39
Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde – SUBPAV Superintendência de Integração das Áreas de Planejamento – SIAPE Coordenadoria de saúde da AP 5.2 – CAP 5.2 REGIMENTO INTERNO CLÍNICA DA FAMÍLIA DR DALMIR DE ABREU SALGADO

Regimento Interno 2015 Cfdas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

2015

Citation preview

Page 1: Regimento Interno 2015 Cfdas

Secretaria Municipal de Saúde e Defesa CivilSubsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde – SUBPAVSuperintendência de Integração das Áreas de Planejamento – SIAPECoordenadoria de saúde da AP 5.2 – CAP 5.2

REGIMENTO INTERNO

CLÍNICA DA FAMÍLIA DR

DALMIR DE ABREU

SALGADO

Page 2: Regimento Interno 2015 Cfdas

2015

Considerações Iniciais

A Clínica da Família Dr Dalmir de Abreu Salgado foi inaugurada em 04 de Novembro de 2010.

Está localizada na Estrada do Magarça, número 1.831, Bairro de Guaratiba, Rio de Janeiro. A elaboração

deste Regimento Interno foi solicitada pelo Subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em

Saúde, Drº Daniel Soranz, no ciclo de debates da SUBPAV.

Consideramos a necessidade de uma revisão deste regimento nos próximos seis meses e uma

revisão anual, devido a eventuais mudanças no quadro funcionários, alterações na dinâmica comunitária e o

advento das Organizações Sociais (OS). Esta unidade conta com cinco equipes de saúde da família, duas

equipes de saúde bucal, serviço de Radiodiagnóstico, Ultrassonografia, além da atuação de um Núcleo de

Apoio a Saúde da Família (NASF Magarça) com uma equipe multiprofissional e Programa de Residência

em Medicina da Família e Comunidade. Este regimento interno foi elaborado com a participação de todos os

funcionários desta unidade.

Na reorganização das práticas de trabalho, têm-se como preceitos e atividades fundamentais, o

diagnóstico de saúde da comunidade, o planejamento/programação local, a abordagem interprofissional, a

referência e contra-referência, a educação continuada, a ação intersetorial, o acompanhamento/avaliação e o

controle social. Neste sentido, concebido inicialmente como um programa, é considerado pelo Ministério da

Saúde como “uma estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde, visando a reorientação do

modelo de atenção e uma nova dinâmica da organização dos serviços e ações de saúde”.

Atualmente, com ênfase na necessidade de reconstrução dos modelos de gestão, estão surgindo novas

abordagens gerenciais como a gerência participativa e os programas de qualidade que preconizam, dentre

outras, a descentralização das decisões e aproximação de todos os elementos da equipe de trabalho,

oferecendo aos mesmos, oportunidades de participarem efetivamente da discussão e aperfeiçoamento

constantes do processo de trabalho, ou seja, é delegada às equipes, autonomia para desenvolver novos

projetos e métodos de trabalho, formular políticas de pessoal bem como sugerir novas diretrizes para a

organização. O planejamento tem como objetivo garantir informações em saúde através da gestão da

produção e análise dos dados para subsidiar a tomada de decisão.

“Planejar consiste, basicamente, em decidir com antecedência o que será feito para mudar condições

insatisfatórias no presente ou evitar que condições adequadas venham a deteriorar-se no futuro” (CHORNY,

1998).

Page 3: Regimento Interno 2015 Cfdas

Identificação da Unidade:

Clínica da Família Dr Dalmir de Abreu Salgado

Coordenadoria de Saúde da Área Programática 5.2 – CAP 5.2

Secretaria Municipal de Saúde – SMS

Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde - SUBPAV

Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro

Estrada do Magarça Nº 1831 –Magarça – Guaratiba.

Contatos:

Tel.: 2509-1974 / 3155-4766

Email: [email protected] OU [email protected]

Blog: http://smsdc-clinicadafamiliamagarca.blogspot.com

Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10444533815365067810

Facebook: http://www.facebook.com/?sk=ff&ap=1#!/profile.php?id=100001999249533

ÁREA GEOGRÁFICA DE ABRANGÊNCIA

Page 4: Regimento Interno 2015 Cfdas

A área geográfica de abrangência da Clínica da Família Dr Dalmir de Abreu Salgado é constituída por uma população de 19.200 habitantes, cujas ruas são:

(EQUIPE CATA VENTO) - 5266

ESTRADA DO MAGARÇA; RUA CLARISSE; RUA SEVERINO RAMOS; RUA PROJETADA 1; RUA PROJETADA 2; RUA PROJETADA 3; RUA PROJETADA 4; RUA PROJETADA 5; RUA PROJETADA 6; RUA PROJETADA7; RUA DULCE; RUA CARMEM; RUA ROSARINHO; BECO DO SACOLÃO; RUA DIVA; TRAVESSA RODRIGUES

ALVES; TRAVESSA A; TRAVESSA B; TRAVESSA C;

TRAVESSA D; TRAVESSA E; TRAVESSA F; TRAVESSA G; TRAVESSA H; TRAVESSA I; RUA AMAZONAS; TRAVESSA AMAZONAS; RUA MIGUEL DE

CARVALHO (LADO DIREITO);

RUA ARACI; TRAVESSA EMANUEL; BECO 2.301; TRAVESSA MAGARÇA; RUA PROJETADA A. RUAS A, B,C,D,E,F,G,H,I,J

(COLINAS DO MAGARÇA) ESTRADA DO MAGARÇA

1137 A 1831

Page 5: Regimento Interno 2015 Cfdas

(EQUIPE CABUÇÚ DE BAIXO) - 5264

GIORDANO VINCENZO 14 DE JUNHO PARTE DA 21 DE OUTUBRO COND. VILA MARIA COND. COLINAS DO

MAGARÇA 21 DE OUTUBRO ESTRADA DO MAGARÇA Nº

921 BOM PASTOR 6 DE JULHO 21 DE OUTUBRO 6 DE SETEMBRO 28 DE OUTUBRO ESTRADA DO MAGARÇA

1831 AO N° 921 RUA PARTICULAR

( PROJETADA 2) PROJETADA A PROJETADA B PROJETADA C

PROJETADA D PROJETADA G SERVIENTE D COND. RANGEL PROJETADA 1 (AO LADO DO

CONDOMINIO RANGEL) RUA DO CRAVO RUA ROSARINHO TRAVESSA ARACI RUA SANTA PAULA TRAVESSA SANTA PAULA VALE VERDE RIACHO DE SANTANA RIBEIRA DO POMBAL RUA BOM PASTOR RUA VENDA DAS FLORES CONDOMÍNIO VIDA BOA 1 E 2 RUA PROJETADA 7 ATERRADO DO RIO

Page 6: Regimento Interno 2015 Cfdas

(EQUIPE BRILHO DO SOL) - 5267

RUA DO GRAVADOR RUA SÃO DEOGRACIAS CONDOMINIO BRILHO DO

SOL CAMINHO DE DEUS RUA DO CANTOR RUA NOVA RUA DO PIANISTA RUA DO COMPOSITOR RUA DO LETRISTA RUA DO MAESTRO RUA MOACIR TORRES RUA VALE VERDE RUA DA ORQUESTRA ESTRADA DO MAGARÇA

RUA MIGUEL DE CARVALHO

RUA ANTONIA JUSTINIANO DE PAIVA (CAMINHO DO FRANCELINO)

RUA ANGENOR RANGEL RUA SABIÁ RUA PALHANO TRAVESSA A TRAVESSA B TRAVESSA C AVENIDA SILVÉRIO BECO RIBEIRO BECO QUITÉRIA RUA LAUDELINA MAIA DE

PAIVA RUA DO COMENDADOR

Page 7: Regimento Interno 2015 Cfdas

(EQUIPE SANTA PAULA) - 5265

RUA ESTRADA DO MAGARÇA; RUA ATERRADO DO RIO; BECO SILVA; RUA CANAÃ; ESTRADA ITUMIRIM (ATÉ

TRAVESSA ITUMIRIM, LADO DIREITO ENTRANDO PELA ATERRADO DO RIO);

RUA IRMÃ MARIA MAURITA; RUA RIBEIRA DO POMBAL; RUA SANTA PAULA; RUA PROJETADA A; RUA PROJETADA B; RUA PROJETADA C; RUA MARINA 910;

BECO BOMFIM; RUA JOSÉ GAMA; TRAVESSA JOSÉ GAMA; RUA CAMPO SALES; TRAVESSA CAMPO SALES; RUA B VINIL; RUA RUFINA NOGUEIRA; RUA MACHADO DE ASSIS; RUA RUI BARBOSA; RUA JOSÉ DE ALENCAR; RUA PROFESSOR CASTRO ALVES; BECO 300; BECO 400 (SILVA PINTO); BECO 500; RUA SILVA PINTO; TRAVESSA SILVA PINTO.

Page 8: Regimento Interno 2015 Cfdas

(EQUIPE CANTAGALO) - 5295

ESTRADA DO MAGARÇA 22, 176, 150, 434, 596, 354;

ESTRADA DO MONTEIRO; RUA AGNALDO DOS SANTOS; RUA RODRIGUES DE ABREU; RUA CESAR ALPINO; RUA JOAQUIM RIBEIRO; RUA PROJETADA A; RUA PROJETADA B; RUA PROJETADA C; ESTRADA CAMINHO DO

CANTAGALO; RUA ORLANDO CARNEIRO TRAVESSA GURUPI

CAMINHO DO CAFUNDÁ; RUA A; RUA B; CAMINHO PARTICULAR; RUA ANA GONZAGA; RUA ESCULÁPIO; ESTRADA DO

CANTAGALO; VILA CANTAGALO; RUA

MARIA ISABEL. ESTRADA DO MAGARÇA 1616,

1700, 1796,2026, 2022, 2030, 2032, 2036

CONDOMÍNIO DO PARQUE

Page 9: Regimento Interno 2015 Cfdas

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE:

1 GERENTE TÉCNICO 1 ADMINISTRATIVO 1 MÉDICO 20 HORAS 3 MÉDICOS PRECEPTORES 9 MÉDICOS RESIDENTES 5 ENFERMEIROS 5 TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 30 AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 5 AGENTES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Page 10: Regimento Interno 2015 Cfdas

2 ODONTÓLOGOS 2 AUXILIARES DE SAÚDE BUCAL 1 TÉCNICO DE SAÚDE BUCAL 1 FARMACÊUTICO 1 OFICIAL DE FAMÁCIA 3 AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS 4 VIGILANTES EQUIPE DE APOIO: NASF (1 NUTRICIONISTA, 1 FONOAUDIÓLOGO, 1 TERAPEUTA OCUPACIONAL,

1 PSICÓLOGO, 1 FISIOTERAPEUTA, 1 PSIQUIATRA, 1 ASSISTENTE SOCIAL) RAIO X (1 TÉCNICO POR TURNO, FUNCIONANDO EM 2 TURNOS) E

ULTRASSONOGRAFIA (1 SECRETÁRIO, 1 TURNO DE REALIZAÇÃO DE EXAMES SEMANAIS)

RELAÇÃO NOMINAL DE PROFISSIONAIS DA CLÍNICA DA FAMÍLIA DR DALMIR DE ABREU SALGADO

NOME CATEGORIA VÍNCULO

CARLOS RAFAEL DOS SANTOS FREITAS GERENTE TÉCNICO CLTVIVIANE ROMANELLI DE MENEZES ADMINISTRATIVO CLT

DOUGLAS RODRIGUES TORRES CIRUR. DENTISTA CLTSANDRO DAS NEVES SILVA CIRUR. DENTISTA CLTTATIANA CARVALHO VIEIRA AUX. SAÚDE BUCAL CLT

MÔNICA SILVA SOUZA AUX. SAÚDE BUCAL CLTLÍVIA DA COSTA SILVA TÉC. DE SAÚDE BUCAL CLT

LAILA EUGENIO DE OLIVEIRA ENFERMEIRA CLTDENISE MACHADO DA SILVA ENFERMEIRA CLTLÍVIA FERREIRA PACHECO ENFERMEIRA CLT

QUITÉRIA FERNANDES DOS SANTOS ENFERMEIRA CLTDANIELE BARBOSA FERNANDES ENFERMEIRA CLT

CÁTIA GOMES DA SILVA TÉC. ENFERMAGEM CLTLUIS CARLOS MONTEIRO PAMPOLHA TÉC. ENFERMAGEM CLT

JÉSSICA GABRIELA FONSECA DA SILVA FARMACEUTICA CLTANDERSON F. P. DE JESUS OFIC. DE FARMÁCIA CLT

MÁRCIA DIAS ALFENA MÉDICA RT E PRECEPTORA CLTDOMINGOS JOSÉ VAZ DO CABO MÉDICO PRECEPTOR CLT

MARCELO VASCONCELOS MAGNAVITA MÉDICO PRECEPTOR CLTEVANA DA SILVA ANDRADE ACS CLT

INARA CHAVES DA SILVA ACS CLTELAINE DA SILVA ANDRADE MIZAEL ACS CLTCARLA DO NASCIMENTO GUSMÃO ACS CLT

MARCIA SANTOS DA SILVA ACS CLTELIANA FARIAS DA CUNHA ACS CLT

ESTER COELHO ELIAS DA SILVA ACS CLTCRISTINA MARIA S. V. DE OLIVEIRA ACS CLT

NÍVEA PEREIRA DA COSTA DIAS ACS CLTGEISA DE CARVALHO BRITTO ACS CLT

FERNANDA DE ARAUJO PEREIRA ACS CLTRENATA SANDES NUNES ACS CLTHELLEN BELO DA SILVA ACS CLT

QUELI CRISTINA DA SILVA DIAS ACS CLTJAQUELINE DAS N. M. OLIVEIRA ACS CLT

CIMÉIA DAS NEVES CUNHA ACS CLTBRUNO DE SOUZA FERNANDES ACS CLT

SIMONE MEIRELLES DE CARVALHO ACS CLTJOSILENE NUNES DA COSTA ACS CLT

Page 11: Regimento Interno 2015 Cfdas

NILCE MARA DE OLIVEIRA ACS CLTCLAUDIA VELOSO RODRIGUES ACS CLT

DEUZIANGELA DE SOUZA VALOURA ACS CLTRENATA NUNES ALVES PRADO ACS CLT

LEIDA MARIA DA SILVA ACS CLTFABÍOLA RODRIGUES DA SILVA ACS CLT

ELSON BELO DA SILVA ACS CLT

MARIA DE LOURDES BATISTA DE M. SOUZA ACS CLT

ANDREIA CORTES MORAES ACS CLT

ANA PAULA PEREIRA VIENNA ACS CLT

VANESSA FONSECA CORREA ACS CLT

MÁRCIA IMACULADA JANUÁRIO ACS CLT

DÉBORA MIRANDA DE OLIVEIRA ACS CLT

RENATA MATTOS ROCHA MÉDICA 20 H CLT

RONALDO PEREIRA GUIMARÃES MÉDICO RESIDENTE CLT

BRUNNA CONFETTURA COSTA MÉDICA RESIDENTE CLTTHAIS DEZIDERIO REIS MÉDICA RESIDENTE CLT

JESSICA VILARINHO RODRIGUES MÉDICA RESIDENTE CLTVICTOR HUGO CRISTO JÁCOMO MÉDICO RESIDENTE CLT

JOÃO VICTOR PITTA AMADO DE SOUZA MÉDICO RESIDENTE CLTALINE CRISTINA VIEIRA ANICETO MÉDICA RESIDENTE CLT

TATIANA ADDARIO GOMES MÉDICA RESIDENTE CLTJULIANA SCHOEMER MÉDICA RESIDENTE CLT

ISAURA FERREIRA DO NASCIMENTO TÉC. ENFERMAGEM CLT

VÂNIA MOREIRA GOMES DE SOUZA TÉC. ENFERMAGEM CLT

MÔNICA SILVA SOUZA REIS TÉC. ENFERMAGEM CLT

ALINE CARLA BATISTA DE LIRATERAPEUTA

OCUPACIONAL CLTALINE SILVA LEORDE PSICÓLOGA CLT

IVONE MELO BRANDÃO RODRIGES FONOAUDIÓLOGA CLT

SIMONE FERNANDES LUZ FISIOTERAPEUTA CLTPAULA SILVA DE FREITAS NUTRICIONISTA CLT

AÇÕES:

A partir das atribuições de cada funcionário, podemos organizar melhor sua atuação dentro da ESF, otimizando seu tempo de permanência no trabalho, gerando uma melhor qualidade nas ações prestadas.

MISSÃO INSTITUCIONAL: Prestar um atendimento de qualidade, integral e humano, garantindo o acesso a assistência e à prevenção de doenças, de forma a satisfazer as necessidades de todos os cidadãos.Garantir equidade no acesso à atenção em saúde, de forma a satisfazer as necessidades de todos cidadãos, avançando na superação das desigualdades.

Esta Unidade de Saúde da Família, é responsável pelo atendimento a usuários do SUS no território do Magarça, em Guaratiba. Trabalhamos com o planejamento e avaliação das ações em saúde nesta área. Desenvolvemos processos de trabalho baseados nos conceitos de prevenção, promoção e vigilância em saúde. Significa atuar nos momentos mais

Page 12: Regimento Interno 2015 Cfdas

precoces iniciais da transmissão das doenças, assim como sobre os riscos sanitários, ambientais, coletivos e individuais. Esta atuação garante melhores níveis de saúde e de qualidade de vida para todos.

Integralidade e hierarquização: as unidades de saúde da família estão inseridas no primeiro nível do sistema municipal de saúde, atenção básica. Deve estar vinculada à rede de serviços de forma a garantir atenção integral, assegurando a referência e contra-referência para os diversos níveis, inclusive os de maior complexidade tecnológica para a resolução de situações ou problemas identificados.

“Constituímos uma série de ações que envolvem uma integração de ações individuais e coletivas, preventivas e curativas, assistenciais e educativas, realizando atividades no interior da unidade e extra muro. Um atendimento humanizado significa acolher de forma integral o usuário que na maioria das vezes vê no profissional seu porto seguro”.

Acolhimento:

Acolhimento: é o estabelecimento de uma relação solidária e de confiança entre profissionais

do Sistema de Saúde e usuários. Traduz-se nas atitudes dos profissionais e, também, nas condições

e processos de trabalho envolvidos na recepção e atendimento aos cidadãos, onde quer que ele

esteja inserido: na comunidade, nos ambulatórios, em hospitais ou demais unidades de serviço de

saúde. A recepção nas unidades de saúde é estratégica para o acolhimento, pois é quando se dá,

muitas vezes, o primeiro contato com o sistema. Na recepção o acolhimento deve ser feito por

equipes multidisciplinares que devem se responsabilizar integralmente pelo usuário, atendendo-o

com atenção solidária e encaminhando a resolução de suas necessidades e demandas, informando-

o dos limites e possibilidades do sistema e estabelecendo, quando necessária, a articulação com

outros serviços de forma que haja resolutividade e continuidade no atendimento.

Page 13: Regimento Interno 2015 Cfdas

Acolhimento na ESF: O acolhimento constitui uma forma de humanizar e organizar o

trabalho em saúde, indo ao encontro das propostas do Programa Saúde da Família (PSF). O

Acolhimento é uma estratégia fundamental, pois consiste na reorganização do processo de

trabalho de maneira a atender a todos que procuram os serviços de saúde, fortalecendo o princípio

da Universalidade e a busca da Integralidade e da Equidade. Pretende uma mudança no fluxo de

entrada dos usuários, através de uma escuta qualificada por profissionais da equipe de saúde da

demanda espontânea com o objetivo de identificar risco/vulnerabilidade que considere as

dimensões subjetivas, biológicas e sociais do adoecer e, dessa forma, orientar, priorizar e decidir

sobre os encaminhamentos necessários para a resolução do problema do usuário. Visa ampliar o

acesso potencializando o conhecimento técnico e agregando resolutividade na intervenção dos

diversos profissionais de saúde, promovendo o vínculo e a responsabilização clínica e sanitária

com os usuários. Busca produzir condições de equidade na utilização dos serviços de saúde,

desencadeando mecanismos mais eficazes de regulação e ordenamento da oferta de serviços e

otimizando os recursos existentes para responder às necessidades de saúde da população, na

construção de um modelo centrado no usuário.

IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO

O acolhimento com classificação de riscos fez-se necessário a fim de padronizar a assistência aos usuários. Tem-se os seguintes objetivos:

Mudar o modelo assistencial com base na ideia de um serviço centrado no usuário e suas

necessidades.

Garantir o acesso universal.

Melhorar o acesso dos usuários aos serviços de saúde, mudando a forma burocrática de

entrada por filas e ordem de chegada;

Humanizar as relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de

escutar este usuário em seus problemas e demandas;

Fortalecer o vínculo profissional/famílias

Mudar o objeto da doença para o doente (sujeito);

Promover abordagem integral a partir de parâmetros humanitários de solidariedade e

cidadania;

Aperfeiçoar o trabalho em equipe com a integração e complementaridade das atividades

exercidas pelas diferentes categorias profissionais, buscando orientar o atendimento dos

usuários aos serviços de saúde por riscos apresentados, complexidade do problema, grau

de saber e tecnologias exigidas para a solução;

Aumentar a responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários e

elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles;

Operacionalizar uma clínica ampliada que implica a abordagem do usuário para além da

doença e suas queixas, construção de vínculo terapêutico visando a aumentar o grau de

Page 14: Regimento Interno 2015 Cfdas

autonomia e de protagonismo dos sujeitos no processo de produção de saúde, e a

elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo.

A participação de todos os funcionários e de usuários que se disponibilizaram para nos ajudar a

documentar este plano, foi fundamental. Nos baseamos em textos e artigos norteadores do assunto,

além de fluxos e normas já determinadas por esta secretaria.

Acolhimento com Classificação de Risco:

O acolhimento como dispositivo tecno-assistencial permite refletir e mudar os modos de

operar a assistência, pois questiona as relações clínicas no trabalho em saúde, os modelos de

atenção e gestão e as relações de acesso aos serviços. A avaliação de risco e vulnerabilidade não

pode ser considerada prerrogativa exclusiva dos profissionais de saúde, o usuário e sua rede social

devem também ser considerados neste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica estar

atento tanto ao grau de sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezes o usuário que chega

andando, sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode estar mais

necessitado de atendimento com maior grau de risco e vulnerabilidade.

A tecnologia de Avaliação com Classificação de Risco, pressupõe a determinação de

agilidade no atendimento a partir da análise, sob a óptica de protocolo pré-estabelecido, do grau de

necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e não na

ordem de chegada.

Desta maneira exerce-se uma análise (Avaliação) e uma ordenação (Classificação) da

necessidade, distanciando-se do conceito tradicional de triagem e suas práticas de exclusão, já que

todos serão atendidos.

Estas duas tecnologias, Acolhimento e Avaliação/Classificação de Risco, portanto, têm

objetivos diferentes, mas complementares, podendo, dada a singularidade dos serviços,

coexistirem ou funcionarem separadamente no contexto físico, mas jamais díspares no processo de

trabalho.

Objetivo do Acolher com Classificação de Risco da CFDAS

Priorizar o atendimento da demanda mais imediata durante o acolhimento. Abolir o atendimento por ordem de chegada ou a distribuição de números para

atendimento Dar resolutividade ao atendimento Migrar a demanda não urgente para o atendimento programado Garantir o acesso universal

Prioridades do Acolhimento com Classificação de Risco da CFDAS

Page 15: Regimento Interno 2015 Cfdas

CUMPRIMENTO DAS METAS:

Os programas de pagamento por desempenho visam a melhoria da qualidade, premiando a excelência ao mesmo tempo que promove o aumento do acesso aos serviços de saúde.

A experiência portuguesa (Missão da Reforma de Cuidados Primários, 2002) tem permitido tirar conclusões positivas na aplicação desta estratégia, tendo-se verificado uma melhoria dos resultados no que se refere aos indicadores contratualizados, servindo de base conceitual para a metodologia de pagamento variável apresentada neste contrato de gestão.

A parte variável do contrato de gestão está dividida em três partes:

- Parte variável 01 – incentivo institucional à gestão do TEIAS;

- Parte variável 02 - incentivo Institucional à unidade de saúde .

PRIORIDADE RISCO CORES CONDUTA DA EQUIPE

1 EMERGÊNCIAVERMELHO DAR 1º ATENDIMENTO

BÁSICO E CONTACTAR CENTRAL DE

REGULAÇÃO PARA PEDIR A

AMBULÂNCIA. ENCAMINHAR PARA EMERGÊNCIA MAIS RÁPIDO POSSÍVEL

2 URGENTE AMARELO ATENDER NA LIVRE DEMANDA DÍÁRIA

3 POUCO URGENTE

VERDE AGENDAR CONSULTA MÉDICA,

ENFERMAGEM , SAÚDE BUCAL E

INTERCONSULTA NASF

4 NÃO URGENTE

AZUL AGENDAR EXAMES, REALIZAR VD,

GRUPOS E AÇÕES PREVENTIVAS

Page 16: Regimento Interno 2015 Cfdas

- Parte variável 03 - incentivo à equipe de saúde da família e saúde bucal

 ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:

DEFINIÇÃO

A Atenção Primária é uma abordagem que forma a base e determina o trabalho de todos os outros níveis dos sistemas de saúde. A atenção primária aborda os problemas mais comuns na comunidade, oferecendo serviços de prevenção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar. Ela integra a atenção quando há mais de um problema de saúde e lida com o contexto no qual a doença existe e influencia a resposta das pessoas a seus problemas de saúde. É a atenção que organiza e racionaliza o uso de todos os recursos, tanto básicos como especializados, direcionados para a promoção, manutenção e melhora da saúde. (BRASIL, 2010).

A atenção primária a saúde (APS) é o nível de um sistema de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece atenção sobre a pessoa (não direcionada para a enfermidade) no decorrer do tempo, fornece atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena ou integra a atenção fornecida em algum outro lugar ou por terceiros. Assim, é definida como um conjunto de funções que, combinadas, são exclusivas de atenção primária. A APS também compartilha características com outros níveis dos sistemas de saúde: responsabilidade pelo acesso, qualidade e custos; atenção à prevenção, bem como ao tratamento e a reabilitação; e trabalho em equipe. (STARFIELD, 2002)

A atenção primária é uma abordagem que forma a base e determina o trabalho de todos os outros níveis dos sistemas de saúde. A APS deve cumprir três funções essenciais que lhe imprimem a característica de uma estratégia de ordenação dos sistemas de atenção à saúde: a função resolutiva de atender a 85% dos problemas mais comuns de saúde; a função ordenadora de coordenar os fluxos e contrafluxos de pessoas, produtos e informações nas redes; e a função de responsabilidade pela saúde da população usuária que está descrita, nas redes de atenção à saúde, às equipes de cuidados primários. (STARFIELD, 2002).

Segundo Starfield (2002), a APS oferece atendimento acessível e aceitável para os pacientes, assegura a distribuição equitativa de recursos de saúde e aumenta a relação custo-efetividade dos serviços por meio de 12 características: geral, não é restrita; acessível em relação ao tempo, lugar, financiamento e cultura; integrada, curativa, reabilitador, promotora de saúde e preventiva de enfermidades; continuada; equipe, o médico é parte de um grupo multidisciplinar; holística; pessoal, atenção centrada na pessoa e não na enfermidade; orientada para a família, problemas compreendidos no contexto da família e da rede social; orientada para a comunidade, coordenação de toda a orientação e apoio que a pessoa recebe; confidencial; defensora, do paciente em

Page 17: Regimento Interno 2015 Cfdas

questões de saúde sempre e em ralação a todos os provedores de atenção à saúde.A APS possui como vertente a Estratégia de Saúde da Família (ESF), antes

denominada Programa da Saúde da Família (PSF) e caracteriza-se também como porta de entrada no sistema de saúde, o qual é constitucionalmente fundado no direito a saúde e equidade do cuidado, como é visto no Sistema Único de Saúde (SUS), (BRASIL, 2010).

O Sistema Único de Saúde (SUS) caracteriza-se por um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, busca-se com ele avançar na direção de um sistema centrado em uma melhor qualidade de vida e do meio ao qual esse individuo esta inserido. (GIOVANELLA, 2009)

O SUS se organiza de forma fragmentada e que responde às demandas sociais com ações reativas, episódicas e voltadas, prioritariamente, para as condições agudas e para as agudizações das condições crônicas. (GIOVANELLA, 2009)

O SUS é uma forma de dar materialidade à política de saúde, não sendo composto somente por serviços públicos, mas também por uma ampla rede de serviços privados, sendo este utilizado quando a cobertura do SUS for insuficiente para garantir a assistência à uma população de uma determinada área. (GIOVANELLA, 2009)

O programa da saúde da família se materializou através da portaria MS n. 692, de dezembro de 1993. O programa foi implementada em 1994, principalmente em pequenos municípios e guardou o caráter restrito da APS, com condições de absorver a demanda reprimida de atenção primária, mas com baixa capacidade para garantir a continuidade da atenção. A saúde da família foi fortemente incentivada Norma Operacional Básica do SUS (NOB SUS 01/96). Esta norma indicou a retomada da discussão em torno do modelo de atenção a ser construído e disciplinou o processo de organização dos serviços segundo campos de atenção assistenciais, de intervenções ambientais e de políticas extra-setoriais, em uma concepção ampliada de atenção à saúde e de integralidade das ações. (ENSP/ FIOCRUZ, 2013).

A saúde da família foi, em 1997, explicitada como estratégia em documento do Ministério da Saúde intitulado “Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial”. Passou a ser entendida como intervenção estratégica “que possibilita a integração e promove a organização das atividades em um território definido, com o propósito de propiciar o enfrentamento e resolução dos problemas identificados.” (BRASIL, 2007).

Atenção primária refere-se a um conjunto de práticas em saúde, individuais e coletivas, durante o processo de implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), passando a ser denominado de atenção básica à saúde. Atualmente a atenção primária à saúde é considerada internacionalmente a base para um novo modelo assistencial de sistemas de saúde que tenham em seu centro o usuário-cidadão. (GIOVANELLA, 2009)

A atenção primária é o nível de um sistema de serviço de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece atenção sobre a pessoa no decorrer do tempo, fornece atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena ou integra a atenção fornecida em algum outro lugar ou por terceiros. Assim, é definida como um conjunto de funções que, combinadas, são exclusivas da atenção primária. A atenção primária compartilha características com outros níveis dos sistemas de saúde: responsabilidade pelo acesso, qualidade e custos; atenção à prevenção, bem como ao tratamento e à reabilitação: e trabalho em equipe. (STARFIELD, 2002.)

Não existe uma uniformidade no emprego da expressão atenção primária à saúde,

Page 18: Regimento Interno 2015 Cfdas

porém ela identifica-se em três linhas principais de interpretação, tais como: programa focalizado e seletivo, com cesta restrita de serviços; um dos níveis de atenção, que corresponde aos serviços ambulatoriais médicos não especializados de primeiro contato, incluindo ou não amplo espectro de ações de saúde pública e de serviços clínicos direcionados a toda a população; de forma abrangente, uma concepção de modelo assistencial e de organização do sistema de saúde. (GIOVANELLA, 2009)

Conforme Giovanella (2009), um marco mundial da atenção primária à saúde é a Conferência Internacional sobre atenção primária à saúde, organizada pela organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), realizada em 1978 em Alma-Ata.

A conferência de Alma-Ata reafirma enfaticamente que a saúde é um direito fundamental do ser humano, e que a consecução do mais alto nível possível de saúde é meta social mundial mais importante, e que sua realização exige a ação de outros setores sociais e econômicos, além do setor da saúde. (ALMA-ATA, 1978)

A conferência de Alma-Ata diz que os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país podem manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Os cuidados primários representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde as pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1978).

Os cuidados primários de saúde refletem, e a partir delas evoluem, as condições econômicas e as características socioculturais e políticas do país e de suas comunidades, sendo baseadas na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa social, biomédica e de serviços de saúde e da experiência em saúde pública, tendo em vista os principais problemas de saúde da comunidade, proporcionando serviços de proteção, prevenção, cura e reabilitação, conforme as necessidades. (ALMA-ATA, 1978)

A conferência de Alma-Ata foi criticada pelas agências internacionais com a justificativa de ser muito ampla e pouco propositiva. Assim, deu-se sequência, nos anos posteriores, a um embate entre a concepção de atenção primária à saúde integral e abrangente e a concepção restrita de APS. Um ano após Alma-Ata foi realizada na Itália com a colaboração de diversas agências internacionais, uma conferência que discutiu

Page 19: Regimento Interno 2015 Cfdas

uma nova perspectiva: a atenção primária à saúde seletiva, sendo ela responsável por designar um pacote de intervenções de baixo custo para combater as principais doenças em países pobres. (GIOVANELLA, 2009)

Da atenção primária proposta em Alma-“Ata até hoje, surgiram algumas derivações que apontam o que se considerava avanço ou especificidade em relação à proposta original, tendo-se: atenção primária à saúde, atenção primária seletiva, atenção primária orientada para a comunidade e, recentemente, a atenção primária renovada, sendo interessante observar que a utilização pelo Ministério da Saúde do termo atenção básica para designar atenção primária apresenta-se como reflexo da necessidade de diferenciação entre a proposta da saúde da família e a dos” cuidados primários de saúde.” (CONASS, 2011)

Atualmente alguns autores, (Mendes, 2002; Takeda 2004), incluindo o CONASS e alguns documentos e eventos do Ministério da Saúde já utilizam a nomenclatura internacionalmente reconhecida de Atenção Primária à Saúde. Assim, no Brasil o Ministério da Saúde adotou a terminologia de Atenção Básica para definir APS, tendo como sua estratégia principal a Saúde da Família (SF). (CONASS, 2011)

Starfield (2002) considera como características da APS a prestação de serviços de primeiro contato, a assunção de responsabilidade longitudinal pelo paciente como continuidade da relação clínico-paciente ao longo da vida, a garantia do cuidado integral considerando-se os âmbitos físicos, psíquicos e sociais da saúde dentro dos limites de atuação do pessoal de saúde, e a coordenação das diversas ações e serviços indispensáveis para resolver as necessidades menos frequentes e mais complexas.

O primeiro atributo da APS é constituir-se de porta de entrada no sistema de saúde, procurando regularmente a cada vez que o paciente precisa de atenção, em caso de adoecimento ou para acompanhamento rotineiro de sua saúde. Outro requisito é a exigência de encaminhamento por profissionais de atenção primária para acesso à atenção especializada, exercendo papel de filtro para acesso aos outros níveis. (GIOVANELLA, 2009)

A APS possui também o atributo de longitudinalidade, sendo assim a assunção de responsabilidade longitudinal pelo paciente com continuidade da relação profissional/equipe/unidade de saúde-paciente ao longo da vida, independente da existência ou ausência de doenças. A integralidade implica no reconhecimento, pela equipe de saúde, de amplo espectro de necessidades considerando-se os âmbitos orgânicos, psíquicos e sociais da saúde, dentro dos limites de atuação do profissional de saúde, tendo como oferta serviços preventivos e curativos, além de garantia de todos os tipos de serviços para todas as faixas etárias. (GIOVANELLA, 2009)

Conforme Mendes (2002), a atenção básica tem sido apresentada como uma forma singular, de apropriar, recombinar, reorganizar, e reordenar todos os recursos do sistema para satisfazer as necessidades, demandas e representações da população, o que implica a articulação da atenção primária da saúde dentro de um sistema integrado de saúde.

Uma função importante da atenção básica é a coordenação e a integração da atenção fornecida em algum outro lugar do sistema, permitindo racionalização do uso de todos os recursos, tanto básicos como especializados, direcionados para a promoção, manutenção e melhora da saúde. (STARFIELD, 2002)

A atenção básica além de se constituir em importante local de contato entre população e sistema de saúde, fornece atenção

Page 20: Regimento Interno 2015 Cfdas

para os problemas e agravos de saúde mais frequentes, produzir cuidado longitudinal, articular ações assistenciais e não assistenciais entre outros, se apresenta como estratégia de organização da atenção à saúde, de onde se formariam compromissos e contratos sanitários que dão forma e concretude a redes de cuidados. (BRASIL, 2010).

Conforme BRASIL (2006), a atenção básica se constitui como política de saúde só muito recentemente, e tem como marco a implementação do Programa de Saúde da Família (PSF) em 1994, o qual a partir de 2006 foi transformado em Estratégia da Saúde da Família (ESF).

A Estratégia da Saúde da Família tem como objetivos específicos a prestação, na unidade de saúde e no domicílio, da assistência integral, contínua, com responsabilidade e boa qualidade às necessidades de saúde a população adscrita; intervenção sobre fatores de riscos a população; eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde; humanização das práticas de saúde, sendo estas estabelecidas através de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população; contribuição na democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde, além de fazer com que a saúde seja reconhecida com um direito de cidadania e, portanto, expressão da qualidade de vida. (BRASIL, 1998).

A partir de 2003, a ampliação da Estratégia da Saúde da Família passou a ser apoiada pelo Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (PROESF), estratégia negociada pelo Ministério da Saúde, para vigência de sete anos com financiamento internacional. Em 2006, o Ministério da Saúde, levando em consideração os resultado da ESF, editou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), através da portaria ministerial nº 648/GM, de 28 de março, ampliando o escopo e a concepção de atenção básica ao incorporar os atributos de atenção primária à saúde abrangente, colocando como porta de entrada preferencial do SUS e ponto de partida para estruturação dos sistemas locais de saúde. (GIOVANELLA, 2009).

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) reconhece a Saúde da Família como modelo substitutivo de reorganização da atenção básica, reforçando a necessidade de que a expansão desse modelo garante a integração das redes de serviços de saúde municipal, detalhando as modalidades de implementação e incentivos financeiros para as equipes de saúde da família, saúde bucal e o programa de agentes comunitários. (BRASIL, 2012).

A PNAB informa que são itens necessários a ESF a existência de equipe multiprofissional; número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família; cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por no máximo 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000; cadastramento de cada profissional de saúde em apenas uma equipe de Saúde da Família; carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da equipe de Saúde da Família; (BRASIL, 2012).

Conforme BRASIL (2012), a quantidade de equipes de Saúde da Família na modalidade transitória ficará condicionada aos critérios de municípios com até 20 mil habitantes e contando com uma a três equipes da Saúde da Família poderá ter até duas equipes na modalidade transitória; Município com até 20 mil habitantes e com mais de

Page 21: Regimento Interno 2015 Cfdas

três equipes poderá ter até 50% das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; Municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes poderá ter até 30% das equipes de Saúde da família na modalidade transitória; Municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes poderá ter até 20% das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória e Municípios com população acima de 100 mil habitantes poderá ter até 10% das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória.

As equipes da Saúde da Família devem estar devidamente cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente de acordo com conformação e modalidade de inserção do profissional médico. O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos profissionais das equipes e os horários e dias de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde devem ser organizados de modo que garantam o maior acesso possível, o vínculo entre usuários e profissionais, a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado. (BRASIL, 2012).

Atribuições dos membros da Equipe de Saúde da Família

As atribuições dos profissionais pertencentes à Equipe ficaram estabelecidos também pela Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, podendo ser complementadas pela gestão local.

Atribuições comuns a todos os Profissionais que integram as equipes

1. participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, inclusive aqueles relativos ao trabalho, e da atualização contínua dessas informações, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;

2. realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações,entre outros), quando necessário;

3. realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;

4. garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas e de vigilância à saúde;

5. realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;

6. realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

7. responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros serviços do sistema de saúde;

8. participar das atividades de planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;

9. promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;

Page 22: Regimento Interno 2015 Cfdas

10. identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais com a equipe, sob coordenação da SMS;

11. garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de informação na Atenção Básica;

12. participar das atividades de educação permanente; e13. realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades

locais.

Do Enfermeiro

1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;durante o tempo e frequencia necessarios de acordo com as necessidades de cada paciente;

2. conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) aprova a Resolução n.º 195, de 18/02/97, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações;

3. planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;4. supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e

da equipe de enfermagem;5. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de

Enfermagem, ASB e TSB; e6. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado

funcionamento da USF.7. Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF.

Do Médico

1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;

2. realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);

3. realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, ginecoobstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos;

4. encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contrareferência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência;

Page 23: Regimento Interno 2015 Cfdas

5. indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;

6. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; e

7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Residente em Medicina da Família e Comunidade:

A Residência Médica é o modelo de especialização médica reconhecido mundialmente como de excelência. Por isso, ela é um elemento essencial para a qualificação do SUS e de toda a prática médica. O atendimento médico, visando às necessidades do paciente com toda a abrangência e com a melhor técnica nos seus mais variados aspectos como biológica, psíquica e social, é o maior compromisso ético do médico.

O respeito pela pessoa que está sendo atendida, o conhecimento e a experiência médica são transmitidos pelo preceptor, enquanto o residente estimula, em toda a equipe, atividades de estudo e uma maior discussão do atendimento de cada paciente.Essa cooperação entre os médicos residentes e os médicos do corpo clínico é fundamental para a instituição,pois estimula o aprimoramento profissional sob o aspecto técnico e ético, e dificulta a acomodação.

Há evidências consistentes na literatura segundo as quais o médico de família e comunidade é capaz de atender com elevado padrão de qualidade e resolver pelo menos 85% dos problemas de saúde que afetam pessoas de uma população adscrita, sem distinção de gênero ou faixa etária. Deste modo, é preciso encaminhar aos centros de referência apenas os pacientes com enfermidades mais raras ou que necessitem realizar procedimentos focais com o propósito de diagnosticar e controlar alterações fisiopatológicas em estágio mais crítico.

Mesmo quando um especialista em MFC refere seu paciente aos demais níveis do sistema, não desfaz o vínculo com ele. Esta manutenção de vínculo, inclusive na eventualidade de internação, representa um suporte e transmite confiança ao paciente e a sua família, cria oportunidades para reforço da adesão do paciente ao tratamento, facilita a interação entre médicos de família e especialistas focais, e fortalece o papel de gerenciamento da clínica que compete ao MFC.

Esta manutenção de vínculo com o paciente referido também impede a descontinuidade da prestação de cuidados de saúde, que é um dos pontos mais críticos em sistemas com APS desestruturada. E, ao impedir tal descontinuidade, representa uma garantia para a integralidade, pois, ao invés de substituir, permite agregar as ações realizadas nos centros de referência aos cuidados primários que o paciente requer.

Os progressos no campo da educação e a adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que pouco a pouco vêm sendo apropriadas pela educação médica em geral, tornam-se instrumentos valiosos para subsidiar práticas de educação em saúde nos planos individual, familiar e comunitário, inclusive no que concerne à educação popular em saúde. Ao lado disto, o domínio de competências no âmbito da psicologia médica e na área das dinâmicas de grupo tem possibilitado aos médicos de família instituir proveitosas modalidades de trabalho com grupos e desenvolver práticas motivacionais com significativo impacto no tocante a mudanças de comportamento e de hábitos de vida.

Page 24: Regimento Interno 2015 Cfdas

1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;

2. realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);

3. realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, ginecoobstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos;

4. encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contrareferência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência;

5. indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;

6. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; e

7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem

1. participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);

2. realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; e

3. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Cirurgião Dentista

1. realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal;

2. realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais;

3. realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade;

4. encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento;

5. coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais;

Page 25: Regimento Interno 2015 Cfdas

6. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.

7. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e ESF;

8. realizar supervisão técnica do THD e ACD; e9. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado

funcionamento da USF.

Do Técnico em Saúde Bucal (TSB)

1. realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais;

2. coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos;

3. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.

4. apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal; e

5. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Auxiliar de Saúde Bucal(ASB)

1. realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde;

2. proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados;3. preparar e organizar instrumental e materiais necessários;4. instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o TSB nos procedimentos

clínicos;5. cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos;6. organizar a agenda clínica;7. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os

demais membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; e

8. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Page 26: Regimento Interno 2015 Cfdas

Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde

Agente Comunitário de Saúde (ACS) mora na comunidade e está vinculado à USF que atende a comunidade. Ele faz parte do time da Saúde da Família! Quem é o agente comunitário? È alguém que se destaca na comunidade, pela capacidade de se comunicar com as pessoas, pela liderança natural que exerce. O ACS funciona como elo entre e a comunidade. Está em contato permanente com as famílias, o que facilita o trabalho de vigilância e promoção da saúde, realizado por toda a equipe. É também um elo cultural, que dá mais força ao trabalho educativo, ao unir dois universos culturais distintos: o do saber científico e o do saber popular.

O seu trabalho é feito nos domicílios de sua área de abrangência. As atribuições específicas do ACS são as seguintes:

1. Realizar mapeamento de sua área; 2. Cadastrar as famílias e atualizar permanentemente esse cadastro; 3. Identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco; 4. Identificar área de risco; 5. Orientar as famílias para utilização adequada dos serviços de saúde, encaminhando-as e até agendando consultas, exames e atendimento odontológico, quando necessário; 6. Realizar ações e atividades, no nível de suas competências, na áreas prioritárias da Atenção Básicas; 7. Realizar, por meio da visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua responsabilidade; 8. Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe, sobre a situação das família acompanhadas, particularmente aquelas em situações de risco; 9. Desenvolver ações de educação e vigilância à saúde, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doenças; 10. Promover a educação e a mobilização comunitária, visando desenvolver ações coletivas de saneamento e melhoria do meio ambiente, entre outras; 11. Traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade, suas necessidades, potencialidades e limites; 12. Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possa ser potencializados pela equipe.

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO GERENTE TÉCNICO

Gerir a Unidade de Saúde da Família, em estreita relação com a SMS-CAP5.2 e O.S.; Garantir a Gestão da Unidade de Saúde da Família, conforme a diretriz e princípios do

SUS (equidade, integralidade, humanização do atendimento) e diretrizes e atributos da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família;

Informar a CAP, sempre que necessário, sobre problemas identificados no desenvolvimento das ações e sobre os encaminhamentos demandados;

Integrar as equipes Saúde da Família e demais profissionais de saúde da Unidade de Saúde da Família com a comunidade;

Identificar e Gerir conflitos pessoais entre as equipes existentes; Garantir que as equipes desenvolvam suas ações, conforme as diretrizes da Estratégia

Saúde da Família (territorialização, cadastramento, diagnóstico de saúde, enfoque familiar, integralidade da assistência, trabalho em equipe, intersetorialidade, controle social, planejamento e avaliação e educação permanente), no eixo da Linha do Cuidado;

Cumprir com as atribuições delegadas e/ou as determinações propostas e pactuadas pela CAP - SMS;

Repassar as informações de interesse do serviço para todos os profissionais de saúde lotados na Unidade de Saúde da Família;

Page 27: Regimento Interno 2015 Cfdas

Realizar semanalmente reunião geral, a fim de informar a todos os funcionários sobre fluxos, normas, regras, planejar atividades e construção coletiva;

Avaliar e monitorar as ações das equipes SF e dos demais profissionais de saúde da Unidade de Saúde da Família, mantendo atualizadas as informações contidas no painel de monitoramento para ampla divulgação;

Assegurar que o conjunto dos indicadores e metas assistenciais, pactuadas entre a CAP e a SMS, seja alcançado;

Elaborar os relatórios técnicos mensais e/ou outros necessários, descrevendo as principais atividades realizadas, identificando obstáculos e apontando recomendações;

Utilizar os Sistemas de Informação de Saúde disponíveis (Vita Care, SISREG, Bolsa Família, PLATAFORMA SUBPAV) para monitoramento/avaliação e planejamento das ações das equipes;

Atuar para garantir e melhorar a qualidade das informações de saúde; Implantar as estratégias e protocolos assistenciais, de encaminhamento, entre outros, da

SMS; Garantir que as Equipes da Unidade de Saúde da Família desenvolvam ações de promoção

à saúde, prevenção específica e de cidadania; Representar a Unidade de Saúde da Família em reuniões administrativas e técnicas, junto à

CAP, à SMS, ao Conselho Gestor e/ou outras reuniões técnico-científicas; Incentivar e colaborar com a pesquisa e produção de trabalhos científicos; Garantir a participação das Equipes da ESF nas reuniões mensais com a comunidade; Garantir o acolhimento da demanda espontânea e o maior grau de resolubilidade possível,

entendendo que a Unidade de Saúde da Família é a porta preferencial de entrada do SUS; Avaliar as necessidades de capacitações e treinamentos, apontando para maior grau de

resolubilidade, para os perfis profissionais exigidos para o desenvolvimento das ações da Atenção Básica à Saúde;

Garantir que os auxiliares administrativos mantenham atualizadas todas as rotinas administrativas, bem como a alimentação de todos os Sistemas afeitos à Atenção Básica à Saúde;

Orientar o profissional administrativo na supervisão dos serviços de limpeza, vigilância, na manutenção de equipamentos, entre outros; monitorar e otimizar o tempo de agendamento para as diferentes atividades ofertadas pela Unidade;

Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da

equipe de enfermagem; Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de

Enfermagem, ASB e TSB; Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da

USF; Realizar escala de serviços dos funcionários; Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF Desenvolver outras atividades, conforme for determinado e acordado; Realizar escala de serviços, para otimização do tempo e permanência dos profissionais da

unidade; Supervisionar os serviços e se necessário realizar procedimentos para que tudo ocorra

conforme pactuado, treinando e capacitando os profissionais; Ser um articulador com a comunidade e a unidade de saúde, identificando as maiores

necessidades da área;

Page 28: Regimento Interno 2015 Cfdas

Responder ouvidorias e realizar conversas com a população, a fim de esclarecer dúvidas e adequar o serviço aos anseios SMS X profissionais X comunidade;

Ter atitude acolhedora ao usuário, orientando, informando ao mesmo sempre que necessário;

Na ESF como a figura do gerente técnico é de liderança, ele desempenha atividades de diretor, coordenador de programas, chefe de seção administrativa e chefe de enfermagem ao mesmo tempo, atividades estas que são divididas em unidades tipo B e C.

Fiscalizar o cumprimento da carga horária semanal dos funcionários da unidade; Manter contato constante com RH da O.S. a fim de solucionar demandas; Fiscalizar, advertir e fazer relatórios de funcionários que não venham realizando atividades

corretamente, conforme pactuado. Realizar planejamento das atividades a serem realizadas, organizar internamente

campanhas que ocorrerão durante o ano, atingir metas destas campanhas; Realizar avaliação constante dos serviços prestados e sinalizar a CAP e O.S. sobre

qualquer intercorrência; Solicitar consertos e reparos; Coordenar as ações de acordo com as linhas de cuidados da SMS; Resumidamente, ser um facilitador, articulador, líder, ter atitude acolhedora, ter

conhecimento técnico científico e conhecer as diretrizes e normas existentes.

Atenciosamente,

Equipe Clínica da Família Dr Dalmir de Abreu Salgado

Carlos Rafael dos Santos Freitas Gerente Técnico

JANEIRO 2015