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Regimento Escolar Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS – Sesquinhos

Regimento Escolar Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS … · 10.7 Da Frequência ... ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL Em todo o Rio Grande do Sul, o Sesc/RS conta com 43

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Regimento Escolar

Escolas de Educação Infantil

do Sesc/RS – Sesquinhos

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Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS

REGIMENTO ESCOLAR

Educação Infantil

2016

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Sumário

1. IDENTIFICAÇÃO DA MANTENEDORA E DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO ............. 4

1.1 Histórico do Sesc ............................................................................................................. 4

1.2 A Educação no Sesc/RS .................................................................................................. 4

1.3 Programa de Comprometimento e Gratuidade – PCG .................................................. 5

2. FINS E OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO .......................................................................... 5

2.1 Missão, Visão e Princípios do Sesc / RS ......................................................................... 5

2.2 Objetivos da Educação Infantil do Sesc/RS ..................................................................... 6

3. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................. 7

4. ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA ....................................................................... 9

4.1 Pressupostos Pedagógicos das Escolas de Educação Infantil do Sesc / RS .................. 9

4.1 Adaptação Escolar / Acolhimento .................................................................................. 10

4.2 Planejamento Pedagógico ............................................................................................. 11

4.3 Projeto Pedagógico ........................................................................................................ 12

4.4 Acompanhamento da Ação Docente .............................................................................. 13

5. GESTÃO DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO ............................................................... 13

5.1 Capacitação Técnica Corporativa .................................................................................. 14

5.2 Formação Continuada nas Escolas Infantis ................................................................... 14

5.3 Estrutura Administrativa e Pedagógica da Escola ......................................................... 15

5.4 Organização e Funcionamento ...................................................................................... 17

6. INSTALAÇÕES ................................................................................................................... 18

7. PRINCÍPIOS DE CONVIVÊNCIA ................................................................................... 19

9. DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA/AVALIAÇÃO ......................................................... 23

9.1 Avaliação da Criança ..................................................................................................... 23

9.2 Narrativas dos Percursos das Crianças ......................................................................... 24

10. MATRÍCULAS, TRANSFERÊNCIAS E CANCELAMENTO .......................................... 25

10.1 Da Inscrição ................................................................................................................. 25

10.2 Requisitos básicos para a inscrição ............................................................................. 25

10.3 Do processo de Seleção .............................................................................................. 26

10.4 Da classificação ........................................................................................................... 26

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10.5 Do Resultado ............................................................................................................... 27

10.6 Da Matricula ................................................................................................................. 27

10.7 Da Frequência.............................................................................................................. 27

10.8 Da Visita Domiciliar ...................................................................................................... 28

10.9 Da Evasão e/ ou Cancelamento .................................................................................. 28

11. DISPOSIÇÕES LEGAIS .................................................................................................... 29

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1. IDENTIFICAÇÃO DA MANTENEDORA E DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO

1.1 Histórico do Sesc

O Sesc/RS é uma entidade pertencente ao Sistema Fecomércio/RS criada nos termos do

Decreto-Lei nº 9853 em 13 de setembro de 1946 pela Confederação Nacional do Comércio – CNC

sob inspiração da Carta da Paz Social elaborada pelos representantes das classes produtoras na

histórica reunião de Teresópolis, de 1 a 6 de maio de 1945. Desta forma, o Sesc é uma entidade de

caráter privado, mantida e administrada pelos empresários do Comércio e com uma contribuição

compulsória de 1,5% sobre o valor da folha de pagamento das empresas enquadradas nas

entidades sindicais subordinadas à Confederação Nacional do Comércio.

Em seus projetos e ações, o Sesc/RS preconiza a qualidade de vida dos trabalhadores do

comércio de bens, serviços e turismo como o principal foco dos atendimentos. Nesse sentido, com

atuação alinhada à Confederação Nacional do Comércio, ao Departamento Nacional do Sesc e ao

Sistema Fecomércio/RS, a Administração Regional do Sesc no Rio Grande do Sul cumpre sua

missão desde 1946.

1.2 A Educação no Sesc/RS

Segundo as Diretrizes para o Quinquênio 2011 – 2015 criadas pelo Departamento Nacional

do Sesc (2010), em relação ao Programa de Educação, deve-se ter consciência que a “principal

contribuição que o Sesc pode oferecer é o exercício de um de seus mais importantes papéis em

relação ao aperfeiçoamento social: a função propositiva. Assim, o objetivo deve ser o de excelência,

ou seja, criar, aperfeiçoar e estabelecer concepções e modelos de trabalho que possam ser

adotados e replicados por outras organizações e pelo próprio Estado. Considera-se, portanto, que

ser modelo para a sociedade é uma forma viável de contribuir para transformá-la.” (Diretrizes para o

Quinquênio 2011-2015. 2010 p.18)

Em consonância ao que propõe as Diretrizes para o Quinquênio, as Escolas Sesc de

Educação Infantil desenvolvem uma proposta pedagógica que preconiza a formação da criança

como cidadão crítico e a participação ativa e autônoma dos sujeitos envolvidos por meio da

cooperação e do respeito à diversidade. Com um quadro de profissionais graduados e

especializados na infância, as práticas pedagógicas se desenvolvem com base numa metodologia

participativa integrando instrutores pedagógicos, crianças, pais e comunidade educativa em eventos

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diversos como integrações, mostras pedagógicas, visitas culturais, entre outros. Desta forma, o

cotidiano escolar é marcado por trabalhos em grupos, pesquisas e investigações que fomentam a

curiosidade e consolidam descobertas e aprendizagens significativas. A relação entre a teoria

estudada e discutida nos encontros de formação e as ações pedagógicas desenvolvidas com as

crianças, na qual o respeito às singularidades e às características infantis.

1.3 Programa de Comprometimento e Gratuidade – PCG

O Sesc/RS garante o acesso à educação de qualidade, prioritariamente, à população

comerciária de baixa renda, numa tradução perfeita da sua função social. Dessa forma, o Programa

de Comprometimento e Gratuidade (PCG), criado em 2009, contempla a gratuidade da anuidade

aos estudos, em turno integral, bem como uniforme escolar, alimentação e material didático, para

todas as crianças matriculadas regulamente nas Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS.

Caso durante o ano letivo seja verificada qualquer irregularidade, declaração falsa ou omissão

de informações na documentação e dados repassados pelo responsável legal pelo candidato, esse

perderá o direito à gratuidade, passando à pagar ao Sesc/RS os valores constantes em sua tabela

relativo à prestação de serviços de educação infantil.

2. FINS E OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO

2.1 Missão, Visão e Princípios do Sesc / RS

A razão de ser do Sesc/RS está definida em sua Missão: “Promover, de forma sustentável, a

qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e da sociedade com

ações de saúde, educação, cultura, esporte e lazer”; e a visão é definida pelo pressuposto de “até

2020, ser conhecido pela sociedade como instituição modelar na promoção da qualidade de vida”.

Desta forma, para o cumprimento da Missão e baseando-se na Visão do Sesc/RS todas as áreas e

projetos do Sesc/RS seguem os seguintes princípios:

1. Busca de Harmonia

Devemos contribuir para a perfeita harmonia na organização e em todas as relações;

2. Consciência em Ação

Façamos tudo com consciência, praticando empatia com todos os que poderão ser afetados

por nossa decisão;

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3. Transparência

Devemos trazer à tona a verdade e prezar por ela;

4. Responsabilidade pelo Todo

O espírito é de responsabilidade compartilhada, em que todos assumem a resolução dos

problemas;

5. Pró-Soluções

Devemos canalizar nossa energia para o construtivo, o preventivo e o inovador;

6. Equilíbrio de Interesses

A estrutura de governança delega autoridade para que haja diálogo e deliberações em todas

as partes da organização;

7. Respeito à Diversidade

Todas as pessoas devem ser tratadas com igualdade, dignidade e imparcialidade;

8. Sustentabilidade

Devemos atuar de forma sustentável, contribuindo para a manutenção das futuras gerações.

2.2 Objetivos da Educação Infantil do Sesc/RS

Considerando a função social e política as Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS –

Sesquinhos, a organização da ação pedagógica oportuniza às crianças a troca de vivências

necessárias para que se apropriem de novos conhecimentos por meio da interação no mundo,

consigo e com os pares. Considera ainda, o seu entendimento de espaço educativo, socializador e

elemento pedagógico que favorece e oportuniza as crianças o convívio com as diferentes culturas,

sociais, educacionais e econômicas, tratando da diversidade como uma questão pedagógica onde

todos são iguais por direito.

Sendo assim, a Educação Infantil tem como objetivo a promoção e o desenvolvimento integral

da criança, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais complementando a ação da

família e da sociedade. A Educação Infantil está alinhada as Diretrizes para o Quinquênio 2011-

2015, a Lei de Diretrizes e Bases - LDB, 9394/96, Diretrizes Curriculares para a Educação, Diretrizes

Curriculares Nacionais da Educação Infantil, a Proposta Pedagógica Nacional do Sesc e os

Procedimentos Regionais da Educação Infantil do Sesc/RS. Ao longo destes 16 anos de atuação na

Educação Infantil foram consolidados conceitos e práticas tendo um olhar investigativo e crítico no

que diz respeito a formação continuada das equipes das escolas.

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A proposta pedagógica da Educação Infantil orienta-se nos pressupostos teóricos e

metodológicos do sóciointeracionismo que preconiza a formação da criança como cidadão crítico e a

participação ativa e autônoma dos sujeitos envolvidos por meio da cooperação e do respeito à

diversidade.

As Escolas de Educação Infantil constituem-se como espaços de oportunidades e de

significados vivenciados pelas crianças. As situações de aprendizagem que as crianças vivenciam,

possibilitam ampliar a sua visão de mundo construindo um conhecimento organizado a partir do

sentir, pensar e agir. Mediado pelas relações interpessoais fundamentadas no respeito ao outro,

procurando integrar razão e afetividade, imprescindíveis ao fazer pedagógico. Desta forma, as

Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS – Sesquinho, ao buscarem a família para uma relação de

parceria, interage com ela, explicitando os diferentes papéis que compete a cada um, sendo a

Escola o ambiente formalmente instituído para ensinar e aprender, e a família comprometida com a

formação integral da criança que envolve também o ensinar e aprender, atos indissociáveis. Ao levar

em conta essa relação mútua, analisa os aspectos sócio-antropológicos que interferem e se

relacionam com os processos de aprendizagem da criança.

3. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Em todo o Rio Grande do Sul, o Sesc/RS conta com 43 Unidades Operacionais. Destas

Unidades Operacionais, 18 oferecem em seu quadro de ações, as Escolas de Educação Infantil.

Tais escolas estão situadas nas seguintes cidades:

Unidades Operacionais Capacidade Instalada

(número de vagas em cada

escola)

1. Alegrete 80

2. Bagé 105

3. Cachoeira do Sul 80

4. Camaquã 80

5. Cachoeirinha 105

6. Carazinho 60

7. Chuí 60

8. Ijuí 120

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9. Lajeado 80

10. Navegantes 110

11. Novo Hamburgo 115

12. Rio Grande 90

13. Santa Cruz do Sul 80

14. Santa Maria 100

15. Santa Rosa 60

16. Santo Ângelo 60

17. Tramandaí 75

18. Viamão 80

As Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS organizam-se por grupos multietários, conforme

previsto na Lei 9394/96 que dispõe sobre a Educação Básica no artigo 23° “A educação básica

poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos

de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por

forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o

recomendar.” Desta forma, no início do ano letivo as turmas das escolas infantis são organizadas da

seguinte forma:

Turma A: crianças de 3 anos até 3 anos e onze meses;

Turma B: crianças de 4 anos até 4 anos e onze meses;

Turma C: crianças de 5 anos até 5 anos e onze meses.

As denominações diferenciadas atendem ao critério nacional do Sesc/RS para grupos de

crianças a partir dos 3 anos. Além disso, sua estrutura oferece as crianças espaços onde possam

usufruir e exercitar sua autonomia com liberdade e segurança.

Deste modo, conforme Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução

CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009) deve-se atentar para a idade da criança na inserção na

respectiva turma tomando como base a data de 31 de março do ano para a organização dos grupos.

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4. ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA

4.1 Pressupostos Pedagógicos das Escolas de Educação Infantil do Sesc / RS

As Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS possuem estrutura Educativa que definem os

princípios teóricos e as metodologias que orientam as ações pedagógicas realizadas, bem como as

estratégias de gestão escolar. O Procedimento Regional (documento orientador interno) apresenta

conceitos e metodologias que dialogam com a proposta pedagógica do Sesc, e também aponta para

as especificidades das práticas educativas que garantem a identidade do trabalho no RS.

De acordo com a LDB, 9394/96 a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e

tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos, psicológicos,

intelectuais e sociais, complementando a ação da família e da comunidade.

A Infância é uma construção social que possui uma localização temporal e espacial, portanto

não é um fenômeno natural. A infância é parte da sociedade e da cultura como as outras etapas da

vida; é estrutural, permanente, seus componentes (crianças) mudam constantemente e permitem

sua evolução e transformação histórica. Diante das diferentes possibilidades de localização temporal

e espacial e de outros marcadores sociais como etnia, gênero e classe, podemos afirmar que a

infância não é única, assim existe uma pluralidade de infâncias. As crianças são compreendidas

como seres humanos dotados de ação social, produtores de formas culturais próprias construídas

com seus pares e que também são afetadas pelas culturas e sociedades de que fazem parte. A

concepção de infância revelada aqui coloca a criança como protagonista do processo educativo. O

protagonismo é entendido como a participação ativa das crianças. Como um tempo e espaço que

elas participam, decidem, intervêm e influenciam as relações, as decisões que dizem respeito aos

seus cotidianos.

Cada criança é uma parte do conjunto de infâncias que constroem e enriquecem a escola. Os

elementos que cada uma traz possibilitam a construção de diversas e qualificadas aprendizagens. A

escola é repleta e se constitui dos itinerários, ou seja, das experiências de cada criança que faz

parte dela, por isso, as descobertas, interrogações e desejos delas são os norteadores do nosso

cotidiano. A Escola da infância é regida pela ética do respeito à criança. É um gesto de abertura à

infância buscando conhecer e compreender seu contexto social e as suas culturas. É um local no

qual a opção pedagógica é oferecer experiências aprofundadas e mergulhadas de infâncias

diversificadas. Um local aberto ao diálogo e à partilha com a comunidade, com as famílias, com os

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instrutores pedagógicos e as crianças. Assim, entendemos a escola como um lugar das infâncias,

onde o cuidado/educação, a participação e as culturas infantis o constitui.

O processo interativo contínuo de reflexão/ação ocorre mediante desafios nos quais os

sujeitos envolvidos construirão estratégias para as suas resoluções. As aprendizagens se fazem no

contínuo gesto de questionamento das certezas que são provisórias e na recusa à simplificação. O

espaço e o tempo assumem uma importância significativa no processo pedagógico, favorecendo as

interações entre os integrantes do grupo, incentivando as iniciativas e descobertas infantis e

fortalecendo a construção da autonomia. A intencionalidade do instrutor pedagógico é revelada pela

forma como organiza e define o espaço e o tempo das práticas cotidianas que acontecem na escola.

Deste modo, o espaço e o tempo são elementos pedagógicos importantes que precisam ser

pensados e organizados com a participação ativa das crianças. Em relação ao tempo, é preciso

pensá-lo como algo que é contínuo e que pode ser recursivo, o importante não é realizar mais coisas

em menos tempo, o importante é o processo, assim, é possível, dar continuidade, refazer, começar

de novo. O espaço também deve ser pensado como parte da ação educativa, é nele que se

constituem as interações das crianças. A forma como é organizado define como e quais são as

relações estabelecidas entre as pessoas, com os objetos e com o conhecimento.

O lúdico, o brincar, é um dos traços fundamentais que compõem as culturas infantis, que

possibilita aprendizagens, como também formas de recriar e transformar o mundo. Independente da

época, da etnia, do gênero e da classe social, o lúdico faz parte da vida da criança, da descoberta

de si mesmo, da possibilidade de experimentar. No brincar construímos regras e conceitos

importantes para a constituição da sociabilidade. Aprende-se a brincar nas relações com os outros, a

significar e compartilhar experiências.

4.1 Adaptação Escolar / Acolhimento

No ingresso da criança à escola, a equipe se prepara para informar e auxiliar as famílias,

sobre a importância e funcionamento do período de adaptação. Realizam reuniões e entrevistas com

os pais, consultam as fichas: dados da criança ou rematrícula e quando necessário buscam

parcerias com outros profissionais como, por exemplo: psicólogos, fonoaudiólogos e médicos,

viabilizando o ingresso e socialização da criança no ambiente escolar. A adaptação das crianças

poderá ser realizada de diversas maneiras, conforme orientação do supervisor pedagógico.

Algumas possibilidades de organização e adaptação da escola para este período:

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Período reduzido de ingresso e participação nas atividades na escola,

Efetivar contatos com familiares para diminuição das ansiedades decorrentes desta

vivência contribuindo para que a separação família e criança seja mais tranquila possível;

Permitir e acolher as diferentes formas de expressão e reação infantil frente ao

novo/inusitado como, por exemplo: choro, recusa à alimentação, fantasias, medos, entre

outros.

Nos primeiros dias de adaptação é aconselhável que a criança venha acompanhada por um

responsável que tenha vínculo efetivo com a criança. Esta orientação visa garantir um gradativo

conhecimento recíproco entre escola/família possibilitando que a adaptação escolar se torne uma

etapa de conquista afetiva e crescimento. É importante destacar que o tempo do período de

adaptação pode variar em cada caso. Durante este período são elaboradas pelos instrutores

pedagógicos / estagiários e supervisores pedagógicos atividades lúdicas diversificadas com as

principais finalidades:

Conhecer as crianças;

Acompanhar, investigar, observar a forma de interação das crianças com os brinquedos e

entre os pares;

Construir vínculos afetivos por meio de elaboração de atividades criativas, ambientes

convidativos, jogos de faz de conta, entre outros.

Neste período as crianças poderão utilizar objetos transicionais ou objetos de apego como

forma de segurança na escola.

4.2 Planejamento Pedagógico

Plano elaborado pelos instrutores pedagógicos podendo contar com a contribuição dos

estagiários. Neste plano são definidas e descritas às atividades a serem desenvolvidas com as

crianças, as intencionalidades pedagógicas, as problematizações formuladas e os desafios a serem

percorridos. Este planejamento é ancorado no conhecimento do instrutor pedagógico sobre as

crianças, seus interesses e necessidades legitimando sua participação e evidenciando uma postura

reflexiva de pesquisador docente. É um documento flexível que pode ser revisto pelos instrutores

e/ou supervisor pedagógico. Neste documento serão descritas as intencionalidades do instrutor

pedagógico, seu registro sobre as atividades desenvolvidas que fazem parte do percurso de

acompanhamento da ação docente realizada pelo supervisor pedagógico, evidenciando assim o

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diálogo entre o instrutor e o supervisor pedagógico, assim como a reflexão sistemática realizada a

partir das ações desenvolvidas. Também estará descrito neste documento as modificações ocorridas

no planejamento em execução, por exemplo: momentos previstos que não puderam ser colocados

em prática ou serão transferidos por diversos motivos, ou qualquer alteração necessária.

É no planejamento que se explicitam as práticas de educação/cuidado bem como, as

concepções e princípios que norteiam as escolhas feitas na escola, através de sua proposta

pedagógica. Nas escolas de Educação Infantil do Sesc/RS os princípios e conceitos que

fundamentam nossas ações são evidenciados neste documento, servindo como norteadores para

construção e organização do planejamento.

Todos os princípios são interdependentes, complementares e atravessados por outros

conceitos que estruturam o planejamento; entre esses o brincar, que é um dos princípios

fundamentais que compõem as culturas infantis. O diálogo efetivo, como exercício de aprendizagem

contínua entre todos os partícipes (crianças, instrutores, estagiários, supervisoras) do espaço/tempo

pedagógico das Escolas de Educação Infantil do Sesc deve priorizar e garantir compartilhadas

experiências, informações e desejos que precisarão ser contemplados no planejamento.

As intencionalidades dos instrutores pedagógicos, a proposta pedagógica da escola, as

observações nos ambientes e os registros diários, subsidiam e qualificam as etapas do

planejamento.

4.3 Projeto Pedagógico

Organização de experiências educativas, elaboradas coletivamente e que possibilitam a

construção das respostas do grupo envolvido para os questionamentos expressados nas diferentes

linguagens. É um estudo em profundidade de um determinado tópico que uma ou mais crianças

levam a termo envolvendo diferentes áreas de conhecimento.

O projeto é um percurso que envolve flexibilidade, pois necessita um gesto contínuo de fazer

e refazer com base nas novas interrogações e nos caminhos que são definidos junto com as

crianças. Os projetos têm como foco principal o processo, desde sua construção até a sua execução

e em todas as etapas de elaboração dos projetos as crianças têm voz ativa, ou seja, são

incessantemente convidadas a falar sobre o que pensam construindo assim um ambiente de diálogo

efetivo entre instrutor e criança.

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Os projetos são processos de elaboração coletiva das crianças com os instrutores, com o

compromisso constante da construção compartilhada dos conhecimentos, envolvendo discussões,

interação e socialização com as crianças de outras classes, com os pais, outros profissionais da

escola e até com a comunidade mais ampla.

4.4 Acompanhamento da Ação Docente

O Acompanhamento da ação docente é a estratégia mais importante para a qualificação das

práticas pedagógicas desenvolvidas na escola de educação infantil. É por meio de um olhar atento e

sensível sobre a escola e seus atores que o supervisor pedagógico vai tecendo as melhorias e

construindo fazeres mais éticos, solidários e reflexivos sobre as ações educativas realizadas na

escola. Deste modo, o acompanhamento da ação docente é um instrumento de formação

continuada para as equipes porque refere-se a forma de intervenção pedagógica que necessitam ser

repensadas, reestruturadas, bem como, aquelas que estão consolidadas e que merecem destaque e

reconhecimento.

O registro do acompanhamento da ação docente é feito pelos supervisores pedagógicos e

ocorre mediante a articulação e reflexão sobre os seguintes pontos:

leitura e auxílio na construção do planejamento dos instrutores pedagógicos;

observações em sala de aula;

leitura dos registros elaborados pelos instrutores.

No acompanhamento da ação docente ficam explicitados as ações e percepções realizadas

pelo supervisor pedagógico que poderá contemplar a indicação de novos caminhos, de novas

leituras, a sugestão de atividades, a indicação de pesquisa bibliográfica, bem como, a valorização e

o reconhecimento justificado das práticas pedagógicas consideradas exitosas. O acompanhamento

da ação docente é ação contínua durante o ano letivo.

5. GESTÃO DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO

Atendendo os objetivos propostos na Ação Finalística do Sesc que centraliza-se no

fortalecimento da Educação, na oferta de serviços na cultura, esporte e saúde, de modo a promover

a qualidade de vida, a Escola de Educação Infantil do Sesc – Sesquinho oferece a criança um

espaço para seu desenvolvimento integral, planejado e organizado em uma proposta de Gestão

Participativa. Esta proposta implica no reconhecimento das culturas plurais das crianças, a riqueza

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da diversidade cultural de suas famílias e da comunidade que as escolas fazem parte. Este

reconhecimento fortalece o modo de atendimento, que articula-se aos saberes e às especificidades

étnicas, linguísticas, culturais e religiosas da comunidade. O que reforça a gestão participava como

elemento necessário ao sugerir uma escola aberta para diferentes formas de participação das

crianças, suas famílias e dos profissionais que compõem educação Infantil.

No Rio Grande do Sul todas as Escolas de Educação Infantil do Sesc tem a denominação de

Sesquinho identificados pelo seu município. As escolas apresentam uma estrutura que obedece aos

padrões nacionais do Sesc. Mantido pelo Serviço Social do Comércio do Rio Grande do

Sul/Administração Regional, apresenta-se como uma Instituição de Educação constituída em

consonância com a Legislação vigente, tendo por princípios:

A compreensão da educação como um processo mais amplo do que a vida escolar, portanto

anterior, continuado e permanente;

A aprendizagem se faz relação do sujeito com o mundo mediante a interação social;

A formação permanente, reflexiva e transformadora fundamental para a Escola de qualidade;

O compromisso de integrar-se no processo de ampliação do conhecimento sobre a Educação

Infantil, através da produção e socialização desse conhecimento e também pela associação

em outras iniciativas de diferentes instituições e setores da comunidade.

5.1 Capacitação Técnica Corporativa

O Departamento Regional e os supervisores pedagógicos elaboram o plano de capacitação

técnica corporativa destinada às equipes de educação infantil. Esta capacitação é organizada por

meio de dois encontros técnicos anuais que visam qualificar, enriquecer e promover um espaço de

construção de conhecimento, reflexão das práticas, troca de experiências e fortalecimento do

trabalho da educação infantil do RS. A metodologia utilizada nestes encontros está embasada na

perspectiva participativa onde seus integrantes são convidados a vivenciarem as reflexões teóricas

conferindo significado as suas aprendizagens.

5.2 Formação Continuada nas Escolas Infantis

A formação dos instrutores pedagógicos é sistemática e de fundamental importância para que

se efetive uma Escola de Educação Infantil pautada nas Diretrizes Nacionais (DCNEI). São

momentos organizados com a intencionalidade de problematizar, discutir, teorizar e compartilhar as

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experiências vividas com as crianças. Com base nisso os Supervisores Pedagógicos organizam um

plano anual de formação continuada em contexto, destinado à equipe de educação infantil de cada

escola. A equipe também pode participar deste processo quer seja no levantamento de temáticas

para serem discutidas, sugestões de vídeos, leituras, filmes/documentários ou sendo responsável

pela temática do encontro.

O plano de formação continuada em contexto prevê, encontros mensais com uma duração

média de 3 horas de estudo e debate. O planejamento destas formações é organizado pelo

supervisor pedagógico partindo das necessidades e urgências do cotidiano de cada escola, ele parte

de uma temática inicial e é alimentada ao longo do percurso.

5.3 Estrutura Administrativa e Pedagógica da Escola

A estrutura administrativa e pedagógica das Escolas de Educação Infantil do Sesc-

SESQUINHO é de responsabilidade da Gerência de Educação e Ação Social do Sesc-RS. Esta

gerência encarrega-se de planejar, coordenar, acompanhar e realizar as ações administrativas e

pedagógicas em todas as Escolas de Educação Infantil no RS, tal gerência é composta por gerente

de área e o coordenador técnico regional.

Gerente de Área: Planejar, coordenar, acompanhar e executar as políticas em sua

área de atuação, elaborar programas de trabalho, coordenar processos e pessoas,

participar dos processos de planejamento estratégico da Entidade, bem como

supervisionar, orientar e acompanhar as Unidades Operacionais.

Coordenador Técnico Regional: Responsável por desenvolver projetos técnicos para

as atividades fins da Entidade em âmbito coorporativo. Planejar e monitorar estudos de

viabilidade técnica e a implantação de programas e planos de ação corporativa com

visão sistêmica; elaborar e propor estratégias para o desenvolvimento da Entidade.

Além disso, atuar na definição, implantação e acompanhamento de sistemas de gestão

da administração e planejamento estratégico da Entidade.

As ações administrativas e pedagógicas das Escolas de Educação Infantil do Sesc -

SESQUINHO devem estar alinhadas às normativas orientadas pela Gerência de Educação e Ação

Social do Sesc/RS. Para a realização destas normativas as escolas contam com o trabalho do

gerente de Unidade Operacional, subgerente, supervisor pedagógico, instrutores pedagógicos,

estagiários, agente de atendimento ao cliente e auxiliar de serviços gerais.

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Gerência da Unidade Operacional: Tem a responsabilidade de coordenar, orientar,

acompanhar e controlar o desenvolvimento das atividades, cumprindo os programas de

trabalho estabelecidos para a Unidade Operacional, bem como elaborar relatórios de

avaliação; divulgar os serviços oferecidos pela entidade junto à comunidade, ouvir

opiniões da clientela sobre os mesmos, administrar os recursos humanos e materiais.

Subgerente da Unidade Operacional: Responsável por coordenar, orientar e

controlar o desenvolvimento das atividades técnico administrativas; controlar o

movimento financeiro da Unidade Operacional, realizando análises e conferências de

todos os fechamentos; acompanhar o levantamento de bens patrimoniais; garantir a

utilização dos uniformes e equipamentos de proteção individual; cumprir e auxiliar o

gerente da Unidade Operacional em fazer cumprir as determinações superiores e

regulamentares, bem como as normas e procedimentos, prazos de pagamento de

obrigações e de rotinas administrativas.

Supervisor pedagógico: Responsável por coordenar a elaboração e acompanhar a

execução do planejamento pedagógico e de projetos na área da educação; estimular a

utilização de técnicas didáticas, providenciando os recursos didáticos a serem

utilizados; acompanhar o aluno no que diz respeito à frequência, evasão, participação,

desenvolvimento integral de suas potencialidades.

Agente de atendimento ao cliente: Responsável por recepcionar e realizar

atendimento aos clientes, prestando informações sobre os serviços oferecidos, realizar

a abertura, conferência e fechamento do caixa, realizar ações de pré e pós-venda e

executar tarefas correlatas.

Instrutor Pedagógico com Formação em Pedagogia: Responsável por participar da

elaboração do planejamento das atividades da educação infantil, participar das ações

de capacitação, com atitudes necessárias a seu aperfeiçoamento. Além disso, participa

de reuniões pedagógicas e prepara projetos e sequências de atividades a fim de

promover o aprendizado, envolvendo-se na realização dos mesmos. Acompanhar e

orientar as crianças em atividades recreativas, lúdicas e pedagógicas conforme

programa de educação infantil do Sesc/RS. Elaborar estratégias e recursos didáticos

necessários ao desenvolvimento do trabalho pedagógico. Elaborar o planejamento

diário das atividades da educação infantil.

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Estagiário: Auxilia nas atividades desenvolvidas pelo instrutor pedagógico, podendo

ainda organizar momentos de ações pontuais com as crianças visando promover seu

processo de ensino e aprendizagem. É convidado a participar das ações de formação

continuada desenvolvida na escola de educação infantil. Ocupa uma postura de

investigador, pesquisador frente ao conhecimento buscando sempre qualificar sua

prática, comprometido com os princípios pedagógicos, visando à melhoria contínua da

qualidade de vida em consonância com as diretrizes da instituição.

5.4 Organização e Funcionamento

a) Calendário Escolar: A Escola de Educação Infantil do Sesc – Sesquinho, estabelece um

cronograma de atividades a ser desenvolvido num período de doze meses. Atendendo as

determinações da Lei número 9394/96 está também em conformidade e em consenso com

as redes do Sesc, adotando como referência o indicativo de no mínimo 200 dias/atividades

ano de segunda à sexta-feira. O calendário letivo de cada escola de educação infantil

apresenta as atividades programadas com as famílias, os passeios e os feriados municipais.

O calendário é distribuído aos pais no ato da rematrícula e matrícula ou no inicio do ano

letivo.

b) Carga Horária: Estão disponíveis turmas nos turnos manhã, tarde e integral, sendo o horário

estabelecido conforme a realidade de cada município.

c) Recesso e Férias: Respeitando-se o cronograma de atividades, prevê-se recesso nas duas

últimas semanas dos meses de julho e de dezembro e duas primeiras semanas do mês de

fevereiro. O mês de janeiro é destinado ao período de férias do supervisor pedagógico e dos

instrutores pedagógicos.

d) Uniforme: O uso do uniforme é obrigatório nas Escolas de Educação Infantil do Sesc/RS

durante o ano letivo. Os uniformes serão entregues aos responsáveis durante os primeiros

meses do ano letivo.

e) Agendas: As agendas são entregues para as crianças durante os primeiros meses do ano

letivo. A agenda é o meio de comunicação entre família e escola. Deste modo, orienta-se que

todos os bilhetes sejam rubricados pelos familiares e pela escola.

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f) Passeios e Viagens de estudo: Os passeios e viagens de estudo não poderão exceder um

dia e serão realizados conforme os projetos pedagógicos durante o ano letivo e serão

subsidiados pela escola e programados com antecedência. A realização de passeios e de

viagens de estudo deverá ocorrer após autorização da Gerência de Educação e Ação Social,

junto ao setor de turismo da Unidade Operacional, seguindo as orientações da Gerência

Hotelaria e Turismo.

g) Reunião De Pais/ Integrações com as Famílias/ Mostras Pedagógicas e/ou Culturais

O objetivo das reuniões de pais é compartilhar sobre o trabalho desenvolvido na escola de

Educação Infantil, sua finalidade, sua proposta pedagógica, seu funcionamento e as ações

construídas com as crianças. Neste sentido é também uma oportunidade de compartilhar as

avaliações de cada aluno. Também pode ser um momento de apresentação do corpo

docente e das atividades que compõem o calendário escolar. É um momento pautado na

troca com as famílias, na socialização e no diálogo. As integrações são organizadas

semestralmente nas escolas infantis e tem como finalidade aproximar as famílias da

proposta pedagógica e de forma lúdica e recreativa. As mostras pedagógicas e/ou culturais

são espaços de socialização dos conhecimentos construídos com as crianças por meio dos

projetos pedagógicos e atividades envolvendo a pesquisa e a descoberta de novas

aprendizagens.

6. INSTALAÇÕES

As Escolas de Educação Infantil - Sesquinho tem em sua infraestrutura:

I. Portaria para a recepção das crianças e da família;

II. Sala para atividades administrativo-pedagógicas;

III. Sala de atividades, com a proporção mínima de 1,20m² por criança, exclusiva, com

iluminação natural e ventilação direta, em condições de conforto e higiene; dotada de prateleiras,

cadeiras, brinquedos, camas para o soninho, janelas tem redes de proteção para a segurança das

crianças bem como proteção contra a incidência do sol e o piso é revestido de material lavável,

antiderrapante, íntegro.

IV. Sala(s) e/ou local(s) apropriado(s), com segurança e privacidade, para o desenvolvimento

das atividades múltiplas, dispondo de iluminação natural e ventilação direta, resguardado de

intempéries, não podendo ser espaços de circulação;

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V. Local adequado para a realização das refeições;

VI. Sanitários, de uso exclusivo, com iluminação e ventilação direta, adequado à faixa etária

das crianças, provido de portas sem chaves nem trincos, e de lavatório com espelho.

VII. Bebedouro, equipado com dispositivo de filtro, localizado em local de fácil acesso ao

educando;

VIII. Praça de brinquedos provida de cerca de proteção para uso exclusivo dessa faixa

etária;

IX. Espaços livres para brinquedos, jogos e outras atividades curriculares;

X. As áreas livres são compartilhadas com outras faixas etárias.

XI. Biblioteca com acervo biográfico atualizado

7. PRINCÍPIOS DE CONVIVÊNCIA

Os princípios adotados visam à convivência desejada e ao desenvolvimento da autonomia

pessoal e coletiva, de cada um e de todos os sujeitos participantes da comunidade educativa, quais

sejam: Gerências (Unidade Operacional e Gerência de Educação e Ação Social), AJUR (Assessoria

Jurídica), Supervisão Pedagógica, Instrutores Pedagógicos, Estagiários, Famílias, Crianças,

Serviços Gerais, entorno social da escola, mediante a observação dos seguintes princípios:

a) Discernimento – Compreende a consciência da conjuntura para a tomada de decisão mais

adequada ao momento, todavia levando-se em consideração o tempo de cada sujeito, o nível de

maturidade, o equilíbrio e os princípios pessoais, a fim de, dialogicamente, alinhar as práticas

cotidianas e fortalecer a qualidade das relações.

b) Respeito às diferenças – Aceitação e compreensão da diversidade humana, percebendo

que as diferenças individuais contribuem para o desenvolvimento das relações e que a possibilidade

do diálogo com o diferente passa necessariamente pelo autoconhecimento, promovendo o bem

comum.

c) Solidariedade – Entendida, aqui, como um princípio que direciona o indivíduo a

compartilhar com o outro, colocando-se numa busca incessante da pluralidade relacional, atendendo

às necessidades coletivas e desenvolvendo uma cultura de ajuda, através do envolvimento afetivo

com a causa do outro, a fim de promover mudanças pessoais e sociais.

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d) Alteridade/Empatia – Princípio que orienta a maneira da pessoa se manifestar em sua

autenticidade, colocando-se no lugar do outro e garantindo a reciprocidade que possibilita a

superação do individualismo e o desenvolvimento do grupo.

e) Responsabilidade – Capacidade de assumir livremente a autoria de seus atos, levando em

consideração o senso de limites sociais e o respeito às diferenças, que devem caracterizar o

compromisso do indivíduo para consigo mesmo e para com o grupo.

f) Cooperação – Capacidade de estabelecer relações de ação conjunta, consciente e

comprometida para atingir objetivos comuns sem perder de vista a individualidade, possibilitando o

desenvolvimento das competências que formam pessoas aptas a enfrentar situações diversas e

trabalhar em equipe com receptividade, disponibilidade e disposição.

g) Cordialidade – Requer saber conviver e aceitar as normas que regem as relações de um

grupo, com afetividade, aceitação e respeito pelo tempo do outro, compromisso e diálogo, com

vistas a um projeto comum.

Pela inobservância dos Princípios de Convivência, poderão ser tomadas medidas

pedagógicas / legais que serão aplicadas pelas Gerências, AJUR, Coordenação Técnica e/ou

Supervisão Pedagógica.

O princípio que norteia a medida pedagógica/legal é o da responsabilização do ato, em que a

criança e todos os envolvidos (Gerências, Supervisão Pedagógica, Instrutores Pedagógicos,

Estagiários, Crianças, Famílias, Serviços Gerais) refletem sobre o mesmo, posicionando-se.

Pretende-se, com isso, desenvolver a condição de colocar-se na posição do outro, do

perceber-se em suas ações e dos efeitos destas, buscando o comprometimento, o respeito, a ética e

o equilíbrio nas relações. O fim último das medidas, portanto, apresenta um caráter educativo, não

somente para a criança, mas também para a comunidade escolar.

A análise dos fatos far-se-á com a participação dos envolvidos por parte dos profissionais do

Sesc (GEA – Gerência de Educação e Ação Social e AJUR). Nesse momento, faz-se o registro em

ata, no que tange às conclusões e medidas adotadas, com a assinatura dos presentes.

A medida pode ser adotada a qualquer tempo, (dependendo da situação), levando-se em

consideração as situações de conflito, de qualquer ordem, e a do envolvimento específico da família,

juntamente com a criança, com o acompanhamento da GEA, ao buscar-se um olhar ampliado sobre

as contingências da vida da criança, em todos os seus aspectos.

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De acordo com o que preconiza a Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente,

conforme seu artigo 4º:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Assim sendo, as medidas tomadas pela escola, com vistas, também, ao cumprimento da Lei

nº 9394/96, que confere à criança o direito ao desenvolvimento integral, “em seus aspectos físicos,

psicológicos, intelectuais e sociais, complementando a ação da família e da comunidade”, poderão

implicar na interação com profissionais especializados que já estejam acompanhando a criança

(e/ou sua família), bem como confere à escola o direito de realizar o devido encaminhamento da

criança para outros serviços de apoio que se fizerem necessários, o que será de inteira

responsabilidade das famílias, de acordo com a observância das Leis supramencionadas.

Em função de dificuldades no processo de conscientização, tanto por parte das crianças,

quanto dos seus responsáveis legais, em relação aos atos e suas implicações, ou, ainda, pela

gravidade de alguma ação, sobretudo as que implicam risco, constrangimento moral ou violência,

poderão ser utilizadas medidas que marquem, com maior nitidez e seriedade, a situação:

• Advertência escrita com registro em ata e comunicado às famílias;

• Encaminhamento aos órgãos competentes (Conselho Tutelar, Conselho Municipal de

Educação);

• Condicionamento da matrícula a um acompanhamento sistemático de profissionais

especializados.

Os casos omissos neste regimento serão analisados pela Gerência de Unidade Operacional,

Supervisão Pedagógica e GEA (Gerência de Educação e Ação Social) e AJUR.

Nesse sentido, o espaço educativo é concebido como lugar onde a criança constrói o seu

conhecimento, sendo importante toda convivência que estabelece, seja entre crianças e crianças ou

crianças e adultos.

Assim, a articulação entre os diversos setores que compreendem o espaço educativo é

facilitada pelo acesso dos profissionais com a criança, promovendo uma perfeita integração entre

todos.

A AJUR integra o trabalho desenvolvido nas escolas, assessorando a Administração Regional

nas ações referentes a questões jurídicas, em juízo ou fora dele, sempre que este for autor ou réu,

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em todas as instâncias; emitindo e avaliando pareceres a respeito de questões jurídicas submetidas

à sua apreciação.

8. SAÚDE ESCOLAR

As Escolas de Educação Infantil do Sesc – Sesquinho tem como responsáveis técnicos pela

saúde os profissionais nutricionistas que são colaboradores do Sesc/RS. Sendo os mesmos

responsáveis pela implantação das ações preconizadas conforme consta na portaria 172/2005, da

Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.

Não será permitida a permanência na Escola de crianças com doenças infectocontagiosas,

neste caso, a criança deverá ser afastada, devendo retornar com atestado médico.

Sempre que a criança apresentar qualquer sintoma de doença durante o período em que se

encontrar na escola, os pais ou responsáveis deverão ser chamados para a retirada da criança.

Nos casos de acidentes e ou emergências médicas a Escola deverá seguir as Condutas

Padronizadas em Casos de Primeiros Socorros, conforme orientação da Gerência de Saúde:

1. Chamar serviço de urgência;

2. Em caso de demora ou ausência do serviço móvel de urgência, a criança poderá ser

acompanhado por um colaborador do Sesc /RS e encaminhado a uma unidade de

saúde mais próxima;

Nenhuma medicação será administrada na Escola, nestes casos a criança deverá ser

afastada da Escola ou algum responsável poderá vir a Escola para dar administrar o remédio.

Conforme consta nos editais de matrículas, para concorrer as vagas nas Escolas Infantis do

Sesc / RS, o candidato não poderá utilizar fraldas ou estar em processo de retirada das mesmas no

início do ano letivo, desta forma, os pais devem estar cientes de tal condição, correndo o risco de

cancelamento da matrícula, caso a mesma situação não seja respeitada.

As informações contidas na Ficha de Dados da Criança (preenchida no ato da matrícula da

criança), onde constam informações sobre a saúde da criança e demais dados, deverão ser

atualizados semestralmente pelos pais /responsáveis da criança.

8.1 Alimentação

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A alimentação oferecida nas Escolas Infantis do Sesc/RS é sugerida e supervisionada pela

nutricionista de Departamento Regional – DR, que estrutura uma sugestão de cardápio saudável e

balanceado visando atender as necessidades nutricionais de cada faixa etária de nossas crianças.

A produção das refeições das escolas é terceirizada. O cardápio é enviado aos fornecedores

de refeições e compartilhado com as escolas. Estes fornecedores também contam com

nutricionistas que são responsáveis por esta produção, algumas adequações no cardápio e o

transporte destes alimentos.

É vedado que as crianças tragam quaisquer tipos de alimentos para a Escola.

As Escola de Educação Infantil do Sesc /RS – Sesquinho, realizam diariamente na chegada

da refeição (almoço) a medição da temperatura dos alimentos, em virtude da segurança alimentar.

Os termômetros utilizados no controle de alimentação são calibrados anualmente de acordo com as

orientações do PR33/07 – Equipamentos de Inspeção e Medição.

O Sesc/DN juntamente com o Sesc/RS, por meio da Gerência de Saúde – GES, realiza nas

Escolas de Educação Infantil - Sesquinho, o Projeto de Avaliação Nutricional das crianças das

Escolas Sesc – AvanSesc, com objetivo de medição de peso e altura. Os resultados são avaliados

com objetivo de acompanhar nacionalmente o estado nutricional das crianças nas escolas e apoiar

as estratégias de promoção de alimentação saudável.

9. DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA/AVALIAÇÃO

A avaliação na educação Infantil, conforme estabelecido na lei nº 9.394/96 deve ter a

finalidade de acompanhar e registrar o desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção,

mesmo que para o acesso ao ensino fundamental. Desta forma as Escolas de Educação Infantil do

Sesc/RS organizam a avaliação através da organização de diferentes registros de acompanhamento

diário das crianças, dentre eles, podem-se destacar: fotografias, vídeos, falas das crianças,

desenhos, escritas. A intencionalidade é evidenciar os questionamentos, os processos de

descobertas, o modo como às crianças aprendem a conviver em espaços de vida coletiva.

9.1 Avaliação da Criança

A documentação pedagógica torna visível o trabalho educativo da escola criando um espaço

de reflexão democrático sobre as aprendizagens. É um espaço de diálogo entre os diferentes atores

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que constituem a escola socializando os conhecimentos e explicitando os princípios que definiram as

práticas educativas desenvolvidas.

Ela tem por objetivo acompanhar os processos de aprendizagem é um instrumento de

reflexão da prática do monitor e da proposta pedagógica colocada em ação. Não é uma busca pela

descrição da realidade, ela é construída de significados, fruto de interpretações que se constituem

nas relações existentes na ação educativa.

A documentação pedagógica evidencia o que construímos, das crianças e de nós mesmos. O

que construímos e interpretamos da prática educativa, portanto não é um processo neutro. Ela pode

ser vista como uma narrativa é assim auto-reflexiva, pois evidencia as concepções de criança e de

educação.

É um material que registra as crianças, a maneira como o instrutor se relaciona com ela e

com o seu trabalho, por isso as crianças são co-construtoras deste material. Portanto, é um

importante instrumento para refletir a prática, deixando evidente o que pensamos, como pensamos

as crianças e a nossa prática educativa. Várias pessoas estão envolvidas na construção deste,

outros instrutores, estagiários, supervisor pedagógico, as famílias, a comunidade escolar e as

próprias crianças.

A forma de organizar este material pode ser através de arquivos biográficos, portfólios,

dossiês ou relatórios de desenvolvimento da criança. Este documento será socializado com os

pais/familiares ao final de cada ano.

9.2 Narrativas dos Percursos das Crianças

São formas de narrar para as famílias o percurso percorrido pelas crianças, que buscam

atender duas principais finalidades: apresentar as construções realizadas pelas crianças e fortalecer

a relação da família com a escola, sendo um espaço de diálogo visando a participação da família no

processo de aprendizagem das crianças. Nesta ocasião, são apresentadas as descobertas, as

construções de conhecimento e as experiências das crianças realizadas na escola. Esta prática

acontece uma vez por semestre. Este momento de reunião, conversa ou entrega de materiais é

registrado e assinado pelos instrutores pedagógicos e familiares. Em caso de não comparecimento

dos familiares, o instrutor registra o não comparecimento. A forma de comunicar este percurso

poderá utilizar diferentes narrativas: fotos, vídeos, panfletos, diários, construções das crianças e até

mesmo os portfólios, dossiês ou arquivos biográficos que serão entregues aos pais ao final do ano.

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Para o registro desta ocasião poderão ser utilizados os documentos: ata de reunião e lista de

presenças.

10. MATRÍCULAS, TRANSFERÊNCIAS E CANCELAMENTO

10.1 Da Inscrição

O Processo Seletivo de concessão de vagas para as Atividades e/ou Projetos do Programa

de Comprometimento e Gratuidade (PCG) é regido por Edital.

A inscrição dos candidatos no processo seletivo para preenchimento das vagas do PCG é

realizada a partir do preenchimento do questionário socioeconômico, da ficha de dados da criança,

do termo de compromisso e da autodeclaração acerca de sua condição econômica (quando não

possível declarar a mesma).

A documentação exigida na inscrição e ou matricula será de total responsabilidade do

responsável legal pelo candidato e deverá ser entregue no prazo estabelecido, comprometendo-se

esse a disponibilizar dados corretos e verdadeiros, sob pena de falsidade, conforme Artigo 299 do

Código Penal Brasileiro. Havendo qualquer irregularidade nos documentos apresentados, a inscrição

do candidato será cancelada, imediatamente, pela Instituição.

A análise das informações fornecidas pelo responsável legal do candidato é feita com base

nos critérios estabelecidos no Decreto 61.836/67, de 5/12/1967 e alterações, no Protocolo de

Compromisso e na documentação apresentada pelo interessado no prazo e local previstos em

Edital.

As vagas destinadas ao Processo Seletivo do PCG, divulgadas em Edital, serão preenchidas

por ordem de classificação, obedecendo-se rigorosamente a quantidade de vagas. As vagas não

preenchidas serão repassadas automaticamente aos próximos candidatos classificados, até que se

complete o total de vagas previstas. Caso após o período de matrículas ainda existam vagas em

aberto, as mesmas serão anunciadas a partir da publicação de um novo edital no site da

mantenedora.

10.2 Requisitos básicos para a inscrição

O responsável legal, para realizar a inscrição, deverá possuir matrícula no Sesc, ser

prioritariamente comerciário e atender aos seguintes requisitos básicos:

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a) possuir renda familiar de até três salários mínimos nacionais;

b) atender aos pré-requisitos da atividade escolhida conforme constar no edital;

c) receber os profissionais que realizarão a visita domiciliar que deverá contar com a presença

do candidato e dos responsáveis legais da criança;

Antes de efetuar a inscrição do PCG, o candidato deverá conhecer o Edital e o Regimento

Escolar do Sesc, bem como estar ciente de todos os requisitos exigidos para candidatar-se à vaga.

A inscrição no processo seletivo deverá ser realizada nas Unidades Operacionais do

Sesc/RS, no período e local conforme estabelecido em edital. As inscrições serão presenciais,

devendo ser realizada pelo responsável legal devidamente comprovado. No ato da inscrição deverá

ser preenchido o questionário socioeconômico e a Ficha de Dados da Criança. No caso de um dos

responsáveis legais não possuir renda, deverá ser assinada pelo mesmo, no ato da inscrição, a

autodeclaração de renda familiar.

Um mesmo candidato poderá inscrever-se somente em uma única Atividade e/ou Projeto do

PCG. Havendo mais de uma inscrição por parte de um mesmo candidato, será considerada apenas

aquela feita por último, para fins de análise e classificação.

10.3 Do processo de Seleção

A seleção dos candidatos inscritos será realizada, observadas as seguintes etapas:

a) análise do Questionário Socioeconômico e da Ficha de Dados da Criança e do Relatório de

Visita Domiciliar;

b) aplicação do Índice Classificatório.

Durante a Visita Domiciliar poderão ser conferidas todas as informações indicadas no

Questionário Socioeconômico e na Ficha de Dados da Criança.

10.4 Da classificação

A classificação dos candidatos a uma vaga no PCG obedecerá ao menor valor obtido no

Índice Classificatório – IC.

Em caso de empate, a classificação obedecerá à melhor posição nos critérios abaixo, na

seguinte ordem:

1º) ser comerciário;

2º) menor renda familiar;

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3º) menor pontuação na avaliação socioeconômica;

4º) candidato com idade maior;

5º) não possuir mais de um beneficiário do PCG no núcleo familiar.

10.5 Do Resultado

A relação dos candidatos aprovados no processo seletivo, por ordem de classificação, será

divulgada no site - www.sesc-rs.com.br e no Quadro de Avisos das Unidades Operacionais do

Sesc/RS.

10.6 Da Matricula

A matricula dos classificados deverá ser realizada na Unidade Operacional do Sesc,

mediante:

preenchimento e assinatura do Termo de compromisso

assinatura do contrato de prestação de serviço;

entrega da cópia da carteira de vacinação atualizada da criança;

entrega de 2 fotos 3x4 da criança;

O não comparecimento no prazo estabelecido para matrícula implicará na perda irrevogável

da vaga, com a consequente chamada imediata do candidato classificado na posição seguinte para

o preenchimento da mesma.

A matrícula não será realizada, perdendo o candidato o direito à vaga, se for verificada

qualquer irregularidade, declaração falsa, ou omissão de informações na documentação e dados

repassados pelo seu responsável legal.

10.7 Da Frequência

Será exigida frequência mínima anual de 85% no ano letivo para que a criança possa fazer o

processo de rematrícula para o ano letivo seguinte com gratuidade ou subsídio financeiro (bolsa de

estudos com desconto de 100 %, 80% ou 50%).

Durante o ano letivo o supervisor pedagógico deverá informar a família quando a criança

atingir o número de 15 faltas integrais, consecutivas ou não. Esta comunicação feita pessoalmente

ou por telefone será registrada no “Registro de Atendimento” – Documento que ficará sob posse do

supervisor pedagógica. O mesmo procedimento deverá ser realizado quando o aluno atingir 29

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faltas integrais, consecutivas ou não. No entanto, no registro deverá constar que a criança atingiu o

número máximo de faltas no ano. Deste modo, sua vaga para o ano seguinte só poderá ser

preenchida, caso ele não tenha mais nenhuma falta.

Nos casos em que o supervisor pedagógico não conseguir entrar em contato com a família,

será enviada uma carta registrada – Carta de Comunicação aos Pais – Controle de Frequência,

quando a criança completar 15 faltas integrais solicitando o comparecimento da família para

regularização da situação e outra carta quando a criança completar 30 faltas integrais, informando a

família a situação de perda da bolsa de estudos) para o ano seguinte.

Existem casos em que as faltas são justificadas devido a situações de intercorrências na

família e com as crianças, essas situações deverão ser avaliadas pela supervisora pedagógica

sendo abonadas ou não pela mesma. As faltas decorrentes devido a cirurgias, afastamentos longos

por doenças contagiosas, respiratórias, entre outras deverão ser acompanhadas pelos respectivos

atestados médicos. Nestes casos as faltas serão abonadas pelo supervisor pedagógico.

10.8 Da Visita Domiciliar

As visitas domiciliares são realizadas às residências dos alunos novos. Tem como finalidade

evidenciar o contexto social e cultural de nossos alunos para uma ação pedagógica que contribua

para o respeito à diversidade. Durante estas visitas o supervisor pedagógico e/ou assistente social

estarão fortalecendo as relações e vínculos com as crianças e suas famílias aliado ao

preenchimento do questionário socioeconômico da família, para evidenciar quanto a situação

socioeconômica do candidato.

10.9 Da Evasão e/ ou Cancelamento

A criança que abandonar a Atividade (evasão) perderá a vaga, não podendo se candidatar a

futuras vagas pelo prazo de até (2) dois anos a contar do abandono.

Nos casos de evasão para fins de comprovação, a criança com 25 faltas consecutivas

receberá uma carta registrada – carta de comunicação aos pais – Evasão, informando o percentual

de faltas até aquele momento, solicitando a regularização da mesma para que seja viável o

cumprimento do contrato. No caso de a criança atingir 50 faltas consecutivas no ano letivo, será

considerada a desistência e/ ou abandono, caracterizados como evasão. Neste caso, será enviada

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uma carta registrada à família comunicando o cancelamento automático da gratuidade concedida

pelo Sesc/RS , hipótese em que também será vedada a matricula da criança no ano subsequente.

Para o cancelamento, desistência da vaga é preciso que o responsável legal pela criança, ou

seja, o contratante faça um requerimento pessoal no verso do contrato vigente indicando o motivo do

mesmo. Quando o responsável legal não comparecer a escola para efetivar o cancelamento da

matrícula, ou ainda, manifestar a desistência da vaga por telefone, a supervisora pedagógica irá

registrar a data, o motivo e assinar no verso do contrato vigente a situação evidenciada acima. Com

isso a vaga estará disponibilizada para a escola.

11. DISPOSIÇÕES LEGAIS

O presente Regimento Escolar embasa-se em documentos oficiais que norteiam a prática

pedagógica, quais sejam:

Proposta Pedagógica da Educação Infantil no Sesc;

Procedimentos Regionais 03/12 e 03/13;

Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação;

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil;

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;

Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

O tempo de vigência do Regimento é de três anos.

Todas as alterações devem ser propostas mediante apresentação de texto integral,

encaminhados ao Conselho Municipal de Educação e só entrará em vigor após aprovação no

período letivo seguinte.

O presente Regimento acompanha e é parte integral da Proposta Pedagógica das Escolas de

Educação Infantil do Sesc / RS.