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REGULAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO NO RENOVABIO O Planejamento Energético da Matriz Veicular do Brasil até 2030 Sindaçucar – PE Recife, 26/03/18

REGULAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO NO RENOVABIO · regulação e fiscalização da certificação de biocombustíveis, compreendendo: . credenciamento de firmas inspetoras;. concessão,

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REGULAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO NO RENOVABIO

O Planejamento Energético da Matriz Veicular do Brasil até 2030 Sindaçucar – PERecife, 26/03/18

Lei nº 13.576, de 26 de dezembro de 2017

Institui a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), parte integrante da política energética nacional de que trata a Lei nº 9.478/1997, com os seguintes objetivos:

I - contribuir para o atendimento aos compromissos * no âmbito do Acordo de Paris sob aConvenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ratificado pelo Brasil em 12/09/15;

RenovaBio – Fundamento Legal

II - contribuir com a adequada relação de eficiência energética e de redução de emissões de gasescausadores do efeito estufa na produção, na comercialização e no uso de biocombustíveis, inclusive com mecanismos de avaliação de ciclo de vida;

III - promover a adequada expansão da produção e do uso de biocombustíveis na matriz energéticanacional, com ênfase na regularidade do abastecimento de combustíveis; e

IV - contribuir com previsibilidade para a participação competitiva dos diversos biocombustíveis nomercado nacional de combustíveis.

Metas de descarbonização

RenovaBio - Princípios

Reconhecimento do desempenho ambiental dos biocombustíveis no

ciclo de vida

Modelos com metas para biocombustíveis em outros países

o Renewable Fuels Standard (RFS) – Estados Unidos

o Meta de consumo de 136 bilhões de litros de biocombustíveis em 2022

o Low-carbon Fuel Standard (LCFS) - Califórnia

o Reduzir em 10% a intensidade das emissões de CO2 pelos combustíveis

utilizados no transporte até 2020

o Diretiva para Promoção de Energias Renováveis – União Europeia

o Todos os Estados-Membros devem, obrigatoriamente, obter 10% da

energia para transporte a partir de fontes renováveis até 2020

Produtor Distribuidor Revendedor Consumidor

Biocombustível

físico

Combustível

físicoCombustível

físico

Mercado físico

RenovaBio – Funcionamento

Comércio de CBio

via Bolsa

Mercado físicoEmissão de Cbio1 Cbio = redução 1 t CO2eq

Aquisição

Meta individualgCO2eq/MJ convertida em número de Cbios a serem

adquiridos

Meta de descarbonização

do Brasil (gCO2eq/MJ)

Outros agentes

Distribuidoras

com combustível

fóssil

Fonte: UNICA, 2018

Unidade produtora de etanol Fatores de influência

RESULTADO DA ATIVIDADE DE PRODUÇÃO

RESULTADO DA ATIVIDADE DE PRODUÇÃO

Preço petróleo - mercado internacional

Preço açúcar - mercado internacional

Custos e eficiência econômica

FATORES EXTERNOS FATORES INTERNOS

RenovaBiointernacional

Taxa de câmbio

Tributos sobre combustíveis e situação econômica

Meta de descarbonização

Eficiência energética e ambiental

novonovo

RenovaBio

Fonte: UNICA, 2018

RenovaBio – Próximos Passos

Decreto nº 9.308, de 15 de março de 2018

Ao regulamentar a Lei nº 13.576/17, o Decreto definiu as seguintes atribuições para a ANP:

regulação e fiscalização da certificação de biocombustíveis, compreendendo:

. credenciamento de firmas inspetoras;

. concessão, renovação e cancelamento do Certificado da Produção Eficiente de Biocombustíveis;

. emissão da Nota de Eficiência Energético-Ambiental.Biocombustíveis;

. emissão da Nota de Eficiência Energético-Ambiental.

individualização anual para cada distribuidor, proporcionalmente à respectivaparticipação de mercado na comercialização de combustíveis fósseis do anoanterior, da meta compulsória de redução de emissões de GEE estabelecida peloCNPE;

fiscalização do cumprimento das metas individuais e aplicação de sanções emdescumprimentos eventuais, envolvendo a comercialização de CBIO.

promoção de plena transparência às informações sobre o cumprimento dasmetas individuais.

RenovaBio – Próximos Passos

Das atribuições, a ANP, em conjunto com o MME, Embrapa Meio Ambiente, CTBE, Unicamp eAgroícone, vem desenvolvendo estudos voltados à regulamentação da certificação, aí inclusosrequisitos de credenciamento das firmas inspetoras e a “calculadora” – RenovaCalc *

� A ANP editará resolução que resultar desses estudos até meados deste ano.

� Um segundo ato, contendo regras de comercialização dos Créditos de Descarbonização (CBIO)em Bolsa, deverá ser editado no 2º semestre.

* RenovaCalc* RenovaCalc- Determinar a intensidade de carbono dos biocombustíveis, gerando índice em gCO₂eq/MJ- Quantificar o benefício ambiental pela substituição de um combustível fóssil de referência- Rotas de produção:

Etanol de cana-de-açúcar Etanol de milho em usina dedicada

Bioquerosene de HEFA

Etanol de milho importado Etanol de segunda geração

Biodiesel de soja Biodiesel de gordura bovina Biometano de resíduos

Etanol em usinas "flex"

Etanol 1G2G em usina integrada

RenovaBio - Próximos Passos Resolução ANP

Com a publicação da resolução, cuja minuta já se encontra em faseconclusiva, estarão regulamentados dois dos pilares fundamentaisdo RenovaBio:

Credenciamento de firmasinspetoras responsáveis pelaCertificação de Biocombustíveis.

Cálculo e validação da Nota de EficiênciaEnergético-Ambiental (RenovaCalc);

Emissão do Certificado da Produção Eficientede Biocombustíveis (firma inspetora).

Art. 22, Lei 13.576/2017

Art. 13, §1 º, Lei 13.576/2017

�cópia dos atos constitutivos (estatuto ou contrato social).

�declaração que descreva as atividades da firma inspetora relacionadas ao objeto daresolução.

�documento que comprove a acreditação como Organismo de Inspeção Acreditado - OIA(ISO 17020) e outras normas, a exemplos da ISO 17065, ISO 14065.

Principais requisitos para o credenciamento das firmas inspetoras

RenovaBio - Próximos Passos Resolução ANP

(ISO 17020) e outras normas, a exemplos da ISO 17065, ISO 14065.

�procedimento para gestão de competências do pessoal envolvido no processo decertificação.

�h) comprovação da habilidade em técnicas de elaboração de banco de dados deimagens de satélite para verificação das informações inseridas na RenovaCalcrelacionadas à elegibilidade no Programa

�protocolo de verificação, plano de auditoria por rota e plano de auditoria intermediáriacom os critérios de amostragem.

� titulação de grau superior relacionada às ciências agrárias, químicas, ambientais ourelativas à engenharia, registrado no respectivo órgão de classe;

� experiência profissional no setor de biocombustíveis;

� registro de treinamentos relacionados à avaliação de ciclo de vida e contabilidade decarbono;

Alguns requisitos previstos para inspeção

RenovaBio - Próximos Passos Resolução ANP

carbono;

� qualificação como auditor/inspetor de sistemas e produtos ou verificador de GEE;

� registro de treinamentos em técnicas de avaliação da conformidade;

� profissional com registro em conselho de classe, com competência para a emissão delaudos de inspeção em sua área de atuação, com a respectiva responsabilidadetécnica;

� experiência comprovada em práticas de auditoria/inspeção de, no mínimo, 2 anos.

Emissão do certificado de produção eficiente de biocombustíveis

Produtor ou Importador de Biocombustíveis

Preencher a RenovaCalc

Firma Inspetora Validar o

preenchimento da RenovaCalc por meio de conferência de NFs

e vistoria in loco

Firma Inspetora Emitir o Certificado de produção eficiente de

biocombustíveis contendo a nota de eficiência energético-

ambiental

Firma Inspetora Realizar consulta

pública durante 30 dias e analisar todas

as sugestões recebidas pelo site

ANPAuditar o processo de emissão do Certificado de Produção Eficiente

de Biocombustíveis

Fluxo da Certificação

Processo aprovado?

ANPAbrir processo

administrativo para revogação do

credenciamento da Firma Inspetora

Há insuficiência

de informações?

Há fraude no

processo?

Não

ANP Publicar no DOU a lista de

Importadores e Produtores de Biocombustíveis com o respectivo

Certificado de Produção Eficiente de Biocombustível

RenovaBio – Próximos passos

Providências Internas

� Inserida no Regimento Interno da Agência (Portaria ANP nº 69, de 06/04/11), noconjunto de atribuições da Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade deProdutos – SBQ, a de:

X - gerir e e executar, no âmbito da ANP, programas governamentais relacionados aocumprimento das metas de acordos climáticos a partir do uso de biocombustíveis,em especial o disposto na Lei nº 13.576, de 26 de dezembro de 2017, e atoscorrelacionados.correlacionados.

� Instituída, na SBQ, Coordenação dedicada ao RenovaBio.

� Desenvolvimento de projetos para informatização do RenovaBio.

� Intensificação no aprimoramento do pessoal envolvido, inclusive com trocas deexperiência com outros países onde programa similar tenha sido implantado comsucesso.

INSTITUIÇÃO LOCAL PAPEL OBJETIVO

World Bank Group Washington, EUA BancoSubsídios adicionais sobre o mercado de créditos de carbono.

California Air ResourcesBoard

Califórnia, EUA Órgão ReguladorInformações sobre a regulação do Low CarbonFuel Standard (LCFS).

RenovaBio – Próximos Passos

Internos

Aprimoramento do pessoal - Intercâmbio com instituições envolvidas de outros países

(em tratativas)

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BoardFuel Standard (LCFS).

Renewable FuelAssociation, NationalBiodiesel Board e AmericanBiogas Council

Washington, EUA Associação de produtoresInformações dos produtores de etanol, biodiesel e biogás sobre o LCFS.

National Renewable Energy Laboratory

Colorado, EUA Laboratório de PesquisaInformações sobre biocombustíveis avançados.

American Fuel andPetrochemicalManufacturers

Washington, EUA Associação de refinadoresSubsídios da associação que congrega refinarias dos EUA.

Environmental ProtectionAgency

Washington, EUAÓrgão Regulador

Informações sobre Renewable Fuel Standard Program.

Posição do Brasil na Matriz de Posição do Brasil na Matriz de Consumo de DerivadosConsumo de Derivados

10 Maiores Consumidores de DerivadosBrasil é o 7º maior consumidor de derivados de petróleo do mundo, mas com padrão de consumo per capita muito inferior ao dos

países desenvolvidos

# País

Consumo de

Derivados de

Petróleo (Mm Toe)

Consumo Per

Capita

(kg/hab)

1º Estados Unidos 863,1 2.661

2º China 578,7 420

3º Índia 212,7 164

4º Japão 184,3 1.453

5º Arábia Saudita 167,9 5.149

6º Rússia 148,0 1.008

7º Brasil 138,8 674

Já para os combustíveis de uso rodoviário, o Brasil é o 3º maior consumidor global, mas apresenta relevante dependência externa.

Fonte: BP Statistical Review, 2017, p. 18.

Consumo per capita de Derivados (toe)

Fonte: BP Statistical Review, 2017, p. 9.

Há oportunidades de ampliação do consumo per capita de

combustíveis e, consequentemente, de investimentos do setor

7º Brasil 138,8 674

8º Coréia do Sul 122,1 2.404

9º Alemanha 113,0 1.365

10º Canadá 100,9 2.735

Vendas Internas de CombustíveisVendas Internas de Combustíveis

2013 2014 2015 2016 201717/16

%

Diesel B 58.571 60.032 57.211 54.279 54.772 0,91%

Diesel A 55.643 56.621 53.206 50.479 50.470 -0,02%

Biodiesel (B100) 2.929 3.410 4.005 3.799 4.302 13,22%

Gasolina C 41.428 44.364 41.137 43.019 44.150 2,63%

Gasolina A 31.679 33.273 30.204 31.404 32.229 2,63%

Variação do

Volume de

Venda

mil m3

Combustível

* Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP pelo Sistema SIMP. | ** Fonte Dados de GNV: ABEGÁS

Gasolina A 31.679 33.273 30.204 31.404 32.229 2,63%

Etanol Anidro 9.686 11.091 10.934 11.615 11.920 2,63%

Etanol Hidratado 11.755 12.994 17.863 14.586 13.642 -6,47%

Etanol Total 21.441 24.085 28.796 26.201 25.562 -2,44%

Ciclo Otto Total 53.183 57.358 59.000 57.605 57.791 0,32%

GLP 13.276 13.410 13.249 13.398 13.389 -0,07%

Óleo Combustível 4.990 6.195 4.932 3.333 3.385 1,56%

QAV 7.225 7.470 7.355 6.765 6.637 -1,89%

GAV 77 76 64 57 51 -10,28%

TOTAL 137.323 144.541 141.811 135.436 136.025 0,44%

GNV (mil m³/dia) 5.125 4.960 4.820 4.962 5.395 8,73%

Comércio ExteriorComércio Exterior

Dependência Externa*

24,7%24,7%

12,5%12,5%

1,7%1,7%

Aumento DéficitAumento Déficit

Aumento DéficitAumento Déficit

Aumento DéficitAumento Déficit

Aumento DéficitAumento Déficit

Importações

Líquidas2013 2014 2015 2016 2017

Diesel ( mil m³) -9.919 -10.885 -6.858 -7.442 -12.454

Gasolina (mil m³) -2.546 -1.829 -1.860 -2.204 -4.017

Nafta (mil m³) -7.008 -6.872 -7.003 -8.667 -10.413

Etanol (mil m³) 2.907 946 1.354 957 -445

77,1%77,1%

Resultado Comercial

Balança ComercialBalança Comercial

Redução DéficitRedução Déficit 8,2%8,2%

1,7%1,7%

24,6%24,6%

Fonte: Sistema SIMP/ANP e AliceWeb/MDIC.* Dependência externa significa, em Comércio Exterior, a representatividade das importações sobre o volume total transacionado do produto no território nacional.

Aumento DéficitAumento Déficit

Aumento DéficitAumento Déficit

+ 17.533+ 17.533

Dados Quantitativos 2013 2014 2015 2016 2017

Licenças de Importação anuídas 61.794 60.424 50.903 57.476 75.009

Etanol (mil m³) 2.907 946 1.354 957 -445

GLP (mil m³) -1.785 -2.122 -1.749 -2.290 -3.291

QAV (mil m³) -1.872 -1.486 -1.360 -1.245 -543

Anuência de Licenças de ImportaçãoAnuência de Licenças de Importação

Matriz Veicular NacionalMatriz Veicular Nacional

20162016

20172017Óleo Diesel A44,8%

GNV2,1%

Gasolina A31,8%

Gasolina A

Combustível Variação %

Óleo Diesel A (0,36)

Biodiesel 0,41

Etanol Anidro 0,15

Etanol Hidratado (0,70)

GNV (0,08)

Gasolina A 0,58

* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP. | ** Valores expressos em TEP (equivalência calorífica).

Biodiesel3,3%

Etanol Anidro8,2%

Etanol Hidratado

9,8%

Etanol Total18,0%

Óleo Diesel A44,5%

Biodiesel3,7%

Etanol Anidro8,3%

Etanol Hidratado

9,1%

GNV2,0%

Gasolina A32,4%

Etanol Total17,4%

Quantitativo de AgentesQuantitativo de Agentes

Fornecedores

- 18 Refinarias de Petróleo- 384 Usinas de Etanol- 424 Importadores e Exportadores de

Distribuidores

- 151 Distribuidores de Combustíveis Líquidos- 18 Distribuidores de Solventes

Revendedores

- 375 TRR- 42.039 Revendedores Varejistas de Combustíveis Líquidos (17.850

Consumidores

- 17.412 Pontos de Abastecimento (instalações)

- 50 Consumidores Industriais de Solventese Exportadores de

Petróleo e Derivados- 98 Produtores de Lubrificantes- 197 Importadores de Lubrificantes- 12 Rerrefinadoresde Lubrificantes- 51 Produtores de Biodiesel (com AO)

de Solventes- 20 Distribuidores de GLP- 27 Distribuidores de Asfaltos- 7 Distribuidores de Combustíveis de Aviação

Líquidos (17.850Bandeira Branca)

- 68.459Revendedores de GLP- 274Revendedores de Aviação-21 Coletores de Lubrificantes- 21 TRR-NI

Solventes

130.058 130.058 AgentesAgentes

* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Posição de 23/01/2018.

Óleo DieselÓleo Diesel

Vendas InternasVendas Internas Diesel B

▲ 0,91%0,91%

* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP.

BiodieselBiodiesel

Mar/2017Ampliação para B8

2017 2018

Mar/2018Ampliação para B10

3.799 3.799 mil m³mil m³

2016

Vendas Biodiesel para Mistura ObrigatóriaVendas Biodiesel para Mistura Obrigatória

Faturamento 2017

R$ 9,85 bilhões

mil m³mil m³2016

4.259 4.259 mil m³mil m³

2017

+ 12,1%

GasolinaGasolina

Vendas InternasVendas Internas

▲ 2,62%2,62%

Etanol ANIDRO

+

▲ 2,62%2,62%

Gasolina A

▲ 2,62%2,62%

Gasolina C

+

* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP.

Etanol HidratadoEtanol Hidratado

Vendas InternasVendas Internas Etanol HIDRATADO

▼▼ 6,46%6,46%

* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes econômicos à ANP.

Os primeiros meses de 2018 mostram excelente recuperação, com vendas da ordem de 1,3 bilhão de litros por mês

Grato pela atenção !

Aurélio Cesar Nogueira [email protected].: 21 2112 8161