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ESTUDO 21

O PROFETA EZEQUIEL

Leituras diárias:

Segunda Ezequiel 18.1-4 Terça Ezequiel 18.21-23 Quarta Ezequiel 33. 10-11Quinta Ezequiel 37.1-6 Sexta Ezequiel 37.7-10 Sábado Salmo 103. 1-5

Introdução

Ezequiel e Daniel, diferentemente de todos os outros profetas do AT, exer-ceram seu ministério fora de sua terra. Quando o Reino de Judá caiu sob o po-der da Babilônia, houve três invasões a Jerusalém, sendo que na terceira houve a queda final. Nas duas primeiras, foram levadas muitas pessoas, entre as quais muitos jovens e nobres.

Daniel foi levado para a Babilônia na primeira deportação e Ezequiel na se-gunda, sendo ali chamado para o minis-tério profético. Daniel era de família real e serviu na corte babilônica, enquanto Ezequiel era de família sacerdotal e foi profeta entre os exilados.

Examinemos o ministério do profeta Ezequiel em apenas um estudo.

O livro de Ezequiel pode ser dividido em duas partes.

Na primeira, que vai até o capítulo 32, o que predomina é uma mensagem pes-simista. O profeta tira do povo de Judá a esperança que alguns ainda nutriam de que o Reino não cairia sob o domínio

babilônico. Lembre-se que o Reino caiu definitivamente na terceira invasão e Ezequiel fora levado na segunda invasão.

Na segunda parte do livro, a partir do capítulo 33, já havendo acontecido a queda final do Reino de Judá, o profeta começa a transmitir a mensagem de es-perança de restauração e volta para a terra amada.

1. A chamada de Ezequiel

Leia 1.1-3, 2.1-7

Ezequiel foi chamado em pleno exí-lio e isto mostra que em qualquer lugar Deus precisa de profetas que anunciem sua mensagem ao povo. O texto 2:5-7 nos mostra que Deus deseja que aqueles a quem Ele tem dado uma mensagem para transmitir, a transmitam, mesmo que seus ouvintes se mostrem resistentes e sem sensibilidade.

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Leia 2.8 - 3.3

Para que o profeta possa exercer sua missão, ele precisa ouvir e absorver a Palavra do Senhor. Afinal, a mensagem que ele vai dar não é dele mesmo, não é? (2.8-3.1).

O comer o rolo, de acordo com o Novo Comentário da Bíblia,1 mostra que o pro-feta deveria tornar sua a mensagem rece-bida. O mensageiro do Senhor não pode transmitir a mensagem como se ela fosse algo fora de sua vida. Ela deve se tornar parte intrínseca de seu ser para que en-tão a transmita a outros.

Aplicação a sua vida: Quando você transmite a alguém a palavra de Deus, tal pessoa pode perceber que esta pa-lavra já se tornou antes parte de sua vida?

Leia 3.16-21

Aqui o Senhor fala a Ezequiel que, se Ele lhe entregasse uma mensagem de aviso ao povo e ele fosse negligente na sua transmissão, tornar-se-ia culpado pelo que acontecesse à nação. É grande a responsabilidade dos que têm uma men-sagem a transmitir.

2. Mensagem: O fim vem!

Lembre-se que o Reino de Judá ainda não havia caído totalmente. Ezequiel ha-via sido levado na segunda invasão e foi

na terceira invasão que se deu a queda final e destruição do Reino. Entre a se-gunda e a terceira invasões passaram-se mais ou menos 11 anos.

No intervalo entre a segunda invasão e a queda final, muitos profetas falsos de-claravam que Judá não cairia. Ezequiel no entanto, no exílio, falando em nome do Senhor, declarava o contrário. Lem-bre-se que Jeremias, profeta já visto ante-riormente, profetizava em Judá a mesma coisa que Ezequiel no exílio. Se desejar, leia Jeremias 29.1-11, trecho de uma car-ta que este profeta escreveu aos que es-tavam no exílio, dizendo que eles não se deixassem enganar pelos falsos profetas, pois o exílio duraria 70 anos.

Do capítulo 4 ao 24, Ezequiel traz à luz os pecados do seu povo através de pro-nunciamentos vários, de parábolas e de ações simbólicas. Ele anuncia que o fim vem.

Leia Ezequiel 7.1-3, 21-27

Neste texto, você vê Ezequiel tirar dos exilados toda a esperança de que Jerusa-lém seria poupada. Pelo contrário. Ele diz “o fim vem!” Ele fez aí um prognóstico muito triste. Não há como esperar outra coisa.

E realmente os caldeus (babilônicos) entraram na cidade de Jerusalém, levan-do suas riquezas, sua gente e destruindo suas edificações, inclusive o templo. Em Ezequiel 33.21, vemos Ezequiel receber a notícia da queda de Jerusalém, por al-guém que de lá escapara.

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3. Mensagem de Esperança

A partir do capítulo 33 começaram as mensagens de esperança de Ezequiel, com anúncios da restauração de Judá.

No capítulo 34, o profeta dirige sua mensagem contra os falsos pastores, isto é, aqueles que, devendo cuidar do povo, maltratam-no, cuidando apenas de si mesmos (34.1-10).

Leia Ezequiel 36.24-28

Aí está um texto claro de esperança de restauração para os judeus. Mas o texto mais clássico está no capítulo 37.

Leia Ezequiel 37.1-14

Vamos dividir a mensagem desta vi-são em várias fases:

Versículos 1-8 - Na primeira parte da visão, Ezequiel viu ossos muito secos, mas Deus ordenou que ele profetizasse sobre eles e lhe deu a mensagem a ser transmitida. Depois desta mensagem, houve um ruído e ossos se juntaram com nervos e pele, se organizando, mas ainda não havia vida neles.

Aplicação a sua vida: Como pode o cristão ser mensageiro da esperança onde só há sequidão e cheiro de mor-te?

Versículos 9-10 - Na segunda fase da visão, Ezequiel recebe a ordem de

profetizar, agora sobre corpos estrutura-dos, mas ainda sem vida. Após a ação de Deus, os mortos recebem vida e se trans-formam num grande exército. Só a inter-venção de Deus produz vida verdadeira.

Versículos 11-14 - O Senhor disse então a Ezequiel que aquela visão é uma alegoria do Seu povo, que se erguerá cheio da vida que vem dEle.

Depois, nos versículos 21-23, a profe-cia da restauração do povo foi feita com clareza. Este texto tem também signifi-cação para um tempo mais distante - a era messiânica.

Conclusão

Há textos de Ezequiel difíceis de en-tender pois foram produzidos há muitos séculos e em cultura muito diferente. Além disso, alguns terão cumprimento total num futuro mais distante.

Mas é possível entender o essencial da palavra do Senhor: Deus é soberano sobre todas as circunstâncias; Ele der-ruba e Ele levanta. Só Ele pode dar vida. Que sejamos instrumentos de Deus para que Ele transmita Vida a muitos.

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1. Novo Comentário da Bíblia-II Vol. São Paulo: Ed.

Vida Nova,1987. Pág.791