Regulamentação Consignações Stf Instrucaonormativa124-2011

  • Upload
    aufepe

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

REGULAMENTAÇÃO CONSIGNAÇÕES STF

Citation preview

  • Publicada no Boletim de Servio n 7, p. 10-16, em 7/7/2011.

    INSTRUO NORMATIVA N 124, DE 16 DE JUNHO DE 2011

    Dispe sobre consignao em folha de pagamento dos Magistrados e servidores ativos e inativos e pensionistas do Supremo Tribunal Federal.

    O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPREMO TRIBUNAL

    FEDERAL, no uso da atribuio que lhe confere o art. 65, IX, b, do Regulamento da Secretaria, tendo em vista o disposto no art. 45, pargrafo nico, da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e considerando o que consta do Processo n 328.849/2007,

    R E S O L V E: Art. 1 As consignaes em folha de pagamento dos Magistrados,

    dos servidores ativos, dos inativos e dos pensionistas do Supremo Tribunal Federal, nas modalidades compulsria e facultativa, ficam regulamentadas por esta Instruo Normativa.

    Art. 2 Para fins desta Instruo Normativa, considera-se: I consignatrio: destinatrio de crdito resultante de consignao

    compulsria ou facultativa; II consignado: Magistrados, servidores ativos e inativos e

    pensionistas do Tribunal; III consignante: Supremo Tribunal Federal; IV consignao compulsria: desconto incidente sobre o subsdio,

    a remunerao, o provento ou sobre o benefcio da penso, por fora de lei ou de deciso judicial, compreendendo:

    a) contribuio para o Plano de Seguridade Social do Servidor Pblico;

    b) contribuio para o Regime Geral da Previdncia Social; c) penso alimentcia judicial; d) imposto sobre o rendimento do trabalho; e) reposio e indenizao ao errio; f) custeio de benefcios e de auxlios concedidos pela Administrao; g) taxa de ocupao de imvel funcional; e h) obrigao decorrente de lei, deciso judicial ou administrativa; V consignao facultativa: desconto incidente sobre o subsdio, a

    remunerao, o provento ou sobre o benefcio da penso, mediante autorizao prvia e formal do consignado, com anuncia da Administrao.

  • Art. 3 Somente ser admitido como consignatrio facultativo: I rgo ou entidade integrante da administrao dos Poderes da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; II entidade sindical, associao profissional ou representativa e

    clube de servidores; III cooperativa instituda de acordo com a Lei n 5.764, de 16 de

    dezembro de 1971; IV instituio financeira; V entidade fechada ou aberta de previdncia privada, que opere

    com planos de peclio, de sade, de seguro de vida, de renda mensal e de previdncia complementar, bem como por entidade administradora de planos de sade e seguradora que opere com planos de seguro de vida e renda mensal;

    VI entidade financiadora de imveis residenciais, integrante do Sistema Financeiro da Habitao SFH; e

    VII beneficirio de penso alimentcia voluntria. 1 Na hiptese de penso alimentcia voluntria, o consignado

    dever apresentar: I pedido de consignao em folha de pagamento, autorizando o

    desconto, com a indicao do valor ou percentual de desconto sobre o subsdio, a remunerao, o provento ou sobre o benefcio de penso;

    II CPF; III conta bancria para depsito do valor consignado; e IV autorizao prvia e expressa do consignatrio ou de seu

    representante legal. 2 A celebrao de convnio especfico com o Supremo Tribunal

    Federal requisito essencial para a habilitao de consignatrio facultativo, salvo para os constantes dos incisos I e VII do caput deste artigo.

    Art. 4 O pedido de credenciamento de consignatrio facultativo dever ser dirigido ao Diretor-Geral, acompanhado dos seguintes documentos:

    I cpia autenticada dos atos constitutivos; II cpia autenticada da ata da ltima eleio e posse da diretoria; III certides negativas de dbito do Instituto Nacional do Seguro

    Social INSS, da Secretaria da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

    IV certificado de regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS;

    V cpia do Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas CNPJ; e VI cpia do Cadastro de Pessoas Fsicas CPF do responsvel

    pelo consignatrio. Art. 5 Observada a natureza da consignao, a entidade dever

    apresentar ainda os seguintes documentos: I certido de registro na Junta Comercial da unidade federativa de

    sua sede, certificado de registro na Organizao Estadual de Cooperativas e autorizao do Banco Central do Brasil publicada no Dirio Oficial, quando se tratar de mensalidade em favor de cooperativa constituda de acordo com a Lei n 5.764, de 1971;

  • II autorizao para funcionamento mediante Portaria do Ministro da Previdncia e Assistncia Social, quando se tratar de contribuio, de mensalidade ou amortizao de emprstimo, patrocinados por entidade fechada de previdncia privada que opere com planos de sade, de seguro de vida, de previdncia complementar, de peclio e de emprstimo;

    III autorizao para funcionamento mediante Portaria do Ministro da Fazenda ou carta patente expedida pela Superintendncia de Seguros Privados SUSEP, quando se tratar de prmio de seguro de vida e de contribuio ou mensalidade de planos de sade, de renda mensal e de peclio, patrocinados por entidade aberta de previdncia privada;

    IV contrato ou convnio com a entidade, no caso de mensalidade em favor de administradora de planos de sade;

    V autorizao do Banco Central do Brasil para operar na carteira de crdito imobilirio, contrato de financiamento entre a entidade e o Ministro, o servidor, o aposentado ou o pensionista, certido de nada consta do Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos, quando se tratar de prestao referente a imvel residencial adquirido de entidade financiadora pertencente ao SFH;

    VI autorizao de funcionamento expedida pelo Banco Central do Brasil, quando se tratar de instituio financeira;

    VII autorizao para funcionamento mediante Portaria do Ministro da Fazenda ou carta patente expedida pela SUSEP, quando se tratar de prmio de seguro de vida e de mensalidade de plano de renda mensal, patrocinados por seguradoras.

    Art. 6 O pedido de credenciamento de consignatrio facultativo ser instrudo pela Secretaria de Recursos Humanos SRH, com parecer quanto viabilidade tcnica e operacional da concesso.

    Art. 7 Cabe ao Diretor-Geral, aps instruo da SRH conceder o pedido de credenciamento mediante juzo de convenincia e oportunidade.

    1 Deferido o pedido de credenciamento, ser celebrado convnio especfico com o Supremo Tribunal Federal para habilitao do consignatrio facultativo.

    2 Aps celebrao do convnio, a Coordenadoria de Pagamento de Pessoal CPAG providenciar a criao de rubrica especfica destinada ao consignatrio facultativo.

    Art. 8 Para desconto de consignao facultativa, o consignatrio, exceto o beneficirio de penso alimentcia voluntria, dever apresentar:

    I o pedido de consignao acompanhado da autorizao de cada consignado;

    II a declarao de margem consignvel do consignado, no caso de contrato de consignao facultativa para amortizao de emprstimo ou financiamento.

    Art. 9 O contrato de consignao facultativa para amortizao de emprstimo ou financiamento concedido por consignatrio previsto no inciso IV do art. 3:

    I depender de prvia averbao por parte da CPAG, observado o disposto no art. 18 desta Instruo Normativa;

    II dever ser acompanhado da declarao de margem consignvel; e

  • III no poder ter prazo superior a oitenta e quatro meses. 1 O interessado extrair a declarao de margem consignvel

    emitida pela SRH por meio de sistema eletrnico disponibilizado na intranet do Tribunal ou pelo endereo https://cch.stf.jus.br.

    2 Na hiptese de indisponibilidade do sistema eletrnico de dados para emisso da declarao de margem consignvel, o interessado dever solicit-la CPAG.

    3 A declarao de margem consignvel ser vlida at o ltimo dia do ms da emisso.

    4 O sistema eletrnico somente emitir nova declarao a partir do vencimento da anterior.

    5 A CPAG poder liberar o acesso a nova declarao de margem consignvel, durante o perodo de validade da anteriormente emitida, mediante a comprovao de que essa declarao no foi utilizada.

    Art. 10. Somente ser permitido repactuao ou refinanciamento de consignao relativa a emprstimo aps a liquidao de, pelo menos, um quarto das parcelas contratadas.

    1 O refinanciamento ou a repactuao absorver a margem negativa, se houver, no momento da negociao.

    2 Cabe CPAG verificar a liquidao das parcelas nos termos definidos no caput deste artigo.

    Art. 11. Por ocasio da liquidao antecipada de dvidas decorrentes de emprstimos sob a forma de consignao em folha de pagamento, o consignatrio facultativo se obriga a adotar os seguintes procedimentos:

    I fornecer ao consignado no prazo improrrogvel de 2 (dois) dias teis:

    a) o saldo devedor do emprstimo pessoal mantido com o consignatrio;

    b) o saldo devedor correspondente a data da quitao, conforme exemplo:

    VALOR DO SALDO DEVEDOR DATA DA QUITAO

    R$ X para quitao em __/__/__

    R$ Y para quitao em __/__/__

    R$ Z para quitao em __/__/__

    II fornecer ao consignado, no prazo improrrogvel de 48 (quarenta

    e oito) horas, o documento comprobatrio da quitao correspondente. Pargrafo nico. O prazo de validade das informaes fornecidas

    nos termos do inciso I no poder ser inferior a 3 (trs) dias teis contados a partir da data de emisso do saldo devedor.

    Art. 12. O consignatrio que, injustificadamente, descumprir as regras estabelecidas no art. 11 desta Instruo Normativa estar sujeito s seguintes penalidades:

    I advertncia por escrito; II proibio de conceder emprstimos e financiamentos no

    Supremo Tribunal Federal pelo prazo de 30 (trinta) dias;

  • III suspenso do repasse de valores at a devida reparao da infrao, sem prejuzo da consignao facultativa em folha de pagamento do consignado;

    IV denncia do convnio celebrado entre o consignatrio facultativo infrator e o STF.

    Art. 13. A consignao em folha de pagamento no implicar corresponsabilidade do STF por dvida ou compromisso de natureza pecuniria assumido por servidor com o consignatrio.

    Art. 14. O consignatrio facultativo dever comunicar ao Tribunal eventuais alteraes cadastrais, bem como incluses e excluses de consignaes, as quais sero processadas at o 5 dia til de cada ms.

    Pargrafo nico. As alteraes propostas aps a data de que trata o caput deste artigo somente sero processadas na folha de pagamento do ms subsequente.

    Art. 15. O Tribunal proceder ao registro dos descontos relativos s consignaes na ficha financeira do consignado em favor do consignatrio.

    Art. 16. Ressalvadas as consignaes compulsrias, no sero efetuados descontos de valor inferior a 1% do menor vencimento de servidor do Supremo Tribunal Federal.

    Art. 17. As consignaes compulsrias tero prioridade sobre as facultativas.

    Art. 18. O total das consignaes facultativas no poder exceder mensalmente, para cada consignado, o valor equivalente a 30% do subsdio, da remunerao, do provento ou do benefcio da penso, excludos:

    I dirias; II ajuda de custo; III auxlio transporte; IV auxlio alimentao; V auxlio natalidade; VI auxlio pr-escolar; VII auxlio funeral; VIII adicional de frias; IX adicional pela prestao de servio extraordinrio; X adicional noturno; XI gratificao natalina; XII abono de permanncia (EC n 41/2003); e XIII verbas de carter indenizatrio. Art. 19. Na hiptese de a soma das consignaes compulsrias e

    facultativas exceder a 70% da remunerao do consignado, sero suspensos os descontos relativos s consignaes facultativas at a adequao dos valores ao limite de 70%, observada a seguinte ordem de prioridade:

    I penso alimentcia voluntria; II contribuio para plano de peclio; III mensalidade para custeio de entidades de classe, associaes

    e cooperativas;

  • IV contribuio para previdncia complementar ou renda mensal; V amortizao de emprstimo ou financiamento pessoal; VI contribuio para plano de sade; VII contribuio para seguro de vida; e VIII amortizao de financiamentos de imveis residenciais. Pargrafo nico. Na hiptese de ocorrncia de consignaes

    facultativas de mesma natureza, prevalece o critrio de antiguidade, de modo que a consignao posterior no cancele a anterior, observada a ordem de prioridade de que trata este artigo e ressalvados os casos de correo de processamento indevido.

    Art. 20. A consignao facultativa poder ser cancelada: I por fora de lei; II por ordem judicial; III por vcio insanvel no processo de averbao; IV quando ocorrer ao danosa aos interesses dos consignantes

    ou da Administrao; V por motivo de justificado interesse pblico; VI por interesse do consignatrio, expresso por meio de solicitao

    formal encaminhada ao Tribunal; VII a pedido formal do consignado; e VIII a juzo de convenincia e oportunidade da Administrao. Art. 21. O pedido de cancelamento de consignao formulado pelo

    consignado dever ser atendido, com a interrupo do desconto na folha de pagamento do ms da formalizao do pleito ou na folha do ms subsequente, caso a anterior j tenha sido processada.

    1 A consignao de mensalidade em favor de entidade sindical, de associao profissional ou representativa e de clube de servidores somente poder ser cancelada aps a comprovao do respectivo desligamento.

    2 A consignao relativa a amortizao de emprstimo somente poder ser cancelada com a aquiescncia do consignado e do consignatrio.

    3 A instituio financeira credenciada como consignatria obriga-se a fornecer ao consignado extrato mensal, sem nus, desde que solicitado, contendo dados detalhados dos juros incidentes, saldo devedor, valor amortizado e nmero de prestaes restantes, sob pena de aplicao das sanes legais cabveis.

    Art. 22. A sub-rogao da autorizao para consignao, a insero de descontos no previstos nesta Instruo Normativa ou no autorizados pelo consignado ou pelo Diretor-Geral, bem como a utilizao indevida da rubrica autorizada e a no suspenso da consignao quando solicitada formalmente pelo servidor consignante implicaro:

    I suspenso sumria, temporria ou definitiva da rubrica de consignao no Sistema de Folha de Pagamento;

    II aplicao de sanes ao consignatrio, na forma da lei; e III abertura de procedimento disciplinar destinado a apurar as

    irregularidades e as responsabilidades administrativas.

  • Art. 23. Os contratos firmados at a data da edio desta Instruo Normativa permanecem em vigor nos termos assinados.

    Art. 24. Os casos omissos sero resolvidos pelo Diretor-Geral. Art. 25. Fica revogada a Instruo Normativa n 55, de 10 de

    setembro de 2007. Art. 26. Esta Instruo Normativa entra em vigor na data de sua

    assinatura.

    ALCIDES DINIZ DA SILVA

    Este texto no substitui a publicao oficial.