Regimento Interno da Aleam. - Resolução Legislativa n.469 de 19.03.2010

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Assemblia Legislativa do Estado do Amazonas Resoluo n 469/2010 de 19/03/2010 Ementa INSTITUI o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas e d outras providncias. Texto A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS, no uso de suas atribuies, especialmente amparada no que dispe o art. 19, da Resoluo Legislativa n 312, de 31 de outubro de 2001, resolve propor o seguinte: TTULO I Disposies Preliminares Captulo I Sede da Assembleia Art. 1. O Poder Legislativo exercido pela Assembleia Legislativa, constituda por Deputados eleitos e investidos na forma da lei, para mandato de uma legislatura. Pargrafo nico. A sede da Assembleia Legislativa na capital do Estado, podendo o Parlamento reunir-se em outro local do Amazonas, por convenincia ou interesse pblico, consoante as seguintes condies: I - mediante requerimento de Deputado, aprovado pela maioria dos membros da Assembleia, presente a maioria absoluta; II - por deciso da Mesa ou Comisso Representativa, ad referendum do Plenrio, em caso de urgncia e fato grave. Captulo II Procedimentos Preliminares e Reunies Preparatrias Legislatura Art. 2. O incio da legislatura precedido dos seguintes procedimentos: I - os Deputados encaminham Diretoria Geral o diploma expedido pela Justia Eleitoral, com a comunicao do seu nome parlamentar e da sua legenda partidria, at o dia vinte e seis de janeiro do ano da instalao da respectiva legislatura; II - a Diretoria Geral edita lista com o nome dos Deputados diplomados, em ordem alfabtica, com a indicao dos respectivos partidos, publicando-a no Dirio Oficial, at o dia trinta de janeiro do ano da instalao da legislatura. Art. 3. No incio de cada legislatura so realizadas reunies preparatrias na sede da Assembleia Legislativa, visando posse dos Deputados diplomados e eleio da Mesa Diretora. Captulo III Posse dos Deputados e Instalao da Legislatura Art. 4. A primeira reunio preparatria se realiza no dia primeiro de fevereiro, a partir das nove horas, independente de convocao, a fim de dar posse aos Deputados, sendo presidida pelo Parlamentar mais idoso, que, aps a declarao de abertura, convida

dois parlamentares para secretariar os trabalhos. Pargrafo nico. O Deputado mais idoso exerce a Presidncia das duas primeiras reunies preparatrias, exceto se for candidato a cargo da Mesa, caso em que a direo dos trabalhos caber ao Parlamentar que tenha maior idade dentre os remanescentes. Art. 5. O Deputado apresenta Mesa Diretora at o ato da posse e ao trmino do mandato declarao de bens, nos termos do art. 266, da Constituio do Estado. Art. 6. A posse dos Deputados e a instalao da legislatura obedecem aos seguintes procedimentos: I - o Presidente, de p, profere o seguinte compromisso: PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIO DA REPBLICA E DO ESTADO DO AMAZONAS, E OBSERVAR AS LEIS, DESEMPENHANDO COM LEALDADE O MANDATO QUE ME FOI CONFERIDO PELO POVO AMAZONENSE; II - feita a chamada nominal por um dos Secretrios, cada Deputado, de p, declara: ASSIM O PROMETO; III - o Presidente declara empossados os Deputados e instalada a legislatura, convocando os parlamentares para a segunda reunio preparatria a ocorrer em seguida, observado o intervalo necessrio organizao dos trabalhos. 1 O compromisso prestado pessoalmente, no podendo ser substitudo por declarao oral ou escrita, ou ser efetivado atravs de procurador. 2 A posse somente ocorre aps o juramento citado no inciso II deste artigo, o qual ocorre uma s vez dentro da legislatura, devendo o Deputado empossado posteriormente ou o suplente convocado efetu-lo em reunio plenria ou no Gabinete do Presidente. 3 A Diretoria Geral efetua o registro do nome dos Deputados, nomes parlamentares, filiaes partidrias e outras informaes necessrias. 4 Salvo motivo de fora maior ou doena, a posse do Deputado ocorre no prazo de trinta dias, prorrogvel por igual perodo, a requerimento do interessado, devendo este prazo ser contado: I - da primeira reunio preparatria da legislatura; II - da diplomao, se eleito deputado, durante a legislatura; III - da ocorrncia do fato que ensejar a convocao pelo Presidente. Captulo IV Eleio e Posse da Mesa Diretora Art. 7. A eleio da Mesa Diretora ocorre: I - na segunda reunio preparatria da primeira sesso legislativa para o mandato do primeiro binio de cada legislatura; II - s quinze horas do dia da ltima reunio da segunda sesso legislativa para o mandato do segundo binio da legislatura. Pargrafo nico. Antes do encerramento da reunio destinada eleio da Mesa Diretora, o Presidente faculta a palavra por dez minutos ao Presidente eleito e a seguir convoca a prxima reunio da Assembleia, citando a data e a hora do evento. Art. 8. A Mesa Diretora eleita pelo voto da maioria simples dos Deputados, presente a maioria absoluta, consoante as seguintes condies: I - sua composio atende ao princpio da representao proporcional de partidos e blocos parlamentares; sendo isto impossvel, face renncia do direito a participar do colegiado, a composio se d na forma determinada pela maioria dos Deputados; II - o pleito se realiza por sistema eletrnico de processamento de dados, em escrutnio secreto, sendo reservada rea indevassvel para o registro de cada voto; III - a Mesa recebe o registro individual ou por chapa indicada pela bancada, bloco

parlamentar, ou, ainda, por um tero dos Deputados, com a identificao dos respectivos cargos, at uma hora antes da abertura da reunio em que ocorrer a eleio; IV - o Presidente providencia o registro dos candidatos e das chapas no sistema digital, obedecendo as seguintes regras: a) as chapas so numeradas prioritariamente e de acordo com a ordem de inscrio; b) as candidaturas individuais recebem um nmero para cada cargo e de acordo com a ordem de inscrio, em sequncia imediata ao nmero dado ltima chapa; c) identificado um nmero para que os Deputados possam exercer o direito ao voto em branco. V - hora designada, o Presidente abre a reunio destinada ao pleito e convida dois secretrios para acompanharem a eleio, dentre os Deputados que no forem candidatos; VI - o Presidente convida os Deputados a registrarem a presena para verificao de quorum; VII - havendo quorum, o Presidente solicita aos Deputados que processem os votos, atendendo as seguintes condies: a) em qualquer hiptese, o direito ao voto exercido em ato nico e contnuo; b) havendo exclusivamente o registro de chapas, a votao processada de forma global, bastando o Deputado registrar o nmero da chapa escolhida; c) havendo disputa de cargo entre integrante de chapa e candidato individual, esta votao processada de forma apartada e em ato contnuo imediatamente aps o voto na chapa; d) vedado ao Deputado estabelecer por meio do voto a composio entre as chapas, ressalvado o direito a opo pelas candidaturas isoladas. VIII - o Presidente consulta os Deputados sobre a existncia de algum impedimento ao encerramento do pleito; IX - inexistindo qualquer pendncia, o Presidente declara encerrada a votao e libera no painel o resultado global do pleito; X - o Presidente verifica o resultado e, na hiptese de empate, declara eleito o candidato mais idoso; XI - o Presidente proclama o nome dos eleitos com os respectivos cargos e votos obtidos; XII - qualquer nulidade suscitada e decidida antes da proclamao dos eleitos, podendo o Presidente suspender os trabalhos por quinze minutos, prorrogveis por igual tempo, para deliberar sobre a questo; XIII - o Presidente pode adotar outras medidas para assegurar a lisura do pleito, atendendo deliberao do Plenrio. Pargrafo nico. Na impossibilidade de uso de sistema eletrnico de processamento de dados, a votao obedece a procedimentos firmados em resoluo prpria. Art. 9. A posse dos membros da Mesa obedece ao seguinte regramento: I - as reunies destinadas a posse dos membros da Mesa so presididas pelo Deputado mais idoso dentre os que no forem candidatos ou integrarem a Mesa eleita; II - na segunda reunio preparatria a instalao da legislatura, ocorrida a escolha dos membros da Mesa, o Presidente os declara empossados, passando a direo dos trabalhos ao Presidente eleito; III - para o mandato do segundo binio da legislatura, a posse dos membros da Mesa ocorre no primeiro dia til de fevereiro do ano subsequente respectiva eleio, em reunio plenria. Captulo V

Lideranas Partidrias, Colgio de Lderes e Blocos Parlamentares Seo I Lderes e Suas Atribuies Art. 10. Os Deputados so agrupados por partidos, blocos ou bancadas, cabendo-lhes escolher um lder, que funciona como porta-voz ou interlocutor perante os rgos da Assembleia. 1 escolhido um vice-lder para cada grupamento parlamentar de no mnimo trs Deputados. 2 As escolhas e alteraes dos grupos e das respectivas lideranas so comunicadas imediatamente Mesa, devendo ocorrer a primeira indicao, logo aps o incio da sesso legislativa. 3 No havendo indicao, o Presidente pode declarar lder provisrio o Deputado mais idoso da representao. Art. 11. O chefe do Poder Executivo pode designar o Lder do Governo, e at dois ViceLderes, dentre os Deputados que representem a bancada da situao na Assembleia. Art. 12. O lder tem os seguintes direitos e atribuies, dentre outros estabelecidos neste Regimento: I - efetuar comunicao de liderana, nos termos do art. 78; II - discutir e encaminhar a votao de proposio sujeita a deliberao do Plenrio, para orientar sua bancada, hiptese em que renuncia o direito a falar na qualidade de Deputado, sujeitando-se s demais restries regimentais; III - apresentar emendas s proposies, nos termos regimentais; IV - indicar os membros da respectiva bancada que comporo as Comisses, mediante comunicado Mesa; V - dirigir o respectivo gabinete; VI - integrar a Mesa Diretora ou as Comisses, nos termos deste Regimento. Seo II Colgio de Lderes Art. 13. Os lderes da maioria, da minoria, das bancadas e dos blocos parlamentares constituem o Colgio de Lderes, dirigido pelo Presidente da Assembleia Legislativa, instncia consultiva apta a opinar em matria relevante, atendendo promoo efetuada pela Mesa Diretora. 1 - O voto do Colgio de Lderes tomado mediante consenso entre seus integrantes. 2 - No havendo consenso, prevalece o voto da maioria absoluta, ponderado cada voto pela expresso numrica da respectiva bancada. 3 - A reunio do Colgio de Lderes obedecer s normas que regem o funcionamento das Comisses Tcnicas permanentes.

Seo III Bloco Parlamentar Art. 14. Dois ou mais partidos podem constituir Bloco Parlamentar, sob liderana comum, sem prejuzo autonomia da representao partidria para indicar seu lder. 1 A constituio de Bloco Parlamentar e as alteraes nele verificadas so

comunicadas Mesa Diretora, para registro e publicao. 2 vedada a formao de Bloco Parlamentar para atuao em caso isolado, sendo exigido o tempo mnimo de trs meses de atuao do Bloco para o reconhecimento da legitimidade dos atos praticados em seu nome, sob pena de nulidade e das sanes disciplinares aplicveis a seus membros nos termos deste Regimento. 3 Dissolvido o Bloco Parlamentar ou modificado o quantitativo da representao que o integrava, revista a composio das Comisses, para o fim de redistribuir os lugares e cargos, consoante o princpio da proporcionalidade partidria, salvo se houver acordo de liderana em contrrio. 4 Ocorrendo a hiptese do pargrafo anterior, consideram-se vagos, para fins de nova indicao ou eleio, os lugares e cargos ocupados nas Comisses, decorrentes da exclusiva participao do Bloco Parlamentar. 5 A agremiao que integrava Bloco Parlamentar dissolvido ou a que dele se desvincular, no poder constituir ou integrar outro Bloco na mesma sesso legislativa. 6 Cada Partido somente pode integrar um Bloco Parlamentar. Seo IV Bancada da Maioria e da Minoria Art. 15. Bancada da Maioria o partido ou bloco parlamentar integrado pelo maior nmero de membros da Casa; Bancada da Minoria a representao imediatamente inferior que, em relao ao Governo, expresse posio diversa da maioria. 1. O lder do governo exerce a liderana de sua bancada, realizando a intermediao de interesses entre o Executivo e o Legislativo. 2. O lder da maioria e o da minoria so escolhidos e indicados pelos membros da respectiva bancada para representar o posicionamento poltico destes segmentos no Poder Legislativo e tm gabinetes equivalentes aos gabinetes dos lderes partidrios. 3. vedado o exerccio concomitante das lideranas citadas nos 1 e 2 deste artigo.

TTULO II rgos de Deliberao Superior e Suas Atribuies Captulo I Plenrio Art. 16. O Plenrio um colegiado composto pela totalidade dos Deputados reunidos em sesso, rgo supremo das deliberaes da Assembleia Legislativa, atendendo suas reunies ao disposto nos arts. 63 e seguintes deste Regimento. 1 O Plenrio possui local especfico, destinado a atividade parlamentar, sendo reservado aos Deputados, a servidores autorizados e a ex-deputados nos termos da lei. 2 Instituies culturais, polticas e sociais podem utilizar o recinto citado no 1 deste artigo, atendendo a requerimento de Deputado aprovado pelo Plenrio. 3 permitido o acesso do pblico s galerias do recinto do Plenrio, atendidas as exigncias legais, sendo vedada a manifestao ostensiva, durante os trabalhos. 4 Descumprida a regra do 3, o Presidente determina a retirada do infrator ou do pblico do recinto do Plenrio, com o auxlio da segurana ou da fora policial, e, no havendo condies para continuar os trabalhos, o Presidente suspende ou encerra a

reunio. 5 Haver lugar reservado no recinto do Plenrio para convidados especiais, representantes dos corpos consulares e representantes de rgos de Comunicao Social, previamente credenciados pela Mesa. Captulo II Mesa Diretora Art. 17. Os trabalhos da Assembleia Legislativa e do Plenrio so dirigidos por uma Mesa Diretora, rgo colegiado composto por oito cargos: Presidente, 1 VicePresidente, 2 Vice-Presidente, 3 Vice-Presidente, Secretrio Geral, 1 Secretrio, 2 Secretrio e Ouvidor-Corregedor, com as seguintes atribuies gerais: I - na parte Legislativa: a) apresentar privativamente proposies e apreciar indicao sobre a organizao dos servios administrativos da Assembleia; b) propor a criao de cargos, empregos ou funes pblicas no mbito do Poder Legislativo e fixar os seus respectivos vencimentos, nos termos da lei; c) fixar a remunerao de seus membros e dos Deputados, do Governador, ViceGovernador e Secretrios de Estado, observado o disposto nos incisos X e XI, do art. 28 da Constituio do Estado; d) dar parecer sobre proposio que vise modificar o Regimento Interno, no prazo de cinco dias; e) promulgar Emenda Constituio, Decreto e Resoluo Legislativa e lei ou parte de lei no promulgada pelo Governador, no prazo firmado no 6 do art. 36 da Constituio do Estado; f) mudar temporariamente a sede da Assembleia, em caso de urgncia e fato grave, ad referendum do Plenrio; g) propor ao de inconstitucionalidade, nos termos da Constituio Federal; h) adotar providncia para dar cumprimento deciso judicial; i) supervisionar e apoiar os trabalhos das Comisses Tcnicas. II - na parte Administrativa, Oramentria e Financeira: a) prover a polcia interna da Assembleia, a segurana dos Parlamentares e das autoridades convidadas, por intermdio da Casa Militar; b) autorizar a realizao de concursos pblicos, homologar seus resultados e decidir sobre recursos interpostos; c) adotar procedimentos para pagamento de despesa, obedecidas as normas que regem a execuo oramentria; d) homologar resultado de processo licitatrio e assinar contrato administrativo; autorizar a dispensa ou inexigibilidade de licitao; e) apreciar e decidir sobre a proposta de oramento da Assembleia, enviando-a ao Poder Executivo para ser includa no Projeto de Lei do Oramento Anual do Estado; f) solicitar a abertura de crditos adicionais ao Poder Executivo; g) determinar a instaurao de sindicncia e inqurito administrativo; h) elaborar o regulamento administrativo da Assembleia, interpretando conclusivamente, em grau de recurso, as disposies nele contidas; i) prestar contas sobre a gesto do Poder Legislativo, nos termos da lei; j) determinar a publicao do quadro de cargos e funes da Assembleia Legislativa, at trinta de abril, sempre que durante o exerccio anterior verificar-se alterao; l) apresentar ao Plenrio, na ltima reunio do ano, relatrio dos trabalhos realizados durante a sesso legislativa, publicando-o de forma sinttica no Dirio Oficial;

m) permitir, sem nus para o errio, sejam irradiados, filmados, ou televisionados os trabalhos da Assembleia, por veculo de comunicao social devidamente credenciado; n) adotar providncias cabveis, atendendo a solicitao de Deputado para sua defesa judicial e extrajudicial, contra ameaa ou prtica de atentado ao livre exerccio e s prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar. 1 vedado ao Presidente da Assembleia ter assento em Comisso e aos demais membros da Mesa Diretora exercer o cargo de Presidente de Comisso Tcnica Permanente. 2 Ressalvada a hiptese de delegao de atribuies, projeto que vise promover qualquer alterao relativa Mesa Diretora submete-se ao cumprimento cumulativo das seguintes regras: I - somente admitida pelo voto favorvel de dois teros da comisso especial designada para apreciar a matria; II - pelo voto favorvel de dois teros do Plenrio, em dois turnos de discusso e votao, com interstcio de dez dias. Art. 18. A Mesa Diretora se rene regularmente, decide por maioria de votos, presente a maioria de seus membros, aplicando-se a seus trabalhos as regras inerentes s comisses tcnicas. Pargrafo nico. A Mesa Diretora convocada pelo Presidente ou a requerimento da maioria de seus membros. Seo I Presidncia e Vice-Presidncia Art. 19. A Presidncia o rgo representativo da Assembleia, responsvel pela ordem de seus trabalhos, cabendo ao Presidente cumprir as seguintes atribuies: I - Quanto s reunies do Plenrio: a) convocar, presidir, abrir, inverter a ordem dos trabalhos, suspender e encerrar as reunies, nos casos previstos neste Regimento; b) manter a ordem e a observncia do Regimento, aplicar censura verbal a Deputado, convidando-o, se necessrio, a se retirar do Plenrio e determinar a supresso dos registros de termos anti-regimentais; c) determinar que o Secretrio Geral leia o expediente e as comunicaes; e a ata na hiptese do artigo 75, II deste Regimento; d) conceder licena aos Deputados, nos limites da lei; e) conceder ou negar a palavra a Deputado, interrompendo o orador que se desviar da questo, falar sobre matria vencida ou faltar com a considerao devida ao Poder Legislativo, a qualquer de seus membros, aos demais Poderes Pblicos ou a seus Chefes, advertindo-o e cassando-lhe a palavra, se reincidir; f) convidar o orador a declarar se falar a favor ou contra a proposio, e estabelecer o ponto da questo sujeita a votao; g) resolver recursos contra a deciso do Presidente de Comisso, em questo de ordem; h) advertir o orador ou aparteante sobre o tempo de sua participao, no permitindo que ultrapasse a previso regimental; i) autorizar o Deputado a falar da bancada; j) desempatar a votao quando ostensiva, votar em escrutnio nominal ou secreto, anunciar o resultado da votao, contando-se sua presena em qualquer hiptese para efeito de quorum; l) definir a Ordem do Dia das reunies, preferencialmente junto com o Presidente do Colegiado de Lderes;

m) convocar sesses ou reunies extraordinrias, nos termos deste Regimento; n) determinar a verificao da presena dos Deputados. II - Quanto aos processos e s proposies: a) efetuar a distribuio s Comisses, recusando os que no atendam as exigncias regimentais, cabendo, desta deciso, recurso para o Plenrio, ouvida a Comisso de Constituio, Justia e Redao; b) determinar a retirada da Ordem do Dia, nos termos deste Regimento; c) recusar requerimento de audincia de Comisso, quando impertinente, ou quando sobre a matria j se tenham pronunciado quatro Comisses; d) declarar prejudicados, na forma regimental; e) deferir ou indeferir verbalmente os requerimentos ou reclamaes no escritos e despachar os requerimentos escritos; f) assinar e remeter autgrafos para sano ou promulgao dos projetos aprovados pela Assembleia; g) promulgar, em nome da Mesa, as Emendas Constituio, os Decretos e as Resolues Legislativas, no prazo de quinze dias a contar da aprovao da redao final; h) promulgar, dentro de quarenta e oito horas, as leis, ou parte de lei mantida mediante a derrubada de veto, no promulgadas pelo Governador nos prazos referidos no art. 36, 6, da Constituio do Estado. III - quanto s Comisses: a) nomear, vista da indicao partidria, seus membros efetivos; b) declarar a perda da titularidade do membro que incidir no nmero de faltas previstas neste Regimento; c) convocar reunio extraordinria ou conjunta para apreciar proposies em regimes de urgncia ou de prioridade, vencido os prazos regimentais; d) dirigir as reunies do Colgio de Presidentes; e) declarar extinta a Comisso Especial pelo decurso de prazo e nos demais casos previsto neste Regimento; f) designar representante ou Comisso de Representao da Assembleia. IV - quanto s reunies da Mesa Diretora: a) presidir e tomar parte nas discusses e deliberaes, com direito a voto, e assinar os respectivos atos; b) distribuir aos demais membros, matria que dependa de parecer, que ser exarado no prazo de cinco dias; c) decidir questes que no sejam atribudas a outra esfera de competncia. V - quanto publicao e divulgao: a) determinar a publicao de matria no Dirio Oficial; b) vedar o registro de pronunciamento ou expresso atentatria ao decoro parlamentar; c) divulgar as decises da Mesa Diretora, das Comisses, do Colgio dos Presidentes das Comisses e do Colgio de Lderes. VI - quanto Administrao Oramentria e Financeira: a) submeter considerao da Mesa Diretora a realizao de despesa, podendo autorizar a abertura ou dispensa de certame licitatrio e a celebrao de contratos administrativos; b) movimentar contas, mediante ordem bancria ou cheque nominativo, nos casos que extrapolem as atribuies do Diretor-Geral ou atendendo a solicitao deste. VII - compete ainda ao Presidente da Assembleia: a) substituir o Governador, nos termos do pargrafo nico do art. 51, da Constituio do Estado; b) convocar extraordinariamente a Assembleia, na forma do art. 29, 5, I e II, da

Constituio do Estado; c) dar posse aos Deputados; d) presidir as reunies do Colegiado de Lderes; e) assinar e reiterar correspondncia destinada aos chefes dos Poderes e entes autnomos estatais. 1 O Presidente deixar a Mesa para tomar parte em qualquer discusso, e no a reassumir enquanto se debater a matria. 2 O Presidente poder, em qualquer momento, fazer comunicao de interesse pblico ao Plenrio. 3 Sempre que se encontrar fora da Assembleia Legislativa, no exerccio de suas funes, o Presidente ter a ausncia justificada. 4 O Presidente poder delegar ao Diretor-Geral os encargos Administrativos da sua competncia, atravs de ato devidamente aprovado pela Mesa Diretora. Art. 20. Os Vice-Presidentes sucedero o Presidente nas suas ausncias, obedecendo a ordem hierrquica entre os respectivos cargos, podendo cumprir outras atribuies que lhes forem delegadas ou consignadas pelo Presidente ou pela Mesa Diretora. Seo II Secretarias Art. 21. A Secretaria Geral o rgo da Mesa que auxilia a Presidncia na gesto dos trabalhos legislativos e administrativos da Assembleia, cabendo ao Secretrio Geral cumprir as seguintes atribuies: I - supervisionar os servios administrativos da Assembleia Legislativa; II - recepcionar o Deputado que venha prestar compromisso; III - manter entendimento com autoridade convocada pela Assembleia Legislativa para dar cumprimento ao objeto da convocao; IV - supervisionar a elaborao e ler a Ordem do Dia; V - supervisionar a elaborao da ata das reunies, assinando-as juntamente com o Presidente; ler a ata, na hiptese do art. 75, II deste Regimento; VI - ler proposio no disponibilizada aos Deputados, antes de iniciada a discusso ou a votao; VII - acompanhar e fiscalizar a tramitao das proposies para prestar informaes aos Deputados e demais interessados; VIII - controlar e fiscalizar a inscrio de oradores; IX - proceder a chamada dos Deputados, nos casos previstos neste Regimento; X - fazer a leitura da correspondncia oficial e assin-la em nome da Assembleia Legislativa, no mbito de sua competncia; XI - remeter ao Governador, Vice-Governador e demais agentes polticos, quando parte interessada, cpia do processo para apurar a ocorrncia de crime de responsabilidade, comunicando o dia marcado para o julgamento; XII - supervisionar os registros referentes presena dos Deputados. 1 O 1 Secretrio cumpre as seguintes atribuies: I - ordenar despesas, autorizar empenhos e movimentar contas bancrias nas ausncias ou impedimentos do Presidente, nos casos que extrapolem as atribuies do DiretorGeral ou atendendo a solicitao deste; II - movimentar contas bancrias juntamente com o Presidente; III - fiscalizar a realizao de processos licitatrios; IV - coordenar a execuo oramentria e financeira, cumprindo atribuies, que no sejam da exclusiva competncia do Presidente.

2 O 2 Secretrio cumpre as seguintes atribuies: I - supervisionar o servio de polcia interna da Assembleia; II - cuidar da preservao dos prdios da Assembleia; III - supervisionar os servios de cerimonial e transportes do Poder Legislativo. Seo III Ouvidoria-Corregedoria Art. 22. A Ouvidoria-Corregedoria rgo da Mesa Diretora destinado a zelar pela qualidade do desempenho institucional da Assembleia e de seus rgos e do comportamento de seus membros no exerccio do mandato parlamentar, cabendo ao Ouvidor-Corregedor cumprir as seguintes atribuies: I - receber, examinar, deliberar e encaminhar aos rgos competentes as reclamaes ou representaes de pessoas fsicas ou jurdicas sobre: a) violao ou qualquer forma de discriminao atentatria dos direitos e garantias fundamentais tipificados no art. 5, da Constituio Federal; b) ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pblica; c) qualidade dos servios legislativos e administrativos prestados pela Assembleia; d) assuntos processados pelo sistema de atendimento ao cidado. II - funcionar como Corregedor do Poder Legislativo, zelando pelo cumprimento das normas legais e da ordem no mbito da Assembleia; III - propor medidas para sanar as violaes, as ilegalidades e os abusos de poder, devidamente constatados e regularizar os servios legislativos e administrativos prestados pela Assembleia; IV - propor a abertura de sindicncia, inqurito administrativo ou policial, destinado a apurar irregularidades; V - solicitar e prestar informaes a rgos estatais e privados e a cidados acerca de reclamaes ou representaes processadas; VI - realizar audincias pblicas sobre objeto de reclamao ou representao; VII - solicitar informao, cpia de documento a qualquer rgo ou servidor e ter vista de processo no mbito da Assembleia Legislativa; Pargrafo nico. A Ouvidoria-Corregedoria tem sua atuao vinculada s normas firmadas neste Regimento e no Cdigo de tica Parlamentar. Captulo III Comisses Seo I Disposies Gerais Art. 23. A Comisso da Assembleia Legislativa : I - Permanente; II - Temporria, designada com prazo determinado para funcionar, extinguindo-se pelo cumprimento de sua finalidade ou pelo decurso de prazo. Art. 24. A Comisso constituda por cinco membros, com mandato de dois anos, admitida a reconduo dentro da legislatura por acordo de lideranas, sendo assegurada a representao proporcional das Bancadas ou dos Blocos Parlamentares, por meio dos seguintes procedimentos: I - a representao da Bancada ou Bloco nas Comisses estabelecida pela diviso do nmero de Deputados, pelo nmero de membros de cada Comisso; II - o nmero de Deputados da Bancada ou do Bloco Partidrio dividido pelo resultado

da operao anterior, obtendo-se o quociente partidrio, que representa o nmero de lugares a ser indicado pela liderana da Bancada ou Bloco, em cada Comisso; III - as sobras que se verificarem no quociente partidrio, so levadas em conta, da maior para a menor, a favor dos Partidos; IV - esgotado o aproveitamento das sobras, e, restando Partido ou Deputado sem legenda, observa-se: a) a Mesa cientifica o Partido ou o Deputado, para declarar opo pela Comisso vaga, no prazo de cinco dias; b) na hiptese de coincidncia, tem preferncia Partido de maior quociente partidrio e, a seguir, o Deputado mais idoso. V - facultado acordo entre Partidos que no conseguirem integrar Comisso, a fim de possibilitar um representante comum; VI - o Deputado que mudar de partido perde sua vaga, ocorrendo a substituio de imediato, se a mudana prejudicar a representao proporcional entre as Bancadas da Maioria e da Minoria; VII - as ausncias ou impedimentos dos membros das Comisses so supridas por suplentes indicados pela Presidncia da Comisso dentre os Deputados da mesma agremiao partidria ou bancada. 1 O Presidente da Assembleia designa os titulares das Comisses, por indicao dos lderes partidrios, ou na falta desta, de ofcio, publicando o ato no Dirio Oficial. 2 Na hiptese de vaga na Comisso processada a substituio, por indicao do Lder do Partido ou da Bancada a que pertena o Deputado a ser substitudo, respeitada a representao proporcional e o disposto no 1 deste artigo. 3 Nenhum Deputado poder ser titular em mais de cinco Comisses Permanentes. Art. 25. A Comisso delibera por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, admitindo-se a participao nas reunies, sem direito a voto, do autor da proposio, de entidades e pessoa de notrio saber, devidamente credenciados ou convidados, podendo a contribuio ser efetivada por escrito. Art. 26. A competncia das Comisses abrange de forma ampla assuntos correlatos s reas temticas listadas no art. 27 deste Regimento, compreendendo os seguintes procedimentos incidentes sobre as respectivas atribuies: I - apresentao de emendas, subemendas, substitutivos e proposies; II - emisso de parecer, discutir e votar proposies; III - fiscalizao e investigao para apurar aspectos correlatos elaborao, execuo e avaliao de polticas pblicas, programas, projetos e atividades estatais, e qualquer fato de relevncia pblica que possa representar ameaa ou ofensa a direito individual ou coletivo; IV - realizao de audincia pblica para subsidiar o processo legislativo, podendo celebrar ajustes, acordos e contar com a colaborao de outras entidades estatais e privadas; V - convocao ou solicitao de informaes de Secretrio de Estado, dirigente de entidade da administrao indireta, outras autoridades estaduais para prestar informaes sobre assunto previamente determinado, sob pena de responsabilidade, no caso de descumprimento; VI - convite ou solicitao de informaes a dirigente de organizaes no estatais e a cidados, nos termos da lei e solicitar audincia ou colaborao de rgos ou entidades da administrao pblica direta e indireta ou da sociedade civil, para elucidao de matria sujeita a seu pronunciamento, no implicando a diligncia dilao dos prazos;

VII - recebimento, exame e emisso de parecer sobre petio, reclamao ou representao de pessoa fsica ou jurdica contra ato ou omisso de autoridade, entidade pblica, organizao no estatal ou membro do Parlamento; VIII - realizao de inspees, diligncias, levantamentos de dados, estudos, promover a celebrao de termos e avenas sobre procedimentos a serem adotados por Poderes e organizaes estatais e entidades da sociedade civil em matria de relevante interesse pblico; IX - estudos sobre assunto compreendido no respectivo campo temtico ou rea de atividade, podendo promover, em seu mbito, conferncias, exposies, palestras ou seminrios; X - acompanhamento e fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial de todos os Poderes e entes estatais, podendo determinar a realizao, com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado, de diligncias, percias, inspees e auditorias; XI - controle dos atos administrativos dos Poderes Executivo e Judicirio, da administrao direta e indireta, do Ministrio Pblico e do Tribunal de Contas; XII - sustao dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa, elaborando o respectivo decreto legislativo; XIII - promoo de outras iniciativas correlatas ao cumprimento de suas prerrogativas e competncias. 1 A fiscalizao e o controle so realizados por Comisso afeta ao objeto aferido, atendendo aos seguintes procedimentos: I - a proposta devidamente fundamentada apresentada Comisso por membro ou Deputado, especificando o ato a ser apurado; II - o Presidente da Comisso nomeia relator para apresentar parecer prvio sobre a oportunidade e convenincia da medida e o alcance jurdico, administrativo, poltico, econmico, social ou oramentrio do objeto da fiscalizao; III - verificada a procedncia da proposta, o relator deve definir juntar ao parecer o plano de execuo e a estimativa do respectivo custo; IV - aprovado pela Comisso o relatrio prvio, o relator fica encarregado de sua implementao; V - o relatrio final da fiscalizao e controle deve ser devidamente fundamentado e apresentado dentro de trinta dias, abrangendo a anlise do ato quanto legalidade, legitimidade, aspectos polticos, administrativos, sociais e econmicos, eficincia, eficcia e efetividade. 2 As convocaes, a prestao de informaes, o atendimento a requisies de documentos pblicos e a realizao de diligncias e percias so atendidas em prazo no inferior a dez dias, salvo disposio legal em contrrio. 3 O descumprimento do disposto no pargrafo anterior enseja a apurao da responsabilidade do infrator, na forma da lei. Seo II Comisses Permanentes Art. 27. As Comisses Tcnicas Permanentes exercem os procedimentos firmados no art. 26 deste Regimento, nos limites estabelecidos na Constituio Estadual, com as seguintes denominaes e abrangncias temticas: I - Comisso de Constituio, Justia e Redao: a) aspecto constitucional, legal, jurdico, regimental e de tcnica legislativa de

proposies sujeitas apreciao da Assembleia e de matrias que lhe sejam encaminhadas; b) direitos e garantias fundamentais, a organizao do Estado e de seus Poderes e as funes essenciais da justia; c) criao, incorporao, fuso, subdiviso, desmembramento e interveno estadual em Municpio; d) redao final de proposies aprovadas pelo Plenrio; II - Comisso de Finanas Pblicas: a) matrias financeiras, tributrias, oramentrias, emprstimos pblicos, dvida interna e externa; b) anlise de compatibilidade e adequao de proposio com o plano plurianual, a lei de diretrizes oramentrias e o oramento anual; c) tributao, arrecadao, fiscalizao e administrao fiscal; d) acompanhamento trimestral da execuo oramentria, analisando o perfil dos dispndios e a observncia dos percentuais legalmente estabelecidos para cada rea da gesto pblica; e) contas do Governador do Estado, dos Poderes e rgos da Administrao Pblica estadual direta e indireta e de todos aqueles que gerenciem bens ou recursos pblicos, notadamente quando houver indcio de ilicitude; f) defesa dos direitos do contribuinte; III - Comisso de Agricultura, Pecuria, Pesca, Abastecimento e Desenvolvimento do Campo: a) poltica e fomento da produo agrcola, da pecuria e da pesca; b) poltica agrria e questes fundirias, doao, concesso e utilizao de terras pblicas; c) agroindustrializao e o desenvolvimento dos empreendimentos agrcolas; d) promoo do desenvolvimento rural e do bem-estar social no campo; e) cooperativismo e sistema de abastecimento; IV - Comisso de Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Sustentvel: a) poltica florestal de preservao e controle do ambiente e da biodiversidade; b) responsabilidade por dano ao ambiente e ao patrimnio paisagstico; c) sistema estatstico, cartogrfico e demogrfico estadual; d) estudos e projetos para o desenvolvimento estadual; e) planos, programas, projetos e atividades correlatas ao desenvolvimento sustentvel do interior; f) promoo e apoio educao ambiental. V - Comisso de Cincia e Tecnologia: a) poltica estadual de cincia, pesquisa e tecnologia, e anlise das condies funcionais do sistema a ela inerente; b) cooperao tcnico-cientfica com organismos nacionais e internacionais; c) formao tcnica de nvel mdio vinculada cincia e tecnologia; d) cadeias interativas pluridisciplinares e multisetoriais de cincia e tecnologia; VI - Comisso de Defesa do Consumidor: a) direitos e garantias do consumidor; b) produo, transporte, armazenamento, distribuio, composio, qualidade, apresentao e publicidade de produtos, bens e servios destinados ao consumo; c) economia popular e represso ao abuso do poder econmico; d) fiscalizao do cumprimento das leis referentes ao Direito do Consumidor; VII - Comisso de Assuntos Indgenas, Direitos Humanos e Cidadania: a) polticas pblicas, programas, projetos, atividades e matrias sobre direitos humanos,

cidadania, assuntos indgenas ou referentes a outros grupos tnicos e minorias sociais; b) estmulo, apoio e desenvolvimento de estudos, debates, propostas e promoo de eventos, visando melhoria das condies de vida e ao combate a violaes de direitos dos segmentos por ela abrangidos; c) fiscalizao do cumprimento das leis que asseguram os direitos atinentes a seu campo de atuao, recebendo e processando representaes contra atos abusivos ou lesivos a tais direitos, visando apurao das responsabilidades. VIII - Comisso de Educao, Cultura, Desporto e Lazer: a) poltica educacional e anlise das condies de funcionalidade do sistema a ela inerente; b) poltica cultural, envolvendo a preservao e o desenvolvimento do patrimnio histrico material e imaterial; c) poltica de educao fsica e desportiva e anlise de programas, projetos e atividades dela decorrentes; d) diverso e entretenimento pblico; IX - Comisso de Gesto Pblica: a) organizao poltico-administrativa do Estado e matrias relativas ao servio pblico estadual, envolvendo a administrao direta e indireta; b) servidores pblicos civis e militares, contratados temporariamente ou prestadores de servio; c) obras e patrimnio pblicos; X - Comisso de Habitao, Defesa Civil e Assuntos Municipais: a) polticas pblicas, programas, projetos, atividades e matrias relativas habitao; b) defesa civil e proteo a pessoas expostas a situaes de risco, especialmente na ocorrncia de enchentes e vazantes; c) anlise das condies e da qualidade dos servios pblicos estaduais nos Municpios e do quadro dos repasses constitucionais e voluntrios a eles efetuados pelo Estado, visando reduo das desigualdades sociais e intra-regionais; d) desenvolvimento urbano, regio metropolitana, aglomeraes urbanas, microrregies, redes e consrcios de municpios; XI - Comisso de Indstria, Comrcio e Turismo: a) poltica industrial, incentivos e isenes fiscais, envolvendo todas as modalidades de empreendimento; b) Zona Franca de Manaus e desenvolvimento regional sustentvel; c) comrcio e assuntos referentes ao Mercosul; d) empreendedorismo, micro e pequena empresa; e) estudos, debates, pesquisas e promoo de eventos relativos ao turismo; f) investimentos e poltica de financiamento nas atividades industriais e comerciais; XII - Comisso da Mulher e das Famlias: a) polticas pblicas, programas, projetos, atividades e matrias relativos aos direitos e s condies de vida das mulheres, famlias, crianas, adolescentes, jovens e idosos; b) estmulo, apoio e desenvolvimento de estudos, debates, propostas e promoo de eventos para a defesa dos direitos dos segmentos sociais por ela abrangidos e o combate a violaes a tais direitos; c) fiscalizao do cumprimento das leis relativas a sua competncia, recebendo e processando representao contra ato abusivo ou lesivo a direito visando apurao das responsabilidades; XIII - Comisso de Recursos Hdricos, Minas e Energia: a) polticas, programas, projetos e atividades relacionados aos recursos hdricos, minerais energticos;

b) fontes alternativas de energia; c) fiscalizao da aplicao das leis referentes aos recursos hdricos, energticos e minerao; d) repercusso ambiental de matria abrangida em sua competncia; XIV - Comisso de Segurana Pblica: a) poltica e condies de funcionalidade do sistema estadual de segurana pblica; b) promoo da integrao social, com vistas preveno da violncia e da criminalidade; c) organizao das Polcias Militar e Civil; XV - Comisso de Sade, Previdncia, Assistncia Social e Trabalho: a) poltica pblica, programas, projetos e atividades relativos sade, previdncia, assistncia social e trabalho; b) sistema estadual de sade; c) assistncia social, envolvendo a proteo maternidade, criana, ao adolescente, ao idoso e ao portador de deficincia fsica; d) previdncia social; e) relaes e condies de trabalho; f) fiscalizar o cumprimento da legislao referente a sua competncia; XVI - Comisso de Transporte, Trnsito e Mobilidade: a) poltica pblica, programas, projetos e atividades relativos ao transporte, trnsito e mobilidade; b) sistema estadual de transporte, envolvendo todos os meios e as condies de acesso aos usurios; c) ordenao, explorao, concesso e funcionamento dos terminais e vias de transporte; d) fiscalizao e educao para a segurana no transporte e trnsito; e) acessibilidade para portadores de necessidades especiais. 1 A abrangncia contida nos incisos deste artigo no impede o exerccio dos procedimentos listados no art. 26, face existncia de matria correlata temtica de cada comisso. 2 As Comisses podem funcionar como centro de atendimento a seus pblicos referenciais, objetivando mediar, conciliar e resolver conflitos referentes a seus interesses, devendo a Mesa Diretora promover o suporte necessrio ao cumprimento de tal funo. Art. 28. Proposio que vise promover qualquer alterao relativa s comisses tcnicas permanentes da Assembleia submete-se ao cumprimento cumulativo das seguintes regras: I - somente admitida pelo voto favorvel de dois teros da Mesa Diretora ou da comisso especial designada para apreciar a matria, quando a proposta for oriunda da Mesa; e, II - pelo voto favorvel de dois teros do Plenrio, em dois turnos de discusso e votao, com interstcio de dez dias. Art. 29. As Comisses prestaro contas dos trabalhos realizados, consoante a edio de relatrios trimestrais a serem encaminhados Mesa Diretora, para evidenciar o cumprimento do disposto nos arts. 26 e 27 deste Regimento, devendo ser dada publicidade matria. Art. 30. As Comisses contam com assessoramento tcnico-legislativo em suas reas de competncia, podendo realizar contrato ou convnio com entidades pblicas ou particulares e com pessoas de notrio saber para o atendimento de suas atribuies. Subseo I

Presidncia das Comisses Permanentes Art. 31. As Comisses Permanentes so instaladas nos cinco dias imediatos designao de seus membros, sob a Presidncia do Deputado mais idoso, at que ocorra a eleio de seus dirigentes. Pargrafo nico. Na ausncia do Presidente e Vice-Presidente, aplica-se a regra contida no caput deste artigo. Art. 32. O Presidente de Comisso exerce, no que couber, atribuies assemelhadas as do Presidente da Assembleia, nos termos deste Regimento, e ainda: I - submeter Comisso as normas complementares de seu funcionamento, fixando dia e hora das reunies ordinrias; II - designar Relator ou assumir a relatoria e assinar os pareceres com os demais membros; III - resolver questo de ordem; IV - solicitar ao Lder de Bancada ou de Bloco Parlamentar a indicao de substituto na Comisso; V - remeter Mesa listas de presena, de matrias apreciadas ou no decididas; enviar relatrio global de suas atividades ao fim de cada sesso legislativa; VI - votar nas deliberaes, decidindo pelo voto de qualidade, em caso de empate; VII - analisar e deliberar acerca de pedidos de informao sobre matria em tramitao na Comisso; VIII - fornecer ao Secretrio Geral informaes sobre a tramitao de proposies; IX - designar suplente da Comisso; X - exercer outras atribuies contidas neste Regimento. Subseo II Secretaria e Atas Art. 33. A Secretaria das Comisses cumpre as seguintes atribuies: I - redigir as atas das reunies; II - protocolar a entrada e sada de processo, e, aps sua distribuio, entreg-lo ao respectivo Relator, dentro de vinte e quatro horas; III - fornecer ao Presidente da Comisso sinopse atualizada do andamento dos processos e de seus prazos e relatrio mensal de atividades; IV - prestar informao devidamente autorizada pelo Presidente sobre o contedo e a tramitao de matria nas Comisses; V - desempenhar outros encargos determinados em regulamento ou pelo Presidente. Art. 34. A ata das reunies tem a mesma conformao das atas das reunies plenrias, devendo ser lida, discutida e aprovada, assinada pelo Presidente e rubricada em todas as folhas, passando a integrar o processo. Pargrafo nico. O Presidente da Comisso poder determinar a lavratura de ata resumida para fins de publicao. Subseo III Recebimento, Notificao, Distribuio das Proposies e Emendas Art. 35. O Presidente da Comisso, aps o recebimento da proposio, notifica os membros, efetua a distribuio ao Relator, observadas as seguintes condies: I - a propositura contendo matrias diversas pode ser devolvida a Mesa Diretora para fins de desmembramento em projetos distintos, renumerao e distribuio;

II - a proposio pode ser dividida em partes, distribudas a Relatores Parciais, devendo ser enviado Mesa somente o parecer conclusivo do Relator-Geral; III - proposies em regime de urgncia so distribudas imediatamente a seus relatores; IV - vencido o prazo do relator, o Presidente da Comisso adota os procedimentos contidos no art. 38 deste Regimento. Pargrafo nico. As proposies podem ser emendadas durante a tramitao nas comisses, nos termos deste Regimento. Subseo IV Parecer Art. 36. Parecer o opinativo escrito por um relator e submetido deliberao de Comisso, devendo concluir pela aprovao ou rejeio de matria a ela sujeita. 1 O parecer da comisso serve de indicativo deciso do Plenrio acerca da proposio principal, ressalvadas as hipteses contidas no 1 do art. 98 e 4 do art. 127 deste Regimento. 2 A proposio resultante de parecer se sujeita s regras de votao atinentes a sua natureza. 3 O Parecer pode ser oral quando se referir a requerimento ou emenda redao final, visando evitar a perda de prazo, caso em que se obriga o relator a deduzi-lo a forma escrita no prazo de quarenta e oito horas a contar da sua aprovao. 4 O parecer indispensvel instruo dos processos, aplicando-se, em carter extraordinrio, a nomeao de Relator pelo Presidente da Assembleia, nos termos deste Regimento. Art. 37. O parecer composto de relatrio, fundamentao e concluso na forma de voto, sujeito aos seguintes procedimentos e regras: I - elaborado nos seguintes prazos: a) uma reunio, na tramitao em regime de urgncia; b) trs reunies, na tramitao em regime de prioridade; c) cinco reunies, na tramitao ordinria; II - encaminhado ao Presidente da Comisso, disponibilizado aos Deputados e includo na Ordem do Dia da reunio subsequente ao seu recebimento; III - lido o parecer, ou dispensada a sua leitura, submetido discusso e votao nos termos regimentais; IV - o parecer aprovado despachado pelo Presidente da Comisso a fim de dar cumprimento ao trmite regimental. 1 Os prazos citados nos incisos deste artigo referem-se a reunies ordinrias do Plenrio e so contados em dobro nas seguintes hipteses: I - quando houver emenda proposio; II - projeto de leis complementares; III - a requerimento do Relator, na ocorrncia de caso fortuito ou de fora maior. 2 As proposies juntadas para efeito de tramitao recebem parecer especfico de cada Comisso, salvo a hiptese de parecer conjunto. Art. 38. Esgotado o prazo para a elaborao do parecer, o Presidente da Comisso avoca a proposio ou designa um novo Relator, observando as seguintes regras: I - se o Relator retiver a proposio, o Presidente solicita por escrito a imediata devoluo, comunicando o fato ao Presidente da Assembleia, que pode determinar a formao de autos suplementares; II - o prazo do parecer do novo relator de vinte e quatro horas a contar da avocao ou da nova designao;

III - esgotado o prazo da Comisso, o Presidente da Assembleia designa de imediato novo relator para apresentar o parecer na reunio seguinte designao, sendo a proposio includa na Ordem do Dia logo aps o recebimento do opinativo. Pargrafo nico. O descumprimento do prazo pelo relator enseja a apurao de sua responsabilidade, nos termos do Cdigo de tica Parlamentar. Subseo V Disposies Gerais das Reunies Art. 39. As reunies das Comisses ocorrem preferencialmente s segundas e sextasfeiras, em carter ordinrio ou extraordinrio, obedecendo as seguintes condies: I - tm carter pblico ou reservado; II - duram o tempo necessrio ao cumprimento de seus fins; III - decises tomadas por maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros; IV - as comisses temporrias renem-se em dia e hora definidos pela respectiva Presidncia, mediante prvia convocao de seus membros; V - so reservadas as reunies em que haja necessidade da presena exclusiva de funcionrios em servio e de convidados; VI - ocorrendo concomitncia entre reunio da Comisso e do Plenrio, a frequncia do Deputado computada para todos os efeitos regimentais, comprovada sua presena em qualquer um dos eventos. Pargrafo nico. O membro da Comisso pode suscitar questo de ordem ao respectivo Presidente, observadas as normas do art. 84 deste Regimento. Art. 40. As Comisses renem-se conjuntamente, dirigidas pelo Presidente da Assembleia ou na sua ausncia pelo Presidente de Comisso mais idoso, nos seguintes casos: I - convocadas pelo Presidente da Assembleia para apreciao de matria em regime de urgncia ou de prioridade; II - em cumprimento a deciso de dois ou mais Presidentes de Comisses ou por deliberao da maioria dos membros das respectivas Comisses, visando apreciar matrias de competncia comum ou correlata; III - a requerimento de um tero dos Deputados. 1 exigido de cada Comisso o quorum regimental para a presena e a votao. 2 O voto do Deputado ser computado tantas vezes quantas forem as vagas por ele ocupadas nas Comisses presentes reunio; 3 A escolha e a designao do relator atendem as regras gerais estabelecidas para o funcionamento das Comisses Permanentes. Subseo VI Fases das Reunies das Comisses Art. 41. Os trabalhos nas Comisses obedecem as seguintes fases: I - EXPEDIENTE, destinado leitura e aprovao da ata, leitura da correspondncia e distribuio de proposies; II - ORDEM DO DIA, reservada a discusso e votao de parecer ou de proposio de sua iniciativa. Pargrafo nico. A ordem dos trabalhos pode ser alterada por proposta do respectivo Presidente ou a requerimento de qualquer membro da comisso, aprovado pela maioria simples dos presentes.

Subseo VII Discusso e Votao Art. 42. A discusso destina-se ao debate das proposies e dos respectivos pareceres, aplicando-se, no que couber, as normas inerentes discusso em Plenrio, devendo respeitar ainda ao seguinte ordenamento: I - durante a discusso, o membro de Comisso pode propor a aprovao ou rejeio, total ou parcial, do parecer, apresentar substitutivo, emenda ou subemenda, ou requerer a diviso da matria em proposies autnomas; II - o relator, o membro de Comisso ou o autor de proposio pode usar da palavra por quinze minutos para discutir a matria, sendo facultado somente ao relator falar duas vezes, por tempo global no excedente a trinta minutos; III - na discusso ainda podem falar pelo prazo de cinco minutos, at quatro Deputados no membros da Comisso, sendo dois a favor e dois contra, observada a ordem de inscrio; IV - pedido de vista de proposio em discusso na Comisso concedido no prazo nico e comum de uma reunio a pedido de membro do colegiado, no sendo admitida vista na tramitao em regime de urgncia. Pargrafo nico. O Deputado notificado com antecedncia mnima de dois dias sobre a colocao na pauta de proposio de sua autoria, salvo se adotado o regime de urgncia. Art. 43. Encerrada a discusso da matria processada a votao, aplicando-se, no que couber, as regras inerentes votao em Plenrio, devendo respeitar ainda ao seguinte ordenamento: I - a Comisso delibera por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, cabendo a seu Presidente o desempate, mediante voto de qualidade; II - para efeito de contagem, os votos relativos ao parecer so: a) favorveis: 1 - sem restrio: os que acolhem plenamente o parecer; 2 - com restrio: os que acolhem o parecer, com alguma divergncia; 3 - em separado: os que acolhem o parecer rejeitado pela Comisso. b) contrrios: os que divergem do parecer; III - considerado vencido o voto contido em parecer rejeitado e o que com ele seja concordante ou o divergente em relao ao parecer adotado; IV - aprovada alterao do parecer com a qual concorde o relator, concedido prazo de vinte e quatro horas para nova redao, salvo regime de urgncia, quando suspensa a reunio pelo tempo necessrio elaborao do novo opinativo; V - rejeitado o parecer, designado novo relator dentre os que se opuseram ao posicionamento; VI - o parecer aprovado assinado por seus membros com a identificao do contedo de cada voto; VII - o parecer pode ser aprovado com restrio, registrando-se o teor da divergncia. Art. 44. O voto secreto nas seguintes hipteses: I - denncia e julgamento de Deputado, do Governador do Estado, do Vice-Governador, dos Secretrios e demais agentes polticos; II - destituio do Procurador-Geral de Justia, Defensor Pblico Geral e outras autoridades assemelhadas; III - pedido para sustao de processo-crime contra Deputado ou deliberao sobre a decretao de sua priso em flagrante, por crime inafianvel; IV - outros casos previstos em lei ou neste Regimento.

Art. 45. A Comisso pode determinar o arquivamento de documento enviado a sua apreciao, exceto proposio ou parte dela, registrando o respectivo despacho em ata. Art. 46. A discusso e a votao de matrias nas Comisses no podem exceder o prazo de quarenta e oito horas. Subseo VIII Encaminhamentos Mesa Diretora Art. 47. A matria com instruo e votao concludas encaminhada Mesa Diretora para ser apreciada pelo Plenrio, salvo excees contidas neste Regimento. Art. 48. O Presidente da Comisso pode solicitar ao Presidente da Assembleia as seguintes providncias quanto aos trabalhos do Colegiado: I - registro da ntegra dos debates e sua publicao, em forma resumida; II - irradiao ou gravao dos trabalhos, observadas as diretrizes fixadas pela Mesa. Art. 49. Ao encerrar a sesso legislativa, os processos pendentes nas Comisses so listados nos respectivos relatrios encaminhados ao Secretrio Geral. Pargrafo nico. Os relatrios citados no caput deste artigo so acompanhados dos processos pendentes para fins de arquivamento ao final da legislatura. Seo III Comisses Temporrias Art. 50. As Comisses Temporrias so: I - especiais; II - de inqurito; III - de representao externa; IV - representativa. Pargrafo nico. As Comisses Temporrias obedecem as regras das Comisses Permanentes, salvo deliberao do Plenrio quanto ao nmero de integrantes, funcionando de forma interativa e complementar em relao s Comisses Tcnicas. Subseo I Comisses Especiais Art. 51. As Comisses Especiais so constitudas para fim determinado, por proposta da Mesa Diretora ou a requerimento subscrito por um tero dos Deputados, sujeito deliberao do Plenrio, destinadas a: I - emitir parecer sobre: a) proposta de Emenda Constituio; b) veto a projeto de lei; c) leis delegadas; d) escolha de Conselheiros do Tribunal de Contas e indicaes sujeitas aprovao da Assembleia; e) pedido de instaurao de processo, por crime de responsabilidade do Governador, do Vice-Governador e demais agentes polticos; f) proposio de iniciativa da Mesa Diretora, objetivando alterar o Regimento Interno; II - proceder estudo referente matria de relevante interesse pblico; III - funcionar como Comisso de Legislao Participativa para apreciar proposta de projeto encaminhada por entidade da sociedade civil ou cidado. 1 A proposta ou requerimento conter o fato determinado, a finalidade, a justificao

e o prazo de funcionamento no superior a sessenta dias, prorrogvel por igual perodo. 2 A Comisso encaminha relatrio circunstanciado ao Plenrio, no prazo de dez dias, a contar do encerramento de seus trabalhos, podendo concluir pela apresentao de proposio. Subseo II Comisses Parlamentares de Inqurito Art. 52. A Comisso Parlamentar de Inqurito constituda mediante requerimento de um tero dos Deputados, para apurar fato determinado, em prazo certo, devendo apontar a estimativa de despesas destinadas ao seu funcionamento. 1 Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pblica e para a ordem jurdica, econmica e social do Estado, devidamente especificado, que demande investigao e fiscalizao. 2 A Comisso tem o prazo de cento e vinte dias, prorrogvel por sessenta, por deliberao do Plenrio, para a concluso de seus trabalhos, no correndo este prazo durante o recesso. Art. 53. A Comisso tem poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos em lei e neste Regimento, facultado o exerccio das seguintes providncias: I - determinar diligncias, convocar Secretrio de Estado ou outra autoridade, tomar depoimento, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, sob compromisso, requisitar informaes, documentos e servios de qualquer natureza, transportar-se para onde se fizer necessrio e requerer do Tribunal de Contas do Estado a realizao de inspees e auditorias; II - deslocar-se para tomar depoimentos, comprovada a impossibilidade de atendimento da intimao por parte do indiciado ou testemunha; III - requerer a intimao ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre o indiciado ou testemunha, no sendo comprovada a hiptese do item anterior; IV - efetuar buscas e apreenses, mediante despacho fundamentado; V - decretar a quebra do sigilo bancrio, fiscal e de registros telefnicos de indiciados e testemunhas envolvidas no processo de apurao, mediante deciso fundamentada; VI - peticionar ao Poder Judicirio a quebra do sigilo das comunicaes telefnicas de indiciado ou testemunha e outras providncias que sejam da estrita competncia dos rgos jurisdicionais. 1 A comisso pode funcionar somente com a presena do Presidente e do relator para fins de tomar depoimento de testemunhas ou indiciados. 2 A intimao, a inquirio de indiciados e testemunhas e os demais atos processuais submetem-se as normas firmadas na lei processual penal, podendo a intimao ser executada por servidor da Assembleia ou por oficial de justia para tal legitimados. 3 admitida a presena de advogado legalmente qualificado nas audincias, visando orientao de seu constituinte, indiciado ou testemunha. 4 Indiciados e testemunhas so obrigados a prestar depoimento, ressalvadas as excees previstas em lei. 5 Desatendida a intimao sem justo motivo, o Presidente requisita fora policial a fim de fazer valer as prerrogativas da comisso. 6 Indiciado ou testemunha tem o direito a manter-se em silncio, comprovada a hiptese do dever de guardar sigilo profissional ou de risco de auto-incriminao. 7 Inexistentes as hipteses do 6 deste artigo, o Presidente pode dar voz de priso a quem se negue a depor.

Art. 54. A Comisso apresenta relatrio circunstanciado ao Presidente da Assembleia, devendo o texto ser publicado de forma resumida no Dirio Oficial e encaminhado, consoante as respectivas competncias: I - Mesa ou ao Plenrio da Assembleia, notadamente quando na concluso constar proposio legislativa ou indicao a chefe de Poder ou de ente pblico estatal; II - ao Ministrio Pblico para que promova a apurao da responsabilidade dos infratores; III - ao Poder Executivo para propor ao judicial ou adotar as medidas de carter disciplinar e administrativo, assinalando prazo hbil para seu cumprimento; IV - Comisso permanente que tenha maior pertinncia em relao matria, objetivando fiscalizar o atendimento da promoo citada nos incisos anteriores; V - Comisso de Finanas Pblicas e ao Tribunal de Contas do Estado, para as providncias correlatas ao disposto nos artigos 40 e 41 da Constituio do Estado; VI - a rgo ou autoridade a que esteja afeto o conhecimento da matria. Art. 55. No se admite Comisso Parlamentar de Inqurito sobre as seguintes matrias: I - contedo de decises dos Poderes Executivo e Judicirio, do Ministrio Pblico e do Tribunal de Contas decorrentes do exerccio de suas competncias exclusivas; II - competncia exclusiva dos Municpios, exceto quanto ao uso de recursos repassados voluntariamente pelo Estado e vinculados a fins especficos; III - competncia exclusiva da Unio. Subseo III Comisso de Representao Externa e Comisso Representativa Art. 56. A Comisso de Representao Externa participa, em nome do Poder Legislativo, de atos e solenidades oficiais ou de interesse pblico, sendo constituda e designada nos termos previstos para as Comisses Temporrias, preferencialmente sem nus. Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo no impede a designao de somente um Deputado para representar o Parlamento. Art. 57. Durante o recesso, o Plenrio substitudo por uma Comisso Representativa, nos ternos do 4 do art. 30 da Constituio Estadual, com a seguinte competncia: I - elaborar projeto; II - conhecer de pedido de sustao de processo-crime contra Deputado e decidir sobre sua priso; III - autorizar a ausncia do Governador, do Vice-Governador do Estado e dos Deputados, nos termos constitucionais e regimentais; IV - cumprir outras atribuies delegadas pelo Plenrio. Pargrafo nico. A convocao extraordinria da Assembleia interrompe as atividades da Comisso Representativa. Seo IV Audincias Pblicas Art. 58. As Comisses podem realizar audincias pblicas as segundas e sextas-feiras ou no expediente vespertino nos dias das reunies ordinrias, dentro ou fora da sede da Assembleia, para subsidiar o processo legislativo, atendendo a proposta de entidade interessada ou a requerimento de Deputado, devidamente aprovado pelo Colegiado. 1 A proposta ou o requerimento indica a matria a ser examinada e as pessoas a

serem ouvidas. 2 A Comisso fixa o dia, local e hora da audincia, o nmero de representantes por entidade, verifica se estes atendem aos requisitos de participao, cabendo ao Presidente dar cincia da deciso aos interessados. 3 Pessoas de notrio saber e representantes de entidades da sociedade civil podem ser convidados para participar das audincias, atendendo solicitao do Presidente, de ofcio, ou requerimento de qualquer dos membros da Comisso, aprovado pelo respectivo colegiado. Art. 59. A ordem dos trabalhos atende, no que couber, s normas das reunies, nos termos deste Regimento, e, ainda: I - o Presidente da Comisso concede a palavra, obedecendo as seguintes condies: a) o expositor dispe de quinze minutos, prorrogveis por igual perodo por deciso da Presidncia; b) o convidado pode falar pelo tempo deferido pela Presidncia; c) no cabe apartes durante a exposio. II - o Deputado inscrito pode interpelar o expositor sobre a matria pelo prazo de cinco minutos, tendo o interpelado igual prazo para a resposta; III - so facultadas a rplica e a trplica, por tempo igual ao previsto no item II deste artigo; IV - o tempo destinado para a exposio de convidado definido pelo Presidente da Comisso. Art. 60. As audincias pblicas podem resultar na confeco de carta de inteno, contendo as providncias a serem adotadas pelos representantes das organizaes presentes. 1 A carta de inteno elaborada pela assessoria da Comisso, no prazo mximo de dez dias, assinada pelas partes envolvidas e distribuda aos interessados. 2 A Comisso efetua o controle da execuo das providncias acordadas, devendo os representantes de Poderes e organizaes estatais e entidades da sociedade civil envolvidas prestar informaes sobre tais iniciativas, nos prazos previamente fixados. 3 Descumpridos os termos da carta de inteno, a Comisso representa contra o compromitente signatrio a rgo legitimado nos termos da lei para as providncias cabveis. TTULO III Legislatura, Sesses Legislativas e Reunies Plenrias Captulo I Legislatura e Sesses Legislativas Art. 61. Os trabalhos da Assembleia Legislativa ocorrem por meio de legislaturas, cada uma compreendendo o perodo de durao do mandato dos Deputados, divididas em dois intervalos iguais de duas sesses legislativas. Art. 62. A sesso legislativa ocorre dentro de cada ano civil, dividida em dois perodos iguais, salvo a ocorrncia de impedimento a seu encerramento, nos termos da lei. 1 A sesso legislativa pode ser: I - ordinria, que, independentemente de convocao, se realiza de 1 de fevereiro a 16 de julho e de 1 de agosto a 31 de dezembro, de cada ano; II - extraordinria, a que se realiza em perodo diverso dos fixados no inciso anterior. 2 As reunies que do incio e fim a cada perodo da sesso legislativa, nos termos do

inciso I do 1 deste artigo, sero transferidas para o primeiro dia til subsequente, quando recarem em dia em que o Plenrio no funcione regularmente, salvo disposio legal em contrrio. 3 A sesso legislativa ordinria no ser interrompida pelo recesso sem a aprovao do Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias, nem encerrada sem a aprovao do Projeto de Lei do Oramento Anual e o exame das contas do Governador, relativas ao exerccio anterior. 4 A sesso legislativa extraordinria da Assembleia obedecer s seguintes condies: I - a convocao efetivada: a) pelo Governador do Estado, em caso de urgncia ou de interesse pblico relevante, na forma do art. 29, 5, II, da Constituio do Estado; b) pelo Presidente, de ofcio, quando decretada interveno em Municpio, para o compromisso e posse do Governador e do Vice-Governador do Estado ou para atender a situao grave; e, c) pelo Presidente, atendendo a requerimento da maioria absoluta dos Deputados, em caso de urgncia ou de interesse pblico relevante. II - instalada aps prvia publicao do respectivo edital de convocao no Dirio Oficial e, no ultrapassar o prazo estabelecido para o seu funcionamento. Captulo II Reunies Plenrias Seo I Disposies Gerais Art. 63. A reunio plenria atende s seguintes disposies gerais: I - aberta pelo Presidente ou membro da Mesa, com a frequncia mnima de um quinto dos Deputados; II - o Presidente e o Secretrio Geral so substitudos pelos respectivos sucessores imediatos na hierarquia da Mesa ou, na ausncia destes, por Deputado indicado pelo Presidente que estiver em exerccio; III - a deciso do Plenrio por maioria simples, presente a maioria absoluta, salvo exigncia de quorum qualificado, nos termos da lei; IV - quorum a quantidade mnima de Deputados presentes ou de votos, exigidos em lei, admitindo-se as seguintes hipteses, dentre outras: a) maioria absoluta - mais da metade da totalidade dos Deputados; b) maioria simples - maioria obtida dentre a maioria absoluta; c) dois teros dos Deputados; d) trs quintos dos Deputados. Art. 64. Ocorrendo fato impeditivo realizao ou ao transcurso normal da reunio, o Presidente deve: I - declarar a no realizao da reunio por motivo de fora maior ou falta de quorum, atendida a regra do art. 68, III deste Regimento; II - suspender a reunio: a) para preservar a ordem; b) por falta de quorum para votao de proposio; c) para ser recepcionado visitante ilustre; d) em homenagem memria de ex-Deputados ou de agente poltico; e) atendendo a requerimento de um tero dos Deputados, aprovado pelo Plenrio;

III - encerrar a reunio: a) por tumulto grave; b) em homenagem memria de ex-Deputados ou de agente poltico; c) por falta de matria a discutir, orador inscrito ou quorum para deliberar; d) quando presente menos de um quinto dos Deputados; e) a requerimento de um tero dos Deputados, aprovado pelo Plenrio. Art. 65. A reunio da Assembleia : I - preparatria: ocorre no incio de cada legislatura, visando dar posse aos Deputados e eleio da Mesa Diretora, nos termos do art. 4 ao 9 deste Regimento; II - ordinria: realizada nos dias teis, de tera a quinta-feira, no prazo de durao firmado neste Regimento; III - extraordinria: efetuada em horrio ou dia diverso daqueles fixados para reunio ordinria; IV - especial: destinada conferncia, homenagem, exposio de assunto de interesse pblico e ouvir Secretrios de Estado e outros agentes polticos, mediante requerimento aprovado pelo Plenrio; V - solene: reservada instalao de sesso legislativa e posse do Governador e do Vice-Governador do Estado; VI - audincia pblica: preferencialmente s segundas e sextas-feiras, sob a coordenao do proponente na forma prevista neste Regimento. 1 A reunio pblica, respeitados os limites inerentes ordem dos trabalhos. 2 A reunio especial, solene ou audincia pblica obedecem a regras prprias contidas neste Regimento e aos procedimentos das reunies ordinrias, em carter suplementar; 3 Reunies especiais destinadas a prestar homenagem somente podem ocorrer em horrio diverso das reunies ordinrias, podendo cada Deputado apresentar at dois requerimentos semestrais. 4 A reunio solene convocada de ofcio pelo Presidente.

Seo II Reunio Ordinria Subseo I Convocao, Durao e Fases Art. 66. A reunio ordinria da Assembleia Legislativa se realiza de tera a quinta-feira, dentro da sesso legislativa ordinria, convocadas pelo Presidente, com incio previsto para as nove horas e durao de trs horas e trinta minutos. 1 A reunio automaticamente prorrogada para a concluso de votao. 2 A reunio pode ser prorrogada por deliberao do Plenrio, atendendo a iniciativa do Presidente ou de Deputado, efetuada a qualquer tempo, obedecidas as seguintes condies: I - o prazo de prorrogao ser previamente firmado, no podendo ser reduzido sem o cumprimento do objeto que a motivou; II - votao pelo processo simblico, podendo ser interrompido o ato que estiver sendo praticado, salvo impedimento regimental; III - tratar exclusivamente dos assuntos que a motivaram. Art. 67. As reunies dividem-se em trs partes: I - Pequeno Expediente;

II - Grande Expediente; III - Ordem do Dia. 1 Esgotada a matria ou findo o prazo de durao de uma parte da reunio, segue-se a parte subsequente. 2 Cumprida a Ordem do Dia e havendo tempo disponvel, pode o Deputado discursar em explicaes pessoais, por at dez minutos, visando defender-se ou esclarecer seus posicionamentos. Subseo II Abertura e Pequeno Expediente Art. 68. A reunio aberta atendendo aos seguintes procedimentos: I - verificada a presena de um quinto dos membros da Assembleia, o Presidente declara aberta a reunio, podendo pronunciar as seguintes palavras: sob a proteo de Deus e em nome do povo amazonense, declaro aberta a presente reunio. II - no havendo nmero regimental para a abertura da reunio na hora prevista para o seu incio, o Presidente poder aguardar, por at trinta minutos, at que o quorum se complete, sendo o tempo do atraso deduzido do total da respectiva etapa. III - verificada a inexistncia de quorum ou no havendo reunio por motivo de fora maior, o Secretrio Geral lavrar o respectivo termo, contendo o nome dos Deputados presentes e ausentes. Art. 69. O Pequeno Expediente, com durao de quarenta e cinco minutos, destina-se a notificao do expediente sobre correspondncias recebidas, breves discursos e apresentao de proposituras. 1 A leitura do expediente processada e despachada pelo Secretrio Geral. 2 No ser dado conhecimento do teor de informao ou documento de carter reservado ou secreto, podendo o Deputado solicitar formalmente o acesso ao respectivo contedo. 3 O Deputado poder falar por dez minutos, mediante prvia inscrio de forma pessoal e intransfervel, obedecida a ordem dos inscritos, perdendo a vez o Deputado que, chamado, no ocupar a tribuna. 4 O Deputado poder encaminhar Mesa Diretora comunicaes por escrito ou proposies, que ainda no tenham sido noticiadas. Subseo III Grande Expediente Art. 70. O Grande Expediente inicia aps o Pequeno Expediente, com a durao de cento e vinte minutos, destinado aos Partidos para pronunciamento dos Deputados, obedecida a relao de oradores que, mediante acordo com as respectivas lideranas, solicitarem inscrio Mesa. 1 O tempo dos Partidos proporcional ao nmero de membros de cada bancada, na frao ideal de cinco minutos para cada Deputado, sendo administrado pelo respectivo lder. 2 A participao dos Partidos obedecer a ordem de chamada; o ltimo ser o primeiro na reunio subsequente, vindo depois as demais agremiaes, na sequncia da reunio anterior. 3 O Partido no representado no Plenrio no momento da chamada, ter o tempo extinto, seguindo-se a ordem das demais agremiaes. 4 admitida permuta, incorporao ou fuso de tempo, mediante acordo entre lderes ou representantes partidrios.

5 No ocorrendo o Grande Expediente, a ordem dos partidos ser mantida para a reunio subsequente. Subseo IV Ordem do Dia e Explicaes Pessoais Art. 71. A Ordem do Dia ocorre aps o Grande Expediente, com durao de quarenta e cinco minutos, destinando-se ao cumprimento da pauta, contendo as matrias em tramitao para receber emendas e as proposies instrudas para deliberao. 1 A pauta divulgada aos Deputados por todos os meios fsicos e virtuais disponveis, com antecedncia mnima de uma hora, sendo noticiada pelo Secretrio Geral no incio da Ordem do Dia. 2 Os requerimentos integram a pauta; no ocorrendo divulgao da pauta, o Secretrio Geral ler a matria para discusso e votao pela ordem de entrada. 3 A proposio no includa na pauta: I - na ausncia do Deputado proponente, salvo existncia de expressa autorizao; II - sem parecer, exceto nos casos previstos neste Regimento. 4 Existindo proposio sem parecer, esgotado o prazo das comisses, o Presidente da Assembleia designa Relator, que apresenta o seu voto ao Plenrio na reunio seguinte. 5 Matria relacionada a oramento, finanas e tributao no pode ser includa na Ordem do Dia, extra pauta; as demais proposies admitem a incluso por deciso da maioria dos Deputados: 6 No ocorrendo reunio ou a Ordem do Dia, a pauta com as matrias para receber emendas distribuda nos gabinetes dos Deputados, mediante protocolo, visando dar cumprimento aos prazos regimentais. Art. 72. A Ordem do Dia obedece ainda as seguintes regras: I - no ser interrompida, salvo para a posse de Deputado e nos casos expressos neste Regimento. II - pode ser alterada, mediante requerimento de: a) Deputado, deferido pelo Presidente ou Plenrio, nas hipteses contidas nos arts. 118 a 120 deste Regimento; b) um tero dos Deputados, aprovado pelo Plenrio, nas hipteses do art. 120, XII deste Regimento. III - cumpridos os itens da pauta, os requerimentos so votados, admitindo-se o encaminhamento da votao, nos termos regimentais. Art. 73. Inexistindo matria a ser votada, o tempo restante da reunio poder ser utilizado por Deputado para explicaes pessoais, por at dez minutos, visando defender-se ou esclarecer seus posicionamentos, no admitindo aparte. Seo III Reunies Extraordinrias Art. 74. A reunio extraordinria convocada pelo Presidente, de ofcio ou para atender a requerimento aprovado pelo Plenrio, obedecendo a rito prprio e, no que couber, aos procedimentos das reunies ordinrias, comportando duas partes: I - Expediente: destinado a noticiar correspondncias e documentos recebidos; II - Ordem do Dia: destinada discusso e votao de proposies instrudas para deliberao do Plenrio, podendo constar na pauta matria em tramitao para receber emendas. Seo IV

Atas, Anais e Sinopses Art. 75. De cada reunio da Assembleia Legislativa lavrar-se- ata, contendo o registro resumido dos documentos oficiais recebidos, os principais fatos e decises nela ocorridos e o nome dos Deputados presentes e ausentes, atendendo as seguintes regras: I - a ata previamente disponibilizada aos Deputados, noticiada durante a reunio e submetida aprovao do Plenrio; II - o Deputado pode requerer a leitura da ata, debater e retificar o seu contedo, no prazo de trs minutos, cabendo ao Secretrio Geral prestar os esclarecimentos necessrios; III - na hiptese do inciso II deste artigo, retificada ou mantida a redao original, a ata submetida deliberao do Plenrio; IV - o Presidente e o Secretrio Geral assinam a ata aprovada; V - o Deputado pode requerer seja inserido em anexo ata o contedo resumido de seus votos e a ntegra de seus discursos, admitida a vista para reviso; VI - as atas so digitadas e preferencialmente arquivadas em sistema de dados eletrnicos; VII - a ata da ltima reunio da legislatura submetida a aprovao do Plenrio, antes de encerrados os trabalhos, independentemente de quorum; VIII - na ata no inserida informao ou documento sem expressa permisso do Plenrio ou da Mesa Diretora, salvo os casos previstos neste Regimento. Art. 76. Os anais da Assembleia contm o registro dos trabalhos de cada sesso legislativa, as atas de todas as reunies e seus anexos, devendo ser armazenados por sistema de dados eletrnicos. Art. 77. As sinopses contm resumo dirio das atas e dos anais relativos a cada sesso legislativa, armazenadas por sistema de dados eletrnicos. Seo V Inscrio e Uso da Palavra nas Reunies Subseo I Disposies Gerais Art. 78. O Deputado pode falar em qualquer fase das reunies da Assembleia ou de suas Comisses, atendidas as condies estabelecidas neste Regimento, nas seguintes hipteses: I - formular proposio, relatrio, parecer, aparte, questo de ordem, explicao pessoal, reclamao, interpor recurso ou comunicao de liderana; II - discutir, encaminhar a votao e declarao de voto por escrito, durante a Ordem do Dia; III - saudar personalidade, quando designado; IV - nos demais casos previstos neste Regimento. Pargrafo nico. O Deputado no pode manter conversao paralela, perturbando a ordem dos trabalhos durante as reunies. Art. 79. Ao discursar, o orador obedece aos seguintes procedimentos: I - efetua inscrio e utiliza o tempo de acordo com as regras de cada etapa da reunio; II - pede a palavra ao Presidente, dirigindo-se sempre a quem presidir a reunio e aos Deputados; III - aps a concesso, ocupa a tribuna ou permanece na sua bancada, devendo falar de p, salvo prvia autorizao do Presidente para que permanea sentado;

IV - pronuncia o termo Deputado(a) e o tratamento de excelncia em relao aos seus pares. Pargrafo nico. O discurso pode ser proferido de forma oral ou escrita, no sendo permitido aparte durante a leitura de texto. Art. 80. vedado ao Deputado no uso da palavra: I - adotar atitude ou comportamento descorts ou injurioso em relao Assembleia Legislativa ou a seus membros e a representante do Poder Pblico, especialmente quando tal fato representar ofensa ao decoro parlamentar; II - tratar de matria vencida ou desviar-se do assunto em discusso, em apartes e encaminhamentos de votao; III - interromper discurso de outro Parlamentar, salvo para arguio de questo de ordem. Art. 81. Desatendido o disposto nos arts. 79 e 80 deste Regimento, o Presidente adota as seguintes providncias: I - adverte o infrator, convidando-o a comportar-se condignamente; II - declara o discurso encerrado, interrompendo os servios de som e de registro, caso o orador persista em descumprir o Regimento; III - suspende a reunio, apontando os motivos da deciso, e informa o infrator sobre as penalidades regimentais; IV - encerra a reunio, fazendo constar registro em ata, encaminhando representao Comisso de tica Parlamentar para fins de instaurao de processo disciplinar. Subseo II Comunicao de Liderana Art. 82. O Lder partidrio pode falar em nome de sua agremiao, por at cinco minutos, para tratar de matria relevante ou de manifesto interesse pblico. Pargrafo nico. A comunicao de liderana no pode: ocorrer durante a Ordem do Dia, sofrer aparte ou interromper discurso de orador. Subseo III Aparte Art. 83. O aparte, com durao mxima de cinco minutos, a interveno que interrompe o discurso parlamentar, visando apoiar, discordar ou questionar o assunto tratado pelo orador, consoante os seguintes procedimentos: I - o Deputado solicita o aparte ao orador, podendo o pedido ser ou no atendido; II - o aparte deduzido do tempo disponvel ao orador. III - no admitido aparte nas seguintes hipteses: a) palavra do Presidente ou comunicao de liderana; b) questo de ordem, reclamao ou explicao pessoal; c) encaminhamento da votao, leitura de discurso ou sustentao oral de parecer; d) palavra de pessoa convocada pela Assembleia, nos termos do art. 180. Pargrafo nico. Aplicam-se ao aparte as normas do uso da palavra, no se admitindo registro de aparte anti-regimental. Subseo IV Questo de Ordem Art. 84. Questo de ordem toda dvida sobre a aplicao deste Regimento ou da

Constituio, incidente sobre ato ou fato ocorrido durante as reunies da Assembleia ou de suas Comisses, no admitindo aparte, devendo atender ao seguinte ordenamento: I - formulada oralmente, de modo objetivo e claro, por at cinco minutos, indicando o respectivo dispositivo, no sendo deduzida do tempo do orador; II - no sendo indicado o dispositivo, o Presidente interromper a palavra e determinar a excluso da ata das alegaes feitas; III - durante a Ordem do Dia, s admitida para tratar de matria que nela figurar; IV - o Deputado falar uma nica vez sobre a mesma questo de ordem; V - a questo de ordem ser resolvida tempestivamente pelo Presidente da Assembleia ou da Comisso; VI - da deciso do respectivo Presidente caber recurso, no prazo de quarenta e oito horas, encaminhado: a) ao Plenrio, em deciso do Presidente da Assembleia; ou, b) ao Presidente da Assembleia, em deciso do Presidente de Comisso, sem prejuzo da hiptese contida na alnea anterior; VII - recurso relacionado Constituio receber parecer da Comisso de Constituio Justia e Redao, no prazo de trs dias a contar do recebimento da matria; o parecer ser encaminhado Mesa para a deliberao do Presidente ou do Plenrio; VIII - enviado Mesa para a deliberao do Plenrio, o recurso e o parecer sero includos na Ordem do Dia, para discusso e votao nica, na reunio imediata e subsequente ao recebimento. Pargrafo nico. As questes de ordem e as respectivas decises de carter normativo sero registradas em livro prprio, com ndice remissivo, para apreciao da Mesa e insero no Regimento. Subseo V Reclamao Art. 85. Reclamao a palavra de Deputado sobre a inobservncia de expressa disposio regimental, podendo ser formulada em qualquer fase de reunio do Plenrio ou de Comisso, no admitindo aparte, sendo-lhe aplicadas normas referentes questo de ordem.

TTULO IV Proposies Captulo I Disposies Gerais Art. 86. Proposio toda matria sujeita deliberao da Assembleia, compreendendo as seguintes hipteses: I - Proposta de Emenda Constituio; II - Projetos de: Lei Complementar, Lei Ordinria, Decreto Legislativo, Resoluo Legislativa; III - Veto a Projeto de Lei. 1 A proposio submete-se s regras do respectivo regime de tramitao nos termos do art. 121 e seguintes deste Regimento, especialmente quanto s normas de redao tcnica legislativa e de admissibilidade jurdica, salvo as excees contidas neste ttulo. 2 Consideram-se proposio, por extenso: emendas, substitutivos, pareceres,

recursos, requerimentos e representaes populares encaminhados Assembleia nos termos da lei. 3 Nenhuma proposio ser discutida e votada na ausncia do autor, salvo se este encaminhar expressa autorizao ao Presidente. Captulo II Projetos de Lei, Decretos Legislativos e Resolues Legislativas Art. 87. A apresentao de projetos respeita a iniciativa privativa, nos termos da Constituio do Estado, admitindo-se as seguintes hipteses quanto autoria: I - Deputado; II - Comisso ou Mesa da Assembleia; III - Governador do Estado; IV - Presidente do Tribunal de Justia; V - Procurador Geral de Justia; VI - Presidente do Tribunal de Contas do Estado; VII - cidados. Pargrafo nico. A iniciativa popular, limitada a no mximo dez projetos de lei em cada sesso legislativa ordinria, exercida mediante subscrio de no mnimo um por cento do eleitorado estadual, distribudo em pelo menos vinte e cinco por cento dos Municpios, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles. Art. 88. A Assembleia Legislativa pode formular e apreciar Projeto de: Lei, Decreto Legislativo e Resoluo Legislativa. 1 O Projeto de Lei destina-se a regular matria de competncia da Assembleia Legislativa, com a sano do Governador do Estado. 2 O Projeto de Decreto Legislativo regula matrias de competncia exclusiva da Assembleia Legislativa, sem a sano do Governador, visando tratar dos seguintes assuntos: I - pedido de interveno federal; II - aprovao ou suspenso da interveno estadual nos Municpios; III - julgamento das contas do Governador; IV - denncia contra o Governador do Estado e Vice-Governador; V - apreciao das contas do Tribunal de Contas; VI - pedido de licena do Governador e do Vice-Governador e seus afastamentos do Estado ou do pas, por prazo superior a quinze dias; VII - apreciao da indicao de nome, visando a nomeao de Conselheiros do Tribunal de Contas e outras que a lei especificar; VIII - aprovao de contratos, convnios e atos equivalentes celebrados pelo Governo com a Unio, Estados e Municpios; IX - sustao de atos que exorbitem do poder regulamentar do Executivo, ou dos limites da delegao legislativa; X - destituio do Procurador Geral de Justia; XI - suspenso de processo penal que envolva Deputado; XII - outras matrias no compreendidas na forma de Projetos de Lei ou de Resoluo Legislativa. 3 O Projeto de Resoluo Legislativa disciplina matria de interesse poltico ou administrativo da Assembleia Legislativa, abrangendo os seguintes assuntos: I - perda de mandato de Deputado; II - deliberao sobre priso em flagrante delito de parlamentar;

III - Proposta de Emenda Constituio Federal; IV - suspenso de execuo, no todo em parte, de Lei ou Decreto Estadual, cuja inconstitucionalidade tenha sido declarada por deciso definitiva do Tribunal de Justia; V - todo e qualquer assunto de sua economia interna, que no se compreenda nos limites de simples atos administrativos; VI - outras matrias no compreendidas na forma de Projetos de: Lei ou Decreto Legislativo. Captulo III Proposies com Rito e Procedimentos Especiais Seo I Proposta de Emenda Constituio Estadual Art. 89. A Proposta de Emenda Constituio do Estado pode ser apresentada pelos seguintes autores: I - tera parte dos Deputados; II - Governador do Estado; III - mais da metade das Cmaras de Vereadores, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria de seus membros; IV - no mnimo cinco por cento do eleitorado estadual, distribudo em pelo menos vinte e cinco por cento dos Municpios, representando os signatrios no menos que cinco por cento dos eleitores de cada um deles. Art. 90. vedada Proposta de Emenda Constituio Estadual: I - que fira princpio constitucional ou atente contra a separao dos Poderes; II - durante a vigncia de: interveno federal no Estado, estado de stio e estado de defesa. Art. 91. A Proposta de Emenda Constituio do Estado tramita mediante as seguintes regras: I - o Presidente despacha a proposta Comisso de Constituio, Justia e Redao para exame e parecer preliminar de sua admissibilidade; II - efetivada a admisso, o Presidente constitui uma comisso especial, mediante designao, atendendo a acordo de lideranas; III - a matria distribuda em avulsos e noticiada na pauta durante cinco dias para receber emendas na Comisso Especial; IV - a Comisso Especial emite parecer no prazo de vinte dias, a contar do trmino do prazo de apresentao das emendas; V - expirado o prazo sem que a Comisso tenha emitido parecer, o Presidente da Assembleia Legislativa nomear Relator Especial, que ter igual tempo para a mesma finalidade; VI - a proposta, contendo o parecer, includa na Ordem do Dia da reunio subsequente a seu recebimento, no podendo figurar na pauta outra matria, exceto as que tramitem em regime de urgncia; VII - a proposta discutida e votada em dois turnos, com interstcio mnimo de cinco dias, de modo nominal, sendo aprovada pelo voto de trs quintos dos Deputados, em cada turno; VIII - resultando modificao do texto durante o primeiro turno, a proposta retorna Comisso ou ao Relator Especial, que ter o prazo de cinco dias para apreciar as novas emendas;

IX - aprovada a proposta em segundo turno, a Comisso ou o Relator Especial elabora a redao final, no prazo de cinco dias, visando adequar o texto s emendas aprovadas pelo Plenrio e corrigir erro de linguagem; X - a Mesa Diretora promulga e publica a emenda constitucional, com o seu respectivo nmero de ordem, no prazo de quinze dias a contar da data da aprovao da redao final, devendo o Presidente enviar cpia ao Governador do Estado, ao Presidente do Tribunal de Justia, ao Procurador Geral de Justia e ao Presidente do Tribunal de Contas do Estado. Pargrafo nico. A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, no pode ser objeto de nova proposio na mesma sesso legislativa. Seo II Projeto de Lei Complementar Art. 92. O Projeto de Lei Complementar a proposio destinada a disciplinar dispositivo constitucional, atendendo a expresso comando, compreendendo as seguintes hipteses: I - Cdigo Tributrio do Estado; II - lei que estabelea normas gerais sobre finanas pblicas e elaborao das leis oramentrias; III - lei da diviso e da organizao judiciria e do regime jurdico da Magistratura; IV - leis orgnicas do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica; V - outras matrias, por determinao constitucional. Art. 93. O Projeto de Lei Complementar submete-se a dois turnos de discusso e votao, aprovado por maioria absoluta dos Deputados, sendo os prazos na tramitao contados em dobro. Pargrafo nico. Excetuando o quorum de deliberao, aplicam-se, por extenso, as regras de tramitao dos projetos de lei complementar s proposies ordinrias que visem instituir cdigos, estatutos ou leis orgnicas. Seo III Veto Art. 94. O veto a manifestao contrria do Governador do Estado propositura aprovada pela Assembleia e sujeita sano, nos termos do 1 do art. 36, da Constituio do Estado. Art. 95. O veto respeita o disposto no art. 36 da Constituio do Estado e as seguintes regras de tramitao: I - recebido o veto, o Presidente ordena a imediata impresso e distribuio aos Deputados, constitui Comisso Especial para apreciar a matria e despacha a matria referida comisso; II - a comisso emite parecer dentro de dez dias; III - se o parecer no for encaminhado no prazo estabelecido no inciso anterior, o Presidente da Assembleia Legislativa designa, de ofcio, Relator Especial, para dar parecer em quarenta e oito horas; IV - a discusso da matria e do parecer se inicia a