria,

Ao que é o dia a dia.

Chegamos, não chegamos?

- Partimos, vamos, somos.

(Sebastião da Gama, 1953)

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Reflexão crítica final

Hoje em dia, temos que perceber que as bibliotecas escolares para responder às

necessidades atuais e futuras dos seus utilizadores têm de mudar. Apesar de um longo

caminho já ter sido percorrido, os caminhos ainda a percorrer e que se nos deparam não

são lineares, por isso mesmo bem mais estimulantes.

Os serviços oferecidos pela biblioteca escolar não podem ser encarados como

um mero centro de recurso (CRE), mas sim como um serviço que promove o

conhecimento, facilitando e trabalhando transversalmente as diferentes literacias e

exigindo o seu alargamento associada ao currículo e às aprendizagens dos alunos. A

biblioteca deve ser um espaço social que oferece serviços para todos e entre todos.

Quando é referido num trabalho da plataforma que o professor bibliotecário e

restante equipa devem ser especiais, sem dúvida que a formação e a auto formação neste

sentido são primordiais. “A Biblioteca Escolar 2.0” permitiu-me conhecer novas

ferramentas da Web 2.0 e aprofundar o conhecimento de outras. Fiquei convencida que

o domínio, por parte dos professores bibliotecários e da sua equipa, dos conceitos de BE

2.0 e dos desafios que a Web coloca às bibliotecas escolares, constituirá a base para a

construção de uma nova biblioteca escolar, que vá ao encontro dos seus utilizadores,

onde cada um de nós deverá contribuir para esta mudança.

Passo a citar os objetivos da Oficina de formação:

- Refletir sobre o conceito de Web 2.0 e Biblioteca Escolar 2.0 e suas implicações na

mudança na organização, gestão e prestação de serviços da Biblioteca Escolar.

- Perspetivar o trabalho da Biblioteca escolar com recurso à integração dos ambientes

digitais, de forma a criar e desenvolver novos serviços e novos espaços de

aprendizagem reais ou virtuais e ainda um trabalho em rede.

- Melhorar as competências do professor bibliotecário/equipa e outros professores para

o uso e exploração da Internet e da Web 2.0, de forma a criar novos ambientes de

aprendizagem coletiva.

- Planificar atividades no âmbito dos aplicativos da Web 2.0: blogues e microblogues,

wikis, Redes sociais, agregação e publicação de conteúdos, etc, promovendo a formação

nestes aplicativos e integrando-os nas práticas de sala de aula em articulação com a

Biblioteca.

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- Produzir conteúdos com recursos aos dispositivos da WEB 2.0, de forma a difundir a

informação para dentro e fora da Escola/Agrupamento.

-Promover atividades com os formandos, de forma a envolver toda a

Escola/Agrupamento na participação e desenvolvimento de comunidades de

aprendizagem e comunidades de prática, em torno de interesses e problemas comuns,

estendendo-se essa prática a outras comunidades a nível local.

- Adquirir competências do uso da plataforma de E-learning, explorando os domínios e

potencialidades deste meio.

- Potenciar a produção e elaboração de conteúdos a produzir para formatos a distância.

Ao ler e analisar cada objetivo concordo plenamente com cada um deles, pois os

aplicativos da WEB com que trabalhei possibilitaram-me repensar a aprendizagem, área

que gosto de aprofundar e o papel desempenhado pelas TIC agora e no futuro, tendo os

resultados superado as minhas expetativas iniciais. Cruzando os objetivos da formação e

o que eu sei posso afirmar que foi um processo de aprofundamento de conhecimentos

enquadrado em metodologias reflexivas e experiências que me fizeram crescer.

Os conteúdos trabalhados foram extremamente pertinentes no contexto das

bibliotecas escolares, tendo sido uma experiência muito enriquecedora refletir sobre o

melhor uso que as bibliotecas escolares podem fazer destas ferramentas. Fiquei

convencida que o domínio, por parte dos professores bibliotecários dos conceitos de BE

2.0 e dos desafios que a Web coloca às bibliotecas escolares, constituirá a base para a

construção de uma nova Biblioteca Escolar, que vá ao encontro dos seus utilizadores,

onde cada um de nós deverá contribuir para esta mudança.

No meu entender, a adequação e pertinência dos conteúdos e metodologias

abordadas no decorrer da formação foram um instrumento útil e produtivo para o

sucesso da mesma, pois além de exigir que se explorassem as ferramentas de forma a

desenvolver as competências técnicas de utilização, sistematicamente potencializaram-

se dinâmicas de reflexão conjunta, de crítica construtiva, de debate de ideias, permitindo

construir conhecimento coletivamente. As sessões de trabalho foram bem estruturadas,

baseadas numa pedagogia ativa de autoaprendizagem. Pessoalmente, gostaria de

participar e interagir ainda mais com os colegas, mas os condicionalismos profissionais

impunham-se simultaneamente.

O acompanhamento da formação à distância foi feito de forma exímia pelas

formadoras, enquadrada através de fóruns de discussão e dos contributos solicitados

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para cada unidade, sendo de salientar a constante preocupação em acompanhar o

desenvolvimento das tarefas propostas e da pronta resposta em caso de dúvida. A sua

dinâmica ficou ainda evidenciada na seleção muito pertinente da sustentação

documental das sessões, permitindo uma aprendizagem mais acessível e a apropriação

dos conteúdos trabalhados, e simultaneamente uma mais-valia a arquivar para

posteriores consultas que serão inevitáveis na planificação e aplicação dos conteúdos da

formação. Apesar de alguns documentos de consulta fornecidos em inglês (não tinham

carácter obrigatório) me proporcionarem uma acrescida dificuldade para analisar e

interpretar, uma vez que não tenho formação nesta língua, tive que recorrer a colegas

com conhecimentos na área para me ajudarem, e consciencializei-me que cada vez mais

se torna imperiosa uma formação pessoal e rigorosa na língua inglesa, pois os novos

tempos assim o impõem.

Na realidade, a formação e/b-learning possui características específicas que

requer também alguma adaptação relativamente aos modos de comunicar e interagir e às

formas de processar a informação. Neste contexto de metodologia de experimentação e

reflexão crítica, o gradual domínio e conhecimento das ferramentas ganhou

familiaridade numa comunidade de parceiros que se construiu de forma enriquecedora

pelos contributos e criticas apresentadas, manifestando qualidade nas suas participações,

revelando-se potenciador de melhores desempenhos do coletivo, tendo o ambiente de

aprendizagem resultado mais estimulante e produtivo. A troca de experiências e a

partilha de opiniões transformaram as diferentes sessões num local de aprendizagem

privilegiado. Embora se tenha verificado que o ponto de partida no que se refere às

competências informáticas de cada um não fosse o mesmo nos formandos, penso que

todos ficaram com pilares fortes para desenvolver uma nova dinâmica nas bibliotecas e

contribuir para o desenvolvimento de aprendizagens mais significativas.

Aprofundar uma ferramenta, fazer uma reflexão e/ou um (ou dois) comentário

ao trabalho de um colega ao longo das sessões, realizar um comentário de cada sessão,

foram trabalhos exigentes face ao tempo disponível para cada uma das unidades.

Inicialmente considerei que se deveria prolongar mais a ação no tempo, ou reduzir o

número de tarefas solicitadas para desenvolver um trabalho com uma qualidade

razoável. Tive momentos de ansiedade, de algum desespero até perante algumas

dificuldades, mas ao valorizar aspetos como as leituras e análises mais cuidadas dos

documentos, revelou-se menos complexo o processo para me inteirar do espaço que é a

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web e a manipulação e exploração de ferramentas. Notei que no decorrer desta oficina

de formação, algumas tarefas foram aligeiradas, mas também me apercebi, no meu caso

pessoal, que perante as mesmas solicitações, o prazo de duas semanas, depois de algum

treino, claro, se manifestou razoavelmente satisfatório. Será que o grau de exigência não

se tornou salutar? Não é corrente dizer que “as competências se adquirem treinando-

se?”.

No entanto, devo referir que o número de horas de trabalho, face ao que estava

estipulado como necessário para esta formação, foi largamente ultrapassado.

Também penso que a dinâmica de grupo deveria, em algumas situações,

envolver e privilegiar trabalhos que nos foram solicitados, dado o carácter intenso e

pragmático dos mesmos.

Mas as minhas expectativas foram largamente superadas e enriqueci muito os

meus conhecimentos com esta experiência tão enriquecedora que me permitiu abrir

novos horizontes referentes a estas duas temáticas que muito me motivam: a Biblioteca

e a Web. É importante continuar a investir tempo em cada uma das ferramentas e

recursos adquiridos, explorando-os adequadamente ao serviço da BE apesar de já ter

iniciado, ainda no decorrer da ação, esse processo e aplicá-lo diretamente na biblioteca

com a utilização de algumas ferramentas aprendidas.

O próximo passo será sensibilizar todos os professores que trabalham comigo

para a reflexão das grandes questões de fundo sobre a mudança a acontecer na

biblioteca escolar e reinventar novos serviços, tendo presente as coisas novas que

aprendo.

É, finalmente, também necessário considerar que a Web continuará a mudar

rapidamente por algum tempo. Web 2.0 é somente uma das muitas mudanças. As

bibliotecas devem-se adaptar a ela, assim como se adaptaram à Web originalmente, e

devem continuar adaptando-se às previsíveis mudanças futuras. Neste "Beta perpétuo"

(O´REILLY, 2005), qualquer estabilidade além da aceitação de instabilidade é

insuficiente.

Somos agentes de educação e o tempo urge. Neste contexto temos que acelerar

para que possamos acompanhar esta transformação tão rápida e, não querendo concluir

esta reflexão sem lançar esta sugestão, sem dúvida que a continuidade desta temática

para próximas formações se reveste de um carácter urgente e essencial, desde que tenha,

evidentemente, a excelência da qualidade com que fomos brindados nesta oficina.

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