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Reforma e Antirreforma Manoel Coelho Jr.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.” (Juízes 17:6)

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A Suma de Oito Sermões Pregados na Congregação Batista Reformada em Belém

Por ocasião de celebração de 498 anos da Reforma Protestante

Por: Manoel Coelho Jr. © A Verdade está na Bíblia | ProcurandoVerdadeBiblica.blogspot.com.br

Revisão por Camila Almeida

Capa por William Teixeira

1ª Edição: Outubro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa

permissão do autor, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0

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Reforma e Antirreforma Por Manoel Coelho Jr.

[Série de pregações ministradas na Congregação Batista Reformada em Belém • Outubro de 2015]

Introdução

A Palavra Divina contra a Cegueira Humana

“Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje,

alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. Mas, se não, saia

fogo de Abimeleque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia

fogo dos cidadãos de Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque.”

(Juízes 9:19-20)

I. INTRODUÇÃO.

Estamos no mês em que a Reforma Protestante completa mais um aniversário. Por isso

estou apresentando esta série de estudos. Em 31 de Outubro de 1517 Martinho Lutero pu-

blicou as suas famosas noventa e cinco teses. Ali, historicamente iniciou-se o movimento

que abalou a Igreja e Sociedade e até hoje tem seus efeitos sobre nós. Mas na verdade

este movimento iniciou-se muito antes, pois foi o resultado da Graça de Deus no coração

de certos homens, o que pretendo demostrar nestes breves estudos. Meu propósito é mos-

trar biblicamente qual a natureza, origem e efeitos de uma verdadeira Reforma, e também

fazer o mesmo com relação ao que chamarei de Antirreforma, o que evidentemente seria o

oposto a Reforma ou algo que a combate frontalmente. Acredito que qualquer comunidade

que se chame Cristã está debaixo de uma situação ou de outra. Ou é uma Igreja em Refor-

ma constante, ou está em afastamento de Deus e da Sua Verdade em atitude de Antir-

reforma. Farei isso num primeiro momento olhando para dois textos em Juízes, procurando

mostrar seus ensinos gerais, e em seguida aplicando à questão da Reforma e Antirreforma.

Olhemos agora para Juízes 9. Ali se mostra a história de um morticínio abominável e da

reação de Deus a esta maldade. Qual a relação disso com a Reforma e Antirreforma? Vere-

mos na continuidade dos estudos. Peço que você leia com atenção Juízes 9.

II. A CEGUEIRA HUMANA.

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Ao olharmos para um homem como Abimeleque vemos a demonstração terrível da maldade

e cegueira do coração humano. Ele mata seus irmãos e apresenta razões para isso con-

vencendo o povo de Siquém a segui-lo. Ele mostra uma aversão, desprezo e ingratidão ao

que Deus fizera por seu pai Gideão. Mostra um ódio no coração contra Deus e contra o

próximo e um raciocínio cego que tenta justificar tudo isso. Se seguirmos o coração natural

será isso que teremos inevitavelmente. Vejamos estas coisas de maneira um pouco mais

detalhada:

1. O Desprezo a Deus e Sua Obra:

E Abimeleque, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e

a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo: 2 Falai, peço-vos, aos ouvidos

de todos os cidadãos de Siquém: Qual é melhor para vós, que setenta homens, todos

os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós, ou que um homem sobre vós domine?

Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne vossa... 5 E veio à casa de seu

pai, a Ofra, e matou a seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma

pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se tinha escondido (Juízes

9:1, 2, 5).

No argumento de Abimeleque não vemos nenhuma consideração ao que Deus fizera por

seu pai Gideão. E o assassinato de seus irmãos mostra com mais clareza este desprezo.

Ele queria dominar sobre o povo sem submissão a Deus. Mas notemos que seu pai não

quis isso. Observe: “Porém Gideão lhes disse: Sobre vós eu não dominarei, nem tam-

pouco meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará” (Juízes 8:23).

Gideão não era perfeito. Ele tinha seus pecados. Mas ele temia ao Senhor e não queria

dominar sobre o povo, pois Deus era seu Rei. Todavia seu filho Abimeleque não pensava

assim. Muito ao contrário, ele queria dominar sobre o povo. Em tudo ele desprezava ao Rei

verdadeiro e a obra que fizera por seu pai Gideão. É sempre assim, ou seja, o coração

humano despreza a Deus e sua obra. Assim foi com Cristo. Os Seus O rejeitaram (João

1:11). Há aqui a rejeição do Rei, a rejeição de Cristo. Amigos, não nos iludamos. Nosso co-

ração sem a graça se rebelará contra o Rei. Se você não for convertido seu coração será

sempre rebelde. Saiba claramente desta verdade.

2. Ódio ao próximo:

E veio à casa de seu pai, a Ofra, e matou a seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta

homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se

tinha escondido (Juízes 9:5).

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O homem que despreza a Deus é o mesmo homem que mata seus irmãos. Estes dois

fatores estão sempre unidos nas Escrituras. É impossível amar ao próximo sem amar a

Deus. Por isso Cristo resumiu assim os mandamentos: “Amarás, pois, ao Senhor teu

Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de

todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este,

é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que

estes” (Marcos 12:30-31). Toda a união no pecado não é amor, mas um jogo de interesses.

Assim acorreu entre Abimeleque e o povo de Siquém. Mas isso se evidencia neste abomi-

nável assassinato. Oh leitor, se você não está convertido, então não ama a Deus. Se não

ama a Deus você não ama ao próximo. É possível que nunca mate a ninguém, mas em seu

coração você é um assassino. Esta maldade está em seu coração e se manifesta em

atitudes e palavras que procuram ferir seus semelhantes (Leia: Mateus 5:21-16).

3. Raciocínio Errado:

Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém: Qual é melhor para

vós, que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós, ou que um

homem sobre vós domine? Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne

vossa (Juízes 9:2).

Abimeleque raciocina meramente sobre questões sanguíneas, o que é admitido pelos

moradores de Siquém. Baseando-se nisso mata seus oponentes. Evidentemente que este

é um argumento inválido e perverso, mas é o resultado do pecado. O pecado no coração

leva os homens a raciocinarem de maneira equivocada atribuindo ao mal dos males, que é

o próprio pecado, o status de grande bem. Permita-me lembrar-lhe que se você não é con-

vertido o mesmo está lhe acontecendo. O pecado está fazendo você raciocinar errado, im-

pedindo-lhe de ver a maldade de seu coração, desejos e atos. O pecado está se justificando

e você está ficando tranquilo. Note a tranquilidade de Abimeleque e dos moradores e

Siquém diante a terrível maldade cometida. Cuidado com os raciocínios do pecado!

Contudo desejo também destacar que Abimeleque peca, mas não sozinho. O povo de

Siquém peca com ele. Eles desprezam a Deus e sua obra. Eles odeiam aos próximos como

Abimeleque. Eles raciocinam errado e justificam-se uns aos outros por suas maldades. Ora,

o povo odeia a Deus como Rei, por isso aceita o domínio perverso de Abimeleque. É

sempre assim. Ainda hoje os homens se deixa dominar por pessoas que satisfazem o seu

ódio a Deus, satisfazem seus desejos pecaminosos. Isso acontece em todos os setores,

mas especialmente na vida religiosa. Amigos, se estivermos dominados pelo coração

natural, procuraremos homens mentirosos que farão e dirão o que queremos ouvir, isto é,

a mentira. Oh terrível cegueira humana!

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III. A CONFRONTADORA E ESCLARECEDORA PALAVRA DE DEUS.

“Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-

vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. 20 Mas, se não, saia fogo de Abi-

meleque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia fogo dos cidadãos

de Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque” (Juízes 9:19-20).

Deus salva Jotão e o levanta para proclamar sua Palavra. Se compararmos o argumento

de Jotão com o de Abimeleque veremos a veracidade da Palavra Divina. Ela confronta e

esclarece. Jotão conta uma espécie de parábola ilustrando a situação com as árvores. Fala

que todas as árvores frutíferas se eximiam de dominar sobre as demais, mas o inútil

espinheiro se candidatou. Naturalmente, as frutíferas referem-se a Gideão e o espinheiro a

Abimeleque. Ele dominaria, mas nestes termos: “Se, na verdade, me ungis por rei sobre

vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espi-

nheiro que consuma os cedros do Líbano” (Juízes 9:15). Sempre haverá prejuízos quan-

do o ímpio governa. Mas vejamos o que faz a Palavra de Deus:

1. A Palavra Confronta:

Porém vós hoje vos levantastes contra a casa de meu pai, e matastes a seus filhos,

setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar

sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão (Juízes 9:18).

Ninguém via erro em tudo o que estava acontecendo. Pelo menos ninguém falava nada.

Mas Jotão o demostrou, e isso porque estava trazendo a Palavra de Deus. O Senhor não

Se dobra ao pecador, mas confronta o seu pecado. Nossa única e suficiente esperança

para libertação do engano do pecado é a Palavra de Deus.

2. A Palavra Esclarece:

Agora, pois, se é que em verdade e sinceridade agistes, fazendo rei a Abimeleque, e

se bem fizestes para com Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele usastes

conforme ao merecimento das suas mãos 17 (Porque meu pai pelejou por vós, e des-

prezou a sua vida, e vos livrou da mão dos midianitas; 18 Porém vós hoje vos levan-

tastes contra a casa de meu pai, e matastes a seus filhos, setenta homens, sobre uma

pedra; e a Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Si-

quém, porque é vosso irmão) — Juízes 9:16-18.

“Fizestes mal a quem fez o bem a vocês”. Essa é a essência do argumento de Jotão. Já o

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argumento de Abimeleque é: “Sou do mesmo sangue que vocês”. Qual o argumento válido?

Qual o argumento de acordo com os fatos? Qual o argumento verdadeiro? É evidente que

é o de Jotão. É o argumento de Deus, da Palavra, que leva em conta o Reinado de Deus e

o amor ao próximo. A Palavra é esclarecedora, pois tira-nos da falsidade dos argumentos

do pecado.

IV. O ODIOSO PECADO.

“Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-

vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. 20 Mas, se não, saia fogo de Abime-

leque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia fogo dos cidadãos de

Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque... 56 Assim Deus fez tornar sobre

Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando a seus setenta irmãos. 57 Como

também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles; e a maldição

de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles. (Juízes 9:19, 20, 56, 57).

Deus odeia o pecado e o que peca. Esta é uma verdade clara nas Escrituras, apesar de

pouco mencionada em nossos dias. Deus abominou a maldade de Abimeleque e dos

moradores de Siquém. O Senhor não os perdoou. O Senhor os condenou. O Senhor os

matou. A Ira justa de Deus caiu sobre eles. Isso mostra que o Deus Santo não pode de

forma alguma compactuar com o pecado. Isso seria afrontar Sua própria Santidade. Não e

não! O pecado é imundo e odioso aos olhos do puríssimo Deus. O Santíssimo Senhor.

Lembremos sempre disso e não consideremos o pecado como algo normal e aceitável.

Essa história deve nos levar a solenemente admitirmos a odiosidade do pecado aos olhos

do Santo Deus, e que Ele pode de forma justa destruir o pecador. Oh, que pensemos seria-

mente nisso. Amém!

V. A GRAÇA DE DEUS EM CRISTO.

“Assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando a seus

setenta irmãos. 57 Como também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a

cabeça deles; e a maldição de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles” (Juízes 9:56-57).

Deus não perdoou estas pessoas, mas as matou. Isso mostra a justiça Divina, e que é

somente pela graça que podemos ser salvos. Graça, graça e graça em Cristo é com o que

podemos contar e nada mais. Se Deus por Graça não nos salvar em Cristo, seremos con-

denados de forma absolutamente justa. Oh, que olhemos então para Ele esperando e oran-

do por sua Graça em Cristo. Nada em nós. Tudo nEle!

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VI. CONCLUSÃO.

Nosso coração natural é enganoso, pois nele está o pecado. Nele está a cegueira que pro-

voca a Ira justa de Deus. Mas A Palavra nos confronta e Ilumina e pela Graça somos salvos.

Que assim seja com cada leitor! Amém!

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Parte I

“Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje,

alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. Mas, se não, saia

fogo de Abimeleque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia

fogo dos cidadãos de Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque.”

(Juízes 9:19-20)

I. INTRODUÇÃO.

Vamos agora aplicar o texto anterior à questão da Reforma e Antirreforma. Pretendo olhar

para a natureza, a origem e o efeito destas coisas nas comunidades ditas Cristãs, o que

está relacionado ao que aconteceu no século XVI. Mas pretendo que pensemos especial-

mente em nossos tempos. Pode ser que aqui e ali eu faça alguma referência mais direta a

algum movimento moderno. Mas o que desejo é apresentar princípios gerais sobre o

assunto, de forma a ajudar o leitor, pelas Escrituras, a analisar seu próprio caso, como da

comunidade Cristã a qual pertence. Creio que precisamos urgentemente de uma Reforma

hoje. Que o Senhor nos ajude e conceda-nos esta Graça. Todavia acredito piamente que

já há indício desta obra maravilhosa em nosso meio, o que muito me alegra. Ao Senhor a

Glória. Mas vamos às aplicações.

II. DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS.

Para melhor compreensão gostaria de definir o que é Reforma e Antirreforma. Pelo estudo

anterior creio que as definições vão ficar evidentes. Mas, à medida que avançarmos nos

assuntos, penso que ficará mais fácil o entendimento destes conceitos.

1. Reforma:

É uma obra da Graça de Deus no coração do homem, levando-o a ouvir e render-se à

Palavra Divina, percebendo o engano e maldade do pecado, a Ira e a Glória de Deus, e a

Redenção única em Cristo; tendo, a partir de então, ao Senhor como Rei, vivendo apenas

para Sua honra em todas as coisas. Isso faz com que o Cristianismo seja genuíno.

2. Antirreforma:

É a rebelião do coração natural não-regenerado, que odeia a Deus e Sua Palavra, estabele-

cendo seus próprios caminhos em todas as coisas, mesmo que seja chamado de religião

Cristã. Isso produz evidentemente um falso cristianismo.

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Cada leitor, juntamente com sua comunidade chamada Cristã, ou está numa situação ou

noutra. Evidentemente que se a Reforma é obra da Graça de Deus, devemos clamar

continuamente a Ele, e lembrar-nos do perigo constante da Antirreforma, pois mesmo nos

convertidos há pecado, e nas comunidades Cristãs sempre há pessoas que nunca foram

regeneradas, sendo assim fontes diretas de Antirreforma.

Dada as definições vamos agora aplicar o texto anterior.

III. A REFORMA ILUMINA, ENQUANTO QUE A ANTIRREFORMA OBSCURECE.

Abimeleque e Siquém são exemplos de Antirreforma. O coração humano que odeia a Deus

produz profunda cegueira que não consegue ver a maldade do pecado no coração, desejos

e obras. Um homem e uma “comunidade cristã” quando dominados pelo coração humano

se afastarão da Luz de Deus e não perceberão seus pecados abomináveis. Isso é Antir-

reforma. Já um homem e uma comunidade, que sejam objetos da Graça de Deus, verão

seus pecados e a Redenção plena em Cristo. Isso é Reforma. Reforma é iluminação,

enquanto que Antirreforma é obscuridade. Qual é o seu caso e da sua Igreja?

IV. A REFORMA É PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA CONFRONTADORA E ILUMINA-

DORA, ENQUANTO QUE A ANTIRREFORMA É APAZIGUAMENTO DO CORAÇÃO NO

PECADO.

Na Reforma encontraremos muitos proclamadores como Jotão, homens que confrontam os

pecados pela Palavra da Verdade de Deus. Já na Antirreforma encontraremos muitos pro-

clamadores como Abimeleque, homens que apresentam discursos dominados pela mentira

do pecado, para justificar suas iniquidades e as de seus ouvintes. Quando há Reforma os

pregadores proclamam o Evangelho com coragem para condenar o pecado, e os ouvintes

ouvem porque querem a verdade. Já na Antirreforma os proclamadores mentem para enco-

brir o pecado e os ouvintes recebem esta mentira porque desejam ser enganados para

manterem suas iniquidades. Pergunto novamente: Qual é o seu caso e de sua Igreja?

V. A REFORMA É A DEMONSTRAÇÃO DO PECADO COMO ODIOSO A DEUS, EN-

QUANTO QUE A ANTIRREFORMA É MASCARAR O PECADO.

Na Reforma os “Jotãos” demostram a odiosidade do pecado. Mostram claramente que

Deus odeia o pecado e o pecador, e que não há obrigação nEle em perdoar os transgres-

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sores. Deus pode de forma justa condená-los, matá-los e mandá-los para o Inferno. Isso

fica claro na Reforma, pois nela se proclama a Palavra, como fez Jotão. Já na Antirreforma

há o mascaramento do pecado por meio de argumentos falaciosos como o de Abimeleque,

que usou a indiferente questão sanguínea para convencer os de Siquém. Na Reforma o

pecado é denunciado pela proclamação da Verdade. Na Antirreforma, ao contrário, ele é

justificado por argumentos falsos. Mais uma vez: Qual é o seu caso e de sua comunidade?

VI. A REFORMA PROMOVE O VALOR DA GRAÇA EM CRISTO, ENQUANTO QUE A

ANTIRREFORMA ENALTECE O MÉRITO HUMANO.

Na Reforma, como na proclamação de Jotão, vê-se que nada merecemos de Deus a não

ser Ira justa. Tudo é pela Graça e nada mais. Essa é a mensagem consequente da Reforma

diante a maldade do pecado humano contra Deus Santo, Justo e Gracioso. A Reforma

reconhece o valor da Graça em Cristo e tira toda a esperança no mérito humano. Já a

Antirreforma deixa os homens dominados por discursos que não mostram a maldade do

pecado. Isso leva consequentemente à desvalorização da Graça, já que o pecado não é

visto como uma coisa tão ruim assim. E agora, eu devo perguntar-lhe mais uma vez: Qual

é o seu caso e de sua Igreja?

VII. CONCLUSÃO.

Na Reforma haverá iluminação, confrontação, denúncia do pecado, e o anúncio da Graça

em Cristo. Já na Antirreforma, há trevas, apaziguamento e encobrimento do pecado, e enal-

tecimento do mérito humano. Na Reforma há Verdade, pois é uma volta à Palavra de Deus,

enquanto que na Antirreforma há mentira, pois abandona-se a Palavra. A Reforma é obra

da Graça. Já a Antirreforma é fruto do coração pecaminoso dos homens. Deus nos dê

Graça. Que venha a Reforma e que ela prossiga entre nós!

***

Enganosa Religião da Vontade: Juízes 17 e 18.

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o

sacerdote, e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que

tens?” (Juízes 18:24)

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I. INTRODUÇÃO.

Peço que antes de tudo você leia atentamente os dois Capítulos base desta nossa medita-

ção. Particularmente considero estes textos extremamente solenes, pois mostram até que

ponto alguém pode ser sincero e ao mesmo tempo rebelde e enganado. Temos tratado

sobre os assuntos da Reforma e Antirreforma e estes Capítulos são de importância crucial

para estas questões, porque no âmago está se tratando dobre o que domina um homem,

se é seu coração ou Deus. As complicações ou soluções virão da definição desta situação.

O que se segue tem seu início nesta questão de domínio e isso refletirá se estamos em

Reforma ou Antirreforma. Como anteriormente, trarei primeiramente uma abordagem geral

dos capítulos para num segundo estudo fazer aplicações aos nossos temas dominantes.

II. A VONTADE ENGANOSA.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Creio que este texto é a chave para o entendimento destes dois Capítulos. Cada pessoa

em Israel fazia o que pensava ser o mais correto. Além disso, agiam assim porque não

havia rei em Israel. Não havia um governo central e as pessoas decidiam por si mesmas

os seus caminhos. Naturalmente que isso é uma referência direta à liberdade da vontade,

à independência, à autonomia humana. E rei se refere a um governo humano, todavia muito

mais esse governo representa o Governo de Deus, o Reinado de Cristo, pois Cristo é o Rei

tipificado em todo o Antigo Testamento. Assim o que o texto está dizendo é que os homens

estavam seguindo suas vontades independentemente da Vontade de Deus.

Isto é bom? Logicamente que não. Todo o texto mostrará as consequências trágicas desta

situação. Veremos muitos enganos que levam a ainda mais enganos, e tudo começa com

a vontade humana posta em “liberdade”. Dessa forma podemos afirmar que a vontade hu-

mana é enganosa. Sei que costumamos ouvir que nossos desejos são o que importa e que

bom seria se pudéssemos realizar todos os nossos sonhos. No entanto a Palavra de Deus

vai nos informar que a tragédia está em nossos desejos. Deus nos guarde desta Liberdade

da Vontade. Se formos deixados a fazer tudo o que quisermos, o fim será a perdição eterna,

pois nossos desejos são dominados pelo pecado que é rebelião a Deus. Então, meu preza-

do leitor, cuidado com sua vontade. Lembre-se: Sem o domínio de Cristo nossa vontade

não é boa. Sem o domínio de Cristo nossa vontade é enganosa, terrivelmente enganosa.

III. A SINCERIDADE ENGANOSA.

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“Então disse Mica: Agora sei que o SENHOR me fará bem; porquanto tenho um levita por

sacerdote” (Juízes 17:13).

Quando lemos estes dois Capítulos, percebemos que há uma sinceridade em Mica, em sua

mãe e nos danitas. Eles estão convencidos que suas ações são boas. Isso é consequência

de fazer o mais correto segundo seus entendimentos (Juízes 17:6). No entanto isso é tudo

enganoso, pois como vimos, a vontade humana sem o domínio de Cristo é enganosa.

Portanto, há aqui o que podemos chamar de sinceridade enganosa. Estas pessoas são sin-

ceras, mas mesmo assim estão laborando em erro grave. Estão todas muito rebeladas con-

tra Deus, mesmo pensando que fazem algo bom. Concluímos que uma pessoa pode estar

sinceramente errada. Assim, prezado leitor, não confie na avaliação que faz e nem em sua

sinceridade resultante de tal avaliação. Você pode acreditar piamente em algo e ser zeloso

nisso sendo sincero em suas ações, a ainda assim ser um rebelde contra Deus. Ainda as-

sim você pode estar contra Cristo. Lembra-se de Paulo antes da conversão? Lembra-se de

seu zelo? Lembra-se de sua sinceridade? Leia Filipenses 3:2-11. Porém um dia Paulo

ouviu: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4). A sinceridade humana é enga-

nosa quando não dominada por Cristo, pois é fruto de uma vontade rebelada contra a Ver-

dade. Pensemos nisso!

IV. A CUMPLICIDADE ENGANOSA.

“Assim restituiu as mil e cem moedas de prata à sua mãe; porém sua mãe disse: Inteiramen-

te tenho dedicado este dinheiro da minha mão ao Senhor, para meu filho fazer uma imagem

de escultura e uma de fundição; de sorte que agora to tornarei a dar. 4 Porém ele restituiu

aquele dinheiro à sua mãe; e sua mãe tomou duzentas moedas de prata, e as deu ao

ourives, o qual fez delas uma imagem de escultura e uma de fundição, que ficaram em casa

de Mica. 5 E teve este homem, Mica, uma casa de deuses; e fez um éfode e terafins, e

consagrou um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote” (Juízes 17:3-5).

Uma sinceridade enganosa gerada pela vontade enganosa não ficará sozinha, mas fomen-

tará apoio de outros que também estão enganados pela mesma vontade rebelada contra

Deus. É na verdade um jogo de interesses onde cada um se aproveita de seu próximo para

enganar-se e enganar, e isso acontece mesmo que a pessoa não perceba e seja sincera.

Ora, é a sinceridade enganosa. O fato é que a cumplicidade somente reforça o engano.

Trata-se da cumplicidade enganosa. Em outras palavras, eu me aproximo de outro enga-

nado porque ele me apoia no mesmo engano e o reforça.

Mas há também uma cumplicidade que não é assim tão “sincera”. É o caso do levita (Juízes

17:7-13). Ele não passa de um oportunista que se aproveita de Mica e o abandona assim

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que vê a possibilidade de se aproveitar dos danitas. Por outro lado, nem Mica nem os dani-

tas são inocentes. Eles também usam o sacerdote para servi-los em sua farsa religião. Eles

o usam para que os engane. Ele os engana, mas eles querem ser enganados. Que impres-

sionante, não? Mas essa é a cumplicidade em torno da rebelião ao Rei que é Deus.

No final a cumplicidade enganosa é uma união em torna da mentira e da rebelião a Deus.

Assim cumpre-se constantemente o Salmo 2. É uma rebelião a Deus e ao Seu Ungido. “Por

que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se le-

vantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido,

dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Salmos

2:1-3). Assim é primordial que reflitamos sobre a natureza de nossa união. Não será uma

cumplicidade enganosa? Não estamos nos unindo a outros para sermos enganados e para

enganá-los? Não estamos nos aproveitando de pregadores falsos que mentem de acordo

com nossos desejos rebeldes? Não estamos nos unindo contra Deus e Seu Ungido? Não

somos cúmplices de grave rebelião a Deus?

V. A FÉ VÃ E ENGANOSA.

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o sacerdote,

e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que tens?” (Juízes

18:24).

Que triste exemplo é o de Mica. Ele era sincero, era crédulo, mas também enganado. Sua

fé vinha de sua vontade enganosa que o unia a outros numa cumplicidade enganosa e que

se mostrou totalmente inútil (Leia Isaías 44: 9-20). Eis que ele fez um deus e o próprio deus

não pôde se livrar dos danitas. Como poderia livrar a Mica? Como algo fabricado pelo

homem pode livrar o homem? Como algo que o homem fez pode ser maior que ele próprio

ao ponto de livrá-lo. Isso tudo é loucura, estupidez. É a fé vã e enganosa. Um homem pode

crer em algo que ele mesmo fez, e nesta “fé” pode agir zelosamente, mas isso é completo

engano. Irá decepcioná-lo de forma desesperadora. Mica diz: “que mais me resta?”. Isso

obviamente vai acontecer com todo aquele que segue sua própria vontade. Por isso que o

que é descrito em Juízes 17:6 é tão trágico. Percebe amigo leitor, como não é nada bom

que você faça o que acha melhor? Isso acontecerá com você se seguir seu coração enga-

noso. O resultado será uma fé vã e enganosa. Seu deus não vai livrá-lo por que é uma

criação sua. Esse deus não existe. Esta “fé” é uma mentira. É a enganosa religião da vonta-

de. É a fé do coração enganoso e rebelado. Pense nisso.

VI. A NECESSIDADE DA GRAÇA EM CRISTO.

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“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Agora já podemos compreender que a liberdade da vontade tinha produzido todo este

destrutivo engano. Também podemos ver de forma clara que isso ocorria porque não havia

um rei em Israel.

Assim temos:

1 – O Problema: A Liberdade da Vontade.

2 – A origem do problema: Não havia um rei em Israel.

Qual a solução?

Penso que a resposta é óbvia. Ou seja, a solução é que haja um rei. Mas qual rei? Ora,

trata-se aqui de uma tipologia que aponta para Cristo. Assim, Cristo é o Rei que precisamos.

Cristo é Aquele que nos liberta de nós mesmos. Cristo é o Rei que vence nossos inimigos,

isto é, a carne, o mundo, e o diabo (Efésios 2:1-10). Ele liberta Seu povo destes inimigos e

os conduz em segurança ao seu Reino. Amigos, é a Graça que nos liberta. Se Deus não

operar em nosso coração por seu Filho, estaremos perdidos em nós mesmos. Há grades e

cadeias espirituais que são mais limitadoras do que cadeias físicas. É a prisão da vontade

enganosa. A prisão do pecado. Apenas Deus em Cristo rompe estas cadeias e nos liberta.

Qual é o seu caso? Você está livre de sua vontade pecaminosa? Percebe que seu problema

é seu coração? Entende que necessita da Graça de Deus em Cristo, O Rei dos reis? Você

já foi liberto da vontade rebelada? A sua vontade já foi quebrada e tornada submissa ao

Rei Jesus? Oh, olhe para Deus e clame por Graça em Cristo.

VII. CONCLUSÃO.

A vontade natural do homem é rebelde a Deus e, portanto, enganosa. Ela leva a uma cum-

plicidade que reforça o engano, e produz uma fé e religião vã que logo decepciona. É a

enganosa religião da vontade. Somente a Graça de Deus em Cristo pode nos libertar desta

vontade escrava do pecado. Ele é o Rei que precisamos, o Rei que nos liberta de nossos

inimigos espirituais. Diante destes fatos, peço que reflita nestas questões: Quem está do-

minando a sua vida? É seu coração natural ou o Rei Jesus? Sua vontade natural está livre

ou você é conduzido pelo Rei Jesus? Você é cumplice de rebelados ou não compactua com

eles? Você está sendo enganado por um falso pregador ou quer apenas a Verdade de

Deus? Seu culto, fé e religião são de Deus em Cristo, ou é apenas a enganosa religião da

vontade?

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Parte II

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o

sacerdote, e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que

tens?” (Juízes 18:24)

I. INTRODUÇÃO.

Vamos agora aplicar o estudo anterior à questão da Reforma e Antirreforma. O caso de

Mica, sua mãe, o levita e os danitas é muito significativo para nosso assunto. Vê-se aqui a

enganosa religião da vontade. Por aqui já podemos afirmar que esta religião é Antirreforma.

Por outro lado, também observamos que a solução está em Cristo, O Rei que nos liberta

de nossos inimigos, inclusive desta vontade rebelde. Naturalmente, esta libertação é

Reforma. Vamos entender melhor estas coisas nos pontos seguintes.

II. A REFORMA É GRAÇA QUE VENCE O CORAÇÃO MAU, ENQUANTO QUE A ANTIR-

REFORMA É SEU FRUTO.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Já vimos que Antirreforma é essencialmente a rebelião do coração natural, não regenerado,

que odeia a Deus e Sua Palavra, estabelecendo seus próprios caminhos em todas as coi-

sas, incluindo o que se chama de religião cristã. Isso produz evidentemente um falso cris-

tianismo.

Pelo que vimos no estudo passado, quando a vontade do homem fica livre, imediatamente

ele se rebela contra Deus produzindo toda a forma de mentira, chegando finalmente à

religião enganosa da vontade. Tudo isso vem do coração humano não regenerado. Neste

caso podemos ver claramente a Antirreforma. É rebelião do coração a Deus e Sua palavra,

pois não há submissão ao Rei Jesus Cristo. A Antirreforma é fruto de um coração mau, não

regenerado.

Mas também já vimos que Reforma é uma obra da Graça de Deus que se inicia no coração

do homem, levando-o a ouvir e render-se à Palavra Divina, percebendo o engano do

pecado, a Ira e a Glória de Deus, e a Redenção única em Cristo, tendo a partir de então ao

Senhor como Rei, vivendo apenas para Sua honra em todas as coisas. Isso faz com que o

Cristianismo seja genuíno.

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Assim, para que haja Reforma o coração tem que ser vencido, dominado, subjugado pela

Graça de Deus em Cristo. Se isso não ocorrer cada um fará o que acha mais correto e ha-

verá muitos Micas, mães de Micas, levitas aproveitadores e danitas cegos. Assim a

Reforma é uma obra da Graça que vence o coração mau, enquanto que a Antirreforma é

seu fruto. Cada leitor deve pensar se em sua vida e comunidade está ocorrendo Reforma

ou Antirreforma. Se lá ocorre Reforma, os corações rebeldes estão sendo vencidos. Mas

se há Antirreforma, isso se mostrará pela liberdade da vontade que vem de um coração

insubmisso a Deus. O que está ocorrendo com você e sua Igreja?

III. A REFORMA PRODUZ SINCERIDADE REALISTA, ENQUANTO QUE A ANTIRRE-

FORMA GERA SINCERIDADE ENGANOSA.

“Então disse Mica: Agora sei que o SENHOR me fará bem; porquanto tenho um levita por

sacerdote” (Juízes 17:13).

Pelo o que já vimos, a força e sinceridade com que um homem crê em alguma coisa não é

prova de que aquilo é verdade, pois um coração rebelado pode produzir tal sinceridade.

Será então uma sinceridade enganosa. Isso pode ser associado à Antirreforma. Ora, a

Antirreforma é uma obra do coração rebelado, que leva naturalmente a esta sinceridade

iludida. Já a Reforma, ao contrário, é uma obra da Graça no coração que leva a uma sinceri-

dade que se adequa a verdade Revelada por Deus em Sua Palavra. Trata-se de sincerida-

de realista. Quando acontece a Reforma, as pessoas passam a entender as realidades

espirituais e sua fé é fundamentada nesta realidade. Neste caso há um sincero apego à

verdade revelada. Já na Antirreforma o coração não se dobra ao que Deus revela, substi-

tuindo a verdade por seus caprichos, por sua vontade enganosa. Isso leva logicamente a

uma crença nas fantasias do coração rebelado. O leitor deve mais uma vez aplicar estas

verdades à sua vida pessoal e à sua Igreja. Se estiver acontecendo uma Reforma em você

e sua Igreja, haverá uma recepção da realidade mostrada nas Escrituras e sinceramente

se crerá nesta realidade. Mas se estiver ocorrendo uma Antirreforma, o coração estará

criando fantasias e a sinceridade será enganosa. Qual é o seu caso e de sua comunidade?

IV. A REFORMA PRODUZ COMUNHÃO NA VERDADE, ENQUANTO QUE A ANTIRRE-

FORMA GERA CUMPLICIDADE PECAMINOSA.

“Assim restituiu as mil e cem moedas de prata à sua mãe; porém sua mãe disse: Inteiramen-

te tenho dedicado este dinheiro da minha mão ao Senhor, para meu filho fazer uma imagem

de escultura e uma de fundição; de sorte que agora to tornarei a dar. 4 Porém ele restituiu

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aquele dinheiro à sua mãe; e sua mãe tomou duzentas moedas de prata, e as deu ao

ourives, o qual fez delas uma imagem de escultura e uma de fundição, que ficaram em casa

de Mica. 5 E teve este homem, Mica, uma casa de deuses; e fez um éfode e terafins, e

consagrou um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote” (Juízes 17:3-5).

Na Reforma, a verdade do Evangelho está sendo conhecida e Deus está agindo nos cora-

ções neste sentido. A consequência é que estas pessoas se unirão em torno da verdade

para se fortalecerem e se aprofundarem nela. Isso acontecerá inevitavelmente. Mas na

Antirreforma, ao contrário, haverá uma cumplicidade rebelde em torno da mentira abraçada.

Como a vontade enganosa está livre, e como consequentemente ela produzirá mentiras,

então estes enganados se unirão com grande zelo para defenderem suas falácias, e tal

união será muitas vezes zelosa e emocionada e eles estarão prontos a se ajudarem, o que

aumentará ainda mais o engano, pois mui comumente as pessoas vão entender isso como

algo de Deus. Saiba: A Antirreforma produz multidões de enganados que se apoiam em

prol de suas mentiras. Mas isso não passa de cumplicidade criminosa e rebelde. Assim,

não se iluda com multidões. Por outro lado, a Reforma também produz unidade, mas esta

devemos chamar de comunhão e não de cumplicidade. A cumplicidade denota um acordo

de criminosos rebelados contra Deus para apoiarem uma mentira. Já a comunhão gira em

torno do amor a verdade descoberta na Palavra.

Lembremos ainda que a cumplicidade da Antirreforma leva as pessoas a desejarem um

falso profeta, como fizeram Mica e os danitas com o levita inescrupuloso. Ora, o falso pro-

feta se aproveita do povo, mas este não é inocente. Estas pessoas querem ser enganadas.

No final, todos são cúmplices da mentira. Já a Reforma leva o povo a desejar um verdadeiro

ministro do Evangelho, pois neste caso as pessoas querem a verdade. Assim, elas têm

comunhão com genuínos pregadores em torno da verdade do Evangelho. O que está

acontecendo em sua Congregação, amigo leitor? Há cumplicidade na mentira ou comunhão

em torno da verdade?

V. A REFORMA GERA A FÉ QUE NÃO DECEPCIONA, ENQUANTO QUE A ANTIRRE-

FORMA É CRENÇA VÃ.

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o sacerdote,

e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que tens?” (Juízes

18:24).

A Reforma é uma obra da Graça no coração que leva as pessoas de volta à Bíblia. Já a

Antirreforma, ao contrário, é rebelião contra Deus, é a liberdade da vontade enganosa que

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impõem suas mentiras e leva à crença em falsidades. Assim a Reforma gera uma fé genuí-

na que não decepciona. Já a Antirreforma leva a ilusão que desemboca num mar de decep-

ção e desespero. Os homens e mulheres dirão: “que mais me resta?”. Oh amigo leitor,

como isso é sério. Cristo disse que muitos se surpreenderão no Dia do Juízo. Veja: “Nem

todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a

vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor,

não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demô-nios? e

em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca

vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:21-23). Se

pensarmos na seriedade destes fatos urgentemente buscaremos em Deus a verdade sobre

nosso caso e de nossa Igreja. Que o Senhor nos ilumine.

VI. A REFORMA É TER A GRAÇA DE CRISTO COMO REI, ENQUANTO QUE A ANTIR-

REFORMA É REBELIÃO DO CORAÇÃO AO SEU REINADO.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Se Cristo não reinar sobre nós, a vontade livre nos levará ao engano mortal. Mas a Graça

opera no coração humano fazendo com que Cristo reine e liberte-nos de todas as prisões

espirituais. Isso é Reforma: É a Graça operando, é Cristo Reinando. Já a Antirreforma é o

coração natural impondo suas vontades enganosas em oposição direta ao Reinado de

Cristo. A Reforma é o homem submisso ao Reinado de Cristo. O homem já não faz mais o

que quer, mas o que Cristo quer. A Antirreforma é o homem rebelado, opondo-se a Cristo

como Rei, fazendo o que acha melhor. Pense a avalie se há Reforma ou Antirreforma em

sua vida e Igreja.

VII. CONCLUSÃO.

A Antirreforma é a rebelião do coração natural que impõem sua vontade, gera mentiras,

sinceridade enganosa, cumplicidade criminosa e fé vã. Já a Reforma é uma obra da Graça

no coração que leva os homens a submeterem-se ao Reinado de Cristo, produzindo a

Comunhão na verdade e uma genuína Fé Evangélica. A Reforma leva os homens a subme-

terem-se ao Reinado de Cristo. A Reforma é uma obra da Graça de Deus em Cristo. Que

isso esteja acontecendo em nós. Amém!

***

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Caminho para a Idolatria e Caminho para a Adoração: Juízes 17 e 18

“E teve este homem, Mica, uma casa de deuses; e fez um éfode e terafins, e

consagrou um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.” (Juízes 17:5)

I. INTRODUÇÃO.

Mais uma vez desejo olhar para estes preciosos Capítulos. Vimos nos estudos anteriores

que eles mostram a enganosa religião da vontade. No entanto precisamos estreitar um

pouco mais nosso olhar sobre esta religião e entender que por traz de tudo isso está a

questão essencial da adoração. Todos aqui estão adorando. Mica está adorando. A sua

mãe está adorando. O sacerdote está adorando. Os danitas estão adorando. O que subjaz

todos os acontecimentos é o assunto da adoração. Na verdade, não há nada mais impor-

tante do que a adoração. Todo mundo está adorando sempre! Não importa que não se

pense em adoração. Cada pessoa está vivendo para ou adorando alguma coisa continua-

mente. Você sempre e sempre está adorando alguma coisa. Todo mundo tem um deus.

É interessante notar, por exemplo, que o primeiro caso de assassinato na Bíblia iniciou-se

num contexto de adoração (veja Gênesis 4). Caim e Abel foram apresentar ofertas a Deus.

O que eles estavam fazendo? Resposta: Estavam adorando. No entanto Deus aceitou o

sacrifício de Abel, mas não o de Caim. O fato é que Caim não era um adorador verdadeiro,

mas ainda assim adorava. Sua adoração era falsa, mas ainda assim adorava. Ele não

amava a Deus, mas ainda assim adorava. Tal adoração falsa o levou a matar seu irmão.

Ora, Cristo resumiu os Mandamentos em amar a Deus e ao próximo (Marcos 12:30-31).

Assim, pelo fato de Caim não amar a Deus, finalmente chegou a matar o irmão. Toda

adoração falsa é deficiente de verdadeiro amor. O que há é um jogo de interesses, pois

somente em Deus está o amor. É no Reinado de Seu Filho que tal amor se manifesta. E se

Cristo não é Rei, cada um faz o que acha mais correto (Juízes 17:6) e a adoração na

verdade não passa de idolatria. Assim, apesar de sempre estarmos adorando, só adoramos

de verdade se servimos a Deus em Cristo. No caso inverso também estamos adorando,

mas não ao Deus Verdadeiro. Portanto o que fazemos é adorar um outro “deus”. Neste

caso somos idólatras. Por isso quero olhar com você para estes dois caminhos opostos, ou

seja, o caminho da idolatria e o caminho da adoração. Nestes caminhos, certos passos são

dados de forma evidente, e são opostos em relação aos do outro caminho, mostrando afinal

em que vereda estamos. Desejo assim meditar neste texto observando tais passos. Que

você, prezado leitor, possa observar quais caminhos por onde está andando, e dessa forma

descobrir se está no caminho da adoração ou da idolatria. Você adora de fato a Deus ou é

um idólatra? Olhemos o texto para descobrir.

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II. CORAÇÃO REINANDO OU CRISTO REINANDO.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Já tenho procurado demostrar que a chave destes Capítulos está no verso 6 do Capítulo

17. Devemos observar que se o assunto é adoração, significa que cada um adorava como

achava mais correto. A outra opção seria adorar conforme a direção de um rei, o que não

havia em Israel. É exatamente neste ponto que temos o primeiro passo ou para a idolatria

ou para a adoração. Permita que eu explique: O coração insubmisso é rebelde ao Rei por

excelência, isto é, é rebelde a Cristo. É rebelado contra Deus. Como já disse anteriormente,

é a liberdade da vontade, a independência, a autonomia. Rei se refere a um governo

humano, todavia muito mais esse governo representa o Governo de Deus, o Reinado de

Cristo, pois Cristo é o Rei tipificado em todo o Antigo Testamento. Assim, o que o texto está

dizendo é que os homens estavam seguindo suas vontades independentemente da vontade

de Deus. Portanto, a adoração era segundo esta liberdade da vontade e aqui estava o início

da idolatria, pois quando começo a seguir meu coração digo: “Eu acho isso! Eu penso isso!

Eu acredito assim! É a minha opinião! É a minha ideia! Eu fico com a minha posição! Assim

como o meu coração determina! Eu gosto disso! Eu me sinto bem assim!”: Assim fez Mica,

sua mãe, o sacerdote, e os danitas! Cada um fazia o que queria. Eis o primeiro passo para

a idolatria: Quando você segue o seu próprio coração, pois o coração humano naturalmente

é rebelado. Dessa forma, não é boa coisa fazer o que se quer quando o assunto é adoração.

Na verdade, em relação a qualquer assunto, mas a adoração é o tema que determinará os

demais.

No entanto o primeiro passo para a adoração é que o Rei me domine. Como precisamos

ser libertos de nós mesmos! Necessitamos do poder de Cristo para subjugar nossa vontade.

Somente Ele pode fazer isso. Ele é o Rei Libertador.

Como recentemente lembrou uma prezada irmã de nossa Congregação, ao refletir nesta

presente mensagem, a nossa Confissão de Fé Batista de 1689 nos diz assim:

Este ofício de Mediador entre Deus e os homens cabe exclusivamente a Cristo, que é

o Profeta, Sacerdote e Rei da Igreja de Deus; e isto não pode ser no todo, ou em

qualquer parte, transferido de Cristo para qualquer outro (1 Timóteo 2:5). Este número

e ordem de ofícios são necessários. Precisamos de Seu ofício profético (João 1:18),

por causa de nossa ignorância. Por causa de nossa alienação de Deus, e da imperfei-

ção de nossos melhores serviços, nós necessitamos de Seu ofício sacerdotal para

nos reconciliar e apresentar aceitáveis a Deus (Colossenses 1:21; Gálatas 5:17). E no

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que diz respeito à nossa aversão e incapacidade absoluta de converter-nos a Deus, e

para o nosso resgate e segurança contra nossos adversários espirituais, precisamos

de Seu ofício real para nos convencer, subjugar, atrair, sustentar, libertar e preservar

para o Seu reino celestial. (João 16:8; Salmos 110:3; Lucas 1:74-75). (CFB1689,

Capítulo 8, Sobre Cristo, o Mediador, parágrafos 9 e 10).

Assim este Rei é Cristo que vence a rebeldia de meu coração fazendo-me submisso à Sua

vontade. Quando me submeto a Deus, ao Rei, a Cristo, então estou no caminho da adora-

ção verdadeira afastando-me da idolatria.

Prezado leitor, qual é o seu caso?

Responda:

1. O seu coração domina levando você a adorar como acha mais correto? Então, você está

dando o primeiro passo para idolatria.

2. Cristo está dominando seu coração fazendo-o submisso ao seu Reinado? Então, você

está no caminho da adoração.

III. NEGAÇÃO OU ACEITAÇÃO DA REVELAÇÃO.

Porém ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe; e sua mãe tomou duzentas moedas de

prata, e as deu ao ourives, o qual fez delas uma imagem de escultura e uma de

fundição, que ficaram em casa de Mica (Juízes 17:4).

Se o coração domina é porque não a há rei para obedecer. Há rebeldia e autonomia. Há

insubmissão a Deus. Consequentemente Sua Palavra não será ouvida e obedecida. Assim

Mica e sua mãe fabricam imagens de escultura para a adoração, o que Deus havia proibido.

Os danitas cobiçam e roubam a imagem, mostrando-se também desobedientes. Todos

faziam o que queriam e desobedeciam a Deus.

Mas entendamos melhor a gravidade destes atos. Leia estes versículos:

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima

nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te encurvarás

a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a

iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me

odeiam (Êxodo 20:4-5).

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Aqui há uma proibição clara de se fazer imagens de escultura na adoração.

Nestes versículos Deus dá o motivo:

Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em

que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; 16 para que não vos cor-

rompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, seme-

lhança de homem ou mulher; figura de algum animal que haja na terra; figura de al-

guma ave alada que voa pelos céus; 17 figura de algum animal que se arrasta sobre a

terra; 18 figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra; 19 que não levan-

tes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos

céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor

teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus (Deuteronômio 4:15-19).

Jesus disse que “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito

e em verdade” (João 4:24). Estes versos mostram que a adoração deve corresponder ao

Adorado, o Senhor Deus. Fazer imagens para adorá-lO seria uma afronta, pois não corres-

ponde ao que Ele é, ou seja, Espírito, e nenhuma aparência viram os israelitas quando Ele

Se manifestou a eles. Mas quando o coração é rebelado, ou quando a vontade está livre

para fazer o que quer, o homem não atende a autorrevelação de Deus em Sua Palavra e

adora segundo seu entendimento. Assim, passa a fabricar imagens. Este é mais um passo

no caminho da idolatria. O homem nega a revelação de Deus.

Mas quando o coração está dominado por Cristo, passa então a ser dócil, recebendo com

prontidão a Revelação que Deus dá de si mesmo. Ele reconhece que Deus é Quem diz

Ser. A Palavra é tomada por este homem submisso como verdade de Deus para si. Este

pois, é mais um passo para a Adoração: O homem ou mulher aceitam a Palavra dobrando-

se a ela humildemente, aceitando-a como reveladora do Único Deus. Enfim, eles aceitam

a autorrevelação de Deus.

Leitor, qual é a sua situação? Você tem recebido a autorrevelação de Deus nas Escrituras,

ou você a nega? Em que caminho você está? Você está seguindo o caminho da adoração

ou da idolatria?

IV. FABRICANDO UM ÍDOLO OU REVERENCIANDO O CRIADOR.

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o sacerdote,

e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que tens?” (Juízes

18:24).

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Se o coração é livre, a Revelação de Deus é rejeitada e consequentemente um ídolo é fabri-

cado. Este é o próximo passo no caminho da idolatria. Por isso Mica diz que fez seus deu-

ses. A idolatria é loucura exatamente por isso. Em vez de adorar o Criador o homem passa

a adorar a criatura (Romanos 1:25). No final das contas esse ídolo é criação do homem. É

por isso que em Isaías Deus nos fala de seguinte forma. Observe e leia com bastante calma,

percebendo o argumento:

Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o

primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus. 7 E quem proclamará como

eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo e-

terno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir. 8 Não vos as-

sombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anun-

ciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim?

Não, não há outra Rocha que eu conheça. 9 Todos os artífices de imagens de escultura

são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas pró-

prias testemunhas, nada veem nem entendem para que sejam envergonhados. 10

Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? 11 Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos, pois os mesmos artífices

não passam de homens; ajuntem-se todos, e levantem-se; assombrar-se-ão, e serão

juntamente confundidos. 12 O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma

com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome e a sua força en-

fraquece, e não bebe água, e desfalece. 13 O carpinteiro estende a régua, desenha-o

com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à seme-

lhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa. 14 Quando

corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as

árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. 15 Então serve ao

homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também

faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e

ajoelha-se diante dela. 16 Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a

carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquen-

tei, já vi o fogo. 17 Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se

diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus. 18

Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus

corações para que não entendam. 19 E nenhum deles cai em si, e já não têm conhe-

cimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as

suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação?

Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore? 20 Apascenta-se de cinza; o seu coração

enganado o desviou, de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer:

Porventura não há uma mentira na minha mão direita?” (Isaías 44:6-20).

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O ponto é que o homem adora algo que ele inventou e chama-o de deus e espera que isso

o livre. Mas, como o que ele inventou pode livrá-lo, se nem mesmo ele o pode? Ou pondo

de outra forma: Se não posso me livrar, como posso crer que algo que eu inventei o pode?

Mas este é o caminho da loucura. Este é o caminho da idolatria. Este é o caminho do peca-

do. Se um homem é rebelde, ele rejeitará a Revelação de Deus e nada mais lhe restará,

senão criar um ídolo nulo, que é menos do que ele mesmo. Com Mica dirá: “Os meus

deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o sacerdote, e partistes; que mais

me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que tens?” (Juízes 18:24).

Mas o caminho da adoração é diferente. Ora, um homem quebrantado por Cristo receberá

a Revelação do único Deus. Este Deus Verdadeiro é o que Se revela na Criação e na

Palavra, isto é, em Cristo (Salmos 19; Romanos 1; João 1). Evidentemente este é mais um

passo na adoração. Explicando: O homem não cria um deus, mas conhece o Verdadeiro

Deus por sua autorrevelação e passa a adorá-lO. Não há mais a louca invenção de um

deus que não pode salvar por ser uma fabricação humana, mas a fé no Criador, Mantenedor

e Redentor, o Deus que está perto “dos que têm o coração quebrantado, e salva os

contritos de espírito” (Salmos 34:18). Ele somente salva. Ele somente é Deus. Ele somen-

te é Criador, Mantenedor e Redentor que salva em Cristo.

A pergunta que lhe faço agora é: Que passos você está dando? Qual Deus você adora?

Seu Deus é o Deus Revelado na Criação e na Bíblia, em Cristo, ou uma louca invenção

sua, um ídolo? Pense, reflita!

V. MENTIRA NA ALMA INTERPRETANDO EQUIVOCADAMENTE A PROVIDÊNCIA

PARA O AUMENTO DA IDOLATRIA OU VERDADE NO ÍNTIMO QUE LEVA A VER A

OBRA DE DEUS NA PROVIDÊNCIA PARA A GLÓRIA DELE.

“Então disse Mica: Agora sei que o SENHOR me fará bem; porquanto tenho um levita por

sacerdote” (Juízes 17:13).

Note a conclusão que Mica tira dos acontecimentos. Ele crê na benção de Deus ante ao

fato de ter um sacerdote. No entanto tudo que fizera antes manifestava rebeldia no íntimo,

negação da revelação de Deus e produção de ídolos segundo seu coração. Como pode

estar a benção de Deus nisso? Mas assim crê Mica. O mesmo acontece com os danitas.

No Capítulo dezoito eles consultam o sacerdote, recebem uma resposta favorável, roubam

o ídolo, compram o sacerdote, vencem a guerra, como previra o sacerdote, e então esta-

belecem ao ídolo de Mica e o seu sacerdote, mostrando que estavam confiantes.

Não fica evidente que Mica e os danitas tornaram-se mais confiantes diante dos fatos ocor-

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ridos? O que acontecera neles? Resposta: Eles interpretaram a providência de Deus à luz

de suas mentiras internas, as mentiras de seus corações rebeldes e idólatras. Este é mais

um passo no caminho da idolatria. Um homem cego está com a alma tomada pela mentira

de seu coração rebelde. Ele rejeita a verdade de Deus na Palavra. Esta mentira leva-o a

interpretar os acontecimentos como algo que comprova seus enganos. Isto evidentemente

os leva a um engano ainda maior, gerando neles uma confiança louca em seus deuses fal-

sos. Pensam que estão certos porque creem que a providência confirma suas crenças. Mas

de fato eles estão interpretando equivocadamente a providência para o aumento da idola-

tria.

Mas o homem em que tem o coração dominado pelo Rei Jesus é alguém que recebe a

autorrevelação de Deus, adora-O e consequentemente vê na providência o agir deste Deus

revelado. Este homem tem uma visão real dos fatos interpretando-os não de forma ilusória,

mas segundo a realidade que o Senhor lhe tem mostrado. O resultado é que tal pessoa

glorificará a Deus pela providência. Este é mais um passo no caminho da adoração.

Permita-me dar um exemplo prático e contemporâneo que ajudará, creio eu, a clarificar as

coisas.

Imagine uma pessoa doente em um leito de hospital. Um idólatra moderno vê a “Deus” co-

mo alguém que tem de curar aquele enfermo se houver oração com fé. Ele foi ensinado

que pode decretar e seu “Deus” o ouve. Assim ele chega diante do enfermo e diz: “Eu de-

creto sua cura”. O problema é que esse “Deus” não é o Deus revelado nas Escrituras, pois

na Palavra Ele Se manifesta como Soberano Senhor e não como alguém que admite qual-

quer decreto humano (Salmos 2). Isso não passa de idolatria, pois estabelece um conceito

de “deus” conforme a rebeldia humana. Mas se o doente fica curado, este idólatra dirá como

Mica: “Agora sei que o SENHOR me fará bem” ou... “O meu Deus ouviu minha oração e

abençoou o enfermo”. Assim ele interpretará a providência em favor de sua idolatria. Natu-

ralmente se tornará ainda mais crédulo e idólatra. Mas se não houver cura? Neste caso o

idólatra dirá como Mica: “Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o

sacerdote, e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que

tens?” (Juízes 18:24). Haverá decepção. Também pode ser que o idólatra “racionalize”

afirmando que faltou fé no doente ou algo assim. Mas no final sempre a idolatria cegará sua

visão da providência.

No entanto, aquele que tem Cristo como Rei receberá a Revelação de Deus conforme as

Escrituras, e diante do doente não decretará a cura, mas suplicará que o Senhor Soberano

seja misericordioso com o enfermo. Note: Não há “decreto”, mas “súplica”; não se “decreta”,

mas se “suplica”. Percebe? Bem, se a pessoa for curada o adorador agradecerá a misericór-

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dia de Deus. Se não, ele também agradecerá dobrando-se ao Deus Soberano que faz tudo

bem e como Lhe apraz.

Pergunto-lhe: O que está acontecendo com você?

VI. PROFANAÇÃO IDOLÁTRICA DA FORMA DE CULTO OU SUA SANTIFICAÇÃO

CONFORME A REVELAÇÃO DE DEUS.

“E os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura; e Jônatas, filho de Gér-

son, o filho de Manassés, ele e seus filhos foram sacerdotes da tribo dos danitas, até ao

dia do cativeiro da terra. 31 Assim, pois, estabeleceram para si a imagem de escultura, que

fizera Mica, por todos os dias em que a casa de Deus esteve em Siló” (Juízes 18:30-31).

Já vimos que fazer imagens combateria a Autorrevelação de Deus. Agora, precisamos com-

preender que esta prática se refere à forma de culto, que é evidentemente o manifestar da

adoração no coração. Aqui se refere a como cultuamos, como expressamos nossa adora-

ção. Esta forma, como temos notado, deve corresponder a Deus. Assim, Deus prescreveu

detalhadamente no Antigo Testamento como deveria ser feito o culto. Porém ali havia muito

complexidade porque se tratava de tipos que apontavam para Cristo. Mas vindo Cristo,

aquelas formas passaram. No entanto isso não significa que não há formas prescritas no

Novo Testamento, mas ao contrário, ali muito nos é ordenado sobre como devemos realizar

nossos cultos públicos.

Apliquemos estas informações ao nosso estudo de texto:

Mica, a mãe, o sacerdote e os danitas produziram uma forma de culto não prescrita por

Deus, e até mesmo proibida. Fizeram assim porque cada um fazia o que queria (Juízes

17:6) e adoravam um outro “Deus” e nele confiavam (Juízes 17:13). Eis aqui mais um passo

no caminho da idolatria. Neste caminho haverá uma profanação idolátrica da forma de culto.

Esta forma é correspondente ao ídolo que está no íntimo. Mas quando os homens estão

com o coração dominado por Cristo, o Rei, eles conhecem o Deus Verdadeiro e consequen-

temente terão uma forma de culto prescrita nas Escrituras, o que corresponderá ao Deus

Verdadeiro. Por isso é que o Culto no Novo Testamento é tão simples, pois é espiritual,

tendo em vista a Revelação de Deus em Cristo, o Verbo de Deus.

Cada leitor deve perguntar-se sobre o que ama em termos de forma de culto. Isso mostrará

se é um idólatra ou um adorador. Se quer uma forma que agrade seu coração e não a

Escritura, é porque criou um deus falso e quer adorá-lo na forma correspondente. Se ama

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ao Deus verdadeiro, se comprazerá a adorá-lO conforme prescreveu em Sua Palavra. Qual

é o passo que você está dando? Está no caminho da adoração ou da idolatria?

VII. DEIXADOS NO PECADO ATÉ A MORTE OU ALCANÇADOS PELA GRAÇA PARA

O CULTO E VIDA.

“Não, filhos meus, porque não é boa esta fama que ouço; fazeis transgredir o povo do

Senhor. 25 Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem

contra o Senhor, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor

os queria matar. 26 E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se agradável, assim para com

o Senhor, como também para com os homens” (1 Samuel 2:24-26).

Os passos de idolatria que temos estudado mostram a obstinação do coração natural. Já

os passos de adoração demostram a Graça do Rei vencendo a rebeldia natural, fazendo

com que o coração se torne dócil. Neste texto acima vemos que o Senhor não queria salvar

os filhos de Eli, mas matá-los devido aos seus pecados, pois eles profanavam o culto ao

Senhor, não O conheciam (leia 1 Samuel 2:12-17). Eles eram idólatras. Porém, Samuel era

um verdadeiro adorador (observe o contraste entre 1 Samuel 2:17-18, e 1 Samuel 2:25-26).

Em Samuel estava a Graça de Deus em Cristo vencendo a rebeldia natural. Samuel era

dócil (observe 1 Samuel 3). Já nos filhos de Eli, ao contrário, estava a obstinação, pois

Deus os entregou à rebeldia de seus maus corações, visto que queria julgá-los com a morte.

Amigos isso tudo é muito solene. A Escritura nos mostra que se Deus não agir em um ho-

mem ele prosseguirá no caminho da idolatria até a morte. Não adiantará repreende-lo ou

avisá-lo, como não adiantou a Eli avisar seus filhos. Pode ser que alguém tenha dado todos

os passos anteriores e seu caso seja muito grave. Tal pessoa não mudará de rumo, por

mais que outro lhe mostre o erro. Oh, somente a Graça, somente a Graça de Deus em

Cristo. Se o Rei não nos subjugar, não seremos subjugados por nada mais, e teimosamente

prosseguiremos até a morte. O passo derradeiro é a teimosia mortal. Mas a Graça nos

vence e nos liberta, e como Samuel, nos faz dóceis e verdadeiros adoradores. Pense nisso,

meu leitor. Ore a Deus em Cristo pedindo misericórdia. Que o Senhor lhe dê graça sobre

graça. Amém!

VIII. CONCLUSÃO.

Em que caminho você está? Está no caminho da adoração ou da idolatria? Seu coração foi

subjugado pelo Rei Jesus ou continua livre e rebelde? Você aceitou a autorrevelação de

Deus ou a rejeitou? Você conhece o Criador e O adora ou inventou um deus nulo? Você

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está glorificando a Deus em Sua providência ou interpretando-a de forma a dar mais crédito

aos seus enganos idolátricos? Você O adora conforme Ele quer e é, ou rebeldemente

estabelece formas que correspondam aos seus ídolos? Você é dócil aos Seus comandos

seguindo o caminho da vida ou é teimosamente rebelde até a morte? Pense nestas ques-

tões com seriedade. Cada um destes passos puxa aos seguintes e mostra o caminho se-

guido. Reflita e que Deus lhe conceda Graça fazendo com que Cristo reine em seu coração

para torná-lo um adorador do Único Deus Verdadeiro. Amém!

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Parte III

“Não, filhos meus, porque não é boa esta fama que ouço; fazeis transgredir o povo

do Senhor. Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o

homem contra o Senhor, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai,

porque o Senhor os queria matar. E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se

agradável, assim para com o Senhor, como também para com os homens”.

(1 Samuel 2:24-26)

I. INTRODUÇÃO.

Façamos mais uma vez a aplicação do conteúdo estudado à questão da Reforma e Antir-

reforma. O que posso dizer imediatamente é que a Reforma produzirá verdadeira adoração

pelo fato de nela os homens humildemente estarem voltando as Escrituras, passando assim

a conhecer o verdadeiro Deus em Cristo. Já na Antirreforma Deus não é conhecido, pois a

liberdade da vontade estabelece seus ídolos nulos. Na Reforma há adoração, enquanto

que na Antirreforma há idolatria. Em sua vida e em sua comunidade, prezado leitor, está

acontecendo ou uma coisa ou outra. Que Deus lhe ilumine por estes estudos para que veja

sua situação com clareza. Que haja Reforma genuína entre nós. Que novamente se diga:

Soli Deo Gloria!

II. A REFORMA SE INICIA COM A GRAÇA NO CORAÇÃO QUE O FAZ RENDER-SE AO

REINADO DE CRISTO, ENQUANTO QUE A ANTIRREFORMA É A MANIFESTAÇÃO DO

CORAÇÃO NATURAL REBELADO.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”

(Juízes 17:6).

Ou Cristo reina ou eu estou livre para fazer o que quiser. A Reforma é uma obra da Graça

de Deus em Cristo que me leva a render-me ao Seu Reinado. Um reformado é alguém que

serve, que teme, que segue, que se submete ao Rei Jesus. Mas para isso é preciso ser

liberto de mim mesmo e é exatamente este Rei que me liberta. Nesse ponto volto a citar o

seguinte trecho de nossa Confissão:

Este ofício de Mediador entre Deus e os homens cabe exclusivamente a Cristo, que é

o Profeta, Sacerdote e Rei da Igreja de Deus; e isto não pode ser no todo, ou em

qualquer parte, transferido de Cristo para qualquer outro (1 Timóteo 2:5). Este número

e ordem de ofícios são necessários. Precisamos de Seu ofício profético (João 1:18),

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por causa de nossa ignorância. Por causa de nossa alienação de Deus, e da imperfei-

ção de nossos melhores serviços, nós necessitamos de Seu ofício sacerdotal para

nos reconciliar e apresentar aceitáveis a Deus (Colossenses 1:21; Gálatas 5:17). E no

que diz respeito à nossa aversão e incapacidade absoluta de converter-nos a Deus, e

para o nosso resgate e segurança contra nossos adversários espirituais, precisamos

de Seu ofício real para nos convencer, subjugar, atrair, sustentar, libertar e preservar

para o Seu reino celestial. (João 16:8; Salmos 110:3; Lucas 1:74-75). (CFB1689, Capí-

tulo 8, Sobre Cristo, o Mediador, parágrafos 9 e 10).

Sim, Cristo nos liberta de nossa aversão e incapacidade e nos traz a Ele. Amém. Isso é

Reforma e aqui nesta situação, e somente nela, é possível adorar.

Já a Antirreforma é a manifestação do coração natural em toda a sua força revelada contra

o Rei, fazendo o que lhe agrada. Neste caso a idolatria é estabelecida, pois Deus não é

temido e servido em nenhum aspecto.

O que há em sua vida e comunidade? Cristo está reinando ou cada um está fazendo o que

quer? Há ambiente para a adoração por existir submissão ao Rei, ou a idolatria é praticada

por corações rebeldes? Há Reforma ou Antirreforma?

III. A REFORMA É A ACEITAÇÃO DA REVELAÇÃO NA ESCRITURA, ENQUANTO QUE

A ANTIRREFORMA É A REBELIÃO À MESMA.

“Porém ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe; e sua mãe tomou duzentas moedas de

prata, e as deu ao ourives, o qual fez delas uma imagem de escultura e uma de fundição,

que ficaram em casa de Mica” (Juízes 17:4).

Um coração Reformado é submisso ao Rei e consequentemente ouve e atende à Sua

Palavra. Dessa forma ele pode adorar, pois conhece o Deus verdadeiro revelado nas Escri-

turas. Por outro lado, um coração rebelde está em Antirreforma, pois nega a Revelação de

Deus para estabelecer suas crenças e opiniões. Isto gerará idolatria, visto que Deus não é

conhecido.

Mais uma vez o chamo a pensar sobre a sua realidade em si e em sua comunidade Cristã.

Existe submissão à Palavra em sua totalidade ou há rebeldia? A Revelação que Deus dá

de Si mesmo está sendo atendida e crida, ou há rebelião contra a mesma? Há corações

reformados e submissos, ou rebeldes que manifestam antirreforma? Há adoração ou

idolatria? Há Reforma ou Antirreforma?

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IV. A REFORMA LEVA À REVERÊNCIA AO CRIADOR REVELADO EM CRISTO NAS

ESCRITURAS, ENQUANTO A ANTIRREFORMA INCENTIVA OS HOMENS A INVENTA-

REM ÍDOLOS.

“Então ele disse: Os meus deuses, que eu fiz, me tomastes, juntamente com o sacerdote,

e partistes; que mais me resta agora? Como, pois, me dizeis: Que é que tens?” (Juízes

18:24).

Na Reforma Deus é conhecido, pois Sua Autorevelação é atendida, visto que o coração

está submetido ao Rei. As pessoas dão valor ao ensino das Escrituras e assim conhecem

a Deus em Cristo. Isso as leva a adorarem a este Deus Único e Verdadeiro, o Criador,

Mantenedor e Redentor. Toda a glória é dada a Deus. Este é o Espírito da Reforma. Já na

Antirreforma, Deus não é ouvido tornando-se assim desconhecido (1 Samuel 2:12). Como

é possível adorar neste caso? O que ocorrerá é que os homens e mulheres criarão em seus

corações uma quantidade infindável de ídolos. Sim, eles fabricarão seus ídolos. Este é o

Espírito da Antirreforma, ou seja, idolatria.

Mais uma vez analise: Você e sua comunidade têm conhecido a Deus em Cristo nas

Escrituras? Vocês O têm adorado como Único Deus? Há Reforma de fato? Ou Ele é

desconhecido e ídolos são criados ao bel prazer dos líderes e povo? Afinal, há Reforma ou

Antirreforma?

V. A REFORMA PROMOVE VERDADE NO CORAÇÃO, QUE INTERPRETARÁ REALIS-

TICAMENTE A PROVIDÊNCIA, ENQUANTO A ANTIRREFORMA É MENTIRA INTERNA

APLICADA ÀS CIRCUNSTÂNCIAS PARA O AUMENTO DA IDOLATRIA.

“Então disse Mica: Agora sei que o SENHOR me fará bem; porquanto tenho um levita por

sacerdote” (Juízes 17:13).

A Reforma é a verdade no íntimo daqueles que se submetem ao Rei; Verdade de Deus em

Cristo, o Rei. Isto faz as pessoas enxergarem as circunstâncias iluminadas por esta verda-

de. Em outras palavras, elas veem o mundo como é e glorificam a Deus em tudo devido a

esta compreensão. Mas, na Antirreforma a mentira interna leva as pessoas a interpretarem

a providência de modo a aumentar sua confiança em seu ídolo. A Reforma é verdade no

íntimo que leva a ver a realidade na Providência, promovendo a adoração ao verdadeiro

Deus. Já a Antirreforma é a mentira no coração que encobre a realidade, aumentado ainda

mais a confiança e adoração aos falsos deuses. Analise com oração se em sua vida e

comunidade Deus é glorificado na Providência ou um ídolo é fomentado. Há adoração ou

idolatria? Há Reforma ou Antirreforma em seu meio?

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VI. A REFORMA LEVA AO SANTO CULTO BÍBLICO EM SUAS FORMAS, ENQUANTO

QUE A ANTIRREFORMA O PROFANA EM MODOS IDOLÁTRICOS.

“E os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura; e Jônatas, filho de Gér-

son, o filho de Manassés, ele e seus filhos foram sacerdotes da tribo dos danitas, até ao

dia do cativeiro da terra. 31 Assim, pois, estabeleceram para si a imagem de escultura, que

fizera Mica, por todos os dias em que a casa de Deus esteve em Siló” (Juízes 18:30-31).

Na Reforma Deus é conhecido em Cristo. Isso leva a formas de culto prescritas por Ele

mesmo, e que correspondam à Sua Natureza Divina revelada. Isso é a santidade do culto,

é adoração de fato, pois centralizada em Deus. Já na Antirreforma, os ídolos são adorados,

o que afeta as formas, as quais terão que se adequar à natureza do falso deus. Isso é a

profanação do culto em formas cada vez mais abomináveis e centradas em ídolos nulos.

O que há em sua comunidade? O Culto público é regrado pelas Escrituras manifestando a

glória do Deus revelado em Cristo? Ou há liberdade para invenção de todas as formas

imagináveis pelo coração humano? Há adoração ao Deus Único ou idolatria? Há Reforma

ou Antirreforma?

VII. A REFORMA, COMO OBRA DA GRAÇA, PROMOVE A SUBMISSÃO DÓCIL QUE

GERA A VIDA, ENQUANTO QUE A ANTIRREFORMA, SENDO FRUTO DO CORAÇÃO

NATURAL, GERA TEIMOSIA QUE LEVA A MORTE.

“Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto os homens

desprezavam a oferta do Senhor. 18 Porém Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ain-

da jovem, vestido com um éfode de linho” (1 Samuel 2:17-18).

A Graça no coração liberta os homens de sua rebeldia natural fazendo-os submissos a

Cristo. Isso os leva a docilmente submeterem-se constantemente à Sua Palavra, conhecen-

do mais e mais a Deus, adorando Aquele que é o Caminho da Vida. Isso é Reforma. Nela

haverá dócil submissão constante ao comando do Rei Jesus. O homem e comunidade

prosseguirão assim em constante adoração. Mas na Antirreforma o coração está livre e

Deus o entrega à sua maldade, pois quer julgá-lo. Na Antirreforma há teimosia que não se

dobra a nenhum aviso. O indivíduo e comunidade prosseguirão na idolatria até a morte.

Enfim, na Reforma há Graça sobre Graça, enquanto que na Antirreforma há juízo severo

de Deus.

O que está acontecendo com você e sua comunidade? Não percebe que você e sua comu-

nidade podem estar seguindo um caminho de juízo, ainda que se sintam seguros? Não

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percebe a necessidade da Graça constante? Somente Deus pode salvar-nos da idolatria.

Oh, clamemos a Deus. Que Ele opere a Reforma. Amém!

VIII. CONCLUSÃO.

Na Reforma há submissão ao Rei, atenção à Sua Palavra, conhecimento e adoração ao

Verdadeiro Deus, realidade conhecida para a Sua honra, formas de culto conforme a Sua

Revelação, e submissão constante à Sua Palavra. Tudo isso leva à adoração ao Único

Deus. Reforma é adoração. Soli Deo Gloria. Na Antirreforma há rebeldia, negação da Pala-

vra, fabricação de ídolos, engano aplicado à vida, cultos profanos, e teimosia mortal. Tudo

promove a idolatria. Antirreforma é idolatria. O que está ocorrendo em você e sua comu-

nidade? Que Deus vos livre da Antirreforma e promova uma genuína Reforma em vosso

meio. Que o Senhor seja conhecido e honrado no Rei Jesus. Soli Deo Gloria! Amém!

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estes Sermões para trazer muitos

Ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO.

A Igreja Reformada está sempre se Reformando, segundo a Palavra de Deus!

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

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Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

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M'Cheyne

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Deus) — C. H. Spurgeon

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Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.